resumo dir civil contratos

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  • Este material no substitui a

    doutrina indicada disciplina.

    Ele um vetor de aprendizado

    dinmico, fornecido como

    coadjuvante no processo.

    BOM ESTUDO!

  • Negcio

    jurdico

    ContratosPrincipiologia e

    formao

    Contratos em

    Espcie

  • Programa

    Procedimentos

    Prazos

    Frequencia

    Uso de

    celular/ap.

    eletrnicos

    Cordialidade

    ME

    Avaliaes

    Bibliografia

  • O que um fato?

  • Fatos Jurdicos (lato sensu)

    Naturais

    Humanos

    Ordinrios

    Extraordinrios

    Lcitos

    Ilcitos

    Ato JurdicoStricto Sensu

    Negcio

    Jurdico

    Ato-Fato

    Jurdico

    Fato Jurdico

    em Sentido

    Estrito

    Atos Jurdico

    em Sentido

    Amplo

    Contrato

  • Fatos Jurdicos

    Humanos

    Lcitos

    Ato JurdicoStricto Sensu

    A manifestao da

    vontade est determinada na lei

    ou h uma simples inteno.

  • Fatos Jurdicos

    Humanos

    LcitosNegcio

    Jurdico

    Dependem da vontade

    humana. Existe a inteno de adquirir,

    resguardar, transferir, modificar

    ou extinguir direitos.

    Exige-se manifestao

    Da vontade, sem vcios.

  • Planos

    Existncia

    Eficcia

    Validade

    Vontade

    Negcio

    Objeto idneo

    Art 104 CC

    Atuais

    Futuros

  • Classificao

    V

    V

    T

    E

    F

    C

    E

  • Classificao dos Negcios Jurdicos

    Quanto manifestao da vontade

    Unilaterais

    receptcios

    no-receptcios

    Bilaterais

    Plurilaterais

    Quanto ao tempo

    Inter-vivos

    Mortis-causa

    Quanto s vantagens que produz

    Gratuitos

    Onerosos

    Neutros

    Bifrontes

    Quanto existncia

    Principais

    Acessrios

    Quanto formalidade

    Solenes

    No solenes

    Quanto complexidade

    Simples

    Complexos

    Coligados

    Quanto equivalncia

    Comutativos

    Aleatrios

  • Elementos essenciais do Negcio Jurdico

    Base legal: art. 104 CC

    So de existncia imprescindvel para a validade e eficcia

    do ato, formando sua prpria substncia.

    Consentimento

    ou

    Vontade Humana

    Capacidade das partes

    Liceidade do seu objeto

    Forma prescrita ou no

    defesa em lei

  • Elementos acidentais do NJ

    1. Condio (art. 121 CC)Causais (dependem do acaso)

    Simplesmente potestativa (arbtrio relativo de uma das partes)

    Puramente potestativas (inteiro arbtrio de uma das partes)

    Mistas

    Suspensivas

    Resolutivas

    So fatores acessrios que, a depender da vontade das partes, podem

    ou no figurar como elemento constitutivo de determinado negcio

    jurdico.

    So elementos que incidem no sobre o negcio em si, e simsobre seus efeitos, modificando-os de acordo com a convenincia

    das partes.

  • Elementos acidentais do NJ

    2. Termo Art. 131 CC

    Termo inicial Termo finalPrazo

    Aqui o negcio comea

    a produzir seus efeitos

    Aqui h o rompimento

    dos efeitos jurdicos

    do negcio

    Possui caractersticas

    suspensivas

    Possui caractersticas

    resolutivas

    limites

  • Elementos acidentais do NJ

    3. Modo ou Encargo Art. 136 CCDeterminao acidental que quando aparece no negcio jurdico,

    restringe o direito ou as vantagens auferidas por uma das partes.

    Geralmente aparece nos chamados negcios graciosos

    Condio X Modo

    Esta suspende a aquisio

    do direito at que se realize

    o evento (cond. Suspensiva)

    Este permite a aquisio do

    direito desde a formao do

    ato, porm restringindo-o

  • Defeitos dos Negcios JurdicosVcios do consentimento

    1. Erro ou ignorncia art. 138 CCErro noo falsa a respeito de algo crer falso o que

    verdadeiro e verdadeiro o que falso.

    Ignorncia ausncia de qualquer noo a respeito de

    algo.

    Na ignorncia no se sabe e no erro cr saber mas se engana.

    Em ambas as situaes, o sujeito pratica um ato que no praticaria

    ou praticaria de outro modo se estivesse esclarecido.

    Dispe o CC que, para que o erro ou ignorncia torne defeituoso

    e, portanto, anulvel o ato jurdico necessrio que ele seja substancial.

    O erro essencial ou substancial, o que sem ele o ato no se realizaria.

  • Vcios do consentimento2. Dolo

    o induzimento malicioso prtica de uma ato, prejudicial ao seu autor

    mas proveitoso ao autor do dolo ou terceiro. Pode ser proveniente do ou-

    tro contratante ou de terceiro, estranho ao negcio.

    Pode ser: Essencial ou Principal torna o ato anulvel

    Acidental ato ilcito que gera responsabilidade civil

    Bonus dolo menos intenso - tolerado

    Malus dolo grave provoca anulabilidade do negcio

    Positivo ou comissivo dolo por comisso que leva

    outrem a contratar. (princpio da boa-f nesse e abaixo)

    Negativo ocultao de condies ao contratante.

  • Dolo

    Do Representante

    De Terceiro

    Mtuo ou bilateral

  • Vcios do consentimento

    3. Leso - (inovao do CC art. 157)

    Tambm chamado de dolo de aproveitamento

    Configura-se quando algum se aproveita da situao de

    premente necessidade ou ainda da inexperincia do outro

    (contratante para obter lucro exagerado, visivelmente

    desproporcional ao negcio.

  • Vcios do consentimento

    4. Coao

    5. Estado de Perigo

    Vcio social

    Fraude Contra Credores

  • Revisando Pode a natureza produzir um negcio jurdico?

    Como resolver o paradoxo de ser o ato ilcito

    classificado como fato jurdico?

    O absolutamente incapaz produz negcio jurdico

    vlido?

    De que trata a vantagem atribuda aos contratos?

    Contrato viciado nulo ou anulvel?

    Onde se encontra o sinalagma nos contratos?

    No satisfeita uma solenidade contratual, qual a

    consequncia?

  • DO CONTRATO

  • Do Contrato

    Contrato a conveno estabelecida entre

    duas ou mais pessoas para constituir,

    regular ou extinguir entre elas uma relao

    jurdica patrimonial.

    Para o Prof. Bevilqua

    Contrato o acordo devontades para o fim de

    adquirir, resguardar,

    modificar ou extinguir

    direitos.

  • PRINCPIOS JURDICOS APLICVEIS AOS CONTRATOS

    Princpio da liberdade contratual:

    se quer ou no contratar com quem contratar qual a modalidade do negcio fixar o contedo do contrato

    A autonomia est limitada: servios pblicos (empresa no pode negar novo cliente, cliente

    no pode escolher outra empresa).

    Modalidade: pode optar pelos tpicos ou criar atpicos, mas sempre atento aos requisitos do

    negcio jurdico.

    Contedo: contratos de pr-elaborados.

  • Princpio da funo social do contrato

    O contrato no deve ser mais visto peloprisma individualista dos contratantes, mas

    no sentido social de utilidade para a

    comunidade.

    Ainda, no ferir a dignidade da pessoa humana.

    A observncia da funo social do contrato exigida pelo art. 421 do CC.

    O interesse social do contrato deve prevalecer ainda que atinja a prpria liberdade de contratar (

    este um princpio limitador da autonomia).

  • Princpio do consensualismo

    O pacto, ou seja, a manifestao de vontade, vincula as partes.

    No a formalidade que vincula, mas a manifestao da vontade pelas partes: os bois se prendem pelo chifre, os homens, pela palavra. (Annimo)

    Caio Mrio: o contrato nasce do consenso puro dos interessados, tendo a vontade como fonte geradora.

    A formalidade exigida em tempos passados hoje exceo incidente nos contratos formais e nos

    contratos reais, para dar garantia e segurana jurdica

    (107 CC).

  • Princpio da obrigatoriedade

    Todo contrato vlido e eficaz deve ser cumprido pelas partes.

    pacta sunt servanda

    Caio Mrio: irreversibilidade da palavra empenhada; as partes, diante da eficcia do

    contrato no podem querer se esquivar das

    obrigaes originadas de sua prpria

    vontade, sob pena de coao estatal.

  • Garantia de cumprimento (coao estatal):- O ordenamento oferece instrumentos jurdicos para obrigar o contratante a adimplir com suas

    prestaes, sob pena, inclusive, de coao

    estatal, atravs da atividade jurisdicional do

    Estado. Ex. Ao de cumprimento de contrato,

    cobrana, obrigao de dar, fazer, etc.

    Conseqncias:

    - No aceito o arrependimento ou a revogao

    unilateral prejudicial a outra parte.

    - Princpio da intangibilidade: o Estado-juiz no

    pode alterar seu contedo, salvo autorizado pelo

    princpio da funo social do contrato.

  • Princpio da relatividade (efeitos do contrato)

    - Regra geral (efeitos internos do contrato):

    O contrato s traz efeitos para os que dele

    participam, ou seja, para as partes do contrato, no

    podendo prejudicar nem aproveitar terceiros.

    - Exceo (efeitos externos do contrato):

    H efeitos externos que, como exceo, podem

    atingir terceiros (ex. estipulaes em favor de

    terceiro, as convenes coletivas de trabalho,

    contrato de seguro, etc).

    - Impera no CC a relatividade dos efeitos do

    contrato.- O Contrato s obriga as partes que dele fazem parte

  • Princpio da boa f contratualProbidade e boa-f

    INTRODUO (TIPIFICAO ABERTA)

    O que significa boa f contratual?

    O CC trouxe o chamado sistema aberto das

    normas, criaram-se clusulas gerais para os

    contratos, com a expresso atravs de

    termos vagos, cujo contedo dirigido ao

    juiz, que analisar o caso concreto e se

    utilizar da hermenutica, interpretando e

    aplicando a norma em cada caso.

