the portuguese tribune, september 15th 2011

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Setembro de 2011 Ano XXXII - No. 1117 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Conselho Mundial das Casas dos Açores no Brasil Pág. 28 Teve lugar no Rio de Janeiro de 31 de Agosto a 4 de Setembro. Na foto, recepção do Cônsul Geral de Portugal no Rio, António de Almeida Lima. Manuel Eduardo Vieira foi o representante da Casa dos Açores de Hilmar. Pág. 27 John Berggruen Gallery apresenta Nathan Oliveira A John Berggruen Gallery vai apresentar A Memorial Exhibition sobre o pintor Nathan Oliveira de 8 de Se- tembro a 22 de Outubro. A Galeria fica no 228 Grant Ave (at Post St), San Francisco, perto da Union Square Pág. 29 Dennis Borba 25 Anos de Alternativa O livro de Nelson Brasil, natural de San José, Califor- noa, vai ser lançado no dia 4 de Outubro de 2011, pelas 6:30 pm na Livraria Barnes and Noble, a 3600 Stevens Creek Blvd, San José. Milagres 75 anos de fé e devoção O matador Dennis Borba vai comemorar os seus 25 anos de alternativa numa Grande Corrida de Toiros a realizar na Praça de Stevinson a 8 de Outubro. Ler en- trevista na nossa próxima edição. Ver cartel na p32. Nelson Brasil lança livro

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The Portuguese Tribune, September 15th 2011

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Page 1: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Setembro de 2011Ano XXXII - No. 1117 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Conselho Mundial das Casas dos Açores no Brasil

Pág. 28

Teve lugar no Rio de Janeiro de 31 de Agosto a 4 de Setembro. Na foto, recepção do Cônsul Geral de Portugal no Rio, António de Almeida Lima. Manuel Eduardo Vieira foi o representante da Casa dos Açores de Hilmar. Pág. 27

John Berggruen Galleryapresenta

Nathan Oliveira

A John Berggruen Gallery vai apresentar A Memorial Exhibition sobre o pintor Nathan Oliveira de 8 de Se-tembro a 22 de Outubro. A Galeria fica no 228 Grant Ave (at Post St), San Francisco, perto da Union Square Pág. 29

Dennis Borba25 Anos de Alternativa

O livro de Nelson Brasil, natural de San José, Califor-noa, vai ser lançado no dia 4 de Outubro de 2011, pelas 6:30 pm na Livraria Barnes and Noble, a 3600 Stevens Creek Blvd, San José.

Milagres75 anos de fé

e devoção

O matador Dennis Borba vai comemorar os seus 25 anos de alternativa numa Grande Corrida de Toiros a realizar na Praça de Stevinson a 8 de Outubro. Ler en-trevista na nossa próxima edição. Ver cartel na p32.

Nelson Brasil lança livro

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Year XXXII, Number 1117, Sep 15th, 2011

2 15 de Setembro de 2011SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

Muito embora este jornal não tenha culpa dos problemas que os Correios têm em termos de falta de pessoal ou outros, queríamos, mesmo assim, pedir desculpa pelo atraso na

distribuiçõs da nossa última edicão. O problema não ad-veio do feriado na segunda-feira. Algo esteve mal, mas até hoje o Correio ainda não respondeu à nossa queixa.Compreendemos que problemas acontecem, mas não cus-ta nada informar os clientes do sucedido.

Sabe sempre bem ao abrirmos um jornal americano ver algo da nossa comunidade. O Modesto Bee, por duas ve-zes neste fim de semana, mencionou a Festa de Gustine, com fotografias na primeita página do segmento local. O que queremos é que os jornais da California prestem um pouco de atencão às comunidades que os rodeiam e que os ajuda a viver. Que interesse temo em ler noticias das Ilhas Jiji, do Nepal e de tantos outros locais a milhares e milhares de milhas, se podemos ter mais notícias nossas.O futuro dos jornais está nas comunidades. Noticias que nos digam respeito, quer políticas, sociais, desportivas. Também há um mês atrás, Diana Marcum, jornalista do LA Times, publicou uma excelente reportagem sobre os forcados da California.

Os 75 anos da Festa de Nossa Senhora dos Milagres foram muito bem organizados e representam um marco impor-tante na vida comunitária portuguesa no Vale de San Joa-quin. Estamos todos de parabéns. jose avila

O atraso da edição

Programa "Saudades dos Açores"Como nos anos anteriores o Gover-no Regional dos Açores, em parceria com a SATA, oferecerão uma via-gem de ida e volta aos Açores, in-cluindo alojamento e refeições, a 10 individuos dos EUA e Canada, que reunem os seguintes requisitos: 1. Ter 60 anos de idade ou mais2. nos Acores3. Não ter visitado os Açores há 20 anos ou mais.4. Não dispor de meios financeiros para viajar.5. Estar em condições normais de saude. A estadia será na Ilha de São Mi-guel entre os dias 29 de Outubro e 5 de Novembro de 2011. Contudo, se algum candidato quiser passar a semana noutra Ilha, o transporte será pago, mas não o hotel nem re-feições. Os candidatos tem até ao dia 30 de Setembro para se inscreverem. Para mais informações ou para obterem o formulário de inscrição, por favor contactem a

POSSO em San José, 408-293-0877, ou a organização VALER em Turlock, 209-634-0380.

Grande Noite de Fados no Bacalhau Grill

Dia 1 de Outubro pelas 7 horas

Zélia Freitas Carmencita

acompanhadas pelos

7 ColinasJantar de Bacalhau à Portuguesa

ou Cozido à Portuguesa408-259-6101

Page 3: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

3COMUNIDADE

Roberto Persekian, Maria Valência e Luís Lourenço, associados do Bacalhau Grill

Uma importante selecção de vinhos portugueses Todo o tipo de bacalhau à sua escolha, além das carnes, linguiças e outros enchidos

Azeitonas portuguesas, tremoço e tantos outros ingredientes, além dos sumos e cervejas vindos de Portugal e muitos produtos brasileiros

Donas Amélias, Pudim Flan, Queijadas de Feijão, Queijadas de Coco, Pasteis de Nata, Mimos, Folhados, Canudos, Torta de Chocolate, Torta de Coco, Suspiros, Bolo de Amor, Bolo de Chocolate. Wow....

O espaço fisico modificou tanto que ninguém o reconhece hoje em diaUma equipa como esta é sempre vencedora no Bacalhau Grill

O Bacalhau Grill, no Alum Rock Ave, em San José, abriu em tempo de crise, e se os primeiros tempos foram de muita expectativa, hoje pode-se dizer que a aposta foi ganha. Além do mini-mercado, o Bacalhau Grill especializou-se em pratos de bacalhau e muitos outros tradicionais da nossa cozinha portuguesa, com algumas passagens pela cozinha brasileira.A sua selecção de vinhos e azeites portugueses é invejável. O Bacalhau Grill também oferece noites de entretenimento onde a música, desde o fado à música ligeira, pode ser apreciada. Cantores de Portugal e muitos outros da California já pisaram o seu salão. Faça-lhe uma visita. Verá que vale a pena.

Bacalhau Grill & Trade Rite Markey1555 Alum Rock AveSan Jose, Ca. 95116408-259-6101Monday - Saturday [7am - 9pm];Sunday [8am - 8pm]

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4 15 de Setembro de 2011TAUROMAQUIA

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5COLABORAÇÃO

Imagens da Segunda Guerrana minha Terra (3)

PHPC announces the release of its latest publication, the luxury edition of the book IV International Conference on The Holy Spirit Festas, a hard cover, full color, 100-page, photojournalist’s report of the June 2010 conference in San José, California, by Miguel Valle Ávila, Assistant Editor of The Portuguese Tribune. All author proceeds revert in benefit of the San José State University Portuguese Studies Program.

Book Orders: www.PortugueseBooks.org or www.Amazon.comOnly $35.00

IV International Conference on the Holy Spirit FestasMiguel Valle Ávila

James Guill (1924-2004) serviu no United States Army Air Corps na Segunda Guerra Mundial e no Uni-ted States Navy na Guerra da Coreia.

Era casado com Nair de Meneses Simões, sobrinha do cónego Jeremias Machado da Rocha Simões (1903-1984), meu professor em Angra. James Guill é o autor de “A History of the Azores Islands”, um volu-me de 662 páginas publicado em inglês em 1993. É daí que agora vou transcrever (em tradução livre) segmentos de informações associadas com a situação da aeronáutica militar açoriana nos primeiros anos da Se-gunda Guerra (1939-45).A esse tempo, na Base Aérea da Ota, Por-tugal dispunha tão somente de 15 aviões Gladiators, 10 Junkers JU-52 e 10 Junkers JU-86. Os pilotos dos Gladiators haviam sido treinados pela Royal Air Force na In-glaterra, enquanto os pilotos dos Junkers foram instruídos pela Luftware na Alema-nha. Na Base Aérea de Tancos, Portugal dispunha apenas de 15 aviões Gladiators, que foram transportados de barco p’rà ilha de S. Miguel e ficaram estacionados num campo relvado localizado em Santana nas imediações de Rabo de Peixe. Santana ofe-recia uma área p’ra quatro pistas medindo entre setecentos a mil metros de compri-mento e cem metros de largura.Os 15 Gladiators da Base Aérea da Ota fo-ram transportados de barco p’rà ilha Ter-ceira, estacionando temporariamente num campo de pasto na Achada, enquanto se procedia à construção dum aeroporto nas Lajes. O maior problema operacional na Achada, sempre que os aviões se prepara-

vam para descolar ou para aterrar, era esse em desviar da pista as vacas curiosas que por ali disputavam direitos residenciais.Cinco Junkers JU-52, designados como bombardeiros noturnos, foram transferidos de Portugal p’ra Santana em S. Miguel. Es-ses aviões trimotores Junkers destinavam-se a manter serviço aéreo e comunicações entre os Açores e Lisboa.O ano de 1941 colocou os Açores no cen-tro da Batalha do Atlântico. Embora com capacidade limitada, o Campo de Santa-na tornou-se operacional em Junho desse ano. O Campo da Achada, a cinco qui-lómetros das Lajes, continuou a ser uma simples pista relvada medindo 1.100 me-tros de comprimento e cerca de 200 a 300 metros de largura. A esta precária situação devemos salientar que a transferência dos 30 Gladiators p’rós Açores deixou Portu-gal continental completamente desguar-necido de proteção aérea. A fim de prover uma Força Expedicionária p’rós Açores, Portugal ficou literalmente sem aviões de combate.P’rà defesa do território continental, Por-tugal viu-se na urgente necessidade de adquirir novos aviões e obter instrutores p’rós respetivos pilotos. Aos 16 de dezembro, 1941, a Inglaterra en-viou a Portugal 16 aviões Curtiss Mohawk IV a fim de substituir os Gladiators en-viados p’rós Açores. Estes aviões tinham sido previamente entregues à França pelos Estados Unidos, mas quando a Alemanha subjugou a França, os aviões seguiram p’rà Inglaterra. No entanto, ao serem transferi-dos de barco p’ra Portugal, sofreram danos

na travessia, e apenas 11 aviões chegaram em boas condições à Base Aérea da Ota.Ainda que superiores aos Gladiators, em velocidade e armamento, os Curtiss Mo-hawk não podiam competir com os mais modernos aviões utilizados pelos Alemães e pelos Aliados. Embora não houvesse qualquer tentativa da parte da Alemanha em invadir os Açores, a constante presen-ça dos U-boats (submarinos alemães) nos mares açorianos e os constantes ataques aos combóios de embarcações navegando no Atlântico, concorreram p’ra criar uma situação de permanente terror. Como acer-tadamente acentuou James Guill, “a guer-ra no Atlântico tornou-se mais e mais num caso pessoal p’rós Açorianos”.Consultando livros da especialidade (avia-ção), recentemente publicados e editados em inglês, verifiquei que nos anos 1930 os

Junkers (trimotores, dois pilotos e 17 passageiros), construídos na Alemanha, serviam a Lufthansa p’ra transporte co-mercial e civil, mas ao tempo da Segun-da Guerra passaram ao serviço da Luf-tware p’ró transporte de paraquedistas e divisões militares de comunicações nas linhas de combate.Os biplanos Gloster Gladiators, cons-truídos na Inglaterra, serviram na Royal Air Force, enquanto os mono-planos Curitss Mohawks, construídos nos Estados Unidos, foram exportados

p’rà França e Inglaterra. Aparentemente foi notável a acção desses aviões na defe-sa da França no princípio da guerra, mas não conseguiram bater a superioridade da Luftware. P’ra evitar a sua total destrui-ção, após a invasão da França, os restantes aviões Curtiss Hawk (Açor em português) foram transferidos p’rà Inglaterra, onde receberam a designação de Curtiss Moha-wk (nome duma tribo de Nativos Ameri-canos).A imagem que ainda hoje retenho na me-mória é essa das acrobacias executadas nos ares da Ribeira Grande pelos destemidos pilotos dos minúsculos biplanos e mono-planos popularmente chamados “caças”. São recordações dum passado que nunca envelhece!

