revista negócios - ed. 08

40
das associações empresariais do Vale do Itapocu Injeção de coragem Ousadia e empreendedorismo do empresário Isac Menegazzo Borges garante o sucesso dos postos da família em Corupá Empreendedorismo: maior empresa de baquetas fica em Jaraguá Entrevista: Bruno Breithaupt fala dos desafios à frente da Fecomércio Ano 2 | nº 8 setembro e outubro de 2010 R$ 8,90

Upload: mundi-editora

Post on 01-Feb-2016

230 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista empresarial da ACIJS, de Jaragúa do Sul. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Negócios - Ed. 08

das associações empresariais do Vale do Itapocu

Injeção de coragemOusadia e empreendedorismo do empresário Isac Menegazzo Borges garante o sucesso dos postos da família em Corupá

Empreendedorismo: maior empresa de baquetas fica em Jaraguá Entrevista: Bruno Breithaupt fala dos desafios à frente da Fecomércio

Ano 2 | nº 8setembro e outubro de 2010

R$ 8,90

Page 2: Revista Negócios - Ed. 08
Page 3: Revista Negócios - Ed. 08
Page 4: Revista Negócios - Ed. 08

A Associação Empresarial de Guaramirim desem-penha importante pa-pel no desenvolvimento do município, o qual

atualmente destaca-se em crescimento econômico na região e no Estado de Santa Catarina. As empresas e empre-sários, integrados ao Poder Público e comunidade, sem medir esforços, apli-cam recursos e energias na constante busca pela sustentabilidade, inovação, melhorias e novos negócios. Dois gar-galos dessa trajetória de sucesso vêm desafiando as lideranças. O primeiro trata da logística e da mobilidade urba-na. Questão que clama pela humaniza-ção do atual trecho de oito quilômetros da BR-280 a ser duplicado do Km 50,8 (imediações do contorno que desviará a rodovia, próximo à WEG Química) até o Km 58 (próximo à Ponte do Portal).

O fluxo vai melhorar muito com a conclusão da obra SC 413, que liga a Rodovia do Arroz/Rodolfo Jahn ao Rio Branco/Emilio Mahnke Junior, cujos pro-

jetos os órgãos competentes já estão elaborando; os trajetos mais longos se-rão contemplados com a execução do projeto da duplicação da BR-280, divi-dido em dois lotes de São Francisco do Sul até o bairro Nereu Ramos, em Jara-guá do Sul, com desvio passando pelo município do Schroeder, tendo previsão de conclusão para 2015. O segundo gargalo trata da qualificação da mão de obra através da educação técnica.

Neste sentido, importante a contri-buição do SENAI, presente na região com cursos técnicos; outro projeto im-portante o Centro de Educação Profis-sionalizante em Guaramirim: Cedup, cujo primeiro passo já está sendo dado com a turma de pós médio Técnico em Comércio, hoje em fase de estágio. A prática da tolerância, liberdade e auto-nomia têm sido constante na atual ges-tão da ACIAG.

Tendo em vista a abertura de mui-tas novas empresas no município, a di-retoria da ACIAG está fazendo esforço na busca da participação efetiva com a

adesão de novos associados. De outro lado, o fortalecimento da representati-vidade política em nível estadual com o projeto Voz Única e regional em conjun-to com as demais entidades de Massa-randuba, Schroeder, Corupá e Jaraguá do Sul, despertaram que o diálogo e a união fortalecem a classe empresarial, quando a meta é a organização para al-cançar êxito nos projetos que permeiam a boa qualidade de vida. Convidamos o leitor a conferir o conteúdo das próxi-mas páginas agradecidos pela atenção e oportunidade.

Eluísa Hertel MaiochiPresidente da Associa-ção Empre-sarial de Guaramirim

Os desafios do crescimento

editorial

4

Page 5: Revista Negócios - Ed. 08
Page 6: Revista Negócios - Ed. 08

Com 20 anos de atuação, a Baquetas Liverpool, de Jaraguá do Sul, já exporta 20% da produção para 30 países e lidera o mercado nacional, onde começou para atender o ramo carnavalesco. Confira ops planos e trajetória da empresa comandada por Rafael Monforte.

22. Toque de midasSantantonio Materiais de Construção vira referência em Schroeder sob comando familiar. Sérgio e Márcia Pasquali estão à frente de um grupo que inclui ainda comércio, ramo de impermeabilizantes e terraplanagem.

30. Economia da banana

O sonho do cobrador de ônibus Isac Menegazzo Borges virou realidade às custas de muita dedicação e persistência, as quais levaram o morador de Corupá a ser dono de dois postos de combustível que completam 40 anos em 2011.

16. Tiro certeiro na vida empresarial

6

sumário

Page 7: Revista Negócios - Ed. 08

Comandadas pelo Cejas, entidades empresariais da região do Vale do Itapocu comemoram resultado da campanha pela conscientização do voto, que auxiliou na inclusão de um representante na Assembleia Legislativa do Estado.

32. Eleições

Conselho EditorialBeatriz Zimmermann (ACIJS)Jean Carlo Chilomer (ACIAC)

Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS)Rogério Souza Silva (ACIAG)

Ronaldo Corrêa (CEJAS)Danielle Fuchs (Mundi Editora)

Edição Danielle Fuchs

[email protected]

New Age Comunicação - Liliani Bento Fotos

Ricardo Silva, Ronaldo Corrêa, Flávio Ueta e divulgação

Foto de capa Ricardo Silva

Gerente de Arte e Desenvolvimento Rui Rodolfo Stüpp

[email protected]çãoTiago de Jesus

Gerente comercial Eduardo Bellidio

[email protected]

Editora-chefe Danielle Fuchs

[email protected]

Diretor executivo Niclas Mund

[email protected]

Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC - CEP. 89.035-401

Tel.: (47) 3035-5500 - www.mundieditora.com.br

Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIAG), e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS), na

Rua Octaviano Lombardi, 100 – (47) 3275-7000.

TIRAGEM 3.000 exemplares

E-mail parasugestão de reportagens

[email protected]

Homem incansável, empresário empreendedor e parceiro no associativismo, Bruno Breithaupt assumiu a Fecomércio com unanimidade de votos e a difícil missão de substituir Antônio Edmundo Pacheco, que faleceu ano passado. Otimista com o futuro do setor em Santa Catarina, o catarinense de Jaraguá do Sul recomenda foco na qualificação da mão de obra.

26. Entrevista

Page 8: Revista Negócios - Ed. 08

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anúncio Auditores.ai 1 07/10/2010 17:41:55

direitos & deveres

8

Jackson da Costa BastosAdvogado (OAB/SC 11433) sócio do escritório Bastos Advogados Associados SSVice-presidente jurídico-legislativo da ACIJS

Há 20 anos o Brasil instituiu em seu ordenamento ju-rídico uma nova normati-zação para as relações de consumo, através da Lei

8.078/90, sancionada pelo então pre-sidente Fernando Collor de Melo, cuja vigência se deu a partir de 11/03/1991. Não foi apenas mais uma das tantas leis brasileiras, foi a criação de um novo sistema jurídico baseado em diversos princípios constitucionais, sendo o mais relevante deles o reconhecimento da hipossuficiência do consumidor nas re-lações de consumo, o que significa, em outras palavras, considerar o consumidor como a parte mais fraca e vulnerável à vontade do fornecedor, nessa relação. Esclarece-se, aqui, que essa lei não foi

editada por simples vontade do presi-dente do País, mas por uma exigência da Constituição Federal de 1988.

Passados 20 anos, cabe a reflexão: que mudanças na vida do cidadão bra-sileiro essa lei trouxe? Ao fazer essa re-flexão, recordei-me que no final dos anos 70, meu pai comprou um veículo zero quilômetro e, feliz com a aquisição, convidou toda a família para irmos até a praia. Viagem curta, de aproximadamen-te 100 km, entretanto, nessa viagem os quatro pneus do veículo furaram. Todos tinham defeito de fábrica. Resultado, meu pai voltou a Jaraguá do Sul, tentou argumentar com a concessionária que lhe havia vendido o veículo, mas teve que comprar quatro novos pneus sem qualquer lei que amparasse o seu direito. Na época, não existia o Código do Con-sumidor.

