resumo processo civil ii (primeira parte)

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Processo Civil II (1 prova) Bezerra Processo de Execuo. Conceito: conjunto de atos estatais atravs de que, com ou sem concurso de vontade do devedor (e at contra ela), invade-se o seu patrimnio para, a custa dele realizar o resultado prtico desejado concretamente pelo direito objetivo material (Dinamarco). LEGITIMIDADE ATIVA (exeqente) Originria (art. 566, I, CPC) Anmala (art. 566, II, CPC) Superveniente (art. 567, CPC) O normal seria, aps 15 dias (trnsito em julgado) que o litigante perdedor da causa, pagasse o que devesse ao credor. O problema que isso no acontece. As pessoas no cumprem (no pagam a dvida). Para que cumpra o pagamento obrigando o devedor a pagar, atacase/executa-se o patrimnio da pessoa. Portanto, s deve-se executar-se algum com patrimnio. Na adjudicao, o credor fica com o bem do devedor em vez do dinheiro. Os bens para o trabalho so impenhorveis (barco do pescador, etc) A execuo s ocorre depois da sentena! O direito a receber o dinheiro, no os bens. Ex.: Se o devedor tiver um carro e o dinheiro, e der o dinheiro, mesmo que eu esteja de olho no carro, tenho que receber o dinheiro. S se o devedor quiser me passar o carro e eu tambm quiser, da posso receb-lo. OBS: se for um ttulo executivo extrajudicial, no h ao anterior. Assim, h um processo autnomo, uma ao interposta pelo credor. Se h porm, uma ao de conhecimento e h uma sentena (ttulo judicial), segue na fase executiva. No h um processo autnomo de execuo. Nulla Executio Sine Ttulo: no h execuo sem ttulo. Ttulo executivo Judicial (art. 475-N, CPC): formou-se frente ao juiz (proferido pelo juiz). Ex.: se tem um contrato e ele no cumprido, entra-se com ao, se ganhar, passa a ter, a partir da sentena, um ttulo executivo judicial. Para chegar-se a execuo, portanto, necessrio que o legitimado ativo tenha um ttulo executivo (judicial ou extrajudicial). Se o ttulo executivo estiver prescrito (ex.: cheque), vai ser necessrio um processo de conhecimento e o que era o ttulo, vai se tornar uma prova no conhecimento para depois, com a sentena, promover a execuo como ttulo judicial. Partes At o final de 2007, a sentena punha fim ao processo. A tinha-se que entrar com um novo processo, o de execuo. Com a reforma (sentena o que extingue o processo com ou sem resoluo de mrito) a sentena no mais o que pe termo ao processo, mas sim prev as hipteses dos arts. 267 e 269 do CPC.

A sentena que no resolve o mrito extingue o processo (267). A que resolve (269), pode passar para a fase de execuo, a qual ser postulada pelo advogado. Legitimidade Ativa *ORIGINRIA: 566, I, CPC. o legitimado ativo tem que ter ttulo executivo judicial ou extrajudicial. A condio essa (Nulla Executio Sine Titulo). Tanto o autor, quanto o ru podem ter legitimidade ativa (EX.: ru vira credor e o autor da ao improcedente deve ser executado), ou seja, nem sempre vai ser o autor. OBS: na execuo no existe contestao. O devedor citado para pagra e no para se defender. Existe apenas o embargo. O autor ajuza a ao, perde e a tem que pagar porque a ao improcedente. Se o autor ganha, ele credor e exeqente, e a tem legitimidade ativa. Sentena judicial: 475-N CPC Sentena Extrajudicial: 585 CPC Se eu tiver um contrato verbal no qual o devedor me deve R$ 10000, no tenho crdito. Teria que ajuizar uma ao de conhecimento para reconhecer o ttulo. Originria (nasce juntamente com o ttulo) Ex.: Felipe deve R$ 1000 Marcelo. Marcelo o credor, reconhecido na sentena. A sentena um ttulo judicial. Marcelo o que tem ttulo e legitimidade ativa para pleitear a execuo. S Marcelo pode executar. Claro que, representado pelo advogado, que tem capacidade postulatria. Ningum pode pleitear o direito alheio. Se o cheque que Felipa deu no tem fundos, Marcelo pode promover a execuo (nome no cheque, ou cheque ao portador). Se Marcelo endosso a colega juro, ela que tem a legitimidade. *ANMALA: 566, II, CPC. S o MP pode pleitear direito alheio, mas somente quando a lei/jurisprudncia disser. Ex.: A atropela B (pai de famlia, ganha 2 salrios mnimos, tem 8 filhos, mulher invlida). Mulher de B entra contra A (alimentos em decorrncia de ato ilcito). A tem que pagar por 20 anos 2 salrios mnimos por ms. Condenado, A no paga. 1 ano depois, a mulher est falida e procura o advogado de novo. O advogado diz que no quer processar A por motivos pessoais. Indico outro advogado, que tambm declina. No h defensoria na cidade tambm. A, a sada ir ao MP, que vai pleitear em nome prprio o direito, que continua sendo da mulher de B. MP, ento,promover a ao de execuo de sentena contra A, recebendo o $ e repassando a pobre mulher. (exemplo baseado no entendimento jurisprudencial). *SUPERVENIENTE: 567 CPC.

Vem aps a confeco do ttulo. A deve 1000 a B. B morre. Os herdeiros podero cobrar de A. Eles, portanto, adquirem legitimidade ativa superveniente de B, que tinha legitimidade ativa originria. Os herdeiros adquirem o crdito atravs do ttulo. 567, I, CPC Esplio: conjunto de bens deixado pelo falecido. Inventrio: chamar todos os bens a ao de partilha. Ex.: B deve para A. A falece deixando 3 casas. Para passar a propriedade aos herdeiros, abre-se uma ao de inventrio e partilha. Enquanto no dividir, existe o esplio. E o esplio pode promover ao contra o devedor. Quem representa o esplio o inventariante, nomeado pelo juiz. O esplio, representado pelo inventariante, vai promover ao de execuo contra o devedor. Se so 3 irmos e nenhum quer ser o inventariante, o juiz chama um 3 (inventariante dativo) que vai receber um $ por isso. O esplio, inventariante dativo, no pode promover ao de execuo contra B. Inventariante dativo no pode promover ao de execuo !!!! Quem representa o esplio normalmente o inventariante, mas quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros sero autores ou rus (pois o inventariante dativo no teria interesse) ART. 12, V, 1: Quando o inventariante for dativo, o esplio pode ser parte. A, ou seja, se ainda no se abriram o esplio, sero legitimados os herdeiros em litisconsrcio. ..... Ento (voltando ao caso), em lis consrcio, os irmos entram com ao de execuo contra B (que passou cheque sem fundos a A e, por isso, devia a ele). Se 2 querem entrar e 1 no, porque amigo de B. 2 entram e chamam 1 para o processo. Se os 3 ganham, 1 pode devolver o $ dele a B. O que no pode impedir o direito dos outros 2. No se pode pedir uma quota-parte no crdito. Deve-se pedir o montante, e depois dividi-lo. Porque depende da partilha que o juiz vai fazer. O litisconsrcio, portanto, necessrio: recebe o esplio, e h o formal de partilha para dividir. Art. 567, II CPC (cesso de crdito/direito): o crdito ttulo executivo. Aqui as pessoas ainda esto vivas. No inciso I, a transferncia ocorre em razo de morte No II intervivos, quando o credor cede crdito parar terceiro, o qual passa a ter legitimidade superveniente. O cessionrio passa a ser o titular do crdito. Na execuo, o ttulo tem que ser perfeito de modo que o cheque deve vir acompanhado do contrato de cesso de direito, gratuito ou oneroso. Se no for comprovado a cesso, o juiz considerar o cessionrio parte ilegtima.

