“estimativa da produtividade total dos fatores dos estados...

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA “Estimativa da Produtividade Total dos Fatores dos Estados Brasileiros”. LUIZ FERNANDO REGINO FERREIRA ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO DE ALBUQUERQUE E MELLO Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.

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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ECONOMIA

“Estimativa da Produtividade Total dos Fatores dos Estados Brasileiros”.

LUIZ FERNANDO REGINO FERREIRA ORIENTADOR: PROF. DR. MARCELO DE ALBUQUERQUE E MELLO

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.

“ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES DOS ESTADOS BRASILEIROS”

LUIZ FERNANDO REGINO FERREIRA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Economia como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Economia. Área de Concentração: Crescimento Econômico

ORIENTADOR: MARCELO DE ALBUQUERQUE E MELLO

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.

“ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES DOS ESTADOS BRASILEIROS”

LUIZ FERNANDO REGINO FERREIRA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Profissionalizante em Economia como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Economia. Área de Concentração: Crescimento Econômico

Avaliação:

BANCA EXAMINADORA:

_____________________________________________________

Professor Dr. Marcelo de Albuquerque e Mello (Orientador) Instituição: IBMEC RJ _____________________________________________________

Professor Dr. Christiano Arrigoni Coelho Instituição: IBMEC RJ _____________________________________________________

Professor Dr. Arilton Teixeira Instituição: FUCAPE

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2012.

FICHA CATALOGRÁFICA Prezado aluno (a), Por favor, envie os dados abaixo assim que estiver com a versão definitiva, ou seja, quando não faltar mais nenhuma alteração a ser feita para o e-mail [email protected], colocando no assunto: FICHA CATALOGRÁFICA - MESTRADO. Enviaremos a ficha catalográfica o mais breve possível para o seu e-mail (se possível em até 72 horas). 1) Nome completo; 2) Título e subtítulo (se houver e separados); 3) Ano da defesa; 4) Área de concentração: 5) Assunto principal (contextualizado); 6) Assuntos secundários; 7) Palavras-chave, e 8) Resumo (se possível) 9) Curso (Mestrado profissionalizante em ...) Ou envie os anexos contendo a página de rosto e a do resumo, além da área de concentração.

v

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Leda, Dione, Felipe e Eduardo.

vi

AGRADECIMENTOS

À minha família que sempre buscou incentivar-me em todos os meus projetos e perdoa a

minha ausência por causa deles.

Aos professores do IBMEC, em especial ao Antonio Fiorêncio, Fernando Veloso, Marcelo

Mello e Osmani Guillen que mais do que ensinar a disciplina, ensinaram-me a gostar de

Macroeconomia e Econometria.

Aos amigos que fiz durante o curso, em especial à Sabrina Moraes e Izis Janote pelo apoio,

ajuda e incentivo.

Ao meu orientador Prof. Marcelo Mello, pela atenção e apoio dedicados à preparação deste

trabalho.

Aos Professores Christiano Arrigoni e Arilton Teixeira, pela participação na avaliação deste

trabalho.

vii

RESUMO

Construímos um painel de dados macroeconômicos anuais dos estados Brasileiros no período

de 1961 a 2008, contendo Produto Interno Bruto, Estoque de Capital, Escolaridade e Força de

Trabalho. A série de Estoque de Capital foi construída a partir do consumo de energia elétrica.

Estimativas em painel da Produtividade Total dos Fatores (PTF) foram feitas para cada

estado. Com a Contabilidade do Desenvolvimento, comparamos os estados concluindo que os

mais ricos tendem a possuir maior capital humano e maior PTF, e os mais pobres tendem a

possuir uma razão capital/produto maior. Utilizando a Contabilidade do Crescimento fizemos

a decomposição da renda per capita para determinar a contribuição de cada fator e

encontramos que na média, para o período de 1992-2007, o capital físico responde por 21%, o

capital humano por 60% e a Produtividade Total dos Fatores por 19%. Para o período de

2001-2007, estes valores são 10%, 51% e 40%, respectivamente, indicando um aumento da

contribuição da PTF no desenvolvimento econômico.

Palavras Chave: Crescimento Econômico, Produtividade Total dos Fatores, PTF, Estados

Brasileiros

viii

ABSTRACT

We have built a panel with macroeconomic annual data for the Brazilian states in the period

of 1961 to 2008, with Gross State Product, Capital Stock, Schooling and Labor Force. The

capital stock was built based on electricity consumption. Estimates in panel for the Total

Productivity Factor (TFP) were made for each state. Using Development Accounting we

compared the states concluding that the richer ones tend to have higher human capital and

higher TFP and the poorer ones tend to have higher capital/product ratio. With Growth

Accounting we decomposed the product per capita growth to determine the contribution of

each factor, finding that on average for the period of 1992 to 2007, physical capital answers

for 21%, human capital for 60% and the TFP for 19%. For the period of 2001 to 2007, these

values are 10%, 51% and 40%, respectively, indicating a higher contribution from TFP to the

economic growth.

Key Words: Economic Growth, Total Factor Productivity, TFP, Brazilian States

ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 5.1 - PTF: Amazonas..................................................................................................... 23

Figura 5.2 - PTF: Bahia ............................................................................................................ 24

Figura 5.3 - PTF: Espirito Santo.............. ................................................................................ .24

Figura 5.4 - PTF: Maranhão ..................................................................................................... 25

Figura 5.5 - PTF: Minas Gerais ................................................................................................ 25

Figura 5.6 -PTF: Piauí ............. ............................................................................................... 26

Figura 5.7 - PTF: Rio de Janeiro. ............................................................................................. 26

Figura 5.8 - PTF: Rio Grande do Sul ....................................................................................... 27

Figura 5.9 - PTF: São Paulo ..................................................................................................... 27

Figura 5.10 - PTF: Região Norte .............................................................................................. 28

Figura 5.11 - PTF1 Região Nordeste parte I............. ............................................................... 29

Figura 5.11 - PTF1 Região Nordeste parte II.............. ............................................................. 29

Figura 5.12 – PTF1: Região Sudeste ........................................................................................ 30

Figura 5.13 – PTF1: Região Sul ............................................................................................... 30

Figura 5.14 – PTF1: Região Centro-Oeste ............................................................................... 31

x

LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1 – Dados Estaduais - 1961 ....................................................................................... 14 Tabela 4.2 – Dados Estaduais - 2008 ....................................................................................... 15 Tabela 4.3 – Crescimento Médio Anual 1961-2008 ................................................................ 16� Tabela 4.4 – Estatística Descritiva – Média ............................................................................. 17� Tabela 4.5 – Estatística Descritiva – Maximo e Minimo ......................................................... 17� Tabela 4.6 – Estatística Descritiva – Desvio Padrão ................................................................ 17� Tabela 5.1 – Cálculo da PTF – 2008 ........................................................................................ 18� Tabela 5.2 – Diferenças de Classificação da PTF – 2008 ........................................................ 19� Tabela 5.3 – Cálculo da PTF considerando capital humano – 2007 ........................................ 20 Tabela 5.4 – Diferenças de Classificação da PTF considerando capital humano – 2008 ....... 21� Tabela 6.1 – Análise utilizando a PTF1 (com Pop Residente) ................................................. 33� Tabela 6.2 – Análise utilizando a PTF2 (com Pop Economicamente Ativa) ........................... 34� Tabela 6.3 – Análise utilizando a PTF3 (com Pop Ocupada) .................................................. 35 Tabela 6.4 – Comparação entre os estados mais ricos e mais pobres - 2007 ........................... 36 Tabela 6.5 – Comparação entre os estados mais ricos e mais pobres - 1981 ........................... 36� Tabela 7.1 – Decomposição do Crescimento usando PTF1, parte I ......................................... 38� Tabela 7.2 – Decomposição do Crescimento usando PTF1, parte II ....................................... 39 Tabela 7.3 – Decomposição do Crescimento usando PTF1h ................................................... 40

xi

Tabela 7.4 – Decomposição do Crescimento usando PTF2 ..................................................... 41 Tabela 7.5 – Decomposição do Crescimento usando PTF2h ................................................... 42 Tabela 7.6 – Decomposição do Crescimento usando PTF3 ..................................................... 43 Tabela 7.7 – Decomposição do Crescimento usando PTF3h ................................................... 44 Tabela 7.8 – Comparação da Decomposição do Crescimento ................................................ 45� Tabela 7.9 – Comparação da Decomposição do Crescimento com capital humano ............... 45�

xii

LISTA DE ABREVIATURAS BEN Balanço Energético Nacional

EPE Empresa de Pesquisa Energética

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

MME Ministério de Minas e Energia

PTF Produtividade Total dos Fatores

TFP Total Factor Productivity

PEA População Economicamente Ativa

PO População Ocupada

ZFM Zona Franca de Manaus

xiii

SUMÁRIO

1� INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1�

2� LITERATURA RELACIONADA ........................................................................... 4�

3� METODOLOGIA .................................................................................................. 7�

4� DADOS .............................................................................................................. 10�

4.1� Estatística DESCRITIVA .......................................................................................................................... 16�

5� ESTIMATIVAS DA PTF .................................................................................... 18

5.1� Análise Comparativa das Séries de PTF .................................................................................................. 22

5.1� Análise Gráfica da PTF ............................................................................................................................. 23

6� CONTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO .................................................. 32�

7� CONTABILIDADE DO CRESCIMENTO ............................................................ 37�

8� CONCLUSÃO .................................................................................................... 46�

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 48�

1

1 INTRODUÇÃO

Para explicar a diferença de riqueza entre países/regiões, a literatura faz uso comumente da

contabilidade do crescimento. Utilizando uma função de produção Y = A(K,L), onde Y é o

produto interno bruto, K é o estoque de capital, L é a força de trabalho e A é a Produtividade

Total dos Fatores (PTF), é possível estimar a PTF e realizar uma análise que nos permite

determinar a contribuição de cada fator e a forma como o desenvolvimento ocorre.

Diversos trabalhos têm aplicado este conceito para comparar e explicar o crescimento econômico

das nações, conforme detalhado na Seção 2. Uma interessante aplicação seria a análise dos

estados do Brasil para podermos compreender como está ocorrendo o crescimento de cada um e

realizar uma comparação entre eles. Entretanto, esta tarefa possui como desafio a inexistência de

dados de estoque de capital para cada estado.

O objetivo deste trabalho é criar uma série de estoque de capital que nos permita estimar a PTF

dos estados e aplicar a contabilidade do crescimento e contabilidade do desenvolvimento nos

resultados encontrados.

2

Para atingir o objetivo acima, construímos uma base de dados dos estados brasileiros, constituída

de Produto Interno Bruto, População Residente, População Economicamente Ativa, População

Ocupada, Escolaridade Média da População em Idade Ativa, Consumo Residencial de Energia

Elétrica, Consumo Total de Energia Elétrica e Estoque Bruto de Capital. Na ausência do estoque

de capital é comum o uso do consumo de energia elétrica não residencial em MWh. Neste

trabalho utilizamos esta informação, mas a aplicamos em uma série de estoque de capital para o

Brasil, gerando uma série estadual com valores em Reais.