Alguém conceberia tal situação nos dias de hoje? Esse pequeno exemplo demonstra que essa lei trouxe mais do que um simples direito, trouxe uma nova cultura nas relações existentes entre con-sumidor e fornecedor. Estabeleceu regras claras com relação à oferta e a publici-dade, bem como criou instrumentos de

proteção, através de órgãos como o Pro-con, por exemplo.

Houve uma ruptura no comporta-mento humano e social após a edição e vigência dessa lei, humanizando as in-formações sobre o produto, a segurança que dele se espera e no seu manuseio e a própria relação existente entre consu-midor e fornecedor. Vieram embalagens com adequado acondicionamento dos produtos, rótulos contendo data de va-lidade, composição, peso líquido, iden-tificação de fabricante, instruções para uso e manuseio, proibição da chamada “venda casada”.

Sob meu modesto ponto de vista, essa lei trouxe mais benefícios do que prejuízos, em especial por ter humaniza-do a relação entre consumidor e fornece-dor. Afinal, mesmo sendo fornecedores em alguns casos, passamos a consumi-dores em outros, nos beneficiando da lei.

Essa lei humanizou a relação entre fornecedor e consumidor

20 anos do Código de Defesa do ConsumidorMudanças, desafios e benefícios do grande parceiro dos brasileiros

Page 9: Revista Negócios - Ed. 08

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anúncio Auditores.ai 1 07/10/2010 17:41:55

Page 10: Revista Negócios - Ed. 08

canal aberto

Ficou provado que se atuarmos de maneira

integrada seremos mais fortes nas nossas

reivindicações”

Durval Marcatto Junior, comemorando a conquista de um representante do Vale do Itapocu na Assembleia Legislativa, vitória que contou com o apoio da campanha do Cejas

frase

Desde o dia 14 de se-tembro, Jaraguá do Sul conta com a Delegacia da Mulher e de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso. A comunida-de esperava há 15 anos pela instalação dessa delegacia, que tem como objetivo proteger e orientar a população nas mais diversas ocorrências - com atendimento prio-ritário à mulher. O delegado responsável é Weydson da Silva. Além dele, a delegacia dispõe de uma escrivã, dois agentes de polícia e dois agentes administrativos - esses cedidos pela prefeitura de Jaraguá do Sul.

em alta X em baixa

A Delegacia de Guaramirim, que recentemente teve que reformar o telhado porque em um dos últimos ven-davais houve destelhamento e entrou água no prédio. O prédio onde a delegacia está instalada é bastante antigo, por isso, tem problemas de infraestrutura. Além disso, o efetivo está abaixo do ideal. A delegacia está aguardan-do a vinda de mais policiais para a cidade.

Mesmo com uma es-trutura antiga, a delegacia consegue atender bem os municípios de Guaramirim, Massaranduba e Schroeder.

Delegaciada Mulher

Delegacia de Guaramirim

tribuna

O Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, dentro de pouco tempo, con-tará com mais um caminhão Auto Bomba Tanque-ABT, que se somará aos cinco já existen-tes na corporação. O novo veí-culo deve estar pronto e entre-gue no início do próximo ano. O presidente da Associação de Bombeiros Voluntários de Ja-raguá do Sul, Giorgio Donini, conta que a WEG doou uma carroceria, no valor aproximado de R$ 250 mil, que será acopla-da a um chassi que já havia sido doada pela empresa, em 2007. A corporação de Jaraguá do Sul tem uma das maiores frotas de Corpos de Bombeiros Voluntários de SC, resultado das doa-ções da comunidade e empresas, além dos governos estadual e do Município. Este caminhão terá como diferencial dos demais a capacidade para alcançar com a bomba dá água até o 12º pavimento de um prédio.

Os Bombeiros Voluntários de Jaraguá contam também com três cami-nhões Auto Bomba – AT, seis ambulâncias próprias, duas camionetas em co-modato com o DEDC, um Jeep, uma camioneta Unidade de Resgate –UCR e um automóvel Gol para serviços de fiscalização. Além disso, conta com desencarceradores hidráulicos e manuais, desencarcerado, extintores de alta pressão, lancha, bote, canoas, equipamentos de mergulho, carregador de ar comprimido, entre outros. O trabalho do Corpo de Bombeiros Voluntários é imprescindível, visto que é o melhor equipado para atender as ocorrências na BR-280.

Mais força para os Bombeiros

10

Page 11: Revista Negócios - Ed. 08
Page 12: Revista Negócios - Ed. 08

12

reportagem especial

O d e s e n v o l v i m e n t o sustentável e quali-tativo é o grande de-safio do Vale do Ita-pocu, do qual fazem

parte Jaraguá do Sul, Corupá, Gua-ramirim, Schroeder. Juntos, esses municípios representam quase 200 mil habitantes. A Região Norte de Santa Catarina é uma das que mais tem apresentado índices de cresci-mento.

O bom desempenho da econo-mia local, aliado à qualidade de vida, tem atraído muita gente para morar nessas cidades. Porém, junto com elas vêm alguns problemas sociais como o aumento do tráfico de veícu-

los, congestionamento na BR-280 e desemprego, visto que a maioria não tem qualificação para preencher as mais de 3 mil vagas abertas apenas em Jaraguá do Sul.

Com o objetivo de apresentar nú-meros concretos sobre o desenvolvi-mento da região, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Se-brae) acaba de compilar dados sobre esses municípios.

O analista técnico do Sebrae, Marco Antônio Murara, explica que a série “Santa Catarina em Núme-ros” teve origem na necessidade da entidade de refinar as ações de pla-nejamento, com um levantamento de informações sobre aspectos eco-

nômicos e sociais que permitam ca-racterizar os recortes territoriais, onde estão inseridas as micro e pequenas empresas do Estado.

Murara explica que o Sebrae não realizou nenhuma pesquisa para ela-borar o documento, que utiliza al-guns dados antigos. O que ocorreu foi uma compilação de informações que já existiam e foram repassados pelas entidades de classe para que o Sebrae pudesse agrupar todos os indicadores em um único arquivo.

“Assim fica mais fácil avaliar o potencial de cada município, atendi-mento em saúde, educação e quali-dade de vida”, diz. O analista explica que a iniciativa deste estudo não se

Crescimento sustentável é desafioPesquisa do Sebrae com o Vale do Itapocu mostra que gargalos da região continuam os mesmos

Problemas de infraestrutura viária ainda são os principais empecilhos ao crescimento da região que comporta 200 mil habitantes

Page 13: Revista Negócios - Ed. 08

Falta de mao de obra qualificada ainda aparece como obstáculo para o crescimento

esgota na publicação. A partir de agora, o Sebrae pretende atualizar os dados com mais periodicidade. “Sabemos que alguns dados estão bastante defasados. Mas, infeliz-mente, algumas coisas não muda-ram muito. Por exemplo, os índices de saneamento básico”, explica.

O relatório do Sebrae revela as-pectos gerais, populacionais, sociais, econômicos e de infraestrutura por município.

De acordo com Murara, desta forma, o potencial investidor tem condições de analisar os dados por município, como IDH, número de empresas concorrentes, entre ou-tros, além de escolher a cidade que apresenta maior demanda.

1313

Um dos problemas apontados por empresários e lideranças de entidades de classe, na região, é a falta de mão de obra qualificada. De acordo com o diretor-administrativo e financeiro do Comércio e Indústria Breithaupt S.A, Bruno Breithaupt, o crescimento da região e também o aquecimento da economia como um todo na pós-crise de 2008 são os principais motivos para a falta de qualificação. “Nós temos ex-celentes escolas, estamos bem dotados de faculdades e escolas técnicas. Po-rém, não está dando tempo para pre-parar a mão de obra na mesma evo-lução em que há crescimento”, alerta.

Para o presidente do Sindicato Me-tal-mecânico da região, Célio Bayer, o problema da falta de mão de obra qualificada pode se agravar nos próxi-mos anos com a duplicação da BR-280 e consequente aumento de investi-mentos no Vale do Itapocu. “Nós te-mos excelentes escolas. Mas até para trabalhar no operacional há exigência

Falta mão de obra qualificada na região

de certa qualificação. Não está dando tempo de preparar os nossos jovens. Por isso, tem vindo muitos profissionais de fora trabalhar e se estabelecer em nossos municípios.” Ele conta que o salário médio oferecido na região é de R$ 750,00.