Contrato de cesso, claro, deve advir de acordo bilateral de partes. No h como um ceder se o outro no quiser receber. Inciso III Ex.: Felipe deve R$ 100mil a Marcelo e Guilherme avalista. Guilherme pode, ento, pagar diretamente ao Marcelo, para evitar a penhora de seus bens. (o avalista do devedor pode vir a perder patrimnio), visto que ele paga para o credor. um 3 juridicamente interessado. Marcelo credor e, por isso, o legitimado ativo originrio. Ento Guilherme, que pagou o crdito de Felipe ir se sub-rogar nos direitos de Marcelo. LEGITIMIDADE PASSIVA Art. 568 CPC I- Ex.: quem foi condenado por sentena a pagar algo; o titular da conta no cheque; quem armou a nota promissria. II- Marcelo deu cheque Felipe; quando Marcelo morrer, os herdeiros sero os devedores e, se a sucesso for representado por inventariante dativo, sero os herdeiro em litisconsrcio, ao invs de ser contra a sucesso. Na devida proporo, o que se fala para legitimidade ativa vale para legitimidade passiva tambm. Se o devedor no tinha bens, a execuo ser suspensa at que prescreva. Caso o inventrio j tenha acabado, com a diviso dos bens, o credor dever ajuizar a o desfazimento da partilha, at o limite da herana. Melhor seria pedir a penhora dos autos do inventrio em andamento. O que prescreve o direito de ao, no o direito material em si. O devedor continuar devendo, mas o credor no ter como obrig-lo ao pagamento. Na ao de execuo no cabe prova alguma, de modo que o executado que alegar assinatura falsa, dever propor ao de conhecimento denominado embargos do devedor. Esta no suspende o andamento da execuo; s no poder ser penhorado nenhum bem at que se decidam os embargos. Inciso III Ex: Se o Felipe deve para Marcelo 100 mil e o Guilherme deve para Felipe, e o Marcelo aceitar, o Guilherme ser o novo devedor dele. claro que o Marcelo s vai aceitar se o Felipe demonstrar que o Guilherme tem patrimnio. O Marcelo (credor) deve consentir por escrito. Inciso IV O fiador judicial presta fiana nos autos do processo, frente ao juiz. No o fiador contratual, este devedor solidrio, pois se encontra como devedor no ttulo. Inciso V Geralmente, o contribuinte o responsvel tributrio. Em alguns tributos so pessoas diferentes, como no caso do CPMF, em que o contribuinte era o particular e o responsvel era o banco, que devia recolher o CPMF das movimentaes. Competncia

Ttulos executivos judiciais O juiz da ao o juiz da execuo Smula 150 STF, art. 575 CPC. O juiz da ao e no o desembargador do recurso. Em regra o que dita a smula 150. o mesmo juiz que proferiu a sentena. o melhor dizer o juzo porque pode se aposentar o juiz. Juiz = autoridade. Juiz da 2 cvel, execuo com o juiz da 2 cvel. Art. 575 CPC: I cmara cvel separada: 4 desembargadores. Ex: Felipe condenado na 2 cvel e entra com recurso. A 3 cmara separada reforma a sentena. Volta para 2 civil. S cabe esse inciso quando se ORIGINA nos tribunais superiores. Se tem recurso, volta para o juzo da onde saiu. Competncia originria do tribunal no recursal. Originria: ao rescisria no tribunal superior no TJ. Execuo por l tambm. II a regra. III revogado. IV O juiz penal seria absolutamente incompetente (pois quanto a matria improrrogvel?) Ex: Felipe tenta furtar um DVD arrombando a porta da casa de Marcelo. Foi preso. No conseguiu levar o DVD, mas a porta valia 200 mil reais (de castelo). Marcelo entrou com perdas e danos cobrando o prejuzo. OU ENTO, usando a sentena criminal condenatria transitado em julgado, pede a indenizao na vara cvel. Esse inciso ilustra a exceo a regra. A sentena penal pode fixar indenizao, mas ainda ser necessria uma execuo cvel. Se no houver fixao de indenizao na sentena penal, antes da execuo cvel ser necessrio realizar a liquidao da sentena. Da mesma forma, a sentena arbitral. Ex: Contrato de compra e venda com clusula que estipula um rbitro para qualquer litgio quanto a este contrato. A execuo, porm, do que pelo rbitro foi decidido, ser promovida pelo juzo competente indicado pelo Estado (por distribuio). Essa outra exceo. Art. 475-P CPC: complementa o 575 I Foi colocado para evitar a interpretao literal do I do art. 575 CPC. II A regra. III As duas primeiras j vimos. A sentena estrangeira era do inciso III revogado do 575 CPC. Ex: juiz argentino condenou Felipe a pagar Marcelo. Posso pegar a sentena e executar no Brasil. Porm, essa sentena pode ser homologada por uma autoridade estrangeira competente para isso (STJ competente). A a competncia em tese seria STJ, porm, por fora do art. 109, X, da CF, a

