the portuguese tribune - december 1st 2012

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1ª Quinzena de Dezembro de 2012 Ano XXXIII - No. 1145 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] II Convenção da PFSA Pág. 10 Pág. 14,15 QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2012 Artesia D.E.S. Scholarship Pág. 28 Duarte Teixeira, Supreme President; Amanda Sargent, Supreme 20/30 President & Sãozinha Lourenço, Supreme Youth President Pág 16 a 19 No ultimo dia da Convenção da Portuguese Fraternal Society of America, José do Couto Rodrigues recebeu o PFSA Portuguese Community Award for Outstanding Achievement to Promote & Enhance the Prestige of the Portu- guese Culture & Traditions in California. Na foto, Delminda e José Rodrigues, Tim Borges foto de josé enes Eduardo Gomes galardoado com o Prémio "Administrator of the Year for Fresno County" Pág. 12 Frank M. Lima Educador do Ano A Fundação Portuguesa de Educação do Centro da California decidiu distinguir Frank M. Lima como o Educador do Ano, pelo extraordinário serviço prestado como membro do Conselho Administrativo do Distrito Escolar de Turlock e pelas contribuições efectuadas em prol da Comunidade, Língua e Cultura Portuguesa. Antoinete Machado Lisete Melo Estudantes do Ano Pelo extraordinário sucesso académico e pelo empenho e participação em numerosas actividades em prol da Comunidade, Língua e Cultura Portuguesa. José Rodrigues galardoado Antoinette Machado, Lisete Melo e Frank Lima Pág. 4 EUA reduzem ao mínimo forças militares nas Lajes, Ilha Terceira Pág. 2, 20

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The Portuguese Tribune - December 1st 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

1ª Quinzena de Dezembro de 2012Ano XXXIII - No. 1145 Modesto, California • $1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

II Convenção da PFSA

Pág. 4

Pág. 10

Pág. 14,15

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2012 Artesia D.E.S. Scholarship Pág. 28

Duarte Teixeira, Supreme President; Amanda Sargent, Supreme 20/30 President & Sãozinha Lourenço, Supreme Youth President Pág 16 a 19

No ultimo dia da Convenção da Portuguese Fraternal Society of America, José do Couto Rodrigues recebeu o PFSA Portuguese Community Award for Outstanding Achievement to Promote & Enhance the Prestige of the Portu-guese Culture & Traditions in California.Na foto, Delminda e José Rodrigues, Tim Borges foto de josé enes Eduardo Gomes galardoado

com o Prémio "Administrator of the Year for Fresno County" Pág. 12

Frank M. Lima Educador do Ano

A Fundação Portuguesa de Educação do Centro da California decidiu distinguir Frank M. Lima como o Educador do Ano, pelo extraordinário serviço prestado como membro do Conselho Administrativo do Distrito Escolar de Turlock e pelas contribuições efectuadas em prol da Comunidade, Língua e Cultura Portuguesa.

Antoinete MachadoLisete Melo

Estudantes do Ano

Pelo extraordinário sucesso académico e pelo empenho e participação em numerosas actividades em prol da Comunidade, Língua e Cultura Portuguesa.

José Rodrigues galardoado

Antoinette Machado, Lisete Melo e Frank Lima Pág. 4

EUA reduzem ao mínimo forças militares nas Lajes, Ilha Terceira Pág. 2, 20

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Year XXXIII, Number 1145, Dez 1st, 2012

2 1 de Dezembro de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

A vitória de Barack Obama, esperada, estudada, só causou diluvios de choro aos republicanos, que vi-vendo neste grande País, ainda vivem no passado.

Está provado que Romney não tinha pedalada politica para liderar este nosso País. Os republicanos necessitam compreeender a historia recen-te, compreender a dinâmica demográfica que nos rodeia e tentar lutar pela positiva. Se o não fizerem, daqui a dois anos perderão a maioria na Casa dos Representantes. E por favor, escolham pessoas à altura do GOP.

A Europa dos 27 não se entende. Nem conseguem fazer um orçamento que satisfaça ninguém. Maus ventos, temporais e tornados nem conse-guen fazer pensar os políticos europeus que acabam de demonstrar que a Europa Unida pode ter sido um falhanço politico. Oxalá que não. Se-gundo dizem os mais velhos, faltam líderes no velho mundo. Muita TV, muito discurso, mas de resto uma tristeza absoluta em partilhar ideias, renovar conceitos, fazer um mundo melhor. Só mesmo um terramoto mental poderá modificar este evoluir na continuidade.

E de repente, as Lajes deixaram de ter a grande importância que de-veriam ter. A America quer poupar 500 biliões de dólares em Bases espalhadas por todo o mundo. A da Terceira poderá ficar reduzida a 150 militares americanos, o que quer dizer que dos 800 portugueses lá a trabalhar, a grande maioraia irá ser despedida. Será um grande choque económico para os Açorers e muito em especial para a Terceira. É bom não esqueçer que Clinton fechou nos anos 90's, 22 bases aéreas nos EUA e noutros países. O mundo está assim. Um dia poderá até voltar a ter a mesma importância caso se dê algum problema inesperado no Oriente.Poupar está na ordem do dia nos EUA. Não poderemos viver melhor, se não diminuirmos o nossso enorme défice. Por um lado qualquer, tem de se começar. jose avila

Muitos ainda choram

A morte da Ilha Terceira?

No passado sábado, deitei-me a pensar na Base das Lajes. Dei-tei-me, relembrando

tudo o que aprendi e vivi direta ou indiretamente com a base ameri-cana. Por intermédio de familia-res que lá passaram parte das suas vidas ou, então, por causa das ho-ras que dediquei nos estudos no âmbito do mestrado em Relações Internacionais, pensei na Base: nos terceirenses que lá trabalham, nas famílias que dependem dela, nas lembranças que ela suscita em cada canto desta ilha.

Ninguém morreu, mas no sábado foi quase como se um médico ti-vesse apresentado um diagnóstico e esse diagnóstico dava como cer-ta a morte do paciente, vítima de uma doença incurável, e que terá a partir de agora poucos anos de vida. Não se trata de um exagero. A pos-sibilidade de a presença america-na ser reduzida a um contingente residual - como foi anunciado na imprensa - terá graves repercus-sões na Terceira. Não se trata só de postos de trabalhos, de rendas de casas ou de calças levi s mais baratas. Trata-se de dois povos que conviveram pacífica e jovialmente durante sessenta anos. Trata-se de um clima de excecionalidade

que foi criado na Terceira graças à presença americana e devido aos seus contributos culturais, sociais e tecnológicos. São histórias e me-mórias que perduram nos ameri-canos e açorianos que tornam esta relação ímpar. Por isso, a possi-bilidade do fim da base é como o anúncio da morte de um familiar. Todos acabam por perder algo. To-dos ficam de luto.Qualquer leigo em matéria geos-tratégica percebe que o Atlântico é um mar seguro para os america-nos e que, para além da necessi-dade de poupança, eles precisam de reorientar as suas forças para o Pacífico. No entanto, a geografia fala por si e os Açores são a única “ponte” entre o continente ameri-cano e o europeu. Ninguém sabe o que advirá no futuro em termos de conflitos militares. Um acordo bi-lateral não pode pender só de um lado em que um deles tem sem-pre as portas escancaradas para o outro. Os políticos portugueses podem atirar culpas uns aos ou-tros ou podem unir esforços para atenuar o impacto negativo da de-cisão americana. Infelizmente, es-perar por Lisboa deu no que deu.Por isso, tendo em conta a pro-ximidade que une açorianos e americanos, seria bom que o Go-verno Regional envidasse todos os esforços diplomáticos junto da comunidade portuguesa para que esta, por seu lado, pressionasse a administração americana a rever a sua posição. O lobby é uma práti-

ca corrente na política americana e tendo em conta que há vários políticos americanos com ascen-dência açoriana, para além de empresários e personalidades in-fluentes na sociedade americana, não seria de todo despiciendo o Governo Regional gastar uns mi-lhares de dólares nessa iniciativa diplomática. E o positivo é que a nova administração Obama nem sequer tomou posse.Não me vou perder em elucubra-ções fantasistas sobre a possibili-dade de a China estar interessada em substituir as forças america-nas. A Terceira não é nenhuma prostituta à espera do cliente que mais dê. Nem me parece aceitável que a única iniciativa vinda das autoridades portuguesas seja o de exigir unicamente contrapartidas financeiras para indemnizar os trabalhadores, engrossar as contas da FLAD ou apetrechar militar-mente a Força Aérea Portuguesa. A Terceira está a viver uma crise sem paralelo, como qualquer ou-tra região do país. Acrescentar-lhe outra crise - como a que se avizi-nha - é condená-la a uma morte lenta, dolorosa, mas real. Todos nós, terceirenses, devemos ligar para a América e pedir um favor aos amigos e familiares que lá vi-vem. Ou o favor para que não dei-xem morrer esta terra ou para que nos arranjem um job em terras do Tio Sam.

Paulo Noval

Page 3: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

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4 1 de Dezembro de 2012COMUNIDADE

Realizou-se no dia 16 de Novembro no Salão de Festas de Nossa Senhora da Assunção de Turlock, o Banquete Anual da Funda-ção Portuguesa de Educa-ção para o Centro da Cali-fornia.Depois do jantar procedeu-se à apresentação ds Bolsas de Estudo e Reconheci-mentos.Este ano foram distingui-dos com Bolsas de Estudos 30 alunos a saber:

Marissa B. AguiarChantel Ferreira AlvesMichelle M. AzevedoClarissa M. AzevedoElainna M. CoelhoAnne F. ColemanNicolaus A. ColemanCasey D. EicholtzMoises V. FagundesLexa Cori FreitasSydney Marie FultzManuel J. GarciaLysandra M. JorgeBeau A. LawrenceNelson M. MachadoAntoinette MachadoMacey N. MarcelinoJoseph G. MedeirosNicholas J. MelloNicole C. MelloJason MeloMichelle M. MoulesKristine A. NunesAlexa J. NunesMelanie N. OliveiraAshley N. RodriguesBriana C. Saldivar Maribel A.. SoaresMonica M. SoaresKataryna Verissimo

Foram também reconhecidos as seguintes pessoas:

EDUCADOR DO ANO

Frank M. Lima

ESTUDANDES DO ANO

Antoinette Fátima MachadoLisete M. Melo

EMPRESÁRIOS DO ANO NO RAMO DE AGRO-PECUÁRIA

Armelin e Madalena Fontes de SousaA & M De Sousa Dairy

Fundação Portuguesa de Educação do Centro da California

Florinda e John Nunes; Madalena e Armelin Sousa; Antoinette Machado, Lisete Melo, Frank Lima e Manuel Dutra

CIDADÃO DO ANO

Manuel P. Dutra

EMPRESÁRIOS DO ANO

John e Florinda NunesJ & F Fertilizer

Esq: Luis Oliveira, Presidente da FundaçãoDir: Nuno Mathias, Cônsul Geral de Portugal em San FranciscoEmbaixo: Bolseiros de 2012

Fotos de Fernando Rodrigues

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5COLABORAÇÃO

Recordando

A meu saudoso e ilustre conter-râneo, dr. José Oliveira San-Bento, filho de Manuel Xavier San-Bento e Maria de Oliveira,

nasceu na Ribeira Grande a 21 d’abril 1893 e faleceu em Ponta Delgada a 22 de janeiro 1975. Foi aluno do pro-fessor Laurindo de Melo Garcia, cuja escola de instrução primária funcionava na vizinha freguesia da Ribeirinha.

Esteve no Seminário d’Angra apenas por dois anos, após o que regressou a S. Mi-guel. Impossibilitado em matricular-se num estabelecimento de ensino secun-dário, enveredou pela vida militar aos 16 anos, mas conseguiu regalias p’ra estudar no Liceu. Entretanto, o Marquês de Jáco-me Correia convidou-o p’ra seu secretário particular, ao mesmo tempo facilitando-o a prosseguir nos seus estudos.Em 1922, contando 19 anos d’idade, San-Bento concluiu o Curso do Liceu e publi-cou o seu primeiro livro de poesia “Lua e Mar.” Agradecido, despediu-se do Mar-quês e passou a trabalhar como redator na imprensa regional. Em 1915 seguiu p’ró Continente, ingressando no Curso de Di-reito da Universidade de Lisboa. Em 1917, com a entrada de Portugal na Primeira Grande Guerra Mundial, San-Bento foi mobilizado juntamente com muitos dos seus companheiros da Universidade.Frequentou a Escola de Oficiais Milicia-nos, transitando seguidamente p’rá Escola da Guerra, onde ficou retido por dois anos. Afortunadamente, nunca recebeu guia de marcha p’rós campos de combate.

Foi a esse tempo que escreveu o soneto inscrito na lápide encimando o túmulo do Soldado Desconhecido no Mosteiro da Batalha:

Já não dormes aqui, ressuscitaste!És a Nova Bandeira; és o Troféu, As alturas do sol, erguido ao Céu, P’ra guiar a Raça que salvaste!

O sangue, puro e bom, que derramaste, Lavou a mancha negra do labéuDe medo e de traição, que se escondeu,Enquanto, heróico e forte, batalhaste!

Águias, descei, descei, andai de rastros...Iluminai-lhe o ataúde, ó astros, Vinde beijar-lhe humildes, a mortalha...

Que este é irmão daqueles que caíramNo chão de Aljubarrota e ressurgiram Na pedra rendilhada da Batalha.

