the portuguese tribune, september 1st 2012

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1ª Quinzena de Setembro de 2012 Ano XXXIII - No. 1139 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Lançamento do livro Manuel Eduardo Vieira "Rei da Batata Doce" Realizou-se na Quinta-feira, dia 17 de Agosto, no Salão de Festas de Nossa Senhora da Assunção, o lançamento da bio- grafia de Manuel Eduardo Vieira, de Liduino Borba. Pág13 A Igreja de Nossa Senhora da Assunção fez 14 anos. A Festa decorreu com o habitual brilho e religiosidade Pág. 14 a 19 30º Festival de Folclore 2012 29 de Setembro - IES San José Pág.21 Quarteto da Igreja da Assunção A Maior Revelação do Ano Zélia Freitas, Melanie Oliveira, Nancy Lourenço e Lysandra Jorge Pág. 14,15,28,29 Cantoria da Festa de Nossa Senhora dos Milagres em Gustine: João Angelo, José Eliseu, Maria Clara, Bruno Oliveira, Manuel dos Santos, Alberto Sousa, Adelino Toledo, José Ribeiro Pág. 10 foto de miguel avila Igreja de Nossa Senhora Assunção

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The Portuguese Tribune, September 1st 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1ª Quinzena de Setembro de 2012Ano XXXIII - No. 1139 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Lançamento do livroManuel Eduardo Vieira

"Rei da Batata Doce"

Realizou-se na Quinta-feira, dia 17 de Agosto, no Salão de Festas de Nossa Senhora da Assunção, o lançamento da bio-grafia de Manuel Eduardo Vieira, de Liduino Borba. Pág13

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção fez 14 anos. A Festa decorreu com o habitual brilho e religiosidade Pág. 14 a 19

30º Festival de Folclore 2012 29 de Setembro - IES San José Pág.21

Quarteto da Igreja da Assunção

A Maior Revelação do Ano

Zélia Freitas, Melanie Oliveira, Nancy Lourenço e Lysandra Jorge Pág. 14,15,28,29

Cantoria da Festa de Nossa Senhora dos Milagres em Gustine: João Angelo, José Eliseu, Maria Clara, Bruno Oliveira, Manuel dos Santos, Alberto Sousa, Adelino Toledo, José Ribeiro Pág. 10

foto de miguel avila

Igreja de Nossa SenhoraAssunção

Page 2: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

Year XXXIII, Number 1139, Sept 1st, 2012

2 1 de Setembro de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

As eleições aproximam-se a grande velocidade. Em três meses teremos um novo eleito Presidente, que tanto pode ser Obama como o candidato republicano Mitt Romney.

Como o sistema eleitoral americano está ultrapassado, tudo pode acontecer. Este sistema pode ser usado em países democrá-ticos que têm presidentes decorativos e verbos de encher, como a Itália e a Alemanha, onde o sistema parlamentarista é que tem força. O Presidente não tem reconhecimento público nesses pa-íses. Possívelmente mais de 90 % da população não sabe o seu nome. Leiam tudo o que possam àcerca das propostas dos dois candidatos, projectem essas ideias no futuro e votem conscien-temente no melhor.

Nos Açores, e pela primeira vez, teremos um mulher a concor-rer a Presidente do Governo Regional, pelo PSD. É uma óptima novidade ver mulheres a concorrer a altos cargos políticos. O Partido Socialista está no poder desde 1996, quando Mota Amaral fez as malas e embarcou para Lisboa. Carlos César é um "animal político" e soube atravessar uma época de vacas gordas, sabendo aplicar em muitas das vezes o dinheiro, vindo da Europa e de Portugal para a melhoria de vida das populações. O grande problema dos partidos que se prolon-gam no tempo, tem a haver com as "cliques" que vegetam à volta deles e pensam que mandam mais que o povo que os elegeu. São tantos os exemplos que poderíamos encher este jornal de histó-rias dignas da Carochinha.O povo açoriano vai ter pois a decisão nas suas mãos, mas que-remos crer que, mesmo que vença o que lá está, é urgente e sa-lutar uma limpeza total nos camaleões e nas sanguessugas que nele vegetam. Votem bem. jose avila

Uma fotografia vale mais que mil palavras.Alguém pode-me dar uma explicação da-

quilo que todos nós estamos a ver nesta fotografia?Faz algum sentido deitar garrafas e copos para o chão quando perto temos um bidão de lixo?Eu não acredito que ninguém trate o seu quintal como muitos de nós tratamos os recintos das nossas festas: Stevinson, Assunção, Gus-tine, San José, Tulare, Thornton, etc..Desde quando é que somos assim, se não somos assim nas nossas ca-sas?Aposto que ninguém da nossa co-munidade se porta assim na Dis-neylandia, no Pier 39, no Yosemite Park, em Santana Row, no Garlic Festival.Então porque razão o fazemos nas nossas festas?E vamos nós para as Igrejas bater no peito, ouvir bonitas homílias em que se fala no respeito, no amor pelos outros e mal saímos a porta tornamo-nos animais selvagens.Isto tem de acabar.Nem respeitamos as centenas de pessoas que trabalham tanto para

que as nossas festas tenham o bri-lho e o sucesso que têm tido.Já pensaram que depois de saí-rem das festas e irem para vossas casas, muitos amigos vossos vão trabalhar para recolher todo o lixo que deixaram no chão?E possívelmente eles têm de se levantar cedo também para irem trabalhar no outro dia. Sinto uma enorme vergonha ao ver como tratamos as nossas fes-tas e as nossas gentes.Esta mesma teoria se podia aplicar a todas as nossas Ilhas dos Aço-res.Será que isto está nos genes de to-dos os açorianos?

Este conceito de falta de respeito e de responsabilidade, também se aplica às cadeiras oferecidas pelas festas, que são mudadas do seu sí-tio ao sabor das necessidades das pessoas e que depois ficam onde foram usadas. E depois, quem é que as vai buscar? Claro, sempre os mesmos...

Aqui fica um convite aos nossos padres para que usem este artigo como reflexão nas vossas homí-lias. O povo que enche as Igre-jas é o mesmo povo que faz estas coisas todas. Será um bom tema para uma boa missa.

Eleições

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro AvilaLixo? O que é lixo?

Page 3: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

3COMUNIDADE

57th Annual Youth Theatrical Program (2) da LAFF

Youth Council #18 - Gustine/Los Banos - "The New Generation - Unmasked" - Category: Dance; Youth Director: Manuel Avila. Grupo Vencedor na categoria de Dança - 53 elementos

Youth Council # 24 - North San Joaquin Valley - "San Joaquin Always Twists Up The Tradition" - Category: Dance; Youth Director: Michelle Morris Rocha - Ficaram em 3º lugar (66)

Youth Council # 13 - Artesia - "A Arte de Uma Matança" - Category: Musical /Variety; Youth Director: Crystal Gilbert. Ficaram em 2º lugar na sua categoria. - 46 elementos

Youth Council # 1 - Fremont/Union City - "Bridging te Gap...Um Passeio a Ponta da Barca" - Category: Dance; Youth Director: Carla Moreira - 50 elementos

Como prometemos na nossa ultima edição, aqui deixamos para memória futura os res-tantes sete grupos de jovens que engalanaram o Teatro Saroyan de Fresno com a sua juventude, a sua alegria e a sua maneira de mostrar de onde vêm e para onde vão.

