resumo de direito civil iii

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  • 8/18/2019 Resumo de Direito Civil III

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    Resumo direito civil III

    TEORIA GERAL DO DIREITO CONTRATUAL

    Contrato: é o negócio jurídico, fundado no acordo de vontades quetem por m criar, modicar ou extinguir um direito.

    Contrato é todo ato humano, lícito, capa de adquirir, transferir,modicar, ou extinguir uma rela!"o jurídica #contrato em sentidolato$.

    Contrato é o negócio jurídico, que as partes se sujeitam a o%serv&nciada conduta id'nea, ( satisfa!"o dos interesses que pactuam #contratoem sentido estrito$.

    )ortanto, contrato é o acordo de vontades entre duas ou maispessoas, so%re o%jeto lícito e possível, com o m de adquirir,resguardar, modicar ou extinguir direitos. * contrato ocorre, di +e)lcido e -ilva #/01, 23456$, 7quando os contratantes,

    reciprocamente, ou um deles, assume a o%riga!"o de dar, faer oun"o faer alguma coisa7.

    * concurso de vontades é pressuposto do contrato. 8uando aso%riga!9es que se formam no contrato s"o recíprocas, este é%ilateral: quando s"o pertinentes somente a uma das partes, se diunilateral. )ara que o contrato seja vlido, é preciso que seu o%jetoseja lícito e possível, e as partes contratantes sejam capaes, isto é,estejam legalmente aptas para contratar.

    ;odernamente, o contrato é o ato jurídico %ilateral #acordo das partese sua manifesta!"o externa$ que tem por nalidade produirconsequ"o assim no direito romano. >este, desde o início até o mde sua evolu!"o, o simples acordo n"o gerava o%riga!"o3 nuda pactioobligationem non parit   . )ara que haja liame jurídico, chamadoobligatio, era preciso, além do acordo, um fundamento jurídico3 acausa civilis. ?ssa causa civilis é que elevava o ato jurídico %ilateral aum contractus e só o credor de um tal contrato tinha ( sua disposi!"o

    uma a!"o #actio$ reconhecida pelo direito para constranger o devedora efetuar a presta!"o

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    )acto, contrato e conven!"o3 no +ireito Romano havia a conven!"oque a%rangia duas espécies3 os contratos e os pactos. @ conven!"oera revestida de uma forma e a diferen!a entre o pacto e o contratoera o direito de a!"o, conferido somente a este Altimo. 8uempossuísse direitos decorrentes de um pacto somente poderiam sedefender pela via da exceptio  #exce!"o$, opondo ao outro fatoimpeditivo.

    >ossa legisla!"o usa os termos pacto, conven!"o e contrato comosin'nimos.

    Condi!9es de validade do contrato

    7*s requisitos de validade dos contratos podem ser distri%uídos emtr

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    representa!"o ou pela assist

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    inequívoca. @lgumas vees a lei exige o consentimento escrito comorequisito de validade da aven!a. H o que sucede na atual ei doInquilinato #ei 0.14GJ/$, cujo art. 5 prescreve que a su%loca!"o e oempréstimo do prédio locado dependem de consentimento, porescrito, do locador.

    >"o havendo na lei tal exig

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    Requisitos objetivos

    *s requisitos o%jetivos diem respeito ao o%jeto do contrato, quedeve ser lícito, possível, determinado ou determinvel #CC, art. 64,II$. @ validade do contrato depende, assim, da3

    a) Licitude de seu objeto B *%jeto lícito é o que n"o atenta contralei, moral, a ordem pA%lica e os %ons costumes. *%jeto imediato donegócio é sempre uma conduta humana e se denomina presta!"o3dar, faer ou n"o faer. *%jeto mediato s"o os %ens ou presta!9esso%re os quais incide a rela!"o jurídica o%rigacional.

    8uando o o%jeto jurídico do contrato é imoral, os tri%unais por veesaplicam o princípio de direito de que ninguém pode valerFse daprópria torpea #nemo auditur propriam turpitudinem allegans$.?xemplos3 art. G6, e 005 do CC.

    b) ossibi!idade "ísica ou jurídica do objeto B * o%jeto deve ser,tam%ém, possível. 8uando impossível, o negócio é nulo #CC,art. ,II$.

