the portuguese tribune, february 15th 2012

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O Carnaval do futuro somos nós Grupo de Carnaval Cultural Português de San José 25 anos de Actividade Pág. 16, 17 95 Anos Conceição Silveira Dias Pág. 4 Novo CD Chico Avila Lindsey Pavão The Voice Pág. 13 Azorean Whaler exibição na CSU Stanislaus em Turlock Acaba de sair o novo CD de Chico Avila, oito canções, com letras do cantor, Arlindo Alves e Victor Rui Dores. No coro podem-se ouvir as vo- zes de Ilda Maria e Carmencita. Está à venda nas lojas da especialidade. Portuguese Athletic Club 50 anos Pág. 7 QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Fevereiro de 2012 Ano XXXII - No. 1126 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Pág. 15 a 17 foto de Lorraine B. Jacinto Pág. 2

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The Portuguese Tribune, February 15th 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

O Carnaval do futuro somos nós

Grupo de Carnaval Cultural Português de San José25 anos de Actividade Pág. 16, 17

95 AnosConceição

Silveira Dias

Pág. 4

Novo CDChico Avila

Lindsey Pavão The Voice

Pág. 13

Azorean Whaler exibição na CSU Stanislaus em Turlock

Acaba de sair o novo CD de Chico Avila, oito canções, com letras do cantor, Arlindo Alves e Victor Rui Dores. No coro podem-se ouvir as vo-zes de Ilda Maria e Carmencita. Está à venda nas lojas da especialidade.

Portuguese Athletic Club50 anos Pág. 7

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Fevereiro de 2012Ano XXXII - No. 1126 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Pág. 15 a 17 foto de Lorraine B. Jacinto Pág. 2

Page 2: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

Year XXXII, Number 1126, Feb 15th, 2012

2 15 de Fevereiro de 2012SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

O Carnaval está no seu auge e já muitos grupos viajaram a várias cidades desta California sem chuva, para nos oferecer os seus bailinhos, as suas comédias. Da Terceira vieram dois grupos - Vila de São Sebastião e Casa da Ribeira. Sejam bem-vindos a

esta terra de Sol e de amizade.

Como participante activo nesta comunidade tão grande, sinceramente começa-nos a preocupar certos temas recorrentes de vários anos sobre as nossas organizações festivas, as suas contas, desvios, roubos, enfim, o que tem corrido mal, segundo estes enredos brincalhões de Carnaval.Antigamente, antes do 25 de Abril, os nossos bailinhos falavam daquilo que não se podia dizer públicamente ou por escrito. Hoje não é assim e muito menos na California. Por isso não comprendemos estes temas re-correntes do mesmo problema, sem haver casos de justiça, caso os haja e provados em tribunal.

Durante vários anos, mentes doentias encheram de água a Praça de Toiros de Stevinson, antes de importantes Corridas de Toiros. Nunca, que saiba-mos, houve alguma participação à polícia deste criminosos actos.Porque é que somos assim? Afinal para que é que servem os tribunais, se não recorremos a eles para castigar culpados?

A Deputada do PS Alzira Silva está de visita à California. Sempre fomos apologistas das visitas dos representantes dos Açores, para que possam compreender cabalmente as nossas comunidades. É que para falarem de nós, sem nos conhecerem, é muito melhor estarem calados.Seja bem-vinda. josé avila

Justiça, onde estás?

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3PATROCINADORES

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4 15 de Fevereiro de 2012COMUNIDADE

Conheça seu corpo e lembre que cada pessoa metaboliza de uma forma diferente os alimentos. Quem engorda fácil precisa evitar gorduras. Aqueles que sofrem de colesterol alto não devem comer ovos. O sal é nocivo para os hi-pertensos, e quem tem problemas com fermentação passa melhor se não exagerar nos doces, leite e feijão por exemplo.2 – Faça, no mínimo, três re-feições diárias (café da manhã, almoço e jantar) e, se possível inclua um lanche à tarde. Procu-re observar horários fixos e não transforme os finais de semana em “vale tudo”. Assim, gradati-vamente, você comerá menos e manterá níveis de energia sempre estáveis.3 – Metade das calorias ingeridas deve vir de carboidratos comple-xos, que são lentamente transfor-mados em açúcar. É o caso das massas, cereais e féculas, como a batata.4 – Use e abuse das frutas e ver-duras. Elas fornecem as vitami-nas, sais minerais e fibras que re-gulam o funcionamento do corpo. A regra geral é consumir de 3 a 4 frutas diferentes por dia, sendo uma rica em vitamina C (laranja, kiwi, goiaba, caju etc). Duas va-riedades de hortaliças por refei-ção também garantem nutrição

adequada, mas uma deve ser rica em vitamina A (cenoura, beterra-ba brócolis, escarola, espinafre).5 – Varie as fontes de proteína diariamente (carnes brancas e vermelhas, queijos, leguminosas e ovos). É desse grupo que vêm as substâncias para formação e recuperação de músculos, pele e ossos.6 – Reduza o consumo de gordu-ras e açúcares simples, como o refrigerante e doces. Se não fo-rem imediatamente “queimados” pelo organismo, eles se transfor-mam rapidinho em indesejáveis depósitos de gordura.7 – Para assegurar o fornecimen-to de fibras, adote pelo menos um alimento integral – pão ou arroz.8 – Mantenha-se hidratado, be-bendo água ou sucos no intervalo das refeições.9 – Na hora de comer, dê um tempo só p'ra você. Isso significa não “aproveitar” para ver televi-são, ler o jornal ou examinar um relatório enquanto mastiga a co-mida.10 – Fuja dos fast-foods que, em geral, são pródigos em frituras, cremes e alimentos gordurosos, além de forçarem que a refeição seja rápida. Os restaurantes por peso, por exemplo, oferecem maior variedade e permitem equilibrar melhor o prato.

http://www.lagoasanta.com.br/saude/nutricao/comer_bem.htm

Coluna da Saude"Dicas" para comer bem

Projecto "Açorianos no Mundo": Onde Estamos" apresentado em Ponta Delgada

Realizou-se na Cidade de Taunton no dia 26 de No-vembro de 2011 na Igreja da Sagrada Família, uma Missa especial para cele-bração dos 95 anos de Con-ceição Silveira Dias.Seguiu-se uma recepção familiar no Salão Paro-quial da mesma Igreja, com a presença de mais de 60 familiares, entre filhos, netos, bisnetos, sobrinhos, alguns dos quais vindos da California - Arcata, San Leandro, San Diego, além de outros Estados.Esteve presente acompa-

nhada pelo seu marido José Fi-lipe de Freitas, sua irmã Irmínia Freitas, que veio do Porto Mar-tins, Terceira, e que vai fazer 90 anos.A recepção esteve a cargo do conhecido restaurante da cidade de New Bedford chamado "An-tonios", o qual é muito aprecia-

do pelos portugueses daquelas áreas.

