20150209_br_metro sao paulo

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‘THE WALKING DEAD’ ESTÁ DE VOLTA NA FOX PÁG. 11 NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS Blocos levam 120 mil pessoas às ruas no pré-Carnaval Chuva no Cantareira já supera total de fevereiro de 2014 Jordânia ataca Estado Islâmico Foliões se concentraram ontem na Augusta e na Vila Madalena PÁG. 04 Nível dos reservatórios sobe, mas situação ainda é crítica. Sabesp definirá limite mínimo para adotar rodízio PÁG 02 Foram 56 bombardeios em três dias contra alvos no Iraque e na Síria PÁG. 09 Bloco Confraria do Pasmado | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS ESTÁDIO CARIMBADO Com falha incrível da zaga, Palmeiras perde primeiro clássico para o Corinthians em sua nova arena MÍN: 19°C MÁX: 27°C www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP SÃO PAULO Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015 Edição nº 1.978 ano 8 BOWIE BRILHANTE LIVRO ANALISA A PRODUÇÃO DO ‘CAMALEÃO’ NOS ANOS 1970 PÁG. 10 ADVOGADO DE ‘BREAKING BAD’ ESTREIA SÉRIE PÁG. 11 Call “Better Saul!” Danilo comemora gol que garantiu vitória do Timão por 1 a 0 RICARDO NOGUEIRA/FOLHAPRESS PÁG. 16 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

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Page 1: 20150209_br_metro sao paulo

‘THE WALKING DEAD’ ESTÁ DE VOLTA NA FOX PÁG. 11NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS

Blocos levam 120 mil pessoasàs ruas no pré-Carnaval

Chuva no Cantareira já supera total de fevereiro de 2014

Jordânia ataca Estado Islâmico

Foliões se concentraram ontem na Augusta e na Vila Madalena PÁG. 04

Nível dos reservatórios sobe, mas situação ainda é crítica. Sabesp defi nirá limite mínimo para adotar rodízio PÁG 02

Foram 56 bombardeios em três dias contra alvos no Iraque e na SíriaPÁG. 09

Bloco Confraria do Pasmado | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

ESTÁDIO CARIMBADO

Com falha incrível da zaga, Palmeiras perde primeiro clássico para o Corinthians em sua nova arena

MÍN: 19°CMÁX: 27°C

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SÃO PAULO Segunda-feira,9 de fevereiro de 2015Edição nº 1.978 ano 8

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SÃO PAULO Segunda-feira,9 de fevereiro de 2015Edição nº 1.978 ano 8

BOWIEBRILHANTE

LIVRO ANALISA A PRODUÇÃO DO ‘CAMALEÃO’ NOS ANOS 1970 PÁG. 10

ADVOGADODE ‘BREAKING BAD’ESTREIA SÉRIE PÁG. 11

Call“BetterSaul!”

‘THE WALKING DEAD’ ESTÁ DE VOLTA NA FOX PÁG. 11‘THE WALKING DEAD’ ESTÁ DE VOLTA NA FOX PÁG. 11‘THE WALKING DEAD’ ESTÁ DE VOLTA NA FOXNÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS

PÁG. 09

Danilo comemora gol que garantiuvitória do Timão por 1 a 0

RICARDO NOGUEIRA/FOLHAPRESS

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Avenida Rebouças, 1585, Pinheiros, CEP 05401-909, São Paulo, SP, Brasil. Tel.: 3528-8500. O jornal Metro é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo ScappiniDiretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro São Paulo. Editores-Executivos: Ariel Kostman e Lara De Novelli (MTB: 31.369) Editor de Arte: Tiago Galvão. Gerentes Comerciais: Elizabeth Silva e Jussara Costa

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3528-8522

COMERCIAL: 011/3528-8549

Filiado ao

CARNAVAL DA CORRUPÇÃOAs denúncias de corrupção de milhões e milhões de dóla-res indo literalmente pelo ralo nas mãos de ladrões, que usavam a principal estatal brasileira como balcão de ne-gócios, ao que tudo indica, para o próprio bolso e inter-mediando campanhas políticas, principalmente as do PT, além de corroer as já dinamitadas contas públicas com prejuízos sociais imensos e economicamente, arranham, em um momento absolutamente impróprio, a imagem da Petrobras que é a base do nosso projeto petrolífero, enter-rado nas camadas do pré-sal, no fundo do Atlântico.

Esses canalhas não mereciam ter benefício nenhum pe-rante a lei. Ratos piores que os bandidos comuns do dia a dia que, metendo a mão nessas cifras absurdas, fazem o dinhei-ro arrecadado pelo crime organizado parecer café pequeno.

Na China o crime de corrupção tem pena de bala na nu-ca paga pela família do marginal. Não vou tão longe! Com-

provado o caso de roubo do dinheiro público, esses crápu-las deveriam ser jogados no fundo da cadeia pelo resto da vida, trabalhando para pagar seu próprio sustento e, princi-palmente, recebendo a pena pecuniária.

Sim, pena pecuniária, que mexe no bolso dessa corja. Teria que tomar tudo que o sujeito roubou e devolver ao Estado. Fora isso, esperemos que as instituições nessa fase turbulenta estejam fortes o suficiente para manter nossos princípios democráticos.

A classe política, também mergulhada em denúncias in-contáveis de corrupção começa a se perder em brigas de rua dentro do Congresso, sem cumprir promessa de campanha, pelo contrário, distribuindo até do governo central pacotes de maldades, como aumentos de impostos sobre combustí-veis, energia elétrica e praticamente para salvar prefeituras que quebraram cidades pelos mesmos motivos corruptos que arrombam a economia do Brasil, com verbas que só aumen-tam ainda mais o fantasma dessa divida interna brasileira.

Aliás, o que se vê por aí, ao invés de PIB (Produto Interno Bruto) é RIB (Roubo interno Bruto).

Não há mais o que falar, agora é esperar que Deus seja realmente brasileiro, porque se não for, já descobrimos on-de é o inferno.

Olhar cidadão

JOSÉ [email protected]

As chuvas de fevereiro de-ram um respiro para o Can-tareira. Em oito dias, as re-presas que compõem o sistema receberam um vo-lume de chuva maior do que o registrado duran-te todo o fevereiro do ano passado.

Até ontem, haviam sido registrados 85,6 mm, ante 73 mm nos 28 dias do mes-mo mês em 2014. Em rela-ção à média histórica (199,1 mm), as chuvas do início do mês correspondem a 43%. Há um ano, o Cantareira operava com 20,1% da capa-cidade – sem a inclusão das duas cotas do volume morto.

O sistema teve ontem sua terceira alta seguida, e operava com 5,7%. Ape-sar da melhora, o pata-mar é considerado crítico e o racionamento é cada vez mais provável. Segun-do o jornal “O Estado de S.Paulo”, a Sabesp vai defi-nir até o final da semana um nível de segurança pa-ra os reservatórios.

Caso o índice fique abai-xo do estipulado na pri-meira semana de março, o

rodízio será oficialmente decretado.

A esperança do governo é garantir o abastecimen-to até maio, quando espe-ra concluir as obras de trans-ferência de água do sistema Rio Grande para a represa Taiaçupeba, do sistema Alto Tietê. A medida pode elevar sua capacidade de produção

em 4 mil litros de água por segundo, ajudando a abas-tecer parte dos 6,2 milhões que hoje são abastecidos pe-lo Cantareira.

A Sabesp ainda não deci-diu se adotará o rodízio em toda a Grande São Paulo ou apenas nas regiões abas-tecidas pelo Cantareira.

METRO

Crise hídrica. Sistema teve três altas seguidas e operava ontem com 5,7%. Rodízio pode ser adotado em março

Mesmo com chuva do final de semana, represa do Jaguari, em São José dos Campos, segue seca | LUCAS LACAZ RUIZ/FOLHAPRESS

Chuva no Cantareira já bate fevereiro de 2014

Câmara pode votar amanhã multa para ‘gastões’O projeto de lei que prevê aplicação de multa de até R$ 1 mil para o paulistano que for flagrado lavando calçada ou o carro com água tratada pode ser votado em definitivo amanhã.

Na primeira votação, o texto recebeu 30 votos a fa-vor e 11 contra.

Hoje, vereadores da si-tuação e da oposição devem acertar mudanças no texto. O prefeito Fernando Haddad (PT) quer incluir uma adver-tência antes da aplicação da multa. Além disso, o valor da punição deve ter uma grada-ção, chegando a R$ 1 mil em caso de reincidência.

Os parlamentares tam-bém querem incluir artigos de outros projetos que tra-tam da questão da água no projeto. Entre eles estão des-conto no IPTU para quem re-duz consumo. METRO

85,6 mmé a quantidade de chuvas sobre o sistema Cantareira desde o início do mês. O volume equivale a 43% da média histórica.

Dólar + 1,2% (R$ 2,778)

Bovespa -0,90% (48.792 pts)

Euro + 0,24% (R$ 3,135)

Selic (12,25%)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

Banco do Brasil

Empréstimo camarada

O TCU (Tribunal de Contas da União) está

investigando empréstimos de bancos públicos para a

socialite Val Marchiori, amiga de Aldemir Bendini, ex-presidente do Banco do

Brasil recém-nomeado para a presidência da Petrobras. O Banco do Brasil teria contrariado normas internas para

conceder um empréstimo subsidiado no final

de 2013 para a empresa da socialite.

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

Mais um caixa eletrônico foi alvo de criminosos na ci-dade de São Paulo. Na ma-drugada de ontem, um gru-po explodiu um terminal da Caixa Econômica Fede-ral no Alto de Pinheiros, zo-na oeste.

De acordo com a PM, três homens implantaram ex-plosivos no equipamento, localizado em um centro comercial na avenida Dió-genes Ribeiro de Lima, por volta das 4h. Os policiais fo-ram acionados e chegaram a trocar tiros com os suspei-tos. Até as 22h de ontem, ninguém havia sido detido. A PM não soube informar se o grupo conseguiu roubar o dinheiro do caixa.

Comércios vizinhos ama-nheceram com marcas de tiros em suas fachadas. O caso será investigado pela

Polícia Federal. Desde o co-meço do ano, já foram re-gistrados 22 ataques a cai-xas eletrônicos na Grande São Paulo. Em 2014, foram 134 ocorrências.

