resumo processo civil iii

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    Expediente

    Curso de Direito Coletnea de ExercciosCoordenao Geral do Curso de Direito da Universidade Estcio de SProf. Andr Clefas Ucha Cavalcanti

    Coordenao AdjuntaMrcia Sleiman

    Coordenao do ProjetoNcleo de Apoio Didtico-Pedaggico

    Coordenao PedaggicaProfaTereza Moura

    Organizao da ColetneaProf. Luis Carlos de Arajo

    101358001001

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    APRESENTAO

    A metodologia de ensino do Curso de Direito centrada

    na articulao entre a teoria e a prtica, com vistas a desenvol-ver o raciocnio jurdico do aluno. Essa metodologia abarca oestudo interdisciplinar dos vrios ramos do Direito, permitindoo exerccio constante da pesquisa, bem como a anlise de con-ceitos e a discusso de suas aplicaes. Para facilitar sua utiliza-o, apresentamos a Coletnea de Exerccios, que contemplauma srie de questes objetivas e discursivas, assim como casosprticos e interdisciplinares para desenvolvimento em aula, si-mulando situaes provveis de ocorrer na vida profissional. Oobjetivo principal desta coleo possibilitar aos alunos o aces-so a um material didtico que propicie o aprender-fazendo.

    Os pontos relevantes para o estudo dos casos devem serobjeto de pesquisa prvia pelos alunos, envolvendo a legislaopertinente, a doutrina e a jurisprudncia, de forma a prepar-los para as discusses realizadas em aula.

    Esperamos, com estas coletneas, criar condies para arealizao de aulas mais interativas e propiciar a melhora cons-tante da qualidade de ensino do nosso Curso de Direito.

    Coordenao Geral do Curso de Direito

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    SUMRIO

    AULA1Resposta do ru. Conceito. Atitudes do ru ao ser citado.Prazos. Contestao. Princpios. Defesas do plano processuale da ao. Defesas do plano do mrito: indiretas e diretas.

    AULA2Excees: exceo de incompetncia, suspeio e impe-dimento. Legitimidade. Prazo. Efeitos das excees. Cabi-mento. Procedimentos. Precluso.

    AULA3Reconveno. Conceito. Requisitos gerais e especficos.Cabimento. Legitimidade. Conexo. Uniformidade de pro-cedimentos. Desnecessidade da reconveno nas aes denatureza dplice (alcance da afirmativa). Procedimento.Extino do processo principal e suas conseqncias.

    AULA4Revelia. Conceito. Revelia relevante e irrelevante. Reve-lia no rio sumrio. Revelia nos juizados especiais de causascveis. Efeitos da revelia. Alterao do pedido na revelia.Efeito sanatrio parcial da revelia (art. 322, pargrafo nicodo CPC).

    AULA5Providncias preliminares. Conceito. Etapa explcita desaneamento do processo (nulidades sanveis e insanveis).Princpio do contraditrio (rplica). Conseqncias daexistncia de vcio insanvel.

    AULA6Ao Declaratria Incidental. Conceito. Legitimidade. Ca-bimento. Requisitos. Prejudicialidade. Momento da proposi-tura. Revelia (nova citao, art. 321). Finalidade e recurso.

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    AULA7Julgamento conforme o estado do processo. Extino doprocesso. Julgamento antecipado da lide. Audincia preli-minar de conciliao e de ordenao do processo.

    AULA8Das provas. Conceito. Teoria geral das provas. Caracters-ticas da prova. Objeto da prova. Finalidade e destinatrio

    da prova. Valorao da prova. O sistema do CPC. Poderesde instruo do juiz. nus da prova. Sistema legal da prova.Conveno sobre a prova. Meios de prova. Prova por pre-suno. Procedimento probatrio. Produo da prova.

    AULA9Das provas. Espcies de prova. Confisso. Prova documen-tal. Prova testemunhal. Prova pericial. Inspeo judicial.

    AULA10Audincia de instruo e julgamento. Compreenso. Ca-ractersticas. Atos preparatrios. Antecipao e adiamento.

    Conciliao e seu procedimento. Instruo e julgamento.

    AULA11Sentena. Conceito. Classificaes. Publicao. Intimao.Elementos essenciais. Correo. Integrao. Terminativase definitivas. Clareza e preciso. Princpios da demanda eseus efeitos. Interpretao da sentena. Efeitos da sentena.Sentena liminar (julgamento antecipadssimo).

    AULA12Coisa julgada. Conceito. Coisa julgada formal e material.

    Limites objetivos e subjetivos da coisa julgada. Coisa julga-da nas demandas coletivas. Fundamento da coisa julgada.Precluso. Questes prejudiciais na sentena. Duplo grauobrigatrio. Causas de estado. Relao jurdica continuati-va. Coisa julgada e terceiros adquirentes de bens litigiosos.

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    AULA1

    Resposta do ru. Conceito. Atitudes do ru ao ser citado.

    Prazos. Contestao. Princpios. Defesas do plano processual

    e da ao. Defesas do plano do mrito: indiretas e diretas.

    Caso 1

    Sandro promove ao de conhecimento em face de Odete. Napetio inicial, narra que o ru seu fiador, como consta do contratode mtuo assinado com Adamastor. Como devedor solidrio, assu-miu a obrigao de pagar; porm, vencida a dvida, no pagou, apesarde insistentemente interpelada. Citada, transcorridos 5 (cinco) dias,a r chama ao processo o devedor principal Adamastor.

    Indaga-se:

    1. Qual o prazo para a r oferecer contestao, considerandoque a ao corre pelo rito ordinrio?

    Fundamente a resposta.

    2. O chamamento ao processo acarreta a suspenso do prazopara a apresentao da resposta do ru?

    Por qu?

    3. A contestao e a reconveno, posteriormente, devero seroferecidas simultaneamente, na mesma pea de resistncia?

    Por qu?

    Caso 2

    Samuel promoveu ao de conhecimento em face de Damio. Nar-ra, como causa de pedir, que o ru no cumpriu com suas obrigaesconstantes do contrato celebrado pelas partes em 15/3/2005, com previ-so de durao de 6 (seis) meses, do que lhe resultou um prejuzo no va-lor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Citado, o ru contesta o pedidodo autor, alegando que no houve descumprimento de suas obrigaes,

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    tendo paralisado o servio contratado por falta de pagamento. Assim,no est obrigado a cumprir com o avenado, se o autor no efetua ospagamentos nos prazos previstos contratualmente. O ru, aps a con-testao, ingressa com petio, sustentando que o contrato celebradopelas partes anulvel, tendo havido manifesto erro na elaborao daplanilha de preos e na relao de bens necessrios para a realizao daobra, por ele apresentada, tornando o contrato inexeqvel.