execuo dar-se- pela Justia Federal e no pelo STJ, embora este tenha homologado. Pargrafo nico: Felipe foi condenado na 2 Vara Cvel de Pelotas. Porm, Felipe tem bens em Jaguaro. A penhora, como se dar em Jaguaro, permite que a execuo se de l. Ex: sentena em POA, Felipe tem bens em Pel, porm reside em Jaguaro. Pode executar em qualquer dessas cidades. Porm, se no for em POA, devese pedir para o juiz da comarca que for julgar, pedir a remessa dos autos para o juzo de origem para que venha para o juzo onde ser executado. Pelotas pede para POA para vir para Pelotas. O exeqente pode escolher entre promover a execuo no juzo da ao ou no local dos bens a serem penhorados ou, ainda, no local da residncia do executado. Ttulos executivos extrajudiciais Art. 576, 91 e seguintes CPC. Documentos em que a 1 ao j a executiva. O juiz competente o de acordo com as regras de competncia. Regra geral no domiclio do ru. Joo realizou contrato de compra e venda com Mrcio. O referido instrumento, assinado por ambas as partes, determina que duas toneladas de arroz devam ser entregues na cidade de So Loureno. O contrato foi realizado na cidade de Pelotas, local onde o vendedor se encontra domiciliado. O pagamento foi realizado atravs de cheque n 234/22 da agncia bancria 29-9 do banco Bradesco localizado na av. Ipiranga, em Porto Alegre. Vale dizer que no h foro de eleio. Levando-se em conta que o ttulo executivo voltou s mos do credor sem proviso de fundos e que o devedor reside na comarca de Jaguaro, onde deve ser proposta a execuo? Resposta: Em Porto Alegre, por causa do cheque (local de pagamento). Se no houve compensao, no onde foi recebido o cheque. Portanto em POA! Local do banco (por isso que muitas vezes no se aceita cheque de outro preo). A regra geral ser no domiclio do ru (Jaguaro), mas em caso de cheque h regra especfica. Determinao e cumprimento dos atos executivos: art. 577 e 578 CPC. No processo autnomo de execuo no h citao pelo correio. Quem cumpre o oficial de justia (art. 222). Quem determina o juiz, quem cumpre o oficial. Art. 577 CPC: citao editalcia tambm possvel. Cumulao de execues: art. 573 CPC. Requisitos: mesmo devedor, juiz competente e idntica forma de processo. Por bvio, no se pode cumular execues quando houver devedores distintos. Se, entretanto, houver mesmo devedor, juiz competente e idntica forma de processo, ter o credor a faculdade de cumular as execues. Os ttulos

podem at ser diferentes, mas ambos devem ser extrajudiciais (nota promissria, cheque, etc). At 2006 era possvel cumular ttulos diferentes (sentena e cheque sem fundos). Agora no mais. Podem ser ttulos diferentes s se extrajudiciais (nota promissria + cheque, etc), mas igual substncia. No interessa a forma do ttulo, e sim sua substncia. Pode ser 2 sentenas ttulos judiciais (Felipe condenado em abril para pagar por tal coisa; em junho condenou a pagar por outra). Tem duas sentenas para pagamento de quantia certa. Se houver duas sentenas que determinem o pagamento de quantia certa, pode o credor cumular as execues. Mesmo que uma sentena tenha sido proferida em Pelotas e outra em jaguaro, pode o credor cumular as execues delas no domiclio do devedor. Isso porque so aes conexas. No pode cumulao de execuo de sentena que tenham determinaes distintas. No se pode juntar uma sentena de pagamento de quantia certa e outra que obriga a fazer um muro. A forma de processo diferente, portanto no pode cumular essas sentenas. 2 obrigaes de fazer; 2 obrigaes de pagar; 2 obrigaes de entrega de coisa. Se for uma sentena (cumprimento de sentena / fase executiva do processo); e um cheque (processo autnomo), o impedimento de cumulao est no fato de ser diverso de processo. Cheque de 100 mil (cabe embargos) e sentena de 100 mil (cabe impugnao). A forma de processo diferente. No mais idntico. Nesse caso, a forma de contestao diferente. Prazo diferente: embargos 15 dias, impugnao 30 dias. Ver arts. 475 P c/c 573. Execuo de obrigaes condicionais e alternativas (571 e 572 CPC; 252 CC) Prescrio da execuo: smula 150 STF: Prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao. Inadimplemento do devedor (580 CPC) Execuo de obrigaes alternativas no confundir obrigao alternativa com obrigao sucessiva (ambos podem utilizar o ou). A princpio, a escolha do devedor (252 CC). Executa uma coisa ou outra (exemplo: ou o quadro ou as fotos). A h a citao para que o devedor cumpra a prestao alternativa. Em outros casos, porm, tem outro sentido: - Sucessiva (ou na impossibilidade de): estojo. Se no existir o estojo, quero o cdigo. No podendo ser atacado o primeiro se aceita o segundo. 571 CPC: 10 dias para escolher me entregar (se a escolha competir ao devedor). Ttulo judicial: Se o credor (a decidir), na ao de conhecimento (inicial) se d a alternativa. A o juiz estipula. Ttulo extrajudicial: na petio inicial da ao autnoma da execuo (credor). Em 10 dias, entrega ou X ou Y. (571, pargrafo 2). ou na impossibilidade de = sucessiva

Ttulo Judicial art. 461-A e 475, CPC (sentena = ttulo judicial): 15 dias para decidir e pagar/prestar execuo. O devedor ser citado para, em 10 dias, escolher e entregar a coisa. 571, 1: passou o prazo e o devedor no escolheu, o juiz expede mandado de busca e apreenso e o oficial de justia vai na casa do devedor e pega o que eu (credor) escolher. Condicionais: 572 CPC. Termo = condio de tempo (ex.: pagar nota promissria at o dia 10/04; passou o termo o credor pode executar) Condio: fato (quando se formar em direito, tem que pagar mil reais para professor, p. ex.; professor s pode cobrar a sentena quando o devedor se formar em direito. Se desistirem do curso, no vo estar mais devendo). Se no ocorrer o fato, no vai estar devendo. Quem deve provar que houve a condio ou termo o credor. Se no for provado, no haver exigibilidade do titulo. -Prescrio da execuo: sumula 150 STF: prescreve a execuo no mesmo prazo de prescrio da ao. Ento, a lei de direito material que dir da prescrio, e no o direito processual. Ex.: algum bateu no carro do Bezerra. Tem 10 anos para entrar com ao. Ganhou ao. Tem 10 anos pra execuo. OBS.: EXTRAJUDICIAIS: cheque: art 59 lei 7357: prescreve em 6 meses (perde a eficcia executiva). Cheque prescrito: entra com ao monitoria com o cheque como prova de inadimplemento/falta de proviso de fundos. Se o cheque for desta comarca, tem 30 dias para descontar. Depois desses 30 dias, conta 6 meses. De outra localidade, 60 dias Titulo prescrito = sem titulo = nula executio sine titulo. Ser mera prova documental. -Inadimplemento do devedor Inrcia culposa do devedor-> mesmo que ele queira pagar, basta que no tenha pago, ser inadimplemento. No pagou, pouco importa a inteno. O credor pode, de pronto, executar a ao. Ttulos executivos 1. judiciais art 475-N, CPC 2. extrajudiciais 585, CPC Nulla executio sine titulo 1-JUDICIAIS: Cumprimento da sentena. Porque todo o titulo judicial passa pela Mao de um julgador. Os extrajudiciais ainda no passaram (salvo excees). Passaro no processo/ao autnoma de execuo. So uma continuao de uma ao de conhecimento 475-N I- a esto as espcies de execuo. Sentena civil, no condenatria. No h execuo da sentena declaratria no objeto principal; nos acessrios sim, poder haver execuo. Ex. sentena declaratria de paternidade. Execuo o pagamento de alimentos. Se no for feita, a que fica obrigado o pai?