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Page 6: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

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Page 7: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

7COLABORAÇÃO

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A eutanásia, nos seus omnímodos aspectos, sobretudo em recen-tes décadas tem sido

e continua a ser um tópico mui-to debatido em vários pontos do mundo, mas com maior frequên-cia e saliência nos denominados países industrializados. Nos Estados Unidos da Améri-ca, a questão da eutanásia voltou a ser discutida a todos os níveis societários, desde todos os ór-gãos de comunicação social e os tribunais estaduais e federais até mesmo ao próprio Congresso dos E. U. A. A causa imediata do acrimonioso debate que trans-pôs as fronteiras nacionais foi o tristíssimo e trágico caso de Terri Schiavo, a infeliz mulher, vítima, em 1990, de um colapso cardía-co acompanhado de cessação das funções e faculdades cerebrais, a qual a projectou para um per-manente estado vegetativo e in-consciente permanente durante 15 anos consecutivos. Muitos médicos opinaram que os danos cerebrais de Terri Schia-vo eram tão graves que ela ja-mais poderia recuperar as suas

capacidades cognitivas, porque, afirmavam eles, o seu cérebro “estava morto”. Outros médicos discordaram e acreditavam ser possível que Terri recuperasse, pelo menos parcialmente, as suas faculdades cognitivas. Pressionado também pelos enor-mes custos hospitalares, perto de 1 milhão de dólares, o marido de Terri, Michael Schiavo, pro-curou repetidamente a eutanásia para a esposa que, segundo ele, lhe havia manifestado, antes do incidente cardíaco, a sua prefe-rência por eutanásia, na hipótese de, um dia, ficar reduzida a mera vida vegetativa. No entanto, os pais de Terri, discordaram e sempre mantiveram que a filha nunca lhes manifestara essa in-tenção, contrária aos princípios éticos e religiosos da família e da própria vítima. A nação envolveu-se então em debate furibundo, que não cessou com o falecimento da infeliz ví-tima. Embora muito menos acri-moniosa e intensa, a polémica ainda continua. Examinemos os conceitos que provocaram tanto debate.

Estritamente definida, a palavra “eutanásia”, derivada do vocábu-lo grego ‘euthanasia”, (ou mais especificamente, “eu+thanatos”), significa “bela morte”, isto é, morte sem sofrimento. O termo não é novo, como também não é recente a sua aplicação social, embora a terminologia e os mé-todos empregados actualmente possam diferir. Assim, a eutanásia, também cha-mada “suicídio assistido”, pode ser “activa” ou “passiva”. Na primeira acepção, a eutanásia ocorre quando alguém delibera-damente, e com o consentimento explícito do paciente, ocasiona a sua morte.A “eutanásia passiva” acontece quando, sem o consentimento do paciente ou dos seus autoriza-dos representantes, a sua morte é atribuível ao facto da cessação ou omissão de medicamentos e cuidados médicos necessários à manutenção da sua vida. Entre outras pertinentes infracções realçam-se as seguintes: desli-gar os aparelhos que suportam e mantêm a vida do paciente; des-ligar os seus tubos alimentares; não proporcionar medicamentos necessários à manutenção ou ao prolongamento da sua vida; e omissão de operações cirúrgicas recomendáveis para facilitar e

prolongar a vida do paciente. Alguns filósofos estabelecem uma diferença moral entre “eu-tanásia activa” e “eutanásia pas-siva”, mantendo ser aceitável cessar tratamentos ou cuidados médicos e permitir então que o paciente morra naturalmente; por outro lado, esses mesmos indiví-duos opinam nunca ser permis-sível trazer deliberadamente a morte ao paciente. No entanto, outros peritos e mo-ralistas consideram estas diferen-ças incongruentes e absurdas des-de que a supressão ou terminação de tratamento é um acto delibe-rado, como também o é a decisão de não implementar tratamentos conducentes ao prolongamen-to da vida do paciente. Alegam estes críticos, por exemplo, que desligar um respirador automáti-co requer que alguém o faça; essa pessoa, embora não seja a causa da doença incurável do paciente, é, no entanto, o agente imediato da sua morte. Note-se que no caso de “eutaná-sia activa” o médico age com a intenção e o propósito de termi-nar a vida do paciente. No caso de “eutanásia passiva” o médico deixa o paciente morrer, mas está cônscio do facto que a sua ac-ção causará a morte do paciente. Baseados nesta comparação, os

oponentes da eutanásia argumen-tam não haver, em última análise, diferença real entre os dois tipos de eutanásia, porque ambos le-vam ao mesmo resultado. Embora haja muitos crentes que, conjuntamente com descrentes, aceitam, em todo ou em parte, os conceitos e a prática da eutaná-sia, de um modo geral a oposição ao uso de eutanásia é perfilhada pelas religiões maiores, como de-monstra a seguinte síntese:

CATOLICISMO: A Igreja Ca-tólica, fundamentada nos “Dez Mandamentos Bíblicos”, e mais especificamente no Mandamento “Não Matarás”, considera a eu-tanásia moralmente inaceitável e “intrinsecamente má” por ser contrária à Lei Divina. O Papa João Paulo II, realçando ser a eu-tanásia uma grave violação da lei de Deus por constituir deliberado homicídio, falou repetidamente contra “a cultura da morte” nas sociedades modernas, salientan-do que a humanidade deveria sempre preferir a rota da vida em vez da rota da morte.

Conclui na próxima edição

Eutanásia e Problemas Éticos

Falecimentos

Faleceu no dia 19 de Agosto, em Santo António, Ilha do Pico, Maria Germina Martins, com a idade de 93 anos. Era

viuva de Tomé Cardoso, que faleceu na mesma data e no mesmo local, há precisamente catorze meses.Era natural de São João do Pico, Açores.Era mãe de Alda Maria de Frei-tas, casasa com José Neto de Freitas, com quem vivia, e de Maria da Concei çao Alvernaz, casada com Manuel Mateus Al-vernaz, residentes em Milpitas, California.Deixa também de luto em San José, California, seu neto Ricar-do Alvernaz e bisneto Elijah, e em Highlands Ranch, Colora-do, sua neta Susana Hensel.No Pico deixou os netos Tiago e Pedro de Freitas.Houve um Missa por sua alma

no Domingo, dia 28 de Agosto, à 9 ho-ras, na Igreja de St. John the Baptist, em Milpitas.

Família Howard

Vitimas de um terrível acidente de viaç-nao quando gozavam férias no Canadá, faleceram Robert Howard, de 49 anos, sua esposa Ana-Maria Dias, de 50 anos, e suas filhas Samantha, de 11 anos e Ve-rónica, de 9 anos de idade.Residiam em Palo Alto, California.A Ana-Maria Dias era natural de Angolae filha de José Natália Dias, residentes

em Turlock, irmã de John Dias, ca-sado com Tereza Dias, de Turlock, de Maria Horvitz, casada com Eric Horvitx, de Washington, e de Natá-lia Moore, casada com Jim Moore, de Atwater.Deixou ainda sobrinhos, primos e seu sogro Ron Howard, de Los Al-tos, sua cunhada Kim Saxe, casada com Tim Saxe, de Los Altos, seu cunhado David Howard, de Menlo Park e ainda o cunhado John Ho-ward, casado com Cindy Howard, de Palo Alto e um contra-tio Burton

Hatheway, de Bridgeport, Connecticut.Houve missa sufragando a alma das quatro vitimas na Igreja Paroquial do Sagrado Coraçnao de jesus em Turlock. mandada celebrar pelos seus pais, irmão, irmãs e suas famílas.Paz à alma das vitimas e sentidas condo-lências.

Maria Germina Martins

Perspectivas

Fernando M. Soares Silva

[email protected]

Page 8: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

8 15 de Setembro de 2011COLABORAÇÃO

FADO – É o nosso destino e sina. Ambos com aspecto mui-to plúmbeo. Após a tempestade, mórmente sócio-económica, te-

remos a almejada bonança. Parece que o nosso fado será “quem não trabuca não manduca”, por outras palavras, teremos que trabalhar mais e melhor.

FÁTIMA – Tanto no passado como no presente, a mensagem da Mãe de Deus, continua para quem necessita, a ser uma importante terapia espiritual.

FUTEBOL – Os Romanos, senhores de uma das mais importantes civilizações que a orbe terrestre conheceu, para seu gáudio tinham o circo com os gladiadores e outros meios lúdicos. Nós temos o futebol, consi-derado desporto-rei, em que o vil metal é que compra as vitórias. A transacção ne-gocial de jogadores, deturpa e corrompe o valor salutar do desporto. Voltemos ao amor à camisola.

FARTURA – Recentemente fiquei estu-pefacto, ao observar no telejornal-Açores, Pescadores Micaelenses lançarem ao lixo ± 11 toneladas de chicharro. Infelizmente este execrível procedimento não é inédi-to. O Atlântico Expresso, de 14 de Julho de 2003, publicava sob o titulo de Tantas carências e…tanto peixe no lixo, que to-neladas de chicharro foram lançadas ao mar e na lixeira, pelo simples facto de não se poder escoar o peixe no mercado a um preço atractivo para os pescadores. Isto é o cúmulo da vergonha. Antigamente, o chicharro ou charro era salgado e seco

ou escalado, para ser consumido duran-te o inverno. Hoje, temos a refrigeração que nos dá a possibilidade de congelar e preservar peixe e outros produtos alimen-tícios, por muito tempo. Também na Re-gião foram abatidos ±10 mil vitelos por incineração, isto é queimados em fornos, para controlar o número das cabeças de gado em conformidade e subserviênçia a Bruxelas. Relembra-me o genocídio da II Guerra mundial em que os Nazis lidera-dos por Adolfo Hitler, exterminaram em fornos crematórios aproximadamente 6 milhões de Judeus. Esta directiva política emanada da União Europeia de pagar sub-sídios para não se produzir, é a longo pra-zo errada e contraproducente. Nos Estados Unidos e especificamente na California, o Governo Estadual, pagou aos pescadores para não irem à pesca. Também vi na tele-visão agricultores das vacarias do tão rico Vale de San Joaquin do mesmo Estado, despejarem leite nos esgotos municipais, em sinal de protesto contra o baixo preço deste vital produto alimentar. «O tempo-ra! O mores!» Estas aberrações deveriam ser banidas e punidas por lei. Ouvi que no Faial há um projecto para a construção de uma fábrica de presunto de carne de vaca. É uma manifestação de empreendorismo inovativo que merece o apoio de nós todos. Boa sorte.

FOME – Hodiernamente, com tanto pro-gresso, abundância e riqueza, não há razão plausível para alguém passar fome. Tradi-cionalmente esta praga é normal em Áfri-ca e outros países do terceiro mundo, mas não nas super-potências tais como Estados

Unidos e União Europeia. Fiquei choca-do quando li no jornal San Jose Mercury News, que crianças iam para a escola, sem comer, porque os pais tinham outras prio-ridades mais prementes, tais como paga-mento da prestação da casa, ou o seguro de saúde. Em Portugal também há muitos carenciados, a sobreviver graças às insti-tuições de solidariadade social. No mundo existe riqueza suficiente para suprir as ne-cessidades do homem, mas não chega para a sua ambição. Parece-me que este ensi-namento provem do pacifista Pai da India Mahatma Ghandi, ou então de outra Emi-nência, o Jesuita Padre António Vieira.

FRANCAMENTE – O mundo está em crise real, mas nas ilhas é pressupostamen-te virtual. Aqui no eixo constituido pelo binómio das ilhas irmãs Faial-Pico, há au-tomóveis em demasia a circular na via pú-blica o que representa a nossa preferência de usar quatro patas em vez de duas. Res-taurantes, cafés e outros estabelecimentos afins estão sempre apinhados de fregueses. Festas, celebrações e farras é dia sim e dia não, como autênticas bacanais Romanas. Neste contexto os tão frequentemente usa-dos e abusados adjectivos de especifidade e insularidade vigentes nas regiões autó-nomas são uma mais valia para nós ilhéus vis à-vis a Metrópele Continental.