  • Funo

    Social

    Probidade

    Boa-f

    Objetiva Subjetiva

    Forma de conduta

    Norma de

    comportamento

    S

    O

  • NOVAS MANIFESTAES

    CONTRATUAIS

    Clusulas predispostas

    Despersonalizao do contratante

    Contrato de adeso

    Contrato-tipo

    Contrato coletivo

    Contrato coativo

    Contrato dirigido ou regulamentado

  • CONTRATO DE ADESO

    Clusulas predispostas pela parte econmica

    ou tecnicamente superior.

    Consentimento reduz-se aceitao das

    clusulas (restrio da liberdade contratual).

    Conceito: artigo 54 do CDC.

    Surgiu diante da necessidade de criar

    relaes numerosas e homogneas, gerando

    um esquema contratual, para reduzir custos e

    racionalizar o funcionamento da sociedade.

    Aplicao dos artigos 423 e 424 do CC.

  • CONTRATO-TIPO (Modelo)

    Aproxima-se do de adeso por se tratar de clusulas predispostas.

    Diferencia-se, pois h paridade entre os contratantes, que concordam com as clusulas prontas.

    No de adeso as clusulas so dirigidas a indeterminados contratantes; aqui, as partes so identificveis desde o incio.

    Geralmente so adotadas por empresas de um mesmo setor da economia que contratam entre si h muito tempo, padronizando-se as regras.

  • CONTRATO COLETIVO

    Forma mais utilizada para regulamentar a atividade contratual entre patres e empregados.

    No contrato clssico h lei entre as partes; no contrato coletivo h lei para todas as pessoas ligadas ao ente coletivo participantes do negcio.

    Obs: previso no CDC (art. 107) para contrataes coletivas de consumo.

  • CONTRATO COATIVO

    Mximo do dirigismo contratual.

    Contrato imposto; sem autonomia da vontade.

    Ex. concessionrias de servio pblico.

    As partes so foradas a contratar.

    Abrangido tambm por normas de direito pblico.

  • CONTRATO DIRIGIDO ou REGULAMENTADO

    O Estado interfere em vrios setores da economia, atravs da ingerncia no contrato, delimitando o mbito da vontade privada.

    Ex. CDC, tabela de preos, regras de direito bancrio, contrato de trabalho, etc.

    O Estado impe algumas orientaes, estabelecendo e ou proibindo clusulas (ex. artigo 51 do CDC)

  • FORMAO DOS CONTRATOS

    Nasce o contrato quando a vontade das partes se encontram (consenso).

    A vontade expressada atravs de veculos de exteriorizao palavra, gesto, escrito, etc. (ex. anncio, leilo, televendas).

    Para haver contrato no necessrio algo escrito.

    Pode a declarao de vontade ser tcita, quando a lei no exigir que seja expressa (art. 432; silncio, art. 111).

    Psiu!

  • Proposta

    Esta, obriga o proponente.

    Salvo:

    Se enviada a proposta, o proponente desiste, envia

    concomitantemente a sua deciso ou, antes dela.

    Se a aceitao no chegar no prazo entre

    ausentes.

    Se feita entre presente no for imediatamente

    aceita se no se deu prazo.

  • ACEITAO

    A aceitao (ou oblao) o ato ou o silncio do oblato que exterioriza sua vontade e confirma o nascimento do negcio jurdico.

    No h requisitos especiais, salvo exigncia legal (artigos 432 e 111).

    Entre presentes a aceitao simples, bastando a exteriorizao da vontade do oblato (teoria da agnio).

    Entre ausentes preciso definir o tempo e o lugar em que se forma o contrato.

  • Teorias sobre o momento (tempo) da formao do contrato entre ausentes:

    - Informao ou cognio: perfeito o contrato quando o proponente toma conhecimento da aceitao.

    - Recepo: quando recebe a resposta, mesmo que no a leia.

    - Declarao ou agnio: momento em que o oblato declara a aceitao.

    - Expedio: no instante em que a aceitao expedida.

  • Entre ausentes o CC adota a teoria da

    expedio, mas de forma mitigada.

    434 entre ausentes formam-se os contratos quando a aceitao

    expedida, exceto nas hipteses:

    (i) inexistente a aceitao se com ela ou

    antes dela chega a retratao (art. 433)

    (ii) no comprometimento da espera da chegada

    da resposta. (Teoria da Informao/cognio).

    (iii) se a resposta no chegar no prazo

    convencionado.

  • Lugar de formao dos contratos entre ausentes:

    O contrato considerado celebrado no local onde foi proposto (435). * Ver s/ foro de eleio.

    Contratantes em pases diversos (LIND, artigo 9): no lugar em que residir o proponente.

    Regra de Direito Internacional mais moderna: estipulado conforme a vontade das partes ou no local de vnculo mais estreito com o contrato.

  • Outras estipulaes sobre formao dos

    contratos no CC:

    (430) O proponente obrigado a avisar o

    aceitante a chegada tardia da aceitao,

    sob pena de responder por perdas e

    danos.

    (431) A aceitao fora do prazo ou com

    alteraes constitui nova proposta.

  • Relatividade dos Contratos

  • Conceito

    Um dos princpios fundamentais do

    contrato a sua relatividade, isto , o negcio

    s ata os participantes, no podendo

    beneficiar ou prejudicar terceiros.

    Venosa, Slvio de Salvo. Cdigo Civil Interpretado. So Paulo: Atlas, 2010, p. 451

  • O Terceiro

    O terceiro da relao contratual todo

    sujeito de direito que no celebrou o vnculo

    contratual e pode vir a sofrer os efeitos da

    avena, ou no.

    Caso o terceiro no venha a sofrer os

    efeitos do contrato, ele ser chamado de

    terceiro no interessado (Lisboa, 2010, p. 177)

  • Cdigo Civil

    - Estipulao em favor de terceiro: art. 436 a

    438;

    - Promessa de fato de terceiro: art. 439 a 440;

    - Contrato com Pessoa a Declarar: art. 467 a

    471.

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    A estipulao em favor de terceiro o

    negcio jurdico por meio do qual se ajusta

    uma vantagem pecuniria em prol de pessoa

    que no o celebra, mas se restringe a colher os

    seus benefcios. (Roberto Senise Lisboa, 2010)

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    Art. 436. O que estipula em favor de

    terceiro pode exigir o cumprimento da

    obrigao.

    Pargrafo nico. Ao terceiro, em favor de

    quem se estipulou a obrigao, tambm

    permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito

    s condies e normas do contrato, se a ele

    anuir, e o estipulante no o inovar nos

    termos do art. 438.

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    Na estipulao em favor de terceiro

    existem dois momentos:

    - o terceiro somente mencionado no

    contrato como beneficirio;

    - a manifestao de vontade do

    beneficirio, quando a prestao

    exigvel.

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    Na estipulao em favor de terceiro

    existem duas fases:

    - antes da aceitao, o terceiro somente

    mencionado no contrato como

    beneficirio;

    - depois da aceitao - que a

    manifestao de vontade do beneficirio,

    quando a prestao exigvel.

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    Art. 437. Se ao terceiro, em favor dequem se fez o contrato, se deixar o direito de

    reclamar-lhe a execuo, no poder o

    estipulante exonerar o devedor.

    Art. 438. O estipulante pode reservar-se o

    direito de substituir o terceiro designado no

    contrato, independentemente da sua anuncia

    e da do outro contratante.

    Pargrafo nico. A substituio pode ser

    feita por ato entre vivos ou por disposio de

    ltima vontade.

  • Estipulao em Favor de

    Terceiro

    Nos moldes do ensinamento do

    Prof. Flvio Tartuce, os efeitos da

    estipulao de terceiro so de dentro

    para fora do contrato, ou seja, exgenos,

    tornando-se uma clara exceo

    relativizao contratual.

  • POSIO DO TERCEIRO EM

    RELAO AO CONTRATO

    Se o beneficirio no concorda com o

    benefcio, desaparece o objeto do

    contrato, se as partes no colocaram

    um substituto na posio do terceiro.

    Deve o promitente devolver o que

    recebeu, sob pena de ocorrer injusto

    enriquecimento.

  • A promessa por fato de terceiro o

    negcio jurdico por meio do qual uma

    das partes se obriga a obter de terceiro a

    realizao de uma tarefa. (Roberto

    Senise Lisboa, 2010)

    Promessa por Fato de Terceiro

  • Art. 439. Aquele que tiver prometido

    fato de terceiro responder por perdas e

    danos, quando este o no executar.

    Pargrafo nico. Tal responsabilidade

    no existir se o terceiro for o cnjuge do

    promitente, dependendo da sua anuncia o ato

    a ser praticado, e desde que, pelo regime do

    casamento, a indenizao, de algum modo,

    venha a recair sobre os seus bens.

    Promessa por Fato de Terceiro

  • Nos moldes do ensinamento do Prof.

    Flvio Tartuce, os efeitos da promessa por

    fato de terceiro so de fora para dentro do

    contrato, ou seja, endgenos, porque a

    conduta de um estranho ao contrato repercute

    para dentro deste.

    Promessa por Fato de Terceiro

  • Art. 440. Nenhuma obrigao haverpara quem se comprometer por outrem, se

    este, depois de se ter obrigado, faltar

    prestao.

    Promessa por Fato de Terceiro

  • O contrato com pessoa a declarar

    o negcio jurdico por meio do qual uma

    das partes acaba por indicar a pessoa

    que assumir a posio jurdica em seu

    lugar.

    O prazo para esta indicao de 5

    (cinco) dias aps a concluso do

    negcio, devendo proceder na

    comunicao da outra parte.

    Contrato com Pessoa a Declarar

  • Art. 467. No momento daconcluso do contrato, pode uma das

    partes reservar-se a faculdade de indicar

    a pessoa que deve adquirir os direitos e

    assumir as obrigaes dele decorrentes.

    Art. 468. Essa indicao deve ser

    comunicada outra parte no prazo de

    cinco dias da concluso do contrato, se

    outro no tiver sido estipulado.

    Contrato com Pessoa a Declarar

  • Art. 469. A pessoa, nomeada deconformidade com os artigos antecedentes,

    adquire os direitos e assume as obrigaes

    decorrentes do contrato, a partir do momento

    em que este foi celebrado.

    Art. 470. O contrato ser eficaz somente

    entre os contratantes originrios:

    I - se no houver indicao de pessoa, ou se o

    nomeado se recusar a aceit-la;

    II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a

    outra pessoa o desconhecia no momento da

    indicao.

