página sindical do diário de são paulo - força sindical - 23 de janeiro de 2015

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Trabalho O Sindicato Nacional dos Apo- sentados, Pensionistas e Idosos, ligado à central Força Sindical, reali- zará, neste sábado (24), Dia Nacional do Aposentado, das 9 às 13 horas, em frente a sua sede, na Rua do Carmo, 171, Centro de São Paulo, um grande ato visando reafirmar as lutas da cate- goria. “Vamos às ruas porque, mesmo representando 26 milhões de cidadãos brasileiros da Terceira Idade, o governo ainda insiste em fazer de conta que não existimos”, frisou Carlos Andreu Ortiz, presidente nacional do Sindnapi. Os aposentados lutam por uma polí- tica de aumento real para aqueles que recebem benefícios acima do salário mínimo; pela aprovação do direito à desaposentação, mecanismo de com- pensação para os que se aposentam e continuam “contribuindo” com o INSS; pela extinção do Fator Previdenciário, medida que reduz em até 40% os ga- nhos dos trabalhadores no momento de sua aposentadoria; pela isenção do Imposto de Renda aos idosos; pela manutenção da política de recupera- ção do salário mínimo; por políticas para as mulheres acima de 50 anos; pela revisão ou revogação das Medi- das Provisórias 664 e 665 (A MP 664 trata de mudanças nas regras de pen- são e auxílio-doença, enquanto a 665 trata de mudanças nas regras do se- guro-desemprego, abono e período de defeso do pescador), dentre outras. “Exigimos nossos direitos e condições básicas de todo cidadão que contribuiu a vida toda para com o País, que é uma vida digna na Terceira Idade. É pedir demais?”, indaga João Inocentini, pre- sidente licenciado do Sindnapi. Direitos – O Sindnapi reivindica a im- plementação dos direitos dos apo- sentados. O Estatuto do Idoso, criado em 2003, representou avanços mas, “por mais absurdo que possa parecer, grande parte de nossas reivindicações já existe como leis, mas não existe de fato, na prática”, ressaltou Ortiz. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020 a população brasileira será formada por 15% de idosos, aproxima- damente 32 milhões de pessoas. “Não dá mais para conviver com o precon- ceito dos poderes públicos, em que o idoso é visto como um peso para o Es- tado”, ressaltou Inocentini. Lazer e luta – Neste sábado, o even- to realizado pelo Sindnapi conciliará as reivindicações com momentos de lazer e descontração. Os presentes poderão assistir a atrações musicais e participar de sorteios de brindes e viagens. “É um dia de comemoração, celebração, mas também um ato po- lítico contra tanto descaso sofrido por aqueles que contribuíram uma vida inteira para a formação deste país”, destacou Hélio ‘Peninha’ Herrera Gar- cia, presidente do Sindnapi no Estado de São Paulo. Publieditorial youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br Sindicato realizará, em sua sede, na Rua do Carmo, um grande ato neste sábado A política equivocada adotada pelo governo no que se refere à taxa de juros parece não ter fim. Na última 4ª feira (21) o Copom, na primeira reunião do ano, ele- vou, pela terceira vez consecuti- va após as eleições, a taxa Selic, referência para os juros cobrados de consumidores e empresas. O aumento, de 0,5 ponto per- centual, que levou a taxa de ju- ros a 12,25% ao ano, patamar mais alto desde julho de 2011, demonstra a insensibilidade do governo que, na contramão dos anseios dos trabalhadores e do setor produtivo, vem provocando queda no desempenho industrial e o minguado crescimento do PIB nacional. A decisão, que privilegia os especuladores e enfraquece ainda mais a nossa já combalida economia, contraria a criação de qualquer projeto de desenvolvi- mento para o Brasil, com inves- timentos substanciais no parque produtivo nacional, favorecendo a produção, fomentando o con- sumo e promovendo a geração de postos de trabalho de qualida- de e distribuição de renda. Milhares de trabalhadores, das principais Centrais Sindicais bra- sileiras, estarão nas ruas, por todo o País, no próximo dia 28, em defesa da Pauta Trabalhista. Vamos intensificar nossa pressão para que o governo promova uma redução drástica nos juros, que vêm provocando um crescimen- to econômico muito aquém das nossas reais necessidades. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Por juros baixos e pela Pauta Trabalhista OPINIÃO Para quem contribuiu a vida inteira com o País, uma vida digna na Terceira Idade Foto: Arquivo Sindnapi DIA DE LUTA Rosângela: “É uma oportunidade de tornar visíveis situações que muitos não enxergam” Foto: Tiago Santana Representantes das Centrais Sindicais e do Inspir (Instituto Sindical Interame- ricano pela Igualdade Racial) estiveram reunidos, ontem (22), para organizar a 1ª Marcha das Mulheres Negras, prevista para 18 de novembro. “Será um meio para atingirmos nos- sos objetivos de acabar com o racismo, a violência e a precarização no merca- do de trabalho. Uma oportunidade para tornar visíveis situações que todos sabem que existem, mas muitos não MARCHA enxergam”, declara Maria Rosânge- la Lopes, presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos do Vale do Sapucaí e re- presentante da Força nas reuniões para a organização do evento. Segundo estudo do Dieese, o de- semprego é mais elevado entre a po- pulação negra, mas atinge ainda mais as mulheres negras. A média da taxa de desemprego no total das regiões é de 13,8% para mulheres negras e 10,9% para mulheres não negras. Aposentados lutam por respeito e dignidade Desemprego atinge mais as mulheres negras

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Destaques: 'Aposentados lutam por respeito e dignidade'; Miguel Torres: 'Por juros baixos e pela Pauta Trabalhista'; 'Desemprego atinge mais as mulheres negras'

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Trabalho

O Sindicato Nacional dos Apo-sentados, Pensionistas e Idosos,

ligado à central Força Sindical, reali-zará, neste sábado (24), Dia Nacional do Aposentado, das 9 às 13 horas, em frente a sua sede, na Rua do Carmo, 171, Centro de São Paulo, um grande ato visando reafi rmar as lutas da cate-goria. “Vamos às ruas porque, mesmo representando 26 milhões de cidadãos brasileiros da Terceira Idade, o governo ainda insiste em fazer de conta que não existimos”, frisou Carlos Andreu Ortiz, presidente nacional do Sindnapi.

