matemática aplicada

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Muitas vezes, é possível dar uma descrição sucinta e reveladora de uma situa- ção por meio do esboço de um gráfico. Por exemplo, a Figura 1 descreve o montante de dinheiro em uma caderneta de poupança que rende 5% de juros compostos diariamente. O gráfico mostra que, com o passar do tempo, o mon- tante de dinheiro na conta aumenta. A Figura 2 ilustra as vendas semanais de um cereal matinal em vários momentos depois da interrupção de uma campa- nha publicitária. O gráfico mostra que as vendas diminuem com o tempo que passa depois da última propaganda. y t 400 300 200 100 Montante do dinheiro 5 10 Tempo (anos) 15 20 25 30 500 Figura 1 Crescimento de dinheiro numa caderneta de poupança. 4 3 2 1 Vendas (centenas de milhares de caixas) 1 2 Tempo (meses) 3 4 Figura 2 Decrescimento de vendas de cereal matinal. INTRODUÇÃO

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  1. 1. Muitas vezes, possvel dar uma descrio sucinta e reveladora de uma situa- o por meio do esboo de um grfico. Por exemplo, a Figura 1 descreve o montante de dinheiro em uma caderneta de poupana que rende 5% de juros compostos diariamente. O grfico mostra que, com o passar do tempo, o mon- tante de dinheiro na conta aumenta. A Figura 2 ilustra as vendas semanais de um cereal matinal em vrios momentos depois da interrupo de uma campa- nha publicitria. O grfico mostra que as vendas diminuem com o tempo que passa depois da ltima propaganda. y t 400 300 200 100 Montantedodinheiro 5 10 Tempo (anos) 15 20 25 30 500 Figura 1 Crescimento de dinheiro numa caderneta de poupana. 4 3 2 1 Vendas(centenasde milharesdecaixas) 1 2 Tempo (meses) 3 4 Figura 2 Decrescimento de vendas de cereal matinal. INTRODUO _Livro_Goldstein.indb 1_Livro_Goldstein.indb 1 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  2. 2. 2 Introduo 15 12 9 3 Tamanhodacultura(milhes) 12 24 Tempo (horas) 36 48 60 18 72 6 Tamanho mximo da cultura Figura 3 Crescimento de uma cultura de bactrias. y t 40 30 20 10 Quantidadedeiodo131(gramas) 5 10 Tempo (dias) 15 20 25 50 30 Figura 4 Decaimento de iodo radioa- tivo. A Figura 3 mostra o tamanho de uma cultura de bactrias em vrios momen- tos. A cultura cresce com o passar do tempo. Entretanto, existe um tamanho mximo que a cultura no pode exceder. Esse tamanho mximo reflete as res- tries impostas pela disponibilidade de alimento, espao e fatores semelhan- tes. O grfico da Figura 4 descreve o decaimento do istopo radioativo de iodo 131. Com o passar do tempo, permanece cada vez menos iodo radioativo. Cada um dos grficos das Figuras de 1 a 4 descreve uma variao que est em andamento. O montante de dinheiro na caderneta est variando, assim como as vendas de cereal, o tamanho da cultura de bactrias e a quantidade de iodo radioativo. O Clculo fornece ferramentas matemticas para estudar quantitativamente cada uma dessas variaes. _Livro_Goldstein.indb 2_Livro_Goldstein.indb 2 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  3. 3. C A P T U L O 0 FUNES 0.1 Funes e seus grficos 0.2 Algumas funes importantes 0.3 A lgebra de funes 0.4 Zeros de funes frmula quadrtica e fatorao 0.5 Expoentes e funes potncia 0.6 Funes e grficos em aplicaes Cada um dos quatro grficos das Figuras 1 a 4 da Introduo descreve uma relao entre duas quantidades. Por exemplo, a Figura 4 ilustra a relao entre a quantidade de iodo radioativo (medida em gramas) e o tempo (me- dido em dias). A ferramenta quantitativa bsica utilizada para descrever tais relaes a funo. Neste captulo preliminar, desenvolvemos o conceito de funo e revisamos importantes operaes algbricas sobre funes, que sero utilizadas ao longo deste texto. 0.1 Funes e seus grficos Nmeros reais Os nmeros reais so utilizados na maioria das aplicaes da Matemtica. No que toca a essas aplicaes (e aos assuntos deste texto), suficiente pensar num nmero real como sendo um nmero decimal. Os nmeros racionais so aqueles que podem ser escritos como uma frao ou um nmero decimal finito ou, ento, infinito com repetio como, por exemplo, (nmeros racionais) _Livro_Goldstein.indb 3_Livro_Goldstein.indb 3 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  4. 4. 4 Captulo 0 Funes Um nmero irracional tem uma representao decimal infinita, cujos dgi- tos no apresentam padro repetitivo algum como, por exemplo, (nmeros irracionais) Os nmeros reais so descritos geometricamente por meio de uma reta numrica, como na Figura 1. Cada nmero corresponde a um ponto na reta e cada ponto determina um nmero real. 12 25 2 3 14 0 2 3 4 13 3 Usamos quatro tipos de desigualdades para comparar nmeros reais. x y x menor do que y x y x menor do que ou igual a y x y x maior do que y x y x maior do que ou igual a y A desigualdade dupla a b c uma maneira econmica de escrever o par de desigualdades a b e b c. Significados anlogos so atribudos a outras desigualdades duplas, como a b c. Trs nmeros numa desigual- dade dupla como, por exemplo, 1 3 4 ou 4 3 1, devem ter as mesmas posies relativas tanto na reta numrica quanto na desigualdade (lidas da es- querda para a direita ou da direita para a esquerda). Assim, nunca escrevemos 3 4 1, porque os nmeros esto fora de ordem. Geometricamente, a desigualdade x b significa que ou x igual a b ou x fica esquerda de b na reta numrica. O conjunto dos nmeros reais x que sa- tisfazem a desigualdade dupla a x b corresponde ao segmento de reta en- tre a e b, inclusive as extremidades. Esse conjunto costuma ser denotado por [a, b] e denominado intervalo fechado de a a b. Removendo a e b, o conjunto representado por (a, b) e denominado intervalo aberto de a a b. As notaes dos vrios tipos de segmentos de reta esto listadas na Tabela 1. Os smbolos (infinito) e (menos infinito) no representam n- meros reais de verdade. Em vez disso, apenas indicam que o segmento de reta correspondente se estende indefinidamente para a direita ou para a esquerda. Uma desigualdade que descreve um intervalo infinito desse tipo pode ser es- crita de duas maneiras. Por exemplo, a x equivalente a x a. Figura 1 A reta real. TABELA 1 Intervalos da reta numrica Desigualdade Descrio geomtrica Notao de intervalo a x b a b [a, b] a x b a b (a, b) a x b a b [a, b) a x b a b (a, b] a x a [a, ) a x a (a, ) x b b (, b] x b b (, b) _Livro_Goldstein.indb 4_Livro_Goldstein.indb 4 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  5. 5. Seo 0.1 Funes e seus grficos 5 EXEMPLO 1 Descreva cada um dos intervalos dados graficamente e por meio de desi- gualdades. (a) (1,2) (b) [2, ] (c) (2, ) (d) (, ) Soluo Os segmentos correspondentes aos intervalos aparecem nas Figuras 2(a)-(d). Observe que uma extremidade de intervalo que estiver includa (por exemplo, ambas extremidades de [a, b]) mostrada como um crculo cheio, enquanto uma extremidade que no estiver includa (por exemplo, a extremidade a de (a, b]) mostrada como um crculo vazio. I 1 x 2 2 x x 2 12 2 3 10 (a) 2 3 23 10 (b) 2 3 123 10 (c) 2 3 123 10 (d) 2 3 1 2 x EXEMPLO 2 A varivel x descreve o lucro que uma companhia espera obter durante o atual ano fiscal. O planejamento dos negcios requer um lucro de 5 milhes de d- lares, pelo menos. Descreva esse aspecto do planejamento dos negcios na linguagem de intervalos. Soluo A expresso pelo menos significa maior do que ou igual a. O planejamen- to dos negcios requer que x 5 (em que as unidades so milhes de dlares). Isso equivale a dizer que x est no intervalo [5, ). I Funes Uma funo de uma varivel x uma regra f que associa a cada valor de x um nico nmero f(x), denominado valor da funo em x. [Lemos f(x) como f de x]. Dizemos que x a varivel independente. O conjunto de valores permitidos para a varivel independente denominado domnio da funo. O domnio da funo pode ser especificado explicitamente, como par- te da definio da funo, ou ficar subentendido a partir do contexto. (Ver a discusso a seguir.) A imagem de uma funo o conjunto de valores tomados pela funo. As funes que encontramos neste livro so geralmente definidas por fr- mulas algbricas. Por exemplo, o domnio da funo f(x) 3x 1 consiste em todos os nmeros reais x. Essa funo a regra que multiplica por 3 cada nmero e, depois, subtrai 1. Se especificarmos um valor de x, digamos, x 2, ento encontraremos o valor da funo em 2 pela substituio de x por 2 na frmula f(2) 3(2) 1 5. EXEMPLO 3 Seja f a funo cujo domnio todos os nmeros reais definida pela frmula Encontre f(2) e f(2). Figura 2 Segmentos de reta. _Livro_Goldstein.indb 5_Livro_Goldstein.indb 5 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  6. 6. 6 Captulo 0 Funes Soluo Para encontrar f(2), substitumos 2 em cada uma das ocorrncias de x na fr- mula de f(x). Para encontrar f(2), substitumos (2) em cada uma das ocorrncias de x na frmula de f(x). Os parnteses garantem que o 2 seja substitudo correta- mente. Por exemplo, x2 deve ser substitudo por (2)2 e no por 22. I EXEMPLO 4 Escalas de temperatura Se x representa a temperatura de um objeto em graus Celsius, ento a temperatura em graus Fahrenheit uma funo de x, dada por 32. (a) A gua congela a 0C (C Celsius) e ferve a 100C. Quais so as tempe- raturas correspondentes em graus Fahrenheit (F Fahrenheit)? (b) O alumnio se liquefaz a 660C. Qual seu ponto de liquefao em graus Fahrenheit? Soluo (a) f(0) (0) 32 32. A gua congela a 32F. f(100) (100) 32 180 32 212. A gua ferve a 212F. (b) f(660) (660) 32 1.188 32 1.220. O alumnio se liquefaz a 1.220F. I EXEMPLO 5 Um modelo de votao Seja x a proporo do nmero total de votos obti- dos por um candidato do Partido Democrata a presidente dos Estados Unidos (de modo que x um nmero entre 0 e 1). Os cientistas polticos tm observa- do que uma boa estimativa da proporo de cadeiras da Cmara de Deputa- dos que ocupada por candidatos do Partido Democrata dada pela funo cujo domnio o intervalo [0, 1]. Essa frmula denominada lei cbica. Calcu- le f(0,6) e interprete o resultado. Soluo Devemos substituir 0,6 em cada ocorrncia de x em f(x). Esse clculo mostra que a funo da lei cbica prediz que se 0,6 (ou 60%) do total dos votos populares forem para o candidato democrata, ento apro- ximadamente 0,77 (ou 77%) das cadeiras da Cmara dos Deputados sero ocupadas por candidatos do Partido Democrata; isto , cerca de 335 das 435 cadeiras sero conquistadas pelos Democratas. Observe que para x 0,5 ob- temos f(0,5) 0,5. isso o que se esperaria? I _Livro_Goldstein.indb 6_Livro_Goldstein.indb 6 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  7. 