    Indaga-se:1. A petio do ru, apresentada em juzo depois de oferecida a

    contestao, deve ser apreciada pelo juiz?Por qu?

    2. O que o princpio da eventualidade?Fundamente a resposta.

    3.Pode o ru alegar, depois da contestao, matrias de nature-za processual, indicadas no art. 301 do CPC?

    Por qu?

    Caso 3

    Juliana promove ao de conhecimento em face de Incio. Narra,como causa de pedir, que seu marido abandonou voluntariamente o larconjugal, j tendo transcorrido o prazo de 2 (dois) anos. Postula a decre-tao do divrcio do casal, por sentena. Feita a citao, o ru compare-ce e oferece contestao, confessando que voluntariamente abandonouo lar conjugal, em abril de 2004, passando a residir com seus pais, apsamigavelmente ajustar com a autora o fim do convvio conjugal.

    Indaga-se:

    1. A defesa do ru pode ser acolhida de imediato pelo juiz, de-cretando o divrcio, em julgamento antecipado da lide?

    Por qu?

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    2. necessria a interveno no feito do Ministrio Pblico, sobpena de nulidade? Fundamente a resposta.

    Questes objetivas

    1.So excees de direito material as alegaes de:a) compensao, novao e contrato no cumprido;b) decadncia, prescrio e compromisso arbitral;

    c) litispendncia, coisa julgada e perempo;d) falta de instrumento pblico essencial prova do ato, renncia aodireito em que se funda a ao e de que a satisfao de sua pres-tao depende do cumprimento de contraprestao do credor.

    2.A presuno de veracidade dos fatos afirmados na inicial:a) constitui efeito da revelia e absoluta;b) efeito da revelia e no depende da natureza do direito

    litigioso;c) no ocorre em caso de litisconsrcio simples, se um dos rus

    apresentar contestao;d) pode no ser aceita pelo juiz, embora prevista como efeito da

    revelia.

    AULA2

    Excees: exceo de incompetncia, suspeio e impe-

    dimento. Legitimidade. Prazo. Efeitos das excees. Cabi-

    mento. Procedimentos. Precluso.

    Caso 1

    Maria Rosa promove ao de conhecimento em face de Caroli-

    na, pelo procedimento sumrio. Na inicial, postula indenizao pordano moral, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). A r foi citadapara comparecer audincia de conciliao, instruo e julgamento.No dia designado, aberta a audincia, a r, por seu patrono, oferececontestao oral, alm de argir a incompetncia do juzo, tambmsob a forma oral.

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    Indaga-se:

    1.Pode o ru oferecer na audincia, sob a forma oral, exceode incompetncia, ou dever faz-lo por escrito?

    Por qu?

    2.Pode o juiz rejeitar, liminarmente, a alegao de incompetn-cia do juzo?

    Por qu?3.Admitida a exceo de incompetncia, cabe ao juiz apreci-la

    na audincia, ou a sua admisso acarreta automaticamente a suspen-so do processo?

    Por qu?

    Caso 2

    Juvenal promoveu ao de conhecimento em face de Carlos, peloprocedimento especial. Postula a reintegrao na posse do imvel, sobalegao de prtica de esbulho praticado pelo ru. Citado, o ru ofere-

    ceu contestao e, ainda, argiu a exceo de incompetncia do juzo.O juiz admitiu a exceo, mandando ouvir o excepto. Retornando osautos, o juiz rejeitou a argio de exceo, que foi objeto de recurso.

    Indaga-se:

    1. Qual o recurso cabvel da deciso proferida no incidenteprocessual?

    Por qu?

    2.A suspenso do processo (art. 265, III do CPC) perdura at o

    julgamento do recurso na segunda instncia, tendo o juiz rejeitado aargio de exceo de incompetncia?Por qu?

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    Caso 3

    Foi proposta ao de conhecimento por Caio em face de Anto-nio, determinando o juiz a citao do ru, que ofereceu contestaoe, ainda, argiu a exceo de impedimento do juiz sob o argumentode que o advogado defensor dos interesses do autor irmo do ma-gistrado, que dirige o processo.

    Indaga-se:

    1. O juiz, feita a comprovao do alegado, viola o dever de abs-teno se continuar atuando no processo?

    Por qu?

    2.Pode o juiz rejeitar a exceo?Por qu?

    Questes objetivas

    1.Quanto s excees, correto afirmar que:

    a) impedimento no pode ser reconhecido de ofcio pelo juiz;b) os motivos constantes do impedimento e da suspeio no se

    aplicam aos juzes e tribunais;c) a amizade ntima, ou amizade capital, constitui impedimen-

    to que deve ser argido pelas partes;d) est impedido de julgar a causa, em segundo grau, o mesmo

    juiz que deps nos autos no primeiro grau de jurisdio.

    2.Configura-se causa de impedimento para que o juiz exerasuas funes no processo contencioso ou voluntrio:

    a) ser ele amigo ntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;

    b) ter ele conhecido a causa em primeiro grau de jurisdio,tendo-lhe proferido sentena ou deciso;c) ser ele herdeiro presuntivo, donatrio ou empregador de al-

    guma das partes;d) ter ele recebido ddivas antes ou depois de iniciado o

    processo.

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    AULA3

    Reconveno. Conceito. Requisitos gerais e especfi-

    cos. Cabimento. Legitimidade. Conexo. Uniformida-

    de de procedimentos. Desnecessidade da reconveno

    nas aes de natureza dplice (alcance da afirmativa).

    Procedimento. Extino do processo principal e suas

    conseqncias.

    Caso 1

    Vanda promove ao de conhecimento em face de Joo. Narra,como causa de pedir, que credora do ru no valor de R$ 5.000,00(cinco mil reais), provenientes de servios prestados ao ru conformecontrato celebrado pelas partes. Citado, o ru oferece contestaoalegando, entre outras defesas, que tambm credor da autora naimportncia de R$ 6.000,00 (seis mil reais). Sustenta que as dvi-das so lquidas, certas e exigveis, pelo que devem ser compensadas,restando, ainda, um saldo de R$ 1.000,00 (um mil reais). Na mesmapea processual (contestao), pede a condenao da autora a pagar

    o valor excedente.

