resumo civil iv estácio

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  • 7/26/2019 Resumo Civil IV Estcio

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    Direito das Coisas Civil IV Resumo

    DIREITO DAS COISAS:Conjunto de normas que regem as relaes jurdicas

    concernentes aos bens corpreos (mveis ou imveis) ou incorpreos (direitos

    autorais, propriedade industrial), suscetveis de apropriao. Abrange: Aquisio

    E!er"#"io Conservao $erda de %oder sobre os bens&

    'o Direito das Coisasestudaremos o que, modernamente, denominamos Direitos

    Reais.

    Direitos Reais:

    A $ro%riedade: o mais im%ortante direito real&!ireito que tem o propriet"rio

    de usar as #aculdades dispostas no $rt. %.&&', CC, ou seja (sar) *o+ar) Dis%or e

    Reaver sua %ro%riedade) constituindo um direito perptuo eou transmitido a

    erdeiros.

    , Direitos reais sobre "oisa al-eia:

    *o+o:en.teuse(senorio recebe laud*mio), su%er/#"ie) servido) usu/ruto)uso e-abitao.

    *arantia: %en-or) -i%ote"a) anti"rese (percepo dos #rutos para pagar

    dvida), alienao .du"i0ria&

    Direito real de aquisio:compromisso irretrat"vel de venda.

    Res nullius + coisa de ningum

    Res dereli"tae+ coisa abandonada

    Res "ommunes omnium+ coisa comum aos omens

    (so/ruto:irar vantagem da coisa. - o direito real pelo qual o propriet"rio concede o

    uso e #ruio a algum, guardando para si o direito abstrato da propriedade

    'u %ro%riet0rio:est" sem o uso e /ruto

    (su/rutu0rio:em uso e /ruto&

    CARACTER1STICAS DO (S(2R(TO:

    $pesar de no eistir consenso na doutrina, podemos apontar as seguintes:

    %. $ oponibilidade erga omnes ( arts %&&/ e %&&0 CC): 1 seu direito com a coisa,

    mas mani#estado contra todos, que dele devem ter conecimento.

    &. 1 direito de sequela (art. %&&' CC): 2erseguir a coisa nas mos de quem quer

    que a detena

    3. $ eclusividade (art. %&3% CC): $ propriedade presume4se plena e eclusiva,

    at prova em contr"rio

    5. $ pre#er*ncia (art. %500 CC): 6ipoteca (7nus real) tem pre#er*ncia sobre aval.

    8. $ taatividade (art. %&&8 CC): 9ista dos direitos reais/. $ possibilidade de abandono da coisa: 2ode4se renunciar o direito sobre a coisa

    0. 2reviso da usu"a%io(arts. %&3' a %&55, %&/ a %&/& e %30; CC)

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    '. $plicao do princpio da publicidade dos atos: tulos registrados so de

    conecimento p=blico

    E'TRE DIREITO REA3 DIREITO O,RI*ACIO'A3

    $bsolutos (e>c"cia erga omnes) ?elativos (e>c"cia entre as partes)

    @incula o titular A coisa @incula a pessoa do credor A pessoa do

    devedor

    2ossuem sujeito passivo indeterminado 2ossuem sujeito passivo determinado:

    devedor

    2rincpio da publicidade (tradio e

    registro)

    2rincpio da autonomia privada

    (liberdade)

    $ coisa objeto imediato da relao $ coisa objeto mediato da relao

    1 eerccio se d" sem intermedi"rios 1 eerccio se d" por intermdio de outro

    sujeito

    ?elao permanente< tpica B.

    propriedade

    ?elao transitria< atpica B. contratos

    Ob4eto do direito das "oisas: Corpreas (mveis ou imveis), e incorpreas.

    2rodues nos domnios das letras, das artes, das ci*ncias ou da ind=stria.

    !ireitos de propriedade intelectual um direito sui generis (patrimonial

    etrapatrimonial).

    S(5EITOS DA RE3A67O 5(R1DICA DE DIREITO REA3

    Su4eito ativo:titular do direito subjetivo absoluto sobre o bem. Berce direito desequela e possuidor

    Su4eito %assivo:sobre quem (toda a coletividade) recai o dever de respeito ao

    direito do sujeito ativo.