Claro que na sentena declaratria no h execuo. Executar responsabilizar o patrimnio. Mas no h execuo no objeto principal da sentena, mas pode haver objeto secundrio condenatrio, sobre o qual caber execuo. Ento, mesmo que uma deciso seja declaratria, seu aspecto condenatrio que vira a ser objeto da execuo. Pontes de Miranda diz que todas as sentenas tm as 3 modalidades: carter declaratrio, condenatrio e constitutivo. Declaratria: declarao de paternidade Constitutiva: extingue uma relao (divorcio) ou cria (casamento). Condenatria: qualquer sentena que traga aspectos condenatrios, ainda que em carga menor. s no aspecto condenatrio que se promove execuo. No preciso ter transito em julgado para entrar com a execuo. Porem, como a regra a apelao ter duplo efeito (suspensivo e devolutivo), no possvel entrar com a ao de execuo se a apelao tem efeito s devolutivo. Caber ao de execuo provisria. II- tem que ter transitado em julgado. J vimos este. III- homologatria: fruto de acordo ou conciliao. Se o juiz homologou e a parte devedora no pagou, pode entrar com a ao de execuo. IV- promove a execuo na orbita cvel. O arbitro no competente para julgar a ao de execuo deste caso. V- o CC determina o que ou no possvel de homologao judicial. Acordo homologado pelo juiz; oriundo de transao extrajudicial que, por obvio, no pode ter por objeto direitos indisponveis. VI- deve ser nacionalizado pelo STJ para ser passvel de ao de execuo. VII- a sentena fica na partilha e o formal de partilha o documento/ttulo a ser utilizado. Formal de partilha a carta de sentena extrada dos autos do inventario, com as formalidades legais, para ttulo e conservao do direito do interessado, a favor de quem ela foi passada. nico: nesses casos haver a abertura de um processo autnomo de execuo, porque ser designado um juzo na orbita civil para isso. (sentena penal, arbitral e estrangeira) 2. EXTRAJUDICIAIS: art 585, CPC. Ainda no passaram pelo juiz. Passaro agora, em uma ao de execuo autnoma, atravs de uma petio inicial com o titulo executivo extrajudicial anexado. Art 585: I- para o Brasil a duplicata titulo extrajudicial, porem no em todos os pases. uma questo de poltica legislativa para dar mais mobilidade a esses

ttulos, mais aceitabilidade frente ao comercio (ex. cheque). Reduz o caminho para se tornar titulo. Cheque prescrito prova documental, no titulo. Se tem caracterstica de titulo, deve ser ajuizada ao de execuo diretamente. No ir por outras vias (como ao de cobrana). S se o titulo virou prova documental. No se pode trocar titulo extrajudicial por judicial. Se extrajudicial e vale, ento se deve usar uma ao de exceo. II- 1 parte: escritura s um exemplo de documento publico. Documento pblico qualquer um assinado por servidor publico. Ex.: B deve IPTU e vai pagar de 2010. Servidor informa que B deve 3 anos. B admite e assina documento de confisso reconhecendo essa divida, frente ao servidor publico. O fisco pode, a qualquer momento, promover ao de execuo contra B (devedor). um documento publico assinado pelo devedor-> titulo executivo extrajudicial II-2 parte: qualquer contrato, regra geral, assinado por devedor e mais duas testemunhas titulo extrajudicial. Ex.: B assina contrato por prazo determinado de 30 meses, 1.000 reais por ms (total de 30 mil). Precisa atrasar 30 meses. Deve estar totalmente no cumprido, no somente uma parcela. O proprietrio s pode executar depois de 30 meses, que o valor do titulo. Da o contrato vira titulo. OBS. REQUISITOS PARA EXECUCAO-> certeza, liquidez e exigibilidade. Se em 1 ms no pagou, pode entrar com despejo mais ao de cobrana, no executar, porque ainda no se tornou titulo executivo extrajudicial para isso. O contrato bancrio (de adeso) segundo a jurisprudncia no titulo executivo, mesmo com assinatura do devedor e das duas testemunhas, porque isso mera formalidade. Testemunhas so apenas pro forma. Outro motivo para o banco no poder executar o devedor a questo da liquidez. Contrato de dez mil s deve mil, no liquido. Deve executar quando dever todo o valor do contrato, at a ltima parcela II-3 parte: transao titulo judicial. Aqui extrajudicial porque referendado nesses casos especficos. (as partes + MP; as partes + Defensor Pblico; as partes + advogados das partes). OBS.: titulo executivo extrajudicial tem que ser original. No se aceita Xerox, ainda que autenticado, com firma reconhecida. Xerox mera prova documental. Se o valor vence no final do ms (1 parcela em maro, 2 em abril,....) e a ultima parcela dia 30 de maio, s posso executar nesta data, quando se d a liquidez (= todo o valor) e passa a ser exigvel (chegou no limite do prazo). Valor do contrato de 5 mil; 5 parcelas de mil; no final de cada mesa tem exigibilidade de cada parcela, mas no tem ............................... (cortado).................................

III- esses contratos no precisam ser assinados por 2 testemunhas. So assinados apenas pelos contratantes, o que diferencia aos devedores(?) particulares do inciso II. IV- enfiteuse: esta em desuso. Um caso conhecido pelo professor, em Petrpolis. Famlia Real proprietria e se deve pagar um valor x para utilizar o terreno (= foro), anual e simblica. Caso no se oferea preferncia ao proprietrio da terra para compra do que l foi construdo, se deve pagar o laudmio. Foro: a penso anual, certa e invarivel que o enfiteuta paga ao senhorio direto pelo direito de usar, gozar e dispor do imvel objeto do direito real de enfiteuse. Laudmio: a compensao que devida ao senhorio direto pelo no uso do direito de preferncia, quando o enfiteuta aliena onerosamente o imvel foreiro (objeto da enfiteuse). No pagou o laudmio o senhorio pode executar o devedor. V- documento escrito, no verbal. Responsabilidade do condomnio de que seja escrito. Se for verbal: o crdito para que possa ser executado contra o fiador deveria haver duas testemunhas. O titulo extrajudicial oponvel apenas contra o inquilino. B est devendo o condomnio de onde reside (deve 3 meses). O proprietrio procura advogado querendo promover ao judicial contra B. Ele observa o que h no art. 275 CPC, inciso II, "b". Ao sumria ou execuo? Quer executar o crdito, no o contrato (no se exige o total descumprimento do contrato para que haja liquidez). inquilino=condmino A jurisprudncia responde que se as despesas forem ordinrias, quem paga o inquilino. Ento a via a execuo. Com despesas extraordinrias - no pagas pelo condmino - o rito sumrio. questo de matria de defesa. ex.: Troca de lajotas internas do condomnio sem assembleia. Anula-se a deciso do condomnio pelo rito sumrio. art. 585, VI: quando aprovados por deciso judicial. Se for sentena, ttulo executivo judicial. ex.: honorrios de perito sero pagos por quem perdeu a ao, bem com o valor da causa. Essa deciso a que se refere o inciso a deciso interlocutria. ex.: ao de 100 mil e autor requer prova pericial, que vai pagar. Juiz defere e estipula valor de 1 mil. Se o autor no pagar antes da realizao, o perito pode executar o autor a pagar a percia atravs de ao de execuo com ttulo extrajudicial decorrente da deciso interlocutria do juiz deferindo a percia. Depois, o credor da sentena (se for o que pagou o perito) cobra esse valor do perdedor da ao atravs de ao judicial de execuo judicial. Se o perdedor foi o que j pagou o perito, no acontece nada. cumulao?