FuzilNa última quinta-feira, ou-tro terminal da Caixa Eco-nômica foi explodido dentro de uma loja de con-veniência, em um posto de gasolina na Vila Mariana, zona sul. A quadrilha dei-

xou um integrante armado com um fuzil próximo a um batalhão da PM, para evitar a chegada dos policiais.

PuniçãoPara tentar reduzir os ata-ques a caixa eletrônicos no Estado, o secretário de Segu-rança, Alexandre de Moraes, irá a Brasília tentar negociar uma mudança no Código Pe-nal. Moraes pleiteará a altera-ção da tipificação do crime, hoje considerado furto qua-lificado, para roubo e forma-ção de quadrilha.

Na avaliação do secretá-rio, a possibilidade de uma pena maior pode inibir as ações dos criminosos. Moraes se reuniu com a Febraban na semana passada (associação dos bancos) para discutir re-forço na segurança dos ban-cos. METRO

Violência. Bandidos roubaram terminal no alto de Pinheiros. Desde o começo do ano, já foram 22 ataques

Terminal foi totalmente destruído em assalto | MARCOS BEZERRA/FUTURA PRESS

Quadrilha explode caixa eletrônico em Pinheiros A Rota, força tática da Polí-

cia Militar, apreendeu cer-ca de 300 quilos de cocaí-na no Tatuapé, zona leste, na tarde de ontem. Um sus-peito foi preso após os po-liciais encontrarem a dro-ga dentro do veículo que ele dirigia.

Segundo a PM, o órgão recebeu informações sobre o suspeito por meio do se-tor de inteligência. O caso foi realizado por volta das 12h30 quando os policiais abordaram um veículo mo-delo Ecosport na rua Doutor Álvarez Rubião. Ao ser cer-cado pelas viaturas da Ro-ta, o motorista não reagiu à ação e se entregou.

A droga foi encontrada em tabletes, agrupados em 11 fardos que estavam es-palhados pelo porta-malas e banco traseiro do carro. O suspeito informou à PM que não foi a primeira vez que realizou esse tipo de servi-ço. Entretanto, não há mais informações sobre o destino da cocaína e se há outros en-volvidos no tráfico. METRO

Tráfico. Carro levava 300 kg de cocaína

22é o total de ataques a caixas eletrônicos na Grande São Paulo desde o início do ano. Em 2014, foram registrados 134.

Acidente na avenida AricanduvaDepois de capotar na madrugada de ontem, na zona leste, o veículo derrubou uma árvore e bateu contra um poste. O acidente deixou três feridos. | PAULO LOPES/FUTURA PRESS

Nota Fiscal Paulista deve beneficiar mais entidadesA Secretaria de Desenvolvi-mento Social pretende am-pliar a inclusão de entida-des beneficentes no Sistema Pró-Social.

Com o sistema, as insti-tuições são beneficiadas pe-la Nota Fiscal Paulista.

O Pró-Social reúne todas as informações relaciona-das aos programas sociais do Estado. Os inscritos se

beneficiam com isenção to-tal do IPVA, isenção do im-posto de transmissão causa mortes e doações, e convê-nios com o governo.

As entidades interessa-das devem apresentar a do-cumentação necessária na Diretoria Regional de Assis-tência Social. Mais informa-ções, no o site www.proso-cial.sp.gov.br.

Hoje, 2.229 entidades e organizações estão cadas-tradas no Pró-Social.

“O retorno dos valores do ICMS e de seus sorteios, tornou-se fundamental pa-ra a receita financeira e a realização do trabalho de muitas organizações”, diz o secretário de Desenvolvi-mento Social, Floriano Pesa-ro. METRO

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {FOCO}

O final de semana de pré-Carna-val levou

uma multidão para a Vila Ma-dalena, na zona oeste, e para a rua Augusta no centro. So-mente ontem, 120 mil pes-soas acompanharam os 41 blocos que saíram a partir das 10h. O número foi menor do que o de sábado, quando 200 mil foliões participaram da festa.

Por volta das 16h30, o bloco Acadêmicos do Bai-xo Augusta levou 40 mil às ruas. Pela primeira vez com uma banda fixa, o gru-po adotou o tema : “Des-bunde na Augusta, contra a caretice e pelo respeito à diversidade”. A atriz Ales-sandra Negrini foi a rainha do bloco. Os organizadores do desfile aproveitaram pa-ra reivindicar a criação do parque Augusta.

A atual crise hídrica en-frentada por São Paulo foi tema de fantasias e de um pequeno bloco que saiu pe-lo largo do Arouche, no cen-tro. O “Tucanistão” foi até o Minhocão dando desta-que para as medidas alter-nativas que o paulistano vem adotando para driblar as torneiras seca. Na mes-ma região, o Fuxico, forma-do por drag queens, contou com a bênção de um padre de Guarulhos antes de ligar seu trio-elétrico. O grupo

comemorou ontem 15 anos de desfiles no Carnaval de rua de São Paulo.

Na Vila Madalena, 50 mil pessoas se dividiram entre os 11 blocos que desfilaram pelas ruas do bairro ontem. Os destaques ficaram com a Confraria do Pasmado e o Zica. No sábado, o Sargento Pimenta levou cerca de 20 mil às ruas. A CET (Compa-nhia de Engenharia de Trá-fego) montou um esquema de desvios para reduzir o im-pacto no trânsito da região. Segundo a prefeitura, 78 to-neladas de lixo foram reco-lhidas no bairro. BalançoA prefeitura informou que 160 agentes da GCM atua-ram na operação Carnaval. A subprefeitura de Pinhei-ros divulgou que apenas o bloco Pimentas do Reino desrespeitou o horário li-mite para dispersão dos fo-lioes (meia-noite). Foram realizados oito atendimen-tos médicos de emergência nos postos montados na Vi-la Madalena. METRO

Folia. Ontem, 120 mil pessoas se dividiram entre os 41 blocos que saíram as ruas. Falta d’água foi lembrada em vários desfiles

Augusta e Vila Madalena têm multidão no pré-Carnaval

Mesmo com 560 banheiros químicos espalhados pelos pontos de maior concen-tração de blocos, muitos fo-liões insistiram em utilizar ruas e postes. A falta de fis-calização e de multa para os “mijões” fez com que esse tipo de infração virasse roti-na no final de semana.

Mas não foi apenas o xi-xi que incomodou os mora-dores da Vila Madalena. Um dos criadores da associa-ção SOSsego Vila Madalena, Tom Green diz que as me-didas adotas pela prefeitura para minimizar os impac-tos da multidão que tomou as ruas do bairro não surti-ram, mais uma vez, o efei-

to esperado. “A iniciativa de cadastrar os ambulantes permitiu que, com o exces-so de comerciantes, a festa se estendesse até a manhã de domingo”, disse. O horá-rio limite estabelecido pe-la prefeitura para dispersão dos foliões era meia noite.

Green também afirmou que os agentes da GCM (Guarda Civil Metropolita-na) pouco colaboraram pa-ra coibir infrações. “Parecia que eles foram orientados a não interferir no caos.”

A prefeitura informou que colocou 150 fiscais para ini-bir o comércio ambulante ir-regular e exigir o fechamento dos bares à 1h. METRO

Sem fiscalização, folião usa rua como banheiro

320 milfoi o número total de pessoas que acompanharam os desfiles dos blocos durante o final de semana.

Confraria do Pasmado foi um dos 11 blocos que saíram na Vila Madalena

Padre deu a bênção antes do Fuxico sair pelo o Arouche

Acadêmicos do Baixo Augusta arrastou40 mil pessoas na tarde de ontem

Zica tomou conta da rua Fradique Coutinho

Drags animaram a festa no centro e caminharam até o Minhocão

Cerca de 120 mil pessoas participaramdo pré-Carnaval em São

NELSON ANTOINE/FRAME/FOLHAPRESS

J.DURAN MACHFEE/FOLHAPRESS

ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

J.DURAN MACHFEE/FOLHAPRESS

RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS

ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {BRASIL}

OAS PAGAVA R$ 600 MIL POR MÊS AO SEU PRESIDEN-TE. A empreiteira OAS fa-turou tanto no esquema do Petrolão – iniciado em 2004, no governo Lula, e desmantelado pela po-lícia em 2012 – que não se importava de pagar R$ 600 mil por mês ao principal executivo, José Aldemário Pinheiro Fi-lho, vulgo “Leo Pinhei-ro”, que tem 10% da OAS. Agora sob recuperação judicial, e com Leo preso, a empresa negociou acor-do antecipando um ano de “salários”, cerca de R$ 7,2 milhões.

TRÊS CAPITÃES. Na carce-ragem da PF em Curitiba, o principal executivo da OAS divide uma pequena cela com três outros capi-tães da construção civil.

ELES JÁ TIVERAM O PODER. Estão na mesma cela na PF, além de Pinheiro, o presidente da UTC, Ricar-do Pessoa, e o vice-presi-dente da Engevix, Gerson Almada.

CONVIVÊNCIA. Habituado à vida confortável e aos ho-téis de alto luxo, Pinhei-ro, Pessoa e Almada usam o banheiro da cela. E com plateia, sem privacidade.

LÍNGUA NOS DENTES. A for-ça tarefa da Lava Jato ava-lia que os três empreitei-ros têm muito a revelar, nos depoimentos. E que estão quase maduros para fazê-lo.

GOVERNO IGNORA LEI AN-TITERROR: AUTOR É DE OPOSIÇÃO. A 18 meses das Olimpíadas do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifica o crime de terrorismo. Vários go-vernos já manifestaram preocupação ao Brasil ofi-cialmente, mas o projeto que define juridicamente o ato de terror, do plane-jamento à execução, dor-mita há dois anos. O go-verno ignora o projeto pelo seu conteúdo e por-que o autor é um deputa-do de oposição: Onyx Lo-renzoni (DEM-RS).