    Contrato com Pessoa a Declarar

  • INTERPRETAO (exegese) dos contratos.

    Conceito: atividade voltada a reconhecer e

    reconstruir o significado das fontes de

    valorao jurdica que constituem o seu

    objeto. Caio Mrio.

    O hermeneuta deve buscar a inteno

    comum dos contratantes, geralmente

    exteriorizadas desde as negociaes at a

    aceitao.

    O CC no adotou linha especfica, mas

    apenas artigos esparsos: 112 (inteno); 113

    (boa f e costumes); 114 (restrio na

    renncia); 423 (equilbrio - adeso).

  • A inteno das partes em confronto

    com o sentido da linguagem do

    contrato devem ser utilizados em

    conjunto para se conhecer a real

    vontade das partes no momento de

    celebrao do contrato.

    A maneira como as partes vinham

    cumprindo o contrato ponto crucial

    na interpretao. Costume

  • Cdigo Civil Francs e as regras de Pothier:

    I D E I - A

    - Inteno prevalece sobre a gramtica, mas com equilbrio;

    - Deve ser visualizada a natureza do negcio;

    - Em caso de dvida, a clusula se interpreta em favor do promitente e contra o estipulante.

    - Interpreta-se sempre a clusula contra quem agiu com m-f, culpa, obscuridade ou outro vcio que a originou.

    - As clusulas interpretam-se uma em relao s outras, sejam antecedentes ou consequentes.

  • CONTRATO PRELIMINAR

    Conceito: aquele pelo qual as partes

    se comprometem a celebrar, mais tarde,

    outro contrato, que ser o principal.

    Diferente das tratativas, pois tem

    vinculao, contrato.

    Tem carter preparatrio, com o

    objetivo de concluir o contrato principal,

    trazendo uma obrigao de fazer (463).

  • Forma livre no CC; s precisa de registro pblico para efeito perante terceiros (462).

    Clusula de arrependimento permitida, desde que expressa (463).

    O juiz pode suprir o inadimplente em sua vontade a pedido da parte (464) ou a parte pode considerar sem efeito o contrato e pedir perdas e danos (465). (Sentena substitutiva)

    Execuo judicial do no cumprimento do contrato preliminar: 639, 641 do CPC.

  • ARRAS

    um sinal, representado

    pela entrega de uma quantia

    em dinheiro ou objeto, pelos

    contratantes.

    Tem duas funes:

    confirmatria e penitencial.

  • Na funo confirmatria o sinal

    prova de que o negcio se realizou,

    no permitindo o arrependimento,

    sob pena de infrao ao contrato.

    Se o objeto da arras for da mesma

    caracterstica do objeto do contrato,

    considera-se princpio de

    pagamento. Se no for, devolve-se

    na execuo do contrato. (417)

    funo confirmatria

  • Impossibilidade sem culpa: devolve-se.

    Culpa ou recusa de cumprimento por

    parte de quem deu a arras:

    alternativamente o outro contratante

    pode reter ou executar o contrato.

    Culpa ou recusa de cumprimento por

    parte de quem recebeu a arras:

    devoluo mais o equivalente, com

    correo, juros e honorrios de advogado

    (418).

    funo confirmatria

  • O contratante tem liberdade de arrependimento

    (faculdade de retratao), mas ocorrendo, as arras

    funcionam como indenizao pr-fixada.

    Assemelha-se clusula penal, mas nas arras o

    valor pago antecipadamente.

    necessrio estipular expressamente esta funo

    penitencial no contrato.

    funo penitencial

  • No h direito a execuo da obrigao ou direito a valor suplementar de indenizao, mesmo com prejuzo maior da parte inocente.

    ... Pois o arrependimento fica permitido no contrato e a indenizao aquela pr-fixada.

    funo penitencial

  • Estamos deixando de usar as arras

    confirmatrias e adotando com mais

    frequncia as arras penitenciais,

    como forma de dar maior segurana

    jurdica aos negcios.

    ATUALIDADE

  • O objeto do contrato cercado por

    dois tipos de garantias legais, que

    independe da vontade das partes e

    est inserido pela lei em todos os

    contratos:

    - Vcio redibitrio

    - Evico

    Garantias legais contratuais

  • VCIO

    REDIBITRIO

    Defeito oculto de que portadora a coisa objeto de contrato comutativo, que a torna imprpria ao uso a que se destina ou lhe prejudica o valor. (441)

    Fundamenta-se no princpio da garantiaque deve ser dado por quem entrega a coisa.

  • Contratos objetos do vcio rebiditrio

    So os comutativos e os de doao com encargo (doaesem que o beneficirio, para receber o bem doado, assumealgum nus).

    Aes edilcias:

    Ao Redibitria: Visa a devoluo do dinheiro erestituio da quantia paga, reembolso de despesas, e atperdas e danos (no caso do alienante conhecer o vcio, ter omesmo agido com m-f).

    Ao Estimatria (ou quanti minoris): Visa conservar acoisa, reclamando o abatimento proporcional do preo emque o defeito a depreciou (art. 442 CC).

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Bem adquirido em hasta pblica

    No se pode redibir o contrato, nem pedir abatimento dopreo.

    No entanto, se for um leilo de arte ou de animais em rodeios,a responsabilidade subsiste, aplicando-se inclusive, peloentendimento jurisprudencial, o CDC (vcios do produto).

    Descabimento de reclamao

    Se as partes pactuarem que o alienante no responde porvcios ocultos.

    - Exemplos: vendas de saldo em que se anunciam pequenosdefeitos.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

    Produto com defeito

  • Prazo Decadencial

    Nos negcios civis o prazo de reclamao epropositura das aes edilcias, contado da entregaefetiva (tradio), de (art. 445, CC):

    - 30 (trinta) dias para bens mveis;

    - 1 (um) ano para bens imveis;

    - Se o comprador j estava na posse o prazo reduzido pela metade.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Observaes:

    Quando o vcio s puder ser conhecido mais tarde (vciooculto em sentido estrito), o prazo conta-se a partir doinstante em que dele se tiver cincia, at o mximo de180 dias se tratar de mveis e 1 ano se tratar deimveis.

    As partes podem estabelecer outros prazos, respeitadosos prazos fixados pelo art. 445, CC.

    - Exemplo: compra de veculos comum se estipularprazo de 01 ano a 3 anos de garantia.

    O adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos30 dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena dedecadncia.

    Tais prazos decadenciais no podem ser suspensos,nem interrompidos, com exceo da suspenso parabeneficiar absolutamente incapaz, prevista no prprioCdigo Civil.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Vcios do produto

    Tambm regulada pela Lei n 8.078/90 (Cdigo de Defesa doConsumidor CDC), aplicvel aos contratos de consumo.

    Os vcios do produto previstos na Lei Consumerista norevogaram os vcios redibitrios previstos no Cdigo Civil.

    - Se uma pessoa adquire um bem de um particular, a reclamaorege-se pelo Cdigo Civil.

    - Se for de um comerciante ou de profissional, rege-se pelo Cdigode Defesa do Consumidor.

    A lei considera vcios do produto tanto os defeitos ocultos nacoisa como tambm os aparentes ou de fcil constatao.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Prazos decadenciais

    Contam-se a partir da data da entrega efetiva do produto ou dotrmino da execuo dos servios:

    - Produto no durvel (bem que desaparece com o consumo): 30dias;

    - Produto durvel (bem que no desaparece com o consumo): 90dias.

    Suspenso do prazo decadencial (art. 26, CDC)

    Quando h qualquer reclamao comprovadamente formuladapelo consumidor perante o fornecedor de produtos e servios ata resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida deforma inequvoca; bem como a a instaurao de inqurito civil,at seu encerramento.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Direito do consumidor

    Os fornecedores, quando efetuada areclamao direta, tm prazo mximo de trintadias para sanar o vcio. No o fazendo pode oconsumidor exigir alternativamente:

    a) Substituio do produto;

    b) Restituio da quantia paga (mais perdas edanos);

    c) ou o abatimento proporcional do preo.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • Da responsabilidade por vcio do produto e do servio

    Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumodurveis ou no durveis respondem solidariamente pelosvcios de qualidade ou quantidade que os tornemimprprios ou inadequados ao consumo a que se destinamou lhes diminuam o valor, assim como por aquelesdecorrentes da disparidade, com as indicaes constantesdo recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagempublicitria, respeitadas as variaes decorrentes de suanatureza, podendo o consumidor exigir a substituio daspartes viciadas.

    DOS VCIOS REBIDITRIOS

  • O alienante responde, mesmo que

    ignore o vcio.

    No se aplica a regra: a coisa perece

    para o dono.

    permitida a renncia expressa ou

    tcita do direito de exigir a garantia.

    observaes

  • Vcio redibitrio diferente de erro.

    No erro, recebe-se uma coisa por outra.

    O negcio viciado, mas no a coisa.

    No vcio redibitrio a coisa a desejada,

    mas se desconhece o seu defeito.

    Importante

    Exemplo: Compra um cavalo para corrida e descobre que portador de doena respiratria.

  • Um olhar sobre a EVICO

  • EVICO

    Vcio redibitrio vcio da coisa,

    defeito material do objeto. Evico

    vcio de direito.

    Conceito: a perda da utilidade da

    coisa (perda da coisa), por uma

    sentena judicial ou ato administrativo

    que a atribui outra pessoa, por direito

    anterior ao contrato. (Propriedade).

  • Domnio

    Propriedade

    Poder

    Direito

    Gozar

    Reivindicar

    Usar

    Dispor

    Posse

  • CARACTERSTICAS

    Perda da coisa para terceiro por

    sentena judicial privando do

    domnio ou posse teis o

    adquirente.

    O direito do terceiro anterior

    tradio.

    Responsabiliza o alienante, que

    deveria resguardar o adquirente

    contra os riscos da perda.

  • A evico independe de culpa.

    Em Hasta Pblica subsiste a garantia, podendo cobrar do Estado ou do devedor-vendedor (Araken Assis, Didier).

    O adquirente que sabia do vcio ou assumiu os riscos no tem direito evico.

    Pode ser renunciada ou reduzida pela vontade das partes (448 CC), mas sempre ter o evicto direito de restituir-se do valor pago (449 CC).

    observaes

  • Artigos 448 x 449 do CC

  • O alienante dever: restituir o preo

    pago, despesas com contrato,

    honorrios e custas judiciais, frutos

    e benfeitorias, bem como, pagar o

    plus-valia (diferena na valorizao

    do bem) (450 CC).

