revista negócios - ed. 17

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das associações empresariais do Vale do Itapocu Cores do sucesso A partir de uma empresa de tinturaria, os empresários Osnildo e Odair Wolf fundaram a MWO Têxtil, especializada em tingimento de malha em rolo ENTREVISTA: Empresário Vicente Donini fala do setor industrial REPORTAGEM ESPECIAL: O dilema da duplicação da BR-280 Ano 4 | nº 17 Março e Abril de 2012 R$ 8,90

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Revista empresarial da ACIJS, de Jaragúa do Sul. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

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das associações empresariais do Vale do Itapocu

Cores dosucessoA partir de uma empresa de tinturaria, os empresários Osnildo e Odair Wolf fundaram a MWO Têxtil, especializada em tingimento de malha em rolo

ENTREVISTA: Empresário Vicente Donini fala do setor industrial REPORTAGEM ESPECIAL: O dilema da duplicação da BR-280

Ano 4 | nº 17Março e Abril de 2012

R$ 8,90

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editorial

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Ao completar a gestão 2010/2011, a diretoria da ACI-JS avalia o período como muito positivo, relacionando metas do planejamento estratégico que

foram alcançadas e o fortalecimento da filo-sofia participativa da entidade no âmbito do associativismo.

Essa atuação focada no trinômio E – Empreendedorismo, V – Voluntariado, e A – Associativismo reafirmou o compromisso histórico da ACIJS de atuar de maneira arti-culada com outros segmentos na busca por melhorias para a comunidade, como forma de preservar um bom ambiente de negócios e o desenvolvimento econômico com qua-lidade de vida, premissas para a sustenta-bilidade empresarial e contribuição para o crescimento da economia.

Na análise do biênio, destacamos a con-tinuidade de muitos projetos iniciados em gestões anteriores, como prática preservada em mais de sete décadas pela entidade, e na

definição de novas ações. São vários traba-lhos neste sentido, contemplando as quatro diretrizes do Planejamento Estratégico que orienta os trabalhos.

Neste período, a entidade contribuiu no sentido de fortalecer a integração regional em torno de temas que dizem respeito aos municípios do Vale do Itapocu. Destacamos, nesse sentido, a participação nos debates com a sociedade na busca por mais representativi-dade política e a melhoria da gestão dos re-cursos públicos, que ganhou ênfase por meio de campanhas realizadas em parceria com entidades representantes de vários segmen-tos da comunidade.

Dentre elas, a que visou o incentivo de jovens eleitores ao cadastramento eleitoral, na transferência de domicílio eleitoral, e no estímulo ao voto em candidatos da região, buscando o aumento da base de represen-tação política no Poder Legislativo, Estadu-al e Federal. No processo eleitoral, a ACIJS cumpriu sua missão. Também ao apresentar

pleitos de interesse do setor produtivo e da comunidade, direcionando as candidaturas, necessidades apontadas pelos associados que interferem no dia a dia do município.

Outra ação, desta vez alcançando reper-cussão nacional, foi a participação da entidade no bem-sucedido movimento contrário à pro-posta de aumento do número de vereadores, considerando que o Poder Legislativo precisa estar alinhado aos interesses da comunidade no que diz respeito à eficiência na gestão dos recursos públicos.

Em 2012, certamente, essa mobilização deverá ter continuidade, considerando que a região enfrenta dificuldades comuns e se res-sente de uma presença mais ativa do Poder Público na atenção a projetos que permitam aos municípios o desenvolvimento com sus-tentabilidade e a melhor qualidade de vida da população.

Durval Marcatto JuniorPresidente da ACIJS

A força da integração regional

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Conselho EditorialBeatriz Zimmermann (ACIJS)Jean Carlo Chilomer (ACIAC)Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS)Rogério Souza Silva (ACIAG)Ronaldo Corrêa (CEJAS)Danielle Fuchs (Mundi Editora)

Edição - Francielle de Oliveira [email protected] - Iuri Kindler e entidadesFotos - Daniel Zimmermann e divulgaçãoFoto de capa - Daniel ZimmermannGerente de Arte e Desenvolvimento - Rui Rodolfo Stüpp

Diagramação - Tiago de JesusCirculação - circulaçã[email protected] Sugestão de pauta - [email protected]

Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS).Informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000.

sumário

O empresário Vicente Donini, da Marisol, fala sobre a realidade do setor industrial brasileiro, problemas burocráticos e do mercado internacional, além de avaliar ações do atual governo.

10. Entrevista

4

Tiragem - 3.000 exemplares

De funcionários de uma tinturaria para empresários, Osnildo e Odair Wolf fundaram a MWO Têxtil, especializada em tingimento de malha em rolo. O trabalho é executado com tecnologia e conta, ainda, com laboratório próprio para o desenvolvimento de cores.

16.Destaque Empresarial

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Edição - Francielle de Oliveira [email protected] - Iuri Kindler e entidadesFotos - Daniel Zimmermann e divulgaçãoFoto de capa - Daniel ZimmermannGerente de Arte e Desenvolvimento - Rui Rodolfo Stüpp

Diagramação - Tiago de JesusCirculação - circulaçã[email protected] Sugestão de pauta - [email protected]

Editora-chefe Danielle Fuchs-Fuchs Editorial Ltda. ME.

[email protected] Comercial

Eduardo Bellidio [email protected]

Gerente Comercial GeralCleomar Debarba

[email protected] Executivo

Niclas Mund [email protected]

Rua Almirante Barroso, 712 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401

Telefone: + 55 (47) 3035-5500

A BR-280 é uma das principais estradas catarinenses que dão acesso às rodovias que passam pelo Estado. Porém, a precariedade da via é contínua. O desejo é que seja feita a duplicação, mas, enquanto isso não acontece, a insegurança prevalece.

20. Reportagem Especial

O empresário Osmar José de Souza percebeu, há 15 anos, a

oportunidade de inovar e lançou a Plaslak, indústria química

de tintas e solventes. Hoje, a marca está consolidada em todo território nacional com produtos auxiliares para serigrafia têxtil.

24. Tecnologia

expediente

facebook.com/mundieditora

twitter.com/mundieditora

mundieditora.com.br

55

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canal aberto

66

tribuna

Empresas flexibilizam horáriosEnvolvendo sete municípios, o Vale do Itapocu tem uma região

demográfica que permitiu, ao longo dos anos, a aproximação da re-gião central de quatro delas. Jaraguá do Sul (a maior) está em um ponto central, ladeada por Schroeder, Guaramirim e Corupá. Isso fez com que se tornasse comum as pessoas de uma cidade traba-lharem em outra. Há ainda aquelas que possuem compromissos com a saúde e educação e outras atividades nas cidades vizinhas. O resultado disso é evidente nos conhecidos horários de pico. As en-tradas e saídas das indústrias, escolas e comércio causam aglomeração de pessoas e veículos nas ruas e rodovias que cortam os municípios. Com o intuito de minimizar esses efeitos negativos por causa da movimentação, algumas empresas puseram em prática ações que visam beneficiar, tanto o colaborador com demais compromissos quanto a própria produtividade.

A flexibilização de horários foi adotada pela WEG e também pela Lunender. Ambas disponibilizaram opções de entradas e saídas aos tra-balhadores para que haja um auxílio na redução de veículos e também conciliação com demais compromissos do empregado.

A WEG proporcionou, para quase 3 mil pessoas das unidades de Jara-guá do Sul e Guaramirim, a escolha do início de jornada entre sete e oito horas, com saídas entre 16h48min e 17h48min. “Estamos acompanhando as novas tendências de gestão de pessoas e a prática do conceito de susten-tabilidade”, explica Luis Figueiredo, diretor de Recursos Humanos da WEG.

O mesmo benefício foi apresentado para cerca de 500 colaboradores de três unidades da Lunender (Jaraguá do Sul, Corupá e Guaramirim). As escolhas ficam em três horários fixos de entrada – 7h, 7h30min e 8h, com respectivos horários para saída – 16h48min, 17h18min e 17h48min.

“Trabalhando satisfeitos, os profissionais permanecem e se desenvol-vem dentro da empresa, o que reflete na qualidade do trabalho realiza-do”, afirma Viviane Cecilia Lunelli, diretora administrativa.

Sergio Medeiros, presidente da Federação de Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina, na

solenidade de posse de Neivor Bussolaro à presidência da CDL de Jaraguá do Sul,

em 14 de fevereiro.