TRINTA ANOS. O projeto de combate ao terroris-mo define penas que po-dem chegar a 30 anos de prisão, em caso de ato terrorista que resulte em morte.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORMato sem cachorro

Getúlio Vargas depôs Wa-shington Luís, no come-ço dos anos 30, e iniciou um processo de mudan-ças. O ex-presidente se exilou nos Estados Unidos e acompanhava à distân-cia os movimentos do di-tador. Certo dia, ele soube que, apesar das promes-sas de mudança, Getú-

lio reconduzira Coriolano de Góes ao cargo de Che-fe de Polícia, que exercera no governo deposto.Informado, Washington Luís sorriu, afagou seus bigodes e observou:– Este Getúlio está perdi-do. Caçando com meus cães, vai acabar como eu: num mato sem cachorro.

“DECEPCIONANTE”

RUBENS BUENO (PPS-PR) SOBRE O NOVO PRESIDENTE DA PETROBRAS,

ALDEMIR BENDINE

Política

Léo Pinheiro, executivo da OAS| DIVULGAÇÃO

CLÁUDIO [email protected]

A Corte de Roma marcou pa-ra quarta-feira o julgamento do pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Piz-zolato -- condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por cor-rupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Para o Brasil, uma sentença favorá-vel tem duplo significado: co-locar na prisão o 25º condena-do no escândalo do mensalão e provar à comunidade inter-nacional que o sistema peni-tenciário do país não falido.

Pizzolato conseguiu a pri-meira vitória nos tribunais em outubro, quando ganhou liberdade após alegar na defe-sa que as condições dos presí-dios brasileiros desrespeitam os direitos humanos.

O governo brasileiro re-correu duas vezes. Na tentati-va de trazer Pizzolato de volta ao Brasil, o Ministério Públi-co Federal e a AGU (Advocacia Geral da União) prepararam um memorial com imagens do presídio da Papuda, onde o ex-diretor cumprirá pena, caso seja extraditado. O ob-jetivo é provar que as condi-ções não são subumanas.

No documento, foram in-cluídas imagens das instala-ções e relatada a situação de dois condenados no mensa-lão que ainda cumprem pena

na Papuda: Cristiano Paz e Ra-mon Hollerbach.

A sessão tende a ser secre-ta, atendendo pedido da de-fesa de Pizzolato, que tem dupla nacionalidade. A Cons-tituição da Itália impede a ex-tradição de nacionais que co-metem crimes no exterior. Há, no entanto, brechas na le-gislação. O governo brasilei-ro conta a seu favor com um parecer do Ministério Públi-co italiano que aponta que o réu não é nem preso político, como alega na sentença, nem

teve o direito à defesa cercea-do, por ter sido julgado ape-nas pelo STF (Supremo Tri-bunal Federal), uma vez que havia políticos com foro privi-legiado no processo.

Extraditado ou não, o ex--diretor ainda responderá pe-lo crime de falsificação de do-cumentos, com pena de até três anos de prisão.

Relembre o casoNa iminência de ser preso, Henrique Pizzolato deixou o Rio de Janeiro, onde morava,

e fez uma viagem de 20 horas em dois carros, percorrendo 1,3 mil quilômetros, primei-ro até a fronteira com o Para-guai e depois para Buenos Ai-res. Era 7 de setembro de 2013 e o STF julgava os últimos re-cursos dos réus.

Na capital argentina, Piz-zolato embarcou para Bar-celona, na Espanha, usando o passaporte do irmão, Cel-so, que morreu em 1978, víti-ma de acidente de carro, e de-pois atravessou a fronteira se instalando em Maranello, na Itália.

Em novembro de 2013, o mandado de prisão foi expe-dido, mas Pizzolato já esta-va em terras italianas. Com-provada a fuga, foi feito um alerta à Interpol. Ele foi lo-calizado em fevereiro do ano passado e ficou preso em Modena por 8 meses.

Pizzolato está em liberdade desde outubro | LULA MARQUES/FOLHAPRESS

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Mensalão. Pedido de extradição de ex-diretor do Banco do Brasil será julgado na quarta

Pizzolato de volta ao banco dos réus

R$ 73,8 mifoi o valor desviado do fundo Visanet. Operação levou à condenação de Pizzolato no escândalo do mensalão.

Presídios são malvistos no exteriorCom a terceira maior popu-lação carcerária do mundo -- atrás de Estados Unidos e China --, o Brasil aparece co-mo uma referência negati-va na gestão do sistema pri-sional. São 715,6 mil presos, contra 2,2 milhões dos ame-ricanos e 1,7 milhão dos chi-neses. Para abrigar todos os detentos, o país precisaria abrir, no mínimo, 210 mil vagas.

O Brasil, porém, ainda tem 370 mil mandados de prisão em aberto, segundo o Banco Nacional de Manda-dos de Prisão, o que, em te-se, poderia agravar a situa-ção e colocar mais de um milhão de brasileiros atrás das grades.

Um relatório da ONG Hu-man Rights Watch, divulga-do no mês passado, apontou um retrato preocupante: a população adulta nos presí-dios brasileiros supera meio

milhão de pessoas e há um deficit de 43% de vagas. Além disso, 20 mil adolescentes cumprem medidas socioedu-cativas com privação de liber-dade e 200 mil presos ainda aguardam julgamento.

TorturaA superpopulação, por si só, já é apontada como uma gra-ve violação dos direitos hu-manos. O relatório da entida-de revela, porém, que desde 2010 foram registrados 64 casos de tortura. “A tortura é um problema crônico em delegacias de polícia e cen-tros de detenção”, revela o documento.

A Human Rights Watch saúda a iniciativa da presi-dente Dilma Rousseff de re-verter a situação com a cria-ção em agosto de 2013 do Mecanismo Nacional de Pre-venção e Combate à Tortura.

METRO BRASÍLIA

Curado (PE) teve cinco mortes desde o início do ano | CARLOS VANNONI/FOLHAPRESS

“A população carcerária é superior a meio milhão de pessoas—43% além da capacidade. Os atrasos no sistema de justiça contribuem para a superlotação.” TRECHO DO RELATÓRIO DE 2014 DA ONG HUMAN RIGHTS WATCH

Pedrinhas (MA) foi palco de 79 mortesdesde 2013 | LUIZ SILVEIRA/AGÊNCIA CNJ

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Três dias após ter a prisão decretada na 9ª fase da Ope-ração Lava Jato, o empresá-rio Mario Góes se entregou ontem à PF (Polícia Federal) em Curitiba. Ele se apresen-tou com um advogado pou-co antes do meio-dia.

Góes é apontado pe-lo MPF (Ministério Públi-co Federal) como um ope-rador que “atuava em duas frentes” nas investi-gações: gerenciou propi-nas em contratos da Petro-bras e também atuou na relação entre a fabrican-te de tanques de combustí-vel Arxo e a BR Distribui-dora, alvo de investigação da operação.

“Ele era uma ‘ponte’ en-tre os dois esquemas”, disse o procurador Carlos Fernan-

do dos Santos Lima.Proprietário da empre-

sa Riomarine Oil & Gas, do ramo de equipamentos de construção naval, Góes foi identificado pela Lava Jato graças ao depoimento de Pe-dro Barusco.

Barusco, de acordo com a confissão, recebia Góes

regularmente em sua casa, no Rio de Janeiro. Nessas ocasiões, Góes entregava “umas mochilas com alguns valores” que oscilavam en-tre R$ 300 a R$ 400 mil.

A prisão de Góes é pre-ventiva e tem prazo indeter-minado. A defesa do empre-sário não foi localizada.

9ª faseDepois de dois dias, a PF ter-minou de contar no sábado o dinheiro apreendido na sede da empresa catarinen-se Arxo: R$ 3,18 milhões, divididos em notas de Real, Dólar e Euro.

A companhia fornecia equipamentos para a BR Distribuidora e chegou a assinar um contrato de R$ 85 milhões em outubro. Na quinta-feira, um sócio e um diretor foram presos. No dia seguinte, outro proprietário chegou dos EUA e foi detido. A Arxo diz desconhecer pro-pinas e não ter ligações com Mário Góes.

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {BRASIL} |07|◊◊

Góes chegou ontem à sede da Polícia Federal em Curitiba | RODRIGO LEAL / METRO

Petrobras. Único investigado ainda desaparecido, empresário Mario Góes se entregou à Polícia Federal em Curitiba ontem à tarde. Ele foi apontado como operador de propinas

Empresário foragido da Lava Jato se apresenta

A PF informou ter identifi-cado onze novos operado-res que gerenciavam o paga-mento de propinas entre as empreiteiras e a Petrobras. Um deles seria o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que depôs na última semana.

Dos outros dez, três fo-ram citados na delação pre-miada de Barusco: o execu-tivo Júlio Camargo, da Toyso Setal, que também já assi-nou acordo de delação, e o empresário Shinko Nakan-dakari, também investigado pela PF, além de Mario Góes.

Na delação, Barusco apresentou documentos e detalhou a participação de todos. Segundo o ex-gerente de Serviços da Petrobras, os operadores atuaram em 87

obras da estatal, em contra-tos que somaram R$ 47 bi-lhões e mais R$ 11 bilhões no exterior. Deste montan-te, R$ 1,2 bilhão se torna-ram propinas, de acordo com os cálculos de Barusco.

Góes, especificamente, te-ria mediado 34 contratos da Petrobras entre 2004 e 2013. Conforme as planilhas, fo-ram contratos entre quatro diretorias da companhia (Gás e Energia, Produção e Explo-ração, Abastecimento e Servi-ços) e nove construtoras.

Em todas elas, segundo o depoimento, as propinas se dividiam de forma se-melhante: parte ia aos dire-tores da estatal e outra pa-ra os operadores e partidos.

METRO CURITIBA

Mediação de 34 contratos para nove construtoras

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {ECONOMIA}

Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP.

TECNOLOGIA A FAVOR DO BOM ATENDIMENTOUnião entre tecnologia e bom atendimento. Essa é uma das principais lições que tiveram os cerca de 200 empre-sários levados pelo Sebrae-SP para a Retail’s Big Show, maior feira do varejo mundial. O evento ocorreu no mês passado em Nova York, e a organização da visita contou com a parceria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O varejo norte-americano tem direcionado seus es-forços para fazer da tecnologia uma ferramenta a serviço não só do negócio, mas principalmente do consumidor. A ideia é tornar a experiência de compra o mais agradá-vel possível, já que, com a forte concorrência, o cliente opta pela empresa que der o melhor tratamento, aspecto frequentemente considerado tão – ou mais – importante que o preço na hora da decisão.

