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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA NA GESTÃO EMPRESARIAL Por: Marcelo Luiz Vieira Orientador Profª. Luciana Madeira Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA NA GESTÃO EMPRESARIAL

Por: Marcelo Luiz Vieira

Orientador

Profª. Luciana Madeira

Rio de Janeiro

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA CONTROLADORIA NA GESTÃO EMPRESARIAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Auditoria e Controladoria.

Por: Marcelo Luiz Vieira

2

AGRADECIMENTOS

A Deus, que é meu maior mestre e

orientador, obrigado por mais essa

conquista.

A minha esposa, pelo apoio, compreensão e

incentivo na minha caminhada.

Aos meus filhos, que são uma das maiores

riquezas da minha vida.

Aos meus pais pelo amor, incentivo e apoio

incondicional.

A minha professora e orientadora Luciana

Madeira pela oportunidade e apoio na

elaboração desta monografia.

Meus agradecimentos aos meu amigos de

trabalho que acreditaram e me incentivaram

a fazer e concluir este curso.

A todos que diretamente ou indiretamente

participaram e ajudaram na minha formação

e na conclusão deste trabalho, o meu muito

obrigado.

3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus, que me deu o

dom da vida, a minha esposa, que sempre

me apoia, a meus filhos e a todos que me

ajudaram a completar mais essa etapa na

minha vida.

4

RESUMO

Controladoria é uma ciência autônoma que utiliza pesadamente os instrumentos

contábeis e, portanto, não se confunde com a contabilidade. A controladoria é uma

evolução da contabilidade. No Brasil, a função do controller emergiu coma

instalação das multinacionais norte-americanas no país. Na época, profissionais

dessas empresas vinham para ensinar as teorias e práticas contábeis aos

responsáveis por essa área, com vistas ao desenvolvimento e implementação de

um sistema de informações que fosse capaz de atender aos diferentes tipos de

usuários da contabilidade. O conceito de estratégia tecnológica é relativamente

novo. Até recentemente, a tecnologia tem figurado como integrante das estratégias

funcionais da empresa, em que a estratégia tecnológica de produção. A eficiência

está relacionada com a otimização do uso dos recursos. Eficiência diz respeito a

método, a modo certo de fazer as coisas. É definida pela relação entre volumes

produzidos/recursos consumidos. A controladoria com enfoque em resultados tem

como uma de suas premissas básicas que os gestores são responsáveis pelo lucro

das atividades sob sua responsabilidade. Portanto, impõe-se naturalmente a

necessidade de um subsistema contábil para o gerenciamento das diversas áreas

da empresa. A controladoria consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos

relativos à gestão econômica.

PALAVRAS CHAVE: Controladoria, eficiência, gestão.

5

METODOLOGIA

O trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica em materiais

dos últimos dez anos, os principais autores pesquisados foram: Sandra Figueiredo,

Controladoria Teoria e Prática, Clóvis Luis Padoveze, Controladoria – Estratégia e

Operacional, Paulo Schmidt, Controladoria: agregando valor para a empresa.

JUSTIFICATIVA

Justifica a realização da pesquisa a crescente formalização de empresas nos

últimos anos e a grande competitividade no cenário econômico, sendo portanto,

necessário o fortalecimento de sistema de informação para que se tenha o máximo

de desempenho e de sustentabilidade empresarial.

OBJETIVO GERAL

Estudar a aderência das funções de controladoria executada por uma

organização empresarial, co o objetivo de melhorar o sistema de informação para

tomada de decisão.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Conceituar a Controladoria estratégica e suas principais ferramentas de

apoio a gestão; modelo de gestão; controles internos.

DELIMITAÇÃO

Como a Controladoria pode ajudar a melhorar o sistema de informação e

consequentemente a gestão empresarial na Micro e Pequena empresa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I – ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 09

CAPÍTULO II – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLADORIA 19

CAPÍTULO III – CONTROLADORIA 27

CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS 40

ÍNDICE 41

7

INTRODUÇÃO

O objetivo do trabalho é estudar a aderência das funções de controladoria

executada por uma organização empresarial, com o objetivo de melhorar o sistema

de informação para tomada de decisão. Também, conceituar a controladoria

estratégica e suas principais ferramentas de apoio à gestão

Apesar da evolução das atribuições do controller nas organizações, a

literatura não tem apresentado uma nítida definição de controladoria. As diversas

abordagens têm seu foco mais voltado às capacidades requeridas para o exercício

da função, bem como de suas atribuições nas empresas, do que explicitar o seu

verdadeiro significado. Pode-se entender controladoria como o departamento

responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema

integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de uma determinada

entidade, com ou sem finalidade lucrativa (SCHMIDT, 2002, p. 21).

A expansão dos negócios de muitas organizações e consequente aumento de

sua complexidade trouxe a necessidade da criação da controladoria. Nesse sentido,

a alta administração da empresa delegou mais autoridade e responsabilidades ao

executivo financeiro, ampliando a dimensão de suas atribuições. Passou a prestar

assessoria sobre assuntos relacionados ao planejamento e controle, alicerçado em

informações contábeis, informando ao alto escalão da empresa, com função de staff,

sobre o desempenho de todas as áreas. Tal tarefa requer o envolvimento do

controller no processo de gestão da empresa, com vistas a melhorar as tomadas de

decisões, inclusive propondo o aperfeiçoamento dos instrumentos de planejamento

e de controle gerencial por meio de construção de modelos, aplicações da pesquisa

operacional, uso do arcabouço teórico da estatística, entre outros recursos que

possam tornar mais eficazes o sistema de informações da empresa, sob sua

responsabilidade (SCHMIDT, 2002, p. 21).

Controladoria é uma ciência autônoma que utiliza pesadamente os

instrumentos contábeis e, portanto, não se confunde com a contabilidade. A

controladoria é uma evolução da contabilidade.

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As informações de planejamento e controle exigem sistemas de informações

que suportem estas decisões. A missão da Controladoria é aperfeiçoar os

resultados econômicos da empresa através da definição de um modelo de

informações baseado no modelo de gestão (JUNIOR, PESTANA, FRANCO, 1995,

p. 37).

O papel da Controladoria, portanto, é assessorar a gestão da empresa,

fornecendo mensuração das alternativas econômicas e, através da visão sistêmica,

integrar informações e reportá-las para facilitar o processo decisório (JUNIOR,

PESTANA, FRANCO, 1995, p. 37).

A sociedade moderna, bem como as empresas do novo milênio, necessita de

uma estrutura organizacional bem delineada para a sua sobrevivência. Nesta nova

ótica, observa-se que as empresas necessitam de um órgão interno cuja finalidade

seja a garantia de informações adequadas ao processo decisório, colaborando de

forma holística com os administradores e gestores na busca da eficácia gerencial.

(JÚNIOR, 2004, p. 02)

Uma das razões deste trabalho é mostrar a importância da controladoria na

gestão empresarial e servir de ferramenta de consulta, a fim de contribuir para levar

esse entendimento aos estudantes e as pessoas que militam nessa área.

CAPÍTULO I

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ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

Com a crescente globalização de mercados, aumenta a competição entre as

empresas e o decorrente desafio a sua sobrevivência. Firmas que sequer haviam

cogitado sua exposição ao mercado externo veem-se repentinamente, às voltas com

a disputa de seus clientes locais por experientes competidores globais. No Brasil,

são abundantes os exemplos recentes, tanto no comércio quanto na indústria. As

aquisições, fusões e privatizações em curso ilustram bem o quadro atual das

iniciativas estratégicas de resposta empresarial à confrontação global. O emprego

cada vez maior da informática, associado às telecomunicações, está eliminando

barreiras, encurtando distâncias e aproximando pessoa e organizações. Devido à

substancial mudança em curso na atividade econômica, da manufatura e produção

em massa para serviço e troca de informações, a economia moderna é muito

diferente daquela sobre a qual foi desenvolvida grande parte da teoria econômica.