Em outubro 1921, por conselho médico, San-Bento foi compelido a vir repousar nos Açores, mas em março do ano seguin-te estava de volta a Lisboa p’ró arranco fi-nal da sua formatura. Já advogado, regressou definitivamente a Ponta Delgada, exercendo a advocacia e ocupando, ao longo dos anos, posições de relevo tanto no meio político como no meio associativo.Exerceu funções de presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, vice-presi-dente e tesoureiro da Ordem dos Advoga-dos em Ponta Delgada, vogal da Comissão Executiva da Junta Geral do Distrito, presidente da Direcção dos Bombeiros Vo-

luntários de Ponta Delgada, do Clube Na-val de Ponta Delgada e da Associação de Futebol de Ponta Delgada, delegado pro-vincial da Mocidade Portuguesa, presi-dente da Assembleia Geral da Sociedade Terra Nostra, presidente da Cruz Verme-lha em Ponta Delgada, além de benemé-rito e dirigente de várias organizações de interesse social e público.

Como jornalista, a sua colabora-ção registou presença assídua e prolífica na imprensa açoriana. Como orador e conversador,

arrebatava quem o escutava e encantava quem com ele convivia. Ainda hoje recordo um memorável par de episódios pessoais. O primeiro, ocorrido aos 15 d’agosto 1954, relaciona-se com o vibrante discurso proferido por San-Bento na escadaria da Igreja dos Frades, anexa ao Hospital da Ribeira Grande, aquan-do da invasão da India Portuguesa pela União Indiana.

O segundo, igualmente até agora ines-quecível, ocorreu aos 22 de junho 1970 quando tive a oportunidade de visitar San-Bento na sua residência, onde fui acolhido com tamanha estima que, ao despedir-me, sentia-me deveras emocionado.Como poeta, San-Bento legou-nos uma obra que é tão vasta como variada, quer nos temas quer nos géneros, do lírico ao religioso, do épico ao dramático, do pa-triótico ao instrutivo, do humorístico ao regionalista.

A fechar, eis os títulos e datas de livros publicados:

Lua e Mar 1912, Cartas da Beira-Mar 1916, Ao Cair da Noite 1917, Poema do Atlântico 1918, Espirais de Fumo 1922, O Velho do Restelo 1927, O Clamor das Sombras 1933, Auto de Portugal Eterno 1940, Fulgor 1942, A Ilha em Prece 1946, Vulcão em Flor 1946, Riscos na Bru-ma 1953, Ilha de Glória 1960 e Asas de Luz 1970.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno San-Bento

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6 1 de Dezembro de 2012COLABORAÇÃO

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Doméstica, durante anos e anos, séculos afim, a mulher aço-riana deu a cara à luta

e o corpo ao manifesto. Foi pau para toda a obra.Não tive irmãs. Minha mãe, mi-nhas avós, minhas primas, mi-nhas tias, todas as minhas amigas que lá nasceram e por lá ficaram foram minhas heroínas. As que ainda lá vivem continuam meus ídolos. Não foi fácil conseguir o que conseguiram nem manter o que mantiveram. Sobretudo a dignidade de se afirmarem como mulheres de armas quando mais não lhes era dado do que trabalho e mais trabalho suado de manhã à noite, ao longo do ano inteiro, sem férias nem remuneração que se visse. Vi tantas lágrimas como pago exclusivo. E espantou-me sempre o seu enorme espírito de sacrifício, para não falar da sua estóica capacidade de sofrimento.Os tempos eram outros. Dese-nhavam-se ainda a preto e bran-co, sim ou sopas, dás ou levas. E não refilas.Coitadas! Levavam que se caga-vam e não piavam. Quem estava disposto a ouvi-las?Não era de certeza o medricas do senhor prior: ‘Tenham paciência, minhas filhas. O Senhor criou e aprecia a mulher subserviente ao homem.’‘Mesmo que ele seja um grandis-símo filho de puta?’Muitas foram as perguntas que ficaram sem resposta na era áu-rea dos rudes machões. Eram eles que mandavam, comandavam e demandavam a torto e a direito o que muito bem lhes dava na gana.Não é fácil imaginar o que às ve-zes passava pela cabeça, isto é, dava na gana a estes brutos mal-trapilhos. Julgavam-se intocá-veis. Ninguém ousava tocar-lhes sequer com a ponta de um dedo. Pior ainda, quando se tinham por imbatíveis, tornavam-se perigo-sos, demoníacos. Bater era com eles. Com as mãos, com os pés, com o cinto, à solta, o demónio

entrava-lhes no sangue pela ban-da do avesso e dava-lhes a volta ao miolo. Perdiam as estribeiras e quem pagavam eram as pobres mulheres.Coitadas! Apanhavam e não bu-favam. Quem se atrevia a defen-dê-las?O cagarolas do professor…?...Claro que não. Tinha sido ins-truido para ensinar a cumprir-se a lei do mais forte. O maniento do regedor…?...Pior ainda. Também era pago para calar a cacetada ge-mida às escondidas. Os caciques, os poderes, o sistema, a ignorân-cia e a miséria davam nisto. O sexo oficialmente mais fra-co esteve sempre em desvanta-gem. O abuso físico fazia parte da mentalidade retrógrada que o analfabetismo defendido pelo regime ajudava a perpetuar. Mu-lheres querem-se em casa, do-mésticas e domesticadas. Se não quiserem ao bem, que seja ao mal. Pobrezinhas, a história raramente pendeu para o seu lado. Pactuou quase sempre os danados reis da selva. Selvagens, estes animais enraivecidos, aos empurrões, à pancada, ao pontapé, à bruta, quase reduziram as suas indefe-sas presas à humilhante condição de escravas.Claro que, por alguns, não devem pagar todos. Não seria justo. O certo é que os factos, tal como os números, não mentem. O cri-minoso comportamento, muito raramente punido, afetou gera-ções. O drama não se apagou. A realidade ainda dói, e de que maneira.Vergonhosa, a violência do-méstica na nossa pacata região de berço, hoje em dia já sem as desculpas de outrora, é um deli-to escabroso que nos deixa bo-quiabertos. Às vezes, contados, certos casos incríveis, não nos deixam mesmo fechar a boca. Pasmados permanecemos ao relembrá-los.Aqui há anos, um conterrâneo meu, bom rapaz, franzino de cor-po, teve o azar de casar com uma rapariga fisicamente mais forte.

Dava-lhe tareia feia. Pobre rapaz, apanhava tantas que, às tantas, te-meu não escapar com vida à car-ga de porrada suportada a custo. Julgou que qualquer dia morria.

Entrou em pânico e não pensou duas vezes. Apavorado, decidiu matá-la. Certa noite, enquanto a mulher dormia, muniu-se de um martelo pesado e descarregou so-bre ela toda a fúria de que havia sido alvo. Subitamente enviuvado às três pancadas, com a ajuda do pai, tratou de enterrar o cadáver no quintal. Incapaz de escapar à desconfiança das autoridades,

não levou muito para ser detido. Teve mais sorte do que juízo. Com dó dele. por ter sido vítima de violência doméstica, a branda justiça local deu-lhe apenas sete

anos de cadeia. O caso deu brado mas a comoção ficou por ali. Os anos passaram. O “cara” cum-priu a sua pena e encontra-se há algum tempo a refazer a sua vida. Havendo alguma, a moral do caso resumir-se-ia provavelmente a ‘nem tanto nem tão pouco’.Pode parecer mentira mas é ver-dade. Custam-me a acreditar os dados noticiosos colocando re-

centemente os nossos pequeni-nos Açores no topo das regiões espancadas com o mais elevado índice de violência doméstica em todo o território nacional.

Saí de lá há muito tempo e con-fesso que já não conheço bem a presente realidade sociológica das nossas mimosas ilhas de bru-ma. Isso, porém, em nada dimi-nui a minha imensa apreensão partilhada aí por fora mais ou menos nestes termos: ‘Que aço-rianos são estes?’

Vergonhosa Violência

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

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Page 7: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

8 1 de Dezembro de 2012

Entrámos em De-zembro, com tempo suave, a arrefecer gradualmente nesta

Califórnia de mil e uma cores. Às vezes até parece ser Prima-vera, ao ver os vasos enormes cheios de flores de arroz, viole-tas africanas e com o vermelho rubro das poinsettias, a dar já o gosto a Natal, pelo menos para os lados de Santana Row, onde as ruas se enchem de transeun-tes e nos restaurantes instala-dos até aos passeios aconche-gados de fogareiros-chaminés que aquecem os que ficam e os que se passeiam no modo de vida que lhes é permitido.Sabe tão bem um copo de tinto à beira da noite, à beira do pas-seio, à beira dos que apreciam a vida a passar e dos que nem se apercebem que essa passa num ápice. É a vida que segue estrada fora, o seu percurso na-tural...E por falar de percursos, ti-vemos a presença dos nossos amigos das Sanjoaninas de Angra do Heroísmo, numa vi-sita sempre agradável de rece-ber. Embora esteja distante o mês da festa, tudo tem de ser preparado com a devida ante-cedência, até o abraço que se dá em pessoas amigas que há muito não víamos. Para mim foi o caso de Sandra Garcia Bessa, que há muitos anos fez parte de um côro infantil para uma canção minha, “O Mundo da Criança”. Demos um alegre mútuo e feliz abraço por este reecontro! Que bom é sempre ter quem se lembre de nós, apesar da distância e anos de ausência, aqueles com quem nos cruzávamos no dia-a-dia... Tiramos fotografias, que ficam nas memórias do FaceBook, nessa “gaveta” de espaço infin-do que abrimos de quando em vez e nunca mostram sinais de bolor, como quantas que já tan-tos de nós perdemos de grande estima e valor afectivos. Neste encontro, tivemos a presença do grupo de música popular “Gíria da Terra”, de São José

e ouvimos duas vozes jóvens e bonitas do Folclore da Ilha, Isa-bel Fagundes e David Reis, das Doze Ribeiras, acompanhados à viola da terra por George Reis e violâo por Manuel da Cunha-Mendes. Fez-se um serão de convívio entre visitantes e an-fitriões, saboreando a comida suculenta, trilhando caminhos repassados de saudades... Pri-meiro, em Gilroy, cidade-irmã de Angra; depois em São José, na sede da Banda Portuguesa. E depois outros e outros salões de portugueses que já estão a sonhar com as Sanjoaninas. Nem é necessário trazer-se um programa muito aprumado e já decidido! Os amantes da Festa estão sempre confiantes que será boa, alegre e divertida, sem que falte o “quinto toiro” em cada uma tourada.Será um “Mar de Emoções”!

Pelo menos o mote foi dado pelo presidente assembleia da Câmara Municipal de Angra

do Heroísmo, Ricardo Barros, pelo presidente das Sanjoani-nas Ricardo Matias, adjudica-dos pela relações públicas San-dra Garcia Bessa, e ainda por José Félix, Fernando Pavão e António Toledo.Como é de costume, na des-pedida, fica uma saudade por verter na taça da alegria, trans-formada em mar de emoções, onde todos darão um mergulho refrescante depois das mar-chas, do saltar da fogueira e da festa brava, menina dos nossos olhos... Espelhada no mar da nossa Ilha

Mar de Emoções

COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

O Hino Nacional Português é o PrimeiroEu prometi que não iria

falar mais sobre as ban-deiras, como são haste-adas, como devem ser

apresentadas, etc, e não vou falar mesmo.Estive na convenção da P.F.S.A., em Modesto, e não vou, publica-mente, falar sobre o que fizeram menos certo, embora muita gente me tivesse pedido para fazê-lo. Pelos vistos, muitas coisas muda-ram nos estatutos, mas eu, como membro de tal organização, es-creverei diretamente à mesma a dar a minha opinião de como certas cerimônias, e não só, de-veriam ser simplificadas ou alte-radas, para que as mesmas não se tornem maçadoras e desse modo, além de maior sucesso, pudessem atrair mais jovens.Devo dizer que foi um fim de semana bem passado. Vi pesso-as que já não via há uns anos, fiz novas amizades e durante certas conversas particulares houve até momentos bem divertidos.Uma das coisas que resolvi fa-lar - e, por favor, não o aceitem como critica destrutiva – é sobre a ementa do banquete. Digo isto porque, em minha opinião, já vi o mesmo erro cometido em muitas organizações e, portanto, é dirigi-do a todas elas e não só à P.F.S.A.Eu, por mim, quando vou a um banquete, não vou pela comida e sim pelos amigos ou para prestar homenagem a alguém. No entan-to, claro que faz diferença quando a comida me agrada! E podem-me servir “prime rib”, com o sangue a escorrer, que embora não seja vampiro, adoro esse corte de car-ne. Porém, a maioria esmagadora da nossa gente, Portuguesa claro, e já agora me perdoem o termo, de certa idade, não gosta de car-ne crua, nem de vegetais mal co-zidos. Portanto, talvez, seja mais interessante, penso eu, que ao

combinarem a ementa com o ho-tel ou restaurante, o façam de cer-ta maneira para que quem goste de carne bem passada, a tenha da forma que gosta ou a oportunida-de de escolher outro prato. Pode parecer complicado, não sei, mas é só uma sugestão para evitar que os empregados tenham de levar o prato novamente para a cozinha e voltar a metê-lo no fogão ou en-tão dar às pessoas caixinhas para levarem a carne para casa, a fim de que voltem a assá-la ou fazer com que os seus cães tenham uma refeição mais requintada.Depois da minha estadia em Mo-desto durante o fim de semana, ao chegar a casa e em conversa no facebook com um amigo, ele perguntou-me qual o hino que se deveria tocar primeiro nas nossas festas, se o Português ou o Ame-ricano. Eu, francamente, disse que não tinha a certeza, mas iria saber ao certo e lhe diria. Depois de pes-quisar em vários sites na internet, descobri uma mesma pergunta sobre o Hino Nacional Israelita e o Americano cantado em territó-rio Americano. Penso que a mes-ma regra se deve aplicar quando os hinos são tocados. Transcrevo em inglês para que não haja falsas interpretações:“Regarding the correct and stan-dard US protocol regarding the singing of the US national an-them where a "foreign" anthem is also sung, the following is the rule: "nothing follows the Star Spangled Banner", which means Hatikvah is sung FIRST. This rule however is reversed when the President ( of the US, not your shul!! ) is present, in which case the US national anthem is sung first.” “THERE IS ONLY ONE EXCEPTION TO THIS RULE: When a visiting artist or group (orchestra or chorus) from a fo-reign land PERFORMS the two

