resumo dir civil contratos
TRANSCRIPT
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Este material no substitui a
doutrina indicada disciplina.
Ele um vetor de aprendizado
dinmico, fornecido como
coadjuvante no processo.
BOM ESTUDO!
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Negcio
jurdico
ContratosPrincipiologia e
formao
Contratos em
Espcie
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Programa
Procedimentos
Prazos
Frequencia
Uso de
celular/ap.
eletrnicos
Cordialidade
ME
Avaliaes
Bibliografia
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O que um fato?
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Fatos Jurdicos (lato sensu)
Naturais
Humanos
Ordinrios
Extraordinrios
Lcitos
Ilcitos
Ato JurdicoStricto Sensu
Negcio
Jurdico
Ato-Fato
Jurdico
Fato Jurdico
em Sentido
Estrito
Atos Jurdico
em Sentido
Amplo
Contrato
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Fatos Jurdicos
Humanos
Lcitos
Ato JurdicoStricto Sensu
A manifestao da
vontade est determinada na lei
ou h uma simples inteno.
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Fatos Jurdicos
Humanos
LcitosNegcio
Jurdico
Dependem da vontade
humana. Existe a inteno de adquirir,
resguardar, transferir, modificar
ou extinguir direitos.
Exige-se manifestao
Da vontade, sem vcios.
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Planos
Existncia
Eficcia
Validade
Vontade
Negcio
Objeto idneo
Art 104 CC
Atuais
Futuros
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Classificao
V
V
T
E
F
C
E
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Classificao dos Negcios Jurdicos
Quanto manifestao da vontade
Unilaterais
receptcios
no-receptcios
Bilaterais
Plurilaterais
Quanto ao tempo
Inter-vivos
Mortis-causa
Quanto s vantagens que produz
Gratuitos
Onerosos
Neutros
Bifrontes
Quanto existncia
Principais
Acessrios
Quanto formalidade
Solenes
No solenes
Quanto complexidade
Simples
Complexos
Coligados
Quanto equivalncia
Comutativos
Aleatrios
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Elementos essenciais do Negcio Jurdico
Base legal: art. 104 CC
So de existncia imprescindvel para a validade e eficcia
do ato, formando sua prpria substncia.
Consentimento
ou
Vontade Humana
Capacidade das partes
Liceidade do seu objeto
Forma prescrita ou no
defesa em lei
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Elementos acidentais do NJ
1. Condio (art. 121 CC)Causais (dependem do acaso)
Simplesmente potestativa (arbtrio relativo de uma das partes)
Puramente potestativas (inteiro arbtrio de uma das partes)
Mistas
Suspensivas
Resolutivas
So fatores acessrios que, a depender da vontade das partes, podem
ou no figurar como elemento constitutivo de determinado negcio
jurdico.
So elementos que incidem no sobre o negcio em si, e simsobre seus efeitos, modificando-os de acordo com a convenincia
das partes.
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Elementos acidentais do NJ
2. Termo Art. 131 CC
Termo inicial Termo finalPrazo
Aqui o negcio comea
a produzir seus efeitos
Aqui h o rompimento
dos efeitos jurdicos
do negcio
Possui caractersticas
suspensivas
Possui caractersticas
resolutivas
limites
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Elementos acidentais do NJ
3. Modo ou Encargo Art. 136 CCDeterminao acidental que quando aparece no negcio jurdico,
restringe o direito ou as vantagens auferidas por uma das partes.
Geralmente aparece nos chamados negcios graciosos
Condio X Modo
Esta suspende a aquisio
do direito at que se realize
o evento (cond. Suspensiva)
Este permite a aquisio do
direito desde a formao do
ato, porm restringindo-o
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Defeitos dos Negcios JurdicosVcios do consentimento
1. Erro ou ignorncia art. 138 CCErro noo falsa a respeito de algo crer falso o que
verdadeiro e verdadeiro o que falso.
Ignorncia ausncia de qualquer noo a respeito de
algo.
Na ignorncia no se sabe e no erro cr saber mas se engana.
Em ambas as situaes, o sujeito pratica um ato que no praticaria
ou praticaria de outro modo se estivesse esclarecido.
Dispe o CC que, para que o erro ou ignorncia torne defeituoso
e, portanto, anulvel o ato jurdico necessrio que ele seja substancial.
O erro essencial ou substancial, o que sem ele o ato no se realizaria.
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Vcios do consentimento2. Dolo
o induzimento malicioso prtica de uma ato, prejudicial ao seu autor
mas proveitoso ao autor do dolo ou terceiro. Pode ser proveniente do ou-
tro contratante ou de terceiro, estranho ao negcio.
Pode ser: Essencial ou Principal torna o ato anulvel
Acidental ato ilcito que gera responsabilidade civil
Bonus dolo menos intenso - tolerado
Malus dolo grave provoca anulabilidade do negcio
Positivo ou comissivo dolo por comisso que leva
outrem a contratar. (princpio da boa-f nesse e abaixo)
Negativo ocultao de condies ao contratante.
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Dolo
Do Representante
De Terceiro
Mtuo ou bilateral
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Vcios do consentimento
3. Leso - (inovao do CC art. 157)
Tambm chamado de dolo de aproveitamento
Configura-se quando algum se aproveita da situao de
premente necessidade ou ainda da inexperincia do outro
(contratante para obter lucro exagerado, visivelmente
desproporcional ao negcio.
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Vcios do consentimento
4. Coao
5. Estado de Perigo
Vcio social
Fraude Contra Credores
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Revisando Pode a natureza produzir um negcio jurdico?
Como resolver o paradoxo de ser o ato ilcito
classificado como fato jurdico?
O absolutamente incapaz produz negcio jurdico
vlido?
De que trata a vantagem atribuda aos contratos?
Contrato viciado nulo ou anulvel?
Onde se encontra o sinalagma nos contratos?
No satisfeita uma solenidade contratual, qual a
consequncia?
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DO CONTRATO
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Do Contrato
Contrato a conveno estabelecida entre
duas ou mais pessoas para constituir,
regular ou extinguir entre elas uma relao
jurdica patrimonial.
Para o Prof. Bevilqua
Contrato o acordo devontades para o fim de
adquirir, resguardar,
modificar ou extinguir
direitos.
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PRINCPIOS JURDICOS APLICVEIS AOS CONTRATOS
Princpio da liberdade contratual:
se quer ou no contratar com quem contratar qual a modalidade do negcio fixar o contedo do contrato
A autonomia est limitada: servios pblicos (empresa no pode negar novo cliente, cliente
no pode escolher outra empresa).
Modalidade: pode optar pelos tpicos ou criar atpicos, mas sempre atento aos requisitos do
negcio jurdico.
Contedo: contratos de pr-elaborados.
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Princpio da funo social do contrato
O contrato no deve ser mais visto peloprisma individualista dos contratantes, mas
no sentido social de utilidade para a
comunidade.
Ainda, no ferir a dignidade da pessoa humana.
A observncia da funo social do contrato exigida pelo art. 421 do CC.
O interesse social do contrato deve prevalecer ainda que atinja a prpria liberdade de contratar (
este um princpio limitador da autonomia).
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Princpio do consensualismo
O pacto, ou seja, a manifestao de vontade, vincula as partes.
No a formalidade que vincula, mas a manifestao da vontade pelas partes: os bois se prendem pelo chifre, os homens, pela palavra. (Annimo)
Caio Mrio: o contrato nasce do consenso puro dos interessados, tendo a vontade como fonte geradora.
A formalidade exigida em tempos passados hoje exceo incidente nos contratos formais e nos
contratos reais, para dar garantia e segurana jurdica
(107 CC).
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Princpio da obrigatoriedade
Todo contrato vlido e eficaz deve ser cumprido pelas partes.
pacta sunt servanda
Caio Mrio: irreversibilidade da palavra empenhada; as partes, diante da eficcia do
contrato no podem querer se esquivar das
obrigaes originadas de sua prpria
vontade, sob pena de coao estatal.
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Garantia de cumprimento (coao estatal):- O ordenamento oferece instrumentos jurdicos para obrigar o contratante a adimplir com suas
prestaes, sob pena, inclusive, de coao
estatal, atravs da atividade jurisdicional do
Estado. Ex. Ao de cumprimento de contrato,
cobrana, obrigao de dar, fazer, etc.
Conseqncias:
- No aceito o arrependimento ou a revogao
unilateral prejudicial a outra parte.
- Princpio da intangibilidade: o Estado-juiz no
pode alterar seu contedo, salvo autorizado pelo
princpio da funo social do contrato.
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Princpio da relatividade (efeitos do contrato)
- Regra geral (efeitos internos do contrato):
O contrato s traz efeitos para os que dele
participam, ou seja, para as partes do contrato, no
podendo prejudicar nem aproveitar terceiros.
- Exceo (efeitos externos do contrato):
H efeitos externos que, como exceo, podem
atingir terceiros (ex. estipulaes em favor de
terceiro, as convenes coletivas de trabalho,
contrato de seguro, etc).
- Impera no CC a relatividade dos efeitos do
contrato.- O Contrato s obriga as partes que dele fazem parte
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Princpio da boa f contratualProbidade e boa-f
INTRODUO (TIPIFICAO ABERTA)
O que significa boa f contratual?
O CC trouxe o chamado sistema aberto das
normas, criaram-se clusulas gerais para os
contratos, com a expresso atravs de
termos vagos, cujo contedo dirigido ao
juiz, que analisar o caso concreto e se
utilizar da hermenutica, interpretando e
aplicando a norma em cada caso.
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Funo
Social
Probidade
Boa-f
Objetiva Subjetiva
Forma de conduta
Norma de
comportamento
S
O
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NOVAS MANIFESTAES
CONTRATUAIS
Clusulas predispostas
Despersonalizao do contratante
Contrato de adeso
Contrato-tipo
Contrato coletivo
Contrato coativo
Contrato dirigido ou regulamentado
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CONTRATO DE ADESO
Clusulas predispostas pela parte econmica
ou tecnicamente superior.