Na NRF Retail’s Big Show os empresários conhece-ram, entre outras novidades, o conceito de “internet das coisas”, que conecta dados, pessoas e as coisas propria-mente ditas com o objetivo de mapear e antecipar o dese-jo do consumidor. Um exemplo é o telão em formato de espelho colocado na entrada da loja, permitindo a intera-ção com o público. Ele ajuda a escolher as peças de rou-pa, indica acessórios e dá informações de cores e tama-nhos disponíveis no estoque. O cliente pode passear pela loja enquanto os itens escolhidos são levados para o pro-vador. Nessa situação, o vendedor deixa de ser apenas quem apresenta produtos e assume o posto de consultor, com o objetivo de atender com o máximo de qualidade.

A visita à feira deixou claro que não dá para pen-sar em varejo sem aliar empresa física e virtual, e, ca-da vez mais, ambas interagem com o cliente, que quer acesso à loja de qualquer lugar. A internet é o cartão de visita, a vitrine online do estabelecimento, onde o consumidor conhece o que é oferecido, faz suas esco-lhas para então concretizar a compra de forma digi-tal ou, em um segundo momento, pessoalmente. Não há como negar que os Estados Unidos são referência em varejo. Mesmo que nem tudo praticado lá possa ser transferido para a nossa realidade (às vezes são neces-sárias adaptações), estar atento às tendências daque-le país é aumentar a possibilidade de sair na frente dos concorrentes. Por isso, buscar novidades e atualizar-se constantemente é vital para qualquer empreendedor. Os empresários que estiveram na NRF comprovam.

FATORES QUE MAISMOTIVAM NA CARREIRA

FONTE: CATHO

TER UM BOM RELACIONAMENTO 70,2%POSSIBILIDADE DE CRESCIMENTO NA EMPRESA 66,2%SER RECONHECIDO COMO UM BOM PROFISSIONAL 61,9%FAZER O QUE EU GOSTO 61,4%TER DESAFIOS CONSTANTES 47,2%TER LIBERDADE/AUTONOMIA 43,4%TRABALHAR COM PESSOAS QUE ADMIRO 41,9%TER FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO 37%PARTICIPAR NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS 34,3%POSSIBILIDADE DE COORDENAR 33%TER VOZ ATIVA JUNTO AO MEU CHEFE 23,9%ENRIQUECER/ ACUMULAR DINHEIRO 17,2%OUTRO 1,2%

O preço da cerveja consumi-da no balcão ou na mesa de bares e restaurantes avan-çou 10,75% de fevereiro do ano passado a janeiro deste ano. A variação, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica) na última sexta-feira, mostra que o preço da “loi-ra” aumentou além da infla-ção de 7,14% medida nos úl-timos 12 meses pelo IPCA (Índice de Preços ao Consu-midor Amplo). Mas a alta da cerveja não foi tão agressi-va como a da batata ingle-sa, por exemplo, cujos pre-ços se expandiram 50,02% no mesmo período.

Poderia a cerveja consu-mida fora de casa se apro-ximar de um valor que ca-minha a par e passo com a inflação geral dos preços? A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigeran-tes do Brasil) diz que não e afirma que o preço da bebi-da deve subir em média 5% já em maio, quando entra em vigor a lei que aumenta impostos e altera o modelo de cobranças de tributos de bebidas frias.

A estimativa é de que a carga tributária suba 10%. A alíquota do PIS/Pasep se-rá de 2,32%; a da Cofins, de 10,68%; e o do IPI, de 6%. As alíquotas são fixas e, segun-

do a Afrebras, certamente terão impacto no preço fi-nal do produto.

“Os preços das cervejas, assim como dos refrigeran-

tes, muitas vezes sobem aci-ma da inflação em alguns períodos porque o comér-cio busca aumentar sua mar-gem, mesmo quando na in-dústria não há aumento”, diz o presidente da Afrebras, Fer-nando Rodrigues de Bairros. Para ele, neste ano de 2015 é muito pouco provável que o preço da cerveja acompanhe a inflação. Os reajustes serão maiores. “Até o fim do ano o aumento será de pelo menos 10%”, afirma Bairros.

“Além da nova carga tri-butária a partir de 1º de maio, existe ainda a pressão das matérias-primas, como o malte e as latinhas, que são cotados em dólar. E o dólar, como estamos vendo, está subindo dia após dia”, diz o presidente.

Mas nem tudo é má notí-cia. Segundo Bairros, os pre-ços devem se manter nes-te Carnaval: “O que tinha de subir já subiu no fim do ano.” METRO

Desce quadrado. Segundo presidente da associação dos fabricantes, nova tributação vai provocar aumento. Alta do dólar também deve pressionar os preços até o final do ano

Preço da cerveja sobe com aumento de tributos, matérias-primas e margens de lucro de quem vende | REUTERS

Cerveja sobe 10,75% em 1 ano e alta de 5%é esperada para maio

Maioria está otimista com carreiraPara 54,3% dos profissionais brasileiros, o emprego atual oferece perspectiva de cres-cimento profissional para os próximos três anos. Per-guntados como avaliam as expectativas de progresso, 42,9% responderam “bom”, enquanto “ruim” teve 33,3% das respostas.

Quando o assunto é a motivação e a satisfação do profissional, 30,9% dos bra-sileiros se dizem insatisfei-tos. O dado que mais chama atenção é o das pessoas que não estão nem satisfeitas nem insatisfeitas (31,1%).

Observando as razões que geram a satisfação e que mais motivam os pro-

fissionais no ambiente de trabalho, “Ter um bom re-lacionamento”, para 70,2% dos respondentes, é o fa-tor que mais motiva, en-quanto a “Possibilidade de crescimento na empresa” (66,2%) e “Ser reconhecido como um bom profissional” (61,9%) completam o top 3.

“Grande parte dos pro-fissionais passa mais tempo no trabalho do que em casa. Dessa forma, ter um bom relacionamento e um am-biente de trabalho agradá-vel é essencial para manter--se motivado”, afirma Luís Testa, responsável pelo se-tor de Pesquisa e Estratégia da Catho. METRO

10%é o aumento mínimo estimado pelos fabricantes para refrigerantes e cervejas em 2015.

Começam hoje as audiên-cias públicas para discutir a nova proposta da Aneel (Agência Nacional de Ener-gia Elétrica) de aumentar em até 83% os valores da re-cém-criada bandeira tarifá-ria, que, desde 1º de janeiro, vem sendo cobrada nas con-tas de luz para repassar ao consumidor o aumento de custos de geração para o se-tor de energia elétrica.

Pela proposta a ser apre-sentada hoje pela agência, os preços para a bandeira amarela passarão dos atuais R$ 1,50 por 100 quilowatts--hora (kWh) para R$ 2,50 – aumento de 67%. No caso da

bandeira vermelha, a tari-fa passará de R$ 3 para R$ 5,50: aumento de 83%. Não há cobrança no caso da ban-deira verde. Consumidores do Amazonas, do Amapá e de Roraima também não pa-gam a taxa.

Por meio da bandeira ta-rifária, que adota as cores verde, amarelo e vermelho, o consumidor pode saber, a cada mês, se está pagando mais caro pela energia que gasta. Os novos valores das bandeiras poderão repre-sentar quase R$ 6,5 bilhões a mais na arrecadação pre-vista pela Aneel, chegando a R$ 17 bilhões. METRO

Luz. Aneel começa hoje audiências sobre bandeira

Empreendedorismo

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {MUNDO} |09|◊◊

Líderes da Rússia (Vladimir Putin), Ucrânia (Petro Poro-shenko), Alemanha (Ange-la Merkel) e França (Fran-çois Hollande) concordaram em se reunir em Minsk (Be-larus) na quarta-feira para tentar mediar um acordo de paz para a Ucrânia.

Os quatro conversaram ontem, dois dias depois de a chanceler alemã e o pre-sidente francês terem via-jado a Moscou. Os diálogos com Putin não produziram nenhum avanço no conflito que já dura quase um ano e provocou a morte de 5 mil pessoas.

Após a conversa, o presi-dente da Ucrânia, Poroshen-ko, disse que houve pro-gresso e estava esperançoso de que a reunião em Minsk levará a um “cessar-fogo in-condicional e rápido” no leste da Ucrânia, onde sepa-ratistas pró-Rússia intensifi-caram a ofensiva militar nas últimas semanas.

Não há, porém, consen-

so sobre uma solução diplo-mática para a região. O pre-sidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrenta in-tensa pressão de um Con-

gresso liderado por republi-canos para promover uma intervenção militar na Ucrâ-nia já. É o caso dos senado-res Lyndsey Graham e John

McCain, que defendem o envio de armas de defesa para o Exército da Ucrânia para ajudar a combater os separatistas.

“Os ucranianos estão sendo abatidos, e nós es-tamos enviando-lhes co-bertores e refeições”, disse McCain. “Cobertores não fa-zem bem contra os tanques russos.”

Merkel e ObamaOntem, Merkel voou para Washington para conversas com Obama. Ela assumiu a liderança na busca de uma solução diplomática, falan-do com Putin por telefone dezenas de vezes no ano pas-sado e mantendo reuniões na Rússia, na Austrália e na Itália nos últimos meses.

Mas as autoridades ale-mãs dizem que Putin tem mostrado pouco apetite pa-ra compromissos e reconhe-cem em particular que ele quebrou repetidamente pro-messas no passado. METRO

Cúpula. Conflitos no leste do país vêm se intensificando nas últimas semanas, levando governantes europeus a se mobilizarem na busca de uma saída diplomática para a região

Ucraniano monta guarda em tanque no leste do país | GLEB GARANICH /REUTERS

Quarta pode ser o ‘Dia D’ para fim de crise na Ucrânia

O chefe da força aérea da Jordânia, Mansour al-Ja-bour, disse ontem que ca-ças de seu país realizaram 56 bombardeios em três dias contra redutos de mi-litantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

A Jordânia lançou os bombardeios contra posi-ções do grupo jihadista na quinta-feira, em resposta ao assassinato do piloto jorda-niano Muath al-Kaseasbeh, queimado vivo pelo Estado Islâmico. A ação militar con-tinuou no sábado.

