20150209_br_metro campinas

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MÍN: 20°C MÁX: 31°C CAMPINAS Segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015 Edição nº 1.180, ano 5 Novatos da Câmara têm salários 86% menores Caindo na real. Enquanto que 53 servidores contratados há mais de 20 anos têm média de vencimentos de R$ 23,7 mil mensais, os 76 que chegaram agora ganham em média R$ 3,3 mil. Os primeiros consomem R$ 1,2 milhão ao mês e, os segundos, R$ 257,6 mil PÁG. 02 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR Campinas se destaca em roubos e furtos de bikes Em um ranking feito pelo site Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas, cidade ocupa o 6º lugar PÁG. 03 Pizzolato tem novo julgamento na Itália Corte de Roma decide na quarta- feira sobre pedido de extradição do mensaleiro feito pelo Brasil PÁG. 06 Oito dicas para você economizar água Em tempo de crise hídrica na região Sudeste, o Metro Jornal ensina como gastar menos sem desperdício PÁG. 04 Velhos hábitos têm de ser mudados | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS POR TRÁS DAS CANÇÕES DE BOWIE LIVRO ANALISA PRODUÇÃO DO ‘CAMALEÃO’ NOS ANOS 1970 PÁG. 10 ESTÁDIO CARIMBADO Com falha incrível da zaga, Palmeiras perde primeiro clássico para o Corinthians em sua nova arena PÁG. 16 Ponte empata em Ribeirão e perde a oportunidade de encostar na ponta do grupo PÁG. 13 Paulistão 2015 Timão X Verdão PERDEU A CHANCE Partida terminou em 1 a 1 Danilo comemora gol da vitória RICARDO NOGUEIRA/FOLHAPRESS PHOTO PRESS/FOLHAPRESS www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CPS

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MÍN: 20°CMÁX: 31°C

CAMPINAS Segunda-feira,9 de fevereiro de 2015Edição nº 1.180, ano 5

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Novatos da Câmara têm salários 86% menoresCaindo na real. Enquanto que 53 servidores contratados há mais de 20 anos têm média de vencimentos de R$ 23,7 mil mensais, os 76 que chegaram agora ganham em média R$ 3,3 mil. Os primeiros consomem R$ 1,2 milhão ao mês e, os segundos, R$ 257,6 mil PÁG. 02

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R Campinas se destaca em roubos e furtos de bikesEm um ranking feito pelo site Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas, cidade ocupa o 6º lugar PÁG. 03

Pizzolato tem novo julgamento na ItáliaCorte de Roma decide na quarta-feira sobre pedido de extradição do mensaleiro feito pelo Brasil PÁG. 06

Oito dicas para você economizar águaEm tempo de crise hídrica na região Sudeste, o Metro Jornal ensina como gastar menos sem desperdício PÁG. 04

Velhos hábitos têm de ser mudados| THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

CAMPINAS Segunda-feira,9 de fevereiro de 2015Edição nº 1.180, ano 5

POR TRÁS DAS CANÇÕES DE BOWIE

LIVRO ANALISA PRODUÇÃO DO ‘CAMALEÃO’ NOS ANOS 1970 PÁG. 10

ESTÁDIO CARIMBADOCom falha incrível da zaga, Palmeiras perde primeiro clássico para o Corinthians em sua nova arena PÁG. 16

Ponte empata em Ribeirão e perde a oportunidade

de encostar na ponta do grupo PÁG. 13

Paulistão 2015Timão X Verdão

PERDEU ACHANCE

Partida terminou em 1 a 1

Danilocomemora gol da vitória

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |02| {FOCO}

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: avenida Engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, 2799, Jardim São Gabriel, CEP 13045-541, Campinas, SP.Tel.: 019/3779-7421. O jornal Metro é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Campinas. Editora-Executiva: Zezé de Lima (MTB: 16.231) Editor de Arte: Cláudio Machado. Gerente Comercial: Simone MonfardiniGrupo Bandeirantes de Comunicação Campinas - Diretor Geral: Rodrigo V. P. O. Neves

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3779-7518

COMERCIAL: 019/3779-7421

Os servidores contratados há mais de 20 anos pela Câma-ra de Vereadores de Campi-nas recebem, em média, sete vezes mais do que os que fo-ram convocados por meio de concurso público no fim do ano passado. Enquanto que os primeiros têm uma mé-dia salarial de R$ 23,7 mil, os novos embolsam mensal-mente cerca de R$ 3,3 mil.

A redução da média sala-rial, de acordo com a asses-soria de imprensa do Legis-lativo campineiro, ocorreu porque os contratados an-tigos têm incorporações de benefícios, como valores por acúmulo de função, diferen-temente dos recém-contrata-dos que não têm e nem terão mais incorporações. Além disso, as faixas salariais para o novo processo seletivo co-locadas em edital foram de-finidas de acordo com os va-lores de mercado – que são mais baixas do que as pagas aos servidores antigos.

Os dados restritos aos ser-vidores novos concursados mostram que, apesar de o

Legislativo campineiro ter contratado 76 novos servido-res, o custo da folha de pa-gamento para custeá-los au-mentou pouco. Em fevereiro do ano passado, a Câmara ti-nha custo de R$ 1,2 milhão ao mês para pagar os salá-rios de apenas 53 funcioná-rios. Quando houve a expan-são do quadro, que elevou o número de servidores efe-tivos para 129, o gasto pas-

sou a ser de R$ 1,5 milhão. Ou seja, os 76 novos servido-res consomem R$ 257,6 mil ao mês. Os servidores efeti-vos ainda têm um vale-refei-ção mensal no valor de R$ 1.050,00 – benefício que não é estendido aos assessores.

No total, o Legislativo

campineiro tem um cus-to mensal de cerca de R$ 3 milhões ao mês quando so-mados os salários dos 377 funcionários comissiona-dos, com salários que vão de R$ 1,4 mil a R$ 15,8 mil mensais. A maioria desses assessores, com exceção

dos 14 cargos da Mesa Di-retora, é paga com a verba de gabinete destinada para cada vereador, que é de R$ 48,4 mil por mês.

Média. Legislativo campineiro promoveu uma reforma administrativa e média salarial de novos servidores caiu. Hoje é de R$ 3,3 mil, ante R$ 23,7 mil em relação à dos antigos. Parlamento tem 76 novos funcionários

Realização do concurso público pela Câmara foi uma exigência do Ministério Público |THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

Câmara: servidor antigo ganha sete vezes mais

ROSE GUGLIELMINETTI METRO CAMPINAS

Números

506É o número de funcionários – entre comissionados e efetivos – da Câmara de Vereadores de Campinas

R$ 3 miÉ o valor mensal da folha de pagamento para custear os funcionários concursados e os comissionados

CARNAVAL DA CORRUPÇÃOAs denúncias de corrupção de milhões e milhões de dóla-res indo literalmente pelo ralo nas mãos de ladrões, que usavam a principal estatal brasileira como balcão de ne-gócios, ao que tudo indica, para o próprio bolso e inter-mediando campanhas políticas, principalmente as do PT, além de corroer as já dinamitadas contas públicas com prejuízos sociais imensos e economicamente, arranham, em um momento absolutamente impróprio, a imagem da Petrobras que é a base do nosso projeto petrolífero, enter-rado nas camadas do pré-sal, no fundo do Atlântico.

Esses canalhas não mereciam ter benefício nenhum pe-rante a lei. Ratos piores que os bandidos comuns do dia a dia que, metendo a mão nessas cifras absurdas, fazem o dinhei-ro arrecadado pelo crime organizado parecer café pequeno.

Na China o crime de corrupção tem pena de bala na nu-ca paga pela família do marginal. Não vou tão longe! Com-

provado o caso de roubo do dinheiro público, esses crápu-las deveriam ser jogados no fundo da cadeia pelo resto da vida, trabalhando para pagar seu próprio sustento e, princi-palmente, recebendo a pena pecuniária.

Sim, pena pecuniária, que mexe no bolso dessa corja. Teria que tomar tudo que o sujeito roubou e devolver ao Estado. Fora isso, esperemos que as instituições nessa fase turbulenta estejam fortes o suficiente para manter nossos princípios democráticos.

A classe política, também mergulhada em denúncias in-contáveis de corrupção começa a se perder em brigas de rua dentro do Congresso, sem cumprir promessa de campanha, pelo contrário, distribuindo até do governo central pacotes de maldades, como aumentos de impostos sobre combustí-veis, energia elétrica e praticamente para salvar prefeituras que quebraram cidades pelos mesmos motivos corruptos que arrombam a economia do Brasil, com verbas que só aumen-tam ainda mais o fantasma dessa dívida interna brasileira.

Aliás, o que se vê por aí, ao invés de PIB (Produto Interno Bruto) é RIB (Roubo Interno Bruto).

Não há mais o que falar, agora é esperar que Deus seja realmente brasileiro, porque se não for, já descobrimos on-de é o inferno.

Olhar cidadão

JOSÉ [email protected]

1FOCO

Dólar + 1,2% (R$ 2,778)

Bovespa -0,90% (48.792 pts)

Euro + 0,24% (R$ 3,135)

Selic (12,25%)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

Banco do Brasil

Empréstimo camarada

O TCU (Tribunal de Contas da União) está

investigando empréstimos de bancos públicos para a

socialite Val Marchiori, amiga de Aldemir Bendini, ex-presidente do Banco do

Brasil recém-nomeado para a presidência da Petrobras. O Banco do Brasil teria contrariado normas internas para

conceder um empréstimo subsidiado no final

de 2013 para a empresa da socialite.

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Campinas ocupa a 6ª posi-ção no ranking das 30 cida-des do Brasil com mais ca-sos de furtos e roubos de bicicletas. A informação faz parte do Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas, que desde 2000 permite que as vítimas registrem as ocor-rências pela internet. No le-vantamento, o município de Campinas aparece com 60 casos – 23 furtos e 37 roubos –, perdendo apenas para capitais como São Pau-lo (461 casos), Rio de Janei-ro (264 casos), Curitiba (173 casos), Brasília (108 casos) e Belo Horizonte (83 casos).

De acordo com Pedro Cury, idealizador do site Bi-cicletas Roubadas, o objeti-vo da página é orientar as pessoas sobre a forma como os ladrões agem. “Na maio-ria dos casos, eles ficam es-condidos atrás de árvores e levam as bicicletas. Tam-bém existem situações em que os ciclistas são aborda-dos em passarelas”, expli-ca Cury, que tem notado a evolução do site. “Criei a pá-gina em 2000, quando a in-ternet ainda não era tão po-pular. Hoje as pessoas têm acesso, estão tomando co-nhecimento da página e re-gistrando mais as ocorrên-cias”, explica.