Page 4: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

4 1 de Setembro de 2012PATROCINADORES

Youth Council # 28 - Norco/Corona - "I Love Luso"- Ricky ignores Lucy - Big Festa! Category: Musical/Variety; Youth Director: Sandra Alves - 19 elementos

Youth Council # 25 - Tracy - "Viramos ao Minho" - Category: Dance; Youth Director: Liz Ferreira - 19 elementos

Youth Council # 16 - Contra-Costa - "Celebrando 45 Anos" - Category: Musical/Variety: Youth Director: Joe Peixoto - 26 elementos

Gabriel Teixeira - Prémio Individual de Dança - Youth Council # 18 - Gustine/Los Banos

Direita: Alicia da Silveira, Prémio Individual de Musica/Variety - Y.C. # 32 de Dan Diego

Page 5: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

5COLABORAÇÃO

Recordando

O saudoso “Mestre”, dr. Francisco Carreiro da Costa, nasceu a 6 de março de 1913 na

antiga Vila da Lagoa e faleceu em Ponta Delgada a 29 de junho 1981. Matriculou-se em 1932 na Faculdade de Direito em Lisboa, transferindo-se dois anos depois depois p’rà Faculdade de Letras e licenciando-se em Ciências His-tóricas e Filosóficas em 1940. A 17 de setembro 1938 consorciou-se na Lagoa com Alzira Martins Botelho. O casal foi abençoado com duas filhas.De regresso a S. Miguel em 1940, Carreiro da Costa fixou residên-cia em Ponta Delgada. Notabili-zou-se através duma extraordi-nária operosidade jornalística, cultural, educativa, científica e político-administrativa. Em reco-nhecimento pelos seus trabalhos de história e etnologia açorianas, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infan-te D. Henrique em 1973.Seria por demais fastidioso enu-merar todas as funções e encar-gos que desempenhou. Por ora bastará recordar que em 1944 as-sumiu a vice-presidência da Co-missão Reguladora dos Cereais do Arquipélago dos Açores, car-go que manteve até ao fim da ins-tituição em simultâneo a posição de redator e editor do Boletim da

C.R.C.A.A.Em abril 1945, no Emissor Re-gional dos Açores, iniciou o programa semanal “Tradições, Costumes & Turismo”, soman-do um total de 1.520 palestras radiofónicas até maio de 1974, quando (por imprevistos motivos nunca divulgados) foi silenciado. Relembro, no entanto, que estas

palestras foram transcritas nos jornais A Ilha, Açoriano Oriental e Diário dos Açores. Em 1976, no Instituto Universtá-rio dos Açores, orientou o curso “História da Sociedade & Cultu-ra Açorianas.” As lições apresen-tadas nas aulas foram editadas em livro, cuja cópia retenho re-ligiosamente numa oferta da dra. Lúcia Costa Melo. Numa inicia-tiva de Rui Sousa Martins, com o apoio da Câmara da Lagoa e Universidade dos Açores, foram publicados (1989 e 1991) dois vo-lumes ao título “Etnologia dos Açores”, contendo uma preciosa

compilação de escritos da autoria de Carreiro da Costa. Durante duas décadas, desde 17 de janei-ro 1948 até 20 de janeiro 1968, Carreiro da Costa manteve aos sábados no Diário dos Açores a coluna “Fim de Semana”, assina-da com um simples F (Francisco). Constituiu uma das minhas mais favoritas leituras e influenciou a

minha inclinação p’rós temas re-gionais. Em 1953 tive a oportuni-dade de me entrevistar com Car-reiro da Costa, que me acolheu na sua residência com um carinho e amizade que me deixaram bas-tante sensibilizado, e incremen-taram a admiração que por ele nutria. Em maio 1975, juntamente com a esposa, Carreiro da Costa fez uma digressão pela Califórnia, onde participou num Simpósio na Universidade da Califórnia em Los Angeles e apresentou “No-tícia sobre o Adagiário Popular Açoriano”, que a Revista Insula-

na transcreveu. (Vols. 33-34, Pgs. 79-123, Anos 1977-1978).Cabe-me agora recordar que foi numa sexta-feira à tarde (16 de maio) quando recebi a visita do Casal Carreiro da Costa. Fomos jantar no típico restaurante poli-nésio “Castaways” localizado no panorâmico Jack London Square em Oakland. Desde as decora-ções e ambiente das salas, aos aperitivos e ementas, bebidas e comidas, tudo concorreu p’ra um aprazível convívio que ficou ad-miravelmente memorizado por Carreiro da Costa na série “Im-pressões de Viagem”, (Diário dos Açores, 11-julho-1975). Lembro-me nitidamente do que ele me se-gredou à despedida, naquele tom de graça que lhe era tão peculiar: “A salada tinha mais “dressing” do que as empregadas.” Tratava-se duma curiosa alusão ao traje das atrativas polinésias servindo às mesas do restaurante!No sábado à noite (17 de maio), o “Mestre” deu lição no Centro Cultural da UPEC em San Lean-dro, extasiando-nos com a confe-rência “Vamos Matar Saudades” que, francamente, acabou por avivá-las ainda mais. Ele próprio admitiu isso nas impressões de viagem, declarando: “Quando terminei, vi-me envolvido por tantos abraços e por tantos olhos cheios de lágrimas, que também

chorei.” Aliás, Carreiro da Costa reco-nheceu o conforto e alegria que sentiu, “ao verificar que a Terra onde se nasce não esquece nunca; antes lembra mais, sempre que da mesma se fala.”Finalizo recordando ser inadmis-sível a data de 25 de maio 1975 atribuída ao falecimento da Dona Alzira. Tenho arquivada uma carta (julho 1975) onde Carreiro da Costa me envia abraços ami-gos dele e da esposa. Silva Júnior, escrevendo em 1981, anotou que nos últimos três anos, logo após a morte da esposa, a saúde de Carreiro da Costa agravara-se profundamente. É aparente que o desenlace teria ocorrido em 1978. Em conversa telefónica com Daniel de Sá, concluimos que D. Alzira teria falecido a 5 de maio 1978. A triste ocorrência aconteceu “numa noite, pouco depois dum calmo passeio pela cidade, em Segunda-feira do Se-nhor Santo Cristo.” (Insulana, pg. 28, vols. 36-37, anos 1981-1982).

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno Carreiro da Costa

“ao verificar que a Terra onde se nasce não esquece nunca; an-tes lembra mais, sempre que da mesma se fala.”

Page 6: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

6 1 de Setembro de 2012COLABORAÇÃO

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San Leandro

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Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

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Estou de férias no meu pa-raíso liláz. A ilha cai-me sempre bem. Em Agos-to, o tempo passado aqui

sabe ainda melhor.Hoje nem jantei. Fui aos toiros mas não vi os primeiros quatro. A cul-pa foi do quinto. Deslumbrou-me. Tinha uma apresentação fabulosa. Fez-me e refez-me as delícias. Há porventura quem ainda desconhe-ça a beleza gastronómica e confra-ternal do quinto toiro terceirense? Espero bem que não. Nada se lhe compara. Deixa-nos mais do que saciados.À boca da noite, para ajudar a di-gestão, costumo dar uma volta a pé rente à costa. Se me apetece, sento-me e saboreio o espraiar da maresia. Deste calhau onde me recosto, cá no berço rústico onde nasci, ao norte da Ilha Liláz, observo o sol a descer no po-ente. Encosta-se ao sul da Ilha Branca e desaparece, deixando atrás um soberbo colorido refletido sobre as ondas mansas do mar imenso. Mal se mexe. Convida à leitura.Por acaso, trouxe comigo alguns livrecos da diáspora, que há muito tencionava ler. Até porque, hoje não me apetece escrever. Deparo-me nesta encruzilhada pessoal, que tantas vezes me interpela: escrevo ou leio?Não estou na disposição de ler nada pro-fundo nem alongado demais. Quero algo que me descontraia por uns instantes. Bus-co uma leitura ligeira, suavizante, aprazí-vel. Trouxe o livrinho certo. Convida-me a ir dar uma volta pela Ilha Verde, onde passei a minha adolescência a marrar em livros e mais livros, alguns dos quais o ca-runcho já estragou.Este apresenta-se airoso às solenes portas da vaidosa cidade de Ponta Delgada com um sugestivo título, “Encruzilhadas”, su-blinhado a negro no azul lindo do céu. Na capa, bem conseguida numa imagem só, vejo o Cristo-Rei sobre o Rio…ao lado das Sete Cidades… encostadas à Golden Gate. A poesia do José Raposo faz-nos viajar por esse mundo fora e cá dentro de nós pró-prios. São múltiplas as encruzilhadas, ri-madas e não só.O poeta nasceu na Candelária e já publica há quase vinte anos. A sua poesia é apai-

xonante e abundante. O homem tem mu-sicalidade na alma. Não é por acaso que também se distingue como impulsionador duma filarmónica onde se incorpora alegre e empenhadamente. Dá-lhe vida. Já enga-nou a morte por mais do que uma vez mas a sua veia poética não nos engana. Deleita-nos.Estou aqui a olhar para o mar e para estas duas páginas centrais, abertas lado a lado no coração do livro, e não resisto à tenta-ção de pôr esse “corisco” poeta amigo a escrever por mim: Mar de Ilusões

Vivia num mar de rosasQuando teus olhos encontrei.E tanto, tanto chorei…Que um vasto mar de lágrimasAos meus pés eu formei.Mar de sonhos, mar de gente, Mar de mágoas, mar de luzes…Muitas vezes mar de cruzesEm um mar de solidão.Mar de trevas tão escuras!Mar de muitas ilusões,Muitas vezes sepulturasDe tantas embarcações.