7. Seo 0.1 Funes e seus grficos 7 Nos exemplos precedentes, as funes tinham domnios consistindo em todos os nmeros reais ou um intervalo. Para algumas funes, o domnio pode consistir em vrios intervalos, com uma frmula diferente definindo a funo em cada intervalo. Vejamos um exemplo desse fenmeno. EXEMPLO 6 Uma firma de corretagem mobiliria cobra uma comisso de 6% nas compras de ouro entre $50 e $300. Para compras acima de $300, a firma cobra 2% do total da compra mais $12. Sejam x o valor do ouro comprado (em dlares) e f(x) a comisso cobrada como uma funo de x. (a) Descreva f(x). (b) Encontre f(100) e f(500). Soluo (a) A frmula para f(x) varia de acordo com 50 x 300 ou 300 x. Quando 50 x 300, a comisso de 0,06x dlares. Quando 300 x, a comis- so de 0,02x 12. O domnio consiste nos valores de x em um dos dois intervalos [50, 300] e (300, ). Em cada um desses intervalos, a funo definida por uma frmula distinta. Observe que uma descrio alternativa do domnio o intervalo [50, ). Isto , o valor de x pode ser qualquer nmero real maior do que ou igual a 50. (b) Como x 100 satisfaz 50 x 300, devemos utilizar a primeira frmula para f(x), ou seja, f(100) 0,6(100) 6. Como x 500 satisfaz 300 x, devemos utilizar a segunda frmula para f(x), ou seja, f(500) 0,02(500) 12 22. I No Clculo, muitas vezes precisamos substituir x por uma expresso alg- brica e simplificar o resultado, conforme exemplo a seguir. EXEMPLO 7 Se f(x) (4 x) / (x2 3), quanto f(a)? E f(a 1)? Soluo Aqui, a representa um nmero qualquer. Para encontrar f(a), substitumos x por a sempre que x aparecer na frmula que define f(x). Para calcular f(a 1), substitumos x por a 1 em cada ocorrncia de x na frmula de f(x). A expresso para f(a 1) pode ser simplificada, observando que (a 1)2 (a 1)(a 1) a2 2a 1, como segue. I Mais sobre o domnio de uma funo Quando definimos uma funo, necessrio que especifiquemos o domnio da funo, que o conjunto de valo- res possveis para a varivel. Nos exemplos precedentes, especificamos expli- citamente os domnios das funes consideradas. Entretanto, no decorrer des- te texto, geralmente mencionamos funes sem especificar domnios. Nessas _Livro_Goldstein.indb 7_Livro_Goldstein.indb 7 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  8. 8. 8 Captulo 0 Funes circunstncias, convencionamos que o domnio pretendido consiste em todos os nmeros para os quais a(s) frmula(s) que define(m) a funo faz(em) sen- tido. Por exemplo, considere a funo A expresso direita pode ser calculada em qualquer valor de x. Logo, na au- sncia de quaisquer restries explcitas para x, entendemos que o domnio compreenda todos os nmeros. Como um segundo exemplo, considere a funo Aqui, x pode ser qualquer nmero, exceto zero. (A diviso por zero no permitida.) Logo, o domnio subentendido consiste em todos os nmeros no nulos. Analogamente, quando escrevemos entendemos que o domnio de f(x) seja o conjunto de todos os nmeros no ne- gativos, j que a raiz quadrada de um nmero x est definida se, e s se, x 0. Grficos de funes Frequentemente, til descrever uma funo f geome- tricamente, usando um sistema de coordenadas retangulares xy. Dado qual- quer x no domnio de f, podemos representar o ponto (x, f(x)). Esse o ponto no plano xy cuja coordenada y o valor da funo em x. Em geral, o conjunto de todos os pontos (x, f(x)) forma uma curva no plano xy e denominado grfico da funo f(x). possvel aproximar o grfico de f(x) esboando os pontos (x, f(x)) para um conjunto representativo de valores de x e ligando esses pontos por uma curva lisa. (Ver Figura 3.) Quanto mais prximos estiverem entre si os valores de x, melhor a aproximao. 123 1 (2, f (2)) (1, f (1)) (3, f (3)) (5, f (5)) y x 2 3 54 Figura 3 10 5 15 20 25 30 25 30 20 15 10 5 0 1 2 3 1 2 3 0 1 8 27 1 8 27 234 1 f (x) x3 y x3 y x x 2 3 4 Figura 4 O grfico de f(x) x3. EXEMPLO 8 Esboce o grfico da funo f(x) x3. Soluo O domnio consiste em todos os nmeros x. Escolhemos alguns valores repre- sentativos de x e tabulamos os valores correspondentes de f(x). Em seguida, esboamos os pontos (x, f(x)) e traamos uma curva lisa atravs desses pontos. (Ver Figura 4.) I _Livro_Goldstein.indb 8_Livro_Goldstein.indb 8 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  9. 9. Seo 0.1 Funes e seus grficos 9 EXEMPLO 9 Esboce o grfico da funo f(x) 1/x. Soluo O domnio da funo consiste em todos os nmeros reais, exceto zero. A tabela na Figura 5 fornece alguns valores representativos de x e os valores correspondentes de f(x). Muitas vezes, uma funo tem um comportamento interessante em nmeros x prximos de algum nmero que no do domnio. Portanto, quando escolhermos valores representativos de x no domnio, inclu- mos alguns valores prximos de zero. Os pontos (x, f(x)) esto marcados no plano e o grfico esboado na Figura 5. I 4 f (x) y y x x 1 4 21 2 1 x 11 2 1 2 3 1 3 4 1 4 4 f (x) x 1 4 21 2 1 x 1 x 11 2 1 2 3 1 3 4 1 4 1 1 2 3 Agora que as calculadoras grficas e os programas de computao grfica esto amplamente disponveis, raro ter de esboar grficos a mo em papel grfico a partir de um grande nmero de pontos representativos. Entretanto, para utilizar uma calculadora grfica ou um programa de computao grfica de maneira eficiente, precisamos saber, antes de mais nada, quais so as partes da curva que devem ser exibidas. Pode-se desconhecer ou interpretar errada- mente caractersticas crticas de um grfico se, por exemplo, a escala no eixo x ou no eixo y no for apropriada. Uma utilidade importante do Clculo a identificao dos aspectos rele- vantes de uma funo que deveriam aparecer em seu grfico. Muitas vezes, basta esboar alguns poucos pontos para esboar manualmente o formato geral do grfico. Um programa grfico pode ser til para funes mais com- plicadas. Mesmo utilizando um programa, utilizamos o Clculo para verificar se o grfico obtido na tela tem o formato correto. Uma parte dessa anlise obtida por meio de contas algbricas. As tcnicas algbricas apropriadas so revisadas neste captulo. Observe, tambm, que solues analticas de problemas tipicamente for- necem informaes mais precisas do que as obtidas por meio de representa- es grficas de calculadoras; alm disso, podem fornecer uma boa ideia do comportamento das funes envolvidas na soluo. A conexo entre uma funo e seu grfico explorada nesta seo e na Seo 0.6. EXEMPLO 10 Suponha que f seja a funo cujo grfico dado na Figura 6. Observe que o ponto (x, y) (3, 2) est no grfico de f. (a) Qual o valor da funo quando x 3? (b) Encontre f(2). (c) Qual o domnio de f? Soluo (a) Como (3, 2) est no grfico de f, a coordenada y 2 deve ser o valor de f na coordenada x 3. Ou seja, f(3) 2. Figura 5 O grfico de f(x) . 3 y x 5 (3, 2) y f (x) Figura 6 _Livro_Goldstein.indb 9_Livro_Goldstein.indb 9 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  10. 10. 10 Captulo 0 Funes (b) Para encontrar f(2), olhamos para a coordenada y do ponto no grfico em que x 2. Da Figura 6, vemos que (2, 1) est no grfico de f. As- sim, f(2) 1. (c) Todos os pontos do grfico de f(x) tm coordenada x entre 3 e 5, inclu- sive, e existe um ponto (x, f(x)) no grfico para cada valor de x entre 3 e 5. Dessa forma, o domnio consiste nos x tais que 3 x 5. I A cada ponto x do domnio, uma funo associa um nico valor de y, a saber, o valor funcional f(x). Isso implica, entre outras coisas, que nem toda curva grfico de alguma funo. Para ver isso, voltemos curva da Figura 6 que, efetivamente, o grfico de uma funo. A curva tem a seguinte proprie- dade: para cada x entre 3 e 5 existe um nico y tal que (x, y) est na curva. Dizemos que y a varivel dependente, pois o seu valor depende do valor da varivel independente x. Consideremos, agora, a curva da Figura 7. Essa curva no pode ser grfico de uma funo, porque uma funo f deve associar a cada x de seu domnio um nico valor f(x). Entretanto, na curva da Figura 7, a x 3 (por exemplo), corresponde mais do que um valor de y, a saber, y 1 e y 4. A diferena essencial entre as curvas das Figuras 6 e 7 nos leva ao teste a seguir. Teste da reta vertical Uma curva no plano xy o grfico de uma funo se, e s se, cada reta vertical corta ou toca a curva em no mais do que um ponto. EXEMPLO 11 Quais das curvas na Figura 8 so grficos de funes? y x (a) y x (c) y x (b) Soluo A curva em (a) grfico de uma funo. V-se que as retas verticais esquer- da do eixo y sequer tocam a curva. Isso significa, simplesmente, que a funo representada em (a) s est definida em x 0. A curva em (b) no grfico de uma funo, porque algumas retas verticais cortam a curva em trs lugares. A curva em (c) o grfico de uma funo cujo domnio consiste em todos x no nulos. [No existe ponto algum da curva em (c) cuja coordenada x seja 0.] I Existe outra notao para funes que nos ser til. Suponha que f(x) seja uma funo. Quando esboamos o grfico de f(x) num sistema de coordena- das xy, os valores de f(x) do as coordenadas y dos pontos do grfico. Por esse motivo, costume abreviar a funo pela letra y e conveniente falar da fun- o y f(x). Por exemplo, a funo y 2x2 1 refere-se funo f(x) para a qual f(x) 2x2 1. O grfico de uma funo f(x) , muitas vezes, denominado grfico da equao y f(x). y x (3, 4) (3, 1) Figura 7 Uma curva que no o grfico de uma funo. Figura 8 _Livro_Goldstein.indb 10_Livro_Goldstein.indb 10 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  11. 11. Seo 0.1 Funes e seus grficos 11 Traando grficos de funes com calculadoras Para o estudo deste livro, no necessrio utilizar calculadoras grficas; contudo, elas so ferramentas muito teis, que podem ser usadas para simplificar contas, desenhar grficos e at melhorar o entendimento de tpicos fundamentais do Clculo. Alguma in- formao til sobre o uso de calculadoras aparece ao final de algumas sees, em subsees intituladas Incorporando Recursos Tecnolgicos. Os exem- plos nestes textos so trabalhados com as calculadoras TI-83/84 (mais preci- samente, os modelos TI-83, TI-83, TI-83 Silver Edition e TI-84, TI-84, TI-84 Silver Edition); em todas as verses disponveis dessas calculadoras, as sequncias de teclas so as mesmas. Outras marcas e modelos de calculadoras deveriam funcionar de maneira anloga. EXEMPLO 12 Traando grficos de funes com calculadoras Considere a funo f(x) x3 2. (a) Trace o grfico de f com uma calculadora. (b) Troque os parmetros da janela para obter uma vista diferente do grfico. Soluo (a) Passo 1 Pressione Y . Nossa funo ser definida como Y1 na calcula- dora. Se necessrio, movimente o cursor para cima at que fi- que imediatamente depois da expresso Y1. Pressione CLEAR para ter certeza de que no h outras frmulas j carregadas para Y1. Passo 2 Digite X^3 2. Para escrever a varivel X, utilize a tecla X,T,,n . [Ver Figura 9(a).] (a) (b) Figura 9 Passo 3 Pressione GRAPH . [Ver Figura 9(b).] (b) Passo 1 Pressione WINDOW . Passo 2 Mude os parmetros para os valores desejados. Uma das tarefas mais importantes na utilizao de uma calculadora grfi- ca a determinao da janela que mostra as caractersticas que nos inte- ressam. Neste exemplo, simplesmente determinamos a janela [3, 3] por [29, 29]. Tambm especificamos o valor de Yscl em 5. O parmetro Yscl e seu anlogo Xscl fixam a distncia entre as marcas da escala nos eixos respectivos. Para isso, coloque os parmetros da janela na calculadora de acordo com os da Figura 10. O valor de Xres d a resoluo da tela, que deixamos com seu valor default. Passo 3 Pressione GRAPH para exibir os resultados. (Ver Figura 11.) INCORPORANDO RECURSOS TECNOLGICOS Figura 10 Figura 11 _Livro_Goldstein.indb 11_Livro_Goldstein.indb 11 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  12. 12. 12 Captulo 0 Funes 1. Verifique se o ponto (3, 12) est ou no no grfico da funo g(x) x2 5x 10. 2. Esboce o grfico da funo h(t) t2 2. Exerccios de reviso 0.1 Nos Exerccios 1-6, esboce o intervalo dado na reta numrica. 1. [1, 4] 2. (4, 3) 3. [2, ) 4. [1, ] 5. (, 3) 6 [4, ) Nos Exerccios 7-12, utilize intervalos para descrever os n- meros reais que satisfazem a desigualdade. 7. 2 x 3 8. 1 x 9. x < 0 e x 1 10. x 1 e x < 8 11. x < 3 12. x 13. Se f(x) x2 3x , encontre f(0), f(5), f(3) e f(7). 14. Se f(x) 9 6x x2, encontre f(0), f(2), f(3) e f(13). 15. Se f(x) x3 x2 x 1, encontre f(1), f(1), f( ) e f(a). 