the portuguese tribune, may 15th 2012

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Miguel Canto e Castro no Hall of Fame Pág. 2,35 SAUDADES de minha Mãe Que saudades tenho de minha Mãe e dos velhos tempos de criança, quando eu cheirava as belas rosas sem ver os espinhos da maldade, e suas insídias manhosas, amparado pela esperança do amor e ternura de minha Mãe... Saudades não excluem idades, nem qualquer rincão por mais deserto, pobre ou árido que ele seja... Mas saudades brotam com mais vigor do coração que, sim, já esteja do pôr do sol no limiar certo, em busca de perenidades... Aí já estou eu, fitando a senda do futuro... , mas, ao longe, ouvindo as pègadas dos que me deram luz, e sempre me animaram na vida, ajudando-me a levar a cruz e as palmas do sucesso findo... num constante amor, leal prenda... Que saudades tenho de minha Mãe, a quem não disse bem a gratidão que me invade a alma sentida, nem mesmo o significado pleno da minha saudade incontida... As saudades, diz-me o coração, são lágrimas, minha querida Mãe... As saudades são lágrimas vivas, muitas vezes secas, invisíveis, da mente que sentindo, recorda, a recordando, vive, uma vez mais, o que em si para sempre acorda... E na saudade vivem fundíveis os sonhos de almas expressivas..... Se recordar é viver, cara Mãe, e nova vivência é a saudade, uma vivência de almas e corações enlaçados num convívio eterno que transcende do mundo as comoções, dizer quero com sinceridade: Que saudades tenho de ti, cara Mãe!... Fernando M. Soares Silva Feliz Dia de Mães O livro de Luciano Cardoso vai ser lançado no dia 24 de Maio na Biblioteca J.A Freitas, San Lean- dro, pelas 6:30pm Manuel Emílio Porto Livros para muitas leituras No prosseguimento das comemorações do 50º Aniversário do Portuguese Athletic Club, de San José, vai ser lançado o livro co- memorativo de tão importante data, coligido por José Luís da Silva, no dia 18 de Maio, na Sede do Clube, pelas 7:00pm O Livro "Irmandade do Espíri- to Santo de Turlock" de Liduino Borba será apresentado no dia 30 de Maio no Turlock Pentecost Association pelas 5:30pm A Musica ficou mais pobre Pág.8 Insígnia Autonómica para Manuel E. Vieira Pág.23 Homenagem a Manuela Silveira, Ex-Vice Cônsul de Portugal Pág. 2 QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Maio de 2012 Ano XXXII - No. 1132 Modesto, California www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

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The Portuguese Tribune, May 15th 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

Miguel Canto e Castro no Hall of Fame Pág. 2,35

SAUDADES

de minha MãeQue saudades tenho de minha Mãee dos velhos tempos de criança,quando eu cheirava as belas rosassem ver os espinhos da maldade,e suas insídias manhosas,amparado pela esperançado amor e ternura de minha Mãe...

Saudades não excluem idades,nem qualquer rincão por mais deserto,pobre ou árido que ele seja...Mas saudades brotam com mais vigordo coração que, sim, já estejado pôr do sol no limiar certo,em busca de perenidades...

Aí já estou eu, fitando a sendado futuro... , mas, ao longe, ouvindoas pègadas dos que me deram luz,e sempre me animaram na vida,ajudando-me a levar a cruze as palmas do sucesso findo...num constante amor, leal prenda...

Que saudades tenho de minha Mãe,a quem não disse bem a gratidãoque me invade a alma sentida,nem mesmo o significado plenoda minha saudade incontida...As saudades, diz-me o coração,são lágrimas, minha querida Mãe...

As saudades são lágrimas vivas,muitas vezes secas, invisíveis,da mente que sentindo, recorda,a recordando, vive, uma vez mais,o que em si para sempre acorda...E na saudade vivem fundíveisos sonhos de almas expressivas.....

Se recordar é viver, cara Mãe, e nova vivência é a saudade,uma vivência de almas e coraçõesenlaçados num convívio eternoque transcende do mundo as comoções,dizer quero com sinceridade:Que saudades tenho de ti, cara Mãe!...

Fernando M. Soares Silva

Feliz Dia de Mães

O livro de Luciano Cardoso vai ser lançado no dia 24 de Maio na Biblioteca J.A Freitas, San Lean-dro, pelas 6:30pm

Manuel Emílio Porto

Livros para muitas leituras

No prosseguimento das comemorações do 50º Aniversário do Portuguese Athletic Club, de San José, vai ser lançado o livro co-memorativo de tão importante data, coligido por José Luís da Silva, no dia 18 de Maio, na Sede do Clube, pelas 7:00pm

O Livro "Irmandade do Espíri-to Santo de Turlock" de Liduino Borba será apresentado no dia 30 de Maio no Turlock Pentecost Association pelas 5:30pm

A Musica ficou mais pobre Pág.8

Insígnia Autonómica para Manuel E. Vieira Pág.23

Homenagem a Manuela Silveira, Ex-Vice Cônsul de Portugal Pág. 2

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Maio de 2012Ano XXXII - No. 1132 Modesto, California

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Page 2: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

Year XXXII, Number 1132, May 15th, 2012

2 15 de Maio de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

Portugal durante séculos foi um País pequeno mas com umas fronteiras enormes que se estendiam desde a Africa, Brasil e Oceânia. O mundo foi-se modificando, os povos foram adquirindo as suas identidades e de um

dia para o outro Portugal ficou limitado ao seu rectângulo euro-peu com uma duzia de ilhas em redor.E agora, durante a maior crise económica/financeira que alas-trou em todo o mundo, estamos a ver o reverso da medalha. Os mesmos povos que nós "dominámos" estão a comprar Portugal de alto abaixo - desde a banca, aos seguros, aos cimentos, e até à dívida da República. Não falta muito para sermos uma coutada daqueles que durante muitos anos hastearam a nossa bandeira. Chama-se a isto a vingança do camaleão. Justo ou injusto, o mundo está assim, virado para quem dá mais. Até a China já do-mina o nosso sector de electricidade. Quem mais tem mais pode comprar. E Portugal neste momento está à venda. Até um clube desportivo de cor verde vai receber 190 milhões de euros de investimento chinês. Bem bom que a Apple com os seus biliões disponíveis ainda não pensou comprar Portugal inteiro.

Este mês vamos ter três lançamentos de livros, o que não é muito habitual por estas paragens. O primeiro será no dia 18 para comemorar os 50 anos do Portuguese Athletic Club de San Jose, depois a 24 teremos o livro do nosso colaborador Luciano Cardoso - Cem anos sem ti - na Biblioteca J.A.Freitas em San Leandro e para finalizar o mês teremos o livro do Centenário da Turlok Pentecost Association, de Liduino Borba.No dia 20, no PAC de San José e pelas 13:00 horas terá lugar uma homenagem pública a Manuela Silveira, ex-Vice Cônsul de Portugal em San Francsico. Toda a comunidade é convidada.

jose avila

Miguel no Hall of Fame

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

O meu amigo Conselhei-ro costumava dizer na minha terra que a vin-gança servia-se fria e com tomates de capucho.Esta teoria sub-aquáti-ca, veio-me á memória quando, um dia o mun-do acordou sem a voz do Miguel Canto e Castro. Alguém tinha-o atingido no melhor que ele tinha para dar - a sua voz. A partir daí, iniciou-se um novo ciclo de vida. Ofer-tas e mais ofertas e até agora uma homenagem do melhor de que nós te-mos. Dos nossos alunos dos Liceus de Tulare que falam Português. Miguel Canto e Castro entrou no Hall of Fame dos nossos corações, nos corações de tantos e tantas pessoas idosas que o idolatravam e o ouviam religiosamen-te por 51 anos. Já foi dito num editorial deste jornal, que o dia que lhe cortaram o pio, ficará na história como o dia mais negro da nossa rádio. Concordamos inteiramente. Foi realmente uma vergonha.

O reverso da medalha

Luís Miguel Castro, Isabella Castro, Miguel Canto e Castro, Maria de Fátima Smyth, Neal Smyth e Lizabeth Castro-Smyth.

Page 3: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

3PATROCINADORES

Tauromaquia é Cultura, Arte, Beleza

Page 4: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

4 15 de Maio de 2012COLABORAÇÃO

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1 – O sermão da coragem

Não precisamos da licença dos evangelistas da autonomia cul-tural para afirmar que o plura-lismo não tem de ser tolerado

– tem de ser exercido. Certamente muitos se lembram que a democracia portuguesa apoiou a presença de uma Mulher como primeiro-ministro, durante a presidência do general Ramalho Eanes. Estamos a referir a engenheira Maria de Lurdes Pin-tasilgo, cidadã da primeira divisão demo-crática, justamente considerada como a segunda mulher europeia (depois de Mar-garet Thatcher) a exercer funções de lide-rança governamental. Estou agora mesmo a recordar a sua fir-me recusa ao convite de Marcelo Caetano (1969) para integrar a equipa da defunta Assembleia Nacional; porém, manda a verdade dizer que a revolução de Abril-74 chegou numa altura em que a nossa distin-ta compatriota exercia funções na Câmara Corporativa do Estado Novo, juntamente com o professor Freitas do Amaral, e mais alguns cuja comprovada competência foi depressa recrutada pela novel democracia portuguesa. Imagino que muitos recordarão as va-lorosas actuações da engenheira Lurdes Pintasilgo, no quadro técnico das Nações Unidas. Falta ainda assinalar o seu raro exemplo de militância na esfera ecumé-nica da cristandade do século XX: foi defensora dos direitos da Mulher, e dina-mizadora do MAD ‘Movimento para o Aprofundamento da Democracia’ – tudo isto sem linguarejar esquerdismos histé-ricos ou arremessar soutiens em desfiles populares para exaltação plástica da dife-rença genética...Tenho a boa sorte de ainda viver numa era em que a complementaridade sexual não intimida a ‘abençoada-diferença’. A partir d’agora, não há o receio em admitir que a futura administração dos Açores pode muito bem vir a ser (pela primeira vez) protagonizada por uma mulher da nossa Terra.Dado que há cerca de três décadas deixei de oferecer a minha modesta contribuição de vereador da municipalidade de Ponta Delgada, estou dispensado das fun-ções de conselheiro táctico-político da ac-tual líder municipal. Caso contrário, apre-sentar-lhe-ia o aliciante exemplo político da engenheira Maria de Lurdes Pintasilgo, falecida já neste século. Entretanto, em Outubro próximo, vamos ter gente do eleitorado açoriano ao mar-char ao ritmo da sapateia, esbracejando o seguinte slogan: – Pessoal está alerta – abram alas para a Berta...! 2 - “... quem é, quem é o primeiro? Só há um – Vasco Cordeiro!”

Mesmo à distância (e sem legal capacida-de de voto) não seria elegante estar aqui a

disfarçar a minha preferência em relação às conhecidas candidaturas para a pró-xima legislatura açoriana. Desde jovem (a pensar não se envelhece) que assentei praça no pelotão minoritário que protege a verdade relativa das coisas. A democracia política funciona como “memorandum” para o chamado ‘unfinished business’ da civilização ocidental. Quando tentamos observar a fundo o conceito de ‘igualdade de oportunidade’, ressalta-se-nos à vista o vírus da ‘oportunidade de ser pobre’ – um vírus comparável à ‘sida-social’, cuja pro-palação o terrorismo económico detém o vanguardismo...Estou confiante no en-genho democrático do dr. Vasco Cordeiro – ci-dadão que merece ser considerado ‘guerri-lheiro-moral’, que evita declamar ilusões para engaiolar o tempo e/ou alienar a civilida-de açórica. A meu ver, para o jovem dirigente socialista em concurso, promessas são lascas de verdades arrancadas ao madeiral do pensa-mento. Ele é inteligente bastante para concluir que o delírio da chama-da ‘vitória-aleluia’ duma eventual maioria absolu-ta, já faz parte do anedo-tário do passado... A minha geração conhe-ce bem, por experiência própria, o amargo preço sócio-cívico-profissio-nal e o desgaste psico-lógico inerentes à luta contra os ‘intocáveis’ da maioria absoluta. Al-guns de nós foram for-çados a optar por outras paragens para proteger o mais importante – a dignidade! Depois... foi um tal recomeçar a vida noutros mundos e com outras gentes... Na militância honesta, as denúncias são mo-rais, mas as soluções são sócio-economicas. Va-mos ser realistas e não acusatórios: em termos gerais, a sociedade aço-riana está com comple-xos de enfermidade. É uma sociedade herdeira da mentalidade oprimi-da da sua ancestralidade histórica. Claro que não vamos fazer a glorifica-ção do passado, em que havia nobres que não sabiam ler nem escrever, bispos esquecidos da le-

tra das orações ... Uma vez ressalvadas as conhecidas excepções, a minha geração vem do tempo em que um menino-herdei-ro, após permanecer alguns meses a fazer turismo-académico em Coimbra, um belo dia desembarcava no ‘Carvalho Araújo’ ou no “Lima’ e já era tratado como ‘sinhô deitô’... Ó céus! Por acaso já pensaram no perigo que representa para a sociedade em geral (e para a operacionalidade cívico-po-lítica, em particular) a teatralidade obsce-na de individuos paroleiros, tagarelas, mas dotados com o excesso de bagagem de cer-tificados de frequência universitária...?