Consentimento reduz-se aceitao das
clusulas (restrio da liberdade contratual).
Conceito: artigo 54 do CDC.
Surgiu diante da necessidade de criar
relaes numerosas e homogneas, gerando
um esquema contratual, para reduzir custos e
racionalizar o funcionamento da sociedade.
Aplicao dos artigos 423 e 424 do CC.
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CONTRATO-TIPO (Modelo)
Aproxima-se do de adeso por se tratar de clusulas predispostas.
Diferencia-se, pois h paridade entre os contratantes, que concordam com as clusulas prontas.
No de adeso as clusulas so dirigidas a indeterminados contratantes; aqui, as partes so identificveis desde o incio.
Geralmente so adotadas por empresas de um mesmo setor da economia que contratam entre si h muito tempo, padronizando-se as regras.
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CONTRATO COLETIVO
Forma mais utilizada para regulamentar a atividade contratual entre patres e empregados.
No contrato clssico h lei entre as partes; no contrato coletivo h lei para todas as pessoas ligadas ao ente coletivo participantes do negcio.
Obs: previso no CDC (art. 107) para contrataes coletivas de consumo.
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CONTRATO COATIVO
Mximo do dirigismo contratual.
Contrato imposto; sem autonomia da vontade.
Ex. concessionrias de servio pblico.
As partes so foradas a contratar.
Abrangido tambm por normas de direito pblico.
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CONTRATO DIRIGIDO ou REGULAMENTADO
O Estado interfere em vrios setores da economia, atravs da ingerncia no contrato, delimitando o mbito da vontade privada.
Ex. CDC, tabela de preos, regras de direito bancrio, contrato de trabalho, etc.
O Estado impe algumas orientaes, estabelecendo e ou proibindo clusulas (ex. artigo 51 do CDC)
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FORMAO DOS CONTRATOS
Nasce o contrato quando a vontade das partes se encontram (consenso).
A vontade expressada atravs de veculos de exteriorizao palavra, gesto, escrito, etc. (ex. anncio, leilo, televendas).
Para haver contrato no necessrio algo escrito.
Pode a declarao de vontade ser tcita, quando a lei no exigir que seja expressa (art. 432; silncio, art. 111).
Psiu!
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Proposta
Esta, obriga o proponente.
Salvo:
Se enviada a proposta, o proponente desiste, envia
concomitantemente a sua deciso ou, antes dela.
Se a aceitao no chegar no prazo entre
ausentes.
Se feita entre presente no for imediatamente
aceita se no se deu prazo.
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ACEITAO
A aceitao (ou oblao) o ato ou o silncio do oblato que exterioriza sua vontade e confirma o nascimento do negcio jurdico.
No h requisitos especiais, salvo exigncia legal (artigos 432 e 111).
Entre presentes a aceitao simples, bastando a exteriorizao da vontade do oblato (teoria da agnio).
Entre ausentes preciso definir o tempo e o lugar em que se forma o contrato.
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Teorias sobre o momento (tempo) da formao do contrato entre ausentes:
- Informao ou cognio: perfeito o contrato quando o proponente toma conhecimento da aceitao.
- Recepo: quando recebe a resposta, mesmo que no a leia.
- Declarao ou agnio: momento em que o oblato declara a aceitao.
- Expedio: no instante em que a aceitao expedida.
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Entre ausentes o CC adota a teoria da
expedio, mas de forma mitigada.
434 entre ausentes formam-se os contratos quando a aceitao
expedida, exceto nas hipteses:
(i) inexistente a aceitao se com ela ou
antes dela chega a retratao (art. 433)
(ii) no comprometimento da espera da chegada
da resposta. (Teoria da Informao/cognio).
(iii) se a resposta no chegar no prazo
convencionado.
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Lugar de formao dos contratos entre ausentes:
O contrato considerado celebrado no local onde foi proposto (435). * Ver s/ foro de eleio.
Contratantes em pases diversos (LIND, artigo 9): no lugar em que residir o proponente.
Regra de Direito Internacional mais moderna: estipulado conforme a vontade das partes ou no local de vnculo mais estreito com o contrato.
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Outras estipulaes sobre formao dos
contratos no CC:
(430) O proponente obrigado a avisar o
aceitante a chegada tardia da aceitao,
sob pena de responder por perdas e
danos.
(431) A aceitao fora do prazo ou com
alteraes constitui nova proposta.
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Relatividade dos Contratos
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Conceito
Um dos princpios fundamentais do
contrato a sua relatividade, isto , o negcio
s ata os participantes, no podendo
beneficiar ou prejudicar terceiros.
Venosa, Slvio de Salvo. Cdigo Civil Interpretado. So Paulo: Atlas, 2010, p. 451
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O Terceiro
O terceiro da relao contratual todo
sujeito de direito que no celebrou o vnculo
contratual e pode vir a sofrer os efeitos da
avena, ou no.
Caso o terceiro no venha a sofrer os
efeitos do contrato, ele ser chamado de
terceiro no interessado (Lisboa, 2010, p. 177)
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Cdigo Civil
- Estipulao em favor de terceiro: art. 436 a
438;
- Promessa de fato de terceiro: art. 439 a 440;
- Contrato com Pessoa a Declarar: art. 467 a
471.
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Estipulao em Favor de
Terceiro
A estipulao em favor de terceiro o
negcio jurdico por meio do qual se ajusta
uma vantagem pecuniria em prol de pessoa
que no o celebra, mas se restringe a colher os
seus benefcios. (Roberto Senise Lisboa, 2010)
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Estipulao em Favor de
Terceiro
Art. 436. O que estipula em favor de
terceiro pode exigir o cumprimento da
obrigao.
Pargrafo nico. Ao terceiro, em favor de
quem se estipulou a obrigao, tambm
permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito
s condies e normas do contrato, se a ele
anuir, e o estipulante no o inovar nos
termos do art. 438.
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Estipulao em Favor de
Terceiro
Na estipulao em favor de terceiro
existem dois momentos:
- o terceiro somente mencionado no
contrato como beneficirio;
- a manifestao de vontade do
beneficirio, quando a prestao
exigvel.
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Estipulao em Favor de
Terceiro
Na estipulao em favor de terceiro
existem duas fases:
- antes da aceitao, o terceiro somente
mencionado no contrato como
beneficirio;
- depois da aceitao - que a
manifestao de vontade do beneficirio,
quando a prestao exigvel.
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Estipulao em Favor de
Terceiro
Art. 437. Se ao terceiro, em favor dequem se fez o contrato, se deixar o direito de
reclamar-lhe a execuo, no poder o
estipulante exonerar o devedor.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o
direito de substituir o terceiro designado no
contrato, independentemente da sua anuncia
e da do outro contratante.
Pargrafo nico. A substituio pode ser
feita por ato entre vivos ou por disposio de
ltima vontade.
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Estipulao em Favor de
Terceiro
Nos moldes do ensinamento do
Prof. Flvio Tartuce, os efeitos da
estipulao de terceiro so de dentro
para fora do contrato, ou seja, exgenos,
tornando-se uma clara exceo
relativizao contratual.
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POSIO DO TERCEIRO EM
RELAO AO CONTRATO
Se o beneficirio no concorda com o
benefcio, desaparece o objeto do
contrato, se as partes no colocaram
um substituto na posio do terceiro.
Deve o promitente devolver o que
recebeu, sob pena de ocorrer injusto
enriquecimento.
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A promessa por fato de terceiro o
negcio jurdico por meio do qual uma
das partes se obriga a obter de terceiro a
realizao de uma tarefa. (Roberto
Senise Lisboa, 2010)
Promessa por Fato de Terceiro
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Art. 439. Aquele que tiver prometido
fato de terceiro responder por perdas e
danos, quando este o no executar.
Pargrafo nico. Tal responsabilidade
no existir se o terceiro for o cnjuge do
promitente, dependendo da sua anuncia o ato
a ser praticado, e desde que, pelo regime do
casamento, a indenizao, de algum modo,
venha a recair sobre os seus bens.
Promessa por Fato de Terceiro
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Nos moldes do ensinamento do Prof.
Flvio Tartuce, os efeitos da promessa por
fato de terceiro so de fora para dentro do
contrato, ou seja, endgenos, porque a
conduta de um estranho ao contrato repercute
para dentro deste.
Promessa por Fato de Terceiro
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Art. 440. Nenhuma obrigao haverpara quem se comprometer por outrem, se
este, depois de se ter obrigado, faltar
prestao.
Promessa por Fato de Terceiro
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O contrato com pessoa a declarar
o negcio jurdico por meio do qual uma
das partes acaba por indicar a pessoa
que assumir a posio jurdica em seu
lugar.
O prazo para esta indicao de 5
(cinco) dias aps a concluso do
negcio, devendo proceder na
comunicao da outra parte.
Contrato com Pessoa a Declarar
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Art. 467. No momento daconcluso do contrato, pode uma das
partes reservar-se a faculdade de indicar
a pessoa que deve adquirir os direitos e
assumir as obrigaes dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicao deve ser
comunicada outra parte no prazo de
cinco dias da concluso do contrato, se
outro no tiver sido estipulado.
Contrato com Pessoa a Declarar
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Art. 469. A pessoa, nomeada deconformidade com os artigos antecedentes,
adquire os direitos e assume as obrigaes
decorrentes do contrato, a partir do momento
em que este foi celebrado.
Art. 470. O contrato ser eficaz somente
entre os contratantes originrios:
I - se no houver indicao de pessoa, ou se o
nomeado se recusar a aceit-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a
outra pessoa o desconhecia no momento da
indicao.
Contrato com Pessoa a Declarar
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INTERPRETAO (exegese) dos contratos.