Os aposentados lutam por uma polí-tica de aumento real para aqueles que recebem benefícios acima do salário mínimo; pela aprovação do direito à desaposentação, mecanismo de com-pensação para os que se aposentam e continuam “contribuindo” com o INSS; pela extinção do Fator Previdenciário, medida que reduz em até 40% os ga-nhos dos trabalhadores no momento de sua aposentadoria; pela isenção do Imposto de Renda aos idosos; pela manutenção da política de recupera-ção do salário mínimo; por políticas para as mulheres acima de 50 anos; pela revisão ou revogação das Medi-das Provisórias 664 e 665 (A MP 664 trata de mudanças nas regras de pen-são e auxílio-doença, enquanto a 665 trata de mudanças nas regras do se-guro-desemprego, abono e período

de defeso do pescador), dentre outras. “Exigimos nossos direitos e condições básicas de todo cidadão que contribuiu a vida toda para com o País, que é uma vida digna na Terceira Idade. É pedir demais?”, indaga João Inocentini, pre-sidente licenciado do Sindnapi.

Direitos – O Sindnapi reivindica a im-plementação dos direitos dos apo-sentados. O Estatuto do Idoso, criado em 2003, representou avanços mas, “por mais absurdo que possa parecer, grande parte de nossas reivindicações já existe como leis, mas não existe de fato, na prática”, ressaltou Ortiz.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística), em 2020 a população brasileira será formada por 15% de idosos, aproxima-

damente 32 milhões de pessoas. “Não dá mais para conviver com o precon-ceito dos poderes públicos, em que o idoso é visto como um peso para o Es-tado”, ressaltou Inocentini.

Lazer e luta – Neste sábado, o even-to realizado pelo Sindnapi conciliará as reivindicações com momentos de lazer e descontração. Os presentes poderão assistir a atrações musicais e participar de sorteios de brindes e viagens. “É um dia de comemoração, celebração, mas também um ato po-lítico contra tanto descaso sofrido por aqueles que contribuíram uma vida inteira para a formação deste país”, destacou Hélio ‘Peninha’ Herrera Gar-cia, presidente do Sindnapi no Estado de São Paulo.

Publieditorial

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Sindicato realizará, em sua sede, na Rua do Carmo, um grande ato neste sábado

A política equivocada adotada pelo governo no que se refere à taxa de juros parece não ter fi m. Na última 4ª feira (21) o Copom, na primeira reunião do ano, ele-vou, pela terceira vez consecuti-va após as eleições, a taxa Selic, referência para os juros cobrados de consumidores e empresas.

O aumento, de 0,5 ponto per-centual, que levou a taxa de ju-ros a 12,25% ao ano, patamar mais alto desde julho de 2011, demonstra a insensibilidade do governo que, na contramão dos anseios dos trabalhadores e do setor produtivo, vem provocando queda no desempenho industrial e o minguado crescimento do PIB nacional.

A decisão, que privilegia os especuladores e enfraquece ainda mais a nossa já combalida economia, contraria a criação de qualquer projeto de desenvolvi-mento para o Brasil, com inves-timentos substanciais no parque produtivo nacional, favorecendo a produção, fomentando o con-sumo e promovendo a geração de postos de trabalho de qualida-de e distribuição de renda.

Milhares de trabalhadores, das principais Centrais Sindicais bra-sileiras, estarão nas ruas, por todo o País, no próximo dia 28, em defesa da Pauta Trabalhista. Vamos intensifi car nossa pressão para que o governo promova uma redução drástica nos juros, que vêm provocando um crescimen-to econômico muito aquém das nossas reais necessidades.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Por juros baixos e pela Pauta Trabalhista

OPINIÃO

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

Para quem contribuiu a vida inteira com o País, uma vida digna na Terceira Idade

Foto: Arquivo Sindnapi

DIA DE LUTA

Rosângela: “É uma oportunidade de tornar visíveis situações que muitos não enxergam”

Foto: Tiago Santana

Representantes das Centrais Sindicais e do Inspir (Instituto Sindical Interame-ricano pela Igualdade Racial) estiveram reunidos, ontem (22), para organizar a 1ª Marcha das Mulheres Negras, prevista para 18 de novembro.

“Será um meio para atingirmos nos-sos objetivos de acabar com o racismo, a violência e a precarização no merca-do de trabalho. Uma oportunidade para tornar visíveis situações que todos sabem que existem, mas muitos não

MARCHA

enxergam”, declara Maria Rosânge-la Lopes, presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos do Vale do Sapucaí e re-presentante da Força nas reuniões para a organização do evento.

Segundo estudo do Dieese, o de-semprego é mais elevado entre a po-pulação negra, mas atinge ainda mais as mulheres negras. A média da taxa de desemprego no total das regiões é de 13,8% para mulheres negras e 10,9% para mulheres não negras.

Aposentados lutam por respeito e dignidade

Desemprego atinge mais as mulheres negras