    O,RI*A68ES RE3ACIO'ADAS AO DIREITO REA3

    1brigaes %ro%ter rem:(acompanam a coisa). B. taa de condomnio

    9nus reais:limitaes impostas ao eerccio de um direito real, constituindo

    gravames ou diretos oponveis ergas omnes. 2ara eistir o 7nus real necess"rio queo titular da coisa seja o devedor e no apenas o garantidor da dvida de terceiro.

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    Obrigaes "om e."0"ia real:relaes obrigacionais que produDem e>c"cia erga

    omnes.

    B: compromisso de compra e venda de imvel, registrado do cartrio imobili"rio.

    A67O REIVI'DICAT;RIA: 1 propriet"rio tem o poder de reaver a coisa das mos

    daquele que injustamente a possua ou detena. - a ao

    reivindicatria, tutela(poder con#erido por lei para que uma pessoa capaD proteja a

    propriedade) espec>ca da %ro%riedade, que possui #undamento no direito de

    sequela. $ ao de imisso de posse, por eemplo, tem natureDa reivindicatria. $

    ao reivindicatria imprescritvel, uma veD que a sua pretenso versa sobre o

    domnio, que perptuo, somente se etinguindo nos casos previstos em lei

    (usucapio, desapropriao etc.).

    A 2('67O SOCIA3 DA $RO$RIEDADE: Etilidade se d" atravs do eerccio da

    posse. 1 direito de %ro%riedade,assegurado "onstitu"ionalmentecomoum direito /undamental, apresenta a /uno so"ial "omo elemento estrutural.

    Formas que asseguram o cumprimento da #uno social e as que reprimem seu

    descumprimento integram o conjunto que representa a instituio propriedade no

    direito brasileiro. 1 $rt.%&&', CC #ala desapropriao do propriedade para utilidade

    p=blica ou interesse social.

    E

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    Teoria de Savign> ?sub4etiva@: $ posse o poder de dispor

    >sicamente ?"or%us@ da coisa, com Lnimo de consider"4la?animus@sua propriedade

    e de#end*4la contra a interveno de outrem.

    Teoria de I-ering ?ob4etiva@: Bige4se to somente a "onduta de

    %ro%riet0rio&Fo sendo necess"ria a apreenso #sica da coisa ou a vontade de ser

    dono dela

    O C&C& adotou a Teoria de I-ering ?ob4etiva@ no Art B que considera possuidortodo aquele que tem de #ato o eerccio, pleno, ou no, de algum dos poderes

    inerentes ao domnio, ou propriedade.

    Es%"ies e uali."aes da $osse:$osse Direta e Indireta:

    %. Direta: $ pessoa que tem a "oisa em seu %oder. Esu#rutu"rio, deposit"rio, o

    credor pignoratcio, o locat"rio e o comodat"rio so %ossuidores diretos, pois

    todos det*m a coisa que les #oi trans#erida.

    &. Indireta:Muando o seu titular, a#astando de si por sua prpria vontade adeteno da coisa, continua a eerc*4la imediatamente aps aver trans#erido a

    outrem a posse direta.

    3. Com%osse: Himultaneidade da eist*ncia da %osse %or mais de um

    %ossuidor& B. C7njuges no regime de comuno de bens e cond7minos

    5. uanto aos v#"ios: $osse 4usta:- mansa) %a"#."a) %Fbli"a e adquirida

    sem violGn"ia&

    8. $osse in4usta: Com pelo menos um dos vcios da posse ?violGn"ia)

    "landestinidade ou %re"ariedade@./. 2osse violenta: adquirida atravs do em%rego de violGn"ia "ontra a

    %essoa&

    0. 2osse "landestina: adquirida Hs es"ondidas&Bstas duas so

    relativase %odem virar de ,oa2

    '. 2osse %re"0ria: decorrente da violao de uma obrigao de restituir (abuso de

    con>ana). Fo posse jurdica, no produD e#eitos contra o legtimo

    possuidor. Absoluta(C.2. $propriao Kndbita)

    ;. $osse de ,oa 2 e $osse de J0 2: $rt. 5;, CC: - de boa/a posse, se o

    possuidor ignora o vcio ou o obst"culo que le impede a aquisio da coisa, ou

    do direito possudo.- de m0/: Muando o possuidor sabe que a %osse tem

    v#"io

    Deteno da Coisa: Himples deteno material no produDindo consequ*ncias

    jurdicasAquisio e $erda da $osse: Aquisio ou In#"io: He d" quando ocorrem seus

    dois elementos constituintes: #ato eterno + o corpus (apreenso) e um #ato interno +

    animus (inteno).