A evolução dos salários aliada à economia estável também trouxe outro problema para a região: o excesso de veículos em circulação. “Sabemos que esse é um problema geral no Brasil, mas precisamos investir em alternati-vas para desafogar o trânsito urbano e também nas rodovias”, diz o geren-te de Trânsito e Transporte da Prefei-tura de Jaraguá do Sul, José Antônio Schmitt.

Entre essas alternativas ele cita a ampliação das ciclovias e ciclofaixas, projeto que já está em andamento no município – que já possui 18.230 metros de via destinada ao tráfego de bicicletas –, melhoria no transporte coletivo e implantação do VLT (espé-cie de trem bala) entre Jaraguá do Sul e Guaramirim. Schmitt explica que a rede ferroviária de transporte de carga está para ser desativada no centro da cidade e esses trilhos poderiam ser uti-lizados para esse meio de transporte. “Com um projeto bem elaborado, as pessoas poderiam deixar seus carros em casa e irem trabalhar ou estudar com o VLT”, diz empolgado. Trata-se de um percurso de 23 km.

Page 14: Revista Negócios - Ed. 08

Além da falta de mão de obra qualificada, os empresários reclamam da infraestrutura. O câncer que pode podar o ciclo de desenvolvimento pelo qual a região está passando ainda chama-se BR-280. Há anos, as lideranças esperam pela duplicação da rodovia. Recentemente, houve um aceno positivo de que logo co-meçarão as obras. Porém, outras vias importantes da região também preci-sam ser revitalizadas para ajudar no escoamento da produção.

O secretário em exercício da Se-cretaria de Desenvolvimento Regio-nal de Jaraguá do Sul, que abrange os municípios já citados, Francisco Luiz de Souza, diz que existe um projeto para revitalizar trecho entre a rodovia SC-413 (Joinville) e o muni-cípio de Guaramirim (pela Vila Nova), o que ajudaria a desafogar o trânsito na BR-280. O projeto está orçado em R$ 12 milhões. Por enquanto não há previsão de quando começará.

O município de Schroeder tam-bém está investindo em infraestrutu-ra. Está sendo asfaltada a Rua Erich Froehner, um trecho de 4.406,81 metros lineares que interliga o cen-tro da cidade à área industrial do município.

A Prefeitura também protoco-lou pedido na Secretaria de De-senvolvimento Regional de mais R$ 1,5 milhão para pavimentar três quilômetros da Rua Rio de Janeiro, continuação da Erich Froehner, que

A esperança de duplicação foi renovada, no final de setembro, em audiência do Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizada para explicar aos in-teressados os detalhes da licitação.

As licenças ambientais do Ibama, que eram apontadas como o em-pecilho para abrir o processo, já fo-ram obtidas. O projeto dos 71,5KM da rodovia está orçado em R$ 955 milhões. De acordo com o superin-

tendente estadual do Dnit, João José da Silva, a previsão é de que o pro-cesso licitatório esteja concluído em 90 dias e o prazo para conclusão da obra é de três anos após o início dos trabalhos.

Região anseia por obras de infraestrutura para escoar produção

Duplicação da BR-280

liga o município a Guaramirim, que fica a um quilômetro da Rodovia do Arroz.

No final do mês de setembro, a Prefeitura de Guaramirim assinou um convênio com o Badesc (Agên-cia de Fomento do Estado de Santa Catarina) no valor de R$ 4 milhões a serem utilizados na reurbanização da área central do município. De acor-

do com o prefeito Nilson Bylaardt, as obras devem começar em janei-ro de 2011. A Prefeitura de Jara-guá do Sul também assinou con-vênio com o Badesc, no valor de R$ 15 milhões, para obras de pa-vimentação asfáltica, construção de pontes, viadutos, urbanização e arborização de vias urbanas, além de drenagem pluvial, entre outros.

Desenvolvimento esbarra na falta de infraestrutura viária para escoar produção

reportagem especial

14

Page 15: Revista Negócios - Ed. 08

A saúde, que geralmente é um dos maiores problemas das cida-des, não é o caso da região. Exis-tem problemas, sim, como a falta de especialistas e de exames mais complexos em municípios de pe-queno porte como, por exemplo, Schroeder. Porém, Jaraguá do Sul, que funciona como uma central no atendimento de saúde para esses municípios, está bem servida de hospitais, clínicas e laboratórios.

O secretário em exercício da Se-cretaria de Desenvolvimento Regio-nal de Jaraguá do Sul, Francisco Luiz de Souza, conta que o Hos-pital de Jaraguá do Sul está sen-do reformado e contará com mais 200 leitos, além de capacidade para realizar cirurgias do coração. Atualmente, essas cirurgias são feitas em Blumenau ou Joinville. Estão sendo investidos mais de R$ 6 milhões.

O Hospital Santo Antônio, em Guaramirim, também está passando por reformas e esta-rá apto para realizar pequenas cirurgias. O gestor do hospital, Ivo Ranghetti, diz que a obra de readequação do hospital começa em 90 dias. Mas, por enquanto, continua funcionando o Pronto--Atendimento.

O hospital conta com centro cirúrgico de média complexidade e maternidade. A obra de quase R$ 80 mil é necessária para que sejam feitas adequações exigidas pela Vigilância Sanitária.

Investimento em hospitais garantea saúde da região

1515

Município Habitantes (2009)

Expectativa de vida (2000)

Mortalidade infantil (2006)

Índice de habitantes por veículo

Corupá 13.380 75,3 anos 12,7 1,9

Guaramirim 31.910 75,2 anos 5,9 1,9

Jaraguá do Sul 139.017 74,1 anos 9,9 1,8

Massaranduba 14.500 77,8 6,9 1,9

Schroeder 14.000 75,3 16,6 2,2

Santa Catarina 6,1 mi 73,7 12,6 2,1

Brasil 191,5 mi 68,6 16,4 3,5

Indicadores sociais:

Índices econômicos:

Balança comercial:

Município PIB (2006) Renda per capita

Nº de empresas formais

Empregos c/ carteira

Corupá 149424 290,19 641 3734

Guaramirim 767081 295,34 1795 9075

Jaraguá do Sul 2978318 414,14 8727 64433

Massaranduba 194303 319,15 809 4082

Schroeder 1595296 363,81 601 3198

Santa Catarina 93,2 bilhões 12.169,00 374629 1777604

Municípios Exportações Importações Balança Comercial

Corupá 5196386 567617,00 4628769

Guramirim 5668146 55931929 - 50263783

Jaraguá do Sul 827132219,00 228689364 598442855

Massaranduba 516.813,00 1434958,00 - 918145,00

Schroeder 967637 1595296 - 627660,00

Santa Catarina 8,26 bilhões 7,97 bilhões 287 milhões

Fonte: Pesquisa Sebrae

Page 16: Revista Negócios - Ed. 08

Com um sonho na cabe-ça, disposição e von-tade de fazer da vida algo diferente do que conhecia na pacata

cidade de Anita Garibaldi, em Santa Catarina, Isac Menegazzo Borges, aos 20 anos, deixou para trás a vida calma ao lado dos pais para trabalhar como cobrador na empresa de Ôni-bus Rex, em Lages. “Eu queria um futuro melhor para mim e para a fa-mília que viesse a formar. Se ficasse em minha cidade não conseguiria. Lá

eu ajudava meu pai a plantar milho e feijão”, conta. Tanto esforço resultou em uma vida de empresário. Hoje, o empreendedor é proprietário do Auto Posto Isac, com duas unidades na ci-dade de Corupá.

O destino queria realmente algo muito diferente para a vida de Isac. Ele trabalhou em diversas linhas em Lages até ser transferido para a linha Indaial-Corupá. Na primeira viagem, dia 6 de janeiro de 1966, ele conhe-ceu, dentro do ônibus, Teresa, que estava indo se matricular no Colégio

Divina Providência. Foi paixão à pri-meira vista e não demorou dois anos para se casarem.

Ainda sem dinheiro, trabalhando como cobrador, mas sempre pensan-do em construir algo diferente para o futuro, logo surgiu a oportunidade que mudaria a vida dos dois. Em uma roda de chimarrão, conversando com os cunhados, Isac soube que a BR-280 estava em obras e precisava de um posto de combustível.