FINALMENTE – Os Americanos preco-nizam que o tempo de crise é um manan-cial de oportunidades O governo regional apostou bem nesse sentido. A construção do novo complexo marítimo na Conceição junto ao monte da Espalamaca na Hor-

ta, vai descongestionar o que era o lindo cosmopolita porto da Horta. Nesta vila e futura cidade da Madalena, padecendo da mesma malaise e singrando em constante progresso está presentemente a remodelar proteger e aumentar as suas instalações portuárias. É sinal de progresso e que ve-nham mais iniciativas deste género. Em contraste, há necessidades prementes, que no meu fraco entendimento deveriam ser abordadas e resolvidas, enquanto somos vivos. O centro de (falta) saúde da Mada-lena. A construção da nova fábrica da Co-faco – na Madalena claro - e o aumento da pista de 1700 metros, que eu considero um aéródromo e não o pomposo título de Ae-roporto Internacional da Horta, para um comprimento adequado e seguro.para a navegação aérea. Congratulações, ao novo autarca da vila da Madalena, que não obs-tante as dificuldades económicas e finan-ceiras que herdou, está de forma estoica e denodada, tentar cumprir a difícil missão de que foi incumbido. A promessa de res-taurar o moinho do Santana e espero que alguns outros, é o que os turistas procu-ram e adoram. Imploro que não se esque-çam das antigas lanchas do Pico e outro espólio maritimo. O trilho pedonal entre a Areia Funda e o porto da Areia Larga e o antigo mercado do peixe no porto velho na mesma vila. A cidade da Horta na ilha do Faial, foi nos meados do século XX, um importante centro de cabos submarinos a nível mundial, ipso facto merece ter um museu para esse efeito. Parabéns aos res-ponsáveis empenhados na concretização deste sonho. Os mortos só morrem, quan-do são esquecidos pelos vivos.

Portugal País dos 3 F's (XVI)Do Pacifíco ao Atlântico

Rufino Vargas

Vende-se Prensa e Moega

A associação estudantil SOPAS-Society of Portuguese-American Students, das três escolas secun-dárias de Tulare, terá um “Bake Sale”—venda de doces—no adro da igreja católica de St. Aloysius em Tulare. Este evento será no sábado e domingo, 24 e 25 de Se-tembro de 2011. Os alunos lá esta-rão com um grupo de pais para a venda de doces depois das missas das 17h30 no sábado e das 08h30, 09h45 e 11h15 no domingo. Todos os fundos desta venda de doces se-rão canalizados para as actividades que esta associação realiza ao lon-go do ano lectivo para promover a cultura portuguesa junto da popu-

lação estudantil das escolas secun-dárias de Tulare, e na sua ligação com a nossa comunidade, assim como para o programa de bolsas de estudo. Daí que apela-se à nossa comunidade que apoie os jovens da associação SOPAS, a maior asso-ciação de jovens luso-descendentes no centro da Califórnia. Qualquer pessoa que queira colaborar poderá levar os seus doces (bolos, pasteis, massa sovada, bolachas, etc.) até à igreja St. Aloysius no sábado, dia 24 a partir das 5 da tarde e no domin-go 25 de Setembro entre as 08h00 e as 11h00 da manhã. Esperamos a colaboração da nossa comunidade. Ajude os nossos jovens, aposte no

futuro da nossa comunidade.

Com os melhores cumprimentos

Presidentes: Patricia Freitas, TU Brianda Louro, TW Sabrina Silvestre, MO

Professores: Diniz Borges, Tu Rebeka Robertson, TW Clemente Fagundes, MO

Tratar com João Martins, pelo telefone 209-524-7817SOPAS-Society of Portuguese-American Students

VENDE-SETerra de Semeadura e Arvoredo, com mais de 776,000 m2, locali-zado nas Travessas, Freguesia da Ribeira Seca, melhor conhecida pela “Ferreira da Marceneira”, “O Coração da Ribeira Seca”, Conce-lho da Calheta, Ilha de São Jorge, Açores. Tem uma frente junto ao Caminho, a estrada central da ilha. Tem uma excepcional vista para a Ilha do Pico. Os interessados devem chamar para (408) 258-1347

Page 9: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

9 COLABORAÇÃO

Dos amores idílicos de Almeida Garrett nas Ilhas Terceira e Graciosa

João Baptista da Silva Leitão de Almeida, mais tarde vis-conde de Almeida Garrett, nasceu no Porto, no dia 4 de

Fevereiro de 1799, e faleceu em Lisboa em 1854. Seu pai, Antó-

nio da Silva Bernardo, selador da Alfândega do Porto e natural da ilha do Faial, refugiou-se com a família na ilha Terceira para evi-tar o flagelo da invasão francesa de 1810. João Baptista é, então, um ado-lescente sensível e precoce. Em Angra faz as suas humanidades sob a tutela do tio D. Frei Ale-xandre da Sagrada Família, bispo de Angra. Ainda por influência

deste, o jovem toma ordens me-nores, mas, na referida cidade, apaixona-se por Elisabeth Hew-son, uma inglesinha de família ligada ao comércio da laranja e já há alguns anos estabelecida na

Terceira. Os pais e o bispo, sabendo do namoro, resolvem afastar da jo-vem inglesa o futuro eclesiástico, mandando-o, em 1814, passar uns tempos na Graciosa em casa do tio João Carlos Leitão (irmão da mãe de Garrett)), juiz de fora na-quela ilha.E é na Graciosa que João Bap-tista escreve os primeiros ver-sos, já reveladores do seu talento

de homem de letras. Segundo a tradição oral, o futuro escritor apaixonou-se por uma donze-la graciosense, de nome Lília, a quem escreveu várias odes, mais tarde publicadas no livro Os pri-meiros versos de Garrett (Porto, Livraria Magalhães e Moniz, 1902), de Mendo Bem, a partir do manuscrito original que Garrett oferecera ao graciosense Fran-cisco Homem Ribeiro, intitulado Odes Anacreonticas compostas e offerecidas ao senhor Francisco Homem Ribeiro por J.B.S.L. seu menor criado – Graciosa.Durante a permanência do jovem poeta na ilha branca, ocorreu um episódio semiescandaloso, re-latado por Francisco Gomes de Amorim, biógrafo de Garrett, e que ainda hoje faz parte do ima-ginário graciosense.Um dia, o futuro Garrett ouve dizer que a pequena distância da vila de Santa Cruz se prepa-ra uma festa religiosa a que con-corre muita gente. Como não lhe falta a coragem, planeia aprovei-tar a ocasião para ensaiar os seus dotes oratórios. Em segredo vai oferecer-se ao mordomo da festa para di-zer o sermão. O mordomo, vendo-o tão criança, não aceita a pro-posta, mas o jovem insiste:- Olhem que eu sou sobri-nho do bispo da diocese, e quem é sobri-nho de bispo pode pregar.

- Mas o menino sabe latim?- Mais do que muitos frades. Em Angra já eu tenho pregado mui-tos sermões. O mordomo acredita ou deixa-se convencer e, chegado o dia da festa, João Baptista sobe ao púl-pito com toda a segurança. Pas-ma o povo que enche a ermida de ver um garoto naquele lugar. Na sua voz infantil, afirma com ras-go teatral:- Não ajuízem do sermão pela fi-gura de quem o profere nem pela voz do pregador. Meditem bem nas minhas palavras porque ne-las acharão só a verdade. A ver-dade, meus irmãos, tanto pode ser dita pelos velhos como pelas crianças.Entusiasma-se o orador, e os ou-vintes deixam-se dominar, es-quecendo a idade de quem lhes fala. Depois de descrever a vida do orago, João Baptista entra no epílogo, condenando os vícios e exortando os fiéis à prática das virtudes cristãs, ele que ainda não sabe o que é o Mundo. Ao descer

do púlpito, é saudado, à passa-gem, pelas exclamações do povo. O jovem sente a satisfação do triunfo e vai passear pelo arraial, sendo festejado por muita gente, incluindo pessoas da vila que fo-ram ver a festa. Chega, por elas, a notícia aos ouvidos do tio que se zanga, não vá o bispo ofender-se. Mas D. Frei Alexandre, ao saber da ousadia do sobrinho, em vez de levar a mal, vê no facto uma prova da vocação do garoto para a vida eclesiástica. Engana-se o bispo. Regressado à Terceira, o enamorado sobrinho, futuro diletante, dândi e janota que há-de ser príncipe dos salões mundanos, amoroso impenitente e homem de paixões, faz saber aos pais que já não quer ser pa-dre. E, pouco tempo depois, par-te para Lisboa com o objectivo de estudar leis em Coimbra. O fu-turo autor de Frei Luís de Sousa (1843) e Viagens na Minha Terra (1846) deixa, nas ilhas Terceira e Graciosa, idílios dos primeiros versos e dos primeiros amores…

Eu começaria assim: João Fernandes do balcão à canção. Efectivamen-te, João Fernandes, que

depois passou ao nome artístico de Guy Fernandes, foi uma das mais consagradas vozes açoria-nas e creio que poderia ter ido mais além se tivesse tomado ou-tro rumo na sua vida, como, por exemplo, assentar arraiais em Lisboa, se bem que se reconheça que, para um “ilhéu”, não seria tarefa fácil, ao invés do que acon-tece hoje. Na verdade, no pre-sente os açorianos já são vistos de forma bem diferente, citando aqui, entre outros, o nosso bom amigo Carlos Alberto Moniz. Mas foi no balcão, na mercearia do senhor Pontes, que aprendi a conhecer João Fernandes e, na sequência, as suas actuações na esplanada do Marítimo, na altura o espaço mais procurado para se ouvir uma boa canção, um bom fado, enfim, os bons-velhos-tem-pos, porque não existiam outros

divertimentos e nem por sombras se falava em televisão. Claro que hoje os açorianos desfrutam de tudo aquilo a que sempre tiverem direito e que para o efeito luta-ram tenazmente perante o poder central.

Guy Fernandes, e passando ago-ra ao nome artístico que depois passou a utilizar, sempre foi con-siderado a “voz de tenor”. E bem me lembro o apoio que sempre contou da D. Ália Santos, uma pianista muito credenciada pelo seu próprio talento. E, voltando um pouco atrás, ainda me lembro de ver o senhor Pontes, com os óculos meios caídos para a fren-te, “abanar” (correctamente, su-blinhe-se) com o João Fernandes. “Ó João, atende aquele freguês ali. Ó João, olha aquela senhora que agora chegou”. Mas, diga-se de passagem, que o João sempre estava com um sorriso nos lábios e de todos recebia carinho e ad-miração.

Guy Fernan-des tem esta história para ser relem-brada:“João Cor-reia Fernan-des, criado

na Rua de Santo Espírito, fregue-sia da Sé – Angra do Heroísmo, desde cedo demonstrou gosto pela arte, nomeadamente Música, Cinema e Teatro.Dada a apetência pela música, decidiu-se pelo seu estudo, de-signadamente aulas de piano e de cântico, cuja mentora foi a malo-grada Dª. Ália Santos.Concluído o conhecimento ad-quirido pelas lições supra referi-das, iniciou a carreira de canço-netista, em que para tal obteve a sua carteira profissional, optando pelo nome artístico de ‘GUY FERNANDES’.Ao longo de vários anos percor-reu os mais diversos espectáculos

realizados por toda a ilha.No decurso da sua carreira artís-tica, foi-lhe dada a possibilidade de fazer parte de concurso a re-alizar em Continente Português, designado ‘Os Companheiros da Alegria’.Da sua prestação, resultou a ob-tenção do 1º prémio e a possibi-lidade de consagração da car-reira profissional, todavia, este caminho foi renunciado, dada a sua paixão pela Ilha Terceira e família.Fruto da decisão tomada, regres-sou à Ilha, onde ingressou mais uma vez, pelos mais variados espectáculos que aqui se realiza-vam, tais como na BA4, S.C. Lu-sitânia, Recreio dos Artistas, Te-atro Angrense, Marítimo, Clube de Golfe da Ilha Terceira, Clube Praiense e outros a título parti-cular, tendo-se feito acompanhar na maioria das vezes na guitarra, pelo amigo de longa data, Carlos Baptista Ávila.

Consumou ainda, digressões pelos EUA e Canadá, junto das comunidades açorianas ali resi-dentes.Em 2003, efectuou a sua última actuação no clube Marítimo do Corpo Santo.Guy Fernandes, faleceu a 05 de Dezembro de 2004, na sua resi-dência de extensa data, calando-se assim, a designada por muitos, ‘A Voz dos Açores’.Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico. Nota final – Sempre gostei de ou-vir Guy Fernandes, que faleceu no ano em que vim para o Brasil. Mas há uma canção que me toca fundo. Esta: “Maria Açoriana”.Creio que muitos açorianos que pululam pelos quatro cantos do mundo, se lembram de Guy Fer-nandes. Uma voz inconfundível.É verdade, o João do balcão à canção.

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui Dores

Quem não se lembra de Guy Fernandes

Do Brasil com amorCarlos Alberto Alves

[email protected]

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10 15 de Setembro de 2011COLABORAÇÃO

"Banir a vaidade das nossas obras, isso é que está inteiramente na nossa mão; tor-ná-las perfeitas, não. Mas a obra conce-bida e executada sem vaidade tem já por isso mesmo e nisso mesmo uma espécie de perfeição...”