Conceição Silveira Dias nasceu na Freguesia de Ponta Delgada, Ilha das Flores, Açores, no dia 26 de Novembro de 1916.Filha de Sebastião Ricardo da Silveira e de Maria da Glória de

Freitas, casou com João Felisberto Dias no dia 2 de Março de 1935.Emigrou para os Estados Unidos em 1967 com os seus oito filhos, os quais ainda se encontram todos vivos.Ficaram a residir em New Bedford por muitos anos, até que passou a viver com a sua filha mais nova, Maria Celina Pen-dextor, na cidade

de Taunton.

José Valadão

Tribuna Portuguesa envia saudações amigas.

Conceição S. Dias95 anos

Conceição Dias com os filhos e genros

A aniversariante com 7 dos seus 8 filhos

Lígia Freitas (neta) , Conceição Silveira Dias e Irmínia Freitas (unica irmã sobrevivente)

A direcção regional das Comuni-dades, a Açorestube e a Açorespro apresentaram o Projecto “Açoria-nos no Mundo: Onde Estamos?”, destinado a emigrantes açorianos e residentes fora de Portugal. A directora regional das Comunida-des destacou a relevância que este projecto assume no conjunto das iniciativas da DRC, sublinhando a importância que têm “as redes sociais, ao serviço da promoção e divulgação dos Açores à escala mundial”, considerando que a sua utilização “é uma aposta inovado-ra que requer maior atenção por parte das entidades governamen-tais, uma vez que através destas são poupados recursos humanos e financeiros” o que, sustenta, “é desejável em tempo de crise”, re-vela nota do GACS. De acordo com Graça Castanho o projecto “Açorianos no Mun-do: Onde Estamos?” integra “um conjunto de iniciativas que visam procurar a localização de emigra-ção açoriana pouco conhecida en-tre nós”, anunciando que a DRC está a trabalhar no sentido “estrei-tar laços entre os Açores e comu-nidades de açorianos na África do

Sul, Angola, Venezuela, Austrá-lia, Timor Leste, Nova Zelândia e outros países da Europa”. O Projecto do concurso “Açoria-nos no Mundo: Onde Estamos?” tem por objectivo a identificação dos espaços de residência dos aço-rianos ou açor-descendentes no mundo, de modo a que “se tenha uma perspectiva mais realista das movimentações do nosso povo nos quatro cantos do mundo”. Para este efeito foi criada uma página na rede social Facebook – www.facebook.com/acorestu-be - para onde cada concorrente, devidamente identificado, poderá enviar uma fotografia para publi-cação, que deverá ser tirada em local fora do território português – local de residência – com o par-ticipante junto a um monumento, internacionalmente reconhecido, desse país de residência, com uma bandeira dos Açores. O concurso decorre até ao próximo dia 30 de Março e o participante, cuja fo-tografia recolha o maior número de “like/gosto” na página do Fa-cebook, será premiado com uma viagem aos Açores.

Ana Carvalho Melo

Page 5: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

5COLABORAÇÃO

Imagens da Segunda Guerrana minha Terra (12)

Como adverti em crónica prévia, o incidente descrito pelo dr. Ra-miro Dutra teria ocorrido (de preferência) em dezembro de

1940, aparentemente motivado por um submarino italiano, conforme as informa-ções que Gustavo Moura, amigo de longa data, me enviou.“Na madrugada do dia 27 de dezembro de 1940 aproximou-se do porto de Ponta Del-gada o cargueiro “Bonita”, com a bandeira de conveniência do Panamá e carregado com carvão da Inglaterra p’ra Buenos Ai-res, na Argentina. O navio vinha persegui-do por um submarino, que se julga seria italiano, pois o torpedo recolhido tinha marcas italianas e a indicação dum fabri-cante da Itália.O submarino disparou dois torpedos que não atingiram o “Bonita”, tendo ambos encalhado junto a Santa Clara, no sítio chamado “Calhau da Areia”, e apenas um deles explodiu com grande estrondo, cau-sando imensos prejuízos nas casas da rua Teófilo Braga, bem como nas casas situa-das na primeira e segunda ruas de Santa Clara. Não se registaram feridos, mas so-mente vidros partidos, por inteiro, naque-las áreas.O torpedo que não explodiu foi desarma-do, desmontado e retirado do local por uma equipa da marinha de guerra portuguesa. O “Bonita” entrou no porto de Ponta Del-gada, consignando-se à “Casa Bensaúde”, e dos respetivos registos consta que teria entrado p’ra reparar avarias e tomar óleo, tendo saído no dia 6 de janeiro 1941”.A presença de submarinos italianos nos

mares dos Açores encontra-se confirmada nas páginas do livro publicado em 1993 ao título “Azores Islands, A History”, da au-toria de James Guill (1924-2004). Assim, aos 12 d’agosto 1940, a leste de S. Miguel, o navio mercante “British Fame” e um outro navio (nome desconhecido) aos 19 d’agosto, foram afundados pelo submarino italiano “Malaspina”, capitaneado pelo co-mandante Leoni. Aos 26 d’agosto, o navio “Livington Court” era afundado pelo sub-marino italiano “Dandolo”, capitaneado