Devido aos diferentes períodos das séries disponíveis, trabalhamos com diferentes painéis. O

mais abrangente compreende os anos de 1961 a 2008, utilizando a população residente como

força de trabalho devido à maior abrangência. Considerando o capital humano esse período é

reduzido para 1981 a 2007. O menor período analisado é o de 1992 a 2007, quando

consideramos a população ocupada como força de trabalho e o capital humano. A comparação

com os resultados obtidos para cada série nos permitiu uma análise de robustez dos mesmos.

Com estes dados estimamos a PTF para 22 estados brasileiros e analisamos a sua evolução.

Apresentamos também os valores considerando o capital humano. Classificando os estados em

ordem decrescente da PTF verificamos que os estados da Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste, na

companhia do Amazonas, ocupam a primeira metade da classificação. A segunda metade é

composta pelos estados da Região Norte e Nordeste. No ano de 2008 o líder, em termos de PTF,

é o estado do Rio de Janeiro, ficando o Maranhão na ultima posição. É interessante observar que

muitos estados apresentaram grande aumento da PTF na década de 2000, com destaques nas

regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

3

Para podermos comparar os resultados de cada estado, analisamos a PTF, a razão

capital/produto e o capital humano em relação ao Brasil, podendo assim determinar se cada

estado encontrava-se acima ou abaixo do fator nacional para estes fatores. Verificamos que entre

os estados mais ricos (PIB per capita acima do valor nacional), 67% possuem PTF maior que o

Brasil, 50% têm uma razão capital/produto maior que o índice nacional e 100% têm escolaridade

maior. Entre os estados mais pobres, esses números são 6%, 63% e 6% respectivamente. Esses

resultados mostram que há uma tendência para que estados mais ricos possuam maior capital

humano e maior PTF, e os mais pobres a ter uma razão capital/produto maior.

Por último, fazemos a decomposição dos fatores para determinar a sua contribuição no

crescimento econômico do estado. Pelos valores estimados, verificamos que na média o capital

físico responde por 21% do crescimento, o capital humano por 60% e a Produtividade Total dos

Fatores por 19%, para o período de 1992-2007. Este último valor é compatível com o encontrado

por Barbosa et al. (2010) para o Brasil no mesmo período. Considerando o período de 2001-2007

esses valores são 10%, 51% e 40%, respectivamente.

Este trabalho está estruturado da seguinte forma: na Seção 2 fazemos uma revisão da Literatura

Relacionada; na Seção 3 apresentamos a metodologia para a construção da estimativa da PTF; na

Seção 4 descrevemos os dados utilizados e como construímos as demais séries; na Seção 5

apresentamos as estimativas obtidas para a PTF dos estados e comparamos os resultados

utilizando diferentes séries como força de trabalho; na Seção 6 realizamos a contabilidade do

desenvolvimento comparando os estados; na Seção 7 realizamos a decomposição do crescimento

do produto, destacando a contribuição dos fatores; e concluímos na Seção 8.

4

2 LITERATURA RELACIONADA

Existe farta literatura que utiliza a contabilidade do desenvolvimento e/ou a contabilidade do

crescimento para analisar a diferença do comportamento econômico dos países. Faremos aqui

uma síntese de alguns trabalhos produzidos nas duas ultimas décadas.

Klenow e Rodríguez-Clare (1997) oferecem novas evidências na relevância da produtividade

versus o capital físico/capital humano para o crescimento econômico. Por entender que o capital

humano varia muito menos entre os países do que foi considerado por Mankiw et al. (1992),

atualizam os dados destes utilizando Mincer (1974) para tratar o capital humano e concluem que

a produtividade explica a maior parte das diferenças de produto per capita e taxas de

crescimento.

Hall e Jones (1999) procuram explicar a diferença de 35 vezes entre a renda por trabalhador do

país mais rico e o mais pobre em 1988. Utilizando os dados da PWT 5.6 de 127 países, calculam

a PTF em nível com uma função Cobb-Douglas, assumindo a elasticidade do produto em relação

ao capital constante entre os países. Comparou a contribuição dos fatores entre os países, e as

diferenças na PTF com o que foi chamado de infraestrutura social (corrupção no governo,

interferência do governo na produção, obstáculos ao comércio, garantia dos contratos),

5

concluindo que esta última causa grandes diferenças no estoque de capital físico, capital humano

e produtividade, e portanto grandes diferenças na renda per capita das nações.

Utilizando o mesmo método de Hall e Jones (1999), Caselli (2004) quer determinar quanto da

variação no produto por trabalhador pode ser explicado por variações na PTF e quanto pode ser

explicado pelos fatores capital físico e capital humano. Ou em outras palavras, como seria a

distribuição de renda no mundo se todos tivessem a mesma produtividade? A conclusão desse

trabalho é que a PTF responde pela maior parte da variação na renda per capita, comparado com

os fatores.

Gomes et al. (2003) analisam a evolução da PTF do Brasil no período de 1950 a 2000,

comparando com outros países. Nesse estudo a PTF foi calculada também em nível, com a

elasticidade do capital constante entre as nações, mas foi utilizado o conceito de PTFD ou PTF

descontada, que retira do cálculo a tendência de evolução tecnológica comum a todos os países.

Na sua conclusão destaca que houve expressivo aumento da PTF no período de 1967 a 1976 e

queda significativa no período de 1976 a 1992.

Bugarin et al. (2007) analisam a depressão econômica no Brasil nas décadas de 1980 e 1990.

Estimando a PTF e utilizando a contabilidade do crescimento concluem que os choques

tecnológicos que ocorreram nestas décadas podem ser considerados como um dos causadores da

depressão no período.

Barbosa et al. (2010) retomam o calculo da PTF no Brasil analisando a sua evolução no período

de 1992-2007. Aqui também o cálculo é feito em nível. Realizando a decomposição do

6

crescimento, concluem que a PTF teve um crescimento de apenas 11,3% nesse período,

contribuindo com cerca de 22,9% do crescimento do PIB.

Um trabalho especifico para os estados brasileiros foi apresentado por Tavares et al. (2001), que

mensuram a PTF para 21 estados brasileiros no período de 1986 a 1998. Na ausência de

informações sobre o estoque de capital dos estados, utilizam o consumo de energia elétrica não

residencial como proxy. O calculo da PTF é feito utilizando dados em painel e determinação

econométrica das elasticidades do produto em relação ao capital e ao trabalho, além de

considerar o capital humano. Nesse estudo os estados de Pernambuco e da região Sudeste

ocupam as primeiras posições em termos de produtividade. Esses resultados não podem ser

comparados com os do presente trabalho devido não somente aos períodos diferentes, mas

principalmente pelo fato de que Tavares et al. (2001) apresentou os valores da PTF como média

do período, não havendo dados sobre anos específicos ou mesmo evolução no tempo.

Outro trabalho regional foi elaborado por Bezerra e Melo (2007), que visa analisar a PTF na

economia da região Nordeste do Brasil e realizar uma decomposição do crescimento econômico

para o período de 1970 a 2000. O método utilizado segue Gomes et al. (2003). Apresentando a

evolução da PTF ao longo de cada década, concluem que a economia do Nordeste teve o mesmo

comportamento observado para o Brasil, mas com níveis menores de produtividade.

7

3 METODOLOGIA

Para o cálculo da PTF, assumimos uma função de produção Cobb-Douglas, com um parâmetro

tecnológico “Hicks Neutral”. Assumimos também retornos constantes de escala, ficando assim a

função de produção.

�� � �����������

Este método foi adotado por Hall e Jones (1999) e Caselli (2004).

Para este trabalho optamos por utilizar o valor de � igual a 1/31, que é considerado uma média na

literatura, conforme Weil (2009).

1 Hall e Jones (1999) e Caselli (2004) também utilizam o valor de � igual a 1/3. Gomes et al (2003) utilizam o valor

de � igual a 0,4 para o Brasil, calculado para a segunda metade da década de 1990, entretanto consideram que esta

escolha não tem impacto significativo nos resultados, conforme Gollin(2002). Bugarin et al. (2007) escolheram

utilizar um valor de 0,35 para o Brasil no período de 1980 a 1998.

8

Partindo da equação (1), podemos então calcular a PTF em nível como:

�� � ��������� ��

Em termos per capita (2) torna-se:

�� � ����� ��

A função de produção, com capital humano, fica:

�� � ���������������� � ������

Em termos per capita, temos:

�� � �����������

E para o calculo da PTF:

�� � ��������� ��

Uma vez calculada a PTF para cada estado, queremos fazer uma analise comparativa entre os

fatores de produção. Para podermos visualizar melhor a proporção capital/produto, reescrevemos

a função de produção (1) e (6) seguindo Klenow e Rodríguez (1997) e Hall e Jones (1999):

9

�� � �� ��� ����

� �����

�� � �� ��� ����

� ��� �� �

Para fazer uma comparação, dividimos cada elemento das equações acima pelos valores

equivalentes do Brasil.

Por último, podemos analisar a contribuição de cada fator (capital humano, capital físico e

produtividade) para o crescimento do produto.

Primeiramente, para calcular a variação entre um instante t e outro T, calculamos a variação

logarítmica entre eles:

!� �"�� � !��"��

# $!� �"�� # �� % $ !� �"�� �&

Para realizarmos a contabilidade do crescimento, dividimos a variação de cada fator pela

variação do produto, conforme Barro (1998):

!� �"��!� �"��

�$!� �"��!� �"��

��� % $ !� �"��

!� �"����'

10

4 DADOS

Construímos um painel com dados anuais de 22 estados Brasileiros. O maior período de dados

que nos permite construir a PTF compreende os anos de 1961 a 2008. Incluindo capital humano

o maior período é reduzido para 1981 a 2007. As séries foram obtidas do Ipeadata

(www.ipeadata.gov.br), exceto os dados do Balanço Energético Nacional-EPE.

O PIB estadual (Y) tem como fonte o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os

valores são de preços constantes do ano de 2000 e estão em milhares de reais (R$). A série

original compreende o período de 1939 a 2008, faltando os anos de 1940-1946, 1971-1974,

1976-1979 e 1981-1984. Construímos a série de 1947-2008, obtendo os anos faltantes por

interpolação da proporção em relação ao total nacional, utilizando o método “cubic spline”, o

qual é comumente utilizado para este tipo de dados, conforme Chen (2007).

Quando não há disponibilidade de estoque de capital é comum a utilização do consumo de

energia elétrica não residencial como proxy, conforme Tavares et al (2001), Souza (1999) e Vial

(2006), o que teoricamente poderia causar viés nos resultados. Analisamos a série de consumo

no Brasil, comparando com o estoque de capital e encontramos que as duas são altamente

correlacionadas (0,99). Como não há dados sobre o estoque de capital dos estados, a solução foi

a utilização desse recurso. Nesse trabalho calculamos o consumo não residencial subtraindo o

residencial do total, e para obter a série de capital (K) decidimos aplicar a proporção em relação

11

ao consumo nacional à série de estoque de capital bruto nacional, obtendo uma série em moeda e

não em MWh. Este cálculo pode ser expresso por:

�(� � )*(� % )+(�)*,� % )+,� �,����

onde �( é o estoque de capital do estado i, )*( é o consumo total de energia elétrica no estado i,

)+(é o consumo residencial do estado i, )*, é o consumo total nacional, )+, é o consumo

residencial nacional e �,é o estoque de capital bruto nacional. Os valores estão a preços

constantes do ano de 2000 e em milhares de reais (R$). A série abrange o período de 1961 a

2008.