    )ossi%ilidade física di respeito ( possi%ilidade do o%jeto do contratoser realiado no mundo dos fatos. )ortanto, é a que emana das leisfísicas ou naturais. +eve ser a%soluta, isto é, alcan!ar a todos,indistintamente, como, por exemplo, a que impede o cumprimento dao%riga!"o de tocar a ua com a ponta dos dedos, sem tirar os pés da =erra. @ relativa, que atinge o devedor mas n"o outras pessoas, n"oconstitui o%stculo ao negócio jurídico, como proclama o art. 6 doCC, porquanto possi%ilita a realia!"o por terceiro, (s custas do

    devedor.

    )ossi%ilidade jurídica se refere ( anlise do o%jeto ( lu doordenamento jurídico. *corre a impossi%ilidade jurídica do o%jetoquando o ordenamento jurídico proí%e, expressamente, negócios arespeito de determinado %em, como os gravados com a clusula deinaliena%ilidade etc. @ ilicitude do o%jeto é mais ampla, pois a%rangeos contrrios ( moral e aos %ons costumes.

    c) #eterminação de seu objeto B * o%jeto do negócio jurídico deveser, igualmente, determinado ou determinvel #indeterminado

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    relativamente ou suscetível de determina!"o no momento daexecu!"o$. @dmiteFse, assim, a venda de coisa incerta, indicada aomenos pelo go direito %rasileiro a forma é, em regra, livre. @s partes podemcele%rar o contrato por escrito, pA%lico ou particular, ou ver%almente,a n"o ser nos casos em que a lei, para dar maior seguran!a eseriedade ao negócio, exija a forma escrita, pA%lica ou particular. *consensualismo, portanto, é a regra, e o formalismo, a exce!"o.+isp9e, com efeito, o art. 6D do Código Civil3

    K@ validade da declara!"o de vontade n"o depender de formaespecial, sen"o quando a lei expressamente a exigirL.

    H nulo o negócio jurídico quando Kn"o revestir a forma prescrita emleiL ou Kfor preterida alguma solenidade que a lei considere essencialpara a sua validadeL #CC, art. , IE e E$. ?m alguns casos a leireclama tam%ém a pu%licidade, mediante o sistema de Registros)A%licos #CC, art. 11$. Cumpre frisar que o formalismo e apu%licidade s"o garantias do direito.

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    >a mesma esteira do art. , IE e E, do Código Civil, supratranscrito,esta%elece o art. 5 do Código de )rocesso Civil3 K8uando a leiexigir, como da su%st&ncia do ato, o instrumento pA%lico, nenhumaoutra prova, por mais especial que seja, pode suprirFlhe a faltaL. )orsua ve, estatui o art. G4 do mesmo diploma3 K*s atos e termosprocessuais n"o dependem de forma determinada sen"o quando a leiexpressamente a exigir, reputandoFse vlidos os que, realiados deoutro modo, lhe preencham a nalidade essencialL.

    )odem ser distinguidas tr

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    pA%lica ou por testamento #art. 1$: a renAncia da heran!a, que podeser feita por escritura pA%lica ou termo judicial #art. .06$.

    c) &orma contratua! B H a convencionada pelas partes. * art. 6/do Código Civil disp9e que, Kno negócio jurídico cele%rado com aclusula de n"o valer sem instrumento pA%lico, este é da su%st&nciado atoL. *s contratantes podem, portanto, mediante conven!"o,determinar que o instrumento pA%lico torneFse necessrio para avalidade do negócio.

    d) &orma ad solemnitatem / ad substantiam B quando

    determinada forma é da su%st&ncia do ato, é indispensvel para quea vontade produa efeitos #forma dat esse rei$. ?xemplo3 a escriturapA%lica, na aquisi!"o de imóvel #CC, art. 60$, os modos dereconhecimento de lhos #art. .6/$ etc.

    e) &orma ad probationem tantum B a forma destinaFse a facilitar aprova do ato. ?xemplo3 a lavratura do assento de casamento no livrode registro #art. .G5$ destinaFse a facilitar a prova do casamento,n"o sendo, portanto, essencial ( sua validade. Caio ;rio menciona

    tam%ém os casos em que o resultado do negócio jurídico pode seratingido por outro meio3 assim, a o%riga!"o de valor superior aodécuplo do maior salrio mínimo vigente no país n"o pode serprovada exclusivamente por testemunhas, j que a lei exige aomenos um come!o de prova por escrito #C)C, art. 46: CC, art. 11D$.