Pessoalmente, continuo esperançado na interdependência partidária, após o apu-ramento do resultado eleitoral. Não me inclito à aposta numa ‘renovação na conti-nuidade’, e reconheço que a administração municipal e a regional padecem da siste-mática ‘dor-de-ser-quase’. Estamos em Maio: está na hora de reconciliar inteligên-cias e vontades esclarecidas para cultivar a humildade de compreender as ameaças sonantes e silenciosas da ‘ditadura da re-alidade’...

Ditadura da realidade Memorandum

João-Luís de [email protected]

Page 5: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

5COLABORAÇÃO

Recordando

Aprecio as informativas crónicas da série “Notas Soltas, Folhas Caídas”, que Rogério Oliveira apresenta no “Atlântico Ex-

presso” de Ponta Delgada (e agora também no Portuguese Times), nomeadamente quando induz na minha memória lembran-ças dos tempos antigos de vivência nas ilhas. Hoje, em respigos nostálgicos, re-cordarei imagens sonoras que afluiram em catadupas ao ler o artigo intitulado “Há-bitos, costumes e pregões utilizados pela população, em épocas passadas, na velha cidade de Ponta Delgada”, edição de 19 de dezembro, 2011.Recuando às décadas de 40, 50 e parte de 60, do século passado, o cenário citadino evolvia-se num ambiente de tranquilidade e rotina. Logo pela manhã, as donas de casa serviam o pequeno-almoço. Os ho-mens partiam, então, p’rós empregos, as crianças iam p’rà escola, e as mulheres fi-cavam-se por casa nos arranjos domésticos.Pelas ruas deparava-se o leiteiro, na sua carroça, distribuindo o leite numa caneca de alumínio, enquanto o padeiro aprego-ava “pão fresquinho, venha a saquinha”. Seguidamente surgiam os vendilhões de peixe fresco, transportado às costas em cestos de vimes. Usando uma expressão popular, Rogério Oliveira categorizou o chicharro “o bife dos pobres”. Também a essa época davam-se aos chicharros o nome de “soldados”.Entretanto, as tarefas matinais não cessa-vam aqui, pois que logo depois vinham os rapazes da mercearia, visitando os fregue-ses, de porta em porta, e anotando a lista

de produtos caseiros que, mais tarde, se-riam entregues ao domicílio. Como obser-vou Rogério Oliveira, “isto era no tempo em que velhas mercearias iam às casas dos fregueses, em contraste com o moderno dia-a-dia em que as pessoas procuram os hiper-mercados e grandes centros comer-ciais, que se limitam a expor os seus pro-dutos e a publicitá-los de forma a cativar compradores e consumidores”.Além dos vendedores diários, (leiteiros, padeiros e vendilhões de peixe), indispen-sáveis na distribuição de géneros alimen-tícios p’ró consumo quotidiano de cada família, havia ainda outros que circula-vam uma ou mais vezes por semana, for-necendo uma variedade de produtos. Ro-gério Oliveira recordou, particularmente, o indivíduo que, semanalmente, passava na zona residencial onde morava, guian-do um carrão puxado a cavalo e vendendo petróleo.Um outro indivíduo, na sua carroça puxa-da por uma mula, descia a rua duas vezes por semana, transportando o pão de milho cozido pela esposa e depositado em cestas de vimes devidamente revestidas com co-bertas de pano branco. Outros vendilhões forneciam cebolas, pi-mentas e tomates, ajuntando-se-lhes os vendedores da loiça da Lagoa e de Vila Franca, e essoutros com trempes e penei-ras da Ribeira Grande.Todos eles anunciavam as suas ativida-des simplesmente com um leve toque nas portas ou apregoando “à sua maneira” o negócio que os trazia ali. Rogério Oliveira recordou que os amoladores-ambulantes

faziam-se anunciar através das suas carac-terísticas “gaitas-de-beiço” e apregoavam num som peculiar que estavam disponí-veis p’ra cuidar de qualquer arranjo. E era assim que afiavam facas, punham rebites em loiça rachada, consertavam guarda-chuvas, etc. Havia “remendos” p’ra tudo e nada se des-perdiçava.Ainda hoje trago na memória lembranças dos típicos vendedores de favas e pevides, tremoços e amendoins. Não iam pelas por-tas, mas estacionavam junto aos teatros,

cafés, campos de jogos e jardins. Retenho nitidamente a imagem dos vendedores ambulantes de gelados, com seus distinti-vos carrinhos p’rà venda de sorvetes (ice-cream em inglês e fresquinhos na gíria popular).Eram essas, entre muitas outras, as ima-gens sonoras espraiando-se em Ponta Delgada há mais de meio século atrás, constituindo no dizer de Rogério Olivei-ra, “curiosas formas de vida de antiga-mente, agora a caminho da memória e do típico”.Finalizo transcrevendo quadras toponí-micas extraídas do Cancioneiro Geral dos Açores:

Cidade de Ponta Delgada,És um jardim de flores,És a mais bem colocadaDas cidades dos Açores.

Lugar de Ponta Delgada,Eu hei-te-o mandar calçar,Com pedrinhas de diamantesP’ró meu bem passear.

Estas cantigas são novas,Não estudei por papel;Os senhores donde são?Eu cá sou de S. Miguel.

S. Miguel é o jardimDas ilhas açorianas,Tantas flores vão dali

P’ràs terras americanas.

S. Miguel tem quatro pontas,Todas viradas a oeste;A grande lei que te pusFoi feitiço que me deste.

Minha terra, minha terra,Mais doce do que o mel,Quem voltasse àquela terraDo meu rico S. Miguel.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

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Imagens Sonoras

Page 6: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

6 15 de Maio de 2012COLABORAÇÃO

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Com os seus trinta e poucos anos ao serviço dos luso america-nos na California, embalado e inserido no vívido palpitar da

vasta comunidade em que se que integra, o Tribuna continua a fazer história. Um dia, mais tarde, a história encarregar-se-á de lhe fazer justiça. Por agora, e por estas

paragens, é o unico na recolha das nossas vivências comunitárias. Torna-se decisi-vamente importante que o faça com fide-lidade e respeito ao que somos. Os anos

passam. Os tempos mudam. As vontades evoluem. Nunca se sabe. O que hoje leva-mos a sério poderá dar vontade de rir aos que vierem atrás de nós.Sábado, 28 do mês passado, nas instalações da Portuguese Fraternal Society of Ameri-ca, em San Leandro, experimentámos essa sensação. Éramos cerca de dúzia e meia a escutar com atenção a bibliotecária Sónia Pacheco. Nasceu em São Sebastião da ilha Terceira e emigrou, com a família, aos nove anos de idade. Formou-se no Canadá

e trabalha correntemente para a biblioteca Claire T. Carney da Universidade de Dart-mouth, no estado de Massachussets, onde supervisiona os Arquivos Luso-America-nos Ferreira-Mendes do Centro Cultural de Estudos Portugueses daquele concei-tuado estabelecimento de ensino superior no leste dos Estados Unidos. Em oportuna

parceria com a biblioteca J. A. Freitas, de San Leandro, liderou o projeto de digitização de ca-torze jornais portugueses publi-cados neste estado entre os anos de 1885 e 1940. É um processo tão importante quão fascinante. Alguns deles começam pratica-mente a desfazer-se e corre-se o risco de se perderem dados ge-neológicos e sociológicos de ca-pital importância para eventuais levantamentos do nosso trajeto migratório por estas paragens.Os nossos trisavós, na era da caça ao oiro, e à semelhança das outras etnias, emigraram em catadupa. Na altura, a Califor-

nia oferecia-lhes muita terra e múltiplos sonhos, ainda a preto e branco. Negro foi então o destino para tantos, de quem pou-co ou nada se sabe. Tentava-se vir para

cá de qualquer forma ou jeito. Algumas peripécias rondaram o ridículo, outras revelaram-se dramáticas. Os jornais, únicas fontes de informação disponí-vel naquela carenciada era, tes-temunham-no com rabiscado rigor. Hoje podemos lê-lo com um sorriso nos lábios. Certos casos não deixam de não ter a sua graça. Precisamente em New Bedford, na costa leste, aonde a presen-ça lusa é ainda mais densa, entre 1919 e 1973, publicou-se o jornal Diário de Notícias. A digitização desse bastião da co-

municação social de então, integrada no mesmo projeto de revitalização informa-tiva, já está disponibizada ao público em https://news.arcasearch.com/usmaums/. Noticiava a dada altura o citado diário, em jeito de anúncio por parte de certo in-divíduo embarcado na pesca do bacalhau e que pagara vinte dólares (um dinheirão, há cento e tal anos) “para saber do para-deiro da minha mulher que supostamente fugiu para a California com outro homem, levando também os meus três filhos sem

dar razão de si nem deixar quaisquer sa-tisfações. Não é que eu a queira mais mas gostava de saber onde está.” É claro que notícias ou anúncios deste género já não tem qualquer cabida nos jornais que lemos hoje em dia. Poderão mesmo dar vontade de rir mas, como dizia minha avó, coitado de quem passou as aflições. O exemplo ilustra claramente uma era que já lá vai. Contudo, é importante que não se vá por completo da nossa memória coleti-va. O passado e os nossos antepassados, por um ténue fio geneológico, pertencem-nos como nós intendemos pertencer ao fu-turo dos nossos trisnetos e por aí adiante.

Claro que o Tribuna já não está só como então estiveram por cá “A Voz Portu-guesa”, “O Progresso Californiense”, “O Lavrador”, “A Voz Alegre”, “A Colónia Portuguesa” e tantos outros que tambem fizeram história.É sempre importante revê-la e torna-se imperioso conservá-la.Uma vez mais, fiel à sua programada agen-da de dinamização cultural, a PFSA está de parabéns por valorizar e promover a acessibilidade da sua magnífica bibliote-ca, património relevante de que muito nos orgulhamos.

Jornais antigosRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

8 15 de Maio de 2012

Manuel Emílio Porto nasceu a 20 de De-zembro de 1935, na Ribeirinha do Pico.

Após a instrução primária, fre-quentou o Seminário Diocesano de Angra do Heroísmo, onde se formou em Teologia, em 1962. Recebeu as Ordens Sacras, serviu a Igreja, primeiro na actividade paroquial e posteriormente como capelão militar em Angola, até ao final de 1975. Em 1976, dispen-sado das Ordens, dedicou-se ao ensino. Para melhor desenvolver a sua actividade como professor de Educação Musical que exerceu até à reforma, em 2004, adquiriu o Complemento de Habilitações em Educação Musical, na Escola Su-perior de Setúbal. Paralelamente serviu os Açores como Deputado nas duas primeiras legislaturas da Assembleia Regional.Na área musical, para a qual reve-lou um interesse muito particular, quando estudante, criou e diri-giu capelas litúrgicas e pequenos grupos corais, nomeadamente em S. Caetano, (Pico), em Cabinda e Sanza Pombo (Angola). Em 1983, formou o Grupo Coral das Lajes, que na sua actividade, ao longo de 25 anos, deixou parte do seu re-pertório registado em cinco CD’s. Para além da composição de temas sacros, harmonizou e compôs di-versos temas, quer da música tra-

dicional quer da nova música aço-riana. Publicou ainda, entre outros, os livros: Senhor, Levanta os Teus Olhos… (1999) e O Meu Cancio-neiro, (2001).Foi agraciado com o Grau de Co-mendador da Ordem de Mérito pelo Presidente da República Jorge Sampaio, em 2001, e com a Insíg-nia Autonómica de Mérito Cívi-co, pela Assembleia Regional, em 2008.