A 44ª Convenção de Lojistas, que será realizada de 23 a 26

de maio, em Jaraguá do Sul, dará oportunidade para que

o varejo de Santa Catarina demonstre sua força ao Brasil”

A Lunender é uma das empresas que adotou a flexibilização de horários

de entrada e saída dos funcionários

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77

As entidades do Vale do Itapocu já estão atentas às eleições de 2012, quando serão eleitos novos prefeitos e vereadores. A partir de agora o intuito é mobilizar os em-presários locais para o voto e pedir atenção às promessas de sempre.

A ACIJS é uma das entidades que está desenvolvendo esse tipo de ação. Com o objetivo de aumentar e qualifi-car o eleitorado, Durval Marcatto, presidente da entidade, percebe que é necessário uma participação efetiva, tanto desta, quanto de todas as associações.

Na campanha da ACIJS estão três focos: o aumento do colégio eleitoral, o voto correto e consciente e a criação do documento com reivindicações aos partidos políticos.

“Vamos levantar os pontos primordiais para o desen-volvimento de Jaraguá do Sul e depois reunir os candi-datos para participar de uma plenária da ACIJS”, conta o presidente.

em alta X em baixa

Com o ano eleitoral, o que volta a ser preocupa-ção é o número de eleitores, que não condiz com o de habitantes. Ações já começaram a ser executadas para que as pessoas, vindas de outras cidades nos últimos anos, façam a transferência do título eleitoral e, ainda, se atentem ao quadro governamental do local onde agora residem.

Muitas pessoas não colocam isso como prioridade e acabam fazendo parte de uma população inativa ao quadro eleitoral dos municípios.

Acompanhe os números de habitantes e eleitores segundo dados do Censo 2010 e das regionais eleito-rais:

Jaraguá do Sul: 137.051 habitantes e 102.300 eleitores;

Guaramirim 33.668 habitantes e 23.772 eleitores; Schroeder 15.331 habitantes e 10.705 eleitores; Corupá 13.826 habitantes e 10.590 eleitores.

As eleições estão próximas

É preciso votar

Envie sua opinião para [email protected]

Mais informações www.tse.jus.br

Page 8: Revista Negócios - Ed. 17

direitos & deveres

8

Márcio Manoel da SilveiraEmpresário e presidente da Fampesc

A LC 128 criou uma nova faixa de enquadramen-to no Simples Nacional, a do Empreendedor In-dividual (EI). A lei reco-

nheceu e deu cidadania empresarial e social às pessoas que trabalhavam por conta própria. De lá para cá, algumas ações aconteceram e deram nova mag-nitude ao EI. Em Santa Catarina, por exemplo, foi criado o programa Juro Zero e ocorreu a inserção da categoria no sistema associativista.

A pessoa que trabalhava por conta própria antes da LC 128 vivia, na maio-ria das vezes, à margem da lei. Não podia oferecer seus produtos e serviços à outra empresa, pois não emitia nota fiscal. Como consequência, não podia abrir uma conta em banco, já que não conseguia comprovar renda.

A entrada em vigor da LC 128, em julho de 2009, deu a esse empreende-dor a oportunidade de se formalizar e, com isso, ampliar seus negócios, con-tratar funcionário e contribuir, como fazem as microempresas, para a eco-nomia local. O número de formali-zações fechou o ano 2011 com mais de 1,8 milhão de EIs, o que compro-va o impacto positivo dessa política pública.

Em 2010, foi apontada a necessida-de de se aumentar o valor máximo de faturamento anual, que até então era

de R$ 36 mil, e de se admitir novas ca-tegorias de EI. O objetivo era dar mais dinamismo ao processo. Infelizmente, o Congresso levou o ano todo discutin-do e, em dezembro daquele ano, votou a lei dos bingos e deixou a ampliação da faixa do Simples para 2011.

Foi só no segundo semestre, após um acordo do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o setor empre-sarial, os estados e os municípios que a lei foi aprovada. Em 2012, entrou em vigor nova tabela do Simples e, nela, ampliou-se a faixa de faturamento anual para R$ 60 mil.

A criação de um programa de Juro Zero foi incluída pela Fampesc no seu primeiro Manifesto da Micro e Peque-na Empresa (MPE). Tão logo assumiu, o governador Raimundo Colombo incumbiu sua equipe de viabilizá-lo.

Capitaneado pela Secretaria de Desen-volvimento Sustentável e pelo Badesc, criou-se o programa de fácil acesso, pois permite ao Governo do Estado subsidiar os juros das operações de crédito. Considero o Programa Juro Zero um marco importante para con-solidação do EI.

Para atender os EIs e criar uma base de debate que pudesse fundamentar melhorias à categoria, o sistema Fam-pesc alterou seus estatutos. Com isso, sem perder a marca, o nome passou para Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas e do Em-preendedor Individual de Santa Catari-na. Mais que trocar o nome, apresenta-mos aos EIs as oportunidades que vão além dos benefícios de participar de uma associação.

A força do associativismo, demons-trada pelos dirigentes das associações de MPEs, fez com que os empreende-dores individuais fossem incluídos nas agendas de debate em todas as instân-cias de poder. Para continuar avançan-do é necessário que o Empreendedor Individual busque seu espaço nas Am-pes locais, para que, juntos, possam gerar novos debates e novas melhorias para o setor.

O número de formalizações fechou 2011 com

mais de 1,8 milhão de empreendedores

individuais, o que comprova o impacto positivo dessa

política pública

O associativismo e o Empreendedor IndividualEm 2012, entrou em vigor nova tabela do Simples e, nela, ampliou-se a faixa de faturamento anual para R$ 60 mil

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“A dificuldade maior está na indústria de transformação tradicional”

Com perícia e conhecimento, o empresário Vicente Donini fala do atual setor industrial brasileiro

entrevista

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Nascido em 1942, em Joinvil-le, no Norte do Estado ca-tarinense, o presidente dos conselhos de Administração da Marisol, localizada em

Jaraguá do Sul, da Santinvest, em Flo-rianópolis, e da Tuper, em São Bento do Sul, Vicente Donini, começou a traba-lhar cedo. Aos 13 anos, já era menor aprendiz, sem remuneração, de uma empresa tipográfica e de impressão.

Logo passou para a área bancária, onde atuou por três anos e depois in-gressou na WEG, tendo permanecido por três décadas até iniciar as ativida-des na Marisol.

Acreditando que tempo é uma questão de preferência, Donini é um empresário com muita disposição para o trabalho e uma agenda cheia de compromissos. Além de presiden-te dos conselhos de Administração de várias empresas, participa, ainda, como membro do Conselho de Admi-nistração da Condor, de São Bento do Sul, Karsten, em Blumenau, e da Vicu-nha Têxtil, no estado paulista.

Próximo de completar 70 anos, o executivo é defensor e atuante na área associativista. Entre as entida-des, é vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Con-fecção (Abit), membro do Conselho Superior do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex) e também par-ticipa dos conselhos Consultivo e De-liberativo da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul.

Iuri [email protected]

Experiências se misturam com o co-nhecimento técnico de Donini, que é técnico em Contabilidade e possui es-pecialização em Marketing e Finanças, além de gestão avançada pelas interna-cionais University Southern Califórnia (USC, Estados Unidos) e The European Institute of Business Administration Fontainebleau (FDC/Insead, França).

O estilo ponderado de administrar e o costume de tomar decisões firmes

são características marcantes. Sabe muito bem como desenvolver os ne-gócios com base na sucessão, doando seus conhecimentos para as organiza-ções as quais serve.

Convidado pela Revista Negó-cios, o executivo fala sobre o setor industrial brasileiro, problemas buro-cráticos e do mercado internacional, além de avaliar ações do atual gover-no brasileiro.

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Revista Negócios: A indústria bra-sileira é sustentável? Ela investe em planos corretos de desenvolvimento?Vicente Donini: Da indústria brasi-leira, as que remanesceram, de um modo geral, são sustentáveis e, boa parte delas, é muito próspera. A di-ficuldade maior está na indústria de transformação tradicional, que vem perdendo participação relativa na for-mação do PIB, que foi de 42% no pe-ríodo tido como “milagre brasileiro”, recuou para 27,4% no final dos anos 90 e, em 2011, contribuiu com ape-nas 16,8%, o que não deixa de ser muito preocupante, pois, inequivoca-damente, vivemos um processo pro-gressivo de desindustrialização. Por outro lado, não há como deixar de re-conhecer os notáveis avanços havidos em setores como os do Agronegócio e de Serviços, os quais têm contribu-ído, em grande parte, com esta mu-dança na relação para a formação do PIB brasileiro.

