direito civil iv (respostas da estácio)

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DIREITO CIVIL IV - COISAS CASO 01 Caso Concreto Jarbas adquiriu de Jerônimo em julho de 2012 um apartamento localizado na praia de Balneário Camboriu. Após cinco meses morando no imóvel Jarbas foi notificado pelo condomínio para que pagasse as taxas condominiais atrasadas referentes ao período de janeiro de 2011 a junho de 2012. Jarbas contra-notificou o Condomínio afirmando que as taxas condominiais não lhe poderiam ser cobradas, uma vez que à época não era proprietário do imóvel. Pergunta-se: quem tem razão, o Condomínio ou Jarbas? Explique sua resposta e indique nela qual o prazo prescricional para a cobrança dessas taxas. Gabarito: O Condomínio tem razão na cobrança, uma vez que as taxas condominiais são consideradas obrigações propter rem, portanto, são obrigações que acompanham o bem, sendo indiferente quem era o seu titular (art. 1345, CC). O prazo para a cobrança das taxas prescreve em cinco anos (art. 206, §5o, I, CC), conforme decisões mais recentes do STJ (REsp n. 1139030 RJ). Questão objetiva 1 Sobre direitos reais e direitos obrigacionais é correto afirmar que: a. A expressão Direitos Reais é mais abrangente do que a expressão Direito das Coisas e, por isso, aquela é a expressão adotada pelo Código Civil. b. Tanto os direitos reais quanto os direitos obrigacionais são direitos subjetivos não patrimoniais e, por isso, o objeto de suas relações jurídicas são de natureza econômica. c. Os direitos obrigacionais são absolutos, ou seja, impõem- se erga omnes; enquanto os direitos reais são relativas e impõem-se inter partes. d. Os direitos reais são numerus clausus, sendo vedada a criação de tipos inominados. Os direitos obrigacionais são

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Diereito Civil IV - casos concretos unesa 1 ao 16

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DIREITO CIVIL IV - COISAS

CASO 01Caso ConcretoJarbas adquiriu de Jernimo em julho de 2012 um apartamento localizado na praia de Balnerio Camboriu. Aps cinco meses morando no imvel Jarbas foi notificado pelo condomnio para que pagasse as taxas condominiais atrasadas referentes ao perodo de janeiro de 2011 a junho de 2012. Jarbas contra-notificou o Condomnio afirmando que as taxas condominiais no lhe poderiam ser cobradas, uma vez que poca no era proprietrio do imvel. Pergunta-se: quem tem razo, o Condomnio ou Jarbas? Explique sua resposta e indique nela qual o prazo prescricional para a cobrana dessas taxas.Gabarito: O Condomnio tem razo na cobrana, uma vez que as taxas condominiais so consideradas obrigaes propter rem, portanto, so obrigaes que acompanham o bem, sendo indiferente quem era o seu titular (art. 1345, CC). O prazo para a cobrana das taxas prescreve em cinco anos (art. 206, 5o, I, CC), conforme decises mais recentes do STJ (REsp n. 1139030 RJ).Questo objetiva 1Sobre direitos reais e direitos obrigacionais correto afirmar que:a. A expresso Direitos Reais mais abrangente do que a expresso Direito das Coisas e, por isso, aquela a expresso adotada pelo Cdigo Civil.b. Tanto os direitos reais quanto os direitos obrigacionais so direitos subjetivos no patrimoniais e, por isso, o objeto de suas relaes jurdicas so de natureza econmica.c. Os direitos obrigacionais so absolutos, ou seja, impem-se erga omnes; enquanto os direitos reais so relativas e impem-se inter partes.d. Os direitos reais so numerus clausus, sendo vedada a criao de tipos inominados. Os direitos obrigacionais so numerus apertus, podendo a autonomia privada criar tipos inominados.e. Os direitos obrigacionais se extinguem com o perecimento da coisa. Os direitos reais permanecem, ainda que o objeto da prestao tenha deixado de existir.Gabarito: DQuesto objetiva 2Sobre as obrigaes propter rem correto afirmar que:a. So obrigaes que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em funo da existncia desses. Portanto, o titular do direito real, ser o titular da obrigao propter rem.b. So obrigaes de natureza ambulatria, o que significa afirmar que a titularidade acompanha sempre o direito real, como o caso da taxa condominial.c. Ocorrendo a transferncia da coisa sobre a qual incide uma obrigao propter rem esta estar automaticamente extinta.d. Renncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigao propter rem.e. Para a caracterizao da obrigao propter rem importa identificar quem era o seu titular poca do fato gerador.Gabarito: BCASO 02Caso ConcretoJoo, Jos e Jlio so compossuidores de uma chcara indivisa localizada na Regio Metropolitana de Curitiba. No entanto, em outubro de 2011 Joo, sem consultar os demais possuidores resolveu cercar uma frao ideal da propriedade, declarando a rea como exclusivamente sua. Jos e Jlio insurgiram-se contra a turbao e solicitaram a retirada da cerca.Gabarito:a) Classifique a posse de Joo sobre a rea cercada e explique as classificaes escolhidas. Trata-se de posse direta (porque Joo possui a frao em seu poder), injusta (porque clandestina, adquirida s escondidas) e de m-f (porque Joo sabe no lhe assistir o direito).b) Jos e Jlio podem ser considerados compossuidores para fins de defesa da rea comum pro indiviso? Justifique sua resposta. Composse a prpria posse partilhada com outras pessoas, ento, Jos e Jlio podem ser considerados compossuidores da coisa indivisa uma vez que nenhum deles a possui por inteiro. O compossuidor pode utilizar-se da coisa desde que no impea os demais consortes o exerccio da posse partilhada. Por isso, Jos e Jlio podem promover aes possessrias em face de Joo, conforme dispe o art. 1199, CC.Questo objetiva 1Sobre as teorias subjetivista, objetivista e ecltica da posse correto afirmar que:a. A teoria objetivista foi desenvolvida Savigny por e afirma que a posse um poder de fato sobre a coisa, ou seja, a posse implica a possibilidade de algum dispor fisicamente de uma coisa (corpus) com inteno de consider-la sua (animus).b. A teoria subjetivista foi desenvolvida por Ihering e afirma que a posse consiste no exerccio de algum dos direitos inerentes propriedade, independente da inteno do possuidor. , portanto, uma forma de exteriorizao da propriedade.c. A teoria ecltica foi desenvolvida por Saleilles que afirma que a posse contm os elementos corpus e animus, sendo a natureza da coisa ou sua apropriao econmica irrelevantes para determin-la.d. Antes dos estudos de Savigny o animus domni era considerado elemento integrante da posse pela maioria da doutrina.e. O Cdigo Civil consagra a teoria objetivista, embora em alguns artigos se possam notar algumas concesses teoria subjetivista presentes nos arts. 1238 e 1260.Gabarito: E (art. 1196, CC).Questo objetiva 2Sobre a classificao da posse, pode-se afirmar que:a. No usufruto a posse direta exercida pelo nu-proprietrio.b. O adquirente de imvel no gravado no pode exercer todos os poderes inerentes ao domnio uma vez que sua posse no pode ser considerada plena.c. Posse clandestina a que se obtm sem o conhecimento do possuidor e sorrateiramente e s escondidas.d. Posse precria a que se adquire com a recusa da restituio da coisa, quando esta entregue para posterior devoluo. Trata-se de posse em que o vcio se caracteriza no momento de sua aquisio.e. A posse de boa-f no pode em nenhuma circunstncia ser convertida em posse de m-f.Gabarito: CCASO 03Caso ConcretoCarla e Josefina tinham entre si um contrato de comodato verbal, pelo qual a primeira emprestou segunda uma casa localizada na Rua da Paz, por prazo indeterminado. Aps cinco anos de vigncia do contrato, Josefina foi notificada para sua desocupao em trinta dias, Vencido o prazo a comodatria no deixou o imvel alegando que: o comodato no aceita resilio unilateral e tem direito de reteno porque no imvel construiu (antes mesmo da notificao para devoluo) uma garagem e uma piscina para utilizar nos finais de semana e que ambos lhe geram tambm direito indenizao. Diante dessa situao pergunta-se: Gabarito:a. Pode o comodante pedir a restituio do bem concedendo prazo ao comodatrio para sua desocupao? Explique sua resposta. Sim. Trata-se de comodato de emprstimo gratuito de coisa no fungvel, portanto possvel a resilio unilateral do contrato por simples desinteresse do comodante na sua continuidade.b. Josefina tem direito indenizao e a reteno pelas obras realizadas? Justifique sua resposta. Descumprido o prazo para sada do imvel, consubstanciado est o esbulho possessrio. No entanto, ainda que autorizada a ao de reintegrao de posse, Josefina dever ser indenizada pela construo da garagem, pois considerada benfeitoria til, feita enquanto o contrato estava vigente, portanto de boa-f. J pela piscina, Josefina tem apenas e to-somente direito de levantamento e se o bem principal no for danificado (art. 1219, CC).Questo objetiva 1(SEFAZ RJ 2010) Com relao aos efeitos da posse, analise as afirmativas a seguir.I. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de m-f, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo.II. O possuidor de m-f sempre responde pela perda ou deteriorao da coisa.III. O possuidor de m-f responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por sua culpa deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu a m-f, mas ter direito s despesas de produo e custeio.Assinale:a. se somente a afirmativa I estiver correta.b. se somente a afirmativa II estiver correta.c. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.d. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.e. se todas as afirmativas estiverem corretas.Gabarito: C ? arts. 1222; 1218 e 1216, respectivamente, CC.Questo objetiva 2Sobre os efeitos da posse assinale a alternativa correta:a. O possuidor de boa-f somente responde pela perda total ou parcial da coisa quando culpado pela ocorrncia.b. O possuidor de m-f tem direito indenizao exclusivamente das benfeitorias necessrias.c. O possuidor de boa-f tem direito de reteno das benfeitorias necessrias.d. Havendo acesso durante o perodo de posse poder o possuidor pleitear a respectiva indenizao do proprietrio.e. Havendo avulso poder o possuidor pleitear a respectiva indenizao do possuidor indireto.Gabarito: A (art. 1217, CC).CASO 04Caso ConcretoLucas preparando-se para uma viagem de um ms solicitou ao seu amigo Jos Carlos que guardasse durante esse perodo alguns pertences seus, a fim de evitar que fossem perdidos em eventual furto sua residncia. Entre os pertences entregues a Jos Carlos estavam: um automvel, uma bicicleta, um computador e um tablet. Jos Carlos receber pela guarda dos bens durante o ms da viagem o equivalente a R$ 200,00 (duzentos reais). Enquanto Lucas estava viajando sua irm procurou Jos Carlos exigindo que lhe entregasse o computador, pois seria seu. Jos Carlos afirmou ser impossvel a entrega, pois nada tinha lhe sido comunicado por Lucas. Priscila agrediu Jos Carlos fsica e verbalmente tentando fazer com que lhe entregasse o computador. Pergunta-se: pode Jos Carlos fazer uso da autodefesa dos bens? Explique sua resposta.Gabarito: Jos Carlos considerado possuidor direto dos bens que guarda em virtude de contrato firmado com Lucas, por isso, poder fazer uso da autodefesa (art. 1210, 1o., CC).Questo objetiva 1(TJPR 2010) A legislao estabelece os modos de aquisio e perda da propriedade, cujo instituto considerado o mais amplo dos direitos reais, o mais completo dos direitos subjetivos, vez que a grande maioria dos conflitos de interesses envolve disputas de natureza patrimonial. Considerando a matria acerca do instituto, avalie as seguintes assertivas e escolha a alternativa CORRETA:I. A perda da propriedade imvel pela renncia se opera desde logo por qualquer modo expresso que indique a vontade do renunciante.II. A propriedade imvel se realiza independentemente de ato translativo do possuidor precedente, se a aquisio no se der pelo modo derivado.III. Se no houver entendimento entre os donos de coisas confundidas, misturadas, ou adjuntadas, o resultado do todo ser dividido proporcionalmente entre eles, exceto se uma das coisas for a principal, hiptese em que o dono desta s-lo- do todo, desde que indenizado pelos demais.IV. A propriedade em certa medida um direito ilimitado e por natureza irrevogvel. Contudo, o princpio da irrevogabilidade comporta excees. A ordem jurdica admite situaes nas quais a propriedade torna-se temporria, hiptese em que uma vez implementada a condio resolve-se a propriedade, resolvendo tambm os direitos reais concedidos na sua pendncia.a. Apenas as assertivas II e III esto corretas.b. Apenas as assertivas II e IV esto corretas.c. Apenas a assertiva IV est correta.d. Todas as assertivas esto corretasGabarito: B.Questo objetiva 2Sobre os modos de aquisio e perda da posse, pode-se afirmar que:a. Como se sabe, posse fato e no direito, por isso, o modo de aquisio no influncia na caracterizao da posse, nem tampouco na proteo possessria. Os modos de aquisio so importantes para a definio do momento em que se iniciou a posse.b. Se a coisa alienada, mvel ou imvel, permanece em poder do alienante ou de terceiro as partes no podem se valer da clusula constituti, para efeitos de transmisso da posse.c. Atos de mera permisso ou tolerncia podem induzir a posse, por exemplo, aquele que recebe um cdigo para consultar um artigo est em relao de dependncia com o proprietrio do livro.d. Quem encontra coisa abandonada e sem dono e a mantm sob seu poder de fato no adquire a propriedade.e. Desaparecendo a coisa mvel no desaparece com ela a posse.Gabarito: A.CASO 05Caso ConcretoAfirmam Eroulths Cortiano Junior e Jussara Maria Leal de Meirelles (2007, p. 27) que ?a propriedade no , assim, uma qualidade do homem, mas uma necessidade! Ora, se todas as coisas so objeto de um direito de propriedade, todas as coisas tm um proprietrio. E at mesmo as eventuais contradies do sistema so resolvidas de maneira simples?. Pergunta-se:Gabarito:a) Se todas as coisas tm dono, como explicar a ?res nullius?? Explique sua resposta e nela conceitue ?res nullius?. ?Res nullius? coisa sem dono. Afirmam os autores citados que como cada um tem a prerrogativa de apropriar-se dos objetos por ocupao, a situao da ?res nullius no mais do que transitria, est apenas espera de ser apropriada, o que por sinal, seria uma vocao natural da coisa, justificado estaria assim o aparente paradoxo presente no Cdigo Civil.b) O clssico conceito de propriedade atende a demandas modernas? Explique sua resposta. Afirmam os autores citados que um direito patrimonial destinado a regular o acesso e a utilizao das coisas faz do mundo que nos rodeia um lugar fechado que se partilha entre proprietrios. Ento, classicamente, a noo de propriedade aparece atravessando todo nosso universo para manifestar um poder infindvel do homem sobre as coisas. Ento, est o Direito Civil paradoxalmente contribuindo para a mercadorizao do homem, instituindo sua personalizao, criando a figura do sujeito de direito, com capacidade ilimitada de apropriao de objetos. Dessa, forma, o processo de reificao das relaes pessoais, em que o sujeito de direito livre e somente o indivduo concreto obrigado, compreende-se como ao homem dada a possibilidade de ceder-se como coisa atravs de um contrato, por isso, nas atuais relaes (em especial as originadas da Biotecnologia) o conceito clssico de propriedade j no mais atende s novas demandas e permite a reificao do ser humano.c) A funo social pode ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade? Justifique sua resposta. Afirma Paulo Nader (p. 111) que ?ao efetivar a funo social da propriedade, o legislador, ao mesmo tempo que estabelece mecanismos de converso da posse em domnio, seja com a multiplicao das modalidades de usucapio ou com a chamada posse-trabalho, que desapropriao indireta, penaliza a no utilizao ou subutilizao da coisa de variados modos, como a indenizao, por exemplo, com ttulos da dvida pblica. Alm disto, h diversas formas de interveno na propriedade privada [...]