Ainda segundo ele, a pá-gina é importante porque

oficializa os registros de furtos e roubos de “bikes”. “Atualmente não há um le-vantamento desses dados. Existem dados de roubos e furtos de carros e outros veículos, mas nada de bici-cletas”, relata o idealizador, que também é ciclista.

O estudante Adriano Boer, 21 anos, foi vítima de roubo duas vezes em 2014. “No começo do ano levaram a minha bicicleta quando eu parei para comprar água depois de um passeio na La-goa do Taquaral. Foi tudo muito rápido e ninguém ao redor conseguiu ver quem levou a bicicleta. O segun-do caso ocorreu na minha casa. Entraram e levaram tudo. Para quem usa a bi-cicleta todos os dias, é um grande prejuízo”, lamenta o jovem.

Segundo o especistalis-ta em segurança Alexandre Cardoso, os furtos e rou-bos de bicicletas geralmen-te são cometidos por usuá-rios de entorpecentes. “Eles querem algo fácil e de alto valor agregado. Infelizmen-te, existem pessoas que fi-nanciam esse tipo de crime comprando produtos rouba-dos”, lamenta o especialista.

BICICLETAS ROUBADASConfira as ocorrências registradas em 30 cidades do Brasil

FONTE: CADASTRO NACIONAL DE BICICLETAS ROUBADAS

Cidade - Estado Furtos Roubos Total %

1. São Paulo/SP 348 113 461 20,92

2. Rio de Janeiro/RJ 164 100 264 11,98

3. Curitiba/PR 139 34 173 7,85

4. Brasília/DF 78 30 108 4,9

5. Belo Horizonte/MG 57 26 83 3,77

6. Campinas/SP 23 37 60 2,72

7. Porto Alegre/RS 41 10 51 2,31

8. Goiânia/GO 27 9 36 1,63

9. Florianópolis/SC 29 4 33 1,5

10. Taguatinga/DF 5 26 31 1,41

11. Ribeirão Preto/SP 13 15 28 1,27

12. Niterói - RJ 24 3 27 1,23

13. São José dos Campos/SP 11 13 24 1,09

14. Guará/DF 14 8 22 1

15. Praia Grande/SP 3 17 20 0,91

16. Santos/SP 12 8 20 0,91

17. Ceilândia/DF 9 10 19 0,86

18. Santo André/SP 16 3 19 0,86

19. Fortaleza/CE 14 2 16 0,73

20. Recife/PE 11 5 16 0,73

21. Londrina/PR 11 5 16 0,73

22. Guarujá/SP 6 10 16 0,73

23. Salvador/BA 11 4 15 0,68

24. São Bernardo do Campo/SP 12 3 15 0,68

25. São Carlos/SP 12 3 15 0,68

26. Maringá/PR 11 3 14 0,64

27. São Vicente/SP 5 9 14 0,64

28. Cubatão/SP 1 12 13 0,59

29. Jundiaí/SP 11 2 13 0,59

30. Campo Grande/MS 9 3 12 0,54

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Ranking. Realizado pelo Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas, levantamento mostra que município só perde para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte

Campinas é a sexta cidade do Brasil com mais roubo de ‘bike’

Homem quebra portão do Caps do Taquaral

Um homem de 49 anos quebrou ontem o portão do Caps (Centro de Aten-ção Psicossocial) do Ta-quaral, em Campinas. De acordo com a Guarda Municipal, ele é conhe-cido por ter problemas psiquiátricos e essa já é a quarta vez que quebra algo do local. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial. METRO CAMPINAS

Polícia detém três pessoas por rinha de galos

A Polícia Militar deteve três homens na noite de sábado em Campinas. O caso ocorreu em uma ca-sa no bairro São Fernan-do depois que a PM en-controu um esquema de rinha (briga) de galos. O local foi encontrado após denúncias anôni-mas. O caso foi registra-do no 1º Distrito Policial.

METRO CAMPINAS

Crime Surto

HIDAIANAROSAMETRO CAMPINAS

Morte de gatos gera mais um protesto na LagoaUm grupo com aproximada-mente 100 ativistas realizou protesto na manhã de on-tem na Lagoa do Taquaral, em Campinas. Com faixas e cartazes, os manifestan-tes pediram mais seguran-ça por causa das mortes de 35 gatos. O protesto ocorreu durante evento de entre-ga de academia para pessoa com deficiência, que contou com a presença do prefeito Jonas Donizette (PSB).

De acordo com Leandro Delamare, presidente da as-sociação dos gatos da Lagoa do Taquaral, os gatos come-

çaram a morrer em novem-bro do ano passado por cau-sa de ataques de cães. O grupo pede que a prefeitura tenha melhor controle dos portões da Lagoa e instale câmeras de segurança.

“O prefeito ouviu os nos-so pedidos e marcamos uma reunião com ele para quin-ta-feira. Faremos uma pau-ta com todos os nossos pedi-dos”, disse Delamare.

METRO CAMPINAS Morte de gatos preocupa ativistas | DIVULGAÇÃO

115Gatos existem na Lagoa do Taquaral, de acordo com associação responsável pelos animais. 35 gatos morreram

Carga roubada que foi recuperada pela polícia | DIVULGAÇÃO

Em parceria com a PM (Po-lícia Militar) e o 1º Baep (Ba-talhão de Ações Especiais de Polícia), a PF (Polícia Fede-ral) prendeu quatro homens na tarde de sábado em Cam-pinas. De acordo com a po-lícia, os homens participa-ram de um roubo ao centro de distribuição dos Correios em Indaiatuba no dia 1º de fevereiro.

Parte do material que foi roubado pelos bandidos

foi encontrada pela polícia. Junto com a carga, a polí-cia também achou um ca-minhão usado para fazer o transporte dos materiais.

A prisão dos ladrões ocor-reu durante abordagem rea-lizada em uma borracharia que fica na avenida Baden Powell. No momento que a polícia chegou, os homens tentaram fugir, mas foram detidos logo em seguida.

METRO CAMPINAS

Segurança. PF prende grupo que roubou Correios

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |04| {FOCO}

8maneiras de

economizar água

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A crise hídrica que atinge a Região Sudeste e o consequente perigo de falta de abastecimento da população tornam urgentes todas as medidas capazes de contribuir para o uso racional da água. Em casa, ações simples também podem ser adotadas a fi m de contribuir para o fi m do desperdício. Usar menos e reutilizar

mais é fundamental para que a água não falte. Veja como isso é possível no dia a dia.

PRISCILLA THOMPSON/ METRO

Máquina de lavar

Com pouca sujeira e já sem sabão, a água do último ci-clo da máquina de lavar pode ser reutilizada para deixar outras peças de molho ou também para molhar as plan-tas, lavar o carro e até dar descarga no vaso sanitário. Basta retirar o cano sanfonado que fica acoplado à pare-de e deixar que a água caia em um balde. A máquina de lavar é um dos equipamentos que mais consomem água em casa. Por isso, outra dica importante é deixar acu-mular roupa para evitar a utilização frequente dela.

Mangueira x Vassoura

Use mais vassoura e menos mangueira e jatos d’água para limpar calçadas, garagens e quintais. A chamada “vassourinha hidráulica” (que retira a poeira com a for-ça da água) desperdiça 280 litros em apenas 15 minutos. A mangueira gasta menos, mas pode (e deve!) ser substi-tuída por um balde (de preferência de água reaproveita-da da máquina de lavar, por exemplo) ou, simplesmen-te, pela vassoura comum.

Chuvas

Não é preciso grandes investimentos para coletar e reaproveitar a água das chuvas. Muitos condomínios já contam com modernos sistemas que, inclusive, tratam a água para reutiliza-la na lavagem de áreas comuns dos edifícios. Em casa, também é possível captar até a água que cai das calhas do telhado com baldes para molhar as plantas. Também há sistemas que podem ser implantados para recolher adequada-mente essa água e armazená-la em cisternas.

ChuveiroFechar o chuveiro duran-te o banho pode fazer o consumo cair de 180 li-tros para cerca de 50 li-tros. O mesmo acontece ao escovar os dentes ou fazer a barba. Essa água, além de tudo, pode ser reaproveitada. A água da lavagem do cabelo, por exemplo, pode ser usada para passar pano na casa. Rende até um brilho extra ao chão. Se cada brasileiro dimi-nuísse em um minuto seu tempo de banho, a economia de energia em um ano seria equivalente a 15 dias de operação da usina Itaipu em sua geração máxima.

Cozimento

Também é possível reaproveitar a água do cozimen-to de legumes e outros alimentos. Com ela, pode--se fazer uma sopa ou mesmo aproveitá-la para co-zinhar o arroz. Essa água, depois de fria, pode ainda ser utilizada para regar plantas, principalmente por-que estará enriquecida de nutrientes. A quantida-de de água usada no cozimento também pode di-minuir: quanto menos água, menor a perda dos nutrientes do alimento que será consumido.

6PiscinaNada de trocar a água da piscina com frequência. O importante é mantê-la tratada. Também é fundamen-tal cobri-la com capa plástica ou de lona, o que reduz em 90% a perda de água por evaporação. Uma piscina de tamanho médio, exposta ao vento e ao sol, perde cerca de 3,8 mil litros de água por mês com evapora-ção, o suficiente para o consumo de água potável de uma família por cerca de um ano e meio.

3TorneirasPara evitar o desperdício nas torneiras, uma dica é colocar uma peneirinha no local onde sai a água. O chamado aerador dá sensação de que o fluxo está mais intenso e gera economia. Vazamentos devem ser eliminados: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros por minuto. Se estiver pingando, são 46 litros por dia. E, na hora de lavar a louça, não esqueça: reti-re antes os restos de comida dos utensílios, ensaboe tudo com a torneira fechada e enxágue de uma vez.