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    Aquisio da %osse origin0ria: Fo " cadeia de produo. $to unilateral e sem

    transmisso negocial.

    2osse por apreenso da coisa:

    N?es nulliusO(coisa sem dono): 2or eemplo, caar um animal para se alimentar. Bste

    animal, tratado como coisa no !ireito brasileiro, tido como espcie de aquisio

    origin"ria.

    N?es derelictaO (coisa abandonada): por eemplo, pertences encontrados no lio.

    $preenso econ7mica ou em raDo de viol*ncia ou clandestinidade

    $quisio unilateral pelo eerccio de direito

    Aquisio da %osse derivada:

    Tradio:- a entrega da coisa.

    radio real: consubstancia4se por intermdio da entrega e#etiva da coisa ( o caso

    do bem mvel).radio simblica: a trans#er*ncia por um ato representativo, e. entrega das

    caves de imvel.

    Su"esso(art. %.&0 CC&): B. 6erana pode ser transmitida sem nenum ato do

    erdeiro.

    $erda da %osse:

    %. Abandono: no basta a omisso do possuidor.

    &. Tradio: causa ibrida, pois, se de um lado gera perda da posse, do outro gera aaquisio

    3. $erda, destruio ou colocao da coisa #ora de comrcio.

    5. Desa%ossamento: 6iptese de perda ilcita, mas com e#eitos pr"ticos. 2or eemplo,

    esbulo.

    Os E/eitos da $osse:Ho as consequ*ncias jurdicas por ela produDidas, ou seja:

    !entre os e#eitos da posse, destacam4se: percepo de #rutos< 1 direito A percepo

    dos #rutos varia con#orme a classi>cao da posse quanto A subjetividade e est"disciplinado nos arts. %.&%5 a %.&%/, CC

    2rutosColidos< 2endentes< 2ercipiendos

    ,oa/ !ireito do possuidor A ?estituio com o direito A deduo das despesas.

    J0/ KndeniDao ao possuidor legtimo, com direito A deduo das despesas. H

    le assiste o direito As despesas. 1 pagamento #eito ao possuidor de m"4# pelas

    despesas de produo e custeio devido tendo em vista o princpio do direito civil

    que probe o enriquecimento sem causa.

    DIREITO KS ,E'2EITORIAS:$ssim como ocorre com os #rutos, a indeniDao pelas

    ben#eitorias depende da classi>cao da posse quanto A sua subjetividade (vide arts.

    %.&%; e %.&&, CC):

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    ,oa/: 'e"ess0ria+ KndeniDao ?eteno

    =til+ KndeniDao ?eteno

    Volu%tu0ria + Pus tollendi, sem direito de reteno

    J0/: $penas restituio do valor gasto pelo possuidor

    1bs: as ben#eitorias so compensadas com os danos.

    Interdito %ossessLrio:$es possessrias que visam "ombaterasseguintes agresses H %osse:

    %. Esbul-o:agresso que "ulmina da %erda da %osse&Knterdito

    adequado: Reintegrao de $osse (e#eito restaurador). C2C, arts. ;&/ a ;3%.

    &. Turbao:agresso que embaraa o e!er"#"io normal da %osse. Knterdito

    adequado: Januteno de $osse(e#eito normaliDador). C2C, arts. ;&/ a ;3%.

    3. Ameaa:risco de esbulo ou de turbao. Knterdito adequado: Interdito

    $roibitLrio. C2C, ;3& e ;33.

    Condies das aes %ossessLrias:+ Knteresse de $gir e 9egitimidade do

    2ossuidor, detentor no tem legitimidadeativa nem passiva.

    DES2OR6O $OSSESS;RIO:

    !es#oro incontinenti: de/esa imediata da %osse %elo %ossuidor agredido& !eve

    estar assentado no bin7mio imediatismo4proporcionalidade. $ doutrina costuma

    classi>car a autotutela da posse em duas espcies:Des/oro imediato:ocorre nos casos de esbulo, em que o possuidor recupera o

    bem perdido.