    Indaga-se:

    1. Cabe reconveno no procedimento sumrio ou o ru podefazer, neste caso, pedido contraposto?

    Por qu?

    2. O pedido de compensao uma defesa de natureza proces-sual direta ou indireta?

    Por qu?

    3.Se fosse possvel a adoo do procedimento ordinrio, caberiaa reconveno?

    Por qu?

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    Caso 2

    Foi proposta ao, pelo procedimento ordinrio, por Juvncioem face de Tlio, narrando como causa de pedir que credor doru no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Citado, o ru ofe-rece contestao, alegando ser tambm credor do autor da quan-tia de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), pelo que postula acompensao com o valor cobrado pelo autor, oferecendo em peaautnoma reconveno, para exigir o valor de R$ 5.000,00 (cincomil reis), sendo as dvidas lquidas, certas e exigveis. O juiz, aodespachar, determinou a intimao do autor da ao, na pessoade seu advogado, para oferecer contestao (art. 316 do CPC). In-timado, o autor reconvindo oferece contestao e nela postula acompensao com um outro crdito seu com o ru reconvinte novalor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) e, ainda, em pea autnomaapresenta pretenso reconvencional postulando a cobrana do sal-do de R$ 3.000,00 (trs mil reais), sendo as dvidas lquidas, certase exigveis.

    Indaga-se:

    1. cabvel a reconveno neste caso?Por qu?

    2. admissvel a reconveno de reconveno?Por qu?

    3.O pedido na ao reconvencional sendo de valor inferior a40 (quarenta) salrios, em que se adota para a ao o procedimentosumrio, cabvel?

    Por qu?

    Caso 3

    Maria Clara promove ao de conhecimento em face de Carlos,postulando a separao litigiosa do casal. Narra, como causa de pe-dir, que a convivncia em comum do casal se tornou insuportvel,

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    diante das constantes agresses fsicas que vem suportando, confor-me comprovado pelos boletins mdicos expedidos pelo Hospital Mu-nicipal e pela comprovada notcia do fato dada Delegacia Policialdo bairro no qual residem. Citado, o ru apresenta contestao e,ainda, oferece reconveno para postular a nulidade do casamentopor erro quanto pessoa da autora da ao, sendo inequvoca que foiviciada a sua manifestao de vontade.

    Indaga-se:1.Nesse caso, cabe reconveno?Por qu?

    2.A extino do processo em que corre a ao de separaolitigiosa acarreta a extino da reconveno?

    Por qu?

    Questes objetivas

    1.Quanto resposta do ru, falso afirmar que:a) o ru poder oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em peti-

    o escrita, dirigida ao juiz da causa, contestao, exceo ereconveno;

    b) a contestao e a reconveno sero oferecidas simultanea-mente, em peas autnomas; a exceo ser processada emapenso aos autos principais;

    c) compete ao ru alegar, na reconveno, toda a matria dedefesa, expondo as razes de fato e de direito, com que im-pugna o pedido do autor, devendo especificar as provas quepretende produzir;

    d) lcito a qualquer das partes argir, por meio de exceo, a

    incompetncia, o impedimento ou a suspeio.

    2.Da deciso que indefere a petio inicial do pedido reconven-cional, dando prosseguimento ao principal, cabe o recurso de:

    a) agravo;

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    b) embargos de declarao;c) apelao;d) nenhum, porque a pretenso reconvencional pode ser feita

    em ao independente.

    AULA4Revelia. Conceito. Revelia relevante e irrelevante. Revelia no

    rio sumrio. Revelia nos juizados especiais de causas cveis.Efeitos da revelia. Alterao do pedido na revelia. Efeito sana-

    trio parcial da revelia (art. 322, pargrafo nico do CPC).

    Caso 1

    Gabriel promoveu ao de conhecimento em face de Antoniopara postular a condenao do ru a entregar-lhe um determinadoimvel. Citado pessoalmente por mandado pelo oficial de justia, oru no ofereceu contestao. O juiz decretou a revelia do ru, de-terminando, no entanto, a produo de prova oral em audincia, odepoimento pessoal do autor e a produo de prova testemunhal.

    Indaga-se:

    1. O juiz agiu corretamente ao determinar a produo deprova oral?

    Por qu?

    2.No caberia, no caso, o julgamento antecipado da lide, comfulcro no art. 330, II do CPC?

    Por qu?

    Caso 2Joana promoveu ao de separao judicial litigiosa em face de

    seu marido, Pedro. Alega, em sua causa de pedir, que o ru praticougrave violao dos deveres conjugais, praticando conduta desonrosa.Citado pessoalmente por mandado pelo oficial de justia, o ru no

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    ofereceu resposta. O juiz determinou a manifestao do MinistrioPblico, que pugnou pela designao de audincia, com produode prova oral (depoimento pessoal da autora e de testemunhas). Amanifestao do MP foi acolhida pelo juiz.

    Indaga-se:

    1.Trata-se de revelia relevante ou irrelevante?

    Por qu?2. Poderia o juiz fazer, de imediato, o julgamento anteci-

    pado da lide?Por qu?

    Caso 3

    Juliano promoveu ao de conhecimento em face de Tiago.Narra, como causa de pedir, que credor do ru da importnciade R$ 3.000,00 (trs mil reais). O ru foi citado pessoalmente pormandado pelo oficial de justia, porm deixou de oferecer contes-

    tao, dando-se a sua revelia. Ingressa com petio postulando oaditamento de sua inicial, para postular tambm a cobrana de cr-dito decorrente de uma outra relao jurdica mantida com o ru,no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

    Indaga-se:

    1.O juiz dever acolher o pleito do autor da ao e fazer o julga-mento antecipado da lide, de ambos os pedidos, por tratar de reveliarelevante?

    Por qu?

    2. Afrontaria o princpio do contraditrio a deciso de julga-mento antecipada da lide?

    Por qu?