5Descarga

A descarga chega a ser responsável por 33% do consumo de água em uma casa. Por isso, é im-portante verificar possíveis vazamentos e evi-tar o uso sem necessidade. Quando possível, use a água reaproveitada de outras atividades da ca-sa (como a da máquina de lavar) para dar des-carga. Se toda a água que utilizássemos na des-carga fosse proveniente do reúso, seria possível

Ensaboe as louças e só depois enxague

Água da máquina deve ser usada para molhar as plantas

Fechar o chuveiro durante o banho gera economia

de 130 litros de água

A água usada para cozinhar verduras também

pode ser reutilizada

Mantenha a piscina coberta para evitar

a evaporação da água

Evite limpar calçadas ou quintais com a mangueira

Utilize a descarga de baixo volume

Aproveite para armazenar a água da chuva

DIVULGAÇÃO

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DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO

economizar 1/3 de toda a água consu-mida no Brasil. Ou-tra dica é utilizar descargas de baixo volume ou de dois fluxos. E não jogar objetos dentro do vaso, porque eles podem comprome-ter a rede de esgo-to e demandar mais consumo de água.

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {BRASIL |05|◊◊

Três dias após ter a prisão decretada na 9ª fase da Ope-ração Lava Jato, o empresá-rio Mario Góes se entregou ontem à PF (Polícia Federal) em Curitiba. Ele se apresen-tou com um advogado pou-co antes do meio-dia. Góes é apontado pelo MPF (Mi-nistério Público Federal) como um operador que “atuava em duas frentes” nas investigações: geren-ciou propinas em contra-tos da Petrobras e também atuou na relação entre a fabricante de tanques de combustível Arxo e a BR Distribuidora, alvo de in-vestigação da operação. “Ele era uma ‘ponte’ entre os dois esquemas”, disse o procurador Carlos Fernan-do dos Santos Lima.

Proprietário da empre-sa Riomarine Oil & Gas, do ramo de equipamentos de construção naval, Góes foi identificado pela Lava Jato graças ao depoimento de Pe-dro Barusco. Barusco, rece-bia Góes regularmente em sua casa, no Rio de Janeiro.

Nessas ocasiões, Góes entre-gava “umas mochilas com alguns valores” que oscila-vam entre R$ 300 a R$ 400 mil. A prisão de Góes é pre-ventiva e tem prazo indeter-minado. A defesa do empre-sário não foi localizada para falar do assunto.

9ª faseDepois de dois dias, a PF ter-minou de contar no sábado o dinheiro apreendido na sede da empresa catarinen-se Arxo: R$ 3,18 milhões, divididos em notas de Real, Dólar e Euro. A companhia fornecia equipamentos para a BR Distribuidora e chegou a assinar um contrato de R$ 85 milhões em outubro. Na quinta-feira, um sócio e um diretor foram presos. No dia seguinte, outro proprietário chegou dos EUA e foi detido. A Arxo diz desconhecer pro-pinas e não ter ligações com Mário Góes.

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

Góes chegou ontem à sede da Polícia Federal em Curitiba | RODRIGO LEAL / METRO

Petrobras. Único investigado ainda desaparecido, empresário Mario Góes se entregou à Polícia Federal em Curitiba ontem à tarde. Ele foi apontado como operador de propinas

Empresário foragido da Lava Jato se apresenta

A PF informou ter identifi-cado onze novos operado-res que gerenciavam o paga-mento de propinas entre as empreiteiras e a Petrobras. Um deles seria o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que depôs na última semana.

Dos outros dez, três fo-ram citados na delação pre-miada de Barusco: o execu-tivo Júlio Camargo, da Toyso Setal, que também já assi-nou acordo de delação, e o empresário Shinko Nakan-dakari, também investigado pela PF, além de Mario Góes.

Na delação, Barusco apresentou documentos e detalhou a participação de todos. Segundo o ex-gerente de Serviços da Petrobras, os operadores atuaram em 87

obras da estatal, em contra-tos que somaram R$ 47 bi-lhões e mais R$ 11 bilhões no exterior. Deste montan-te, R$ 1,2 bilhão se torna-ram propinas, de acordo com os cálculos de Barusco.

Góes, especificamente, te-ria mediado 34 contratos da Petrobras entre 2004 e 2013. Conforme as planilhas, fo-ram contratos entre quatro diretorias da companhia (Gás e Energia, Produção e Explo-ração, Abastecimento e Servi-ços) e nove construtoras.

Em todas elas, segundo o depoimento, as propinas se dividiam de forma se-melhante: parte ia aos dire-tores da estatal e outra pa-ra os operadores e partidos.

METRO CURITIBA

Mediação de 34 contratos para nove construtoras

Page 6: 20150209_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |06| BRASIL

OAS PAGAVA R$ 600 MIL POR MÊS AO SEU PRESIDEN-TE. A empreiteira OAS fa-turou tanto no esquema do Petrolão – iniciado em 2004, no governo Lula, e desmantelado pela po-lícia em 2012 – que não se importava de pagar R$ 600 mil por mês ao principal executivo, José Aldemário Pinheiro Fi-lho, vulgo “Leo Pinhei-ro”, que tem 10% da OAS. Agora sob recuperação judicial, e com Leo preso, a empresa negociou acor-do antecipando um ano de “salários”, cerca de R$ 7,2 milhões.

TRÊS CAPITÃES. Na carce-ragem da PF em Curitiba, o principal executivo da OAS divide uma pequena cela com três outros capi-tães da construção civil.

ELES JÁ TIVERAM O PODER. Estão na mesma cela na PF, além de Pinheiro, o presidente da UTC, Ricar-do Pessoa, e o vice-presi-dente da Engevix, Gerson Almada.

CONVIVÊNCIA. Habituado à vida confortável e aos ho-téis de alto luxo, Pinhei-ro, Pessoa e Almada usam o banheiro da cela. E com plateia, sem privacidade.

LÍNGUA NOS DENTES. A for-ça tarefa da Lava Jato ava-lia que os três empreitei-ros têm muito a revelar, nos depoimentos. E que estão quase maduros para fazê-lo.

GOVERNO IGNORA LEI AN-TITERROR: AUTOR É DE OPOSIÇÃO. A 18 meses das Olimpíadas do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifica o crime de terrorismo. Vários go-vernos já manifestaram preocupação ao Brasil ofi-cialmente, mas o projeto que define juridicamente o ato de terror, do plane-jamento à execução, dor-mita há dois anos. O go-verno ignora o projeto pelo seu conteúdo e por-que o autor é um deputa-do de oposição: Onyx Lo-renzoni (DEM-RS).

TRINTA ANOS. O projeto de combate ao terroris-mo define penas que po-dem chegar a 30 anos de prisão, em caso de ato terrorista que resulte em morte.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORMato sem cachorro

Getúlio Vargas depôs Wa-shington Luís, no come-ço dos anos 30, e iniciou um processo de mudan-ças. O ex-presidente se exilou nos Estados Unidos e acompanhava à distân-cia os movimentos do di-tador. Certo dia, ele soube que, apesar das promes-sas de mudança, Getú-

lio reconduzira Coriolano de Góes ao cargo de Che-fe de Polícia, que exercera no governo deposto.Informado, Washington Luís sorriu, afagou seus bigodes e observou:– Este Getúlio está perdi-do. Caçando com meus cães, vai acabar como eu: num mato sem cachorro.

“DECEPCIONANTE”

RUBENS BUENO (PPS-PR) SOBRE O NOVO PRESIDENTE DA PETROBRAS,

ALDEMIR BENDINE

Política

Léo Pinheiro, executivo da OAS| DIVULGAÇÃO

CLÁUDIO [email protected]

A Corte de Roma marcou pa-ra quarta-feira o julgamento do pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Piz-zolato -- condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por cor-rupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Para o Brasil, uma sentença favorá-vel tem duplo significado: co-locar na prisão o 25º condena-do no escândalo do mensalão e provar à comunidade inter-nacional que o sistema peni-tenciário do país não é falido.

Pizzolato conseguiu a pri-meira vitória nos tribunais em outubro, quando ganhou liberdade após alegar na defe-sa que as condições dos presí-dios brasileiros desrespeitam os direitos humanos.

O governo brasileiro re-correu duas vezes. Na tentati-va de trazer Pizzolato de volta ao Brasil, o Ministério Públi-co Federal e a AGU (Advocacia Geral da União) prepararam um memorial com imagens do presídio da Papuda, onde o ex-diretor cumprirá pena, caso seja extraditado. O ob-jetivo é provar que as condi-ções não são subumanas.

No documento, foram in-cluídas imagens das instala-ções e relatada a situação de dois condenados no mensa-lão que ainda cumprem pena

na Papuda: Cristiano Paz e Ra-mon Hollerbach.

A sessão tende a ser secre-ta, atendendo pedido da de-fesa de Pizzolato, que tem dupla nacionalidade. A Cons-tituição da Itália impede a ex-tradição de nacionais que co-metem crimes no exterior. Há, no entanto, brechas na le-gislação. O governo brasilei-ro conta a seu favor com um parecer do Ministério Públi-co italiano que aponta que o réu não é nem preso político, como alega na sentença, nem

teve o direito à defesa cercea-do, por ter sido julgado ape-nas pelo STF (Supremo Tri-bunal Federal), uma vez que havia políticos com foro privi-legiado no processo.

Extraditado ou não, o ex--diretor ainda responderá pe-lo crime de falsificação de do-cumentos, com pena de até três anos de prisão.

Relembre o casoNa iminência de ser preso, Henrique Pizzolato deixou o Rio de Janeiro, onde morava,

e fez uma viagem de 20 horas em dois carros, percorrendo 1,3 mil quilômetros, primei-ro até a fronteira com o Para-guai e depois para Buenos Ai-res. Era 7 de setembro de 2013 e o STF julgava os últimos re-cursos dos réus.

Na capital argentina, Pizzolato embarcou pa-ra Barcelona, na Espanha, usando o passaporte do ir-mão, Celso, que morreu em 1978, vítima de acidente de carro, e depois atravessou a fronteira se instalando em Maranello, na Itália.

Em novembro de 2013, o mandado de prisão foi expe-dido, mas Pizzolato já esta-va em terras italianas. Com-provada a fuga, foi feito um alerta à Interpol. Ele foi lo-calizado em fevereiro do ano passado e ficou preso em Modena por 8 meses.

Pizzolato está em liberdade desde outubro | LULA MARQUES/FOLHAPRESS

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Mensalão. Pedido de extradição de ex-diretor do Banco do Brasil será julgado na quarta

Pizzolato de volta ao banco dos réus

R$ 73,8 mifoi o valor desviado do fundo Visanet. Operação levou à condenação de Pizzolato no escândalo do mensalão.