Conceito: atividade voltada a reconhecer e
reconstruir o significado das fontes de
valorao jurdica que constituem o seu
objeto. Caio Mrio.
O hermeneuta deve buscar a inteno
comum dos contratantes, geralmente
exteriorizadas desde as negociaes at a
aceitao.
O CC no adotou linha especfica, mas
apenas artigos esparsos: 112 (inteno); 113
(boa f e costumes); 114 (restrio na
renncia); 423 (equilbrio - adeso).
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A inteno das partes em confronto
com o sentido da linguagem do
contrato devem ser utilizados em
conjunto para se conhecer a real
vontade das partes no momento de
celebrao do contrato.
A maneira como as partes vinham
cumprindo o contrato ponto crucial
na interpretao. Costume
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Cdigo Civil Francs e as regras de Pothier:
I D E I - A
- Inteno prevalece sobre a gramtica, mas com equilbrio;
- Deve ser visualizada a natureza do negcio;
- Em caso de dvida, a clusula se interpreta em favor do promitente e contra o estipulante.
- Interpreta-se sempre a clusula contra quem agiu com m-f, culpa, obscuridade ou outro vcio que a originou.
- As clusulas interpretam-se uma em relao s outras, sejam antecedentes ou consequentes.
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CONTRATO PRELIMINAR
Conceito: aquele pelo qual as partes
se comprometem a celebrar, mais tarde,
outro contrato, que ser o principal.
Diferente das tratativas, pois tem
vinculao, contrato.
Tem carter preparatrio, com o
objetivo de concluir o contrato principal,
trazendo uma obrigao de fazer (463).
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Forma livre no CC; s precisa de registro pblico para efeito perante terceiros (462).
Clusula de arrependimento permitida, desde que expressa (463).
O juiz pode suprir o inadimplente em sua vontade a pedido da parte (464) ou a parte pode considerar sem efeito o contrato e pedir perdas e danos (465). (Sentena substitutiva)
Execuo judicial do no cumprimento do contrato preliminar: 639, 641 do CPC.
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ARRAS
um sinal, representado
pela entrega de uma quantia
em dinheiro ou objeto, pelos
contratantes.
Tem duas funes:
confirmatria e penitencial.
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Na funo confirmatria o sinal
prova de que o negcio se realizou,
no permitindo o arrependimento,
sob pena de infrao ao contrato.
Se o objeto da arras for da mesma
caracterstica do objeto do contrato,
considera-se princpio de
pagamento. Se no for, devolve-se
na execuo do contrato. (417)
funo confirmatria
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Impossibilidade sem culpa: devolve-se.
Culpa ou recusa de cumprimento por
parte de quem deu a arras:
alternativamente o outro contratante
pode reter ou executar o contrato.
Culpa ou recusa de cumprimento por
parte de quem recebeu a arras:
devoluo mais o equivalente, com
correo, juros e honorrios de advogado
(418).
funo confirmatria
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O contratante tem liberdade de arrependimento
(faculdade de retratao), mas ocorrendo, as arras
funcionam como indenizao pr-fixada.
Assemelha-se clusula penal, mas nas arras o
valor pago antecipadamente.
necessrio estipular expressamente esta funo
penitencial no contrato.
funo penitencial
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No h direito a execuo da obrigao ou direito a valor suplementar de indenizao, mesmo com prejuzo maior da parte inocente.
... Pois o arrependimento fica permitido no contrato e a indenizao aquela pr-fixada.
funo penitencial
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Estamos deixando de usar as arras
confirmatrias e adotando com mais
frequncia as arras penitenciais,
como forma de dar maior segurana
jurdica aos negcios.
ATUALIDADE
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O objeto do contrato cercado por
dois tipos de garantias legais, que
independe da vontade das partes e
est inserido pela lei em todos os
contratos:
- Vcio redibitrio
- Evico
Garantias legais contratuais
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VCIO
REDIBITRIO
Defeito oculto de que portadora a coisa objeto de contrato comutativo, que a torna imprpria ao uso a que se destina ou lhe prejudica o valor. (441)
Fundamenta-se no princpio da garantiaque deve ser dado por quem entrega a coisa.
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Contratos objetos do vcio rebiditrio
So os comutativos e os de doao com encargo (doaesem que o beneficirio, para receber o bem doado, assumealgum nus).
Aes edilcias:
Ao Redibitria: Visa a devoluo do dinheiro erestituio da quantia paga, reembolso de despesas, e atperdas e danos (no caso do alienante conhecer o vcio, ter omesmo agido com m-f).
Ao Estimatria (ou quanti minoris): Visa conservar acoisa, reclamando o abatimento proporcional do preo emque o defeito a depreciou (art. 442 CC).
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Bem adquirido em hasta pblica
No se pode redibir o contrato, nem pedir abatimento dopreo.
No entanto, se for um leilo de arte ou de animais em rodeios,a responsabilidade subsiste, aplicando-se inclusive, peloentendimento jurisprudencial, o CDC (vcios do produto).
Descabimento de reclamao
Se as partes pactuarem que o alienante no responde porvcios ocultos.
- Exemplos: vendas de saldo em que se anunciam pequenosdefeitos.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
Produto com defeito
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Prazo Decadencial
Nos negcios civis o prazo de reclamao epropositura das aes edilcias, contado da entregaefetiva (tradio), de (art. 445, CC):
- 30 (trinta) dias para bens mveis;
- 1 (um) ano para bens imveis;
- Se o comprador j estava na posse o prazo reduzido pela metade.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Observaes:
Quando o vcio s puder ser conhecido mais tarde (vciooculto em sentido estrito), o prazo conta-se a partir doinstante em que dele se tiver cincia, at o mximo de180 dias se tratar de mveis e 1 ano se tratar deimveis.
As partes podem estabelecer outros prazos, respeitadosos prazos fixados pelo art. 445, CC.
- Exemplo: compra de veculos comum se estipularprazo de 01 ano a 3 anos de garantia.
O adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos30 dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena dedecadncia.
Tais prazos decadenciais no podem ser suspensos,nem interrompidos, com exceo da suspenso parabeneficiar absolutamente incapaz, prevista no prprioCdigo Civil.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Vcios do produto
Tambm regulada pela Lei n 8.078/90 (Cdigo de Defesa doConsumidor CDC), aplicvel aos contratos de consumo.
Os vcios do produto previstos na Lei Consumerista norevogaram os vcios redibitrios previstos no Cdigo Civil.
- Se uma pessoa adquire um bem de um particular, a reclamaorege-se pelo Cdigo Civil.
- Se for de um comerciante ou de profissional, rege-se pelo Cdigode Defesa do Consumidor.
A lei considera vcios do produto tanto os defeitos ocultos nacoisa como tambm os aparentes ou de fcil constatao.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Prazos decadenciais
Contam-se a partir da data da entrega efetiva do produto ou dotrmino da execuo dos servios:
- Produto no durvel (bem que desaparece com o consumo): 30dias;
- Produto durvel (bem que no desaparece com o consumo): 90dias.
Suspenso do prazo decadencial (art. 26, CDC)
Quando h qualquer reclamao comprovadamente formuladapelo consumidor perante o fornecedor de produtos e servios ata resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida deforma inequvoca; bem como a a instaurao de inqurito civil,at seu encerramento.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Direito do consumidor
Os fornecedores, quando efetuada areclamao direta, tm prazo mximo de trintadias para sanar o vcio. No o fazendo pode oconsumidor exigir alternativamente:
a) Substituio do produto;
b) Restituio da quantia paga (mais perdas edanos);
c) ou o abatimento proporcional do preo.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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Da responsabilidade por vcio do produto e do servio
Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumodurveis ou no durveis respondem solidariamente pelosvcios de qualidade ou quantidade que os tornemimprprios ou inadequados ao consumo a que se destinamou lhes diminuam o valor, assim como por aquelesdecorrentes da disparidade, com as indicaes constantesdo recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagempublicitria, respeitadas as variaes decorrentes de suanatureza, podendo o consumidor exigir a substituio daspartes viciadas.
DOS VCIOS REBIDITRIOS
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O alienante responde, mesmo que
ignore o vcio.
No se aplica a regra: a coisa perece
para o dono.
permitida a renncia expressa ou
tcita do direito de exigir a garantia.
observaes
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Vcio redibitrio diferente de erro.
No erro, recebe-se uma coisa por outra.
O negcio viciado, mas no a coisa.
No vcio redibitrio a coisa a desejada,
mas se desconhece o seu defeito.
Importante
Exemplo: Compra um cavalo para corrida e descobre que portador de doena respiratria.
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Um olhar sobre a EVICO
-
EVICO
Vcio redibitrio vcio da coisa,
defeito material do objeto. Evico
vcio de direito.
Conceito: a perda da utilidade da
coisa (perda da coisa), por uma
sentena judicial ou ato administrativo
que a atribui outra pessoa, por direito
anterior ao contrato. (Propriedade).
-
Domnio
Propriedade
Poder
Direito
Gozar
Reivindicar
Usar
Dispor
Posse
-
CARACTERSTICAS
Perda da coisa para terceiro por
sentena judicial privando do
domnio ou posse teis o
adquirente.
O direito do terceiro anterior
tradio.
Responsabiliza o alienante, que
deveria resguardar o adquirente
contra os riscos da perda.
-
A evico independe de culpa.
Em Hasta Pblica subsiste a garantia, podendo cobrar do Estado ou do devedor-vendedor (Araken Assis, Didier).
O adquirente que sabia do vcio ou assumiu os riscos no tem direito evico.
Pode ser renunciada ou reduzida pela vontade das partes (448 CC), mas sempre ter o evicto direito de restituir-se do valor pago (449 CC).
observaes
-
Artigos 448 x 449 do CC
-
O alienante dever: restituir o preo
pago, despesas com contrato,
honorrios e custas judiciais, frutos
e benfeitorias, bem como, pagar o
plus-valia (diferena na valorizao
do bem) (450 CC).