Cheio de expectativa e otimismo, Isac viajou para Curitiba para visitar

Unidades do Auto Posto Isac nascem da ousadia do então jovem Menegazzo Borges

destaque empresarial

Persistência em dose dupla

16

Fotos Ricardo Silva / PhotusPress

Page 17: Revista Negócios - Ed. 08

As duas unidades do posto dispõem de Loja de Conveniências

a Cia. Brasileira de Petróleo Ipiran-ga. “Precisava saber se eles tinham interesse em montar um posto na rodovia BR-280. Como eles de-monstraram disposição e fizeram a instalação dos tanques e das bom-bas, além de fornecer uma quantia para capital de giro, então parti em busca da compra do terreno”, con-ta. A compra do terreno, às mar-gens da BR-280, foi feita através de financiamento. O Auto Posto Isac foi inaugurado em 1971. Os negócios melhoraram e, hoje, o empresário possui dois postos de combustíveis. Isac diz que guarda com muito carinho a ajuda que recebeu dos cunhados, Silvio Len-nert, Waldemar Schultz e Norbert Peter Kürh, que ficaram de avalis-ta quando ele precisou. Agrade-cimento especial também para os falecidos sogros Miguel e Cristina.

Page 18: Revista Negócios - Ed. 08

destaque empresarial

18

No início, trabalhavam duas pessoas: o proprietário e um fun-cionário. Isac conta que, quando começou o empreendimento, dor-miu muitas noites no posto de com-bustível, visto que eles trabalhavam no esquema de plantão. Quem pre-cisava abastecer, apenas tocava a campainha. O primeiro mês de fun-cionamento fechou com venda irri-sória. “Fechamos no vermelho. Mas desistir nem passava pela minha ca-beça”, afirma.

Além das adversidades normais de um negócio novo, Isac conta que também tinha concorrência de um posto de combustível de outra bandeira. Em 1974, destemido, Isac comprou o posto do concorrente e, como não havia movimento para dois postos da bandeira Ipiranga, visto que eram próximos, fechou as portas. Até hoje mantém o terreno. “Não tinha dinheiro, mas consegui emprestado e fiz o negócio”, lem-bra. Dois anos depois, comprou mais um posto de combustível, o antigo Posto Esso. Desta vez, no centro de Corupá, e atualmente ele também é da rede Ipiranga. Mais uma vez, re-cursos para o investimento não ha-via. Mas Isac tinha uma coisa nata em qualquer empreendedor: não tinha medo de arriscar. O proprietá-rio fez uma oferta tentadora: 30% de entrada e o restante financiado sem juros diretamente com o pro-prietário para pagamento em cinco anos.

Até hoje, passados mais de 30 anos, Isac se perde pensando como conseguiu negociar tanto sem di-nheiro, visto que era um jovem com apenas 25 anos e cheio de ideias. “Acredito que se fosse hoje não me dariam atenção. Não me levariam a sério”, opina.

Sem medo e com vontade

Acima, a fachada atual de uma das unidades do Auto Posto Isac, abaixo, a fachada do primeiro posto, fundado em 1971

destaque empresarial

Fotos Divulgação

Page 19: Revista Negócios - Ed. 08

Na década de 1970, quando os negócios começaram, Isac caminhava todos os dias cerca de um quilômetro, o que o separava de sua casa até o posto de combustível. Comovido com o esforço, o sogro deu de presente para ele uma bicicleta Prosdócimo. “Eu não sabia andar de bici-cleta. Mas aprendi e a bicicleta facilitou a vida. Foi bastante útil por uns dois anos, até que consegui comprar uma rural Willys usada”. Atualmente, o empresário anda com um Corolla.

O Corolla é um excelente carro. Porém, saudosista, Isac diz que sente saudades de um Fusca que teve depois da rural. “Ainda vou comprar outro fusca e incrementar. Acho um carro lindo”, declara. Isac teve dois fuscas, um modelo 1973 e outro 1976. Todos enfrentaram muita lama.

Lama na verdade é o que nunca faltou na vida do em-preendedor. Isac conta que quando instalou o posto, o pátio era só lama para todos os lados. O pátio foi macada-mizado por ele com um carrinho de mão e um caminhão emprestado do amigo Leopoldo Wullff (já falecido). Para encher o caminhão usava picareta e pá.

Muitas foram as dificuldades e as noites maldormidas. Isac diz que não desistiu de tudo porque tinha o apoio in-condicional da esposa. “Teresa foi a pessoa que sempre esteve ao meu lado, que me deu apoio, me incentivou e não me deixou esmorecer”, elogia.

O casal teve quatro filhos: Juliano, Rodrigo, Isac Júnior e Rafael. Rodrigo e Isac trabalham na empresa familiar e Juliano possui uma loja de autopeças. Rafael é formado em gastronomia e irá tocar o restaurante, mais novo em-preendimento da família.

As obras do restaurante já começaram, em frente ao posto de combustível, e funcionará com o sistema la carte. O restaurante contará com 380 metros quadrados de área construída e 96 lugares. O projeto é para que esteja pronto até o final do ano.

Muita caminhada pelo sucesso

Teresa foi a pessoa que sempre esteve ao meu lado, que me deu apoio, me

incentivou e não me deixou esmorecer

Isac Menegazzo BorgesEmpresário

Page 20: Revista Negócios - Ed. 08
Page 21: Revista Negócios - Ed. 08
Page 22: Revista Negócios - Ed. 08

De uma pequena em-presa de torneados de madeira no interior de Santa Catarina para o mundo com a produ-

ção de baquetas. Assim começa a história da maior empresa fabricante de baquetas do Brasil: a jaraguaense Baquetas Liverpool, que já soma 20 anos de sucesso. A Monforte, em-presa originária, continua existindo até hoje dentro do grupo empre-sarial da família do empreendedor João Prim. Ao grupo se soma ainda a Monforte - fabricante de ferramen-tas, administrada pelo filho, Juliano. A Baquetas Liverpool está sob a ba-

tuta do filho Rafael, 27 anos, que tem verdadeira paixão pela inovação e está sempre buscando aperfeiçoa-mento para as baquetas.

Os enredos carnavalescos foram os precursores desta história de su-cesso. Rafael conta que as baque-tas surgiram meio que por acaso na Monforte. A empresa produzia torneados de madeira e o seu pai procurava uma forma de reaprovei-tamento das sobras de material. Foi quando surgiu a ideia de fazer ba-quetas para as escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Surpreendentemente, o negócio evoluiu e em 1995 a empresa come-

çou a fazer baquetas profissional-mente. A Liverpool se especializou na criação de uma linha profissional, adequada às necessidades dos bate-ristas brasileiros que, até então, ti-nham apenas opções de uma empre-sa nacional de baquetas. As demais marcas eram todas importadas.

Os pedidos não paravam de che-gar e foi necessário fazer investi-mentos pesados em maquinário. Em 2000, ocorreu a primeira exportação para a Alemanha. Ano em que a empresa participou da Music Messe, em Frankfurt, maior feira de produ-tos musicais do mundo. Com isto a empresa tornou-se conhecida tam-

22

Sucesso a partir de uma ideia simplesCarnaval dá início a Baquetas Liverpool, maior empresa

do ramo no Brasil, comandada por Rafael Monforte

empreendedorismo

Fotos Ricardo Silva / PhotusPress

Page 23: Revista Negócios - Ed. 08

bém no mercado externo. Paralelamente, com o in-tuito de se fortalecer no mercado interno, a Baquetas Liverpool também começou a participar da Expo Music em São Paulo.

Hoje a Liverpool é distribuída em mais de 30 países e marca de referência no Brasil e no mundo. Os pro-dutos Liverpool estão presentes na América do Sul, na Tailândia e nos Estados Unidos. As exportações repre-sentam algo entre 15% e 20% da produção da em-presa.

As baquetas profissionais começaram a ser produzidas

em 1995, mas a primeira exportação veio em 2000

Rafael MonforteAdministrador da empresa

Page 24: Revista Negócios - Ed. 08

24

empreendedorismo

A empresa está sempre inovan-do e oferece uma gama de mais de 400 produtos entre baquetas e aces-sórios para bateria e percussão, com uma produção que chega a mais de 150 mil pares mensais de baquetas. O cuidado com a qualidade está em primeiro lugar e as baquetas são confeccionadas com madeiras crite-riosamente selecionadas e livres de impurezas. São usados cinco tipos de madeiras: marfim, jatobá, goiabão, roxim e Hikory, importada e a prefe-rência dos músicos. Todos os anos são lançados entre 20 e 25 produtos novos.