Presídios são malvistos no exteriorCom a terceira maior popu-lação carcerária do mundo -- atrás de Estados Unidos e China --, o Brasil apare-ce como uma referência negativa na gestão do sis-tema prisional. São 715,6 mil presos, contra 2,2 mi-lhões dos americanos e 1,7 milhão dos chineses. Para abrigar todos os detentos, o país precisaria abrir, no mí-nimo, 210 mil vagas.

O Brasil, porém, ainda tem 370 mil mandados de prisão em aberto, segundo o Banco Nacional de Man-dados de Prisão, o que, em tese, poderia agravar a si-tuação e colocar mais de um milhão de brasileiros atrás das grades.

Um relatório da ONG Hu-man Rights Watch, divulga-do no mês passado, apontou um retrato preocupante: a população adulta nos presí-dios brasileiros supera meio

milhão de pessoas e há um deficit de 43% de vagas. Além disso, 20 mil adolescentes cumprem medidas socioedu-cativas com privação de liber-dade e 200 mil presos ainda aguardam julgamento.

TorturaA superpopulação, por si só, já é apontada como uma gra-ve violação dos direitos hu-manos. O relatório da en-tidade revela, porém, que desde 2010 foram registra-dos 64 casos de tortura. “A tortura é um problema crô-nico em delegacias de polí-cia e centros de detenção”, revela o documento.

A Human Rights Watch saúda a iniciativa da presi-dente Dilma Rousseff de re-verter a situação com a cria-ção em agosto de 2013 do Mecanismo Nacional de Pre-venção e Combate à Tortura.

METRO BRASÍLIA

Curado (PE) teve cinco mortes desde o início do ano | CARLOS VANNONI/FOLHAPRESS

“A população carcerária é superior a meio milhão de pessoas—43% além da capacidade. Os atrasos no sistema de justiça contribuem para a superlotação.” TRECHO DO RELATÓRIO DE 2014 DA ONG HUMAN RIGHTS WATCH

Pedrinhas (MA) foi palco de 79 mortesdesde 2013 | LUIZ SILVEIRA/AGÊNCIA CNJ

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae-SP.

TECNOLOGIA A FAVOR DO BOM ATENDIMENTOUnião entre tecnologia e bom atendimento. Essa é uma das principais lições que tiveram os cerca de 200 empre-sários levados pelo Sebrae-SP para a Retail’s Big Show, maior feira do varejo mundial. O evento ocorreu no mês passado em Nova York, e a organização da visita contou com a parceria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

O varejo norte-americano tem direcionado seus es-forços para fazer da tecnologia uma ferramenta a serviço não só do negócio, mas principalmente do consumidor. A ideia é tornar a experiência de compra o mais agradá-vel possível, já que, com a forte concorrência, o cliente opta pela empresa que der o melhor tratamento, aspecto frequentemente considerado tão – ou mais – importante que o preço na hora da decisão.

Na NRF Retail’s Big Show os empresários conhece-ram, entre outras novidades, o conceito de “internet das coisas”, que conecta dados, pessoas e as coisas propria-mente ditas com o objetivo de mapear e antecipar o dese-jo do consumidor. Um exemplo é o telão em formato de espelho colocado na entrada da loja, permitindo a intera-ção com o público. Ele ajuda a escolher as peças de rou-pa, indica acessórios e dá informações de cores e tama-nhos disponíveis no estoque. O cliente pode passear pela loja enquanto os itens escolhidos são levados para o pro-vador. Nessa situação, o vendedor deixa de ser apenas quem apresenta produtos e assume o posto de consultor, com o objetivo de atender com o máximo de qualidade.

A visita à feira deixou claro que não dá para pen-sar em varejo sem aliar empresa física e virtual, e, ca-da vez mais, ambas interagem com o cliente, que quer acesso à loja de qualquer lugar. A internet é o cartão de visita, a vitrine online do estabelecimento, onde o consumidor conhece o que é oferecido, faz suas esco-lhas para então concretizar a compra de forma digi-tal ou, em um segundo momento, pessoalmente. Não há como negar que os Estados Unidos são referência em varejo. Mesmo que nem tudo praticado lá possa ser transferido para a nossa realidade (às vezes são neces-sárias adaptações), estar atento às tendências daque-le país é aumentar a possibilidade de sair na frente dos concorrentes. Por isso, buscar novidades e atualizar-se constantemente é vital para qualquer empreendedor. Os empresários que estiveram na NRF comprovam.

FATORES QUE MAISMOTIVAM NA CARREIRA

FONTE: CATHO

TER UM BOM RELACIONAMENTO 70,2%POSSIBILIDADE DE CRESCIMENTO NA EMPRESA 66,2%SER RECONHECIDO COMO UM BOM PROFISSIONAL 61,9%FAZER O QUE EU GOSTO 61,4%TER DESAFIOS CONSTANTES 47,2%TER LIBERDADE/AUTONOMIA 43,4%TRABALHAR COM PESSOAS QUE ADMIRO 41,9%TER FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO 37%PARTICIPAR NAS DECISÕES ESTRATÉGICAS 34,3%POSSIBILIDADE DE COORDENAR 33%TER VOZ ATIVA JUNTO AO MEU CHEFE 23,9%ENRIQUECER/ ACUMULAR DINHEIRO 17,2%OUTRO 1,2%

O preço da cerveja consumi-da no balcão ou na mesa de bares e restaurantes avan-çou 10,75% de fevereiro do ano passado a janeiro deste ano. A variação, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica) na última sexta-feira, mostra que o preço da “loi-ra” aumentou além da infla-ção de 7,14% medida nos úl-timos 12 meses pelo IPCA (Índice de Preços ao Consu-midor Amplo). Mas a alta da cerveja não foi tão agressi-va como a da batata ingle-sa, por exemplo, cujos pre-ços se expandiram 50,02% no mesmo período.

Poderia a cerveja consu-mida fora de casa se apro-ximar de um valor que ca-minha a par e passo com a inflação geral dos preços? A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigeran-tes do Brasil) diz que não e afirma que o preço da bebi-da deve subir em média 5% já em maio, quando entra em vigor a lei que aumenta impostos e altera o modelo de cobranças de tributos de bebidas frias.

A estimativa é de que a carga tributária suba 10%. A alíquota do PIS/Pasep se-rá de 2,32%; a da Cofins, de 10,68%; e o do IPI, de 6%. As alíquotas são fixas e, segun-

do a Afrebras, certamente terão impacto no preço fi-nal do produto.

“Os preços das cervejas, assim como dos refrigeran-

tes, muitas vezes sobem aci-ma da inflação em alguns períodos porque o comér-cio busca aumentar sua mar-gem, mesmo quando na in-dústria não há aumento”, diz o presidente da Afrebras, Fer-nando Rodrigues de Bairros. Para ele, neste ano de 2015 é muito pouco provável que o preço da cerveja acompanhe a inflação. Os reajustes serão maiores. “Até o fim do ano o aumento será de pelo menos 10%”, afirma Bairros.

“Além da nova carga tri-butária a partir de 1º de maio, existe ainda a pressão das matérias-primas, como o malte e as latinhas, que são cotados em dólar. E o dólar, como estamos vendo, está subindo dia após dia”, diz o presidente.

Mas nem tudo é má notí-cia. Segundo Bairros, os pre-ços devem se manter nes-te Carnaval: “O que tinha de subir já subiu no fim do ano.” METRO

Desce quadrado. Segundo presidente da associação dos fabricantes, nova tributação vai provocar aumento. Alta do dólar também deve pressionar os preços até o final do ano

Preço da cerveja sobe com aumento de tributos, matérias-primas e margens de lucro de quem vende | REUTERS

Cerveja sobe 10,75% em 1 ano e alta de 5%é esperada para maio

Maioria está otimista com carreiraPara 54,3% dos profissionais brasileiros, o emprego atual oferece perspectiva de cres-cimento profissional para os próximos três anos. Per-guntados como avaliam as expectativas de progresso, 42,9% responderam “bom”, enquanto “ruim” teve 33,3% das respostas.

Quando o assunto é a motivação e a satisfação do profissional, 30,9% dos bra-sileiros se dizem insatisfei-tos. O dado que mais chama atenção é o das pessoas que não estão nem satisfeitas nem insatisfeitas (31,1%).

Observando as razões que geram a satisfação e que mais motivam os pro-

fissionais no ambiente de trabalho, “Ter um bom re-lacionamento”, para 70,2% dos respondentes, é o fa-tor que mais motiva, en-quanto a “Possibilidade de crescimento na empresa” (66,2%) e “Ser reconhecido como um bom profissional” (61,9%) completam o top 3.

“Grande parte dos pro-fissionais passa mais tempo no trabalho do que em casa. Dessa forma, ter um bom relacionamento e um am-biente de trabalho agradá-vel é essencial para manter--se motivado”, afirma Luís Testa, responsável pelo se-tor de Pesquisa e Estratégia da Catho. METRO

10%É o aumento mínimo estimado pelos fabricantes para refrigerantes e cervejas em 2015.

Começam hoje as audiên-cias públicas para discutir a nova proposta da Aneel (Agência Nacional de Ener-gia Elétrica) de aumentar em até 83% os valores da re-cém-criada bandeira tarifá-ria, que, desde 1º de janeiro, vem sendo cobrada nas con-tas de luz para repassar ao consumidor o aumento de custos de geração para o se-tor de energia elétrica.

Pela proposta a ser apre-sentada hoje pela agência, os preços para a bandeira amarela passarão dos atuais R$ 1,50 por 100 quilowatts--hora (kWh) para R$ 2,50 – aumento de 67%. No caso da

bandeira vermelha, a tari-fa passará de R$ 3 para R$ 5,50: aumento de 83%. Não há cobrança no caso da ban-deira verde. Consumidores do Amazonas, do Amapá e de Roraima também não pa-gam a taxa.

Por meio da bandeira ta-rifária, que adota as cores verde, amarelo e vermelho, o consumidor pode saber, a cada mês, se está pagando mais caro pela energia que gasta. Os novos valores das bandeiras poderão repre-sentar quase R$ 6,5 bilhões a mais na arrecadação pre-vista pela Aneel, chegando a R$ 17 bilhões. METRO

Luz. Aneel começa hoje audiências sobre bandeira

Empreendedorismo

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

Líderes da Rússia (Vladimir Putin), Ucrânia (Petro Poro-shenko), Alemanha (Ange-la Merkel) e França (Fran-çois Hollande) concordaram em se reunir em Minsk (Be-larus) na quarta-feira para tentar mediar um acordo de paz para a Ucrânia.