16. Se g(t) t3 3t2 t, encontre g(2), g ( ), g ( ) e g(a). 17. Se h(s) s/(1 s), encontre h( ), h( ) e h(a 1). 18. Se f(x) x2/(x2 1), encontre f( ), f( ) e f(a 1). 19. Se f(x) x2 2x, encontre f(a 1) e f(a 2). 20. Se f(x) x2 4x 3, encontre f(a 1) e f(a 2). 21. Uma firma de materiais para escritrio observa que o nmero de aparelhos de fax vendidos num ano x dado, aproximadamente, pela funo f(x) 50 4x x2, onde x 0 corresponde a 1990. (a) O que representa f(0)? (b) Obtenha o nmero de aparelhos de fax vendidos em 1992. 22. Resposta muscular Quando introduzimos uma solu- o de acetilcolina no msculo do corao de uma r, a fora com que o msculo se contrai diminui. Os dados experimentais do bilogo A. J. Clark so bem aproxi- mados por uma funo da forma em que x a concentrao de acetilcolina (em unidades apropriadas), b uma constante positiva que depende da r utilizada e R(x) a reao do msculo ao acetil- colina, expressa como porcentagem do efeito mximo possvel da droga. (a) Suponha que b 20. Encontre a resposta do ms- culo quando x 60. (b) Determine o valor de b se R(50) 60, ou seja, se a concentrao de x 50 unidades produzir uma resposta de 60%. Nos Exerccios 23-26, descreva o domnio da funo. 23. 24. 25. 26. Nos Exerccios 27-32, decida quais curvas so grficos de funes. 27. y x 28. y x 29. y x 30. y x 31. y x 32. y x Exerccios 0.1 _Livro_Goldstein.indb 12_Livro_Goldstein.indb 12 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  13. 13. Seo 0.1 Funes e seus grficos 13 Os Exerccios 33-42 referem-se funo cujo grfico est es- boado na Figura 12. 1 11 3 5 9 x y (2, 3) (7, 1) y f (x) Figura 12 33. Encontre f(0). 34. Encontre f(7). 35. Encontre f(2). 36. Encontre f(1). 37. f(4) positivo ou negativo? 38. f(6) positivo ou negativo? 39. f( ) positivo ou negativo? 40. f(1) maior do que f(6)? 41. Para quais valores de x vale f(x) 0? 42. Para quais valores de x vale f(x) 0? Os Exerccios 43-46 referem-se Figura 13. Quando uma droga injetada na massa muscular de uma pessoa, a con- centrao y da droga no sangue uma funo do tempo de- corrido desde a injeo. Na Figura 13, dado o grfico de uma funo tempo-concentrao tpica, em que t 0 corres- ponde ao instante da injeo. 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 Concentraonosangue (unidadesadequadas) 1 2 Tempo (horas) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 t y y f (t) Figura 13 Curva tempo-concentrao de uma droga. 43. Qual a concentrao da droga quando t 1? 44. Qual o valor da funo tempo-concentrao f quando t 6? 45. Encontre f(5). 46. Em que instante f(t) atinge seu maior valor? 47. O ponto (3, 12) est no grfico da funo f(x) ( ) (x 2)? 48. O ponto (2, 12) est no grfico da funo f(x) x(5 x)(4 x)? 49. O ponto ( ) est no grfico da funo g(x) (3x 1)/ (x2 1)? 50. O ponto ( ) est no grfico da funo g(x) (x2 4)/ (x 2)? 51. Encontre a coordenada y do ponto (a 1, ) se esse ponto estiver no grfico da funo f(x) x3. 52. Encontre a coordenada y do ponto (2 h, ) se esse ponto estiver no grfico da funo f(x) (5/x) x. Nos Exerccios 53-56, calcule f(1), f(2) e f(3). 53. 54. 55. 56. 57. Suponha que a firma de corretagem mobiliria do Exemplo 6 decida manter as taxas de comisso inal- teradas para compras que no excedam $600, mas decida cobrar apenas 1,5% mais $15 para compras de ouro que excedam $600. Expresse a comisso de cor- retagem como uma funo da quantidade x de ouro comprada. 58. A Figura 14(a) mostra o nmero 2 no eixo x e o grfico de uma funo. Seja h um nmero positivo e localize uma possvel posio para o nmero 2 h. Marque o ponto do grfico cuja primeira coordenada seja 2 h e localize o ponto com suas coordenadas. 2 y x a y x (a) (b) y f (x) y f (x) Figura 14 59. A Figura 14(b) mostra o nmero a no eixo x e o grfico de uma funo. Seja h um nmero negativo e localize uma possvel posio para o nmero a h. Marque o ponto do grfico cuja primeira coordenada seja a h e localize o ponto com suas coordenadas. _Livro_Goldstein.indb 13_Livro_Goldstein.indb 13 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  14. 14. 14 Captulo 0 Funes Exerccios com calculadora 60. O que est errado se digitarmos numa calculadora a funo f(x) como ? 61. O que est errado se digitarmos numa calculadora a funo f(x) x3/4 como ? Nos Exerccios 62-65, obtenha o grfico da funo dada na janela especificada. 62. f(x) x3 33x2 120x 1.500; [8, 30] por [2.000, 2.000] 63. f(x) x2 2x 2; [2, 4] por [8, 5] 64. f(x) ; [0, 10] por [1, 4] 65. f(x) ; [4, 4] por [0,5; 1,5] 1. Se (3, 12) estiver no grfico de g(x) x2 5x 10, ento devemos ter g(3) 12. Entretanto, isso no ocorre, pois Assim, (3, 12) no est no grfico de g(x). 2. Escolha alguns valores representativos de t, por exem- plo, t 0, 1, 2, 3. Para cada valor de t, calcule h(t) e marque o ponto (t, h(t)). (Ver Figura 15.) t h(t) t2 2 0 1 2 3 1 2 3 2 1 2 7 1 2 7 y t y t2 2 1 1 Figura 15 O grfico de h(t) t2 2. Solues dos exerccios de reviso 0.1 0.2 Algumas funes importantes Nesta seo, introduzimos algumas das funes que tero um papel proemi- nente em nossa discusso do Clculo. Funes lineares Como veremos no Captulo 1, um conhecimento das pro- priedades algbricas e geomtricas de retas essencial para o estudo do Cl- culo. Toda reta o grfico de uma equao linear da forma cx dy e, em que c, d e e so constantes dadas, sendo c e d no simultaneamente nulas. Se d 0, ento podemos resolver a equao em y para obter uma equao da forma y mx b, (1) com nmeros m e b apropriados. Se d 0, ento podemos resolver a equao em x para obter uma equao da forma x a, (2) com um nmero a apropriado. Dessa forma, cada reta o grfico de uma equa- o do tipo (1) ou (2). O grfico de uma equao da forma (1) uma reta no vertical [Figura 1(a)], enquanto o grfico de (2) uma reta vertical [Figura 1(b)]. A reta da Figura 1(a) o grfico da funo f(x) mx b. Uma tal funo, definida em cada x, denominada funo linear. Observe que a reta da Figura 1(b) no o grfico de uma funo, pois falha o teste da reta vertical. Um caso importante de funo linear ocorre se o valor de m for zero, isto , f(x) b para algum nmero b. Nesse caso, dizemos que f(x) uma funo constante, pois associa o mesmo nmero b a cada valor de x. Seu grfico a reta horizontal de equao y b. (Ver Figura 2.) _Livro_Goldstein.indb 14_Livro_Goldstein.indb 14 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  15. 15. Seo 0.2 Algumas funes importantes 15 y x y mx b x a (a) y x (b) Figura 1 y x y b (0, b) Figura 2 O grfico da funo constante f(x) b. Frequentemente, as funes lineares surgem em situaes da vida real, como mostram os dois primeiros exemplos. EXEMPLO 1 Quando a Agncia de Proteo Ambiental dos Estados Unidos encontrou uma certa companhia jogando cido sulfrico no Rio Mississipi, multou a companhia em $125.000, mais $1.000 dirios, at que a companhia se ajustasse s normas federais reguladoras de ndices de poluio. Expresse o total da multa como funo do nmero x de dias em que a companhia continuou vio- lando as normas federais. Soluo A multa varivel para x dias de poluio, a $1.000 por dia, de 1.000x. Portan- to, a multa total dada pela funo f(x) 125.000 1.000x. I Como o grfico de uma funo linear uma reta, podemos esbo-lo loca- lizando quaisquer dois de seus pontos e traando a reta por eles. Por exemplo, para esboar o grfico da funo f(x) x 3, podemos selecionar dois valores convenientes de x, digamos, 0 e 4, e calcular f(0) (0) 3 3 e f(4) (4) 3 1. A reta pelos pontos (0, 3) e (4, 1) o grfico da funo. (Ver Figura 3.) (0, 3) (4, 1) y x 3 y x 1 2 EXEMPLO 2 Custo Uma funo custo simples para um negcio consiste em duas partes, os custos fixos, como aluguel, seguro e emprstimos comerciais, que preci- sam ser pagos independentemente da quantidade de itens de um produto que sero produzidos, e os custos variveis, que dependem do nmero de itens produzidos. Suponha que uma companhia de software para computadores produza e venda um novo programa de planilha a um custo de $25 por cpia e que a companhia tenha um custo fixo de $10.000 por ms. Expresse o total do custo mensal como uma funo do nmero x de cpias vendidas e calcule o custo quando x 500. Figura 3 _Livro_Goldstein.indb 15_Livro_Goldstein.indb 15 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  16. 16. 16 Captulo 0 Funes Soluo O custo varivel de 25x mensais. Assim, [custo total] [custos fixos] [custos variveis] C(x) 10.000 25x Se as vendas forem de 500 cpias por ms, o custo ser de C(500) 10.000 25(500) $22.500. (Ver Figura 4.) I (500, 22.500) 10.000 Custos variveis Custos fixos 100 500 Nvel de vendas (mensal) Custodosbensvendidos y C(x) y x O ponto em que o grfico de uma funo linear intersecta o eixo y deno- minado ponto de corte do eixo y do grfico. O ponto em que o grfico intersec- ta o eixo x denominado ponto de corte do eixo x. O exemplo seguinte mostra como determinar os pontos de corte dos eixos de uma funo linear. EXEMPLO 3 Determine os pontos de corte dos eixos do grfico da funo linear f(x) 2x 5). Soluo Como o ponto de corte do eixo y est no eixo y, sua coordenada x 0. O ponto da reta com coordenada x nula tem coordenada y f(0) 2(0) 5 5. Logo, (0, 5) o ponto de corte do eixo y do grfico. Como o ponto de corte do eixo x est no eixo x, sua coordenada y 0. Como a coordenada y dada por f(x), devemos ter Assim, ( ,0) o ponto de corte do eixo y. (Ver Figura 5.) I (0, 5) corte do eixo x y 2x 5 y x ( ), 05 2 corte do eixo y Figura 4 Uma funo custo li- near. Figura 5 O grfico de f(x) 2x 5. _Livro_Goldstein.indb 16_Livro_Goldstein.indb 16 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  17. 17. Seo 0.2 Algumas funes importantes 17 A funo no prximo exemplo descrita por duas expresses. Dizemos que funes descritas por mais de uma expresso so definidas por partes. EXEMPLO 4 Esboce o grfico da funo dada. Soluo Essa funo est definida em x 1, mas dada por meio de duas funes li- neares distintas. Traamos o grfico das duas funes lineares x e x 2. Ento o grfico de f(x) consiste na parte do grfico de x com 1 x 1, mais a parte do grfico de x 2 com x 1. (Ver Figura 6.) I Grfico de f (x) y x x y 5 2 1 2 x 2y 1 2 ponto excludo ponto includo Funes quadrticas Os economistas utilizam curvas de custo mdio que relacionam o custo unitrio mdio da produo de um bem com o nmero de unidades produzidas. (Ver Figura 7.) Os ecologistas utilizam curvas que relacionam a produo primria lquida de nutrientes de uma planta com a rea de superfcie de suas folhas. (Ver Figura 8.) Cada uma dessas curvas tem a forma de uma bacia, com abertura para cima ou para baixo. As funes mais simples cujos grficos lembram essas curvas so as funes quadrticas. Customdio unitrio Unidades produzidas CM x y Figura 7 Curva de custo mdio. Produoprimria lquida rea de superfcie das folhas x y Figura 8 Produo de nutrientes. Uma funo quadrtica uma funo da forma f(x) ax2 bx c, em que a, b e c so constantes e a 0. O domnio de uma tal funo consis- te em todos os nmeros. O grfico de uma funo quadrtica denominado parbola. Duas parbolas tpicas esto desenhadas nas Figuras 9 e 10. Desen- volveremos tcnicas para esboar os grficos de funes quadrticas quando tivermos alguns resultados do Clculo nossa disposio. Figura 6 O grfico de uma fun- o dada por duas expresses. _Livro_Goldstein.indb 17_Livro_Goldstein.indb 17 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  18. 18. 18 Captulo 0 Funes (0, 0) x y y x2 Figura 9 O grfico de f(x) x2. 