anthems, the anthem of the coun-try of the visiting artist or group is played last.”Tomando isto em consideração, por exemplo, se vier uma filarmó-nica dos Açores visitar a Califór-nia e se a mesma for dada a honra de tocar os dois hinos, o Ameri-cano e o Português, o hino Portu-guês é tocado por último.Já estou com os ouvidos a chiar com a próxima pergunta. E o hino do Espírito Santo? Quando é que se toca? Como não queria dar uma resposta errada, contatei o Depar-tamento do protocolo dos Estados Unidos, em Washington D.C.. De-pois de estar à espera da resposta por mais de uma hora, desligaram o telefone. Então resolvi contatar o “civic center” e a resposta foi que não sabiam a resposta nem a quem perguntar, mas que, talvez, fosse melhor chamar uma Igreja.Assim o fiz e, claro, atendeu-me uma secretária electrónica, Can-sado de marcar opções, desliguei e pensei chamar o Vaticano a ver se poderia perguntar ao Papa, po-rém, como lá já era tarde da noite, não o fiz. Continuei a procurar na internet e encontrei um site para fazer perguntas e a resposta que me enviaram foi a seguinte: Jose, the Portuguese Holy Ghost hymn would be played after the two anthems are performed. It could be played immediately after, or further down into the event if some time is needed for remarks. Thankyou for writing and best wishes, Deborah Hendrick.Portanto caros Senhores Mestres, ou Maestros, salvo as exceções acima referidas, vejam se daqui para o futuro acabem com essa confusão ao tocarem os hinos e mandem as vossas filarmónicas executarem primeiro o hino na-cional Português.

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Page 10: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

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Reflexos do Dia–a–Dia

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Nestes dias difíceis, nós ameri-canos, temos que escolher

o caminho da justiça social...o caminho da fé, o caminho

da esperança e o caminho do amor para com o próximo.

Franklin D. Roosevelt

Barack Obama ganhou as eleições. Os ameri-canos fizeram a sua es-colha , optando por Ba-

rack Obama ficar na Casa Branca mais quatro anos. Mais, escolhe-ram mais nove Democratas para o Congresso do que na legislatura anterior e aumentaram a maioria que o mesmo partido tinha no Senado. É mais do que óbvio, o cidadão americano, escolheu o caminho do progresso, a visão liberal e rejeitou o conservado-rismo e a política obstrucionista que o Partido Republicano tem executado nos últimos quatro anos. E mais uma vez, os jovens, as mulheres e os grupos étnicos minoritários, particularmente os afro-americanos e os hispâni-cos, votaram, maioritariamente, no Partido Democrático. Mas as eleições já passaram. Quatro se-manas, no calendário político do pós-modernismo, é quase uma eternidade. Daí que ilações é que podemos tirar deste último ato eleitoral. Primeiro, há que dizer-se que no dia 6 de Novembro o Presidente Obama não só ganhou reeleição, como a sua vitória, significou, o triunfo de um Nova América, a América do século XXI: mul-

tirracial, multiétnica, mais cons-ciente do mundo que a rodeia, mais global e acima de tudo, pre-parada para ultrapassar vários séculos de tradições raciais, se-xuais, conjugais e religiosas. Barack Obama, o filho de um casal multirracial, nascido no Havai, com ligações a Kansas, Indonésia, Los Angeles, Quénia, Nova Iorque e Chicago, foi reelei-to em grande parte porque não só representa, como soube dialogar, com esta Nova América, tal como o soube o Partido Democrático. Soube conquistar uma coligação que incluiu uma grande percen-tagem dos trabalhadores fabris (45% dos trabalhadores anglo-saxónicos de Ohio); mais de 70% dos votos dos hispânicos (incluin-do pela primeira vez, desde John Kennedy, a maioria do voto dos cubano-americanos da Florida); 96% do voto dos afro-americanos e maiorias substanciais do voto de vários outros grupos étnicos, in-cluindo os asiático-americanos. A campanha de Barack Obama soube trabalhar, e conquistar, não só em termos raciais e étni-cos, mas também em termos de estilo de vida. Alguns analistas questionaram, e vários elementos do Partido Republicano, incluin-do o antigo cérebro dos conser-vadores, Karl Rove (o grande perdedor destas eleições) satiri-zaram a campanha de Obama por estar focar em elementos demo-gráficos específicos dentro da so-ciedade americana, incluindo os gays. Enganaram-se com o seu epigrama porque a mensagem

que a campanha do Presidente transmitiu foi uma mensagem sobre o futuro e não a do passa-do que os Republicanos insistem em expedir. Aliás, a campanha de Barack Obama não fez mais do que ler, com atenção, os nú-meros do recenseamento de 2010, os quais indicam, claramente, que na primeira década do novo milénio a população de asiáti-co-americanos cresceu 43,3%, a de afro-americanos 12,3%, a de latino-americanos 43% e da anglo-americanos apenas 5,7%. Há dados que são significativos e que apesar dos Republicanos gas-tarem milhões dos seus amigos super-ricos não são omitidos da realidade americana, desta Nova América que os conservadores gostariam de ver apagada. O Presidente Barack Obama foi reeleito com o apoio desta Nova América, como se disse, mas também porque falou a lin-guagem da Nova América onde assuntos tão pertinentes como: a reforma do sistema da saúde publica; medidas para regirem o Wall Street e o mundo da alta finança; reformulação das leis da emigração abrindo caminho para cerca de 14 milhões de clandesti-nos e suas famílias; a decisão que as mulheres devem ter sobre os seus próprios corpos, incluindo o uso medidas preventivas para a gravidez e a oportunidade de ganharem o mesmo salário pelo mesmo trabalho; o direito que os cidadãos devem ter de casarem por civil com quem quiserem, in-cluindo pessoas do mesmo sexo,

são alguns, entre uma miríade de conteúdos relevantes para os jovens e a maioria da Nova Amé-rica. Mais, esta eleição mostrou-nos ainda, que esta Nova América, já não acredita nos papões do passado. Na Nova América é possível ganhar-se reeleição sem começar uma nova guerra. Me-lhor, é possível ganhar-se reelei-ção acabando com as guerras e acabando com a exacerbada arro-gância de que os Estados Unidos são o mundo. Na Nova América, multirracial, multiétnica e mul-ticultural é possível ganhar-se eleições sem denegrir no resto do mundo. É possível ganhar-se eleições acreditando que somos um paceiro importante na cons-trução de um mundo mais justo, mais pacifico, mais progressista. Daí que a vitória de Barack Oba-ma, foi mais do que uma vitória política, foi uma vitória para a verdadeira união americana, ou seja: nesta sociedade estamos to-dos juntos, somos um único povo, independentemente de onde vie-ram os nosso antepassados, de quem somos e de como vivemos as nossas vidas.Esta eleição também mostrou-nos, ainda mais uma vez, que os americanos, e particularmente os novos americanos, que são de to-das as cores; de todos os credos religiosos, e alguns sem religião; de todos os estilos de vida; de todos os estados sociais e econó-micos, acreditam no poder dos governos e que embora não de-positem toda a sua esperança no

governo, acreditam, justamente, que os governos, nacionais, es-taduais e locais, são parceiros importantes na construção de uma sociedade. Esta foi ainda uma vitória que mais uma vez mostrou aos Republicanos que a sua hipocrisia de que a industria privada resolve todos os proble-mas e que os governos podem ser arrumados na prateleira do esquecimento, não funciona. E digo hipocrisia porque quando estão no poder, como aconteceu com George W. Bush, aumentam os custos governamentais. Foi, uma eleição que mostrou-nos que os americanos querem um governo eficaz e programas governamentais que ajudem aos mais carenciados da sociedade. Foi uma vitória para os concei-tos da verdadeira liberdade, da justiça social e da paz. Foi ainda uma rejeição das propostas que tirariam à classe média para dar aos mais endinheirados do país ou àqueles que apesar de não terem esses montantes, pensam que já o têm, aos novos ricos, ou pior ainda, aos pseudo-ricos, porque são estes que têm dado al-gumas vitórias aos conservado-res. O conceito de se querer ser rico a todo o custo é repugnante. A Nova América falou e decidiu que queria construir uma socie-dade mais equitativa e todos, mas mesmo todos, dentro e fora des-te grande país, ganharemos com esta decisão.

Uma VITÓRIA para a Nova America

Page 11: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

11COLABORAÇÃO

Será que a produção do leite vai descer?

“RABOBANK” prevê uma descida global na produção do leite.

Pontos chave: 1. A produção de leite está descendo, não só nos Estados Unidos. 2. A

recente subida dos preços deve-se à descida na produção. 3. Os preços nos Estados Unidos devem continuar recuperando.

“Rabobank” publicou um novo relatório olhando a industria de lacticínios global no terceiro tri-mestre de 2012, examinando a oferta e procura, e os níveis de preços nos mercados chave por todo o mundo.Neste relatório da autoria de “Food & Agribusiness Reasearch and Advisory Group”, “Rabo-bank” diz que o mercado global parece caminhar para um período de renovada falta de leite para o próximo ano, dando mais sentido ao slogan “Got Milk”. Este aperto nos mercados virá largamente do lado da produção devido aos bai-xos preços do leite, num passado recente, altos preços das rações e forragens e desfavoráveis condi-ções climatéricas, esperando-se que diminuirá o crescimente na produção nas maiores regiões ex-portadoras.A previsão de “Rabobank” é de que estas regiões exportadoras, EU, U.S., Australia, Nova Zelan-dia, Brasil, Argentina e Uruguai, terão a sua primeira descida no crescimento dos ultimos quatro anos. (Reparemos, e só no cres-cimento).No lado da demanda, “Rabo-bank” diz que as expectativas de melhoramentos na posição eco-nómica dos consumidores deverá aumentar a demanda dos produtos do leite, mas a história pode ser diferente nos países do Ocidente com o desemprego e a redução nos salários. O melhor sinal para

os produtores do leite tem sido os recentes aumentos nos mercados mundiais devido à demanda que se espera continue a aumentar. Este Banco prevê que as econo-mias da China, Southwest Asia, Middle Eastern e Países do Nor-te de Africa, que embora a passo mais lento, continarão a subir, e as suas populações vão aper-feiçoando o seu estilo de vida enquanto as suas classes médias vão aumentado.Com um mínimo excesso de in-ventário, e com um aumento na demanda destes produtos, os mer-cados podem mudar num abrir e fechar de olhos. Oferta e procura é sempre o nome do jogo, quan-do a demanda excede a oferta, os preços sobem.

Está previsto que o cres-cimento na produção vai diminuir nos pró-ximos 12 meses para

os níveis do passado, quando os produtores respondem ao preços baixos pelo leite, altos preços das rações e problemas atmosféricos em algumas regiões. Mesmo con-tando com apenas uma pequena fracção no crecimento do consu-mo nos Estados Unidos e União Europeia, isso reduzirá o volume de produtos em armazém para ex-portar de algumas regiões chave.Contando em que há uma firme subida nas exportações, os preços terão que subir substancialmente para balançar os mercados inter-nacionais e atingir os mais altos preços na Oceania, (Australia, New Zeland), no primeiro tri-mestre de 2013.Os preços nos Estados Unidos e União Europeia, não subirão ao ritmo do resto dos mercados, porque os seus preços estão já neste momento mais altos.

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Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

ForeclosureShort SaleMortgage Tax ReliefAcaba em 12/2012

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Page 12: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

12 1 de Dezembro de 2012COLABORAÇÃO

Sabor Tropical

Elen de [email protected]

Gosto de pesquisar so-bre a contribuição que os portugueses nos deram com sua língua

melodiosa, sua culinária, inclusi-ve a bela cor dourada dos mulatos que, como diz o poeta, é criação dos nossos colonizadores. Escre-vi algumas vezes sobre o exce-lente legado da cultura portugue-sa, entretanto, como o assunto do momento é a corrupção, interes-sei-me em saber em que época essa prática foi mais explícita e intensa. Segundo alguns histo-riadores, a primeira vez que dela se falou foi com a informação do nosso descobrimento. Bom fri-sar: nem todo português que veio para a colônia e que aqui traba-lhou e enriqueceu a exercia; que a corrupção, por ser uma “doença inerente ao ser humano de caráter duvidoso”, é praticada em quase todos os países. O louvor vai para quem a investiga e pune.

São tipos mais comuns de cor-rupção o tráfico de influência, a extorsão, o suborno (propina) e o nepotismo (nomear parentes). Muitos políticos não se acanham de, publicamente, explicar a no-meação de familiares por dese-jarem pessoas de “confiança” trabalhando em seus gabinetes, em detrimento de gente melhor preparada e muitas vezes mais competente, para o cargo.

O primeiro ato de nepotismo que se tem notícia em terras brasilei-ras (dizem alguns, embora outros não concordem), foi feito por Pero Vaz de Caminha, num pós-escri-to de sua carta ao Rei de Portugal narrando a descoberta do Brasil.

Ele pedia a volta do seu genro que vivia em degredo na África: "E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem ser-vida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro, o que Dela receberei em muita mercê.Beijo as mãos de Vossa Alteza". (Deste Porto Se-guro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500).