A fabricação atende ao mais alto nível de qualidade exigido pelos ba-teristas e muitos modelos possuem características originais da empresa, como formato de cabeça, corpo e madeira utilizada. Os pares são cons-tituídos a partir de baquetas com coloração, peso, comprimento, diâ-metro, timbre, formado de cabeça e pescoço idênticos, isentas de empe-namento ou qualquer outra defor-midade que possa comprometer sua aderência, equilíbrio ou rebote. Tanta preocupação com a qualidade ren-deu à empresa o selo de qualidade ISO 9000.

Os produtos estão sempre sendo testados por profissionais gabarita-dos. Atualmente, a empresa conta com quase 30 endorsees (músicos que testam as baquetas e auxiliam com dicas de como podem ficar me-lhores e dizem como querem seus modelos). Entre eles os bateristas do Skank, do J Quest e do cantor Ro-berto Carlos. Além disso, a Liverpool também patrocina alguns bateristas como Cândido Mendes Júnior dos Serranos e Ismaile do Fernando e So-rocaba.

Liverpool oferece mais de 400 produtos

Fotos Ricardo S

ilva / PhotusPress

Page 25: Revista Negócios - Ed. 08

A sede própria foi construída em 2006 no Condomínio Industrial, em Jaraguá do Sul, e resultou num in-vestimento de aproximadamente R$ 300 mil. Rafael conta que a empresa ocupa uma área construída de 1.000 metros quadrados em uma área total de 6 mil metros quadrados. “Com-pramos uma área maior pensando na ampliação quando for necessá-rio”, diz.

De acordo com Rafael, a previ-são é de um crescimento de 23% no faturamento para esse ano. E, como todos os anos são registra-

dos crescimento e o lançamento de novos produtos, já há um projeto para ampliação. Além disso, todos os equipamentos contam com algu-ma inovação tecnológica implantada por Rafael, que é engenheiro. “De-pendendo da necessidade que te-mos para determinado produto, faço adaptações no equipamento para atender nossa demanda”, conta.

Com uma mente inovadora e ir-requieta, Rafael conta que trabalha cerca de 12 horas por dia e, mesmo quando está descansando, sua cabe-ça não pára. O Kit Forró, que ven-

dem e são os únicos que produzem, é resultado de uma ideia que teve quando assistia ao programa “Bem Amigos” da Sport TV e tinha um grupo de forró tocando zabumba com uma maçaneta cortada e adap-tada com uma meia e uma vareta de goiabeira para reproduzir o som que precisavam. Deste momento de lazer, Rafael teve a ideia de criar o kit que é composto de maçaneta e bacalhau para zabumba. Enviou o kit para o músico que aprovou e o pro-duto passou a fazer parte da linha da Liverpool.

Preparada para crescer

Baquetas são exportadas para mais de 30 países, o que representa 20% da produção da empresa

2525

Page 26: Revista Negócios - Ed. 08

Um homem incansávelÀ frente da Fecomércio e da empresa, Bruno Breithaupt é exemplo de associativismo e trabalho

Bruno Breithaupt, 59 anos, eleito, este ano, presidente da Federação do Co-mércio de Santa

Catarina (Fecomércio) para uma gestão de quatro anos – sendo que já vinha exercendo a função desde o ano passado, quando Antônio Edmundo Pacheco mor-reu –, é um homem incansável. Além de uma participação forte no associativismo, também tra-balhar algo entre 10 e 12 horas por dia como diretor-administra-tivo e financeiro do Comércio e Indústria Breithaupt S.A. É tam-bém conselheiro da Associação Comercial e Industrial de Jara-guá do Sul (ACIJS) e do Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul.

O currículo justifica a eleição por unanimidade, com o voto dos 15 diretores da Fecomércio: 34 anos de experiência no varejo catarinense e 19 de atuação na federação, somando-se os perí-odos como conselheiro e segun-do vice-presidente.

O empresário passou por to-das as áreas da empresa familiar, com mais de 80 anos, o que lhe deu uma visão muito boa e fa-cilitou a administração. Soma-se a isso a experiência no associati-vismo como presidente da Asso-ciação Industrial e Comercial, da Câmara de Dirigentes Lojistas, do Sindicato do Comércio Va-rejista e do Hospital da cidade. Todas essas experiências confe-rem a Bruno Breithaupt as qua-lidades necessárias para gerir a Fecomércio, entidade com um orçamento que gira em torno de R$ 200 milhões.

entrevista

26

Page 27: Revista Negócios - Ed. 08

Revista Negócios – Qual o maior desafio do senhor como presidente da Federação do Comércio de Santa Catarina?Bruno Breithaupt – Sob o guarda--chuva da Federação, temos o Senac e o Sesc. O objetivo do Senac está rela-cionado ao treinamento e qualificação da mão de obra para os segmentos de comércio, serviço e turismo. O Sesc está voltado para educação, cultura e lazer. Temos por objetivo fortalecer o papel destas duas instituições que são de suma importância para o trabalha-dor do comércio. O Senac é necessário como mola propulsora para a qualifica-ção da mão de obra. E o Sesc nas ati-vidades complementares voltadas para educação e saúde. Temos que oferecer um diferencial para que a faculdade do Senac se mantenha no mercado como uma das melhores opções nos cursos oferecidos.

RN – No momento, o que de mais relevante está sendo feito em favor dos comerciantes?BB – Estamos privilegiando a instalação de câmaras setoriais. Hoje temos a de Material de Construção, com um ano, e a do Turismo, que tem cerca de três meses. Mas queremos mais câmaras setoriais. Elas são importantes porque reúnem empresários de um mesmo segmento com o objetivo de discutirem problemas comuns e a melhor forma de solucioná-los. A Federação oferece a estrutura e eles aproveitam este espaço para trocarem experiências.

RN – As duas câmaras que existem já apresentaram algum resultado?BB – Este é um resultado difícil de ser mensurado. Mas eu diria que já apre-sentaram resultados, visto que tem aju-dado na resolução de problemas ine-rentes a todos destes dois setores. Elas servem também para motivar os em-presários a participarem mais da Fede-ração. É necessária a união do setor e a discussão dos temas ligados ao turismo, bens e serviços, que são os segmentos

que abrangemos.

RN – Qual é a realidade orçamentá-ria da Fecomércio?BB – A Fecomércio vive dos empresários do comércio. Temos recolhimento do percentual para o Senac e para o Sesc e o imposto sindical. Além disso, quando sobram vagas nos cursos e atividades tanto do Senac quanto do Sesc abrimos para a comunidade com preços de mer-cado (comerciários contam com preços especiais). Esses recursos também são da Fecomércio. Tenho sob meu coman-do uma equipe de 2,7 mil pessoas e um orçamento de aproximadamente R$ 200 milhões, o equivalente à previsão de gastos de um município do tamanho de Palhoça, na Grande Florianópolis.

RN – O senhor substituiu Antonio Edmundo Pacheco, que ficou 14 anos à frente da Federação. Qual legado ele deixou para o comércio catarinense?BB – Ele ficou bastante tempo à fren-te da Federação e imprimiu muitas mudanças, além de ser uma liderança nata. O legado dele foi muita mudança. A Fecomércio, hoje, é uma federação moderna e atual. Eu pretendo manter a mesma linha nos quatro anos de gestão que tenho pela frente.

RN – O senhor sente o empresaria-do do comércio motivado?BB - Nosso trabalho na Federação é de lutar pelos interesses não só dos comer-ciantes, mas também dos segmentos de bens, serviços e turismo. Sinto que estamos em um momento de economia aquecida e isso, por si só, deixa as pes-soas mais motivadas. Há uma previsão otimista de um crescimento de até 7% para a economia Brasileira. Eu acredito que teremos algo perto de 5% no co-mércio. Porém, precisamos tomar cui-dado com esse ‘boom’ de crescimento, visto que para atender a demanda pre-cisamos de mão-de-obra qualificada. Além disso, o mercado muda com mui-ta rapidez. É necessário estar atento as

mudanças e as exigências de mercado.

RN – O senhor tem como traçar um perfil do consumidor?BB – Hoje vejo um equilíbrio. O consu-midor não está voltado para um único segmento, como vimos no ano passa-do, quando houve redução do IPI e fi-cou mais fácil adquirir carros e produtos da linha branca. Hoje há interesse no vestuário, no eletrônico, em bens durá-veis. Esse equilíbrio é saudável para o comércio.