Tambm so devidas as perdas e
danos (402 CC).
Efeitos entre as partes
-
Geralmente o terceiro interessado entra com
uma ao em face do adquirente.
O adquirente deve convocar o alienante
integrar a lide judicial e a responder pelas
consequncias da evico (denunciao da
lide) (456 CC).
Poder convocar o alienante imediato ou
qualquer dos anteriores (inovao no CC
2002).
-
Na evico parcial, se o prejuzo parcial for considervel, o adquirente escolher entre a restituio total ou a restituio da parte prejudicada (455 CC).
Prejuzo mnimo ou irrelevante no configura a evico.
Prejuzo considervel aquele que nos faz pensar que o negcio no se realizaria caso soubesse do vcio.
-
Extino dos Contratos
-
Com adimplemento
Semadimplemento
Causascontemporneas
formao
Causassupervenientes
formao
Anulao
Anulabilidade
Resciso
Morte
Resilio
Resoluo
Para contratospersonalssimos
Modo normal de resoluodo contrato
Nulidadeabsoluta
Nulidaderelativa
-
Resilio
Unilateral
Bilateral
Renncia
Revogao
Distrato
Sempre serfruto de um
ATO
Ato = vontade de
pessoa
-
Resoluo
Voluntria
Involuntria
Dolo
Culpa
Caso fortuito
Fora maior
Indenizaopor ato ilcito
Em tese nodeve gerar
indenizao
-
Clusulas
Arrependimento
Resoluo tcita
Resoluoexpressa
Distrato*
Exceptio non adimpleticontratus
Pactocomissrio
convencional
Intervenojudicial
SemInterveno
judicial
* Previso antecipada
-
Exceo do Contrato no Cumprido
Exceptio non adimpleti contractus
Art. 476 CC
-
Quis. Classifique os seguintes contratos pela sua extino
Divrcio litigioso
-
Divrcio consensual
-
Tsunami (que destri um imvel objeto de locao)
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Contrato de trabalho - despedida
-
Defeito do produto
-
Guerra das cervejas
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Paula Fernandes quer rescindir contrato com Leonardo
A Cantora Paula Fernandes conseguiu uma liminar que garante o direito de agendar os prprios shows. Ela quer rescindir o contrato com a produtora Talism do Cantor Leonardo.O contrato vence no dia 11 de novembro (2012). Mas, existe um problema de comunicao entre Paula e a empresa de Leonardo. Segundo seu advogado, Paula quer administrar sua carreira por meio da empresa Jeito de Mato, da qual uma das scias.A falta de controle sobre a prpria agenda, a que levou a cantora a tentar a liminar agora obtida na justia.A empresa de Leonardo vai ganhar 30% do valor de cada apresentao e 20% de cada propaganda at que a justia d a deciso final.
Fonte: http://brasil.issoebrasilia.com.br/2012/09/paula-fernandes-quer-rescindir-contrato.html
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Contratos AleatriosAlea = risco, sorte.
Artigos 458 a 461 do Cdigo Civil
-
Conceituao o contrato pelo qual uma das
prestaes, ou ambas, apresentam-se
incertas, seja pela sua quantidade, seja
pela sua extenso, que fica subordinada a
um acontecimento incerto e futuro.
A incerteza do resultado caracteriza aespcie. Basta que haja o risco para uma
das partes.
-
Caractersticas: O risco o objeto do contrato e est sempre
presente, mas o fato aleatrio (sinistro) eventual.
O risco da sua essncia.
O risco de perder ou de ganhar pode ser de um oude ambos, mas a incerteza do evento tem de ser doscontratantes.
O resultado pode ser uma perda ou um lucro.
-
Tipos:
Quanto totalidade (existncia) coisafutura;
Quanto quantidade coisa futura;
Sujeita a riscos coisa atual.
-
Quanto existncia(emptio spei venda da esperana)
Art. 458 trata da possibilidade da coisa ou fatoexistir ou no.
Coisa ou fato futuro.
Probabilidade de existir ou no.
Risco absoluto.
o comprador declara que a venda ficar perfeita eacabada haja ou no safra, no cabendo aocomprador o direito de reaver o preo pago se, emrazo de geada ou outro imprevisto, a safra inexistir.
Exceo: dolo ou culpa do alienante.
-
Quanto quantidade(emptio rei speratae venda da coisa esperada)
Art. 459 trata da possibilidade da coisa existir na quantidade desejada.
Coisa futura.
Risco relativo.
A alea versa sobre a quantidade da coisa.
Risco: existir em qualquer quantidade.
Exceo: culpa ou dolo do alienante/nada vier aexistir (falta objeto).
-
O comprador assume o risco da completa frustrao da colheita e paga integralmente o preo acordado, mesmo que a coisa no venha a existir.
Os contratantes se sujeitamaos riscos naturais, mas acoisa futura deve vir aexistir, em qualquerquantidade.
O alienante tem o direito dereceber integralmente,mesmo que a coisa venha aexistir em quantidadeinferior a esperada, excetonada vier.
-
Coisa atual/existente, mas sujeita a risco
Art. 460. O alienante tem direito a todo opreo, mesmo que a coisa j perecera oudepreciara no dia do contrato, desde que oalienante no tenha conhecimento do fato.
Exemplo: a venda de mercadoria que estsendo transportada em alto-mar por navio,cujo risco de naufrgio o adquirente assumiu.
-
Se, contudo, O alienante sabia do naufrgio, a alienao
pode ser anulada por dolo.
Art. 461 se o alienante no ignorava aconsumao do risco, a alienao seranulada.
Utiliza-se dos princpios do seguro martimo(Cdigo Comercial, art. 677, n. 3 e 9).
-
Contratos em espcie (parte 1)
Compra e venda
Clusulas especiais compra e venda
Doao
Locao
Emprstimo
Fiana
-
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
CONCEITO (art. 481)
Contrato pelo qual um dos contratantes se obriga a
transferir o domnio de certa coisa, corprea ou
incorprea, e o outro, a pagar-lhe certo preo em
dinheiro ou mediante ttulo que o represente.
-
CARACTERSTICAS
Bilateral ou sinalagmtico, oneroso, geralmente comutativo (s vezes aleatrio) e geralmente consensual (s vezes solene: 108)
FORMAO
Estar perfeito o contrato apenas com o acordo sobre o objeto e o preo (482) pois o CC simplifica sua formao diante da relevncia da figura contratual.
Ateno: a compra e venda no transfere a propriedade, apenas cria obrigao.
-
ELEMENTO SUBJETIVO
A vontade da parte de transferir ou adquirir coisa alheia.
REQUISITOS GERAIS
Objeto lcito, possvel e partes capazes.
ELEMENTOS ESSENCIAIS:
Coisa (RES)
Preo (PRETIUM)
Consentimento (CONSENSUS)
-
Existente, mesmo que futura (483).
- Fica sem efeito se o objeto no vier a
existir (ex. bezerro da vaca).
- Venda de herana futura (de pessoa
viva) proibida (426), salvo no caso
de sucesso aberta.
Terminologia: coisas incorpreas so cedidas (ex. cesso de crdito).
coisa = bem
-
Determinvel
- Suscetvel de individuao.
- Venda alternativa (concentrao).
- Venda de gnero (coisa incerta).
- Venda sob amostra, prottipo ou modelo (484): determinao feita pelo confronto sendo que o objeto deve ter a qualidade do inicialmente exibido, que prevalece sobre o que estiver descrito no contrato.
coisa
-
Disponvel (alienvel)
- O bem deve ser disponvel no comrcio sob pena de ineficcia do contrato.
- Inalienabilidade: natural (ar), legal (ilcito, penhora) e voluntria (doao j realizada).
- Obs: pacta corvina proibido.
- Obs: cesso de direitos hereditrios.
coisa
-
Alienao legtima: possibilidade de transferncia efetiva do domnio
- Ningum compra o que j seu.
- Ningum vende o que no seu.
- O contrato fica anulvel e poder perder a eficcia.
coisa
-
No momento do pacto deve ser previsto em dinheiro ou por documento que o represente (ex. cheque).
No momento do pagamento poder ocorrer dao em pagamento.
PREO
-
SERIEDADE
- Contraprestao deve ser real.
- Se for fictcia ser doao simulada (167) (ex. prdio por R$1,00).
- O preo pode ser injusto (salvo casos de leso do artigo 157).
preo
-
CERTEZA
O valor deve ser certo e fixado pelas partes sob pena de nulidade (489) salvo:
- Acertada a fixao por terceiro (485).
- Preo conforme taxa de mercado ou bolsa (486).
- Adotados ndices ou parmetros objetivos (487).
SEM PREO
- na ausncia de preo em razo das caractersticas do negcio ser aplicado o valor da prtica habitual do vendedor (488).
preo
-
Exige-se o consenso como em qualquer contrato.
Requisitos gerais: objeto lcito, possvel, parte capaz e forma nos imveis.
Restries especficas: verdadeiras limitaes liberdade de compra e venda...
CONSENTIMENTO
-
(496) anulvel a venda de ascendente a descendente sem que os demais descendentes e o cnjuge expressamente o consintam (princpio da igualdade das legtimas).
- Cnjuge s no precisa consentir no regime de separao obrigatria de bens.
- privativo aos interessados promover anulao, sendo possvel entretanto a ratificao.
consentimento
-
(497) proibio legal de adquirir bens atinentes ao ofcio ou profisso, sob
pena de nulidade.
- Tutores, curadores etc
- Servidores pblicos na administrao
- Servidores e serventurios da Justia
- Leiloeiros
consentimento
-
(504) condomnio: enquanto pendente o estado de indiviso o condmino no
pode vender sua parte a estranho, se
outro consorte a quiser, tanto por tanto.
- No se aplica ao condomnio edilcio.