O consumo de energia elétrica residencial estadual tem como fonte o MME (Ministério de Minas

e Energia). O período abrange os anos de 1961 a 2007, faltando o ano de 1997. Os anos de 1997

e 2008 a 2010 foram obtidos diretamente do Balanço Energético Nacional-EPE (Empresa de

Pesquisa Energética; ben.epe.gov.br). Os dados estão em (MWh).

O consumo de energia elétrica total estadual tem a mesma fonte que a série residencial.

Entretanto, o período abrange apenas os anos de 1961 a 2004. Como nesse caso não há dados

disponíveis no MME ou EPE, o ano de 1997 foi obtido por interpolação com cubic spline da

proporção do total, e os anos de 2005 a 2010 foram obtidos utilizando-se o crescimento médio do

consumo dos últimos 10 anos ponderados pelo crescimento do consumo nacional obtido no site

da EPE (www.epe.gov.br).

O estoque bruto de capital físico nacional tem como fonte o IPEA (Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada), e foi construído conforme Morandi e Reis (2004). Essa série possui dados

12

para o período de 1950 a 2008 e está em valores constantes do ano de 2000 (milhares de R$).

Vale ressaltar que esta série não considera a sobrevalorização de imóveis ocorrida no período

pós-plano Collor, conforme Bugarin et al (2007), e por isto o estoque de capital pode apresentar

valores maiores que o real a partir da década de 1990. Esta distorção pode gerar números de PTF

não precisos e viesados, mas não é significativa para a análise comparativa dos estados, uma vez

que a série estadual foi calculada como proporção da nacional, afetando assim todos os estados

igualmente.

Para construir uma série como proxy para o capital humano consideramos:

�� � ���� ���

Para �� utilizamos uma função de retorno da escolaridade, como proposta por Mincer (1974),

com os valores pesquisados por Psacharopoulos (1994), ficando assim:

�� � �-�./ ���

Onde 0� é a escolaridade média em número de anos de estudo da força de trabalho, e 1�0� �'���0�23430� 5 �� 1�0� � '���� 6 � # '��'��0� % � 2343� 7 0� 5 �1�0� �'���� # '��'� 6 � # '�'� �0� % 2343 7 0� 8Essa opção foi utilizada por Caselli (2004) e

Hall e Jones (1999) e sendo a escolhida para esse trabalho.

Para a escolaridade utilizamos uma série com a média de anos de estudo de indivíduos com 25

anos de idade ou mais. A fonte é o IPEA, compreendendo o período de 1981 a 2007. Os anos

faltantes de 1991, 1994 e 2000 foram obtidos por interpolação com o método “cubic spline”.

13

Nossa medida de mão-de-obra (L) ideal seria o número de trabalhadores efetivos, mas devido às

diferenças entre pesquisas, metodologias e períodos disponíveis, decidimos analisar como

opções a população residente, a população economicamente ativa e a população ocupada, o que

nos disponibilizou três diferentes séries, a saber:

- População Residente Estadual, fonte: IBGE, período: 1872 a 2010, frequência: decenal.

Construímos a série para o período de 1940 a 2010, obtendo os anos faltantes por

interpolação com o método “cubic spline” a partir da proporção com a população

nacional. Esta série, apesar de não ser a mais indicada para o trabalho, foi escolhida por

oferecer um período mais abrangente.

- População Estadual Economicamente Ativa, fonte: IBGE, período 1992 a 2009,

frequência: anual. Os anos de 1994 e 2000 foram obtidos por interpolação com o método

“cubic spline” a partir da proporção com o total.

- População Ocupada, fonte: IBGE, período: 1992 a 2009, frequência: anual. Os anos

faltantes de 1994 e 2000 foram obtidos por interpolação com o método “cubic spline” a

partir da proporção com o total.

14

Apresentamos a seguir os dados macroeconômicos dos estados para os anos de 1961 e 2008,

classificados pelo PIB per capita, e a variação média no período. Todos os valores monetários

tem por base o ano de 2000.

Tabela 4.1 – Dados Estaduais – 1961

Estado Pos

PIB (R$000)

Estoque de Capital

(R$000) População Residente

PIB per capita

(R$)

Estoque de Capital per capita (R$)

São Paulo 1 53.408.149 237.693.873 13.292.582 4.018 17.882 Rio de Janeiro 2 26.067.058 96.031.191 6.922.225 3.766 13.873 Rio Grande do Sul 3 13.133.131 17.006.387 5.585.394 2.351 3.045 Paraná 4 9.213.140 16.507.033 4.657.136 1.978 3.544 Mato Grosso 5 1.834.378 412.104 976.003 1.879 422 Santa Catarina 6 3.819.201 7.041.069 2.229.168 1.713 3.159 Amazonas 7 1.525.675 441.891 994.561 1.534 444 Minas Gerais 8 14.902.759 62.909.259 9.974.424 1.494 6.307 Pará 9 2.236.540 1.768.390 1.656.776 1.350 1.067 Pernambuco 10 5.312.685 11.130.478 4.246.168 1.251 2.621 Goiás 11 2.384.000 1.151.075 2.056.664 1.159 560 Espírito Santo 12 1.340.826 1.627.042 1.233.373 1.087 1.319 Rio Grande do Norte 13 1.278.647 429.851 1.213.116 1.054 354 Sergipe 14 780.543 605.176 771.528 1.012 784 Paraíba 15 2.008.486 3.882.713 2.056.010 977 1.888 Alagoas 16 1.245.341 1.590.459 1.300.876 957 1.223 Bahia 17 5.649.775 6.530.005 6.128.020 922 1.066 Ceará 18 2.858.764 1.450.793 3.450.508 829 420 Maranhão 19 1.619.970 313.276 2.516.793 644 124 Piauí 20 695.131 249.578 1.327.117 524 188

15

Tabela 4.2 – Dados Estaduais - 2008

Estado Pos PIB (R$000)

Estoque de Capital

(R$000) População Residente

PIB per capita

(R$)

Estoque de Capital per capita

(R$) Dif Pos

São Paulo 1 519.194.510 1.505.058.973 40.222.460 12.908 37.418 0 Rio de Janeiro 2 177.642.519 350.851.029 15.577.018 11.404 22.524 0 Santa Catarina 3 63.815.396 298.106.874 5.965.144 10.698 49.975 +3 Espírito Santo 4 36.167.164 122.632.933 3.392.670 10.660 36.146 +8 Rio Grande do Sul 5 103.267.362 379.958.499 10.614.462 9.729 35.796 -2 Mato Grosso 6 27.446.621 86.973.192 2.907.207 9.441 29.916 -1 Paraná 7 92.796.260 363.565.436 10.350.529 8.965 35.125 -3 Minas Gerais 8 146.243.004 680.991.939 19.394.178 7.541 35.113 0 Mato Grosso do Sul 9 17.156.932 47.656.983 2.312.597 7.419 20.608 - Amazonas 10 24.236.929 67.650.949 3.289.332 7.368 20.567 -3 Goiás 11 38.964.817 149.666.597 5.751.217 6.775 26.023 0 Tocantins 12 6.776.255 18.072.318 1.275.998 5.311 14.163 - Sergipe 13 10.120.667 48.666.582 1.971.728 5.133 24.682 +1 Bahia 14 62.896.851 307.430.829 14.122.540 4.454 21.769 +3 Rio Grande do Norte 15 13.190.050 57.177.867 3.054.867 4.318 18.717 -2 Pernambuco 16 36.462.545 117.386.524 8.571.519 4.254 13.695 -6 Pará 17 30.291.170 280.505.770 7.211.132 4.201 38.899 -8 Ceará 18 31.109.189 100.325.827 8.271.513 3.761 12.129 0 Paraíba 19 13.301.441 50.704.950 3.677.582 3.617 13.788 -4 Alagoas 20 10.081.875 53.413.768 3.062.608 3.292 17.441 -4 Maranhão 21 19.922.098 157.482.355 6.233.235 3.196 25.265 -2 Piauí 22 8.675.924 21.737.440 3.057.484 2.838 7.110 -2

Além das mudanças de posição entre os dois períodos, as tabelas 4.1 e 4.2 nos mostram uma redução das diferenças entre os estados. Em 1961 o PIB per capita do estado de São Paulo era 7,66 vezes maior do que o do Piauí; em 2008 esta diferença cai para 4,54 vezes.

16

Tabela 4.3 – Crescimento Médio Anual 1961- 2008

Estado Pos PIB Estoque de

Capital População Residente

PIB per capita

Estoque de Capital per

capita

Espírito Santo 1 7,3% 9,6% 2,2% 5,0% 7,3% Santa Catarina 2 6,2% 8,3% 2,1% 4,0% 6,1% Goiás 3 6,1% 10,9% 2,2% 3,8% 8,5% Piauí 4 5,5% 10,0% 1,8% 3,7% 8,0% Sergipe 5 5,6% 9,8% 2,0% 3,5% 7,6% Minas Gerais 6 5,0% 5,2% 1,4% 3,5% 3,7% Mato Grosso 7 5,9% 12,1% 2,3% 3,5% 9,5% Maranhão 8 5,5% 14,1% 1,9% 3,5% 12,0% Bahia 9 5,3% 8,5% 1,8% 3,4% 6,6% Amazonas 10 6,1% 11,3% 2,6% 3,4% 8,5% Ceará 11 5,2% 9,4% 1,9% 3,3% 7,4% Paraná 12 5,0% 6,8% 1,7% 3,3% 5,0% Rio Grande do Sul 13 4,5% 6,8% 1,4% 3,1% 5,4% Rio Grande do Norte 14 5,1% 11,0% 2,0% 3,0% 8,8% Paraíba 15 4,1% 5,6% 1,2% 2,8% 4,3% Alagoas 16 4,6% 7,8% 1,8% 2,7% 5,8% Pernambuco 17 4,2% 5,1% 1,5% 2,6% 3,6% São Paulo 18 5,0% 4,0% 2,4% 2,5% 1,6% Pará 19 5,7% 11,4% 3,2% 2,4% 8,0% Rio de Janeiro 20 4,2% 2,8% 1,7% 2,4% 1,0%

4.1 ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Nas tabelas2 3 a seguir apresentamos as principais estatísticas descritivas das séries, separadas

por décadas.

2 Mato Grosso do Sul só possui dados a partir de 1979 e Tocantins a partir de 1989. 3 Os valores de PIB e Capital estão em milhões de R$, tendo por base o ano de 2000 e os dados de população em milhares de habitantes.