(SCHMIDT, 2002, p. 39).

Concomitantemente, a tecnologia está revolucionando o modo de competir

das organizações. Produção flexível e redução do tempo de resposta, oriundas de

desenvolvimentos tecnológicos em curso, estão sendo consideradas novas fontes

de vantagem competitiva. Entretanto, sobreviver, conquistar participação de

mercado e, sobretudo, satisfazer necessidades rapidamente mutáveis não é tarefa

fácil para as empresas, cujo propósito deve ser criar e manter clientes. Agilidade

surge, então, como requisito ímpar da estratégia empresarial, pois em época alguma

da história a velocidade da mudança foi tão grande. Hoje, a única certeza das

organizações é a incerteza. (SCHMIDT, 2002, p. 39).

Segundo Schmidt, (2002), as consequências desse processo têm impacto

significativo no cotidiano da gestão empresarial e a competitividade – decorrente do

tratamento dispensado pelos competidores à qualidade definida pelo mercado –

torna-se, como jamais o fora, o nome do jogo. Essa mudança radical em andamento

significa nova e mais poderosa forma de fazer negócios. Forma emergente que

requer agilidade e recursos para competir melhor e com mais vigor frente à

selvagem concorrência global e aos fugazes momentos de oportunidade divisados.

10

Forma que está intimamente ligada à estratégia e, por último, ao desempenho

empresarial.

1.1. ORIGEM E CONCEITO DE ESTRATÉGIA

A estratégia implica a capacidade de raciocínio lógico, sendo necessária a

habilidade de previsão das possíveis reações às ações empreendidas.

Possivelmente, o exemplo mais primitivo de desenvolvimento da estratégia caiba

aos primeiros seres humanos – grupo de caçadores reunidos para enfrentar os

grandes animais da época. Entretanto, não se constitui em verdadeira estratégia,

porquanto a presa somente contava com seu instinto, incapaz de raciocinar.

Portanto, provavelmente a primeira estratégia verdadeira tenha sido a praticada por

grupo de caçadores na conquista da área de caça de outro grupo. (HENDERSON,

1984).

Robert (1998) afirma que a palavra estratégia passou a significar coisas

diferentes para pessoas diferentes e que quanto mais livros lia, mais confuso ficava.

Decidiu, então, entrevistar diversos presidentes sobre o futuro de suas empresas,

deparando com um fenômeno interessante. Todos começavam a falar sobre uma

certa “visão” em suas mentes – a imagem da organização no futuro – definida pelo

autor como o início do processo de “raciocínio estratégico” que, para Hamel e

Prahalad (1989), constitui a “intenção estratégica”. O processo de formação,

compartilhamento e sustentação dessa visão é especificamente discutido por

Quigley (1993). Essa abordagem da estratégia está intimamente ligada ao conceito

de liderança visionária, bem como à iniciativa empreendedora (SCHMIDT, 2002, p.

39).

1.2. NÍVEIS, TIPOS E FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIA

É engano, portanto, pensar que as empresas possuem apenas uma

estratégia. Organizações não contam com estratégia única e, sim, com diversas.

Trata-se tanto de novas estratégias quanto de desdobramentos, adequações e

11

ajustes de estratégias existentes, que são formuladas ou emergem em vários níveis.

Do nível corporativo, ou empresarial, partem as estratégias de linhas gerais,

deliberadas – as estratégias guarda-chuva – que se disseminam pelas empresas do

grupo ou pelas unidades de negócio e pelas diversas áreas funcionais. Aí, então,

emergem estratégias com o desenvolvimento gradativo das ações e experiências da

organização. O importante é a convergência e a consistência das estratégias nos

vários níveis, de sorte a ensejar o posicionamento desejado pela organização no

mercado, seja ele de consolidação ou de mudança (SCHMIDT, 2002, p. 40).

Wright (2000) aborda diferentes tipos de estratégias, de acordo com o nível

da organização. No nível empresarial, por exemplo, encontra-se:

a) estratégias de crescimento (crescimento interno, integração horizontal,

diversificação horizontal relacionada e não relacionada ou por

conglomerados, interação vertical de empresas relacionadas e não

relacionadas, fusões e alianças estratégicas);

b) estratégia de estabilidade;

c) estratégias de redução (turnaround ou reviravolta, desinvestimento e

liquidação).

Estratégias de crescimento são indicadas quando o resultado esperado

possibilitar aumento do valor da empresa. A estratégia de estabilidade, ou seja, a

manutenção das unidades de negócio, aplica-se quando a concentração de

esforços no portfólio de negócios contribuir para fortalecer o posicionamento

competitivo das distintas unidades. Estratégias de redução geralmente constituem

o derradeiro recurso de unidades de negócios que enfrentam desempenham

insatisfatórios ou até mesmo o risco de sobrevivência da empresa. (SCHMIDT,

2002, p. 41).

No nível de unidades de negócios, a pergunta a ser feita é: como competir no

negócio escolhido? A resposta encontra-se na formulação de adequada estratégia

12

competitiva, dependente do tamanho, recursos e competências da unidade de

negócios. Porter (1989) aponta a liderança em custos ou a diferenciação como

alternativas estratégicas a considerar, em escopo competitivo de alvo amplo ou

estreito. Seu modelo de análise da estrutura da indústria e das cinco forças que

influenciam a concorrência (rivalidade entre os concorrentes, ameaça de novos

entrantes, poder de barganha dos fornecedores, poder de barganha dos

compradores e ameaça de substitutos) significou importante contribuição,

especialmente para a avaliação do ambiente competitivo e da rentabilidade da

indústria (SCHMIDT, 2002, p. 42).

1.3. ESTRATÉGIA, TECNOLOGIA E PRODUÇÃO

É particularmente interessante observar o enfoque de Kobata (1995) sobre

tecnologia, como fonte de competitividade, e sua relação com a estratégia

empresarial: afirma ser imperativo às empresas conhecer a tecnologia que

empregam e dispor de capacidade para aperfeiçoá-la. Como ilustração, referindo ser

fácil comprar equipamento moderno, instalá-lo e usá-lo, afirma que a utilização do

equipamento original estará condenando seu proprietário a nunca ser melhor que a

concorrência – pois o concorrente poderá comprar equipamento idêntico. Por isso,

segundo ele, e muito importante o desenvolvimento de capacidade de produção

diferenciada na empresa – inovar para conquistar vantagem competitiva. Ainda

assim, e não obstante o aprimoramento da tecnologia, o tempo gasto em seu

desenvolvimento pode ensejar aos concorrentes a “largada na frente”. (SCHMIDT,

2002, p. 43).

O conceito de estratégia tecnológica é relativamente novo. Até recentemente,

a tecnologia tem figurado como integrante das estratégias funcionais da empresa,

em que a estratégia tecnológica de produção. Contudo, para as empresas que

competem em áreas nas quais a mudança tecnológica ocorre de forma constante, e

de suma importância definir acuradamente estratégia tecnológica em cujo projeto

distintos aspectos devem ser considerados. Como processo de tomada de decisão,

envolve decidir sobre estratégias genéricas para diferentes negócios de base

tecnológica, bem como sobre a seleção da combinação produto-mercado

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tecnologicamente mais adequada. Ademais, é necessário compreender as fontes de

sinergia e de alavancagem tecnológica. Nas indústrias de baixo nível tecnológico, as

barreiras à entrada são pequenas e, consequentemente, as estratégias devem ser

formuladas visando à minimização dos custos de fabricação, enquanto em indústrias

de alta tecnologia - aquelas cuja tecnologia está em contínuo estado de fluxo - a

flexibilidade para apoiar modificações no projeto deve ser enfatizada paralelamente

ao avanço tecnológico, constituindo a inovação tecnológica na condutora da

estratégia. (SCHMIDT, 2002, p. 43).