    Tambm so devidas as perdas e

    danos (402 CC).

    Efeitos entre as partes

  • Geralmente o terceiro interessado entra com

    uma ao em face do adquirente.

    O adquirente deve convocar o alienante

    integrar a lide judicial e a responder pelas

    consequncias da evico (denunciao da

    lide) (456 CC).

    Poder convocar o alienante imediato ou

    qualquer dos anteriores (inovao no CC

    2002).

  • Na evico parcial, se o prejuzo parcial for considervel, o adquirente escolher entre a restituio total ou a restituio da parte prejudicada (455 CC).

    Prejuzo mnimo ou irrelevante no configura a evico.

    Prejuzo considervel aquele que nos faz pensar que o negcio no se realizaria caso soubesse do vcio.

  • Extino dos Contratos

  • Com adimplemento

    Semadimplemento

    Causascontemporneas

    formao

    Causassupervenientes

    formao

    Anulao

    Anulabilidade

    Resciso

    Morte

    Resilio

    Resoluo

    Para contratospersonalssimos

    Modo normal de resoluodo contrato

    Nulidadeabsoluta

    Nulidaderelativa

  • Resilio

    Unilateral

    Bilateral

    Renncia

    Revogao

    Distrato

    Sempre serfruto de um

    ATO

    Ato = vontade de

    pessoa

  • Resoluo

    Voluntria

    Involuntria

    Dolo

    Culpa

    Caso fortuito

    Fora maior

    Indenizaopor ato ilcito

    Em tese nodeve gerar

    indenizao

  • Clusulas

    Arrependimento

    Resoluo tcita

    Resoluoexpressa

    Distrato*

    Exceptio non adimpleticontratus

    Pactocomissrio

    convencional

    Intervenojudicial

    SemInterveno

    judicial

    * Previso antecipada

  • Exceo do Contrato no Cumprido

    Exceptio non adimpleti contractus

    Art. 476 CC

  • Quis. Classifique os seguintes contratos pela sua extino

    Divrcio litigioso

  • Divrcio consensual

  • Tsunami (que destri um imvel objeto de locao)

  • Contrato de trabalho - despedida

  • Defeito do produto

  • Guerra das cervejas

  • Paula Fernandes quer rescindir contrato com Leonardo

    A Cantora Paula Fernandes conseguiu uma liminar que garante o direito de agendar os prprios shows. Ela quer rescindir o contrato com a produtora Talism do Cantor Leonardo.O contrato vence no dia 11 de novembro (2012). Mas, existe um problema de comunicao entre Paula e a empresa de Leonardo. Segundo seu advogado, Paula quer administrar sua carreira por meio da empresa Jeito de Mato, da qual uma das scias.A falta de controle sobre a prpria agenda, a que levou a cantora a tentar a liminar agora obtida na justia.A empresa de Leonardo vai ganhar 30% do valor de cada apresentao e 20% de cada propaganda at que a justia d a deciso final.

    Fonte: http://brasil.issoebrasilia.com.br/2012/09/paula-fernandes-quer-rescindir-contrato.html

  • Contratos AleatriosAlea = risco, sorte.

    Artigos 458 a 461 do Cdigo Civil

  • Conceituao o contrato pelo qual uma das

    prestaes, ou ambas, apresentam-se

    incertas, seja pela sua quantidade, seja

    pela sua extenso, que fica subordinada a

    um acontecimento incerto e futuro.

    A incerteza do resultado caracteriza aespcie. Basta que haja o risco para uma

    das partes.

  • Caractersticas: O risco o objeto do contrato e est sempre

    presente, mas o fato aleatrio (sinistro) eventual.

    O risco da sua essncia.

    O risco de perder ou de ganhar pode ser de um oude ambos, mas a incerteza do evento tem de ser doscontratantes.

    O resultado pode ser uma perda ou um lucro.

  • Tipos:

    Quanto totalidade (existncia) coisafutura;

    Quanto quantidade coisa futura;

    Sujeita a riscos coisa atual.

  • Quanto existncia(emptio spei venda da esperana)

    Art. 458 trata da possibilidade da coisa ou fatoexistir ou no.

    Coisa ou fato futuro.

    Probabilidade de existir ou no.

    Risco absoluto.

    o comprador declara que a venda ficar perfeita eacabada haja ou no safra, no cabendo aocomprador o direito de reaver o preo pago se, emrazo de geada ou outro imprevisto, a safra inexistir.

    Exceo: dolo ou culpa do alienante.

  • Quanto quantidade(emptio rei speratae venda da coisa esperada)

    Art. 459 trata da possibilidade da coisa existir na quantidade desejada.

    Coisa futura.

    Risco relativo.

    A alea versa sobre a quantidade da coisa.

    Risco: existir em qualquer quantidade.

    Exceo: culpa ou dolo do alienante/nada vier aexistir (falta objeto).

  • O comprador assume o risco da completa frustrao da colheita e paga integralmente o preo acordado, mesmo que a coisa no venha a existir.

    Os contratantes se sujeitamaos riscos naturais, mas acoisa futura deve vir aexistir, em qualquerquantidade.

    O alienante tem o direito dereceber integralmente,mesmo que a coisa venha aexistir em quantidadeinferior a esperada, excetonada vier.

  • Coisa atual/existente, mas sujeita a risco

    Art. 460. O alienante tem direito a todo opreo, mesmo que a coisa j perecera oudepreciara no dia do contrato, desde que oalienante no tenha conhecimento do fato.

    Exemplo: a venda de mercadoria que estsendo transportada em alto-mar por navio,cujo risco de naufrgio o adquirente assumiu.

  • Se, contudo, O alienante sabia do naufrgio, a alienao

    pode ser anulada por dolo.

    Art. 461 se o alienante no ignorava aconsumao do risco, a alienao seranulada.

    Utiliza-se dos princpios do seguro martimo(Cdigo Comercial, art. 677, n. 3 e 9).

  • Contratos em espcie (parte 1)

    Compra e venda

    Clusulas especiais compra e venda

    Doao

    Locao

    Emprstimo

    Fiana

  • CONTRATO DE COMPRA E VENDA

    CONCEITO (art. 481)

    Contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a

    transferir o domnio de certa coisa, corprea ou

    incorprea, e o outro, a pagar-lhe certo preo em

    dinheiro ou mediante ttulo que o represente.

  • CARACTERSTICAS

    Bilateral ou sinalagmtico, oneroso, geralmente comutativo (s vezes aleatrio) e geralmente consensual (s vezes solene: 108)

    FORMAO

    Estar perfeito o contrato apenas com o acordo sobre o objeto e o preo (482) pois o CC simplifica sua formao diante da relevncia da figura contratual.

    Ateno: a compra e venda no transfere a propriedade, apenas cria obrigao.

  • ELEMENTO SUBJETIVO

    A vontade da parte de transferir ou adquirir coisa alheia.

    REQUISITOS GERAIS

    Objeto lcito, possvel e partes capazes.

    ELEMENTOS ESSENCIAIS:

    Coisa (RES)

    Preo (PRETIUM)

    Consentimento (CONSENSUS)

  • Existente, mesmo que futura (483).

    - Fica sem efeito se o objeto no vier a

    existir (ex. bezerro da vaca).

    - Venda de herana futura (de pessoa

    viva) proibida (426), salvo no caso

    de sucesso aberta.

    Terminologia: coisas incorpreas so cedidas (ex. cesso de crdito).

    coisa = bem

  • Determinvel

    - Suscetvel de individuao.

    - Venda alternativa (concentrao).

    - Venda de gnero (coisa incerta).

    - Venda sob amostra, prottipo ou modelo (484): determinao feita pelo confronto sendo que o objeto deve ter a qualidade do inicialmente exibido, que prevalece sobre o que estiver descrito no contrato.

    coisa

  • Disponvel (alienvel)

    - O bem deve ser disponvel no comrcio sob pena de ineficcia do contrato.

    - Inalienabilidade: natural (ar), legal (ilcito, penhora) e voluntria (doao j realizada).

    - Obs: pacta corvina proibido.

    - Obs: cesso de direitos hereditrios.

    coisa

  • Alienao legtima: possibilidade de transferncia efetiva do domnio

    - Ningum compra o que j seu.

    - Ningum vende o que no seu.

    - O contrato fica anulvel e poder perder a eficcia.

    coisa

  • No momento do pacto deve ser previsto em dinheiro ou por documento que o represente (ex. cheque).

    No momento do pagamento poder ocorrer dao em pagamento.

    PREO

  • SERIEDADE

    - Contraprestao deve ser real.

    - Se for fictcia ser doao simulada (167) (ex. prdio por R$1,00).

    - O preo pode ser injusto (salvo casos de leso do artigo 157).

    preo

  • CERTEZA

    O valor deve ser certo e fixado pelas partes sob pena de nulidade (489) salvo:

    - Acertada a fixao por terceiro (485).

    - Preo conforme taxa de mercado ou bolsa (486).

    - Adotados ndices ou parmetros objetivos (487).

    SEM PREO

    - na ausncia de preo em razo das caractersticas do negcio ser aplicado o valor da prtica habitual do vendedor (488).

    preo

  • Exige-se o consenso como em qualquer contrato.

    Requisitos gerais: objeto lcito, possvel, parte capaz e forma nos imveis.

    Restries especficas: verdadeiras limitaes liberdade de compra e venda...

    CONSENTIMENTO

  • (496) anulvel a venda de ascendente a descendente sem que os demais descendentes e o cnjuge expressamente o consintam (princpio da igualdade das legtimas).

    - Cnjuge s no precisa consentir no regime de separao obrigatria de bens.

    - privativo aos interessados promover anulao, sendo possvel entretanto a ratificao.

    consentimento

  • (497) proibio legal de adquirir bens atinentes ao ofcio ou profisso, sob

    pena de nulidade.

    - Tutores, curadores etc

    - Servidores pblicos na administrao

    - Servidores e serventurios da Justia

    - Leiloeiros

    consentimento

  • (504) condomnio: enquanto pendente o estado de indiviso o condmino no

    pode vender sua parte a estranho, se

    outro consorte a quiser, tanto por tanto.