RN: Como o senhor avalia o Plano Brasil Maior?Donini: O conjunto das medidas in-seridas no Plano Brasil Maior é alenta-dor. E a mais expressiva das medidas diz respeito à “desoneração da folha de pagamento”, sendo que a contri-buição patronal de alguns setores foi substituída pela adição do recolhi-mento de 1,5% sobre o faturamen-to, cujo benefício real tem sido pífio e, nos casos em que a terceirização de serviços é representativa, o efeito tem sido nulo e há situações em que o novo modelo tornou-se mais oneroso para as empresas.

RN: Santa Catarina já chegou a en-viar para fora mais de 40% da pro-dução têxtil de produtos para o lar, por exemplo. Hoje, perdeu essa ca-pacidade de participação e o índice é menor que 10%. Qual é o principal agravante?Donini: Na indústria têxtil, particu-larmente no setor de cama, mesa e banho, as exportações contribuíam historicamente com cerca de 45% na

formação das receitas das empresas e, atualmente, estão aquém dos 10%, resultante da combinação perversa que consiste na elevação recorrente do Custo Brasil e da paridade cambial. O câmbio tem sido o principal vilão dessa situação.

RN: A dificuldade cambial do Brasil poderia ser melhorada de que manei-ra? Temos, hoje, uma desvantagem na apreciação do Real em relação ao Dólar de até 45%. Donini: Se tomarmos por referência a paridade de duas moedas – Yuan e o Real – comparando-as com uma mesma cesta de moedas conversí-veis, constata-se que a chinesa está depreciada em cerca de 30% e a brasileira está apreciada em cerca de 15%, resultando, daí, a nossa grande desvantagem competitiva em relação à China, algo em torno de 45%. Com tamanha distorção, a indústria local de transformação vem perdendo celeremente sua capacida-de de competir em terceiros países e, o que é pior, também a de nos de-fender internamente.

RN: Mesmo com as recentes dificul-dades financeiras, os países da Europa ainda mantêm melhor desenvolvimen-to, se comparado com o percentual de crescimento do Brasil, que está es-tabilizado. Qual é o motivo?Donini: A crise evidenciada em 2008 alertou os governantes europeus so-bre a fragilidade dos controles do sistema financeiro da região e os ex-cessos que vinham sendo cometidos nos gastos públicos dos países da Zona do Euro, distorções estas que vem sendo corrigidas a duras penas. A força das instituições europeias, a cultura milenar, a maturidade econô-mica, a disciplina e o senso de res-ponsabilidade prevalentes na esma-gadora maioria dos países daquele continente são sinais claros de que, no conjunto, sustentarão crescimen-to mínimo, ainda que de um ou dois pontos percentuais, neste e nos pró-ximos anos, nada desprezível para economias maduras. Grécia, Portu-gal e Itália, certamente, continuarão sendo socorridos pela comunidade e pelo FMI, dado a magnitude de suas dívidas, que transcendem os 100%

1111

Atualmente, as exportações da indústria têxtil estão aquém dos 10%

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de seus PIB’s. Já o Brasil que, reco-nheça-se, vem melhorando paulatina-mente desde o lançamento do Plano Real e da instituição da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, tem ainda muito por fazer. Tem havido excesso de ufanis-mo e faltam-nos os investimentos ma-ciços em infraestrutura, redução drás-tica da gastança pública e as reformas estruturais, sem as quais a sustentabi-lidade estará comprometida.

RN: O senhor é defensor da igualda-de de tratamento do governo ao se-tor Têxtil, que muitas vezes é deixado para trás. Qual seria o motivo desse desleixo e qual é o principal ponto a ser melhorado?Donini: O grande receio do gover-no é que haja perda de arrecadação. Cito três exemplos. Primeiro, a deso-neração da folha de pagamento de empresas dos setores de confecção, calçados e informática foi concomi-tantemente substituída pela contri-buição adicional de 1,5% sobre o faturamento, neutralizando o pseu-dobenefício. Segundo, no passado, reclamávamos que o PIS/Cofins de então, com alíquota de 3,65%, não dava direito ao crédito na aquisição

de insumos. O governo acabou por admiti-lo, porém elevou a alíquota para 9,25%, elevando tal tributação em cerca de 40% para o setor. Outro absurdo é a incidência do PIS/Cofins sobre o ICMS embutido no preço das mercadorias. E por aí vai.

RN: Santa Catarina, tão produtiva, porém muitas vezes esquecida num País grande e de muitos estados. Estruturalmente, quais são nossas necessidades?Donini: O esquecimento ou a even-tual desconsideração de fato não deveriam acontecer, pois contamos com representatividade constitucio-nal de 16 deputados federais e três senadores, equitativa com estados de porte comparável. Logo, temos repre-sentantes suficientes no Congresso Nacional, para que defendam o inte-resse dos catarinenses. Por outro lado, é fundamental que a unidade federa-tiva seja preservada e que não haja a criação de novos estados, o que é demasiadamente oneroso para a so-ciedade brasileira.

RN: O associativismo entre os em-presários forma uma união de forças.

Quais devem ser as principais frentes e interesses coletivos atualmente?Donini: A prevalência da união da sociedade organizada, as ações con-sensuais definidas pelas entidades de classe constituídas, o envolvimento dos agentes econômicos no encami-nhamento de demandas prioritárias, em especial as de infraestrutura, mo-bilidade urbana, educação, saúde e segurança pública, são vitais para que se materializem.

RN: O Brasil, hoje, é o País com menor retorno da carga tributária. O senhor apoia o Movimento Brasil Eficiente?Donini: O Brasil Eficiente é uma pro-posta muito coerente, racionalizadora por excelência, que beneficia todos os entes envolvidos – governo, agentes econômicos e a sociedade – e não há porque não implementá-la. Para tan-to, é preciso que haja vontade polí-tica.

RN: Qual a opinião do senhor sobre o governo Dilma Rousseff e o que preci-sa ser priorizado por ela?Donini: A presidente Dilma Rousseff tem sido, até aqui, uma gratíssima surpresa. Não fossem as exacerbadas

entrevista

12

A indústria local de transformação

vem perdendo celeremente sua

capacidade de competir em terceiros

países e, o que é pior, também o

de nos defender internamente”

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demandas impostas pela base alia-da, insaciável, ela poderia fazer mais e melhor, pois vontade e capacidade realizadora parecem não lhe faltar. Se reduzisse o número de ministérios, tal como esta é inadministrável, automa-ticamente mitigaria parte dos entra-ves e desconfortos havidos e poten-ciais, sobrando-lhe mais tempo para governar. Entendo que deveria priori-zar o fortalecimento das Agências Re-guladoras, lideradas por especialistas com notório saber, isentando-as de injunções político-partidárias, con-ferindo-lhes autonomia. Com isso, poderiam ser intensificadas as con-cessões de serviços públicos à inicia-tiva privada, sob regras justas, que beneficiem primordialmente os usuá-rios. Com isso, num futuro não muito distante, teríamos um Estado ideal. Nem mínimo e nem máximo, mas, so-bretudo, racional, de tal modo que a

grande beneficiária fosse a sociedade brasileira como um todo.

RN: Durante todos esses anos, o se-nhor vivenciou como empresário e acionista de empresas, os altos e bai-xos da economia brasileira. Quais fo-ram as sensações de cada época?Donini: Não raro, por muito tempo, o que vivenciamos foram os malfada-dos resultados de casuísmos, típicos da tomada de medidas para tentar neutralizar os “efeitos”, sem que as “causas” fossem atacadas. Foram muitos os planos econômicos mal su-cedidos, resultantes dessa miopia, à exceção do Plano Real, que teve como pressuposto eliminar a “causa”, plano este secundado pela Lei de Responsa-bilidade Fiscal. Bendita herança que, a despeito do radicalismo oposicionista de então, felizmente, foram mantidos e respeitados pelos sucessivos gover-

nantes. As sensações ao longo daque-les anos foram, predominantemente, de esperança e frustação. E de muito trabalho para não sucumbir diante dos efeitos danosos da exacerbada inflação recorrente de então.

RN: Que dicas o senhor deixa para os empresários que querem alcançar grandes resultados, reconhecimento da marca e expansão mundial?Donini: É preciso que haja consciência de todo o empreendedor que o intan-gível pode valer tanto ou mais do que o tangível. É um processo de percepção e de reconhecimento, cujo maior indutor é a excelência na prestação de serviços, fundamentado na visão de longo prazo, no estabelecimento de adequada estra-tégia e na disciplina de sua execução. Obtê-los é resultante de um ciclo vir-tuoso e irradiador. E isto não se impõe, conquista-se.