Mar – a – mar

Ó mar, que tanto me atraisQuando me banhas os pés…Entrego às tuas marés

Os meus suspiros e ais.

Para nós, entes mortais,Grande mistério tu és, Quando varres o convésCom enormes temporais.

Eu hei-de sempre te amarCom o meu maior fervorE tuas vagas abraçar,

Como abraco o meu amor.Só tu poderás lavarA tristeza e minha dor.

Estou de férias e, de forma alguma, dis-penso o mar que me embalou desde pe-quenino. Molha-me os pés, banha-me a alma e mergulha-me no coração. A poesia do José brinda-nos com o murmúrio afá-vel das ondas, estrofes dóceis e férteis de lírica emoção. Agradeço-lhe esta preciosa achega.

Lírica EmoçãoRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

8 1 de Setembro de 2012COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Não é só porque vivemos num mundo cada vez mais violento....

É porque de todos os modos, há mesmo dentro da Meca do Cinema, gente com men-te diabólica... Para fazer di-nheiro que compra e vende o diabo mais velho e inventa seja o que for. É claro que a maioria das pessoas não vai concordar e vai mesmo dizer que aqui a tolinha sou eu. Para mim, dá no mesmo. Não me aquece nem arrefece! Mas pensem bem. Aproxi-ma-se a data 11 de Setembro e essa será sempre uma pés-sima memória, um espinho no coração dos que perderam os seus ente-queridos, uma flecha na alma de um País que de uma forma ou outra tem ajudado tantos outros a erguer-se, a seguir rumos de-sejados, embora nem sempre da forma mais conveniente, mais pacífica, mas a que se pode e consegue, ainda que à custa de muitas vidas. Todos estão lembrados... Quem poderá esquecer um caso assim? Quem poderá es-quecer que mal o sol despon-ta para um dia de trabalho, vê entrar um avião pela janela? Quem poderá esquecer que não foi por acaso, por azar, mas sim de propósito! Quem poderá esquecer milhares de vidas que se perderam de forma diabòlicamente brutal e cruel? - Tinha de ter vindo de uma mente diabólica tudo o que foi perpetrado, planea-do para ferir gente inocente que vive num País que até inocentemente abrigou estes diabos, nas escolas, nos li-ceus, nos colégios e nas uni-versidades... Só de pensar que lhes foi dada a oportuni-dade de instruir “monstros” da humanidade, fico a pen-sar se não deveria de haver mais cuidado em saber quem se mete não só no país, mas nas nossas instituições de ensino? Que falta para que

se averigue estes estranhos jóvens que de um momento a outro destróiem, não só as suas vidas, mas também as dos demais? Comecei por dizer que a Meca do Cinema cria até o impensável e é esse “impen-sável” que até os mais peque-nos vêem, quando ainda não têm uma mente bem forma-da e a desenvolvem com as ideias dos outros... Como se isso fosse pouco, os próprios pais oferecem aos filhos brinquedos que condu-zem à violência, tais como: jogos de violência, monstros e armas de plástico, feitas à semalhança das verdadeiras, alimentando o gosto pela vingança, a destruição, a vontade de matar. Quanto tempo falta, o que se tem de fazer para que os pais entendam a existência de tantas outras opções de entretenimento para os filhos e netos, que ajudem à forma-ção de pessoas de bem e de carácter... Por estes dias, faz-se o regresso às aulas e há que estar vigilantes em todos os aspectos, às reacções e atitudes das nossas crianças, às suas alegrias e tristezas, às suas mudanças de humor, ao não querer voltar às classes, aos seus medos e receios, ao seu súbito desinteresse pelas mais pequenas coisas... De forma a que saibamos em que mundo, seguro ou não, vivemos...Estar vigilantes, é contri-buír, não só para um futuro Mundo melhor, mas para que descansem as almas dos que tão inocente e abruptamente perderam as suas vidas num triste dia 11 de Setembro de 2001.

Dos faialenses e dos picarotos –algumas especulações empíricas

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui [email protected]

à memória de Fernando Melo

Um picaroto é um faia-lense desconfiado… E um faialense é um pi-caroto maldisposto…

Ambos gostam de música e são calmos por fora e muito agitados por dentro.

Bem sei que é sempre perigo-so enveredar por generalizações deste tipo, mas, ironias à parte, conscientemente aqui venho ar-riscar alguns traços distintivos entre faialenses e picoenses que resultam da minha vivência de 30 anos na ilha do Faial. E o que, desde já, se me oferece dizer é que os dados da experiência mostram claramente que faialenses e pica-rotos são irmãos desavindos con-denados ao entendimento.Sim, o Faial e o Pico, ilhas irmãs, não passam uma sem a outra, apesar de alguns bairrismos his-tóricos… Resquícios, afinal, do tempo em que os faialenses mais abastados eram os proprietários e os donos das terras do Pico, sen-do os picarotos gente operosa: os rendeiros, os feitores, os quintei-ros, os vinhateiros, os caseiros, e os trabalhadores de morgados, barões, fidalgos e de outros se-nhores do Faial… O faialense fez da montanha do Pico objeto diário da sua contem-plação estética, arranjou sempre maneira de não se esforçar de-masiado, até porque tinha outros a trabalhar por ele e para ele… Além disso, convirá não esquecer que muito do desenvolvimento faialense está ligado ao contri-buto estrangeiro: os flamengos que cultivaram e exportaram o pastel e a urzela; a família norte-americana Dabney e os negócios da vinha, da laranja, da baleia e do apoio à navegação; os ingleses, os americanos e os alemães dos Cabos Telegráficos Submarinos, os rebocadores holandeses e o ia-tismo internacional que, no Faial,

deixaram marcas profundas a ní-vel do social, do económico, do cultural e do desportivo …Apelidado de arraia-miúda, foi o picaroto que desbravou o difícil e penoso solo, levantou a enxada mais alto e a cravou mais fundo, rebentando a crosta queimada para poder cultivar a vinha que protegeu com muros soltos de pe-dra lavosa; foi o homem do Pico que concebeu os maroiços (recor-do aqui a frase lapidar do saudoso António Duarte: “Os maroiços são a epopeia de pedra do homem do Pico”), ensaiou as culturas, ga-rantiu as subsistências. Devido a esse tremendo esforço físico, e tendo ainda em conta fa-tores que se prendem com o pa-trimónio genético – e cá vai mais um dado para esta minha especu-lação empírica – o picaroto é, em média, mais alto, mais vigoroso, mais rijo, mais entroncado e tem mais arcaboiço do que o faialen-se. Vê-se a olhos vistos. De igual modo, a mulher do Pico é, percen-tualmente, mais alta e mais cor-pulenta do que a mulher do Faial. “Os homens do Pico são os ho-mens mais sãos que conheço. Ve-jo-os diante de mim como torres e um olhar que não engana”, es-creveu Raul Brandão em As Ilhas Desconhecidas (1926).