    &unção socia! do contrato

    ?ntendeFse hoje, n"o é a mera e simples autonomia da vontade que

    direciona a execu!"o dos contratos. @ vontade n"o mais vigora amplae livremente. ?sta autonomia da vontade, anteriormente retratada,

    apenas, na fórmula K  pacta sunt servandaL encontra fortes e

    expressos limites.

    H certo que o acordo de vontades continua sendo o elemento

    su%jetivo essencial do contrato, pois esse negócio jurídico só se

    origina da declara!"o de vontade. @ li%erdade individual e a iniciativa

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    pessoal continuam sendo a ra"o de ser dos contratos. >o entanto, a

    vis"o mais humanitria do ?stado +emocrtico de +ireito imp9e uma

    certa interven!"o estatal, por for!a da qual a autonomia n"o tem hojea mesma plenitude. * contrato n"o tem mais a for!a volitiva de

    outrora. * princípio do pacta sunt servanda est muito relativiado.

    -o%re o assunto, menciona a doutrina de =O?*+*R* PQ>I*R3

    H inegvel, nos temos atuais, que os contratos, de

    acordo com a vis"o social do ?stado +emocrticode direito, h"o de su%meterFse ao intervencionismo

    estatal manejado com o propósito de superar o

    individualismo egoístico e %uscar a implanta!"o de

    uma sociedade presidida pelo %emFestar e so%

    Kefetiva preval

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    ?ntretanto, este artigo apresenta alguns pontos polI*R, com rela!"o ao conceito de fun!"o social do contrato, a

    sa%er3

    @ fun!"o social do contrato consiste em a%ordar a

    li%erdade contratual em seus reSexos so%re a

    sociedade #terceiros$ e n"o apenas no campo das

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    rela!9es entre partes que estipulam

    #contratantes$LP o princípio da %oaFfé ca restrito

    ao relacionamento travado entre os própriossujeitos do negócio jurídico.

    * princípio da fun!"o social do contrato é uma norma geral do

    ordenamento jurídico de ordem pA%lica, pelo qual o contrato deve ser

    necessariamente visualiado e interpretado de acordo com o contexto

    da sociedade.

    +iante disso, para se analisar a fun!"o social do contrato, h de se

    partir da rela!"o do contrato com o seu meio social externo. * direito

    contratual, a%arcando como um dos seus alicerces o princípio da

    fun!"o social, signica dier que o contrato deixou de ser somente

    coisa dos contratantes, e passou a interferir negativa e

    positivamente, tam%ém, em rela!"o aos terceiros.

    'L'('*+, #+ C+*RA*+

    -. ',,'CIAI,

    +evem constar de todos os contratos, so% pena de nulidade. -"o3capacidade das partes, licitude do o%jeto e forma prescrita ou n"odefesa em lei. @lém dos elementos essenciais gerais, isto é, comuns atodos os atos jurídicos, existem os elementos essenciais especiais,

    que devem existir somente em alguns contratos. ?xemplo3 a coisa, opre!o, e o consentimento do contrato de compra e venda.

    /. A*0RAI,

    -"o aqueles que podem ocorrer, ou n"o. ?xemplo3 o mAtuo presumeFse gratuito, mas as partes podem convencionar a onerosidade dopagamento de tri%utos.

    1. ACI#'*AI,

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    ;odicam a vontade das partes e variam de contrato para contrato.?xemplo3 a forma de pagamento.

    2. #' ',*IL+

    >"o s"o necessrios, mas t

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    RIC5I+, #+ #IR'I*+ C+*RA*0AL

    rincípio da Autonomia da $ontade

    @ autonomia da vontade é o poder que possui o indivíduo de suscitar,mediante declara!"o de sua vontade, efeitos reconhecidos etutelados pela ordem jurídica.