Os quatro conversaram ontem, dois dias depois de a chanceler alemã e o pre-sidente francês terem via-jado a Moscou. Os diálogos com Putin não produziram nenhum avanço no conflito que já dura quase um ano e provocou a morte de 5 mil pessoas.

Após a conversa, o presi-dente da Ucrânia, Poroshen-ko, disse que houve pro-gresso e estava esperançoso de que a reunião em Minsk levará a um “cessar-fogo in-condicional e rápido” no leste da Ucrânia, onde sepa-ratistas pró-Rússia intensifi-caram a ofensiva militar nas últimas semanas.

Não há, porém, consen-so sobre uma solução diplo-mática para a região. O pre-sidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enfrenta in-tensa pressão de um Con-gresso liderado por republi-canos para promover uma intervenção militar na Ucrâ-nia já. É o caso dos senado-res Lyndsey Graham e John McCain, que defendem o envio de armas de defesa para o Exército da Ucrânia para ajudar a combater os separatistas.

“Os ucranianos estão sendo abatidos, e nós es-tamos enviando-lhes co-bertores e refeições”, disse McCain. “Cobertores não fa-zem bem contra os tanques russos.”

Merkel e ObamaOntem, Merkel voou para Washington para conversas com Obama. Ela assumiu a liderança na busca de uma solução diplomática, falan-do com Putin por telefone dezenas de vezes no ano pas-sado e mantendo reuniões na Rússia, na Austrália e na Itália nos últimos meses.

Mas as autoridades ale-mãs dizem que Putin tem mostrado pouco apetite pa-ra compromissos e reconhe-cem em particular que ele quebrou repetidamente pro-messas no passado. METRO

Cúpula. Conflitos no leste do país vêm se intensificando nas últimas semanas, levando governantes europeus a se mobilizarem na busca de uma saída diplomática para os problemas da região Ucraniano monta guarda em tanque no leste do país | GLEB GARANICH /REUTERS

Quarta pode ser o ‘Dia D’ para fim de crise na Ucrânia

O chefe da força aérea da Jordânia, Mansour al-Ja-bour, disse ontem que ca-ças de seu país realizaram 56 bombardeios em três dias contra redutos de mi-litantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

A Jordânia lançou os bombardeios contra posi-ções do grupo jihadista na quinta-feira, em resposta ao assassinato do piloto jorda-niano Muath al-Kaseasbeh, queimado vivo pelo Estado Islâmico. A ação militar con-tinuou no sábado.

Após o anúncio da exe-cução do piloto, o rei Ab-dullah, da Jordânia, ime-diatamente prometeu uma guerra “implacável” ao Es-tado Islâmico no território

do próprio grupo. Começou com a execução de dois ji-hadistas iraquianos, um de-les uma mulher, na última quarta-feira, e prometeu intensificar sua ação mili-

tar contra o Estado Islâmi-co. Em seguida, vieram os bombardeios.

“Estamos nesta guerra para proteger nossa fé, nos-sos valores e princípios hu-

manos, e nossa guerra em nome disto será implacá-vel e irá atingi-los em seu próprio solo”, teria dito o rei durante uma reunião de segurança.

Integrante da aliança li-derada pelos Estados Unidos contra o EI, a Jordânia pro-meteu “uma reação de tre-mer a terra” ao assassinato de seu piloto.

“Estamos falando de um esforço colaborativo entre membros da coalizão pa-ra deter o extremismo e o terrorismo e minar, degra-dar e, por fim, acabar com o ‘Daesh’”, declarou o por-ta-voz do governo, Moham-mad al-Momani, usando o termo árabe depreciativo pa-ra o Estado Islâmico. METRO

Mansour al-Jabour anuncia ataques contra posições do EI | MAJED JABER /REUTERS

Bomba

Irã busca acordo nuclear, mas quer fi m das sanções

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, exigiu ontem em Muni-que o levantamento das sanções ao seu país como “condição” para alcançar um acordo sobre o progra-ma nuclear do Irã com os seus parceiros internacio-nais. “Há que tirar as san-ções se querem ter êxito”, disse em relação às nego-ciações do Irã com os cin-co membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha. As grandes potências exigem do Irã a redução da sua ca-pacidade nuclear para im-pedir que um dia possa ter uma bomba atômica.

METRO

Francisco

Papa faz visita surpresa a favela perto de Roma

O papa Francisco fez on-tem uma visita surpre-sa a uma comunidade pobre nos arredores de Roma, deixando surpre-sos os residentes, a maio-ria deles provenientes de sua América do Sul natal. O papa estava a caminho de uma visita a uma pa-róquia da área operária de Tiburtina quando mu-dou a rota para conhecer a favela de que ele havia ouvido falar. “Ele saiu do carro, e as pessoas fica-ram chocadas quando o viram”, relatou o padre Aristide Sana, pastor da paróquia, que disse ter corrido para a comunida-de quando ficou sabendo da visita de última hora do pontífice. METRO

Redutos do EI são bombardeados pela Jordânia

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |10| {CULTURA}

O apelido Camaleão não é à toa. David Bowie sempre sou-

be se reiventar. Para o autor e historiador cultural Peter Dog-

get, autor do recém-lançado livro “David Bowie e os Anos 70 – O Ho-mem que Vendeu o Mundo”, foi du-rante a referida década que o ídolo pop atingiu o auge de sua criação mais produtiva e ousada, influen-ciando o mundo que o cercava.

O livro analisa o processo criativo de Bowie através de seus LPs, expli-cando o período em que cada canção foi feita, assim como as identidades adotadas por ele na época. A pesqui-sa começa com “Space Oddity” (1969), que, segundo o autor, transformou Bowie em “um inquieto astro pop”.

“Assim como os Beatles na déca-da que o antecedeu, Bowie foi o guia mais confiável da cultura popular na febre dos anos 70”, destaca o autor britânico na publicação.

Foi ao longo dos anos 1970, lem-bra Dogget, que Bowie teve influên-cias de ícones pop como Judy Gar-land, Velvet Underground e Little Richard. E criou uma obsessão por Andy Warhol. Foi aí que ele deci-diu criar seu herói imaginário: Ziggy Stardust. O personagem revelava o artista como uma criatura exótica, gay e hétero, humano e alienígena.

Em 1972, o LP “Ziggy Stardust” foi um grande sucesso comercial. No seu rastro, vieram “Aladdin Sane”(1973) e “Pin Ups”, lançado no mesmo ano. E, em 1974, veio “Diamonds Dogs”, seguindo com quase mais uma deze-na de álbuns. “O que destacava Bo-wie como talento singular eram os tópicos de suas canções, bem como a maneira como ele as vendia – e ven-dia a si mesmo”, explica o autor.

A abordagem final destrincha “Scary Monsters (and Super Creeps)”, de 1980. O livro proporciona uma via-gem pelo universo musical de Bowie, com tudo minuciosamente detalha-do. O autor cita, inclusive, canções raras de fitas demo, que não chega-ram a ser incluídas nos LPs de Bowie.É leitura indispensável para os fãs do eterno camaleão.

“SPACE ODDITY” “THE SUPERMEN”

“ANDY WARHOL”

GISLANDIAGOVERNOMETRO RIO

Livro. Em ‘David Bowie e os Anos 70 – O Homem que Vendeu o Mundo’, autor explora o legado da década mais produtiva do artista e, através dos LPs, faz uma análise de suas canções

(Gravada em fevereiro de 1969. Filme “Love You Till Tuesday” )

(Gravada em abril e maio de 1970, para o LP “The Man Who Sold The World”. Regravada em novembro de 1971, para o LP “Glastonbury Fayre”)

(Gravada entre junho e julho de 1971, LP “Hunky Dory”)

“LADY STARDUST”

“FAME”

“THE PRETTIEST STAR”(Fita demo gravada em março de 1971, não lançada. Regravada em novembro de 1971, no LP “Ziggy Satardust”)

(De Bowie, Alomar e John Lennon. Gravada em janeiro de 1975 para o LP “Young Americans”)

(Gravada em janeiro de 1970; single lado A)

A composição revela a fase em que a mente de Bowie se entregou a interesses esotéricos, mitologia e mistérios do oculto. Sugeria que até os deuses podiam ser afetados pelas emoções humanas.

Reflete quando o artista passou a apagar distinções de gênero em suas canções, alternando naturalmente “ele” e “ela”. A gravação seria uma homenagem ao amigo Marc Bolan, que, pouco antes de morrer, afirmou que ele e Bowie haviam tido um namoro.

Faixa gravada quase casualmente em Nova York, conquistou as estações de rádioespecializadas em R&B. Ela surgiu durante uma sessão de improvisação na qual Lennon estava presente. O resultado foi algo que se adequava a um nicho da música negra americana no começo de 1975.

Bowie a compôs poucas semanas após a retrospectiva da obra de Andy Warhol na Tate Gallery. É um ambíguo tributo para o homem que seria descrito por ele como “um dos líderes da mídia das ruas”. A canção se baseava num ato de repetição e nas consequências aleatórias de se reproduzir um conceito original.

A composição romântica, com vocal ofegante, foi inspirada em Angie Barnett, mulher que se tornou esposa do artista duas semanas após o lançamento do single. Essa primeira versão não vendeu mais do que mil cópias, mas conquistou um imenso público ao ser revivida no álbum“Aladdin Sane”.

“DAVID BOWIE E OS ANOS 70 – O HOMEM

QUE VENDEU O MUNDO”

PETER DOGGETTED. NOSSA CULTURA

572 PÁGS.R$ 60

A canção de Bowie rebatia a admiração global pela missão Apollo à Lua e descreve um cenário de um astronauta à deriva no espaço. Bowie aponta o filme “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, como a principal influência na composição.

ÃOMA

EVOLUÇÃO

EMCA LE

POR TRÁS DAS CANÇÕES

2CULTURA

Ai Weiwei

À distânciaProibido de deixar seu país, o artista chinês

vai dirigir pela Internet um dos segmentos de “Berlim, Eu te Amo”,

parte da franquia que já fez “Paris, Eu te amo”

e “Rio, Eu te Amo”, entre outros. Weiwei

vai utilizar o Skype para conversar com o produtor

Claus Clausen, que vai auxiliar nas imagens. A

história vai focar no filho de 6 anos de Ai, Lao, que

mora em Berlim.