?. Ento, a funo social deve ser considerada elemento estrutural do direito de propriedade., contemplada expressamente como direito fundamental na Constituio Federal e implicitamente no art. 1.228, CC, como clusula geral.Questo objetiva 1(DPE SE 2012) Com relao ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o proprietrio tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reav-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha, assinale a opo correta.a. A lei admite a interveno na propriedade, por meio da desapropriao, sempre que o agente pblico entend-la conveniente e necessria aos interesses da administrao pblica, tendo, nesse caso, o proprietrio direito a justa indenizao.b. Presume-se, at que se prove o contrrio, que as construes ou plantaes existentes na propriedade sejam feitas pelo proprietrio e s suas expensas. Entretanto, aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio, ainda que tenha procedido de boa-f, perde, em proveito do proprietrio, as sementes, plantas e construes.c. Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-f e a rea invadida exceda a vigsima parte do solo invadido, o invasor poder adquirir a propriedade da parte invadida, mas dever responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos danos tanto o valor que a invaso acrescer construo quanto o da rea perdida e o da desvalorizao da rea remanescente.d. Uma das formas de aquisio da propriedade de bens mveis ocorre por intermdio da usucapio: segundo o Cdigo Civil brasileiro em vigor, aquele que possuir, de boa-f, coisa alheia mvel como sua, de forma justa, pacfica, contnua e inconteste, durante cinco anos ininterruptos, adquirir-lhe- a propriedade.e. A propriedade do solo abrange tambm a do espao areo e subsolo correspondentes, incluindo-se as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de energia hidrulica, mas no os monumentos arqueolgicos, os rios e lagos fronteirios e os que banham mais de uma unidade federativa.Gabarito: C (arts. 1228 e ss., CC).Questo objetiva 2(PGM PB 2012) O Cdigo Civil brasileiro considera fiduciria a:a. propriedade resolvel de coisa mvel infungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.b. propriedade resolvel de coisa imvel que o devedor transfere ao credor visando fornecer espcie de garantia real.c. propriedade resolvel de coisa mvel fungvel que o devedor, sem escopo de garantia, transfere ao credor.d. posse precria de coisa imvel que o devedor transfere ao credor visando fornecer espcie de garantia real.e. posse precria de coisa mvel fungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.Gabarito: A (arts. 1359 e ss., CC).CASO 06Caso ConcretoJlio proprietrio de um terreno cujos limites so demarcados por um pequeno crrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alterao permanente do curso natural das guas o que promoveu a seca definitiva do leito do crrego. Jlio, curioso por natureza, procura seu escritrio, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencer o leito do crrego seco: Prefeitura ou pode incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta.Gabarito: Trata a hiptese de lveo abandonado, uma vez que o curso das guas foi alterado pelo Poder Pblico. Portanto, pertencer ao expropriante Jlio a frao de terra (meio do lveo) correspondente ao lveo abandonado (ou alveus derelictus), conforme art. 1212, CC (vide AGRESP 431698/SP).Questo objetiva 1Sobre a aquisio da propriedade imobiliria, pode-se afirmar que:a. O usucapio e a acesso so exemplos de aquisio derivada.b. Na aquisio originria o adquirente assume o domnio em lugar do transmitente e nas condies em que a propriedade se encontrava.c. Via de regra a aquisio imobiliria se opera pela transcrio do ttulo em cartrio do registro pblico e a mobiliria se faz pela tradio.d. Na aquisio a ttulo universal adquire-se um bem ou um conjunto individualizado de bens, mas no a totalidade do Patrimnio. J na aquisio a ttulo singular o objeto da aquisio formado pela integralidade de um patrimnio.e. Na transmisso de um fundo mercantil ou compra de uma herana a aquisio se d a ttulo universal.Gabarito: C.Questo objetiva 2(MPE SP 2012) A Lei de Registros Pblicos (Lei no 6.015/73) estabelece que, apresentado o ttulo ao registro imobilirio, o oficial, havendo exigncia a ser satisfeita, a indicar por escrito. O apresentante do ttulo, no se conformando com a exigncia do oficial ou no a podendo satisfazer, requerer que o oficial suscite a dvida imobiliria para o juiz dirimi-la, obedecendo-se o seguinte:I. No Protocolo, anotar o oficial, margem da prenotao, a ocorrncia da dvida.II. O oficial dar cincia dos termos da dvida ao apresentante, fornecendo-lhe cpia da suscitao e notificando-o para impugn-la no prprio cartrio de registro de imveis, no prazo de 15 (quinze) dias, remetendo-se, em seguida, os autos ao juiz.III. Impugnada a dvida com os documentos que o interessado apresentar, ser ouvido o Ministrio Pblico, no prazo de 10 (dez) dias.IV. Da sentena, podero interpor apelao, com os efeitos devolutivo e suspensivo, o oficial do cartrio de registro, o interessado, o Ministrio Pblico e o terceiro prejudicado.V. Transitada em julgado a deciso da dvida, se for julgada procedente, os documentos sero devolvidos ao apresentante, dando-se cincia da deciso ao oficial, para que a consigne no Protocolo e cancele a Prenotao; se for julgada improcedente, o interessado apresentar, de novo, o ttulo, com o respectivo mandado judicial, para que o oficial proceda ao registro anteriormente negado.Est correto o que se afirma APENAS em :a. II, IV e V.b. I, III, IV e V.c. I, II e III.d. I, III e V.e. III, IV e V.Gabarito: DCASO 07Caso Concreto(MPE AL 2012 adaptada) Manoel casou-se com Joaquina no ano de 2004 e teve com ela dois filhos, Pedro e Luana. O casal adquiriu um pequeno imvel no bairro de Pitanguinha na cidade de Macei, com 200 metros de rea construda e nele passaram a residir. Alm do imvel, o casal adquiriu dois veculos durante o trmite da relao conjugal e ambos no possuem outros bens imveis. Joaquina passou a manter um relacionamento extraconjugal com um companheiro de trabalho e abandonou o marido Manoel no incio do ano de 2012, mudando-se para o bairro do Farol, em Macei. Manoel passou, ento, a exercer sem oposio a posse direta com exclusividade sobre o imvel de propriedade do casal no bairro de Pitanguinha, utilizando-o para sua moradia, bem como de seus filhos Pedro e Luana. Pergunta-se: poder Manoel adquirir o direito integral desse imvel? Em caso afirmativo, por quanto tempo teria que exercer a posse sobre o bem? Explique suas respostas.Gabarito: Manoel poder adquirir o domnio integral deste imvel desde que sua posse seja exercida sem oposio de Joaquina e com exclusividade por um prazo mnimo ininterrupto de 02 anos conforme art. 1240-A, CC (usucapio familiar).Questo objetiva 1(MPE SP 2010) Assinale a alternativa correta:a. Na usucapio urbana individual, prevista na Lei n 10.257/01 (Estatuto da Cidade), no possvel levar-se a efeito aquisio de terreno inferior ao mnimo mdulo urbano.b. A usucapio rural consagrada no artigo 1.239 do Cdigo Civil, que exige a chamada posse trabalho/moradia, no reclama animus domini da parte usucapiente.c. A usucapio coletiva pode ter como objeto reas particulares e pblicas.d. Os bens dominicais, luz do novo Cdigo Civil Brasileiro, podem ser usucapidos.e. Na usucapio coletiva, prevista na Lei n 10.257/01 (Estatuto da Cidade), como regra geral, a cada possuidor ser atribuda, por deciso judicial, igual frao ideal de terreno.Gabarito: E.Questo objetiva 2(MPE ES 2010) Com relao usucapio da propriedade imvel, assinale a opo correta.a. Se um condmino ocupar rea comum, como se sua fosse, e sem qualquer oposio, a duradoura inrcia do condomnio, aliada ao prazo legal, poder provocar a usucapio.b. Diferentemente do que ocorre com a usucapio ordinria, o prazo para a aquisio de propriedade por usucapio extraordinria igual ao prazo para a posse simples e qualificada.c. O justo ttulo que enseja a aquisio da propriedade por usucapio aquele que foi levado a registro pelo possuidor.d. De acordo com a jurisprudncia dominante, no possvel usucapio voluntria de bem de famlia.e. Se determinado condomnio for pro indiviso e a posse recair sobre a integralidade do imvel, possvel que um dos condminos usucape contra os demais comproprietrios.Gabarito: ECASO 08Caso ConcretoMrio, contumaz receptador de veculos furtados, adquiriu um veculo Gol em fevereiro de 2003, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde ento, Mrio vem utilizando contnua e ininterruptamente o veculo. No entanto, em maio de 2013 Mrio foi parado em uma blitz que apreendeu o veculo, mesmo tendo este afirmado que como j estava na posse do bem h mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapio. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapio por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.Gabarito: Mrio poder adquirir a propriedade do veculo por meio de usucapio, ainda que conhea a origem ilcita do objeto e desde que preenchidos os requisitos dos arts. 1260 a 1264, CC (vide Apelao Cvel 2002.020040-4, So Francisco do Sul).Questo objetiva 1Sobre os modos de aquisio da propriedade mobiliria, pode-se afirmar que:a. O pedreiro que realizando uma obra em terreno alheio encontra um ba de joias no ter direito a pleitear a diviso com o dono do terreno.b. Aquele que possuir coisa mvel como sua, contnua e incontestadamente, durante dois anos, com justo ttulo e boa-f, adquirir-lhe- a propriedade por usucapio.c. Haver especificao nos casos de escultura em relao pedra nela utilizada, por isso, a espcie nova surgida ser de propriedade do escultor.d. O biodiesel forma de comisto uma vez que tem origem da mistura de coisas lquidas em que no possvel a separao.e. Quem quer que ache coisa alheia perdida res perdita dever restitu-la ao seu dono ou legtimo possuidor, no podendo pela devoluo exigir qualquer forma de recompensa.Gabarito: C (art. 1269, CC).Questo objetiva 2Sobre a descoberta e ocupao, correto afirmar que:a. A apropriao de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um negcio jurdico uma vez que resulta da inteno de assenhorar-se do bem.b. Para efetivar-se a ocupao essencial a apreenso da coisa com as prprias mos.c. A coisa perdida suscetvel de ocupao.d. O tesouro pode ser considerado na legislao brasileira uma forma de ocupao uma vez que pode ser caracterizado como res nullius ou res derelicta.e. O usufruturio no ter direito parte do tesouro encontrado por outrem, quando o usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens.Gabarito: B (art. 1263, CC).CASO 09Caso ConcretoUma confeco de So Paulo encomendou a uma outra empresa a confeco de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto s etiquetas, aps costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenmeno da adjuno ou da especificao? Justifique sua resposta.Gabarito: A adjuno a reunio de duas coisas, pertencentes a diferentes donos, em um s todo, pois cada uma dessas coisas forma uma parte distinta e reconhecvel. Portanto, possvel afirmar que houve adjuno na hiptese analisada, conforme art. 1274, CC.Questo objetiva 1Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que:a. O abandono que d origem res derelicta no autoriza a perda da propriedade mvel ou imvel.b. A desapropriao forma de perda da propriedade e s pode ter fundamento necessidade e interesse pblico.c. A renncia propriedade considerada negcio jurdico bilateral pelo qual o titular expressa a vontade de excluir a coisa de seu patrimnio, gerando efeitos independente do registro do ato renunciativo, ainda que o bem seja imvel.d. A desapropriao indireta no pode ser considerada forma de esbulho possessrio, uma vez que o Poder Pblico no se sujeita aos interditos.e. No h direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa mvel ou imvel extinta estar a respectiva propriedade.Gabarito: E (art. 1275, IV, CC).Questo objetiva 2Sobre a desapropriao correto afirmar que:a. A desapropriao uma das formas de perda voluntria do domnio para atender necessidade ou utilidade pblica ou interesse social.b. Todos os bens mveis ou imveis, corpreos ou incorpreos, podem ser objeto de desapropriao. No entanto, os direitos de personalidade no so passveis de desapropriao.c. O desapropriado no ter direito de preferncia caso a Administrao Pblica desista de dar finalidade pblica prevista no ato desapropriatrio.d. Utilidade pblica possui a conotao de urgncia, algo indispensvel para suprir carncias. Necessidade a qualidade do que acrescenta, d funcionalidade, mas no se revela imprescindvel.e. O apossamento administrativo considerada prtica lcita e admitida pelo ordenamento brasileiro.Gabarito: BCASO 10Caso ConcretoSnia e Heloisa so vizinhas h alguns anos. No entanto, Snia tem reclamado constantemente Heloisa de grimpas e galhos que caem da araucria localizada no terreno de Heloisa, em dias de chuvas ou vendavais. Snia solicita a remoo da rvore, mas recebe de Heloisa a informao de que a rvore protegida por lei municipal de Curitiba e que nada pode fazer a respeito. Snia, inconformada com a resposta, acreditando estar havendo mau uso da propriedade, procura seu escritrio e pergunta: quem tem razo? Explique sua resposta.Gabarito: embora a lei municipal vede a remoo de araucrias na cidade, a vedao no absoluta. No entanto, no havendo comprovao de prejuzos e sendo negativos os laudos de bombeiros, IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente a rvore no poder ser removida, devendo Snia conviver com a sujeira, vez que se trata de rvore em extino. A queda de galhos e grimpas quando ocorre em situaes excepcionais no caracteriza mau uso da propriedade a ponto de autorizar a derrubada de rvores (vide Apelao Cvel 2006.015061-9 TJSC).Questo objetiva 1(TJPE 2013) O direito de superfcie concedido a outrem pelo:a. proprietrio, por escritura pblica registrada no Cartrio de Registro de Imveis, sempre outorgando quele o direito de executar obras no subsolo.b. proprietrio, em decorrncia de contrato de locao e de comodato, quando autorizadas construes ou plantaes, devendo o instrumento ser registrado no Cartrio de Registro de Imveis.c. proprietrio ou possuidor, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pblica devidamente registrada no Cartrio de Registro de Imveis.d. proprietrio, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pblica devidamente registrada no Cartrio de Registro de Imveis.e. proprietrio, por escritura pblica ou escrito particular, conferindo quele o direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por prazo determinado ou indeterminado, e independentemente do registro no Cartrio de Registro de Imveis.Gabarito: D (arts. 1253 e ss., CC).Questo objetiva 2(DPE PI 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prdio e, dois dias aps sua mudana, sentiu-se incomodada por rudo excessivo. Apurou o fato e descobriu que o rudo advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta.a. Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ao cabvel, j que detm apenas a posse do bem e esta uma questo de vizinhana.b. A ao cabvel deve versar sobre direito de vizinhana, sendo que a responsabilidade pelo distrbio deve ser apurada sob o critrio objetivo.c. No existe, nessa hiptese, tpica situao que envolva direito de vizinhana, at porque os andares do prdio no so confinantes.d. O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilcito que desencadeia responsabilidade civil, independentemente da aplicao das regras do direito de vizinhana.e. A hiptese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhana, contudo, apurado que quem construiu o assoalho foi o antigo proprietrio do apartamento, este deve responder pelo caso.Gabarito: B (art. 1277, CC).CASO 11Caso Concreto(MPE AL 2012 adaptada) Ricardo, Pedro, Jos, Maurcio e Douglas so proprietrios de um imvel residencial indivisvel, situado em bairro nobre de So Paulo, avaliado em aproximadamente R$ 2.000.000,00. Ricardo e Pedro querem vender o imvel e desfazer o condomnio. Thalula, empresria, se interessa pelo imvel e oferece aos condminos a quantia de R$ 2.100.000,00. Contudo, Jos, Maurcio e Douglas pretendem exercer o direito de preferncia assegurado por lei, igualando a oferta de Thalula. Neste caso, entre estes condminos, a preferncia para aquisio do imvel ser primeiramente conferida quem? Explique sua resposta.Gabarito: O direito de preferncia dever ser conferido quele que tiver as benfeitorias mais valiosas de acordo com o art. 504, CC.Questo objetiva 1(PC GO 2008) Na tutela dos direitos reais, distingue-se a proteo posse daquela conferida especificamente ao domnio. Entretanto, admite o ordenamento jurdico brasileiro a tutela daquela com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa da posse com base no domnio, CORRETO no direito brasileiro:a. No se deve julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente no pertencer o domnio, em razo de dispositivo expresso de lei.b. No provado o domnio por qualquer das partes, no h que se aplicar, em carter absoluto, o favor do domnio evidente.c. A ao em que o autor pleiteia a posse fundada no domnio tem natureza possessria em razo do pedido.d. O pleito de posse fundado no domnio tem natureza petitria em razo da causa de pedir, alm do pedido.Gabarito: DQuesto objetiva 2(TJAL 2008) Silvana, Teresa e Sandra adquiriram uma casa em regio praiana com o objetivo de l se hospedarem em finais de semana, frias e feriados, exceto no perodo de maro a agosto, em que nenhuma das trs utilizar a casa. Diante dessa situao, assinale a opo correta.a. Se ficar acordado que Silvana passar as frias de janeiro na casa, no preciso autorizao das demais condminas para que ela empreste a casa a uma amiga naquele perodo.b. Considerando que nenhuma das trs utilize a casa no perodo de maro a agosto, se Teresa resolver alug-la temporariamente a uma clnica de esttica, cujo imvel esteja em reforma, nada obstar esse comportamento, desde que o lucro obtido seja repartido entre as trs condminas.c. A situao descrita na situao hipottica exemplo de eliso do princpio da exclusividade que se dirige ao domnio, dado o estado de indiviso do bem entre as trs condminas.d. Se Silvana possuir o maior quinho, ter preferncia legal na administrao do imvel.e. Caso Sandra contraia dvida em proveito do condomnio durante sua estada no imvel, s ela ficar obrigada ao pagamento diante do terceiro.Gabarito: E (art. 1318, CC)CASO 12Caso Concreto(OAB V 2011 adaptada) Durante assembleia realizada em condomnio edilcio residencial, que conta com um apartamento por andar, Giovana, nova proprietria do apartamento situado no andar trreo, solicitou explicaes sobre a cobrana condominial, por ter verificado que o valor dela cobrado era superior quele exigido dos demais condminos. O sndico prontamente esclareceu que a cobrana a ela dirigida realmente superior cobrana das demais unidades, tendo em vista que o apartamento de Giovana tem acesso exclusivo, por meio de uma porta situada em sua rea de servio, a um pequeno ptio localizado nos fundos do condomnio, conforme consta nas configuraes originais do edifcio devidamente registradas. Desse modo, segundo afirmado pelo sndico, podendo Giovana usar o ptio com exclusividade, apesar de constituir rea comum do condomnio, caberia a ela arcar com as respectivas despesas de manuteno. Em relao situao apresentada est correta a cobrana apresentada Giovana? Justifique sua resposta.Gabarito: As despesas podero ser cobradas de Giovana uma vez que ela possui uso exclusivo, conforme art. 1340, CC.Questo objetiva 1(PGM PB 2012) Os moradores do Condomnio de apartamentos ?Pssaros Raros? localizado no Municpio de Joo Pessoa, pretendem construir no interior do Condomnio uma fonte de gua, de grande porte e adequada iluminao visando o embelezamento do hall social. Segundo o Cdigo Civil brasileiro, a realizao desta obra:a. pode ser realizada independentemente de autorizao dos condminos.b. depende de voto de um tero dos condminos.c. depende de voto da totalidade dos condminos.d. depende de voto de dois teros dos condminos.e. s depender de voto dos condminos se alterar a fachada do condomnio.Gabarito: D (art. 1341, I, CC).Questo objetiva 2(TJSP 2008) Em relao ao condomnio edilcio, assinale a alternativa correta.a. O condmino pode dar sua frao ideal destinao outra que no a destinao do condomnio, por sua condio de proprietrio.b. O proprietrio ou titular de direito aquisio de unidade poder fazer obra que modifique a fachada do prdio, na dependncia de obteno de aquiescncia de um tero dos votos dos condminos.c. A participao e voto nas deliberaes dos condminos nas assembleias nunca dependem de estarem quites quanto ao pagamento dos encargos a que esto sujeitos.d. As despesas originadas pelo condomnio edilcio, a serem suportadas pelos condminos, no devem ser consideradas relaes de consumo, no se aplicando, portanto, as regras do Cdigo de Defesa do Consumidor.Gabarito: D.CASO 13Caso Concreto(OAB 2011 adaptada) Nomia, proprietria de uma casa litornea, regularmente constituiu usufruto sobre o aludido imvel em favor de Lusa, mantendo, contudo, a sua propriedade. Inesperadamente, sobreveio uma severa ressaca martima, que destruiu por completo o imvel. Ciente do ocorrido, Nomia decidiu reconstruir integralmente a casa s suas expensas, tendo em vista que o imvel no se encontrava segurado. Nomia poder cobrar as benfeitorias de Lusa? Justifique sua resposta.Gabarito: Nomia no poder cobrar as benfeitorias da usufruturia Lusa uma vez que a destruio da propriedade (sem culpa do proprietrio) e a sua reconstruo exclusivamente s expensas do proprietrio gerou a extino do usufruto, consolidando-se a propriedade em favor de Nomia, conforme art. 1.408, CC.Questo objetiva 1(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta:a. O usufruturio pode alugar o imvel sob o qual detm o usufruto, e a renda deste obtida reverte em seu favor.b. O bem gravado com usufruto no pode ser alienado.c. O usufruto no pode ser estipulado por tempo determinado.d. Direito a usufruto e direito real de habitao so o mesmo instituto.Gabarito: A (art. 1394 e ss., CC).Questo objetiva 2(CEDAE RJ 2012) Caio, com justo ttulo e boa-f, pretende registrar determinada servido imobiliria, aduzindo exerccio incontestado e contnuo. Para que seja reconhecido o seu direito, o prazo para o exerccio, segundo as regas do Cdigo Civil, ser de:a. vinte anosb. trinta anosc. cinco anosd. dez anose. quinze anosGabarito: D (art. 1379, CC).CASO 14Caso Concreto(Analista de Promotoria VUNESP 2010 adaptada) Joo, pretendo alienar seu imvel rural a seu vizinho Jos, firma contrato de compromisso de compra e venda com este. Por ocasio da transmisso da posse, Jos exige de Joo, alm da entrega relacionada ao imvel, um trator e equipamentos de utilizao na lavoura, que Joo mantinha no local. Diante dos fatos narrados, dever Joo realizar a entrega? Fundamente sua resposta.Gabarito: Joo no precisa entregar o trator e demais equipamentos uma vez que considerados pertenas e estas s seguem o principal havendo previso expressa nesse sentido. Inaplicabilidade do princpio da gravitao jurdica (art. 94, CC).Questo objetiva 1(IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a opo correta.a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crdito real prefere ao pessoal, salvo se este gozar de privilgio.b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imvel perder a garantia do bem hipotecado.c. Ainda que no convencionado, o pagamento parcial de uma dvida importar a liberao de garantia na proporo do pagamento