Na época da colonização os casos mais comuns de corrupção eram ligados aos funcionários públi-cos encarregados de fiscalizar o contrabando e outras infrações contra a coroa portuguesa. Ao invés de fazerem o trabalho para o qual eram contratados, acaba-vam praticando comércio ilegal do pau-brasil, tabaco, ouro, dia-mante, etc. Esses produtos, que só poderiam ser comercializados com especial autorização do rei, iam parar nas mãos dos contra-bandistas e Portugal se esquivava em resolver o problema, porque estava mais interessado em man-ter os rendimentos da camada aristocrática.

E a corrupção não deixou de existir com a chegada da família Real Portuguesa. Pelo contrá-rio, ao partir de Portugal rumo ao Brasil, D. João VI trouxe em sua comitiva entre 10 e 15 mil pessoas da corte, que passaram a viver à custa do dinheiro público. Muitos conselheiros do Príncipe Regente enriqueceram cobrando

propinas dos ricos fazendeiros, confiscando suas casas, etc. e mais tarde, durante o Império, mesmo Dom Pedro I sendo mais estadista do que o seu pai, tinha entre seus amigos pessoas pouco recomendáveis nomeadas para cargos importantes, que manda-vam e desmandavam. Já Dom Pedro II, homem culto, aprecia-dor das artes e ciências, mecenas,

poliglota, porém sem nenhuma aptidão para governar, fazia vis-tas grossas para os desmandos no seu governo.Com a República, pouco ou nada mudou, a não ser o impeachment de Fernando Collor de Mello. Cada Presidente que assumia o poder chegava com a promessa de combater a corrupção e inves-tigar seu antecessor. E foi com a promessa que Luis Inácio Lula da Silva chegou à Presidência. A era Lula (2003-2010) foi marcada por

avanços na economia, por me-lhorias sociais, mas também por grandes escândalos políticos. E o maior e mais famoso foi o do “Mensalão”, cujos participan-tes atualmente são julgados pelo Supremo tribunal Federal, por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em 2005, decidiu o Deputado Federal e Presidente do PTB, Ro-

berto Jefferson, ao ser acusado de participar do esquema de pro-pinas dos Correios, denunciar a existência de outro esquema que segundo ele, deputados de alguns partidos, inclusive do seu, rece-biam dinheiro por mês para vota-rem projetos de interesse do go-verno Lula. Jefferson foi cassado e seguiu afirmando a existência do suborno pago aos deputados, que recebeu o nome de “Men-salão”. Ele próprio afirmava ter recebido quatro milhões do PT

(partido do governo). Inocentou o Presidente Lula, que se reelegeu em 2006, embora haja comentá-rios de que o Presidente sabia do que se passava nos bastidores do seu governo. Em 2007, o STF (Supremo Tri-bunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da Repú-blica e abriu processo contra os 40 envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus estão José Dirceu, a cúpula do PT da-quela época e até um (ex) Bispo da igreja Universal, entre outros, os quais respondem por crime de corrupção passiva e ativa, forma-ção de quadrilha, lavagem de di-nheiro, etc. José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, (na foto) homem forte do governo Lula, considerado o che-fe da quadrilha do Mensalão, foi condenado a 10 anos e 10 meses de cadeia em regime fechado e a pagar multa superior a R$ 600 mil. Todos os passaportes foram recolhidos. Agora é esperar que nenhuma manobra seja feita para impedir que se cumpra a Lei.

O Mensalão e seus 40 ladrões

Eduardo GomesEduardo Gomes, foi galardoado com o pré-mio Administrator of the Year for Fres-no County. A mãe do Eduardo - Ricardina Gomes - é do Porto Judeu da Terceira. O pai do Eduardo é do Continente - José Go-mes. Os pais viveram em Hilmar muitos anos e agora moram em Hanford. O José Gomes é conhecido por cantar bem e tam-bém por fazer o programa de TV "Nossa Fé Nossa Vida" no Canal 49 juntamente com a Ricardina e outros.

O Eduardo Gomes nasceu no Rio de Janei-ro, onde os pais, emigrantes no Brasil, mo-raram muitos anos. O Eduardo veio em criança para a América e foi criado em Hil-mar. Agora mora em Fresno.

Tribuna Portuguesa sauda e felicita toda a família Gomes.

Page 13: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

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Braga 0 Porto 2

O FC Porto recuperou a liderança da Liga por-tuguesa ao vencer fora o SC Braga, por 2-0, graças a golos aponta-dos nos instantes finais. O SL Benfica tinha-se isolado no topo após o triunfo de sábado sobre o SC Olhanense e pare-cia manter-se sozinho na frente da classificação, isto apesar do início de jogo fulgurante do Por-to, período durante o qual Nicolás Otamendi rematou ao poste logo aos dois minutos, de cabeça, na sequência de um canto de James Ro-dríguez.Mas quando o nulo se

afigurava como o re-sultado mais provável, James bateu Beto num remate forte com o pé esquerdo que fez a bola desviar em Douglão e bater na trave antes de entrar na baliza do Bra-ga. O sétimo golo do extremo da Colômbia na prova desmoralizou a equipa de José Peseiro e, nos descontos, Jack-son Martínez cimentou o estatuto de líder dos goleadores, com nove remates certeiros, ao aproveitar um passe er-rado da defesa adversá-ria.O resultado entre duas equipas que se voltam a

defrontar na sexta-feira, no mesmo local, em par-tida dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, deixou o Porto com os mesmos 26 pontos e um golo de vantagem na luta renhida com o Benfica pela posição cimeira. Quanto ao Braga, ficou a nove pontos da dupla e foi apanhado pelo sur-preendente Rio Ave FC no terceiro lugar.

De resto, em Setúbal, João Tomás chegou aos 101 golos no campeo-nato ao assinar três no triunfo de 5-3 do Rio Ave no terreno do Vitó-ria FC. Só que o ponta-

de-lança de 37 anos não foi único em destaque nesta partida, uma vez que o seu companhei-ro de equipa Yonathan Del Valle bisou e Albert Meyong assinou os três remates certeiros do conjunto da cidade do Sado.Na Madeira, Mateus entrou ao intervalo para marcar o golo da primeira vitória do CD Nacional em casa, 1-0 diante do GD Estoril-Praia, enquanto Edinho, a quatro minutos do fim, resgatou um ponto à A. Académica de Coimbra no empate 2-2 em casa ante o Gil Vicente FC.A ronda prossegue na segunda-feira com a deslocação do Sporting Clube de Portugal ao re-duto do Moreirense FC e encerra no dia seguin-te com a recepção do FC Paços de Ferreira ao CS Marítimo.

in uefa.com

O SL Benfica continua sem per-der e isolou-se provisoriamente na liderança da Liga portuguesa ao bater em casa o SC Olhanen-se, por 2-0, na décima jornada.

A sexta vitória seguida dos "en-carnados" no campeonato, e sé-tima em todas as competições, começou a desenhar aos 26 mi-nutos, quanto Óscar Cardozo fez o seu sétimo golo ao converter uma grande penalidade a cas-tigar falta de Vasco Fernandes sobre Maxi Pereira na grande área.

Luisão, capitão do Benfica, assi-nalou o regresso aos jogos inter-nos com a marcação do segundo tento, ao dar o melhor seguimen-to de cabeça, aos 72 minutos, a um canto de Enzo Peréz e fixou o resultado, naquele que cons-

tituiu também o 100º jogo do treinador Jorge Jesus na prova ao comando da equipa e o 50º em casa. O Benfica soma agora 26 pontos, mais três do que o FC

Porto antes da viagem do cam-peão ao terreno do SC Braga, no domingo.

A ronda começou na noite de sexta-feira, num encontro em que um golo de Amido Baldé no quinto minuto dos descontos, o 200º da presente edição da pro-va, permitiu ao Vitória SC sair de Aveiro com um empate 2-2 frente ao SC Beira-Mar, ainda na cauda da classificação.

in uefa

Benfica 2 Olhanense 0

Page 14: The Portuguese Tribune - December 1st 2012

14 1 de Dezembro de 2012 TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Não me foi possí-vel participar, na Festa do 50º Aniver-seario da Peña Tau-rina Sol y Sombra de San Francisco. Foi pena, porque aquele clube merece o nos-so respeito e a nossa admiração. Parabéns a todos.Quando este jornal sair o nosso amigo e colaborador desta página taurina, Joaquim Avila, estará a gozar a Terceira Grande Corrida de Toiros da Feira do "Senhor dos Milagres", na Praça de Acho no Perú, com toiros de San Sebastian de Las Palmas (Colombia) para Da-vid Fandila "El Fandi", Miguel Angel Perera e Alejando Televante, todos de Espanha. Na nossa próxima edição teremos mais notícias desta grande corrida.

Faleceu um jovem Ganadero da TerceiraFaleceu subitamente no passado sábado, quando cuidava do seu gado bravo, o jovem e dedicado ganadero Francisco Gabriel Vieira Ou-rique, o Gabriel Ou-rique, como era bem mais conhecido da aficion. Contava 47 anos de idade e dei-

xou de luto a viúva, D. Sãozinha Quadros Ourique, e 3 filhos (uma menina de 10 anos de idade e 2 rapazes de 13 e 18 anos).A sua grande predilecção pelos toiros levou-o a lidar com estes animais desde tenra idade e, aos 18 anos, ini-ciou a actividade de pastor da corda, até que alguns anos depois (1994) conseguiu juntar esta missão à de gana-deiro (hoje com perto de 100 cabeças de gado bravo, algum do qual de leite), como corolário do sonho que sempre acalentou, apesar do caminho algo pedregoso encontrado, mas sem jamais desfalecer – é o que, cheio de fé e fortes convicções nos deu a entender Gabriel Ou-rique aquando das 2 entrevistas que concedeu a Diário Insular nas edições de 31/01/2007 e 25/01/2011, esta na inauguração do seu moderno e funcional tentadero.Apesar de profissional há anos do Matadouro Municipal, Gabriel Ourique dedicou todos os seus tempos livres de alma e coração à ganadaria, uma das suas grandes pai-xões, acabando por morrer no mato a cuidar dos seus animais. Enfim, um sonho desfeito em segundos…A recente remodelação do seu tentadero e demais estru-turas anexas, bem como o excelente modo como tratava os seus toiros e os apresentava nos arraiais (ganhou vá-rios prémios por isso), são uma demonstração evidente de que, em poucos anos, teria a sua ganadaria a ombrear com as maiores da Ilha; sem esquecer a dedicada e en-tusiástica colaboração do filho de 18 anos e o incondi-cional apoio da esposa.Morre assim um lutador dos “sete ofícios”, um bom che-fe de família, um amigo dos amigos, um Homem em todo o sentido da palavra.A presença em massa da enorme aficion taurina no seu funeral é o testemunho evidente do que afirmamos. É assim a nossa aficion: presente nas boas e más horas!!!Fica assim a tauromaquia terceirense bastante mais po-bre com este repentino desaparecimento do número dos vivos. À desolada viúva, aos 3 filhos, ao pai e aos seus 2 irmãos, a expressão sincera do nosso profundo pesar.Que descanses em paz amigo! J.H. Pimpão in di

50 Anos da Peňa Taurina Sol y Sombra

Peña Taurina Sol y Sombra cele-brated this past October 21 its 50th Anniversary of existence with a gala dinner. The event took place at the oldest prestigious Athletic Club of the United States, the Olym-pic Club, founded in 1860, the same place were the U.S. Open was cele-brated in May this year.

At the Vista Room which has a view of the 18th hole, a tribute was given to the pioneer families that lobbied in California’s Assembly and Sena-te to establish La Fiesta Brava as a cultural patrimony in the U.S.A. through bloodless bullfights. These

families were Frank Borba, Manuel Sousa, Manuel Correia, who built bullrings and raised bullfighting li-vestocks in their ranches.In attendance were the son of Ga-nadero Frank Borba, Matador Den-nis Borba, who took his alternativa in Mazatlán, Mexico on March 27, 1986 and is currently Ganadero of Rancho Bravo, Caroline Sousa, wi-dow of Manuel Sousa, Manuel Sou-sa Jr. who is currently in charge of the ganadería, his sisters Maxine Sousa and Lilianna Sousa.

Through its President, Rosalvina Prebil, Peña Taurina Sol y Sombra

gave the honorees lithographs by American Matador and Artist John Fulton.The Correia Family was absent be-cause the Ganadera just got out of the hospital and requires care. From other North American Taurine Cities came the Great Aficionada Lydia Ackerman from New York who presented “Enhorabuenas” from the New York Clubs (Club Taurino of New York and New York City Club), and the Aficionada Actress Dolores Merino who presented a Certificate of Congratulations from Los Aficio-nados de los Angeles.

R.P.