    3eg#tima de/esa da %osse:Casos de turbao, em que o possuidor normaliDa o

    eerccio de sua posse.

    DISTI'67O E'TRE $OSSE E DETE'67O:

    $osse:eerccio do poder de #ato em nome prprio, usando a propriedade e/a+endo

    usoecon7mico da coisa e inteno de usar a coisatal qual o %ro%riet0rio.Deteno(posse natural):eerccio do %oder de /atosobre a "oisa em nome

    al-eio&

    Detentor servo da %osse, pois mantm uma relao de de%endGn"iacom o

    verdadeiro %ossuidor&

    I'TERVERS7O DO CARMTER DA $OSSE:Continuidade do "ar0ter da %osse(art.

    %.&3, CC): a posse que se ini"ia 4usta %ermane"e 4usta< a posse que se ini"ia

    in4usta, %ermane"e in4usta ao longo do tempo, a menos quese opereinterverso do "ar0ter da %osse.

    Inverso do "ar0ter da %osse:ViolGn"ia e "landestinidade so v#"ios

    relativos, enquanto que a %re"ariedade v#"io absoluto&Cessada a viol*ncia ou a

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    clandestinidade a posse pode deiar de ser injusta e passa a ser justa, mas a

    precariedade sempre ser" injusta.

    $RO$RIEDADE: Direito que a pessoa #sica ou jurdica tem, dentro dos limites

    normativos, de usar) go+ar e dis%or de um bem corpreo ou incorpreo, bem como

    de reivindi"alo de quem in4ustamente o deten-a ?direito de sequela@&

    A67O REIVI'DICAT;RIA: 1 %ro%riet0rio tem o %oder de reaver a "oisadas

    mos daquele que in4ustamente a %ossuaou detena. $ ao de imisso de

    posse tem natureDa reivindicatria. 1s %ressu%ostosda ao reivindi"atLriaso

    tr*s:

    a@ a titularidade do dom#nio)pelo autor, da "rea reivindicada, que deve ser

    devidamente provadam,a o%onibilidade erga

    omnes ?contra todos@&

    RESTRI68ES 3E*AIS DE I'TERESSE $ARTIC(3AR E $=,3ICO:

    Ho restries) im%ostaspela ConstituioIederal, peloCLdigo de

    Jinerao, 2lorestal)9ei de 2roteo ao Jeio Ambienteetc.

    6" limitaesnos direitos de vi+in-anae de cl"usulas volunt"rias que atingem, a

    inalienabilidade, impenorabilidade e incomunicabilidade.

    3imitaes de interesse %Fbli"o:

    + Servido administrativa< 2ropriedade da Enio:5a+idasre"ursos minerais e

    os %oten"iais de energia eltri"a< Tombamento< Desa%ro%riaopor utilidadeou ne"essidade %Fbli"aou %or interesse so"ial< requisio de bens

    %arti"ulares.

    3imitaes de interesse %rivado: FoArt& N&Bcc disposies acerca do direito

    de vi+in-ana&

    DIREITOS DE VII'A'6A:$rts. %.&00 ao %.3%3, CC. Bstabelece limitaes ao

    direito de %ro%riedade)relativos aodireito de vi+in-ana&Fos direitos de

    viDinana a norma jurdica limita as /a"uldades de usar e go+arpor parte depropriet"rios e possuidores de prdios viDinos, impondo4les um sa"ri/#"io %ara

    que a "onvivGn"ia so"ial seja possvel e para que a propriedade de cada um seja

    respeitada $ noo de vi+in-ana remete H %ro!imidade dos imLveis,

    independente de relao de contiguidade entre eles. Bstabelecem regraspara:

    a) "ontrole e vedao do uso anormal da %ro%riedadea presuno relativa de propriedade das construes e plantaes ao

    propriet"rio do imvel.

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    $rts. %.&85 a %.&8;: T se >car comprovado que o solo e as sementes ou materiais

    utili+adosnas plantaes ou construes %erten"em a %essoas distintas.

    $ regrageral a de que o%ro%riet0rio do imvel, dada a natureDa acessria das

    plantaesconstrues com relaes ao solo, adquirir0 a %ro%riedade das

    a"esses.