17

Tabela 4.4 – Estatística Descritiva – Média

Média PIB Capital Pop Res PEA PO Escolaridade 1961-1970 9.320 32.895 4.119 1971-1980 26.106 77.081 5.246 1981-1990 40.310 142.795 6.168 3,76 1991-2000 44.349 183.469 6.946 3.175 2.918 4,75 2001-2008 57.889 219.657 7.915 3.876 3.510 5,85

Tabela 4.5 – Estatística Descritiva – Máximo e Mínimo

Max/Min PIB Capital Pop Res PEA PO Escolaridade 1961-1970 112.509/695 428.777/153 17.770/771 1971-1980 286.648/1.120 890.559/1.147 25.042/919 1981-1990 393.151/1.458 1.214.719/2.216 31.121/882 6,24/1,70 1991-2000 373.356/1.547 1.382.159/3.100 37.032/919 18.330/393 16.116/392 7,07/2,73 2001-2008 519.194/2.814 1.505.058/8.542 40.222/1.172 21.901/547 20.106/509 8,13/3,91

Tabela 4.6 – Estatística Descritiva – Desvio Padrão

Desv Padrão PIB Capital Pop Res PEA PO Escolaridade 1961-1970 15.707 74.722 3.717 1971-1980 48.368 156.756 4.957 1981-1990 70.032 242.325 6.233 1,08 1991-2000 74.384 283.039 7.251 3.534 3.193 1,00 2001-2008 95.122 310.961 8.214 4.323 3.862 1,01

As tabelas 4.4 a 4.6 nos dão a dimensão das enormes diferenças entre os estados brasileiros. O

destaque é a redução da diferença da escolaridade, que na década de 1980 apresentava uma

proporção entre o máximo e o mínimo de 3,67 vezes, caindo para 2,07 na década de 2000.

18

5 ESTIMATIVAS DA PTF

Utilizando �� � 9/:/;</=>;

�� calculamos a PTF para cada série de (L) disponível. Apresentamos a

seguir os resultados obtidos para o ano de 2008. Esse ano foi escolhido por ser comum às três

séries além de ser o mais recente.

Tabela 5.1 – Cálculo da PTF – Ano de 2008

Estado PTF1, L=Pop Resid

PTF2, L=Pop Eco Ativa

PTF3, L= Pop Ocupada

Rio de Janeiro 4,04 6,37 6,82

São Paulo 3,86 5,79 6,13

Amazonas 2,69 5,15 5,52

Espírito Santo 3,22 4,96 5,17

Mato Grosso 3,04 4,63 4,84

Rio Grande do Sul 2,95 4,43 4,62

Santa Catarina 2,90 4,29 4,43

Mato Grosso do Sul 2,71 4,11 4,34

Paraná 2,74 4,15 4,30

Tocantins 2,19 3,54 3,71

Minas Gerais 2,30 3,54 3,70

Goiás 2,29 3,48 3,66

Pernambuco 1,78 3,05 3,29

Sergipe 1,76 2,90 3,08

Rio Grande do Norte 1,63 2,68 2,85

Paraíba 1,51 2,63 2,78

Ceará 1,64 2,63 2,77

Bahia 1,60 2,55 2,75

Pará 1,24 2,49 2,60

Alagoas 1,27 2,32 2,45

Piauí 1,48 2,36 2,44

Maranhão 1,09 1,99 2,08

19

A tabela 5.1 apresenta os resultados classificados por ordem decrescente da PTF3. A tabela 5.2, a

seguir, nos permite visualizar as mudanças de classificação quando utilizamos as outras séries.

Tabela 5.2 – Diferenças de Classificação da PTF – Ano de 2008

Estado PTF1 PTF2 PTF3

Rio de Janeiro 1º 1º 1º São Paulo 2º 2º 2º Amazonas 9º 3º 3º Espírito Santo 3º 4º 4º Mato Grosso 4º 5º 5º Rio Grande do Sul 5º 6º 6º Santa Catarina 6º 7º 7º Mato Grosso do Sul 8º 9º 8º Paraná 7º 8º 9º Tocantins 12º 10º 10º Minas Gerais 10º 11º 11º Goiás 11º 12º 12º Pernambuco 13º 13º 13º Sergipe 14º 14º 14º Rio Grande do Norte 16º 15º 15º Paraíba 18º 17º 16º Ceará 15º 16º 17º Bahia 17º 18º 18º Pará 21º 19º 19º Alagoas 20º 21º 20º Piauí 19º 20º 21º Maranhão 22º 22º 22º

A seguir fizemos o cálculo da PTF, considerando o capital humano, repetindo o uso das três

séries de força de trabalho, e exibindo os resultados para o ano de 2007, que é o ultimo ano da

série de capital humano.

20

Tabela 5.3 – Cálculo da PTF considerando capital humano – Ano de 2007

Estado

PTF1h, L=Pop Resid

PTF2h, L=Pop Eco Ativa

PTF3h, L= Pop Ocupada

Rio de Janeiro 2,03 3,25 3,49

Amazonas 1,56 3,04 3,31

São Paulo 2,04 3,08 3,29

Espírito Santo 1,76 2,70 2,91

Mato Grosso 1,67 2,57 2,73

Rio Grande do Sul 1,64 2,44 2,57

Paraná 1,55 2,33 2,43

Mato Grosso do Sul 1,49 2,28 2,38

Santa Catarina 1,55 2,26 2,35

Tocantins 1,30 2,11 2,21

Goiás 1,30 1,97 2,09

Minas Gerais 1,26 1,95 2,07

Pernambuco 1,08 1,84 2,01

Rio Grande do Norte 1,02 1,69 1,81

Sergipe 1,03 1,66 1,78

Bahia 1,00 1,63 1,75

Paraíba 0,93 1,62 1,72

Ceará 0,95 1,58 1,67

Alagoas 0,84 1,47 1,55

Pará 0,71 1,44 1,53

Piauí 0,90 1,47 1,52

Maranhão 0,64 1,14 1,21

Na tabela 5.3 os resultados também estão classificados em ordem decrescente da PTF calculada a

partir da População Ocupada (PO). A tabela 5.4, a seguir, nos permite visualizar as mudanças de

classificação.

21

Tabela 5.4 – Diferenças de classificação da PTF considerando capital humano – Ano de 2007

Estado PTF1H PTF2H PTF3H

Rio de Janeiro 2º 1º 1º Amazonas 6º 3º 2º São Paulo 1º 2º 3º Espírito Santo 3º 4º 4º Mato Grosso 4º 5º 5º Rio Grande do Sul 5º 6º 6º Paraná 8º 7º 7º Mato Grosso do Sul 9º 8º 8º Santa Catarina 7º 9º 9º Tocantins 10º 10º 10º Goiás 11º 11º 11º Minas Gerais 12º 12º 12º Pernambuco 13º 13º 13º Rio Grande do Norte 15º 14º 14º Sergipe 14º 15º 15º Bahia 16º 16º 16º Paraíba 18º 17º 17º Ceará 17º 18º 18º Alagoas 20º 20º 19º Pará 21º 21º 20º Piauí 19º 19º 21º Maranhão 22º 22º 22º

Do ponto de vista econômico, uma análise das tabelas 5.1 a 5.4 nos permite verificar que os

estados da Região Sudeste, Sul e Centro-Oeste, na companhia do Amazonas, normalmente

ocupam a primeira metade da tabela. A segunda metade é composta pelos estados da Região

Norte e Nordeste. Em 2008 o líder é o estado do Rio de Janeiro, ficando o Maranhão na ultima

posição.

22

5.1 ANÁLISE COMPARATIVA DAS SÉRIES DE PTF

Para verificar a robustez dos resultados obtidos, comparamos os resultados das Tabelas 5.1 e 5.2,

e podemos notar que em termos de ordem classificatória, os valores são muito parecidos entre as

séries que utilizam a População Economicamente Ativa (PEA) e População Ocupada (PO),

ocorrendo três trocas de posição por diferença na segunda casa decimal.

Entretanto, quando comparamos com a série da PTF1, calculada com a População Residente,

encontramos resultados com diferenças maiores.

Se compararmos a PTF entre a primeira e a última posição de cada série, encontraremos como

maior valor uma diferença de 3,7 vezes no caso da PTF1 e 3,2 vezes para PTF2 e para a PTF3.

Comparando os resultados por correlação, encontramos maior relação entre as séries calculadas a

partir de PO e PEA, como seria de se esperar.

Quando analisamos as séries que consideram o capital humano (ver tabelas 5.3 e 5.4),

verificamos que as diferenças entre elas são mais acentuadas.

Comparando com os valores calculados sem o capital humano, verificamos que agora a diferença

entre o maior e menor valor de cada série diminui. Para PTF1h a variação é de 3,2 vezes, para

PTF2h e PTF3h é de 2,8. Isso é esperado, uma vez que a variação do capital humano era

anteriormente capturada pela PTF.

23

Essas conclusões estão dentro do esperado, uma vez que a série mais adequada para estes estudo

seria a População Ocupada ou a População Economicamente Ativa. A População Residente,

entretanto, possui a vantagem de uma análise de um período significativamente maior.

5.2 ANÁLISE GRÁFICA

Uma análise gráfica da evolução da PTF nos oferece algumas informações adicionais.

Apresentamos nas tabelas a seguir, os resultados de alguns estados que merecem destaque, com

uma visualização da PTF calculada a partir das três séries de força de trabalho (PTF1, PTF2 e

PTF3), e considerando o capital humano (PTF1h, PTF2h e PTF3h).

Figura 5.1 – PTF: Amazonas

O Amazonas teve um grande aumento da PTF na década de 1970 e 1980, mas apresentou uma

queda a partir da década de 1990. O crescimento coincide com a implantação da Zona Franca de

Manaus, e a queda com a liberação das importações.

0

2

4

6

8

10

AM

- 6

1

AM

- 6

3

AM

- 6

5

AM

- 6

7

AM

- 6

9

AM

- 7

1

AM

- 7

3

AM

- 7

5

AM

- 7

7

AM

- 7

9

AM

- 8

1

AM

- 8

3

AM

- 8

5

AM

- 8

7

AM

- 8

9

AM

- 9

1

AM

- 9

3

AM

- 9

5

AM

- 9

7

AM

- 9

9

AM

- 0

1

AM

- 0

3

AM

- 0

5

AM

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

1

2

3

4

5

6

AM

- 8

1A

M -

82

AM

- 8

3A

M -

84

AM

- 8

5A

M -

86

AM

- 8

7A

M -

88

AM

- 8

9A

M -

90

AM

- 9

1A

M -

92

AM

- 9

3A

M -

94

AM

- 9

5A

M -

96

AM

- 9

7A

M -

98

AM

- 9

9A

M -

00

AM

- 0

1A

M -

02

AM

- 0

3A

M -

04

AM

- 0

5A

M -

06

AM

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

24

Figura 5.2 – PTF: Bahia

A Bahia vêm mostrando uma estagnação da PTF desde o início da década de 1990.

Figura 5.3 – PTF: Espirito Santo

O Espirito Santo obteve um grande aumento da PTF na década de 2000, posicionando-se

atualmente entre os primeiros lugares.