    )or esse princípio, a li%erdade de contratar domina completamente.

    rincípio do consensua!ismo

    ?m matéria contratual, o consensualismo signica, havendo acordode vontade, qualquer forma contratual é vlida #ver%al, sil

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    >o nal do século passado surgiu na doutrina uma tend

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     potest 7 F os princípios de ordem pA%lica n"o podem ser alterados porconven!"o entre particulares.

    b) os bons costumes:

    ons costumes s"o h%itos %aseados na tradi!"o e n"o na lei, *princípio da autonomia da vontade es%arra nas regras morais n"oreduidas a escrito, mas aceitas pelo grupo social.

    &+R(A;+ #+, C+*RA*+,

    >"o h ainda um contrato, s"o os primeiro contatos entre as partes am de que surja um contrato mais ( frente.

    A proposta: a parte que est segura do que pretende, manifesta suavontade ( outra. @té que seja aceita pelo o%lato n"o h compromissoentre as partes, todavia o proponente j tem uma o%riga!"o B manteros termos da proposta, se aceita.

    A aceitação: é a resposta armativa do o%lato ( oferta doproponente. * aceitante manifesta sua anuem sempre o contrato tradu a exata vontade das partes. ;uitasvees a reda!"o mostraFse o%scura e am%ígua, malgrado o cuidadoquanto ( clarea e precis"o demonstrado pela pessoa encarregada

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    dessa tarefa, em virtude da complexidade do negócio e dasdiculdades próprias do vernculo. )or essa ra"o, n"o só a lei deveser interpretada, mas tam%ém os negócios jurídicos em geral #art.

    1 do CC$. @ execu!"o de um contrato exige a correta compreens"oda inten!"o das partes, a qual exterioriaFse por meio de sinais ousím%olos, dentre os quais as palavras.

    Interpretar o negócio jurídico é, portanto, precisar o sentido ealcance do conteAdo da declara!"o de vontade. uscaFse apurar avontade concreta das partes, n"o a vontade interna, psicológica, masa vontade o%jetiva, o conteAdo, as normas que nascem da suadeclara!"o.

    )odeFse dier que as regras de interpreta!"o dos contratosprevistas no Código Civil dirigemFse primeiramente (s partes, que s"oas principais interessadas em seu cumprimento. >"o havendoentendimento entre elas a respeito do exato alcance da aven!a e dosentido do texto por elas assinado, a interpreta!"o dever serrealiada pelo jui, como representante do )oder Pudicirio.

    Interpretação declaratória B diFse que a interpreta!"ocontratual é declaratória quando tem como Anico escopo adesco%erta da inten!"o comum dos contraentes no momento dacele%ra!"o do contrato: e

    Interpretação construtiva ou integrativa B quando o%jetiva oaproveitamento do contrato, mediante o suprimento das lacunas epontos omissos deixados pelas partes. @ integra!"o contratualpreenche, pois, as lacunas encontradas nos contratos,complementandoFos por meio de normas de supletivas,especialmente as que diem respeito ( sua fun!"o social, ao princípioda %oaFfé, aos usos e costumes do local, %em como %uscandoencontrar a verdadeira inten!"o das partes, muitas vees reveladanas entrelinhas. -eria, portanto, um modo de aplica!"o jurídica feita

    pelo órg"o judicante, mediante o recurso ( lei, ( analogia, aoscostumes, aos princípios gerais de direito ou ( equidade, criandonorma supletiva, a qual completar, ent"o, o contrato, que é umanorma jurídica individual.

    Artigos: --/< --1 e --2 C.CArtigos: 2/1< 2/4< 3-=< >21< ->==C#C: 24< 2? e 32

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    &+R(A;+ #+, C+*RA*+,

    /.- A "ormação pre!iminar ou puntuação

    >a fase de puntua!"o as partes negociam os termos do contrato,sendo assim tem as seguintes características3

    F @nterior ( forma!"o da proposta:F +e%ate prévio:F >"o vincula as partes:F 8ue%ra da %oaFfé o%jetiva pode gerar indenia!"o:

    7V...W n"o é incorreto armar que a fase de puntuação gera deveres (s

    partes, pois em alguns casos, diante da conan!a depositada, aque%ra desses deveres pode gerar a responsa%ilia!"o civil #=@R=MC?,165, pg. GD$.