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Má administração, des-cuido financeiro ou pro-dução mal regulada po-dem levar empresas de qualquer ramo à falên-

cia de uma hora para outra, mesmo que estejam em uma área requisitada e produzindo itens necessários para o setor em que estão inseridas.

Exemplos de insucesso são muitos. Osnildo e Odair Wolf vivenciaram um deles de perto, como funcionários de uma empresa de tinturaria que faliu. Mas o que parecia ruim, trouxe uma grande oportunidade.

Em 2 de maio de 2002, pai e fi-lho fundaram uma nova empresa, a

MWO Têxtil. Foi perceptível o retor-no obtido no negócio que, hoje, com 10 anos, registra um crescimento de 120%. O número de funcionários mais que dobrou. São 43 trabalha-dores diretos, além da expansão de atividades indiretas.

A especialidade é o tingimento de malha em rolo, sendo 100% algodão, PV, PA ou 100% poliéster. O trabalho é executado com tecnologia e conta, ainda, com laboratório próprio para o desenvolvimento de cores.

O atendimento ultrapassa as fron-teiras catarinenses, chegando aos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo

e Rio de Janeiro. “Dentro de Santa Catarina, temos uma grande concor-rência, mas todas as empresas daqui têm muita oportunidade fora, como, por exemplo, em estados onde não existem tinturarias profissionais com capacidade para alta produção”, des-taca Odair.

Aproveitando essa oportunidade de lucro, a MWO presta assessoria de acompanhamento aos clientes. Um trabalho que vai do desenvolvimento do produto na tecelagem até a assis-tência técnica sobre a tinturaria.

Para Osnildo, essa etapa é importan-te. “Nós executamos estas ações visan-do o benefício do cliente, além do nosso,

O sucesso de uma boa gestãoOsnildo e Odair Wolf comemoram 10 anos de expansão da MWO Têxtil

16

destaque empresarial

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pois a própria forma como a matéria é tecida pode influenciar no acabamento do produto. Assim, podemos prevenir quaisquer problemas”, avisa.

Para eles, o motivo de a empresa estar ganhando representatividade no setor e mantendo a contínua produ-ção em capacidade máxima está na

gestão, com informatização do que é necessário, treinamento de equipe, conciliação de processos da adminis-tração e produção e atendimento ao cliente. Por sinal, todos os contatos de clientes são feitos diretamente com proprietários da MWO, bastante per-sonalizados e eficazes.

Uma das atuais conquistas é ter aprovação da auditoria realizada para que a MWO seja cofornecedora de produtos para grandes magazines, por meio da “ABVTEX 2013”. A ma-nutenção de qualidade, segurança nos processos e zelo pelo meio am-biente são garantidos pela tinturaria.

Em 10 anos de expansão, o número de funcionários diretos dobrou, além dos indiretos

1717

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18

destaque empresarial

Atualmente, são mais de 10 mil cores catalogadas pelo laboratório pró-prio. A pesquisa das tonalidades fun-ciona em conexão com os lançamentos de moda. São apresentadas cartelas Primavera/Verão e Outono/Inverno.

Toda cartela é diferente e tem, além da pesquisa da empresa, a su-gestão dos clientes, pois algumas vezes o material já chega à tintura-ria com a cor escolhida, em outras, a MWO é que oferece aos clientes as variedades.

As 160 toneladas mensais de car-gas que chegam à empresa são rece-bidas na cor crua e depois dos proces-sos de tinturaria e secagem, voltam aos caminhões com mais vivacidade.

MWO em cores

Osnildo veio do campo para a indústria e sempre apostou na ideia da empresa. Odair também percebeu as chances e, hoje, dirige a empresa com muito orgulho. Participantes da ACIAS, acham o associativismo muito importante.

“Sou vice-coordenador financeiro no Núcleo de Jovens e um dos organizadores do Projeto Brasil Eficiente e Feirão do Imposto no ano 2011. O trabalho desenvolvido pela entidade é muito importante, pois permite ficarmos mais próximos de toda a comunidade da Facisc e mantermos uma união e mais força”

Odair Wolf

O associativismo

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Nome: MWO Têxtil Ramo: beneficiamento têxtil com serviço de tinturariaLocal: SchroederÁrea: 6 mil m² (2,5 mil m² de área construída)Regiões abrangentes: Sul, Sudeste e Centro-OesteNúmero de funcionários: 43 www.mwotextil.com.br

Perfil

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reportagem especial

Dos 634 quilômetros de extensão da rodo-via BR-280, (que cortam horizontalmente Santa Catarina, de São Francisco do Sul a Dionísio Cerqueira) cerca de 30 quilôme-tros são responsáveis por um grande trân-

sito diário entre Corupá e Guaramirim, no Vale do Itapocu.

É através desse corredor que a vida na região acontece. Corupá, Guaramirim, Jaraguá do Sul e Schroeder recebem insumos que consomem e tam-bém enviam grande parte da produção industrial e agrícola por essa estrada.

O asfalto rasga as cidades e, por ele, trafegam também pessoas e produtos de várias partes do Es-tado e País. A BR-280 é uma das principais estradas catarinenses que dá acesso às rodovias que passam por Santa Catarina, como a BR-101, BR-116, além das rodovias locais, como as SCs 416, 413 e 422.

Hoje, a BR-280 é pequena para o tráfego que su-porta e a população da região, com cerca de 200 mil habitantes, sente isso diariamente. As cidades cres-ceram às margens do asfalto e, em Jaraguá do Sul, por exemplo, a rodovia passa por dentro da cidade, cruzando com ruas centrais e linhas ferroviárias.

O grande anseio, principalmente do setor empre-sarial, é a duplicação dessa rodovia, que há tanto tempo é reivindicado, mas, ao mesmo tempo, quase nada acontece.

Depois de editais lançados e revogados, além de escândalos políticos envolvendo a rodovia, a previsão de lançamento do edital de execução da obra é junho de 2012 – não-oficial. Isso são nove meses depois da última revogação, por conta do questionamento do valor de R$ 885,6 milhões do custo da obra.

A Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) já lançou a própria licitação para um projeto básico de duplicação do trecho urbano da rodovia entre Jaraguá do Sul e Guaramirim. Seriam cerca de oito quilômetros pagos pelo Governo do Estado e pela associação.

Mas, enquanto se espera por essas obras, a pre-cariedade da BR-280 é contínua. Entre buracos e fal-ta de acostamento, a insegurança prevalece. Afinal, pedestres, motos, carros de passeios e caminhões com grandes cargas dividem o mesmo espaço.

Entre as principais necessidades estaria o alar-gamento da pista em alguns perímetros, possibili-tando uma terceira faixa de corrida. Assim, veículos mais lentos ficariam à direita da pista, possibilitan-do a passagem de outros mais rápidos com segu-rança e sem a necessidade de ultrapassagem pela contramão.

Outro detalhe é a insegurança vivida pela alta velocidade dos carros em um trecho onde faixas de

BR-280: a rodovia da insegurançaVital para o Vale do Itapocu, estrada em más condições é perigo para a vida de quem passa pela via

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acostamento são quase extin-tos e a conservação de placas e instrumentos de sinalização é quase zero.

Mas, as únicas execuções por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), nos últi-mos meses, foram pequenas recuperações de asfalto. O recapeamento do pequeno trecho, com cerca de quatro quilômetros entre Jaraguá do Sul e Corupá, deve acontecer até meados de março.

O ideal seriam obras como as executadas no trecho entre Corupá e Rio Negrinho, que será estendido até Canoinhas, inclusos na primeira etapa do Crema, com um investimento de R$ 43,4 milhões.

As únicas execuções por parte do Dnit, nos últimos meses, foram pequenas recuperações do asfalto

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reportagem especial

Enquanto todos esses entraves ficam à mercê da burocracia governamental, a população continua sofrendo com lon-gos congestionamentos dia após dia ao passar pela rodovia.

Fica a espera de que as ações do Cre-

ma-2 não atrasem e que o calendário 2012 dos processos para a duplicação da rodovia não sofra novas alterações, para que, logo, seja possível ver o início das obras.

É provável que obras reais nos tre-

chos só comecem em 2013, já que a pa-lavra do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, foi quebrada, entrando para o colecionável álbum de promessas sobre a duplicação que, agora, já pas-sam de 10 (desde 2008).

À espera de solução

Em 2012, o Dnit deve continu-ar com o trabalho de recuperação de rodovias federais em todo o Bra-sil. O projeto Crema-2 deve conceder ao Estado de Santa Catarina cerca de R$ 700 milhões em obras.