Fundamentalmente, a tecnologia está mudando as regras da concorrência. A

mudança tecnológica ocorreu, de início, em três áreas: tecnologia da informação,

tecnologia dos materiais e tecnologia da produção.

Melhor qualidade, mais produtividade, redução de custos e redução do tempo

de resposta são preocupações evidentes das organizações nos dias que correm –

caracterizados pela globalização da economia, mudanças rápidas no mercado e alta

velocidade de difusão tecnológica, aliadas ao cuidado com a não agressão ao meio

ambiente por parte da tecnologia utilizada. Do lado da oferta, praticamente qualquer

país pode tornar-se potencial competidor, enquanto que, do lado da demanda,

aumenta a procura por produtos personalizados, entregues rapidamente.

Contrariamente à noção de que vantagens em custo são conquistadas com grande

volume de produção de produtos padronizados (economias de escala), pequenos

lotes de produtos diversos podem, também, proporcionar vantagens competitivas em

custo pela contribuição adicional ao volume total produzido (economia de escopo)

(SCHMIDT, 2002, p. 43).

Flexível significa adaptável à mudança e, para Beckman (1990), a flexibilidade

na produção pode ser definida como a habilidade da organização em distribuir e

redistribuir seus recursos eficazmente em resposta e condições mutáveis ou

variabilidade, como:

a) variabilidade da demanda, a partir do composto de produtos e seu volume;

b) variabilidade da oferta, resultante de diversos fornecedores com distintos

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níveis de qualidade, prazos de entrega e introdução de novos materiais;

c) variabilidade do produto, originada tanto pelo lançamento de novos produtos

quanto por inovações incrementais nos produtos existentes;

d) variabilidade do processo, causada pela introdução de nova tecnologia de

processo e/ou por nova técnica de gestão, como, por exemplo, ERP

(Enterprise Resources Planning) – planejamento dos recursos do

empreendimento;

e) variabilidade da força de trabalho e equipamentos, originada por

absenteísmo, eficiência, treinamento e confiabilidade de equipamentos.

Para lidar com diferentes fontes de variabilidade, a produção pode recorrer a

um punhado de técnicas sem esquecer o papel crítico desempenhado por marketing

e pesquisa e desenvolvimento (P&D) na conquista da flexibilidade. Algumas dessas

técnicas causam a redução do tempo e aumentam a rapidez de resposta das

organizações - sua agilidade. (SCHMIDT, 2002, p. 44).

1.4. ESTRATÉGIA E AGILIDADE

O tempo tem sido discutido como nova fonte e vantagem competitiva;

estratégias foram propostas em que a entrega em tempo real desempenha papel

fundamental. Foi abordado o conceito do ciclo de desenvolvimento do produto, da

fase de P&D à expedição, propondo a competição baseada no tempo. Focando

particularmente a inovação, também discute a redução do tempo ao longo de todo o

ciclo da inovação, enfatizando seu impacto no ROI (Return On Investment) – retorno

sobre o investimento – e, finalmente, nos lucros. Destaca especialmente que, sob

perspectiva econômica, cada mês de atraso no lançamento do produto representa

um mês a menos no retorno previsto, não havendo maneira de recuperar essa

perda. Para ele, o sucesso deriva da definição do melhor produto possível e de seu

rápido lançamento. (SCHMIDT, 2002, p. 44).

15

Para competir com base no tempo, grandes transformações tornam-se

necessárias na maneira tradicional de gestão das organizações. As mudanças

requeridas são as que conduzem a área de produção a operar de modo similar ao

sistema JIT e a empresa a atuar como um móbile, apta a aproveitar imediatamente o

mínimo sopro de oportunidade. São, portanto, necessárias ações globais, como,

entre outras, automação de projetos, estrutura organizacional flexível, trabalho em

equipe e sistemas de apoio. Organização ágil ou virtual é o novo conceito que

engloba toda essa gama de ações. (SCHMIDT, 2002, p. 44).

É requisito prévio e fundamental à mudança para o paradigma da agilidade

que a organização deseje operar em ambiente aberto, na qual a cooperação e a

confiança sejam valorizadas. Para atingir esse objetivo, não deve ser ignorado o

que tem sido descrito como características da organização de aprendizado, em cinco

disciplinas:

a) visão compartilhada de objetivo comum;

b) modelo mentais de ideias profundamente arraigadas;

c) raciocínio sistêmico;

d) aprendizado em grupo;

e) domínio pessoal, representado pela capacidade de concentrar energias,

desenvolver a paciência a ver a realidade de maneira objetiva.

Para criar tal organização, seus líderes devem dedicar muito mais atenção à

criação de condições próprias ao aprendizado que à execução de determinadas

tarefas. Para ele, dada a forte tendência da sociedade de agir imediatamente a

esperar resultados também imediatos, a contemplação de aspectos contextuais da

organização, além de desconcertante para muitos, não é fácil de adotar. Para as

poucas organizações que podem ser caracterizadas apropriadamente como

organizações de aprendizado, este não é um acontecimento, é um processo que

está diretamente relacionado a implantação de clima propício ou contexto no qual as

16

pessoas podem aprender a crescer, bem como a organização pode adaptar-se

continuamente. Portanto, a significação do ser humano nesse processo deve Sr

enfatizada, bem como o papel da liderança na condução da organização ao

crescimento, evitando que se implante burocracia organizacional em que objetive

internos de sobrevivência pessoal e departamental sobrepujem os dos clientes e que

se desenvolva uma cultura arrogante. (SCHMIDT, 2002, p. 45).

1.5. ESTRATÉGIA E QUALIDADE

O crescimento econômico não é simplesmente o resultado de maior produção

com menos recursos ou seja, produtividade, mas, sim, do melhor suprimento de

demanda progressivamente mais heterogênea. Padrões de vida e crescimento

econômico dependem da produtividade dos recursos econômicos, bem como da

qualidade da produção gerada por esses recursos. Em consequência, qualidade e

produtividade passaram a constituir preocupações constantes para nações e

empresas em todo o mundo, especialmente a partir dos primeiros movimentos de

globalização da economia, embora, para expressivo número de empresas

brasileiras, há poucos anos atrás os ganhos do mercado financeiro ultrapassem, em

muito, os lucros advindos das operações empresariais, dissimulando, em grande

parte, a necessidade de gestão estratégica de seus negócios até então. (SCHMIDT,

2002, p. 46).

A retenção do cliente constitui a derradeira meta visada pelo sistema que

interliga a qualidade à satisfação do cliente. Portanto, a questão central é como

conseguir aumentar a retenção do cliente. A resposta não se encontra no

gerenciamento da qualidade total, já que essa abordagem apresenta, muitas vezes,

resultados desapontadores porque não levam em conta duas leis básicas da

economia: retornos decrescentes e alocação eficaz de recursos. Todos os esforços

em qualidade irão, mais cedo ou mais tarde, experimentar retornos decrescentes

quando o custo da qualidade aumentar mais que seu retorno. Adicionalmente, a

maioria das melhorias da qualidade terá impactos distintos na satisfação do cliente e

nos retornos econômicos. A tarefa é alocar os recursos para obter as melhorias de

qualidade que proporcionam retorno máximo. Novamente, a questão é como ter

17

Êxito na identificação dessas dimensões da qualidade. Obviamente, não se pode

perguntar aos clientes o que é importante: os clientes desconhecem o que dará

máximo retorno à empresa. Acrescenta, ainda, que não podem sequer dizer o que

os fará, por exemplo, comprar mais, pagar mais, ser mais leais e assim por diante.