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

BA

- 6

1

BA

- 6

3

BA

- 6

5

BA

- 6

7

BA

- 6

9

BA

- 7

1

BA

- 7

3

BA

- 7

5

BA

- 7

7

BA

- 7

9

BA

- 8

1

BA

- 8

3

BA

- 8

5

BA

- 8

7

BA

- 8

9

BA

- 9

1

BA

- 9

3

BA

- 9

5

BA

- 9

7

BA

- 9

9

BA

- 0

1

BA

- 0

3

BA

- 0

5

BA

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

2.0

2.2

BA

- 8

1B

A -

82

BA

- 8

3B

A -

84

BA

- 8

5B

A -

86

BA

- 8

7B

A -

88

BA

- 8

9B

A -

90

BA

- 9

1B

A -

92

BA

- 9

3B

A -

94

BA

- 9

5B

A -

96

BA

- 9

7B

A -

98

BA

- 9

9B

A -

00

BA

- 0

1B

A -

02

BA

- 0

3B

A -

04

BA

- 0

5B

A -

06

BA

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

0

1

2

3

4

5

6

ES

- 6

1

ES

- 6

3

ES

- 6

5

ES

- 6

7

ES

- 6

9

ES

- 7

1

ES

- 7

3

ES

- 7

5

ES

- 7

7

ES

- 7

9

ES

- 8

1

ES

- 8

3

ES

- 8

5

ES

- 8

7

ES

- 8

9

ES

- 9

1

ES

- 9

3

ES

- 9

5

ES

- 9

7

ES

- 9

9

ES

- 0

1

ES

- 0

3

ES

- 0

5

ES

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

1.00

1.25

1.50

1.75

2.00

2.25

2.50

2.75

3.00

ES

- 8

1E

S -

82

ES

- 8

3E

S -

84

ES

- 8

5E

S -

86

ES

- 8

7E

S -

88

ES

- 8

9E

S -

90

ES

- 9

1E

S -

92

ES

- 9

3E

S -

94

ES

- 9

5E

S -

96

ES

- 9

7E

S -

98

ES

- 9

9E

S -

00

ES

- 0

1E

S -

02

ES

- 0

3E

S -

04

ES

- 0

5E

S -

06

ES

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

25

Figura 5.4 – PTF: Maranhão

Apesar de estar na ultima colocação em termos de PTF, o Maranhão apresentou grande

crescimento na década de 2000.

Figura 5.5 – PTF: Minas Gerais

Minas Gerais é outro estado que não vêm mostrando grande evolução na PTF.

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

MA

- 6

1

MA

- 6

3

MA

- 6

5

MA

- 6

7

MA

- 6

9

MA

- 7

1

MA

- 7

3

MA

- 7

5

MA

- 7

7

MA

- 7

9

MA

- 8

1

MA

- 8

3

MA

- 8

5

MA

- 8

7

MA

- 8

9

MA

- 9

1

MA

- 9

3

MA

- 9

5

MA

- 9

7

MA

- 9

9

MA

- 0

1

MA

- 0

3

MA

- 0

5

MA

- 0

7PTF1 PTF2 PTF3

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

MA

- 8

1M

A -

82

MA

- 8

3M

A -

84

MA

- 8

5M

A -

86

MA

- 8

7M

A -

88

MA

- 8

9M

A -

90

MA

- 9

1M

A -

92

MA

- 9

3M

A -

94

MA

- 9

5M

A -

96

MA

- 9

7M

A -

98

MA

- 9

9M

A -

00

MA

- 0

1M

A -

02

MA

- 0

3M

A -

04

MA

- 0

5M

A -

06

MA

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

MG

- 6

1

MG

- 6

3

MG

- 6

5

MG

- 6

7

MG

- 6

9

MG

- 7

1

MG

- 7

3

MG

- 7

5

MG

- 7

7

MG

- 7

9

MG

- 8

1

MG

- 8

3

MG

- 8

5

MG

- 8

7

MG

- 8

9

MG

- 9

1

MG

- 9

3

MG

- 9

5

MG

- 9

7

MG

- 9

9

MG

- 0

1

MG

- 0

3

MG

- 0

5

MG

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

2.0

2.2

2.4

MG

- 8

1M

G -

82

MG

- 8

3M

G -

84

MG

- 8

5M

G -

86

MG

- 8

7M

G -

88

MG

- 8

9M

G -

90

MG

- 9

1M

G -

92

MG

- 9

3M

G -

94

MG

- 9

5M

G -

96

MG

- 9

7M

G -

98

MG

- 9

9M

G -

00

MG

- 0

1M

G -

02

MG

- 0

3M

G -

04

MG

- 0

5M

G -

06

MG

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

26

Figura 5.6 – PTF: Piauí

Assim como o Maranhão, o Piauí apresenta os piores níveis de PTF, mas com um aumento mais

acentuado na década de 2000.

Figura 5.7 – PTF: Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro é um dos líderes em termos de PTF, tendo apresentado um expressivo aumento

nos últimos 10 anos.

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

2.00

2.25

2.50

PI -

61

PI -

63

PI -

65

PI -

67

PI -

69

PI -

71

PI -

73

PI -

75

PI -

77

PI -

79

PI -

81

PI -

83

PI -

85

PI -

87

PI -

89

PI -

91

PI -

93

PI -

95

PI -

97

PI -

99

PI -

01

PI -

03

PI -

05

PI -

07

PTF1 PTF2 PTF3

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

PI -

81

PI -

82

PI -

83

PI -

84

PI -

85

PI -

86

PI -

87

PI -

88

PI -

89

PI -

90

PI -

91

PI -

92

PI -

93

PI -

94

PI -

95

PI -

96

PI -

97

PI -

98

PI -

99

PI -

00

PI -

01

PI -

02

PI -

03

PI -

04

PI -

05

PI -

06

PI -

07

PTF1H PTF2H PTF3H

1

2

3

4

5

6

7

RJ

- 6

1

RJ

- 6

3

RJ

- 6

5

RJ

- 6

7

RJ

- 6

9

RJ

- 7

1

RJ

- 7

3

RJ

- 7

5

RJ

- 7

7

RJ

- 7

9

RJ

- 8

1

RJ

- 8

3

RJ

- 8

5

RJ

- 8

7

RJ

- 8

9

RJ

- 9

1

RJ

- 9

3

RJ

- 9

5

RJ

- 9

7

RJ

- 9

9

RJ

- 0

1

RJ

- 0

3

RJ

- 0

5

RJ

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

3.6

RJ

- 8

1R

J -

82

RJ

- 8

3R

J -

84

RJ

- 8

5R

J -

86

RJ

- 8

7R

J -

88

RJ

- 8

9R

J -

90

RJ

- 9

1R

J -

92

RJ

- 9

3R

J -

94

RJ

- 9

5R

J -

96

RJ

- 9

7R

J -

98

RJ

- 9

9R

J -

00

RJ

- 0

1R

J -

02

RJ

- 0

3R

J -

04

RJ

- 0

5R

J -

06

RJ

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

27

Figura 5.8 – PTF: Rio Grande do Sul

Apesar de ter um nível de PTF entre os maiores do país, o Rio Grande do Sul vem apresentando

estagnação, com uma tendência de queda.

Figura 5.9 – PTF: São Paulo

O estado de São Paulo além de ter o maior PIB do país também é líder em termos de PTF, mas

não tem apresentado grandes variações.

1

2

3

4

5

6

RS

- 6

1

RS

- 6

3

RS

- 6

5

RS

- 6

7

RS

- 6

9

RS

- 7

1

RS

- 7

3

RS

- 7

5

RS

- 7

7

RS

- 7

9

RS

- 8

1

RS

- 8

3

RS

- 8

5

RS

- 8

7

RS

- 8

9

RS

- 9

1

RS

- 9

3

RS

- 9

5

RS

- 9

7

RS

- 9

9

RS

- 0

1

RS

- 0

3

RS

- 0

5

RS

- 0

7PTF1 PTF2 PTF3

1.50

1.75

2.00

2.25

2.50

2.75

3.00

3.25

3.50

RS

- 8

1R

S -

82

RS

- 8

3R

S -

84

RS

- 8

5R

S -

86

RS

- 8

7R

S -

88

RS

- 8

9R

S -

90

RS

- 9

1R

S -

92

RS

- 9

3R

S -

94

RS

- 9

5R

S -

96

RS

- 9

7R

S -

98

RS

- 9

9R

S -

00

RS

- 0

1R

S -

02

RS

- 0

3R

S -

04

RS

- 0

5R

S -

06

RS

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

1

2

3

4

5

6

7

SP

- 6

1

SP

- 6

3

SP

- 6

5

SP

- 6

7

SP

- 6

9

SP

- 7

1

SP

- 7

3

SP

- 7

5

SP

- 7

7

SP

- 7

9

SP

- 8

1

SP

- 8

3

SP

- 8

5

SP

- 8

7

SP

- 8

9

SP

- 9

1

SP

- 9

3

SP

- 9

5

SP

- 9

7

SP

- 9

9

SP

- 0

1

SP

- 0

3

SP

- 0

5

SP

- 0

7

PTF1 PTF2 PTF3

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

3.6

SP

- 8

1S

P -

82

SP

- 8

3S

P -

84

SP

- 8

5S

P -

86

SP

- 8

7S

P -

88

SP

- 8

9S

P -

90

SP

- 9

1S

P -

92

SP

- 9

3S

P -

94

SP

- 9

5S

P -

96

SP

- 9

7S

P -

98

SP

- 9

9S

P -

00

SP

- 0

1S

P -

02

SP

- 0

3S

P -

04

SP

- 0

5S

P -

06

SP

- 0

7

PTF1H PTF2H PTF3H

28

Os gráficos vistos anteriormente nos confirmam a estreita relação entre as séries que utilizam a

PEA e PO. Podemos verificar também que a série calculada a partir da população residente,

apesar de possuir menos compatibilidade com as anteriores, mostra a mesma tendência, nos

permitindo o seu uso para uma análise de tendência de longo prazo.

Apresentamos a seguir os resultados agrupando por regiões geográficas. Foi escolhida a série da

PTF1 (Pop Residente) devido ao maior período de abrangência.

Figura 5.10 – PTF1: Região Norte

Verifica-se que nesta região os 3 estados apresentam tendências completamente diferentes entre

si, em termos de evolução da PTF.

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

3.6

4.0

4.4

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

AM PA TO

29

Figura 5.11 – PTF1: Região Nordeste parte I

Figura 5.12 – PTF1: Região Nordeste parte II

Entre os nove estados da Região Nordeste, somente o Maranhão e Sergipe destacam-se da

tendência geral da região de evolução da PTF.4

4 O gráfico da região Nordeste foi dividido em dois apenas para facilitar a visualização, devido ao grande numero de estados nesta região.

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

CE MA PI RN

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

AL BA PBPE SE

30

Figura 5.13 – PTF1: Região Sudeste

Figura 5.14 – PTF1: Região Sul

Na região Sudeste e Sul a tendência de evolução é muito similar entre os estados da mesma

região, sendo que na primeira a tendência é de alta e na segunda é de neutralidade.

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

ES MG RJ SP

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

PR RS SC

31

Figura 5.15 – PTF1: Região Centro-Oeste

Na região Centro-Oeste também se pode observar a mesma tendência entre os estados.