    - No se aplica ao condomnio edilcio.

    - Efetuada a venda a terceiro, o consorte

    interessado deposita o preo e requer

    para si (06 meses).

    - Havendo diversos consortes interessados

    segue esta ordem: maior benfeitorias,

    maior quinho e primeiro depsito.

    consentimento

  • (1647 e 1648) com exceo do regime de separao absoluta no pode o

    cnjuge comprar imvel sem a

    outorga.

    consentimento

  • Obrigatoriedade (prestao de entregar a coisa e de pagar o preo, na forma e prazo estipulados).

    O contrato em si no tem carter real (no translativo).

    S com a tradio transfere-se o domnio (481. 1226. 1267) da coisa mvel; com o registro, da imvel (1227. 1245): sistema alemo e romano.

    Garantias legais (redibitria e evico).

    Efeitos

    Efeitos principais

  • Na obrigao pura, no h obrigao de entrega enquanto no pago o preo

    (direito de reter a coisa ou o preo).

    Na obrigao a prazo, no h como negar a entrega, salvo verificar-se modificao

    no estado econmico do comprador que

    se veja reduzido insolvncia antes da

    tradio (obs: cauo 495, ou pagamento antecipado vista 477).

    Efeitos secundrios

  • Venda de universalidade (ex. rebanho, biblioteca): o objeto o

    todo. O defeito de uma no autoriza a

    rejeio de todas (503).

    Venda de terras: irregularidades na metragem, dimenses em relao ao

    ttulo, pode constituir vcio

    redibitrio. A soluo (500) depende

    do ttulo da venda...

    Efeitos secundrios

  • Venda de terras

    - Ad mensuram: o que vale a descrio do ttulo, o imvel vendido como est descrito. Dimenses precisas e exigveis.

    Se possvel complementar, complementa-se (actio ex empto); na impossibilidade surge alternativa: resoluo do contrato (actio redhibitoria) ou abatimento proporcional (actio aestimatoria).

    - Ad corpus: o que vale a caracterstica do imvel, suas confrontaes, como coisa certa e determinada. As descries do ttulo tm papel secundrio. Nada a reclamar.

    Efeitos secundrios

  • Risco

    A tradio que faz integrar o bem no patrimnio do comprador.

    A coisa perece para o dono.

    Inverso quando existir mora accipiendi.

    Efeitos secundrios

  • Repartio das despesas

    - despesas da tradio com o

    vendedor e de registro e escritura

    com o comprador, salvo estipulao

    em contrrio (490).

    Efeitos secundrios

  • PROMESSA DE COMPRA E VENDA

    Contrato preliminar que antecede o principal.

    Bilateral ou unilateral.

    Gera obrigao de fazer.

    Se irretratvel e registrado em cartrio (462), pode ser coagido a passar a escritura por adjudicao compulsria (463 e 464). Se no registrado, perdas e danos.

    A coisa prometida torna-se indisponvel.

  • Retrovenda

    Venda a contento

    Venda sujeita a prova

    Pacto de preferncia

    Venda com reserva de domnio

    Venda sobre documentos

    Clusulas especiais compra e venda

  • Retrovenda

    Faculdade que se reserva o vendedor de reaver o imvel vendido devolvendo ao comprador o preo e os gastos, alm das benfeitorias (505 CC).

    Condio resolutiva expressa: desfaz-se a venda.

    S se aplica aos bens imveis. 03 anos prazo decadencial do direito de

    resgate.

    Na recusa de devolver, depsito judicial (506 CC)

  • Pode ser cedido o direito de resgate, bem como, exigvel perante terceiro adquirente. (507 CC)

    Desuso. Insegurana jurdica.

    Muito utilizada para simular garantia no mtuo, substituindo a hipoteca. Gera nulidade diante da simulao. (STJ, REsp 285.296-MT, 4a T, Min. Rui Rosado de Aguiar).

    Na pluralidade de pessoas com direito ao resgate, se s uma requerer, poder o comprador intimar os demais para concordarem ou no. (508 CC)

  • Venda a contento

    Alienao que depende da aprovao do comprador, funcionando a mesma como

    condio suspensiva para a efetivao do

    negcio.

    Elemento subjetivo: a efetivao do negcio depende da manifestao do

    comprador. A mera tradio no transfere

    o domnio.

    Muito usado nos produtos alimentcios, bebidas, roupas finas etc.

  • Aplica-se a clusula ad gustum condio simplesmente potestativa depende do agrado do comprador,

    fator este que no mero capricho,

    nem pode ser afastado por percia ou

    outra prova.

    O aceite no pode ser tcito (509 CC)

    Direito personalssimo e intransfervel.

  • Venda sujeita a prova

    O comprador receber a coisa com suspenso da compra e venda e dever provar a coisa para saber se ela tem as qualidades e caractersticas ofertadas (510 CC).

    Aqui a satisfao no ligada ao gosto do comprador, mas sim circunstncia de a coisa ter ou no as qualidades asseguradas na oferta, ser ou no idnea ao fim a que se destina.

    Estando dentro dos parmetros o comprador no poder recusar, pois esta deve ser justificada (inidoneidade do objeto).

  • Preferncia ou preempo

    Faculdade pessoal que se assegura ao vendedor para readquirir a coisa vendida ou dada em pagamento em igualdade de condies com um terceiro comprador, na hiptese de revenda do bem.

    (Direito de prelao convencional, em igualdade de condies).

    Tanto nos mveis quanto nos imveis.

    Diferena da retrovenda: - valor dado pelo terceiro; mero direito obrigacional e no real, que se converte em perdas e danos; - depende da vontade do primeiro comprador de vender o objeto.

  • O atual proprietrio deve intimar o preferido para se manifestar (516 CC).

    O prazo para o exerccio da preferncia de 180 dias para mveis; 2 anos aos imveis. (513 CC).

    direito intransfervel, pessoal. (520 CC).

    Prevista em lei: a preferncia do condmino na aquisio da parte indivisa e do inquilino, no aluguel.

  • Se ocorrer sem o seu conhecimento converte-se em perdas e danos, respondendo solidariamente o adquirente de m-f. (518 CC).

    No precisa aguardar a notificao, podendo agir pr-ativamente (514 CC).

    Retrocesso: direito de reaver o bem desapropriado pelo Poder Pblico que esteja sendo usado para finalidade diferente (519 CC).

  • Todos os direitos reservados. Luis Chacon. www.cmoca.com.brDireito Civil Contratos

    PROMESSA DE COMPRA E VENDA

    Contrato preliminar que antecede o principal.

    Bilateral ou unilateral.

    Gera obrigao de fazer.

    Se irretratvel e registrado em cartrio (462), pode ser coagido a passar a escritura por adjudicao compulsria (463 e 464). Se no registrado, perdas e danos.

    A coisa prometida torna-se indisponvel.

  • Copyright 1999 LINJUR151

    CONTRATO DE TRANSPORTE

    Autora:Sandra Mara Zimer

    Orientador:Daniel Gebler

    Professor de Contratos da UNIVALI

    Adaptao:Professor Wladimir C. e Silva

  • O HOMEM E O TRANSPORTE

    Desde a antiguidade, o homem sempre teve necessidade de

    deslocar-se bem como de deslocar suas coisas.

    A inveno da roda.

    A problemtica do fator transporte:

    Rodovias, ferrovias, avenidas ereas, mobilidade urbana, etc.

    Os transportes terrestres e o aeronutico, sem nos esquecermos do martimo, evoluram, nos ltimos cem anos, mais do que em

    todos os sculos precedentes, desde quando o homem, em

    magnfico insight, criou a roda. (STOLZE e PAMPLONA).

    152

  • 153

    Conceito

    Arnoldo Wald

    o contrato pelo qual uma parte se obriga a

    conduzir, de um lugar para outro, pessoas ou

    coisas, mediante retribuio (1995, p. 459)

  • Contrato de transporte

    CONCEITO: art. 730 - o contrato pelo

    qual algum se obriga, mediante

    remunerao, transportar de um lugar

    para outro pessoas ou coisas.

  • Ateno!

    Para que se configure o contrato de transporte h de ser

    obrigatria que o mesmo se faa mediante retribuio

    para o transportador, caso contrario estaramos diante

    do transporte gratuito, que falaremos adiante. Oportuno

    esclarecer que no h a necessidade de que o

    transporte seja feito apenas mediante pagamento em

    espcie.

    O prprio Cdigo Civil, no pargrafo nico do art. 736,

    considera como contrato oneroso os que, ainda que

    feito sem remunerao, tragam vantagens indiretas ao

    transportador.

  • Legislao

    Tambm so aplicveis no que couber os preceitosconstantes da legislao especial e de tratados econvenes internacionais, como dispe o artigo 732,referindo-se especialmente ao CDC, a Conveno deVarsvia e o Cdigo Brasileiro da Aeronutica.

    As convenes internacionais em matria detransporte so recepcionadas como lei federal deforma que no que for conflitante com a ConstituioFederal de 1988 tem-se como revogado o tratado, oprprio Cdigo Civil disciplina a responsabilidadetornando nulas as clusulas que excluem aresponsabilidade (art. 734):

    156

  • Legislao internacional

    Conveno de Varsvia, de 1929, com a

    redao dada pelo

    Protocolo de Haia, de 1955.

    Questiona-se aplicabilidade:

    Protocolo de Guatemala

    Protocolos de Montreal

    157

  • 158

    Elemento subjetivo - sujeitos

    Transportador ou

    condutor

    pessoa encarregada

    de fazer o transporte

    Passageiro ou

    viajante

    pessoa ou objeto que

    vai ser transportado

  • 159

    Elemento prestacional

    Translado

    Pessoas

    Coisas

    Mveis

    Imveis

    Semoventes

  • O objeto do contrato o

    deslocamento.

    O contrato de transporte gera uma obrigao deresultado.

    A responsabilidade civil nesse caso objetiva,na teoria do risco.

  • Clusula de incolumidade:

    A obrigaes tacitamente assumida pelo

    transportador de conduzir o passageiro

    inclume ao local de destino.

  • Transporte Charter

    O Contrato de transporte no se confunde

    com o fretamento ou charter, em que

    cedido o uso do meio de transporte

    (navio, avio, nibus) ao outorgado, que

    lhe dar o destino que lhe aprouver.

    No contrato de transporte a

    responsabilidade pelo deslocamento das

    pessoas ou bens do transportador.