- Efetuada a venda a terceiro, o consorte
interessado deposita o preo e requer
para si (06 meses).
- Havendo diversos consortes interessados
segue esta ordem: maior benfeitorias,
maior quinho e primeiro depsito.
consentimento
-
(1647 e 1648) com exceo do regime de separao absoluta no pode o
cnjuge comprar imvel sem a
outorga.
consentimento
-
Obrigatoriedade (prestao de entregar a coisa e de pagar o preo, na forma e prazo estipulados).
O contrato em si no tem carter real (no translativo).
S com a tradio transfere-se o domnio (481. 1226. 1267) da coisa mvel; com o registro, da imvel (1227. 1245): sistema alemo e romano.
Garantias legais (redibitria e evico).
Efeitos
Efeitos principais
-
Na obrigao pura, no h obrigao de entrega enquanto no pago o preo
(direito de reter a coisa ou o preo).
Na obrigao a prazo, no h como negar a entrega, salvo verificar-se modificao
no estado econmico do comprador que
se veja reduzido insolvncia antes da
tradio (obs: cauo 495, ou pagamento antecipado vista 477).
Efeitos secundrios
-
Venda de universalidade (ex. rebanho, biblioteca): o objeto o
todo. O defeito de uma no autoriza a
rejeio de todas (503).
Venda de terras: irregularidades na metragem, dimenses em relao ao
ttulo, pode constituir vcio
redibitrio. A soluo (500) depende
do ttulo da venda...
Efeitos secundrios
-
Venda de terras
- Ad mensuram: o que vale a descrio do ttulo, o imvel vendido como est descrito. Dimenses precisas e exigveis.
Se possvel complementar, complementa-se (actio ex empto); na impossibilidade surge alternativa: resoluo do contrato (actio redhibitoria) ou abatimento proporcional (actio aestimatoria).
- Ad corpus: o que vale a caracterstica do imvel, suas confrontaes, como coisa certa e determinada. As descries do ttulo tm papel secundrio. Nada a reclamar.
Efeitos secundrios
-
Risco
A tradio que faz integrar o bem no patrimnio do comprador.
A coisa perece para o dono.
Inverso quando existir mora accipiendi.
Efeitos secundrios
-
Repartio das despesas
- despesas da tradio com o
vendedor e de registro e escritura
com o comprador, salvo estipulao
em contrrio (490).
Efeitos secundrios
-
PROMESSA DE COMPRA E VENDA
Contrato preliminar que antecede o principal.
Bilateral ou unilateral.
Gera obrigao de fazer.
Se irretratvel e registrado em cartrio (462), pode ser coagido a passar a escritura por adjudicao compulsria (463 e 464). Se no registrado, perdas e danos.
A coisa prometida torna-se indisponvel.
-
Retrovenda
Venda a contento
Venda sujeita a prova
Pacto de preferncia
Venda com reserva de domnio
Venda sobre documentos
Clusulas especiais compra e venda
-
Retrovenda
Faculdade que se reserva o vendedor de reaver o imvel vendido devolvendo ao comprador o preo e os gastos, alm das benfeitorias (505 CC).
Condio resolutiva expressa: desfaz-se a venda.
S se aplica aos bens imveis. 03 anos prazo decadencial do direito de
resgate.
Na recusa de devolver, depsito judicial (506 CC)
-
Pode ser cedido o direito de resgate, bem como, exigvel perante terceiro adquirente. (507 CC)
Desuso. Insegurana jurdica.
Muito utilizada para simular garantia no mtuo, substituindo a hipoteca. Gera nulidade diante da simulao. (STJ, REsp 285.296-MT, 4a T, Min. Rui Rosado de Aguiar).
Na pluralidade de pessoas com direito ao resgate, se s uma requerer, poder o comprador intimar os demais para concordarem ou no. (508 CC)
-
Venda a contento
Alienao que depende da aprovao do comprador, funcionando a mesma como
condio suspensiva para a efetivao do
negcio.
Elemento subjetivo: a efetivao do negcio depende da manifestao do
comprador. A mera tradio no transfere
o domnio.
Muito usado nos produtos alimentcios, bebidas, roupas finas etc.
-
Aplica-se a clusula ad gustum condio simplesmente potestativa depende do agrado do comprador,
fator este que no mero capricho,
nem pode ser afastado por percia ou
outra prova.
O aceite no pode ser tcito (509 CC)
Direito personalssimo e intransfervel.
-
Venda sujeita a prova
O comprador receber a coisa com suspenso da compra e venda e dever provar a coisa para saber se ela tem as qualidades e caractersticas ofertadas (510 CC).
Aqui a satisfao no ligada ao gosto do comprador, mas sim circunstncia de a coisa ter ou no as qualidades asseguradas na oferta, ser ou no idnea ao fim a que se destina.
Estando dentro dos parmetros o comprador no poder recusar, pois esta deve ser justificada (inidoneidade do objeto).
-
Preferncia ou preempo
Faculdade pessoal que se assegura ao vendedor para readquirir a coisa vendida ou dada em pagamento em igualdade de condies com um terceiro comprador, na hiptese de revenda do bem.
(Direito de prelao convencional, em igualdade de condies).
Tanto nos mveis quanto nos imveis.
Diferena da retrovenda: - valor dado pelo terceiro; mero direito obrigacional e no real, que se converte em perdas e danos; - depende da vontade do primeiro comprador de vender o objeto.
-
O atual proprietrio deve intimar o preferido para se manifestar (516 CC).
O prazo para o exerccio da preferncia de 180 dias para mveis; 2 anos aos imveis. (513 CC).
direito intransfervel, pessoal. (520 CC).
Prevista em lei: a preferncia do condmino na aquisio da parte indivisa e do inquilino, no aluguel.
-
Se ocorrer sem o seu conhecimento converte-se em perdas e danos, respondendo solidariamente o adquirente de m-f. (518 CC).
No precisa aguardar a notificao, podendo agir pr-ativamente (514 CC).
Retrocesso: direito de reaver o bem desapropriado pelo Poder Pblico que esteja sendo usado para finalidade diferente (519 CC).
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Todos os direitos reservados. Luis Chacon. www.cmoca.com.brDireito Civil Contratos
PROMESSA DE COMPRA E VENDA
Contrato preliminar que antecede o principal.
Bilateral ou unilateral.
Gera obrigao de fazer.
Se irretratvel e registrado em cartrio (462), pode ser coagido a passar a escritura por adjudicao compulsria (463 e 464). Se no registrado, perdas e danos.
A coisa prometida torna-se indisponvel.
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Copyright 1999 LINJUR151
CONTRATO DE TRANSPORTE
Autora:Sandra Mara Zimer
Orientador:Daniel Gebler
Professor de Contratos da UNIVALI
Adaptao:Professor Wladimir C. e Silva
-
O HOMEM E O TRANSPORTE
Desde a antiguidade, o homem sempre teve necessidade de
deslocar-se bem como de deslocar suas coisas.
A inveno da roda.
A problemtica do fator transporte:
Rodovias, ferrovias, avenidas ereas, mobilidade urbana, etc.
Os transportes terrestres e o aeronutico, sem nos esquecermos do martimo, evoluram, nos ltimos cem anos, mais do que em
todos os sculos precedentes, desde quando o homem, em
magnfico insight, criou a roda. (STOLZE e PAMPLONA).
152
-
153
Conceito
Arnoldo Wald
o contrato pelo qual uma parte se obriga a
conduzir, de um lugar para outro, pessoas ou
coisas, mediante retribuio (1995, p. 459)
-
Contrato de transporte
CONCEITO: art. 730 - o contrato pelo
qual algum se obriga, mediante
remunerao, transportar de um lugar
para outro pessoas ou coisas.
-
Ateno!
Para que se configure o contrato de transporte h de ser
obrigatria que o mesmo se faa mediante retribuio
para o transportador, caso contrario estaramos diante
do transporte gratuito, que falaremos adiante. Oportuno
esclarecer que no h a necessidade de que o
transporte seja feito apenas mediante pagamento em
espcie.
O prprio Cdigo Civil, no pargrafo nico do art. 736,
considera como contrato oneroso os que, ainda que
feito sem remunerao, tragam vantagens indiretas ao
transportador.
-
Legislao
Tambm so aplicveis no que couber os preceitosconstantes da legislao especial e de tratados econvenes internacionais, como dispe o artigo 732,referindo-se especialmente ao CDC, a Conveno deVarsvia e o Cdigo Brasileiro da Aeronutica.
As convenes internacionais em matria detransporte so recepcionadas como lei federal deforma que no que for conflitante com a ConstituioFederal de 1988 tem-se como revogado o tratado, oprprio Cdigo Civil disciplina a responsabilidadetornando nulas as clusulas que excluem aresponsabilidade (art. 734):
156
-
Legislao internacional
Conveno de Varsvia, de 1929, com a
redao dada pelo
Protocolo de Haia, de 1955.
Questiona-se aplicabilidade:
Protocolo de Guatemala
Protocolos de Montreal
157
-
158
Elemento subjetivo - sujeitos
Transportador ou
condutor
pessoa encarregada
de fazer o transporte
Passageiro ou
viajante
pessoa ou objeto que
vai ser transportado
-
159
Elemento prestacional
Translado
Pessoas
Coisas
Mveis
Imveis
Semoventes
-
O objeto do contrato o
deslocamento.
O contrato de transporte gera uma obrigao deresultado.
A responsabilidade civil nesse caso objetiva,na teoria do risco.
-
Clusula de incolumidade:
A obrigaes tacitamente assumida pelo
transportador de conduzir o passageiro
inclume ao local de destino.
-
Transporte Charter
O Contrato de transporte no se confunde
com o fretamento ou charter, em que
cedido o uso do meio de transporte
(navio, avio, nibus) ao outorgado, que
lhe dar o destino que lhe aprouver.
No contrato de transporte a
responsabilidade pelo deslocamento das
pessoas ou bens do transportador.