Por ultimo, é importante ressaltar que a maioria dos estados apresentou uma tendência de

crescimento da PTF na última década, onde podemos citar o Tocantins e as Regiões Nordeste,

Sudeste e Centro-Oeste.

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005

GO MS MT

32

6 CONTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO

Com a PTF calculada, fizemos uma análise comparativa entre os fatores de produção, segundo a

metodologia descrita na Seção 3, utilizando:

�� � �� ��� ����

� �����

�� � �� ��� ����

� ��� �� �

Nas tabelas a seguir temos os fatores de cada estado das equações acima comparados com os

respectivos fatores do Brasil. Note que nesses casos específicos o PIB per capita é calculado

utilizando a mesma força de trabalho utilizada no cálculo da PTF correspondente. Utilizamos o

ano mais recente que cada série nos permite, ou seja, 2008 sem capital humano e 2007 quando

esse é incluído.

Como os valores são os fatores da equação, o primeiro fator é igual à multiplicação dos demais

fatores.

33

Tabela 6.1 – Análise utilizando a PTF1(com Pop Residente)

2008 2007

ESTADO Y/L �� ��� ����

� ��� Y/L �� ��� �

���

� ��� h

Alagoas 0,390 0,313 1,246 0,405 0,403 1,240 0,811 Amazonas 0,873 0,966 0,904 0,902 1,022 0,876 1,007 Bahia 0,528 0,441 1,196 0,538 0,524 1,196 0,859 Ceará 0,446 0,459 0,972 0,425 0,489 0,997 0,872 Espírito Santo 1,263 1,268 0,997 1,245 1,228 1,005 1,008 Goiás 0,803 0,757 1,061 0,798 0,775 1,048 0,984 Maranhão 0,379 0,249 1,522 0,357 0,266 1,587 0,846 Minas Gerais 0,893 0,765 1,168 0,866 0,746 1,189 0,976 Mato Grosso do Sul 0,879 0,975 0,902 0,858 0,955 0,912 0,986 Mato Grosso 1,119 1,161 0,963 1,034 1,133 0,973 0,938 Pará 0,498 0,302 1,647 0,484 0,316 1,664 0,923 Paraíba 0,429 0,406 1,057 0,422 0,474 1,054 0,843 Pernambuco 0,504 0,519 0,971 0,507 0,586 0,968 0,894 Piauí 0,336 0,393 0,857 0,322 0,450 0,867 0,826 Paraná 1,062 0,992 1,071 1,086 1,009 1,047 1,028 Rio de Janeiro 1,351 1,777 0,761 1,330 1,524 0,773 1,130 Rio Grande do Norte 0,512 0,454 1,127 0,526 0,537 1,094 0,895 Rio Grande do Sul 1,153 1,110 1,038 1,154 1,100 1,025 1,023 Santa Catarina 1,268 1,084 1,170 1,233 1,010 1,167 1,047 Sergipe 0,608 0,512 1,187 0,602 0,551 1,185 0,922 São Paulo 1,529 1,660 0,921 1,567 1,534 0,918 1,113 Tocantins 0,629 0,712 0,884 0,617 0,775 0,862 0,924 Média 0,793 0,785 1,074 0,785 0,791 1,075 0,948 Desvio Padrão 0,357 0,424 0,203 0,356 0,361 0,212 0,103

A leitura da tabela 6.1 é feita sempre como uma comparação com o Brasil, assim, valores

inferiores a 1 estão abaixo do fator nacional e valores acima de 1 estão acima.

34

Tabela 6.2 – Análise utilizando a PTF2 (com Pop Economicamente Ativa)

2008 2007

ESTADO Y/L �� ��� ����

� ��� Y/L �� ��� �

���

� ��� h

Alagoas 0,484 0,388 1,246 0,467 0,465 1,240 0,811 Amazonas 1,160 1,283 0,904 1,224 1,387 0,876 1,007 Bahia 0,537 0,449 1,196 0,560 0,545 1,196 0,859 Ceará 0,457 0,470 0,972 0,454 0,522 0,997 0,872 Espírito Santo 1,208 1,212 0,997 1,175 1,160 1,005 1,008 Goiás 0,757 0,713 1,061 0,747 0,725 1,048 0,984 Maranhão 0,468 0,307 1,522 0,427 0,318 1,587 0,846 Minas Gerais 0,853 0,730 1,168 0,828 0,714 1,189 0,976 Mato Grosso do Sul 0,826 0,916 0,902 0,810 0,902 0,912 0,986 Mato Grosso 1,056 1,096 0,963 0,987 1,082 0,973 0,938 Pará 0,709 0,431 1,647 0,694 0,452 1,664 0,923 Paraíba 0,495 0,468 1,057 0,479 0,539 1,054 0,843 Pernambuco 0,568 0,585 0,971 0,564 0,651 0,968 0,894 Piauí 0,341 0,398 0,857 0,335 0,468 0,867 0,826 Paraná 0,995 0,929 1,071 1,003 0,932 1,047 1,028 Rio de Janeiro 1,344 1,767 0,761 1,340 1,535 0,773 1,130 Rio Grande do Norte 0,544 0,483 1,127 0,564 0,576 1,094 0,895 Rio Grande do Sul 1,063 1,024 1,038 1,050 1,001 1,025 1,023 Santa Catarina 1,142 0,976 1,170 1,090 0,892 1,167 1,047 Sergipe 0,645 0,543 1,187 0,612 0,560 1,185 0,922 São Paulo 1,410 1,530 0,921 1,445 1,415 0,918 1,113 Tocantins 0,648 0,733 0,884 0,639 0,803 0,862 0,924

Média 0,805 0,792 1,074 0,795 0,802 1,075 0,948 Desvio Padrão 0,311 0,390 0,203 0,315 0,336 0,212 0,088

35

Tabela 6.3 – Análise comparativa da PTF3 (com Pop Ocupada)

2008 2007

ESTADO Y/L �� ��� ����

� ��� Y/L �� ��� �

���

� ��� h

Alagoas 0,485 0,389 1,246 0,464 0,462 1,240 0,811 Amazonas 1,189 1,315 0,904 1,270 1,440 0,876 1,007 Bahia 0,554 0,463 1,196 0,569 0,554 1,196 0,859 Ceará 0,453 0,466 0,972 0,449 0,516 0,997 0,872 Espírito Santo 1,188 1,192 0,997 1,200 1,184 1,005 1,008 Goiás 0,752 0,709 1,061 0,741 0,719 1,048 0,984 Maranhão 0,462 0,304 1,522 0,424 0,316 1,587 0,846 Minas Gerais 0,843 0,722 1,168 0,822 0,708 1,189 0,976 Mato Grosso do Sul 0,827 0,917 0,902 0,789 0,878 0,912 0,986 Mato Grosso 1,038 1,078 0,963 0,982 1,076 0,973 0,938 Pará 0,701 0,426 1,647 0,692 0,451 1,664 0,923 Paraíba 0,495 0,469 1,057 0,477 0,536 1,054 0,843 Pernambuco 0,588 0,605 0,971 0,590 0,682 0,968 0,894 Piauí 0,331 0,386 0,857 0,320 0,447 0,867 0,826 Paraná 0,966 0,902 1,071 0,974 0,905 1,047 1,028 Rio de Janeiro 1,372 1,803 0,761 1,361 1,558 0,773 1,130 Rio Grande do Norte

0,549 0,487 1,127 0,571 0,583 1,094 0,895

Rio Grande do Sul 1,044 1,005 1,038 1,032 0,984 1,025 1,023 Santa Catarina 1,105 0,945 1,170 1,047 0,857 1,167 1,047 Sergipe 0,649 0,547 1,187 0,618 0,566 1,185 0,922 São Paulo 1,416 1,537 0,921 1,455 1,424 0,918 1,113 Tocantins 0,639 0,723 0,884 0,625 0,785 0,862 0,924

Média 0,802 0,790 1,074 0,794 0,802 1,075 0,948 Desvio Padrão 0,311 0,394 0,203 0,319 0,343 0,212 0,088

Para melhor analisar estes dados, compilamos as informações da tabela 6.3, separando os estados

mais ricos (Y/L maior que 1) e os estados mais pobres (Y/L menor que 1). Dentro desses dois

grupos, calculamos o percentual dos estados que possui cada fator acima do fator nacional, ou

seja, maior do que 1. Os resultados estão apresentados na Tabela 6.4.

36

Tabela 6.4 – Comparação entre os estados mais ricos e mais pobres (PTF3h-2007)

Estados mais ricos 6 27%

PTF>1 4 67% K/Y>1 3 50% h>1 6 100%

Estados mais pobres 16 73%

PTF>1 1 6% K/Y>1 10 63% h>1 1 6%

As informações apresentadas nos permite concluir que os estados mais pobres, em termos de PIB

per capita, tendem a possuir níveis mais baixos de produtividade e escolaridade, mas tendem a

apresentar uma proporção capital/produto maior que os estados mais ricos. Esta ultima conclusão

não é intuitiva e contraria Klenow e Rodríguez-Clare (1997), os quais concluíram que países

mais ricos tendem a ter mais produtividade, maior capital/produto e mais escolaridade. Isto pode

ser causado pela série de estoque de capital devido ao uso da energia elétrica como proxy, mas

também por características específicas do país. Se analisarmos todas as outras séries disponíveis,

chegaremos a resultados semelhantes, entretanto, se analisarmos um período mais antigo os

resultados apontam para um capital/produto menor nos estados mais pobres (ver tabela 6.5),

sugerindo que houve uma mudança ao longo do tempo.

Tabela 6.5 – Comparação entre os estados mais ricos e mais pobres (PTF1h-1981)

Estados mais ricos 4 19%

PTF>1 4 100% K/Y>1 2 50% h>1 4 100%

Estados mais pobres 17 81%

PTF>1 4 24% K/Y>1 5 29% h>1 3 18%

37

7 CONTABILIDADE DO CRESCIMENTO

Realizamos nesta seção uma decomposição do crescimento para nos permitir conhecer a

participação de cada fator no crescimento do produto per capita, conforme detalhamos na Seção

3, utilizando a variação em log entre os tempos T e t:

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# $!� �"�� # �� % $ !� �"�� �&

Dividindo pela variação do produto, temos:

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� ?� �$ 6 !� �"��!� �"��

� ?��� % $ 6 !� �"��

!� �"�����

onde %A é a contribuição da PTF no crescimento do produto, %k é a contribuição do capital e

%h a contribuição do capital humano.

Para cada série foi feita a análise do maior período disponível, além de cada década.

Vale ressaltar que a soma dos fatores apresentados é igual a !� @A@/ B!�

@A@/ , ou seja, um.