“Ainda este ano, serão licitadas as obras da segunda etapa do Crema para dar continuidade aos serviços da malha viária federal catarinense. Além desses serviços, serão executadas 33 interseções e quase 34 quilômetros de terceiras faixas”, destaca o superin-tendente do Dnit de Santa Catarina,

A esperança

João José dos Santos.A licitação deve ocorrer até abril

e, nesse pacote, estão inclusos 21 qui-lômetros de acostamento e melhorias entre Jaraguá do Sul e Corupá. Seria uma válvula de escape para um traje-to que deveria já estar duplicado, con-forme opinião de muitos dirigentes de entidades de classe e empresários da região.

No dia 18 de janeiro, quando es-teve no Vale do Itapocu, Santos par-ticipou de uma reunião na prefeitu-ra de Corupá. Dele, foram cobrados

diversos aspectos que faltam serem resolvidos.

O deputado federal Mauro Mariani esteve na reunião e apontou necessi-dades, como o viaduto de entrada de Schroeder e o elevado de acesso a Gua-ramirim. Mariani argumentou que, esta última, seria a mais importante, ameni-zando o problema local de tráfego, mas não hesitou em cobrar pela verdadeira duplicação no trecho de Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul.

Quase um mês depois da reunião, foi a vez da ACIJS reunir líderes e represen-

Entre as principais necessidades está o alargamento da pista em alguns perímetros, possibilitando a terceira faixa de corrida

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O superintendente do Dnit, João dos Santos, diz que este ano serão feitos 34 km de terceira faixa

tantes dos partidos políticos na cidade. Aproveitando para cumprir a primeira fase do projeto, que visa uma percep-ção mais apurada das pessoas sobre as eleições de 2012 e 2013, a entidade entregou um documento com principais propostas para Jaraguá do sul, sugeridas por 1,3 mil empresários associados.

O presidente da ACIJS Durval Mar-catto foi firme quanto à BR-280, pois é preciso esforço para que a cidade se desenvolva mais e as adequações da ro-dovia precisam ser realizadas, além da duplicação, que é vital.

“Fizemos uma campanha para di-minuir o número de candidatos na úl-tima eleição. Os deputados das outras regiões até podem ajudar, mas na hora de bater o martelo eles não fazem”, afirma o dirigente, que percebe como um problema a falta de um represen-tante na Câmara de Deputados para pleitear as necessidades.

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O Plano Real tinha pouco mais de um ano e a hiperinfla-ção brasileira já não era o grande problema do Brasil, em 1995, quando Fernando

Henrique Cardoso fora recém-empos-sado como presidente da República. Foi nesse período, quando se abriam as portas para a política de estabilidade e fidelização da nova moeda, que Osmar José de Souza percebeu que era mo-mento de mudança.

Profissional da área têxtil, ele per-cebeu, na falta de alguns produtos no mercado, uma boa oportunidade para inovar. Naquele ano, lançou a Plaslak, uma indústria química de tintas (laca), solventes e adesivos para a fabricação de

lacas e adesivos utilizáveis na confecção de matrizes serigráficas, que são os qua-dros de estamparia.

“Existia, naquele período, apenas um fornecedor em São Paulo para o pro-duto. Além da dificuldade de conseguir material, as indústrias daqui dependiam exclusivamente daquela empresa. Pensei que poderia dar um diferencial aos clien-tes pela proximidade e pronto atendi-mento”, lembra Souza.

Hoje, a marca é consolidada em todo o território nacional quando o assunto é produto auxiliar para serigrafia têxtil. Mas não ficou apenas nesse setor. Souza lan-çou produtos para que não precisasse ter o crescimento com base na progressão de uma só área.

Desde 2001, são fabricadas tintas e solventes industriais que atendem o mercado responsável pela fabricação de máquinas e equipamentos, estruturas metálicas, implementos agrícolas, rodovi-ários e de serralheria. Ao todo são mais de 20 tipos de produtos entre as duas linhas de atendimento. Tudo produzido em 650 m². Os processos são otimizados e contam com 12 pessoas no quadro de funcionários.

O trabalho da Plaslak vai além. Pen-sando em agilidade e flexibilidade no atendimento aos clientes, a própria em-presa monitora o estoque de clientes e verifica a necessidade de novas compras. Tudo para não superlotar espaços de expedição.

Percepção aguçadaOlhar criterioso do mercado foi motivo de mudança e, hoje, do sucesso da Plaslak

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tecnologia

O proprietário Osmar José de Souza inovou e, hoje, a Plaslak está consolidada em todo território nacional com produtos para serigrafia têxtil

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Toda atividade da empresa é realiza-da com visão ambiental, como atendi-mentos à legislação, normas ambientais e requisitos necessários para cada ativida-de. O trabalho de prevenção também é realizado com base no potencial poluidor do segmento de trabalho.

“Além de termos resíduos químicos em porcentagem quase zero, o mínimo que fica é reaproveitado. Ou são realiza-das recuperações de produtos ou aquilo que não é mais possível reaver é entregue a quem possa utilizar de forma correta. Temos uma forte cultura de prevenção”, destaca Souza.

Toda atividade da empresa é realizada com visão ambiental, como atendimentos à legislação, normas ambientais e requisitos necessários para cada atividade

Nome: Plaslak Indústria QuímicaRamo: produção de tintas e solventes para materiais de serigrafia têxtil e industrialLocal: GuaramirimÁrea construída: 650 m²Região abrangente: nacional, para produtos auxiliares de serigrafia têxtil, e regional, para produtos da área industrialNúmero de funcionários: 12www.plaslak.com.br

Perfil

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tecnologia

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O crescimento é inevitável. Entre os projetos do empresário está a amplia-ção da capacidade de produção que já está em análise, pois há a necessidade

de aprovação de órgãos governamentais responsáveis. Além disso, já são estuda-dos novos produtos para a área têxtil.

Esses são projetos para que a empre-

sa alcance a referência nacional no mer-cado de auxiliares para serigrafia e tam-bém obtenha o reconhecimento regional (Sul do País) no mercado industrial.

Futuro da Plaslak

Ao todo, são mais de 20 produtos entre as duas linhas de atendimento e tudo é produzido em 650 metros quadrados

O empresário participa ativamente da Associação Empresarial de Guaramirim (ACIAG) desde que fundou a empresa. É atual vice-diretor da indústria e tem envolvimento permanente nos núcleos.

“Entre os principais benefícios da ACIAG estão os conselhos/núcleos, que permitem que empresários possam discutir e resolver problemas comuns de cada setor, além das palestras, painéis e discussões que garantem cada vez mais informação”.

Osmar José de Souza

Associativismo

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A Fiesc está com inscrições abertas para missões empresariais ao Panamá e à China. A missão ao Panamá será rea-lizada de 19 a 25 de março. A comitiva vai participar da Expocomer, uma das mais importantes feiras comerciais da América Latina, que reunirá expositores de mais de 30 países das Américas, Eu-ropa, África e Ásia.

A missão à China ocorrerá de 11 a 21 de abril. A delegação participará da Chinaplas, a maior exposição de borra-cha e plástico da Ásia, e da tradicional Feira de Cantão, a maior feira de negó-cios da China.

A Expocomer é uma feira multisse-torial que engloba produtos dos setores de alimentos, bebidas, têxtil, constru-ção, tecnologia e serviços. Em 2011, a exposição contou com a participação de 534 empresas expositoras, recebeu 22 mil visitantes e somou US$ 122 milhões em negócios fechados.

A Chinaplas será realizada em Xan-gai. A feira contará com 2,6 mil exposi-

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empresariado em foco

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Fiesc abre missões empresariais à China e Panamá

A taxa de desemprego registrada em janeiro no Brasil foi de 5,5%. O valor é maior que o mês de dezembro (4,7%), mas inferior ao mesmo período do ano passado, quando alcançou 6,1%. Além disso, a taxa é a menor para o mês de janeiro desde 2003. Os dados foram divulgados pelo IBGE.

Além da redução no número de brasileiros sem posto de trabalho, as remunerações também aumentaram. O salário médio registrado em janeiro foi de R$ 1.672,20. Alta de 0,7% em relação a dezembro e 2,7% se comparado a janeiro de 2011. A remuneração é a mais alta para o mês de janeiro desde o início da pesquisa.

Na avaliação da Fecomércio, a leve alta do desemprego em relação a dezembro (0,8%) é natural, uma vez que nem todos os trabalhadores temporários que atenderam às demandas das festas de final de ano foram contratados. O aumento das remunerações seguiu a tendência de valorização do salário mínimo, que teve expansão de 14% no início deste ano.