Se o perito no executou durante o processo e saiu a sentena, o perito vai direto contra o que perdeu. O ttulo extrajudicial s no curso do processo. Se for no final, determinado por sentena, e a ttulo judicial! VII- ttulo executivo feito pelo prprio fisco. VIII- qualquer lei pode atribuir fora executiva extrajudicial a um ttulo. ex.: o Estatuto da Ordem diz que o contrato do advogado com o cliente acerca dos honorrios advocatcios ttulo executivo mesmo que esteja assinado apenas pelo devedor. Se eu fizer um contrato com o meu cliente e ele no pagar, posso promover execuo extrajudicial Requisitos: 1. Certeza 2. liquidez 3. exigibilidade 1. Tem-se certeza quando o ttulo se demonstra pela existncia (ex.: cheque). Tem que ser original (por isso no d pra ser xerox) 2. Tem que ter valor ou objeto a ser entregue (cheque em branco s preencher). O problema quando no se tem como dar liquidez ao ttulo. A se promove uma ao incidental que a "ao de liquidao de sentena" onde o juiz d valor ao... a h a liquidez. Essa ao antes da ao de execuo e depois da sentena, nos mesmos autos. 3. O ttulo no pode estar sujeito a uma ao ou a um termo que ainda no ocorreu. Se no ocorreu, no tem a exigibilidade para promover a ao de execuo. Segundo Calandrei: "ocorre a certeza em torno de um crdito, quando, em face do ttulo, no h controvrsia sobre sua existncia. H liquidez, quando determinada a importncia da prestao e h exigibilidade, quando seu pagamento no depende de termo ou condio". Diante da exigncia legal de que o ttulo executivo seja sempre lquido, certo e exigvel, um de seus requisitos substanciais o de ser completo (se faltar 1 desses requisitos, no pode promover a execuo). Execuo Provisria e Execuo Definitiva art. 475 "i" 1 CPC 475 "o" CPC 587 CPC

Execuo provisria se faz de forma idntica a executiva (acho q aki ela quis dizer "definitiva") ex.: B ganha ao no valor de 100 mil. 15 dias e no tem o cumprimento. Execuo para o cumprimento da sentena. Se transitou em julgado e no foi cumprido, portanto, execuo definitiva. definitiva porque transitou em julgado e no h mais como modificar o ttulo executivo. Se houver apelao da deciso est impedida a execuo, porque recebida em ambos efeitos (devolutivo - vai para 2 grau, e suspensivo - suspende os efeitos produzidos pela sentena) Ao exeqente s cabe esperar o trnsito em julgado ou que o recurso no tenha efeito suspensivo. Se a ao, porm, de alimentos (art. 520), no suspende. O efeito s devolutivo. A se entra com a execuo, mas de forma provisria, porque ainda h uma apelao a ser julgada. S pode dar andamento execuo de forma provisria. Se o tribunal der provimento apelao, no vai valer a execuo . O objetivo das 2 responsabilizar o patrimnio do devedor. A execuo provisria no tem como objetivo lesar o devedor. Se o ttulo for extrajudicial, no existe execuo provisria (ex.: cheque). art. 587 CPC. 475, "i" 1 s vai ter efeito devolutivo. *Se forem 2 advogados (litisconsortes) o prazo ser contado em dobro para transitar em julgado!! (30 dias)* 475, "o" correm iguais, observados os detalhes dos incisos. I- desvantagem. correm por conta e risco do exequente. ex.: ao de alimentos. B condenado a pagar 5 mil. Recorre. A promove execuo provisria, pagando as despesas do processo de execuo (ex.: publicao de edital). 2 semanas depois, sai acrdo dando provimento apelao, reformando a sentena. Os gastos do exequente vo ser pagos por ele. II- O juiz estipula o valor a ser pago ex.: B penhora o carro de A. A vai at o depositrio e retira o carro depois do provimento da apelao. Os gastos de A com txi devero ser pagos pelo exequente que perdeu com a reforma da sentena.

III- ex.: B (exequente) leva carro de A leilo. Deve deixar uma cauo. Se A ganhar a apelao, receber o dinheiro garantido pela cauo, se o carro j tiver sendo leiloado. Se B no tem dinheiro, mas um amigo dele tem, esse amigo ser o fiador para prestar a cauo. Portanto, a cauo no precisa ser REAL, poder ser fidejussria (fiador), especialmente se o exequente no tem bens de valor. A cauo no exigida quando a ao de alimentos que no exceda a 60 sal. min. (ex.: Pai de B condenado a prestar alimentos. Penhoram moto. B no tem dinheiro e como de alimentos ele no precisa prestar cauo. Se a apelao do pai de B provido, no vai ter como devolver o dinheiro, e vai ficar por isso, pois se d mais valor vida). (475-O, 2, I) Modificao de sentena: (tah em branco essa parte) Deve-se extrair carta de sentena dos autos que vo subir com a apelao para o Tribunal. Assim, se promove a execuo mesmo com os autos no 2 grau (475-O 3) Os primeiros 4 incisos so peas obrigatrias. Outros documentos sero facultativos para que a carta de sentena esteja completa. Se o exequente esquecer alguma pea, o juiz d prazo para que se complete a carta de sentena, sob pena de arquivamento da ao de execuo provisria. a aplicao do art. 475-R juntamente com o art. 598. Este, como fonte subsidiria. art. 591 CPC- Responsabilidade Patrimonial. Bens presentes e futuros do executado respondero pela execuo. Bens passados no. ex.: B d cheque a A. Ele tem um C4 Pallas. 1 ms depois vende o C4 e troca por um fusca porque est cheio de dvidas. A vai descontar o cheque e v que no tem fundos. Fusca s vale 2500. A no pode querer penhorar o C4 pallas porque ele bem passado de B. Fraude de Execuo J existe ao em curso contra o devedor, exigindo o cumprimento de obrigao insatisfeita. No preciso que tenha sido proferida sentena. A fraude execuo regulado pelo direito pblico, qual seja, o direito processual, visto que invocada a prestao jurisdicional. O negcio jurdico que frauda a execuo gera pleno efeito alienante e adquirente. Apenas no pode ser oposto ao exequente. Assim, a fora da execuo continuar a atingir o objeto da alienao ou onerao fraudulenta, como se estas no tivessem ocorrido. Ex: F prope ao contra B. B, sabendo que vai perder, vende seus bens (ex: carro). Daqui a uma semana F vai ter um ttulo executivo, porm B no