Grupo Coral das Lajes do Pico

Fundado em 1983, no dia 12 de Março de 2010, foi reconhecida pelo Presidente do Governo dos Açores como Instituição de utili-dade pública, com argumentação vária da qual destacamos:“A Associação em causa tem como objecto principal a cultura da mú-sica vocal polifónica, com ou sem o apoio de instrumentos, formação técnica de voz e musical dos seus membros, promoção da músi-ca sacra e profana, em especial a música popular açoriana, podendo alargar a sua actividade a outras acções culturais e recreativas; Assim, desenvolve a sua activida-de em diversas áreas, fazendo-se notar, nomeadamente, em aniver-

sários de sociedades filarmónicas e desportivas, no lançamento de livros, nas semanas culturais e nos Encontros de Coros; Ao longo da sua existência, promoveu a união de vários grupos etários no ensi-no e divulgação do canto, e levou o nome do Concelho das Lajes do Pico e da Região Autónoma dos Açores a diversos locais, nacionais e internacionais, para onde foram convidados a actuar – Angra, Pon-ta Delgada, Vila do Conde, Horta e Cedros, e em todas as Freguesias do Pico; em 1997 participou na 1ª Semana cultural dos Açores em Toronto – Canadá; e nos Encontros de coros: em Cangas do Morrazo na Galiza; Santiago de Cacem, Santo André, Moita, Aljustrel, Si-nes, Mafra, Ericeira e Velas – São Jorge. O “Grupo Coral das Lajes do Pico”, em 1993, lançou o seu pri-meiro CD subordinado ao tema “Música Popular Açoriana”. Nos últimos anos, tem desenvolvido diversas actividades, dentro e fora do Concelho das Lajes do Pico, no-meadamente o lançamento de mais dois CD’s, Montanha do meu Des-tino e Música em tempo de festa, tendo-lhe sido atribuído, em 2006, o Diploma de Mérito, na passagem do 25.º aniversário, do Rotary Club do Pico; O “Grupo Coral das Lajes do Pico”, fomentando a realização sócio-cultural, tem tido como ob-jectivo a promoção do interesse público através da valorização da qualidade do serviço prestado à co-munidade onde se insere”; Acresce que esta instituição, como refere o despacho presidencial, “tem coo-perado com a Administração Pú-blica Regional e tem actuado com a consciência da sua Utilidade Pú-blica, demonstrando que se dedica ao bem-estar da comunidade em geral;”No ano de 2011, em que comemora o seu 28º aniversário com o Lan-çamento de 2 CD,s: um com temas populares Açorianos do Espírito Santo e outro com temas de Popu-lares de Natal.

COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

A gente “fica”-se! Como no bailho à moda antiga! Quer dizer que o

Bailho parou ali, depois de voltas dadas, em várias di-recções, mostrando a alegria do povo que apesar da azá-fema de todos os dias can-sados, ainda tem ânimo para mostrar andanças de outros tempos.E o meu amigo Miguel, é um homem novo de outros tem-pos. Conheci-o há cerca de 27 anos. Homem de muito res-peito, alegre, excelente pes-soa, bom conversador, de boa estirpe, claro está! Uma dessas raridades que conhe-cemos, porque a vida sempre nos depara pessoas boas, para esquecermos as que nunca devíamos ter conhecido.Alguns chamam-lhe o “Tio” Miguel, outros chamam-lhe o “velhinho” do Pico, como ele próprio se identifica. Eu prefiro pensar que é um Can-to e Castro da minha Ilha, de onde vêm as suas raízes pa-ternas. Raíses que se esten-deram por mar e terra e ao encontrar outra boa raíz, se formou boa sêpa. Tive a sorte de conhecer a sua mãe, Dona Josefina Amarante do Canto e Castro, a poetisa, escritora e articulista de O Dever.Bases de educação não falta-ram dos dois lados para que o meu amigo Miguel seja quem é, essa pessoa que na arte de comunicar saíu aos dois, com o Programa Saudades da nossa Terra, que duran-te mais de cincoenta anos, soube levar aos imigrantes de então a palavra certa e a música de cada ilha, mais o Fado de cada um, em cada fado cantado pelos fadistas que havia. Desde que aqui cheguei, nos fizémos amigos. Eu e a sua saudosa Judite, ainda que de idades diferentes, fomos também boas amigas, do Co-légio, dos serões, das conver-sas sobre receitas, crochet, as colchas de retalhos ou quilt, de que era especialista e fi-

nalmente, que pena eu já não ter estado tão perto, ter-me-ia ensinado esta arte de nave-gar livremente na Net, como pouca gente sabia. Foi uma boa amiga que não esqueço, que ria das minhas imitaçoes nas minhas conversas segui-das com o Miguel, perfeito contador de histórias, dos nossos diálogos sobre a vida dos nossos emigrantes e dos programas radiofónicos da época. Até que me mudei para mais longe. E a minha amiga, repentinamente foi chamada a fazer outra ca-minhada com Deus. Que em Paz descanses, Judite. Que saudade desses bons tem-pos!Ainda que diversos e tristes contratempos tenham sur-gido na sua vida, o Miguel tem sabido manter-se fiel a si mesmo e aos ensinamentos que recebeu. Casa de Pais, Escola de Filhos. Toda essa vivência devia ser posta em livro de memórias. E se eu acho que o Miguel tem his-tórias que dariam pano para mangas...Histórias, que nem Cem Anos dariam para esquecer e que por isso à semelhan-ça do nosso amigo Luciano Cardoso, deviam ser ditas em livro. Seria uma viagem longa e cheia de peripécias que en-cantariam as gerações de filhos, netos e bisnetos que levam com orgulho o ilustre brasão dos Canto e Castro. Por ora e por muito tempo, espero que o meu amigo Mi-guel continue a fazer Rádio como sempre fez, agora na www.radioportugalusa.com, a contar histórias e a trans-mitir-nos essa música antiga e do tempo presente, se pos-sível todos os dias, e mostrar aos locutores da nova vaga como se faz Rádio para ca-tivar ouvintes. Quem não o conservou nas suas Estações de Rádio, é que perdeu, por-que nunca percebeu nada de Rádio! Felicidades, -amigo Miguel. Tu mereces o melhor.

O meu amigo Miguel

Faleceu Manuel Emílio Porto

Novena ao Divino Espírito Santo, ao Menino Jesus e sua Santíssima Mãe, Santo António e Santísimo Sacramento

Ó Jesus que disseste: Pede e receberás, procura e acha-rás, bate e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima, eu bato, procuro e Vos rogo que a minha prece seja atendida (menciona-se o pe-dido). Ó Jesus que disseste: Tudo que pedires ao Pai em meu nome Ele atenderá. Com Maria Vossa Santa Mãe, humildemente rogo ao Pai em vosso nome, que a minha prece seja ouvida.(Menciona-se o pedido) Ó Jesus que disseste: O Céu e a Terra passarão mas a minha palavra não passará. Com Maria Vossa Mãe Bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida.(Menciona-se o pedido). Rezar três Avé-Marias e uma Salvé Rainha.Em casos urgentes, esta novena deverá ser feita em nove horas, mandando publicar, por ter alcançado uma grande graça.

MS

Page 9: The Portuguese Tribune, May 15th 2012

9 COLABORAÇÃO

A igreja católica está a atravessar um período difícil, mesmo cri-tico, embora de qualquer crise possa sempre advir iniciativas

meritórias, até reformas importantes e ne-cessárias. No centro das suas dificuldades encontra-se o celibato imposto ao clero como condição indispensável à ordenação sacerdotal. No Ocidente, nenhum candi-dato ao sacerdócio pode ser padre sem prometer com voto solene, ser celibatário para toda a vida, em luta insana contra o apelo do sexo. Fica proibido de casar e ja-mais, legitimamente, poderá ter relações sexuais normais com pessoa alguma, por mais que a ame e a deseje. Em alguns ca-sos, porém, por razões de mero proselitis-mo, os ministros de outras denominações religiosas, mesmo sendo casados, como os anglicanos, que queiram filiar-se na igreja católica, não são obrigados a abandonar as esposas. Daqui é fácil concluir que o estado matrimonial não é incompatível com o sacerdotal, se o fosse esta situação não poderia ser legitimada.Por outro lado, a igreja defende que os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus. E sabemos que não são apenas espírito, têm corpo com necessidades e tendências naturais, entre elas o poderoso apelo do sexo, além do mandato crescei e multiplicai-vos, que embora não pareça ter sido algo tipo ro-bot, programado sem liberdade, não pode ser ignorado. Deste modo é difícil enqua-drar neste esquema um celibato imposto obrigatoriamente para toda a vida, com certeza, haverá outras razões de interesse e conveniências dissimuladas por parte da igreja.

Basta olhar aos dois mil anos da caminhada difícil da igreja através dos tempos, os quais não abonam a favor do celibato

eclesiástico. Nem foi prioridade durante o primeiro milénio e meio, apesar de alguns decretos conciliares que nunca foram in-teiramente implementados, apenas por influência colateral da vida monástica e da rebeldia luterana passou a ser uma das revindicações relevantes da igreja católi-ca. A maioria dos apóstolos e numerosos papas e bispos foram casados e tiveram filhos e filhas. E houve mesmo papas que foram filhos de papas que os precederam.Até ao século IV, foi a luta pela sobrevi-vência contra a perseguição cruel do im-pério romano; nos seguintes ao Edito de Milão, 313, com a liberdade de expressão religiosa, a igreja politizou-se e enfeudou-se, deixando-se levar pela ambição do po-der e privilégios, acabando por celebrar sucessivos pactos de entendimento mú-tuo entre trono e altar. Apesar das lutas internas, divisões, condenações e exco-munhões, a alta hierarquia passou a viver da pompa e regalias, como qualquer corte imperial ou monárquica, com coroações e cortejos, tronos e baldaquinos, palácios e possessões territoriais, vestimentas lu-xuosas e jóias dispendiosas, ornamentos dourados e pedras preciosas, contras-te chocante com a simplicidade do seu fundador, o homeless Jesus da Palestina. Esqueceu-se que o seu reino não era deste mundo e pelo que nos é permitido obser-var, continua a olvidar-se da sua origem

humilde. Pior ainda, para justificar atitu-des e procedimentos quanto ao celibato do clero usa com duplicidade de critérios o exemplo e apelos de Cristo, ignorando as mais evidentes contradições. O que se passou e passa com o celibato eclesi-ástico, não só entre pessoas adultas, no mundo ocidental, praticamente em todos os países, não pode ser ignorado e abafa-do, muito menos considerado meras faltas provocadas pela fraqueza humana e sa-nadas com desculpas circunstanciais. Em muitos casos como o abuso de crianças são crimes que bradam aos céus. Depois das revelações comprovadas deestes abu-sos e crimes sexuais do celibatário clero católico nos Estados Unidos, mesmo em Boston, onde um imigrante açoriano, bis-po e cardeal, presidiu ao início destas re-velações, segue-se o México e o Canadá, e depois a velha Europa, mãe e madras-ta do cristianismo. Mesmo o atual papa, Bento XVI, na Alemanha, terra natal e na Cúria Romana, não se encontra imune de responsabilidades. E a Irlanda, o mais católico dos países europeus, encontra-se presentemente em rotura aberta com o Va-ticano por causa do mesmo problema. E a crise continua a revelar-se na Bélgica, na Holanda, na Áustria e até em Portugal .Sim, em Portugal, depois do cardeal pa-triarca de Lisboa se ter pronunciado com certa abertura à cerca da ordenação sacer-dotal das mulheres e mesmo do celibato imposto aos padres, é chamado ao Vati-cano para se explicar, regressando a rezar por outras contas. E quando o bispo de Braga, mais realista e mais sincero que o bispo lisbonense, admite, publicamente, a existência de casos de abusos sexuais do clero na sua diocese, declarando-se cul-pado de inação, o cardeal vem dizer que o clero só tem obrigação de denunciar os abusos sexuais à autoridade eclesiástica! Não será descorar a própria consciência moral e ignorar que o abuso sexual de me-nores é um crime, não apenas uma trans-gressão legal?