... era nestes termos que Antero de Quental gostava de falar àqueles que tinham a hu-mildade de escutar a musicalidade moral do seu contagiante humanismo. Nas suas missivas quase confidenciais, eivadas de uma elegância moral que temo estar em fase de irreversível extinção, estão sempre presentes o testemunho do “génio que era um santo” e a coerência sentimental duma vida dedicada à honradez do intelecto. Ainda muito jovem, tive a gratíssima ven-tura de ser aspergido com a água baptis-mal do ideal anteriano: primeiro, como devoto das sonoridades poéticas inseridas nas páginas de “Primaveras Românticas”; depois, como frequentador assíduo do mi-rante emocional onde ainda hoje se pode escutar o suspirar beethoveniano fixado pelo poeta na partitura dos seus “Sonetos”; finalmente, a irresistível afinidade com o seu apostolado social, que no dizer de An-tónio Sérgio foi uma espécie de misticismo científico (...) que nos diz das aventuras de uma grande alma diáfana, das mais ricas e nobres que em Portugal apareceram...Para quem não se sinta familiarizado com a intensidade trágica da vida de Antero de Quental, bastaria recordar que o Poeta teve uma vida dolorosamente curta, toda-via cheia de episódios ímpares adentro do padrão rotineiro do seu tempo: a “Questão Coimbrã” e as famosas “Conferências do Casino” são apenas dois tremores culturais que causaram “formigueiros” nas ilhargas

da pacatez lusitana daquele tempo. As gerações reconhecem que Antero de Quental, como pensador peregrino em demanda da “comunhão ideal do eterno Bem”, foi um dos expoentes credíveis da chamada cultura do “sacrifício volunta-riamente consentido”.Nesta breve oração fraternal em memória de Antero, sinto-me com a voz embargada ao recordar a minha timidez, quando em princípios da década de 60 fui generosa-mente aconselhado por mestres amigos a “saltar por cima” duma frase que deveria ser por mim lida numa das habituais ses-sões anterianas, na época apoiadas pela direcção da saudosa Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada; se bem me lembro, a frase dizia mais ou menos o se-guinte: (.../...) Antero de Quental continua a ser um dos mais lídimos baluartes do hu-manismo socialista da segunda metade do século XIX...).Adiante. Na superfície frásica das suas cartas a Anselmo de Andrade, Antero de Quental não esconde a serena profundida-de do seu intelecto:

“.../... o chão sobre que assenta a certeza de hoje formou-se pelas aluviões sucessivas da intuição antiga. O que é ci-ência foi já poesia; o sábio foi já cantor; o legislador, poeta; e a evidência, uma adivinhação, um admirável palpite, cujas profundas conclusões são ainda o espanto e porventura o desespero das mais rigorosas filosofias”. Sabemos que naquela fatídica tarde de Setembro (já lá vão 120 anos), Antero de Quental fez parar para sempre o cansado relógio do próprio coração. Para repoisar

o saldo de um corpo outrora robusto (que o digam o hercúleo conterrâneo Filomeno da Camara, e o próprio Ramalho Ortigão), Antero terá escolhido um dos mais sere-nos recantos da cidade que também lhe fora berço (Ponta Delgada, Açores), ali mesmo junto ao muro sul do Convento da Esperança (cuja recinto ficou recentemen-te ensombrado pela gigantesca silhueta da sua meiga conterrânea,Teresa de Jesus, fa-lecida 153 anos antes do nosso poeta ter ‘rubricado’ o seu último soneto).Antes de ter dado ordens à morte para cumprir o seu dever, Antero era amante sincero da Vida. Num compreensível ar-dor juvenil temperado na convicção moral e virilidade espiritual (ainda na flor da ju-ventude dos vinte e três anos), deixou-nos escrito o seguinte: “.../... as grandes, as belas, as boas coisas só se fazem quando se é bom, belo e grande. Mas a condição de grande-za, da beleza, da bondade, a primeira e indispensável condição, não é o talento, nem a ciência, nem a experiência: é a elevação moral, a virtude da altivez in-terior, a independência da alma e a dignidade do pensamento e do carácter.”

Para quem aceita o desafio (por muitos ainda considerado utopia) de que “arte é a verdade feita vida”, então seria correcto dizer que Antero de Quental foi um filóso-fo que era um artista; um apóstolo social capaz de sorrir às mundanidades do seu tempo; um pragmático-sonhador pronto a praticar e a receitar o clássico preceito be-neditino labora et noli contristari. Vamos namorar a hipótese de que, há 120 anos, Antero Tarquínio de Quental terá de-

cidido “transferir” a sua existência física para outros espaços. Foi porventura uma “operação de último recurso” para con-tinuar presente. Aliás, em carta escrita a Oliveira Martins (cerca de 15 dias anos da tragédia), Antero dizia: “ ... tenho piorado consideravelmente e resolvo-me a voltar para o Continente .../... é um desgosto e transtorno de cujo abalo não sei se poderei jamais restabelecer-me...”

Creio não ter nascido com vocação para esmiuçar o destino cadavérico da tran-sitoriedade humana. Se um dia me fosse conferido o privilégio de conversar com o estimado filósofo-poeta, dir-lhe-ia que muito gostaria de caminhar o resto da mi-nha existência com um cravo-vermelho no “cano” da palavra.... vamos imaginar que o “génio que era um santo” continua ainda vivo, na sua si-deral cruzada espiritual; jamais duvidaria da solidariedade anteriana para escutar as notas soltas deste (meu) poema escrito há menos de cinco anos: ideias! ideias!gemidos mentais de orgias de luznas fendas do pensamento...

... as certezas são cruéis pancadas no portal do erro disfarçado de verdade:prazer e dor são co-pilotos do meu pensar convivas presentes à última ceia da morte essa bruta batuta que comanda a vida...

Antero de Quental (Abril 18, 1842 – Setembro 11, 1891)

Memorandum

João-Luís de [email protected]

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Uma Década Perdida

Estou a escrever estes re-flexos na manhã do do-mingo 11 de Setembro de 2011. Estou aqui,

com o meu tradicional copo de café, de domingo de manhã, de-pois do meu ritual domingueiro, ler os principais jornais america-nos e ver as principais entrevistas dos "Sunday Morning Talk Sho-ws." Hoje, o mundo norte-ameri-cano comemora, e reflecte, o 11 de Setembro de 2001. O fatídico dia que mudou os Estados Unidos e afectou uma grande parte dos cidadãos deste nosso planeta. Não é fácil reflectir o 11 de Se-tembro. A morte, quase instan-tânea de 3 mil pessoas nas Tor-res Gémeas em Nova Iorque, a queda do avião na Pensilvânia que se dirigia para a Casa Branca e o assalto ao Pentágono, foram actos terroristas inimagináveis. A América, e o mundo, ficaram abismados com a brutalidade dos 19 sauditas e a força destruido-ra dum grupo terrorista que há anos andava a semear o terror e o pânico. E o mundo ficou cho-cado e aliado dos Estados Uni-dos. Recordo-me, vivamente, da manchete do jornal francês Le Monde, no dia 12 de Setembro de 2001, que ecoava um sentimento universal: Somos todos america-nos. Relembro que se realizaram vi-gílias em várias capitais mun-

diais. Milhares de pessoas vie-ram às ruas em cidades como: Estocolmo, Moscovo, Teerão, Joanesburgo, Londres, Berlim, Buenos Aires, Tóquio, Beijing e Singapura, entre outras. Foram palco de vigílias nocturnas com milhões de velas acesas em sinal de solidariedade. Foi um dos ra-ros momentos em que o mundo se uniu. Aliás, quase todos os países tinham perdido cidadãos neste ataque brutal. O símbolo mundial da democracia, os Es-tados Unidos da América, tinha sido assaltado por terroristas que mataram civis inocentes. A cida-de de Nova Iorque simbolizava, e ainda simboliza, um ponto de encontro de culturas. Daí que cidadãos das mais variadas na-ções compreenderam que tínha-mos sido vitimas de algo muito cruel. Todo o mundo estava com a América.Mas infelizmente a unidade mun-dial durou pouco tempo. Dez anos mais tarde, ao comemorar-mos uma maiores atrocidades terroristas do mundo moderno, verifica-se, sem qualquer dupli-cidade, que, infelizmente, a tra-gédia de Nova Iorque, não serviu para ficarmos um mundo melhor, nem tão pouco para que nos Es-tados Unidos ficássemos mais conscientes do que somos como país e da nossa presença no mun-do, como parceiros importantes,

e não como polícias, ou como do-nos. Infelizmente, estes dez anos podem ser cognominados como Uma Década Perdida. Aliás, esse é o título de um livrinho meu que um dias destes poderá ser publi-cado em Portugal.

Independentemente da nossa filiação partidária, da nossa ideologia política, quando o 11 de Setembro aconteceu,

todos, mas mesmo todos os cida-dãos americanos estavam com o Presidente George W. Bush e com o Congresso, que era controlado, desde 1994, pelos Republicanos. Porém, o Presidente naquele seu estilo muito peculiar e pouco ce-rebral, em vez de apelar ao espí-rito de solidariedade que se vivia por todo o país, em vez de ultra-passar a ideologia momentânea, agarrou-se, com unhas e dentes, ao oportunismo político e provo-cou uma onda de acontecimentos que vieram piorar a América e

em nada dignificar a memória ou respeitar as vitimas do 11 de Setembro. É que num momento em que os cidadãos americanos estavam aptos a fazer todos os sacrifícios necessários o presi-dente aconselhou-nos a irmos às compras. E veio o que se sabe: duas guerras e o esbanjamento das contas pú-blicas. Se é certo que a invasão do Afeganistão era necessária para se quebrar um governo que sediava terroristas e ir-se ao cer-ne do Al Qaeda, não é menos cer-to que a invasão do Iraque foi ro-deada de mentiras e um desastre total. A invasão do Afeganistão teve o apoio do mundo, que acei-tou, compreendeu e até apoiou o Presidente e o Congresso, a inva-são do Iraque, um desejo de Bush e dos neo-conservadores que o rodeavam, teve o efeito contrário. É que toda a solidariedade, a uni-ficação, o compromisso mundial

em torno do Afeganistão e a caça aos terroristas ficaram demlidos com as intrujices que nos leva-ram a invadir o Iraque.E no interior deste grande país, os oportunismos do Presidente, e dos seus acólitos no Congres-so, fizeram com que tivéssemos uma série de medidas que des-respeitassem a constituição, ins-truíssem o medo, a xenofobia e a discriminação. Em termos eco-nómicos um assalto total à classe média americana e a pior reces-são económica desde a Grande Depressão. E em termos mun-diais a criação de uma nova, exa-cerbada, desnecessária e nociva arrogância americana. Esta foi uma década perdida. Volto ao meu café com a triste sensação de que erramos muito nos últimos dez anos, e com a certeza de que as vitimas do 11 de Setembro, e o sonho america-no, mereciam muito mais.

Page 11: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

11COLABORAÇÃO

Uma visão histórica seme-lhante, da Agropecuária nos Estados de Idaho e California

Goodbye California hello Idaho, esta é a opinião de creden-ciadas publicações da

agricultura americana. Cerca de 25 anos depois do início da saí-da em grande escala, da indústria de produção de leite do Sul da California para outros Estados, achamos importante descrever algumas semelhanças, que nos indicam que a história continua a repetir-se.