1 5 (2, 9) x y y x2 4x 5 Figura 10 O grfico de f(x) x2 4x 5. Funes racionais e polinomiais Uma funo polinomial f(x) da forma f(x) anxn an1xn1 a0, em que n um inteiro no negativo e a0, a1, , an so nmeros dados. Alguns exemplos de funes polinomiais so f(x) 5x3 3x2 2x 4 g(x) x4 x2 1 claro que funes lineares e quadrticas so casos especiais de funes polinomiais. O domnio de uma funo polinomial consiste em todos os nmeros. Uma funo expressa como o quociente de duas funes polinomiais denominada funo racional. Alguns exemplos so O domnio de uma funo racional exclui todos os valores de x nos quais o denominador for zero. Por exemplo, o domnio de h(x) exclui x 0, enquanto o domnio de k(x) exclui x 2 e x 2. Como veremos, tanto as funes po- linomiais quanto as racionais aparecem em aplicaes do Clculo. As funes racionais so utilizadas em estudos ambientais como mode- los de custo-benefcio. O custo para se remover um poluente da atmosfera estimado como uma funo da porcentagem do poluente removido. Quanto mais alta a porcentagem removida, maior o benefcio para as pessoas que respiram aquele ar. claro que, aqui, as questes so complexas e discutvel a definio de custo. O custo para remover uma quantidade pequena de poluente pode ser razoavelmente pequeno. Mas o custo para se remover os ltimos 5% do poluente, por exemplo, pode ser terrivelmente caro. EXEMPLO 5 Um modelo de custo-benefcio Suponha que uma funo custo-benefcio seja dada por em que x a porcentagem de algum poluente a ser removido e f(x) o custo associado (em milhes de dlares). (Ver Figura 11.) Encontre o custo para remover 70%, 95% e 100% do poluente. _Livro_Goldstein.indb 18_Livro_Goldstein.indb 18 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  19. 19. Seo 0.2 Algumas funes importantes 19 500 1000 Custoderemoo (milhesdedlares) 50 (70, 100) (95, 475) (100, 1000) Porcentagem de poluente removido 70 100 105 0 x y y 50x 105 x Soluo O custo para remover 70% (milhes de dlares). Contas anlogas mostram que f(95) 475 e f(100) 1.000. Observe que o custo para remover os ltimos 5% do poluente de f(100) f(95) 1.000 475 525 milhes de dlares. Isso mais do que cinco vezes o custo de remover os primeiros 70% do poluente! I Funes potncia Funes da forma f(x) xr so denominadas funes potncia. O significado de xr bvio quando r for um inteiro positivo. Entre- tanto, a funo potncia f(x) xr pode ser definida em qualquer nmero r. A discusso dessas funes potncia fica adiada at a Seo 0.5, quando vamos rever o significado de xr no caso em que r um nmero racional. A funo valor absoluto O valor absoluto de um nmero x denotado por |x e definido por Por exemplo, 5 5, 0 0 e 3 (3) 3. A funo definida em todos os nmeros x por f(x) x denominada funo valor absoluto. Seu grfico coincide com o grfico da equao y x para x 0 e com o grfico da equao y x para x < 0. (Ver Figura 12.) EXEMPLO 6 Calculando os valores de funes Considere a funo quadrtica f(x) x2 4x 5. Use uma calculadora grfica para calcular o valor de f(5). Soluo Passo 1 Pressione Y , digite a expresso X2 4X 5 para Y1 e volte para a tela Home. (Lembre que a varivel X pode ser digitada com a tecla X,T,,n ; para digitar a expresso X2, use a sequncia de teclas () X,T,,n x2 .) Passo 2 Na tela Home, pressione VARS para acessar o menu das variveis e depois pressione para acessar o submenu Y-VARS. Em se- guida, pressione 1 , o que apresenta uma lista das variveis y dadas por Y1, Y2, etc. Selecione Y1. Figura 11 Um modelo de cus- to-benefcio. x y y x Figura 12 O grfico da funo valor absoluto. INCORPORANDO RECURSOS TECNOLGICOS _Livro_Goldstein.indb 19_Livro_Goldstein.indb 19 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  20. 20. 20 Captulo 0 Funes Passo 3 Agora pressione ( , digite 5, pressione ) e, finalmente, d ENTER . O resultado (ver Figura 13) mostra que f(5) 40. Alternativamente, po- demos atribuir primeiro o valor 5 a X e ento pedir o valor de Y1 (ver Figura 14). Para atribuir o valor 5 a X, utilize () 5 STO X,T,,n . I Figura 13 Figura 14 1. Um servio de fotocpia tem um custo fixo de $2.000 mensais (para aluguel, desvalorizao de equipamento, etc.) e um custo varivel de $0,04 por pgina reproduzi- da para clientes. Expresse o custo total como uma fun- o (linear) do nmero de pginas copiadas por ms. 2. Determine os pontos de corte com os eixos do grfico de Exerccios de reviso 0.2 Exerccios 0.2 Nos Exerccios 1-6, trace o grfico da funo. 1. f(x) 2x 1 2. f(t) 3 3. f(x) 3x 1 4. f(x) x 4 5. f(x) 2x 3 6. f(u) Nos Exerccios 7-12, determine os pontos de corte do grfico da funo com os eixos. 7. f(x) 9x 3 8. f(x) x 1 9. f() 5 10. f(x) 14 11. f(x) x 3 12. f() 6 4 13. Cintica enzimtica Na Bioqumica, por exemplo, no estudo da cintica de enzimas, encontramos uma fun- o linear da forma f(x) (K/V)x 1/V, em que K e V so constantes. (a) Se f(x) 0,2x 50, encontre K e V de tal modo que f(x) possa ser escrito no formato f(x) (K/V)x 1/V. (b) Encontre os pontos de corte com os eixos da reta y (K/V)x 1/V (em termos de K e V). 14. As constantes K e V do Exerccio 13 costumam ser de- terminadas a partir de dados experimentais. Suponha que uma reta seja traada atravs dos dados obtidos que tenha corte com o eixo x em (500, 0) e corte com o eixo y em (0, 60). Determine K e V de forma que a reta seja o grfico da funo f(x) (K/V)x 1/V. [Su- gesto: utilize o Exerccio 13(b).] 15. Custo do aluguel de automvel Em algumas cidades norte-americanas, podemos alugar um carro por $18 dlares dirios mais um adicional de $0,20 por milha. (a) Encontre o custo de alugar um carro por um dia e dirigi-lo por 200 milhas. (b) Se o carro for alugado por um dia, expresse o custo total do aluguel como uma funo do nmero x de milhas dirigidas. (Suponha que, para cada frao de milha dirigida, seja cobrada a mesma frao de $0,20.) 16. Direito de perfurar Uma companhia de gs pagar para um proprietrio de terra $5.000 pelo direito de perfurar a terra para procurar gs natural e $0,10 para cada mil ps cbicos de gs extrado da terra. Expresse o total que o proprietrio de terra receber como fun- o da quantidade de gs extrado da terra. 17. Despesas mdicas Em 1998, um paciente pagou $300 por dia num quarto semiprivativo de hospital e $1.500 por uma remoo de apndice. Expresse o total pago pela cirurgia como funo do nmero de dias em que o paciente ficou internado. 18. Velocidade de uma bola de beisebol Quando uma bola de beisebol lanada a 85 milhas por hora rebatida por um basto a x milhas por hora, a bola percorre uma dis- tncia de 6x 40 ps.* (Essa frmula vlida com 50 x 90, supondo que o basto tenha 89 centmetros de comprimento e 907 gramas de peso e que o plano em * Robert K. Adair, The Physics of Baseball (New York: Harper & Row, 1990). _Livro_Goldstein.indb 20_Livro_Goldstein.indb 20 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  21. 21. Seo 0.3 A lgebra de funes 21 que o basto se movimenta forme um ngulo de 35 com a horizontal.) Qual a velocidade que o basto deve ter para que a bola atinja uma distncia de 350 ps? 19. Custo-benefcio Seja f(x) a funo custo-benefcio do Exemplo 5. Se 70% dos poluentes tiverem sido remo- vidos, qual o custo adicional para remover mais 5%? Como isso se compara com o custo de remover os 5% finais do poluente? (Ver Exemplo 5.) 20. Suponha que o custo (em milhes de dlares) para re- mover x por cento de um certo poluente seja dado pela funo custo-benefcio (a) Encontre o custo para remover 85% do poluente. (b) Encontre o custo para remover os 5% finais do po- luente. Cada uma das funes quadrticas dos Exerccios 21-26 tem o formato y ax2 bx c. Encontre a, b e c. 21. y 3x2 4x 22. 23. y 3x 2x2 1 24. y 3 2x 4x2 25. y 1 x2 26. Nos Exerccios 27-32, esboce o grfico da funo. 27. 28. 29. 30. 31. 32. Nos Exerccios 33-38, calcule o valor da funo nos valores de x dados. 33. f(x) x100, x 1 34. f(x) x5, x 35. f(x) x, x 102 36. f(x) x, x 37. f(x) x, x 2,5 38. f(x) x, x Exerccios com calculadora Nos Exerccios 39-42, use uma calculadora grfica para en- contrar o valor da funo no ponto dado. 39. f(x) 3x3 8; x 11, x 10 40. f(x) x4 2x3 x 5; x , x 3 41. f(x) x2 x ; x 2, x 20 42. f(x) ; x 2, x 6 1. Se x representa o nmero de pginas copiadas por ms, ento o custo varivel de 0,04x. Agora, [custo total] [custo fixo] [custo varivel]. Definindo f(x) 2.000 0,04x, temos que f(x) d o custo total mensal. 2. Para encontrar o corte com o eixo y, calculamos f(x) em x 0. f(0) (0) 6 0 6 6 Para encontrar o corte com o eixo x, escrevemos f(x) 0 e resolvemos para x. Portanto, o ponto de corte do eixo y (0, 6) e o eixo x (16, 0). Solues dos exerccios de reviso 0.2 0.3 A lgebra de funes Muitas funes que encontraremos mais adiante neste texto podem ser vistas como combinaes de outras funes. Por exemplo, digamos que P(x) repre- sente o lucro que uma companhia obtm com a venda de x unidades de algum produto. Se R(x) denotar a receita com a venda de x unidades e C(x) o custo da produo de x unidades, ento _Livro_Goldstein.indb 21_Livro_Goldstein.indb 21 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  22. 22. 22 Captulo 0 Funes P(x) R(x) C(x) [lucro] [receita] [custo]. Escrevendo a funo lucro dessa forma, podemos prever o comportamento de P(x) a partir de propriedades de R(x) e C(x). Por exemplo, podemos determi- nar quando o lucro P(x) positivo verificando se R(x) maior do que C(x). (Ver Figura 1.) x x y R eceita Custo y C(x) y R(x) P(x) Nos quatro exemplos seguintes, revemos as tcnicas necessrias para com- binar funes por meio de soma, subtrao, multiplicao e diviso. EXEMPLO 1 Sejam f(x) 3x 4 e g(x) 2x 6. Encontre Soluo Para f(x) g(x) e f(x) g(x) somamos ou subtramos os termos correspon- dentes, como segue. f(x) g(x) (3x 4) (2x 6) 3x 4 2x 6 5x 2 f(x) g(x) (3x 4) (2x 6) 3x 4 2x 6 x 10 Para calcular e f(x)g(x), primeiro substitumos as frmulas de f(x) e g(x), como segue. A expresso de j est na forma mais simples. Para simplificar a expres- so de f(x)g(x), desenvolvemos a multiplicao indicada em (3x 4)(2x 6). Devemos cuidar para multiplicar cada parcela de 3x 4 por todas as parcelas de 2x 6. Uma ordem comum para multiplicar essas parcelas (1) os primei- ros termos, (2) os termos exteriores, (3) os termos interiores e (4) os ltimos termos, como segue. I EXEMPLO 2 Sejam Figura 1 Lucro igual a receita menos custo. _Livro_Goldstein.indb 22_Livro_Goldstein.indb 22 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  23. 23. Seo 0.3 A lgebra de funes 23 Expresse g(x) h(x) como uma funo racional. Soluo Comeamos escrevendo A restrio x 0, 1 decorre do fato de que g(x) s est definida em x 0 e h(x) s est definida em x 1. (Uma funo racional no est definida em va- lores da varivel nos quais o denominador 0.) Para somar duas fraes, seus denominadores devem ser iguais. Um denominador comum para e x(x 1). Multiplicando por , obtemos uma expresso equivalente cujo denominador x(x 1). Analogamente, multiplicando por , obtemos uma expresso equivalente cujo denominador x(x 1). Assim, Logo, I EXEMPLO 3 Encontre f(t)g(t), onde Soluo Na multiplicao de funes racionais, multiplicamos numerador por numera- dor e denominador por denominador. Uma maneira alternativa de expressar f(t)g(t) obtida desenvolvendo as mul- tiplicaes indicadas. A escolha de qual expresso utilizar depende da aplicao pretendida. I EXEMPLO 4 Encontre Soluo A funo f(x) s est definida em x 3 e g(x) s est definida em x 5. Dessa forma, o quociente f(x)/g(x) no est definido em x 3 e 5. Alm disso, o quo- ciente no est definido em valores de x nos quais g(x) seja igual a 0, a saber, _Livro_Goldstein.indb 23_Livro_Goldstein.indb 23 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  24. 