Podem, entretanto, prover valiosas informações sobre o bom ou mau desempenho

de determinado fornecedor em diversas dimensões da qualidade. De posse desses

dados, é possível montar detalhadas equações de causa e efeito, personalizadas

para empresas individualmente e criar sistema no qual esses componentes da

qualidade, cuja melhoria conduzirá a efeitos máximos no desempenho econômico,

possam ser identificados e acompanhados. A satisfação do cliente e, pois, a chave

para a sua retenção e a retenção do cliente exerce efeito poderoso na lucratividade

dos negócios. (SCHMIDT, 2002, p. 46).

A qualidade em serviços apresenta peculiaridades não encontradas em

produtos, uma das dimensões relevantes refere-se ao momento da verdade, como

se desenrola a interação comprador vendedor. Na comercialização de serviços á

dificuldade em compreender e controlar a qualidade porque serviços são

desempenhos, em vez de objetos. Embora, há grande divergência de opinião sobre

sai definição, a qualidade de produtos é tipicamente discutida no contexto da

conformação e especificações técnicas, refletindo perspectiva tradicional de

engenharia e operações, contrastando com a qualidade em serviços, em que é, mais

ou menos, uma dinâmica interpessoal. (SCHMIDT, 2002, p. 47).

Nesse capítulo foi abordado o seguinte: A estratégia implica a capacidade de

raciocínio lógico, sendo necessária a habilidade de previsão das possíveis reações

às ações empreendidas; no nível de unidades de negócios, a pergunta a ser feita é:

como competir no negócio escolhido? A resposta encontra-se na formulação de

adequada estratégia competitiva, dependente do tamanho, recursos e competências

da unidade de negócios; como processo de tomada de decisão, envolve decidir

sobre estratégias genéricas para diferentes negócios de base tecnológica, bem

como sobre a seleção da combinação produto-mercado tecnologicamente mais

adequada.

No próximo capítulo será abordado que os sistemas de apoio às

18

operações têm como objetivo auxiliar os departamentos e atividades a executar suas

funções operacionais; os sistemas de apoio à gestão preocupam-se basicamente

com as informações necessárias para a gestão econômico financeira da empresa,

tendo como base as informações de processo e quantitativas geradas pelos

sistemas operacionais; como refinamento dos sistemas de apoio à gestão, existem

sistemas específicos desenhados para um auxílio direto à questão das decisões

gerenciais.

CAPÍTULO II

19

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLADORIA

2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Pode-se definir como um conjunto de recursos humanos, materiais,

tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequencia lógica para o

processamento dos dados e tradução em informações, para com o seu produto,

permitir às organizações, para com o seu produto, permitir às organizações o

cumprimento de seus objetivos principais (PADOVEZE, 2003, p.43).

De acordo com Padoveze, p. 43:

“Os sistemas de informação classificam-se em: sistemas de

informações de Apoio às Operações e Sistemas de

Informação de Apoio à Gestão.

2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE APOIO ÀS OPERAÇÕES

São aqueles que nascem da necessidade de planejamento e controle das

diversas áreas operacionais da empresa, estão ligados ao sistema físico-operacional

e surgem da necessidade de desenvolver as operações fundamentais da firma.

Pode dizer até que são criados automaticamente pelas necessidades de

administração operacional. Como exemplo citamos: os sistemas de informações de

controle, de banco de dados de estrutura de produtos, de processo de produção, de

planejamento e controle da produção, de compras, controle patrimonial, controle de

recursos humanos, carteira de pedidos, planejamento das vendas,

acompanhamento de negócios etc (PADOVEZE, 2003, p.43).

Os Sistemas de Apoio às Operações têm como objetivo auxiliar os

departamentos e atividades a executar suas funções operacionais (compras,

estocagem, produção, vendas, faturamento, recebimentos, pagamentos, qualidade,

manutenção, planejamento e controle de produção etc) (PADOVEZE, 2003, p.43).

20

2.3. SISTEMA DE APOIO À GESTÃO

São aqueles sistemas ligados à vida econômico-financeiro da empresa e às

necessidades de avaliação de desempenho dos administradores internos. Eles são

utilizados principalmente pelas áreas administrativa e financeira da empresa e pela

alta administração da companhia, com o intuito de planejamento e controle

financeiro e avaliação de desempenho dos negócios. São exemplos: o sistema de

informação contábil, o sistema de custos, de orçamento, de planejamento de caixa,

planejamento de resultados, centro de lucros etc (PADOVEZE, 2003, p.43).

Os sistemas de apoio à gestão preocupam-se basicamente com as

informações necessárias para a gestão econômico-financeira da empresa, tendo

como base as informações de processo e quantitativas geradas pelos sistemas

operacionais. O sistema de Informação Contábil é de apoio à gestão, juntamente

com os demais sistemas de Controladoria e Finanças (PADOVEZE, 2003, p.43).

É importante salientar, contudo, que os dois grandes grupos de sistemas de

informações devem agir em conjunto. Assim, podemos dizer, de forma genérica, que

os sistemas de apoio à gestão são a expressão econômico-financeiro dos sistemas

de apoio às operações (PADOVEZE, 2003, p.43).

2.4. INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES E OS

SISTEMAS DE APOIO À GESTÃO

Para que o sistema global de informações empresariais funcione

adequadamente a um custo aceitável, é necessária a perfeita integração desses

dois grandes grupos de sistemas. Deste modo, mensuração econômica dos e

eventos gerados e controlados pelos Sistemas de Apoio às Operações deve ser

feita a partir deles mesmos. Exemplificando, o método de mensuração de um

sistema de custos deve estar totalmente fundamentado nos sistemas de estrutura

do produto e do processo de fabricação. Isso significa uma perfeita interação entre

21

os sistemas operacionais e os Sistemas de Apoio à Gestão (PADOVEZE, 2003,

p.43).

2.5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE APOIO À DECISÃO

Como refinamento dos sistemas de apoio à gestão, existem sistemas

específicos desenhados para um auxílio direto à questão das decisões gerenciais.

São denominados normalmente de DSS - Decisision Suport Systems (Sistemas de

Suporte à Decisão), de EIS – Executive Information System (Sistemas de

Informações Executivas) e de BI – Business Intelligence (Inteligência nos

Negócios). Eles se utilizam da base d e dados dos sistemas operacionais e dos

Sistemas de Apoio à Gestão e têm como foco flexibilizar informações não

estruturadas para tomada de decisão (PADOVEZE, 2003, p.44).

Podemos definir sistemas de suporte à decisão como sistemas de extensão

dos modelos de Contabilidade Gerencial para manuseio de problemas de

planejamento semi estruturados e estratégicos, tais como: adicionar ou abandonar

linhas de produtos, decisões de fazer ou comprar, de alugar ou comprar, de canais

de distribuição etc (PADOVEZE, 2003, p.44).