Em relação à crise internacional, a expectativa é de que o Brasil esteja relativamente tranquilo, atingindo bons níveis de crescimento garantidos pela força do mercado interno que, ancorado na expansão das vagas de emprego e da renda, vem obtendo bom desem-penho. No entanto, os aumentos salariais devem seguir os ganhos de produtividade da economia, evitando o aumento da inflação.

Emprego e renda crescem no Brasil mesmo com crise mundial

tores e cerca de 100 mil visitantes, além de reunir fornecedores de matérias-pri-mas como máquinas de moldagem de sopro, extrusora e injetora, equipamen-tos para reciclagem; máquinas e insta-lações para o acabamento, decoração, impressão e marcação; máquinas para resinas de espuma, peças e componen-tes, prensas e máquinas de solda.

A Feira de Cantão terá 24 mil expo-sitores e cerca de 105 mil visitantes. A

exposição reunirá compradores e forne-cedores de máquinas e equipamentos pesados, pequenos maquinários, auto-peças, hardware, ferramentas, máqui-nas para construção, eletrodomésticos, artigos sanitários e materiais para cons-trução e decoração.

Para ver detalhes da programação das feiras e fazer inscrições, acesse www.fiescnet.com.br/china. Mais infor-mações pelo telefone (48) 3231-4662.

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A portaria do Ministério do Tra-balho que regulamenta o sistema de ponto eletrônico pode ser suspensa. É que a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou. A proposta ainda precisa ser avaliada pela Comissão de Direitos Humanos e Participação Legis-lativa do Senado.

Os argumentos do relator, senador Armando Monteiro, são semelhantes aos abordados pela classe empresa-rial e por diversas entidades sindicais patronais: os altos custos que serão gerados às empresas, a invalidez da medida do Ministério do Trabalho que

não poderia “criar novos direitos e de-veres que não estão previstos em lei, tais como a obrigação de o emprega-dor fornecer o comprovante impresso, recibo pelo tempo despendido, e o direito de o empregado receber este comprovante” e a não garantia de que “o sistema não garante que se-jam evitadas fraudes na marcação do ponto, pois nada impede que empre-gado e patrão cheguem a um acordo para que não sejam marcadas as ho-ras extras”.

Em dezembro, a Portaria nº 2.686, do Ministério do Trabalho e Empre-

go havia prorrogado pela quinta vez a obrigatoriedade da implantação do Sistema de Registro Eletrônico do Ponto (SREP) nas empresas. Os pra-zos estipulados, que mesmo com a proposta de decreto têm validade, vencem em 2 de abril de 2012, 1º de junho de 2012, e 3 de setembro de 2012 a serem cumpridos por setores da indústria, comércio, serviços, finan-ceiro, transportes, construção, comu-nicações, energia, saúde e educação; empresas com atividades agro-econô-micas; e microempresas e empresas de pequeno porte, respectivamente.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, afirmou que os investimentos da General Motors (GM) em Santa Catari-na fortalecerão o polo de autopeças já instalado no Estado. Côrte participou, dia 23 de fevereiro, da solenidade de assinatura do protocolo de intenções para a construção da segunda fábrica da montadora em Joinville. O encontro foi realizado no Centro Administrativo do Governo, em Florianópolis.

“O setor de autopeças já representa 4% do valor da transformação indus-

trial de Santa Catarina. Somos o quinto maior exportador de autopeças. O Esta-do já tem tradição nesse setor. Com essa decisão da GM, sem dúvida, vai se con-solidando a vocação de Santa Catarina no polo já instalado aqui. Seguramente teremos uma cadeia de suprimentos em torno desses novos investimentos. Isso é muito positivo. A Fiesc participa do programa da montadora. Nós seremos parceiros como já somos na primeira fá-brica no sentido de qualificar e preparar os trabalhadores”, afirma Côrte.

Na cerimônia, o vice-presidente da montadora, Marcos Munhoz, afir-mou que a empresa vai investir R$ 710 milhões para construir a nova fábrica de transmissores. Segundo ele, com o novo empreendimento, a empresa vai deixar de importar os transmissores, além de exportar 75 mil unidades para a Europa. A fábri-ca deve iniciar as operações no iní-cio de 2014. “Estamos prontos para virmos para Santa Catarina de uma maneira forte e perene”, afirmou Munhoz.

O presidente da Câmara de De-senvolvimento da Indústria Automo-tiva da Fiesc, Hugo Ferreira, afirma que a partir dessa decisão da GM começará a se formar um grande polo automotivo dentro do Estado. “Isso vai incentivar fornecedores e o próprio setor a instalar fábricas junto a esse polo. A decisão da montado-ra nos ajuda muito. Realmente, ve-mos isso como uma nova fase para a indústria manufatureira de Santa Catarina, especialmente para o setor automotivo”, afirma.

Decreto legislativo pode suspender portaria do ponto eletrônico

Santa Catarina pode ser polo industrial automotivo

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A Associação Empresarial de Ja-raguá do Sul (ACIJS) entregou, no dia 15 de fevereiro, repre-sentantes dos partidos políticos do município, documentos

com sugestões de pontos que o setor pro-dutivo entende serem vitais ao plano de governo da futura administração pública.

Segundo o presidente da ACIJS, Dur-val Marcatto Júnior, o objetivo é contribuir com sugestões que possam ser usadas como referência na elaboração das estra-tégias de governo, buscando criar alterna-

tivas de melhorias que visem a qualidade de vida da cidade e o desenvolvimento econômico sustentável.

Aos representantes de 13 dos 20 partidos com representação no municí-pio, Marcatto lembrou que o material aponta apenas referências de ações, sem aprofundar os temas para que as siglas tenham independência na organização dos projetos. “Essas ideias foram feitas com base na pesquisa dos nossos 1,3 mil associados. Nossa expectativa é de que o pleito seja qualificado pelas propostas que

visem o bem de Jaraguá do Sul e estimu-lem boas ações para a comunidade”, co-mentou o empresário.

As propostas da entidade são divi-didas em sete itens. A infraestrutura é o tema principal, no qual foram destacados assuntos a serem priorizados, como a re-tirada do trânsito pesado do Centro da ci-dade, por meio da alternativa de um anel viário. Além disso, foi defendida proposta de facilitar a mobilidade de meios alter-nativos de transportes, como bicicletas, e estimular o uso dos meios públicos.

institucional

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ACIJS apresenta sugestões para as eleições O objetivo é criar alternativas para a qualidade de vida da cidade e o desenvolvimento econômico sustentável

Confira os pontos indicados pela ACIJS

Infraestrutura- Mobilidade Urbana- Trânsito: tirar o trânsito pesado do Centro da cidade (anel viário); ampliar ciclovias e otimizar o fluxo de veículos na cidade- Transporte Público: criar alternativas que viabilizem a utilização intensiva do transporte coletivo - Criação de áreas públicas de lazer - Articular efetivação, através do governo federal, do contorno ferroviário - Revisão do Plano Diretor, em consonância com os anseios da sociedade civil organizada - Plano de Macro-drenagem (desassoreamento permanente dos rios), fixação da calha ideal dos rios e manutenção permanente do sistema de drenagem pluvial- Internet: universalização do acesso à rede mundial de informações

Educação- Implantar projeto Empreendedorismo nas escolas - Ampliação da escola integral para o Ensino Fundamental

Saúde- Apoio aos hospitais- Implantação de um sistema de Pronto Atendimento 24 horas com médicos nos bairros

Gestão- Aumentar o percentual de recursos orçamentários para investimentos (obras) - Redução do número de secretarias e cargos comissionados - Valorizar o pessoal interno (técnicos) - Criar procedimentos de gestão pública - Melhoria no tempo e nos critérios de análise de projetos - emissão de alvarás

Segurança- Apoiar as ações na área da segurança pública - Apoiar as ações do Conselho Comunitário Penitenciário - Apoio aos Bombeiros Voluntários

Meio ambiente- Expansão da capacidade de licenciamento da Fujama (autonomia) - Buscar regularização das empresas em faixa de APP (Estudo da Bacia Hidrográfica - AMVALI) - Apoio ao projeto regional de destinação de resíduos sólidos urbanos - Criar tratativa ambiental diferenciada para Micro e Pequenas Empresas (MPEs)

Turismo- Fomento ao desenvolvimento turístico no município e região

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Monika Conrads assume nova diretoria da ACIJS Assembleia realizada no dia 27

de fevereiro, com a presença de associados e dos Conselhos Deli-berativo, Consultivo e Fiscal, con-duziu por aclamação a empresária Monika Hufenüssler Conrads para a presidência da Associação Em-presarial de Jaraguá do Sul (ACI-JS), no período 2012-2013.