Após o anúncio da exe-cução do piloto, o rei Ab-dullah, da Jordânia, ime-diatamente prometeu uma guerra “implacável” ao Es-tado Islâmico no território do próprio grupo. Começou com a execução de dois ji-hadistas iraquianos, um de-les uma mulher, na última quarta-feira, e prometeu intensificar sua ação mili-

tar contra o Estado Islâmi-co. Em seguida, vieram os bombardeios.

“Estamos nesta guerra para proteger nossa fé, nos-sos valores e princípios hu-manos, e nossa guerra em nome disto será implacá-vel e irá atingi-los em seu próprio solo”, teria dito o rei durante uma reunião de segurança.

Integrante da aliança li-derada pelos Estados Unidos contra o EI, a Jordânia pro-meteu “uma reação de tre-mer a terra” ao assassinato de seu piloto.

“Estamos falando de um esforço colaborativo entre membros da coalizão pa-ra deter o extremismo e o terrorismo e minar, degra-dar e, por fim, acabar com o ‘Daesh’”, declarou o por-ta-voz do governo, Moham-mad al-Momani, usando o termo árabe depreciativo pa-ra o Estado Islâmico. METRO

Reação. Redutos do EI são bombardeados pela Jordânia

O governo japonês confis-cou o passaporte de um fo-tógrafo que estava prestes a viajar para a Síria a fim de cobrir o conflito civil no país. A justificativa pa-ra o confisco do passapor-te é que essa foi a forma de “proteger a vida” do fotó-grafo. As autoridades toma-ram a decisão após o rapto e a execução de dois japone-ses pelo grupo jihadista Es-tado Islâmico, que ameaça matar cidadãos japoneses “onde quer que estejam”.

Esta é a primeira vez que o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês reti-ra, por motivos de seguran-ça, o passaporte de um ci-dadão que estava pronto para viajar ao exterior. O fotógrafo freelancer (autô-nomo) Yuichi Sugimoto cri-ticou a medida.

As autoridades tomaram conhecimento da intenção de Sugimoto de viajar para a Síria na sequência de uma entrevista dele à imprensa e decidiram confiscar o seu passaporte depois de o pro-fissional negar-se a cancelar seus planos, de acordo.

Cerca de uma semana depois do assassinato do re-fém japonês Haruna Yuka-wa, o Estado Islâmico divul-gou um vídeo que mostra a suposta decapitação do jor-nalista Kenji Goto, que ti-nha sido sequestrado por ji-hadistas em outubro.

Após a crise dos reféns, o governo japonês anunciou o reforço das medidas de segurança dentro e fora do país para proteger seus cida-dãos e recomendou que não viajem para a Síria, Iraque e outros países. METRO

Precaução. Japão impede fotógrafo de ir para a Síria

Mansour al-Jabour anuncia ataques contra posições do EI | MAJED JABER /REUTERS

A Grã-Bretanha afirmou on-tem que a decisão da co-missão eleitoral da Nigéria de adiar a eleição presiden-cial no país devido à situa-ção da segurança “causa preocupação”.

A comissão informou que adiaria as eleições pre-sidenciais do próximo sába-do (14) para 28 de março, ce-dendo à pressão do Partido Democrático do Povo, da si-tuação, em uma ação que pode enfurecer a oposição.

A Grã-Bretanha, que tem a Nigéria como ex-colônia, pediu calma durante o que disse ser um período de frustração, afirmando que a decisão de adiar a votação é “motivo de preocupação”.

“Enquanto apoiamos a Nigéria em sua luta contra o terrorismo, a situação da segurança não deve ser usa-

da como motivo para negar ao povo nigeriano o exercí-cio de seus direitos demo-cráticos”, disse o secretário de Relações Exteriores bri-tânico, Philip Hammond.

“É vital que as eleições se-jam mantidas em andamen-to e realizadas o mais bre-ve possível e de acordo com as normas internacionais”, afirmou Hammond. METRO

Muhammadu Buhari é o candidatoda oposição | AFOLABI SOTUNDE/REUTERS

Nigéria. Grã-Bretanha critica adiamento das eleições

Bomba

Irã busca acordo nuclear, mas quer fi m das sanções

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, exigiu ontem em Muni-que o levantamento das sanções ao seu país co-mo “condição” para al-cançar um acordo sobre o programa nuclear do Irã com os seus parcei-ros internacionais. “Há que tirar as sanções se querem ter êxito”, dis-se em relação às negocia-ções do Irã com os cinco membros permanentes do Conselho de Seguran-ça da ONU e a Alemanha. As grandes potências exi-gem do Irã a redução da sua capacidade nuclear para impedir que um dia possa ter uma bomba atômica. METRO

Francisco

Papa faz visita surpresa a favela perto de Roma

O papa Francisco fez on-tem uma visita surpre-sa a uma comunidade pobre nos arredores de Roma, deixando surpre-sos os residentes, a maio-ria deles provenientes de sua América do Sul natal. O papa estava a caminho de uma visita a uma pa-róquia da área operária de Tiburtina quando mu-dou a rota para conhecer a favela de que ele havia ouvido falar. “Ele saiu do carro, e as pessoas fica-ram chocadas quando o viram”, relatou o padre Aristide Sana, pastor da paróquia, que disse ter corrido para a comunida-de quando ficou sabendo da visita de última hora do pontífice. METRO

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |10| {CULTURA}

O apelido Camaleão não é à toa. David Bowie sempre sou-

be se reiventar. Para o autor e historiador cultural Peter Dog-

get, autor do recém-lançado livro “David Bowie e os Anos 70 – O Ho-mem que Vendeu o Mundo”, foi du-rante a referida década que o ídolo pop atingiu o auge de sua criação mais produtiva e ousada, influen-ciando o mundo que o cercava.

O livro analisa o processo criativo de Bowie através de seus LPs, expli-cando o período em que cada canção foi feita, assim como as identidades adotadas por ele na época. A pesqui-sa começa com “Space Oddity” (1969), que, segundo o autor, transformou Bowie em “um inquieto astro pop”.

“Assim como os Beatles na déca-da que o antecedeu, Bowie foi o guia mais confiável da cultura popular na febre dos anos 70”, destaca o autor britânico na publicação.

Foi ao longo dos anos 1970, lem-bra Dogget, que Bowie teve influên-cias de ícones pop como Judy Gar-land, Velvet Underground e Little Richard. E criou uma obsessão por Andy Warhol. Foi aí que ele deci-diu criar seu herói imaginário: Ziggy Stardust. O personagem revelava o artista como uma criatura exótica, gay e hétero, humano e alienígena.

Em 1972, o LP “Ziggy Stardust” foi um grande sucesso comercial. No seu rastro, vieram “Aladdin Sane”(1973) e “Pin Ups”, lançado no mesmo ano. E, em 1974, veio “Diamonds Dogs”, seguindo com quase mais uma deze-na de álbuns. “O que destacava Bo-wie como talento singular eram os tópicos de suas canções, bem como a maneira como ele as vendia – e ven-dia a si mesmo”, explica o autor.

A abordagem final destrincha “Scary Monsters (and Super Creeps)”, de 1980. O livro proporciona uma via-gem pelo universo musical de Bowie, com tudo minuciosamente detalha-do. O autor cita, inclusive, canções raras de fitas demo, que não chega-ram a ser incluídas nos LPs de Bowie.É leitura indispensável para os fãs do eterno camaleão.

“SPACE ODDITY” “THE SUPERMEN”

“ANDY WARHOL”

GISLANDIAGOVERNOMETRO RIO

Livro. Em ‘David Bowie e os Anos 70 – O Homem que Vendeu o Mundo’, autor explora o legado da década mais produtiva do artista e, através dos LPs, faz uma análise de suas canções

(Gravada em fevereiro de 1969. Filme “Love You Till Tuesday” )

(Gravada em abril e maio de 1970, para o LP “The Man Who Sold The World”. Regravada em novembro de 1971, para o LP “Glastonbury Fayre”)

(Gravada entre junho e julho de 1971, LP “Hunky Dory”)

“LADY STARDUST”

“FAME”

“THE PRETTIEST STAR”(Fita demo gravada em março de 1971, não lançada. Regravada em novembro de 1971, no LP “Ziggy Satardust”)

(De Bowie, Alomar e John Lennon. Gravada em janeiro de 1975 para o LP “Young Americans”)

(Gravada em janeiro de 1970; single lado A)

A composição revela a fase em que a mente de Bowie se entregou a interesses esotéricos, mitologia e mistérios do oculto. Sugeria que até os deuses podiam ser afetados pelas emoções humanas.

Reflete quando o artista passou a apagar distinções de gênero em suas canções, alternando naturalmente “ele” e “ela”. A gravação seria uma homenagem ao amigo Marc Bolan, que, pouco antes de morrer, afirmou que ele e Bowie haviam tido um namoro.

Faixa gravada quase casualmente em Nova York, conquistou as estações de rádioespecializadas em R&B. Ela surgiu durante uma sessão de improvisação na qual Lennon estava presente. O resultado foi algo que se adequava a um nicho da música negra americana no começo de 1975.

Bowie a compôs poucas semanas após a retrospectiva da obra de Andy Warhol na Tate Gallery. É um ambíguo tributo para o homem que seria descrito por ele como “um dos líderes da mídia das ruas”. A canção se baseava num ato de repetição e nas consequências aleatórias de se reproduzir um conceito original.

A composição romântica, com vocal ofegante, foi inspirada em Angie Barnett, mulher que se tornou esposa do artista duas semanas após o lançamento do single. Essa primeira versão não vendeu mais do que mil cópias, mas conquistou um imenso público ao ser revivida no álbum“Aladdin Sane”.

“DAVID BOWIE E OS ANOS 70 – O HOMEM

QUE VENDEU O MUNDO”

PETER DOGGETTED. NOSSA CULTURA

572 PÁGS.R$ 60

A canção de Bowie rebatia a admiração global pela missão Apollo à Lua e descreve um cenário de um astronauta à deriva no espaço. Bowie aponta o filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, como a principal influência na composição.