  • 163

    Natureza Jurdica

    Bilateralidade

    nascem obrigaes para as duas partes

    Onerosidade

    atividade economicamente lucrativa

  • 164

    Natureza Jurdica

    Comutatividade

    as prestaes de ambas as partes j esto certas e so compatveis entre si.

    Consensualidade

    aperfeioa-se pelo mtuo consentimento dos contratantes.

  • 165

    Classificao

    Quanto ao meio empregado

    Transporte terrestre

    Ferrovirio

    Rodovirio

  • 166

    Classificao

    Quanto ao meio empregado

    Transporte aqutico

    Martimo e Fluvial

    Transporte areo

  • 167

    Classificao

    Quanto ao objeto conduzido

    Transporte de pessoas

    Transporte de coisas,

    animadas ou inanimadas

  • 168

    TRANSPORTE DE COISAS

    Execuo

    Na entrega da

    mercadoria ao

    transportador

    Locais de entrega

    armazm do porto

    estao da ferrovia

    depsito

  • 169

    Remetente

    Deveres

    entrega da mercadoria

    pagamento do frete*

    acondicionamento satisfatrio

  • 170

    Remetente

    Direitos

    variao da consignao, isto , indicar,no curso da viagem, novo consignatrio

    indenizao por perda, furto ou avaria da coisa transportada

  • 171

    Transportador

    Deveres

    transporte da mercadoria no tempo,

    lugar e modo devidos

    responsabilizao pelas perdas e

    avarias culposas

  • 172

    Transportador

    Direitos

    reteno da mercadoria at o

    recebimento do frete

    privilgio especial em caso de falncia

    do remetente

  • 173

    Consignatrio

    Deveres

    entrega do conhecimento ao

    transportador

    pagamento do frete e da taxa de

    armazenagem (salvo Correios)

    agenciamento da carga

  • 174

    Consignatrio

    Direitos

    protesto ao transportador por danos e

    avarias na carga

    transferncia do conhecimento atravs

    do endosso

  • 175

    TRANSPORTE DE PESSOAS

    Consumao do ato

    A entrega do bilhete

    torna o contrato perfeito

  • TRANSPORTE DE PESSOAS

    O viajante ao comprar a passagem

    assegura o direito de transportar sua

    bagagem. O transporte de bagagem

    acessrio ao de transporte de pessoas.

    O passageiro s paga o excesso de peso

    ou volume. Art. 734 Pargrafo nico. lcito ao transportador

    exigir a declarao do valor da bagagem a

    fim de fixar o limite da indenizao.

  • 177

    Transporte Individual e Coletivo

    Itinerrio

    Deve constar da

    passagem, em caso

    de transporte

    individual

  • 178

    Passageiro

    Deveres

    pagamento da tarifa

    de viagem

    apresentao pontual

    no local de embarque

    procedimento

    conveniente

    Direitos

    transporte inclume

    ocupao do lugar

    mencionado no bilhete

    acionar o

    transportador em caso

    de dano moral ou

    material

  • 179

    Transportador

    Deveres transporte diligente

    responsabilidade por

    danos culposos

    conduo e entrega

    da bagagem

    seguro extensivo aos

    passageiros

    Direitos

    reteno da

    bagagem

    impedimento do

    embarque de

    passageiro mal

    trajado, com falta de

    higiene ou problema

    de sade.

  • 180

    Responsabilidade contratual

    Em caso de acidente, durante a viagem, a culpa

    do transportador presumida, salvo motivo de

    fora maior ou caso fortuito. (Exceto transporte areo)

  • Transporte de pessoas

    O contrato de transporte de pessoas teminicio a partir do momento em que umindividuo acena para um veiculo detransporte pblico, tendo em vista a ofertapermanente do servio.

    J a responsabilidade pela integridade dopassageiro se inicia a partir do momento emque esse mesmo passageiro se insere nouniverso do transportador.

    No caso de transporte ferrovirio a partir domomento que ingressa na estao deembarque, transpondo a roleta.

  • 182

    Transporte Gratuito

    aquele que se

    perfaz com carona

    Modalidades

    mera cortesia

    necessidade

    (doena)

  • 183

    Transporte Ferrovirio

    Regulamento Geral

    Decreto n 51.813/63

  • 184

    Ferrovias

    Responsabilidade Civil

    Presumida, ou seja, independe da prova do

    evento culposo, exceto se proveniente de

    caso fortuito, fora maior ou culpa exclusiva

    da vtima.

  • 185

    Transporte Areo

    Contrato mercantil que tem por objetivo o

    translado de pessoas e coisas, por meio de

    aeronaves

  • 186

    Legislao Area

    Cdigo Areo Brasileiro Decreto-lei n 32, de 18 de novembro de

    1996

    Preocupao Definir e classificar as aeronaves, traar

    normas relativas ao trfego areo

  • TRANSPORTE CUMULATIVO E

    TRANSPORTE SUCESSIVO

    Cumulativo responsabilidade de uma ou mais empresas nico contrato

    Se houver substituio de algum dos transportadores a responsabilidade solidria se estende ao substituto.

    Para o contrato cumulativo necessrio que haja unidade da relao contratual a que se vinculam diversos transportadores.

    Sucessivo - cadeia de contratos empresas independentes. Art. 756 todos respondem solidariamente pelo dano causado

    perante o remetente, podendo haver apurao final da responsabilidade entre eles.

  • Emprstimo

    o contrato pelo qual uma das partes entrega outra coisa fungvel ou infungivel, com a obrigao de restitu-la(Carlos Roberto Gonalves)

    Contrato de natureza real;

    Obrigao de restituir.

    No devoluo posse precria.

  • Espcies de contrato

    O cdigo civil classifica os contratos de emprstimo em duas espcies:

    comodato e mtuo

    Situados no titulo Do Emprstimo, Artigos 579 ao 592.

    So diferentes tipos de contratos. Tm em comum a entrega da coisa.

  • Comodato

    Conceito

    Art. 579 Conceito "comodato o emprstimo gratuito de coisas no fungveis. Perfaz-se com a tradio do objeto".

    uma prtica bastante comum na sociedade. Ambiente familiar, fidcia.

  • ComodatoCaractersticas

    Responsveis pela administrao da coisa no podero d-la em comodato (art.580) salvo se possuir autorizao especial.

  • Direitos e ObrigaesComodatrio

    Conservar a coisa;

    Usar a Coisa de Forma Adequada;

    Restituir a coisa.

  • Direitos e ObrigaesComodante

    Reembolsar o comodatrio por despesas extraordinrias e urgentes.

    Entregar a coisa sem vcios ocultos.

    Exigir a conservao da coisa.

    Exigir os gastos ordinrios para a conservao da coisa.

    Estipuir e cobrar aluguel, como forma de penalizao e perdas e danos em caso de atraso na restituio.

  • Mtuo

    Conceito:

    O art. 586 define o mtuo como sendo o emprstimo de coisas fungveis, pela qual o muturio obriga-se a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gnero, quantidade e qualidade.

  • Caractersticas Mtuo

    Contrato real.

    Considerado gratuito, embora o emprstimo de dinheiro seja em regra oneroso.

    o nico contrato unilateral oneroso, quando feneraticio.

    Contrato no solene.

    Temporrio.

  • Requisitos Mtuo

    Art.588 O mutuo feito a pessoa menor, sem previa autorizao daquele sob cuja guarda estiver, no pode ser reavido nem do muturio, nem de seus fiadores.

    Capacidade do mutuante e do muturio

  • Excees do art. 589Mtuo

    Se houver ratificao da pessoa cuja autorizao era necessria.

    Se o emprstimo foi para alimentos.

    Se o menor tiver bens ganhos com seu trabalho.

    Se o emprstimo reverteu em beneficio para o menor.

    Se o menor obteve o emprstimo maliciosamente.

  • Direitos e ObrigaesMtuo

    Muturio, restituir no prazo convencionado, a mesma quantidade e qualidade de coisa recebidas e na sua falta, pagar seu valor, quando o contrato no tiver por objeto dinheiro.

    Obrigao do mutuante, em caso de prejuzos decorrentes de vcios ou defeitos que tinha conhecimento.

  • Art. 590Mtuo

    Possibilidade do muturio exigir garantia da restituio se antes do vencimento o muturio sofrer notria mudana em sua situao econmica.

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    Permuta ou escambo o contrato pelo qual as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro.

    Difere da compra e venda apenas porque nesta exige-se a prestao de uma das partes em dinheiro.

    Aplicam-se as disposies da compra e venda.

  • Conceito:

    Contrato em que o doador, por esprito de

    liberalidade, enriquea o donatrio

    dispondo de um direito em seu favor e

    assumindo uma obrigao (538).

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    ESPCIES

    - Pura (liberalidade completa, sem condies estipuladas)

    - Remuneratria (feita para compensar servio prestado no cobrado)

    - Com encargo ou modal (impe-se contraprestao ao donatrio em favor do doador ou de terceiro)

    - Reversvel (na morte do donatrio volta o bem ao doador (547)

    - Condicional (depende de acontecimento futuro e incerto)

    - Conjuntiva (a que se faz em comum a mais de uma pessoa)

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    Restries liberdade de doar:

    - No possvel doar todos os bens sem reserva do necessrio subsistncia (548)

    - Doao que excede o que o donatrio teria direito por herana (544)

    - Doao que prejudica credores do doador (simulao, fraude)

    - Doao inoficiosa: que excede o quanto poderia o doador dispor em testamento (549)

    - Doao do cnjuge adltero ao seu cmplice (550)

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    HIPTESES DE REVOGAO (555, 556):

    - Motivos comuns aos contratos (dolo, coao, simulao, fraude)

    - Por ser resolvel o negcio

    - Por inadimplemento do encargo

    - Por ingratido do donatrio

    - Sempre por sentena, pleiteado dentro de um ano a contar do conhecimento pelo doador do fato ou ato autorizador (559)

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    Por ingratido do donatrio quando ofender o doador, seu cnjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmo do doador (557 e 558):

    - se atentou contra a vida ou cometeu crime doloso contra a vida de algum deles;

    - Se cometeu contra algum ofensa fsica ou moral, mesmo que no configure crime;

    - Se omitiu os alimentos que o doadornecessitava.