ter bens para serem executados. Este fato da venda do bem para desconfigurar o patrimnio se chama fraude execuo. No preciso vender, pode passar para o nome de outro ( exemplo: filho). F tem direito de buscar com quem que seja o bem que era de B. O negcio que B fez com G ao vender o carro perfeito, vlido, mas frente a F no. Qualquer ao em curso, se o devedor / futuro devedor cair em insolvncia , fraude execuo! Se tem mais bens e s vendeu um, no . Tem que cair em insolvncia! Se tem um caminho e deve quantia, tambm no fraude, leiloa o caminho e ter o valor. No preciso que tenha sido proferida a sentena, bastando haver a ao em curso. Se a ao executiva (no de conhecimento) a configura mais ainda; est mais no caso ainda da fraude. Ex: G pode pedir a devoluo do dinheiro que pagou pelo bem de B que lhe foi resgatado. Obs: Se F diz para B : vou te botar na Justia! e B vendeu o carro, no configura fraude execuo, porque no tem qualquer ao ainda! Isso seria FRAUDE CREDOR (regulado pelo CC) e ser necessrio ao revogatria ou Pauliana: demonstrar que o devedor (B) e o comprador (do caso em questo) possuam concilium fraudes. B vendeu sabendo da possibilidade da ao. OBS: Ao revogatria: contra o devedor e o comprador do bem. O comprador pode se defender dizendo que no sabia, mas ter que entrar com ao contra o devedor fraudador. Pede-se que o bem volte ao devedor fraudador, para ser resgatado e a penhorado. Esse objeto da venda ser penhorado, aps resgatado. O recomendvel verificar quem o vendedor (se devedor, se ru...) e em que estado se encontra o bem (se est para ser penhorado). Na fraude execuo, o autor da ao apenas menciona que o ru vendeu seu bem durante a ao de execuo, no precisa de processo para isso. Ele demonstra, comprovando, e o bem ser resgatado com quem estiver, pelo oficial de justia. Fraude execuo: contra o devedor apenas Fraude a credores: contra o devedor e o comprador. Art. 593 CPC, I, II III- lei de locao um exemplo. No h necessidade de concluir fraudes, basta que ocorra a insolvncia. Bem gravado com clausula de inalienabilidade contem em si clausula de impenhorabilidade. Ex: B tem uma casa onde mora e uma casa com clausula de inalienabilidade. Inalienabilidade causa impenhorabilidade. No pode vender, nem penhorar. (porque nem o judicirio pode vender.) O inverso no. Ex: B tem casa onde mora e casa e uma casa com clausula de impenhorabilidade. No traz em si a clausula de impenhorabilidade. Ele pode,

ento, vender, mas o dinheiro ser penhorvel. Pode vender mas no pode penhorar. LIQUIDAO DE SENTENA : Art. 475-A CPC e seguintes. Conceito: o incidente processual preparatrio em que se determina o objeto da condenao, a fim de se dar ao vencido possibilidade de cumprir o julgado e ao vencedor possibilidade de execut-lo depois de verificado o impedimento. Espcies: 1) LIQUIDAO POR ARBITRAMENTO: art. 475-C CPC 2) LIQUIDAO POR ARTIGOS: art. 475-E CPC Recurso: Agravo de instrumento: art. 475-H Sentenas que dependem da apresentao de clculos: 475-B Quando a sentena ilegtima, sem seu valor certo, falta um dos requisitos para a execuo do titulo, qual seja, a liquidez. Necessrio ser liquidar a sentena, para depois execut-la. Se d, portanto, entre o processo de conhecimento e o de execuo. Se h liquidao que apura liquidez, cabe agravo de instrumento, pois uma deciso interlocutria. Essa deciso completa a sentena, mas no uma. Tanto o vencedor como o vencido podem propor a liquidao. Mas a propositura pelo vencido rarssima. Espcies: Obs: pelo livro do Humberto, h 3 espcies, acrescentando a liquidao por calculo, o que no existe mais, desde dezembro de 2006. Agora o prprio exeqente apresenta os clculos (memria discriminada de clculos). Na impugnao o executado poder alegar excesso no calculo. O exeqente deve dizer qual ndice utilizou (IGPM, etc) e qual a alquota de juros que est sendo utilizada. Da deciso do juiz que julgar a impugnao frente ao calculo, tambm caber agravo de instrumento. Art. 475-B: E se o exeqente abrangido pela Justia Gratuita? Caso o exeqente esteja com AJG, pode-se requerer que a contadoria do foro faa o calculo, que ser sem custas. Pode ser necessrio que a liquidao seja por arbitramento, atravs de um estudo de perito, quando a liquidao exigir conhecimento tcnico especfico. Se houver necessidade de provar fato novo, a liquidao dever ser por artigo. Logo, na liquidao por artigo possvel provar fato novo no mencionado no processo de conhecimento. No serve a liquidao para reformar a sentena (art. 475-G). Nas duas espcies de liquidao o procedimento comum, o vendedor alega, o juiz nomeia perito ou arbitrar o valor, o vencido contrape e o juiz decide. Ou seja, ambas as partes se manifestaro. Em algumas aes o juiz no pode proibir sentena ilquida. Ex: em acidente de carro

Art. 475-A 3 - caso o juiz profira sentena ilquida, a parte deve propor embargo de declarao, pois a sentena est omissa.

