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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Jonaldo Silva de Souza
Políticas Públicas do PDE e do PDDE : Instrumentos de participação nas decisões escolares.
Salvador 2015
Jonaldo Silva de Souza
Políticas Públicas do PDE e do PDDE : Instrumentos de participação nas decisões escolares.
Projeto Vivencial apresentado ao Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica. Orientador: Prof. Moacir Freitas Borges
Salvador
2015
Jonaldo Silva de Souza
Políticas Públicas do PDE e do PDDE : Instrumentos de participação nas decisões escolares.
Projeto Vivencial apresentado como requisito para a obtenção do grau de Especialista em Coordenação Pedagógica pelo Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia.
Aprovado em janeiro de 2016.
Banca Examinadora
Primeiro Avaliador.____________________________________________________
Segundo Avaliador. ___________________________________________________
Terceiro Avaliador. ____________________________________________________
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem a sua permissão nada seria possível. A minha esposa, Josilene Maria (Ró), pelo carinho, dedicação e compreensão. A meus filhos John e Hayanne fontes de minha inspiração. A meu orientador Prof. Moacir Freitas Borges pelo apoio dado durante a realização deste trabalho. A tutora Leia Jerusa pela pareceria que foi estabelecida durante o curso. Finalmente a todos os Professores e equipe CECOP que não mediram esforços para que pudéssemos chegar ao final desta jornada.
SOUZA, Jonaldo. As Políticas Públicas do PDE e do PDDE: Instrumentos de
participação nas decisões escolares. 2015. Projeto Vivencial - Especialização em
Coordenação Pedagógica–Programa Nacional Escola de Gestores, Faculdade de
Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
RESUMO
O presente trabalho tem com o objeto de estudo O Papel das Políticas Públicas: PDE-Escola e PDDE no desenvolvimento da escola e na transformação da realidade, diagnostica e analisa se na Escola Pública X da zona urbana da cidade de Macaúbas, existe uma participação ativa dos diferentes segmentos da comunidade escolar na tomada das decisões, na elaboração e acompanhamento das ações do PDE-Escola e do PDDE, utilizando estas políticas como instrumento para modernização e fortalecimento da gestão. Para desenvolver o trabalho optou-se por uma pesquisa bibliográfica dialogada com teóricos e documentos oficiais que abordam o tema e por pesquisa de campo. O material utilizado para coleta de dados constitui-se de questionários específicos para os diferentes segmentos da comunidade escolar(Pais, alunos, professores, APM, equipe pedagógica e diretora). Com os resultados obtidos percebeu-se a falta de autonomia, de liberdade e pouca participação dos agentes envolvidos nas decisões escolares, fazendo-se necessário executar ações que vise ampliar a participação ativa de todos os envolvidos nos assuntos escolares. Palavras –chaves: Políticas Públicas-PDE e PDDE. Participação. Comunidade escolar.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................. 6
1. MEMORIAL................................................................................................. 9
1.1 Memórias de um educador/coordenador.................................................... 9
2. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 14
2.1 Políticas Públicas:Programa de Dinheiro Direto na Escola- PDDE e Plano
de desenvolvimento da Escola-PDE............................................................
14
3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 22
3.1 Políticas Públicas do PDE e PDDE na escola: Compartilhando benefícios
e responsabilidades......................................................................................
22
3.2. Organização da proposta de intervenção..................................................... 22
3.3 Contextualização da escola.......................................................................... 23
3.4 Aplicação do instrumento de pesquisa......................................................... 24
3.4.1 Resultados e discussões.............................................................................. 26
3.4.1.1 Questionário dirigido à direção das escolas................................................. 26
3.4.1.2 Questionário dirigido aos professores da escola.......................................... 27
3.4.1.3 Questionário dirigido à equipe pedagógica (coordenadora) da escola ....... 31
3.4.1.4 Questionário dirigido aos funcionários das escolas...................................... 31
3.4.1.5 Questionário dirigido aos alunos................................................................... 32
3.4.1.6 Questionário dirigido à APM (Associação dos Pais Mestres) da escola....... 35
3.5. Operacionalizando a proposta de intervenção.............................................. 41
3.5.1. Atividades a serem realizadas durante a intervenção................................. 41
3.6 O que espera............................................................................................... 45
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 47
REFERÊNCIAS........................................................................................... 49
APÊNDICES.................................................................................................. 52
6
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objeto de estudo, O Papel das Políticas Públicas:
PDE-Escola e PDDE no desenvolvimento da escola e na transformação da
realidade. Parte da seguinte questão norteadora: Na escola X, do município de
Macaúbas existe uma participação ativa da comunidade escolar (pais, professores,
alunos, apoio,coordenação e administrativo) para a tomada das decisões na
elaboração e acompanhamento das ações do PDE-Escola e PDDE?.
A escolha do tema se deu a partir das discussões que se fizeram presentes
ao longo do curso de especialização em coordenação pedagógica, das experiências
vivenciadas quando trabalhei com gestores de escolas públicas e de ser testemunha
ocular das dificuldades e das resistências enfrentadas por conta do pouco
envolvimento da comunidade escolar na tomadas das decisões dentro das escolas,
a cada reunião que participava nas escolas percebia o quanto era difícil encontrar
representantes para participarem da elaboração e acompanharem as ações das
políticas públicas implantadas, quando conseguia, algum voluntário, apresentava
apenas o nome, mas dificilmente se envolvia para conhecer e saber os benefícios
que estas políticas poderiam trazer para a escola e automaticamente para melhoria
da aprendizagem dos alunos, e que através desta escolha, procuro sistematizar
centrado nas análises realizadas fazer um esboço geral de como se dá a
participação e a relação entre os agentes envolvidos e instituição de ensino na
tomada das decisões na Escola X no que se refere às políticas públicas.
Como objetivo geral, pretende diagnosticar e analisar se na Escola Pública da
zona urbana da cidade de Macaúbas, existe uma participação ativa dos diferentes
segmentos da comunidade escolar, na tomada das decisões , na elaboração e
acompanhamento das ações do PDE-Escola e do PDDE, utilizando estas políticas
como instrumento para modernização e fortalecimento da gestão. Especificamente,
espera diagnosticar a opinião do diretor, professores, equipe pedagógica,
funcionários, APM_Associação de Pais e Mestres e alunos, sobre a autonomia na
tomada de decisões referentes aos assuntos escolares; sensibilizar os agentes da
comunidade escolar para o envolvimento na elaboração e acompanhamento das
ações realizadas pela escola especialmente do PDE/Escola e do PDDE; entender
como se dá a participação da comunidade escolar na tomada das decisões dentro
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da escola;. efetivar participação significativa de representantes de todos os
segmentos da comunidade escolar nas decisões a serem tomadas pela unidade de
ensino no processo de elaboração e acompanhamento das ações do PDE-Escola e
do PDDE.
Para alcançar os objetivos propostos, optou-se por pesquisa bibliográfica
desenvolvida a partir de diálogos com os teóricos e documentos oficiais que tratam
sobre o tema, e através de uma pesquisa de campo, será analisado se existe a
participação efetiva dos diversos segmentos que compõe a comunidade escolar na
tomada das decisões referentes às Políticas Públicas do PDE e PDDE, dentro da
escola,
A realidade brasileira é caracterizada pela pouca mobilização de sua população para explicitar uma disposição de utilizar os instrumentos da democracia participativa. Acrescenta-se ao fato de a maioria das organizações sociais se constituírem em representações relativamente frágeis, tendendo a estabelecer relações particularizadas. (JACOBI, 2008. p. 8).
Uma das formas de democracia participativa que o autor menciona pode ser
praticada na escola, e as Políticas Públicas do PDE-Escola e PDDE aparece como
instrumentos fundamentais para efetivar a participação de todos os segmentos que
representam a unidade escolar na elaboração e acompanhamento das ações
visando a melhoria no processo de ensino e aprendizagem dentro das escolas
públicas, com o presente estudo espera-se compreender como se dá a participação
da comunidade escolar nas decisões tomadas dentro da escoa X, analisando a partir
da aplicação de questionários direcionados ao diversos segmentos que atuam
dentro da escola. Com os resultados obtidos, propõem-se ações que possa ampliar
a participação e conscientização da comunidade escolar, da importância de se
elaborar um planejamento estratégico de maneira participativa coordenado pela
liderança da escola e sua equipe, onde todos possam ser envolvidos na tomada das
decisões, de forma que utilize as políticas públicas como instrumento de sustentação
e expansão do processo de desenvolvimento da educação que escola oferta.
Assim, o presente trabalho apresenta num primeiro momento, um memorial
onde relato sobre a minha trajetória pessoal, profissional e acadêmica, num segundo
momento, apresenta um diálogo com teóricos e documentos oficiais que abordam
as Políticas Públicas.
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Visto a relevância das Políticas Públicas do PDE e do PDDE para o
desenvolvimento da educação e com o intuito de entender como se dá a
participação dos agentes envolvidos nas decisões escolares, num terceiro momento
apresenta-se uma proposta de intervenção contendo as informações obtidas através
de uma pesquisa-ação realizada na escola X, do município de Macaúbas, com
representantes dos diversos segmentos que compõem a comunidade escolar,
fazendo uma análise dos resultados obtidos e a partir da análise apresenta ações a
serem desenvolvidas na escola, com o intuito de estimular e efetivar a participação
dos agentes envolvidos na elaboração e execução das ações especialmente no que
diz respeito às políticas públicas do PDE e do PDDE.
Seguindo orientação do Assessor Pedagógico do Polo de Macaúbas, Cláudio
Oliveira, em lugar de referenciar pelo nome real o local que é o foco da proposta de
intervenção deste TCC, foi utilizado o pseudônimo Escola X. A medida tem como
propósito salvaguardar a instituição.
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1. MEMORIAL
1.1. MEMÓRIAS DE UM EDUCADOR/COORDENADOR
Escrever um memorial permite ao leitor perceber o conjunto de atividades de-
senvolvidas pelo autor, bem com as impressões do mesmo, destacando momentos
mais significativos e experiências relevantes. Este memorial será apresentado como
requisito parcial e obrigatório para conclusão do Curso de Especialização em Coor-
denação Pedagógica, Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica,
promovido pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.
Procuro descrever os acontecimentos sobre a minha trajetória de vida aca-
dêmico-profissional e intelectual, onde destaco as informações mais significativas,
as dificuldades encontradas, as experiências adquiridas no âmbito profissional, o
aprendizado do dia a dia, as inquietações sobre como se dá a participação da co-
munidade escolar no acompanhamento das políticas públicas implantada na escola,
bem como as expectativas em relação ao futuro da minha prática como coordenador
depois das contribuições que o curso de coordenação pedagógica me proporcionou.
Ao concluir o magistério, tive algumas experiências fora da educação, só in-
gressei na área quando passei no concurso público no ano de 1999 no município de
Macaúbas, ano que também iniciei um curso de formação continuada EDUCARTE,
onde havia encontros a cada 15 dias para as formações. Em agosto do mesmo ano,
ingressei no curso de Licenciatura em Pedagogia ofertado pela UNEB, esta fase da
minha vida era de mudanças, pois ao mesmo tempo que atuava como professor do
ensino fundamental I, também fazia um paralelo das teorias estudadas tanto no cur-
so de formação continuada como no de pedagogia com as práticas vivenciadas em
sala de aula, foi uma experiência gratificante em minha vida, pois o sonho de fazer
diferente e assim realizar transformações na educação me acompanhava a todo ins-
tante, talvez porque fazia parte de uma nação que estava passando por muitas mu-
danças e sonhava que estas também ocorressem na educação.