2.6. SUBSISTEMAS DO SISTEMA EMPRESA

Pode-se dizer que todo sistema é composto de partes, quais sejam, seus

subsistemas. O sistema empresa é um dos mais complexos e a sua divisão em

subsistemas pode ser enfocada de várias maneiras. Será adotado no trabalho o

enfoque de Catelli e Guerreiro (1989), que dividem o sistema empresa em seis

subsistemas quais sejam:

• Subsistema Institucional.

• Subsistema de Gestão.

• Subsistema Formal.

• Subsistema de Informação.

22

• Subsistema Social.

• Subsistema Físico-Operacional.

2.6.1. Sistema institucional

É a matriz dos demais subsistemas da empresa e compreende a definição da

missão da empresa e as convicções de seus empreendedores traduzidas de suas

crenças e valores.

Uma empresa decorre da necessidade e/ou desejo de alguém que tem

expectativas a serem atingidas e que por isso se dispões a investir num

empreendimento, o seu patrimônio não só o econômico, mas também o patrimônio

moral. São empresários, acionistas, sócios, enfim, empreendedores motivados por

um conjunto de crenças, valores, convicções e expectativas individuais. (...) as

crenças, valores e expectativas DM empresários são convertidos em diretrizes que

irão orientar todos os demais componentes do sistema empresa para os resultados

desejados. (GUERREIRO, 1989, p. 167).

Assim, a empresa tem de definir um modelo de administração, objetivando

que todos os envolvidos no seu ambiente interno atuem sob as mesmas linhas de

pensamento e o efeito sinérgico da interação das partes de todos os subsistemas

possa adicionar valor à empresa. Nesse sentido, convém enfatizar que a visão dela

como um sistema eficiente/eficaz tem como objetivo final o seu maior valor, por

meio de geração do lucro. (GUERREIRO, 1989, p. 229).

2.6.2. Subsistema de gestão

É onde as decisões são tomadas. Este subsistema só pode ser especificado

após a definição maior do modelo de gestão. Nele se encontram o processo de

gestão e as atividades de planejamento, execução e controle. Está intimamente

ligado ao subsistema de informação (PADOVEZE, 2003, p.18).

23

A condição básica para o desenvolvimento adequado do processo de

planejamento, execução e controle das atividades é o conhecimento da realidade,

obtido através das informações geradas pelo subsistema de informação

(GUERREIRO, 1989, p. 173).

O subsistema de gestão compreende um conjunto de procedimentos e

diretrizes, partindo do planejamento até o controle das operações, quais sejam:

• Análise dos ambientes externo e interno

• Elaboração do planejamento estratégico.

• Elaboração das diretrizes e políticas estratégicas.

• Planejamento operacional.

• Elaboração do plano operacional.

• Programação das operações.

• Aprovação do programa operacional.

• Execução das operações e transações.

• Controle.

• Ações corretivas.

2.6.3. Subsistema formal

Corresponde à estrutura administrativa da empresa, de autoridade e

responsabilidade. É o subsistema organizacional, onde as tarefas e atividades são

agrupadas em setores, departamentos ou divisões (PADOVEZE, 2003, p.18).

Contempla a forma pela qual a empresa agrupa as suas diversas atividades

em departamentos, a definição da amplitude administrativa, o grau de

descentralização desejável, a utilização das funções de assessoria, o problema de

autoridade e responsabilidade, entre diversos outros aspectos (GUERREIRO, 1989,

p. 171).

É importante ressaltar que o subsistema formal recebe impacto substancial do

24

subsistema de gestão, principalmente no tocante à definição das questões de

responsabilidade e autoridade, que, por sua vez, irão impactar o subsistema social.

Todavia, grande parte da modelação do subsistema formal será decorrente do

subsistema físico-operacional, que, por sua vez, será estruturado levando em conta

os produtos de produção e a definição das atividades a serem internadas na

empresa (PADOVEZE, 2003, p.19).

2.6.4. Subsistema social

Compreende os indivíduos que fazem parte do sistema empresa, bem como

toda a cultura, características e demais aspectos relacionados às pessoas.

Ainda conforme Guerreiro (p.171), diz respeito, entre outros aspectos, a:

• Necessidades dos indivíduos;

• Criatividade;

• Objetivos individuais;

• Motivação;

• Liderança;

• Treinamento etc.

Dentro das premissas que consideramos na introdução de nosso trabalho,

salientamos que o lucro é maior ou menos segundo o grau de competência

empresarial, e a empresa é a reunião de especialidade humana, que são questões

atinentes ao subsistema social (PADOVEZE, 2003, p.19).

2.6.5. Subsistema de informação

Compreende todo o conjunto de necessidades informacionais para a gestão

empresarial. Dado que o processo de comunicação requisita ininterruptamente um

sem número de informações, os gestores em atuação obrigam a geração de

inúmeros subsistemas de informações específicos, que, entendidos estruturalmente,

formam o subsistem de informação (PADOVEZE, 2003, p.19).

25

Há tanta relevância na questão da informação que normalmente são criadas

atividades específicas para administração de grande parte do subsistema de

informação (GUERREIRO, 1989, p. 172).

Dentre as inúmeras atividades executadas no âmbito da empresa, existem

aquelas que objetivam basicamente a manipulação de informações. Elas geral essas

informações através da manipulação (processamento) de dados derivados da

execução das diversas atividades necessárias ao desenvolvimento das funções

empresariais básicas. Essas atividades se caracterizam por três aspectos básicos:

recebimento de dados, processamento e geração de informações (GUERREIRO,

1989, p. 172).

2.6.6. Subsistema físico operacional

Compreende as instalações físicas e equipamentos do sistema empresa. É

importante ressaltar que é no sistema físico-operacional que as transações são

executadas e os eventos econômicos acontecem (PADOVEZE, 2003, p.19).

A estruturação do subsistema físico-operacional está essencialmente ligada

aos produtos e serviços produzidos pela empresa. É o subsistema físico-operacional

que possibilita a maior quantidade de ações para obtenção da eficiência e eficácia

empresariais. Principalmente, a visão sistêmica da empresa, como processadora de

recursos e obtenedora de produtos e serviços, qualifica-se no subsistema físico-

operacional (PADOVEZE, 2003, p.19).

É no subsistema físico-operacional do sistema empresa organizado em

atividades que acontecem as transações e os eventos econômicos. Pode-se definir

evento econômico como uma representação genérica de uma ocorrência que

modifica a estrutura patrimonial da empresa. Dentro da entidade empresarial, o

evento econômico se expressa por um sem-número de ocorrências iguais ou

semelhantes. A cada ocorrência de um evento econômico denominamos de

transação (PADOVEZE, 2003, p.20).

26

Para que as transações ocorram, é necessária a ação sobre os componentes

do subsistem físico-operacional, que é exercida pelas pessoas, ou seja, pelo

subsistema social, apoiado pelos componentes dos demais sistemas. Nesse

sentido, achamos importante explorar um pouco mais o subsistema físico-

operacional (PADOVEZE, 2003, p.20).

Nesse capítulo será abordado: o histórico da controladoria que detalha como

surgiu a função da mesma, que fora através da instalação das multinacionais;

planejamento visando manter um plano integrado para as operações consistentes

com os objetivos e as metas; controle visando revisar constantemente os padrões

de avaliação de desempenho; informação que trata do preparo, análise e

interpretação dos resultados financeiros para serem utilizados pelos gestores;

contabilidade que trata do controle nas operações financeiras nos livros contábeis

de acordo com os princípios da contabilidade; planejamento estratégico visando o

futuro detalhando o que a entidade vai fazer e como serão utilizados os recursos;

planejamento operacional que consiste na previsão dos meios atividades e recursos

que deverão ser acionados para possibilitar a realização de um objetivo; modelo de

decisão e processo de tomada de decisão que consiste em uma definição de como

ao ser combinado cursos de ação para que determinado estado de natureza seja

alcançado.