efetuado.d. Os herdeiros do devedor pignoratcio podero remir parcialmente o penhor, na proporo de seus quinhes.e. O credor tem o direito de penhorar o imvel afetado ao pagamento da dvida de quem quer que o detenha.Gabarito: AQuesto objetiva 2(OAB II 2010) Por meio de uma promessa de compra e venda, celebrada por instrumento particular registrada no cartrio de Registro de Imveis e na qual no se pactuou arrependimento, Juvenal foi residir no imvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento, deparou- se com a recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escritura definitiva do imvel. Diante do impasse, Juvenal podera. Requerer ao juiz a adjudicao do imvel, a despeito de a promessa de compra e venda ter sido celebrada por instrumento particular.b. Usucapir o imvel, j que no faria jus adjudicao compulsria na hiptese.c. Desistir do negcio e pedir o dinheiro de volta.d. Exigir a substituio do imvel prometido venda por outro, muito embora inexistisse previso expressa a esse respeito no contrato preliminar.Gabarito: ACASO 15Caso ConcretoMarcos e Camila possuem conta poupana conjunta tendo sido esta surpreendida pelo penhor em favor do Banco Poupe Aqui da totalidade do saldo da poupana. Alega o banco que os titulares da conta poupana so solidrios entre si e, por isso, possvel o penhor da totalidade do saldo como garantia de uma dvida contrada por Marcos. Pergunta-se: h solidariedade entre os titulares da poupana conjunta? Explique sua resposta e nela destaque se o penhor realizado pelo Banco vlido.Gabarito: Os titulares de conta poupana so considerados credores solidrios do banco, mas no podem ser considerados devedores solidrios (solidariedade no se presume, decorre da lei ou da vontade das partes). Portanto, o saldo mantido em conta conjunta propriedade condominial de bem divisvel dos titulares e, por isso, s poderia o banco penhorar a parte ideal de Marcos em garantia da dvida (art. 1420, CC) (vide REsp 819.327/SP).Questo objetiva 1(TJRJ 2012) Sobre hipoteca, analise as assertivas abaixo.I. Pode ser objeto de hipoteca o domnio direto, mas no o domnio til.II. O dono do imvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo ttulo, desde que em favor de outro credor.III. O adquirente do imvel hipotecado, desde que no se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dvidas aos credores hipotecrios, poder exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o imvel. correto o que se afirma em:a. I, apenas.b. II, apenas.c. III, apenas.d. I e III, apenas.e. II e III, apenas.Gabarito: C (art. 1479, CC).Questo objetiva 2(OAB SP 2008) A anticrese constitui:a. Modo de aquisio da propriedade imvel.b. Direito real de garantia.c. Direito do promitente comprador.d. Direito ao uso de bem mvel de propriedade do devedor.Gabarito: B (arts. 1419 e 1506, CC).CASO 161- (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo.I. A servido no se constitui se o dono do prdio dominante proprietrio em condomnio do prdio serviente.II. O prazo mnimo para o possuidor de um terreno urbano de 400 m2 , com inteno de dono, sem justo ttulo, sobre o qual construiu uma casa que serve de sua residncia, usucapi-lo, de 10 (dez) anos.III. O condmino pode pedir, para uso prprio, a retomada do imvel comum locado, mesmo sem a concordncia dos demais condminos.Quais so corretas?a. Apenas Ib. Apenas IIc. Apenas IIId. Apenas II e IIIe. I, II e IIIGabarito: D2- (TJRR 2006) A respeito dos direitos das coisas, assinale a opo correta.a. A preferncia das hipotecas entre os vrios credores hipotecrios ocorre pela ordem cronolgica do vencimento do ttulo constitutivo, ou seja, paga-se integralmente ao credor hipotecrio cujo ttulo vena primeiro e, depois de satisfeito este, paga-se ao segundo credor ou ao terceiro, conforme a ordem cronolgica do vencimento do ttulo.b. O direito de reteno consiste na faculdade do possuidor de boa-f de manter o poder ftico sobre a coisa alheia, objetivando receber do retomante a indenizao pelas benfeitorias necessrias e teis nela realizadas.c. No usufruto, a propriedade fracionada, pois, enquanto o usufruturio retira proveito econmico da coisa, remanesce em poder do nu-proprietrio o contedo do direito, ou seja, a faculdade de disposio da coisa em sua substncia, podendo este alienar, instituir nus real ou dar qualquer outra forma de disposio ao objeto. Assim, o usufruturio tem a posse direta e justa do bem alheio, podendo desfrutar da coisa como se fosse prpria, contudo sem alterar-lhe a substncia. Na defesa da posse, o usufruturio pode valer-se dos remdios possessrios contra terceiros, mas no contra o nu- proprietrio, que tem a posse indireta.d. A tolerncia do poder pblico quanto ocupao dos bens pblicos de uso comum ou especial por particulares faz nascer, para estes, direito assegurvel pelos interditos possessrios, transmudando-se a posse precria em permisso de uso.Gabarito: B3- (CEDAE RJ 2012) O usufruto disciplinado pelo Cdigo Civil. Segundo o regime aplicado, leia as assertivas abaixo:I. O usufruturio obrigado a dar cincia ao dono de qualquer leso produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.II. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufruturio pagar, durante o usufruto, as contribuies do seguro.III. Se o usufruturio fizer o seguro, ao mesmo caber o direito dele resultante contra o segurador.IV. Se um edifcio sujeito a usufruto for destrudo sem culpa do proprietrio, ser este obrigado a reconstru-lo.V. Incumbem ao usufruturio as despesas extraordinrias de conservao dos bens no mesmo estado em que os recebeu.A alternativa correta :a. I e II so verdadeiras.b. I, II e III so verdadeirasc. I, IV e V so falsasd. IV e V so verdadeirase. I, II e V so falsasGabarito: A4- (TJRJ 2012) Quanto servido, correto afirmar:a. Constituda para certo fim, a servido poder ser ampliada para usos diferentes.b. A servido pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prdio serviente e sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prdio dominante, ou pelo dono deste e sua custa, se houver considervel incremento da utilidade e no prejudicar o prdio serviente.c. Se as necessidades da cultura, ou da indstria, do prdio dominante impuserem servido maior largueza, o dono do serviente obrigado a sofrla, sem direito indenizao pelo excesso.d. As servides prediais tm como caracterstica a divisibilidade, podendo ser institudas em favor de parte ideal do prdio dominante e incidir sobre parte ideal do prdio serviente.Gabarito: B5- (TRE MS 2013) A respeito dos direitos reais, assinale a opo correta.a. Aquele que, trabalhando em matria-prima totalmente alheia, obtiver espcie nova a perder para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-f.b. De acordo com a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia, a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posteriormente celebrao da promessa de compra e venda, no tem eficcia perante os adquirentes do imvel.c. O exerccio do usufruto no pode ser transferido a ttulo oneroso.d. possvel a estipulao de clusula que proba o proprietrio de alienar o imvel hipotecado.e. Os encargos e tributos que incidirem sobre imvel que esteja sob o regime de exerccio do direito de superfcie permanecero a cargo do proprietrio e no do superficirio.Gabarito: B6- (MPE RR 2012) Assinale a opo correta com referncia ao direito das coisas.a. A venda a non domino no constitui exemplo de propriedade aparente.b. A deteno irregular de bem pblico de uso comum do povo comporta indenizao das benfeitorias.c. A coletividade desprovida de personalidade jurdica tambm pode ser possuidora.d. O constituto-possessrio ocorre quando o possuidor possui em nome alheio e passa a possuir em nome prprio.e. incabvel a usucapio de bens pertencentes sociedade de economia mista que explore atividade econmica.Gabarito: C7- (TJPR 2011) Aponte se as assertivas a seguir so verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a nica alternativa CORRETA:( ) Ocorrendo turbao ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser mantido ou reintegrado na posse atravs dos interditos proibitrios.