Com as teorias estudadas na época, a exemplo do construtivismo, achei que
poderia revolucionar com práticas inovadoras, pois o que prevalecia eram práticas
tradicionais, nas quais os conhecimentos eram apenas transmitidos aos alunos co-
mo se eles não soubessem nada. Com o aprendizado adquirido tanto no curso de
formação quanto no curso de pedagogia, passei a pautar a minha prática nos ensi-
namentos de Freire (1996), partindo do principio que ensinar não seria apenas
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transmitir conhecimentos e sim criar possibilidades para a sua produção ou sua
construção.
Ainda em 1999, Participei de: treinamentos de IEC- Informação, Educação e
Comunicação, ofertado pela coordenação regional da Bahia, encontros de sensibili-
zação de leitura promovido pelo Núcleo de Leitura da Universidade Estadual de Fei-
ra de Santana. O curso de formação continuada EDUCARTE, finalizou no ano 2000,
continuei no curso de pedagogia o qual conclui em dezembro de 2001, depois de 3
anos iniciei a especialização em Matemática Ciências e Suas Tecnologias pela Fa-
culdade Internacional de Curitiba-FACINTER, foi um curso muito bom, pois adquirir
aprendizados significativos para a minha formação docente, concluindo em 2005.
Em todas as formações acadêmicas que tive, sempre busquei as resposta para as
minhas indagações de sala de aula, comprometido com o aprendizado e com a
busca do conhecimento. No ano de 2002 a 2004 participei dos cursos de formação
continuada em serviço-PCN em Ação promovido pela Secretaria de Educação do
Município de Macaúbas, de 2009 a 2014, do Programa Brasil Alfabetizado, promovi-
do pela Secretaria de Educação do Município em parceria com o MEC, no mesmo
período participei também de encontros de formação promovido pelo MEC/FNDE
relacionados às Políticas Públicas/Programas e Projetos ofertados pelo governo fe-
deral.
Gosto muito de estudar e descobrir coisas novas, e para aperfeiçoar cada vez
mais na prática pedagógica, tinha um sonho, que era de fazer o curso de especiali-
zação em coordenação pedagógica, mas não tinha como sair para os grandes cen-
tros para fazê-lo, de repente surgiu a oportunidade aqui mesmo no município de Ma-
caúbas através da modalidade a distancia, foi quando em 2014 finalmente ingressei
na especialização em coordenação pedagógica, ofertada pela escola de gesto-
res(UFBA), a qual estou em fase de conclusão e que vem proporcionando momen-
tos de muita aprendizagem e de muitas reflexões da minha prática enquanto coor-
denador, pois foi através destes estudos que fui aguçado a buscar uma resposta
para as minhas angustias enquanto profissional. Como trabalho buscando implantar
as políticas públicas educacionais nas escolas, tenho muita dificuldade em conseguir
o envolvimento de toda comunidade escolar no processo de implantação, o que tem
comprometido a efetivação das minhas práticas enquanto coordenador, fato este
que vem fazendo com que estude cada vez mais na busca de uma resposta para
minhas indagações.
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Além deste curso, também estou fazendo 2ª licenciatura em Biologia pela Fa-
culdade Regional de Filosofia Ciências e Letras de Candeias (FAC), e faço também
bacharelado em contabilidade pela UNOPAR.
Em março de 1999, depois de aprovação em concurso público, iniciei as mi-
nhas atividades de docência numa escola situada na zona rural do município, onde
lecionei para uma turma multisseriada (pré a 4ª série) com 45 alunos, fiquei assusta-
do com a quantidade de educandos, pois tinha medo de não dá conta, foi uma expe-
riência que ficou marcada em minha vida, pois foi um desafio, já que antes só tinha
tido experiência de docência no período de estágio na época que conclui o magisté-
rio. Foi uma tarefa árdua, pois me deparava com muitas dificuldades e o medo de
não conseguir desenvolver um bom trabalho me rodeava a todo instante, fiquei 7
meses com esta turma, no mês de agosto do mesmo ano, passei no vestibular da
UNEB para fazer o Curso de Licenciatura em Pedagogia, naquele momento, fui
transferido para um Colégio Municipal também na zona rural, para lecionar para uma
turma de 4ª série, esta foi uma experiência que ficou muito marcada em minha vida
profissional, como estava ao mesmo tempo fazendo cursos de formação continuada
e o curso de licenciatura em pedagogia como foi mencionado anteriormente, tive um
suporte teórico muito bom para desenvolver minhas atividades de docência. A turma
era muito boa pra trabalhar os alunos muito interessados, os trabalhos transcorriam
de forma muito tranquila. Quando concluir o curso de pedagogia, fui transferido para
lecionar na 5ª e 6ª série ministrando aulas de Língua Portuguesa ainda no mesmo
colégio, no qual fiquei trabalhando até o ano de 2005 quando fui transferido para
outro Colégio Municipal situado na zona urbana. Assumir uma turma de Educação
de Jovens e Adultos (1ª a 4ª série), depois fui lecionar para turmas de 6ª e 7ª série
ministrando aulas de matemática e ciências, e neste mesmo ano também assumir
atividades de coordenação neste mesmo colégio. Foi uma experiência muito boa,
pois conseguir neste período viver as duas faces da “moeda”, desenvolver trabalhos
de docência e de coordenação o que me fez crescer muito como profissional.
No ano de 2007 fui transferido para a Secretaria Municipal de Educação para
desenvolver atividades de coordenação trabalhando com várias escolas do municí-
pio, assumir a coordenação de vários programas do Ministério da Educação como
PDDE, PDE, PROINFO, PAR, Caminho da Escola, PDDE-Água na Escola, Acessibi-
lidade, Brasil Alfabetizado, onde sempre desenvolvi minhas atividades com afinco,
fiz a adesão de todos estes programas/projeto, implantei em várias escolas da rede
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muitos deles, mas o que ainda me angustia é porque percebo pouca participação de
toda comunidade escolar nas decisões, pois há mais de oito anos venho trabalhando
frente a frente com as unidades de ensino do município de Macaúbas, para apresen-
tar e orientar os gestores a implantarem as políticas públicas oferecidas pelo ente
federado (MEC/FNDE) nestas unidades, mas tenho encontrado muitas resistências
por parte da comunidade escolar (pais, professores, coordenação,alunos, apoio e
administrativo) em participar da tomada das decisões, fato que vem dificultando o
trabalho, mas Machado(2000), salienta que devemos incentivar a participação da
sociedade na educação, uma vez que necessitamos da representatividade de cada
segmento da unidade escolar para acompanhar e executar as ações destas políticas
públicas dentro das escolas, e a pouca participação do povo nas decisões a serem
tomadas, tem dificultado bastante o meu trabalho, especialmente no que diz respeito
às políticas do PDDE-Escola e o PDDE, pois nem sempre as ações previstas em
cada política implantada são executadas como deveria, impossibilitando assim a me-
lhoria da qualidade de ensino e o envolvimento de todos para que estas políticas
realmente sejam efetivadas nas escolas.
Estudar estas políticas públicas no curso de especialização em coordenação
me fez refletir bastante e me incentivou para escolhê-las como objeto de estudo, e
assim poder entender melhor o que acontece no contexto escolar, pois nos momen-
tos das reuniões temos uma dificuldade muito grande de encontrar representantes
dos diversos segmentos da escola para compor os grupos de sistematização res-
ponsáveis pelo acompanhamento das ações dentro da Unidade escolar. A experi-
ência de trabalhar corpo a corpo com os gestores das escolas e de ser testemunha
ocular das dificuldades e das resistências enfrentadas por conta do pouco envolvi-
mento da comunidade escolar na tomadas das decisões me angustiava, em cada
reunião que participava percebia o quanto era difícil encontrar representantes para
participarem da elaboração e acompanharem as ações das políticas públicas im-
plantadas nas escolas, Oliveira(2010), evidencia que política pública refere ao de-
senvolvimento do trabalho junto à participação do povo nas decisões, e conseguir
isto era muito difícil dentro das unidades de ensino, as pessoas pouco se envolviam
para conhecer e saber os benefícios que estas políticas poderiam trazer para a es-
cola e automaticamente para melhoria da aprendizagem dos alunos, todos estes
fatos me motivou a escolher o tema para produzir o meu TCC/PV para que através
de um acompanhamento sistemático, possa entender como se dá a participação dos
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agentes envolvidos na tomadas das decisões dentro da Escola X, localizada na zo-
na urbana do município de macaúbas.
Atualmente, também estou atuando como coordenador do Polo da UAB-
Macaúbas onde tenho buscado junto às diversas Universidades do estado da Bahia
e de demais estados do Brasil cursos de licenciatura e especialização para os do-
centes e pessoas da sociedade civil.
Trabalhar como coordenador é uma tarefa árdua, depois que ingressei no
curso de Coordenação Pedagógica e agora concluindo, tenho outra visão sobre o
meu papel enquanto coordenador, uma vez que adquirir outros conhecimentos, e
novas formas de relacionamento e questionamentos, o que antes não era comum. A
necessidade de melhoria por meio de métodos inovadores e a busca incessante de
mudanças na forma de pensar e agir, fez com que eu valorizasse muito mais este
curso. Pois, a partir dele tive condições de fazer reflexões constante sobre a minha
prática, tenho trabalhado com uma nova visão em relação a coordenação pedagógi-
ca, procurando formar novas ideias, arrancando dentro de cada membro da equipe a
criatividade, instigando-os a novas descobertas e desafios de forma que posamos
superar as dificuldades e desenvolver com sucesso a nossa prática, buscando sem-
pre a participação de todos numa efetiva troca de experiências, utilizando de novas
estratégias que visam a melhoria da qualidade de ensino.
Muitas foram as contribuições que o curso de coordenação trouxe para mim,
pois tenho consciência do valor especifico de cada uma para minha prática, tudo que
aprendi foi de extrema importância fez com que eu tivesse uma melhor compreen-
são de mundo, despertando novas ideias, fortalecendo de forma bastante significati-
va o meu futuro profissional. Hoje minha postura enquanto coordenador é muito dife-
rente, espero que ao finalizar este curso e com a aplicação do projeto vivencial cons-
truído no trabalho de conclusão do curso, possa me ajudar a entender como se dá a
participação das pessoas na tomada das decisões dentro da escola, e assim como
coordenador, poder intervir nesta realidade para que as políticas públicas dentro da
unidade escolar seja realmente um compromisso de todos na busca da melhoria da
qualidade do ensino e assim, poder desenvolver um trabalho baseado na construção
coletiva para que toda equipe possa crescer juntos visando uma educação de quali-
dade para os alunos, organizando as ações de forma que possa intervir na realidade
e transformá-la, fazendo com que cada vez mais a educação avance no município.
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2.REVISÃO DE LITERATURA
2.1. POLÍTICAS PÚBLICAS: PROGRAMA DE DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA-
PDDE E PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA -PDE.
Oliveira(2010), diz que Políticas públicas são princípios que norteiam as
ações do poder público, são sistematizadas em documentos como leis ou programas,
que normalmente envolve recursos públicos, visam responder demandas de setores
veneráveis, com o objetivo de promover o desenvolvimento.
Para Saut(2007), as políticas públicas representam um ponto fundamental da
rede de garantia dos direitos, porque integram o conceito e a função social do
Estado, e porque constituem a primeira instância de soluções, possibilidades e
oportunidades de transformação da realidade.