pelo comandante Boris.Em 1941, no dizer de James Guill, “sub-marinos alemães e italianos afundaram 24 navios nas vizinhanças dos Açores, mas nenhum deles era de nacionalidade portuguesa. Frequentemente, barcos aço-rianos de pesca encontravam a flutuar os despojos das vítimas desses ataques dos submarinos”.Os ataques e afundamentos duplicaram em 1942, todos eles perpetrados por sub-marinos alemães posicionados aproxima-

damente a 30 milhas de S. Miguel. Aparentemente, a essa data, os italianos haviam convergido p’ra outras áreas distanciadas dos Açores.Em 1943 a fortuna reverteu a favor dos aliados, que afundaram 22 submarinos alemães. Com o funcionamento de bases aéreas nos Açores, prevaleceu a suprema-cia dos aliados na luta anti-submarina, até ao afundamento do U-549, o último sub-marino alemão a ser atingido na zona es-tratégica dos Açores a 29 de maio 1944.De regresso à “companhia” de Gustavo Moura, fui informado que, “embora sem confirmação específica, era voz corrente entre os açorianos, especialmente gente li-gada às atividades marítimas, de parceria com historiadores e investigadores, divul-gando que os submarinos alemães abas-teciam-se secretamente junto às ilhas dos Açores, nomeadamente nas costas Sul da ilha do Pico e em ambas de S. Miguel, ale-gando ainda que as tripulações desses sub-marinos abordavam com grande frequên-cia barcos de pescadores das nossas ilhas p’rà compra de peixe fresco. Há rumores, também não confirmados, que muitos dos pagamentos foram efetuados com libras falsas, sendo certo que apareceram algu-mas em circulação nos Açores”.Um possível caso de espionagem, narrado pelo distinto advogado terceirense, dr. Ál-

varo Monjardino, ocorreu em 1943 com a descoberta de um emissor instalado num casebre junto ao porto dos Biscoitos, com um barco de borracha ali varado. Tratava-se dum rádio-farol com material “Tele-funken” (famosa marca alemã de equipa-mento radiofónico).A esse tempo, Manuel Costa, um estudante de 16 anos, amador de rádio-eletricidade, foi procurado por dois oficiais portugue-ses. Pediram-lhe ajuda p’ra determinar a origem dum sinal de rádio detetado pela Capitania do Porto d’Angra, mas que não se conseguia localizar. O jovem estudante possuia um rádio-goniómetro, que cons-truira por suas mãos. Utilizando-o a partir de diferentes pontos da ilha, certificou-se que o sinal de rádio provinha do tal emis-sor instalado nos Biscoitos.Com este serviço prestado à causa dos aliados, Manuel Costa foi ricamente re-compensado, tendo emigrado p’rós Esta-dos Unidos em 1948, “onde se graduou em Engenharia, se doutorou em Física e atingiu a docência universitária”.De acordo com Gustavo Moura, que me transmitiu esta notícia, “Manuel Costa, nascido em 1926, confirmou ao dr. Álvaro Monjardino este episódio numa conversa telefónica p’rà sua residência em Fresno, Califórnia, em 7 de setembro 1993”.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Actividades Comunitárias:

Fev 16-16 - Feira Mundial de Agricultura em TulareFev 17 - Newark Pavillion - Annual Fish Dinner. Baile com Gilberto AmaralFev 18 - Sábado de CarnavalFev 18 - Jantar de Carnaval - Matança de Porco no SDES de AlvaradoFev 18, 19 - Matança em WatsonvilleFev 25 - 98º Aniversário do IES, San JoséMar 4 - Crab dinner em SDES AlvaradoMar 17 - SDES de Alvarado - 2012 Queen's Fundraiser. Baile com Chico AvilaMar 18 - Ana Moura no Zellerbach Hall em BerkeleyMar 23 - Jantar de Peixe, angariação de fundos para a nova Igreja de HilmarMar 24 - Aniversário da RTA-Artesia

Mar 30 - SDES de Alvarado, Jantar de Mentiras, Luso Convention Committee for Esat Bay 2015

Grupo de Carnaval Cultural San José:

Fev 17 - Grupo de Carnaval S. José, 7 pm

Grupo da Casa do Benfica:

Fev 17 - Casa do Benfica, 8 pm

Admissão para os bailinhos $7.00

$69.00$69.00

Page 6: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

6 15 de Fevereiro de 2012PATROCINADORES

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Page 7: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

7COLABORAÇÃO

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Não é fácil alinhavar em quais-quer cinco parágrafos uma história que se evidenciou ao longo de cinquenta anos. A

não ser que, porventura algo oca ou dema-siado descolorida, acabe por se diluir na poeira da irrelevância. Às vezes, acontece. Não é o caso, todavia, do quinquagenário e prestigiado Atlético de San José.Portuguese Athletic Club, referência de re-levo associativo da presença lusa em solo californiano, desde sempre, soube proje-tar-se à distância. O maiúsculo impacto das suas três iniciais dispensa apresenta-ções. PAC, para todos os luso-americanos que o acompanharam mais de perto no decorrer das últimas cinco décadas, fez história em grande. Para lhe fazer justiça em pleno, na invernia habitual de mais este fevereiro que passa, um mero artigo não basta. A cotada coletividade da cidade mais representativa dos portugueses por estas paragens, ao comemorar radiante as suas festivas bodas d’oiro, parece-me que já merecia um bom livro a ilustrar condig-namente o seu rico historial.Não tenho qualquer intenção de o escrever aqui, agora, à última da hora, neste redu-zido espaço que alinhavo conforme posso. Se pudesse, todavia, fá-lo-ia com imenso prazer. O balanço é mais do que positivo e merece ser devidamente realçado. As coi-sas boas em que se alicerça o brio étnico duma comunidade imigrante não devem ser esquecidas. Não deviam.É bem possível já ter caído no esquecimen-to geral da jovem geração de lusodescen-dentes locais o incontestável valor que o Atlético teve para seus pais e avós aquando do seu arranque nos começos da longínqua década de sessenta. Gente nova, sangue fresco, ideias firmes, ideais comuns – foi só uma questão de dar asas a esse remo-to sonho de uns poucos e pô-lo ao serviço de muitos. A salutar prática do desporto é sempre uma boa razão para se fundar um clube em sólidos alicerces. O convívio, a camaradagem e o empenho encarregam-se do resto. Depois, quando se lhe associa o dinamismo cultural, as iniciativas multi-plicam-se e o entusiasmo propela-se. Com as pessoas indicadas, motivadas, envolvi-das, em verdadeiro espírito de grupo, tudo se torna mais fácil. Porque o mais difícil sempre foi encontrar-se quem queira sacri-ficar a sua preenchida agenda pessoal e fa-zer das tripas coração para que as equipas, os clubes, as instituições não desapareçam à míngua no ocaso indesejado da indife-rença comunitária.