    /./ &ase da proposta< po!icitação ou ab!ação

    >a fase de proposta ocorre a declara!"o unilateral de vontade doproponente, o qual depende da aceita!"o do o%lato para poderproduir efeitos. ;as o o%lato pode ofertar uma contraproposta,quando passar a ser o proponente, é o caso de invers"o de papéis#=@R=MC?, 165, pg. GD1$. >essa fase a proposta tornaFse

    vinculante, devendo ser cele%rada nos termos propostos, conformeart. 41D.

    a) roposta a pessoa presente

    @ proposta pode ser feita ( pessoa presente ou ausente, com ou semprao. * Código Civil considera pessoa presente a proposta feita portelefone ou outro meio semelhante: Xon!alves #161, pg. GD$explica que presente é aquele que conversa diretamente com opolicitante, n"o ca%endo aqui contato por eFmail pois n"o temFse agarantia de que a outra parte esteja on line naquele momento.

    7V...W ?nt"o, o contrato entre presentes é formado a partir domomento em que o o%lato aceita a proposta, ou seja, tornaFseaceitante, por ter ocorrido o choque ou encontro de vontades daspartes envolvidas7 #=@R=MC?, 165, pg. GDG$.

    b) roposta a pessoa ausente

    8uanto aos ausentes, s"o os que n"o tem o contato direto com oproponente, n"o tem resposta imediata. 7)ara os ns legais, s"o

    considerados ausentes os que negociam mediante troca de

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    correspondY@E?-, 161,pg. G0$.

    c) roposta dei@a de ser obrigatria

    @ proposta perde a for!a vinculante se ocorrer os termos do art. 410.

    F )roposta sem praopessoa presente F n"o aceita imediatamente, é o 7pegar ou largar7:pessoa ausente F decorreu tempo suciente sem resposta, porexemplo, enviado eFmail h um m

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    CC, Art. 4%&" & aceitação fora do pra!o com adiç+es restriç+es oumodi%caç+es importar( nova proposta"

    e) Características da fase da proposta3

    F ;anifesta!"o unilateral da vontade de contratar:F >ecessria concord&ncia da outra parte:F )roposta e oferta vinculam o proponente:F )ossi%ilidade de retrata!"o:

    /.1 &ase da aceitação

    Carlos Ro%erto Xon!alves trata o art. 456 com uma hipótese deinexist

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    7)ara a teoria da expedição, n"o %asta a reda!"o da resposta, sendonecessrio que tenha sido expedida, isto é, saído do alcance e

    controle do o%lato. V...W )or Altimo, a teoria da recepção exige mais3que, além de escrita e expedida, a resposta tenha sido entregue aodestinatrio7 #X*>Y@E?-, 161 pg. D$.

    )ara =artuce, a teoria da expedição é regra, e a teoria da recepção éexce!"o tratada nos art. 454 e 455.

    CC, Art. 4%%. Considera-se inexistente a aceitação se antes dela oucom ela chegar ao proponente a retratação do aceitante"

     Art. 4%4. .s contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde quea aceitação # expedida exceto:

    I - no caso do artigo antecedente$II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta$III - se ela não chegar no pra!o convencionado"

    a) Lugar

    @ regra do art. 45G aplicaFse aos contratos entre ausentes, pois paraos presentes o contrato é cele%rado no local da conclus"o ou onde seencontrarem. )ara os ausentes prevalece o lugar da expedi!"o daproposta e n"o necessariamente o domicílio do proponente #+I>IZ,

    1661 VUW, pg. 15G VUW: R*-?>E@+, 166, pg. 4/D$.

    7RepiseFse que a norma vale para os contratos nacionais, pois para oscontratos internacionais, determina o art. /2, [12, da ei de Introdu!"oque 7a o%riga!"o resultante do contrato reputaFse constituída nolugar em que resisir o proponente7 #=@R=MC?,165, pg. GD$.