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

O XI Feverestival (Festival Internacional de Teatro de Campinas) continua a todo vapor na cidade. Entre ho-je e amanhã, o festival traz três atrações teatrais para os palcos de Campinas.

O espetáculo “É Só uma Formalidade”, da compa-nhia mineira Quatroloscin-co Theatro Comum, é uma dessas atrações e será ence-nada hoje, a partir das 20h, no Centro Cultural Casarão (Rua Maria Sampaio Regi-nato, s/n – Terras do Barão - Km 15). Após a apresenta-ção, será passado o chapéu para contribuição espontâ-nea do público.

A trama, que tem direção de Ítalo Laureano, Marcos Coletta, Rejane Faria e Sér-gio Andrade, retrata duas si-tuações distintas. A primei-ra conta a história de um homem que recebe a notí-cia da morte do pai e a ou-tra de um homem que es-creve uma carta de divórcio.

As situações podem pa-recer diferentes, porém as duas servem de pretexto para que os atores lancem durante o espetáculo e re-flitam com o público seus questionamentos sobre os fracassos.

A partir desta premissa, são levantadas questões re-ferentes às relações huma-nas que partem dos desejos, memórias, formalidades e as lacunas geradas pelas coisas que não se consegue expressar.

AtividadeUm pouco mais cedo, às 17h, o Matula Teatro abre

as portas do Rosa dos Ven-tos (Rua Edna de Barros San-ches, 80, Vl. Santa Isabel - Barão Geraldo) – espaço de

criação do Grupo –, para que o público possa conhe-cer um pouco do cenário que tem servido de orienta-

ção para o trabalho dos ato-res ao longo dos 15 anos de trajetória. A entrada é gra-tuita. METRO CAMPINAS

Festival de Teatro. Entre hoje e amanhã, serão apresentados três espetáculos teatrais e uma atividade em diversos locais da cidade

Cena do espetáculo ‘É Só uma Formalidade’ | DIVULGAÇÃO

Feverestival a todo vapor

No Feverestival, o poema de João Cabral “Morte e Vida Severina”, que carac-teriza a difícil e árida ca-minhada dos retirantes sertanejos fugindo da seca, ganha vida nos palcos na mão da Companhia Dozé, que apresenta amanhã, às 17h, no Paviartes (rua Pita-gora, 500, Cidade Universi-tária, Barão Geraldo).

A trama retrata a es-perançosa saga do povo nordestino em busca de melhores condições de vida, mas no caminho a morte e as dificuldade se apresentam.

Porém, o sonho de ter água abundante impulsio-na a busca por um destino melhor. A entrada é gra-tuita. METRO CAMPINAS

História dos retirantes em ‘Morte e Vida Severina’

Sertanejos são retratados na peça | DIVULGAÇÃO

O último espetáculo de amanhã do Feverestival “Conversas com meu pai”, que será encenado às 20h, no Centro Cultural Casarão, tem um ponto de partida para lá de misterioso: uma velha caixa de sapatos que guarda mais do que papéis.

Lá estão bilhetes e guar-danapos com frases avul-sas, palavras e fragmentos de “conversas” mantidas por um homem que perdeu a capacidade da fala.

Bilhetes deixados pelo pai da artista Janaina Leite,

que em 2005 sofreu uma traqueostomia e, desde en-tão, ficou privado da capa-cidade da fala. Os bilhetes que foram recolhidos sem motivo, agora, anos mais tarde, ganham significado pois Janaina descobre que sofre de uma doença dege-

nerativa e está ficando sur-da. Desta forma e nesse no-vo contexto, em silêncio, pai e filha, “conversam”.

Após a apresentação se-rá passado o chapéu para contribuição espontânea do público.

METRO CAMPINAS

Em silêncio, pai e filha ‘conversam’ em peça

Artista dá um novo significado à fala | DIVULGAÇÃO

1h antesComeçam a ser distribuídas as senhas para o espetáculo “É Só uma Formalidade”. A entrada é gratuita.

65Minutos de duração tem o espetáculo de Janaina Leite

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |12| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

VereadoresGostaria de dividir aqui com vocês mi-nha indignação em relação a Câma-ra de Campinas. Entra e sai ano, entra e sai presidente, e o descaso com a po-pulação está sempre aí! Bajulação aos “novos vereadores” e ao novo presi-dente, mas quando o assunto é fiscali-zação, questionamento quanto aos au-mentos abusivos das tarifas públicas, convocação de secretários, prestação de contas, que é a principal função dos vereadores, o que acontece? Fingem--se de mortos, esquivam-se e simples-mente rejeitam os pedidos de expli-cações sobre esses aumentos abusivos que aí estão como, por exemplo, a fal-ta de médicos e de vagas em creches. Até quando esses vereadores (salvo ra-ríssimas exceções) vão tapar o sol com a peneira?SILVANA XAVIER – CAMPINAS, SP

Metro Pergunta

Para economizar energia, o governo federal avalia manter o horário deverão até o fim de março. O que você acha da medida?

@dedysfellipeSimplesmente maravilhosa. Além de ser um horário incrível, ajuda a redu-zir gastos.

Metro web

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Procure ser mais conciliador diantede algumas relações. Suas decisões para aproximar pessoas farão

diferença.

Costumes diferentes marcarão sua rotina, seja com atividades extras no ambiente de trabalho e mesmo com

lazer.

Eventos e situações que envolvam diversões serão mais frequentes. Na vida afetiva aposte em simplicidades

românticas.

Assuntos familiares despertarão mais empenho para esclarecimentos. Período propício para retomar contatos com

pessoas especiais.

Período propício para empenha a assuntos culturais. Ocupe a mente com atividades que tragam prazer em

aprender ou debater.

Novas responsabilidades marcarão o trabalho na semana. Procure ser paciente se notar divergências de

pensamento nas relações.

Momento onde o trabalho em equipe ou vinculado a parcerias estará bem propício para obtenção de metas

profissionais.

Uma dedicação a assuntos filosóficos, novos conhecimentos e mesmo ao exercício da sua fé amenizará

desgastes da rotina.

Tendências a lidar com revelações ou confidências diante de relacionamentos. Atente-se para não se portar de forma

radical.

Momento especial para trocar informações sobre parcerias e negócios. Deverá repensar algumas prioridades

materiais.

Com a Lua em seu signo, uma condição mais sentimental e saudosista deverá marcar seu comportamento diante das

relações mais especiais.

Procure refletir mais sobre alguns sacrifícios que tem feito aos outros e pensar em cuidar mais de si

mesmo.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Procure ser mais conciliador diante

Cruzadas

Os invasores

TIRIRICA! BEM-VINDO, ABESTADO!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar!

PIADA DO DIA! Sabe qual é a diferença entre a minha mulher e um terrorista islâmico? Com o terrorista dá pra negociar! E sabe qual a diferença entre a minha mulher e uma arma? Na arma dá pra botar um silenciador! Hahahaha!

A BOMBA DA SEMANA! A GRAÇA FOSTER SAIU DA PETROBRAS! Agora a Petrobras está igual ao Jô: SEM GRAÇA! E olha a Dilma demitindo a Graça: “Sinto muito, com-panheira, mas vou ter que demiti-la. E não adianta fa-zer cara feia.” E a pergunta que não quer calar: “Onde a Graça vai tra-balhar agora? No trem fantasma junto com o Cerveró?” Aliás, o Cerveró mandou um WhatsApp pra namorada: “Mozão, só tenho olhos pra você!” Hahahaha! Ai, que medo! QUE HORROR! Como diria o blogueiro Paulo Bet-ti: “Cruzes, queridoooo!” 

E A OUTRA BOMBA DA SEMANA: CRISE HÍDRICA! Saiu o Melô da Sabesp: “Bebeu água? Não! Tá com sede? Tô! Não tem água mineral!” Por falar nisso, estamos lançando a enquete: “Qual é o maior problema do Brasil: a Operação Lava Jato ou a Operação LAVA PRATO?” Lavar louça sem água é muito pior! O jeito é rezar praquele famoso deus grego: OLIM-PO! Olimpo, Osujo e Olavo!!!

E ATENÇÃO! NOVIDADE BOMBÁSTICA!O Pânico contratou o humorista mais coisado do Bra-sil: TIRIRICA! E o abestado está chegando cheio de piadas fantárdigas! “Professor Tiririca, o senhor foi bom aluno?” “Eu era cobra.” “Sabia tudo?” “Não, passava me arrastando!” E nós almoçamos com o Tiririca em Brasília e descobri-mos que o prato preferido do abestado é “Cabrita Enso-pada.” “Tiririca, você sempre come Cabrita Ensopada?” “Sempre não, só quando chove!” Hahahahaha!

PRA TERMINAR! Sabe qual é o time de futebol favorito do Tiririca? FIORENTINA! 

E por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos!!!!!! E seja bem-vindo, abestado! Ô menino menino, o que é isso, meninoooo meninooo meninôôooo???

Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

Sudoku

Soluções

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

3ESPORTE

A Ponte Preta tinha a chan-ce de terminar a rodada co-mo um dos líderes de seu grupo, mas o jogo em Ribei-rão Preto contra o Botafogo só foi suficiente para deixar a Macaca na quarta coloca-ção. O empate em 1 a 1 não foi um bom resultado pa-ra o time de Guto Ferreira, que soma agora uma derro-ta, uma vitória e um empa-te no estadual.

O primeiro tempo entre Botafogo e Ponte Preta foi travado, ninguém mexeu no marcador. A rede balan-çou só na etapa final, quan-do as duas equipes se lança-ram ao ataque.

O técnico Guto Ferreira promoveu a mesma mudan-

ça do jogo contra o Palmei-ras, colocando Wanderson no lugar de Fábio Santos na frente. Aí foi ataque de um lado e ataque do outro. A Macaca, que novamente contou com uma boa atua-ção do goleiro Matheus, aca-bou saindo na frente. Após roubada de bola no meio--campo, o ataque da Ponte trocou passes até a bola che-gar em Biro Biro. O atacan-te girou sobre o zagueiro do

Botafogo e foi calçado por trás dentro da área. O árbi-tro marcou pênalti. Rildo pegou a bola e cobrou com categoria no canto esquer-do do goleiro Renan Rocha, que pulou no lado oposto. A Macaca abria o marca-dor, aos 24 minutos. Porém, o time da casa não desistiu. Depois de lançamento de Giancarlo, Wesley domina dentro da grande área e ba-te rasteiro por baixo de Ma-theus, que não conseguiu segurar a bola. Um a um no placar.