Também Vitorino Nemé-sio sabia do que falava quando escreveu: “O pi-caroto é a nata das ilhas

e, em verdade, nenhum açoriano se lhe avantaja na conceção sé-ria da vida”, Corsário das Ilhas (1956). O facto de eu há três décadas residir no Faial, ser natural da Graciosa e ter vivido dez anos na Terceira deixa-me à vontade para dizer isto: a maior beleza natural do Faial é mesmo o Pico – espe-táculo e barómetro de todo o ano para os faialenses. É claro que a vingança picarota serve-se fria e em doses de catártica ironia: “O

melhor que o Faial tem é a lancha para o Pico”, ou aquela de se avis-tar, da Madalena, “três ilhéus: o Deitado, o em Pé e o Luminoso” (sendo este último referente ao Faial em frente)…Para as gentes do Pico acabaram-se para sempre as mordomias e as subserviências para com os faialenses que, supostamente, não lhes deixam espaço para o desen-volvimento. Ripostam os faialen-ses que andam fartos dos canoros queixumes dos picarotos.(Se Freud fosse para aqui chama-do, eu diria mesmo que estamos perante uma questão edipiana mal resolvida)…Estou a tecer diferenças que são ancestrais e profundas: o faialen-se é mais mar do que terra. Isto é, o Faial, através da sua cidade, desde muito cedo evoluiu para o mar, pois que sempre esteve de-pendente dele e do que dele (pro)vinha – comércio marítimo, rea-bastecimento de frotas, porto de acolhimento, reparação e repouso das tripulações. A partir de finais do século XVIII a Horta abriu-se a gentes de todas as raças e de todas as proveniências. Tal cir-cunstância padronizou a vida, os hábitos e os costumes dos faialen-ses. Estes, já no século XIX deno-minados “contrabandistas esper-tos”, souberam disso tirar partido: adaptaram-se a essa coabitação e assim se tornaram “ilustrados”, “cultos” e “hospitaleiros”, adje-tivos recorrentes na literatura de viagens do século XIX.Inversamente o picaroto é mais terra do que mar. E isto porque o Pico, ”ilha maior”, virou-se para dentro de si próprio, para o inte-rior dos seus numerosos povoa-dos, para o trabalho da terra (o do mar foi sempre um complemento), revendo-se, com orgulho, na sua esplêndida e assombrosa monta-nha, fonte de todas as energias, magias e meteorologias. Sim, o Pico é uma ilha poética e profun-da!O que no picaroto é aspereza, no faialense é “cosmopolitismo”. O picaroto é aferro ao trabalho. O faialense é preguiça contem-plativa. O picaroto tem manha e sotaques mil. O faialense tem a soberba flamenga. O picaroto é destemido e tenaz. O faialense é indolente e exuberante. O Pico é ruralidade, casticismo e tradição. O Faial é urbano, gosta de iates e tem a cultura náutica da “Semana do Mar”…Há 30 anos que me encanta assis-tir a tudo isto nos dois lados do Canal. E podem crer: je m´ amu-se, que é como quem diz – divir-to-me à brava.

Estar Vigilantes

Page 9: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

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10 1 de Setembro de 2012COLABORAÇÃO

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11COLABORAÇÃO

A SECAUm Facto que deve ser to-mado a sério: a Seca

Os Estados Unidos estão so-frendo uma seca em larga esca-la, mais de 60% da Nação está a ser afectada. O Departamento da Agricultura, (USDA) já declarou mais de 1.000 Condados, acima de um terço da Nação, estado de desastre natural. Esta é a maior declaração, em quantidade de Condados, alguma vez feita por este Departamento. Estes núme-ros podem continuar a aumentar se a seca persistir.A seca é real, e está causando des-truição nacional. Na California a seca é sempre uma preocupação, a estação chuvosa nem sempre é normal e a demanda é imensa, mas nesta altura grandes regiões dos Estados Unidos, dependentes das chuvas nas quatro estações, estão já sentindo os efeitos da seca que pode criar uma crise na-cional para produtores de carnes e leite. Mas aqui perto de nós, por exemplo “Kings County”, está decidindo se vai ou não renovar a declaração de emergência da seca em efeito desde 6 de marco. Mo-desto declarou estado (1) de seca, e pela primeira vez em 134 anos o Vale Central não recebeu nenhu-ma precipitação durante o ultimo mês de Dezembro.A época de 2010-2011 proporcio-nou grandes quantidades de neve nas Serras, que foi capturada nos reservatórios, o que pemitiu que este ano corrente oferecesse uma certa normalidade. A previsão para o próximo Inverno é de que grandes tempestades “El Nino” virão do Pacífico no fim deste ano e a California vai apanhar uma boa “molha”, caso contrário será motivo de inquietação.A presente seca no “Midwest & East” combinada com grande calor e alta humidade do ar, está fazendo notícias nacionais. De acordo com “U.S. Drought Mo-nitor”, temperaturas altas e seca, estão contribuindo para a rápida deterioração das colheitas e dos solos, com algumas importantes colheitas, tais como milho e sor-go (sorghum), quase totalmente

perdidas. Os efeitos desta seca estão já afectando os preços das rações para aves e animais, que inevitávelmente vai passando ao consumidor, assim como todos os produtos alimentares que usam produtos acessórios do milho nas suas confecções, e são muitos.A California que já se habituou à poupança da água, devido à sua grande demanda por este precioso líquido, tem sido motivo de con-trovérsia a sua distribuição, entre meio ambiente, agricultura e uso doméstico. Muito mais terá que ser feito se a demanda continuar a aumentar, mas na agricultura o uso da água tem declinado desde 1980, devido à grande inovação dos sistemas de irrigação e esco-lha das culturas certas para cada região, e o uso da água nas áreas urbanas tem-se mantido estável desde 1990. Um estudo feito por “Policy Institute of California” indica que as faltas de água não tem desencorajado o crescimen-to. Afortunadamente a Califor-nia aprendeu a gerir as suas re-servas de água, assim como as carências desta em anos de seca, usando reservatórios à superfície, as suas bacias de água subterrâ-nea, programas de conservação e mercados de água para volun-táriamente relocalizar as suas reservas. O Estado não pode no entanto evitar uma grande catás-trofe de “1.000 anos”, tais como um grande sismo, que possa pôr em perigo o coração do sistema de colheita da água do “Sacra-mento River & San Joaquim Ri-ver Delta”. Se imaginarmos uma falha num dique no Delta num ano de seca, poderia trazer a água salgada da Baáa de San Francis-co e manchar as reservas de água doce do Delta, interrompendo a sua exportação por todo o Estado num círculo de dois anos.A USDA nas suas estimativas no mês de Julho, anunciou uma possivel redução de cerca de “20 bushels” por acre, na produção de milho-grão, a maior descida mensal nestas estimativas desde a seca de 1988. Se for este o caso, será uma perda de incalculáveis proporções.

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

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12 1 de Setembro de 2012COMUNIDADE

GraciosaProcissão do Senhor Santo Cristo

Realizou-se em Santa Cruz da Graciosa a tradicional Festa em Louvor ao Senhor Santo Cristo. No Domingo, o dia esteve muito mau com muita chuva e vento e mesmo assim e incompreensívelmente decidiram fazer a Procissão de qualquer maneira. Fotos da Foto Iris Graciosa

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13 COMUNIDADE

Apresentada a biografia de Manuel Eduardo Vieira

Com o Salão de Festas de Nossa Senhora da Assun-ção cheio de gente, realizou-se no dia 17 de Agos-to, a apresentação da biografia de Manuel Eduardo Vieira, "O Rei da Batata Doce", da autoria de Li-duino Borba. Carlos Vieira serviu de MC e foi apre-sentando os convidados da noite: Duarte Soares,

Manuel Sousa, Liduino Borba e Maria Hortênsia Silveira (à direita), que apresentou o livro. No fim, Manuel E Vieira contou algumas passagens da sua vida e emocionado agradeceu a presença de tantos amigos. Foi uma noite para ser lembrada.