Apareceu no inverno de 62 sob o signo al-vinegro e com vontade imediata de mar-car golos importantes. Fê-lo com garra e brilhantismo dentro das quatro linhas, levantando troféus e galvanizando o or-gulho da entusiástica massa associativa. Foram tempos áureos. Envergar a garrida camisola alvinegra era ambição desmedi-da de qualquer atleta local e não só. Houve mesmo nomes sonantes que vieram de fora e ficaram na história ao dimensionarem o clube para um honroso estatuto de topo. No futebol, como nas demais atividades, o segredo do Atlético, porém, foi nunca se ter limitado a equipar-se exclusivamente a preto e branco. A sua estatura social ga-nhou claramente outro perfume sonoro com a periódica radiodifusão do seu mi-moso Arco-Íris. Era um programa deli-ciante. Não me digam que não deixaram saudades, ao fim de semana, aquelas cati-vantes horas de rádio formulada em mol-des ainda emitidos com um fascínio muito próprio. Que mimo não foram para uma comunidade inteira, emigrada de fresco, sintonizando-as sempre com particular carinho e especial atenção. Recordo com um melancólico sorriso a mordaz locução do maroto picaroto, esse irreverente culti-vador da polémica palavra difundida sem pejos no papo nem papas na língua. Que falta nos faz essa ousadia radiofónica de sadio espírito crítico – um marco signifi-cativo do ambicioso Portuguese Athletic de então – estampa saudosa duma prezada agremiaçao desportiva que vendia cara a sua pujante imagem socio-cultural. Há quem diga que o airoso charme do popular clube alvinegro se deve muito à peculiar elegância da sua acolhedora sala de visitas. É, de facto, uma sede previli-giada, sortida dum palco mui suis generis, com tanto para contar. As iniciativas, os ensaios, as sessões, os serões, os artistas, as memórias, os momentos – cinco déca-das de efusiva magia no constante abrir e fechar daquelas vistosas cortinas que pre-senciaram espetáculos inolvidáveis. Ai se elas pudessem falar…Falo com franqueza. Os pergaminhos a tal me obrigam. As experiências pessoais marcaram-me. Deixaram-me saudades aqueles bastidores. Já lá vão vinte e tal anos. Por diversas vezes e com diferentes grupos de amigos, várias foram as ence-nações teatrais que me proporcionaram a oportunidade de desfrutar horas e horas a fio no gozo imenso daquele jeitoso palco a servir aquela vaidosa sala dotada duma ambiência ímpar no seu sociável acon-

chego. Só não se deixa impressionar quem não quer. É um espaço sedutor. Ali ri, chorei, cantei, bailhei, declamei e deixei-me embalar pelo incomparável prazer de representar.Representa, sem dúvida, para todos quan-tos o frequentam e nele regularmente con-vergem, um orgulho tremendo. Comemo-rar cinquenta anos a respirar boa saúde não é para todos. O Atlético, contudo, faz juz a essa vital distinção. Instituição de méritos comprovados, símbolo do melhor que por aí há, merece bem os extensivos elogios à sua relevante longevidade. Há gente que se lhe associa quase desde o início, dando-

lhe sempre o melhor do seu melhor, com direito inequívoco a muito mais do que uns simpáticos parabéns. A dedicação não tem preço. Nem o apreço quer recompen-sa. Cai bem servir, pertencer, festejar.São cinquenta anos de singular prestígio e saborosa confraternização. Tantos e tantos motivos de regozijo na hora de celebrar. Sabia bem que cinco parágrafos não iam dar. Fui até aos dez. Também sei que não bastam. Oxalá muitos mais se continuem a escrever por longos e longos anos.Bem hajas, PAC!

Bodas d'OiroRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Page 8: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

8 15 de Fevereiro de 2012COLABORAÇÃO

Agua Viva

Filomena [email protected]

Da Espanha, nem vento nem bom casamento. Da Sibéria, as gea-

das, as nortadas, as frentes extremamente frias, os ge-los incríveis que enregelam a Europa toda, causando já centenas de mortos. Se em Veneza, o Carnaval foi can-celado pelo gelo, em Portu-gal o Carnaval foi congelado pelo Governo. Ao contrário do que se cos-tuma dizer, que em tempo de Carnaval, ninguém leva a mal, o Povo levou mesmo a mal... E com tolerância de ponto ou sem ela, parece não haver quem lhe resista, muito embora seja grande a crise actual. De tal modo, que o Primeiro Ministro não crê que por agora, haja lugar para pieguices. Os que gos-tam da Tradição carnava-lesca, não consideram que seja uma “pieguice”, mas por agora vale tudo, inclu-sive esquecer os dias felizes que o rei Mômo proporciona, com alegrias e loucuras até à quarta-feira de cinzas. Afinal de contas, o dia de Carnaval nunca foi Feriado e sim tole-rância de ponto, mas com o tempo foram-se habituando até acharem tão natural tira-rem o dia, que já o considera-vam seu por direito. O Primeiro Ministro bem que apela ao bom senso dos Por-tugueses para a situação eco-nómica do País, mas a maio-ria não parece compreender e segue em frente com planos de festa e gastando milhões de euros. Turismo é sempre um bom investimento, mas com o mundo todo em crise, compensará o investimento? Por outro lado, Portugal tem falta de rir, diz a oposição, que foi exactamente quem o deixou em sérias situações. A verdade, é que os Portu-gueses são uns sortudos... Que outro país tem tantos fe-