A Macaca foi a quatro pontos em três jogos e ain-da ocupa a quarta colocação do Grupo B.

METRO CAMPINAS

Paulistão. Macaca empata com o Botafogo em 1 a 1, perde a oportunidade de subir na tabela, e cai para a quarta posição

Próxima rodada da Ponte será contra o Marília | PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

Ponte Preta empata e fica longe dos líderes

4Pontos tem a Ponte Preta no Paulistão 2015

3ESPORTE

Vôlei

RioEm uma partida nervosa dentro e fora da quadra, o Rio de Janeiro derrotou

o Osasco por 3 sets a 1(15/25, 25/20, 25/21 e 25/14) e garantiu, pela segunda vez, o título do Campeonato Sul-

Americano de clubes. O triunfo garantiu uma

vaga no Mundial de Clubes, que acontece

em maio, na Suíça

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |14| ESPORTE

O fim de semana foi ines-quecível para o Brasil Kirin. Atuando na capital paulista, os campineiros venceram o rival Sesi por 3 sets a 2, em jogo bastante disputado en-tre os dois terceiros coloca-dos da Superliga até então com a mesma pontuação. As parciais foram de 20-25, 25-23, 25-21, 16-25, 15-13.

O resultado isolou o time de Campinas na terceira co-locação, agora com 42 pon-tos contra 40 do Sesi. “Foi um jogo difícil, mas a gen-te acredita no potencial de cada um e o resultado é es-se aí, muita disposição e vi-bração em quadra, que faz com que o time jogue mais leve e solto”, disse o técnico Alexandre Stanzioni após a partida.

Na próxima rodada o Brasil Kirin enfrenta o lí-der Sada Cruzeiro, no Ta-quaral, dia 21 de feverei-ro. Promessa de casa cheia e torcida empurrando.

METRO CAMPINAS

Próxima partida do grupo será emCampinas | DIVULGAÇÃO

Superliga. Brasil Kirin supera Sesi na capital

DIVULGAÇÃO/KANSAS CITY CHIEFS

CAIRO SANTOS

‘PARA ABRIR PORTAS’

Primeiro brasileiro na NFL fala sobre a carreira no esporte americano e os planos para o futuro

Cairo Santos chegou ao fu-tebol americano por aca-so. O garoto de Brasília so-nhava em ser camisa 10 do Flamengo, mas um inter-câmbio nos Estados Unidos, aos 15 anos, o levou para outros campos. Cairo, que saiu do Brasil sem se inte-ressar pelo esporte da bo-la oval, alcançou o posto de kicker titular do Kansas City Chiefs, e é o primeiro brasileiro a jogar pela li-ga profissional americana.

Quando você se mudou pa-ra os Estados Unidos, não tinha contato com o espor-te. Como o futebol ameri-cano começou a fazer parte do seu cotidiano?Conheci no colégio, por meio de amigos. Não era fá-cil encontrar pessoas para jo-gar o “soccer”, então acabei conhecendo e gostando mui-to do futebol americano.

E quando surgiu o dese-jo de se dedicar mais ao es-porte e de fazer dele seu trabalho?Quando vi que eu estava me saindo bem nos primei-ros treinos. Comecei a cogi-tar a possibilidade de seguir carreira e, graças a Deus, deu tudo certo e hoje sou profissional.

Em que momento você passou a acreditar que era possível ser atleta de uma equipe da NFL?Eu sempre fui muito con-fiante em mim. Mas, quan-do ganhei o prêmio de melhor kicker da univer-sidade, em 2012, eu sabia que isso se tornaria realida-de em breve.

Acredita que, por ter sido o primeiro brasileiro na NFL, você pode abrir mais portas para o esporte no país?Com certeza. Acho que foi um marco para o Brasil no es-porte. É muito bom receber o carinho dos fãs brasileiros, que me param na rua para fa-lar que estão orgulhosos do meu feito, que torcem muito por mim. Recebo muito esse carinho através das redes so-ciais também. É ótimo, e que-ro ser um embaixador do es-porte aqui no Brasil.

Você sentiu alguma di-ficuldade com a entrada no ambiente do esporte profissional?Nenhuma, mas é claro que senti um pouco a pressão. Mas é aquela pressão boa, que não me coloca para bai-xo, me estimula a fazer sem-pre o melhor.

Como é ser o único brasilei-ro em um ambiente domi-nado por americanos?Tenho uma excelente rela-ção com todos meus compa-nheiros de time, treinadores, todo mundo. Eu não sofri qualquer tipo de preconcei-to por ser brasileiro, em mo-mento algum.

O futebol americano está ganhando mais destaque no Brasil?Sim, acredito que vá crescer ainda mais. A cada tempora-da da NFL, mais se fala do es-porte aqui no Brasil. O po-tencial do futebol americano no Brasil é gigantesco.

“Não saio satisfeito. Lamento bastante, porque acabou não dando certo. Estamos aqui para vencer sempre” ALEXANDRE GALLO

Anderson e Datinha comemoram gol| DIVULGAÇÃO

Após a derrota por 3 a 0 pa-ra a Colômbia, que decre-tou o 4o lugar do Brasil no Sul-Americano Sub-20, dis-putado no Uruguai, o téc-nico Alexandre Gallo reco-nheceu que pode deixar o comando técnico da Sele-ção Brasileira. A posição, no entanto, garantiu lugar no Mundial. Na Olimpíada do ano que vem, no Rio, o Bra-sil está assegurado por ser o país-sede.

Gallo disse que já há con-versas com o presidente da CBF, José Maria Marim, e com o diretor geral da enti-dade, Gilmar Rinaldi, para definir sua saída do cargo.

“Já é um assunto que es-

tamos conversando desde outubro, está se desenrolan-do. É um assunto que não posso me aprofundar. Dei-xo para o presidente e para o Gilmar. Não estou autori-zado a falar sobre isso”, dis-se o treinador.

O resultado na compe-tição não deixou o coman-

dante contente. “Não saio satisfeito. Saio lamentan-do bastante, mas princi-palmente aquele jogo com a Argentina, que foi o mo-mento de correr risco. Aca-bou não dando certo. Es-tamos aqui para vencer sempre”, declarou, antes de lamentar a 4a colocação no torneio continental: “Ficar numa classificação dessas não é bom. Apren-demos muito com algumas lições importantes que a competição trouxe, mas não é o local que a gente esperava estar.”

O título ficou com a Ar-gentina, que bateu o Uru-guai por 2 a 1. METRO

Sub-20. Após colocação ruim no Sul-Americano na categoria, técnico da Seleção indica que deve deixar o cargo em breve

Colômbia venceu por 3 a 0 | ANDRES STAPFF/REUTERS

Quarto lugar deve definir saída de Gallo

Brasil é campeão na areiaA final da Copa Sul-Ame-ricana de futebol de areia, disputada ontem, em Re-cife, fez o brasileiro come-morar. Derrotada pelo Pa-raguai na primeira fase, a Seleção Brasileira deu o trocou e garantiu a con-quista na Praia do Pina com uma goleada por 12 a 2 no até então único invicto do torneio.

Superior desde o início do confronto, o Brasil fez 4 a 0 no primeiro tempo. Na

segunda etapa, a Seleção abriu 10 a 0 no marcador.

Em situação confortá-vel, o time brasileiro dimi-nuiu o ritmo e sofreu dois gols do Paraguai. Rapida-mente, o time da casa reto-mou o controle da partida e ampliou.

O torneio disputado na capital pernambucana ser-viu como preparação para a Copa do Mundo de Portu-gal, que será disputada de 9 a 19 de julho. METRO

ALEXANDREDE PAULA METRO BRASÍLIA

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE |15|◊◊

Vitória garante que Bugre comece a semana 100%As vitórias vêm se tornan-do rotina na vida do Gua-rani em 2015. Novamente a segunda-feira começa com clima positivo. No sábado, o Bugre derrubou mais um adversário. Desta vez, por 3 a 1 diante do Mirassol. O primeiro tempo foi tenso para os 4.875 torcedores bu-grinos presentes no Brinco de Ouro. Depois de desper-diçar três chances logo de cara, o Guarani viu o time de Mirassol ir a frente e ba-lançar as redes. Aos 35 mi-nutos Leandro Brasília mar-cava para o rival.

Só que antes do fim da primeira etapa, Fumagalli já adiantaria o que iria acon-tecer no segundo tempo. De pênalti, o meia deixou tu-do igual. Na segunda etapa, o Guarani voltou mais rápi-

do e viu o adversário perdi-do em campo. Logo aos qua-tro minutos, Nunes virou o jogo para o Guarani e, aos 17, Adalgiso Pitbull fechou a conta em 3 a 1. Na próxi-ma rodada o Guarani recebe a Matonense em casa, mais uma chance de abrir vanta-

gem na liderança da tabela da Série A-2. Os campinei-ros dividem a ponta com o Rio Branco de Americana, que fez 4 a 1 no Guaratin-guetá e supera o Bugre no saldo de gols - cinco contra quatro do Bugre. METRO

9pontos tem o Guarani após três rodadas do Campeonato Paulista da Série A-2. Sábado time ganhou de 3 a 1

Paulistão3ª rodada

SÁBADO

1 1SÃO BERNARDO CAPIVARIANO

0 0PENAPOLENSE ITUANO

3 0SÃO BENTO MARÍLIA

2 0SÃO PAULO XV PIRACICABA

2 1MOGI MIRIM BRAGANTINO

3 0RIO CLARO LINENSE

GRUPO 1

P V GP SG

1º SÃO PAULO 9 3 9 62º MOGI MIRIM 7 2 3 23º RED BULL BRASIL 4 1 3 04º SÃO BERNARDO 4 1 3 05º ITUANO 4 1 1 -2

GRUPO 2

P V GP SG

1º CORINTHIANS 6 2 4 42º RIO CLARO 6 2 5 33º SÃO BENTO 5 1 5 34º PONTE PRETA 4 1 4 05º AUDAX 2 0 3 -2

GRUPO 4

P V GP SG

1º SANTOS 7 2 5 42º BRAGANTINO 3 1 2 -13º PENAPOLENSE 2 0 2 -24º CAPIVARIANO 1 0 3 -35º XV PIRACICABA 0 0 1 -4

GRUPO 3

P V GP SG

1º PORTUGUESA 5 1 6 12º BOTAFOGO 5 1 3 13º PALMEIRAS 3 1 3 04º LINENSE 1 0 0 -35º MARÍLIA 0 0 1 -7

Classificados para as quartas

ONTEM

0 1PALMEIRAS CORINTHIANS

2 1SANTOS RED BULL BR

1 1 BOTAFOGO PONTE PRETA

1 1AUDAX PORTUGUESA

Geuvânio fez a jogada do gol contra de Fabiano Eller | RICARDO SAIBUN/FOLHAPRESS

‘Spider’ tem prêmio confi scadoAlém de ter de lidar com sua imagem negati-va por conta do caso de doping, Anderson Silva também pode ter prejuí-zo. De acordo com a re-vista “Veja”, o chefão do UFC, Dana Whi-te, confiscou a premia-ção do brasileiro pela luta no UFC 183. A vi-tória sobre americano Nick Diaz rendeu ao lu-tador brasileiro cerca de R$16,6 milhões. METRO