RN – O ano pode ser considerado positivo para o comércio?BB – Com toda certeza. As previsões para este último trimestre são bem positivas. O consumidor está mais confiante, está empregado e vendo a economia aquecida. Isso motiva o con-sumidor a comprar mais. Com crédito facilitado e segurança de emprego, ele realiza mais sonhos, se sente estimula-do a gastar.

RN – O senhor citou a necessidade de mão-de-obra qualificada. Temos visto muita reclamação nesse quesi-to. Como está o comércio?BB – Hoje realmente temos um pro-blema de falta de mão-de-obra qua-lificada em todos os setores. Com o crescimento do País, mais precisamente da região, as empresas abriram novos postos de trabalho, mas não havia tan-

2727

Em 2011, as coisas serão diferentes de 2010. Teremos um crescimento menor e, com essa pausa,

teremos tempo para treinar a mão de obra”

Page 28: Revista Negócios - Ed. 08

28

entrevista

Você tem que servir à empresa e não se servir

dela. É necessário disciplina, paciência e muito trabalho. O

trabalho em equipe é fundamental”

“O mais interessante e saudável para a

economia é que a cidade está crescendo como

um todo. Não temos um setor específico que está crescendo em detrimento

de outro”

tas pessoas assim preparadas. E treinar um funcionário leva tempo. Por isso, há tanta reclamação. Há muita demanda para pouca procura pelos cargos que exigem mais qualificação. Em Jaraguá do Sul, temos, pelo menos, 3 mil vagas de empregos em diversas empresas e segmentos.

RN – O senhor acredita que o pro-blema irá se agravar?BB – Em 2011 as coisas serão diferentes de 2010. Teremos um crescimento me-nor e, com essa pausa, teremos tempo para treinar a mão-de-obra. Com isso, acredito que diminuirá o número de

vagas não-preenchidas. Teremos tempo para qualificar os candidatos. Atual-mente, temos muitos cursos profissio-nalizantes gratuitos. Porém, a formação dos candidatos não ocorre na mesma velocidade que a economia cresce e também, em alguns setores, não há in-teressados. Tivemos o caso de um curso para pedreiros, que oferecemos gratui-to em Joinville, e não apareceu um in-teressado.

RN – A falta de mão-de-obra qua-lificada é um dos indícios de que há crescimento na economia local. Existe um setor específico que está puxando esse crescimento?BB – O mais interessante e saudável para a economia é que a cidade está crescendo como um todo. Não temos um setor específico que está crescendo em detrimento de outro. Todos os seg-mentos estão aquecidos, contratando e gerando riquezas. Nossas empresas não têm dificuldades de vendas. Temos um parque fabril bastante diversificado.

RN – Santa Catarina é um Estado empreendedor por natureza e tem bons exemplos em todos os seg-mentos. A que o senhor atribui isso?BB – Está no nosso DNA. Isso só com-prova a competência dos nossos em-presários e a disposição para o em-

preendedorismo. Temos também um modelo de associativismo forte em diversas cidades o que faz com que os jovens empresários tenham muito apoio, através de informações e trei-namentos.

RN – Jaraguá do Sul é conhecida em todo o Estado pela união dos empresários. É comentário geral, em reuniões de empresários, a for-ça das lideranças de Jaraguá do Sul que buscam, juntas, soluções para a cidade. Isso é cultural?BB - Isso é cultural. É uma cultura que disseminamos dentro do Centro Em-presarial de Jaraguá do Sul, que abriga todas as entidades patronais, ACIJS, CDL e Apevi. Os problemas de Jaraguá do Sul são discutidos no centro em-presarial com representantes de todos os segmentos. Juntos, buscamos reso-lução para os problemas da cidade.

RN – O senhor vem de uma empre-sa familiar, com mais de 80 anos de história. Qual o segredo do su-cesso de uma empresa familiar ser bem sucedida na transição entre gerações?BB – Eu tenho uma máxima que é a seguinte: você tem que servir à em-presa e não se servir dela. É necessário disciplina, paciência e muito trabalho. O trabalho em equipe é fundamental.

Page 29: Revista Negócios - Ed. 08

2929

Page 30: Revista Negócios - Ed. 08

Uma professora e um bancário, jovens e com um filho, há 20 anos queriam fazer algo diferente da vida. Escolheram um caminho difícil, de muito trabalho, mas passadas duas décadas, têm certeza que fizeram a coisa certa quando resolveram em-preender. Márcia, 45 anos, e Sérgio Pasquali, 47 anos, acreditavam que Schroeder tinha muito a crescer e, por isso, resolveram fundar uma fá-brica de tubos de concreto e artefa-tos de cimento, empreendimento que não existia na cidade. Logo, também começaram a trabalhar com terraple-nagem. Os negócios iam bem e, de-pois de 10 anos de dedicação, resol-veram investir também no comércio. Foi quando inauguraram a Santanto-nio Material de Construção.

Mais recentemente, o investi-mento foi na Selamix, fabricante de impermeabilizantes. Os produtos da Selamix, devido à qualidade, logo se tornaram conhecidos e são vendidos em todo o Brasil. Márcia conta que nem ela nem o marido tinham experi-ência no ramo de tubos ou de comér-cio. Porém, tinham muita vontade de aprender, de fazer o negócio dar cer-to e prosperar. “Trabalhamos ardua-mente, não tínhamos experiência e fomos aprendendo com os clientes”, conta.

Por isso, não tardou para os resul-tados aparecerem e o casal, conhece-dor do mercado, começou a investir em outros nichos em que o município apresentava carência. A loja de de-partamentos, com material de cons-

Casal cria grupo empresarial que se transforma em uma referência de Schroeder

GESTÃO

Do sonho à realidade

30

trução, utilidades domésticas, acaba-mentos, entre outros artigos, é a mais completa de Schroeder, com mais de 15 mil itens. Na verdade, atualmen-te, são duas lojas para atender bem a clientela. A loja sede conta com 840

metros quadrados de área construída e mil metros quadrados de depósito. Márcia explica que na filial, com cerca de 80 metros quadrados, são feitos os pedidos, mas as entregas perma-necem com a sede.

Focados no trabalho, foram além do que sonhavam

Focado no trabalho, o casal ultra-passou os sonhos. “Queríamos cres-cer, conquistar nosso lugar no mer-cado. Mas chegamos além do que sonhávamos”, afirma Márcia. Hoje, os dois filhos se dedicam aos negócios da família. De acordo com a empre-endedora, nunca passou pela cabeça deles se dedicar a outro tipo de ne-gócio, visto que desde pequeninos já

tiveram contato com a empresa da família. “Meu filho mais velho, o Luís, adorava brincar no meio dos tubos. Já cresceu talhado para seguir o passo dos pais”, brinca. Hoje, o primogênito é responsável pela empresa de terra-plenagem e conta com o auxílio de Dayane Persch.

Márcia diz que fazer o negócio prosperar com filhos pequenos só foi

Loja de material de construção tem mais de 15 mil itens em duas unidades

Page 31: Revista Negócios - Ed. 08

possível porque contou com o apoio da sogra, Alma. Quando era necessário, ela cuidava das crianças para os pais investirem no sonho deles.

Além da saudade das crianças, Márcia conta que os primeiros tempos foram bastante difíceis. “No início, trabalhávamos em um galpão alugado e o escritório ficava dentro da fábrica de tubos. A minha mesa para receber clientes era de cimen-to”, lembra.

O marido fabricava as formas e com a ajuda de três funcionários davam conta da produção. “Tínhamos que fazer de tudo na fábrica”, brin-ca. Hoje eles contam com uns 65 funcionários no grupo. Do galpão alugado, hoje, eles são proprie-tários de todas as sedes dos empreendimentos da família.

Mesmo com os filhos ajudando na administra-ção dos negócios, Márcia diz que nem ela nem o marido pensam em parar de trabalhar. “Quando gostamos do que fazemos, o trabalho jamais re-presentará um fardo”, afirma. Mesmo sendo pro-fessora de formação, Márcia diz que se encontrou mesmo foi no comércio.