riados como o nosso? E não dão valor ao que têm, senão quando o perdem. Será que fazendo um ano ou dois de interregno iria ser tão desas-troso? Tão penoso? Com bons ou maus prognós-ticos de futuro, mas ainda assim, fazendo orelhas mô-cas, os bailhinhos do Car-naval pôem-se a caminho ao encontro das Comunida-des da América e fazem su-cesso, porque o imigrante é sempre amigo e generoso. E são sempre bem-vindos! Há sempre no grupo um amigo, um parente, mesmo que seja afastado, para ver e dar notí-cias dos que ficaram no lugar que um dia viu crescer quem partiu e não voltou. Qualquer argumento bem ur-dido serve para divertir, mas não seria mais interessante trazerem da Ilha, assuntos que dissessem respeito à vida actual que se vive lá... Nós conhecemos já as quali-dades e defeitos da vivência de cá, que nos fazem sérios ou nos fazem rir. Precisamos que nos tragam a vida de lá, o que acontece no quotidiano de lá, que mudou imenso de há vinte anos para cá e só co-nhecemos pelas notícias no lado negativo. Tragam-nos a crítica às situações de vida em Portugal!!! - Fica a su-gestão - tardia para este ano - mas já para o ano que vem, se alguém a quiser tomar em conta... Feliz Carnaval com a ami-zade dos assuntos, a beleza da música, do colorido, do convívio e dos sabores deste tempo! E saibamos entrar com o de-vido respeito, com reflexão, na outra etapa da Vida – o Tempo Quaresmal.

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Carnaval sem tolerância de ponto

Vivemos numa época em que temos muitos autores, mas poucos escritores.

Estão agora na moda os escribas que escrevem para o mercado, cujos livros denotam muito Dan Brown, muito diálogo, muitas peripécias e infindáveis frivolidades sentimentais e (tele)novelescas…O comércio livresco português está hoje pejado de literatura li-ght e atulhado de publicações de auto-ajuda, diários, gastrono-mias, (foto)biografias para todos os géneros e feitios e muitas ou-tras excitações editoriais….Oscar Wilde dividia os livros em três grandes categorias: “os que se devem ler, os que se devem reler e os que de todos se não de-vem ler”. Nesta última categoria, e fazendo uma transposição para os nossos conturbados dias, eu incluiria Margarida Rebelo Pin-to, Maria João Lopo de Carvalho, Rita Ferro, José Rodrigues dos Santos (autor de vários trambo-lhos), Rodrigo Guedes de Car-valho, Júlio Magalhães, Pedro Pinto e todos os restantes pivots televisivos.Ocorrem-me dois exemplos de es-cribas que viveram gloriosamen-te um presente literário mas que foram absolutamente esquecidos no futuro: Pinheiro Chagas (1842-1895), “profícuo escritor” na sua época, mas que hoje só é conhe-cido por razões que se prendem com a toponímia lisboeta. E Reis Ventura (1910-1988), o consagra-do plumitivo que, num concurso literário promovido em 1934 pelo Secretariado de Propaganda Na-cional, concorrendo com o pseu-dónimo de Vasco Reis, apresen-tou um livro execrável intitulado A Romaria, o qual viria a relegar para a categoria B a Mensagem, de Fernando Pessoa. Quem fala hoje de Vasco Reis?Mas há mais escritores que co-nheceram êxitos editoriais e de quem hoje ninguém fala, já que caíram no esquecimento: Gomes Leal (1848-1921), Manuel da Silva Gaio (1860-1934), Afonso Lopes Vieira (1876-1946), Carlos Ma-lheiro Dias (1875-1941), Joaquim Paço d Arcos (1908-1979), Odet-

te de Saint-Maurice (1918-1993), entre tantos outros aclamados.Por conseguinte, que se cuidem aqueles escribas da nova geração que gozam actualmente da maior cobertura mediática: José Luís Peixoto, valter hugo mãe, Gon-çalo M. Tavares, Jacinto Lucas Pires, João Tordo e quejandos. O tempo dirá se daqui a algumas décadas alguém se lembrará de-les…

É que sempre desconfiei das mo-das literárias. Actualmente o in-dizível, o inexprimível, a inação, a escrita despojada, árida e mini-malista é o que está a dar. Que o diga António Lobo Antunes, o tal que há 20 anos escreve sempre o mesmo livro e anda por aí a di-zer que, em literatura, a história não interessa, o que interessa são as palavras… A moda pegou, e é ver como uma horda de escribas pensam como António Lobo An-tunes e escrevem como António Lobo Antunes. E enchem páginas e páginas de palavras gritadas, exasperadas, extenuadas, hermé-ticas e vazias, escrevendo muito para não dizer nada.Alguém que diga a essa gente que não se pode pôr a linguagem à frente de tudo. Em literatura é necessário saber construir uma história para depois a descons-truir. Tal como em música é pre-ciso saber solfejo antes de tocar jazz. O mesmo na pintura: antes de se avançar para o abstracto é importante passar-se pelo figura-tivo (Picasso é um bom exemplo disso mesmo). Ora, é este tipo de oficina, de traquejo e tarimba que me parece faltar aos nossos jovens escritores.A literatura é uma forma de arte. Aprendamos com os nossos

clássicos: de Camões a Almeida Garrett, passando pelo Padre An-tónio Vieira; de Camilo Castelo Branco a Eça de Queiroz e ao genial Fernando Pessoa. Quem enriquece a literatura portuguesa são aqueles que assumiram a es-crita enquanto estética: Aquilino Ribeiro, Raul Brandão, Ferrei-ra de Castro, José Régio, Alves Redol, Manuel da Fonseca, Car-los de Oliveira, Soeiro Pereira