ÃOMA

EVOLUÇÃO

EMCA LE

POR TRÁS DAS CANÇÕES

2CULTURA

Ai Weiwei

À distânciaProibido de deixar seu país, o artista chinês

vai dirigir pela Internet um dos segmentos de “Berlim, Eu te Amo”,

parte da franquia que já fez “Paris, Eu te amo”

e “Rio, Eu te Amo”, entre outros. Weiwei

vai utilizar o Skype para conversar com o produtor

Claus Clausen, que vai auxiliar nas imagens. A

história vai focar no filho de 6 anos de Ai, Lao, que

mora em Berlim.

Page 11: 20150209_br_metro sao paulo

cara!SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {CULTURA} |11|◊◊

Quinta temporada de ‘The Walking Dead’ recomeça hoje

Cena da quinta temporada de “The Walking Dead” | DIVULGAÇÃO

Dividida em duas partes, a quinta temporada de “The Walking Dead” chega às suas emoções finais em mais oito capítulos, a par-tir de hoje, às 22h30, no ca-nal Fox.

O novo episódio da his-tória sobre temidos zum-bis chega ao Brasil apenas 24 horas depois de ser exibi-do nos Estados Unidos, em mais uma tentativa dos ca-nais de combater a alta pira-taria no país.

No final da primeira par-te deste quinto ano, Rick (Andrew Lincoln) e muitos sobreviventes entraram em uma missão para liberar Ca-

rol (Melissa McBride) e Beth (Emily Kinney) das mãos das pessoas que as manti-nham no Hospital Grady Memorial. Após os trágicos acontecimentos no final do midseason, esse grupo ten-ta sobreviver agora em um mundo cada vez mais hos-til, e que aos poucos ainda precisa lidar com rupturas que começam a surgir en-tre eles.

Entre as novidades da reestreia, os produtores ga-rantem que um personagem querido pelos fãs da série vai perder a vida logo nesse capítulo inicial, mas não de-ram pistas de quem seria.

Baseada na série de qua-drinhos escrita por Robert Kirkman, “The Walking Dead” conta a história dos meses e anos seguintes a um apocalipse zumbi e gira em torno de um grupo de sobre-viventes que busca um lugar seguro para viver.

Se você ainda não chegou a quinta temporada de “The Walking Dead”, pode acom-panhar as emoções do quar-to ano na tela da Band, todas às segundas-feiras, às 22h30. E se prepare também para a sexta temporada, confirma-da pelo canal AMC, que deve estrear provavelmente em outubro desse ano. METRO

Ele apareceu pela primeira vez no oitavo episódio da se-gunda temporada, mas seu papel foi tão marcante ao lon-go de todo “Breaking Bad”, que o advogado Saul Good-man agora ganha um progra-ma para chamar de seu.

Estreia hoje no Netflix a primeira temporada de “Better Call Saul”, que co-meçará contando em dez episódios a história do ad-vogado pra lá de malandro seis anos antes de conhe-cer Jesse Pinkman e Walter White.

Vivido por Bob Odenki-rk, nessa época ele ainda era conhecido como Jimmy McGill, um advogado de pe-quenas causas procurando o próprio destino e, mais ime-diatamente, tentando acer-tar sua vida financeira. Tra-balhando – junto ou contra – está um velho conhecido, o durão Mike Erhmantraut (Jonathan Banks). Aliás, Vin-ce Gilligan, criador da sé-rie, não descarta a possibili-dade de outros personagens de “Breaking Bad” entra-rem na trama ao longo do tempo.

Ao contrário de outras estreias em seu site, a Net-flix não vai disponibilizar a série de uma só vez, mas semanalmente, ao mesmo tempo que os capítulos vão sendo apresentados pelo ca-nal ACM nos Estados Uni-dos. Os outros episódios po-derão ser vistos no Brasil toda segunda-feira. METRO

Estreia. Spinoff de ‘Breaking Bad’, série ‘Better Call Saul’ chega hoje ao Netflix

Saul Goodman ganhou programa só seu | DIVULGAÇÃO

Esse é o SAUL GOODMAN EM FRASES CLÁSSICAS: “Se beber, não

dirija. Mas se fizer isso, ‘Better

Call Saul’!”

“Amor incestuoso é crime? Eu

posso deixá-lo legal!

“Se está suficientemente comprometido,

pode fazer qualquer tipo de

trabalho. Uma vez eu disse a

uma mulher que era Kevin Costner e ela acreditou,

porque eu acreditei.”

“Conheço um cara, que

conhece outro cara, que conhece

outro cara…”

“Está me dizendo que não tem um plano de fuga?

A Enterprise tinha um botão de

autodestruição para esse caso. É tudo o que

lhe digo.”

Page 12: 20150209_br_metro sao paulo

SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {PUBLIMETRO}

Procure ser mais conciliador diantede algumas relações. Suas decisões para aproximar pessoas farão

diferença.

Costumes diferentes marcarão sua rotina, seja com atividades extras no ambiente de trabalho e mesmo com

lazer.

Eventos e situações que envolvam diversões serão mais frequentes. Na vida afetiva aposte em simplicidades

românticas.

Assuntos familiares despertarão mais empenho para esclarecimentos. Período propício para retomar contatos com

pessoas especiais.

Período propício para empenha a assuntos culturais. Ocupe a mente com atividades que tragam prazer em

aprender ou debater.

Novas responsabilidades marcarão o trabalho na semana. Procure ser paciente se notar divergências de

pensamento nas relações.

Momento onde o trabalho em equipe ou vinculado a parcerias estará bem propício para obtenção de metas

profissionais.

Uma dedicação a assuntos filosóficos, novos conhecimentos e mesmo ao exercício da sua fé amenizará

desgastes da rotina.

Tendências a lidar com revelações ou confidências diante de relacionamentos. Atente-se para não se portar de forma

radical.

Momento especial para trocar informações sobre parcerias e negócios. Deverá repensar algumas prioridades

materiais.

Com a Lua em seu signo, uma condição mais sentimental e saudosista deverá marcar seu comportamento diante das

relações mais especiais.

Procure refletir mais sobre alguns sacrifícios que tem feito aos outros e pensar em cuidar mais de si

mesmo.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Procure ser mais conciliador diante

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Leitor fala

TroteLi indignada a reportagem “Suspeitos de queimar alunos em trote são iden-tificados” no Metro Jornal de sexta--feira. Identificados serão expulsos da faculdade, mas não é pouco? Eles deve-riam ser presos pela maldade que co-meteram. Lamentavelmente não é a primeira vez que deparamos com ca-sos dessa natureza. É preciso mais ri-gor, uma lei mais severa para esse tipo de coisa. Isso não é trote, é pura per-versão, pura crueldade! Diferente do meu tempo, que no máximo cortavam o cabelo ou pintavam o rosto. Brinca-deira que deixou muita saudade! Tor-cemos para que essa menina fique bem e volte aos estudos.CLEYDE VILLACAMPA - SÃO PAULO, SP

Pelas ruasAchei incrível o trabalho das pessoas que contam histórias de gente co-mum, como noticiado pelo Metro Jor-nal de sexta-feira na reportagem “Boca no Mundo”. Entre elas, a que mais me tocou foi a ‘SP Invisível’, que não só dá voz para desconhecidos, como prota-goniza moradores de rua que, por falta de oportunidade, são marginalizados pela sociedade. A página faz qualquer um rever seus conceitos. Espero que atitudes como essa mudem as pessoas.CAMILA MORGADO - SÃO PAULO, SP

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TIRIRICA! BEM-VINDO, ABESTADO!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar!

PIADA DO DIA! Sabe qual é a diferença entre a minha mulher e um terrorista islâmico? Com o terrorista dá pra negociar! E sabe qual a diferença entre a minha mulher e uma arma? Na arma dá pra botar um silenciador! Hahahaha!

A BOMBA DA SEMANA! A GRAÇA FOSTER SAIU DA PETROBRAS! Agora a Petrobras está igual ao Jô: SEM GRAÇA! E olha a Dilma demitindo a Graça: “Sinto muito, com-panheira, mas vou ter que demiti-la. E não adianta fa-zer cara feia.” E a pergunta que não quer calar: “Onde a Graça vai tra-balhar agora? No trem fantasma junto com o Cerveró?” Aliás, o Cerveró mandou um WhatsApp pra namorada: “Mozão, só tenho olhos pra você!” Hahahaha! Ai, que medo! QUE HORROR! Como diria o blogueiro Paulo Bet-ti: “Cruzes, queridoooo!” 

E A OUTRA BOMBA DA SEMANA: CRISE HÍDRICA! Saiu o Melô da Sabesp: “Bebeu água? Não! Tá com sede? Tô! Não tem água mineral!” Por falar nisso, estamos lançando a enquete: “Qual é o maior problema do Brasil: a Operação Lava Jato ou a Operação LAVA PRATO?” Lavar louça sem água é muito pior! O jeito é rezar praquele famoso deus grego: OLIM-PO! Olimpo, Osujo e Olavo!!!

E ATENÇÃO! NOVIDADE BOMBÁSTICA!O Pânico contratou o humorista mais coisado do Bra-sil: TIRIRICA! E o abestado está chegando cheio de piadas fantárdigas! “Professor Tiririca, o senhor foi bom aluno?” “Eu era cobra.” “Sabia tudo?” “Não, passava me arrastando!” E nós almoçamos com o Tiririca em Brasília e descobri-mos que o prato preferido do abestado é “Cabrita Enso-pada.” “Tiririca, você sempre come Cabrita Ensopada?” “Sempre não, só quando chove!” Hahahahaha!

PRA TERMINAR! Sabe qual é o time de futebol favorito do Tiririca? FIORENTINA! 

E por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos!!!!!! E seja bem-vindo, abestado! Ô menino menino, o que é isso, meninoooo meninooo meninôôooo???

Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {SAÚDE E BEM-ESTAR} |13|◊◊

Reconhecida em países co-mo Inglaterra e Holanda, a profissão de obstetriz, anti-gas parteiras, voltou a exis-tir no Brasil.