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15 COLABORAÇÃO

Sucessora direta do Curso Superior de Letras, de1878, a Faculdade de Letras de Lisboa foi criada em 1911,

parte do enérgico programa de re-modelação do ensino universitário lançado pela República. Do Curso Superior de Letras herdou também a instalação em parte do edifício do velho Convento de Jesus.Para a Faculdade entrava-se des-cendo uns degraus que iam dar a um longo claustro. Por aí profes-sores e alunos pisavam irreveren-temente sepulturas de olvidados freires. À esquerda parte de outro claustro havia sido convertida em sala de aula. Dada a sua estreite-za só comportava duas carteiras de cada lado, com passagem ao meio. Devido a esta configuração os alunos chamavam-lhe o “carro elétrico”. No verão de 1944, terminado o 7º ano do liceu, fiz o meu exame de admissão à Faculdade de Letras para o pomposo título de Filolo-gia Germânica, isto é especializa-ção em Inglês e Alemão. O exame constava de três provas. Português, Inglês e Alemão, e com grande alívio consegui também passar na terceira.Começaram logo aí os meus de-sencontros com o sistema uni-versitário. No liceu, do quarto ao sexto ano, podíamos escolher entre Inglês e Alemão. Como quase a to-talidade dos meus colegas, escolhi

a primeira língua e tinha agora de provar a minha sabedoria de outra que nunca me tinham ensinado ofi-cialmente. A solução foi uma ex-plicadora, que me fazia memorizar assustadoras listas de germânicos vocábulos.Depois, chegou outu-bro. As aulas deviam começar logo a seguir ao feriado mas esperámos duas semanas até que o primeiro mestre se dignasse aparecer. E para minha estupefação, o ritual repe-tiu-se pelos três anos seguintes.No primeiro ano tive aulas de Gre-go, dadas por dois austeros sacer-dotes. Grego para quê, perguntava-me. Não aprendi nada nessas aulas mas de novo ocorreu uma aprova-ção. Não recordo que nota tirei mas decerto foi um generoso 10. Outra cadeira foi Psicologia Geral, com o diretor da Faculdade, o temido Professor Matos Romão. Não me esquece a sua bizarra visão dentro da aula, embrulhado numa velha gabardina e de cachecol. Um dia deliciei-me com uma inscrição gravada numa das nossas decrépi-tas carteiras, que rezava “Casou-se um sapato velho / com uma caixa de sabão / e desse auspicioso enla-ce / nasceu o Matos Romão”.Uma aula do primeiro ano foi mais amena. O professor de Filosofia Moderna e Contemporânea era Vieira de Almeida. Baixinho, im-pecavelmente vestido, entrava na aula, punha o chapéu à banqueiro e as luvas em cima da mesa e falava.

Já não sei de que falava mas, im-penitente monárquico, não perdia ocasião de alguma alfinetada ao Governo. Um dia disse-nos que a frase mais significativa do hino da Mocidade Portuguesa era aquilo de “levados, levados sim”.O curso era obrigatório para as secções de Germânicas e de His-tórico-Filosóficas. Verificámos depois que não importava muito o que houvéssemos escrito no exame final. Vieira de Almeida atribuia sempre um 11 a nós, os de Germâ-nicas, e um 13 aos de Histórico-Filosóficas.Gostei muito da aula de Inglês Prá-tico, com um leitor, o simpatiquís-simo Mr. Lloyd, de longa residên-cia em Portugal. Aí tinhamos de participar ativamente e Mr. Lloyd fazia-nos ler livros em inglês, à nossa escolha. Era compreensivo com as nossas dificuldades lin-guísticas pois ele também as tinha com o português. Levou por exem-plo muito tempo em descobrir que a praça de touros de Lisboa não se localizava no “Cão Pequeno” e que “cença” significava “com licença”.A aula de Literatura Inglesa, sobre o teatro medieval inglês, revelou-se extremamente informativa. Olivei-ra Cabral foi o meu professor favo-rito e anos mais tarde demonstrou uma admirável verticalidade pro-fissional. Muitas outras cadeiras se seguiram, quase todas sem his-tória, mal estruturadas e versando algum obscuro tema que nessa al-tura interessava o professor. Recordo todavia, muito vivamen-

te, as de Vitorino Nemésio.Embora maravilhosamente erudito, dava a impressão de entrar na aula sem a mínima ideia do que iria falar. Ca-minhava calado até à janela, vol-tava atrás e então começava. Um dia referiu que tinha trabalhado em sua casa um estucador minhoto e isso levou-o a uma exposição de cinquenta minutos sobre falares nortenhos. Era extraordinariamen-te distraído. Certa vez, depois da aula, o meu colega Rafael Valadão, também terceirense, fez-lhe uma pergunta. Respondeu que tinha pressa e que ia tomar um táxi mas sugeriu que Rafael fosse com ele e que responderia durante a viagem, o que aconteceu.Chegados ao destino, saiu pela esquerda e Rafael deu a volta ao carro por trás. Ao vê-lo no passeio, Nemésio exclamou surpreendido: “Olá, você por aqui?”Passaram tempos e pronto nos encontrámos no quarto ano, com direito às fitas azuis de finalistas pendentes das pastas. Era a altura de pensar no tema da tese de licen-ciatura. Eu por esses dias andava embrenhado na novelística mo-derna e as obras de John Steinbeck tinham-me fascinado.Perguntei então ao Professor Oli-veira Cabral se ele podia ser o meu orientador de tese. Ele franziu o nariz. Naquela época de feroz sala-zarismo era tabu abordar temas so-ciais e além disso, segundo creio, nunca ninguém tinha optado pela literatura norte-americana. Apon-tou-me os riscos que corria mas eu

insisti e ele aceitou.Escrevi pois a tese, absolutamente limpa de agressivos esquerdismos, e dias antes do exame Oliveira Ca-bral, num gesto de incomparável isenção para o tempo, telefonou para minha casa. Sóbrio nas suas palavras, infor-mou-me de que a discussão da tese não estaria a cargo dele mas do Professor Monteiro Grilo (o poeta Tomás Kim), que no ano seguinte faria parte do corpo docente da Fa-culdade.Disse-me depois que o diretor Ma-tos Romão, indignado por eu não me levantar dos bancos do claustro à sua passagem, havia exigido ao júri que me desse a nota mais baixa possível.Chegou o dia do exame e Montei-ro Grilo, compreensivelmente, fez a única coisa que poderia ter feito. “Estendeu-me”, como se dizia no calão escolar da época. Era óbvio, que na sua primeira atuação na Faculdade, não iria antagonizar o chefe. Perguntou-me apenas que papel representava Johnny Ap-pleseed em The Grapes of Wrath. Eu nunca tinha ouvido falar des-sa quase mítica personagem que andava pelos campos espalhando sementes de maçã para criar poma-res. Ainda hoje não consegui ain-da ver que relação teria isso com a obra de Steinbeck. Enfim, fui para o exame com média de 14 e vim de lá com um mísero 10, pelos vistos mais disciplinar do que académico. E adeus, Faculdade.

Minha Língua Minha Pátria

Eduardo Mayone [email protected]

Faculdade de Letras de Lisboa, 1944-1949

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16 1 de Dezembro de 2012CONVENÇÃO

II Convenção da PFSA

As bonitas "regalias" da Portuguese Fraternal Society of America

A nova Presidente dos 20/30, Amanda Sargent, recebendo a regalia da sua função

Realizou-se nos dias 9, 10 e 11 em Modesto a II Convenção da Portuguese Fraternal Society of America. Durante dois anos Richard Castro, Mary Pedrozo e Ashley da Silva levaram a bom termo esta nova organização composta de quatro fraternais que se reuni-ram para formar uma nova e maior, atendendo aos novos ventos da economia.Foram eleitos para os próximos dois anos, Duarte Teixeira, Presidente Supremo, Aman-da Sargent, Presidente dos 20/30 e Sãozinha Lourenço, Presidente da Juventude. Está dado mais um passo nesta grande organização de 43 mil membros. Duarte Teixeira com as filhas e neta. A seu lado Amanda Sargent e Sãozinha Lourenço

Tomada de Posse dos novos responsáveis da PFSA - Sãozina Lourenço, Presidente da Juventude, Amanda Sar-get, Presidente dos 20/30 e Duarte Teixeira, Supremo Presidente da PFSA

Duarte Teixeira, Amanda Sargent, Sãozinha Lourenço, Richard Castro, Mary Pedrozo Sylvester e Ashley da Silva. Embaixo: Duarte Teixeira entrega a Richard Castro a regalia de Past Supreme President

Duarte Teixeira e Richard CastroEmbaixo: Manuel Sousa, Pastor da Igreja de N.Sa. da Assunção na Missa da Convenção

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17 CONVENÇÃO

Duarte Teixeira com as filhas e neta. A seu lado Amanda Sargent e Sãozinha Lourenço

Tomada de Posse dos novos responsáveis da PFSA - Sãozina Lourenço, Presidente da Juventude, Amanda Sar-get, Presidente dos 20/30 e Duarte Teixeira, Supremo Presidente da PFSA

Duarte Teixeira e Richard CastroEmbaixo: Manuel Sousa, Pastor da Igreja de N.Sa. da Assunção na Missa da Convenção

Duarte Teixeira, Amanda Sargent, Sãozinha Lourenço, Ricahrd Castro, Mary Pedrozo Sylvester, Ashley da Silva

Arcata e Turlock muito bem representados no banquete

O bonito e bem desenhado "banner" da PFSA Duarte Teixeira trazendo a Coroa do Espírito Santo para o Altar antes do começo da missa

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18 1 de Dezembro de 2012CONVENÇÃO

A Rainha da Convenção é Hannah Rosa Diniz

Sherri Rasberry, Richard Castro e Nuno Mathias

Board of Trustees. Embaixo: Joann e Joe Câmara

Laverne e Maria Cabral sempre presentes

Carla, Lidia, Doralice e Addie da Silva - a rectaguarda sempre activa

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19 CONVENÇÃO

Metade da Mesa de Honra quando se cantavam os Hinos Nacionais

Duarte Teixeira, José do Couto Rodrigues e Mary Medeiros

Delminda Rodrigues, Maria de Fátima e Duarte Teixeira, José Rodrigues e Mary Medeiros

No ultimo dia da Convenção e depois do almoço teve lugar a entrega do PFSA Portuguese Community Award a José do Couto Rodrigues for Outstan-ding Achievement to Promo-te & Enhance the Prestige of the Portuguese Culture & Traditions in California.Atendendo à enorme comunida-de que temos e sabendo que as Convenções da PFSA só se rea-lizam de dois em dois anos, seria interessante se houvessem mais galardoados no futuro.

Among his many Community ac-tivities, José Rodrigues was:- Founding member of Portugue-

se American Political Action- Founding member and Chair of Cabrilho Savings Bank- President of the IDES Council in San Rafael- Chair of the Board of Portugue-se Athletic Club, San Jose- Member of the Board of Ameri-corps, San Jose, 1997- Secretary of the Board of Giar-reto Institute, San Jose- Founder member and President of Portuguese Heritage Publi-cations of California from 2002 until 2011.- Currently he is Secretary of the Board of CASE, Catholic Asso-ciation for Seminary Education.

Aspecto parcial do Salão do DoubleTree Hotel de Modesto onde se realizaram todas as actividades da Convenção

Maria de Fátima e Duarte Teixeira, José Rodrigues e Tim Borges, Richard Castro

As Convenções acabam na generalidade com baile e a Grande Marcha, este ano com o Conjunto The Revivals.

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20 1 de Dezembro de 2012COLABORADORES

Ainda saboreado o re-sultado das eleições de 6 de Novembro, desejo apresentar al-

gumas observações que julgo se-rem importantes.Primeiro, quero apresentar para-béns a todos os vitoriosos, pois não foi só o Presidente Obama que foi reeleito, o Senado conti-nua liderado pelos democratas, e a Câmara dos Representantes tem onze novos membros do Partido Democrático Portanto, foi um dia extraordinário para a democracia.Desta vez, os democratas não fi-caram em casa à espera dos re-sultados das eleições mas sairam à rua em massa, alguns esperan-do horas nas filas para votarem. Se tivessem feito o mesmo em 2000, talvez não teríamos tido oito anos de administração Bush que, como se sabe, foi das piores que este país enfrentou. Aliás, nesse ano teria sido quase impos-sível para Gore ganhar, uma vez que as eleições foram fraudulen-tas e foi o Tribunal Supremo que “elegeu” Bush.Felizmente, este ano o resuldo foi mais positivo para a maioria dos votantes.Devo notar que, tanto Romney como Ryan, nem conseguiram ganhar nos seus estados. Isso só provou que os seus eleitores os conheciam bem e não foram en-ganados pelas pelas falsas men-

sagens da renhida campanha.Confesso que, ao ver o primeiro debate Obama-Romney, na te-levisão, fiquei tão decepcionada que pensei que o presidente tinha perdido a eleição naquela noite.As últimas semanas da campa-nha eleitoral foram realmente um tormento, pois estava cada vez a ser mais disputada, Porém, na noite eleitoral quando o Presiden-te Obama primeiro ganhou o es-tado de Pennsylvania, comecei a ganhar ânimo e a vitória nos ou-tros chamados estados azuis, deu o resutado que eu tanto desejava.No Marin County, onde resido, Obama ganhou por 73.93% con-tra Romney 23.21%.Já o afirmei antes, se Obama fos-se um homem da raça branca te-ria ganho por uma margem mui-to mais elevada. Sei que muitos votaram contra ele apenas por não concordarem com a sua po-lítca, mas, infelizmente a maioria votou motivada pelo racismo e rancor. Para estes últimos tenho apenas a dizer: Tenham paciên-cia, porque quer queiram quer não, “o mulçumano estrangeiro, ateu e socialista” irá ser o vosso presidente por mais quatro anos.

VIVA OBAMA!