CAPÍTULO III

CONTROLADORIA

27

A controladoria surgiu no início do século XX, nas grandes corporações norte-

americanas, com a finalidade de realizar rígido controle de todos os negócios das

empresas relacionadas, subsidiárias e/ou filiais. Um significativo número de

empresas concorrentes, que haviam proliferado a partir da Revolução Industrial,

começaram a se fundir no final do século XIX, formando grandes empresas,

organizadas sob forma de departamentos e divisões, mas com controle centralizado.

O crescimento vertical e diversificado desses conglomerados exigia, por parte dos

acionistas e gestores, um controle na central em relação aos departamentos e

divisões que rapidamente se espalhavam nos Estados Unidos e em outros países

(SCHMIDT, 2002, p. 20).

Esses três fatores (a verticalização, a diversificação e a expansão geográfica

das organizações) e o consequente aumento da complexidade de suas atividades,

aliado às tendências de descentralização da gestão das empresas, exigiram a

ampliação das funções de controller, bem como o surgimento dessa figura, também.

Nas diversas divisões da organização, além do lotado na administração central da

companhia. (SCHMIDT, 2002, p. 20).

No Brasil, a função do controller emergiu coma instalação das multinacionais

norte-americanas no país. Na época, profissionais dessas empresas vinham para

ensinar as teorias e práticas contábeis aos responsáveis por essa área, com vistas

ao desenvolvimento e implementação de um sistema de informações que fosse

capaz de atender aos diferentes tipos de usuários da contabilidade, inclusive para

manter um adequado sistema de controle sobre as operações das empresas

relacionadas (SCHMIDT, 2002, p. 21).

Inicialmente, essa função era ocupada por profissionais ligados à área

financeira ou da contabilidade, devido a sua habilidade em trabalhar com

informações econômico financeiras, além do conhecimento que tinham das áreas

operacionais da empresa, por meio das informações geradas pela contabilidade.

Com o tempo, esse perfil foi sendo modificado, acompanhando os interesses

variados e dinâmicos, seja de acionistas, credores ou gestores. Atualmente, em

algumas empresas, nas divisões operacionais, especialmente as que requerem um

28

conhecimento extremamente técnico, foi criada a figura do controller operacional,

com vistas a atender as necessidades informativas específicas dos gestores dessas

áreas, além do profissional que exerce essa função em sentido mais amplo, voltado

ao processo decisório da empresa como um todo. (SCHMIDT, 2002, p. 21).

3.1. CONTROLADORIA: ÓRGÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL O órgão administrativo Controladoria tem por finalidade garantir informações

adequadas ao processo decisório, colaborando com os gestores na busca da

eficácia gerencial.

Embora o delineamento da função, do órgão e da posição do executivo possa

variar de uma empresa para outra, existe um conceito que é comumente observado

quanto ao executivo: o controller é o chefe da contabilidade, aquele que

supervisiona e mantém os arquivos financeiros formais da empresa, embora suas

funções n ao tenham que se restringir apenas às funções contábeis e o que mais se

espera é que ele amplie sua atuação ao desenvolvimento da contabilidade em

aplicações gerenciais. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 27)

De acordo com Figueiredo; Caggiano, (1997), uma revisão da literatura e da

prática empresarial, ao longo dos anos, tem indicado que as responsabilidades e as

atividades básicas podem ser caracterizadas da seguinte forma:

1. Planejamento: estabelecer e manter um plano integrado para as operações

consistentes com os objetivos e as metas da companhia, a curto e a longo

prazo, que deve ser analisado e revisado constantemente, comunicado aos

vários níveis de gerência por meio de um apropriado sistema de

comunicação.

2. Controle: desenvolver e revisar constantemente os padrões de avaliação de

desempenho para que sirvam como guias de orientação aos outros gestores

no desempenho de suas funções, assegurando que o resultado real das

atividades esteja em conformidade com os padrões estabelecidos.

29

3. Informação: preparar, analisar e interpretar os resultados financeiros para

serem utilizados pelos gestores no processo de tomada de decisão, avaliar os

dados tendo como referência os objetivos das unidades e da companhia;

preparar as informações para uso externo para que atendam às exigências do

governo, aos interesses dos acionistas, das instituições financeiras, dos

clientes e do público em geral.

4. Contabilidade: delinear, estabelecer e manter o sistema de contabilidade

geral e de custos em todos os níveis da empresa, inclusive em todas as

divisões, mantendo registros de todas as transações financeiras nos livros

contábeis de acordo com os princípios de contabilidade e com finalidades de

controle interno. Preparar as demonstrações financeiras externas de acordo

com as exigências do governo.

5. Outras funções: administrar e supervisionar cada uma das atividades que

impactam o desempenho empresarial, como impostos federais, estaduais e

municipais, envolvendo-se até mesmo com negociações com as autoridades

fiscais, quando necessário. Manter relacionamento adequado com os

auditores internos e externos; estabelecer planos de seguro; desenvolver e

manter sistemas e procedimentos de registro; supervisionar a tesouraria;

instituir programas de financiamento; e muitas outras atividades.

3.2. MODELOS DE GESTÃO

Para Figueiredo; Caggiano, (1997), Quando são observados os modos de

operação e as características da administração das diversas organizações, notam-se

as mais diferenciadas preocupações em relação aos elementos e variáveis

empresariais.

Desse modo, é possível observar inúmeras diferenças em relação ao enfoque

dado ao processo de planejamento e controle e à utilização dos recursos

organizacionais: humanos, físicos e financeiros, e o posicionamento em relação às

30

variáveis ambientais.

A causa desses diferentes posicionamentos fundamenta-se em crenças,

valores, convicções e expectativas dos empreendedores e administradores da

empresa, e são estes que determinam o conjunto de regras que compõe as

diretrizes básicas da empresa; portanto, seu modelo de gestão. (FIGUEIREDO;

CAGGIANO, 1997, p. 30)

Um modelo de gestão poderia ser definido como um conjunto de princípios e

definições que decorrem de crenças específicas e traduzem o conjunto de ideias,

subsistemas empresariais; é em síntese, um grande modelo de controle, pois nele

são definidas as diretrizes de como os gestores vão ser avaliados, e os princípios de

como a empresa vai ser administrada. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 30)

Nem, sempre o modelo é devidamente definido e explicitado, gerando por

isso conflitos e indefinições entre os fatores, ocasionados muitas vezes que o sejam

tomadas decisões que conduzem a ações que não estão de acordo com os objetivos

principais da empresa.

Por essa razão, um dos princípios básicos da gestão é uma clara definição de

seu modelo de gestão e a integração deste com os modelos de decisão, informação

e mensuração que serão discutidos posteriormente.

Na definição do modelo gestão, são contemplados conceitos de:

• estilo de gestão;

• processo de gestão;

• os princípios da organização;

• os princípios de comunicação/informação;

• os conceitos e critérios de avaliação dos gestores;

• avaliação de resultados (com finalidades específicas de otimização);

• avaliação de desempenho;

• conceitos de accountability.

31

3.3. ESTILO DE GESTÃO

Gerir é em sua essência, tomar decisões. Estilo de gestão é o modo como a

autoridade será distribuída e, consequentemente, como será exercido o controle

considerado que a responsabilidade é intrínseca ao poder assumido; podem-se

encontrar diferentes estilos de gestão, participava, centralizava, estatizada.