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    Questes objetivas

    1.Mrcia, nos autos da ao de interdio que lhe foi promovi-da, ofereceu contestao no dcimo sexto dia depois da juntada domandado citatrio, dando-se causa a:

    a) revelia, reputando-se verdadeiros os fatos articulados na for-ma do art. 285 do CPC;

    b) revelia, reputando-se verdadeiros os fatos alegados na forma

    do art. 329 do CPC;c) resposta do ru foi tempestiva em razo do prazo ser de 20(vinte) dias para oferecimento da contestao nesse tipo deao;

    d) revelia, sem, contudo, produzir o efeito de veracidade de fa-tos narrados na petio inicial do autor, por versar o litgiosobre direito indisponvel na forma do art. 320, II do CPC;

    2.Proposta ao de conhecimento, pelo rito sumrio, o ru, ci-tado, no comparece audincia de conciliao, instruo e julga-mento, declarando o juiz a revelia, determinando, ainda, a produode prova pericial. Nesse caso, o ru:

    a) ser intimado, por oficial de justia, da determinao pro-ferida em audincia e, a contar da juntada do mandado deintimao aos autos, ter o prazo de cinco dias para indicarassistente tcnico e formular quesitos;

    b) ser intimado pela imprensa oficial ou por edital da deter-minao proferida em audincia, para que no prazo de 10(dez) dias indique seu assistente tcnico, ficando, no entan-to, impedido de formular quesitos, uma vez que a revelia jfoi decretada;

    c) sendo revel, no ter o direito de produzir qualquer prova,ficando limitado a acompanhar a prova produzida pelo au-

    tor, impugnando-a pelos meios legais, procedendo-se a suaintimao por carta ou por oficial de justia;

    d) sendo revel e no tendo patrono nos autos, os prazos corremindependentemente de intimao, a partir da publicao decada ato decisrio do juiz.

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    AULA5Providncias preliminares. Conceito. Etapa explcita de sa-

    neamento do processo (nulidades sanveis e insanveis).

    Princpio do contraditrio (rplica). Conseqncias da exis-

    tncia de vcio insanvel.

    Caso 1

    Ado promoveu ao de conhecimento em face de Solange, peloprocedimento ordinrio, para postular o ressarcimento de dano ma-terial, de responsabilidade da r, alegando que foi destrudo o murodivisrio entre as propriedades das partes, sem qualquer justificativa.Citada, a r ofereceu contestao, negando a autoria do fato narradona inicial. O juiz determinou a especificao das provas pelas partes,o que foi feito. O juiz, aps concluso dos autos, proferiu julgamentoantecipado da lide.

    Indaga-se:

    1.O juiz, mesmo aps determinar a especificao das provas,poderia fazer o julgamento antecipado da lide?

    Por qu?

    2.Houve ou no cerceamento de defesa?Por qu?

    Caso 2

    Foi proposta ao de conhecimento por lcio em face de Jurandir.O autor postula o pagamento previsto no contrato de prestao de

    servios, vencida a obrigao sem cumprimento pelo ru. Citado, oru ofereceu tempestivamente contestao, alegando que deixou depagar em razo dos servios no terem sido prestados de forma plena-mente satisfatria, alm do que houve novao, tendo as partes, emaditivo contratual, substitudo a dvida original por outra constante de

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    2 (duas) notas promissrias, sendo certo que uma delas ainda no ven-ceu. A vencida foi paga conforme recibo de quitao, ora nos autos.

    Indaga-se:

    1.Qual a natureza jurdica das defesas feitas pelo ru, em suacontestao?

    Fundamente a resposta.

    2.Qual a providncia que o juiz dever tomar diante do con-tedo da defesa do ru?

    Fundamente a resposta.

    Caso 3

    Ana Beatriz promoveu ao de conhecimento em face de Gon-alves para postular a restituio de um imvel. Citado, o ru alegaa ilegitimidade ativa do autor, em conta que o imvel foi alienadoa Romeu, muito antes da propositura da ao, juntando escrituradefinitiva e registrada no registro imobilirio.

    Indaga-se:

    1.Qual a providncia que dever ser tomada pelo juiz?Fundamente a resposta.

    2. Quais as caractersticas da chamada fase das providnciaspreliminares?

    Fundamente a resposta.

    Questes objetivas

    1. falso afirmar:a) Quando o ru alega, na contestao, fato extintivo do direi-

    to do autor, o juiz dever mandar ouvir o autor para apre-sentar manifestao sobre a questo.

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    b) A alegao de preliminar peremptria, na contestao, au-toriza o juiz, sem ouvir o autor, a extinguir o processo semresoluo do mrito.

    c) No h cerceamento de defesa se o juiz faz o julgamentoantecipado da lide, apesar de deferir provas que posterior-mente verifique serem desnecessrias.

    d) A fase processual das providncias preliminares visa atender aoprincpio do contraditrio e eliminao de vcios sanveis.

    2. correto afirmar:a) O julgamento antecipado da lide no integra a fase das pro-

    vidncias preliminares, prevista no CPC.b) Verificando o juiz que no ocorreram os efeitos da revelia,

    dever sempre julgar antecipadamente a lide.c) A declarao incidente (Ao Declaratria Incidental) no

    integra a fase das providncias preliminares.d) O contraditrio pode deixar de ser aplicado em homenagem

    durao razovel do processo.

    AULA6Ao Declaratria Incidental. Conceito. Legitimidade. Ca-

    bimento. Requisitos. Prejudicialidade. Momento da proposi-

    tura. Revelia (nova citao, art. 321). Finalidade e recurso.

    Caso 1

    Joo Cabral promove ao de conhecimento em face do espliode Ribamar Coimbra, para postular o seu quinho (petio de he-rana) como herdeiro necessrio. Citado, o ru contesta o pedidoalegando que o autor no herdeiro, pelo que o seu pedido deve ser

    julgado improcedente.

    Indaga-se:

    1.O autor da ao pode oferecer Ao Declaratria Incidental?Por qu?

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    2.Quais so os requisitos de admissibilidade da ADI?

    3. Qual a finalidade da propositura da Ao DeclaratriaIncidental?

    Caso 2

    Dolores, menor impbere, filha de Sandra, promove ao de co-nhecimento em face de Paulo, seu pai, postulando a condenao doru a pagar penso alimentcia. Citado, o ru nega a paternidade epor tal os alimentos no so devidos, devendo ser julgado improce-dente o pedido da autora. Na prpria contestao, oferece pedido dedeclarao, por sentena, da inexistncia da relao de paternidadecom a autora.