-
163
Natureza Jurdica
Bilateralidade
nascem obrigaes para as duas partes
Onerosidade
atividade economicamente lucrativa
-
164
Natureza Jurdica
Comutatividade
as prestaes de ambas as partes j esto certas e so compatveis entre si.
Consensualidade
aperfeioa-se pelo mtuo consentimento dos contratantes.
-
165
Classificao
Quanto ao meio empregado
Transporte terrestre
Ferrovirio
Rodovirio
-
166
Classificao
Quanto ao meio empregado
Transporte aqutico
Martimo e Fluvial
Transporte areo
-
167
Classificao
Quanto ao objeto conduzido
Transporte de pessoas
Transporte de coisas,
animadas ou inanimadas
-
168
TRANSPORTE DE COISAS
Execuo
Na entrega da
mercadoria ao
transportador
Locais de entrega
armazm do porto
estao da ferrovia
depsito
-
169
Remetente
Deveres
entrega da mercadoria
pagamento do frete*
acondicionamento satisfatrio
-
170
Remetente
Direitos
variao da consignao, isto , indicar,no curso da viagem, novo consignatrio
indenizao por perda, furto ou avaria da coisa transportada
-
171
Transportador
Deveres
transporte da mercadoria no tempo,
lugar e modo devidos
responsabilizao pelas perdas e
avarias culposas
-
172
Transportador
Direitos
reteno da mercadoria at o
recebimento do frete
privilgio especial em caso de falncia
do remetente
-
173
Consignatrio
Deveres
entrega do conhecimento ao
transportador
pagamento do frete e da taxa de
armazenagem (salvo Correios)
agenciamento da carga
-
174
Consignatrio
Direitos
protesto ao transportador por danos e
avarias na carga
transferncia do conhecimento atravs
do endosso
-
175
TRANSPORTE DE PESSOAS
Consumao do ato
A entrega do bilhete
torna o contrato perfeito
-
TRANSPORTE DE PESSOAS
O viajante ao comprar a passagem
assegura o direito de transportar sua
bagagem. O transporte de bagagem
acessrio ao de transporte de pessoas.
O passageiro s paga o excesso de peso
ou volume. Art. 734 Pargrafo nico. lcito ao transportador
exigir a declarao do valor da bagagem a
fim de fixar o limite da indenizao.
-
177
Transporte Individual e Coletivo
Itinerrio
Deve constar da
passagem, em caso
de transporte
individual
-
178
Passageiro
Deveres
pagamento da tarifa
de viagem
apresentao pontual
no local de embarque
procedimento
conveniente
Direitos
transporte inclume
ocupao do lugar
mencionado no bilhete
acionar o
transportador em caso
de dano moral ou
material
-
179
Transportador
Deveres transporte diligente
responsabilidade por
danos culposos
conduo e entrega
da bagagem
seguro extensivo aos
passageiros
Direitos
reteno da
bagagem
impedimento do
embarque de
passageiro mal
trajado, com falta de
higiene ou problema
de sade.
-
180
Responsabilidade contratual
Em caso de acidente, durante a viagem, a culpa
do transportador presumida, salvo motivo de
fora maior ou caso fortuito. (Exceto transporte areo)
-
Transporte de pessoas
O contrato de transporte de pessoas teminicio a partir do momento em que umindividuo acena para um veiculo detransporte pblico, tendo em vista a ofertapermanente do servio.
J a responsabilidade pela integridade dopassageiro se inicia a partir do momento emque esse mesmo passageiro se insere nouniverso do transportador.
No caso de transporte ferrovirio a partir domomento que ingressa na estao deembarque, transpondo a roleta.
-
182
Transporte Gratuito
aquele que se
perfaz com carona
Modalidades
mera cortesia
necessidade
(doena)
-
183
Transporte Ferrovirio
Regulamento Geral
Decreto n 51.813/63
-
184
Ferrovias
Responsabilidade Civil
Presumida, ou seja, independe da prova do
evento culposo, exceto se proveniente de
caso fortuito, fora maior ou culpa exclusiva
da vtima.
-
185
Transporte Areo
Contrato mercantil que tem por objetivo o
translado de pessoas e coisas, por meio de
aeronaves
-
186
Legislao Area
Cdigo Areo Brasileiro Decreto-lei n 32, de 18 de novembro de
1996
Preocupao Definir e classificar as aeronaves, traar
normas relativas ao trfego areo
-
TRANSPORTE CUMULATIVO E
TRANSPORTE SUCESSIVO
Cumulativo responsabilidade de uma ou mais empresas nico contrato
Se houver substituio de algum dos transportadores a responsabilidade solidria se estende ao substituto.
Para o contrato cumulativo necessrio que haja unidade da relao contratual a que se vinculam diversos transportadores.
Sucessivo - cadeia de contratos empresas independentes. Art. 756 todos respondem solidariamente pelo dano causado
perante o remetente, podendo haver apurao final da responsabilidade entre eles.
-
Emprstimo
o contrato pelo qual uma das partes entrega outra coisa fungvel ou infungivel, com a obrigao de restitu-la(Carlos Roberto Gonalves)
Contrato de natureza real;
Obrigao de restituir.
No devoluo posse precria.
-
Espcies de contrato
O cdigo civil classifica os contratos de emprstimo em duas espcies:
comodato e mtuo
Situados no titulo Do Emprstimo, Artigos 579 ao 592.
So diferentes tipos de contratos. Tm em comum a entrega da coisa.
-
Comodato
Conceito
Art. 579 Conceito "comodato o emprstimo gratuito de coisas no fungveis. Perfaz-se com a tradio do objeto".
uma prtica bastante comum na sociedade. Ambiente familiar, fidcia.
-
ComodatoCaractersticas
Responsveis pela administrao da coisa no podero d-la em comodato (art.580) salvo se possuir autorizao especial.
-
Direitos e ObrigaesComodatrio
Conservar a coisa;
Usar a Coisa de Forma Adequada;
Restituir a coisa.
-
Direitos e ObrigaesComodante
Reembolsar o comodatrio por despesas extraordinrias e urgentes.
Entregar a coisa sem vcios ocultos.
Exigir a conservao da coisa.
Exigir os gastos ordinrios para a conservao da coisa.
Estipuir e cobrar aluguel, como forma de penalizao e perdas e danos em caso de atraso na restituio.
-
Mtuo
Conceito:
O art. 586 define o mtuo como sendo o emprstimo de coisas fungveis, pela qual o muturio obriga-se a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gnero, quantidade e qualidade.
-
Caractersticas Mtuo
Contrato real.
Considerado gratuito, embora o emprstimo de dinheiro seja em regra oneroso.
o nico contrato unilateral oneroso, quando feneraticio.
Contrato no solene.
Temporrio.
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Requisitos Mtuo
Art.588 O mutuo feito a pessoa menor, sem previa autorizao daquele sob cuja guarda estiver, no pode ser reavido nem do muturio, nem de seus fiadores.
Capacidade do mutuante e do muturio
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Excees do art. 589Mtuo
Se houver ratificao da pessoa cuja autorizao era necessria.
Se o emprstimo foi para alimentos.
Se o menor tiver bens ganhos com seu trabalho.
Se o emprstimo reverteu em beneficio para o menor.
Se o menor obteve o emprstimo maliciosamente.
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Direitos e ObrigaesMtuo
Muturio, restituir no prazo convencionado, a mesma quantidade e qualidade de coisa recebidas e na sua falta, pagar seu valor, quando o contrato no tiver por objeto dinheiro.
Obrigao do mutuante, em caso de prejuzos decorrentes de vcios ou defeitos que tinha conhecimento.
-
Art. 590Mtuo
Possibilidade do muturio exigir garantia da restituio se antes do vencimento o muturio sofrer notria mudana em sua situao econmica.
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Permuta ou escambo o contrato pelo qual as partes se obrigam a prestar uma coisa por outra, excluindo o dinheiro.
Difere da compra e venda apenas porque nesta exige-se a prestao de uma das partes em dinheiro.
Aplicam-se as disposies da compra e venda.
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Conceito:
Contrato em que o doador, por esprito de
liberalidade, enriquea o donatrio
dispondo de um direito em seu favor e
assumindo uma obrigao (538).
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ESPCIES
- Pura (liberalidade completa, sem condies estipuladas)
- Remuneratria (feita para compensar servio prestado no cobrado)
- Com encargo ou modal (impe-se contraprestao ao donatrio em favor do doador ou de terceiro)
- Reversvel (na morte do donatrio volta o bem ao doador (547)
- Condicional (depende de acontecimento futuro e incerto)
- Conjuntiva (a que se faz em comum a mais de uma pessoa)
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Restries liberdade de doar:
- No possvel doar todos os bens sem reserva do necessrio subsistncia (548)
- Doao que excede o que o donatrio teria direito por herana (544)
- Doao que prejudica credores do doador (simulao, fraude)
- Doao inoficiosa: que excede o quanto poderia o doador dispor em testamento (549)
- Doao do cnjuge adltero ao seu cmplice (550)
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HIPTESES DE REVOGAO (555, 556):
- Motivos comuns aos contratos (dolo, coao, simulao, fraude)
- Por ser resolvel o negcio
- Por inadimplemento do encargo
- Por ingratido do donatrio
- Sempre por sentena, pleiteado dentro de um ano a contar do conhecimento pelo doador do fato ou ato autorizador (559)
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Por ingratido do donatrio quando ofender o doador, seu cnjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmo do doador (557 e 558):
- se atentou contra a vida ou cometeu crime doloso contra a vida de algum deles;
- Se cometeu contra algum ofensa fsica ou moral, mesmo que no configure crime;
- Se omitiu os alimentos que o doadornecessitava.