E tudo isto por causa do voto per-pétuo do celibato eclesiástico. Só alguém fanaticamente obstinado poderá continuar a defender que

o abuso sexual do clero não tem nada a ver com a vida celibatária imposta e mantida.Recentemente, um grupo de padres aus-tríacos fez uma petição a Bento XVI para que fosse repensado e discutida a discipli-na do celibato eclesiástico e a da não or-denação das mulheres, o papa respondeu categoricamente que não, interpretando o pedido como rebeldia, por ser contra a tra-dição da igreja e o exemplo de Cristo. O exemplo de Cristo! Sem mais discus-sões filosóficas e sem razões teológicas contra o casamento dos padres e a orde-nação das mulheres, bastará perguntar: se Jesus reincarnasse hoje e visitasse o Vati-cano amanhã, identificar-se-ia com o papa pela maneira como este se calça, veste e vive!?...

Celibato EclesiásticoCoroa de Glória ou de

Espinhos da Igreja Católica?

Da musicalidade açoriana

Há uma parti-cularidade que caracteriza o açoriano e que

se prende com uma neces-sidade de comunicação e de expressão.Mais de cinco séculos de isolamento físico, de con-tacto permanente com o mar, de horizontes finitos, de cataclismos vários e variados, de uma religio-sidade que foi gerada no terror sagrado de cheias, tempestades, sismos e vulcões são fatores que marcaram e moldaram de-finitivamente o modo de ser, pensar e agir do povo açoriano. A esta influên-cia do meio geográfico no espírito dos açorianos deu Vitorino Nemésio o nome de “açorianidade”, concei-to por ele criado em 1932 ao que parece por decal-que de hispanidad, de Mi-guel de Unamuno. A emblemática frase de Nemésio diz tudo: “Para nós, açorianos, a Geogra-fia vale outro tanto como a História”.O açoriano constitui um povo historicamente defi-nido, com uma História, uma cultura, uma litera-tura (que vai muito para além de Antero de Quen-tal, Teófilo Braga, Vito-rino Nemésio e Natália Correia), um imaginário, uma identidade e um pa-trimónio material e imate-rial riquíssimos.E tudo isto resulta dessa necessidade de comunica-ção e de expressão. Porque não é impunemente que se é cantor e músico no meio do Atlântico. Vivendo em ilhas, sentimos desde sempre o peso da solidão. A solidão levou-nos à ne-cessidade de convívio e esta, por sua vez, gerou a criatividade.E o que é facto é que os

Açores são, hoje, um es-paço de criação, de cultu-ra, de ciência e biodiversi-dade. Mas estas ilhas são, acima de tudo, um espaço de criação musical, nós que nos habituámos a se-guir o ritmo cadenciado das ondas e fomos emba-lados pela música das ma-rés. A Geografia tornou o açoriano sentimental, contemplativo e místico.Tal experiência de alguma forma explica o facto de o povo açoriano ser bastan-te musical, já que dados oficiais confirmam que 15% da população aço-riana canta e toca música em público e para o pú-blico. Esta situação fica a dever-se àquelas que são as duas grandes escolas de formação musical nos Açores: em primeiro lu-gar, e atendendo à cro-nologia, temos os grupos corais (as “capelas”, na designação popular) e, por outro, as 102 filarmónicas presentemente em ativi-dade e assim distribuídas geograficamente: Corvo, 1; Flores, 1; Faial, 8; Pico, 13; S. Jorge, 15; Graciosa, 4; Terceira, 23; S. Miguel, 35; Santa Maria, 1.A música pede dança e, nos dias que correm, te-mos no arquipélago aço-riano 68 grupos folcló-ricos: Santa Maria,1; S. Miguel, 24; Terceira, 16; Graciosa, 2; São Jorge, 2; Pico, 12; Faial, 5; Flores, 4; Corvo, 1.No que ao teatro diz res-peito, existem atualmen-te nos Açores 43 grupos amadores, sendo que a ilha Terceira regista, por via das suas Danças de Entrudo, a maior mani-festação de teatro popular existente em Portugal. Mas não nos ficamos por aqui. Existem, nas ilhas açorianas, quatro Acade-

mias Musicais, três Con-servatórios (dois dos quais agora com a designação de Ensino Artístico Inte-grado) e um inumerável número de agrupamentos musicais, que vai dos gru-pos de cantares às tunas; dos ranchos de matança, de Reis e de Natal aos grupos musicais de baile de salão. É muita gente a cantar e a tocar!Tudo isto me leva a con-cluir que teremos atual-mente nos Açores a maior concentração de músicos e cantores por Km2 a nível nacional. E dou aqui ape-nas o exemplo das nossas Filarmónicas. Em Portugal Continental, para uma po-pulação de 10, 6 milhões habitantes existem cerca de 700 Filarmónicas. Pois bem. Nos Açores, para uma população com pou-co mais de 242.000 pes-soas, temos as já referidas 102. Se a matemática me não falha, isto significa que temos nos Açores 1/6 das Filarmónicas do país inteiro.Ora o que está na base de tudo isto, para além da já referida “açorianidade”, é a riqueza do cancioneiro popular dos Açores, que resulta da melhor poesia trovadoresca que chega até nós com os primeiros povoadores. Tal cancio-neiro é inseparável e in-dissociável do cancioneiro português, mas por efeito de vivências e realidades insulares muito específi-cas, acabaria por sofrer os inevitáveis fenómenos da adaptação e da criação local. Por via dessa dife-renciação, podemos hoje falar de uma criativida-de popular açoriana bem patente, por exemplo, na qualidade e na diversida-de da música tradicional dos Açores.

Apontamentos da Diáspora

Caetano Valadão [email protected]

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui [email protected]

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10 15 de Maio de 2012PATROCINADORES

No âmbito das celebrações do Cinquen-tenário da Fundação do Portuguese Ath-letic Club, terá lugar na sede do clube, na sexta-feira, 18 de maio, às 7 horas da noi-te, o lançamento do livro bilingue Portu-guese Athletic Club: 50th Anniversary.Os sócios do PAC (casais ou indivíduos), cujas quotas estejam em dia, receberão um exemplar grátis do livro. Os patroci-nadores do livro receberão o número de exemplares previamente acordado. Para além disso, qualquer indivíduo interessa-do poderá obter exemplares do livro pelo

preço de $25 cada.O público em geral está cordialmente convidado a participar na cerimónia que será seguida de um porto de honra.

Presentation of the PAC's 50th Anniversary Book

As part of the celebrations of the 50 Ye-ars of the Foundation of the Portuguese Athletic Club, the presentation of the bi-lingual book Portuguese Athletic Club:

50th An

niversary will take place at the PAC on Friday, May 18, at 7 pm.PAC members (couples or individuals) whose dues are in order will receive a free copy of the book. Sponsors of the book will received the number of copies previously agreed. In addition, any inte-rested individual may purchase copies of the book for $25 each.The public in general is cordially invited to attend the ceremony after which port

wine and appetizers will be served. Lançamento do Livro do Cinquentenário do PAC

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11COLABORAÇÃO

Nova ZelândiaA Nova Zelândia continua a ser um formidável rival na industria dos lactici-nios

Os Estados Unidos tive-ram um sucesso tre-mendo nos mercados internacionais quando

as vendas de produtos do leite aumentaram de 9.3 % para 13.3 % anuais da solidez do leite pro-duzido desde 2009. Apesar deste progresso a Nova Zelândia é cla-ramente o maior parceiro global nesta industria, e segundo os mais entendidos, continuará nos anos vindores. O seu clima é o que se chama, amigo das vacas, o seu custo de produção é dos mais baixos do planeta, e os seus governantes estão em uníssimo com esta industria em todos os seus passos em frente. Estarão os nossos governantes prontos para fazer o mesmo? Não parece pro-vável.A nova lei da Agricultura será mais uma esperiência que indica-rá o que o futuro traz a esta in-dustria e outras que dependem desta nos Estados Unidos.Estes aumentos nas exportações vieram numa altura em que a Nova Zelândia estava com pro-blemas relacionados com tem-pestades ou secas, que afectaram a sua produção, agora o caso é diferente. A Nova Zelândia está quebrando os seus recordes na produção todos os meses, e os seus governantes modificaram as leis das estradas durante a alta da produção para que os camiões-tanques pudessem ultrapassar o excesso de peso para tranpor-tar o excesso de leite produzido para as fábricas de manufactura-ção. Isto provou ser um passo em frente financeiramente, quando a industria exportou $1.3 biliões de valor só no mês de Dezembro. Para pôr isto em perspectiva, fe-charam a porta de um contentor de produtos do leite, para expor-tar, cada 2.7 minutos ou 546 ve-zes cada dia.Esta não é a primeira vez que es-crevemos sobre a Nova Zelândia, mas é sempre fascinante para sa-ber mais sobre esta Ilha-País que tem menos de 4.2 milhões de ha-

bitantes. Menos de 5% dos seus produtos do leite são consumidos no seu mercado doméstico.A Nova Zelândia tornou-se este fascinante parceiro há cerca de uma década quando as suas mai-res cooperativas aprovaram por unanimidade a criação de uma entidade chamada Fonterra, que os ajudou na já iniciada infiltra-ção nos maiores mercados mun-diais.Fonterra é responsavel pelas vendas dos productos do leite e representa 96 % da produção do País, essencialmente funciona como um monopólio e presen-temente controla um terço nos mercados da industria de lacticí-nios mundial. Isto por si próprio é impressionante, além de outras grandes empresas deste país que se estendem em mercados inter-nacionais. Esta industria está di-áriamente nas primeiras páginas das notícias da Nova Zelândia e a razão é que, há mais de uma vaca leiteira por cada cidadão, daí a importância da industria para a economia nacional.

Muitos daqueles pe-ritos que julgavam que esta industria ia declinar o seu

crescimento neste País, já estão reavaliando os seus pensamen-tos. Ainda há muitos rebanhos de ovelhas que podem ser trocados por vacas leiteiras, e os nossos governantes que estão negocian-do as parcerias “Trans-Pacific Trade Partnership”, têm que ter em mente que estes claramente são os “leader’s” nas exportações da agropecuária e continuarão a ser nos anos vindouros, é por isso importante que haja cooperação de parte a parte.O problem continua a ser o mes-mo, oferta e procura, não é que não existem carências destes pro-dutos em Países subdesenvolvi-dos, onde se está passando fome, mas não há o capital e aqueles que estão em posições de poder, e que vivem extraordináriamente bem custa-lhe a ver a realidade.Mas a dura e real realidade é que quando não há dinheiro, não há comprador.