As políticas públicas em educação são destinadas à manutenção e
perpetuação das relações existentes na esfera educacional, neste contexto, como
políticas públicas em educação, temos a criação do FUNDEF- Fundo de
Manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do
Magistério, hoje FUNDEB-Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica,
que foi criado para financiar a educação, Plano de Desenvolvimento da Escola(PDE),
Programa de Dinheiro Direto na Escola(PDDE), entre outras, que visam propiciar
melhorias no meio em que o aluno esta inserido, destinando recursos de forma a
contribuírem com a dinâmica educacional dentro das escolas para que possa
assegurar a melhoria na qualidade da educação, no rendimento dos alunos e nos
serviços educacionais, estas políticas públicas condiciona a necessidade da
participação da comunidade escolar nas atividades desenvolvidas na escola,
propondo a autonomia, encaminhando a comunidade escolar as atribuições de
gestão e manutenção financeira, onde possam adquirir serviços e materiais
necessários para desenvolver suas atividades.
De acordo com o Brasil (2004), as políticas públicas educacionais estão
direcionadas para a qualidade da educação voltadas a eficácia dos resultados do
rendimento escolar dos educandos, prioriza aspectos financeiros e administrativos
responsabilizando as unidades escolares por seus resultados, o ente federado
(governo federal ou estadual), é responsável para fixar padrões e coordenar normas
gerais, facilitar insumos para estimular o rendimento escolar, estabelece estratégias
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flexíveis para a aquisição dos recursos e monitorar o desempenho escolar.
A constituição federal de 1988 (apud BRASIL, 2004), cita que os estados e
municípios são obrigados a destinarem parte dos seus recursos para educação, a
emenda constitucional de nº 14/96, modificou algumas atribuições entre as esferas
de governo, cabendo pontuar a priorização financeira do ensino fundamental pela
instituição do Fundo Nacional e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e
Valorização do Magistério, a fim de distribuir entre os estados e os municípios
valores de acordo com o número de alunos matriculados no ensino fundamental,
cabendo a União complementar os fundos para os estados e municípios onde os
recursos não atingem o valor mínimo por aluno, o financiamento condiciona ao
desenvolvimento de determinados programas como é o caso do PDDE_Escola e do
PDDE.
O PDDE consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com o número de alunos, de acordo com o censo escolar do ano anterior ao do repasse. ( Brasil, 2004, pg. 2-15).
O Programa de Dinheiro direto na escola foi criado em 1995, chamava de
Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (PMDE), é um
dos mais importantes programas que financiam o ensino fundamental, tem
características de descentralização com foco na participação da sociedade na esfera
pública, em ações específicas no âmbito escolar, é um programa de caráter
suplementar, estimula a autonomia gerencial das escolas. O principal objetivo é
elevar a qualidade do ensino fundamental reforçando a participação social nas
unidades escolares, bem como contribuir para melhoria da infra-estrutura física e
pedagógica por meio de repasse de recursos financeiros ( BRASlL, 2001). Com a
finalidade de dá assistência financeira as escolas públicas de educação básica das
redes estaduais e municipais e as escolas de educação especial, esta política
pública de descentralização dos recursos propiciou as escolas receberem e gerirem
os seus próprios recursos. Com a medida provisória de nº 455/2009, de 28 de
janeiro e a lei nº 11497, de 16 (apud, BRASIL. 2001) passou a atender também
com recursos, o ensino médio e a educação infantil que tem como executor o FNDE-
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Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o qual repassa recursos em
caráter suplementar às escolas que são cadastradas no censo escolar.
Para implementação desta política nas unidades de ensino, o programa
também exige das escolas que constituem entidades de direito privados
denominadas Unidades Executoras(UEx).
Segundo documento do FNDE, que orienta acerca do Programa Dinheiro
Direto na Escola:
As unidades executoras, comumente chamadas de Caixa Escolar, Associação de Pais e Mestres ou Conselho Escolar constituem se em associações civis, sem fins lucrativos, elas passam a responsabilizar se pelo recebimento execução dos recursos financeiros transferidos pelo FNDE. ( Brasil: 2004, p.2).
A unidade executora, é uma exigência legal para que a escola possa receber
e gerir os recursos repassados pelo programa, que devem possuir CNPJ,
conta bancária, constituírem se como órgãos deliberativos com poder de compra,
após a tomada de preços em estabelecimentos comerciários ou prestadores
de serviços, conforme a situação.
A Resolução nº 10 do FNDE, de 22/03/2004, conceitua Unidade Executora é
a entidade ou instituição responsável pelo recebimento, execução e prestação de
contas dos recursos recebidos do FNDE, existindo três tipos: Unidade Executora
Própria (UEx) – entidade de direito privado, sem fins lucrativos, representativa da
comunidade escolar dos estabelecimentos públicos; Entidade Executora(EEX) –
prefeituras ou secretarias de educação que recebem os recursos das escolas que
não dispõem de UEx e Entidade Mantenedora (EM) – ONGs, sem fins lucrativos,
registrados no CNAS, responsável pelas escolas de educação especial. Uma das
principais exigências para a inserção no Programa refere se à estratificação das
escolas segundo o número de alunos matriculados, obrigando, conforme o caso, a
constituição de Unidade Executora. Antes se a escola tivesse de 20 a 99 alunos era
facultativo e, se tivesse mais de 99 alunos, a UEx era obrigatória. A partir de 2005,
todas as escolas com mais de 50 alunos passaram a ser obrigadas a constituírem
as suas UEx (BRASIL, MEC/FNDE Resolução nº 10/2004); A Resolução permite
ainda que escolas que tenham de 20 a 99 alunos na sua matrículas que recebem os
recursos, poderiam ainda, instituir Consórcio, ou seja, uma UEx para várias escolas,
desde sejam da mesma rede e que sejam, e com no máximo 5 escolas
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por consórcio.
O PDDE transfere recursos destinados ao fomento pedagógico e a
assistência da infra-estrutura, visando a qualidade do ensino, por conseguinte exige
a participação de todos os envolvidos de forma que consolide uma escola
democrática, integrando família, comunidade e escola, promovendo a autonomia
escolar e maior rapidez nas decisões e na racionalização dos procedimentos
administrativos, mas para efetivar todo processo é necessário que as escolas
tenham caráter jurídico, determinada pelas unidades executoras.
O recurso é repassado uma vez por ano e seu valor é calculado com base no número de alunos matriculados na escola segundo o Censo Escolar do ano anterior. O dinheiro destina-se à aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola; avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico; e desenvolvimento de atividades educacionais. (BRASIL, 2001)
Os recursos do PDDE são encaminhados à escola através de conta bancária
aberta pelo FNDE identificada pela Unidade Executora da escola, que representa
legalmente a escola, é constituída por membros da comunidade escolar local,
direção, funcionários, professores, alunos pais.
À unidade executora da escola recai a tarefa de planejar a execução dos recursos, que tem início com a reunião comunitária para identificar necessidades e eleger prioridades, prestar contas dos recursos à prefeitura e à secretaria de educação estadual ou distrital, conforme a vinculação da escola, realizar o efetivo controle social e possibilitar a autonomia escolar, autogestão dos seus recursos e o exercício da cidadania, concorrendo para o fortalecimento da democracia. (GUIMARÃES, 2006, p. 3-9).
Cabe a UEX, administrar os recursos oriundos dos órgãos federais, estaduais
ou municipais,.fomentando as atividades pedagógicas, a manutenção e conservação
física de equipamentos e a aquisição de materiais necessários ao funcionamento da
escola, que deve também prestar contas dos recursos repassados.
Os recursos são repassados observando os critérios que fundamentam a
legislação brasileira e de políticas públicas, com o objetivo de diminuir as
desigualdades sociais. As escolas com maior desnível socio-educacional, como as
do Norte, Nordeste e Centro-oeste são beneficiadas com um valor adicional caso
que não ocorre nas escolas das outras regiões, as escolas que cumprirem as metas
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estabelecida no IDEB, recebem uma parcela suplementar de 50% a mais no valor
do repasse.
Para o MEC, o PDDE é uma das medidas de política educacional focada na
descentralização, nos processos participativos e a autonomia da gestão escolar
como um dos meios para se alcançar a qualidade do ensino básico.
Ainda de acordo com Guimarães:
A União provém os recursos financeiros, define os critérios de repasse e transfere o dinheiro, acompanha e avalia o Programa, exerce o controle no âmbito federal, recebe e julga as prestações de contas aprovadas pelos governos municipais, distrital e estadual das escolas que recebem o crédito diretamente nas contas de suas unidades executoras e as prestações de contas das prefeituras e secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal, quando a escola não possui sua unidade executora própria, nos casos previstos na legislação.(GUIMARÃES, 2006.p.3).
No ano de 2007, o governo instituiu outra Política Pública Educacional que foi
o Plano de Desenvolvimento da Escola-PDE-Escola.
O PDE-Escola é um Programa de apoio à gestão escolar baseado no planejamento participativo e destinado a auxiliar as escolas públicas a melhorar a sua gestão. Para as escolas priorizadas pelo programa, o MEC repassa recursos financeiros visando apoiar a execução de todo ou parte do seu planejamento. (BASIL, 2011, p.20-22)
O programa tem como objetivo melhorar a qualidade da educação básica
pública, contribuindo com a melhoria da gestão das escolas e para enfrentar as
dificuldades de rendimento, frequência e permanência dos alunos. Para implantar e
planejar as ações do programa, as secretarias de educação necessitavam de aderir
o Plano de metas Compromisso Todos Pela Educação.
Em uma entrevista feita por Gustavo Heidrich, Dermeval Saviani professor da
Unicamp, disse que o grande ponto positivo do PDE é combater o ensino ruim que a
Educação Básica oferece, enfatiza que o programa está atrelado à permanência do
educando na escola e a melhoria do ensino.(BRASIL, 2004).
A ênfase do PDE é focada no aluno, a escola é a responsável pela melhoria
da qualidade de ensino, o programa tem o propósito de modernizar a gestão e
fortalecer a autonomia da escola, através de um planejamento estratégico
coordenado, pela liderança da escola de maneira participativa, buscando o apoio do
público para o desenvolvimento da mesma, as escolas priorizadas, recebem
19
recursos financeiros para que possam desenvolver suas ações buscando a melhoria
na educação.
Os recursos são repassados por dois anos consecutivos e destinam-se a auxiliar a escola na implementação das ações indicadas nos planos validados pelo MEC. Os valores são transferidos para as Unidades Executoras das Escolas são definidos em função do numero de matriculas do Censo Escolar do ano anterior. (Brasil, 2011, p.21-22)
Ao preparar seus planos a escola aponta seus objetivos, estratégias, metas e
plano de ação a serem alcançados, faz um diagnóstico de sua situação define
valores e sua missão, recebem apoio técnico para elaborar as suas ações,
organizam suas unidades executoras para receberem os recursos que são
repassados pelo FNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
diretamente para as escolas.
Um dos pontos fundamentais das políticas públicas em educação é garantir
que cada escola seja livre para construir sua gestão democrática e participativa com
a comunidade escolar. Contudo, Veronese (1999) destaca que política pública não é
sinônimo de assistencialismo e muito menos, de paternalismo, são ações, objetivam
a promoção da cidadania e a garantia dos direitos fundamentais a vida humana, a
exemplo da educação. Nesse sentido, todos devem ser responsáveis por cumprir de
forma ética os programas criados pelo governo de modo que fortaleça a educação
pública brasileira e possa garantir o acesso e permanência dos alunos nas escolas.