    Indaga-se:

    1.O art. 325 do CPC serve de fundamento para a propositurada ADI pelo ru?

    Por qu?

    2.Quem so os legitimados para promover a ADI?Fundamente a resposta.

    3.O pedido de declarao incidente, feito pelo ru, no seriaverdadeiramente uma reconveno?

    Por qu?

    Caso 3

    Jos promove ao de depsito em face de Guarda Mveis So

    Geraldo Ltda., para postular a restituio de diversos mveis deposi-tados, alegando que o ru, apesar de interpelado, se nega a devolveras coisas depositadas pelo autor, em descumprimento obrigaocontratual. Citado, o ru postula a improcedncia do pedido do au-tor, considerando que a restituio s poder ser feita quando for

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    efetuado o pagamento do que foi ajustado, mais as despesas feitascom a coisa, tendo constatado, logo aps o depsito realizado, a pre-sena de cupim nos mveis, considerados de rara beleza, importadosda China, sendo obrigado a fazer tratamento especializado nas coisasdepositadas para no atingir outros bens sob sua guarda.

    Indaga-se:

    1.Poderia o ru oferecer ADI na contestao para cobrar o va-lor do preo ajustado no contrato de depsito, alm de despesas ex-traordinrias em razo do tratamento contra cupim?

    Por qu?

    2.Cabe ADI somente no procedimento ordinrio?Por qu?

    Questes objetivas

    1.Em relao Ao Declaratria Incidental, correto afirmar:a) S pode ser proposta pelo autor, conforme art. 325 do

    CPC.b) Visa pr fim no processo originrio, extinguindo-o sem reso-

    luo do mrito.c) Transforma a questo prejudicial, que seria decidida inci-

    dentemente, em outra questo principal para sobre ela fazertambm coisa julgada material.

    d) S cabvel no procedimento ordinrio.

    2.Em relao Ao Declaratria Incidental, incorretoafirmar:a) A deciso no faz coisa julgada material porque a questo

    resolvida incidentemente e apenas na fundamentao da

    sentena.b) Deve ser feita atravs da elaborao de petio inicial, com

    preenchimento dos elementos dos arts. 282 e 283 do CPC,por se tratar de verdadeira demanda.

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    c) O ru que no oferece contestao no pode promov-laporque a ausncia de contestao impede de se tornar liti-giosa a relao jurdica sobre a qual o autor fundamenta oseu direito.

    AULA7Julgamento conforme o estado do processo. Extino do pro-

    cesso. Julgamento antecipado da lide. Audincia preliminarde conciliao e de ordenao do processo.

    Caso 1

    Frederico promove ao de conhecimento em face de Zacariaspara postular o pagamento do valor de R$ 35.000,00 (trinta e cincomil reais). Citado, o ru oferece contestao alegando que o crditoest vencido desde 15/1/2000, pelo que a pretenso do autor nomais pode ser exigida diante da prescrio. manifesta a perda daexigibilidade da pretenso, no tendo ocorrido, aps o vencimento

    da dvida, nenhum fato superveniente capaz de interromper o prazode prescrio ou de impedi-lo.

    Indaga-se:

    1.Pode o juiz julgar o pedido do autor de imediato?Por qu?

    2.A prescrio pode ser conhecida de ofcio pelo juiz?Por qu?

    3.Qual seria a razo que autorizaria o julgamento conforme oestado do processo?

    Fundamente a resposta.

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    Caso 2

    Colgio So Joaquim promove ao de conhecimento em facede Patrcio para postular a cobrana de mensalidades em atraso novalor total de R$ 3.000,00 (trs mil reais). Citado, o ru oferece con-testao, alegando que efetuou o pagamento de duas prestaes novalor total de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com os acrscimos legais,conforme comprovante. A ltima parcela, no valor de R$ 1.000,00(um mil reais), foi dividida em duas, no se dando at o presente ovencimento de nenhuma delas, como se observa do documento deparcelamento juntado aos autos com o oferecimento da contestao.Postula, ainda, a produo de provas orais e documentais. O juizmandou ouvir o autor, que no se manifestou.

    Indaga-se:

    1.Deve o juiz fazer o julgamento antecipado da lide?Por qu?

    2.Qual a razo da adoo do julgamento antecipado da lide?

    Fundamente a resposta.

    Caso 3

    Foi proposta ao de conhecimento por Letcia em face de L-cio para cobrana de crdito decorrente de contrato de prestao deservios. Citado, o ru ofereceu contestao, impugnando a preten-so da autora, sob alegao de que no pagou por ter o autor des-cumprido as suas obrigaes, constantes do contrato assinado pelaspartes. Cabe autora cumprir com a sua obrigao e depois exigir ocumprimento da obrigao do ru. Ouvida a autora, manifestou-se

    no sentido de que as suas obrigaes contratuais foram satisfeitas,conforme ficar comprovado pela prova pericial a ser produzida ej requerida na inicial. O juiz designou audincia preliminar paratentativa de conciliao. O ru se insurgiu com a designao, sobalegao de perda de tempo, porque existe uma forte animosidadeentre as partes, sendo impossvel qualquer acordo.

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    Indaga-se:

    1.A designao da audincia preliminar obrigatria?Por qu?

    2.Como fica o saneamento do feito, realizada a audinciapreliminar?

    Fundamente a resposta.

    Questes objetivas

    1. correta a afirmativa em relao ao julgamento antecipadoda lide:

    a) S pode ser feito quando a matria unicamente de direito.b) No obrigatrio, podendo o juiz optar pela designao de

    audincia preliminar.c) obrigatrio se o litgio envolver matria unicamente de

    direito ou de direito e de fato e este estiver incontroverso,no dependendo, portanto, de prova.

    d) Ocorre cerceamento de defesa se o juiz prolata sentena,sendo a matria unicamente de direito.

    2.Em relao audincia preliminar, prevista no art. 331 doCPC, correto afirmar:

    a) sempre obrigatria, sob pena de nulidade dos atos proces-suais posteriores, praticados no processo.

    b) O juiz pode deixar de design-la diante da improvvel conci-liao das partes, resultante de grande animosidade existen-te entre as elas.

    c) No obtida a conciliao, o juiz deve passar sempre para oimediato julgamento da lide.

    d) A presena das partes na audincia obrigatria, no po-dendo se fazer representar por procurador ou preposto.