Gomes, José Rodrigues Miguéis, Jorge de Sena, Assis Esperança, Vito-rino Nemésio, Miguel Torga, Fernando Namora, Augusto Abelaira, Vergí-lio Ferreira, José Cardo-so Pires, David Mourão Ferreira, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, José Martins Garcia, Dias de Melo, José Saramago, entre outros. Dos vivos, tenho uma (já publicada)

lista de largas dezenas de nomes que por falta de espaço não posso aqui incluir.Os nomes acima referidos são os meus escritores de cabeceira. Escritores na verdadeira acepção da palavra. Porque escreveram sobre a condição humana e nos deixaram obras universais que são de todos os tempos e de todos os lugares. E porque neles habi-tam a originalidade e a qualidade literária: o cuidado estilístico, a mestria discursiva, a linguagem de criação, o valor semântico, a precisão da palavra e da frase, a multiplicidade de significações, a subjectividade, a expressivida-de... Porque, afinal de contas, é na palavra que começa e acaba toda a arte literária. O que torna perene a literatura é justamente a qualidade da escrita e a dimen-são humana das personagens que povoam as verdadeiras obras de ficção. Dito de outra maneira: a perenidade da literatura está na escrita literária, não está na re-portagem jornalística… Ontem como hoje, os bons livros escasseiam, os maus abundam. Que se cuidem, pois, aqueles que escrevem livros de fácil, rápida e larga difusão.

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui Dores

Escritores e escribas

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9 COLABORAÇÃO

Em 11 de Janeiro de 1890 a Senhora Inglaterra deu um ultimato para que Portugal deixasse de

ocupar os territórios entre Ango-la e Moçambique. A aceitação do mesmo contribuiu para o descon-tentamento do povo contra o Rei D. Carlos. Na noite seguinte ao ultimato, o compositor Alfredo Keil compôs

uma melodia, como uma mar-cha de protesto, por sugestão de um grupo de amigos, entre os quais estavam Rafael Bordalo Pinheiro e Teófilo Braga. Alfre-to Keil pediu a Henrique Lopes da Fonseca para escrever a letra para a tal composição musical. Essa canção que recebeu o títu-lo A PORTUGUESA, foi como fogo que se alastrou. Traduzida em várias línguas, foi conside-rada uma arma política, também aproveitada para fins comerciais, chegando o nome a ser usado nas latas de conserva de sardinha e bolachas. Em 31 de Janeiro de 1891, reben-tou uma revolução na cidade do Porto e “A Portuguesa” foi adota-da como a canção dos revolucio-nários. A revolução não resultou e a canção foi até banida. No en-tanto, ficou na memória do povo. A cinco de Outubro de 1910, hou-ve outra revolução mais forte e “A Portuguesa” voltou a ser usa-da como música de fundo. Um ano depois ela foi adotada como Hino Nacional Português. A aceitação do ultimato Inglês foi vista como uma grande humilha-ção para o nosso país e foi a cau-sa principal da revolução repu-blicana, pondo fim à monarquia. A versão original da canção, no último verso que é cantado - pois que o Hino Nacional completo tem mais versos dos que o que normalmente se cantam – era

contra os bretões marchar, mar-char. E aqui se explica o motivo da canção ter sido traduzida para outras línguas, pois a maioria dos outros países estava contra a In-glaterra. Ao procurar na internet, encon-trei imensas traduções, entre-tanto, achei muito interessante a versão em Mirandês e resolvi reproduzi-la aqui.

Data: 1890 (original lyrics)

Heróis de l mar, nobre poboNacion baliente, eimortalLhebantai hoije de nuoboL splandor de PertualAntre las nubrinas de ls mimó-riaOh pátria sente-se la boçDe ls tous çtintos abósQue ha de ancaminar-te a la bitória!A las armas, a las armas !Subre la tierra, subre l mar,A las armas, a las armas!Pula pátria lhuitar!Contra ls Bretones caminar, caminar!

Esse território entre Angola e Moçambique, onde hoje estão a Zambia, Zimbawe e o Malawi, era conhecido como o Mapa cor-de-rosa. Portugal querendo anexar esse território, colocava-se con-tra os desejos da Inglaterra que queria ligar Cape Town ao Cairo por uma via férrea. Portugal não tinha de modo algum forças que combatessem a Inglaterra e D. Carlos ao resolver aceitar o ulti-mato dos Ingleses (o que custou mais tarde a sua vida e a de seu filho Luis Filipe), deu origem ao descontentamento do povo, como já disse antes, nascendo “A Por-tuguesa” e a Republica, e pondo fim ao MAPA COR-DE-ROSA.

A Portuguesa e o Mapa Cor-de-Rosa

Costa Announces $6.8 Million for Valley Water ProjectsMadera Water Bank to receive $1.5 million Washington, D.C. - Rep. Jim Costa announced that water infrastruc-ture projects in the Central Valley will receive $6.8 million in federal funds from the U.S. Bureau of Reclamation. The Madera Water Bank alone will receive $1.5 million to facilitate further construction of a groundwater facility that will store up to 250,000 acre feet of water for the region. In 2009, Costa joined with former Congressman Ra-danovich and Senator Feinstein to secure Congressional approval for the Madera Water Bank, which broke ground last year. Costa’s letter from December to Reclamation Commissioner Mike Connor urging funding for the water bank can be found here.

ULTIMA HORA

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Ajudar o Carnaval

Para angariação de fundos na ajuda da vinda do Bailinho da Vila de São Sebastião à California, reali-zou-se no Salão da Banda de Musica de Escalon, um jantar de Sopa e Cozido à Portuguesa.No dia 8 de Dezembro tinha havido outro jantar para o mesmo fim em Riverdale, que teve um lucro de quase $6 mil dólares. O de Escalon lucrou perto de $4 mil dólares. Trabalhando assim pode-se ajudar o Carnaval. Assim se faz comunidade, o que é muito habitual nas Américas. Oxalá estes gestos se espalhassem por outras terras portuguesas.

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10 15 de Fevereiro de 2012COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Os Tempos do Passadonum livro de uma autora da comunidade portuguesa

A Escritora brasileira Clarice Lispector, no seu livro 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres, escreve: Nós, os que

escrevemos, temos na palavra humana, escrita ou falada, grande mistério que não quero desvendar com o meu raciocínio que é frio. Tenho que não indagar do mistério para não trair o milagre. Quem escreve ou pinta ou ensina ou dança ou faz cálculos em termos de matemática, faz milagre to-dos os dias. É uma grande aventura e exige muita coragem e devoção e muita humilda-de. Meu forte não é a humildade em viver. Mas ao escrever sou fatalmente humilde. Embora com limites. Pois do dia em que eu perder dentro de mim a minha própria importância - tudo estará perdido.