24. 24 Captulo 0 Funes x 1. Assim, o quociente est definido em x 1, 3, 5. Para dividir f(x) por g(x), multiplicamos f(x) pelo recproco de g(x), como segue. I Composio de funes Uma outra maneira importante de combinar duas funes f(x) e g(x) substituir a funo g(x) em cada ocorrncias da varivel x em f(x). A funo resultante denominada composio (ou composta) de f(x) com g(x) e denotada por f(g(x)). EXEMPLO 5 Sejam f(x) x2 3x 1 e g(x) x 5. O que ser f(g(x))? Soluo Substitumos g(x) em cada ocorrncia de x em f(x), como segue. I Mais adiante neste texto, estudaremos expresses da forma f(x h), em que f(x) uma dada funo e h representa algum nmero. O significado de f(x h) que x h deve substituir cada ocorrncia de x na frmula de f(x). De fato, f(x h) simplesmente um caso especial de f(g(x)), em que g(x) x h. EXEMPLO 6 Se f(x) x3, encontre f(x h) f(x). Soluo I EXEMPLO 7 Num certo lago, a alimentao bsica dos robalos constitui peixes menores que se alimentam de plncton. Se o tamanho da populao dos robalos uma funo f(n) do nmero n dos peixes menores, e esse nmero uma funo g(x) da quantidade x de plncton no lago, expresse o tamanho da populao dos robalos como uma funo da quantidade de plncton, no caso em que f(n) 50 e g(x) 4x 3 Soluo Temos n g(x). Substituindo n por g(x) em f(n), obtemos o tamanho da popu- lao dos robalos, a saber, I EXEMPLO 8 Combinao algbrica de funes Considere as funes f(x) x2 e g(x) x 3. Use uma calculadora grfica para obter o grfico da funo f(g(x)). Soluo Passo 1 Pressione Y e coloque Y1 X2 e Y2 X 3. Passo 2 Coloque Y3 Y1(Y2) acessando o submenu Y-VARS de VARS . INCORPORANDO RECURSOS TECNOLGICOS _Livro_Goldstein.indb 24_Livro_Goldstein.indb 24 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  25. 25. Seo 0.3 A lgebra de funes 25 Passo 3 Para obter o grfico da funo composta Y3 Y1(Y2) sem pre- cisar passar pelos grficos de Y1 e Y2, precisamos, antes de mais nada, desativar a seleo das funes Y1 e Y2. Para desativar Y1, coloque o cursor sobre o sinal de igualdade depois de Y1 e pres- sione ENTER . Da mesma forma, desative Y2; agora, a tela deve- ria estar parecida com a da Figura 2(a). Finalmente, pressione GRAPH . [Ver Figura 2(b).] I (a) (b) Figura 2 1. Sejam f(x) x5, g(x) x3 4x2 x 8. (a) Encontre f(g(x)). (b) Encontre g(f(x)). 2. Seja f(x) x2. Calcule e simplifique. Exerccios de reviso 0.3 Exerccios 0.3 Nos Exerccios 1-6, sejam f(x) x2 1, g(x) 9x e h(x) 5 2x2. Calcule a funo. 1. f(x) g(x) 2. f(x) h(x) 3. f(x)g(x) 4. g(x)h(x) 5. 6. Nos Exerccios 7-12, expresse f(x) g(x) como uma funo racional. Desenvolva todas as multiplicaes. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Nos Exerccios 13-24, sejam e Expresse a funo como uma funo racional. 13. f(5) g(x) 14. f(t) h(t) 15. f(x)g(x) 16. g(x)h(x) 17. 18. 19. f(x 1)g(x 1) 20. f(x 2) g(x 2) 21. 22. 23. 24. Nos Exerccios 25-30, sejam e h(x) x3 5x2 1. Calcule a funo. 25. f(g(x)) 26. h(f(t)) 27. h(g(x)) 28. g(f(x)) 29. g(h(t)) 30. f(h(x)) 31. Se f(x) x2, encontre f(x h) f(x) e simplifique. 32. Se f(x) 1/x, encontre f(x h) f(x) e simplifique. 33. Se g(t) 4t t2, encontre e simplifique. 34. Se g(t) t3 5, encontre e simplifique. 35. Custo Depois de t horas de operao de uma linha de montagem, foram fabricados A(t) 20t t2 cortado- res de grama, com 0 t 10. Suponha que o custo de fabricao de x unidades seja de C(x) dlares, em que C(x) 3.000 80x. _Livro_Goldstein.indb 25_Livro_Goldstein.indb 25 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  26. 26. 26 Captulo 0 Funes (a) Expresse o custo de fabricao como uma funo (composta) do nmero de horas de operao da li- nha de montagem. (b) Qual o custo das primeiras 2 horas de operao? 36. Custo Durante a primeira meia hora, os empregados de uma bancada preparam a rea de trabalho para o dia. Depois disso, eles produzem 10 peas para mqui- nas de preciso, de forma que a produo depois de t horas de f(t) peas, com f(t) 10 10t 5, t 8. O custo total para produzir x peas de C(x) dlares, com C(x) 0,1x2 25x 200. (a) Expresse o custo total como uma funo (compos- ta) de t. (b) Qual o custo das primeiras 4 horas de produo? 37. Escalas de converso A Tabela 1 mostra uma tabela para converso do tamanho de chapus masculinos para trs pases. A funo g(x) 8x 1 converte dos tamanhos ingleses para os tamanhos franceses e a fun- o f(x) x converte dos tamanhos franceses para os tamanhos norte-americanos. Determine a funo h(x) f(g(x)) e d sua interpretao. Exerccios com calculadora 38. Seja f(x) x2. Obtenha o grfico das funes f(x 1), f(x 1), f(x 2) e f(x 2). D um palpite sobre a rela- o do grfico de uma funo f(x) qualquer e o grfico de f(g(x)), em que g(x) x a, para alguma constante a. Teste seu palpite com as funes f(x) x3 e f(x) 39. Seja f(x) x2. Obtenha o grfico das funes f(x) 1, f(x) 1, f(x) 2 e f(x) 2. D um palpite sobre a rela- o do grfico de uma funo f(x) qualquer e o grfico de f(x) c, para alguma constante c. Teste seu palpite com as funes f(x) x3 e f(x) 40. Utilizando os resultados dos Exerccios 38 e 39, esboce o grfico de f(x) (x 1)2 2 sem utilizar uma calcu- ladora grfica. Confira seu resultado com uma calcula- dora grfica. 41. Utilizando os resultados dos Exerccios 38 e 39, esboce o grfico de f(x) (x 2)2 1 sem utilizar uma calcu- ladora grfica. Confira seu resultado com uma calcula- dora grfica. 42. Sejam f(x) x2 3x 1 e g(x) x2 3x 1. Obtenha os grficos das duas funes f(g(x)) e g(f(x)) juntos na mesma janela [4, 4] por [10, 10] e determine se as duas funes so iguais. 43. Seja f(x) . Obtenha o grfico de f(f(x)) na janela [15, 15] por [10, 10]. Utilize a funo trace para examinar as coordenadas de vrios pontos do grfico e, ento, determine a frmula de f(f(x)). TABELA 1 Tabela de converso dos tamanhos de chapus masculinos Inglaterra Frana Estados Unidos 1. (a) f(g(x)) [g(x)]5 (x3 4x2 x 8)5 (b) g(f(x)) [f(x)]3 4[f(x)]2 f(x) 8 (x5)3 4(x5)2 x5 8 x15 4x10 x5 8. 2. Solues dos exerccios de reviso 0.3 0.4 Zeros de funes Frmula quadrtica e fatorao Um zero de uma funo f(x) um valor de x para o qual f(x) 0. Por exemplo, a funo f(x), cujo grfico aparece na Figura 1, tem zeros em x 3, x 3 e x 7. Ao longo de todo o texto, necessitamos determinar zeros de funes ou, ento, o que d no mesmo, resolver a equao f(x) 0. Na Seo 0.2, encontramos zeros de funes lineares. Nesta seo, enfati- zamos os zeros de funes quadrticas. _Livro_Goldstein.indb 26_Livro_Goldstein.indb 26 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  27. 27. Seo 0.4 Zeros de funes Frmula quadrtica e fatorao 27 (3, 0) (7, 0)(3, 0) x y y f (x) A frmula quadrtica Considere a funo quadrtica f(x)2 ax2 bx c, a 0. Os zeros dessa funo so precisamente as solues da equao quadrtica ax2 bx c 0. Uma maneira de resolver uma equao dessas com a frmula quadrtica, tambm conhecida como frmula de Bhaskara. As solues da equao ax2 bx c 0 so O sinal significa que devemos formar duas expresses, uma com o sinal e outra com . A frmula quadrtica implica que uma equao quadrtica tem, no mximo, duas razes. Ela no ter raiz alguma se a expresso b2 4ac for negativa e ter uma se b2 4ac for igual a 0. A deduo da frmula quadrtica pode ser encontrada no final desta seo. EXEMPLO 1 Resolva a equao quadrtica 3x2 6x 2 0. Soluo Aqui a 3, b 6 e c 2. Substituindo esses valores na frmula quadrtica, obtemos e As solues da equao so 1 /3 e 1 /3. (Ver Figura 2.) I EXEMPLO 2 Encontre os zeros das funes quadrticas dadas. (a) f(x) 4x2 4x 1 (b) f(x) x2 3x 5 Soluo (a) Devemos resolver 4x2 4x 1 0. Aqui, a 4, b 4 e c 1, logo Assim, h somente um zero, a saber, Figura 1 Zeros de uma funo. y x y 3x2 6x 2 1 , 03 3 ( )1 , 03 3 ( ) Figura 2 _Livro_Goldstein.indb 27_Livro_Goldstein.indb 27 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  28. 28. 28 Captulo 0 Funes O grfico de f(x) est esboado na Figura 3. x y ( , 0 ) 1 2 y 4x2 4x 1 Figura 3 x y y x2 3x 51 2 Figura 4 (b) Devemos resolver Aqui, e c 5, logo No se define a raiz quadrada de um nmero negativo, portanto, conclu- mos que f(x) no tem zeros. A razo disso fica clara a partir da Figura 4. O grfico de f(x) fica inteiramente acima do eixo x e no corta o eixo x. I O problema comum de encontrar os pontos de interseo de duas curvas equivale a encontrar os zeros de uma funo. EXEMPLO 3 Encontre os pontos de interseo dos grficos das funes y x2 1 e y 4x. (Ver Figura 5.) Soluo Se um ponto (x, y) estiver em ambos grficos, ento suas coordenadas devem satisfazer ambas equaes. Isto , x e y devem satisfazer y x2 1 e y 4x. Igualando as duas expresses de y, obtemos x2 1 4x. Para utilizar a frmula quadrtica, reescrevemos a equao na forma x2 4x 1 0 Pela frmula quadrtica, Assim, as coordenadas x dos pontos de interseo so 2 e 2 . Para encontrar as coordenadas y, substitumos esses valores de x em qualquer uma das equaes y x2 1 e y 4x. A segunda equao mais simples. Obtemos y 4(2 ) 8 4 e y 4(2 ) 8 4 . Assim, os pontos de interseo so (2 , 8 4 ) e (2 , 8 4 ). I EXEMPLO 4 Lucro e ponto crtico de vendas Uma companhia de televiso a cabo esti- ma que, com x milhares de assinantes, sua receita e custo mensais (em milha- res de dlares) sejam R(x) 32x 0,21x2 C (x) 195 12x. Encontre os pontos crticos de venda, ou seja, encontre o nmero de assinan- tes com os quais a receita igual ao custo. (Ver Figura 6.) x y y 4x y x2 + 1 Figura 5 Pontos de interseo de dois grficos. _Livro_Goldstein.indb 28_Livro_Goldstein.indb 28 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  29. 29. Seo 0.4 Zeros de funes Frmula quadrtica e fatorao 29 Milharesdedlares 0 Milhares de assinantes x y R(x) C(x) Prejuzo Lucro Soluo Seja P(x) a funo lucro. P(x) R(x) C(x) (32x 0,21x2) (195 12x) 0,21x2 20x 195. Os pontos crticos de venda so os pontos em que o lucro zero. Assim, deve- mos resolver 0,21x2 20x 195 0. Pela frmula quadrtica, 47,62 36,59 11,03 e 84,21. Os pontos crticos de venda ocorrem quando a companhia tem 11.030 ou 84.210 assinantes. Entre esses dois nveis, a companhia ter lucro. I Fatorao Se f(x) um polinmio, muitas vezes podemos escrever f(x) como um produto de fatores lineares (ou seja, fatores da forma ax b). Se isso puder ser feito, ento os zeros de f(x) podem ser determinados igualando a zero cada um dos fatores lineares e resolvendo para x. (A razo disso que o produto de nmeros s pode ser zero quando algum dos fatores for zero.) EXEMPLO 5 Fatore os polinmios quadrticos dados. (a) x2 7x 12 (b) x2 13x 12 (c) x2 4x 12 (d) x2 4x 12 Soluo Em primeiro lugar, observe que, dados nmeros c e d quaisquer, (x c)(x d) x2 (c d)x cd Na expresso quadrtica direita, o termo constante o produto cd, ao passo que o coeficiente de x a soma c d. (a) Pense em todos os inteiros c e d tais que cd 12. Ento escolha o par que satisfaz c d 7; isto , tome c 3, d 4. Assim, x2 7x 12 (x 3)(x 4). (b) Queremos cd 12. Como 12 positivo, c e d devem ser ambos positivos ou ambos negativos. Tambm precisamos ter c d 13. Esses fatos nos levam a x2 13x 12 (x 12)(x 1). Figura 6 Pontos crticos de venda. _Livro_Goldstein.indb 29_Livro_Goldstein.indb 29 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  30. 30. 