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    AULA8Das provas. Conceito. Teoria geral das provas. Caractersti-

    cas da prova. Objeto da prova. Finalidade e destinatrio da prova.Valorao da prova. O sistema do CPC. Poderes de instruo do

    juiz. nus da prova. Sistema legal da prova. Conveno sobre aprova. Meios de prova. Prova por presuno. Procedimento pro-batrio. Produo da prova.

    Caso 1

    Patrcia promove ao de investigao de paternidade em facede Daniel. Narra, como causa de pedir, que o ru, seu pai, se nega areconhecer a paternidade, sob alegao de que sua me tinha vidasexual liberada, com mltiplos envolvimentos emocionais com ho-mens, sem fixao duradoura. Citado, o ru nega ter tido, em algumdia, relao sexual com a me da autora da ao. A autora, ouvidaem rplica, junta fita magntica com gravao de conversa entre elae o ru, na qual consta claramente o que narra a autora na inicial,inclusive a confisso do ru de ter tido relao sexual com a sua me

    por um lapso de tempo duradouro e poca de sua concepo. Oru, ouvido, impugna a prova produzida, alegando ter sido obtidapor meio ilcito.

    Indaga-se:

    1. A prova produzida ilcita? Por qu?

    2. A interceptao de conversa de terceiro pode ser admitidacomo lcita?

    Por qu?

    Caso 2

    Damio promove ao de conhecimento em face de Lau-ra para cobrana de crdito decorrente de confisso de dvi-da. Citado, o ru oferece contestao e suscita a falsidade do

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    documento, juntando laudo tcnico elaborado no juzo crimi-nal. Ouvido o autor, impugna o laudo pericial juntado aos au-tos pelo ru e pugna pela realizao da prova pericial na esferajudicial cvel.

    Indaga-se:

    1.Pode o juiz, nesse caso, admitir a prova emprestada, como

    conclusiva para proferir sentena de mrito?Por qu?

    2. moralmente legtima a produo da prova emprestada deoutro processo?

    Por qu?

    Caso 3

    Carlos promove ao de conhecimento em face de Joo, pos-tulando a condenao do ru a pagar determinada quantia deR$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Diz o autor da ao, na

    inicial, que prestou servios ao ru, embora sem comprovao do-cumental, por ter sido celebrado contrato verbal. Citado, o runega o fato e no admite que tenha celebrado qualquer contratoverbal com o autor. Ouvido em rplica, o autor se limita a reiteraro que consta da inicial. Determinada pelo juiz a especificao dasprovas, o autor deixa de indic-las. Conclusos os autos, o juiz pro-fere deciso de improcedncia do pedido do autor, em julgamentoantecipado da lide.

    Indaga-se:

    1.A quem compete o nus da prova?Fundamente a resposta.

    2.Cabe ao ru provar a negativa do fato?Por qu?

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    Questes objetivas

    1. correta a afirmativa em relao ao nus da prova:a) Ao autor incumbe provar o fato extintivo do direito, alegado

    pelo ru.b) possvel a inverso do nus da prova, quando o litgio recai

    sobre direito disponvel.c) O juiz no pode inverter o nus da prova em se tratando de

    relao de consumo.

    d) No possvel a inverso legal da prova, em razo de presun-o e mximas de experincia, conforme art. 335 do CPC.

    2.O art. 131 do CPC consagra o princpio da persuaso racionalou do livre convencimento motivado, resultando como incorreta aafirmativa:

    a) No se admite deciso decorrente de convico ntima dojuiz.

    b) O juiz tem liberdade para valorar as provas e atribuir-lhes ovalor que meream na formao de sua convico.

    c) O juiz pode, excepcionalmente, em razo de conhecimento

    pessoal do fato controvertido, decidir a lide.d) O sistema de prova legal ou tarifada no foi acolhido pelo

    ordenamento processual brasileiro.

    AULA9Das provas. Espcies de prova. Confisso. Prova documen-

    tal. Prova testemunhal. Prova pericial. Inspeo judicial.

    Caso 1

    Foi proposta ao de conhecimento por Adriano em face deSrgio. Na inicial, o autor postula a condenao do ru a restituirvalor pago a maior, em virtude de incorreta interpretao do con-trato celebrado pelas partes. Citado, o ru ofereceu contestao sus-tentando que o valor recebido est correto, segundo o previsto nocontrato, esclarecendo que a clusula sobre o preo foi objeto de

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    ampla negociao, antes da assinatura do pacto. O feito correu regu-larmente, tendo o juiz deferido o depoimento pessoal das partes e aproduo de prova testemunhal, determinando, ainda, a intimaodas partes do dia e da hora da audincia designada, o que foi feito.No dia designado, somente compareceu a parte autora, tendo o juizcolhido seu depoimento.

    Indaga-se:

    1. A pena de confisso ao ru, que no compareceu audincia,pode ser decretada pelo juiz?

    Por qu?

    2. Poderia o juiz de ofcio determinar o depoimento pessoal daspartes?

    Fundamente a resposta.

    Caso 2

    Foi proposta ao de conhecimento por Frederico em face de

    lvaro. Postula o autor a condenao do ru a satisfazer obrigaode fazer, constante do contrato celebrado pelas partes, juntado aosautos. Citado, o ru oferece contestao em que nega a obrigaoque o autor afirma ser dela credora, argumentando que posterior-mente foi celebrado o distrato total do avenado. Em rplica, o autorjuntou vrios documentos visando provar que o distrato no abran-gia a totalidade da obrigao assumida pelo ru.

    Indaga-se:

    1.O sistema processual admite a juntada de documentos a qual-

    quer momento?Por qu?

    2. admissvel a juntada de documentos na fase recursal?Por qu?

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    Caso 3

    Peralta promoveu ao de conhecimento em face de Tiago. Nainicial, postula indenizao por danos materiais causados em seuveculo. Alega que o ru, dirigindo de forma imprudente, foi o cau-sador do acidente de trnsito, ao bater no carro do autor, paradona pista de rolamento, em razo do sinal vermelho. Citado, o runega o fato narrado na inicial e sustenta que o autor, na conduodo seu veculo, deu, sua frente, uma freada brusca, assustando-secom o sinal amarelo, que no o impedia de manter o seu veculoem movimento e de ultrapass-lo. Foram deferidas as provas oraise a pericial para apurao do montante dos prejuzos oriundos doamassamento da parte traseira do veculo do autor, bem como a suadesvalorizao.