Chino Valley e Treasure Valley, são duas áreas de produção de leite de longo período, muito dis-tantes em geografia e superfície, mas para surpresa de muitos, se-melhantes em muitos aspectos.Muito daquilo que presentemente ficou na área de “Boise-Caldwell-Nampa”, é mais ou menos o que víamos na área do Chino nos fi-nais da década dos 70, velhas pe-quenas operações, com algumas centenas de vacas, e ainda menos hectares de terreno, esta área era menos populada, e a marcha da vida mais vagarosa e mais sim-ples, julgando por algumas foto-grafias antigas, e muito diferente do que era o Chino durante os anos 1950-60's.Há excepções concerteza. O “Treasure Valley” tem explora-ções maiores e mais modernas com alguns milhares de vacas, mas não muitas destas, tal como no Chino os dias gloriosos destes Vales na produção do leite estão ficando para traz. Foi uma vez na história em que os dois eram das maiores bacias leiteiras dos seus respectivos Estados. Isto foi an-tes do grande urbanismo que se expandiu para os meios rurais, crescentes escalas de eficiência e melhores oportunidades gradual-mente carregaram as vacas para fora. No caso do Chino, a maioria foi na direcção Norte, para o Vale de San Joaquin, no caso de Boise foi para o Leste, para Magic Val-ley. Depois deste constante cresci-mento urbano nas décadas dos 1980-90s, numa pequena Cidade chamada Meridian perto de Boi-se, onde antes havia vacas e agora não se encontra nem uma, há ain-da pequenas parcelas de pasta-

gens e velhos edifícios, sinais de uma antiga história de produção, tal como habitualmente víamos nas imediações do Chino, na Ca-lifornia.Não quer isto dizer de forma al-guma que a produção de leite em Idaho tenha diminuido. Em 1980, havia 153,000 vacas produzindo 1.943 biliões de libras de leite. Era o Estado numero 18 em or-dem produtiva, 10 anos mais tarde, em 1990, a primeira onda de produtores da California ha-via chegado maioritáriamente à àrea de “Twin Falls”, nessa altura Idaho tinha 179,000 vacas pro-

duzindo 2.949 biliões de libras e estava no número 12.Por volta do ano 2000 a produção de leite em Idaho estava a toda a velocidade. Os dois índices, números de vacas e produção, 347.000, e 7.223 biliões, respecti-vamente, tinham atingido a posi-ção numero 6 na escala estadual produtiva dos E.U.. Hoje, Idaho, tal como a industria em geral, fez uma pequena pausa no cresci-mento dos últimos três anos, mas os números continuam a aumen-tar, com 564.000 vacas, produ-zindo 12.779 biliões de libras de leite, nas suas 582 explorações, é presentemente o Estado número 3 na escala de produção dos 23 Estados com produção comercial dos Estados Unidos.Tal como a California, o centro de produção em Idaho mudou-se e incorporou-se em outras areas nas ultimas décadas. O Magic Valley, Twin Falls, Jerome, Bur-ley e outras localidades, são ago-ra responsáveis por mais de três quartos da produção do leite do Estado. O Treasure Valley em comparação conta com um quin-to, das vacas e produção. Tudo parece nostálgico mas afinal não é, foi a evolução dos tempos. A agropecuária experimentou gran-des mudanças e aperfeiçoamentos nas ultimas décadas, e continua a ser um investimento paradoxal, convidativo, e ao mesmo tempo arriscado. Uma vaca pode valer hoje $2,000.00 e amanhã custar $150.00 para pagar-lhe o “fune-ral”. Além do mais em curto es-paço, os preços do leite podem oscilar entre os $10.00 e $20.00, pelas mesmas 100 libras de leite, com os custos de produção sem-pre em crescimento.

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

Ideias de AvôEsta casa de 5 pés de comprimento, 4 1/2 de largura e 4 1/2 de altura, foi feita pelo nosso amigo Manuel Jorge, nascido na Feteira, Ilha do Faial e residente em Caruthers. Dentro, tem uma mesa com quatro cadeiras pequenas e uma grande. Para quê? Simplesmente para que os netos brinquem na "sua" casa, mas controlados pelo avô. E esta?

A Fotografia da Quinzena

Goodbye California, Hello Idaho

Page 12: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

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Page 13: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

13 COMUNIDADE

O que é coleccionar? O dicionário diz muito simplesmente que coleccionar é reu-nir em colecção, fazer colecção, etc. Tudo muito bonito, mas não explica que esta ma-nia de coleccionar coisas advém mais da "saudade de" do que arrumar coisas.Frank Parreira tem saudades do que viu, do que teve, e de coisas de que nunca teve, mas sempre relacionadas com a sua terra, a sua freguesia, as suas amizades. Tudo são "saudades" nesta colecção de muitos arte-factos que enchem dois quartos de um ar-mazém feito de propósito para este fim.Bordões, muitos bordões dão logo nas vis-tas. São mais de 700 e muitos mais estão num outro armazém para serem prepara-dos. E aqui aparece a ideia brilhante de um portugês, que sabendo da dificuldade de arranjar ponteiras para todos os bordões, inventou. E inventou o quê? Simplesmen-te usando as pernas metálicas de cadeiras, que as escolas atiram para o lixo. Só mes-mo de um português.Canivetes, são centenas ou milhares, de todas as espécies e feitios. Os restantes ar-tefactos, que podeis ver nas fotos mostram bem o gosto que Frank Parreira tem na sua aficion aos toiros. Também tem muitos chocalhos.Desde Abril até fins de Outubro, Frank Par-reira passa os fins de semana nas praças de toiros da California como pastor, ajudando os toiros a recolherem aos seus quartéis de-

pois de corridos. Nem sempre os toiros es-tão de acordo em irem-se embora e aí vem à tona a experiência do Frank, para ajudar a resolver os problemas que aparecem com alguns toiros teimosos.Quando tem tempo disponível passa horas no seu museu, apreciando, tocando, mu-dando de posição, este ou aquele objec-to. Toca nas navalhas, tenta compreender como algumas são feitas e quando pode arremata objectos que lhe sirvam para o seu museu, tal como aconteceu recente-mente com um camião (ver foto) que arre-matou em Artesia.Recebe com muito prazer todos aqueles que o procuram para visitar o museu e ten-ta explicar-lhes a origem de cada um dos artefactos que enchem este lindo museu em Chowchilla.Fazer-lhe uma vista é voltar ao passado das nossa Ilhas e dos nossos sonhos de criança.

O Museu fica situado em:

23423 Road 16Chowchilla, CA 93610Telefone: 559-285-2015

Page 14: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

14 15 de Setembro de 2011 GUSTINE

Milagres - 75 anos de festa fotos de Jorge “Yaúca” Ávila

Teresa Soares, responsável pelo Bodo de Leite

Celebrar 75 anos de Festa em Louvor de Nossa Senhora dos Milagres requereu que todas as acti-vidades tivessem sido bem estudadas e discutidas entre os membros da sua comissão, para que tudo corresse com a dignidade própria de uma data tão importante, quer para a Igreja Católica, quer para a Cidade de Gustine. E quando se planeia, a tempo e horas, com peso e medida, tudo sai às mil mara-vilhas. Foi isso que aconteceu. Desde os espectá-culos, ao Bodo de Leite, este ano com o tema das Nove Ilhas dos Açores e das suas mais importantes tradições. O jovem Padre Paulo Borges, vindo de São Miguel, também ajudou a festa, criando um

ritmo de alegria e de prazer de fazer as coisas bem feitas.A melhor expressão da festa veio de um jovem, que quando viu o Padre Paulo Borges, de cabelo com-prido, bigode e pera, disse, um tanta espantado: "Jesus Christ". O Padre Leonard também mencio-nou na missa a visita que ambos fizeram à leitaria de João Pires e do pedido do Padre Borges para que ele acelerasse o carro. Tudo isto faz parte de uma grande festa, e são estas pequenas coisas que fica-rão para sempre na memória de muita gente.E para o ano continuará cada vez melhor.

São Miguel, a terra e os romeiros

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15 GUSTINE

Desde o principio destas comemorações que a Festa Brava esteve sempre presente Terceira e a sua Festa Brava

Santa Maria e a indústria do barro Graciosa - boa vida e boa doçaria

São Jorge e o seu eterno queijo Pico do vinho e das subidas ao seu piquinho

Faial e a Semana do Mar

Flores e a vida familiar

Flores, uma troca de posters à ultima hora ainda mais embelezou o seu carro

Corvo e a devoção dos seus habitantes

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16 15 de Setembro de 2011GUSTINE

Walter e Nancy Costa, João e Sandra Toste, António e Elisa Martins, Padre Paulo Borges, Filomena e António Nunes, Durvalina e Eric Snoke and John, no Bodo de Leite

Coroação de António Martins, Presidente da Festa e de toda a sua família.

Padres Paulo Borges, Leonard Trin-dade, Daniel Avila, George Martins, Monsenhor Myron Cotta, Padre John Harguiney e Monsenhor Ivo Rocha

Direita: no final da festa com a Ima-gem de Nossa Senhora dos Milagres

Festa de Nossa Senhora dos Milagres • Gustine, California

Aspectos do Bodo de Leite, num Sábado de muito calor e de muita humidade

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17

Monsenhor Myron Cotta coroando a rainha Grande Jessica Teixeira

A Rainha de 1947

Coroação da Rainha Pequena, Matney Oliveira

GUSTINE

Festa de Nossa Senhora dos Milagres • Gustine, California

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18 15 de Setembro de 2011GUSTINE

Aia Samantha Bass, Rainha Grande Jessica Teixeira, aia Tracy Teixeira Embaixo: Aia Allison Nunes, Rainha Pequena Matney Oliveira, aia Amanda Lopes

Em cima/ esquerda: As Senhoras das Fitinhas, sempre presentes em todas as festasEsquerda: Família Olsen, cozinheiros da festaEmbaixo: Eric e Durvalina Snoke (Tesoureira), Past President João e Sandra Toste, Presidente António e Elisa Martins, Padre Paulo Borges, Filomena e António Nunes, (Vice-Presidente), Nancy e Walter Costa, Secretário

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19 PATROCINADORES

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20 15 de Setembro de 2011COLABORAÇÃO

Festa do Espírito Santo em Artesia

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

Prosseguindo a tradição, os festejos em louvor do Divino Espírito San-to nesta comunidade portuguesa do Sul da California, foram reali-

zados no ultimo fim de semana de Julho e, como é habitual, com um vasto e interesa-ante programa.Durante toda a semana, com início no Do-mingo, dia 24, houve diversas actividades religiosas, incluindo recitação do terço na Capela do Divino Espírito com diversas dedicações.Na Sexta-feira, dia 29, abertura oficial das festas com a apresentação das Rainhas e respectivas aias. A Rainha Grande foi Lisa Mendes e as aias Breanna Aguiar e Kara Martins. Rainha Pequena Victoria Gomes, aias Hailey Sousa e Jocelyn Gomes.Pelas 9:00 abertura da discoteca "Club Wolf" e a sempre apreciada cantoria com os seguintes improvisadores: Manuel dos Santos, Alberto Sousa, António Resendes (Nova Inglaterra), e o jovem António Isi-dro Cardoso, vindo da Ilha de São Jorge.Como sempre esta cantoria foi muito apre-ciada pelos mais idosos.No Sábado, dia 30, pelas 5:00 horas folia dos bezerros pelos arredores da sociedade, seguindo-se a benção das esmolas de car-ne, pão e vinho, pelo Padre Luís Proença, seguindo-se bodo de vinho e massa sova-da a todos os presentes.Pela primeira vez, durante a benção, ouvi-ram-se imitações de foguetes, tal como se usam nas nossas Ilhas.Pelas 7:00 horas, houve concerto de paso-dobles taurinos pelas Filarmónicas de Ar-tesia e de Escalon, seguindo-se baile ao ar livre, animado pelo Conjunto "Aliança".No Domingo, principal dia da festa, e pe-las 7:00 horas houve distribuição de sopas aos doentes e idosos da comunidade. Pelas 11:00 o cortejo partiu da Sociedade em di-recção à Igreja da Sagrada Família, onde foi celebrada missa da Coroação pelo Pa-dre Luís Proença. Ao mesmo tempo ser-

viam-se as deliciosas sopas e carne.Depois da missa o cortejo regressou à So-ciedade acompanhadas pelas Filarmónicas de Artesia, Escalon, Tulare, Chino.As sopas confecciondas pelo mestre Frank Borba foram de alta qualidade e sempre muito apreciadas por toda a gente.Durante a tarde houve arraial pelas filar-mónicas presentes, arrematações e às 9:00

horas Grand March e baile com o DJ Lau-rénio Capote.Na Segunda-feira, dia 1 de Agosto, grande corrida de toiros da ganadaria Mira Douro, Grupo de Forcados do Aposento de Turlo-ck, abrilhantada pela Filarmónica de Arte-sia. De acordo com alguns entendidos no assunto tauromáquico, não foi das melho-res, mas simplesmente razoável, com casa

quase cheia, demonstração de que o povo não olha a custos, quer é ir aos toiros.Na pessoas do seu Presidente, Jimmy Enes, toda a direcção e colaboradores, es-tão de parabéns por tão grande evento, ex-celentemente programado e óptimamente realizado.

Rainha Grande Lisa Mendes e as aias Breanna Aguiar e Kara Martins.

Aniversário

Maria Arminda Morais 90 Anos

Maria Arminda Morais é natural da Freguesia de Santo Antão, Con-celho da Calheta, S. Jorge, Açores.Foi casada com João A. Morais, já falecido. É mãe de 6 filhos e 2 filhas. José (residente nos Açores), António, Mateus, João, Lorete, Lena, Manuel e Guilherme, todos residentes na California. É avó de 10 netos, 10 netas, bisavó de 15 bisnetas e 7 bisnetos. Emigrou para a California no dia 23 de Janeiro de 1970. Os familiares e amigos ofereceram-lhe um almoço num restaurante localizado na cidade de Vallejo, onde a aniversariante reside.

Tribuna Portuguesa sauda Maria Arminda Morais

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21 PATROCINADORES

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

Page 22: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

22 15 de Setembro de 2011TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected] Mota, o herói da noite

Corrida de Toiros da Festa dos Milagres

Já temos na Califor-noa a nova revista Festa na Ilha, publicada pela Ter-túlia Tauromáquica Terceirense. É uma edição de luxo, com 96 páginas e 338 fo-tografias taurinas.Está à venda na Padaria Populat e Bacakhau Grill, em San José e dentro de dias na Fer-nandes Linguiça, em Tracy. Também podem adquiri-la através do Tribuna, pelo telefone 209-576-1951.