DO CUMPRIMENTO DA SENTENA ( TTULO JUDICIAL): Execuo para entrega de coisa (476- A CPC) certa incerta ( art. 461- A 1 CPC )

Procedimento : Sentena: (fixao do prazo para entrega) atitudes do executado : - cumprimento de determinao judicial - inrcia do executado - converso em perdas e danos

ASTREINTES: Pena pecuniria em razo do atraso no cumprimento da obrigao. Art. 461 4 CPC e 461-A Devemos ter uma sentena que condenou algum a entregar certa coisa. Aqui, o autor entrou com ao para o devedor ENTREGAR uma coisa, no dinheiro! Dinheiro no coisa. Coisa bem move e imvel. Coisa Incerta: classificado pelo gnero e pela quantidade. No especificado, individualizado. Ex: 10 sacos de arroz ( agora 10 sacos de arroz tipo PN1 logo fino, etc... j certa). Depende a quem compete a escolha da coisa. Se a sentena no disse nada, o devedor que escolhe. O devedor no pode, por determinao do CC, entregar o pior arroz, mas no obrigado a entregar o melhor. Na sentena o juiz fixa o prazo para entrega. A, o devedor escolhe (transformando em certa) e entrega nesse prazo. Se competir ao autor escolher a coisa, ele a far na petio inicial (a pode pedir at o melhor tipo). Mesmo que o contrato diga que o autor podia escolher, mas no o faz na petio inicial, o devedor que vai escolher aps a sentena. (art 461-A 1) Entrega da coisa certa ( j foi transformada em certa)

Depois da sentena, a via mais fcil que o devedor cumpra. A terminou a ao pelo cumprimento voluntario ( mais pagamento de custas). Se no pagou esses, entro com uma ao para pagar as custas. Se arquiva o caso. No precisa executar. A segunda situao, mais normal, que o devedor no recorre e no cumpre. No entrega a coisa no prazo. A o credor pede que se expea MBA para pegar a coisa. O devedor deve pagar o oficial de justia (se for bem mvel). Se for bem imvel, h a imisso de bem imvel. (mandado de imisso de posse de bem mvel). Boto para rua todo mundo! ( 2 do 461-A) isso tudo j execuo. A fase de conhecimento vai at a sentena e seu cumprimento voluntario. Pode ser que o devedor no possua a coisa certa. A se apura as perdas e danos para leiloar / penhorar o bem que o devedor tiver e consegue a quantia em dinheiro ( perdas e danos) para comprar o bem certo. O credor ao pedir busca e apreenso, deve declinar / indicar o endereo certo de onde se encontra a coisa. O oficial de justia s vai procurar nesse local. Se for difcil de saber disso, mais fcil pedir por busca de quantia certa. Obs: se a sentena tiver recurso, com os dois efeitos, no possvel entrar (?) com a execuo. B empresta o Cdigo Civil autografado por Pontes de Miranda para F. F se recusa a devolver. B entra com uma ao contra F. F condenado a entregar coisa certa. Mas ele se recusa. Ento ele empresta para A. B pede que se expea mandado de busca e apreenso. Ele sabe que est com A. Se A se sente lesado, pode entrar com embargos de terceiros. Se F destruir o Cdigo Civil rubricado, haver converso em perdas e danos, devendo haver um clculo de valor desse bem nico. Para evitar o descumprimento da sentena, o juiz pode fixar Astreintes na sentena. A astreinte uma multa de carter coativo para pressionar o devedor a cumprir a obrigao. No perdas e danos. Exemplo: Demora 15 dias, logo pagar 5 dias de multa diria. O valor da astreinte no pode ser valor exorbitante ou irrisrio. Levar-se em conta a situao econmica do devedor. Obs.: A busca e a apreenso pode ser de coisa incerta. Deste modo, o devedor no escolheu nem entregou o objeto. Portanto, o credor escolhe e pede para expedir o mandado de busca e apreenso. No poder haver a astreinte mais a multa prevista no art.475-J. As astreintes somente so usadas em execuo de entrega de coisa e obrigao de fazer/ no fazer. Aquelas de quantia certa tem previso especfica na lei. Obrigao de fazer e no fazer Obrigaes fungveis: Art. 461 combinado com o art.634, Obrigaes infungveis: art.461 combinado com o art.638, CPC. CPC.

Astreintes: Art. 461, 4, CPC. Procedimento H a sentena. Comportamento do devedor Cumpre com a deciso Permanecer inerte Impugnar os atos executivos no prazo de 15 dias Prolatada a sentena, sem ter havido apelao ( ou, sendo proposta esta, produz somente efeitos devolutivos ) espera-se que o devedor cumpra com a obrigao. Ex.: F obrigado a construir um muro de forma cautelar mediante deciso interlocutria. Na obrigao de fazer, quando no cumprida, o autor/credor pede ao juiz para que obrigue o devedor a fazer uma obrigao positiva. Na hiptese do muro, o juiz poderia chamar um terceiro para constru-lo s custas do devedor. Nas obrigaes de no fazer, a prestao na execuo ser positiva tambm. Ex.: F constri um muro e B no quer. F perde a ao e deve parar de edific-lo. A execuo ( positiva ) ser um fazer: Derrubar o muro. A sentena determina que um fizesse, mas a execuo de fazer. O credor adianta o dinheiro para isso. Logo depois, ele ser cobrado na execuo. Caso seja uma construo cuja demolio comprometa a estrutura do prdio, a soluo ser cobrana de perdas e danos. -Obrigaes fungveis: Podem ser feitas por terceiros. Qualquer um poder fazer, ainda que possa haver converso em perdas e danos, tambm sendo possvel solicitar ao juiz que terceiro execute a obrigao. -Obrigaes infungveis: Personalssimos. Intuito persona. Carter personalssimo do devedor. S ele pode fazer. Converso necessria em perdas e danos, na hiptese de no cumprimento da obrigao. Ex.: Di Cavalcanti contratado para pintar um quadro. S ele pode fazer. Ele no pinta como eu pinto. -Astreintes: Pode ser estipulada pelo juiz multa diria em razo de no cumprimento de obrigao infungvel. Proferida a sentena e transitada em julgado, ou o devedor a cumpre ( havendo pagamento de custas, honorrios e outros encargos ), havendo extino da obrigao pelo seu adimplemento, ou no a realiza. Em hiptese de no cumprimento da sentena, caso seja fungvel, o credor solicitar o dinheiro do devedor e terceiro cumpre o que no foi realizado por aquele. Tambm poder solicitar perdas e danos, ao invs de cumprimento da obrigao por terceiro. Caso seja infungvel, a sada somente ser o ressarcimento atravs de perdas e danos. A execuo de obrigao infungvel passa a ser uma execuo de quantia certa. O credor pode pedir a penhora dos bens do