    Indaga-se:

    1.A lide dependeria de conhecimento tcnico para ser solucio-nada pelo juiz?

    Por qu?

    2.O juiz pode desconsiderar o laudo elaborado pelo perito no-meado e julgar segundo os elementos constantes dos autos?

    Por qu?

    3.O assistente tcnico pode ser designado auxiliar do perito dojuiz?

    Por qu?

    Questes objetivas

    1.A prova pericial ser indeferida quando:a) a verificao for impraticvel;b) a percia se revestir de forma solene;c) os elementos de livre convico do juiz forem suficientes

    para o deslinde dos fatos;d) nenhuma alternativa est correta.

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    2.Na produo da prova testemunhal, permitido legalmenteque certas pessoas tenham o direito de ser inquiridas em sua residn-cia ou onde exercem as suas funes.

    So elas:a) os vereadores;b) os juzes;c) os embaixadores dos pases, mesmo que no concedam idn-

    tica prerrogativa ao agente diplomtico brasileiro em seus

    pases de origem;d) os deputados estaduais.

    AULA10Audincia de instruo e julgamento. Compreenso. Ca-

    ractersticas. Atos preparatrios. Antecipao e adiamento.

    Conciliao e seu procedimento. Instruo e julgamento.

    Caso 1

    Foi proposta ao de conhecimento por Getlio em face de

    Gabriel. Postula o autor, na petio inicial, a condenao do ru adesfazer o muro divisrio que construiu em sua propriedade, quandodeveria constru-lo na divisria entre as propriedades das partes. Ci-tado, o ru contesta o pedido do autor, alegando que a construo domuro observou a demarcao feita previamente, conforme demons-tram as plantas que mandou executar por profissional do ramo. Ojuiz, no obtida a conciliao na audincia preliminar, fixou os pon-tos controvertidos e deferiu provas orais e pericial. Nomeado perito,este apresentou o seu laudo. O juiz designou audincia de instruoe julgamento.

    Indaga-se:

    1.Cabe uma nova tentativa de conciliao, to logo aberta aaudincia, tendo sido frustrada aquela realizada anteriormente, es-tando presentes as partes?

    Por qu?

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    2.Se constatada a ausncia da parte autora, antes de aberta aaudincia, sem justificativa do eventual impedimento, o juiz abre aaudincia?

    Por qu?

    3.A ausncia do advogado do ru compromete a realizao daaudincia?

    Por qu?

    Caso 2

    Foi proposta ao de conhecimento por Juvenal em face de Sl-via. Na inicial, o autor postula a desconstituio do contrato cele-brado pelas partes, sob o fundamento de simulao e fraude contracredores. Citada, a r ofereceu contestao aduzindo que o negciojurdico celebrado perfeito e juridicamente vlido, estando o au-tor, de forma maliciosa, querendo fugir da sua responsabilidade deentregar o imvel na data ajustada, j vencida. Foi feita a tentativade conciliao, sem sucesso, designando o juiz audincia, com defe-rimento de provas orais.

    Indaga-se:

    1.Pode o juiz, depois de colher as provas orais, converter o jul-gamento em diligncia e determinar a realizao da prova pericial?

    Por qu?

    2.Por que a audincia de instruo e julgamento una e indivi-svel, segundo o art. 455 do CPC?

    Caso 3

    Proposta ao de conhecimento por Paulo em face de Joo, ofeito correu regularmente, tendo o juiz designado audincia de ins-truo e julgamento. Nela, aps a coleta das provas, o juiz deu a pa-lavra ao advogado do autor para incio dos debates, ocasio em quepostulou a apresentao de memoriais.

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    Indaga-se:

    1.Deve o juiz deferir o pleito do advogado do autor da ao?Por qu?

    2. Em se tratando de ao com adoo de procedimento su-marssimo, cabe o adiamento da audincia para apresentao dememoriais?

    Por qu?Questes objetivas

    1. incorretoafirmar que:a) a audincia de instruo e julgamento una e contnua;b) a tentativa de conciliao ato obrigatrio do juiz, quando

    da realizao da audincia de instruo e julgamento;c) a converso da audincia de instruo e julgamento para fins

    de produo de prova pericial ato de instruo e discricio-nrio do juiz, considerando a regra do art. 130 do CPC;

    d) a ausncia de advogado da parte na audincia acarreta auto-maticamente o seu adiamento.

    2.Em relao audincia de instruo e julgamento incorretaa afirmativa:

    a) ao iniciar a instruo, o juiz, ouvidas as partes, fixar os pon-tos controvertidos sobre que incidir a prova;

    b) ela poder ser adiada por conveno das partes;c) quem der causa ao adiamento responder pelas despesas

    acrescidas;d) faculdade do juiz determinar que os advogados faam as

    alegaes finais.

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    AULA11

    Sentena. Conceito. Classificaes. Publicao. Intimao.

    Elementos essenciais. Correo. Integrao. Terminativas

    e definitivas. Clareza e preciso. Princpios da demanda e

    seus efeitos. Interpretao da sentena. Efeitos da senten-

    a. Sentena liminar (julgamento antecipadssimo).

    Caso 1Foi proposta ao de conhecimento por Mariana em face do

    Municpio do Rio de Janeiro. A autora postula a declarao de nuli-dade de obrigao acessria, fixada em lei municipal, em relao aoimposto sobre a propriedade territorial urbana. O juiz, de imediato,julgou improcedente o pedido, sem citao do ru, considerando quea matria controvertida unicamente de direito e que no seu juzoexistem vrias decises de improcedncia total do pedido, em casosidnticos, tendo reproduzido o teor das decises anteriores na sen-tena. A autora no se conformou com a deciso e ofereceu recursode apelao, tendo o juiz mantido a deciso e determinado a citao

    do ru para oferecer impugnao ao recurso.

    Indaga-se:

    1.A sentena liminar, com julgamento antecipadssimo, viola oprincpio do contraditrio?

    Por qu?

    2.O que o princpio da durao razovel do processo (tem-pestividade)?

    Fundamente a resposta.