Carlos Vieira, Manuel Eduardo Vieira, Maria Hortênsia Silveira, Manuel Fontes Sousa, Liduino Borba e Duarte Soares.

Duarte Soares, Presidente da Festa de Nossa Senhora da Assunção, agra-deceu a presença de todos e convidou-os a disfrutar a festa

Manuel Fontes Sousa, Pastor da Igreja de Nossa Senhora da Assunção e grande amigo dos Vieiras, falou sobre o biografado bem como da sua família.

Liduino Borba historiou a feitura do livro e agradeceu a oportunidade de ter contri-buido para que muitos conheçam a vida de Manuel Eduardo Vieira como industrial

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14 1 de Setembro de 2012

Festa de Nossa Senhora da Assunção FESTAS

Grupos Folclóricos das Crianças da paróquia fizeram movimentar jovens desde os 3 aos 15 anos Tudo pronto no Bazar - muitos e bons prémios para a rifa

Um leque de grandes cantadores: Adelino Toledo, José Ribeiro, António Azevedo, Vital Marcelino, Bruno Oliveira (jorgense e primeira vez na California) e António Isidro Cardoso Peça de Teatro, encabeçada por Adelino Toledo - um tribunal meio-pateta

Grupo Etnográfico do Vale de San Joaquin

A Festa de Nossa Senhora da Assunção de Turlock comemorou o 14º Aniversário da nova Igreja e o programa da festa estava muito bem eleborado. As novenas presi-didas pelo novel padre santa-barbarense Tiago Tedéu, decorreram do agrado do povo. As pregações foram condizentes com o tema da festa. Na Quinta-feira, dia

16, e depois da Novena realizou-se folclo-re juvenil no coreto, seguindo-se uma peça de teatro no Salão, terminando a noite de uma maneira estrondosa com a estreia do Quarteto de Nossa Senhora da Assuncão (ver foto abaixo) que brilharam até mais não poder. Foi um momento inesquecível para a nossa comunidade. Quem o perdeu

vai lastimar-se por muito tempo. Na Sexta-feira, apresentação da biografia de Manuel Eduardo Vieira, seguindo-se cantoria, que acabou já passava da uma hora da manhã, com salão super cheio. No Sábado, Bodo de Leite com o tema "Música e Carros do Passado" e Pézinho, seguindo-se concer-tos, folclore. As 4:30 houve Fado na Igre-

ja e à noite espectáculo com Nélia e o seu conjunto e também cantoria entre Bruno Oliveira e António Isidro, cujo tema não entusiasmou a multidão que lá estava.Domingo, missas e procissão, concertos, arraial e à noite O Quarteto mais os dois jovens, acabando com as Maxi Girls.

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15 FESTAS

No Domingo houve várias missas, seguindo-se almoço ofere-cido a todos os presentes. Concertos das Bandas convidadas: Azores Band of Escalon, Lira Açoriana de Livingston e Nova Artista Açoriana de Tracy. Arrematações e arraial. Depois da Missa da Juventude houve a habitual Procissão, presidida por Stephne Blaire, Bispo de Stockton e acompanhada por muito gente.

Aspecto da Igreja um pouco antes do começo da Missa de Festa das 11:00 horas. O pregador foi Tiago Tedéu, vindo da Terceira e muito recentemente ordenado padre

Muita criatividade no Bodo de Leite, com a participação de muita juventude e de lindos carros antigos

Elvis Presley e os seus fans

Fátima e João Mendes (Tes.), Jorge e Graça Duarte (VP), Lucia e Duarte Soares (Pres.)

Homenagem ao Fado na Igreja - "O Fado Português como Experiência de Fé". Um dos mo-mentos mais altos da festa. Tito Rebelo, Lysandra Jorge, Melanie Oliveira, Zélia Freitas, Adelino Toledo e Aurélio Oliveira, acompanhados por Helder Carvalheira, Manuel Escobar e João Cardadeiro. Um grande espectáculo. Embaixo: Grupo Folclórico Nove Estrelas

Os loucos anos dos 60's com os BeatlesManuel Sousa e Tiago Tedéu em frente à imagem de Santo AntãoCoro da Igreja de Nossa Senhora da Assunção

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16 1 de Setembro de 2012FESTAS

Começo da Missa da Festa com a Igreja cheia de fiéis como é habitual. Este ano o pregador foi um jovem padre ordenado há apenas dois meses. Possívelmente foi caso inédito ser pregador de uma festa tão cedo na vida sacer-dotal de qualquer padre. Foi uma aposta ganha de quem aceitou tal desafio.

Manuel Fontes Sousa, pastor da Igreja de Nossa Senhora da Assunção; Victor Silveira, diácono; Tiago Tedéu, recentemente ordenado padre e João Fontes Sousa, diácono

Nancy Lourenço, Lysandra Jorge, Melanie Oliveira e Zélia FreitasAspectos da Missa e da ProcissãoEmbaixo: Durante o Ofertório

Dimas Toledo e Melanie Oliveira

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17 FESTAS

Manuel Fontes Sousa, pastor da Igreja de Nossa Senhora da Assunção; Victor Silveira, diácono; Tiago Tedéu, recentemente ordenado padre e João Fontes Sousa, diácono

Dimas Toledo e Melanie Oliveira

Stephen Blaire, Bispo de Stockton presidiu à Procissão e no fim teve palavras de muito apreço pela festa em Louvor de Nossa Senhora da Assunção

Tiago Samuel Ormonde Tedéu, com Ordenação Presbiterial na Sé Catedral de Angra a 17 de Junho de 2012, e Missa Nova a 8 de Julho na Igreja Paroquial de Santa Bárbara das Nove Ribeiras, natural desta mesma freguesia, teve a sua mais importante estreia na vida sacer-dotal, pregando nas novenas e nas Missas de Festa realizadas na Igreja de Nossa Senhora da Assunção. Foi uma aposta corajosa, quer no convite quer na aceitação. Se houvesse uma clas-sificação a atribuir ao seu desempenho, poderia-se dizer que o jovem padre teve nota muito alta e foi muito apreciado pela nossa comunidade.

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18 1 de Setembro de 2012FESTAS

Graça e Jorge Duarte (Vice-Presidente) e família

Aspectos da Procissão, presidida por Stephen Blaire, Bispo de Stockton

Lucia e Duarte Soares agradecem a presença de todos, bem como a ajuda de toda a comunidade.O Bispo de Stockton tem vindo muitíssimas vezes à Procissão de Nossa Senhora da Assunção. É uma pessoa muito conhecida da nossa comunidade.

Famíla Soares, que presidiram este ano às festividades em Turlock

Page 19: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

19 FESTAS

Knights od Columbus sempre presentes nas nossas festas

Page 20: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

20 1 de Setembro de 2012PATROCINADORES

Page 21: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

21 PATROCINADORES

folclore Português da Califórnia

11h00 – Missa Campal no Parque da I.E.S. em frente à capela.

12h00 – Almoço Tradicional de sopas e cozido, arroz doce, vinhos e

sumos, servido no salão.

Adultos - $15.00/Crianças 6 a 12 - $7.50.

14h30 – Sessão de Aprendizagem sobre o folclore Açoreano na sala do

P.A.C. grátis a todos com a presença do Sr. Manuel Goulart

Serpa, palestrante e professor vindo da ilha do Pico.

16h45 – Hinos e Início das Actuações dos 17 Grupos Folclóricos da

Califórnia e Idaho no parque da I.E.S.

21h00 – Baile ao ar livre com o conjunto “Raça”.

Sábado, 29 de Setembro, 2012 Salão da I.E.S. 1401 E. Santa Clara St. San Jose, CA 95116

Durante a tarde haverá quermesse, snack bar, venda de massa sovada e filhós fresquinhas, leilão

silencioso, e bom convívio. Para mais informações poderá contactar 408-472-1051.