Grupo empresarial:

Santantonio Indústria e Comércio de Materiais de Construção:Rua Marechal Castelo Branco, 4015, Centro, SchroederPasquali Terraplenagem e Serviços Ltda.:Rua Jorge Lacerda, 256, Bairro Centro NorteSelamix Impermeabilizantes:Rua Marechal Castelo Branco, 3668, Centro, SchroederSantantonio Materiais de Construção (loja-sede):Rua Marechal Castelo Branco, 5588, Centro, SchroederSantantonio Materiais de Construção (filial):Rua Erich Froehner, s/n

Page 32: Revista Negócios - Ed. 08

32

Com a realização do primeiro turno das eleições 2010, a campanha coordena-da pelo Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (CEJAS) com a participação das demais entidades do sistema associativista do Vale foi considerada positiva na mobilização por maior representatividade política da região. A avaliação é do presidente da ACI-JS, Durval Marcatto Junior, considerando que a eleição de um deputado estadual, alterou a situação anterior de nenhuma re-presentação na Assembleia Legislativa. “É um resultado muito positivo neste sentido, mesmo que a eleição de um deputado ain-da não corresponda à representatividade econômica da nossa região. Acreditamos que houve um avanço na medida em que não tínhamos nenhuma representação”.

Durval Marcatto entende, por outro lado, que os resultados demonstraram que ainda há um número excessivo de candida-tos. “Os partidos precisam se conscienti-zar desta questão, pois ficou provado mais uma vez que a quantidade de candidaturas inviabiliza os esforços que a comunidade faz por maior representação. Além disso, a diluição de votos favorece aos candidatos de outras regiões que buscaram votos no nosso colégio eleitoral”, comenta o em-presário, lembrando o que já havia aconte-cido nas eleições de 2006. No pleito deste ano também se verificou a dispersão de votos que impediu a eleição de um segun-do nome para a Assembleia Legislativa. Por outro lado, o número de votos nulos ou em banco somou mais de 30 mil, preju-dicando o coeficiente eleitoral.

Na avaliação final, entretanto, Durval Marcatto entende que o trabalho da região deve ser intensificado. “Ficou provado que se atuarmos de maneira integrada seremos mais fortes nas nossas reivindicações. As entidades organizadas e a comunidade em geral deram um exemplo de mobilização que precisa ter continuidade em todas as questões de interesse regional”.

Entidades comemoram um deputado Campanha de conscientização colaborou com inclusão do Vale na AL, mas ainda há muito a evoluir

“Os partidos precisam se conscientizar, pois ficou provado mais uma vez que a quantidade

de candidaturas inviabiliza os esforços que a comunidade faz por maior representação”

Durval MarcattoCoordenador da campanha

Institucional

Page 33: Revista Negócios - Ed. 08

ACIAG fomenta Missão à ChinaEmpresários dos mais diversos ramos se preparam para visitar a maior feira da China: Cantor Fair

A viagem com destino a China, composta por vários em-presários da cidade (titulada Missão China), inicia no dia 12 de outubro de 2010 e tem como objetivo principal visitar a Maior Feira Multisetorial de toda a Ásia, a Cantor Fair. Desde julho, o grupo vem preparando em conjunto com a ACIAG a visita à Feira. Com o intuito de incentivar a classe empresarial em sua busca de conhecimentos e inovações internacionais, a entidade também disponibilizou ao grupo estrutura para a organização da Missão.

A Feira, que acontece em Guangzhou, China, tem edição semestral e é dividida em três fases. A primeira fase, que terá participação do grupo de empresários local, acontece de 15 de outubro a 19 de outubro de 2010 e tem como tema a “grande maquinaria e equipamentos”. Essa fase é conside-rada a mais importante da feira e estarão em exposição uma enorme variedade de produtos chineses no mais diversos ra-mos da indústria.

Na última edição, a Feira atraiu mais de 35 mil expositores Chineses, com mais de 150 mil produtos expostos e com-pradores vindos de mais de 200 países, com um volume de venda de mais de 45 bilhões de dólares. A estrutura conta com três pavilhões, uma área de total de 950 mil m2 e quase 30 mil estandes. A Feira que se inclina para o comércio de ex-portação e também para negócios de importação, funciona como um evento global de importância internacional.

Serviço

Maior Feira Multisetorial da Ásia - a Cantor FairData: 15 a 19 de outubro de 2010Local: Guangzhou, China

Entidades do Cejas ganham uma Cooperativa de Crédito

O CEJAS iniciou em 1º de outubro as operações da cooperativa de crédito própria. Autorizado pelo Banco Central, a CEJASCred atuará no sistema de cooperativa de livre admissão de associados e irá operar em todas as modalidades oferecidas pelo serviço financeiro conven-cional, utilizando a bandeira do SiCOOB/SC. Segundo o presidente Gentil Luís Marció, a cooperativa passa a oferecer todos os serviços de uma instituição de crédito, como operações em conta corrente, poupança, aplica-ções, empréstimos, financiamentos e os demais serviços de um banco.

Page 34: Revista Negócios - Ed. 08

Institucional

34

Vale otimista com vendas de Natal Associações empresariais retomam campanhas e distribuem muitos prêmios no fim de ano

Para estimular os clientes a com-prar na região os presentes de fim de ano, os lojistas de Corupá, Guarami-rim, Jaraguá do Sul e Schroeder estão reeditando campanhas de premiação que nos últimos anos têm distribuído premiações e reforçando a importân-cia de valorizar o comércio local.

Este ano, as campanhas come-çaram mais cedo e a expectativa é de superar os resultados. Luciléia Bernardes, coordenadora do Núcleo de Comércio da Associação Empre-sarial de Schroeder, acredita que as campanhas tornam o segmento mais forte e participativo na economia do município. “É importante mostrar ao nosso cliente que comprando na cidade ele está gerando impostos, ajudando a melhorar na geração de empregos e distribuição de renda”, assinala. Dona de uma loja de calça-dos e confecções que a família man-tém há 25 anos, Luciléia diz que o comércio vem melhorando muito na oferta de produtos e no atendimen-to. A criação do Núcleo do Comér-cio, há 4 anos, ajudou na união do setor.

“A Associação Empresarial nos dá possibilidades de participarmos de cursos que ajudam a melhorar a ges-tão. Com treinamento, motivando os nossos funcionários e cuidando do visual das lojas, estamos conse-guindo maior fidelização do cliente. Não adianta você ter preço e produto se o atendimento deixar a desejar”, orienta.

Para ajudar ainda os lojistas, a ACIAS idealizou a promoção “Com-pra Feliz”, que teve largada no iní-cio de setembro e termina em 15 de janeiro de 2011 com o sorteio de 3 motocicletas, 1 televisor LCD de 32 polegadas e 1 notebook. Conforme

Francisco Ricardo Schiochet, executi-vo da ACIAS, são 33 empresas parti-cipantes e a expectativa é de que a campanha cresça até 23% em rela-ção a procura dos clientes pelos 550 mil cupons emitidos. Para concorrer

aos prêmios o cliente recebe 1 cupom para cada R$ 30,00 em compras. O investimento é de R$ 50 mil, e além dos recursos da entidade a iniciativa conta com o apoio da Prefeitura e da rede de supermercados Rancho Bom.

Page 35: Revista Negócios - Ed. 08

Meta é crescer 50%

Em Corupá, a campanha “Natal Premiado” tam-bém começou em setembro e prossegue até 23 de dezembro, envolvendo 56 estabelecimentos comer-ciais que vão premiar clientes com 1 Fiat Uno e 56 bicicletas. O investimento é de R$ 40 mil e a meta é a mesma das cidades vizinhas, ou seja, fixar na co-munidade a preferência pelo comércio local. “Uma campanha de premiação sempre aquece o comércio, principalmente em uma época tradicional como é o Natal. Mas queremos é sensibilizar os corupaenses de que temos ótimas opções e que valorizando as empre-sas da região estamos estimulando um crescimento na região”, afirma o executivo Jean Carlo Chilomer.

Em Jaraguá do Sul, a campanha “Sonho de Natal” promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas vai dar R$ 100 mil em prêmios, incluindo 2 automóveis (1 Ford Fiat Linea e 1 Ford K), 5 televisores LCD de 32 polegadas e 35 vale-compras de R$ 500,00. A distri-buição de cupons começa no dia 8 de novembro e o sorteio da premiação ocorre em 24 de dezembro. A cada R$ 40,00 em compras o cliente terá direito a 1 cupom.