    (su"a%io:Requisitos gerais e es%e"#."os

    A@ $essoais:Caractersticas pessoais e atitudes do adquirente e do

    propriet"rio. $ara usu"a%ir necess"rio que o adquirentetena "a%a"idade

    4ur#di"a, na #orma da lei civil. ambm no "orre o %ra+o da usu"a%io "ontra os

    absolutamente in"a%a+es. EHEC$2KR1 uma espcie de %res"rio aquisitiva, -0

    que serem observadas as "ausas obstativas, suspensivas e interruptivas da

    prescrio elencadas nos arts& NWX a Y) CCZY&

    $rt. %;0. Fo corre a prescrio:

    K + entre os c7njuges, na constLncia da sociedade conjugalns de registro se #ormulado pedido contraposto.

    A(ISI67O DA $RO$RIEDADE J;VE3:

    N@ O"u%ao: - #orma origin0riade aquisioda %ro%riedade. $lgum seapodera de algo que no tem %ro%riet0rio)de coisa sem propriet"rio (res

    nulliuse res derelictae). B: caa e pesca.

    @ Des"oberta+Art. 1.2;;. 6uem quer queac

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    @ Es%e"i."ao:Art. 1.26(. rabala ren3ncia

    nada se transmite a ningu!m, simplesmente o titular a(dica do direito real, que nesse

    instante se converte em res nullius.

    C@ Abandono:1 abandono tambm implica em perda da propriedade por ato

    volunt"rio do seu titular, com a di#erena que, nesse caso, o animusde abandonar a

    coisa presumido pela cessao dos atos de posse. Muando a coisa abandonada #or

    imvel, o Junicpio, o !istrito Iederal ou a Enio podero arrecadar o bem e aps tr*s

    anos adquirir a propriedade

    D@ $ere"imento:2erecimento material ou real: destruio da "oisa&

    $ere"imento 4ur#di"o:a coisa "ontinua a e!istir)mas uma situao jurdica

    superveniente #aD com que se torne impossvel o eerccio do direito pelo seu titular. $

    doutrina diverge quanto a reconecer o perecimento jurdico como modalidade de

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    perda da propriedade. B: impossibilidade de o propriet"rio eercer seu direito sobre

    imvel em que #oi erguida uma #avela, antes de epirado o praDo da usucapio.

    E@ Desa%ro%riao:$ desapropriao estudada no !ireito $dministrativo, tendo o

    Cdigo Civil se limitado a indic"4la como #orma de perda da propriedade.

    $RO$RIEDADE 2ID(CIMRIA: Art& N&]N. Considera4se >duci"ria a propriedade

    resol=vel de coisa mvel in#ungvel que o devedor, com escopo de garantia, trans#ere

    ao credor.

    Art& N&]. 1 contrato, que serve de ttulo A propriedade >duci"ria, conter":

    K + o total da dvida, ou sua estimativa< KK + o praDo, ou a poca do pagamento< KKK + a

    taa de juros, se ouverduci"ria incidente

    em bem imvel.

    $ %ro%riedade .du"i0ria tem por causa um negcio >duci"rio, que "om%osto de

    dois elementos:a0 de nature'a real$ que determina a transmisso do direito ou da propriedadeduci"ria:

    a) resolubilidade (condio: adimplemento do contrato)duci"rioduci"rio, atravs de constituto

    possessrioduciante como possuidor diretoduci"ria utiliDado como garantia ao adimplemento

    do negcio >duci"riocar com a

    coisa alienada em garantia, se a dvida no #or paga no vencimento.

    2ar"gra#o =nico. 1 devedor pode, com a anu*ncia do credor, dar seu direito eventualA coisa em pagamento da dvida, aps o vencimento desta.

    Art& N&]]. uando) vendida a "oisa, o produto no bastar para o pagamento da

    dvida e das despesas de cobrana, continuar" o devedor obrigado pelo restante.

    2ara que o credor eera o direito de eecutar a garantia, deve constituir o devedor

    em mora. Homente com tal constituio que surge o interesse de agir para a ao

    de busca e apreenso. Fo cabe #alar em equiparao do devedor >duci"rio com o >el

    deposit"rio, muito menos em priso civil. SFmula Vin"ulante n^ : il#"ita a

    %riso "ivil de de%osit0rio in.el, qualquer que seja a modalidade de depsito.