Briga deixa ao menos 15 mortosO futebol do Egito viveu um drama ontem: ao menos 15 pessoas mor-reram durante confron-to entre a polícia e torce-dores do Zamalek antes de jogo contra o ENP-PI. De acordo com a im-prensa local, seguidores de uma torcida organi-zada do Zamalek não ti-nham ingressos para a partida e tentaram for-çar a entrada, gerando a confusão. METRO

Tragédia no Egito Após doping

O São Paulo teve mudança no elenco do ano passado pa-ra este: quatro jogadores saí-ram e nove chegaram. Para o goleiro Rogério Ceni, o grupo atual é mais forte do que o de 2014, que levou o time ao vi-ce-campeonato do Brasilei-ro e à semifinal da Copa Sul--Americana: “O elenco está mais forte. Perdemos o Kaká, mas o Michel Bastos está fa-zendo bem a função. Hoje te-mos mais opções, um conjun-to mais completo.” METRO

Ceni marcou um na vitória por 2 a 0sobre o XV | MAURÍCIO RUMMENS/FOTOARENA

São Paulo. Ceni vê equipe melhor que a de 2014

Apesar das dificuldades, o Santos conseguiu vencer o Red Bull Brasil por 2 a 1, no estádio Benedito Tei-xeira, em São José do Rio Preto. O jogo foi válido pe-la 3a rodada do Campeona-to Paulista.

Sem Robinho, poupado, o Santos apostou em ve-lhos conhecidos. Os volan-tes Renato e Elano come-çaram entre os titulares, assim como o atacante Ri-cardo Oliveira. Mas nem bem a bola começou a ro-lar e uma das promessas da base santista deu o ar da graça.

Logo aos 3 minutos, o jovem Geuvânio rece-beu passe dentro da área, driblou e chutou. A bola desviou no veterano za-gueiro Fabiano Eller e en-trou no gol defendido por Juninho.

Santos. Com um gol contra e outro de Ricardo Oliveira, Peixe vence seu segundo jogo no Paulistão: 2 a 1 sobre o Red Bull Brasil

Peixe engata a segunda

Vanderlei; Victor Ferraz (Cicinho ), David Braz,

Werley e Chiquinho; Alison , Renato, Lucas Lima e Geuvânio; Thiago Ribeiro (Elano) e Ricardo Oliveira (Lucas Crispim). Técnico: Enderson Moreira

Juninho; Jonas (Everton Silva ), A. Marques,

Fabiano Eller e Romário; Andrade (Gustavo Scarpa), Jocinei, Lulinha; Wilson Júnior (Richelly), Raul e Edmilson. Técnico: Maurício Barbieri

21

• Gols. Fabiano Eller (contra) aos 3, Edmílson, aos 44, e Ricardo Oliveira, aos 46 minutos do 1o tempo

• Arbitragem. Rodrigo Guarizo do Amaral

SANTOS

RED BULL BRASIL

O Peixe tomava conta do duelo. Criava oportuni-dades, mas não ampliou e acabou castigado. Aos 44, após cruzamento de Jo-nas, Edmílson cabeceou, sem chances para o golei-ro Vanderlei.

Nem deu tempo do Red Bull comemorar. No mi-nuto seguinte, Thiago Ri-beiro sofreu pênalti de

Juninho, convertido com precisão por Ricardo Oli-veira: 2 a 1.

No 2o tempo, o Santos diminuiu o ritmo, valori-zou mais a posse de bola e conseguiu garantir sua se-gunda vitória no torneio. Nos minutos finais, o Peixe ainda perdeu o lateral Cici-nho e o técnico Enderson Moreira, expulsos. METRO

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015www.readmetro.com |16| ESPORTE

1O vilãodo dia.

O zagueiro Vitor Hugo fez um bom jogo, mas recuou fraco a bola que Petros roubou e entre-gou de bandeja para Da-nilo marcar o gol.

2Visitante saiu feliz.

Depois de todo o im-bróglio que quase tirou a torcida corintiana do clássico, os alvinegros empurraram o time du-rante todo o jogo. Ao to-do, 29 mil torcedores fo-ram ao estádio.

3Cadê o fair play?

Advertido com cartão amarelo por ‘fazer ce-ra’ na reposição, o golei-ro Cássio ignorou a bola que estava ao seu lado pa-ra buscar outra. O árbitro não perdoou e mandou o goleiro para o chuveiro mais cedo. Cássio, no en-tanto, disse que não havia visto a bola. METRO

1

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1 . CESAR GRECO/FOTOARENA 2 . RICARDO NOGUEIRA/

FOLHAPRESS 3 . LEVI BIANCO/FOLHAPRESS

Cenas

Por muito pouco, a torci-da do Corinthians não pôde comparecer à Arena Palmei-ras para assistir o clássico contra o maior rival. Mas fo-ram. E os que foram, estão na história. Afinal, foi o pri-meiro duelo entre as duas equipes no estádio alviver-de. Em jogo válido pela 3a ro-dada do Campeonato Pau-lista, o Timão saiu vencedor por 1 a 0 com gol de Dani-lo – e a incrível colaboração do zagueiro palmeirense Vi-tor Hugo.

A principal surpresa na escalação palmeirense foi a ausência de Dudu. Ainda fo-ra das suas melhores con-dições físicas, ele ficou no banco de reservas. Do lado corintiano, o colombiano Mendoza e o meia Danilo fi-guraram entre os titulares.

Oswaldo de Oliveira que-ria pressão na saída de bola do Corinthians. E foi o que o Palmeiras conseguiu fazer nos primeiros dez minutos. Mas o alvinegro equilibrou as ações. E foi às redes, com Guerrero aproveitando o re-bote de Fernando Prass. Mas o gol foi anulado porque ele estava impedido.

As chances de gol eram escassas, apesar de uma bola na trave de cada time

Indigesto. No primeiro clássico entre Palmeiras e Corinthians na arena alviverde, Timão vence por 1 a 0, com gol de Danilo. Goleiro Cássio foi expulso por retardar reinício do jogo

Danilo (20) entrou para história: foi o autor do gol de deu a vitória ao Corinthians no primeiro clássico da Arena Palmeiras |RICARDO NOGUEIRA/FOLHAPRESS

“É importante ajudar, e nesses jogos grandes sempre tive essa condição de decidir. Quero que continue sempre assim” DANILO, MEIA DO CORINTHIANS

“Faltou só a gente finalizar melhor. Não deixamos o time deles jogar, fomos bem melhores, mas são coisas do futebol” ROBINHO, MEIA DO PALMEIRAS

WILSONDELL’ISOLA METRO SÃO PAULO

Fernando Prass ; Lucas, Tobio, Vítor Hugo e Zé

Roberto; Amaral (Alan Patrick ), Gabriel, Allione (Rafael Marques), Robinho e Maikon Leite (Dudu); Leandro Pereira. Técnico: Oswaldo de Oliveira

Cássio ; Edílson, Edu Dracena, Gil e Fábio Santos;

Bruno Henrique, Ralf, Petros (Cristian), Danilo e Mendoza; Guerrero (Walter). Técnico: Tite

01

• Gol. Danilo, aos 32 minutos do primeiro tempo • Arbitragem. Raphael Claus, auxiliado por Marcelo Carvalho Van

Gasse e Anderson José de Moraes Coelho

PALMEIRAS

CORINTHIANS

Confusão marca o 1o clássico O entorno do estádio vi-rou uma praça de guerra uma hora antes do início do clássico entre Palmei-ras e Corinthians. A Po-lícia Militar lançou bom-bas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha contra torcedo-res organizados do Pal-meiras na rua Turiassú – por onde a torcida da casa entrava –, que ati-ravam de volta pedras, garrafas e até cadeiras. Bares da região foram destruídos.

No auge da confusão, a tropa de choque foi chamada e entrou em confronto com os pal-meirenses. Crianças e fa-mílias se abrigaram nos bares durante o conflito.

Dentro do estádio também houve confu-são entre torcedores al-viverdes e policiais no momento em que a po-lícia tentou isolar os co-rintianos do restante. Imagens também mos-traram corintianos bri-gando entre si. METRO

Clima de guerra

O jogo ficou truncado e o técnico Tite mandou seus co-mandados abafarem a saída de bola.

A estratégia deu resulta-do aos 32 minutos. Com a ajuda de uma bobeira incrí-vel do palmeirense Vitor Hu-go. Pressionado por Petros, o zagueiro tentou recuar pa-ra Prass, mas bola foi fraca. O volante corintiano chegou antes do goleiro e mandou para o meio. Danilo, com o gol aberto, só empurrou.

Na volta do intervalo, com Dudu no lugar do im-produtivo Maikon Leite, o Palmeiras cresceu. E a pres-são aumentou após os 11 mi-nutos, quando Cássio foi ex-pulso por retardar o jogo.

O Palmeiras subiu de pro-dução e passou a controlar a bola no campo rival. Mas quem deu o maior susto foi

o Corinthians, com Mendo-za. O colombiano arrancou em contra-ataque do cam-po de defesa, passou por Gabriel e parou apenas nas mãos de Fernando Prass.

O Palmeiras respondeu com Lucas, que saiu na cara de Walter, mas chutou em cima do goleiro alvinegro.

O tempo passava e a pres-sa palmeirense aumentava. Junto com a pressão. Mas a posse de bola na intermediá-ria rival não se transformava em chances claras de gol. Jo-gando com inteligência, o Ti-mão enroscou o jogo e levou para casa a vitória.

Na arena palmeirense, fo-ram os corintianos que can-taram mais alto.

‘Au,au,au,Danilo é

animal!’