    Caso 2

    Clementino promove ao de conhecimento em face de JooPedro. Postula, na inicial, o pagamento de crditos decorrentes devrios servios prestados, conforme contratos ajustados pelas par-

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    tes. No primeiro, o valor do crdito de R$ 10.000,00 (dez milreais); no segundo, o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e, noterceiro, o crdito no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais). Cita-do, o ru oferece contestao, alegando serem indevidos os valorescobrados por no terem sido prestados integralmente os servios.O feito correu regularmente, tendo o juiz designado audincia deinstruo e julgamento, sem acordo, colhendo as provas orais, jrealizada a prova pericial, que conclusiva no sentido de serem

    devidos os valores apontados na inicial. O juiz julgou procedente ospedidos do autor, condenando o ru a pagar ao autor a importnciade R$ 18.000,00 (dezoito mil reais). O autor ofereceu embargosde declarao, com sustentao de omisso em relao ao segundopedido, que foram rejeitados, sob fundamentao de que a provapericial no foi convincente.

    Indaga-se:

    1.O julgamento proferido pelo juiz ultra, citraou extra petita?Por qu?

    2.Afrontou o juiz o princpio da congruncia ou da correlaoentre o pedido e o provimento jurisdicional proferido?

    Por qu?

    Caso 3

    Bernardo promoveu em 15/3/2006 ao de usucapio em facede lvaro. Alega o autor, como causa de pedir, que ingressou noterreno abandonado no ano de 1996, construindo uma casa paraabrigar a sua famlia, j passados 10 (dez) anos da ocupao, semqualquer resistncia do ru. Citado, o ru oferece contestao no

    dia 4/4/2006, aduzindo que quando foi proposta a ao o prazo deprescrio aquisitiva ainda no tinha corrido por completo, em contaque a invaso se deu no dia 1/4/1996, devendo o pedido do autor serjulgado improcedente. O feito correu regularmente e o juiz determi-nou que os autos fossem conclusos para sentena.

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    Indaga-se:

    1. Pode o juiz julgar procedente o pedido do autor, conside-rando que o prazo para a aquisio do domnio ainda no tinha secompletado na data da propositura da ao?

    Por qu?

    2. possvel a aplicao da regra do art. 462 do CPC na segunda

    instncia?Fundamente a resposta.

    Questes objetivas

    1.Sobre sentena pode-se afirmar que:a) considerada extra petitaquando o magistrado condena o

    ru em quantidade superior pedida;b) a parte dispositiva aquela em que o juiz resolve as questes

    a ele submetidas, julgando o pedido do autor;c) pode ser ilquida, ainda que o autor tenha formulado pedido

    certo e determinado;

    d) no se enquadra entre os vcios da sentena o julgamento denatureza diversa da pedida pelo autor.

    2.As sentenas definitivas (com resoluo de mrito) podem ser:a) declaratrias;b) constitutivas;c) condenatrias;d) as opes a, b, c esto corretas.

    AULA12

    Coisa julgada. Conceito. Coisa julgada formal e material.Limites objetivos e subjetivos da coisa julgada. Coisa julga-

    da nas demandas coletivas. Fundamento da coisa julgada.

    Precluso. Questes prejudiciais na sentena. Duplo grau

    obrigatrio. Causas de estado. Relao jurdica continuati-

    va. Coisa julgada e terceiros adquirentes de bens litigiosos.

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    Caso 1

    Caio promoveu ao em face de Cristiano para postular a con-denao do ru a pagar a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Ci-tado, o ru ofereceu contestao negando a qualidade de devedor doautor, estando a dvida paga, conforme comprovante de quitao daobrigao. O feito correu regularmente, sendo julgado improcedenteo pedido do autor, em julgamento antecipado da lide, com trnsitoem julgado da sentena.

    Indaga-se:

    1.Qual a natureza jurdica da sentena proferida pelo juiz?Fundamente a resposta.

    2.H, no caso, coisa julgada formal ou material?Fundamente a resposta.

    Caso 2

    Foi proposta ao de conhecimento por Adroaldo em face deHenrique. Na inicial, o autor postula a anulao do contrato de pres-tao de servios celebrado pelo autor com o ru e outros. Citado, oru ofereceu contestao, alegando o descumprimento de obrigaodo autor, certo que o contrato vlido, produzindo normalmente osseus efeitos. Designada a audincia preliminar, as partes celebraramacordo, homologado por sentena, que transitou em julgado. Poste-riormente, Manoel promove ao de anulao do ato judicial quehomologou a transao, sustentando que o processo nulo, sendoele um dos contratantes, deveria ter sido citado para integrar a lide,formando um litisconsrcio necessrio e unitrio no plo passivo.

    Indaga-se:

    1. A sentena que homologou o acordo faz coisa julgada emrelao a Manoel?

    Por qu?

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    2. Faltaria interesse processual para a propositura da aoanulatria?

    Por qu?

    Caso 3

    Foi proposta ao de conhecimento (nunciao de obra nova)por Andr em face de Maria para postular o desfazimento da cons-truo, em andamento, realizada pela r, em desconformidade como Cdigo de Postura Municipal, prejudicando o seu direito de pro-priedade. O juiz concedeu o embargo da obra na audincia especial.Citada, a r se defendeu alegando que a construo est coberta porlicena expedida pelo municpio. O feito correu regularmente, tendoo juiz proferido sentena de procedncia do pedido. A parte vencidarecorreu, alegando a ilegitimidade da parte autora, pois a proprieda-de vizinha, que estaria ameaada pela obra, no pertence ao autor,e sim a Jurandir, como demonstra a escritura de compra e venda,registrada no registro imobilirio.

    Indaga-se:

    1.No segundo grau de jurisdio, o recurso pode ser acolhidocom base na fundamentao jurdica do recorrente, de ilegitimidadeativa do autor da ao?

    Por qu?

    2.No teria ocorrido a precluso na forma do art. 473 do CPC?Por qu?

    Questes objetivas

    1.No faz coisa julgada material a sentena proferida:a) nas aes de estado;b) nas aes declaratrias incidentais;c) no processo cautelar, reconhecendo a prescrio e decadncia;d) tratando-se de relao jurdica continuativa.

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    2.Fenmeno decorrente do fim do processo sem resoluo domrito diz respeito :

    a) precluso;b) coisa julgada material;c) carncia da ao;d) coisa julgada formal.

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