    CC, Art. 4%(. Reputar-se-( celebrado o contrato no lugar em que foi proposto"

    CC, Art. 42)" & proposta de contrato obriga o proponente se ocontr(rio não resultar dos termos dela da nature!a do negócio oudas circunst)ncias do caso"

    *ecad+ncia /0 Dias 1 entrega móvel2 3 450 dias

    4 &no 1 entrega imóvel2 3 4 ano

    !romessa de compra de venda artigo &4&)

    6xtinção dos contratos:

    7odo normal: execução

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    (odo anorma!3 Causas anteriores ou contempor&neos

    >ulidade a%soluta ou relativa• Resolu!"o # clausulas expressas ou n"o$• @rrependimento

    @rtigo 44D até 4DG C.C

    Adjudicação  é o ato judicial em que tem por o%jetivo atransmiss"o da propriedade de uma determinada coisa de umapessoa para outra. ?sta ter todos os direitos de domínio e posse.

    H o caso, por exemplo, da adjudica!"o dos %ens penhorados comoforma de pagamento ao credor no processo de execu!"o porquantia certa contra devedor solvente.

    CLA,,I&ICA;+ #+, C+*RA*+,

    Buanto 8 "orma< os contratos se c!assifcam em:

    Contratos principais F -"o aqueles cuja exist

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    Contratos so!enes F aqueles que dependem de forma prescrita emlei. ?x.3 compra e venda de imóveis #requer escritura pA%lica$.

    Contratos não so!enes F quando n"o h forma prescrita em lei econstituiFse a regra.

    Buanto 8 sua naturea< os contratos se c!assifcam em:

    0ni!aterais F -"o aqueles que se aperfei!oam por uma só o%riga!"o.?x3 o =estamento, +oa!"o.

    Di!aterais  F -"o os que se aperfei!oam por reciprocidade deo%riga!9es. ?x3 ?scrituras de compra e venda. Contrato %ilateral, ouseja, aquele em que as o%riga!9es dos contratantes s"o recíprocas.?xemplos3 compra e venda e loca!"o.

    +nerosos F Contrato a =ítulo *neroso F -"o aqueles onde hsacrifício patrimonial para am%as as partes. ?x3 compra e venda.

    Eratuitos F -"o aqueles onde h um sacrifício patrimonial, apenas,para uma das partes. ?x3 doa!"o.

    Comutativos  F -"o os contratos onde as presta!9es se cumpremsimultaneamente. ?x3 Compra e venda.

    A!eatrios F -"o os contratos onde as presta!9es s"o deferidas parao futuro. ?x3 contrato de -eguro.

    Contratos paritFrios  F as partes estipulam clusulas em pé deigualdade. @ %alan!a est equili%rada. ?x.3 compra e venda.

    Contratos por adesão F umas das partes apenas adere ( proposta

    da outra, n"o podendo discutir as clusulas contratuais. @ %alan!aest desequili%rada. ?x.3 fornecimento de gua.

    Contrato Inominado F Contrato que, em%ora n"o vedado em lei, n"ose acha especicado, disciplinado formalmente no direito positivo. +aí a express"o inominado. >"o tendo regulamenta!"o especial, s"odisciplinados pela analogia com os contratos nominados e pelosprincípios gerais de direito.

    Contrato rincipa! F Contrato dotado de exist

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    Contrato ,ina!agmFtico F +o grego s\nallagmati]ós, recíproco.@djetiva!"o daquilo que é %ilateral, recíproco, que importa emigualdade de direitos e deveres para as partes contratantes. Contratoem que as partes assumem o%riga!9es recíprocas. =am%émdenominado %ilateral.

    Buanto ao tempo< os contratos se c!assifcam em:

    Contratos instantGneos  F aqueles em que as presta!9es seexecutam no momento da cele%ra!"o do contrato. ?x.3 compra evenda ( vista.

    Contratos de trato sucessivo F s"o aqueles em que n"o é possívelsua satisfa!"o em um só momento. ?x.3 seguro.

    Buanto 8s pessoas< os contratos se c!assifcam em:

    Contratos pessoais F s"o realiados em ra"o da pessoa, com %asena anca recíproca entre as partes e só podem ser executados pelopróprio devedor. ?x.3 mandato.