30° Festival

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22 1 de Setembro de 2012COMUNIDADE

Contactar:Anna [email protected]

Realiza-se em Ponta Delgada de 30 de Agosto a 3 de Setembro a XV Assembleia Geral das Casas dos Açores. A casa dos Açores de Hilmar estará representada por Manuel Eduardo Vieira.

PROGRAMAÇÃO

Dia 30 de agosto (quinta-feira):

18:00hs – Audiência com Sua Excelência Presidente do Gover-no Regional, Palácio de Santana, Ponta Delgada.

19:30hs - Jantar de abertura, Te-atro Café, Ponta Delgada com a intervenção da Diretora Regional das Comunidades, Dra Maria da Graça Castanho.

21:30hs – Peça de teatro “7 Via-gens de Jeremias Garajau”, Tea-tro Micaelense.

Dia 31 de agosto (sexta-feira):

10:00hs - Sessão de abertura da Assembleia Geral, com os se-guintes tópicos: • Apresentação de todos os par-ticipantes, representantes das Ca-sas dos Açores;• Apresentação de nova candida-tura para membro do CMCA;

• Aprovação geral da programa-ção apresentada;• Leitura e possível ratificação da ata da última Assembleia Geral realizada;• Divulgação das personalidades a serem homenageadas com as Medalhas de Honra ou Mérito do CMCA, apresentando os critérios considerados para a escolha des-tas personalidades;• Divulgação da escolha do “Pro-duto Açoriano de Qualidade”.

11:15hs - Início das intervenções livres dos primeiros 4 (quatro)

representantes de cada Casa dos Açores, sendo por ordem de anti-guidade com tempo máximo es-tipulado de 10 minutos para cada Casa.

14:30hs - Continuidade das inter-venções livres, com mais 4 (qua-tro) representantes de cada Casa dos Açores.

16:15hs - Término das interven-ções livres, com os restantes dos participantes.

17:15hs - Apresentação de proje-

tos (Criaçores; Pu-bliçor; “Sabores da Diáspora”; Centro Regional de Apoio ao Artesanato, Ga-leria Fonseca Ma-cedo).

Dia 01 de setem-bro (sábado):

10:00hs - Apre-sentação de novos temas propostos pela Presidência do CMCA para pos-teriores debates (a definir pela Casa dos Açores de San-ta Catarina)

11:30hs - Debate e conclusão sobre os temas apre-sentados anteriormente.

14.30hs – Continuidade dos tra-balhos:•Debate: “Presente e Futuro do CMCA”.

16:15hs - Continuidade dos tra-balhos:• Conclusões da Assembleia Ge-ral;• Entrega da Bandeira do CMCA ao novo Presidente;• Discurso do Presidente cessante;

• Discurso do Presidente empos-sado;• Encerramento da XV Assem-bleia Geral por Sua Excelência Presidente do Governo Regional;• Entrega das Placas alusivas ao XV Assembleia Geral do CMCA e troca de lembranças entre as Casas dos Açores participantes.18:30hs - Encerramento dos tra-balhos do dia.19:00hs - Cocktail de encerra-mento, Hotel VIP.• Cerimónia de entrega das Me-dalhas de Mérito do CMCA;• Entrega da distinção “Produto Açoriano de Qualidade”.

XV Assembleia Geral das Casas dos Açores

Não falte às Corridas de

Toiros na California.

Page 23: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

23 TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

O tempo realmente passa muito de-pressa. Não foi há muito tempo

que começou esta época taurina e já estamos a fa-lar nas ultimas corridas. Segundo parece falta ainda um festival e três corridas. O festival com certeza que já se realizou quando este jornal sair mas não gos-taria de deixar de o men-cionar devido à boa causa para que foi montado. Um festival de beneficência é sempre algo de bonito que se possa fazer para bem de uma boa causa, neste caso sendo a favor das crianças com Autismo e Cancro. Normalmente nos festivais todas as rixas são postas de parte para bem da cau-sa. Os organizadores têm sempre o cuidado de con-vidarem o maior número

de artistas possíveis, para atrair os aficionados afim de adquirirem maiores pro-veitos. É claro que não se pode convidar todo o mun-do, mas num meio taurino pequeno e muito restrito como o nosso da Califónia, não se consegue perceber como é que os Forcados Aposento de Turlock não

participam no festival. Não seria muito melhor os orga-nizadores convidarem os três grupos como fizeram com todos os cavaleiros lo-cais para poderem chamar o maior numero de pessoas

para beneficio das crian-ças? É realmente pena que as politiquices dos maldi-tos partidos conseguissem manchar tão boa iniciativa. Com tudo isto não deixo de desejar o maior sucesso possivel porque quem be-neficiará com isso são as crianças necessitadas.No mês de Setembro e

Outubro teremos as ul-timas corridas da época. A começar com a corrida da Festa de Nossa Senho-ra dos Milagres, diria que a corrida está muito bem montada em vários aspec-tos. Primeiro diria que um concurso de ganadarias é sempre uma boa aposta. Depois estarão presentes os três grupos de forcados locais. Quanto aos cavalei-ros, além de Paulo Ferrei-ra, estarão Tiago Pamplona e Rui Lopes, da Terceira (na foto à esquerda). O Tony Nunes foi bastante astuto na montagem des-ta corrida porque sabia de antemão que iria despertar interesse à grande maioria dos aficionados. Aqui é que se poderá dizer que os par-tidos podem-se tornar be-néficos para a festa porque os aficionados quererão ver o seu melhor ganadei-ro, o seu melhor grupo de forcados e o seu melhor cavaleiro. Assim sim, po-demos dizer que é bom ter partidos logo que seja para o bem da festa brava.Quanto a Thornton tere-mos um dos melhores ca-valeiros de hoje em dia a tourear em Portugal que é Luis Rouxinol. Em praça com ele, para tourearem no Sábado, estarão Sónia Ma-tias (foto abaixo) e Sário Cabral. Também estarão

os três grupos de forcados locais para pegarem touros de Manuel do Carmo e de Germano Soares. É real-mente um cartel de chamar gente, principalmente para uma corrida em que não há bilhetes oferecidos. É bom ver Manuel do Car-mo reaparecer com os seus touros na praça de S. João de Thornton aonde já con-seguiu bons triunfos. Para Germano Soares esta cor-rida será de grande respon-sabilidade por ser a sua es-treia numa feira importante como a de Thornton. Para finalizar mesmo a épo-ca taurina de 2012, teremos a corrida da Segunda-Feira com Luis Rouxinol, Paulo Ferreira e Luís Procuna (ultima foto à direita). Tou-ros da Açoriana e o grupo de forcados Amadores de Turlock. Corrida também bem montada tendo um aspecto a realçar que é o de haver dois touros para o toureio a pé. Se formos a ver, nesta época taurina muito pouco se viu toure-ar a pé. É realmente pena esquecerem-se que as cor-ridas tradicionais, tanto na Terceira como aqui, eram sempre montadas com dois matadores e um cavaleiro, mas as coisas mudaram tanto lá como aqui. Não quero dizer que deveria ser sempre dois matadores e um cavaleiro, mas pelo menos haver mais corridas com matadores, especial-mente com a facilidade de se contratarem matadores do México que viriam a bom preço. Para as ultimas corridas desta meta final de 2012, os nossos maiores desejos de grandes triunfos. Todas elas têm todos os elemen-tos necessários para haver sucesso, agora só precisa haver a participação dos aficionados com a sua comparência nos eventos, com zelo para contribuir para o progresso da festa brava.

A bem da Festa Brava

Saudo todos aqueles que par-ticiparam na ultima Corrida de Dundalk no Canadá e muito em especial os vence-dores dos prémios em disputa: Joana An-drade, melhor lide a cavalo; Tony Oliveira, do Grupo de Merced, melhor pega. Saudo Élio Costa por tentar implementar com consistência a festa brava no Canadá, este ano prejudicada pelo mau tempo. fotos de luis melo

Pamplonas na GraciosaA Feira da Graciosa decorreu bem, com cartéis do agra-do do publico. Tourearam os seguintes artistas: João Moura, Tiago e João Pamplona (na foto). Forcados da Tertulia Terceirense e do Ramo Grande. Triunfos dos Irmão Pamplonas. João Moura esteve ao seu nível. Toi-ros incomodaram os forcados.