Traços do Quotidiano

Margarida da [email protected]

Rescaldo de uma Eleição Aproxima-se o Natal

e, como nos anos an-teriores as memórias invadem a mente e

são depois de analisadas sem-pre as mesmas, embora com diferentes coloridos, conforme o momento em que são rebusca-das. É importante notar que es-tou falando das experiências da infância e juventude, que atra-vés os tempos vão alcançando volume e cor que só a distância e ausência compreendem e que apetece dar-lhe vida com aque-les que as viveram e as sentem. Vem depois as memórias que ti-veram o seu parto aqui, e têm o colorido do arco íris. Penso no entanto, que conforme os natais vividos aumentam em número, as lembranças doces vão dimi-nuindo e dando lugar às que se vão fazendo dia a dia, dando-lhe um agridoce sabor da realidade. Pertenço à geração que está na fila da frente do teatro da vida, por legitimidade do tempo da partida de lá e da chegada aqui. É uma geração única, porque é o fim dum movimento que aca-bou há anos com a estagnação da emigração. Há um lado mui-to positivo, que é a liderança dos que nos seguiram e daqueles que estão virados para o futuro, dan-do continuidade ao que foi feito, mas cada vez se vão afastando mais no tempo que marcou as nossas vivências. Cada vez se vai notando mais o desapareci-mento das pessoas que davam vida a um passado que conse-guia ser presente e dádiva. Quando me apercebi que o “ Na-tal estava à porta” procurei abrir as portas da memória para ave-riguar o que iria lá colocar este ano, e de repente deparei com a nova realidade que me invadiu e

que agora é parte integrante da nossa vida. Onde iremos pro-curar a mangedora do Menino? Na Igreja, nos nossos presépios, nos dos nossos amigos? Sim, mas não só, porque queremos ir procurá-Lo nos lares onde se encontram os nossos fami-liares, no meu caso um irmão e uma cunhada, em lares dife-rentes, mas que são a sua habi-tação permanente, imprevista mas real. Nesses dois lugares, encontramos amigos, que sem-pre o foram e outros que vamos descobrindo, portugueses como nós, em número que se conta pelos dedos duma mão. É ali que a língua, para além do afe-to, é o elo que mais une. Foi ali que descobri uma senhora bra-sileira, transplantada de longe por motivos familiares e agora partilhamos um forte carinho construido por palavras duma linguagem comum. Diz-se que se o Natal é das crianças, então se assim é, naqueles corredores e camas vivem tantas crianças de várias raças e nacionalida-des, que inocentes balbuciam palavras soltas, que cantam e choram, que trajam cabeleiras brancas, que usam rugas nos seus rostos, que já mudaram os dentes pela última vez, mas cujo olhar nunca envelheceu. Ali tambem vivem pessoas ain-da jovens, mas cujo corpo ou mente se recusaram a acompa-nhá-las na caminhada que se propunham fazer na vida. Sei que estes, chamados “ lares de terceira idade” ou então “nur-sing homes”, existem por todo o lado, dentro e fora das co-munidades portuguesas, mas que só nos apercebemos da sua existência quando passam a ser o último refúgio para amigos e

familiares.Tenho a certeza, que neste mo-mento, nunca deixarei de lá ir,embora o meu irmão, deixasse de lá estar, continuarei a visitar aquela moradia, onde me habi-tuei a ver gente linda, que nada exige, mas que em troca dum beijo, dum abraço ou mesmo um breve elogio, que por vezes são tão baratos, me oferecem um sorriso, um olhar terno e grato que me enche o coração. Já decidi onde vou encher a cai-xa nova das minhas memórias, as cores vão ser várias, uns dias serão acinzentadas, pelo sofri-mento dum corpo que parece desabitado, dum gemido que fere, enfim dum sinal de vida que parece cruel. Outros dias as cores serão alaranjadas e quen-tes, como a imagem duma ve-lhota sem idade que abraça uma boneca...o seu bebé...e logo que recebe o meu beijo, oferece-me o sorriso mais belo e terno que jamais vi, e beija o seu menino. Cenas destas acontecem todos os dias, podem ser invisíveis, mas é só olhar à volta, e elas lá estão. Portanto, onde vamos encontrar o Menino Jesus dos Natais de todos os dias? E os presentes?Por mim, já tenho os meus e não custaram nada, não nec-cessitam embrulhos nem fitas, e a compensação é imediata...não tenho que os trocar nem fazer vontades a caprichos. Vou aos presépios humanos, ofereço um abraço de ouro, um beijo de mirra e uma caricia de incenso, e sinto-me rainha.

Feliz Natal

Coisas da Vida

Maria das Dores Beirã[email protected]

Aproxima-se o Natal

The United States Government has informed the Portuguese Go-vernment that the U.S. Air Force has already ratified a proposal to significantly reduce its military presence in the Lajes Air Field, on Terceira island, in the Azores.The cutbacks are part of a global U.S. Department of Defense belt-tightening policy due to budget constraints.The Lajes Air Field, the second largest employer on the island, employs about 700 tenured Por-tuguese workers and nearly 90 short-term workers.The decision could have a signi-ficant economic impact over job losses on the island, said João Or-monde, the representative of the Portuguese workers at he U.S. military facility.Vasco Cordeiro, the newly elec-ted President of the Regional Go-vernment of the Azores, has also

expressed his concern regarding the U.S. Department of Defense decision to downsize its military presence in the Region. In a sta-tement Friday, Cordeiro appealed to Portugal’s central government to vigorously secure the interest of the Region and the rights of the workers.Last year, the U.S. Secretary of the Navy, Ray Mabus, had stated that the future of the Lajes Air Field was uncertain, and that le-aving the military facility in the Azores was one option under consideration.In a recent development, it has been reported by several sources, the Chinese Government may be looking at taking over the Lajes Air Field, if it becomes vacant.This past summer, Chinese Pre-mier Wen Jiabao made a “tech-nical” stop at Terceira’s airport, an indication that China may be

considering to replace the U.S. presence on the island.Lately, China has been actively looking at securing military fa-cilities much closer to the United States, namely in Greenland and the Caribbean, and more frequent exploratory Chinese missions in the Atlantic, near the Azores, are expected in the near future, it has been reported.Activated in 1943, the Lajes Air

Field is lo-cated on the northeast tip of Terceira Island. It is home to the 65th Air Base Wing and U.S. Forces Azores pro-viding logis-tics support for more than 3,000 aircraft,

including fighters from the Uni-ted States and 20 allied nations.The Azores (population 250,000) became an Autonomous Region of Portugal in 1976. The gover-nment of the Autonomous Re-gion of the Azores includes the Legislative Assembly, composed of 57 elected deputies, elected by universal suffrage for a four-year term; the Regional Government

and Presidency, with parliamen-tary legitimacy, composed of a President, a Vice-President and seven Regional Secretaries res-ponsible for the Regional Go-vernment executive operations. The Autonomous Region of the Azores is represented in the Cou-ncil of Ministers of the Central Government by a representati-ve appointed by the President of Portugal.

in the portuguese american journal

Terceira: U.S. to reduce military presence in Lajes Air Field – Azores

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21 PATROCINADORES

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22 1 de Dezembro de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna e sinta-se feliz

Diga-se o que se disser...

As melhores panorâmicas dos Açores são de José Enes - Tel. 562-802-0011

Nelinha Martins nasceu a 6 de Junho de 1941 na Freguesia da Lajes, Ilha das Flores, Açores. Era viuva de Jofre Mar-tins.Deixa a chorar a sua morte, dois fi-lhos, Dina e Jaime, três irmãos, Orânia Gomes, Alvina Goulart, residentes na California e Emília Brum, residente no Canadá; cunhados Celeste Martins e Manuel Martins e vários sobrinhos.As cerimónis fúnebres tiveram lugar a 14 e 15 de Novembro, na Igreja Nacio-nal das Cinco Chagas em San José.

Nelinha Martins ficou sepultada no Cemitério do Calvário em San José.A família agradece a todas as pesso-as que lhes enviaram flores, missas e os acompanharam neste doloroso mo-mento.

Tribuna Portuguesa envia condolências a toda a familia enlutada.

Falecimento

Nelinha Martins

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23 COLABORAÇÃO

Ela tinha um sorriso iluminado e sempre a achei parecida com a atriz norte-americana

Jessica Lange. Chamava-se Maria Antonina Medina Santos Lobão e viveu de cabeça erguida, olhando de frente o sol e o mar. Repartindo-se geo-graficamente entre Angra do He-roísmo e Linda-a-Velha, entrega-va-se ao bom gosto e ao requinte do seu lar na Rua do Rego, e go-zava as doçuras da felicidade do-méstica no apartamento do Largo Professor Pulido Valente. Mas ti-nha um só endereço: morava nos

olhos do marido, da filha, do filho e dos netos. Tal felicidade só foi quebrada quando a morte a sur-preendeu no dia 2 de Março de 2012. O seu desaparecimento fí-sico representou, para quem com ela privou de perto, um profundo rombo no casco deste navio em que fazemos a viagem da vida.Natural da ilha Graciosa, mulher serena e radiante, Antonina era sumptuosa a cantar. E cantava de forma comprometida e apai-xonada: tinha uma voz fresca e expressiva, extensão notável, timbre muito melódico, agudos brilhantes – sem dúvida uma das

vozes mais marcantes da Tercei-ra e dos Açores, entre os anos 60 a 80 do passado século. Com apenas 6 anos de idade, ela já cantava na “capela” da Matriz da ilha branca, e era o orgulho de sua mãe, Eduína, e a vaidade de seu pai, António. E, como todas as meninas pren-dadas da sua geração, teve aulas de piano com a dona Palmira Mendes Enes, com quem tam-bém aprendeu a dançar, a pintar e a bordar.Grega no perfil, romana na si-lhueta, gentil no espírito, An-tonina foi minha dedicada e delicada madrinha de batismo. Aprendi com ela a minha pri-meira canção infantil: “Aqui vivo / Encantado/ Entre tanta bicharada”… Tinha eu 5 anos de idade quando, no dia 9 de Junho de 1963, ela contraiu matrimó-nio com Manuel Gabriel, filho de Manuel Augusto Lobão Jr., violeiro de primeiríssima água. Não me esqueço daquele dia porque, de mão dada com uma sobrinha da noiva, levámos as

alianças para a igreja Matriz de Santa Cruz da Graciosa. Pouco tempo depois os noivos fixaram residência na ilha Tercei-ra. Antonina começa então a can-tar em pequenos espetáculos e a sua voz não passa despercebida a Rodolfo Brum, Henrique Borba e Laureano Correia dos Reis. Re-cebe incentivos de Maria Vitori-na (a “Tia Jarónima de Jasus”, de boa memória) e o melhor apoio de duas outras mulheres de peso: Alice Borba e Maria Francisca Bettencourt (que, nas escritas, utilizava o pseudónimo de Maria

do Céu). Daí a nada é convidada a integrar o Grupo da Canção Re-gional Terceirense, a que já per-tencia sua irmã, Ariovalda, tam-bém ela figura incontornável do folclore da Terceira. Seguiram-se as primeiras gravações do referi-do grupo, em vinil de 45 RPM, com a voz de Antonina a sobres-sair, num tempo em que as grava-ções eram feitas em bobines, no Rádio Clube de Angra. De esmeradíssima educação, An-tonina foi durante muitos anos funcionária da Caixa de Previ-dência de Angra do Heroísmo. Mas, apesar de muito competente e eficiente no seu trabalho, a ver-dade é que foi como cantora de sentimentos, emoções e estados de alma que ela ficou mais conhe-cida e deu melhor conta de si.Em parceria com Avelino Tei-xeira, terceirense atualmente radicado no Canadá, Antonina gravou, em 1969, dois discos LP (longa duração, dizia-se então), intitulados “Modas Regionais da Ilha Terceira”, produzidos pela editora “Tagus”, de Lisboa. Nas gravações, Antonina e Ave-lino (vozes inconfundíveis!) são acompanhados, às violas, pelos incontornáveis Laureano Correia dos Reis e Norberto Bettencourt. Posteriormente, alguns dos te-mas gravados nos referidos LP s foram incluídos num CD de fol-clore açoriano, numa compilação da editora “Movieplay” (Lisboa, 1996).Antonina gravou ainda com dois importantes amadores terceiren-ses: António Borges (folclore) e Guy Fernandes (desgarradas), gravações que devem constar

do arquivo do Rádio Clube de Angra, pois que não chegaram a disco.Em 1979, integrada no Grupo de Bailes e Cantares da Ilha Tercei-ra, Antonina fez uma digressão pela União Soviética, viagem inaudita para a época. Moscovo e Arménia deixaram-na vivamente impressionada. O folclore levá-la-ia em tournées por outros pa-íses: Canadá, Alemanha e Espa-nha. Depois dedicou-se, durante vários anos, ao belo canto, inte-grando o naipe de sopranos/con-traltos do Coro Padre Tomás de Borba da Academia Musical da Ilha Terceira, com o qual viajou e atuou na Bélgica. Para aperfei-çoar a sua técnica vocal, chegou a inscrever-se no então Conser-vatório Regional de Angra, mas a doença tomou-a de assalto e não prosseguiu os estudos musicais. Confrontada com a odiosa verda-de de um cancro, Antonina não se resignou nem se deu por vencida. Mulher de coragem, lutou, duran-te mais de duas décadas, contra o carácter irrevogável da doença, e viveu momentos de grande felici-dade junto da família. Para a mi-nha madrinha a vida começava todos os dias, entre a revelação e a surpresa, a consternação e o apaziguamento, a esperança e a serena alegria.É efémera a existência humana, sabemo-lo bem. Antonina é ago-ra um percurso bruscamente in-terrompido. Fica a sua memória e o seu vazio à mesa. Sabemos (e sentimos) que ela continua viva dentro de nós. Mas como calar esta imensa dor e esta irreparável saudade?

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui [email protected]

Antonina Lobão

Nos dias 13 e 14 de Ou-tubro a Filarmónica do Chino DES celebrou o seu 26º Aniversário. A Festa começou no Sábado, dia 13, com uma tourada à cor-da nos terrenos do Chino Fairgrounds, com toiros da ganadaria Miradouro, de Tulare.No Domingo, dia 14, pelas 3 horas da tarde foi celebra-da a Santa Missa no Salão do Chino DES pelo padre Luís Proença, seguindo-se uma Procissão em honra de Santa Cecília, participando as Filarmónicas de Artesia, San Diego e Chino.Depois do jantar houve concertos pelas bandas, fi-nalizando com a entrega de uma lembrança pela Direc-ção aos músicos da Filar-mónica aniversariante.A comunidade como sem-pre, compareceu em bom número, para apoiar e homenagear os músicos e directores da sua Filar-mónica, cuja Direcção é composta pelos seguintes elementos:Presidente - António Tava-res; Vice-Presidente - Jorge Goulart; Secretária - Al-bertina Goulart; Tesoureiro - Roberto Vieira; Relacões Publicas - Antonio Avila;

Directores da Filarmónica - Brian do Campo, Martin Bento e Michael Vieira; Directores - Richard Vieira e Ricardo Pereira.