    Contratos impessoais F quando a pessoa do outro contraente n"o é

    elemento determinante para a conclus"o do contrato.

    +0*R+, *I+, #' C+*RA*+,

    Contratos civis F s"o aqueles previstos no Código civil ou que otenham como %ase legal. )odem ou n"o ter nalidade lucrativa esujeitamFse aos princípios da autonomia da vontade, consensualismo,relatividade dos efeitos, pro%idade e %oaFfé.

    Contratos administrativos F s"o aqueles rmados pela @dministra!"o

    e regidos pelas normas de direito pA%lico e possuem clusulasexor%itante e a possi%ilidade de altera!"o e rescis"o unilaterais porparte da @dministra!"o.

    @utocontrato F quando uma mesma pessoa gura nos dois pólos docontrato. +e um lado representando a si próprio, e de outro, ummandante. ?x.3 compra e venda com procura!"o em causa própria.

    Contrato de meio F quando uma das partes se compromete a

    empenhar esfor!os para atingir determinado m sem o%rigar aosucesso. ?x.3 mandato de advogado.

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    Contrato de m F quando o contratado se o%riga a atingirdeterminado m. ?x.3 empreiteiro em rela!"o ( constru!"o de umedifício, o resultado nal é id

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    que governe a na!"o, estado ou município, ou o represente nasrespectivas assem%léias legislativas.

    Contrato pelo qual o mandatrio se o%riga a praticar um ato,gratuitamente, e conforme instru!9es do mandante.

    @ incum%

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    ?spécies3 a$ egal F pela lei. %$ Pudicial F pelo jui. c$ Convencional F ad judicia ou ad negatia.

    ?m outras palavras3 H um contrato pelo qual alguém, denominadomandante, determina que outrem, denominado mandatrio, atue emseu nome, praticando determinados atos. @ procura!"o é oinstrumento do mandato. >"o é o mandato propriamente dito, mas oseu veículo, a sua forma exterior. H preciso distinguir entre mandato judicial e mandato extrajudicial. * mandato judicial é atri%uído aquem, legalmente ha%ilitado, se prop9e a atuar no foro, exigindoFse,para tanto, forma solene e instrumento compro%atório, no caso aprocura!"o.

    8uanto ao mandato extrajudicial ou Kad negotiaL, se destina ( prticade atos de naturea cível ou comercial fora do &m%ito do Pudicirio,n"o exige forma solene, apenas o acordo de vontades.

    *%ligatio mandati consensu contrahentium consistit #a o%riga!"o domandato consiste no consentimento dos contratantes$.

    Invitus procurator non solet dari #n"o é costume que um procuradorseja nomeado contra a sua vontade$.

    '&'I*+, #+ C+*RA*+

    $ícios redibitrios3 +efeito oculto na coisa rece%ida em virtude decontrato comutativo que a torna imprópria ao uso a que é destinadaou lhe diminua o valor. * conhecimento do vício ensejaria a n"orealia!"o do negócio.

    'vicção F do latim KevincereL, vencer, triunfar, desapossar.

    @to judicial pelo qual alguém reivindica o que é seu e que lhe tinhasido tirado: a!"o judicial pela qual o vendedor responde perante ocomprador, caso a venda da coisa se torne passível de nulidade outenha havido fraude na compra anterior.

    H a perda total ou parcial de uma coisa #%em jurídico$, em virtude desenten!a que a atri%ui a terceira pessoa.

    *u seja, é a perda total ou parcial de uma coisa, que sofre seuadquirente, em conseq_

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    verdadeiro dono ou possuidor. )erda total ou parcial do domínio, ouuso, de uma coisa em virtude de senten!a, que a atri%ui a outrem.)ara Clóvis evilqua, evic!"o é a perda total ou parcial de uma coisa,em virtude de senten!a, que a atri%ui a outrem, por direito anteriorao contrato, de onde nascera a pretens"o do evicto. @ garantia pelaevic!"o é o%riga!"o que deriva diretamente do contrato. )or issoindepende de clusula expressa, e opera de pleno direito.

    @ssim, havendo a evic!"o do o%jeto dado em pagamento, o 7solvens7sofre a perda, ressuscitando a o%riga!"o. @ o%riga!"o volta ao seu7status quo ante7.