    DIREITO DE VII'A'6A:

    ?e\etem limitaes ao direito de propriedade. Constituem obrigaespropter

    rem)que nascem com a prpria propriedade, com deveres im%ostos aos vi+in-os,

    de maneirare"#%ro"a&

    $rin"#%ios:

    a) #uno social da propriedade, como limite A autonomia privada dos propriet"rios

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    Art& N&BN. 1 propriet"rio ou o possuidor de um prdio, em que algum tena direito

    de #aDer obras, pode, no caso de dano iminente, eigir do autor delas as necess"rias

    garantias contra o prejuDo eventual.

    & + Mrvores lim#tro/es(arts. %.&'& a %.&'5, CC)

    $rt. %.&'&. $ "rvore, cujo tronco estiver na lina divisria, comum aos donos dos

    prdios con>nantes.$rt. %.&'3. $s raDes e os ramos de "rvore, que ultrapassarem a estrema do prdio,

    podero ser cortados, at o plano vertical divisrio, pelo propriet"rio do terreno

    invadido.

    $rt. %.&'5. 1s #rutos cados em terreno viDino pertencem ao dono do solo onde

    caram.

    3 + $assagem /orada: $rt. %.&'8. 1 dono do %rdio que no tiver a"esso H via

    %Fbli"a)nascente ou porto, %ode)mediante pagamento de indeniDaocabal,"onstranger o vi+in-o a l-e dar %assagem.

    Ho#rer" o constrangimento o viDino cujo imvel mais natural e #acilmente se

    prestar A passagem.

    He ocorrer alienao parcial do prdio, de modo que uma das partes perca o

    acesso A via p=blica, nascente ou porto, o propriet"rio da outra deve tolerar a

    passagem.

    $plica4se o disposto no par"gra#o antecedente ainda quando, antes daalienao, eistia passagem atravs de imvel viDino, no estando o

    propriet"rio deste constrangido, depois, a dar uma outra.

    5 + $assagem de "abos e tubulaes:

    $rt. %.&'/. Jediante indeni+aoque atenda A desvaloriDao da "rea

    remanescente, o %ro%riet0rio obrigado a tolerar a %assagem, atravs de seu

    imvel, de cabos, tubulaes e outros condutos subterrLneos de servios de utilidade

    p=blica, em proveito de propriet"rios viDinos, quando de outro modo #or impossvelou ecessivamente onerosa.

    $rt. %.&'0. He as instalaes o#erecerem grave risco, ser" #acultado ao propriet"rio do

    prdio onerado eigir a realiDao de obras de segurana.

    8 + Mguas:$rt. %.&''. 1 dono ou o possuidor do prdio in#erior obrigado a receber

    as "guas que correm naturalmente do superior, no podendo realiDar obras que

    embaracem o seu \uo< porm a condio natural e anterior do prdio in#erior no

    pode ser agravada por obras #eitas pelo dono do prdio superior.

    / + 3imites entre %rdios e direito de ta%agem: Art& N&WX:1 propriet"rio tem

    direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prdio, urbano ou

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    20/26

    rural, e pode constranger o seu con>nante a proceder com ele A demarcao entre os

    dois prdios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destrudos ou

    arruinados, repartindo4se proporcionalmente entre os interessados as respectivas

    despesas.

    Art& N&WB&Hendo con#usos os limites, se determinaro de con#ormidade com a posse

    justa< e, no se acando ela provada, o terreno contestado se dividir" por partes

    iguais entre os prdios, ou, no sendo possvel a diviso c7moda, se adjudicar" a umdeles, mediante indeniDao ao outro.

    Di/erenas dos direitos de vi+in-ana e servides %rediais ?art& NXB a NBW

    CC@

    a) Direitos de vi+in-anat*m como /onte imediata a lei)no podendo o

    propriet"rio do prdio serviente se opor A utiliDao pelo prdio dominante.

    $s servides %rediaisso constitudas atravs de a"ordo entre as %artes,

    dependendo de anu*ncia epressa de ambos os propriet"rios dos prdios envolvidosque indivisa a coisa comum por praDo no maior

    de cinco anos, suscetvel de prorrogao ulterior.

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    G) Bm 8 anos, nos casos de condomnio eventual estabelecido pelo doador ou

    testador.

    C) $ntes do praDo estabelecido, pelo juDo, a requerimento do interessado, em

    decorr*ncia de raDes graves.