A presidente do Conselho de Administração da Duas Rodas In-dustrial, Monika Conrads, man-tém forte atuação da comunidade, já tendo ocupado a presidência da

Sociedade Cultura Artística (Scar) e, atualmente, responde pela vice--presidência do Instituto Femusc, responsável pela organização do Festival de Música de Santa Catarina.

A empresária será empossada juntamente com os demais vice--presidentes e diretores durante solenidade, no dia 22 de março, às 19h30min, no Clube Atlético Bae-pendi. Credenciais para o evento podem ser adquiridas na sede do Centro Empresarial, no valor de

R$ 50 (associados ACIJS, APEVI, CDL e Sindicatos de Indústrias) e R$ 80 (demais interessados). Mais informações pelos telefones (47) 3275-7045 e 3275-7024.

Sessão de Negócios abre calendário de Núcleos Setoriais

Núcleo de Gastronomia associa-se à Abrasel

O Conselho de Núcleos Setoriais da ACIJS-APEVI promove, no dia 6 de mar-ço, a partir das 18h30min, Sessão de Negócios, para que as empresas parti-cipantes apresentem as demandas de ofertas de produtos e serviços e, desta maneira, potencializem negócios.

O evento abre o calendário de ativi-

dades dos Núcleos Setoriais de Jaraguá do Sul em 2012 e tem a parceria do Sebrae de Santa Catarina. Com vagas limitadas, o evento é aberto aos em-preendedores de todos os segmentos em Jaraguá do Sul e região, executivos, profissionais e demais interessados.

As inscrições têm valor de R$ 50

para empresas integrantes dos Núcle-os; R$ 60 para associados da ACIJS, APEVI, CDL e Sindicatos Patronais; e R$ 130 para os demais interessados. Informações e inscrições pelos te-lefones (47) 3275-7045 e 3275-7028, e pelos e-mails [email protected] e [email protected].

O Núcleo de Gastronomia ACIJS-APEVI encerrou o ano comemorando mais uma conquista para o segmento em Jaraguá do Sul. Em dezembro, o Núcleo Setorial passou a integrar a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina (Abrasel), ini-ciativa que deverá trazer maior incremento às atividades do setor no município em 2012.

Conforme Mariana Aparecida de Andrade, consultora de Núcleos Setoriais da ACIJS--APEVI, a filiação do grupo de empreendedores de gastronomia de Jaraguá do Sul se insere no plano de interiorização das atividades da Abrasel, com o objetivo de ampliar a presença da entidade nas 10 regiões turísticas do Estado.

O presidente da Abrasel-SC, Fábio Queiroz, recebeu integrantes do Núcleo de Gas-tronomia para formalizar a parceria e informou que em 2012 a entidade planeja investir R$ 1,49 milhão em ações, visando o fortalecimento das atividades no Estado.

Com recursos do Sebrae, Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Esportes via Funturismo e iniciativa privada, o investimento inclui a promoção de festivais gastronô-micos e a realização de cursos de capacitação e de eventos para o aprimoramento dos associados e na divulgação do potencial gastronômico de Santa Catarina.

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Os representantes da ACIAG no Conselho Municipal da Cidade, cientes da importância das liberações do re-

ferido conselho, iniciaram ação de discussão interna das pautas e propostas debatidas em reuni-ões deste conselho, ante a efetiva aprovação. Entre os objetivos está a elaboração de estudo e análi-se com sugestões ao Código de

Obras do Município. O Conselho Municipal da Cida-

de de Guaramirim iniciou as ativi-dades e reuniões no final de 2011. O órgão, que conta com represen-tantes do poder público, da socie-dade civil e profissionais liberais, é organizado pela Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento municipal.

O Conselho da Cidade é um órgão consultivo e deliberativo em

matéria de natureza urbanística e de política urbana e rural. A ACIAG conta com oito representantes neste conselho, quatro titulares e quatro suplentes, nos segmentos do comércio, indústria, prestação de serviços e mercado imobiliário.

A diretoria parabeniza a iniciati-va do grupo que demonstrou gran-de comprometimento em relação aos assuntos de interesse da classe empresarial.

institucional

Debate entre representantes da ACIAG Um dos objetivos é a elaboração de estudo e análise com sugestões ao Código de Obras do Município

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O Conselho da Cidade é um órgão consultivo e deliberativo em matéria de natureza urbanística e de política urbana e rural

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Treinamento

ACIAG atende a região para emissão de Certificado Digital

A diretoria de Treinamento da ACIAG já está com o calendário do primeiro trimestre do ano definido. Entre os cursos realizados está o Cipa e o de Oratória Básica. Estão previstos, ainda, a realização do curso “Como atrair e manter clien-tes – Atitudes vivenciadas por pro-fissionais de sucesso” e consultoria gratuita oferecida em parceria com o Sebrae, sobre Finanças e Custos, com duração de uma hora.

As empresas interessadas po-dem participar também do Diag-nóstico de Clima Organizacional Gratuito, que será realizado em parceria com o Sesi, com datas e horários a definir, conforme as ne-cessidades da empresa.

Além desses cursos, a entidade oferece consultorias em parceria com o BRDE e Badesc a cada mês, e todas as segundas-feiras à tarde, presta atendimento jurídico gratui-

to aos associados, através de con-sultorias com advogados nas áreas do Direito Tributário, Civil, Traba-lhista, Penal Empresarial, Comer-cial e Administrativo, Aduaneiro, Eleitoral, Ambiental e Zoneamento e Direito Societário.

Para obter mais informações sobre a agenda de cursos e inscri-ções, entre em contato com a equi-pe ACIAG ou visite o site www.aciag.com.br.

Desde dezembro, a ACIAG realiza os procedimentos para a Certificação Digital das empresas da região. Cerca de 100 empresas já solicitaram o documento eletrônico através da entidade, que identifica e permite ao usuário realizar transações e procedimentos na internet de maneira segura e com validade jurídica.

A utilização desse produto é necessária aos processos em que uma entidade (pessoa física ou jurídica) precisa garantir a autenticidade. Além disso, a instalação do Certificado Digital é simples e eficaz para evitar fraudes e proporcionar mais segurança na realização de transações online.

Para a empresa efetuar a Certificação Digital, basta entrar em contato com a ACIAG. Um funcionário da Facisc, que atua internamente na entidade, está prestando atendimento aos empresários.

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Amanutenção da sede, jan-tar de posse e demais pro-jetos tem sido tema das primeiras reuniões realiza-das pela nova diretoria da

Associação Empresarial de Schroeder (ACIAS). Além de definirem os deta-lhes do evento de posse da nova di-retoria da ACIAS para o biênio 2011-2013, foram debatidas as primeiras ações, como manutenção da sede, sendo autorizada a pintura e a renova-ção da comunicação visual da fachada da entidade, a capacitação sobre aten-dimento e os projetos da nova direto-ria até 2013.

Os detalhes da posse também es-tão aprovados. No dia 8 de março, às 19h30min, a ACIAS promove a solenidade de posse da nova direto-ria, liderada pelo empresário Ivandel Hambus, bem como das novas co-ordenações de núcleos empresariais.

institucional

Nova diretoria da ACIAS toma posseNo dia 8 de março, a ACIAS promove a solenidade de posse da nova diretoria, liderada pelo empresário Ivandel Hambus

Nova diretoria da ACIAS busca conhecimento associativista O diretor-executivo da Facisc, Gilson Zim-

mermann, ministrou palestra na ACIAS com o objetivo de enfatizar informações institucio-nais da Federação. Ele falou sobre projetos, atuação, estrutura e serviços da Facisc, além do apoio disponibilizado ao sistema de ACIs.

Estiveram presentes no evento os mem-bros da diretoria da ACIAS, além de presiden-tes e diretores das ACIs de Massaranduba e Corupá e dos coordenadores de Núcleos da ACIAS.

Segundo Gilson, o objetivo do encontro foi mostrar para os diretores e associados o funcionamento do sistema Facisc para que to-dos possam aproveitar ainda mais as oportu-nidades, usando as soluções empresariais da Facisc.