38

Tabela 7.1 – Decomposição do Crescimento usando PTF1, parte I

PTF1 1961-2008 PTF1 1961-1970 PTF1 1971-1980

ESTADO %A %k %A %k %A %k

Alagoas 0,28 0,72 0,05 0,95 -0,01 1,01 Amazonas 0,19 0,81 -0,79 1,79 0,50 0,50 Bahia 0,36 0,64 0,15 0,85 0,48 0,52 Ceará 0,26 0,74 -2,44 3,44 0,68 0,32 Espírito Santo 0,52 0,48 0,33 0,67 0,33 0,67 Goiás 0,28 0,72 0,19 0,81 0,50 0,50 Maranhão -0,11 1,11 -1,10 2,10 0,21 0,79 Minas Gerais 0,65 0,35 0,35 0,65 0,72 0,28 Mato Grosso do Sul - - - - - - Mato Grosso 0,12 0,88 -16,59 17,59 0,63 0,37 Pará -0,06 1,06 -1,83 2,83 0,69 0,31 Paraíba 0,49 0,51 1,29 -0,29 0,68 0,32 Pernambuco 0,55 0,45 0,04 0,96 0,69 0,31 Piauí 0,28 0,72 -0,74 1,74 0,41 0,59 Paraná 0,49 0,51 0,04 0,96 0,71 0,29 Rio de Janeiro 0,85 0,15 0,87 0,13 0,58 0,42 Rio Grande do Norte 0,06 0,94 8,10 -7,10 0,58 0,42 Rio Grande do Sul 0,42 0,58 0,53 0,47 0,48 0,52 Santa Catarina 0,50 0,50 0,47 0,53 0,53 0,47 Sergipe 0,29 0,71 -0,52 1,52 0,51 0,49 São Paulo 0,79 0,21 0,78 0,22 0,68 0,32 Tocantins - - - - - -

Media 0,36 0,64 -0,54 1,54 0,53 0,47 Desvio Padrão 0,25 0,25 4,19 4,19 0,18 0,18

39

Tabela 7.2 – Decomposição do Crescimento usando PTF1, parte II

PTF1 1981-1990 PTF1 1991-2000 PTF1 2001-2008

ESTADO %A %k %A %k %A %k

Alagoas 1,95 -0,95 0,24 0,76 1,01 -0,01 Amazonas 0,68 0,32 1,18 -0,18 0,02 0,98 Bahia 2,22 -1,22 0,57 0,43 0,70 0,30 Ceará -1,58 2,58 -0,91 1,91 0,87 0,13 Espírito Santo 0,43 0,57 0,70 0,30 0,93 0,07 Goiás -0,76 1,76 7,56 -6,56 0,66 0,34 Maranhão 88,88 -87,88 2,03 -1,03 1,00 0,00 Minas Gerais -37,22 38,22 1,19 -0,19 0,97 0,03 Mato Grosso do Sul 2,60 -1,60 0,13 0,87 0,91 0,09 Mato Grosso -53,58 54,58 0,29 0,71 0,67 0,33 Pará -1,87 2,87 0,85 0,15 0,58 0,42 Paraíba 0,59 0,41 -0,27 1,27 0,66 0,34 Pernambuco 0,63 0,37 1,64 -0,64 0,79 0,21 Piauí 0,40 0,60 0,00 1,00 0,79 0,21 Paraná 0,32 0,68 -0,20 1,20 0,68 0,32 Rio de Janeiro 1,36 -0,36 1,48 -0,48 1,39 -0,39 Rio Grande do Norte -5,02 6,02 0,10 0,90 0,68 0,32 Rio Grande do Sul -0,45 1,45 -0,12 1,12 0,59 0,41 Santa Catarina 0,30 0,70 0,27 0,73 0,75 0,25 Sergipe -1,44 2,44 1,22 -0,22 0,56 0,44 São Paulo 1,59 -0,59 0,71 0,29 0,99 0,01 Tocantins - - -0,83 1,83 0,72 0,28

Media 0,00 1,00 0,81 0,19 0,77 0,23 Desvio Padrão 24,11 24,11 1,65 1,65 0,25 0,25

A análise dos resultados nos sugere que no passado a PTF tinha uma participação menor no crescimento, e que esse quadro foi alterado a partir da década de 90, em que a produtividade passou a ter um papel mais importante no crescimento econômico do que o capital físico.

40

Tabela 7.3 – Decomposição do Crescimento usando PTF1h

PTF1h 1981-2007 PTF1h 1981-1990 PTF1h 1991-2000 PTF1h 2001-2007

ESTADO %A %k %h %A %k %h %A %k %h %A %k %h

Alagoas -0,74 0,25 1,48 2,92 -0,95 -0,97 1,37 0,76 -1,13 0,79 0 0,2

Amazonas -0,90 1,19 0,71 0,47 0,32 0,21 1,32 -0,18 -0,14 -0,07 0,88 0,18

Bahia -1,12 0,75 1,37 3,84 -1,22 -1,62 -0,64 0,43 1,21 0,3 0,32 0,38

Ceará -0,28 0,67 0,61 -2,78 2,58 1,20 -2,74 1,91 1,83 0,57 0,14 0,28

Distrito Federal 0,66 0,04 0,30 1,43 -0,07 -0,36 -0,31 0,6 0,71 0,91 -0,03 0,11

Espírito Santo 0,49 0,15 0,36 -1,03 0,57 1,47 0,26 0,3 0,44 0,78 0,06 0,15

Goiás -0,14 0,75 0,40 -1,32 1,76 0,56 14,93 -6,56 -7,37 0,47 0,33 0,2

Maranhão -0,64 1,23 0,41 95,63 -87,88 -6,74 0,26 -1,03 1,77 0,86 0,01 0,13

Minas Gerais -0,13 0,25 0,88 -80,63 38,22 43,40 0,01 -0,19 1,18 0,67 0,01 0,32

Mato Grosso do Sul -1,47 1,44 1,03 3,33 -1,60 -0,73 -0,5 0,87 0,63 0,55 0,07 0,38

Mato Grosso -0,05 0,78 0,27 -73,62 54,58 20,04 0,07 0,71 0,22 0,53 0,36 0,11

Pará -3,33 3,68 0,65 -2,13 2,87 0,26 1,05 0,15 -0,2 0,45 0,51 0,05

Paraíba 0,17 0,52 0,31 0,34 0,41 0,26 -1,34 1,27 1,07 0,38 0,35 0,26

Pernambuco -0,06 0,31 0,75 -0,08 0,37 0,71 3,73 -0,64 -2,09 0,38 0,2 0,42

Piauí 0,18 0,44 0,38 0,07 0,60 0,32 -0,59 1 0,59 0,6 0,22 0,19

Paraná -0,31 0,70 0,61 -0,12 0,68 0,44 -1,44 1,2 1,24 0,42 0,28 0,3

Rio de Janeiro 0,17 -0,49 1,31 1,67 -0,36 -0,31 0,72 -0,48 0,75 1,16 -0,55 0,38

Rio Grande do Norte -0,27 0,77 0,50 -7,98 6,02 2,96 -0,63 0,9 0,73 0,55 0,27 0,18

Rio Grande do Sul -1,25 1,29 0,96 -1,34 1,45 0,89 -1,13 1,12 1,01 0,12 0,42 0,47

Santa Catarina -0,28 0,68 0,61 -0,30 0,70 0,60 -0,52 0,73 0,8 0,5 0,24 0,27

Sergipe -0,60 0,87 0,73 -2,34 2,44 0,90 1,69 -0,22 -0,47 0,05 0,5 0,45

São Paulo -1,21 0,09 2,12 3,20 -0,59 -1,61 2,52 0,29 -1,81 0,75 0 0,25

Tocantins - - - - - - -0,66 0,16 1,5 0,62 0,26 0,12

Media -0,56 0,78 0,78 -2,96 1 2,96 0,81 0,11 0,08 0,52 0,22 0,26

Desvio Padrão 0,81 0,79 0,45 31,63 24,11 10,16 3,38 1,61 1,92 0,27 0,26 0,12

Quando consideramos o capital humano a contribuição da PTF diminui. Novamente observamos uma tendência de aumento da contribuição da PTF no crescimento econômico a partir da década de 90, mas com queda na década de 2000.

41

Tabela 7.4 – Decomposição do Crescimento usando PTF2

PTF2 1992-2008 PTF2 1992-2000 PTF2 2001-2008

ESTADO %A %k %A %k %A %k

Alagoas 1,37 -0,37 0,26 0,74 0,95 0,05 Amazonas 1,67 -0,67 1,19 -0,19 1,49 -0,49 Bahia 0,77 0,23 1,12 -0,12 0,72 0,28 Ceará 0,64 0,36 2,56 -1,56 0,95 0,05 Distrito Federal 1,03 -0,03 0,86 0,14 1,05 -0,05 Espírito Santo 0,91 0,09 0,70 0,30 0,97 0,03 Goiás 0,61 0,39 0,28 0,72 0,66 0,34 Maranhão 1,05 -0,05 2,36 -1,36 0,97 0,03 Minas Gerais 1,37 -0,37 -4,14 5,14 1,12 -0,12 Mato Grosso do Sul 0,80 0,20 0,59 0,41 1,11 -0,11 Mato Grosso 0,49 0,51 0,09 0,91 0,67 0,33 Pará 0,56 0,44 0,55 0,45 0,45 0,55 Paraíba 0,57 0,43 0,50 0,50 0,66 0,34 Pernambuco 0,77 0,23 0,68 0,32 0,83 0,17 Piauí 0,78 0,22 0,35 0,65 0,84 0,16 Paraná 0,48 0,52 0,01 0,99 0,68 0,32 Rio de Janeiro 2,15 -1,15 2,26 -1,26 1,75 -0,75 Rio Grande do Norte 0,54 0,46 0,58 0,42 0,69 0,31 Rio Grande do Sul -0,75 1,75 2,99 -1,99 0,55 0,45 Santa Catarina 0,31 0,69 2,50 -1,50 0,78 0,22 Sergipe 0,44 0,56 1,31 -0,31 0,52 0,48 São Paulo 1,74 -0,74 0,67 0,33 1,13 -0,13 Tocantins 0,62 0,38 -0,28 1,28 0,72 0,28