Para motivar ainda mais o cliente, a CDL investe na decoração natalina em ruas e áreas públicas, e in-centiva os lojistas a capricharem no visual de vitrines. Junto com a Fundação Cultural de Jaraguá, a entida-de participa de programação especial que começa-rá no dia 16 de novembro com uma caminhada da igreja Matriz até o calçadão, onde o papai-noel será recepcionado e a iluminação de época será ativada.

Corupá sorteia carro e bicicletas Mário Fischer, atuando há 11 anos no seg-

mento de tintas, também aposta nas campa-nhas para atrair clientes para as lojas que man-tém em Guaramirim e Jaraguá do Sul. “No ano passado, ficamos surpresos com o resultado da campanha e para 2010 estamos esperando que as vendas cresçam pelo menos 50%. É um pro-jeto de muita qualidade que só traz benefícios ao comércio”, elogia. A Associação Empresarial de Guaramirim dá início à promoção em 6 de outubro, mas a procura pelos cupons já é in-tensa. O sorteio vai acontecer no dia 24 de de-zembro, véspera de Natal, e a premiação inclui 1 automóvel Fiat Uno, 1 certificado de barras de ouro no valor de R$ 1.500,00 e 67 bicicletas (uma para cada loja participante), além de 1 via-gem com acompanhante e estadia por 7 dias a Porto Seguro, na Bahia, ao vendedor do cupom premiado com o primeiro prêmio.

A ACIAG investe cerca de R$ 42 mil em prê-mios, com meta de superar em 79 dias de pro-moção 350 mil cupons emitidos até a data de sorteio. A expectativa é de que o movimento de fim de ano chegue a 10% em relação ao ano passado, índice que está dentro da previsão do setor em todo o Estado.”É algo bom para o co-mércio porque atrai o cliente para que ele ve-nha às lojas da sua cidade”, completa Márcio Fischer.

3535

Page 36: Revista Negócios - Ed. 08

3636

acontece

ACIJSReunião PlenáriaData: todas as segundas-feiras

Programa “Treinamento e desenvolvimento – RH”Data: 19 a 22/10

Palestra “Custos e controles de gestão empresarial pelo método UP”Data: 27/10

Curso “Gestão de custos e formação do preço de venda”Data: 29 e 30/10

Curso “Memorização”Data: 8 a 10/11

Curso “Operacional de exportação”Data: 10 e 19/11

Custo “Gestão por processos”Data: 16 a 19/11

Curso “Formação de auditores líderes SGQ ISO 9001: 2008”Data: 22 a 26/11

Curso “Planejamento econômico-financeiro”Data: 22 a 24/11

Curso “Marketing pessoal e etiqueta profissional”Data: 24 a 26/11

Palestra “Visão estratégica: a orientação para o sucesso do seu negócio”Data: 24/11

ACIAGReunião PlenáriaData: todas as segundas-feiras

Consultoria BRDEData: 14/10, 10/11 e 08/12

Promoção Sábado AbertoData: 09/10 e 06/11

Curso “Como vender mais e melhor - Crescendo com

sucesso”Data: 18 a 21/10

Reunião Núcleo das Empresas de Contabilidades

13/10 e 27/10Data: 13 e 17/10

Reunião Núcleo das Imobiliárias e Corretores de

Imóveis Data: 14/10 e 28/10

ACIASReunião de DiretoriaData: 1/11, 18h30min

Reunião Núcleo de Recursos HumanosData: 7/11

Reunião Núcleo do ComércioData: 9/11, 19h30min

Teatro Treinamento - Seu Chico Data: 9/11

Reunião de Diretoria (Plenária)Data: 15/11, 19h30min

Reunião Núcleo de Jovens EmpresáriosData: 16/11

Reunião Núcleo do ComércioData: 23/11, 19h30min

Reunião Núcleo de Jovens EmpresáriosData: 26/11

Reunião de Diretoria Data: 29/11, 19h30min

ACIACCapacitação: Qualidade no Atendimento Data: de 18 a 22/10, 19h15min às 22h15min

Evento em comemoração aos 25 anos da ACIACData: 26/10

Reunião do Núcleo de Meio AmbienteData: 27/10

Palestra para MulheresData: a definir (em novembro)

Sábado EspecialData: 6/11, 8h às 16h

Reunião do Núcleo de Meio AmbienteData: 10/11, 16h

Reunião do Núcleo do ComércioData: 16/11, 8h

Abertura do Projeto Natal Iluminado de Corupá 2010Data: 19/11, 20h

Início do Concurso de Decoração Natalina 2010Data: 19/11, 20h

Page 37: Revista Negócios - Ed. 08
Page 38: Revista Negócios - Ed. 08

O talento faz a diferença

38

ponto de vista

Francisco Herbert Schork Diretor da Schork Talentos Humanos

Pedagogo e pós-graduado em Gestão de Pessoas

Consultor Organizacional e Palestrante

Alvin Toffler, o mundialmen-te conhecido consultor de corporações, lançou na década de 1980, sua cele-bre obra, intitulada de “A

Terceira Onda”, discorrendo sobre as distintas fases vividas pela humanida-de, ao longo de sua história.

Para o autor, o palco da denomi-nada Primeira Onda, também conhe-cida como “Era da Agricultura” se estendeu pelo menos por 5 mil anos; sua identidade estando alicerçada nas lides da terra onde emanava o poder e a supremacia de uma pessoa sobre outra e de grupos humanos sobre ou-tros humanos, berço das civilizações antigas, como a egípcia, a grega e a romana.

Já, com o advento da máquina a vapor, na virada de página do Século 18 para o Século 19, eis que surge a “Segunda Onda”, comumente co-nhecida como “Era Industrial”, então, grandes contingentes de campesinos, enrolando seus poucos pertences e abandonando o trabalho duro da roça, literalmente, se enfornarem em fábricas insalubres, vendendo a preço vil sua força de trabalho, propiciando o aceleramento do desenvolvimento econômico de nações que passaram a ditar suas regras que resultou no desenfreado mundo consumista da atualidade, nele, o ser humano sen-do considerado não mais do que um mero recurso a ser explorado e descar-tado tal qual máquina inservível que vira sucata.

Na visão de Toffler, o surgimento da Terceira Onda, denominada por ele de “Era da Informação” e recen-temente rebatizada de “Era do Ser”, surgida no final da primeira metade do Século 20, com a invenção do com-putador em 1945 por Neumann que acabou amplificando seus megabytes sociológicos com a revolução hippie

dos anos 60. Talvez, você se pergunte: - O que isso tem haver com talento ou recurso, não é?

Então, vamos lá. O fato é que a “Era da Informação” tem propiciado um desenvolvimento tão acelerado do mundo que a própria humanidade, simplesmente, começa a se perguntar: - Afinal, o que queremos? Para onde estamos indo? Que sentido tem tudo isso, se apenas somos reduzidos a me-ros recursos e não talentos?

Analisando sob esta ótica, pode-mos compreender que o ser humano tem tudo e não tem nada, pois, essa corrida desenfreada pelo ter, deixa adormecido o desejo de ser, que é o que todas as pessoas aspiram para suas vidas.

Neste aspecto, nossa argumenta-ção prende-se ao fato de que como o ser humano é um talento a ser poten-cializado, cabe às organizações inves-tirem na capacitação adequada tanto dos talentos já existentes nas organi-zações, quanto também na geração de oportunidade aos talentos novos que forem surgindo.

Assim, compreendendo o senti-do das três grandes ondas da civi-lização humana, especialmente, da Terceira Onda, a chamada “Era do Ser” entenderemos que qualquer pessoa, na incessante busca de realização profissional, dese-ja um ambiente acolhedor onde possa trabalhar; ali expressando seu sen-timento de pertença, primeiramente, “ten-do parte” qual seja, estar inse-rido na orga-nização onde atua e não um mero re-curso a ser explorado e

depois descartado; em segundo lugar, “tomando parte”, qual seja, conside-rando-se um membro ativo que su-gere, discute, aprova, desaprova, co-labora, colocando a alma no que faz e, finalmente, “sendo parte”, ou seja, obtendo reconhecimento pelo que faz, razão que faz dele um talento a ser desenvolvido e lapidado e não um mero recurso que, repentinamente, pode acabar sendo descartado, por não mais atender aos interesses de uma economia consumista e preda-dora.

Page 39: Revista Negócios - Ed. 08
Page 40: Revista Negócios - Ed. 08