As obstetrizes cuidam da saúde das mulheres no pré-natal, parto e pós-parto de baixo risco. A formação, que já existia em São Pau-lo na década de 1970, virou a especialização ‘enferma-gem obstétrica’ e foi incor-porada ao curso superior de enfermagem.

Desde 2005, o curso foi retomado na USP Leste. Pro-fissionais lutam para voltar ao mercado, mas dividem espaço com os enfermeiros obstetras, cuja função é a mesma. Por ora, apenas em São Paulo, obstetrizes aten-dem na rede estadual e pri-

vada, mas reivindicam, por meio de projeto de lei, tra-balhar também nos serviços municipais. A diferença en-tre a obstetriz e a enfermei-ra obstetra está na forma-ção. “Curso de obstetrícia tem foco na humanização dos partos de baixo risco, que são a maioria dos casos atendidos”, defende Gleise Soares, obstetriz e presiden-te da Associação de Obste-trizes da USP (Universidade de São Paulo).

A professora do curso de Obstetrícia da USP, Jacqueli-ne Brigagão diz que no Es-tado foi mais fácil incluir o cargo, pois já permitiam que enfermeiros obstetras prestassem concursos, o que não acontece ainda na rede municipal. “Mostra-

mos que estávamos aptos a fazer o mesmo trabalho”.

ResistênciaGliese acredita que equi-pes multiprofissionais, que incluam obstetriz e dou-la (acompanhante), podem melhorar a assistência às mulheres. Ela reclama de suposta resistência da clas-se médica, relacionada à preferência por modelos de atendimento mais “medica-lizados”, que permitem con-trole e lucro maiores, caso das cesáreas. “A gestação e o parto não podem ser en-tendidos apenas como um evento biológico.”

Saúde. Chamada antigamente de parteira, profissional exerce mesma função da enfermeira obstetra; formação faz a diferença

Curso de obstetrícia valoriza o protagonismo da mulher no parto |FREE IMAGES

Obstetriz humaniza parto de baixo risco

CARLOSMINUANOMETRO SÃO PAULO

PLUS+

Índice alto

CesáreasNo Brasil, intervenção para salvar vidas virou regra. 52% dos partos

são feitos por cesariana. O índice recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 15%. Na rede privada, o

número cresce para 83%, chegando a 90%. O país

é recordista desse tipo de parto no mundo.

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |14| {ESPORTE}

3ESPORTE

DIVULGAÇÃO/KANSAS CITY CHIEFS

CAIRO SANTOS

‘PARA ABRIR PORTAS’

Primeiro brasileiro na NFL fala sobre a carreira no esporte americano e os planos para o futuro

Cairo Santos chegou ao fu-tebol americano por aca-so. O garoto de Brasília so-nhava em ser camisa 10 do Flamengo, mas um inter-câmbio nos Estados Unidos, aos 15 anos, o levou para outros campos. Cairo, que saiu do Brasil sem se inte-ressar pelo esporte da bo-la oval, alcançou o posto de kicker titular do Kansas City Chiefs, e é o primeiro brasileiro a jogar pela li-ga profissional americana.

Quando você se mudou pa-ra os Estados Unidos, não tinha contato com o espor-te. Como o futebol ameri-cano começou a fazer parte do seu cotidiano?Conheci no colégio, por meio de amigos. Não era fá-cil encontrar pessoas para jo-gar o “soccer”, então acabei conhecendo e gostando mui-to do futebol americano.

E quando surgiu o dese-jo de se dedicar mais ao es-porte e de fazer dele seu trabalho?Quando vi que eu estava me saindo bem nos primei-ros treinos. Comecei a cogi-tar a possibilidade de seguir carreira e, graças a Deus, deu tudo certo e hoje sou profissional.

Em que momento você passou a acreditar que era possível ser atleta de uma equipe da NFL?Eu sempre fui muito con-fiante em mim. Mas, quan-do ganhei o prêmio de melhor kicker da univer-sidade, em 2012, eu sabia que isso se tornaria realida-de em breve.

Acredita que, por ter sido o primeiro brasileiro na NFL, você pode abrir mais portas para o esporte no país?Com certeza. Acho que foi um marco para o Brasil no es-porte. É muito bom receber o carinho dos fãs brasileiros, que me param na rua para fa-lar que estão orgulhosos do meu feito, que torcem muito por mim. Recebo muito esse carinho através das redes so-ciais também. É ótimo, e que-ro ser um embaixador do es-porte aqui no Brasil.

Você sentiu alguma di-ficuldade com a entrada no ambiente do esporte profissional?Nenhuma, mas é claro que senti um pouco a pressão. Mas é aquela pressão boa, que não me coloca para bai-xo, me estimula a fazer sem-pre o melhor.

Como é ser o único brasilei-ro em um ambiente domi-nado por americanos?Tenho uma excelente rela-ção com todos meus compa-nheiros de time, treinadores, todo mundo. Eu não sofri qualquer tipo de preconcei-to por ser brasileiro, em mo-mento algum.

O futebol americano está ganhando mais destaque no Brasil?Sim, acredito que vá crescer ainda mais. A cada tempora-da da NFL, mais se fala do es-porte aqui no Brasil. O po-tencial do futebol americano no Brasil é gigantesco.

“Não saio satisfeito. Lamento bastante, porque acabou não dando certo. Estamos aqui para vencer sempre” ALEXANDRE GALLO

Anderson e Datinha comemoram gol| DIVULGAÇÃO

Após a derrota por 3 a 0 pa-ra a Colômbia, que decre-tou o 4o lugar do Brasil no Sul-Americano Sub-20, dis-putado no Uruguai, o téc-nico Alexandre Gallo reco-nheceu que pode deixar o comando técnico da Sele-ção Brasileira. A posição, no entanto, garantiu lugar no Mundial. Na Olimpíada do ano que vem, no Rio, o Bra-sil está assegurado por ser o país-sede.

Gallo disse que já há con-versas com o presidente da CBF, José Maria Marim, e com o diretor geral da enti-dade, Gilmar Rinaldi, para definir sua saída do cargo.

“Já é um assunto que es-

tamos conversando desde outubro, está se desenrolan-do. É um assunto que não posso me aprofundar. Dei-xo para o presidente e para o Gilmar. Não estou autori-zado a falar sobre isso”, dis-se o treinador.

O resultado na compe-tição não deixou o coman-

dante contente. “Não saio satisfeito. Saio lamentan-do bastante, mas princi-palmente aquele jogo com a Argentina, que foi o mo-mento de correr risco. Aca-bou não dando certo. Es-tamos aqui para vencer sempre”, declarou, antes de lamentar a 4a colocação no torneio continental: “Ficar numa classificação dessas não é bom. Apren-demos muito com algumas lições importantes que a competição trouxe, mas não é o local que a gente esperava estar.”

O título ficou com a Ar-gentina, que bateu o Uru-guai por 2 a 1. METRO

Sub-20. Após colocação ruim no Sul-Americano na categoria, técnico da Seleção indica que deve deixar o cargo em breve

Colômbia venceu por 3 a 0 | ANDRES STAPFF/REUTERS

Quarto lugar deve definir saída de Gallo

Brasil é campeão na areiaA final da Copa Sul-Ame-ricana de futebol de areia, disputada ontem, em Re-cife, fez o brasileiro come-morar. Derrotada pelo Pa-raguai na primeira fase, a Seleção Brasileira deu o trocou e garantiu a con-quista na Praia do Pina com uma goleada por 12 a 2 no até então único invicto do torneio.

Superior desde o início do confronto, o Brasil fez 4 a 0 no primeiro tempo. Na

segunda etapa, a Seleção abriu 10 a 0 no marcador.

Em situação confortá-vel, o time brasileiro dimi-nuiu o ritmo e sofreu dois gols do Paraguai. Rapida-mente, o time da casa reto-mou o controle da partida e ampliou.

O torneio disputado na capital pernambucana ser-viu como preparação para a Copa do Mundo de Portu-gal, que será disputada de 9 a 19 de julho. METRO

ALEXANDREDE PAULA METRO BRASÍLIA

Vôlei

FofãoEm uma partida nervosa dentro e fora da quadra,

o Rio de Janeiro de Fofão (foto) derrotou o Osasco por 3 sets a

1(15/25, 25/20, 25/21 e 25/14) e garantiu, pela segunda vez, o título do Campeonato Sul-

Americano de clubes. O triunfo garantiu uma

vaga no Mundial de Clubes, que acontece

em maio, na Suíça

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br {ESPORTE} |15|◊◊

Paulistão3ª rodada

SÁBADO

1 1SÃO BERNARDO CAPIVARIANO

0 0PENAPOLENSE ITUANO

3 0SÃO BENTO MARÍLIA

2 0SÃO PAULO XV PIRACICABA

2 1MOGI MIRIM BRAGANTINO

3 0RIO CLARO LINENSE

GRUPO 1

P V GP SG

1º SÃO PAULO 9 3 9 62º MOGI MIRIM 7 2 3 23º RED BULL BRASIL 4 1 3 04º SÃO BERNARDO 4 1 3 05º ITUANO 4 1 1 -2

GRUPO 2

P V GP SG

1º CORINTHIANS 6 2 4 42º RIO CLARO 6 2 5 33º SÃO BENTO 5 1 5 34º PONTE PRETA 4 1 4 05º AUDAX 2 0 3 -2

GRUPO 4

P V GP SG

1º SANTOS 7 2 5 42º BRAGANTINO 3 1 2 -13º PENAPOLENSE 2 0 2 -24º CAPIVARIANO 1 0 3 -35º XV PIRACICABA 0 0 1 -4

GRUPO 3

P V GP SG

1º PORTUGUESA 5 1 6 12º BOTAFOGO 5 1 3 13º PALMEIRAS 3 1 3 04º LINENSE 1 0 0 -35º MARÍLIA 0 0 1 -7

Classificados para as quartas

ONTEM

0 1PALMEIRAS CORINTHIANS

2 1SANTOS RED BULL BR

1 1 BOTAFOGO PONTE PRETA

1 1AUDAX PORTUGUESA

Geuvânio fez a jogada do gol contra de Fabiano Eller | RICARDO SAIBUN/FOLHAPRESS

‘Spider’ tem prêmio confi scadoAlém de ter de lidar com sua imagem negati-va por conta do caso de doping, Anderson Silva também pode ter prejuí-zo. De acordo com a re-vista “Veja”, o chefão do UFC, Dana Whi-te, confiscou a premia-ção do brasileiro pela luta no UFC 183. A vi-tória sobre americano Nick Diaz rendeu ao lu-tador brasileiro cerca de R$16,6 milhões. METRO