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

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12 15 de Maio de 2012PATROCINADORES

Exposição de um Presépio Tradicional da Lagoa

Teve lugar na Sexta-feira, 20 de Abril no Museu Histórico Português de San José e inse-rido na Conferência Anual de Educação da LAEF a Exposição de um Presépio Tradico-nal da Lagoa, São Miguel, de Roberto Medeiros. Usaram da palavra, Al Dutra, Roberto Medeiros, Claudia Cardoso e José Cesário. Fotos de Mário Ribeiro

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13 PATROCINADORES

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14 15 de Maio de 2012 PATROCINADORES

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15 COMUNIDADE

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16 15 de Maio de 2012COMUNIDADE

O Projecto "Portuguese in Califor-nia" foi apresentado pela primeira vez na Aliança Jorgense de San José no dia 27 de Abril com a presença de "Os Severinos". Este Projecto irá ser produzido pela AzoresTV e NPG Productions com apoio de li-deres e organizações comunitárias. Um projecto da Comunidade para o Mundo que mostra o grande con-tributo de todos nós a este estado Americano.Portuguese in California, será o ti-tulo bilingue da primeira serie de 13 episódios para Televisão em for-mato de Documentario que preten-de ser a mais significativa produção sobre a Diáspora Portuguesa na Califórnia, em vídeo. Os 13 episó-dios terão uma duração de 20 a 30 min e irão reflectir em diferentes

realidades. Primeiro, a história dos Açores e as vagas de emigração para a Califórnia, os seus motivos e consequências. Depois a serie irá retratar as áreas geográficas na Ca-lifornia onde existe maior presença Portuguesa e Açoriana, Área da Baía, Sacramento, Vale de San Jo-aquin e o Sul da Califórnia. Depois a série de programas irá aprofun-dar a contribuição da comunidade portuguesa no Sillicon Valley, na Agricultura do Vale de San Joa-quin, em Hollywood e na Pesca e Industria de San Diego. Irão ser também abordadas as tradições mais importantes da nossa gente desde as celebrações ao Espírito Santo, touradas, festas religiosas e outras tradições. Vai ser também exemplificada a importância da

presença Portuguesa através de exemplos e historias de vida de Portugueses de suces-so na Califórnia.

Após lançamento em TV Internacional es-tará disponível Onli-ne e em DVD.

www.youtube.com/portugueseincaliwww.portuguesein-california.com (co-ming soon)

Portuguese in California

Luis Marcelino, Arnaldo Matos, Antonio Severino, Julio Almeida, Nelson Ponta-Garça, Manuel Severi-no e Vital Marcelino

Tim Quigley

Frank Dinis, Dominic Barroso, Danny Floriano e Natalio Lopes.

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17 COMUNIDADE

Portuguese Immigrant Week

San Leandro - A Wreath Placement at the Root Park Portuguese Immigrant Statue, San Leandro with the “Filarmonica Artis-ta Amadora de San Leandro ” playing the

Anthems of the United States and Portugal Following a reception was then held at the PFSA Home Office. A representative from Senator Ellen Corbett’s Office presented a

Resolution of Recognition. Mayor Stephen Cassidy presented a Proclamation declaring March 10-16, 2012 as “Portuguese Immi-grant Week” in the City of San Leandro .

Several civic leaders past and present from the City of San Leandro were also present as well as members of the community, PFSA Supreme Officers and Members.

Newark - A Rosary to be recited at the P.F.S.A. Fraternal Council No. 16 Newark Pavilion Chapel with singing to accompany each decade of the rosary. Outside of the Chapel the “Filarmonica Recreio do Emigrante Portuguese – Newark Band” played the Anthems of the United Sates and Portugal along with the “Alva Pomba” then led all in attendance to the main hall for delicious refreshments prepared by the officers and member of PFSA Fra-ternal Council No. 16. Mayor Alan Nagy of the City of Newark presented a Proclamation declaring March 2-15, 2012 as “Portuguese Immigrant Week” in the City of Newark .Artesia - Mayor Larry R. Nelson presented a Proclamation to Fraternal Council 76 of Artesia.

Following the Official Visit the following groups performed in commemoration of the Portuguese Immigrant Week: “Escola de Grupo de violas de Artesia”under the direction of David Barcelos; “Hora Social Portuguese de Artesia” and Desgarrada com pai e filha” by Past Supreme President Alberto Sousa and his daughter Julie Romeiro.

San Diego, A Wreath Placement Ceremony was held in San Diego at the Tunaman’s Memorial on Shelter Island . PFSA Vice Chairman of the Business Board of Directors, Donald Valadao portrayed Joao Rodrigues Cabrillo and placed a wreath along with PFSA Supreme President, Richard Castro. Wreath Placement Ceremony and Wine/Cheese Tasting Reception at the UPSES Portuguese Hall in San Diego

Thank you to all the P.F.S.A. Supreme Officers, members, the Portuguese community and friends that attended the various events held throughout the State of California .A special thank you to P.F.S.A. Fraternal Trustee and Past Su-preme President Jackie M. Flynn Chairman for the 45th Anniver-sary Celebrations of the Portu-guese Immigrant Week, spouse

Joe Flynn and Committee Mem-bers Supreme President Richard J. Castro, CEO Timothy Borges, Executive Secretary Isolete Fa-cão-Grácio, Past Supreme Presi-dents Joe and Joanne Camara and Dr. and Mrs. Decio De Oliveira for their dedication. Thru their efforts and commitment we can say that this year’s celebrations were a great success.A special recognition to the offi-

cers and members of P.F.S.A. Fraternal Councils No. 1 of San Diego, No. 16 of Newark, No. 26 of Stevinson/Turlock/Hilmar,

No. 76 of Artesia, Mr. Joe E. Dias of Turlock, Dr. Decio De Oliveira of San Jose, Portuguese Athletic Club of San Jose, and the staff of P.F.S.A. for their participation and unique creativity.We hope that you will join us next year and take part of the 46thPortuguese Immigrant Week Celebration.

Stevinson/Turlock/HilmarPFSA Fraternal Council No. 26 of Stevinson/Turlock/Hilmar hos-ted a “Linguisa and Bean”dinner at their council meeting featuring a “Fadista”Carmencita.Turlock, CAA Mass at Our Lady of the As-sumption Church was held in celebration of “Portuguese Week Celebration” After the Mass we then enjoyed a delicious "Comida Tradicio-nal Portuguesa" prepared by Joe Dias. The guests were entertai-

ned by Grupo Etnográfico do Espírito Santo Do Vale de São JoaquimSan Jose, CAAn Art Show, performance by the Folkloric Group “Tempos de Outrora” and a concert by the Portuguese Band of San Jose at the Portuguese Athletic Club in San Jose. After the performance delicious refreshments and port wine were served compliments of Dr. and Mrs. Decio Oliveira and the Portuguese Athletic Club.

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18 15 de Maio de 2012FESTAS

Santo Antão de StevinsonTodos os anos dizemos a mesma coisa desta tão pe-quena mas importante festa.Todo o esforço de centenas de pessoas tem um dos mais nobres objectivos destas tão tradionais festas da nossa California. A de Santo Antão, como algumas outras, servem primáriamente para oferecer Bolsas de Estudo aos estudantes que queiram enveredar pe-los cursos relacionados com a agropecuária. Tam-bém ajudam as casas de repouso, a Igreja e funerais a pessoas mais necessitadas.A festa teve lugar nos dias 21 a 23 de Abril de 2012 no Stevinson Pentecost Association.No Sábado, dia 21, houve o tradicional Bodo de Lei-te com Pézinho, pelos cantadores Manuel dos San-tos, Adelino Toledo, Vital Marcelino, Jorge Teixeira, João Pinheiro e António Azevedo, acompanhados por Pedro Reis e Dimas Toledo. Seguiu-se o leilão dos animais oferecidos e almoço de caçoila a todos os presentes. À noite houve baile com Alcides Machado.No Domingo, dia 22, Procissão do Salão para a Igre-ja de Santa Maria de Stevinson, com a Imagem de Santo Antão, acompanhada pela Lira Açoriana.Depois da Missa Solene, a Procissão regressou ao Salão, onde foram servidas Sopas e Carne. Baile com Alcides, a fechar a noite.Na Segunda-feira, Corrida de Toiros tradicional.

Germano e Jacinta Soares, Dominic e Giovanna Barroso, Angela e Louie Oliveira, Diane Alves, Lorraine e Rafael Dores

Germano e Jacinta Soares, (Ex-Presidente) Dominic e Giovanna Barroso, Angela e Louie Oliveira (Presidente), Rafael e Lorraine Dores (Secretária), (Tesoureira) Diane e Joe Alves em frente à Igreja de Stevinson

Manuel dos Santos, António Azevedo, Jorge Teixeira, Vital Marcelino, Adelino Toledo e João Pinheiro

Maria Cunha, Angela Oliveira, Adelaide Maciel, Luís Cardoso e a mestra cozinheira Maria Sidónia Cardoso.

Velma Vasconcelos, Judy e Joe Souza

Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

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19 FESTAS

Santo Cristo em Buhach

Esta festa começou devido a uma promessa feita por um homem da Feteira, Ilha Terceira, chamado António Branco, mais conhecido na sua terra como o filho do Chico Carlos, da Canada das Mercês, e que veio para a America há 46 anos. Já se passaram 24 anos do começo desta festa que homenageia o Senhor Santo Cristo dos Mi-lagres.Começou na Sexta-feira, dia 4 de Maio com exposição e adoração da Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Depois do Ro-sário e Missa houve um espectáculo de fados com artistas locais - Lizandra Jorge, George Costa Jr., Carmencita, acompanhados pelos Rouxinóis.No Sábado, dia 5, Bodo de Leite com o tradicional Pézinho. Às 6 horas houve Missa e depois Procissão da Igreja para a Capela da Sociedade. Para finalizar o dia, baile com o Conjunto Progresso e apresentação das Rainhas e Oficiais.No Domingo, e num dia brilhante de Sol, Procissão e Missa de Fes-ta, seguida de almoço com Sopas e Carne feitas por António Bran-co, responsável por esta Festa desde há 24 anos.Durante a tarde houve arrematações e bazar aberto. Depois do jan-tar de Sopas, seguiu-se baile com Gilberto Amaral e apresentação das Rainhas e Oficiais.A Rainha deste ano foi Genesis Peterson, e as aias foram Katelynn Medeiros e Talisa Peterson.O Presidente foi John e Fernanda Medeiros e o Vice-Presidente é Tony e Connie Machado.

Igreja da Imaculada Conceição em Buhach a poucos metros da Buhach Pentecost nascida em 1902

A Imagem do Senhor Santo CRisto dos Milagres entrando na Igreja da Imaculada Conceição

Momentos antes da troca da Coroa entre as Rainhas de 2011 e 2012 António Branco

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20 15 de Maio de 2012PATROCINADORES

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21 DESPORTO

LIGA ZON SAGRES Porto Campeão, Benfica segundo, Braga terceiro

Porto 2 Sporting 0

Dois golos de Hulk nos últimos oito minutos permitiram ao campeão FC Porto derrotar por 2-0 o Sporting, quarto classificado, enquanto o Sp. Braga vai terminar no terceiro lu-gar e a União de Leiria desceu de divisão. A 29ª e penúltima jornada, aliás, deixou tudo definido até ao oi-tavo lugar e quanto à Europa.Depois de uma primeira parte sem golos no Estádio do Dragão, na par-tida da consagração do 26º título conquistado pelo Porto e da entrega do troféu de campeão de 2011/12, o Sporting esteve perto de inaugurar a contenda seis minutos após o reata-mento, quando o remate de Ander-son Polga acertou em cheio no poste. Contudo, os "leões" ficaram reduzi-dos a dez elementos quando Oguchi Oniewu, companheiro no eixo da defesa do capitão da equi-pa de Lisboa, foi expulso a meio da etapa comple-mentar por acumulação de cartões amarelos.Polga seguiu as pisadas do colega de sector e foi ex-pulso depois de fazer falta sobre James Rodríguez na grande área e a respectiva grande penalidade, aos 82 minutos, permitiu ao Porto adiantar-se no mar-cador. Hulk não perdoou o castigo máximo e bisou perto do fim ao fazer o seu 16º golo no campeonato, ficando a três da dupla Lima e Óscar Cardozo. A derrota impossibilitou o Sporting de aceder à UEFA Champions Lea-gue, para a qual se apurou o Braga, pelo que irá dis-putar a próxima edição da UEFA Europa League.Em Braga, Custódio (56) assinou o tento da primei-ra vitória do conjunto do Minho em cinco parti-das, 1-0 frente ao Beira-Mar. Aliado ao desaire do Sporting no Porto, os comandados de Leonar-do Jardim asseguraram o terceiro posto antes da viagem ao Estádio José Alvalade na derradeira ronda.

Apurado para a fase de grupos da próxima edição da UEFA Cham-pions League, o Benfica, segundo classificado, ganhou por 1-0 ao Lei-ria, último da tabela, graças a um tento de Bruno César (21) e confir-mou despromoção do adversário.