    !) 2ela venda da coisa.

    Btinto o condomnio, proceder4se4" a diviso da "rea condominial, que pode ser #eitade #orma amig"vel (escritura p=blica) ou judicialmente e tem e#eito declaratrio. $s

    regras de diviso do condomnio seguem, no que couber, as regras de partila da

    erana.

    CO'DOJ1'IO EDI31CIO:Constitu#docom um ato de edi."ao&

    ?e#er*ncias legislativas: arts. %.33% a %.38', CC&< 9ei n] 5.8;%/5 (dispe sobre o

    condomnio em edi>caes e as incorporaes imobili"rias)< 9ei n] 5.'/5/8 (cria

    medida de estmulos A construo civil).

    >ature#a ?urdica21 condomnio edilcio caracteriDa4se pela justaposio de

    propriedades distintas e eclusivas com "reas comuns (art. %33%, caput), tais como o

    solo em que a edi>cao erguida, as #undaes, muros, corredores, terrao de

    cobertura (salvo estipulao contr"ria na conveno do condomnio (art. %.33% ^ 8]) e

    tudo mais que se destinar ao uso comum. - um condomnio parcial, brido.2ersonalidade jurdica do condomnio: 1condomnio no tem personalidade jurdica,

    mas to somente capacidade postulatria (ou personalidade judici"ria). $

    compreenso do art. %& do C2C a de que o condomnio, embora possa compor

    relao jurdica processual, entidade jurdica despersonaliDada, assim como a massa

    #alida, o esplio e a erana jacente.Bssa posio bastante question"vel diante do

    princpio da operabilidade, uma das diretriDes do atual Cdigo Civil.

    Bnunciado n] ;, K Pornada de !ireito Civil, CPI: deve ser reconecida a personalidade

    jurdica ao condomnio edilcio.

    So direitos dos "ondPminos:

    a) Hobre a unidade aut7noma:

    + Esar con#orme sua destinao, embora o uso possa so#rer limitaesao #eita con#orme a "rea daunidade aut7noma do cond7mino (estipulao epressa na conveno)caocao:

    %) Muanto A origem: legal ou convencional.

    &) Muanto ao objeto: prprio ou imprprio (quase usu#ruto: recai sobre bens

    #ungveis ou consumveis).

    3) Muanto A sua etenso: universal (recai sobre um patrim7nio) ou particular (recai

    sobre um bem particular)< pleno (abrange a totalidade dos #rutos e utilidades) ou

    restrito (ecluem4se, por #ora da autonomia privada, alguns ou todos os #rutos e

    utilidades).

    5) Muanto A sua durao: tempor"rio ou vitalcio.1bs. usu#ruto simultLneo e usu#ruto sucessivo: no usu#ruto simultLneo, duas ou mais

    pessoas eercem direito de usu#ruto sobre o mesmo bem, Fo usu#ruto sucessivo um

    usu#rutu"rio sucede ao outro.

    ambm no possvel o direito de acrescer no usu#ruto simultLneo, a no ser que ele

    seja inequivocamente previsto (art. %.5%%, CC)

    $rt. %.5%%. Constitudo o usu#ruto em #avor de duas ou mais pessoas, etinguir4se4" a

    parte em relao a cada uma das que #alecerem, salvo se, por estipulao epressa, o

    quino desses couber ao sobrevivente.

    !ireitos do Esu#rutu"rio:

    %) 2osse. $ posse do usu#rutu"rio direta, justa e de boa4#, enquanto durar o

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    usu#ruto. Caso o usu#rutu"rio no cumpra a sua obrigao de restituir >ndo o usu#ruto,

    a posse passar" a ser injusta (prec"ria) e de m"4#

    &) Eso. $ princpio, a #aculdade de uso recai sobre todo o bem e seus acrescidos

    (usu#ruto pleno), incluindo as servides, pertenas e animais.

    3) $dministrao.

    5) Iruio. $ #aculdade de #ruio traduD4se na possibilidade de percepo dos #rutos

    decorrentes do bem objeto do usu#ruto.+ Irutos naturais pendentes incio: usu#rutu"rio: !everes do usu#rutu"rio (arts. %.5 a

    %.5;)

    $rt. %.5. 1 usu#rutu"rio, antes de assumir o usu#ruto, inventariar", A sua custa, os

    bens que receber, determinando o estado em que se acam, e dar" cauo,

    >dejussria ou real, se eigir o dono, de velar4les pela conservao, e entreg"4los

    >ndo o usu#ruto.