Para Dourado(2007,p.932), “O FNDE disponibiliza recursos que são
provenientes do salário-educação que são destinados à implementação de projetos
pedagógicos e para o desenvolvimento das atividades educacionais”. Para o autor, é
necessário o envolvimento e o comprometimento dos diferentes atores na tomada
das decisões dentro das escolas para que as políticas públicas realmente possam
ser efetivadas.
O envolvimento de todos é necessário para a organização do trabalho escolar,
para o monitoramento dos processos e para a avaliação dos resultados
educacionais, Os agentes devem está permanentemente empenhados na melhoria
da escola e do sistema de ensino aprendizagem, mas para isso é preciso investir na
integração dos envolvidos no trabalho escolar, buscando a participação da família e
da comunidade escolar para melhorar a qualidade do ensino dentro das escolas.Iisto
não significa apenas se fazer presentes em reuniões, é necessário que os
envolvidos apresentem propostas e opiniões num processo onde possam dividir
20
responsabilidades, em que o compromisso passa a ser de todos e cada um com
autonomia responsável e com bastante envolvimento desenvolvam ações
buscando resultados significativos. Para (FERREIRA, 2004, p. 1241), isto significa
tomar decisões, organizar e dirigir as políticas educacionais que se desenvolvem na
escola comprometidas com a formação da cidadania, no contexto da complexa
cultura globalizada, o autor complementa sinalizando que o gestor escolar deve
supervisionar e coordenar responsabilidades, garantindo a efetividade destas
políticas dentro das escolas, empenhando para que a melhoria do ensino
aprendizagem possa ocorrer num processo de integração de todos os envolvidos,
buscando a participação da família e da comunidade escolar nas decisões a serem
tomadas.
Luck (2009), também ressalta que é papel da escola e de todos nela
participantes; a articulação de esforços; o compartilhamento de responsabilidades
conjuntas; a formação de uma cultura transparente com base na ética e na justiça
expressas por equipes de trabalho comprometidas com os objetivos educacionais.
Luck (2002), também diz que a participação democrática na gestão escolar deve ser
principiada pelos conhecimentos dos papéis de cada profissional que direta e
indiretamente vivenciam as rotinas da escola, os projetos e a construção dos
documentos intrínsecos ao desenvolvimento do ensino na escola, especialmente no
Projeto Político pedagógico.
Casassus (2002), afirma: que as políticas públicas propiciam igualdade de
oportunidades para todos, nesse sentido, para que as políticas públicas realmente
se efetivem dentro das escolas, é necessário que todos os segmentos nela
envolvidos assumam o compromisso social, gestores escolares, agentes públicos,
pais, alunos, comunidade em fim, todos que compõem o sistema educativo, lutando
pelo mesmo objetivo, uma educação de qualidade, pois esta se desenvolve por meio
da socialização, onde políticas públicas devem ser implantadas e organizadas
coletivamente com o objetivo de desenvolver atividades que promovam a
aprendizagem vinculadas aos diferentes sistema de ensino.Para Bucci(2001), as
políticas públicas são instrumentos de planejamento, de participação e
racionalização popular, que devem fixar interesses em torno de objetivos que
buscam o desenvolvimento e o bem coletivo, assim a discussão das diferentes
ações realizadas na escola devem ser viabilizadas pela implementação do
processos de participação de todos nas decisões a serem tomadas, partilhando
21
sempre as responsabilidades de modo que o trabalho desenvolvido eleve o grau de
conhecimento e o compromisso de todos com os resultados educacionais, pois
segundo Ferreira (2003,p.50) “o sucesso de uma escola depende da participação de
toda equipe escolar e sobretudo da atuação de suas lideranças”, então todos devem
esta preocupados com o desenvolvimento das ações, comprometidos com a escola,
envolvendo em todas as questões de forma que as decisões sejam descentralizadas
contribuindo assim para implementação, execução e avaliação das políticas públicas
dentro das escolas.
22
3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
3.1.POLÍTICAS PÚBLICAS DO PDE E PDDE NA ESCOLA: COMPARTILHANDO
BENEFÍCIOS E RESPONSABILIDADES
Proposta de Intervenção apresentado ao Programa Nacional Escola de Ges-
tores da Educação Básica Pública(MEC), em parceria com a Faculdade de Educa-
ção, Universidade Federal da Bahia(UFBA), como requisito para a obtenção do grau
de Especialista em Coordenação Pedagógica (CECOP 3), Polo Macaúbas, eixo te-
mático – Políticas Públicas em Educação.
3.2. ORGANIZAÇÃO DA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Devido a várias mudanças tanto no sistema educacional, quanto na nossa
própria realidade, uma vez que estamos inseridos num sistema político educacional
dinâmico, faz-se necessário a constante participação de todos os envolvidos na to-
mada das decisões em qualquer instituição e na escola não é diferente uma vez que
ela possui um papel importante no processo de democratização da sociedade e na
busca da democracia participativa, pois a constituição Federal de 1988 no artigo
206, Inciso VI, estabelece a gestão transparente do ensino público e uma forma de
efetivar esta transparência é o compartilhamento de tomada de decisões e veicula-
ção de informações com vistas para melhoria da qualidade da educação.
Este trabalho tem como objeto de estudo: O Papel das Políticas Públicas-
PDE-Escola e PDDE no desenvolvimento da escola e na transformação da realida-
de, e para entender melhor como se dá o envolvimento dos agentes e se existe
uma participação efetiva na elaboração e no acompanhamento das ações do PDE-
Escola e do PDDE será feita uma pesquisa-ação dentro da Escola X,situada na zona
urbana do município de Macaúbas, para coletar informações a respeito do problema
levantado.Sobre pesquisa ação, (THIOLLENT, 1986, p. 25-33) diz que:
É um modo de conceber e de organizar uma pesquisa, tem finalidade de acordo com as exigências próprias da ação e da participação dos atores da situação observada, é uma estratégia de pesquisa que utiliza diversos métodos ou técnicas particulares em cada fase ou operação do processo de investigação, capaz de explorar as situações e problemas identificados na situação investigada.
23
Partindo desse pressuposto, serão feitas visitas na Escola X, com o intuito de
conhecer e interpretar a realidade observando a participação dos agentes envolvidos
nas decisões tomadas pela escola, onde através de grupo focal mediante a conver-
sas formais, será ouvido diretor, professor, pais, pessoal de apoio, administrativo, ao
tempo que será aplicado questionários com representantes de cada segmento com
o intuito de fazer um levantamento de informações sobre o problema estudado para
serem analisados posteriormente, em seguida será feita o tratamento das informa-
ções obtidas nas conversas e na aplicação dos questionários, a fim de permitir uma
melhor análise interpretativa das informações obtidas e assim poder entender me-
lhor como se dá o processo de participação dos envolvidos nas ações que a escola
executa, vale salientar que serão analisados somente as informações consideradas
mais relevantes para a realização do trabalho.
3.3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA
Situada no centro da Cidade de Macaúbas, às margens da BR 116, na região
sudoeste da Bahia, com uma população em sua maioria que vive unicamente da
agricultura e do comércio, a Escola X, é uma das cinco escolas municipais perten-
cente a zona urbana do município, fica localizada num bairro periférico da cidade,
onde existem famílias carentes e com vários problemas sociais, fundada no ano de
1988, para atender as crianças da comunidade hoje atende também das comunida-
des adjacentes, caracteriza-se por uma construção térrea de pequeno porte. Neste
ano, a escola matriculou 320 alunos, passou por reformas recente, possui 07 salas
de aula sendo que 5 delas dispõem de um espaço mais amplo e 02 com espaço
mais reduzido, mas funciona com 08 salas, sendo uma em espaço alugado, atende
alunos do ensino fundamental I, do 1º ao 5º ano com 08 turmas no turno matutino e
do Fundamental II 6º ao 9º ano, com 08 turmas vespertino.,Por ter passado por
reforma, no momento todos os ambientes se encontra em bom estado de conserva-
ção, existe uma sala destinada diretoria que compartilha o espaço com a secretaria
da escola, uma cantina, tem um pátio pequeno que funciona como sala de professo-
res, sala de AC, espaço para merenda, momentos para reunião e biblioteca, pois
não existem espaços específicos para cada um, existem banheiros masculinos e
femininos que estão em boas condições de uso.
24
A equipe é formada por 22 professores, 01 coordenador, 01 diretor e 02 Vice-
diretores todos com formação em nível superior e 18 funcionários, sendo eles admi-
nistrativo e pessoal de apoio.Todos os professores fazem parte do quadro efeito dos
servidores municipais, já o quadro administrativo e apoio na sua maioria são profis-
sionais contratados temporariamente.
Na escola possui uma Associação de Pais e Mestres(APM) que é constituída
por representantes de diversos segmentos da escola como (pais, professores, fun-
cionários) que formam a Unidade Executora da escola responsável para gerir os re-
cursos repassados pelo Governo federal, está implantando também o conselho es-
colar que terá como objetivo fortalecer a Gestão Democrática na escola e a consoli-
dação das ações de forma participativa, contribuindo decisivamente para a criação
de um novo cotidiano escolar onde a comunidade se identifica no enfrentamento,
não só nos desafios imediatos, mas dos diversos problemas vividos na realidade
escolar.
A escola tem Projeto Político Pedagógico o qual está sendo reformulado, pois
a última versão foi do ano 2012 e existe muitos dados desatualizados.Nos referenci-
ais teóricos abordados no seu PPP apresenta questões de natureza relacionadas à
gestão democrática, planejamento e avaliação, existe um regimento que é unificado
para toda rede Municipal o qual é enviado pela Secretária Municipal de Educação.
3.4. APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PESQUISA
Com o objetivo estabelecer um diagnóstico da situação escolar, dos proble-
mas existentes, inicia-se a fase que Thiollent (1986), chama de fase exploratória on-
de serão feitas reuniões através de grupo focal e aplicação de questionários com o
intuito de identificar as expectativas, os problemas e os diversos aspectos, coletando
informações das pessoas envolvidas na situação investigada.
Serão participantes desta pesquisa, 30 pessoas tanto do sexo masculino
quanto feminino envolvendo o Diretor, 01 representantes da Equipe
Pedagógica(coordenador Pedagógico), 06 representantes de Professores, 04
representantes de Funcionários, (sendo 02 administrativos e 02 apoio), 08
representantes de alunos, 06 representantes de pais e 04 Membros da APMF,
através da pesquisa-ação (conversas através do grupo focal, e aplicação de 30
questionários) serão coletadas informações para melhor entender o problema
25
levantado neste trabalho.
O material utilizado para coleta de dados foi elaborado especialmente para
essa pesquisa e constitui-se de questionários específicos para os diferentes
segmento da Comunidade Escolar contendo questões que visam diagnosticar e
analisar se na Escola X, os seus diferentes segmentos tem autonomia e liberdade
de ação, se conhece as ações desenvolvidas pela escola através das políticas
públicas educacionais especialmente do PDE e do PDDE, enfim entender como se
dá a participação de cada segmento na tomada das decisões dentro da unidade de
ensino.
A realização do trabalho seguiu as seguintes etapas :
1- Os questionários foram elaborados e submetidos à apreciação do Professor Moa-
cir, orientador do trabalho, com base nas sugestões foi feitas as modificações ne-
cessárias, visando tornar mais clara e adequada a sua aplicabilidade.
2- Aplicação do instrumento: Através de contato verbal com o Diretora da Escola
selecionada, foi solicitado a ela a possibilidade de agendar uma reunião com repre-
sentantes dos diversos segmentos da escola(pais, professores, alunos, funcionários,
e Associação de pais e Mestres, coordenadora) e autorização para a aplicação dos
questionários, com estes representantes.