Briga deixa ao menos 15 mortosO futebol do Egito viveu um drama ontem: ao menos 15 pessoas mor-reram durante confron-to entre a polícia e torce-dores do Zamalek antes de jogo contra o ENP-PI. De acordo com a im-prensa local, seguidores de uma torcida organi-zada do Zamalek não ti-nham ingressos para a partida e tentaram for-çar a entrada, gerando a confusão. METRO

Tragédia no Egito Após doping

O São Paulo teve mudança no elenco do ano passado pa-ra este: quatro jogadores saí-ram e nove chegaram. Para o goleiro Rogério Ceni, o grupo atual é mais forte do que o de 2014, que levou o time ao vi-ce-campeonato do Brasilei-ro e à semifinal da Copa Sul--Americana: “O elenco está mais forte. Perdemos o Kaká, mas o Michel Bastos está fa-zendo bem a função. Hoje te-mos mais opções, um conjun-to mais completo.” METRO

Ceni marcou um na vitória por 2 a 0sobre o XV | MAURÍCIO RUMMENS/FOTOARENA

São Paulo. Ceni vê equipe melhor que a de 2014

Apesar das dificuldades, o Santos conseguiu vencer o Red Bull Brasil por 2 a 1, no estádio Benedito Teixeira, em São José do Rio Preto. O jogo foi válido pela 3a roda-da do Campeonato Paulista.

Sem Robinho, poupado, o Santos apostou em velhos conhecidos. Os volantes Re-nato e Elano começaram en-tre os titulares, assim como o atacante Ricardo Oliveira. Mas nem bem a bola come-çou a rolar e uma das pro-messas da base santista deu o ar da graça.

Logo aos 3 minutos, o jo-vem Geuvânio recebeu pas-se dentro da área, driblou e chutou. A bola desviou no veterano zagueiro Fabiano Eller e entrou no gol defen-dido por Juninho.

Santos. Com um gol contra e outro de Ricardo Oliveira, Peixe vence seu segundo jogo no Paulistão: 2 a 1 sobre o Red Bull Brasil

Peixe engata a segunda

Vanderlei; Victor Ferraz (Cicinho ), David Braz,

Werley e Chiquinho; Alison , Renato, Lucas Lima e Geuvânio; Thiago Ribeiro (Elano) e Ricardo Oliveira (Lucas Crispim). Técnico: Enderson Moreira

Juninho; Jonas (Everton Silva ), A. Marques,

Fabiano Eller e Romário; Andrade (Gustavo Scarpa), Jocinei, Lulinha; Wilson Júnior (Richelly), Raul e Edmilson. Técnico: Maurício Barbieri

21

• Gols. Fabiano Eller (contra) aos 3, Edmílson, aos 44, e Ricardo Oliveira, aos 46 minutos do 1o tempo

• Arbitragem. Rodrigo Guarizo do Amaral

SANTOS

RED BULL BRASIL

O Peixe tomava conta do duelo. Criava oportunida-des, mas não ampliou e aca-bou castigado. Aos 44, após cruzamento de Jonas, Ed-mílson cabeceou, sem chan-ces para o goleiro Vanderlei.

Nem deu tempo do Red Bull comemorar. No minu-to seguinte, Thiago Ribeiro sofreu pênalti de Juninho,

convertido com precisão por Ricardo Oliveira: 2 a 1.

No 2o tempo, o Santos di-minuiu o ritmo, valorizou mais a posse de bola e con-seguiu garantir sua segunda vitória no torneio. Nos mi-nutos finais, o Peixe ainda perdeu o lateral Cicinho e o técnico Enderson Moreira, expulsos. METRO

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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.metrojornal.com.br |16| {ESPORTE}

1O vilãodo dia.

O zagueiro Vitor Hugo fez um bom jogo, mas recuou fraco a bola que Petros roubou e entre-gou de bandeja para Da-nilo marcar o gol.

2Visitante saiu feliz.

Depois de todo o im-bróglio que quase tirou a torcida corintiano do clássico, os alvinegros empurraram o time du-rante todo o jogo. Ao to-do, 29 mil torcedores fo-ram ao estádio.

3Cadê o fair play?

Advertido com cartão amarelo por ‘fazer ce-ra’ na reposição, o golei-ro Cássio ignorou a bola que estava ao seu lado pa-ra buscar outra. O árbitro não perdoou e mandou o goleiro para o chuveiro mais cedo. Cássio, no en-tanto, disse que não havia visto a bola. METRO

1

2

3

1 . CESAR GRECO/FOTOARENA 2 . RICARDO NOGUEIRA/

FOLHAPRESS 3 . LEVI BIANCO/FOLHAPRESS

Cenas

Por muito pouco, a torci-da do Corinthians não pôde comparecer à Arena Palmei-ras para assistir o clássico contra o maior rival. Mas fo-ram. E os que foram, estão na história. Afinal, foi o pri-meiro duelo entre as duas equipes no estádio alviver-de. Em jogo válido pela 3a ro-dada do Campeonato Pau-lista, o Timão saiu vencedor por 1 a 0 com gol de Dani-lo – e a incrível colaboração do zagueiro palmeirense Vi-tor Hugo.

A principal surpresa na escalação palmeirense foi a ausência de Dudu. Ainda fo-ra das suas melhores con-dições físicas, ele ficou no banco de reservas. Do lado corintiano, o colombiano Mendoza e o meia Danilo fi-guraram entre os titulares.

Oswaldo de Oliveira que-ria pressão na saída de bola do Corinthians. E foi o que o Palmeiras conseguiu fazer nos primeiros dez minutos. Mas o alvinegro equilibrou as ações. E foi às redes, com Guerrero aproveitando o re-bote de Fernando Prass. Mas o gol foi anulado porque ele estava impedido.

As chances de gol eram escassas, apesar de uma bola na trave de cada time

Indigesto. No primeiro clássico entre Palmeiras e Corinthians na arena alviverde, Timão vence por 1 a 0, com gol de Danilo. Goleiro Cássio foi expulso por retardar reinício do jogo

Danilo (20) entrou para história: foi o autor do gol que deu a vitória ao Corinthians no primeiro clássico da Arena Palmeiras |RICARDO NOGUEIRA/FOLHAPRESS

“É importante ajudar, e nesses jogos grandes sempre tive essa condição de decidir. Quero que continue sempre assim” DANILO, MEIA DO CORINTHIANS

“Faltou só a gente finalizar melhor. Não deixamos o time deles jogar, fomos bem melhores, mas são coisas do futebol” ROBINHO, MEIA DO PALMEIRAS

WILSONDELL’ISOLA METRO SÃO PAULO

Fernando Prass ; Lucas, Tobio, Vítor Hugo e Zé

Roberto; Amaral (Alan Patrick ), Gabriel, Allione (Rafael Marques), Robinho e Maikon Leite (Dudu); Leandro Pereira. Técnico: Oswaldo de Oliveira

Cássio ; Edílson, Edu Dracena, Gil e Fábio Santos;

Bruno Henrique, Ralf, Petros (Cristian), Danilo e Mendoza; Guerrero (Walter). Técnico: Tite

01

• Gol. Danilo, aos 32 minutos do primeiro tempo • Arbitragem. Raphael Claus, auxiliado por Marcelo Carvalho Van

Gasse e Anderson José de Moraes Coelho

PALMEIRAS

CORINTHIANS

Confusão marca o 1o clássico O entorno do estádio vi-rou uma praça de guerra uma hora antes do início do clássico entre Palmei-ras e Corinthians. A Po-lícia Militar lançou bom-bas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha contra torcedo-res organizados do Pal-meiras na rua Turiassú – por onde a torcida da casa entrava –, que ati-ravam de volta pedras, garrafas e até cadeiras. Bares da região foram destruídos.

No auge da confusão, a tropa de choque foi chamada e entrou em confronto com os pal-meirenses. Crianças e fa-mílias se abrigaram nos bares durante o conflito.

Dentro do estádio também houve confu-são entre torcedores al-viverdes e policiais no momento em que a po-lícia tentou isolar os co-rintianos do restante. Imagens também mos-traram corintianos bri-gando entre si. METRO

Clima de guerra

O jogo ficou truncado e o técnico Tite mandou seus co-mandados abafarem a saída de bola.

A estratégia deu resulta-do aos 32 minutos. Com a ajuda de uma bobeira incrí-vel do palmeirense Vitor Hu-go. Pressionado por Petros, o zagueiro tentou recuar pa-ra Prass, mas bola foi fraca. O volante corintiano chegou antes do goleiro e mandou para o meio. Danilo, com o gol aberto, só empurrou.

Na volta do intervalo, com Dudu no lugar do im-produtivo Maikon Leite, o Palmeiras cresceu. E a pres-são aumentou após os 11 mi-nutos, quando Cássio foi ex-pulso por retardar o jogo.

O Palmeiras subiu de pro-dução e passou a controlar a bola no campo rival. Mas quem deu o maior susto foi

o Corinthians, com Mendo-za. O colombiano arrancou em contra-ataque do cam-po de defesa, passou por Gabriel e parou apenas nas mãos de Fernando Prass.

O Palmeiras respondeu com Lucas, que saiu na cara de Walter, mas chutou em cima do goleiro alvinegro.

O tempo passava e a pres-sa palmeirense aumentava. Junto com a pressão. Mas a posse de bola na intermediá-ria rival não se transformava em chances claras de gol. Jo-gando com inteligência, o Ti-mão enroscou o jogo e levou para casa a vitória.

Na arena palmeirense, fo-ram os corintianos que can-taram mais alto.

‘Au,au,au,Danilo é

animal!’