Pegas de Tony Martin (segunda tentativa), Michael Lopes e Dominic. Os forcados foram os grandes heróis desta Corrida dos Milagres. Na próxima edição falaremos mais desta corrida

Luís Procuna num derechazo templado Paulo Ferreira e Rui Salvador estiveram por cima dos seus oponentes e tudo tentaram para lhes dar a volta

Praça de Gustine. Cavaleiros Rui Salvador, Paulo Ferreira e matador Luís Procuna. Forcados Amadores de Turlock. Di-rector, Duarte Braga, Banda de Escalon. Matéria prima aquém das expectativas. Cavaleiros estiveram à altura dos acon-tecimentos e o Matador esteve com muita seriedade em frente a dois toiros muito parados, sem recorrido. Valentia a não poder mais. Mesmo assim tirou belos passes e bandarilhou bem. Foi uma corrida alegre, divertida, que entusiasmou muitos milhares de pessoas. Houve ferros muito bem cravados, mesmo com as dificuldades que os toiros criaram.

O momento mais alto da noite aconteceu na pega do segundo toi-ro, quando Donaldo Mota fez um PEGÃO para não mais se esque-cer. Foi uma pega a três tempos - Donaldo dominou primeiro, o toiro a seguir queria dominá-lo e depois todo o grupo fechou-se muito bem. Belo momento de festa brava. A Praça estava super esgotada até à Lua Cheia.

Procuna num natural muito bonito, com o toiro a humilhar bem. O matador esteve no seu melhor na California.

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23DESPORTO

Liga Zon Sagres 2011/2012 J V E D PFC Porto 4 4 0 0 12Benfica 4 3 1 0 10Sp. Braga 4 3 1 0 10Marítimo 4 2 1 1 7Académica 3 2 0 1 6Beira-Mar 4 1 2 1 5Sporting 4 1 2 1 5Olhanense 4 1 2 1 5Feirense 4 1 2 1 5Paços Ferreira 4 1 1 2 4Gil Vicente 4 1 1 2 4Setúbal 4 1 1 2 4Guimarães 4 1 0 3 3U. Leiria 4 1 0 3 3Rio Ave 4 0 1 3 1Nacional 3 0 1 2 1

Liga Orangina 2011/2012 J V E D PAtlético 3 2 1 0 7U. Madeira 3 2 0 1 6Arouca 3 1 2 0 5Penafiel 3 1 2 0 5Oliveirense 3 1 1 1 4Desp. Aves 3 1 1 1 4Freamunde 3 1 1 1 4Leixões 3 1 1 1 4Moreirense 3 1 1 1 4Santa Clara 3 1 1 1 4Estoril 3 1 1 1 4Belenenses 3 0 3 0 3Naval 3 1 0 2 3Portimonense 3 1 0 2 3Trofense 3 0 2 1 2Sp. Covilhã 3 0 1 2 1

II Divisão Zona Centro 2011/2012 J V E D PCinfães 1 1 0 0 3Tondela 1 1 0 0 3Gondomar 1 1 0 0 3S. João Ver 1 1 0 0 3Anadia 1 0 1 0 1Padroense 1 0 1 0 1Paredes 1 0 1 0 1Sp. Espinho 1 0 1 0 1Operário 1 0 1 0 1Coimbrões 1 0 1 0 1Boavista 0 0 0 0 0Al. Lordelo 0 0 0 0 0Amarante 1 0 0 1 0Angrense 1 0 0 1 0Madalena 1 0 0 1 0Ol. Bairro 1 0 0 1 0

Liga confirma FC Porto-Benfica na sexta-feira, dia 23 A Liga de Clubes confirmou hoje o agendamento do clás-sico entre FC Porto e Benfica, referente à sexta jornada do Campeonato, para sexta-feira, dia 23. Fruto da participa-ção na Liga dos Campeões, caberá aos dois rivais abrirem a ronda no Estádio do Dragão, a partir das 20.15 horas, com transmissão televisiva através da Sport TV. Também participantes nas competições europeias, no caso na Liga Europa, SC Braga e Sporting anteciparam também os res-pectivos jogos, ante Nacional e V. Setúbal, para dia 24, sábado. Para domingo, dia 25, estão agendados quatro en-contros, fechando a jornada na segunda-feira, dia 26, com o Académica-Feirense.Programa completo da sexta jornada:23/9 (sexta-feira)FC Porto - Benfica, 20.15 horas (Sport TV)24/9 (sábado)SC Braga - Nacional, 18.30 horas (Sport TV)Sporting - V. Setúbal, 20.30 horas (TVI)25/9 (domingo)Beira-Mar - Rio Ave, 16 horasP. Ferreira - Gil Vicente, 16 horasOlhanense - UD Leiria, 16 horasMarítimo - V. Guimarães, 19.15 horas (Sport TV)26/9 (segunda-feira)Académica - Feirense, 20.15 horas (Sport TV)

in abola.pt

LIGA ZON SAGRES Porto, Benfica e Braga em bom ritmo...

Porto 2 FC Shakhtar 1Luiz Adriano ain-da deu vantagem aos ucranianos, mas Hulk e Kléber garantiram uma estreia vitoriosa aos "dragões".

O FC Porto entrou com o pé direito no Grupo G, ao bater em casa o FC Shakhtar Donetsk, por 2-1.

O campeão português falhou uma grande pe-nalidade por Hulk e viu depois Luiz Adriano colocar o adversário ucraniano na frente do marcador, tudo dentro do primeiro quarto-de-hora de jogo, mas um fabuloso livre de Hulk e uma conclusão fácil de Kléber operaram a revira-volta.

O FC Porto nunca havia perdido o seu primeiro jogo na fase de grupos nas suas 16 anteriores presen-ças na prova e desde bem cedo mostrou que queria manter a tradição. Com efeito, decorria apenas o minuto cinco quando Hulk viu o seu remate de fora da área embater na trave da baliza ucraniana, isto depois de ainda ter sofri-do um desvio em Steven Defour. A infelicidade do avançado brasileiro reve-

lou-se ainda maior cinco minutos volvidos, quando atirou ao poste na conver-são de uma grande penali-dade, a castigar um derru-be de Yaroslav Rakitskiy a James Rodríguez.

E, como não há duas sem três, o penoso arranque do "dragão" conheceu o seu epílogo aos 12 minutos, quando um aparentemen-te inofensivo remate de Willian deu origem a um erro do guarda-redes Hel-ton, que largou a bola e proporcionou a recarga vi-toriosa a Luiz Adriano. O FC Porto tropeçava, mas não caía. E quis o destino que fosse Hulk a redimir-

se do seu falhanço ante-rior aos 28 minutos, com o seu portentoso livre, a cerca de 30 metros da ba-liza, a fazer a bola entrar como um míssil na bali-za do Shakhtar. A missão ucraniana complicava-se e tudo ficou pior a cinco minutos do intervalo, al-tura em que Rakitskiy viu o cartão vermelho directo, devido a uma entrada so-bre João Moutinho.

Em superioridade numéri-ca, o FC Porto aumentou ainda mais a pressão sobre o adversário no arranque da segunda parte e foi com naturalidade que o 2-1 sur-giu aos 51 minutos. James

assinou uma jogada ma-gistral no lado esquerdo e entregou de bandeja a bola a Kléber, que apenas teve de empurrar para o fun-do da baliza. O Shakhtar nunca ameaçou seriamen-te chegar ao empate e foi mesmo o FC Porto quem esteve mais perto do ter-ceiro golo, com James a rematar à barra, isto antes de Dmytro Chygrynskiy ser expulso aos 80 minu-tos, por acumulação de amarelos. Garantida a es-treia desejada, o FC Porto vai agora defrontar fora o FC Zenit St. Petersburg, a 28 de Setembro.

in uefa.com

O Benfica iniciou a sua participação na fase de grupos da UEFA Cham-pions League com um empate a uma bola na recepção ao Manchester United FC.

A jogar em casa, perante uma plateia praticamente lotada, os "encarnados" tentaram desde cedo to-mar as rédeas do jogo mas pela frente encontra-ram um United bastante organizado, com excelen-te posse de bola nos ins-tantes iniciais.Os homens da casa de-moraram a reagir mas, aos 14 minutos, Gaitán tentou o remate de longe, com a bola a passar um pouco por cima. Dois minutos volvidos o argentino ficou perto do golo, após disparo de pé esquerdo. A bola passou perto do poste da baliza de Anders Lindegaard, numa fase em que o Benfica já tinha equilibrado a partida.Aos 19 minutos Óscar Cardozo testou a atenção do guarda-redes do United, com um remate de pé direito, à entrada da área. Mas aos 24 minutos o paraguaio atirou a contar, após passe magistral de Gaitán. Cardozo domi-nou no peito e, de pé direito, atirou fora do alcance de Lindegaard, tendo assinado um tento de belo efeito.Motivado pelo golo, o conjunto orientado por Jorge Je-sus soltou-se mais, mas foi apanhado em contra-pé aos 42 minutos, com o United a chegar ao empate, mercê de um remate certeiro de Ryan Giggs. O médio progrediu em zona frontal e, de pé esquerdo, restabeleceu a igual-dade. Na segunda parte, a formação de Manchester vol-tou a entrar bem, pressionante e a criar problemas

ao último reduto "encarnado", que, mais uma vez, se foi soltando com o passar do tempo. Ainda assim, o con-junto inglês continuava a dominar, com Giggs a ter a oportunidade para desfazer a igualdade aos 64 minutos. Artur correspondeu com uma defesa providencial.Aos 65 minutos, o Benfica dispôs de uma excelente oportunidade para fazer o segundo golo, após lance de contra-ataque. Gaitán avançou pelo lado direito, cruzou rasteiro e o recém-entrado Nolito rematou de pronto. Lindegaard defendeu para canto.O Benfica ainda tentou o "forcing" final, na tentativa de chegar à vitória, algo que poderia ter acontecido aos 76 minutos, após remate de Gaitán. Lindegaard esteve no-vamente em bom plano, ao evitar o golo ao argentino. A três minutos do final foi a vez de Nolito estar perto do golo, mas o remate do espanhol, já na pequena área, embateu nas malhas laterais.

in uefa.com

Benfica 1 Manchester U. 1

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Page 26: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

26 15 de Setembro de 2011ARTES & LETRAS

A Paixão segundo João Mateus, de Norberto Avila

“E quer saber o mais ingraçado? Um des-ses jornais d Angra do Heroísmo botou logo na prumeira página, im grandes le-tras: Jasus Cristo ceou onte uma alcatra na Serreta” – Aquilo há-de ter sido coisa do Sr. João João Afonso. – Munto me di-verti com essa hestória”. (pág.80)

Com mestria, desenvoltura e ima-ginação criadora assente na ma-gia do verbo, Norberto Ávila re-cria, neste livro, o falar popular

da ilha Terceira, explorando as suas parti-cularidades lexicais e fonéticas. A paixão segundo João Mateus, com o sub-título de Romance Quase de Cordel (Insti-tuto Açoriano de Cultura, 2011), resulta de uma revisitação e de uma transposição de um texto dramático em verso (a peça ho-mónima foi publicada em 1983) para a pre-sente versão narrativa, o que é passível de colher de surpresa muitos leitores, dado o estilo surpreendente e a inesperada explo-ração linguística de que o livro dá conta. Norberto Ávila concebe um encontro fic-tício com João Mateus, em Tulare, onde o não menos fictício poeta popular tercei-rense, agora com 80 anos de idade, estaria radicado.Gostei incondicionalmente da técnica pro-sódica usada e muito apreciei o referido velho João Mateus, poeta popular da Ser-reta, narrador, contador de histórias, autor, encenador e mestre de cerimónias (com treino de muitos anos a compor “inredos” para as danças carnavalescas), ele que, lendo o passado com os olhos postos no presente, narra, numa perspectiva omnis-ciente e interpretativa, a Paixão de Cristo. À recriação dos momentos bíblicos, junta-se uma espécie de balanço que o narrador vai fazendo da sua vida vivida e sonhada, não faltando uma série de peripécias e histórias que se intrometem na narração,

salpicadas de algum humor. Por exemplo, o narrador evoca a personalidade dos acto-res na sua relação com os papéis que lhes foram atribuídos. Ao ler este livro e ao deparar com esta maneira de narrar, não pude deixar de, mutatis mutandis, pensar nos rimances populares, nalguns romances de Aquilino Ribeiro (A via sinuosa, Livraria Bertrand, 1918, e Terras do Demo, Livraria Bertrand, 1919), nalguma novelística de Nemésio, nomeadamente o Matesinho de S. Mateus, de “Quatro prisões debaixo de armas” (O Mistério do Paço do Milhafre, Livraria Bertrand, 1949), e ainda do vavô José dos Reis da (trilogia) Raiz Comovida (Dom Quixote, 2003), de Cristóvão de Aguiar, se bem que este último autor explore uma oralidade marcadamente micaelense.Mas recuemos no tempo. A matriz de A paixão segundo João Mateus integra-se numa tradição teatral com raízes fundas e profundas na Idade Média e no Renasci-