É com esta citação que gostaria de come-çar estes breves reflexos sobre o novo li-vro de Maria Fernanda Simões--Saudades dos Tempos que Já Lá Vão, publicado pela autora em Portugal, mais conretamente nos Açores, e agora apresentado na co-munidade portuguesa onde ela tem vivido e dedicado a sua vida, como educadora, personalidade da rádio em língua portu-guesa, artista, com vários anos de experi-ência na pintura, escritora com três livros publicados, fraternalista, sendo presidente da Sociedade Portuguesa da Rainha Santa Isabel, e acima de tudo, dedicada esposa, mãe e avó. Porque tal como escreveu um dos fundadores desta grande nação ameri-cana, Thomas Jefferson: "...os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, com a minha família."

E este livro de Maria Fernanda Simões é, essencialmente, um livro de família e um livro de paixões. De família porque todos os textos, em torno de uma série de eventos que ocorriam ciclicamente no arquipélago dos Açores, desde as debulhas às searas, dos trigais às ceifas, das eiras aos moinhos e atafonas, tudo se passava em torno do agregado familiar, como a autora exem-plifica, entre outras circunstâncias, com a

história do tio Antonico São Miguel e a tia Maria do Rosário. É que entre a descrição destes tempos que já lá vão, a autora mis-tura uma série de pequenos episódios do quotidiano os quais tornam a leitura mais pessoal, mais intima, mais em família. Um olhar romantizado ao passado onde a vida talvez fosse mais simples, mas, segura-mente, que era mais dura. Daí que a autora com esta escrita do quotidiano Picoense e açoriano relembra-nos o que o célebre ro-

mancista latino-americano Gabriel Garcia Marquez escreveu no seu livro Amor em Tempos de Cólera: "A memória do cora-ção elimina o mau e amplifica o bom." Mais, as histórias, na história deste livro, estão alinhavadas com a solidariedade do ilhéu açoriano, cujo sentido de justiça faz-me lembrar o que ainda há dias vi, de au-tor desconhecido no Facebook: se você se sente só é porque constrói muros em vez de pontes. E o povo açoriano, apesar do mar que o separa, tem, com criatividade e determinação, construído pontes impor-tantes na unificação do arquipélago e por-que não na ligação entre este e as comuni-dades, ou a diáspora, se assim preferirem. Ao delinear as vivências de um tempo e de um lugar, Maria Fernanda Simões, per-petua essa criação de pontes que ligam a nossa herança cultural ao mundo contem-porâneo.E é um livro de paixões, porque, para além da história de amor do tio Antonico de São Miguel e da tia Maria do Rosário, a auto-ra relata-nos estes tempos do passado com uma grande paixão. Maria Fernanda Si-mões vive, neste livro, um grande namoro com o passado dos seus antepassados. É que tal como escreveu o ensaísta norte-americano Edmund Burke no seu livro que reflecte a revolução francesa, considerado a melhor análise anglófona sobre essa re-volução: "As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tive-rem em consideração a experiência dos seus antepassados." Daí a importância de se estar consciente que o passado, mes-mo quando romanceado, poderá servir de

lição para o presente e de alicerce para a construção do futuro. Eis pois o livro Saudades dos Tempos Que Já Lá Vão de Maria Fernanda Simões, que já havia publicado Os Meses das Nossas Raízes e As Lavadeiras, suas lidas e ma-luqueiras. É mais um testemunho de um tempo e de um lugar na cultura açoriana. É ainda o retrato de uma mulher eterna-mente ligada à sua ilha do Pico e a um povo que soube do basalto construir uma das mais míticas e encantadoras ilhas do arquipélago dos Açores. É que o Pico, que a autora descreve no seu livro é, ain-da, uma ilha cheia de encanto e mística. As pedras do Pico, relembram-nos, ainda hoje, a vida difícil daquela ilha e a tena-cidade do seu povo. Um povo tão vertical como a montanha da sua ilha. Um dos nossos melhores escritores da lín-gua portuguesa, Eça de Queiroz, escreveu algures:"Contar histórias é uma das mais belas ocupações humanas: e a Grécia as-sim o compreendeu, divinizando Homero que não era mais que um sublime contador de contos da carochinha. Todas as outras ocupações humanas tendem mais ou me-nos a explorar o homem; só essa de con-tar histórias se dedica amoravelmente a entretê-lo, o que tantas vezes equivale a consolá-lo. Fiquem então com as histórias de um tempo e de um lugar, com o Sauda-des dos Tempos Que Já Lá Vão da Maria Fernanda Simões.

Thornton - colher para o futuro

A Festa de Nossa Senhora de Fátima de Thornton é uma festa enorme na California e para suprir as despesas que tem, os seus amigos durante vários meses inventam eventos como matanças, jantar de caranguejos e tantos outros. Trabalhar bem, tem resultados.

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11COLABORAÇÃO

Será que a agropecuária está

a estabilizar?Os dias do corre-corre no cres-cimento da Agropecuária Cali-forniana podem ter acabado