devedor. Se o devedor no quiser a penhora de seus bens e se dispuser a pagar a quantia devida, haver quitao do dbito. -Impugnao dos atos executivos em 15 dias. Ex.: Devedor fez e o credor, sem saber disso, executa o ttulo judicial. O credor pode impugnar a execuo. Obs.: Astreinte. De ofcio, o juiz pode modificar a multa ( art.461, 6 ). Nestas obrigaes, o que realmente se objetiva o cumprimento da obrigao. No se demanda dinheiro, pois seria semelhante a um direito indenizao. Caso se almeje o cumprimento da obrigao desejada, haver execuo. Ex.: O credor adianta a quantia para que o terceiro faa a obrigao. Mas quem ficar com o dbito o devedor. Caso ele no a realize, algum bem dele ir haste pblica. O juiz pode obrigar a um fazer que traga resultado prtico semehante/equivalente. Ex.: Ministrio Pblico requeriu que no ocorresse mais poluio no rio pela atividade da mineradora. Ela no instalou os filtros. Logo, ser fechada. Execuo por quantia certa Procedimento H a Sentena. Atitudes do Devedor: 1) Cumprimento voluntrio da obrigao ( 15 dias ) 2) Permanecer inerte: Expedio de mandado de penhora e avaliao ( art. 475-J) 3) Apresenta impugnao ( art. 475-L, 475-J, 1, CPC ) 1) Sentena ( de qualquer tipo, menos ao de alimentos ) determinou que o ru deveria pagar quantia certa. No pagou depois de 15 dias. Deve transitar em julgado. Se entrar o devedor com recurso e ele for recebido em outros efeitos, no poder ser promovida a execuo. Logo, uma vez transitada em julgado, teve mais quinze dias para pagar. S depois haver processo de execuo. 2) Caso o devedor permanea inverte, ao montante da execuo ser acrescido 10% de juros dirios. O autor j indica um bem penhora para se expedir um mandado de penhora e avaliao ( art.475-J, CPC ) 3) 1: O bem j foi penhorado. Intima-se o advogado de que o bem j est penhorado. Se o ru no tem advogado, s ai ser intimao pessoal. Com 15 dias para impugnar a execuo: ex) execuo, mas o ru j pagou a quantia cobrada. Na impugnao ele alegar isso.

O que no serve contestar de novo, como se fosse a ao de conhecimento de novo. No serve para discutir a justia da sentena, pois para isso serviria a apelao. A impugnao dentro da execuo. Ela (execuo) est correndo, o bem est sendo penhorado. Se o devedor no tiver nada a penhorar, vai ser suspenso a execuo e nem vai comear, nem vai ter impugnao nem intimao nem nada. Esse procedimento todo da penhora, da intimao, do prazo para impugnao (processual de 15 dias), s quando tem bens pra penhorar! O oficial de justia pode proceder a avaliao da penhora (art. 143, V). Se o oficial no tiver condies de avaliar o bem, o juiz chama um especialista para que o faa. Claro! esse trabalho vai ser pago e o valor vai ser includo n execuo. Se o credor (exeqente) no conhece os bens do devedor, o oficial de justia vai escolher ao ir at o executado e conhecer o que ele tem. Mesmo que o exeqente indique um bem penhora, o executado pode indicar um bem que para ele seja melhor. ex) exeqente indica casa para penhora. Executado alega que tem a quantia certa. melhor essa opo. A impugnao no contestao. Ela s pode versar sobre o que est no art. 475-L e seus incisos. V- quando o exeqente pleiteia valo superior ao que . VI- se for antes da sentena, na contestao. Ento esse inciso sobre causa impeditiva superveniente sentena. A sentena da impugnao pode dar fim execuo. A sentena cabe apelao. Se continuar o processo executivo, mera deciso interlocutria, a cabe agravo de instrumento. Isso tudo est previsto no art. 475-M 3. O agravo recebido apenas em efeito devolutivo. A execuo segue. A no ser que se pea efeito suspensivo nele. DO CUMPRIMENTO DA SENTENA

Obrigao de pagar quantia certa. Impugnao: -prazo: 15 dias art. 475-J 1 CPC -matria alegvel: art. 475-L e 743 CPC -efeito suspensivo: art. 475-M CPC -procedimento Proposta a ao e obtido a sentena, o credor apresentar um requerimento (apresentando, se quiser, um bem penhora), o oficial tratar a penhora e o executado poder, em 15 dias, apresentar a impugnao fase de cumprimento da sentena. No contestao. impugnao. Pode impugnar a avaliao feita pelo oficial de justia (ex: carro de devedor vale 100 mil; oficial avaliou em 30 mil). Pode alegar excesso na execuo tambm (dvida era de 10 mil e o credor cobra 50 mil). A impugnao no tenta modificar a sentena. Isso caber contestao. A deciso interlocutria, cabendo, assim, agravo. Qual a natureza jurdica dessa impugnao? H quem diga que a mesma dos embargos. Prof. No concorda. Art. 191 CPC: diz que o prazo conta em dobro quando tem litisconsortes com defensores diferentes. Se possuem o mesmo, no conta em dobro. Art. 188 CPC: Fazenda Pblica e MP: qudruplo para contestar e dobro para recorrer. Regra geral, a impugnao no tem efeito suspensivo. Ou seja, a execuo corre naturalmente enquanto se tenta impugn-la. Por no ter efeito suspensivo, ela se forma em autos apartados, que sero apensados ao processo principal. Porm, para evitar que acabe se executando tudo antes de ser sequer julgado a impugnao, deve-se pedir efeito suspensivo (se no, corre risco de ser executado e s depois ter impugnao deferida). -1 requisito: a matria alegada deve ter fundamento. -2 requisito: demonstrar grave dano ou incerta reparao.

Pode-se, porm, retirar o efeito suspensivo (o credor). O credor presta cauo, garantindo que o devedor no ter grave dano. Ex: credor tem 500mil na conta. Ele pode devolver tranquilamente o dinheiro da penhora do bem do devedor se ele for executado antes de ser julgado a sua impugnao a seu favor. (art. 475M 1). Art. 475-J caput e 1: trata-se dos prazos (se no for aplicado o art. 191 CPC). Art. 475-L: matria para alegar na impugnao. VI- se foi ANTES da sentena, teria que ser alegado na CONTESTAO. Na impugnao, s se isso (exemplo do inciso) aconteceu DEPOIS da sentena. Art. 743 CPC: casos de excesso de execuo. III: ex) sentena e de entrega de coisa e execuo de quantia certa. IV: credor s pode exigir se ele j fez a sua parte, claro. Art. 475-M: causas para atribuir efeito suspensivo impugnao. No adianta vir com fundamentos irrelevantes, que j deviam ter sido usados quando da contestao da ao anterior. 3: se determinou prosseguimento da execuo, deciso interlocutria. Se extingue, sentena. Juiz da 15 dias para impugnar. Eu, credor, tenho que me manifestar contra a impugnao. Qual o meu prazo? Por fora do art. 175, se o juiz no assinar prazo, ser de 5 dias. Porm, utilizando regra de Direito Constitucional, direitos iguais, prazos iguais! Ento seria 15 dias. Porm, isso ainda est sendo discutido.