Visita do Secretário de Estado das Comunidades

No passado dia 23 de Ou-tubro, o Secretário de Es-tados das Comunidades Portuguesas Dr. José Cesá-rio visitou a Comunidade Portuguesa do Chino.A comitiva chegou ao Salão do Chino DES cerca das 8 horas da noite. Acompa-nhava o Secretáaio e espo-sa Sra. Maria de Lourdes, o Cônsul Geral de Portugal em San Francisco Dr. Nuno Mathias e o Cônsul Hono-rário em Los Angeles Dr. Edmundo Macedo.Depois das apresentações pela MC Maria Batista, a Banda do Chino DES inter-pretou os Hinos Nacionais e o Presidente do Chino DES, António Tavares deu as boas-vindas e fez um re-sumo sobre as actividades da comunidade.Seguiu-se um pequeno pro-grama preparado para esta visita com a actuação da jo-vem Jessica Lourenço can-tando "Vamos ir a Viana",

acompanhada pela Banda. As irmãs Sandra e Mariana Machado cantaram o "Emi-grante" e "Onde houver um Português", acompanhadas pelos musicos do Grupo Coral da Igreja de Santa Elizabeth Seton.Carlos Silveira fez um re-sumo histórico sobre os Portuguesas no Vale do Chino, terminando a noite com a participação do Gru-po Folclórico Recordando Portugal.O Sr. Secretário agradeceu e elogiou a Direcção e a comunidade pela recepção, falando também da impor-tância da aproximação do Governo Português e das Comunidades e realçou o trabalho do Cônsul Geral em San Francisco, que vai ao encontro das Comuni-dades, facilitando a vida dos emigrantes que neces-sitam os seus serviços.Terminou a visita em am-biente de confraternização com um beberete oferecido pela Direcção. A ultima-visita de um Secretário de Estado tinha sido em 1995 com o Dr. José Lelo.

Notícias do Chino

Filomena e António Tavares; Maria de Lourdes e José Cesário, Nuno Mathias, Edmundo Macedo, Albertina Goulart e Jorge Goulart.

Mesa de honra e a Banda do Chino interpretando um passo dobrado

Texto e fotos de Carlos Silveira

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24 1 de Dezembro de 2012PATROCINADORES

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do que se passa

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25COLABORAÇÃO

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Fonte – Ponce de Leon, Conquistador Espanhol do século XVI, com-panheiro de Cristóvão

Colombo, o tal que é considera-do entre outros o descobridor da América, ficou célebre nos anais da História pela sua persisten-te luta para encontrar a fonte da juventude. Decorridos vários sé-culos, ainda ninguém teve essa felicidade. Sempre que venho ao Pico, uma das primeiras tarefas que pratico fielmente, é ir à fonte proveniente da mãe natureza, e filtrada pelo Atlântico, para ob-ter a água que bebo. Não vou à loja como hodiernamente é chic e mais conveniente. Situa-se na Silveira, que alguém muito acer-tadamente chamou a Sintra do Pico. Tenho algures um opúsculo escrito por um(a) éminence grise das Lajes, que revela que a água proveniente daquela fonte, após ter sido submetida a vários exa-mes por laboratórios competen-tes, foi considerada ter proprie-dades benéficas à nossa saúde.Na minha óptica e experiência é saborosa e digestiva. É grátis e amiga do ambiente. É de louvar o empenho que a Câmara das Lajes tem demonstrado, na manuten-ção e operacionalidade daquele manancial de saúde.Faial - Numa das minhas cróni-cas anteriores, tinha peremptó-riamente afirmado que o Faial ti-nha parado no tempo, mea culpa. Vindo da Cidade (sic) da Madale-na do Pico, depois de atravessar as ±5 milhas de canal, vim apor-tar a uma aerogare marítima que mais se parecia com um terminal aéreo. Está localizado no lado oposto ao cais de Santa Cruz, na

freguesia da Conceição junto ao monte da Espalamaca. Quan-to a mim foi a resposta acertada ao congestionamento provocado pelo expansionismo da marina, em detrimento do nosso tão lin-do porto. Identico projecto está a decorrer na vila da Madalena do Pico. No mundo Anglo-Saxóni-co costuma dizer-se que ‹History repeats itself›, isto é a História repete-se. Durante a Segunda guerra mundial, a Horta serviu de aerogare marítima aos famosos hidroviões Boeing Martin 314, que escalavam este estratégico porto a caminho de Lisboa. In ilo tempore, era a única rota de esca-pe entre a fortaleza Europa subju-gada pelo fascismo e bota nazi e o bastião democrático e livre dos Estados Unidos da América. Oh! não tive tempo de ir ao cais velho, verificar se o relógio da capitania já ressuscitou da comatose, que há muitos anos estava submeti-do. Relógios parados, é confuso para os turistas que atravessam vários fusos horários do nosso Globo, e que frequentemente têm de ajustar os seus relógios à hora local. Quando em dúvida o me-lhor é olhar para o Sol - o astro rei - como era norma nos tempos de antanho.Futuro fabril –A Cofaco tem sido um grande motor promo-tor da economia Açoriana. Na crise actual que grassa por todo o território nacional, um seg-mento social mais desfavorecido, recorre às conservas para sub-sistência diária, por serem mais baratas e acessíveis à sua bolsa, que progressivamente continua a ser mais leve. Por conseguinte a procura, produção e venda são

maiores. Todavia é também con-siderado alimento gourmet, para a camada social mais moderna, que se preocupa com uma dieta nutricionista mais rigorosa. Es-peremos que estes ventos favo-ráveis criem mais empregos. O Governo Regional tem investido muito capital do povo nesta em-presa, portanto tem o sublime dever de exigir as contrapartidas que beneficiem o mesmo. Há gado bovino em abundância e demasia para Bruxelas. Chegaram ao ex-tremo de incinerar novilhos, para satisfazer as quotas estabelecidas pela União Europeia. É tempo de criar uma Cofaco de carne bovi-na. Esta unidade fabril apregoa e bem que o Mar é a nossa terra, no entanto é tempo de associar outro slogan, que valorize a agro-pecuária como a Terra é o nosso mar, Terra e mar são as nossas riquezas reais. Todas as outras são miragens.Fantástico – Mais uma vez a montanha vem a Maomé. Os ser-viços Consulares encabeçados pelo Cônsul Geral Nuno Ma-thias, deslocaram-se da altaneira City de San Francisco a San Jose da California no coração do Si-licon Valley, para responder às necessidades consulares da nossa Comunidade. Parabéns à direc-ção da P.O.S.S.O (organizacção social e comunitária Portugue-sa), que concedeu as facilidades necessárias para a concretização deste evento. Julgo que o Consu-lado Geral de San Francisco, está geográficamente muito afastado do epicentro da Comunidade Lu-sófona. Vejo que estes prestáveis serviços são para continuar, o que é um bom augúrio para todos

nós. Há necessidade de estabe-lecer um canal informativo mais efectivo, concernente à legislação cívica Portuguesa versus a Ame-ricana, utilizando a comunicação social tanto escrita como radiofó-nica, para esclarecimento da Co-munidade. O desconhecimento de certas leis neste domínio, pode ser oneoroso e exasperante, como foi recentemente contestado por este escriba.Falhanço fiscal – Apesar do rigor fiscal que tem sido apanágio do governo regional de César, havia um buraco financeiro. A revista The Economist, considerada a biblia dos economistas e referên-cia das grandes praças financei-ras globais, na sua edição de 25 de Agosto de 2012, publicou que os Açores tinham uma dívida de 135 milhões de euros. Penso que foi penoso e embaraçoso para CÉSAR ter que ir ao Terreiro do Paço, pedinchar ao tão atormen-tado Primeiro Ministro Passos Coelho, que está dependente das tranches (sacos de dinheiro) da troika, na brutal luta para para satisfazer as directivas da super Troika Bruxelas - Berlim. Finalmente – Salazar salvou Portugal da bancarrota. Nos anos trinta, foi considerado um génio no âmbito económico a nível in-ternacional. Não foi preciso a ingerência no nosso governo da troika, que nessa, era representa-da pela Liga das Nações e vários bancos, para resolver a nossa crise financeira. Para isso tomou me-didas drásticas e contundentes. A maioria dos carros do Estado, incluindo a PSP eram os simples e económicos volksvagen (carro do povo) tipo carocha, conheci-

dos na América por beetles. Sou de opinião, que tanto o governo Central como Regional, deveria emular o exemplo demonstrado, pelo centro hospitalar de Alto de Ave no Norte de Portugal, que vendeu viaturas, telemóveis e ou-tras prerrogativas, para apostar na investigação científica (Rtpi 5. 9.12). Jerry Brown, actual go-vernador do Estado da Califor-nia, que presentemente também atravessa uma crise orçamental deficitária, vive num simples apartamento, em vez da mansão estatal, conduz o seu velho Ply-mouth, proibíu o uso de cerca de 50 mil telemóveis aos funcio-nários públicos etc.. Em suma o exemplo tem que vir de cima. A nossa insularidade, compos-ta de nove ilhas é uma condição geográfica, e de certa forma não deve constituir incentivo, para o esbanjamento do erário público. Nos Estados Unidos, tanto Ba-rak Obama como Mitt Romney estão tête à tête na corrida presi-dencial à Casa Branca. Aqui nos Açores, Vasco Cordeiro do PS ganhou. Terá imenso tempo para concretizar as obras prometidas e não concluídas tais como: am-pliação da pista do aeroporto do Faial, activação dos estaleiros da Madalena, que actualmente é um cemitério de barcos. Trazer ime-diatamente o barco encomendado aos Estaleiros navais de Viana do Castelo, pelo Governo Regional, em substituição dos barcos da Atlântico Line. Estes são, segun-do consta, alugados ao governo regional, pela Grécia a preços exorbitantes. Assim como fé sem obras não é religião, partido sem obras não é (bom) governo.

Do Pacifíco ao Atlântico

Rufino VargasPortugal País dos 3 F's (XXI)

Relay for Life of Galt

Realizou-se no Salão de Festas de Nossa Senhora de Fátima de Thornton, um jan-tar em beneficio do Relay for Life of Galt Team - Hope Floats.Relay For Life é uma celebração de vida e de esperança para o futuro. Os grupos são formados através das comunidades desde negócios, escolas, Igrejas, industria e tan-tas outras organizações que colecionam donativos para esta importante causa.A American Cancer Society é uma organi-zação a nível nacional, fundada em 1913,

baseada em voluntarismo dedicados a eli-minar o cancro como um dos maiores pro-blemas de saude de todo o mundo.Neste jantar que teve a presença de mui-tas pessoas, muitas delas que venceram esta terrível doença, consegui-se amealhar $32,900.00 dólares para a American Can-cer Society.Parabens a todos os participantes.

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26 1 de Dezembro de 2012CULTURA

Apresentar hoje este livro é prestar tam-bém uma homena-gem a um escritor

nosso (tão nosso que até dói) que, por motivos de saúde, para além da distância a que se encontra, não pode estar aqui presente. A vida é uma espécie de gela-tina não adaptável a qualquer tipo de forma; mostra-se quase sempre desmodelada; deixa-se contemplar só em circunstân-cias sentimentais de resultados imprevisíveis; desaparece, por vezes, sem deixar rasto e ou-tras faz gala da sua panóplia de castigos.Só que Manuel Machado tem uma relação com a vida de-masiado afrontosa para que a deixe dominar de forma linear. Por isso, não há como dobrá-lo sem que ele troce da sua pró-pria gargalhada.

Este novo livro de Manuel Ma-chado segue o método de es-crita dos seus livros anteriores. Mas nada se repete – nem no conteúdo nem na forma. Este livro, que é enformado por três contos grandes ou três novelas pequenas (e serão mais novelas que contos uma vez que duas das estórias se dividem em ca-pítulos titulados e outra utiliza a pertinência de uma vírgula para o mesmo fim), não se as-semelha aos outros deste autor escritos em língua portuguesa. No entanto, o poder encantató-rio da sua escrita é exposto com outro refinamento humorísti-co, humor que, agora, é tratado como um ajuste de contas com falsos comportamentos sociais e a ridicularização das hipocri-sias sustentadas por maquilha-gens de classe. Daí que as ge-nealogias sejam tratadas com a seriedade leviana dos filhos de pai incógnito, onde abunda sangue-azul aos borbotões, derramado de forma generosa e licenciosa proveniente dos cinco continentes. Nas estó-rias de Manuel Machado até parece fácil ser filho de algo e ladear figuras tão importantes como os generais da Revolu-ção Francesa.Clara Sotto-Mayor Lucas de Marmontel herdou o palacete de um soldado de Junot (um marido confuso de patente não menos confusa), que é «primo da mulher do filho da tia do avô». A fortuna de Clara de Marmontel é gerida bem ao gosto irónico de Manuel Ma-

chado: há saneamentos, despe-dimentos sem justa causa, re-cursos na da ortodoxos. Tudo é feito para que não se perca o palacete do tal soldado de Junot, provavelmente general, mas a quem nunca se ouviu uma única palavra.E Clara de Marmontel é o pri-meiro olhar.