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    No se revogam por ingratido as doaes (564):

    - Puramente remuneratrias

    - As oneradas com encargo j cumprido

    - As que se fizerem em cumprimento de obrigao natural (inexigveis prescritas, dvidas de jogo)

    - As feitas para grupo familiar que se forma (546)

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    Conceito: o locador cede ao locatrio, por

    tempo determinado ou no, o uso e gozo

    da coisa no fungvel, mediante

    remunerao. (565)

    Caractersticas: bilateral, consensual,

    oneroso, comutativo e de durao.

    Objeto: coisas mveis e imveis, no

    fungveis (se for fungvel mtuo

    oneroso).

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    Obrigaes do locador: entregar a coisa no

    estado de servir ao uso destinado e

    conservar este estado, garantindo o uso

    pacfico da coisa, sem interferncia de

    vcios ou interferncias de terceiros.

    Obrigaes do locatrio: zelar pela coisa

    como sua e devolver ao final nas mesmas

    condies, utilizando-a para as finalidades

    indicadas e pagando os aluguis como

    combinado.

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    HIPTESES DE MODIFICAO OU TRMINO DA LOCAO

    Locatrio pode pedir reduo proporcional ou resolver o contrato quando o bem se deteriorar (567).

    Locador pode rescindir e pedir perdas e danos diante do mau uso da coisa ou do desvio de sua finalidade pelo locatrio (570)

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    No aluguel por prazo determinado:

    (obrigaes puras)

    - A retomada ou devoluo antecipada do

    bem somente ocorrer com o pagamento

    de perdas e danos ao locatrio, com

    direito de reteno deste, ou pagamento

    da multa proporcional prevista. (571)

    - A locao por tempo determinado cessa

    de pleno direito findo o prazo (independe

    de notificao ou aviso) (573)

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    - Se permanecer com o bem sem oposio, prorroga-se por prazo indeterminado nas mesmas condies.

    No aluguel por prazo indeterminado: (obrigao sem vencimento) (575)

    - Se notificado o locatrio no restituir, pagar o aluguel arbitrado pelo locador e responder pelos danos que o mesmo venha a sofrer.

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    Direito de reteno:

    - O locatrio pode reter a coisa no caso de benfeitorias necessrias, ou das teis expressamente autorizadas (578)

    - Meio de defesa para exigir ser indenizado pelos valores que gastou com o objeto locado.

    LEITURA COMPLEMENTAR:

    Captulo V. Da locao de coisas (lei inquilinato). Carlos

    Roberto Gonalves. Volume III. Editora Saraiva.

  • Negcio jurdico com o objetivo de fornecer ao credor uma segurana de pagamento, alm do patrimnio do devedor, atravs da segurana oferecida por terceiro estranho relao principal.

    Contrato pelo qual uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso este no a cumpra.

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    CARACTERSTICAS E REGRAS GERAIS

    Gratuito com relao ao fiador, mas na relao

    entre fiador e afianado pode ser oneroso (ex.

    fiana bancria)

    Intuitu personae

    Acessrio

    Pode ser solidrio ou no

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    Pode ser prestada toda espcie de obrigao

    Exige forma escrita e no admite interpretao extensiva (smula 214 STJ: o aditamento no obriga o fiador que no anuiu) (RT 799.283, 799.271, 780.391)

    Somente as dvidas certas e lquidas podem ser cobradas do fiador.

    Presume-se que abrange todas os acessrios e a dvida principal, podendo ser estipulado o contrrio.

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    A fiana no pode ultrapassar o limite do dbito, sob pena de reduzir-se at ele.

    Liberdade de recusa do fiador indicado: pessoa idnea, domiciliada no municpio, possuir bens suficientes para garantia.

    Substituio do fiador: ao se tornar insolvente ou incapaz.

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    O fiador pode ser exigido do pagamento da dvida garantida.

    Benefcio de ordem: o fiador pode exigir na defesa que primeiro se executem os bens do devedor, indicando-os, salvo quando (a) renunciou o benefcio expressamente, (b) for solidrio ou (c) na falncia ou insolvncia do devedor.

    Benefcio da diviso: na pluralidade de fiadores so solidrios, salvo indicado expressamente a diviso pro rata (proporcional) entre os fiadores.

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    Fiador que paga se sub-roga perante o devedor na totalidade, ou perante os demais fiadores na quota respectiva.

    Fiador pode cobrar o que pagou mais perdas e danos do devedor, inclusive, os juros da obrigao principal ou juros de mora legalmente fixados.

    Fiador pode pagar a dvida quando a ao judicial contra o devedor estiver demorada sem justificava.

    Fiana comunica-se aos herdeiros, no valor correspondente at a morte do fiador, no podendo ultrapassar a fora da herana.

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    Pela defesa do fiador:

    - excees pessoais (erro, dolo, coao)

    - excees gerais (prescrio, nulidade)

    Pela desobrigao do fiador, quando:

    - O credor concede moratria ao devedor

    - O credor realiza dao em pagamento

    - O credor no aproveita os bens indicados pelo fiador

    Pela extino da obrigao (confuso, compensao

    etc)

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    CONTRATOS DE COMERCIALIZAO

    POR TERCEIROS

    Representao Civil (art. 115 CC) Mandato (art. 653 CC) Representao Comercial (Lei 8420.92) Comisso Agncia e distribuio Corretagem

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    Viso geral:

    Nova dinmica comercial exigiu que as empresas,

    de um modo geral, passassem a contratar

    indiretamente, atravs de terceira pessoa.

    Tal dinmica encontrou base no mandato, na

    representao civil e na representao comercial.

    A prtica comercial criou figuras de atuao por

    terceiros nas atividades comerciais:

    Comisso, agncia, distribuio e corretagem.

  • CONTRATO DE COMISSO

    (artigos 693 a 709 - CC)

    Conceito: contrato pelo qual uma das

    partes (o comissrio) obriga-se a realizar

    atos ou negcios perante terceiros em favor

    de outra (o comitente), que poder ou no

    ser anunciado, segundo instrues deste,

    porm no seu prprio nome.(693) objeto: aquisio ou venda de bens pelo comissrio, em

    seu prprio nome, por conta do comitente.

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    Sujeitos: Comissrio e Comitente. Pessoas fsicas

    ou jurdicas, comerciantes ou no.

    Caractersticas:

    bilateral (obrigaes recprocas),

    consensual (se conclui pelo consentimento),

    oneroso (requer contraprestao dos servios),

    no solene (no exige formalidade).

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    Anlise das relaes contratuais:

    Existe um contrato de comisso entre comissrio e comitente; e outro contrato, de

    compra e venda, entre o comissrio e terceiras

    pessoas.

    O comitente no figura nesta segunda relao contratual, mas pode aparecer. O

    comissrio age em seu nome e no em nome

    do comitente.

    Atualmente comum surgir o contrato de comisso somado a outras figuras contratuais,

    como a franquia, a licena, etc.

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    Comisso (remunerao do comissrio):

    Geralmente fixada em percentual sobre as vendas realizadas, mas no sendo fixada ser o costume do

    local.

    703 comisso sempre devida, mesmo que tenha dado causa resciso do contrato, ressalvado o direito

    de o comitente exigir do comissrio a indenizao pelos

    prejuzos sofridos (perdas e danos).

    708 direito de reteno: ser reembolsado das despesas feitas, podendo reter bens e valores em seu

    poder para garantir o reembolso e o recebimento das

    comisses.

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    Obrigaes do comissrio:

    695 deve agir conforme as instrues do comitente, com probidade e diligncia, sempre

    buscando vantagens para o comitente.

    - Na falta de instrues dever agir segundo o uso

    nos casos semelhantes, sob pena de responder por

    perdas e danos.

    696 Se concedeu prazo no autorizado para garantir uma venda, deve comunicar de imediato e

    demonstrar a vantagem.

    - S a fora maior o livra das perdas e danos.

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    698 - regra geral: o comissrio no responde pela solvncia dos terceiros com quem

    contrata, exceto em caso de culpa.

    Clusula del credere: ele pode ser garante da solvncia dos terceiros, caso o faa

    expressamente.

    Diante da clusula del credere ter direito a aumento na remunerao para compensar o

    nus maior assumido.

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    Direitos do comissrio:

    Perceber a comisso;

    Reembolsar-se das despesas que efetuou ou prejuzos que sofreu, tendo

    direito a juros da data do desembolso.

    Direito de reteno (pelo reembolso e comisso);

    Privilgio na falncia ou insolvncia do comitente.

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    Obrigaes e direitos do comitente:

    Remunerar e reembolsar, vista, salvo estipulao em contrrio;

    No responde perante terceiros; estes no tm ao contra o comitente;

    Pode alterar as instrues a qualquer tempo, at porque o risco do negcio

    seu (ele investe); geralmente so

    expedidas planilhas sobre preos, prazos,

    etc.

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    Vantagens do contrato:

    Dispensa do comissrio exibir documento que o habilite perante terceiros, como ocorreria em outras

    modalidades (mandato);

    Afasta risco perante terceiros, pois o comissrio realiza negcios em seu prprio nome e no tem muitos

    poderes, como ocorre no mandato;

    Mantm o segredo das operaes comerciais do comitente, colocando um obstculo entre os

    consumidores ou concorrentes.

    Facilita informao, remessa e guarda de mercadorias em locais distantes.

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    Extino do contrato:

    Causas comuns;

    Veja o artigo 473, p.u. (prazo razovel para cobrir investimentos);

    Caso de morte: remunerao proporcional aos trabalhos realizados;

    O sndico da falncia deve denunciar o contrato para que seja finalizado; o crdito

    existente privilegiado.

  • CONTRATO DE AGNCIA E DE DISTRIBUIO

    CC 710 a 721

    O que agenciar ?

    Promover negcios, indicar trabalhos, a bom termo, em favor do agenciado.

    Diz Pontes de Miranda: O agente promove, o contrato para que promova. (v. 44, 1984)

    EXEMPLOS: negcios de turismo, teatro, atletas profissionais, espetculos esportivos, etc.

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    O que distribuir?

    - o distribuidor se obriga a adquirir

    mercadorias, geralmente de consumo, para

    posterior colocao no mercado,

    estipulando-se como contraprestao um

    valor ou margem autorizada para revenda.

    - Pode tambm funcionar como

    intermedirio, no adquirindo, mas apenas

    colocando mercadorias do distribudo no

    mercado e arrecadando sua remunerao

    das vendas.