Reflexões Taurinas

Joaquim [email protected]

A Época Taurina 2012 na sua recta final

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24 1 de Setembro de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

Page 25: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

25PATROCINADORES

Participe nas nossas festas tradicionais

408-706-1773

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26 1 de Setembro de 2012COMUNIDADE

No passado dia 10 de Agosto a Portugue-se Fraternal Society of América recebeu oficialmente o Senhor Dr. Nuno Vaultier Mathias, Cônsul Geral de Portugal em São Francisco na sua sede em San Leandro.

CEO Timothy L. Borges recebeu o Cônsul e depois duma visita ao Museu da P.F.S.A e à Biblioteca J. A. Freitas, o Dr. Nuno Mathias teve a oportunidade de conhecer vários membros da Directoria e Oficiais Supremos. Entre os presentes estavam John A. R. Salvador, Presidente do Con-selho de Administração, Mary G. Medei-ros, Presidente de Assuntos Fraternais e Richard Castro, Presidente Supremo da Sociedade. Entre os convidados estiveram o Presidente da Camara de San Leandro, Stephen Cassidy e Senhora D. Manuela Silveira recentemente aposentada do seu cargo de Vice-cônsul de Portugal em São Francisco.

Cerca de 60 convidados tiveram a opor-tunidade de falar com o Senhor Cônsul. Depois dum delicioso jantar, Dr. Nuno Mathias dirigiu a palavra a todos os con-vidados falando sobre a importância de mantermos fortes os laços entre Portu-gal e a Califórnia e nos planos que tem, como Cônsul, em participar e ajudar em projectos que beneficiem a comunidade portuguesa. O Presidente da Câmara fa-lou das contribuições que a comunidade Portuguesa de San Leandro tem feito nos últimos cem anos.

Para terminar, o Presidente Supremo Ri-chard Castro agradeceu a presença de to-dos os convidados e ofereceu ao Senhor Cônsul uma placa Congratulatória e de Boas Vindas.

IFG

fotos de Lidia Mata

P.F.S.A deu Boas Vindas ao Cônsul-Geral de Portugal

Esq/dir: John A. R. Salvador, Chairman of the Business Board; Duarte T. Teixeira, Supreme Vice President; Richard J. Castro, Supreme President; Dr. Nuno Vaultier Mathias, Consul General of Portugal in San Francisco; Mary G. Medeiros, Chairman of the Board of Trus-tees; Stephen Cassidy, Mayor of San Leandro and Timothy L. Borges, CEO

Nuno Mathias e Richard Castro

Page 27: The Portuguese Tribune, September 1st 2012

27 COLABORAÇÃO

Manuel Machado Ávila

Nascido na pri-mavera de 1916, nas Doze Ribeiras da

vizinha Ilha Terceira, Ma-nuel Machado Ávila, veio tenro para a Graciosa su-pervisionar obras públicas. Instalou-se, floriu duas ve-zes em descendência, fa-zendo por 60 anos da ilha branca o seu "horizonte li-berto", até que o poderoso barqueiro o levou na gran-de viagem em 2001.Tornou-se uma nossa Ins-tituição, porque se deu de corpo e alma ao exercício da sua actividade, sendo de inteira justiça e boa hora, a mostra que o Museu da Graciosa nos oferece à re-flexão, numa homenagem sem favor, devida a um ho-mem generoso, pertinaz e criativo, com elevado sen-tido de cidadania, que se dedicou a tempo inteiro à causa pública e ao bem ser-vir o próximo.Foi meu Professor de In-trodução ao Direito, numa cadeira basilar com que se abria o 1º ano, tão vasta e árida, como aterradora, porque cheia de concei-tos abstractos, um homem exigente, seco de carnes, e de comportamento austero e distanciador. Em dado momento esmiuçava ao detalhe sobre a significân-cia do conceito jurídico e filosófico do que era uma Instituição, sintetizando que esta, tanto podia ser um conjunto de circuns-tâncias ou de patrimónios imateriais, como podia ser encarnada em alguém cuja força e efeito se difundia na sociedade, tornando-a genuinamente sua e com ela se confundindo em identidade ou presença. O Lente entusiasmou-se, ao referir que uma Instituição era para ele, sem nenhuma dúvida, o caso de Amália Rodrigues, porque alguém que se afirmava atraves-sando o país no todo ou fora dele, tornando-se num autêntico símbolo de portu-galidade.À dimensão do nosso ta-manho de ilhéus, o Sr. Ávila, é uma personalidade referente nos nossos dias,

com registo na obra que desenvolveu no desempe-nho profissional, no toque criativo e estético que foi seu timbre deixar, e que o fez distinguir dos demais na sociedade e no tempo em que se integrou. É por isso, que me faz convocar para dentro dos seus feitos, o conceito de instituciona-lidade, que antes ligeira-mente, referi.

Manuel Machado Ávila é uma Instituição que presti-gia a Graciosa e nos orgu-lha evidenciar!Tarefa difícil esta a que me encarregou o Director do Museu, Dr. Jorge Cunha, qual seja o de apresentar esta personalidade, um ho-mem de quem já foi muito dito e muito há para dizer. Nem méritos académicos tenho para teorizar sobre o assunto, e um outro tanto de distância, no tempo, nas circunstâncias, ou na con-vivencialidade, com a per-sonalidade curiosa e cheia de curiosidades, que foi Manuel Machado Ávila.Conheci o Sr. Ávila, ho-mem feito e despojado, pai de família, assumin-do causas sociais, espírito religioso e de convicções fortes, dinâmico, no pleno das suas responsabilidades profissionais.Batalhava num tempo de escassos meios e modos de acção bem diversos daqueles que nos oferece a nossa contemporanei-dade. Era ele, o rosto e a guarda avançada da Junta Geral Autónoma das Es-tradas, sedeada em Angra do Heroísmo, organismo que tinha a seu cargo, en-tre outras missões, rasgar e conservar as vias públicas, que a Graciosa possui na grandeza indirecta do seu tamanho de pouca terra.Homem inquieto, quase hi-peractivo, de passo apres-sado, mãos e braços envol-vendo envelopes cheios de papelada, nunca se eximia de parar à conversa com alguém, ouvir algum re-paro, responder a alguma solicitação no âmbito das suas perícias ou negociar algum aspecto que exigia

diplomacia.Tudo era tempo ganho. Tudo dele merecia entu-siasmo e dedicação.Tinha o Sr. Ávila mais von-tade do que método, mas a palavra NÃO não fazia parte do seu dicionário de vida. Afadigado, estava po-rém, disponível para tudo e todos, respondia como po-dia e com o melhor do seu empenhamento e destreza, esque-cendo horários, fértil em deixar esfriar a refeição em casa, e não raro enchendo de cuidados pela de-mora, a esposa, a Sr.ª D. Domitília a quem ele venera-va, compensando a generosa com-preensão do seu estar ausente de casa, em tarefas ao serviço dos ou-tros.Dizia-se socialista convicto e era-o no seu mais ge-nuíno sentido da humanidade de serviço a favor do próximo.Se fosse preciso fazer um projecto duma moradia, algo para um evento, o de-senho de uma janela, um simples croqui, era da sua pena, às vezes ali mesmo, no meio da rua, que o Sr. Ávila puxava da caneta ou do lápis para demonstrar o que era preciso em ex-celentes desenhos que ul-trapassavam um mero es-quiço. É disso exemplo um que apresentou no Tribunal para evidenciar um aciden-te de viação ocorrido entre uma viatura dos serviços e um particular, ou outro, para documentar um ar-rombamento na casa da pa-róquia de Santa Cruz, nos quais o nosso Sr. Ávila se expandia em pormenores de localização que ultra-passavam em muito a mera forma esquemática como era pedida em juízo.Não fora esse gosto, e não teríamos tão vasta a maté-ria para nos debruçarmos e apreciarmos hoje.Distinto aluno nos bancos