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O diretor-executivo da Facisc, Gilson Zimmermann, ministrou palestra na ACIAS

Composição da diretoria até 2013

Presidente: Ivandel Hambus (Hambus Representações)Vice-presidente: Jeferson dos Santos (Mengotti SA)Diretor Administrativo: Elines da Silva (Auge Modas)Diretor Financeiro: Kleber André Rosá (Caiman Têxtil)Diretor de Capacitação: Narlon Fabiano Tomczak (Farmácia Nádia Fabiane)Diretor da Indústria: Leandro Bauer (Bamak Metal-Mecânica)Diretor do Comércio: Luciléia Bernardi (Julecler Modas)Diretor de Serviços: Adriano Kath (Olicar)Diretor de Agricultura: Ricardo Voigt (Bananas Voigt)Diretor de Núcleo Setorial: Ismário Bauer (Bamak Metal Mecânica)Diretor de Negócios: Herve Sandmann Souza (Forte Projetos)

Após a solenidade, será servido o jantar festivo no Clube dos Idosos de Schroeder, que contará com a presen-ça de autoridades da cidade e região, além de convidados que representam

a classe empresarial. As credenciais para o jantar, por

adesão, já podem se feitas com o atendimento da ACIAS, pelos telefo-nes (47) 3374-1545.

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Ações de planejamento

Núcleo de Jovens organiza a feijoada de integração

Entrega dos prêmios da Compra Feliz 2011

Para facilitar a vida dos consumidores e dar a eles a oportunidade de fazerem as compras tranquilamente, as lojas associadas terão horá-rio estendido até as 16h nos sábado de pagamento. As equipes de trabalho dos lo-jistas associados também po-derão participar de um Curso de Atendimento ao Cliente, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de março, na sede da Associação Empresarial.

O Núcleo de Jovens Empreendedo-res formou um comitê para organizar o evento de integração, que visa reunir as-sociados e comunidade para fazer uma feijoada. O evento acontecerá no dia 16 de junho, entre 11h e 16h, no Salão do Clube dos Idosos (Rua Wendelin Reiner, S/N - Centro).

A iniciativa dos integrantes do Nú-cleo de Jovens Empreendedores tam-bém visa apoiar o projeto Bombeiros Mi-rins da corporação de Schroeder. Criado em 2009, o Núcleo realiza eventos de capacitação e se estrutura em torno de projetos de valorização do associativis-mo com responsabilidade social.

A coordenadora do núcleo, Patrícia Laube, e a equipe estão bastante otimis-tas com os projetos e ações do plane-jamento para este biênio. “O comitê organizador da feijoada está bastante entusiasmado com o evento que está indo para a quarta edição”, afirma a co-ordenadora do núcleo.

O Núcleo do Comércio entregou, em fevereiro, os prêmios da Campanha Compra Feliz 2011. Foram 21 pessoas contempladas com bicicletas, um com notebook, um com televisão LCD e três sortudos com motos 125 cilindra-das. Foi um momento muito importante, em que os lojistas se encontraram com os ganhadores e partilharam o momento festivo. A campanha envolveu mais de 30 comerciantes de Schroeder, Poder Público e toda a comunidade schroedense e da região.

Núcleos contam com duas mulheres na gestãoNo Brasil, temos uma mulher eleita para comandar

a nação brasileira e tantas outras para comandar enti-dades. Até time de futebol é comandado por mulher e, agora, em Schroeder, a nova diretoria da ACIAS conta com o apoio de duas mulheres na coordenação dos Núcleos Setoriais: no Núcleo do Comércio, a empre-sária de confecções Luciléia Bernardi, proprietária da loja Julecler Modas e, no Núcleo de Jovens da ACIAS, a coordenadora é a jovem Patrícia Laube, gestora co-mercial de uma instituição de ensino superior.

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Foram entregues bicicletas, notebook, televisão e três motos aos ganhadores

Luciléia Bernardi assume Núcleo do Comércio

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ACIAC lança campanha em busca de novos associadosA ACIAC está fazendo uma campanha em busca de novos associados. A mis-são da entidade é, através de represen-tação e prestação de serviços, promo-ver o desenvolvimento e a união das empresas associadas e da comunidade, estimulando o empreendedorismo, vi-sando o desenvolvimento socioeconô-mico do Município e região. A entidade convida a todos os empre-sários para vestir a camisa da ACIAC. Fortalecendo, assim, a associação e as empresas.

Institucional

ACIAC entrega carro ao ganhador da campanha Natal Premiado

Leonor Jablonski foi sorteado com o cupom que colocou na urna do Mercado Bertina

O Núcleo do Comér-cio da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC) entregou o carro

Fiat Palio Fire Economy zero KM, modelo 1.0 Flex, quatro portas, cor vermelho, ano 2011 e modelo 2012, no valor de R$ 25.656,40, ao ganhador da campanha Na-tal Premiado 2011: Leonor Jablonski.

Leonor colocou os cupons na urna do Merca-do Bertina. A cada R$30 em compras efetuadas nas lojas aderentes à campanha Natal Premiado 2011, o con-sumidor tinha direito a um cupom.

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Eleições na ACIACA Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), na presença dos associados, realizou, no dia 28 de fevereiro, a eleição dos conselhos Deliberativo e Fiscal para o mandato de dois anos, e da Diretoria Executiva para o mandato de março de 2012 a fevereiro de 2013.No evento, também foi apresentado o balanço financeiro 2011 da ACIAC, sendo aprovado por todos os presentes. A posse da nova diretoria será rea-lizada no dia 20 de março, às 20h, no restaurante do seminário de Corupá.

Diretoria

Presidente: Vilmar Maas (Domus Móveis)Vice-presidente: Anésio Mees (Mercado Mees)Tesoureiro: Sidney Artur Neuber (Elétrica Neuber)Secretário: Rene Afonso Mahnke (Floricultura Mahnke)

Vilmar Maas e Rene Afonso Mahnke

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A importância das marcas e patentes

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ponto de vista

Um dos fatores de competi-tividade que impulsiona as empresas é a inovação, hoje um gargalo nos países em desenvolvimento. Os brasi-

leiros passam a entender que a ino-vação não necessariamente precisa estar ligada à atividade de pesquisa, sendo que grande parte dos novos produtos e serviços surge através de parcerias entre empresas, monitora-mento da concorrência e das bases de inovação tecnológica disponíveis em todo o mundo.

Segundo dados do Instituto Nacio-nal da Propriedade Industrial (INPI) de 2011, o Brasil chegou a 47ª po-sição no ranking da inovação tec-nológica, a frente da Índia, África do Sul e da Rússia. Mas, é na área de patentes que o País vem se des-tacando, graças aos investimentos feitos em sistemas operacionais de tecnologia da informação para aces-sar as melhores bases de inovação tecnológica do mundo. Os números ainda demonstram que, de janeiro a dezembro de 2011, o INPI recebeu 30.088 pedidos de patentes, contra 28.052 em 2010. Para as marcas, o INPI registrou 140.815 solicitações até dezembro, contra 129.620 pedi-dos em 2012.

Outro fator que tem agregado aos números é a conscientização de que a Propriedade Intelectual (PI) não apenas protege os frutos derivados da atividade criativa, mas também, os investimentos necessários para levar esses frutos ao mercado. Com uma assessoria consistente, o em-preendedor pode investir em inova-ção com segurança. Com a busca em bases tecnológicas é possível identificar se o produto a ser impor-tado ou produzido está livre de so-frer impedimentos de circulação por patentes ou, ainda, se há possibilida-de de licenciá-lo com exclusividade através de pagamento de royalties.

Outra vantagem é o fornecimento de subsídio para criar novos produ-tos a partir do que já foi inventado. Além do que, produtos inovadores em determinados países podem es-tar disponíveis para produção e co-mercialização no Brasil, tornando-se mais uma oportunidade de negócio.

A gestão do patrimônio imaterial tem se tornado um diferencial no mercado, acrescido da busca pela fi-delização dos clientes por uma mar-ca forte, design diferenciado ou um know-how exclusivo. A iniciativa de explorar com eficiência e segurança o bem intangível é uma ferramenta utilizada tanto por pequenas empre-sas quanto por grandes corporações.

A empresa catarinense Cerumar Propriedade Intelectual é especia-lizada na prestação de serviços de assessoria e consultoria em PI, orien-tando empresários, inventores, artis-tas e autores quanto à utilização da PI como fator de competitividade. É a idealizadora e operadora da solu-ção empresarial Printe (www.printe.

Thaise Rossi da RosaAssessora de Imprensa da Cerumar

[email protected]

Uma das vantagens é o fornecimento de subsídio para criar novos produtos a partir do que já foi inventado”

Os produtos inovadores em

determinados países podem estar disponíveis

para produção e comercialização no Brasil,

tornando-se mais uma oportunidade de negócio”

com.br), oferecida através da Fede-ração das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), disponível em mais de 70 associações do Esta-do. Com o Printe, os associados do sistema Facisc passaram a ter conhe-cimento desses atrativos através de palestras, bem como do atendimen-to personalizado em seus domicílios. Saiba mais através da sua associação empresarial.

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