30 Captulo 0 Funes (c) Queremos cd 12. Como 12 negativo, c e d devem ter sinais opos- tos. Alm disso, sua soma deve ser 4. Portanto, obtemos x2 4x 12 (x 6)(x 2). (d) Isso quase igual parte (c). x2 4x 12 (x 6)(x 2). I EXEMPLO 6 Fatore os polinmios dados. (a) x2 6x 9 (b) x2 25 (c) 3x2 21x 30 (d) 20 8x x2 Soluo (a) Procuramos cd 9 e c d 6. A soluo c d 3 e x2 6x 9 (x 3)(x 3) (x 3)2. Em geral, x2 2cx c2 (x c)(x c) (x c)2. (b) Utilizamos a identidade x2 c2 (x c)(x c). Logo, x2 25 (x 5)(x 5). (c) Inicialmente colocamos o fator comum 3 em evidncia e, depois, utiliza- mos o mtodo do Exemplo 5. 3x2 21x 30 (x2 7x 10) 3(x 5)(x 2). (d) Primeiramente, colocamos o fator comum 1 em evidncia para fazer o coeficiente de x2 igual a 1. 20 8x x2 ( 1)(x2 8x 20) ( 1)(x 10)(x 2). I EXEMPLO 7 Fatore os polinmios dados. (a) x2 8x (b) x3 3x2 18x (c) x3 10x Soluo Em cada caso, inicialmente colocamos o fator comum x em evidncia. (a) x2 8x x(x 8). (b) x3 3x2 18x x(x2 3x 18) x(x 6)(x 3). (c) x3 10x x(x2 10). Para fatorar x2 10, usamos a identidade x2 c2 (x c)(x c), em que c2 10 e . Assim, I EXEMPLO 8 Resolva as equaes dadas. (a) x2 2x 15 0 (b) x2 20 x (c) Soluo (a) A equao x2 2x 15 0 pode ser escrita na forma (x 5)(x 3) 0. _Livro_Goldstein.indb 30_Livro_Goldstein.indb 30 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  31. 31. Seo 0.4 Zeros de funes Frmula quadrtica e fatorao 31 O produto de dois nmeros zero se um ou o outro dos nmeros (ou am- bos) for zero. Portanto, x 5 0 ou x 3 0. Assim, x 5 ou x 3. (b) Comeamos reescrevendo a equao x2 20 x no formato ax2 bx c 0, ou seja, x2 x 20 0 (x 5)(x 4) 0. Conclumos que x 5 0 ou x 4 0, ou seja, x 5 ou x 4. (c) Uma funo racional zero somente se o numerador for zero. Assim, x2 10x 25 0 (x 5)2 0 x 5 0 Isto , x 5. Como o denominador no 0 em x 5, conclumos que x 5 a soluo. I Deduo da frmula quadrtica ax2 bx c 0 (a 0) ax2 bx c 4a2 x2 4abx 4ac (ambos lados multiplicados por 4a) 4a2 x2 4abx b2 b2 4ac (b2 somado a ambos lados para completar o quadrado) Observe, agora, que 4a2 x2 4abx b2 (2ax b)2. Para conferir isso, sim- plesmente multiplique o produto do lado direito. Obtemos _Livro_Goldstein.indb 31_Livro_Goldstein.indb 31 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  32. 32. 32 Captulo 0 Funes EXEMPLO 9 Calculando os zeros de uma funo Encontre os valores de x em que x3 2x 1 0. Soluo Passo 1 Pressione Y e digite a frmula do polinmio para Y1. Pressione GRAPH para obter o grfico da funo. Os zeros desse polin- mio parecem ocorrer no intervalo [2, 2], portanto, pressione WINDOW e tome Xmin 2 e Xmax 2. Passo 2 Para comear o processo de encontrar os zeros, pressione 2nd [CALC] e, depois, 2 . Quando solicitado, digite 2 para a cota esquerda, 1 para a cota direita e 0,5 para o palpite. Como palpite, podemos digitar qualquer valor entre as cotas esquerda e direita. Agora, a calculadora calcula que x3 2x 1 0 com x 1,618034. (Ver Figura 7.) Agora podemos repetir esse processo com cotas diferentes para encontrar o outro valor de x em que x3 2x 1 0. Fi- nalmente, observe que o menu dado por 2nd [CALC] inclui v- rias rotinas teis. De interesse especial para esta seo a opo 5: intersect, que calcula os pontos de interseo de duas fun- es Y1 e Y2. I Um dos problemas ao esboar o grfico de uma funo encontrar um dom- nio (Xmin at Xmax) que contenha todos os zeros. Existe uma soluo simples para esse problema no caso de uma funo polinomial. Basta escrever o polin- mio no formato c(xn an 1 xn1 a0) e tomar M como o nmero que uma unidade maior do que o nmero de maior valor absoluto dentre os coeficientes an 1,..., a0. Ento o intervalo [M, M] conter todos os zeros do polinmio. Por exemplo, todos os zeros do polinmio x3 10x2 9x 8 esto no intervalo [11, 11]. Depois de examinar o polinmio no intervalo [M, M], geralmente podemos encontrar um intervalo menor que tambm contenha todos os zeros. 1. Resolva a equao 2. Use a frmula quadrtica para resolver 7x2 35x 35 0. Exerccios de reviso 0.4 INCORPORANDO RECURSOS TECNOLGICOS Figura 7 Exerccios 0.4 Nos Exerccios 1-6, use a frmula quadrtica para encontrar os zeros da funo. 1. f(x) 2x2 7x 6 2. f(x) 3x2 2x 1 3. f(t) 4t2 12t 9 4. f(x) x2 x 1 5. f(x) 2x2 3x 4 6. f(a) 11a2 7a 1 Nos Exerccios 7-12, use a frmula quadrtica para resolver a equao. 7. 5x2 4x 1 0 8. x2 4x 5 0 9. 15x2 135x 300 0 10. z2 z 0 11. x2 6x 5 0 12. 9x2 12x 4 0 Nos Exerccios 13-24, fatore o polinmio. 13. x2 8x 15 14. x2 10x 16 15. x2 16 16. x2 1 17. 3x2 12x 12 18. 2x2 12x 18 19. 30 4x 2x2 20. 15 12x 3x2 21. 3x x2 22. 4x2 1 23. 6x 2x3 24. 16x 6x2 x3 Nos Exerccios 25-32, encontre os pontos de interseo do par de curvas. 25. y 2x2 5x 6, y 3x 4 26. y x2 10x 9, y x 9 27. y x2 4x 4, y 12 2x x2 28. y 3x2 9, y 2x2 5x 3 29. y x3 3x2 x, y x2 3x 30. y x3 2x2, y 2x _Livro_Goldstein.indb 32_Livro_Goldstein.indb 32 30/09/11 11:1330/09/11 11:13
  33. 33. Seo 0.5 Expoentes e funes potncia 33 31. y x3 x2 5, y 3x2 x 5 32. y 30x3 3x2, y 16x3 25x2 Nos Exerccios 33-38, resolva a equao. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. Pontos crticos de venda Suponha que a funo custo da companhia de televiso a cabo do Exemplo 4 seja trocada por C(x) 275 12x. Determine os novos pontos crticos de venda. 40. Velocidade Quando um carro est em movimento a x milhas por hora, e o motorista decide pisar no freio, o carro ir percorrer uma distncia de x x2 ps.* Se um carro percorrer uma distncia de 175 ps depois de o motorista pisar no freio, qual era a velocidade do carro? * A frmula geral f(x) ax bx2, onde a constante a depende do tempo de reao do motorista e a constante b depende do peso do carro e do tipo de pneus. Esse modelo matemtico foi analisado em D. Burghes, I. Huntley, and J. McDonald, Applying Mathema- tics: A Course in Mathemactical Modelling (New York: Halstead Press, 1982), 57-60. Exerccios com calculadora Nos Exerccios 41-44, encontre os zeros da funo (utilizan- do a janela indicada). 41. f(x) x2 x 2; [4, 5] por [4, 10] 42. f(x) x3 3x 2; [3, 3] por [10, 10] 43. f(x) x 2; [2, 7] por [2, 4] 44. f(x) x2 1; [1,5, 2] por [2, 3] Nos Exerccios 45-48, encontre os pontos de interseo dos grficos das funes (utilizando a janela indicada). 45. f(x) 2x 1; g(x) x2 2; [4, 4] por [6, 10] 46. f(x) x 2; g(x) 4x2 x 1; [2, 2] por [5, 2] 47. f(x) 3x4 14x3 24x 3; g(x) 2x 30; [3, 5] por [80, 30] 48. f(x) ; g(x) ; [0, 4] por [1, 3] Nos Exerccios 49-52, encontre uma janela para exibir o grfico da funo. O grfico deve conter todos os zeros do polinmio. 49. f(x) x3 22x2 17x 19 50. f(x) x4 200x3 100x2 51. f(x) 3x3 52x2 12x 12 52. f(x) 2x5 24x4 24x 2 1. Multiplique ambos lados da equao por x. Ento x2 14 5x. Agora, passe a parcela 5x para o lado es- querdo da equao e resolva por fatorao. x2 5x 14 0 (x 7)(x 2) 0 x 7 ou x 2 2. Nesse caso, cada coeficiente um mltiplo de 7. Para simplificar a Aritmtica, dividimos ambos la- dos da equao por 7 antes de utilizarmos a frmula quadrtica. Solues dos exerccios de reviso 0.4 0.5 Expoentes e funes potncia Nesta seo, revisamos as operaes com expoentes que ocorrem com fre- quncia ao longo de todo este texto. Comeamos definindo br para vrios ti- pos de nmeros b e r. Para qualquer nmero no nulo b e qualquer inteiro positivo n, temos a definio e _Livro_Goldstein.indb 33_Livro_Goldstein.indb 33 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  34. 34. 34 Captulo 0 Funes Por exemplo, e 20 1. Em seguida, consideramos nmeros da forma b1/n, em que n um inteiro positivo. Por exemplo, 21/2 o nmero positivo cujo quadrado 2: 21/2 21/3 o nmero positivo cujo cubo 2: 21/3 21/4 o nmero positivo cuja quarta potncia 2: 21/4 e assim por diante. Em geral, quando b zero ou positivo, b1/n zero ou o n- mero positivo cuja ensima potncia b. Se n for par, no existe um nmero cuja ensima potncia seja b no caso em que b negativo. Portanto, b1/n no est definido se n for par e b < 0. Quando n mpar, podemos permitir que b seja negativo, bem como positivo. Por exemplo, (8)1/3 o nmero cujo cubo 8, ou seja, (8)1 /3 2 Assim, quando b negativo e n mpar, novamente definimos b1/n como o nmero cuja ensima potncia b. Finalmente, consideremos os nmeros da forma bm/n e b m/n, em que m e n so inteiros positivos. Podemos supor que a frao m/n esteja simplificada (de forma que m e n no tenham fatores comuns). Ento definimos b m/n (b1/n)m sempre que b1/n estiver definido e sempre que bm/n estiver definido e no for zero. Por exemplo, Os expoentes podem ser manipulados algebricamente de acordo com as regras seguintes. Leis de exponenciao 1. brbs brs 2. 3. 4. (br)s brs 5. (ab)r arbr 6. EXEMPLO 1 Use as leis de exponenciao para calcular as quantidades dadas. (a) 21/2 501/2 (b) (21/2 21/3) 6 (c) Soluo (a) 21/2 501/2 (2 50)1/2 (Lei 5) _Livro_Goldstein.indb 34_Livro_Goldstein.indb 34 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  35. 35. Seo 0.5 Expoentes e funes potncia 35 (b) (c) I Agora que sabemos a definio de xr com r racional, podemos examinar algumas contas e aplicaes de funes potncia. EXEMPLO 2 Simplifique as expresses dadas. (a) (b) (c) Soluo (a) (Lei 2 com r 4) (b) (Lei 3) Tambm correto escrever a resposta como (c) x1/2x3/2 3x1/2x1/2 x(1/2) (3/2) 3x(1/2) (1/2) (Lei 1) x2 3x I Uma funo potncia uma funo da forma f(x) xr com algum nmero r. EXEMPLO 3 Sejam f(x) e g(x) as funes potncia f(x) x1 e g(x) x1/2. Determine as funes a seguir. (a) (b) f(x)g(x) (c) Soluo (a) _Livro_Goldstein.indb 35_Livro_Goldstein.indb 35 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  36. 36. 36 Captulo 0 Funes (b) (c) I Juros compostos O conceito de juros compostos fornece uma aplicao sig- nificativa de expoentes. Introduzimos esse tpico aqui para dispor de proble- mas aplicados ao longo de todo este texto. Quando depositamos dinheiro numa conta de poupana, os juros so pa- gos em intervalos predeterminados. Se esses juros forem adicionados conta e consequentemente passarem a receber juros, dizemos que esse juro com- posto. O saldo ou investimento inicial denominado principal. O principal acrescido dos juros compostos o saldo composto. O intervalo entre os paga- mentos de juros o perodo de rendimento. Nas frmulas de juros compostos, expressamos a taxa de juros na forma decimal em vez da percentual. Assim, 6% escrito como 0,06. Se depositarmos $1.000 com juros anuais de 6%, compostos anualmente, o saldo composto ao final do primeiro ano ser A1 1000 1000(0,06) 1000(1 0,06). principal juros Ao final do segundo ano, o saldo composto ser de A2 A1 A1(0,06) A1(1 0,06) saldo juros composto [1000(1 0,06)](1 0,06) 1000(1 0,06)2. Ao final de 3 anos, A3 A2 A2(0,06) A2(1 0,06) [1000(1 0,06)2] (1 0,06) 1000(1 0,06)3. Depois de n anos o saldo composto ser de A 1000(1 0,06)n. Neste exemplo, o perodo de rendimento foi de 1 ano. Entretanto, o ponto importante a ser observado que, ao final de cada perodo de rendimento, o saldo depositado cresceu por um fator (1 0,06). Em geral, se a taxa de juros for i em vez de 0,06, o saldo composto ir crescer por um fator de (1 i) ao final de cada perodo de rendimento. Se um principal P for investido taxa de juros i composta a cada perodo de rendimento por um total de n perodos, o saldo composto A ao final do ensimo perodo ser de A P(1 i)n. (1) EXEMPLO 4 Suponha que $5.000 sejam investidos a 8% ao ano, com os juros compostos anualmente. Qual o saldo composto depois de 3 anos? Soluo Substituindo P 5.000, i 0,08 e n 3 na frmula (1), temos A 5000(1 0,08)3 5000(1,08)3 5000(1,259712) 6298,56 dlares. I _Livro_Goldstein.indb 36_Livro_Goldstein.indb 36 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  37. 