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No se revogam por ingratido as doaes (564):
- Puramente remuneratrias
- As oneradas com encargo j cumprido
- As que se fizerem em cumprimento de obrigao natural (inexigveis prescritas, dvidas de jogo)
- As feitas para grupo familiar que se forma (546)
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Conceito: o locador cede ao locatrio, por
tempo determinado ou no, o uso e gozo
da coisa no fungvel, mediante
remunerao. (565)
Caractersticas: bilateral, consensual,
oneroso, comutativo e de durao.
Objeto: coisas mveis e imveis, no
fungveis (se for fungvel mtuo
oneroso).
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Obrigaes do locador: entregar a coisa no
estado de servir ao uso destinado e
conservar este estado, garantindo o uso
pacfico da coisa, sem interferncia de
vcios ou interferncias de terceiros.
Obrigaes do locatrio: zelar pela coisa
como sua e devolver ao final nas mesmas
condies, utilizando-a para as finalidades
indicadas e pagando os aluguis como
combinado.
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HIPTESES DE MODIFICAO OU TRMINO DA LOCAO
Locatrio pode pedir reduo proporcional ou resolver o contrato quando o bem se deteriorar (567).
Locador pode rescindir e pedir perdas e danos diante do mau uso da coisa ou do desvio de sua finalidade pelo locatrio (570)
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No aluguel por prazo determinado:
(obrigaes puras)
- A retomada ou devoluo antecipada do
bem somente ocorrer com o pagamento
de perdas e danos ao locatrio, com
direito de reteno deste, ou pagamento
da multa proporcional prevista. (571)
- A locao por tempo determinado cessa
de pleno direito findo o prazo (independe
de notificao ou aviso) (573)
-
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- Se permanecer com o bem sem oposio, prorroga-se por prazo indeterminado nas mesmas condies.
No aluguel por prazo indeterminado: (obrigao sem vencimento) (575)
- Se notificado o locatrio no restituir, pagar o aluguel arbitrado pelo locador e responder pelos danos que o mesmo venha a sofrer.
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Direito de reteno:
- O locatrio pode reter a coisa no caso de benfeitorias necessrias, ou das teis expressamente autorizadas (578)
- Meio de defesa para exigir ser indenizado pelos valores que gastou com o objeto locado.
LEITURA COMPLEMENTAR:
Captulo V. Da locao de coisas (lei inquilinato). Carlos
Roberto Gonalves. Volume III. Editora Saraiva.
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Negcio jurdico com o objetivo de fornecer ao credor uma segurana de pagamento, alm do patrimnio do devedor, atravs da segurana oferecida por terceiro estranho relao principal.
Contrato pelo qual uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigao assumida pelo devedor, caso este no a cumpra.
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CARACTERSTICAS E REGRAS GERAIS
Gratuito com relao ao fiador, mas na relao
entre fiador e afianado pode ser oneroso (ex.
fiana bancria)
Intuitu personae
Acessrio
Pode ser solidrio ou no
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Pode ser prestada toda espcie de obrigao
Exige forma escrita e no admite interpretao extensiva (smula 214 STJ: o aditamento no obriga o fiador que no anuiu) (RT 799.283, 799.271, 780.391)
Somente as dvidas certas e lquidas podem ser cobradas do fiador.
Presume-se que abrange todas os acessrios e a dvida principal, podendo ser estipulado o contrrio.
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A fiana no pode ultrapassar o limite do dbito, sob pena de reduzir-se at ele.
Liberdade de recusa do fiador indicado: pessoa idnea, domiciliada no municpio, possuir bens suficientes para garantia.
Substituio do fiador: ao se tornar insolvente ou incapaz.
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O fiador pode ser exigido do pagamento da dvida garantida.
Benefcio de ordem: o fiador pode exigir na defesa que primeiro se executem os bens do devedor, indicando-os, salvo quando (a) renunciou o benefcio expressamente, (b) for solidrio ou (c) na falncia ou insolvncia do devedor.
Benefcio da diviso: na pluralidade de fiadores so solidrios, salvo indicado expressamente a diviso pro rata (proporcional) entre os fiadores.
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Fiador que paga se sub-roga perante o devedor na totalidade, ou perante os demais fiadores na quota respectiva.
Fiador pode cobrar o que pagou mais perdas e danos do devedor, inclusive, os juros da obrigao principal ou juros de mora legalmente fixados.
Fiador pode pagar a dvida quando a ao judicial contra o devedor estiver demorada sem justificava.
Fiana comunica-se aos herdeiros, no valor correspondente at a morte do fiador, no podendo ultrapassar a fora da herana.
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Pela defesa do fiador:
- excees pessoais (erro, dolo, coao)
- excees gerais (prescrio, nulidade)
Pela desobrigao do fiador, quando:
- O credor concede moratria ao devedor
- O credor realiza dao em pagamento
- O credor no aproveita os bens indicados pelo fiador
Pela extino da obrigao (confuso, compensao
etc)
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CONTRATOS DE COMERCIALIZAO
POR TERCEIROS
Representao Civil (art. 115 CC) Mandato (art. 653 CC) Representao Comercial (Lei 8420.92) Comisso Agncia e distribuio Corretagem
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Viso geral:
Nova dinmica comercial exigiu que as empresas,
de um modo geral, passassem a contratar
indiretamente, atravs de terceira pessoa.
Tal dinmica encontrou base no mandato, na
representao civil e na representao comercial.
A prtica comercial criou figuras de atuao por
terceiros nas atividades comerciais:
Comisso, agncia, distribuio e corretagem.
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CONTRATO DE COMISSO
(artigos 693 a 709 - CC)
Conceito: contrato pelo qual uma das
partes (o comissrio) obriga-se a realizar
atos ou negcios perante terceiros em favor
de outra (o comitente), que poder ou no
ser anunciado, segundo instrues deste,
porm no seu prprio nome.(693) objeto: aquisio ou venda de bens pelo comissrio, em
seu prprio nome, por conta do comitente.
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Sujeitos: Comissrio e Comitente. Pessoas fsicas
ou jurdicas, comerciantes ou no.
Caractersticas:
bilateral (obrigaes recprocas),
consensual (se conclui pelo consentimento),
oneroso (requer contraprestao dos servios),
no solene (no exige formalidade).
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Anlise das relaes contratuais:
Existe um contrato de comisso entre comissrio e comitente; e outro contrato, de
compra e venda, entre o comissrio e terceiras
pessoas.
O comitente no figura nesta segunda relao contratual, mas pode aparecer. O
comissrio age em seu nome e no em nome
do comitente.
Atualmente comum surgir o contrato de comisso somado a outras figuras contratuais,
como a franquia, a licena, etc.
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Comisso (remunerao do comissrio):
Geralmente fixada em percentual sobre as vendas realizadas, mas no sendo fixada ser o costume do
local.
703 comisso sempre devida, mesmo que tenha dado causa resciso do contrato, ressalvado o direito
de o comitente exigir do comissrio a indenizao pelos
prejuzos sofridos (perdas e danos).
708 direito de reteno: ser reembolsado das despesas feitas, podendo reter bens e valores em seu
poder para garantir o reembolso e o recebimento das
comisses.
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Obrigaes do comissrio:
695 deve agir conforme as instrues do comitente, com probidade e diligncia, sempre
buscando vantagens para o comitente.
- Na falta de instrues dever agir segundo o uso
nos casos semelhantes, sob pena de responder por
perdas e danos.
696 Se concedeu prazo no autorizado para garantir uma venda, deve comunicar de imediato e
demonstrar a vantagem.
- S a fora maior o livra das perdas e danos.
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698 - regra geral: o comissrio no responde pela solvncia dos terceiros com quem
contrata, exceto em caso de culpa.
Clusula del credere: ele pode ser garante da solvncia dos terceiros, caso o faa
expressamente.
Diante da clusula del credere ter direito a aumento na remunerao para compensar o
nus maior assumido.
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Direitos do comissrio:
Perceber a comisso;
Reembolsar-se das despesas que efetuou ou prejuzos que sofreu, tendo
direito a juros da data do desembolso.
Direito de reteno (pelo reembolso e comisso);
Privilgio na falncia ou insolvncia do comitente.
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Obrigaes e direitos do comitente:
Remunerar e reembolsar, vista, salvo estipulao em contrrio;
No responde perante terceiros; estes no tm ao contra o comitente;
Pode alterar as instrues a qualquer tempo, at porque o risco do negcio
seu (ele investe); geralmente so
expedidas planilhas sobre preos, prazos,
etc.
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Vantagens do contrato:
Dispensa do comissrio exibir documento que o habilite perante terceiros, como ocorreria em outras
modalidades (mandato);
Afasta risco perante terceiros, pois o comissrio realiza negcios em seu prprio nome e no tem muitos
poderes, como ocorre no mandato;
Mantm o segredo das operaes comerciais do comitente, colocando um obstculo entre os
consumidores ou concorrentes.
Facilita informao, remessa e guarda de mercadorias em locais distantes.
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Extino do contrato:
Causas comuns;
Veja o artigo 473, p.u. (prazo razovel para cobrir investimentos);
Caso de morte: remunerao proporcional aos trabalhos realizados;
O sndico da falncia deve denunciar o contrato para que seja finalizado; o crdito
existente privilegiado.
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CONTRATO DE AGNCIA E DE DISTRIBUIO
CC 710 a 721
O que agenciar ?
Promover negcios, indicar trabalhos, a bom termo, em favor do agenciado.
Diz Pontes de Miranda: O agente promove, o contrato para que promova. (v. 44, 1984)
EXEMPLOS: negcios de turismo, teatro, atletas profissionais, espetculos esportivos, etc.
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O que distribuir?
- o distribuidor se obriga a adquirir
mercadorias, geralmente de consumo, para
posterior colocao no mercado,
estipulando-se como contraprestao um
valor ou margem autorizada para revenda.
- Pode tambm funcionar como
intermedirio, no adquirindo, mas apenas
colocando mercadorias do distribudo no
mercado e arrecadando sua remunerao
das vendas.