Finalista da Taça de Portugal fren-te ao Sporting, no dia 20 de Maio, a Académica saiu dos lugares de descida e trocou de posição com o Feirense, derrotado por 3-1 em casa ante o Vitória de Guimarães (sexto e ainda à espreita do acesso à UEFA Europa League, caso o Sporting ven-ça a Académica), mercê do primeiro triunfo ao fim de 16 jogos.Edinho (41) marcou o golo diante do Vitória de Setúbal, pelo que os "es-tudantes" e a formação de Santa Ma-

ria da Feira irão discutir no próximo fim-de-semana quem acompanha o Leiria na descida de divisão. Com mais dois pontos e em vantagem no confronto directo, basta um empate à Académica para garantir a manu-tenção.

De resto, dois golos de João Tomás ajudaram o Rio Ave a empatar 2-2 no terreno do Paços de Ferreira, ao passo que o Nacional bateu o Gil Vicente por 3-1 e a visita do Marí-timo (apurado para a UEFA Europa League) ao Algarve, para defrontar o Olhanense, terminou a zero.

in uefa.com

LIGA ZON J V E D P1FC Porto 29 22 6 1 722Benfica 29 20 6 3 663SC Braga 29 19 5 5 624Sporting 29 17 5 7 565Marítimo 29 14 7 8 496V. Guimarães 29 14 3 12 457Nacional 29 12 5 12 418Olhanense 29 8 12 9 369Gil Vicente 29 7 10 12 3110P. Ferreira 29 8 6 15 3011V. Setúbal 29 8 6 15 3012Beira-Mar 29 8 5 16 2913Rio Ave 29 7 7 15 2814Académica 29 6 8 15 2615Feirense 29 5 9 15 2416UD Leiria 29 5 4 20 19

Liga Orangina J V E D P1Estoril 29 16 8 5 562Moreirense 29 15 6 8 513Desp. Aves 29 12 14 3 504Naval 29 11 10 8 435Leixões 29 11 7 11 406Belenenses 29 9 11 9 387Penafiel 29 10 8 11 388Atlético 29 9 10 10 379Oliveirense 29 9 9 11 3610Trofense 29 10 6 13 3611Santa Clara 29 8 10 11 3412U. Madeira 29 8 10 11 3413Arouca 29 7 12 10 3314Portimonense 29 8 8 13 3215Freamunde 29 6 13 10 3116Sp. Covilhã 29 7 10 12 31

II - Zona Norte J V E D P1Varzim 30 20 8 2 682AD Fafe 30 16 6 8 543Desp. Chaves 30 15 9 6 544Mirandela 30 14 10 6 525Limianos 30 11 11 8 446Ribeirão 30 10 14 6 447Tirsense 30 11 11 8 448Ribeira Brava 30 12 6 12 429Famalicão 30 10 9 11 3910Mac. Cavaleiros30 10 9 11 3911Vizela 30 9 11 10 3812Marítimo B 30 10 8 12 3813Camacha 30 8 10 12 3414Lousada 30 8 8 14 3215Merelinense 30 3 7 20 1616AD Oliveirense30 1 7 22 10 II - Zona Sul J V E D P1Fátima 30 18 6 6 602Torreense 30 15 11 4 563Oriental 30 16 8 6 564Carregado 30 15 8 7 535Pinhalnovense 30 16 5 9 536Louletano 30 13 7 10 467Mafra 30 10 16 4 468Sertanense 30 11 10 9 439Est. Vendas Novas30 11 5 14 3810Tourizense 30 8 11 11 35111.º Dezembro 30 8 10 12 3412Juv. Évora 30 9 5 16 3213Monsanto 30 6 11 13 2914At. Reguengos 30 5 11 14 2615Moura 30 6 7 17 2516Caldas 30 3 9 18 18

Felicidades para a nossa Selecção no Campeonato da Europa a começar em Junho.

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22 15 de Maio de 2012TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

O Começo da Temporada 2012 Vou tirar o meu chapéu ao meu amigo e aficio-nado Joaquim Avila por ter acei-te participar nesta aventura quinzenal de falarmos sobre a nossa Festa Brava.O tempo é de mu-dança. Depois de 20 anos a encher esta página, é tempo de darmos a outros mais novos a possibilidade de se exprimirem aficiona-damente sobre a festa que todos gostamos. Outras visões, outras maneiras de encarar a festa, de encarar o futuro da mesma. Na nossa idade, iremos entreter-nos a tirar bonitas fotos aos nossoas artistas, aos nossos toiros, aos nossos forcados e a escrever de vez em quando sobre toiros e outras coisas.

No passado dia 14 de Abril realizou-se um fes-tival taurino na Praça de Toiros Stevinson Pentecost, que viria a ser o primeiro evento taurino desta época 2012. Festival este com o

proposito de angariar fundos para consertos e manuten-ção da praça.Não hajam dúvidas que não há nada melhor que um fes-tival para se abrir uma temporada para todas as pessoas envolvidas, porque as expectativas dos aficionados não devem ser tão exigentes como se fosse uma corrida for-mal. Ajuda a sacudir os nervos a todos os intervenientes depois de passarem longos meses sem tourearem. Até mesmo para os ganaderos é beneficiente para consertarem

alguma tábua ou cancela nas mangas ou nos currais onde se apertam os toiros.Enfim, muito se tem dito sobre os beneficios de festivaise oxalá continuem sempre a acontecer.Compreendo que muita coisa se perdoa num festival, mas não se deve perdoar tudo. Há regras taurinas que nunca de devem mudar. Alias, é precisamente por essa razão que em Portugal os festivais são dirigidos por um director de corrida, tal como uma corrida formal. Não existe diferen-ca alguma. Ora vejamos – os novilhos e toiros do festival em aparência de uma maneira geral não estavam mal, mas de bravura pouco apresentaram, o que mais facilmente se pode desculpar por ser um festival, mas deixa sempre um

mau gosto na boca. Os cavaleiros pouco pude-ram fazer por falta de materia prima, a não ser o Paulo Ferreira que sempre conseguiu alguns ferros curtos, devido à sua ávontade e experiência com os cavalos da Coudelaria dos Irmãos Martins. Das seis pegas realiza-das só duas é que brilharam, devido à má qualidade dos oponentes e talvez porque os tais nervos de uma primeira corrida estavam bem evidentes ao se ter deixado recolher um toiro vivo.Tudo isto se desculpa mais fácilmente por ser um festival, o que nunca se faria se fos-se numa corrida formal. Agora o que não se pode deixar de compreender é quando não se segue as normas taurinas. Não consigo compreender a ordem de saída dos toiros. Será que houve sortes? Se houve, como fo-ram feitos os lotes? Segundo as regras, os lotes devem ser feitos de maneira a que o peso e as idades dos toiros fiquem mais ou menos distribuidos por igual para todos os cavaleiros. Depois das sortes serem feitas, então os cavaleiros escolhem a ordem de saida dos seus toiros. Isto são regras muitos simples desenhadas para haver igualdade para todos e devem ser cumpridas rigorosamente, seja festival ou não.Nunca se deve deixar de exigir o toureio sé-rio neste ou naquele toiro, mesmo quando os cavaleiros estejam a tourear gratuitamente, para uma boa causa. É preciso compreender que, se os cavaleiros estão a tourear de gra-ça, os aficionados estão a pagar o seu bilhete e também para a boa causa. E querem ver as regras a serem cumpridas.Esta questão das sortes aqui na California talvez seja um dos aspectos que mais se precisa emendar, e o mais breve possivel. A Festa dos Toiros é uma festa muito digna e cheia de tradições que se tem de manter seja lá onde for e que a lei local assim o permita.Durante muitos anos tem-se visto muita tra-fulhice na escolha dos toiros. O problema começa logo com os ganaderos ao deixarem seja lá quem for escolherem os seus toiros. Tudo vale, o Presidente da festa escolhe, a senhora do presidente da festa também es-colhe, depois os vice-presidentes e esposas também querem escolher. Mas não fica por aqui, porque quando chegam os toureiros de fora, tudo pode mudar porque lá vão eles à ganadaria e mudam tudo. Mas ainda não acaba aqui, porque os toiros podem chegar à praça e na altu-

ra das sortes, tudo se pode mudar mais uma vez e as sortes irem por água abaixo, por capricho de um ganadero poder exigir que o seu toiro seja toureado por este ou aquele, ou então os toureiro podem dizer que já não gostem deste ou daquele toiro. Isto é uma autêntica vergonha. A festa dos toiros merece muito mais do que isto. Nós próprios é que temos que zelar por ela e fazer todo o possível para que as coisas sejam feitas a sério, porque só assim é que poderemos ser reconhecidos no mundo taurino como tendo uma festa séria e digna.Valha-nos Deus que as sortes na corrida de toiros de Santo Antão de Stevinson foram feitas séria e dignamen-te. O unico senão foi a idade do primeiro toiro, mas isto é outro pano para mangas, porque não tem nada a haver com as sortes. Só gostaria de acrescentar que toiros com idade e cheios de sentido não favorecem nada a nossa fes-ta e muito menos os forcados amadores que os tem de os enfrentar. A bem da Festa Brava.

NOTA: fotos da Corrida de Santo Antão

Reflexões Taurinas

Joaquim [email protected]

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Parlamento Açoriano aprovou atribuição de 48 insígnias honoríficas açorianasÉ a seguinte a lista das insígnias atribuídas este ano pela Assembleia Legislativa a serem entregues no Dia da Região Autónoma dos Açores a 28 de Maio, Segunda-feira do Espí-rito Santo, na Vila da Povoação, São Miguel. Insígnia autonómica de reconhecimento (9):- Arquimínio Rodrigues da Costa- José Maria Teixeira Dias- José Martins de Medeiros- José Renato Medina Moura- Luiz Antônio de Assis Brasil- Luís Cristóvão Dias de Aguiar- Mário António da Mota Mesquita- Ricardo da Piedade Abreu Serrão Santos- Sacuntala de Miranda (a título póstumo) Insígnia autonómica de mérito profissional (8):- Adriano Paim de Lima Andrade (a título póstumo)- Alberto Rodrigues (a título póstumo)- Álvaro Graco da Cunha Gregório- Jorge Garcia Gago da Câmara (a título póstumo)- José Leal Armas (a título póstumo)- José Conde (a título póstumo)- José Gabriel Coelho Gil- Maria Cecília do Amaral e Simas Insígnia autonómica de mérito industrial, comercial e agrícola (8):- Alfredo Pacheco Vieira- Augusto Botelho de Sousa Cymbron- Carlos Alberto Noia Rafael- Joaquim Costa Leite (a título póstumo)- José da Costa Franco- Manuel Eduardo Vieira- Costa & Martins, Lda.- Fundação Rebikoff-Niggeler Insígnia autonómica de mérito cívico (20)- Carlos Alberto de Menezes Moniz- Fernando Cabral Teixeira- Francisco Caetano Tomás- João Ângelo de Oliveira Vieira- José Orlando de Noronha da Silveira Bretão (a título póstumo)- Manuel António de Melo Pimentel (a título póstumo)- Manuel Barbosa (a título póstumo)- Mário Machado Fraião- Max Brix Elizabeth (a título póstumo)- Associação Faialense de Bombeiros Voluntários- Clube Juvenil Boa Viagem- Clube Vasco da Gama daBermuda- Federação dos Bombeiros dos Açores- Grupo de Teatro “A Jangada”- Judo Clube de São Jorge- Kairós, Cooperativa de Incubação de iniciativas de Economia Solidária, CRL- Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo- Santa Casa da Misericórdia do Nordeste- Sociedade Filarnmónica Euterpe de Castelo Branco- Sociedade Filarmónica Marcial Troféu da Povoação Insígnia autonómica de dedicação (3):- Gui Heber Bettencourt Louro (a título póstumo)- José Garcia (a título póstumo)- Rubens de Almeida Pavão

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26 15 de Maio de 2012ARTES & LETRAS

O presente volume vem no se-guimento do meu Imaginários Luso-Americanos e Açoria-nos: do outro lado do espelho

(2010), no qual abordei a emergente litera-tura de luso-descendentes na América do Norte, os que (nos) escrevem em língua inglesa mas frequentemente recorrendo a temas ancestrais e da nossa experiên-cia imigrante e étnica naquela socieda-de durante todo o século passado. Nesse mesmo livro estão ainda incluídos alguns dos mais conhecidos escritores imigran-tes que desde sempre nos deram conta da nossa vida nesse mesmo país, pois a lite-ratura da Diáspora tem de conjugar essas duas línguas, que são os signos da história e arte no que aos açorianos diz respeito. Neste BorderCrossings, regresso ainda à Literatura Açoriana dos nossos dias assim como à da Diáspora, também incluindo aos textos e produção poética da primeira geração (os que escrevem na nossa língua), necessariamente continuando a dar a siste-mática atenção que merece e continuará a merecer a escrita dos nossos descendentes nos Estados Unidos e no Canadá. Por ou-tro lado, e num regresso aos meus estudos iniciais nos EUA e por circunstâncias que mais tarde me levariam em pessoa ou atra-vés da literatura ao Brasil e a algumas das nossas comunidades lá espalhadas, espe-

cialmente no Rio Gran-de do Sul, em Santa Ca-tarina e mesmo no Rio de Janeiro, comecei a escrever sobre esta área literária que nos “com-pleta” a nós portugueses em geral, e, neste caso, uma vez mais, a nós açorianos em particular.