Media 0,81 0,19 0,78 0,22 0,87 0,13 Desvio Padrão 0,58 0,58 1,41 1,41 0,30 0,30

42

Tabela 7.5 – Decomposição do Crescimento usando PTF2h

PTF2h 1992-2007 PTF2h 1992-2000 PTF2h 2001-2007

ESTADO %A %k %h %A %k %h %A %k %h

Alagoas 1,17 -0,63 0,46 0,53 0,74 -0,28 0,80 0,00 0,21 Amazonas 2,06 -0,71 -0,35 1,36 -0,19 -0,17 1,78 -0,50 -0,28 Bahia -0,29 0,27 1,02 -2,97 -0,12 4,09 0,20 0,32 0,47 Ceará -0,66 0,53 1,13 4,66 -1,56 -2,10 0,55 0,10 0,35 Distrito Federal 0,86 -0,05 0,18 0,57 0,14 0,29 0,95 -0,08 0,13 Espírito Santo 0,57 0,08 0,36 0,00 0,30 0,70 0,80 0,01 0,18 Goiás 0,27 0,39 0,34 -0,40 0,72 0,68 0,42 0,33 0,25 Maranhão 0,81 -0,07 0,26 0,68 -1,36 1,68 0,85 0,03 0,12 Minas Gerais 0,07 -0,67 1,60 5,25 5,14 -9,39 0,67 -0,22 0,54 Mato Grosso do Sul 0,28 0,22 0,50 0,24 0,41 0,35 0,40 -0,27 0,87 Mato Grosso 0,23 0,56 0,21 -0,25 0,91 0,33 0,52 0,36 0,12 Pará 0,89 0,38 -0,26 0,73 0,45 -0,19 -0,10 0,93 0,17 Paraíba 0,27 0,45 0,27 0,18 0,50 0,32 0,16 0,37 0,47 Pernambuco -0,05 0,23 0,83 -0,30 0,32 0,98 0,20 0,12 0,68 Piauí 0,41 0,24 0,35 -0,10 0,65 0,45 0,58 0,18 0,25 Paraná -0,20 0,50 0,70 -1,28 0,99 1,30 0,32 0,26 0,42 Rio de Janeiro 1,41 -1,50 1,09 1,14 -1,26 1,13 1,40 -0,97 0,57 Rio Grande do Norte 0,23 0,42 0,34 0,26 0,42 0,32 0,45 0,23 0,32 Rio Grande do Sul -7,55 4,34 4,21 4,71 -1,99 -1,72 -0,36 0,49 0,87 Santa Catarina -1,14 0,94 1,20 4,61 -1,50 -2,11 0,41 0,19 0,39 Sergipe -0,85 0,75 1,10 1,65 -0,31 -0,34 -0,93 0,76 1,18 São Paulo -0,21 -0,83 2,03 1,48 0,33 -0,82 0,78 -0,13 0,35 Tocantins 0,40 0,37 0,22 -1,15 1,28 0,87 0,61 0,26 0,13

Media -0,08 0,27 0,80 0,96 0,22 -0,18 0,48 0,13 0,39 Desvio Padrão 1,78 1,06 0,93 2,07 1,41 2,39 0,54 0,39 0,31

43

Tabela 7.6 – Decomposição do Crescimento usando PTF3

PTF3 1992-2008 PTF3 1992-2000 PTF3 2001-2008

ESTADO %A %k %A %k %A %k

Alagoas 1,68 -0,68 0,27 0,73 0,99 0,01 Amazonas 1,73 -0,73 2,79 -1,79 1,42 -0,42 Bahia 0,74 0,26 0,78 0,22 0,72 0,28 Ceará 0,64 0,36 -19,92 20,92 0,96 0,04 Distrito Federal 1,02 -0,02 0,80 0,20 1,08 -0,08 Espírito Santo 0,90 0,10 0,69 0,31 1,00 0,00 Goiás 0,62 0,38 0,44 0,56 0,66 0,34 Maranhão 1,02 -0,02 1,37 -0,37 0,97 0,03 Minas Gerais 1,26 -0,26 1,19 -0,19 1,26 -0,26 Mato Grosso do Sul 0,80 0,20 0,60 0,40 1,18 -0,18 Mato Grosso 0,50 0,50 0,22 0,78 0,67 0,33 Pará 0,55 0,45 0,51 0,49 0,33 0,67 Paraíba 0,58 0,42 0,55 0,45 0,66 0,34 Pernambuco 0,76 0,24 0,68 0,32 0,84 0,16 Piauí 0,76 0,24 0,50 0,50 0,85 0,15 Paraná 0,48 0,52 0,34 0,66 0,69 0,31 Rio de Janeiro 1,84 -0,84 1,28 -0,28 2,07 -1,07 Rio Grande do Norte 0,52 0,48 0,57 0,43 0,69 0,31 Rio Grande do Sul -0,67 1,67 17,73 -16,73 0,53 0,47 Santa Catarina 0,34 0,66 31,96 -30,96 0,78 0,22 Sergipe 0,46 0,54 1,61 -0,61 0,45 0,55 São Paulo 1,53 -0,53 0,66 0,34 1,23 -0,23 Tocantins 0,62 0,38 0,05 0,95 0,72 0,28

Media 0,80 0,20 2,04 -1,04 0,89 0,11 Desvio Padrão 0,54 0,54 8,69 8,69 0,37 0,37

44

Tabela 7.7 – Decomposição do Crescimento usando PTF3h

PTF3h 1992-2007 PTF3h 1992-2000 PTF3h 2001-2007

ESTADO %A %k %h %A %k %h %A %k %h

Alagoas 1,52 -1,31 0,78 0,54 0,73 -0,27 0,82 -0,06 0,24 Amazonas 2,52 -1,05 -0,47 3,48 -1,79 -0,69 2,14 -0,78 -0,37 Bahia -0,03 0,29 0,74 -0,22 0,22 0,99 0,20 0,32 0,48 Ceará -0,39 0,49 0,90 -42,81 20,92 22,89 0,55 0,10 0,35 Distrito Federal 0,85 -0,03 0,17 0,60 0,20 0,20 0,97 -0,11 0,14 Espírito Santo 0,58 0,11 0,31 0,23 0,31 0,46 0,80 0,02 0,18 Goiás 0,30 0,38 0,31 0,03 0,56 0,41 0,42 0,33 0,25 Maranhão 0,80 -0,03 0,23 0,67 -0,37 0,69 0,85 0,03 0,12 Minas Gerais 0,27 -0,33 1,06 0,17 -0,19 1,02 0,68 -0,36 0,69 Mato Grosso do Sul 0,25 0,21 0,53 0,28 0,40 0,31 0,16 -0,79 1,63 Mato Grosso 0,27 0,54 0,19 -0,04 0,78 0,26 0,52 0,36 0,12 Pará 0,92 0,38 -0,30 0,75 0,49 -0,24 -0,44 1,20 0,24 Paraíba 0,33 0,44 0,23 0,31 0,45 0,23 0,14 0,37 0,49 Pernambuco 0,13 0,25 0,62 0,09 0,32 0,59 0,29 0,16 0,54 Piauí 0,46 0,26 0,28 0,26 0,50 0,24 0,57 0,17 0,26 Paraná -0,14 0,49 0,65 -0,29 0,66 0,64 0,26 0,25 0,49 Rio de Janeiro 1,19 -0,96 0,77 0,85 -0,28 0,43 1,64 -1,39 0,75 Rio Grande do Norte 0,19 0,43 0,38 0,21 0,43 0,36 0,47 0,23 0,30 Rio Grande do Sul -4,06 2,64 2,42 30,39 -16,73 -12,65 -0,42 0,50 0,92 Santa Catarina -0,89 0,86 1,04 68,07 -30,96 -36,11 0,43 0,20 0,38 Sergipe -0,54 0,66 0,88 2,10 -0,61 -0,49 -2,78 1,24 2,54 São Paulo 0,07 -0,46 1,38 4,17 0,34 -3,51 0,79 -0,20 0,40 Tocantins 0,42 0,37 0,21 -0,51 0,95 0,57 0,61 0,26 0,13

Media 0,19 0,21 0,60 3,12 -1,04 -1,09 0,40 0,10 0,51 Desvio Padrão 1,16 0,77 0,58 18,11 8,69 9,49 0,88 0,57 0,58

Apesar dos números não serem iguais, conforme esperado, todas as decomposições mostram um aumento da contribuição da PTF a partir da década de 1990. Em algumas situações encontramos números muito altos. Alguns exemplos na tabela 7.7 são: Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Analisando detalhadamente esses casos, verificamos que são situações onde houve crescimento per capita perto de zero, queda substancial na PTF, grande aumento no estoque de capital e crescimento na escolaridade.

45

Apresentamos a seguir um resumo comparativo dos resultados encontrados, considerando apenas as médias da década de 2000.

Tabela 7.8 – Comparação da decomposição do crescimento

PTF1 2001-2008 PTF2 2001-2008 PTF2 2001-2008

%A %k %A %k %A %k

Media 0,77 0,23 0,87 0,13 0,89 0,11 Desvio Padrão 0,25 0,25 0,30 0,30 0,37 0,37

Tabela 7.9 – Comparação da decomposição do crescimento com capital humano

PTF1h 2001-2007 PTF2h 2001-2007 PTF3h 2001-2007

%A %k %h %A %k %h %A %k %h

Media 0,52 0,22 0,26 0,48 0,13 0,39 0,40 0,10 0,51 Desvio Padrão 0,27 0,26 0,12 0,54 0,39 0,31 0,88 0,57 0,58

Como seria de esperar, os resultados baseados em PTF2/PTF2h são mais compatíveis com PTF3/PTF3h do que com PTF1/PTF1h. Como conclusão principal, podemos destacar que a contribuição da PTF passou a ser muito mais significativa no Brasil, do que era até a década de 80. Entretanto, é importante ressaltar que ainda temos estados com baixa contribuição da PTF, apontando uma boa margem de melhoria. Exemplos dessa situação são os estados da Bahia, Paraíba e Mato Grosso do Sul.

46

8 CONCLUSÃO

O nosso estudo construiu uma série de capital para os estados brasileiros e estimou a

Produtividade Total dos Fatores (PTF) para 22 estados brasileiros no período de 1961 a 2008. Os

resultados foram apresentados para o ano mais recente em ordem decrescente de produtividade.

Os valores obtidos foram utilizados para um exercício de contabilidade do

desenvolvimento/crescimento.

Verificamos que os estados mais ricos da federação, em termos de produto per capita, tendem a

possuir maior produtividade e escolaridade, e os estados mais pobres tendem a possuir uma

relação capital/produto maior.

A contribuição da PTF no crescimento do produto aumentou substancialmente a partir da década

de 1990, o que é positivo, pois teoricamente permite um crescimento sustentável, quando

comparado com o crescimento feito de forma preponderante por incentivos de capital.

Entretanto, alguns estados ainda precisam melhorar nesta área, por estarem fortemente baseados

em investimento de capital.

47

Para o período de 1992 a 2007 a média da contribuição da produtividade no crescimento foi de

19%, do capital físico foi de 21% e do capital humano de 60%, mas a contribuição da

produtividade no crescimento de alguns estados está muito abaixo dessa média. No período de

2001 a 2007 esses valores passam para 40%, 10% e 51%, respectivamente.

A análise individual dos valores da PTF nos chama a atenção para o Amazonas que apresentou

uma produtividade muito alta durante a época áurea da ZFM, com queda a partir da década de

90; o crescimento do Espirito Santo e Rio de Janeiro na década de 2000; e a ultima colocação do

Maranhão, que tem demonstrado grande crescimento da PTF na última década, contudo, sem

conseguir alterar sua posição na classificação geral.

Analisando as estimativas feitas para a PTF, verificamos que o cálculo feito com a PEA e a PO

apresentaram resultados muito semelhantes, com poucas inversões nas posições de classificação,

e por diferenças pequenas. O cálculo feito com a População Residente apontou para resultados

com maiores diferenças, embora seja possível considerar que a tendência de longo prazo seja

semelhante. O uso do capital humano alterou o resultado em todas as situações.

Acreditamos que esse estudo tenha permitido ampliar o nosso entendimento das diferenças entre

os estados brasileiros e abra portas para um aprofundamento do que tem sido feito para diminui-

las.

48

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