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Conceito (710):
O agente ou o distribuidor um
colaborador que, com autonomia e
independncia, exerce a gesto de
interesses alheios, promovendo
negcios ou distribuindo produtos em
prol do preponente.
Caracterizando-se a distribuio
quando o agente tiver sua disposio
a coisa a ser negociada.
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CARACTERSTICAS:
No eventual (profissionalizao, carter de continuidade necessrio ao tipo de negcio)
Sem vnculos de dependncia (sem subordinao e com autonomia na conduo da prpria atividade)
Obrigao de promover e ou realizar certos negcios (geralmente venda de bens de consumo)
Em zona determinada (delimitao territorial e exclusividade, sempre expressos)
Diferenciando-se a distribuio pela posse do bem negociado (vender e entregar)
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Exclusividade como regra geral:
salvo ajuste em contrrio existe
exclusividade entre agente e
agenciador. No mesmo sentido, o
contrato personalssimo (711).
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REMUNERAO: (714 715)
O contrato oneroso (remunerao ao agente ou distribuidor que, quando no estipulado, ser segundo os usos).
A culpa do preponente na no concluso dos negcios cria dever de remunerar integralmente o agente ou o distribuidor.
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Os prejuzos causados pelo preponente, bem como, a atitude de cessar ou reduzir fornecimentos, deixando impraticvel ou anti-econmico o negcio, que cause dano, d direito indenizao do preposto.
No contrato com exclusividade, os negcios concludos dentro da zona delimitada so sempre remunerados ao agente, ainda que ocorram sem sua interferncia.
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Deveres comuns ao agente e distribuidor:
- Diligncia no desempenho da atividade
contratual;
- Deve agir de acordo com as instrues do
preponente;
- Salvo estipulao em contrrio
responsvel por todas as despesas com a
agncia e distribuio (713)
- Deve informar o preponente das
condies do mercado e dos negcios.
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Resciso contratual:
A dispensa (ou melhor, distrato) do agente ou distribuidor ter conseqncias diversas conforme a causa que o motivou:
1. Culpa do preposto: s ter direito a remunerao, sem prejuzo ao que tiver que pagar (717) pelo dano causado.
2. Ausncia de sua culpa: ser devida a remunerao acrescida da indenizao pelas perdas e danos que possam surgir (718).
3. Por motivo de fora maior: sem culpa atribuvel, fica com o valor da remunerao (719).
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OBS
Restries quanto resciso unilateral:
quando por prazo indeterminado pode ser resolvido unilateralmente desde que tenha transcorrido prazo compatvel com os investimentos, mas sempre diante de aviso prvio de 90 dias, para que providenciem a concluso dos negcios em andamento e ou providenciem novo agente. (720)
Regras subsidirias:
aplica no que couber as normas de mandato e comisso (721)
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Diferena com o comissrio:
o agente ou distribuidor age em nome do preponente e deve permitir que os terceiros tenham conhecimento disto, bem como, comprovar seus poderes quando solicitado.
Diferena do corretor:
O corretor no tem vinculao permanente com o preponente, geralmente dizendo respeito a um nico ou poucos bens que no sero de consumo, bem como, no tendo carter obrigatrio de continuidade.
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Leitura complementar:
Texto da internet. Legislao especial acerca da representao comercial (Lei 4886 de 1965, 8420 de 1992).
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Conceito: contrato pelo qual uma pessoa,
no ligada a outra em virtude de mandato, de
prestao de servios ou qualquer outra
relao de dependncia (por excluso), se
obriga, mediante remunerao, a angariar
negcios para outra, ou fornecer-lhe
informaes para celebrao de contratos.
CORRETAGEM
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Forma consensual: no exige formalidade,
provando-se por qualquer meio (mas
exclusividade s pode ser provada por
escrito).
Objeto do contrato: a aproximao das partes
com consenso contratual iniciado.
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Corretor: pessoa que exerce, com ou sem
exclusividade, a atividade de corretor, em
carter contnuo ou intermitente.
- So oficiais (com legislao especfica,
como imveis - creci) ou no oficiais.
Atividades do corretor: (a) intermediao
entre possveis contratantes, (b) obteno
e comunicao de informaes sobre
possveis contratos.
Sub-corretagem: permitida salvo
proibio expressa.
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Obrigaes dos corretores: esto no artigo 723, podendo ser ampliadas no contrato.
Tem o dever de prudncia e diligncia, devendo informar e orientar o comitente
sobre todas as caractersticas do negcio,
sob pena de responder por perdas e danos a
que der causa (art. 723)
Obrigao do comitente pagar a remunerao (comisso) na forma estipulada
ou segundo o que determinar a lei ou os
costumes.
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(REMUNERAO) comisso
O objeto do contrato a aproximao com o consenso iniciado, e no a realizao efetiva do
contrato.
A remunerao, ento, no depende do adimplemento da obrigao contratual almejada,
tampouco ser indevida nos casos de resoluo,
desistncia (art. 725).
Fechado o negcio (aproximados), mesmo que em instrumento preliminar (compromisso, arras) a
comisso devida (na prtica, fixam-se o sinal em
valor tal que cubra a comisso).
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PECULIARIDADES DA COMISSO
Agenciador espontneo : no tem direito a
comisso, pois o contrato de corretagem
no existe (art. 726). Salvo tenha sido
tacitamente aceito (Venosa).
Corretagem exclusiva: devida a comisso
mesmo quando feito o negcio pretendido
diretamente pelo comitente, salvo se este
provar a inrcia ou ociosidade do corretor
(art. 726). Exclusividade, s por escrito.
Mediadores auxiliares: so devidas
comisses em partes iguais, salvo
estipulao em contrrio (728).
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Culpa do comitente: ser devida a comisso se o corretor provar que realizou a
intermediao e o negcio no se efetivou por
arbtrio ou culpa exclusiva do comitente.
Comisso ps contrato: se o negcio for fechado depois do prazo contratual, mas por
conta da atividade do corretor, devida a
comisso (art. 727) (boa f ps contratual)
Contrato de resultado (risco contratual): as despesas realizadas para a intermediao so
do corretor, efetive-se ou no o negcio, pois
o risco a natureza do contrato.
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Fim do contrato:
- causas comuns,
- morte das partes,
- concluso do negcio,
- escoamento do prazo,
- pela renncia ou revogao quando por
prazo indeterminado.
Leitura complementar:
Carlos Roberto Gonalves, V III, Saraiva, So Paulo
Captulo X Do mandato
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Transporte
Seguro
Franquia
-
(artigos 757 802)
Segurador se obriga, mediante pagamento do
prmio, a garantir interesse legtimo do segurado,
relativo a pessoa ou a coisa, contra risco
predeterminado e futuro.
Segurador: s o legalmente autorizado.
-
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Histrico: Roma sem previso, com incio no
Mercantilismo Idade Mdia navegao.
Controle estatal: ramo de negcios
controlado indiretamente pelo Estado, por ter
interesse scio-econmico. Instituto de
Resseguros do Brasil. IRB.
Legislao: CC, Decreto Lei n. 73 de 1966,
CDC, Legislao Complementar.
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Trata-se da defesa contra o risco da perda
do patrimnio, pulverizando sua perda
entre outras pessoas, um grupo de
segurados com o mesmo objetivo, sendo
que os valores (prmio e contraprestao indenizao) so calculados tecnicamente
de acordo com o tipo de seguro.
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BILATERAL: obrigao de pagar o prmio X
obrigao de pagar a contraprestao
ALEATRIO: a prestao do segurador
subordina-se a evento futuro e incerto
-
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CONSENSUAL: forma escrita no exigida
para celebrao, mas se exige para efeito de
prova da existncia do contrato (aplice ou
bilhete de seguro, ou mesmo comprovante de
pagamento do prmio).
Mas nunca admite prova oral (2 TAC SP Ac.
480.153).
Reputa-se celebrado com a emisso do
documento, independente que a vigncia seja posterior.
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ADESO: clusulas pr-dispostas, com interpretao favorvel ao consumidor (46 e 47 do CDC).
Aplica-se princpio da boa f objetiva (423 e 424 CC), principalmente, (i) nas declaraes do segurado e informaes durante o contrato (766) e (ii) na absteno da prtica de atos que agravem os riscos do contrato (768), sob pena de perder direito aos valores.
A equidade na interpretao dos contratos de seguro (anlise de caso concreto texto complementar)
-
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Dirige-se a proteger a coisa ou outro
interesse segurvel (venosa). O objeto o
risco que incide sobre qualquer bem
jurdico (Caio Mrio).
Recai sobre qualquer contedo do
patrimnio (coisa) ou atividade humana
(pessoa).
Sobre um nico objeto podem incidir mais
de uma proteo: ex. contrato de seguro
de automveis com clusula de danos
causados a terceiros.
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Emisso deve sempre ser procedida de
proposta completa por escrito.
A aplice ou o bilhete mencionaro:
- Os riscos assumidos
- Incio e fim de sua validade
- Limite de garantia e o valor do prmio
- Nome do segurado e beneficirio
- Caducidade, eliminao ou reduo dos
direitos do segurado ou beneficirios
-
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Pagar prmio na forma estipulada.
Mora ocorre independente de interpelao ou cobrana, e no ser devida a indenizao se ocorrer o sinistro antes da purgao.
Sempre pagar o prmio, mesmo quando o risco no ocorra como previsto.
O prmio pode ser aumentado ou diminudo quando houver modificao considervel do risco, tendo sempre o dever de comunicar o aumento do risco. Ex. Alpinista que abandona o esporte.
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Boa f objetiva, veracidade, lealdade, informaes completas.
Abster-se de atos que aumentem o risco, salvo autorizao expressa ou conhecimento da prtica pelo segurador.
Deve comunicar imediatamente o sinistro e proteger a coisa, tudo com o fim de diminuir os danos.
Dever de compr