mento. Refiro-me às Danças do Entrudo, que remontam a um tempo em que o reli-gioso e o profano se inter-ligavam, a um tempo que é anterior às comédias e às farsas de Gil Vicente, considerado o criador ou o fundador do teatro em Portugal. Convirá, porém, não esquecer que, antes dele, muitas outras formas de representação já exis-tiam: os arremedilhos, os momos, os autos, os misté-rios, os milagres, as actua-ções processionais, etc.Os poetas populares, os repentistas e os impro-visadores açorianos dão hoje forma e conteúdo a toda uma tradição poética e musical (bem patente no Cancioneiro dos Açores) que remonta às cantigas de amigo, às cantigas de es-cárnio e maldizer, às can-ções de gesta medievais,

enfim, à bela poesia trovadoresca.Desse tempo pretérito, mantemos, nos Açores e com especial incidência na ilha Terceira, as referidas Danças do Entrudo que chegam até nós em forma de choca-lhadas, arruaças, folias e chacotas. A partir desses materiais soubemos adaptar e criar coisas novas, como, por exemplo, “As Velhas”, a cantiga satírica terceiren-se. As Danças do Entrudo, vulgarmente conhecidas pelos “bailinhos”, as danças de espada (de teor dramático), e as danças de pandeiro (de teor cómico) continuam a ser a “teatralidade plena” e, segundo José Orlando Bretão, constituem, anualmente, a maior manifestação de teatro popular em língua portuguesa. A paixão segundo João Mateus é isso mes-mo: o poder evocativo, a recriação de luga-res e atmosferas, a revivificação da língua portuguesa, uma escrita que bebe no hú-mus da nossa condição insular, as bruscas mudanças no embalo da frase, só possível graças ao engenho de um criador de muito mérito. Entre uma tradição e uma moder-nidade, a obra flui na desordem ordenada que lhe dá a sua espontaneidade, casticis-mo e naturalidade. Mais do que uma re-gionalização pela linguagem, há aqui o estado natural da fala – o falar terceirense e sua ditongação (por exemplo, “imbien-

te”, pág. 50, “oitras”, pág. 88, “assuinto” pág.86, ”oivindo”, pág. 129) não é mais que o português arcaico, autêntico e genu-íno trazido há mais de 5 séculos para estas ilhas: “açodada” (pág. 52), “num zape” (pág. 68), “Ubei!” (pág. 71), “andar munto prosa” (pág. 78), “almários” (pág. 86), en-tre muitos outros arcaísmos. A propósito, aqui recomendo que, numa próxima ree-dição deste livro, seja apensado um glos-sário para uma melhor compreensão do português quinhentista. Digo isto porque é no domínio da linguagem que este livro poderá ganhar ou perder leitores.Livro sintomático da mundividência aço-riana, A paixão segundo João Mateus vale por essa experiência linguística que de há muito se não via na produção literária açoriana, e vale, sobretudo, pela profunda humanidade das suas personagens. Eis um grande livro para quem o souber ler.

Victor Rui Dores

Com as vindimas, e um cheiro ao Ou-tono que se aproxima, cá estamos com mais uma Maré Cheia. Esta edição é de-dicada ao escritor terceirense Norberto Ávila. Conheço o Norberto há vários anos. Conheci-o numa sessão cultural na Casa dos Açores em Lisboa, mas já conhecia a sua obra há mais anos. Aliás, conheci-a pelas mãos do nosso saudoso amigo Emanuel Félix. Sou um leitor e apreciador de toda a sua obra, quer no teatro, no romance e na poesia. Norber-to Ávila tem uma invejável colecção de livros publicados ao longo de uma car-reira dedicada ao teatro e a literatura. A sua obra mais recente foi publicada há dias na cidade de Angra do Heroísmo. O texto de apreciação deste último livro de Norberto Ávila é do poeta Victor Rui Dores.Um abraço ao Norberto por mais esta publicação, por mais este contributo para as letras dos Açores. A nossa gra-tidão para o Victor Rui Dores, por mais esta recensão.Abraços para todos os leitores com vo-tos de que gozem a pontinha final do verão de 2011.

diniz

Biografia:

NORBERTO ÁVILA nasceu em Angra do Heroísmo, Açores, a 9 de Setembro de 1936. De 1963 a 1965 frequentou, em Paris, a Universidade do Teatro das Nações. Criou e dirigiu a revista Teatro em Movimento(Lisboa, 1973-75). Chefiou, durante 4 anos, a Divisão de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura; abandonou o cargo em 1978, a fim de dedicar-se mais intensamente ao seu trabalho de escritor, de que resultou a escrita de 30 peças teatrais, 3 romances (dois deles inéditos) e um livro de poemas.Traduziu obras de Jan Kott, Shakespeare, Tennessee Williams, Arthur Miller, Audi-berti, Husson, Schiller, Kinoshita, Valle-Inclán, Fassbinder, Blanco-Amor, Zorrilla e L. Wouters.Dirigiu para a RTP (1º Canal), a partir de Novembro de 1981, uma série de programas quinzenais dedicados à actividade teatral portuguesa, com o título de Fila 1. As peças teatrais de NORBERTO ÁVILA têm sido representadas em diversos países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Ho-landa, Itália, Portugal, República Checa, Roménia, Sérvia e Suíça.

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

Page 27: The Portuguese Tribune, September 15th 2011

27 COMUNIDADE

CONSELHO MUNDIAL DAS CASAS DOS AÇORES31 DE AGOSTO A 4 DE SE-

TEMBRO DE 2011Rio de Janeiro, Brasil

Discurso da Directora Regional das Comunidades, Maria da Gra-ça Borges Castanho

Hoje o que nos traz ao Rio de Janeiro é a realização da XIV Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores. Um Conselho com história e cuja designa-ção, bem conseguida e simbólica, merece alguma reflexão porque nela se encerram os princípios deste organismo.Comecemos pelo vocábulo “Conselho”, um conjunto de pessoas que se reúnem para tratar de assuntos de interesse co-mum. Conselho implica a interacção entre pessoas, discussão de ideias, procura de consensos e partilha de experiências. É um espaço propício ao exercício da demo-cracia e da cidadania. A palavra “Mundial” dá bem conta da di-mensão da nossa comunidade, espalhada pelo mundo, da sua grandeza e representa-tividade. Somos cinco ou seis vezes mais em número, na diáspora, do que os aço-rianos que residem nas ilhas. A represen-tar um milhão e quinhentos mil açorianos migrantes, temos doze Casas dos Açores, espalhadas pelo Brasil, Canadá, EUA e em Portugal Continental, com fortes possibi-lidades de ampliarmos este número devi-do ao interesse constante manifestado por outras entidades que, em diversas áreas geográficas, assim o reclamam. Los Azo-renos, associação que há 47 anos promove a açorianidade, no Uruguai, simbolizam bem a força deste processo que continua a crescer e que exige da DRC uma procura constante de novas comunidades. Em con-sequência deste interesse, neste momento, encontramo-nos num processo de reencon-tro e de reconhecimento das comunidades açorianas na Austrália, na África do Sul, na Venezuela, etc. Estamos também resga-tando as nossas comunidades judaicas se-farditas que ao serem expulsas de Portugal se radicaram nos Açores e daqui partiram rumo às Américas. Temos depois a palavra “Casa”, espaço de companheirismo, crescimento, realização individual, aprendizagem de regras de convivialidade, interiorização de valores como o respeito pelo outro. Casa é também espaço de protecção e de preparação dos mais novos para o futuro. Ora aqui temos um conjunto de factores essenciais, a res-peitar pelas Casas dos Açores, que devem ser o lugar privilegiado de acolhimento de todos os açorianos/as. As casas dos Aço-res devem a todos acolher, açorianos/as de todas as ilhas, com diferentes percursos, com diferentes níveis de sucesso, graus académicos e realização profissional. Mas nós, nas nossas casas, também recebemos e acarinhamos os nossos amigos. Ora, aqui está outro princípio basilar para um efi-caz funcionamento das Casas dos Açores que, hoje em dia, são espaço para todos os que connosco constroem este projecto de promoção da açorianidade, independente-mente da raça, do credo, das preferências políticas, sexuais e culturais. A tudo isto é que podemos chamar uma Casa. Falta o significante “Açores”, o elemento geográfico que a todos nos une pela via da afectividade, do coração. Qualquer açoriano, qualquer açoriana, de qualquer geração, nas ilhas ou fora delas, não fica indiferente à palavra Açores. E é por causa dos Açores e das suas gen-tes que hoje aqui estamos, reunidos para glorificar o passado, discutir o presente e preparar o futuro de sucesso que todos desejamos para as ilhas, para a diáspora açoriana, tão bem representada nas nossas Casas dos Açores, organismos vivos que

têm sabido adaptar-se às necessidades de cada época e dos espaços onde estão in-seridas. Tradicionalmente, as Casas foram basica-mente espaços de promoção da nossa ma-triz cultural, oferecendo, nas comunida-des, práticas seculares do povo açoriano. Com os novos desafios, as Casas foram-se transformando, mesclando em tonalidades diferentes pela via da pluralidade dos pro-

jectos que desenvolvem. Hoje, correspondendo ao que o Governo dos Açores almeja para as Casas, estas são espaços aglutinadores das comuni-dades, promovem a integração, ajudam o Governo Regional na concretização dos seus projectos e promovem os Açores com olhos de modernidade e actualidade. As Casas dos Açores passaram de um re-gisto em que perguntavam em que é que os Açores nos poderão ajudar, para outro bem diferente em que se interrogam como podem ajudar os Açores. Isto é bem visí-vel nos vossos planos de actividades, na visibilidade que as Casas têm conquistado cada ano que passa. Poderia, de seguida, apresentar-vos cen-tenas de exemplos que justificam o que acabei de proferir. No entanto, como não posso antecipar o que têm para expor, nos próximos dias, aqui refiro apenas duas situações distintas que ilustram bem a importância das nossas comunidades da diáspora, unidas em torno das Casas dos Açores.

Uma das pri-meiras acti-vidades que d e s e n v o l v i como Directora Regional, nos EUA e Canadá, prendeu-se com acções diversas de sensibiliza-ção das comu-nidades para as questões da D e p or t a ç ã o , flagelo social que tem asso-lado as ilhas

desde o final dos anos oitenta do século passado. Estas reuniões juntaram especia-listas em imigração e deportação, forças vivas das nossas comunidades, organiza-ções de serviço social que integram a Rede Internacional de Serviço Social apoiada pelo Governo dos Açores. A discussão em torno destas questões aconteceu em todas as Casas dos Açores dos EUA e Canadá.

As Casas não são só espaços de convívio e de festas. Devem ser o espaço privilegiado para o Governo dos Açores contactar com as suas gentes e devem ser um fórum, onde se delineiam estratégias para proteger e valorizar as nossas comunidades. Devo dizer-vos que, fruto destas reuniões, foi organizado um grupo de trabalho que, juntamente com a DRC, tem tido a respon-sabilidade de sensibilizar os organismos governamentais dos referidos países para a necessidade de alterar as leis da imigra-ção, uma vez que as consequências da de-portação para os países de origem e para os espaços de acolhimento são onerosas e da maior gravidade para as famílias que muitas vezes ficam à mercê do abandono, com crianças que perdem o controle pa-rental, forma de subsistência, segurança e continuidade na sua educação. As consequências deste esforço, a par de muitos outros tipos de pressão, exerci-dos por fortíssimos lobbies de grupos de direitos humanos e de minorias étnicas, estão já no terreno. O Presidente Obama

fez estancar a hemorragia das deportações para todo o mundo de indivíduos ilegais, indocumentados, sem crimes cometi-dos. Felicitamos as medidas em cursos e regozijamo-nos pelo facto de o Governo dos Açores, as comunidades açorianas dos EUA e Casas dos Açores termos feito par-te de uma campanha que vai alterar drasti-camente o futuro das deportações. O outro aspecto sobre o qual gostaria de vos falar são os jovens açorianos e açor-descendentes, cujo futuro deve constituir o grande desafio das Casas do Açores. Neles é que reside o futuro destas institui-ções. Urge cativar os jovens para as Ca-sas, envolvê-los na gestão das Casas, criar condições e fazê-los perceber que têm um lugar importantíssimo no futuro das Casas dos Açores e dos Açores. Uma das dimen-sões a trabalhar, para além das que serão discutidas por vós, é a relação cada vez mais próxima que os jovens devem ter com os Açores e explorar o orgulho que devem sentir nas suas raízes. A acrescer a estes aspectos, é urgente in-vestir no regresso dos jovens e das famílias jovens aos Açores. Os motivos são muitos para voltar de férias, temporariamente ou de forma mais permanente. Os jovens açorianos e açordescendentes precisam de conhecer os benefícios e vantagens de conhecer e viver nos Açores. Um dos me-lhores argumentos é a referência de que, nos Açores, vivem actualmente pessoas de 86 nacionalidades diferentes, em perfeita harmonia com os locais, com acesso a ser-viços e produtos de grande qualidade, tudo isto numa ambiência natural e ecológica de uma beleza impar.Partilhando convosco informação relevan-te e recente sobre a espectacularidade que os Açores encerram, lembro o seguinte: O National Geographic Traveler identifi-cou os Açores como as segundas melhores ilhas do mundo para turismo sustentável. O jornal Telegraph colocou os Açores, a nível mundial, como um dos melhores lu-gares para observação de cetáceos. Duas das maravilhas de Portugal estão nos Aço-res – o Pico da ilha do Pico e a Lagoa das Sete Cidades. Os Açores encontram-se entre as melhores viagens de verão 2011, de acordo com o National Geographic Tra-veler Magazine. Recorde-se, finalmente, que a freguesia das Furnas, em S. Miguel, foi considerada, pelo World Travel Guide Abril, de 2011, uma das cinco melhores viagens para conhecer vulcões. Para terminar quero lembrar que as Ca-sas dos Açores correspondem ao projecto mais significativo que o Governo dos Aço-res tem na sua diáspora. As casas são as nossas embaixadas, o nosso orgulho em todos os cantos do mundo e, por isso, aqui estou, na qualidade de Directora Regio-nal das Comunidades, para reafirmar esse compromisso com as Casas, com todos vós, com os vossos projectos de futuro. Estamos atentos, gratos e muito reconhe-cidos por tudo o que as Casas têm feito nos espaços de acolhimento dos Açorianos/as. Com estas preocupações em mente, desejo a todos/as que este Conselho seja um mo-mento profícuo e único de troca de ideias, partilha e de busca de soluções que a todos nos dignifiquem.