3- No total resultaram 6 questionários, sendo 13 questões para o Diretor, 12 ques-
tões para os Professores, 13 questões para Equipe Pedagógica(coordenador), 12
questões para os Funcionários, 14 questões para os alunos e 09 questões para
APM. Para melhor compreensão de alguns dados, do total das questões existentes
nos questionários, algumas são comuns para todos os segmentos e ao final de cada
um abre espaço para que os entrevistados pudesse fazer comentário que se fizesse
necessário, serão analisadas as questões que dão melhor compreensão ao proble-
ma levantado .
4- A reunião foi agendada e no dia do encontro através do grupo focal conversamos
bastante, os questionários foram distribuídos a cada representante para serem
preenchidos conforme a disponibilidade de cada um e posteriormente seriam
recolhidos em sua totalidade, foi salientado que após responder aos
26
questionamentos que eles pudessem expor suas criticas e sugestões no espaço
destinado a comentários.
5- Análise dos dados dos questionários: foram feitas qualitativa e quantitativamente,
através de frequências e porcentagens dos dados separadamente por cada segmen-
to os quais foram analisados e apresentados por meio de gráficos.
3.4.1. Resultados e discussões
Para diagnosticar e analisar se na Escola X, localizada na zona urbana do
Município de Macaúbas, os seus diferentes segmentos, têm autonomia e liberdade
de ação, se conhecia as ações desenvolvidas pela escola através das políticas
públicas educacionais especialmente do PDE e do PDDE, enfim entender como se
dava a participação de cada segmento na tomada das decisões dentro da unidade
de ensino, foram coletadas opiniões de 30 pessoas que de alguma forma estão
envolvidas no processo educacional da escola.
3.4.1.1. Questionário dirigido à direção das escolas
A diretora respondeu que atua a mais de sete anos na unidade de ensino, que
a escola se mantém somente com recursos públicos, e que participação dos pais
nos assuntos da escola, é regular, que tem utilizado de algumas estratégias como
reuniões, implantação de projetos(mais educação, folclore, meio ambiente), entrega
de boletins somente aos pais, festas juninas, comemoração dos dias das mães e
dos pais, tudo com o intuito de aumentar a participação deles na escola, respondeu
que a escola havia implantada as Políticas Públicas Educacionais do PDE e do
PDDE e que a adesão era feita através da Secretaria Municipal de Educação, mas
que não contou com a participação de toda comunidade escolar na elaboração das
ações dessas políticas públicas, segundo ela alguns alunos, professores e funcioná-
rios tem conhecimentos das políticas públicas aplicadas na escola, mas que os pais
pouco participam das decisões, acrescentou algumas críticas no questionário apon-
tando que apesar dos esforços por parte da direção em fazer com que todos os en-
volvidos no processo educacional possam participar ativamente das decisões ainda
é pouco o envolvimento deles(pais, professores, alunos, funcionários, Associação),
na elaboração e no acompanhamento das ações do PDE e do PDDE, que encontra
27
muita resistência, por parte de alguns que alegam “não tenho tempo”, “que o que a
direção fizer está bom”, “que é a direção que sabe o que é melhor para a escola”,
em fim apresentam vários argumentos para não participarem ativamente das deci-
sões.
3.4.1.2. Questionário dirigido aos professores da escola
Através dos resultados obtidos, 67% dos professores responderam que o
relacionamento com a equipe pedagógica é boa, 17% consideram ótima e 16%
acham regular(gráfico 1)
Gráfico 1- Professor: Você considera a sua relação com equipe pedagógica e
com a direção:
.
Fonte: Elaboração Própria
Sobre a participação nas decisões e na elaboração das ações desenvolvidas
pela escola, o gráfico 2 mostra que 67% dos professores disseram que participam e
os outros 33% disseram que não.
Gráfico 2 - Você participa ativamente da tomada das decisões e na
elaboração das ações dentro da escola?.
67%
17%
16%
Boa
otima
Regular
28
Fonte: Elaboração Própria
No gráfico 3, mostra que 50% dos entrevistados disseram que conhecem as
políticas que a escola adota, e outros 50% disseram que não, os que responderam
sim citaram as políticas do PDE e do PDDE como exemplo de políticas adotadas
pela escola.
Gráfico 3 – Conhece as políticas que a escola adota?
Fonte: Elaboração Própria
Questionados se suas propostas são acatadas pela direção da escola, 67%
responderam não, 17% responderam sim e 16% responderam às vezes.(gráfico 4)
67%
33%
Sim Não
50%50%
sim não
29
Gráfico 4 – Suas propostas são acatadas pela direção?
Fonte: Elaboração Própria.
Na questão relacionada à participação na elaboração das ações do PDE e do
PDDE dentro da escola, dos 6 entrevistados 50% disseram que não participam, 33%
disseram sim e 17% disseram que não tinham interesse.(gráfico 5).
Gráfico 5 – Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE
dentro da escola?
Fonte: Elaboração Própria.
Os entrevistados que disseram não e que não tinham interesse em participar
67%
17%
16%
não
sim
Às vezes
50%
33%
17%
não
sim
Não teminteresse
30
da elaboração das ações citaram alguns motivos para justificar suas respostas como:
falta de tempo; por não acreditarem que as ações planejadas seriam colocadas em
prática, para eles nem sempre o que colocava no papel para ser realizado na escola
seria real, e que muitas ações que eram programadas para serem realizadas não
foram executadas; que somente a direção se envolvia e fazia da forma que achava
conveniente por isso, não tinham interesse em participar ativamente da elaboração
destas ações.
No gráfico 6, mostra que 33% dos professores disseram que às vezes as
opiniões das pessoas dentro da escola eram levadas em consideração, 16%
disseram que sempre e 50% responderam nunca.
Gráfico 6 – As opiniões dos diferentes segmentos da comunidade escolar são
ouvidas ou levadas em consideração?
Fonte: Elaboração Própria
Ao serem questionados como eles consideravam a relação entre escola e
comunidade e como era a participação da comunidade na escola, nos dois
questionamentos ocorreram os mesmos índices sendo que 66% disseram
responderam regular e 34% disseram que era boa. (gráfico 7)
Gráfico 7 – Como você considera a relação entre a escola e a comunidade e
como é a participação da comunidade na escola?
50%
33%
17%
nunca
Às vezes
sempre
31
Fonte: elaboração própria
3.4.1.3 Questionário dirigido à equipe pedagógica (coordenadora) da escola.
Questionada se tinha autonomia para tomar decisões nas questões escolares
a coordenadora respondeu que às vezes, que trabalha de 4 a 5 anos na escola,
conhece as políticas públicas do PDE e PDDE adotadas, mas que não participava
ativamente na elaboração das ações destas políticas, pois muitas vezes a diretora
fazia sozinha e como já tinha outras funções a desenvolver na escola, que não fazia
muita questão em participar, pois o processo de elaboração das ações eram muito
burocrático e que ocupava muito tempo, então que ela preferia que a própria direção
tomasse frente, considera a participação da comunidade na escola ruim, pois nem
sempre eles estão dispostos a ajudar, só aparece na escola quando é convidado,
salientou também que poucas vezes a direção acatam as propostas da equipe
pedagógica e que as políticas públicas do PDE e PDDE dentro da escola só é boa
porque traz dinheiro, mas que nem sempre as ações que são propostas nos planos
são desenvolvidas na sua integralidade, muitas são substituídas ou até mesmo não
realizadas.
3.4.1.4. Questionário dirigido aos funcionários das escolas
100% dos entrevistados disseram não ter autonomia para tomar decisões
dentro da escola. No gráfico 8 mostra que metade dos entrevistados disseram que
66%
34%
regular Boa
32
suas propostas nunca foram ouvidas pela direção da escola e a outra metade res-
ponderam que às vezes.
Gráfico 8 – Suas propostas são ouvidas e acatadas pela direção?.
Fonte: Elaboração Própria.
Em relação à participação na elaboração das ações do PDE e do PDDE, to-
dos os entrevistados responderam que não conhecem as políticas públicas adotadas
pela escola, e não participam da elaboração das ações, pois são contratados e
quase envolve muito nas decisões escolares, dois deles disseram que já ouviu até
falar nestas políticas em algumas reuniões mas que nunca se envolveram muito
porque acham que isto quem tem que fazer é a direção da escola.
Os funcionários entrevistados acrescentaram algumas criticas e sugestões
salientando que seria bom que a direção fizesse convites para que eles pudessem
participar das decisões da escola, pois dificilmente suas propostas são ouvidas, sali-
entaram que a escola recebe dinheiro do governo federal mas que eles não sabem
como são elaboradas as ações para este dinheiro chegar até a escola, disseram que
não entende nada sobre PDE e PDDE, porque eles são contratados e que vão para
escola fazem o seu trabalho e depois vão para casa, que não envolve muito nas de-
cisões tomadas.
3.4.1.5. Questionário dirigido aos alunos(8º e 9º ano)
50%50%
nunca às vezes
33
Os alunos foram questionados sobre o tempo que estão na escola e de acor-
do com as respostas dadas 62% deles estudam na escola desde a primeira série do
ensino fundamental, 25% responderam que estão desde a 5ª série e 13% disseram
que somente este ano.(Gráfico 9)
Gráfico 9 – Você estuda nesta escola desde:
Fonte: Elaboração Própria.
Constatou-se com os dados do gráfico 10 que 62% dos alunos responderam
que nunca tem liberdade de expor suas ideias nas questões escolares 25% disse-
ram que às vezes e 13% disseram sempre, já no gráfico 11, 75% deles disseram ter
mais liberdade de expor com os professores , 12% responderam com a equipe pe-
dagógica (coordenador) e 13% com a direção.
Gráfico 10 – Você tem liberdade de expor suas ideias:
62%
25%
13%
desde a 1ª série
desde a 5ª série
somente esteano
62%
25%
13%
nunca
Às vezes
sempre
34
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 11- Com quem você expõe suas ideias.
Fonte: Elaboração Própria.
De acordo com as respostas dos alunos 37% disseram que a direção não ex-
põe as ações desenvolvidas pela escola, 12% responderam que sim e 50% respon-
deram pouco. (gráfico 12).
Gráfico 12 – A direção expõe com frequência as ações desenvolvidas pela
escola.
Fonte: Elaboração Própria.
75%
12%
13%
Professores
EquipePedagógicaDireção
37%
13%
50% Não sim
Pouco
35
O que foi surpreendente na pesquisa é que 100% dos alunos disseram não
conhecer nenhuma política pública adotada pela escola e que não participam ativa-
mente na elaboração das ações do PDE e do PDDE. Responderam também que
não tem conhecimento das ações desenvolvidas pela escola.
Dos entrevistados, 75% disseram que as opiniões da comunidade nunca são
levadas em consideração pela direção e 25% disseram que as vezes. (gráfico 13).
Gráfico 13 – Você acha que as opiniões da comunidade escolar são ouvidas e
levadas em consideração :
Fonte: Elaboração Própria.
3.4.1.6. Questionário dirigido à APM (associação dos pais mestres) da escola.
A Associação de Pais, Mestres compreende o órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, que juntos visam a integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas educacionais da escola Pública,contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. (MAIA; BOGONI,2008, p. 11).
Sobre a participação dos pais nos assuntos da escola, 75% dos representan-
tes da APM disseram ser regular e 25% disseram boa, e o mesmo índice disseram
não percebem alguma estratégia utilizada pela escola para aumentar a participação
da comunidade nas decisões escolares(gráfico 14 e 15).