( ) A ao de dano infecto uma medida preventiva que o proprietrio ou possuidor de um prdio pode propor contra o vizinho para assegurar segurana sossego e sade aos moradores que o habitam.( ) A lei civil consagra a usucapio extraordinria o prazo de 15 anos, sem interrupo e sem oposio para a usucapio extraordinria geral; so de 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e servios de carter produtivo, denominando usucapio extraordinria de forma abreviada.( ) O possuidor de rea urbana com at 250 metros quadrados, que, por cinco anos ininterruptos e sem oposio, utilizar para guarnecer a sua famlia, poder adquirir o domnio, desde que no seja proprietrio de imvel rural ou urbano.a. V,F,F,V.b. V,V,V,V.c. F,V,V,V.d. V,V,F,V.Gabarito: C8- (TJMS 2012) A construtora Y adquire terreno urbano para fins de edificao de prdio de apartamentos. Assim, leva a efeito a incorporao imobiliria e toma financiamento junto ao Banco X, de modo a permitir a edificao. Institui em favor do Banco X dupla garantia, que consiste na hipoteca do terreno e na alienao fiduciria dos crditos. Todas as unidades autnomas, trs anos depois, j so objeto de compromissos de compra e venda com os adquirentes dos apartamentos. Ocorre que a construtora no paga o financiamento e o banco negligente no que tange ao exerccio de seus direitos frente cesso fiduciria dos crditos. Ao fim e ao cabo, o Banco X decide excutir a hipoteca, promovendo a penhora do terreno e da totalidade da edificao, em sede de execuo de ttulo extrajudicial que tem no polo passivo apenas a incorporadora. O edifcio j est, a essa altura, pronto, tendo a posse sobre as unidades autnomas sido entregue aos promitentes compradores. Diante desses fatos, afirma-se:I. A excusso da hipoteca dever afetar todas as unidades autnomas, que permanecem como garantia do dbito, ante o princpio da indivisibilidade da garantia real.II. O incorporador tinha o dever jurdico ? portanto, cogente - de constituir patrimnio de afetao destinado consecuo da incorporao correspondente e entrega das unidades imobilirias aos respectivos adquirentes.III. A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior celebrao da promessa de compra e venda, no tem eficcia perante os adquirentes do imvel, de modo que estes podero desconstituir a penhora por meio de embargos de terceiro.IV. Somente com expressa anuncia do agente financiador poderiam os promitentes compradores excluir suas unidades autnomas do mbito da hipoteca, exceto se assumissem pessoalmente a parcela da dvida do incorporador, hiptese em que estaria configurada a sub-rogao legal.Est(o) CORRETA(S):a. Apenas as assertivas I, II e IV.b. Apenas a assertiva III.c. Apenas as assertivas I e IV.d. Apenas as assertivas II e III.e. Apenas a assertiva II.Gabarito: B9- (MP AP Analista 2012) Considere:I. Clotilde possuidora de um terreno na cidade de Macap por quinze anos, sem interrupo, nem oposio, no possuindo ttulo e nem boa-f.II. Vera Lcia possuidora de rea de terra em zona rural com cem hectares, por cinco anos ininterruptos, sem oposio, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela sua moradia, no sendo proprietria de imvel rural ou urbano.III. Tatiana exerce, por trs anos ininterruptamente e sem oposio, posse direta, com exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de Mazago que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu ex-cnjuge, Lindoval, que abandonou o lar, no sendo proprietria de outro imvel urbano ou rural.De acordo com o Cdigo Civil brasileiro, em regra, adquirir o domnio integral dos respectivos imveis aquelas indicadas APENAS em:a. I e III.b. II e III.c. I e II.d. I.e. III.Gabarito: A10- (PC GO 2008) O direito brasileiro oferece ampla tutela para os direitos sobre as coisas, disciplinando, inclusive, intervenes entre prdios. Considerando-se que as servides prediais so restries propriedade, constitudas em favor de um prdio sobre outro, CORRETO afirmar:a. A servido no pode ser instituda em favor de parte ideal do prdio dominante ou incidir sobre parte ideal do prdio serviente.b. A servido no aparente pode ser estabelecida por meio de permisso de passagem, sendo dispensvel a transcrio no registro de imveis.c. A servido obrigao do titular do domnio do imvel serviente prestao de fato negativo em favor do titular do imvel dominante.d. Nas servides prediais, em razo da necessria relao entre si, essencial a contiguidade entre prdios dominante e serviente.Gabarito: A11- (TCM BA 2011) Na hipoteca e no penhor :a. Vlida a clusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento, se o bem tiver o mesmo valor da dvida ou se o credor restituir a diferena do valor em dinheiro.b. Nula a clusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento, e, em nenhuma hiptese, poder ocorrer a dao em pagamento.c. Anulvel a clusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento, mas, aps o vencimento, poder o devedor dar a coisa em pagamento da dvida.d. Anulvel a clusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento, e, em nenhuma hiptese, poder ocorrer a dao em pagamento.e. Nula a clusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dvida no for paga no vencimento, mas, aps o vencimento, poder o devedor dar a coisa em pagamento da dvida.Gabarito: E12- (MPE SP 2012) "X" edificou casa, em rea urbana, na certeza de lhe pertencer a totalidade da rea descrita junto matrcula imobiliria. Constatou, porm, j concluda a construo, que por um erro na descrio das linhas limtrofes, a edificao invadiu uma vigsima parte do terreno de seu vizinho. Considerando isso, assinale a seguir a alternativa correta.a. "X" adquirir a propriedade da rea invadida, devendo pagar o dcuplo do valor do terreno lindeiro e a desvalorizao da rea remanescente.b. Embora "X" estivesse de boa-f, dever demolir a parte da construo que invadiu o terreno alheio, ainda que com grave prejuzo para a edificao.c. Estando "X" de m-f, adquire a propriedade da rea invadida apenas se o valor da construo exceder o do terreno.d. Estando "X" de boa-f, adquire a propriedade da parte do solo invadido e responde, por perdas e danos, correspondentes ao valor que a invaso acrescer construo, mais o da rea perdida e o da desvalorizao da rea remanescente.e. A posse justa exercida por "X" e a boa-f empreendida na construo sero suficientes para justificar pedido de usucapio da rea invadida, o que deve ser requerido, porm, no lapso de 3 anos aps a edificao.Gabarito: D13- (TJPB 2011) Com base na jurisprudncia do STJ e na doutrina, assinale a opo correta acerca dos institutos da posse e dos direitos reais.a. A confuso no extingue a hipoteca, pois a garantia pode incidir em bem prprio.b. Um particular que ocupar, de boa-f, lotes localizados em terras pblicas ter direito a indenizao pelas benfeitorias necessrias e teis, sob pena de reteno.c. O penhor convencional, que s pode decorrer de ato entre vivos, exige que as partes acordem sobre o valor e as condies de pagamento.d. O direito real de uso institudo pelas mesmas modalidades do usufruto e, tal como este, pode ser cedido a ttulo gratuito.e. A renncia ao usufruto no alcana o direito real de habitao, que decorre de lei e se destina a proteger o cnjuge sobrevivente, mantendo-o no imvel destinado residncia da famlia.Gabarito: E14- (TJSE 2008) A respeito da propriedade e da posse, assinale a opo correta.a. O direito de reteno consiste na faculdade do possuidor de boa-f ou o detentor de coisa imvel de manter o poder ftico sobre a coisa alheia, objetivando proteger a sua posse ou receber a indenizao pelas benfeitorias necessrias e teis realizadas no imvel.b. Se o proprietrio, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito de um imvel por tempo indeterminado, o comodatrio