(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 31)

O estilo de gestão adotado determina a natureza da estrutura organizacional,

sendo esta também influenciada pelo tamanho da organização.

Um estilo de gestão participativo é o mais apropriado quando são adotados

conceitos modernos de gestão, não significando estilo consorciado, pois ele não

elimina a figura do executivo principal.

Levando em consideração premissas que dizem respeito ao crescimento e à

expansão das atividades, conclui-se que elas determinam a necessidade de uma

preparação para dias futuros.

Assim, de acordo com Figueiredo; Caggiano, (1997), o aumento da

quantidade e complexidade das operações quando a atividade empresarial atinge

certos níveis faz com que a delegação deixe de ser uma opção para se tornar uma

necessidade, sendo impossível que somente poucas pessoas decidam tudo em

todos os níveis.

Existem algumas questões relacionadas à delegação de autoridade a serem

consideradas:

• a questão da minimização a incerteza, já que as decisões são tomadas em

relação a eventos futuros;

• a questão da eficácia dos gestores requer, além da competência natural

exigida, participação e envolvimento profundo com o processo administrativo;

• a questão do controle; este será fortalecido à medida que as decisões sejam

32

tomadas dentro de cada nível hierárquico, acionando o processo de

accountability de um nível hierárquico a outro;

• a questão da otimização do tempo dos executivos principais da empresa, pois

eles representam investimentos em ativos na área de Recursos Humanos de

grande relevância e, presumivelmente, o tempo destes grupos de executivos

centrais é um dos recursos mais escassos da empresa cuja utilização deve

ser otimizada.

Finalmente, considera-se que bons administradores são ambiciosos e têm

orgulho de seu trabalho; portanto, precisam ter um feedback para avaliação de seu

desempenho, que será o resultado produzido pelas ações fruto de suas decisões.

Segundo Figueiredo; Caggiano, (1997), uma corporação descentralizada é

organizada em diferentes centros de responsabilidade, que, segundo uma visão

sistêmica de empresa, produzem saídas em forma de produtos e/ou serviços e

recebem inputs das outras unidades.

Conforme o grau de independência e de contralabilidade dado ao gestor em

suas decisões, os centros de responsabilidade podem ser classificados como: centro

de custo, centro de lucro, centro de investimento.

Um centro de custo é uma unidade em que são acumulados custos e a

responsabilidade do gestor é somente pela quantidade de recursos utilizados.

Um centro de lucro é uma unidade organizacional para a qual algumas

medidas de lucro são determinadas periodicamente; é uma unidade de acumulação

de receitas e de custos constituída como objetivo de facilitar e melhorar a qualidade

da informação, e determinar a responsabilidade do gestor pela utilização dos

recursos e grau de atingimento de resultados.

Centro de investimento são unidades descentralizadas ou divisões nas quais

os gestores têm responsabilidade não somente sobre decisões operacionais de

curto prazo, mas também em níveis e tipos de investimento, sendo avaliados

33

basicamente pelo retorno obtido nesses investimentos. (FIGUEIREDO; CAGGIANO,

1997, p. 32).

3.4. PROCESSO DE GESTÃO

Segundo Figueiredo; Caggiano, (1997), levando em conta que as atividades

desenvolvidas na empresa visam atingir objetivos determinados e resultados

específicos, elas devem estar sintonizadas com seus objetivos maiores e não devem

ser desempenhadas de maneira aleatória; assim, é necessário que sejam

planejadas e controladas.

O processo de gestão serve de suporte ao processo de tomada de decisão e

realizar-se por meio dos seguintes passos: planejamento estratégico, planejamento

operacional, programação, execução e controle.

Planejamento Estratégico é uma definição em termos de futuro, do que a

entidade vai fazer e como vão ser utilizados estrategicamente seus recursos;

envolve-se com a determinação dos objetivos e metas da corporação, assim como

com o desenvolvimento de padrões, políticas e estratégias, por meio das quais eles

serão alcançados, e fundamenta-se em informações a respeito do meio ambiente.

(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 32).

Planejamento Operacional, Segundo Figueiredo; Caggiano, (1997), consiste

na previsão dos meios/atividades e recursos que deverão ser acionados para

possibilitar a realização de um objetivo.

Trata-se de um processo decisório que identifica, integra, avalia e escolhe o

plano a ser implementado, dentro dos planos operacionais alternativos dos vários

segmentos da empresa em consonância com as metas, objetivos, estratégias e

políticas da empresa. (MAXIMIANO, 1991, p. 155).

Programação é a distribuição de uma sequencia de atividades ao longo de

um período de tempo.

34

Controle é simplesmente a ação necessária para verificar se os objetivos,

planos, políticas e padrões estão sendo atendidos. (WELSCH, 1990, p. 41).

3.5. MODELO DE DECISÃO

Modelo de decisão é uma definição de como ao ser combinados cursos de

ação para que determinado estado de natureza seja alcançado, é um molde para

escolher a alternativa a ser objetivada. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 33).

A maior parte do trabalho gerencial envolve a necessidade de resolver

problemas e tomar decisões. (MAXIMIANO, 1991, p. 92).

Para que o objetivo da empresa seja alcançado conforme planejado, é

necessário que sejam definidos que uniformizem esta busca de objetivos.

Na proposição de um modelo de decisão, antes de tudo, tem que ser levada

em conta a racionalidade do tomador de decisão, isto é, seu esforço para maximizar

a satisfação. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 33).

Nesse sentido, a decisão era tomada pela ação que produzir o melhor

resultado.

O escopo do modelo de decisão é a busca da eficácia, e tem como objetivo a

otimização da decisão.

A eficácia organizacional pode ser definida como o grau atingido pela

empresa no cumprimento de sua missão e na consecução de seus objetivos.

O modelo de decisão objetiva alcançar a otimização do resultado em termos

de empresa e de áreas. É por isso que as decisões de áreas devem ter como

diretrizes teóricas a maximização do resultado global da empresa; isto implica uma

35

harmonização da missão da área com a missão da empresa. (FIGUEIREDO;

CAGGIANO, 1997, p. 33).

Existem três categorias de decisão; estratégicas, operacionais e

administrativas, e para cada uma delas existe um modelo proposto; assim, o modelo

de decisão deve ser acoplado ao modelo de planejamento, execução e controle,

pois são tomadas decisões em todas as fases do processo de gestão.

(FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 33).

3.6. PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO

O processo de tomada de decisão é uma sequencia lógica de etapas que

expressam a racionalidade com a qual os gestores buscam soluções ótimas para os

problemas da empresa.

A abordagem do processo de tomada de decisão percorre as seguintes fases:

1. definição do problema;

2. obtenção dos fatos;

3. formulação das alternativas;

4. ponderação e decisão.

O processo de tomada de decisão termina com a escolha da ação a ser

implementada.

3.7. MODELO DE INFORMAÇÃO

O propósito básico da informação é habilitar a organização a alcançar seus

objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis nos quais se inserem: pessoas,

materiais, equipamentos, tecnologias, dinheiro, além da própria informação.

O modelo de informação tem como objetivo principal a adequação do sistema

de informação ao processo decisório, fornecendo informações cujas tendências

sejam levar a decisões ótimas com relação ao resultado econômico, fazendo com

36

que os gestores, entre as várias alternativas, selecionem aquela que otimizará o

resultado: reduzindo custos, aumentando receitas, aumentando lucro, aumentando

eficiência, aumentando a eficácia. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 34).