    7-alvo estipula!"o em contrrio, tem direito o evicto, além darestitui!"o integral do pre!o, ou das quantias, que pagou3 I$ F (indenia!"o dos frutos, que tiver sido o%rigado a restituir, II$ F ( dasdespesas dos contratos e dos prejuíos que diretamente resultaremda evic!"o: III$ F (s custas judiciaisL. >"o prima esse dispositivo pelaclarea. )or isso mesmo, duas correntes jurisprudenciais se formaramacerca de sua interpreta!"o. )ara a primeira, o alienante só éo%rigado a restituir o pre!o, ou as quantias pagas, além das demaisparcelas mencionadas, despreandoFse, portanto, assim, avaloria!"o como a desvaloria!"o su%seq_ente. )ara a segunda, naapura!"o dos prejuíos resultantes da evic!"o, deveFse tomar por%ase o valor da coisa ao tempo em que se evenceu. ?sta,incontestavelmente, a solu!"o mais justa e própria3 a$ F porque étradicional em nosso direito: %$ F porque segue orienta!"o geralmenteadotada pelas demais legisla!9es: c$ F porque o Código, de modoexpresso, disciplinando a evic!"o parcial, manda indeniar pelo valorcontempor&neo ao da evic!"o.

    Arras:  popularmente conhecidas t"oFsomente por 7sinal7, s"o a

    import&ncia dada por um dos contratantes ao outro, com a nalidadeprecípua de rmar a presun!"o de acordo nal e tornar o%rigatório oajuste, presumindoFse que contrato est denitivamente cumprido.?m%ora as arras formem presun!"o de acordo nal, elas podemassegurar, conforme for estipulado, o direito a arrependido,evidenciandoFse duas espécies3 conrmatórias e penitenciais.@s arrasconrmatórias consistem na entrega de quantia ou coisa, feita por umcontratante ao outro em rmea do contrato e como garantia de queser cumprido. MsamFse, precisamente, para impedir o

    arrependimento de qualquer das partes. 8uando n"o se atri%ui (sarras expressamente outra nalidade, devem ser consideradas

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    conrmatórias. @s arras dadas na ela%ora!"o no ato de forma!"o docontrato ou na conclus"o deste constituem princípio de pagamento.@s arras penitenciais #art. .6/G do CC$ s"o aqueles em que seestipulem o direito de arrependimento, com a perda das arras se oarrependido foi quem as deu, ou pelo pagamento em do%ro se, aKcontrario sensuL, o arrependido foi quem as rece%eu.

    K6xceptio non adimpleti contractusL3 >os contratos %ilaterais,nenhum dos contraentes, antes de cumprida a sua o%riga!"o, antesde cumprida a sua o%riga!"o, pode exigir o implemento da do outro. =rataFse, aí, da famosa exceptio non adimpleti contractus, em quealguns veem manifesta!"o de equidade, mas que conta o mais lídimo

    carter jurídico. -alienteFse ser norma de direito material que refor!aa tutela do direito.

    #ireito de retenção3 * direito de reten!"o gera o seu titular umaexce!"o dilatória. >"o impede a condena!"o ( entrega de coisa, massu%ordina a eccia da senten!a ( prévia satisfa!"o do créditodaquele que detém a Kjus retentionisL. )or isso, se o título executivorefereFse a entrega de coisa %enfeitoriada pelo devedor, ou porterceiro, antes da execu!"o é o%rigatória a liquida!"o do valor daso%ras ou melhoramentos a serem indeniados pelo credor #@rt. 10$,o que se far de acordo com o disposto nos arts. 65 a 6. @execu!"o só ter início depois do depósito do valor das %enfeitorias.

    -e a senten!a exequenda j eliminou a reten!"o por %enfeitorias, suareitera!"o, nos em%argos, seria infringente da coisa julgada, sempertin

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    art 4D

    @+PM+IC@Y`* B venda para próprio proprietrio B leil"o

    -Amula do -=P 15/ B direito federal B promessa de compra e venda B vulgocontrato de gaveta

    68C6*9. ;.; &D7*69 C.;9R&C9