Creio ser esse o fio condutor deste atraves-sar de frontei-

ras em busca de beleza e “verdade” literária que nos diz, rediz e nos reinventa numa já longa história de andanças no outro lado do Atlânti-co. De resto, a literatu-ra norte-americana em geral e aquela que tam-bém envolve de vários modos esse meu cami-nhar, uma vez mais, por “fronteiras” que nos são comuns e parte das nos-sas vivências e convi-vências históricas, mar-cam um lugar nestas páginas: desde uma narrativa “brasileira” de John Dos Passos ao romance simplesmente intitulado Bra-zil do americaníssimo John Updike, re-centemente reeditado entre nós. Trata-se de um olhar sobre o nosso país-irmão, e que não poderia deixar de completar estes imaginários múltiplos de pátrias reais e sentimentais nossas.

Por fim, espero que o eventual lei-tor destes ensaios que fazem par-te da minha própria narrativa dos nossos mundos comuns e íntimos,

aqui e além-fronteiras, vistos através da li-teratura e de outros textos, alargue o que habitualmente se reduz a compartimentos e segmentações académicas que já não fazem sentido. Não sei se ainda existem ou não literaturas “nacionais”. Um povo historicamente andarilho como o nosso só poderá ser entendido e apreciado na mul-tiplicidade de textos, em qualquer língua -- esses textos que recuperam e integram os nossos arquivos criativos, a memória indelével de termos sido e pertencido às

mais distantes e díspares geografias do nosso destino e afectos.

Ponta DelgadaMarço de 2012

Aqui está mais um livro do cri-tico literário Vamberto Frei-tas. Tem o magnífico título de borderCrossings: leituras

transatlânticas. É um livro repleto de ensaios críticos sobre as nossa vivências em ambos os lados do Atlântico. O livro publicado pela nova editora Letras Lava-das é mais uma obra preciosa de Vamber-to Freitas, mais um contributo importan-te sobre o mundo açoriano, dentro e fora do arquipélago. É um olhar inteligente e perspicaz, através da literatura, aos mundos que compõem, parafraseando o autor, o mundo de um povo andarilho. Um povo que nas Américas, a do norte e a do sul, tem construído as suas próprias narrativas, ora recontando o passado, ora criando outras narrativas a partir des-se passado e dessa ligação cultural, que mesmo com a barreira da língua, para as segundas e sucessivas gerações no con-tinente norte-americano, contínua bem forte no seu (nosso) imaginário. Este novo livro de Vamberto Freitas esbarra com o conceito tradicional e conservador de barreias fixas. Os seus ensaios explo-ram, de uma forma metódica e profunda, o domínio da criatividade literária, no arrasamento de fronteiras fictícias, que infelizmente ainda são propagandeadas pelos poderes políticos. Vamberto Frei-tas mostra-nos, clara e inequivocamente, que a literatura está acima de todos os efémeros argumentos e de todas as tran-sitórias ideologias. Os ensaios literário de Vamberto Freitas, agora publicados em borderCrossings: leituras transa-tlânticas, exemplificam o que escreveu outrora CS Lewis: A literatura não é a descrição da realidade, amplifica-a. En-riquece as competências necessárias do nosso quotidiano, regando o deserto das nossas vidas. O livro será apresentado no dia 31 de Maio, pelas 19hoo na livraria SOLMAR em Ponta Delgada. A apresentação está a cargo do Professor Doutor Carlos Cor-deiro da Universidade dos Açores. Aqui temos, em primeira mão o prefácio e o convite para lerem e refletirem este belo conjunto de ensaios. Repito que já aqui escrevi: Vamberto Freitas é um dos pou-cos intelectuais que entende, muito bem, as nossas vivências dentro e dora do ar-quipélago. E tal como escreveu Eugénio Lisboa: a sua prosa escorreita, firme, musculada, bem descascada, sem ne-nhum dos maneirismos que poluem tanto texto jornalístico, mas também erudito. Na sua, não há trapaça – há só músculo enervo e inteligência, tudo muito alimen-tado numa vigorosa cultura. Bem-haja, caramba!

abraçosdiniz

Vamberto Freitas

borderCrossings: leituras transatlânticas

Obras de Vamberto FreitasJornal da Emigração: A L(USA)dândia Reinventada, Angra do Heroísmo, Gabinete de Emigração e Apoio às Co-munidades, 1990.Pátria ao Longe: Jornal da Emigração II, Ponta Delgada, Publicações Eurosigno, Lda., 1992.O Imaginário dos Escritores Açorianos, Lisboa, Edições Salamandra, 1992.Para Cada Amanhã: Jornal da Emigração III, Lisboa,

Edições Salamandra, 1993.América: Entre a Realidade e a Ficção: Jornal da Emigra-ção IV, Lisboa, Edições Sala-mandra, 1994.Entre a Palavra e o Chão: Geografias do Afecto e da Memória, Ponta Delgada, Jor-nal de Cultura, 1995.Mar Cavado: Da Literatura Açoriana e De Outras Nar-rativas, Lisboa, Edições Sala-mandra, 1998.A Ilha Em Frente: Textos do Cerco e da Fuga, Lisboa, Edi-ções Salamandra, 1999.Jornalismo e Cidadania: Dos Açores à Califórnia, Lisboa,

Edições Salamandra, 2002.Imaginários Luso-America-nos e Açorianos: Do Outro Lado do Espelho, Ponta Del-gada, Edições Macaronésia, 2010.BorderCrossings: leituras transatlânticas, PontaDelga-da, Letras Lavadas Edições, 2012.

Colaborações:

Frank X. Gaspar, A Noite dos Mil Rebentos, traduções de poesia, publicadas em separa-ta da revista Magma, Número Três, 2006.

O Homem Que Era Feito de Rede (tradução de “The Man Who Was Made of Netting”, contode Katherine Vaz), Lis-boa, Edições Salamandra,Colecção Garajau-Série Espe-cial, 2002.

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 COMUNIDADE

Grande Oportunidade de Negócio

Vende-se Padaria em Escalon

Tratar com António ou Rosa Lima

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Falecimentos

Jose Vitorino da Silveira

Faleceu no dia 27 de Abril em Gustine, José Vitorino da Silveira, com a idade de 85 anos. Nasceu no Portal, na Ilha de São Jorge, Açores.Deixa de luto sua esposa Rosa Silveira, duas filhas, Maria Carmelo Pereira e ma-rido Bartolomeu Pereira, de Gustine; Ma-ria Madalena Silveira e marido Maximino Silveira, de Merced; quatro filhos, José Vitorino Silveira e esposa Laurencia, de Gustine; João Vitorino Silveira e esposa Fátima, de Gustine; Eddie Silveira e espo-sa Alice, de Gustine; Heduino Silveira e

esposa Diane, de Gus-tine.Deixa ainda a chorar a sua morte, 17 netos e 3 bisnetos, além de sua irmã Ernestina Aze-vedo, de Tracy, irmão Ernesto Vitorino, de Modesto; um cunha-do, quatro cunhadas na California e uma em São Jorge e vários afilhados, sobrinhos/as na California, Aço-res, Canadá e Portugal Continental.Seus pais, já falecidos, foram João Vitorino e Maria Brasil. Seus irmãos João Vito-rino, Armando silveira, Armelim Silveira, Ma-nuel Silveira e Maria Brasil Alves já haviam falecido.José Vitorino da Sil-veira emigrou para a California há 33 anos. Era membro do Santu-ário de Nossa Senhora

dos Milagres de Gustine e de Gustine Pen-tecost Association.O Rosário teve lugar no dia 2 de Maio no Santuário de Nossa Senhora dos Milagres de Gustine, e no dia seguinte houve Missa de Corpo Presente. Ficou sepultado no Turlock Memorial Park.

Tribuna Portuguesa envia sentidas condo-lências a toda a família Silveira.

Reunião da Família Souza

Berta Ormond Avila Madeira

Há uns meses atrás reuinram-se na casa de Judy e Joe Souza, em Stevinson, muitos dos seus familiares vindos de toda a California bem como do Canadá. Foi uma bonita e alegre reunião familiar.

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Tour PORTUGAL with Carlos Medeiros

Berta Ormond Avila Madeira, resident of Oakland, CA, age 87, passed away Thursday, February 23, 2012, in Fol-som, CA. She was born July 25, 1924 in Oakland to Francisco Avila and Wilhel-mia Ormond. Berta graduated from the College of the Holy Names in Oakland at the age of 19 and was a PhD student at the University of California, Berke-ley. She served as a translator during the founding of the United Nations in San Francisco in 1945 and worked as a professor of languages at CAL, Berke-ley. She was married to Dr. Luiz Julio Madeira (see photo) and worked with him at his medical practice in Oakland. She was an active member of the Portu-guese community, serving as a Grand President of the SPRSI, and active in UPEC and SES. After re-tirement, Berta and Luiz enjoyed spending time with their grandchildren and traveled regularly to Portugal, where Ber-ta presented papers as an official representative for multiple Portuguese fraternal organizations. Berta is survived by her son, Lou Madeira and daughter-in-law Donna Madeira of Folsom, CA, and her grandchildren: Paul Madeira (fiance‚ Ju-lie Jo Ayer Williams) of Ft. Dick, CA; Anna Gle-ghorn (husband Dan Gleghorn) of Sa-

cramento, CA; and Peter Madeira (partner Jude Alexander) of Sacra-mento, CA. She is also survived by her cousin, Father Henry Ormond. Berta was preceded in death by her husband, Luiz, on November 11, 2006.

"Come to me, all who labor and are heavy laden, and I will give you rest." Matthew 11:28.

Tribuna Portuguesa envia sentidas con-dolências à família Madeira.

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28 15 de Maio de 2012ENGLISH SECTION

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Silicon Valley’s Jewish community honored Aristides de Sousa Mendes

The Jewish community of Silicon Valley viewed the exhibit “These Are My People: The Story of Aristides de Sousa Mendes” for several weeks on display at the Levy Family Campus of the Ad-dison-Penzak Jewish Community Center in Los Gatos, California. On Sunday, April 29, the Jewish Community Relations Council hosted a screening of film direc-tor Michael King’s The Rescuers, a documentary on twelve of the diplomats who risked everything to save Jews from the Holocaust during World War II. Diane Fisher emceed the event and the keynote speaker was Nathaniel Deutsch, professor of Literature and History, co-director of the Center for Jewish Studies, and director of the Institute of Hu-manities Research at the Univer-sity of California, Santa Cruz. Nathaniel Deutsch is the son of a Sousa Mendes visa recipient. He spoke on his experience as a son of a survivor and “having just come from my daughter’s birth-day party, I owe this to Aristides de Sousa Mendes” as he pointed to Sheila Abranches in the audi-ence. She is a granddaughter of the Portuguese diplomat.Among the audience members were Nancy and Ed Gordon. Nancy’s parents were responsible for sponsoring Margret and Hans Rey in fleeing the Nazis in 1940. The authors of Curious George fleed Paris on bikes with a manu-script of the now famous mon-key towards the South of France where they obtained a Portuguese transit visa thanks to Consul General of Portugal in Bordeaux, Aristides de Sousa Mendes. The couple traveled to Lisbon on a train and then to Brazil and sub-sequently to New York. Starting in 1940, the Reys joined Nancy and her family at their home for Thanksgiving dinner until Hans’ death in 1977.Nancy’s son, Ed, came to find out about who saved his childhood friends when he walked the hall-way of the Jewish Community Center with his young daughter and came upon the Sousa Mend-es exhibit and a photo of Curious George. He called up his mother in Foster City, California, to at-tend the film screening, exhibit, and presentation by Nathaniel Deutsch.