Manuel Eduardo Vieira, representante da Casa dos Açores de Hilmar, California, no uso da palavra. Estiveram presentes 12 Casas dos Açores.

Homenagem da Assembleia Legislativa dos Açores à nova Casa dos Açores do Uruguai

Graça Castanho, Directora Regional das Comunidades

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28 15 de Setembro de 2011ENGLISH SECTION

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A Irmandade de Nossa Senhora de Fátima de Santa Clara celebrou a sua festa nos passados dias 9 e 10 de Outubro de 2010. A 56ª festa anual foi presidida por Elizabeth Gaspar e vice-presidente Henrietta e Manuel Silveira. A rainha foi Sydney Esco-bar acompanhada por Vanessa and Brianna Laranjo. A procissão encer-

rou a Lafayette Street em direção à Igreja de St. Clare onde foi celebrada a missa cantada. O al-moço de sopas e carne foi John Berggruen Gallery presents Nathan Oliveira: A Memorial Exhi-

bition, an exhibition of his last paintings, most completed in 2010, as well as historical drawings, sculpture, and monotypes. The exhibition will occupy both floors of gallery space. The exhibition is accompa-nied by an illustrated catalogue with an introduction by art historian and Director of the Palm Springs Art Museum and former Associate Director and Chief Curator of the Fine Arts Museums of San Francis-co, Dr. Steven A. Nash. The opening reception took place on Thurs-day, September 8th to coordinate with the San Francisco Art Dealer’s Association’s First Thursdays.In the months before his death on November 13, 2010, Nathan Oliveira (b.1928) experienced a powerful explosion of creativity. His thirteen final paintings that are included in this exhibition represent a profound and moving chapter to Oliveira’s distinguished career as a painter. The paintings consist of magnificent figures standing in, or gliding through, luminous landscape-like swaths of paint. They are majestic and mysterious, and seem to have their roots in Oliveira’s early work, yet they speak of a fresh vision as well. This exhibition serves as a condensed survey that also includes early and historical works on pa-per, sculpture, and monotypes. Oliveira’s various artistic forms that define his oeuvre all take the human figure as their subject matter and showcase Oliveira’s celebrated predilection for depicting bodies in various states of movement. Unconstrained by medium, Oliveira has continuously created solitary forms which captivate us with their rich earth colors, deeply textured yet balanced compositions, and vibrant spirituality. “Nathan Oliveira’s passion is for continuing an inner-di-rected artistic tradition attached to the human subject... The evocation of mystery that the viewer experiences in Oliveira’s work derives from a depth of feeling refracted through artistic tradition and transmitted to the spectator by the artist’s hand,” wrote Peter Selz in a catalog es-say for Oliveira’s 2002 painting and printmaking retrospective at the San Jose Museum of Art, California.Nathan Oliveira was born in Oakland, California, and received his bachelor’s degree in fine arts in 1951 and his master’s in fine arts in 1952 at the California College of Arts and Crafts in Oakland (later the California College of the Arts.) In 1959, Oliveira was the youngest painter included in the important exhibition “New Images of Man” at the Museum of Modern Art in New York. A survey of five years of his paintings and works on paper was shown at the Art Gallery of the University of California, Los Angeles, in 1963. He began teaching at Stanford University in 1964 and proceeded to build the printmak-ing department until his retirement in 1995. A fifteen-year survey of his paintings was organized by the Oakland Museum of California in 1973. A retrospective of his graphic works was mounted in 1980 at California State University, Long Beach, and the California Pal-ace of the Legion of Honor in San Francisco organized a survey of his work in monotype in 1997. Oliveira was elected to the American Academy of Arts and Letters in 1994 and has received many other awards, including a Guggenheim Fellowship, two honorary doctor-ates, and, in 2000, received the degree of Commander of the Order of Henry the Navigator from the President of Portugal - considered the highest decoration among modern Portuguese honorific orders. In 2002, the San Jose Museum of Art organized a traveling painting and printmaking retrospective of his work. His work is in the collections of many museums, among them the Metropolitan Museum of Art in New York, the Museum of Modern Art in New York, the Art Institute of Chicago, the Carnegie Institute in Pittsburgh as well the San Fran-cisco Museum of Modern Art.

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North Bay filmmaker Joshua Dylan Mellars is pre-miering his new film, “Heaven’s Mirror: A Por-tuguese Voyage,” at the 25th Anniversary Wine Country Film Festival’s Santa Rosa International Film Festival in Sonoma County. The documentary features some of the best Portuguese fado singers including Ana Moura who has sung with Mick Jag-ger and the Rollings Stones, played Carnegie Hall and Los Angeles’s Getty Museum and sung at the San Francisco Jazz Festi-val.“Heaven’s Mirror,” which journeys from California to New England and from Lisbon to Goa in Western India to document Portu-guese fado music, screens at the Deerfield Ranch Winery cave room in Ken-wood at 6:00 pm on Satur-day, September 17 and at the Summerfield Cinemas in Santa Rosa at 4:00 pm Sunday, September 18.An exhibit of fine art by noted Portuguese-Ameri-can artist João de Brito will accompany the screenings. Brito, whose paintings hang in museums and gal-leries throughout the world, has exhibited widely both alone and with friends and fellow painters Na-than Oliveira, Mel Ramos and John Mattos. The art-ist and the filmmaker will also lead a discussion of the intersection of film, art and music in Portguese-American culture during a special panel event.The evenings of film and art will be complement-ed with music by Conjunto de Fado Os Rouxinois and fadista Carmencita. The band, all in their early twenties, are an example of the rising resurgence of fado both in Portugal and the US. Authentic Portu-

guese food and fine wines will be served.In addition to Ana Moura, “Heaven’s Mirror” also features fado stars Camané, Mafalda Arnauth, Joana Amendoeira, Carlos do Carmo, Celeste Rodrigues, Tereza Tarouca, Katia Guerreiro, Jorge Fernando, Carlos Gonçalves, and Helder Moutinho. Tickets for the “Heaven’s Mirror” premiere are now on sale at 707.935.3456 and email [email protected].

Mellars is now in Portugal making final preparations for the film’s premiere and working on a new project set in Portugal.The filmmaker flew to Por-tugal from Berlin where he premiered his other new film “Play Like a Lion: the Legacy of Maestro Ali Ak-bar Khan” at Berlin’s Glo-bians Doc Film Festival. “Play Like a Lion,” filmed in India and California and featuring musicians Car-los Santana, Mickey Hart, Zakir Hussain and Derek Trucks, tells the story of the legendary Ali Ak-bar Khan’s music as seen through the eyes of his son, North Indian classical sarodist Alam Khan. “Play

Like a Lion” makes its US premiere in October at the Mill Valley Film Festival in Marin County.The first film of Mellars’ music trilogy, “Tango Il-lusions,” documenting tango in the chaos of Buenos Aires during Argentina’s 2001 political meltdown, won the 2005 Wine Country Film Festival’s “Best Cine Latino” award when it was screened to an en-thusiastic, sold out Sonoma County audience.For more information on “Heaven’s Mirrors,” go to www.heavensmirrormovie.com.

Nathan Oliveira: A Memorial Exhibition

Bay Area Filmmaker Brings Portuguese Fado to Festival

Photo courtesy of John Berggruen Gallery

Portuguese Heritage Publications relaunches site, offers free books

The non-profit publisher Portuguese Heritage Pub-lications of California has relaunched its website to include e-commerce functionality with payments via PayPal and credit card, blogs, news and events, as well as a chronology of events.This chronology of the major events in Califor-nia’s Portuguese com-munity was compiled by Eduardo Mayone Dias, Ph.D., while preparing the manuscript for his book The Portuguese Presence in California, published in English translation as part of Portuguese Heritage Publications of Califor-nia’s Pioneer Collec-tion. Dr. Mayone Dias, Professor Emeritus at UCLA, led his univer-sity’s highly-regarded Portuguese Studies pro-gram for many years. Throughout his career he has extensively researched the history of the Portuguese in California, and his articles have been published in many Portuguese-language newspa-pers. Incorporating Dr. Dias’s wonderful research, Portuguese Heritage Publications is now publishing his entire chronology on its website. Furthermore, visitor input about events and dates not yet included in this chronology are encouraged to turn it into a living document where everyone can quickly find important dates and events, or submit an event or date not yet included.

Free offer for the holidaysWith the upcoming holiday season comes the chal-lenge of finding gifts for friends and loved ones.

The Portuguese Heri-tage Publications wants you to “Give the gift of knowledge!” This in-cludes a special holiday season promotion. From September 15th through October 15th, 2011, all orders over $25.00 will include a complimen-tary copy of the deluxe edition book “The Por-tuguese Shore Whalers of California.” This is a $35.00 value, for just the $5.00 additional shipping cost.Books are always much appreciated as gifts by family and friends, so don’t wait! Take advan-tage of this opportunity

to gift some great books, avoid some of the hassles of holiday shopping and support Portuguese Heritage Publications, all at the same time!

New Facebook pageA new Facebook page for the Portuguese Heritage Publications is now available as well. It can be found at https://www.facebook.com/PortugueseH-eritagePublications.

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30 15 de Setembro de 2011COMUNIDADE

Estas festas particulares em Honra ao Divino Espírito Santo come-çam, na maioria das vezes, devido a promessas feitas em horas de aflição.No tempo da Guerra do Ultramar (1961-1974) era muito frequente nas freguesias de quase todas as nossas ilhas, haver festas destas. O que se passa na California e possívelmente na Costa Leste e Canadá não é muito diferente do que se passa nas nossas Ilhas. Como exemplo, podemos dizer que a Festa de Santo Cristo de Buhach, foi feita devido a uma promessa de um terceirense em hora de grande aflição.A Família Beirão começou esta festa de amigos há precisamente 25 anos. Quase sempre no último fim de semana de Agosto.Depois da missa da festa, partilha-se os acepipes que as pessoas le-vam, numa "tasca" a lembrar as nossas terras.Durante o resto da tarde até à hora das Sopas e carne, cavaqueia-se, fazem-se novas amizades, baila-se a chamarrita do Pico, até que mes-tre Beirão manda "recolher" as tropas às suas mesas e servem as deli-ciosas sopas do Divino. Mais tarde e já noitinha, canta-se, recitam-se versos, enchendo-se o Vale de Napa com a nossa musica tradicional.

É uma distância muita curta entre a Capela e o Altar, mas de grande significado para a Familia Beirão

Padre Francisco Ruivo, da Diocese de Santarém, foi o pregador da festa. Neste dia também se celebrou o 50º Aniversário do casal anfitrião

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

25 Anos de Festa em Napa

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Padre Francisco Ruivo dando a Comunhão

Coroação dos filhos do casal Beirão - José Manuel, Fátima e Sãozinha

Maria das Dores e Hélio Beirão, coroando e na prova das sopasDireita: José e Lucia Rocha também coroaramEmbaixo, à direita: José Manuel Beirão aprendendo com o pai a técnica de bem servir

COMUNIDADE

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32 15 de Setembro de 2011ULTIMA PÁGINA