75%
25%
Nunca Às vezs
36
Gráfico 14 – Você considera a participação dos pais nos assuntos da escola:.
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 15 – A escola utiliza alguma estratégia para aumentar a participação
da comunidade na escola?.
Fonte: Elaboração Própria.
Dos que responderam que percebiam alguma estratégia, disseram que a es-
cola utiliza reuniões, festas em datas comemorativas para atrair a comunidade, mas
que poucos participam dos assuntos, quando veem, só participa da festa, mas não
se envolve muitos nos problemas da escola, pois acham quem deve resolver os as-
suntos da escola são professores e direção.
75%
25%
Regualr boa
75%
25%
Regular boa
37
Os dados do gráfico 16, mostram que 75% dos entrevistados responderam
não conhecer as políticas públicas adotadas pela escola e 25% disseram sim.
Gráfico 16 – Você conhece as Políticas públicas Educacionais adotadas pela
escola?
Fonte: Elaboração Própria
Os que responderam que conhecem as políticas Públicas apontaram o PDE e
o PDDE como exemplo, mas salientaram que não participam ativamente das ações,
pois só vem para as reuniões quando são convidados e mesmo assim é para reno-
var os membros da associação e não para elaboração das ações.
Todos entrevistados disseram que as ações desenvolvidas pela Associação
são divulgadas somente com a direção, em relação às decisões tomadas pela dire-
ção na elaboração das ações relacionadas às políticas públicas, 75% dos entrevis-
tados disseram concordar com as decisões da direção e 25% concorda as ve-
zes(gráfico 17), no que diz respeito ao empenho da escola para melhorar o acesso e
a participação de todos nas decisões o gráfico 18, mostra que 75% deles responde-
ram que a escola não têm empenhado muito, e 25% disseram que sim.
Gráfico 17 – Você concorda com as decisões da direção na elaboração e na
execução das ações desenvolvidas na escola no que diz respeito as politicas publi-
cas adotadas.
75%
25%
Não Sim
38
Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 18 – Acha que a direção da escola trabalha com empenho para melhorar o
acesso e a participação de todos nas decisões referentes a escola?
Fonte: Elaboração Própria.
Para os que disseram não em relação às decisões tomadas pela direção no
que diz respeito às políticas públicas, relataram que são tomadas muito fechadas
entre a equipe e só depois é que passam para eles, os que disseram que concorda
com as decisões relataram que é porque tem vindo dinheiro para escola então por
isso concordava, mas que eles mesmos desconhecem como são elaboradas as a-
ções e que gostaria de participar mais, mas não entendem muito sobre estes assun-
75%
25%
sim às vezes
75%
25%
não sim
39
tos então que sempre concorda com o que é feito porque não tem tempo de partici-
par de tudo.
Para maior esclarecimento sobre a visão que os agentes tinham sobre a
escola e sobre o que era feito nela, antes de distribuir os questionários,
conversamos bastante na reunião através do grupo focal, com representantes de
professores, pais, alunos e funcionários e coordenação e a direção, expus os
objetivos da reunião e a medida que falava muitos interrompia para fazer seus
relatos sobre a forma de como eram desenvolvidas as atividades na escola, em
seguida, falei sobre o questionário e apresentei para eles, propus que depois de
respondido o questionário que eles pudessem expor suas críticas ou sugestões que
considerassem importantes para o desenvolvimento das atividades na escola.Nas
conversas e nos comentários, relataram...
“Considero a escola boa, mas quase não temos muita liberdade de expor
opiniões e participar dos assuntos da escola.”.(fala de pais, professores, alunos)
Direção, professores, coordenadores, funcionários e APM, “o que falta é mais
vontade dos pais em participar das reuniões e dos encontros promovidos pela
escola”.
Todos disseram que a Direção era boa, mas desorganizada, falta gestão,
iniciativa e que não participavam muito das decisões que a escola tomava, pois não
tinham muito tempo e quem geralmente quem tomavam as decisões era a direção e
que alguns momentos passavam para eles, e em relação as políticas publicas do
PDE e do PDDE alguns Funcionários, professores e alunos, disseram que eles já
tinham ouvido falar na escola mas não sabem quais ações são feitas, só sabem
quando chega o dinheiro e quando presta contas, que é o momento que reúnem
alguns representantes, para falar.
Os professores também disseram que toda a comunidade deveria se
envolver mais nas decisões escolares e que nos momentos de reuniões todos
deviam ser ouvidos, que pudessem opinar, sugerir, criticar e participar do conjunto
de ações que movimentam a escola. Sugeriram que tivesse mais reuniões com a
direção e equipe pedagógica, para exposição do que ocorre na escola e assim
pudessem participar melhor da vida escolar e da elaboração dos projetos que
escola desenvolve dando suas opiniões e a direção expondo todas as condições
que existem na escola, seja pedagógica ou financeira, com isso, a escola teria
melhores condições de desenvolver o seu trabalho. A coordenadora acrescentou
40
que a escola não existe sozinha, que é necessário que haja o comprometimento de
todos os atores, a participação dos docentes, da comunidade, equipe pedagógica,
merendeira enfim, de todos os segmentos acrescentaram que forças devem ser
mobilizadas dentro da escola para que o corpo discente, docente pais, alunos,
funcionários possam ter liberdade de expor seus pensamentos, que todos os
assuntos pudessem ser discutidos de forma a se chegar a um consenso do melhor
para todos, que na escola possa haver maior troca de ideias e sugestões.
Os alunos disseram que a escola precisa melhorar em alguns pontos, como
exemplo: que eles fossem mais ouvidos pela direção e que as suas opiniões fossem
consideradas, pois muitos alunos aceitam tudo calado e tem até vergonha de falar,
segundo eles o pessoal da escola só reclamam dos alunos, e que a função deles
dentro da escola se resumia em apenas assistirem as aulas, salientaram ainda que
não sabem o que é PDE e nem PDDE.
Os representantes da APM, disseram que nem todos expõem suas opiniões
diante dos fatos ocorridos na escola, muitos acomodam esperando só para a direção
fazer, eles acreditam que todos tem a liberdade de expor suas opiniões, mas que a
escola precisa abrir espaço para que isto aconteça, percebem também a falta de
vontade das pessoas em participar das ações desenvolvidas pela escola, e que a
APM mesmo, deixa a desejar porque só vem na escola quando convidados para
eleição e posse dos membros ou quando é para prestar contas dos recursos
recebidos, alguns relatam que conhecem as políticas públicas do PDE e do PDDE,
que a escola já recebeu muito dinheiro através delas, mas que não sabem explicar
como são elaboradas as ações, pois poucos participam dos encontros.
Os funcionários abordaram que quase não são ouvidos pela direção na
tomada das decisões, salientaram que a responsabilidade de elaborar as ações é só
do diretor com sua equipe, mas o envolvimento dos outros segmentos é muito pouco,
que como funcionários não tem muito tempo em participar da tomada das decisões,
apenas ouvem o que a direção e professores falam, quase não dão opiniões,
preferem ficar calados, pois por serem contratados tem que aceitar tudo, então
acatam o que é determinado, não tem muita autonomia para decidir ou opinarem
sobre o que acontecem na escola, e que sabem muito pouco sobre o PDE e o PDDE,
já ouviram falar mais não sabem explicar como funciona.
41
3.5. OPERACIONALIZANDO A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 3.5.1. Atividades a serem realizadas durante a intervenção
Após verificar a pouca participação da comunidade escolar nas decisões e na
implementação das ações das Políticas Públicas do PDDE e PDE dentro da unidade
X, comprometendo o caráter participativo e democrático que deve orientar a relação
escola/comunidade, através de conversas por meio do grupo focal e dos
questionários aplicados com os agentes envolvidos, ficou evidenciado nas respostas
da maioria, de que os assuntos que tramitam no âmbito escolar ainda estão muito
centralizados no âmbito da gestão e que nas ações relacionadas às políticas
públicas, não existe a participação efetiva de toda comunidade escolar.
Para preencher algumas lacunas percebidas durante o diagnóstico realizado
na unidade escolar, no que diz respeito a implementação e organização das ações
do PDE e do PDDE e a tomada das decisões, se faz necessário desenvolver e
estimular na comunidade escolar o interesse em participar das ações desenvolvidas
pela escola, elaborando estratégias de acolhimento de toda comunidade local para o
interior da Unidade de Ensino, afim de esclarecer os benefícios e as
responsabilidades de cada um.
Uma intervenção no sentido de despertar o interesse de todos os agentes na
tomada das decisões dentro da escola, se faz necessária fortalecendo o processo
participativo onde possam compartilhar benefícios e responsabilidades em prol de
uma educação de qualidade.
Durante a intervenção, serão desenvolvidas ações para mobilizar as pessoas
e conscientizá-las a participarem de todo processo de tomada de decisões dentro da
escola, estabelecendo um elo de ligação entre todos, informando-os objetivamente e
de forma clara as particularidades que envolve o PDDE e o PDE para que a
assimilação e a consolidação das informações sejam efetivadas esclarecendo todos
os envolvidos no processo garantindo o caráter participativo e cooperativo.
O que fazer: Estabelecer parceria com a comunidade escolar, democratizando as informa-
ções buscando uma participação ativa da mesma na elaboração e execução
das ações das Políticas Públicas Educacionais do PDDE e PDE e na tomada
42
de decisões dentro da escola, com caráter participativo e que atenda aos inte-
resses e necessidades de todos os atores envolvidos.
Articular uma estreita relação entre todos envolvidos na comunidade escolar
estabelecendo uma participação ativa e cooperativa, nesse contexto a elabo-
ração de convites destinados a moradores da comunidade se faz necessário,
realização de palestras com profissionais da SEC de educação, reuniões, a-
lém da criação de painéis para divulgar as ações que envolve todo processo
do PDE e do PDDE na Escola X.
Esclarecer junto a comunidade escolar todas as informações relevantes sobre
o PDE e PDDE de acordo com as leis que regem tais políticas-MEC/FNDE).
Organizar encontros na unidade escolar convidando toda comunidade para
compartilhar dos benefícios e as responsabilidades acerca da utilização dos
recursos e da execução das ações do PDDE e do PDE.
Desenvolver junto com a comunidade escolar a importância da reflexão acer-
ca do PDE e do PDDE enquanto políticas públicas voltadas para a melhoria
da estrutura física e pedagógica da escola.
Motivar o grupo para o trabalho coletivo compartilhando as informações, pro-
porcionando um clima de respeito onde todos possam alcançar os objetivos
da escola com competência.
Possibilitar a articulação das informações, através de reuniões palestras,
buscando o auxilio e participação ativa da comunidade escolar (pais,
professores, funcionários, alunos, APM, direção, coordenadora) nas decisões
a serem tomadas relativas aos rumos a serem seguidos pela instituição.
Como fazer: Ação 1- Realizar duas reuniões na escola, uma a cada quinzena para criar uma
comissão de mobilização, que irá trabalhar para sensibilizar a comunidade escolar
da importância de participar e acompanhar a implantação das políticas públicas
43
dentro da escola, apresentando (leis, linhas de financiamentos) que orientam as
ações e o funcionamento do PDE e PDDE, seu processo de elaboração e
implantação, a importância destas políticas para o desenvolvimento da escola e
sobre tudo seus resultados.
Responsável- Direção e vice-direção
Envolvidos : Pais, alunos, professores e funcionários e representantes da APM.
Cronograma: Março de 2016
Instrumento/Evidência: Convite da reunião, Ata da reunião, fotos.