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Ed Gordon with his mother Nancy, keynote speaker Nathaniel Deutsch.

The guestbook with H.A. Rey’s attendance at Thanksgiving starting in 1940; Diane Fisher of the Jewish Community Relations Council; Miguel Ávila, president of the Sousa Mendes Foundation with Professor Nathaniel Deutsch and Sheila Abranches, director of the Sousa Mendes Foundation and granddaugher of the Portuguese diplomat.

“These Are My People” exhibit; Nancy Gordon showing the guestbook.

ENGLISH SECTION

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30 15 de Maio de 2012ENGLISH SECTION

In May 2012, the Portuguese Community of Greater Colorado Springs will be cele-brating their 17º Festa do Divino Espírito Santo (Feast of the Divine Holy Spirit) at the city's Holy Apostles Catholic Church.The very first Festa do Divini Espírito San-to, with the traditional Coronation and So-pas do Espírito Santo (Holy Ghost Soups), was initiated in 1995 by Manuel and Conceição Rodrigues, parentes of seven children and several grandchildren. They emigrated from Saint Michael, Azores, Portugal in 1968 to Chino, California. Fif-teen years later, in 1983, the family migra-ted to Colorado Springs, Colorado, so that

Manuel could work at David Medeiros's family dairy farm in nearby Ellicott, Co-lorado.As of late - for the purpose of preparing the traditional delicious Portuguese holy day meal - David Medeiros's family has been donating the meat for the soup. Addi-tionally, Conceiçnao and Manuiel prepare the scrumptious breads and "massa-sova-da" (Portuguese sweetbread) in their five non-stop-working stoves.The Portuguesa are celebrating a cen-turies old tradition which started with the influence of Queen Isabel - wife of Portugal's sixth monarch, King Dinis. Queen Isabel is noted for her constant kindness to the poor and less fortunate. She was later canonized a saint (Rainha Santa Isabel - Queen Saint Isabel). Her re-mains rest in the Church of Santa Clara, in Coimbra - city of the prestigious 5th oldest University in the world, founded

by her husband in 1190.The tradition of the Holy Spirit Feast (of-ten called Holy Ghost Feast) is ever-so-vibrant in the Azores - nine Portuguese North Athlantic Isalnds - as well as in Madera, Cape Verde, Brazil, Canada, Bermuda, Florida, Massachusetts, Rhode Island, Hawaii, Connecticut, New York, Pennsylvania, California, big-sky Rocky Mountai-Colorado and even Nevada.The small-vibrant-fast-growing Portugue-se Community holds the special annual ce-lebration on Pentecost Sunday, May 27th, at the Holy Apostles Catholic Church, 4925 N. Carefree Circle, Colorado Springs, CO 80917, telephone 719-597-4249.Afer the special Coronation Mass, "So-pas" - a meal to always remember - will be served Portuguese style - traditionally free to all.Annualy the Colorado Springs Holy Ghost Society attends the "Mother of all Festas" in Fall River, MA.If more information is needed, pelase con-tact Conceição Rodrigues, 3842 Glenme-

adow Dr., Co. Springs, CO 80906 - Tele-phone 719-579-0325.

Adalino Cabral

In the Azores Islands, the first dio-cesan seminary opened officially on November 9, 1862, about 328 years after the establishment of the Diocese

of Angra on November 3, 1534.However, I digress. Let's journey back to the earliest times of human settlement in the Azores.According to the late historian, Dr. Manuel Monteiro Velho Arruda (1), "the religiousassistance rendered to the first settlers was given by the monks of the Order of Christ, dating presumably to 1471." They would be replaced by priests from religious orders,namely Franciscans and Gracianos (Au-gustinians). Later the first native Azorean priests arrived, some of whom had studied at seminaries in mainland Portugal or at national and foreign universities. Some others had attended the Franciscan and Augustinian convents already in existen-ce in the Azores, and later at the Colleges built there by the Jesuits.In accordance to my late professor, Canon Jose Augusto Pereira (2), "there were alsoplaces where private teaching and tutoring was provided by the Regios-Professores as well as the Padres-Mestres.After the Portuguese government evicted the Jesuits from the Azores, and later su-pressed the religious orders, a need was felt to have a seminary, perhaps by acquiring one of the vacant convents or colleges. In 1787 a proposal made by Bishop Jose da Ave Maria Leite da Costa e Silva to use

Angra's Jesuit College was rejected by the government, and the efforts employed by the next Bishop (Jose Pegado de Azevedo) to found a seminary also proved to be un-successful.It was not until 1860, during the adminis-tration of Bishop Estevao de Jesus Maria,that the government allowed the usage of the former Angra's Franciscan Convent to

function as a seminary. Its solemn inau-guration took place on November 9, 1862. However, it must be noted that the semina-ry occupied only a portion of the convent, because the other portion was already reserved for the students of Liceu Nacio-nal (public high school) since October 16, 1851.The two learning institutions co-existed

until November of 1900, when an epide-mic of typhoid fever killed five seminari ans. To off-set the panic caused among the high school students and teachers, Bishop Francisco Jose Ribeiro Vieira e Brito offered his mansion (the former palace of Viscount Bettencourt) as the new (though temporary) quarters for the high school. The Bishop had himself moved to a modest

residence, and, in compensation, the diocese was given the ow-nership of the convent space left vacant by the high school stu-dents. Eventually, they returned there (date unknown).In October 1911, a year after the fall of the Portuguese monarchy and the rise of thefirst Republic, the government took complete possession of the seminary building, confiscating all its contents, as well as bank accounts and other assets. To make a long story short, some seminarians quit and returned to their families, but others re-

mained, living in private homes, attending classes at the high school (in the old Fran-ciscan convent) and receiving lessons at the teachers' residences.In March 1914 the mansion of Baron Ra-malho was acquired as the new quarters for the seminarians and professors. It took the name of Internato because the use of the word seminary was strictly forbidden

by the government.By the 1920's the Internato was found to be lacking enough space to fully accommo-date the increasing number of candidates. To fill the need and remedy the situation, another property was purchased, namely the mansion of Count da Praia, located on neighboring Santa Luzia. However, becau-se it was a bit distant from Angra, it was decided to demolish the structure, remove all the materials and use them to enlarge the Internato, which would become the present-day Seminario de Angra.I could not find the official date of its completion anywhere, but apparently its reconstruction and extensive remodeling lasted over a decade. In 1956 a Minor Se-minary for early education was established at the antiquated Jesuits College in Ponta Delgada, Sao Miguel Island. Ten years later, a seven-story building, erected on Ladeira dos Pinheiros in Ponta Delgada, was inaugurated as the modern Seminario Colegio do Santo Cristo. Unfortunately, it was closed, then sold and turned into a ho-tel several years ago.

(1) Revista Insulana, Volume III, Numbers 3 and 4, Page 400, Year 1947.(2) O Seminario de Angra, Esboço His-torico, 2nd Edition, 1963, União Gráfica Angrense.

Holy Ghost Festas in Colorado Springs

California Chronicles

Ferreira Moreno Seminário de Angra

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31 PATROCINADORES

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32 15 de Maio de 2012PATROCINADORES

PROGRAM

The Festa do Divino Espirito Santo of the Club Portu-gese will be held on Saturday, June 2, 2012 and Sun-day,June 3, 2012.

SATURDAY NIGHT:

7:00 P.M. Rosary 7:30 P.M. Caçoila Dinner 8:30 P.M. Coronation of the Queens 9:00 P.M. to 12:00 AM Dancing - music by "Sem Du-vida" at Stockton Ballroom, 9650 Thornton Road,Stockton, CA

SUNDAY:

9:30 A.M. Parade will form at the Stockton Ballroom, 9650 Thornton Road, Stockton, CA11:00 A.M. Mass will be held at the Stockton Ball-room. Sopas will be served after Mass. Auction in the

afternoon followed by dinner of Sopas.

SENIOR QUEEN: Alexia Alegre, daughter of Tho-mas and Elizabeth Alegre

MAIDS: Michaela Mattos, daughter of Mike and Ber-nie Mattos Ashley Serpa, daughter of David and Deo-linda Serpa

JUNIOR QUEEN: Giavanna Alegre, daughter of Ste-phen and Richelle Alegre

MAIDS: Lindsey Ferreira, daughter of Rick and Liz Ferreira Analiah Correia, daughter of George and Kristen Correia

LITTLE QUEEN: Grace Hammerstrom, daughter of Brad and Jennife Hammerstrom

MAIDS: Audrianna Alegre, daughter of Stephen and llichelle Alegre Isabella Acevedo, daughter of Daniel and Rose Acevedo

PRESIDENT: Brad and Jennifer Harnmerstrom

Festa Secretary: Darlene Castro

Stockton California

Serving the Portuguese Community Since 1897

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33PATROCINADORES 1 de Fevereiro de 2012

2112 Committee:President: Mike & Cristina MachadoV.President: Steve & Marijo FariaTreasurer: Matt & Jacquekine MachadoSecretary: Mal & Sandy Machado

Past-Pres.: Jason & Alison Nunes2112 Directors:António & Elisa Avelar; Chris Avelar; Joe & Anne Avelar; Tony & Cecilia Avelar; Brian & Amanda Bettencourt; Manuel & Elvira Bettencourt; Joe &

Maria Costa; Gabe Faria & Katheryn Weiss; Manuel & Mary Faria; Dale & Beverly Fontes; Dario & Diane Mar-ques; Hernani & Maria Matos; Freddy & Suzana Ourique; Frankie Sousa &

Tori Wightman; Manuel & Maria Tei-xeira.2012 Queens:Alexia Machado, Natasha Teixeira e Rosa Machado

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34 15 de Maio de 2012PATROCINADORES

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SOPAS em homenagens

Os bons exemplos, não só se devem copiar, como se devem "roubar", como diria o Conselheiro Acácio. As SOPAS até ficariam satisfeitas se houvessem mais SOPAS

COMUNIDADE

A associação estudantil SOPAS (Society of Portuguese-American Students) das três escolas secundárias de Tulare, apre-sentou no Domingo, 6 de Maio a partir das 15h00 (3 horas da tarde) o sétimo anual evento dedicado a distinguir membros da comunidade que se tenham diferenciado nos mais variados campos. Daí que neste ano de 2012, o evento teve lugar no auditó-rio Tulare Community, adjacente à escola secundária Tulare Union, seguindo-se um beberete oferecido pela associação estu-dantil a todos os presentes. Para além de vários alunos (48) das três escolas secun-dárias, que foram homenageados, foram distinguidos os seguintes elementos da nossa comunidade: Professora do Ano —Margarida do Canto. Organização do Ano --Luso-American Education Founda-tion

Negócio do Ano — Camara's Service Cen-ter. Leitaria do Ano — Brasil Dairies de Visalia. Luso-Americana Honorária do ano — Ellen Warren. Voluntários do Ano — Tom e Danielle Karr. Pessoa Inspiradora do Ano -- São-zinha Macedo. Artista do Ano - Chico

Ávila. SOPAS Portuguese-American Hall of Fame — Miguel do Canto e Cas-tro, personalidade importante da rádio portuguesa no estado da Califórnia com 51 anos de serviço em prol da rádio em língua portuguesa neste estado.

Também neste ano foi entregue o segun-do "Remembrance Award" homenagem póstuma a alguém da nossa comunidade que tenha contribuído para a mesma. O segundo "Remembrance Award" foi em memória do Padre Ezequiel Pascoal.

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36 15 de Maio de 2012TRIBUNA PORTUGUESAULTIMA PAGINA