    2ar"gra#o =nico. Fo obrigado A cauo o doador que se reservar o usu#ruto da

    coisa doada.Kncumbem ao usu#rutu"rio:

    K + as despesas ordin"rias de conservao dos bens no estado em que os recebeundo o usu#ruto,

    a restitua tal qual a recebeu do nu4propriet"rio.

    &) $restar "auo ?real ou .de4ussLria@ %ela administrao. Caso o usu#rutu"riono preste a cauo eigida pelo nu4propriet"rio, este poder" administrar o bem,

    mediante cauo #eita em #avor do usu#rutu"rio. 2ela administrao, o nu4propriet"rio

    #aD jus A remunerao >ada pelo juiD.

    3) Conservao da "oisa. 1 usu#rutu"rio, porm, no pode ser compelido a pagar as

    deterioraes resultantes do eerccio regular do bem, mas apenas das deterioraes

    resultantes do uso abusivo do mesmo, averiguado atravs da culpa do usu#rutu"rio

    5) Restituio do bem.

    8) $agamentode prestaes tributos devidos.

    /) De/esa da "oisa0) $agamento do seguro.

    E!tino do (su/ruto:

    + ?en=ncia: Fo caso de bens imveis, dever" ser #eita por escritura p=blica.

    + Jorte do usu#rutu"rio. 2or considerar o usu#ruto um direito personalssimo, o direito

    brasileiro no admite usu#ruto sucessivo.

    + Iindo o praDo.

    + Btino da pessoa jurdica. 1 usu#ruto por pessoa jurdica tem durao m"ima de3 anos.

    + Cessao do motivo que originou o usu#ruto.

    + !estruio da coisa (eceo: coisa segurada).

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    + Consolidao< culpa do usu#rutu"rio. no uso.

    (SO:Art. 1.412. usu&rio usar& da coisa e perce(er& os seus frutos, quanto o

    e%igirem as necessidades suas e de sua famlia.

    valiar-se-o as necessidades pessoais do usu&rio conforme a sua condio

    social e onde viver.

    s necessidades da famlia do usu&rio compreendem as de seu c@n4uge, dos

    "lhos solteiros e das pessoas de seu servio dom!stico.

    Art. 1.41;. $o aplic&veis ao uso, no que no for contr&rio 7 sua nature#a, as

    disposi1es relativas ao usufruto.

    al qual o usu#ruto, o uso tambm considerado um direito personalssimo sendo,

    portanto, inalien"vel, impenor"vel e intrans#ervel. 1 uso deve ser registrado no

    registro imobili"rio.

    A,ITA67O:Art. 1.414. 6uando o uso consistir no direito de ha(itar gratuitamente

    casa alheia, o titular deste direito no a pode alugar, nem emprestar, mas

    simplesmente ocup&-la com sua famlia.

    Art. 1.415. $e o direito real de ha(itao for conferido a mais de uma pessoa,

    qualquer delas que so#inha ha(ite a casa no ter& de pagar aluguel 7 outra, ou 7s

    outras, mas no as pode ini(ir de e%ercerem, querendo, o direito, que tam(!m lhes

    compete, de ha(it&-la.

    Art. 1.416. $o aplic&veis 7 ha(itao, no que no for contr&rio 7 sua nature#a, as

    disposi1es relativas ao usufruto.- o direito real de abitar com a #amlia em imvel aleio. ambm direito

    personalssimo e, por isso, inalien"vel, impenor"vel e intrans#ervel, sendo vedada,

    inclusive, a cesso, seja a ttulo gratuito, seja a ttulo oneroso.

    ambm so aplicadas A abitao as normas atinentes ao usu#ruto, no que couber.

    $rt. %.'3%, CC&&: abitao do c7njuge sobrevivente.

    $rt. %.'3%. $o c7njuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, ser"

    assegurado, sem prejuDo da participao que le caiba na erana, o direito real de

    abitao relativamente ao imvel destinado A resid*ncia da #amlia, desde que seja o=nico daquela natureDa a inventariar.