37. Seo 0.5 Expoentes e funes potncia 37 uma prtica comum dar uma taxa de juros como porcentagem anual, mesmo se o perodo de rendimento for menor do que um ano. Se a taxa de juros anual for r e os juros forem pagos e compostos m vezes ao ano, ento a taxa de juros i para cada perodo dada por Muitos bancos creditam juros a cada trs meses. Se a taxa de juros anual for de 5%, ento i 0,05/4 0,0125. Se os juros forem compostos ao longo de t anos, com m perodos de rendi- mento por ano, haver um total de mt perodos de rendimento. Substituindo n por mt e i por r/m na frmula (1), obtemos a frmula para o saldo composto seguinte. (2) em que P principal r taxa de juros anual m nmero de perodos de rendimento por ano t nmeros de anos EXEMPLO 5 Suponha que sejam depositados $1.000 numa caderneta de poupana que paga 6% ao ano, com juros compostos a cada trs meses. Se no ocorrerem depsitos ou saques adicionais, qual ser o saldo na caderneta ao final do primeiro ano? Soluo Usamos a frmula (2) com P 1.000, r 0,06, m 4 e t 1. 1000(1,06136355) 1061,36 dlares. I Observe que os $1.000 do Exemplo 5 renderam um total de $61,36 de ju- ros (compostos). Isso 6,136% de $1.000. Os bancos algumas vezes anunciam essa taxa como a taxa de juros anual efetiva. Com isso, os bancos querem dizer que se os juros fossem pagos apenas uma vez por ano, teriam de pagar uma taxa de 6,136% para produzir os mesmos ganhos que a taxa de 6%, composta trimestralmente. A taxa anunciada de 6% com frequncia denominada taxa nominal. A taxa de juros anual efetiva pode ser aumentada compondo os juros com maior frequncia. Algumas instituies financeiras compem juros mensal- mente ou mesmo diariamente. EXEMPLO 6 Se os juros do Exemplo 5 fossem compostos mensalmente, qual seria o saldo na caderneta ao final do primeiro ano? E se os 6% de juros anuais fossem compostos diariamente? Soluo Para composio mensal, m 12. Da frmula (2), temos 1000(1,005)12 1061,68 dlares Nesse caso, a taxa de juros efetiva 6,168%. _Livro_Goldstein.indb 37_Livro_Goldstein.indb 37 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  38. 38. 38 Captulo 0 Funes O ano bancrio usualmente consiste em 360 dias (para facilitar as con- tas). Logo, para uma composio diria, tomamos m 360. Ento Com composio diria, a taxa de juros efetiva 6,183%. I EXEMPLO 7 Suponha que uma companhia emita ttulos que custam $200 e pagam juros compostos mensalmente. Os juros so acumulados at que o ttulo atinja a maturidade (sendo, portanto, um ttulo sem adicionais). Se depois de 5 anos o ttulo tiver um valor de $500, qual foi a taxa de juros anual? Soluo Denotemos por r a taxa de juros anual. O valor A do ttulo depois de 5 anos 60 meses dado pela frmula de juros compostos Precisamos encontrar r que satisfaa Elevando ambos os lados potncia e aplicando as leis de exponenciao, obtemos Utilizando uma calculadora, vemos que r 0,18466. Dessa forma, a taxa de juros anual de 18,466%. (Um ttulo pagando uma taxa de juros to alta o que costuma ser apelidado de junk bond.) I As calculadoras TI-83/84 exibem nmeros em 10 casas decimais, por default. Por exemplo, pedindo que calcule 1/3, a calculadora responde 0,3333333333 e pedindo 7/3, responde 2,3333333333. Em ambos casos, foram dadas 10 casas decimais. Contudo, se a resposta no puder ser dada em 10 casas decimais (ou se o valor absoluto for menor do que 0,001) a calculadora grfica exibir o re- sultado em notao cientifica. A notao cientfica escreve os nmeros em duas partes. Os dgitos significativos aparecem junto com a primeira casa decimal esquerda de [E], e a potncia apropriada de 10 aparece direita de E, como em 2.5E4. Isso simboliza 2,5 104, ou 0,00025. Analogamente, 1E12 simboliza 1 1012 ou 1.000.000.000.000. (Observao: multiplicando um nmero por 104, a vrgula decimal movida quatro casas para a esquerda; e multiplicando um nmero por 1012, a vrgula decimal movida 12 casas para a direita.) I INCORPORANDO RECURSOS TECNOLGICOS _Livro_Goldstein.indb 38_Livro_Goldstein.indb 38 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  39. 39. Seo 0.5 Expoentes e funes potncia 39 1. Calcule as expresses dadas. (a) 52 (b) 160,75 2. Simplifique as expresses dadas. (a) (4x3)2 (b) (c) Exerccios de reviso 0.5 Exerccios 0.5 Nos Exerccios 1-28, calcule o nmero. 1. 33 2. (2)3 3. 1100 4. 025 5. (0,1)4 6. (100)4 7. 42 8. (0,01)3 9. (16)1/2 10. (27)1/3 11. (0,000001)1/3 12. 13. 61 14. 15. (0,01)1 16. (5)1 17. 84/3 18. 163/4 19. (25)3/2 20. (27)2/3 21. (1,8)0 22. 91,5 23. 160,5 24. (81)0,75 25. 41/2 26. 27. (0,01)1,5 28. 11,2 Nos Exerccios 29-40, calcule o nmero usando as leis de ex- ponenciao. 29. 51/3 2001/3 30. (31/3 31/6) 6 31. 61/3 62/3 32. (94/5) 5/8 33. 34. 35. (2 1/3 3 2/3)3 36. 200,5 50,5 37. 38. (125 27)1/3 39. 40. (61/2)0 Nos Exerccios 41-70, simplifique a expresso algbrica usando as leis de exponenciao. A resposta no deveria uti- lizar parnteses nem expoentes negativos. 41. (xy)6 42. (x1/3) 6 43. 44. 45. x1/2 46. (x3 y6) 1/3 47. 48. 49. (x3y5) 4 50. 51. 52. x3 x7 53. (2x) 4 54. 55. 56. 57. 58. (3x) 3 59. 60. (9x) 1/2 61. 62. 63. 64. 65. (16x8) 3/4 66. (8y9) 2/3 67. 68. 69. 70. (32y5) 3/5 As expresses dadas nos Exerccios 71-74 podem ser fatora- das conforme indicado. Encontre os fatores que faltam. 71. 72. 2x 2/3 x1/3 x1/3 73. x1/4 6x 1/4 x 1/4 74. 75. Explique por que 76. Explique por que Nos Exerccios 77-84, calcule f(4). 77. f(x) x2 78. f(x) x3 79. f(x) x2 80. f(x) x 1/2 81. f(x) x 3/2 82. f(x) x 1/2 83. f(x) x 5/2 84. f(x) x0 Calcule o saldo composto a partir dos dados fornecidos nos Exerccios 85-92. 85. principal $500, composto anualmente, 6 anos, taxa anual 6%. 86. principal $700, composto anualmente, 8 anos, taxa anual 8%. 87. principal $50.000, composto a cada trs meses, 10 anos, taxa anual 9,5%. 88. principal $20.000, composto a cada trs meses, 3 anos, taxa anual 12%. 89. principal $100, composto mensalmente, 10 anos, taxa anual 5%. 90. principal $500, composto mensalmente, 1 ano, taxa anual 4,5%. 91. principal $1.500, composto diariamente, 1 ano, taxa anual 6%. _Livro_Goldstein.indb 39_Livro_Goldstein.indb 39 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  40. 40. 40 Captulo 0 Funes 92. principal $1.500, composto diariamente, 3 anos, taxa anual 6%. 93. Composio anual Suponha que um casal tenha inves- tido $1.000 quando do nascimento de sua filha e que o investimento renda 6,8%, compostos anualmente. Qual ser o valor desse investimento quando a filha comple- tar 18 anos? 94. Composio anual com depsitos Suponha que um ca- sal invista $ 4.000 por ano durante quatro anos numa aplicao que renda 8%, compostos anualmente. Qual ser o valor do investimento 8 anos depois do primeiro investimento? 95. Composio quadrimestral Suponha que um investi- mento de $ 500 renda juros compostos quadrimestral- mente, ou seja, a cada trs meses. Expresse o valor do investimento depois de um ano como um polinmio na taxa de juros anual r. 96. Composio semestral Suponha que um investimento de $1.000 renda juros compostos creditados semestral- mente. Expresse o valor do investimento depois de dois anos como um polinmio na taxa de juros anual r. 97. Velocidade Quando os freios de um carro so aciona- dos a uma velocidade de x milhas por hora, a distncia percorrida at que o carro pare de ps. Mostre que, quando a velocidade for dobrada, a distncia per- corrida aumentar quatro vezes. Exerccios com calculadora Nos Exerccios 98-101, converta os nmeros dados por cal- culadora grfica para a forma padro (ou seja, sem E). 98. 5E-5 99. 8.103E-4 100. 1.35E13 101. 8.23E-6 1. (a) 52 25. [Observe que 5 2 o mesmo que (5 2). Esse nmero diferente de (5) 2, que igual a 25. Sempre que no houver parnteses, primeiro aplicamos a exponenciao e s depois as outras operaes.] (b) 0,75 , 160,75 163/4 ( )3 23 8. 2. (a) Aplique a Lei 5 com a 4 e b x3. Ento utilize a Lei 4. (4x 3) 2 42 (x 3) 2 16 x6 [Um erro comum esquecer de elevar o 4 ao qua- drado. Se essa fosse a inteno do exerccio, ter- amos pedido 4(x3)2.] (b) [A resposta tambm pode ser dada por 1/x 8/3.] Quando simplificamos expresses envolvendo ra- dicais, geralmente uma boa ideia comear con- vertendo os radicais em expoentes. (c) [Aqui a terceira lei de exponenciao foi aplicada em (x 5). As leis de exponenciao se aplicam a qualquer expresso algbrica.] Solues dos exerccios de reviso 0.5 0.6 Funes e grficos em aplicaes O ponto essencial na resoluo de muitos exerccios aplicados deste texto a construo de funes ou equaes apropriadas. Uma vez feito isso, os demais passos matemticos costumam ser bastante simples. Nesta seo, apresenta- mos problemas aplicados representativos e revemos as tcnicas necessrias para montar e analisar funes, equaes e seus grficos. Problemas geomtricos Muitos exemplos e exerccios deste texto envol- vem dimenses, reas ou volumes de objetos parecidos com os da Figura 1. Quando um problema envolve uma figura plana, como um retngulo ou um crculo, necessrio distinguir entre o permetro e a rea da figura. O perme- tro da figura, ou a distncia em torno dela um comprimento ou uma soma de comprimentos. As unidades tpicas, quando dadas, so polegadas, ps, cen- tmetros, metros e assim por diante. A rea envolve o produto de dois compri- mentos e as unidades so ps quadrados, centmetros quadrados e assim por diante. _Livro_Goldstein.indb 40_Livro_Goldstein.indb 40 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  41. 41. Seo 0.6 Funes e grficos em aplicaes 41 EXEMPLO 1 Custo Suponha que o lado mais longo do retngulo na Figura 1 tenha o do- bro do comprimento do lado mais curto e seja x o comprimento do lado mais curto. (a) Expresse o permetro do retngulo como uma funo de x. (b) Expresse a rea do retngulo como uma funo de x. (c) Se o retngulo representa a tampa de um mvel de cozinha construdo com um material durvel que custa $25 por metro quadrado, escreva uma funo C(x) que expresse o custo do material como uma funo de x, sen- do os comprimentos dados em metros. Retngulo Paraleleppedo Cilindro Soluo (a) O retngulo aparece na Figura 2. O comprimento do lado mais longo 2x. Se o permetro for denotado por P, ento P a soma dos comprimentos dos quatro lados do retngulo, ou seja, x 2x x 2x. Assim, P 6x. (b) A rea A do retngulo o produto dos comprimentos de dois lados adja- centes. Assim, A x 2x 2x 2. (c) Aqui a rea medida em metros quadrados. O princpio bsico dessa par- te custo dos materiais custo por metro quadrado nmero de metros quadrados 50x 2 dlares I Quando um problema envolve um objeto tridimensional como, por exem- plo, uma caixa ou um cilindro, necessrio fazer a distino entre a rea de superfcie do objeto e o volume do objeto. A rea de superfcie, por ser uma rea, medida em unidades quadradas. Tipicamente, a rea da superfcie uma soma de reas (cada rea sendo o produto de dois comprimentos). O vo- lume de um objeto , muitas vezes, o produto de trs comprimentos e medido em unidades cbicas. EXEMPLO 2 rea de superfcie Uma caixa de lados retangulares (um paraleleppedo) tem uma base quadrada de cobre, lados de madeira e tampa de madeira. O cobre custa $21 por p quadrado e a madeira custa $2 por p quadrado. (a) Escreva uma expresso que d a rea de superfcie (isto , a soma das reas da base, da tampa e dos quatro lados) em termos das dimenses da caixa. Tambm escreva uma expresso para o volume da caixa. (b) Escreva uma expresso que d o custo total dos materiais utilizados para construir a caixa em termos das dimenses. Soluo (a) O primeiro passo atribuir letras s dimenses da caixa. Denotemos o comprimento de um lado da base por x (portanto, de todos lados da base) e denotemos a altura da caixa por h. (Ver Figura 3.) Figura 1 Figuras geomtricas. 