Ação 2: Organização da campanha de sensibilização
Responsável : Comissão
Envolvidos: Comissão, comunidade escolar.
Cronograma: 1ª quinzena-abril/2016
Produto/Instrumento/Evidência: Propaganda, cartazes, folders e fotos.
Ação 3- Campanha de sensibilização da comunidade escolar para participação na
elaboração e na execução das ações do PDE e do PDDE e na tomada das
decisões dentro da escola, através de cartazes, distribuição de convites e conversas
formais em sala de aula, visitas na comunidade(casas, igreja, bares,clube).
Responsável – Professores, comissão de mobilização.
Envolvidos: Professores, pais, alunos e funcionários, membros da APM,
coordenação, comunidade.
Cronograma: 2ª quinzena -abril/ 2016
Instrumento/Evidência: Fotos dos cartazes, convites, folders e depoimento da
comissão de mobilização.
Ação 4: Efetivação do Processo de sensibilização.
Responsável: comissão de mobilização
Envolvidos: Toda Comunidade Escolar(Pais, alunos, professores, direção,
coordenação e demais funcionários e comissão)
Cronograma:1ª quinzena – maio/ 2016
Produto/Instrumento/Evidencia: Fotos e depoimentos dos envolvidos.
44
Ação 5 : Realizar duas reuniões com a comissão e toda comunidade escolar
para divulgar as ações realizadas pela escola, esclarecer dúvidas a respeito
das informações relevantes sobre as políticas do PDE e PDDE, apresentar as
particularidades de cada uma.
Responsável: Direção, Professores e comissão mobilizadora.
Envolvidos: Toda comum idade escolar(pais, professores, alunos, direção,
funcionários, coordenadora, APM).
Cronograma: 1ª e 2ª quinzena –junho 2016.
Instrumento/Evidência: ata, lista de presença, fotos.
Ação 6: Criar um painel de divulgação e informações das ações realizadas na
escola.
Responsável: Direção e Coordenação Pedagógica, comissão mobilizadora.
Envolvidos: Todos da Comunidade Escolar
Cronograma: 1ª quinzena- julho 2016
Instrumento/ Evidência a : Painel e Fotos
Ação 7: Criar junto com os membros da comissão um cronograma
anual(calendário) de reuniões ordinárias para divulgação das ações que a
escola realiza, para motivar o grupo para o trabalho coletivo compartilhando as
informações, refletir a cerca das políticas públicas do PDE e do PDDE., realizar
palestras com profissionais da SEC para esclarecer dúvidas e incentivar a
participação de todos os agentes nas decisões a serem tomadas pela Unidade
de Ensino.
Responsável: Direção e membros da comissão e APM.
Envolvidos: Direção e membros da comissão e APM
Cronograma: 2ª quinzena- julho/ 2016
Instrumento/Evidência: Cronograma das reuniões ordinárias,
Ação 08 : Acompanhar o cumprimento do calendário das reuniões.
Responsável: Direção
Envolvidos: Direção comissão e membros da APM.
Cronograma: Durante todo ano letivo
Instrumento/ Evidência : Convite e atas das reuniões.
45
3.6 - O QUE SE ESPERA
Considerando os resultados obtidos através da pesquisa-ação, percebe-se
que através dos relatos da Direção que a escola tem buscado algumas alternativas
para que a comunidade escolar possa participar das decisões tomadas, mas nas
respostas dos representantes de cada segmento que foram envolvidos na pesquisa,
evidencia que estas alternativas que a direção tem utilizado não tem surtido muito
efeito para que a comunidade escolar(pais, professores, alunos, coordenadora e
APM) possam participar ativamente das ações desenvolvidas pela escola, pois na
sua maioria declaram ser alheios aos acontecimentos da escola, que algumas
determinações são passadas sem poderem ser questionadas, que as decisões são
muito centradas na direção, que nem todos tem o direito de se expressarem ou
sentem vergonha de falar ou expor-se, a maioria deles acreditam que é necessário
novas medidas para que realmente aconteça a participação de todos nos assuntos
da escola, que haja abertura para que todos os segmentos possam dar suas
opiniões.
Espera-se que com a aplicação dessas ações propostas na proposta de
intervenção, que os agentes envolvidos no processo educacional, possam ter mais
liberdade de expor suas ideias, discuti-las, escolher melhor e executar as ações
relacionadas às políticas públicas do PDE e do PDDE e na tomadas das decisões da
escola, óbvio que com o apoio da direção e da equipe gestora que fazem parte da
comunidade escolar, onde todos possam trabalhar, tomar decisões e assumirem
responsabilidades em conjunto, em que professores, pais, alunos, funcionários,
direção coordenação e APM possa ter uma boa relação, e que não apenas acatem
as decisões tomadas por este ou aquele segmento, mas que realmente participem
dessas decisões, que possam ter autonomia para expor suas opiniões em sua área
de atuação, que os alunos possam ter conhecimento das ações que a escola realiza
em sua totalidade e não apenas de forma fragmentada, pois nos relatos que eles
expuseram, na sua maioria não tem liberdade de falar e participar das decisões
escolares, que a participação dos pais e dos funcionários nos assuntos da escola
possa ter uma regularidade que não fique apenas restrito aos momentos de entrega
de resultados ou de reuniões para renovar membros de associação, pois (PARO,
2007, p. 25), diz que pode-se pensar em uma integração da comunidade com a
escola, em que ambos se apropriem de uma concepção elaborada de educação,
46
podendo favorecer para melhoria da aprendizagem do educando .
Que a direção possa expor amplamente as ações desenvolvidas para todos
os segmentos da comunidade escolar, dando liberdade para todos participarem e
expor suas opiniões participando dos projetos que a escola desenvolve.
Com a aplicação da proposta de Intervenção, espera que na escola possa
melhorar as relações, onde possa existir interesse das partes e uma participação
ativa de todos os envolvidos na tomada das decisões e no planejamento das ações
das políticas publicas do PDE e do PDDE, onde o dialogo possa prevalecer, o
respeito, a abertura a sugestões, autonomia e liberdade de expressão e de ações
que possam favorecer o bem de todos.
Desta forma, acredita que com os resultados desta pesquisa e com a
aplicação das ações propostas, possam incentivar a participação daqueles que
ainda não tem interesse em participar das decisões da escola e que a equipe
gestora possa tomar como base a ações propostas neste documento, e a partir
delas possam desenvolver outras que favoreça a participação de todos nas decisões
a serem tomadas.
47
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o problema levantado e os objetivos propostos no inicio deste
trabalho, conclui após o confronto com a análise dos dados obtidos, que a
participação dos agentes nas decisões escolares e na elaboração e
acompanhamento das ações do PDDE e do PDE dentro da Escola X, do município
de Macaúbas ainda está longe de ser considerada a ideal para o desenvolvimento
da escola e para a transformação de sua realidade, pois muitas decisões são
centralizadas na direção é preciso que busque estratégias diversificadas para atrair
os diversos segmentos(pais, professores, alunos, APM, equipe pedagógica) para a
tomada das decisões proporcionando abertura para que todos possam ter liberdade
de expor suas opiniões, participando ativamente das ações que favoreçam o bem
comum.
Partindo da premissa de que todos devem estar envolvidos no trabalho é
preciso ter flexibilidade no desenvolvimento das ações e entender que o processo de
mudança de atitudes deve acontecer numa perspectiva democrática favorecendo o
diálogo dentro da escola, Trhurler (2003, apud ALBUQUERQUE e AGUIAR, 2007,
p.19) já afirmava que mudança é a arte de “conciliar liberdade e restrição,
continuidade e ruptura, diversidade e coerência” com isso, é preciso buscar
instrumentos que se opõem ao centralismo, que seja capaz de motivar para a
mudança, para a participação de todos os envolvidos na tomada das decisões
dentro da escola, criando possibilidades para que os agentes sejam protagonistas
do processo numa práxis orientada por valores que nascem do trabalho coletivo
onde a comunidade possa se sentir mais participante na elaboração e
implementação das ações propostas pela escola, (SARUBI, 2003) salienta que este
deve ser um compromisso de todos, desenvolvendo uma ação educativa
transformadora, no intuito de articular-se aos interesses de toda comunidade. Esta
premissa, deve ser aplicada especialmente no que diz respeito às políticas públicas
do PDDE e do PDE, onde possa oportunizar a troca de saberes, promover a
interação e exercitar a responsabilidade de todos nos resultados das ações.
Faz se necessário assim, que a escola amplie as possibilidades de
participação da comunidade nas decisões a serem tomadas, não há uma receita
pronta para que tal participação ocorra é necessário conhecer as pessoas com quem
vai construir esta relação partindo das necessidades e possibilidades de cada um,
48
oportunizando canais de troca e momentos de discussões para que a relação seja
realmente construída por todos, focados numa escola de qualidade que possa
atender as demandas da sociedade na qual ela está inserida.
Portanto, as ações propostas no projeto de intervenção e qualquer outra
iniciativa precisam estar focadas no interesse coletivo, e aos atores envolvidos
nesse processo- gestor, pais, alunos, funcionários, APM, equipe pedagógica recaem
a responsabilidade pelo envolvimento com a melhoria da educação seja nos
aspectos pedagógicos, administrativos e estruturais da escola, para que as políticas
públicas implantadas através de uma soma de esforços possam realmente promover
o desenvolvimento da escola contribuindo para melhoria do ensino.
Vale salientar que o trabalho desenvolvido não encerra as discussões sobre o
tema, espera que os resultados da pesquisa realizada possam incentivar a
continuidade de futuros estudos e contribuir para a promoção de novas ações que
possam atrair cada vez mais a participação efetiva dos diversos agentes nas
decisões escolares.
49
REFERÊNCIAS
ALBURQUEQUE, Maria Helena Moura de; AGUIAR, Maria da Conceição Carrilho de.
Projeto Político Pedagógico e Gestão Autônoma da Escola. 2007.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE.
2001. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seb/index.php?option= content&task
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BRASIL. Ministério da Educação. Caderno 7: Programa Dinheiro Direto na Escol–
PDDE. 2004. Disponível em:<http://portal .mec.gov.br/seb/index.php?option= content
&task=vi ew&id= 868&Itemid =916>. Acesso em: 09 setembro 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de desenvolvimento da Escola – PDE. 2011.
Disponível em:< htttp//pdeescola.mec.gov.br/índex.php/o-que-e-pde-escola>. Acesso
em 21 de outubro 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-
ção.Conselho deliberativo. RESOLUÇÃO/CD/FNDE Nº 10, DE 22 DE MARÇO DE
2004. Dispõe sobre os critérios e as formas de transferência e de prestação de con-
tas dos recursos destinados à execução do Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE) e dá outras providências. Brasilia, DF, 2004.
BUCCI, Maria Paula Dallari et al. Direitos humanos e políticas públicas. São Paulo,
Pólis, 2001.
CASASSUS, Juan. A Escola e a Desigualdade. Brasília, Plano, 2002.
DOURADO, L. F. Políticas e gestão da educação básica no Brasil: limites e
perspectivas. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 921-946, 2007.
FERREIRA, N. S. C. Revista Educação e Sociologia, Campinas, v. 25, n. 89, p.
1227-1249, Set./Dez. 2004.
50
FERREIRA, N.S.C. Gestão educacional e o organização do trabalho pedagógico.
Curitiba: 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia a autonomia – Saberes necessários à prática educativa.
33. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GUIMARÃES, M. Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).2006. Disponível em:
<http://inovacao.enap.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_ view& gid=
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JACOBI, Pedro Roberto. Estado e educação: O desafio de ampliar a cidadania.Educ.
ver. online. 2008, nº 31, PP. 113-127. ISSN 0104-4060.
LÜCK, H. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Heloísa Lück. Curitiba:
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____. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. São Paulo: Cortez, 2002.
MACHADO, Ana Luiza. Papel dos Gestores Educacionais num Contexto de
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MAIA, Benjamin Perez; BOGONI, Gisele D’Angelis. Gestão
Democrática.Coordenação de Apoio à Direção e Equipe Pedagógica – CADEP.
2008.Disponível em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ portal/ cadep/ gestao
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OLIVEIRA, Adão Francisco de. Políticas públicas educacionais:conceito e
contextualização numa perspectiva didática. Goiânia-Goiás: PUC Goiás, 2010.
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais/ Vitor Henrique
Paro. – 3. rei mp. – São Paulo: xamã, 2007.
SAUT, Roberto Diniz. Direito da criança e do adolescente e sua proteção pela rede
de garantias. Revista Jurídica - CCJ/FURB, v. 11, n. 21, p. 45 - 73, jan./jun. 2007.
51
SARUBI, Érica Rocha. A gestão democrática da educação no Brasil: alguns
apontamentos. Minas Gerais: UFMG, 2003.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 2. ed. São Paulo: Cortez;
Autores Associados, 1986 (Coleção Temas Básicos de Pesquisa-ação).
VERONESE, J. R. P. Os Direitos da Criança e do Adolescente. São Paulo: LTr., 1999.
53
APÊNDICE – 1
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido à Direção
1 – Há quantos anos atua na direção da Escola?
( ) 3 anos ( ) 5 anos ( ) 7 anos ( ) Mais de 7 anos
2 – Quais são os períodos de funcionamento da Escola em que você atua?
( ) Manhã e tarde ( ) Manhã, tarde e noite
3 – Qual o número de alunos que estão regularmente matriculados nesta
Escola?
( ) Até 500 ( ) Entre 500 e 700 ( ) Entre 700 e 1000 Mais de 1000
4 – Qual o número de funcionários administrativos na Escola?
( ) Até 5 ( ) Entre 5 e 10 ( ) Entre 10 e 15 ( ) Mais de 15
5 – E de funcionários dos Serviços Gerais?
( ) Até 5 ( ) Entre 5 e 10 ( ) Entre 10 e 15 ( ) Mais de 15
6 – A manutenção desta Escola a é feita somente através de recursos públicos?
( ) Sim ( ) Não.
Especifique as outras fontes de recursos.
54
7 - Você considera a participação dos pais nos assuntos da Escola:
( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
8 - Utiliza alguma estratégia para aumentar a participação dos pais na
Escola?
( ) Sim ( ) Não
Se a resposta for positiva, pode citar_________________________________
______________________________________________________________
9 – Na escola foi implantada as Publicas Educacionais do PDE e do PDDE?
( ) sim ( ) Não
Se a resposta for positiva, como é feita a adesão?.
( ) Pela Escola ( ) Pela secretaria Municipal de Educação
10– A elaboração das ações destas Políticas Públicas contou com a participação da
comunidade escolar?
( ) Sim ( ) Não ( ) Poucas vezes
11 – Os professores participaram (participam???) ativamente da elaboração
das ações da Escola no que diz respeito ao PDE e PDDE?
( ) Sim ( ) Não
12 – Os alunos têm conhecimento das Políticas Públicas que são aplicadas dentro
da escola?
( ) Sim, todos ( ) Não, ninguém ( ) Sim, alguns
Se a resposta for positiva, quem passa essas informações aos alunos:
( ) A direção ( ) Os professores ( ) Equipe pedagógica
13 – Os pais participam ativamente da tomada das decisões dentro da escola?
( ) Sim, sempre ( ) Não, ninguém ( ) poucas vezes
Se a resposta for positiva, eles conhecem as ações desenvolvidas no PDE e no
PDDE ?
( ) Sim ( ) Não
Gostaria de fazer algum comentário
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___________________________________________________________________
55
APÊNDICE – 2
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido aos Professores.
1 – Você considera sua relação com a Equipe Pedagógica:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
2 – Você considera sua relação com a Direção:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
3 – Você participa ativamente da tomada das decisões e na elaboração das ações
dentro da escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) não tenho interesse
4 – Conhece as Políticas Públicas Educacionais adotadas pela escola?
( ) Sim ( ) Não
Caso a resposta for sim, quais são estas políticas?
5 - Você acha a relação entre a equipe pedagógica e alunos:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
6 – Há quanto tempo trabalha nesta escola?
56
( )Até 3 anos ( )3 a 5 anos ( )5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) Mais de 15 anos
7 – Suas propostas são ouvidas e acatadas pela direção da Escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes
8 - Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE dentro da
escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho interesse
Se a resposta for não, cite alguns motivos que levam você a não participar:
9 - Você vê a direção expor as ações desenvolvidas pela escola aos alunos, pais,
professores e funcionários?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
10 - Você acha que as opiniões dos diferentes segmentos da comunidade
escolar são ouvidas e levadas em consideração pela direção?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
11- Você considera a relação entre Escola e Comunidade:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
12 - Você considera a participação da comunidade na Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Gostaria de fazer algum comentário
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APÊNDICE – 3
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido à Equipe Pedagógica(coordenadora)
1 – Tem autonomia para tomar decisões nas questões escol ares?
( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes
2 - A equipe pedagógica participa da tomada das decisões dentro da escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não é convidada ( ) Ás vezes
( ) Desconhece o que a escol a faz.
3 – Há quanto tempo trabalha nesta escola?
( ) Até 3 anos ( ) 3 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) 10 a 15 anos ( ) Mais de 15 anos
4 – Conhece as Políticas Públicas d Educacionais adotadas pela escola?
( ) Sim ( ) Não
Caso a resposta for sim, quais são estas políticas?
5 - Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE dentro da
escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho interesse
58
Se a resposta for não, cite alguns motivos que levam você a não participar:
6 – Suas propostas são ouvidas e acatadas pela direção da Escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes
7- Você vê a direção expor as ações desenvolvidas na Escola aos alunos?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
8- Você vê a direção expor as ações desenvolvidas na Escola aos pais?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
9- Você expõe as ações desenvolvidas pela equipe pedagógica na Escola aos
alunos, professores e funcionários?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
10 - Você acha que as opiniões dos diferentes segmentos da comunidade
escolar são ouvidas e levadas em consideração pela direção?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
11 – Como considera seu relacionamento com a direção da Escola:
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
12- Você considera a relação entre Escola e Comunidade:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
13- Você considera a participação da comunidade na Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Gostaria de fazer algum comentário
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APÊNDICE – 4
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido aos Funcionários.
1 – Tem autonomia para tomar decisões nas questões relacionadas à sua
área de trabalho?
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes
2- Você acha a relação entre a equipe pedagógica e alunos:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
3 - Sabe se a direção convoca os pais para falar das ações desenvolvidas pela
escola.
. ( )Sim ( )Não ( )Desconhece o que a escola faz.
4 – Há quanto tempo trabalha nesta escola?
( )Até 3 anos ( )3 a 5 anos ( )5 a 10 anos ( )10 a 15 anos ( ) Mais de 15 anos
5 – Suas propostas são ouvidas e acatadas pela direção da Escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) as vezes
6 – Conhece as Políticas Públicas desenvolvidas Educacionais adotadas pela
escola?
( ) Sim ( ) Não
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Caso a resposta for sim, quais são estas políticas?
7 - Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE dentro da
escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho interesse
Se a resposta for não, cite alguns motivos que levam você a não participar:
8 - Você vê a direção expor as ações desenvolvidas pela escola aos alunos?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
9 - Você acha que as opiniões dos diferentes segmentos da comunidade
escolar são ouvidas e levadas em consideração pela direção?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
10 – Como considera seu relacionamento com a direção da Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
11- Você considera a relação entre Escola e Comunidade:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
12- Você considera a participação da comunidade na Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Gostaria de fazer algum comentário
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APÊNDICE - 5
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido aos Alunos
1 – Você estuda nesta Escola desde:
( ) Primeira a 1ª série do Ensino Fundamental ( ) Desde a 5ª série
( ) Somente este ano.
2 – Você considera sua relação com a Equipe Pedagógica:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
3 – Você considera sua relação com os Professores:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
4 – Você considera sua relação com a Direção:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
5 – Você tem liberdade de expor suas idéias?
( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca
6 – Com quem você tem mais liberdade para falar:
( ) Direção ( ) Equipe pedagógica ( ) Professores ( ) Funcionários
7 – A direção expõe com frequência as ações desenvolvidas pela escola.
( ) Sim ( ) Não ( ) Pouco
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8 – Conhece as Políticas Públicas Educacionais adotadas pela escola?
( ) Sim ( ) Não
Caso a resposta for sim, quais são estas políticas?
9 - Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE dentro da
escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho interesse
10 – O conhecimento das ações desenvolvidas pela escola você obtem através
da:
( ) Direção ( ) Equipe pedagógica ( ) Professores ( ) Funcionários
( ) Colegas ( ) Pais ou responsável ( )não tenho conheci mento
11- Você acha que as opiniões da comunidade são ouvidas e levadas em
consideração pela direção?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
12 – Como considera seu relacionamento com a direção da Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
13- Você considera a relação entre Escola e Comunidade:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
14- Você considera a participação da comunidade na Escola:
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim
Gostaria de fazer algum comentário
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APÊNDICE – 6
Esta pesquisa destina-se a entender melhor o envolvimento da comunidade
escolar na tomada das decisões, no processo de elaboração e no acompanhamento
das ações do PDE-Escola e do PDDE dentro da Unidade de Ensino.
Na certeza de contar com sua colaboração, agradeço a disponibilidade e atenção,
que certamente irá enriquecer e o trabalho de conclusão do Curso de Especialização
em Coordenação Pedagógica – CECOP 3, vinculado ao Programa Nacional Escola
de Gestores da Educação Básica Pública, desenvolvido pela Faculdade de
Educação da Universidade Federal da Bahia - FACED/UFBA,
Obs. Não é necessário identificar-se.
Questionário dirigido à APM (Associação de Pai s, Mestres).
1- Você considera a participação dos pais nos assuntos da escola.
( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim.
2- A escola utiliza alguma estratégia para aumentar a participação da
comunidade na escola.
( )Sim ( )Não
Se a resposta for positiva, exemplifique:_________________________
3 – A relação da APM com a escola é.
( ) Ótima ( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim.
4 – Você vê a direção expor amplamente as ações desenvolvidas pela escola
( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes
5 – Você como membro da Associação Conhece as Políticas Públicas Educacionais
adotadas pela escola?
( ) Sim ( ) Não
Caso a resposta for sim, quais são estas políticas?
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6 - Participa ativamente na elaboração das ações do PDE e do PDDE dentro da
escola?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho interesse
7 – A associação divulga suas ações desenvolvidas:
( ) somente com a direção
( ) somente com equipe pedagógica
( ) aberta a todos os segmentos da comunidade
8 – Você concorda com as decisões da direção na elaboração e na execução das
ações desenvolvidas na escola no que diz respeito às Políticas Públicas adotadas.
( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Não realiza nada
9 – Acha que a direção da sua escola trabalha com empenho para melhorar
o acesso e a participação de todos nas decisões tomadas pela escola.
( ) Sim ( ) Não.
Gostaria de fazer algum comentário
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