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    Conceito (710):

    O agente ou o distribuidor um

    colaborador que, com autonomia e

    independncia, exerce a gesto de

    interesses alheios, promovendo

    negcios ou distribuindo produtos em

    prol do preponente.

    Caracterizando-se a distribuio

    quando o agente tiver sua disposio

    a coisa a ser negociada.

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    CARACTERSTICAS:

    No eventual (profissionalizao, carter de continuidade necessrio ao tipo de negcio)

    Sem vnculos de dependncia (sem subordinao e com autonomia na conduo da prpria atividade)

    Obrigao de promover e ou realizar certos negcios (geralmente venda de bens de consumo)

    Em zona determinada (delimitao territorial e exclusividade, sempre expressos)

    Diferenciando-se a distribuio pela posse do bem negociado (vender e entregar)

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    Exclusividade como regra geral:

    salvo ajuste em contrrio existe

    exclusividade entre agente e

    agenciador. No mesmo sentido, o

    contrato personalssimo (711).

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    REMUNERAO: (714 715)

    O contrato oneroso (remunerao ao agente ou distribuidor que, quando no estipulado, ser segundo os usos).

    A culpa do preponente na no concluso dos negcios cria dever de remunerar integralmente o agente ou o distribuidor.

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    Os prejuzos causados pelo preponente, bem como, a atitude de cessar ou reduzir fornecimentos, deixando impraticvel ou anti-econmico o negcio, que cause dano, d direito indenizao do preposto.

    No contrato com exclusividade, os negcios concludos dentro da zona delimitada so sempre remunerados ao agente, ainda que ocorram sem sua interferncia.

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    Deveres comuns ao agente e distribuidor:

    - Diligncia no desempenho da atividade

    contratual;

    - Deve agir de acordo com as instrues do

    preponente;

    - Salvo estipulao em contrrio

    responsvel por todas as despesas com a

    agncia e distribuio (713)

    - Deve informar o preponente das

    condies do mercado e dos negcios.

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    Resciso contratual:

    A dispensa (ou melhor, distrato) do agente ou distribuidor ter conseqncias diversas conforme a causa que o motivou:

    1. Culpa do preposto: s ter direito a remunerao, sem prejuzo ao que tiver que pagar (717) pelo dano causado.

    2. Ausncia de sua culpa: ser devida a remunerao acrescida da indenizao pelas perdas e danos que possam surgir (718).

    3. Por motivo de fora maior: sem culpa atribuvel, fica com o valor da remunerao (719).

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    OBS

    Restries quanto resciso unilateral:

    quando por prazo indeterminado pode ser resolvido unilateralmente desde que tenha transcorrido prazo compatvel com os investimentos, mas sempre diante de aviso prvio de 90 dias, para que providenciem a concluso dos negcios em andamento e ou providenciem novo agente. (720)

    Regras subsidirias:

    aplica no que couber as normas de mandato e comisso (721)

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    Diferena com o comissrio:

    o agente ou distribuidor age em nome do preponente e deve permitir que os terceiros tenham conhecimento disto, bem como, comprovar seus poderes quando solicitado.

    Diferena do corretor:

    O corretor no tem vinculao permanente com o preponente, geralmente dizendo respeito a um nico ou poucos bens que no sero de consumo, bem como, no tendo carter obrigatrio de continuidade.

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    Leitura complementar:

    Texto da internet. Legislao especial acerca da representao comercial (Lei 4886 de 1965, 8420 de 1992).

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    Conceito: contrato pelo qual uma pessoa,

    no ligada a outra em virtude de mandato, de

    prestao de servios ou qualquer outra

    relao de dependncia (por excluso), se

    obriga, mediante remunerao, a angariar

    negcios para outra, ou fornecer-lhe

    informaes para celebrao de contratos.

    CORRETAGEM

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    Forma consensual: no exige formalidade,

    provando-se por qualquer meio (mas

    exclusividade s pode ser provada por

    escrito).

    Objeto do contrato: a aproximao das partes

    com consenso contratual iniciado.

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    Corretor: pessoa que exerce, com ou sem

    exclusividade, a atividade de corretor, em

    carter contnuo ou intermitente.

    - So oficiais (com legislao especfica,

    como imveis - creci) ou no oficiais.

    Atividades do corretor: (a) intermediao

    entre possveis contratantes, (b) obteno

    e comunicao de informaes sobre

    possveis contratos.

    Sub-corretagem: permitida salvo

    proibio expressa.

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    Obrigaes dos corretores: esto no artigo 723, podendo ser ampliadas no contrato.

    Tem o dever de prudncia e diligncia, devendo informar e orientar o comitente

    sobre todas as caractersticas do negcio,

    sob pena de responder por perdas e danos a

    que der causa (art. 723)

    Obrigao do comitente pagar a remunerao (comisso) na forma estipulada

    ou segundo o que determinar a lei ou os

    costumes.

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    (REMUNERAO) comisso

    O objeto do contrato a aproximao com o consenso iniciado, e no a realizao efetiva do

    contrato.

    A remunerao, ento, no depende do adimplemento da obrigao contratual almejada,

    tampouco ser indevida nos casos de resoluo,

    desistncia (art. 725).

    Fechado o negcio (aproximados), mesmo que em instrumento preliminar (compromisso, arras) a

    comisso devida (na prtica, fixam-se o sinal em

    valor tal que cubra a comisso).

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    PECULIARIDADES DA COMISSO

    Agenciador espontneo : no tem direito a

    comisso, pois o contrato de corretagem

    no existe (art. 726). Salvo tenha sido

    tacitamente aceito (Venosa).

    Corretagem exclusiva: devida a comisso

    mesmo quando feito o negcio pretendido

    diretamente pelo comitente, salvo se este

    provar a inrcia ou ociosidade do corretor

    (art. 726). Exclusividade, s por escrito.

    Mediadores auxiliares: so devidas

    comisses em partes iguais, salvo

    estipulao em contrrio (728).

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    Culpa do comitente: ser devida a comisso se o corretor provar que realizou a

    intermediao e o negcio no se efetivou por

    arbtrio ou culpa exclusiva do comitente.

    Comisso ps contrato: se o negcio for fechado depois do prazo contratual, mas por

    conta da atividade do corretor, devida a

    comisso (art. 727) (boa f ps contratual)

    Contrato de resultado (risco contratual): as despesas realizadas para a intermediao so

    do corretor, efetive-se ou no o negcio, pois

    o risco a natureza do contrato.

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    Fim do contrato:

    - causas comuns,

    - morte das partes,

    - concluso do negcio,

    - escoamento do prazo,

    - pela renncia ou revogao quando por

    prazo indeterminado.

    Leitura complementar:

    Carlos Roberto Gonalves, V III, Saraiva, So Paulo

    Captulo X Do mandato

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    Transporte

    Seguro

    Franquia

  • (artigos 757 802)

    Segurador se obriga, mediante pagamento do

    prmio, a garantir interesse legtimo do segurado,

    relativo a pessoa ou a coisa, contra risco

    predeterminado e futuro.

    Segurador: s o legalmente autorizado.

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    Histrico: Roma sem previso, com incio no

    Mercantilismo Idade Mdia navegao.

    Controle estatal: ramo de negcios

    controlado indiretamente pelo Estado, por ter

    interesse scio-econmico. Instituto de

    Resseguros do Brasil. IRB.

    Legislao: CC, Decreto Lei n. 73 de 1966,

    CDC, Legislao Complementar.

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    Trata-se da defesa contra o risco da perda

    do patrimnio, pulverizando sua perda

    entre outras pessoas, um grupo de

    segurados com o mesmo objetivo, sendo

    que os valores (prmio e contraprestao indenizao) so calculados tecnicamente

    de acordo com o tipo de seguro.

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    BILATERAL: obrigao de pagar o prmio X

    obrigao de pagar a contraprestao

    ALEATRIO: a prestao do segurador

    subordina-se a evento futuro e incerto

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    CONSENSUAL: forma escrita no exigida

    para celebrao, mas se exige para efeito de

    prova da existncia do contrato (aplice ou

    bilhete de seguro, ou mesmo comprovante de

    pagamento do prmio).

    Mas nunca admite prova oral (2 TAC SP Ac.

    480.153).

    Reputa-se celebrado com a emisso do

    documento, independente que a vigncia seja posterior.

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    ADESO: clusulas pr-dispostas, com interpretao favorvel ao consumidor (46 e 47 do CDC).

    Aplica-se princpio da boa f objetiva (423 e 424 CC), principalmente, (i) nas declaraes do segurado e informaes durante o contrato (766) e (ii) na absteno da prtica de atos que agravem os riscos do contrato (768), sob pena de perder direito aos valores.

    A equidade na interpretao dos contratos de seguro (anlise de caso concreto texto complementar)

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    Dirige-se a proteger a coisa ou outro

    interesse segurvel (venosa). O objeto o

    risco que incide sobre qualquer bem

    jurdico (Caio Mrio).

    Recai sobre qualquer contedo do

    patrimnio (coisa) ou atividade humana

    (pessoa).

    Sobre um nico objeto podem incidir mais

    de uma proteo: ex. contrato de seguro

    de automveis com clusula de danos

    causados a terceiros.

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    Emisso deve sempre ser procedida de

    proposta completa por escrito.

    A aplice ou o bilhete mencionaro:

    - Os riscos assumidos

    - Incio e fim de sua validade

    - Limite de garantia e o valor do prmio

    - Nome do segurado e beneficirio

    - Caducidade, eliminao ou reduo dos

    direitos do segurado ou beneficirios

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    Pagar prmio na forma estipulada.

    Mora ocorre independente de interpelao ou cobrana, e no ser devida a indenizao se ocorrer o sinistro antes da purgao.

    Sempre pagar o prmio, mesmo quando o risco no ocorra como previsto.

    O prmio pode ser aumentado ou diminudo quando houver modificao considervel do risco, tendo sempre o dever de comunicar o aumento do risco. Ex. Alpinista que abandona o esporte.

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    Boa f objetiva, veracidade, lealdade, informaes completas.

    Abster-se de atos que aumentem o risco, salvo autorizao expressa ou conhecimento da prtica pelo segurador.

    Deve comunicar imediatamente o sinistro e proteger a coisa, tudo com o fim de diminuir os danos.

    Dever de compr