2x x Figura 2 _Livro_Goldstein.indb 41_Livro_Goldstein.indb 41 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  42. 42. 42 Captulo 0 Funes A base e a tampa tm, cada uma, uma rea de x2, e cada um dos qua- tro lados tem rea xh. Portanto, a rea de superfcie 2x2 4xh. O volu- me da caixa o produto do comprimento, largura e altura. Como a base quadrada, o volume x2h. (b) Quando as vrias superfcies da caixa tm diferentes custos por ps qua- drados, o custo de cada uma calculado separadamente. [custo da base] [custo por p quadrado] [rea da base] 21x2; [custo da tampa] [custo por p quadrado] [rea da tampa] 2x2; [custo de um lado] [custo por p quadrado] [rea de um lado] 2xh. O custo total C [custo da base] [custo da tampa] 4 [custo de um lado] 21x2 2x2 4 2xh 23x2 8xh. I Problemas de economia Muitas aplicaes dadas neste texto envolvem funes custo, receita e lucro. EXEMPLO 3 Custo Um fabricante de brinquedos tem um custo fixo de $3.000 (como alu- guel, seguro e emprstimos) que deve ser pago independentemente da quanti- dade de brinquedos produzidos. Alm disso, existem os custos variveis de $2 por brinquedo. Em um regime de produo de x brinquedos, os custos vari- veis so de 2 x (dlares) e o custo total C(x) 3.000 2x (dlares) (a) Encontre o custo da produo de 2.000 brinquedos. (b) Qual o custo adicional se o nvel de produo for elevado de 2.000 para 2.200 brinquedos? (c) Para responder questo quantos brinquedos podem ser produzidos a um custo de $5.000?, devemos calcular C(5.000) ou resolver a equao C(x) 5.000? Soluo (a) C(2.000) 3.000 2(2.000) 7.000 (dlares). (b) O custo total quando x 2.200 C(2.200) 3.000 2(2.200) 7.400 (dlares). Portanto, o aumento no custo quando a produo elevada de 2.000 para 2.200 brinquedos de C(2.200) C(2.000) 7.400 7.000 400 (dlares). (c) Essa uma questo importante. A frase quantos brinquedos implica que a quantidade x no conhecida. Dessa forma, a resposta encontrada resolvendo C(x) 5.000 em x, como segue. 3.000 2x 5.000 2x 2.000 x 1.000 (brinquedos) Outra maneira de analisar esse problema observar os tipos de unidades envolvidas. A entrada x da funo custo a quantidade de brinquedos e a sada da funo custo o custo, medido em dlares. Como a questo envolve 5.000 dlares, o que se especificou a sada. A entrada x desco- nhecida. I EXEMPLO 4 Custo, receita e lucro Os brinquedos do Exemplo 3 so vendidos a $10 cada. A receita R(x) (quantidade de dinheiro recebida) com a venda de x brin- h x x Figura 3 Caixa fechada. _Livro_Goldstein.indb 42_Livro_Goldstein.indb 42 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  43. 43. Seo 0.6 Funes e grficos em aplicaes 43 quedos de 10x dlares. Dada a mesma funo custo, C(x) 3.000 2x, o lucro (ou perda) P(x) obtido pelos x brinquedos P(x) R(x) C(x) 10x (3000 2x) 8x 3000. (a) Para determinar a receita gerada por 8.000 brinquedos, devemos calcular R(8.000) ou resolver a equao R(x) 8.000? (b) Se a receita com a produo e a venda de alguns brinquedos for $7.000, qual o lucro correspondente? Soluo (a) No conhecemos a receita, mas conhecemos a entrada da funo receita. Portanto, calcule R(8.000) para encontrar a receita. (b) O lucro desconhecido, portanto, queremos calcular o valor de P(x). In- felizmente, no conhecemos o valor de x. Entretanto, o fato de a receita ser de $7.000 nos permite resolver para o valor de x. Assim, a resoluo tem dois passos, como segue. (i) Resolva R(x) 7.000 para encontrar x. 10x 7000 x 700 (brinquedos) (ii) Calcule P(x) com x 700. P(x) 8(700) 3000 2600 (dlares) I Funes e grficos Os grficos das funes que aparecem no contexto de problemas envolvendo aplicaes fornecem informaes teis. Cada afirma- o ou tarefa envolvendo uma funo corresponde a uma propriedade ou ta- refa envolvendo seu grfico. Esse ponto de vista grfico melhora o enten- dimento do conceito de funo e refora a habilidade de trabalhar com elas. As calculadoras grficas modernas e os programas de Clculo para com- putadores fornecem ferramentas excelentes para pensar geometricamente em funes. A maioria das calculadoras grficas e programas possuem um cursor que pode ser movimentado para qualquer ponto da tela, sendo as coordenadas x e y do cursor exibidas em alguma parte da tela. No exem- plo seguinte, mostramos como clculos geomtricos com o grfico de uma funo correspondem aos mais conhecidos clculos numricos. Vale a pena acompanhar esse exemplo, mesmo se um computador (ou calculadora) no estiver disponvel. EXEMPLO 5 Para planejar o crescimento futuro, uma companhia analisa os custos de pro- duo e estima que os custos (em dlares) para operar a um nvel de produo de x unidades por hora so dados pela funo C(x) 150 59x 1,8x 2 0,02x 3. Suponha que o grfico dessa funo esteja disponvel, sendo mostrado numa tela de um recurso grfico ou, talvez, impresso em papel grfico de um relat- rio da companhia. (Ver Figura 4.) (a) O ponto (16; 715,12) est no grfico. O que isso diz sobre a funo custo C(x)? (b) A equao C(x) 900 pode ser resolvida graficamente, encontrando um certo ponto no grfico e lendo suas coordenadas x e y. Descreva como localizar o ponto. Como as coordenadas desse ponto fornecem a soluo da equao C(x) 900? _Livro_Goldstein.indb 43_Livro_Goldstein.indb 43 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  44. 44. 44 Captulo 0 Funes 150 1500 060 x y (16; 715,12) y C(x) Nvel de produo Custo(dlares) (c) A tarefa Encontre C(45) pode ser executada graficamente, encontran- do um ponto no grfico. Descreva como localizar o ponto. Como as coor- denadas desse ponto fornecem o valor de C(45)? Soluo (a) O fato de que (16; 715,12) est no grfico de C(x) significa que C(16) 715,12. Ou seja, se o nvel de produo for de 16 unidades por hora, ento o custo de $715,12. (b) Para resolver C(x) 900 graficamente, localizamos 900 no eixo y e mo- vemos o cursor para a direita at atingir o ponto (?, 900) no grfico de C(x). (Ver Figura 5.) A coordenada x do ponto a soluo de C(x) 900. Graficamente, obtemos uma estimativa de x. (Com um recurso grfico, encontre as coordenadas do ponto de interseo do grfico com a reta horizontal y 900; num papel grfico, use uma rgua para encontrar x no eixo x. Com duas casas decimais, x 39,04.) (c) Para encontrar C(45) graficamente, localizamos 45 no eixo x e subimos o cursor at atingir o ponto (45,?) no grfico de C(x). (Ver Figura 6.) A coordenada y do ponto o valor de C(45). [De fato, C(45) 982,50.] I 150 1500 060 900 y x (?, 900) y C(x) Nvel de produo Custo(dlares) Figura 5 Custo(dlares) 0 Nvel de produo 6045 x y (45, ?) y C(x) 150 1500 Figura 6 Os dois exemplos finais ilustram como extrair informao sobre uma fun- o examinando o seu grfico. EXEMPLO 6 A Figura 7 fornece o grfico da funo R(x), a receita obtida com a venda de x bicicletas. (a) Qual a receita com a venda de 1.000 bicicletas? (b) Quantas bicicletas precisam ser vendidas para se alcanar uma receita de $102.000? (c) Qual a receita obtida com a venda de 1.100 bicicletas? (d) Qual a receita adicional obtida com a venda de outras 100 bicicletas se o nvel atual de vendas for de 1.000 bicicletas? Figura 4 O grfico de uma fun- o custo. _Livro_Goldstein.indb 44_Livro_Goldstein.indb 44 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  45. 45. Seo 0.6 Funes e grficos em aplicaes 45 102.000 159.500 0 1100600 x y (1000, 150.000) y R(x) Receita(dlares) Nvel de vendas Soluo (a) Como (1.000, 150.000) est no grfico de R(x), a receita obtida com a ven- da de 1.000 bicicletas de $150.000. (b) A reta horizontal em y 102.000 intersecta o grfico no ponto de coorde- nada x 600. Portanto, a receita obtida com a venda de 600 bicicletas de $102.000. (c) A reta vertical em x 1.100 intersecta o grfico no ponto de coordenada y 159.500. Portanto, R(1.100) 159.500 e a receita de $159.500. (d) Quando o valor de x aumenta de 1.000 para 1.100, a receita aumenta de 150.000 para 159.500. Portanto, a receita adicional de $9.500. I EXEMPLO 7 Altura de uma bola Uma bola jogada diretamente para cima a partir do topo de uma torre de 64 ps. O grfico da funo h(t), que d a altura da bola (em ps) depois de t segundos, aparece na Figura 8. (Observao: esse grfico no d a trajetria fsica da bola; a bola jogada verticalmente para cima.) (a) Qual a altura da bola depois de 1 segundo? (b) Depois de quantos segundos a bola atinge a altura mxima, e qual essa altura? (c) Depois de quantos segundos a bola atinge o solo? (d) Quando a altura de 64 ps? (0, 64) Altura(ps) (3, 64) 96 0 432 Tempo (segundos) 1 t y y h(t) 3 2 , 100( ) Soluo (a) Como o ponto (1, 96) est no grfico de h(t), temos h(1) 96. Portanto, a altura da bola depois de 1 segundo de 96 ps. (b) O ponto mais alto no grfico da funo tem coordenadas . Portan- to, depois de segundos a bola atinge sua altura mxima, 100 ps. (c) A bola atinge o solo quando a altura 0. Isso ocorre depois de 4 segundos. (d) A altura de 64 ps ocorre duas vezes, nos instantes t 0 e t 3 segundos. I Figura 7 O grfico de uma fun- o receita. Figura 8 O grfico de uma fun- o altura. _Livro_Goldstein.indb 45_Livro_Goldstein.indb 45 30/09/11 11:1430/09/11 11:14
  46. 46. 46 Captulo 0 Funes Na Tabela 1, resumimos a maioria dos conceitos nos Exemplos 3 a 7. Mesmo estando enunciados aqui para uma funo lucro, esses concei- tos aparecem em muitos outros tipos de funes. Cada afirmao sobre o lucro traduzida numa afirmao sobre f(x) e numa afirmao sobre o grfico de f(x). O grfico da Figura 9 ilustra cada uma das afirmaes. TABELA 1 Traduzindo um problema aplicado Considere que f(x) seja o lucro em dlares num nvel de produo x. Problema aplicado Funo Grfico Quando a produo de 2 uni- dades, o lucro de $7. f(2) 7. O ponto (2, 7) est no grfico. Determine o nmero de unida- des que geram um lucro de $12. Resolva f(x) 12 para x. Encontre a(s) coordenada(s) x do(s) ponto(s) do grfico cuja coordenada y 12. Determine o lucro quando o nvel de produo est em 4 unidades. Calcule f(4). Encontre a coordenada y do ponto do grfico cuja coorde- nada x 4 Encontre o nvel de produo que maximiza o lucro. Encontre x tal que f(x) seja o maior possvel. Encontre a coordenada x do ponto mais alto do grfico, M. Determine o lucro mximo. Encontre o valor mximo de f(x). Encontre a coordenada y do ponto mais alto do grfico. Determine a variao do lucro quando o nvel de produo passa de 6 para 7 unidades. Encontre f(7) f(6). Determine a diferena na coor- denada y dos pontos de coorde- nadas x iguais a 6 e 7. O lucro diminui quando o nvel de produo varia de 6 para 7 unidades. O valor da funo diminui quan- do x varia de 6 para 7. O ponto do grfico com coor- denada x igual a 6 est mais elevado do que o ponto com coordenada x igual a 7. (?, 12) (2, 7) (4, ?) 12 0 Lucro(dlares) 76 Nvel de produo timo M Diminuio no lucro Lucro mximo 42 Nvel de produo 7 x y y f (x) EXEMPLO 8 Aproximando os valores mximo e mnimo Sabe-se que, para um certo bem, a receita (em milhares de