da escola que frequentou em Angra do Heroísmo, Manuel Machado Ávila, não desiludiu os seus dotes na vida civil. Homem tími-do, reservado, pouco dado a festas ou à visibilidade social, reflectia e partilha-va também, a seu modo, as convicções que tinha, quando escrevia textos. Publicou um livro de autor

com sonetos e quadras, o "Horizonte Liberto"; escre-veu artigos de opinião em jornais e neles, divulgou poemas, intervindo com espírito cívico, crítico e criativo. Desenhador exí-mio e retratista, pintava, foi escultor, fazendo alguns moldes alusivos a persona-lidades de relevo que con-siderava, como é o caso do busto do Sr. Dr. Manuel Gregório Júnior, em frente ao então Hospital da ilha, na Avenida Mouzinho de Albuquerque. Igualmente, saíram de suas mãos o desenho de rótulos dos vinhos e aguardentes "Terra do Conde". Numa das vezes acompanhei o Eng. Raul Costa para opi-nar sobre o projecto do desenho, já que o Sr. Ávila estava inseguro sobre o re-sultado da sua criação. Ar-gumentava faltar, um ca-cho de uvas num canto, ou uma faixa em outro ponto, e apesar do agrado e do elo-gio do efeito, havia aquele perfeccionismo que ele buscava que o perseguia à tormenta, antes de dar ao mundo os seus traços.O desenho era para ele uma paixão, quase um ví-cio!

Falar do Sr. Ávila é pois abrir uma caixa sem fundo e dela tirar efeitos variados e incompreen-didos.

Para além do acima dito, e é pouco e residual, porque apenas fogachos da vida que não se espartilha em

palavras de ocasião, não ficaria completa a perso-nalidade deste graciosense de percurso, sem referir as suas recorrentes e insólitas distracções, que dão um pi-toresco colorido aos nossos momentos de convívio.Convoco algumas das mais célebres: - aquele dia, quan-do confidenciava a alguém na Praça a sua preocupação

por algo que tinha na mão, que não sabia o que era, e de repente se ter lembrado que era o filho que trou-xera pela mão e ha-via deixado fechado, "por esquecimento" no gabinete de tra-balho; - como deixou cair uma máquina de escrever que trans-portava na mão, para com a mesma mão, cumprimentar al-guém que desembar-cava no navio; - de como saiu para a mis-sa com duas gravatas assentes no colarinho da camisa; - ou o de se ter passeado por engano, com a troca dum seu casaco por outro da farda de um

músico da filarmónica, que jantava na sua casa.Quando lhe lembravam es-sas ocorrências, divertia-se e gracejava, afirmando que esses episódios ou o facto da sua acentuada miopia, nunca o terem impedido de aprofundar o essencial da vida. Tinha razão.Num soneto de sua lavra, fez o seu auto-retrato, com fina ironia, que cito em ex-certo:"prefere à vil grandeza, o que é modesto/ na terra...mau nariz, bom coração/ na lua...passa a vida sem protesto!/ Teimoso, e com manias de poeta/ de todo míope, embora aquele ce-gueta/ às vezes veja mais de que o Diabo.../ com menos qualidades que de-feitos/ senhor do seu nariz, sem preconceitos/, mas ter-rível se alguém lhe trinca o rabo!"Perseverante e empenhado até ao fim, o seu desem-penho profissional foi lou-vado pelas hierarquias. O Sr. Ávila agradeceu com dignidade e orgulho, e sem nenhuma soberba aceitou a merecida distinção.Respeitado e respeitador, tinha o seu quê de irreve-rência e de insubmissão. Afirmava que, se lhe da-vam autorização para abrir uma estrada com 5 ou 6 m, ou melhorar alguma curva, lhe acrescentava uma mar-gem maior, insistindo pela necessidade ou pelo efei-to prático da durabilidade ou eficácia, fosse com um muro de pedra, fosse, um passeio de empedrado, que

desenhava com gosto, tudo acertado por outras mãos hábeis que caboucavam sob a sua orientação.São de sua responsabili-dade e primorosos, como bordados de filigrana, os desenhos calcetados dos passeios exteriores da Pra-ça Fontes Pereira de Melo; na Avenida: o logótipo dos CTT em frente aque-le edifício, ou os símbolos da Justiça, em frente das então casas de função dos magistrados. De sua au-toria entre outras, são as escadas e muros exteriores da Igreja Matriz, da Igreja da Misericórdia (de Santo Cristo), em Santa Cruz, o arranjo do Largo de Gua-dalupe, o da Ribeirinha com seu coreto ao centro, etc. Pelas estradas da Ilha derramam-se muros de pedra, por ele harmoniosa-mente gizados, sendo dos últimos trabalhos o arranjo de cantaria no aeroporto, onde o Sr. Ávila sonhava edificar um monumento ao Emigrante.Falar do Sr. Ávila é pois abrir uma caixa sem fundo e dela tirar efeitos varia-dos e incompreendidos. E muitas interrogações, algo incómodas, como estas:- Manifestámos o nosso apreço e gratidão a este ho-mem?- Terá ele sentido afecto por parte dos graciosenses?- Terá sido feliz o Sr. Ávi-la?Questões sem resposta, pe-rante a verdade de que "Sa-beremos cada vez menos o que é um ser humano".Ficam estas notas. Simples, subjectivas, e de incomple-tas banalidades. O público sim ajuizará pelos seu pró-prio olhar sobre os méritos dos trabalhos, que aqui se apresentam em exposição.Numa leitura de Lídia Jor-ge encontrei uma passagem eloquente que sintetiza me-lhor o que quis dizer, e não soube, e cito: "Dizem que a lembrança é a mamã da História. É mentira, só o registo é o pai da História, e também o seu filho. De resto, lem-brança é lembrança, fica e mora connosco, mais nada. Tão longa e tão curta quan-to a nossa vida.A nossa vida, se bem vivi-da, não é da História, é do seu sentido".

* Texto de apresentação na inauguração da expo-sição "Vida e obra de Ma-nuel Machado Ávila 1916-2001", patente no Museu da Graciosa.

in graciosaonline

LembrarOpiniãoMaria Mercês [email protected]

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28 1 de Setembro de 2012 ENGLISH SECTION

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29 ENGLISH SECTION

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30 1 de Setembro de 2012FESTAS

Realizou-se nos dias 2 e 3 de Junho a Festa em Louvor ao Espírito Santo em Arcata, no Norte da California. No Sábado, dia 2, depois do Terço, houve jantar de linguiça e feijão, acabando-se a noite com o Grupo Folclórico Tempos de Outrora, e baile com a Outra Banda, ambos de de San José.No Domingo, dia 3, ás 10 horas realizou-se a Coroação desde o Salão Português até à Igreja de St. Mary's, onde houve a Missa da Festa, com Coroação das Rainhas.Depois do regresso ao Salão, serviram-se Sopas e Alcatra. Houve arrematações durante a tarde.

Festa do ES em Arcata Fotos de Tony Gonçalves

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Festa de Santo António em Tracy, realizada nos dias 11 e 12 de Agosto.Rainha Grande: Victoria Ortiz, aias Adriana Aliva e Diana Tulley.Rainha Junior: Madison Kingberg. Aias Madisyn Windmer e Kaitlyn Castro.Rainha Pequena: Makayla Gomes. Aias Alissa Thompson e Gabriela GodinhoFesta Co-Chairman: Elaine Tavares. Festa Co-Chairman: Frank Gomes. Grand President: Marissa Fuller (foto à direita)

Rainhas Grande (em cima), Junior (embaixo) e Pequena (à esquerda)

Rose Silva King, falando durante a missa de festa

FESTAS

Festa de S. António em Tracy Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

O Pastor de Nossa Senhora da Assunção Manuel Sousa também quiz participar nesta bonita festa de Fátima em Tracy.

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32 1 de Setembro de 2012ULTIMA PÁGINA

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