exerce legitimamente a posse e, sem a notificao necessria de que no mais tem interesse em manter o comodato, no h constituio em mora e, sem ela, tambm o proprietrio no pode postular a reintegrao de posse.c. O convalescimento da posse adquirida de forma violenta, clandestina ou precria permitido pela cessao da violncia ou da clandestinidade e pelo decurso de ano e dia. Cessado o vcio, a posse torna-se justa e o possuidor passa a ser considerado de boa-f, reconhecendo-se-lhe o direito de reteno, seja por acesses seja por benfeitorias necessrias, teis ou volupturias.d. A descoberta um modo de aquisio originria da propriedade mvel, segundo a qual aquele que encontrar coisa alheia, sem dono ou abandonada torna-se seu depositrio e, transcorridos trs anos sem que o proprietrio a reclame, a propriedade consolida-se na pessoa do possuidor.e. Adquire-se a propriedade por abandono de lveo quando houver acrscimo de terras s margens de um rio, provocado pelo desvio de guas ou afastamento dessas, descobrindo parte do lveo.Gabarito: B15- (TRF 2a. Regio 2009) Com referncia disciplina legal relativa posse, assinale a opo correta:a. Havendo colheita antecipada, o possuidor dever devolver os frutos colhidos no caso de ter cessado a boa-f.b. No que tange indenizao pelos danos causados ao bem, faz diferena ser a posse de boa-f ou de m-f.c. Aquele que detiver a posse injustamente no poder se utilizar dos interditos possessrios, mesmo em face de terceiros que no tenham posse.d. O dono da posse deve indenizar as benfeitorias necessrias pelo seu valor atual, mesmo ao possuidor de m-f, sob pena de enriquecimento sem causa.e. O possuidor de boa-f no responde pela perda da coisa, mas responde por sua deteriorao, ainda que no lhe d causa.Gabarito: A16- (OAB 2011) Flix e Joaquim so proprietrios de casas vizinhas h cinco anos e, de comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalao de uma singela cerca viva. Recentemente, Flix adquiriu um cachorro e, por essa razo, o seu vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que substitusse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Flix negou-se a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situao narrada, correto afirmar que Joaquim:a. Poder exigir que Flix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalao, cabendo a Flix arcar com a outra parte das despesas.b. Poder exigir que Flix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Flix arcar integralmente com as despesas de instalao.c. No poder exigir que Flix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, pois, com a sua funo, bem como no h indcios de que o cachorro possa vir a lhe causar danos.d. Poder exigir que Flix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Flix arcar com as despesas de instalao, deduzindo-se desse montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente cerca viva inicialmente instalada por ambos os vizinhos.Gabarito: B17- (TJRO 2011) Acerca do Direito das Coisas, avalie as assertivas abaixo:I. Os interditos possessrios previstos em nosso ordenamento so a Ao de Reintegrao de Posse, a Ao de Manuteno de Posse, o Interdito Proibitrio e a Ao Reinvidicatria.II. No induzem posse os atos de mera permisso ou tolerncia, mas quando o detentor exerce poderes de fato sobre a coisa considerado possuidor para todos os fins.III. de boa-f a posse quando o possuidor, embora no ignore os vcios ou obstculos que impedem a aquisio da coisa, est comprometido em sanar o vcio ou remover os obstculos em um prazo determinado.IV. O direito indenizao por benfeitorias necessrias devido ao possuidor de m-f.Est(o) CORRETA(S):a. Apenas as assertivas I e IV.b. Apenas as assertivas II e III.c. Apenas a assertiva I.d. Apenas a assertiva IV.e. Todas as assertivas.Gabarito: D18- (TJMA Titular de Servios de Notas e Registros 2011) Assinale a alternativa correta:a. Considera-se fiduciria a propriedade resolvel de coisa mvel fungvel que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.b. Nos condomnios edilcios, o condmino que no pagar a sua contribuio ficar sujeito aos juros moratrios convencionados ou, no sendo previstos, os de dois por cento ao ms e multa de at um por cento sobre o dbito.c. Aquele que por quinze anos, houver estabelecido no imvel sua moradia habitual, sem interrupo, nem oposio, possuindo-o como seu, adquiri-lhe a propriedade, independentemente de ttulo de boa f, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentena, a qual servir de ttulo para o registro no Cartrio de Registro de Imveis.d. S se considera perdida a posse para quem no presenciou o esbulho, quando, tendo notcia dele, se abstm de retornar a coisa, ou, tentando recuper-la, violentamente repelido.Gabarito: D19- (TJSE 2008) No que concerne aos direitos reais, assinale a opo correta.a. A garantia real, no direito civil, ocorre quando o devedor, ou algum por ele, destina determinado bem do seu patrimnio para a garantia de uma dvida. Essa sujeio cria preferncia, ou prelao, para o credor, que, na venda do bem, ser o primeiro a receber, sem se sujeitar a concursos ou rateios.b. Um pai poder garantir a dvida de um seu descendente, hipotecando os seus bens particulares, sem a autorizao de seu cnjuge e dos demais herdeiros. .c. O direito de superfcie a concesso para se construir ou plantar em solo alheio. A constituio desse direito opera- se por contrato oneroso, durante a sua vigncia, e o detentor da propriedade superficiria poder modificar unilateralmente a destinao da utilizao do terreno, quando essa no beneficiar a propriedade economicamente.d. O direito real de servido de passagem exige, para o seu reconhecimento, o encravamento do imvel dominante, consistente na ausncia de sada pela via pblica, fonte ou porto. passvel de proteo possessria e pode ser adquirido por usucapio, mesmo que a posse seja descontnua e no aparente.e. O penhor, por ser contrato real que s se aperfeioa com a tradio do bem, exige a transferncia efetiva da posse pelo devedor ao credor do bem empenhado, qualquer que seja a espcie de penhor.Gabarito: A20- (TJPI 2007) Acerca da posse e da propriedade, assinale a opo correta.a. Se os ramos de uma rvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas propriedades, ultrapassarem a extrema de um dos prdios, o dono do prdio invadido dever dar cincia ao seu confinante para que tome as providncias necessrias para sanar o problema e, em caso de recusa ou omisso do vizinho, ele poder cortar os ramos invasores, s expensas daquele.b. Para que a posse exercida sobre um bem seja considerada de boa-f, exige-se que seja examinada a inexistncia de vcios extrnsecos que a infirmem ou, caso existentes, que o possuidor os ignore ou que tenha tomado conhecimento do vcio da posse, em data posterior sua aquisio, ou mesmo que, por erro inescusvel, ou ignorncia grosseira, desconhea o vcio ou obstculo jurdico que lhe impea a aquisio da coisa ou do direito possudo.c. A posse mantm o mesmo carter de sua aquisio, podendo ser adquirida pelo prprio interessado, por seu procurador e pelo constituto possessrio. Assim, se a aquisio foi violenta ou clandestina, esse vcio se prende posse enquanto ela durar, isto , no convalesce, pois ser sempre considerada posse injusta.d. A posse ininterrupta e incontestada pelo prazo de 15 anos gera a propriedade de um bem imvel por meio da usucapio ordinria, independentemente de ttulo e de boa-f, quando o possuidor houver estabelecido no imvel a sua morada, ou nele houver realizado obras ou servios de carter produtivo.e. Se o possuidor houver adquirido a posse do bem imvel por meio de comodato verbal, por prazo indeterminado, a notificao ou interpelao do comodatrio para a restituio e desocupao do imvel suficiente para constitu-lo em mora. Se o comodatrio no desocupar o imvel no prazo que lhe foi concedido, sua recusa constitui esbulho posse do comodante, reparvel por meio da ao reintegratria.Gabarito: E.