A eficácia desse modelo será medida pelo grau em que as necessidades

informacionais dos gestores forem atendidas; deve dar condições para que sejam

avaliados a eficiência no uso dos recursos disponíveis e o grau de eficácia gerencial,

fornecendo informações orçadas e reais para que sejam apuradas variações que

sirvam para a finalidade de avaliação de resultado e de desempenho das áreas,

sendo necessário para isso o uso de conceitos baseados em padrões uniformes que

permitem comparação entre resultados reais e orçados. (FIGUEIREDO;

CAGGIANO, 1997, p. 34).

3.8. MODELO DE MENSURAÇÃO

Um modelo de mensuração é uma proposta conceitual que visa expressar em

forma de padrão as metas já claramente definidas em relação às quais as decisões

serão tomadas.

São modelos matemáticos para determinar o valor das transações.

A mensuração é a atribuição de números aos objetivos e eventos em

conformidade com alguma regra; a relevância e significância da mensuração

dependem da perfeita correspondência entre os sistemas relacionais. (NAKAGAWA,

1987).

Na terminologia da teoria da mensuração, denomina-se de sistema relacional

empírico ao conjunto de objetos e eventos pertencentes ao mundo real, e ao

conjunto numérico, pertencente ao mundo imaginário, denomina-se de sistema

relacional numérico. (NAKAGAWA, 1987).

O objeto a ser mensurado depende do modelo de decisão para o qual se

propõe; nesse caso, existem muitas variáveis a serem consideradas na

37

determinação dos modelos de mensuração que podem ser feitas em termos

presentes, passados e futuros.

O padrão de mensuração contábil é a unidade monetária, considerado os dois

aspectos que afetam essa variável: tempo e valor. (FIGUEIREDO; CAGGIANO,

1997, p. 35).

A precisão e fidedignidade de um sistema de mensuração está condicionada

à estabilidade da medida de mensuração, levando-se em conta a possibilidade d e

transformações quando deparamos com unidades de mensuração diversas em

realidades que queremos comparar. (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997, p. 35).

Segundo guerreiro, as etapas básicas para a caracterização de um modelo de

mensuração poderiam ser elencadas da seguinte forma:

• identificar o tipo de decisão a ser tomada;

• identificar o sistema relacional empírico;

• identificar a característica de interesse da medição;

• identificar a unidade de mensuração;

• definir a base conceitual (critérios de mensuração);

• identificar o sistema relacional numérico;

• identificar o sistema à luz da adequação da informação, da confiabilidade, da

validade do tipo de escala e significado numérico. (GUERREIRO, 1989, p.

13).

CONCLUSÃO

O presente trabalho demonstrou que a função básica da controladoria é

comparar os resultados gerados pela atividade com os que haviam sido projetados.

Para que isso possa ser adequadamente executado, é necessário o pleno

conhecimento da organização, dos objetivos estabelecidos e da forma com que se

pretende alcançá-los.

38

O objetivo da pesquisa foi estudar a aderência das funções de controladoria

executada por uma organização empresarial, com o objetivo de melhorar o sistema

de informação para tomada de decisão.

Os resultados demonstraram que o processo de tomada de decisão, envolve

decidir sobre estratégia genérica para diferentes negócios de base tecnológica, bem

como sobre a seleção da combinação produto mercado tecnologicamente mais

adequada.

A questão central a ser enfocada indaga: como aplicar a ferramenta de

controle, com o objetivo de melhorar o sistema de informação para a tomada de

decisão? De acordo com a pesquisa os sistemas de informação gerenciais

fortalecem o plano de atuação das empresas. A geração de informações rápidas,

precisas e principalmente úteis para o processo de tomada de decisão garante uma

estruturação de gestão diferenciada, resultando em vantagem competitiva sobre as

outras empresas.

Já a justificativa diz que: a realização da pesquisa a crescente formalização

de empresas nos últimos anos e a grande competitividade no cenário econômico,

sendo portanto, necessário o fortalecimento de sistema de informação para que se

tenha o máximo de desempenho e de sustentabilidade empresarial. Ficou

evidenciado na pesquisa, que melhor qualidade, mais produtividade, redução de

custo e redução do tempo de resposta são preocupações evidentes das

organizações nos dias que correm caracterizados pela globalização da economia,

mudanças rápidas no mercado e alta velocidade de difusão tecnológica, aliadas ao

cuidado com a não agressão ao meio ambiente por parte da tecnologia utilizada.

A necessidade de crescimento e especialização demonstra que cada vez

mais existe um maior número de empresas em plena expansão de conhecimento,

com recursos humanos altamente qualificados, que certamente são fatores decisivos

neste mundo competitivo, onde cada centavo economizado e a economizar é um

lucro em potencial (JÚNIOR, 2004, p. 06)

39

Concluiu-se que as empresas precisam de profissionais aptos para o

processo decisório, interpretando as informações, analisando e tomando decisões,

do chão de fábrica à alta administração, de maneira que a empresa caminhe para

um processo de crescimento continuado e estabilizado (JÚNIOR, 2004, p. 09)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS

CAMPIGLIA, Américo Oswaldo e CAMPIGLIA, Oswaldo Ribeiro P. Controles de

gestão: controladoria financeira das empresas. São Paulo: Atlas, 1995.

CHING, Hong Yuh, Artigo, A Influência da Controladoria Estratégica no Desempenho

e Criação de Valor da Empresa, Enanpad, Bahia, 2006.

40

FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo Cesar. Controladoria Teoria e Prática,

São Paulo, Atlas, 1997.

PADOVEZE, Clóvis Luis. Controladoria – Estratégia e Operacional, São Paulo,

Thompson, 2003.

PEREZ JUNIOR, J. H., PESTANA, A. O., FRANCO, S.P.C. Controladoria de gestão:

teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1995.

SCHMIDT, Paulo (org.). Controladoria: agregando valor para a empresa. Porto

Alegre: Bookman, 2002.

ÍNDICE

RESUMO 04

METODOLOGIA 05

JUSTIFICATIVA 05

OBJETIVO GERAL 05

OBJETIVO ESPECÍFICO 05

41

DELIMITAÇÃO 05

SUMÁRIO 06

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I – ESTRATÉGIA EMPRESARIAL 09

1.1. ORIGEM E CONCEITO DE ESTRATÉGIA 10

1.2. NÍVEIS, TIPOS E FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIA 10

1.3. ESTRATÉGIA, TECNOLOGIA E PRODUÇÃO 12

1.4. ESTRATÉGIA E AGILIDADE 14

1.5. ESTRATÉGIA E QUALIDADE 16

CAPÍTULO II – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CONTROLADORIA 19

2.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO 19

2.2. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE APOIO ÀS OPERAÇÕES 19

2.3. SISTEMA DE APOIO À GESTÃO 20

2.4. INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES E OS

SISTEMAS DE APOIO À GESTÃO 20

2.5. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE APOIO À DECISÃO 21

2.6. SUBSISTEMAS DO SISTEMA EMPRESA 21

2.6.1. Sistema institucional 22

2.6.2. Subsistema de gestão 22

2.6.3. Subsistema formal 23

2.6.4. Subsistema social 24

2.6.5. Subsistema de informação 24

2.6.6. Subsistema físico operacional 25

CAPÍTULO III - CONTROLADORIA 27

3.1. CONTROLADORIA: ÓRGÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL 28

3.2. MODELOS DE GESTÃO 29

3.3. ESTILO DE GESTÃO 31

3.4. PROCESSO DE GESTÃO 33

3.5. MODELO DE DECISÃO 35

3.6. PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 35

3.7. MODELO DE INFORMAÇÃO 36

3.8. MODELO DE MENSURAÇÃO 36

CONCLUSÃO 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CONSULTADAS 40

42

INDICE 41