Kyllikki é finlandesa. Mas Pa-ris é muito melhor que Helsín-quia. Os acasos provocam en-contros que, pleonasticamente, normalizam a normalidade.A estória destas «Janelas Es-tilhaçadas» culmina com uma reunião de família na ilha de Socotra – lugar onde até o por-tuguês Ricardo, cunhado de Kyllikki, também visitou. Este Ricardo é o tal que foi afrontado pelo seu médico nes-tes termos: «Vinho ou vida!» e

o narrador acrescenta: «Ri-cardo misturava os dois vv no mesmo copo e emborcava de olhos fechados para não ver, já que odiava judeus e alemães».A moral desta estória não é transparente. Mas os saberes do autor são debitados de for-ma displicente, cumprindo os desígnios da universalidade: «e lá longe abaixo da Índia quatro velhos braços abertos ao Índico olhavam-se e falavam dizendo tudo sem palavras Muito gran-de é o mundo! e eterna a vida com os netos e os netos dos

netos que netos também terão e sempre uma velha avó para contar que os avós dos avós dos avós estiveram um dia na ilha de Socotra.»Este é o segundo olhar.

Há um terceiro que tem o nome de Desenvencilhamento e que é a estória mais solta de todas. Tem outra mulher, muito aço-riana, de nome Marcela, como

eixo da trama. Manuel Macha-do volta a surpreender o leitor, desta feita através da arrojada utilização das palavras. Nin-guém gostaria de ser apresen-tado assim: «Madame Marcela era uma mulher muito gorda mais do que inchada e espécie de baleia ferida estendida no Cais do Pico à espera de ser es-facelada à temperatura de 999º Fahreneit, a sua gordura dava para os quatro lados do corpo (...)». E o autor deixa Marce-la sem hipóteses de engordar para mais lado nenhum.

Porém, o humor de Manuel Machado percorre todos os ângulos de expressão e de en-tendimento, onde os sentidos são desafiados a pormenores de cariz plástico, como estes atribuídos ao «pequeno Mar-celino espécie de melancia cor-de-rosa aberta encaixada em ombros oblíquos e duas pernas rodelas de paio branco desfalecido (...)». Fica ainda esta revelação desconcertante: «O marido de Marcela estava de férias na prisão há mais de cinco anos por ter violado uma virgem loira rechonchuda (...)». Bom. O desconcerto é quando se sabe que a dita virgem era criada de padre, ficando pos-tas em causa o estado real da virgem e a justiça aplicada ao marido de Marcela.Numa velocidade estonteante, Manuel Machado narra uma estória que passa por quoti-dianos vulgares, enformados por comportamentos lógicos e contraditórios, que colocam o leitor em embaraço irónico e permanente. Por exemplo: «Só agora é que vens o que é que disse o doutor?» Respos-ta: «Ele diz que é um rapaz ou uma rapariga.»Estes Três Olhares são po-liédricos. São múltiplas as geografias dos lugares, das línguas, das culturas, dos en-tendimentos universais, do passado, presente e futuro. Há uma descrição de rotas, de caminhos percorridos e que testemunham o mundo real do autor.Ora tudo isto surge numa es-crita torrencial, que desafia o leitor a uma atenção redobrada, já que cada frase é incomensu-rável e se deixa prolongar num enunciado de dados informa-tivos, de ritmo vertiginoso e irrespirável. Tudo serve a Manuel Machado para nos surpreender com essa prosa que obriga a sintonizar a respiração com as frases uni-das pela ausência de pontua-ção. Nesta escrita, a pontuação

Álamo Oliveira

Manuel Machado

Em pleno mês de Natal a Maré Cheia traz-nos mais um texto sobre um dos nossos au-tores açorianos. Desta feita é um texto do poeta Álamo Oliveira sobre o novo livro do escritor Manuel Machado. Um texto poético, como é habitual do Álamo Olivei-ra para um livro de um dos nosso melhores contadores de histórias, Manuel Machado.

abraçosdiniz

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

é valorizada exatamente por não existir, ou por ser rara, onde, a uma vírgula, po-dem ser atribuídas funções de ponto final parágrafo. E aqui está uma das principais características da escrita de Manuel Ma-chado: a falta de pontuação – falta essa que é sublimada pelo fôlego do leitor.Despontuar o texto é um exercício que pode não colher consensos junto de al-guns. No entanto, o surgimento de leituras não aconchegadas a uma só interpretação, contribui, com certeza, para melhor se compreender em quantas partes se dobra e desdobra a imaginação do autor.A imaginação de Manuel Machado não é comensurável porque é explosiva, incon-trolável embora só aparentemente seja indisciplinada. E aqui poder-se-á falar da originalidade da sua escrita, refinada, poli-da por um humor cru e cáustico, que capta o ridículo das sociedades de hoje (nome-adamente das que se comportam como se fossem de ontem) e que se alimenta de um «non sense» que tem muito a ver com o surrealismo clássico. Não esquecer que Manuel Machado teve uma preferência muito assumida pelo surrealismo francês.Gosto de lembrar que a originalidade de Manuel Machado antecede acasos e sobre-posições como aconteceu com o seu conto «O rendez-vous de Todos os Santos ou o reino do Christmas Cake» e a novela de Sue Townsend A rainha e eu. Ambas as estórias tematizam a falência económica da rainha de Inglaterra que, prosaicamen-te, é vista a comprar batatas no mercadi-nho do bairro (Manuel Machado), enquan-to Sue a põe a apanhar o autocarro que a há-de levar a casa, sita num dos bairros sociais de Londres. Manuel Machado pu-blicou o seu conto em 1988. Sue Townsend publicou a sua novela em 2001 (versão por-tuguesa). São coincidências, com certeza. Nem Manuel Machado nem Sue Townsend saberiam um do outro.Mas sabemos que Manuel Machado é na-tural das Lajes. Andou pela Europa fora da crise, a Sorbonne incluída e não concluí-da, e aportou no país que distribui nobeis passando cheques com coroas. Apesar dos gelos, espera viver cem, duzentos anos ou mais, informa ele. Tem agora Três Olha-res como se nada fosse. Ler este livro é um prazer, até porque é também um reencon-tro com um escritor que, apesar da sua va-gamundagem, continua a ter pelos Açores, nomeadamente pela Terceira, um indelével amor de raiz.

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27 COMUNIDADE

Acompanhe o Tribuna todos os diasquer no

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www.tribunaportuguesa.com

Eventos de DezembroDezembro 1Baile de Natal no Portuguese Athletic Club em San José 7pmLuso-American Life Insurance Socie-ty, Annual Holiday Party no SDES de Alvarado, Union City, 5pmDezembro 7Almoço dos Amigos da Ribeira Grande, no Centro Leonino de San José 12 pmCrab feed in Newman 5:30pmDezembro 8Festa de Natal do Sporting Clube de Santa Clara 7pmFesta de Natal do Núcleo Sportin-guista do Vale de San Joaquin em Gustine 7pmChristmas Craft Faire no Newark Pavillion 10am-7pmDezembro 31Eve Dinner no Newark Pavillion e no PAC, 7pm

N. Sa. de Fátima em Arcata

Os nomes das senhoras da Comissão da Festa de Nossa Senhora de Fátima realizada em Arcata não estão por ordem fotográfi-ca: Lucilia Fraga, Shannon Collart, Megan Hoffman, Maria Sousa, Nicole Pimentel, Patricia Aronson,Tanisha Boswell, Peggy Valadão e AnaPaula Walton

O pastor da Igreja de Arcata Gerry Gormley com pastorinhos Darissa McLaughlin (Lúcia), Lora McLaughlin (Jacinta) e Oliver Gomes (Francisco) e outras crianças.

A Festa em Louvor a Nossa Senhora de Fátima em Arcata teve lugar nos dias 13 e 14 de Outobro no Salão Português daquela cidade. Teve a participação de muita gente como é habitual. Embaixo: Maria Inês Sousa

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28 1 de Dezembro de 2012 COMUNIDADE

Democracy grows out of partici-pation. The Portuguese American Forum of Stª Clara is a non-par-tisan Committee that encoura-ges informed involvement in the election process. The committee began organizing Candidates’ Night in 1996 with the support of Portuguese-American Organiza-tions. Since then, every 2 years

Forums have been taking place. This is a unique empowerment process lead by Portuguese-Ame-ricans and recognized as a major contribution by city institutions. The Committee does not endorse candidates nor takes any position on ballot measures. The group’s mission is to ensure that citizens receive objective information wi-

thout bias.This year’s event took place on last Oct, 22nd and included the participation of candidates for:• Santa Clara Unified School Dis-trict Board• Santa Clara City Council• Santa Clara City Clerk• Santa Clara Chief of Police.Democracy lives throught the

participation of its citizens. This Forum is our Community’s con-tribution to active citizenship and a way to learn where the candi-dates stand on issues affecting the future of our City. It is also a pratical way to assist on making informed decisions, when it’s time to cast our vote. More com-munities will adopt this model

when they come to understand the value of this tool for gaining the respect and support of their local elected officials.

Maria Ricardo

Candidates, event Coordinators and Sponsors representatives: SES Corp., P.F.S.A, Brotherhood of St. An-thony , O.L. of Fatima Society, Sta. Clara Sporting Club, S. Filarmónica União P. de Sta Clara, Ir. Familiar do E.S. de Sta. Clara, St. Clare Parish Portuguese Council, Club Sport Marítimo, The Portuguese-American Citizenship Project and Luso-American Foundation. We also had the support of KSQQ Radio and The Por-tuguese Tribune newspaper.

SCUSDB candidates: L-R For trustee area 2:Christopher Stampolis, Jim VanPernis, Albert Gon-zalez, Ahish Mangla. For Trustee area 3 Elise DeYoung, Michele RyanCity Council Candidates from L-R: Deby Davis, Mohammed Nadeem, Jerry Mar-

salli, Teresa O’Neil, John Mlnarik.

Candidates’ Night in Santa Clara

Esta manifestação cívica e democrática é encorajadora das nossas responsabilidades como comunidade e como uma obrigatoriedade de querer saber e querer participar num acto importante para as nossas vidas no dia-a-dia. Saber o que os nossos politicos oferecem nas suas campanhas, conhecê-los, falar com eles, é meio caminho andado para sermos cada vez uma melhor comunidade.Pena temos que muitas das nossas outras cidades através da California não tenham querido copiar este grande exemplo de civismo politico da nossa comunidade de Santa Clara.Se não participarmos, se não votarmos, poucos direitos temos de obri-gar a fazer mudanças, de querer uma vida melhor para nós e para os nossos filhos. Pensem bem, porque vale a pena ser diferente.

2012 ARTESIA DES SCHOLARSHIP REQUIREMENTS AND INSTRUC-TIONS

PURPOSE

The Artesia D.E.S. offers annual scholar-ships to its members and/or children of its members who are pursuing degrees in higher education. Below are the require-ments for completing the application.

ELIGIBILITY – All applicants must meet the following two categories.

A graduating high school senior, from the class of 2012, who has been accepted or conditionally accepted at an accredited institution of higher education and/or stu-dents currently enrolled in an institution of higher learning.

Must be a member in good standing and/

or child of a member in good standing of the Artesia D.E.S. for at least two (2) con-secutive years.

AWARD CONDITIONS

Applicants actively participating in the Band and/or Soccer Club of the Artesia DES will have priority to fifty (50) percent of the scholarships. These recipients must prove their active participation in their dis-cipline for at least one (1) full year prior to the awarding date of the scholarship.

Recipients must remain full-time students (a minimum of 12 units per semester) du-ring the year the scholarship is awarded.

The scholarship award will be disbursed when the student presents verification of completion of one quarter or semester of college work with a minimum of a 2.75 grade point average as verified by official

grade reports.

HOW TO APPLY

Please send the following items by Janua-ry 1, 2013 to:

Artesia D.E.S. Hall - Scholarship Fund 11903 E. Ashworth Ave. Artesia, CA 90701-4112

Provide a completed 2012 Artesia D.E.S. Scholarship Application.

Provide a typewritten ESSAY of 1,500 words or less, discussing your main aca-demic interest and why you chose it; and your educational and career objectives. Please tell how your life experiences have influenced your intellect and personal gro-wth rather than providing a chronology.Provide three letters of recommenda-tion from individuals who will vouch for

candidate’s academic standing, character and personality. At least one of these let-ters must be from the Principal, Dean, or Counselor who will verify participation in any extra-curricular activities. Another from a teacher of the high school attended. The third may be from any other source except a relative. Individuals writing let-ters are to include their titles or position.

Additional information

Should the applicant have a question, plea-se contact David Enes 510.825.9503

An interview may be required of finalists.

The awards will be announced upon com-pletion of the application review

2012 Artesia D.E.S. Scholarship

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29 PATROCINADORES

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30 1 de Dezembro de 2012COMUNIDADE

Espírito Santo em Atwater

Manuel e Laurinda Vieira no quarto ano da sua festa em Louvor ao Espírito Santo, vendo-se ao lado o celebrante da missa da festa, Ivo Rocha, monsenhor e pastor da Igreja de St. Bernards de Tracy Ruben Chaves e Nuno Mathias. As fotos do exterior e missa são de Osvaldo Palhinha

João Manuel Dias aproveitou para entrevistar Jim Costa, congressista re-eleito no dia 6 de Novembro

Realizou-se pela quarta vez consecutiva a Festa em Louvor ao Espíri-to Santo na Casa dos Vieiras em Atwater, com muitos amigos. Missa de Festa com Ivo Rocha, pastor de Tracy e amigo da família. Como sempre viram-se amigos, fizeram-se novos, bailou-se, cantou-se.

Reyna e Artur Vieira, Maria Duarte

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31 COMUNIDADE

Diversos aspectos da festa

Muitos amigos dos Vieiras compareceram em AtwaterNa cozinha todos trabalhavam, menos Manuel Jacinto, que só inspecionava

Estas barbas são uma cópia exacta do que era usado no século XIX

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32 1 de Dezembro de 2012ULTIMA PÁGINA

Sómente $5.99 a libra