Dias de considerável crescimen-to, vividos no nosso Estado na produção de leite, provávelmen-te acabaram, para este que é o maior Estado produtor de leite dos Estados Unidos, criando um ambiente para a industria de lac-ticínios dos Estados Unidos que provávelmente afectará produto-res a nível interncional.Durante um período de 35 anos, a produção de leite na California saltou de 10.3 biliões de libras ou 9% de toda a produção nacional em 1973, ultrapassando Wiscon-sin como produtor número um em 1994, e alcancou 41.2 biliões de libras ou 21.7% de toda a pro-dução nacional em 2009.Durante esse itinerário radical-mente definido como “escala de eficiência”, ou para outros, salve-se quem puder, rompeu com o critério do pensamento conven-cional quanto aos números de va-cas, atirando para o lado atitudes tradicionais na gerência, cons-truir sem limite, ou mercados, e os números de vacas é que con-tam. Foi também uma fácil e in-correcta a estratégia dos proces-sadores decidindo construir cada vez maiores e mais custo eficien-te, fábricas de transformação.Esta combinação era atractiva, e deixou todos na industria a esforçar-se-se para se manter na corrida.Esta foi também uma corrida que deixou a industria na trajectória do fogo de destruição, e ainda que tenha tido uma duração assinalá-vel, era insustentável para sem-pre. No fim, o modelo de negó-cios da agropecuária californiana caíu pelas mesmas razões que o elevaram a tais altitudes: Preços das rações e forragens e falta de capacidade para manufacturação e trasformação do leite em produ-tos do mesmo.Por muitos anos, a sempre presen-te quantidade e qualidade de ali-mentos para os animais a precos razoáveis teve uma função chave em subir a produção anual da California 32 vezes em 35 anos. Mas em 2008-2009 foi a inespe-rada subida da alimentação dos animais que atirou a produção de leite da California em desali-nho, e a repentina e catastrófica meltdown do sistema financeiro, deixou a industria de lacticínios da California na corda bamba e com um futuro incerto, incapaz de planear uma linha financeira estável para cada negócio indivi-dual. A meta agora é sobrevivência. Há poucos anos atrás, as inquietações desta industria, quanto ao futuro, baseavam-se na grande possibi-lidade de uma encruzilhada sem saída, com os programas gover-namentais do passado a serem re-examinados, o que despertou

o receio da contínua dependência nos mercados internacionais e o seu real valor nos momentos de crise, com os voláteis preços das rações e ainda mais voláteis pre-ços do leite.Que dizem alguns dos peritos quanto ao futuro da industria pe-cuária da California? Acreditam que o cenário está preparado para um novo mundo, que apresenta-rá os dois desafios já familiares, e outros completamente novos. As operações terão que adaptar um novo sistema, onde rápido crescimento pode não ser base para mais lucros, mais leite, me-nos dinheiro. Apresentam quatro razões que serão o maior factor destas previsões: Capacidade li-mitada nas fábricas de processar o leite; Gerência adequada para manter os programas estaduais do controle da produção de leite; Continuação dos voláteis preços das rações e forragens, e final-mente difícil acesso às finanças necessárias às operaçoes diárias.Na falta de uma mudança radi-cal, estes desafios podem ser um impedimento num futuro próxi-mo e provávelmente a longo pra-zo para toda a industria.Por volta de 2005, a industria de lacticínios da California aperce-beu-se que um sério problema se avizinhava com o exessivo au-mento na produção do leite, que estava ultrapassando a capaci-dade de processamento na Cali-fornia. O leite cru foi exportado para os Estados vizinhos que ofe-reciam capacidade, a custos as-tronómicos, que foram atribuídos aos produtores, mesmo aqueles que não tinham nada a ver com a origem do problema, tudo ao mesmo tempo que muitos pro-cessadores também, decidiram apostar em outros Estados para a extensão das suas fábricas. As ra-zões são simples, mais atractivos custos de construção, operação, mão de obra, energia, seguros, workers compensation, etc., difi-culdades em obter licenças para contrução, adicionando ainda dificuldades e custos dos regu-lamentos ambientais, ar, água e padrões de qualidade. Combina-do com o facto de que estes Esta-dos têm sido muito mais activos em recrutar produtores de leite e facilidades de processamento, oferecendo incentivos nas taxas e “grants” para construção. A Ca-lifornia não tem seguido essa fi-losofia e não parece provável que o faça a curto prazo.

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Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

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Page 12: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

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Page 13: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

13 COMUNIDADE

Nova cantora luso-americana encanta O concurso televisivo The Voice da NBC na sua segunda temporada conta com a participação de uma luso-americana. Lindsey Pavão trabalha como bartender em Sacramento e começou a atu-ar em público só recentemente embora tivesse o desejo de cantar desde tenra idade. A sua inter-pretação sui generis da canção "Say Aah" de Trey Songz encantou o juri no passado dia 6 de Feve-reiro. Em apenas 24 horas, a sua interpretação de "Say Aah" subiu para 26° lugar na tabela da iTu-nes Store. A cantora de indie-rock que também se acompanha na guitarra sente-se influenciada pelos Radiohead, The Foo Fighters, Nirvana, Fiona Apple e Bjork. Lindsey escolheu fazer par-te do Team Christina (Aguilera) naquele progra-ma. Lindsey completou a escola secundária na Sierra High School de Manteca em 2007 e de-pois ingressou na University of California-Davis. Atualmente, vive em Sacramento. The Voice que inaugurou a sua segunda temporada logo após a SuperBowl no domingo, 5 de Fevereiro, duplicou o seu anterior recorde de audiência com 38 mi-lhões de espectadores. Para seguir o percurso da Lindsey no programa, consulte o site: www.nbc.com/the-voice/artists/lindsey-pavaoLindsey também tem uma página no Facebook que conta já com mais de mil fãs: http://www.facebook.com/LindseyPavaoTheVoice

A foto da QuinzenaE Tudo o Vento Levou, é o título de um belo filme, que se poderia aplicar a esta fotografia.

Há muitos, muitos anos, tínhamos Teatro na nossa comunidade. Até por sinal tínhamos actores com muito gabarito. E de repente, vieram os ventos alí-sios e limparam tudo o que havia até hoje, e nunca mais houve Teatro no Vale de San-ta Clara.

Razões? Perguntem ao vento...

Festa de Modesto prepara-se...

Os "velhinhos" Frank Melo, Tony Meirinho e Serafim Silva, rodeados da malta nova que vai tomar o poder no MPPA no futuro.Todas as nossas organizações no principio do ano produzem estes eventos sociais para anga-riação de fundos necessários a manterem as suas festas, em tempo de crise.

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14 15 de Fevereiro de 2012 COMUNIDADE

The Stanislaus County Office of Educationreconhece empregados

The Stanislaus County Office of Education e o Stanislaus County ACSA Charter reco-nheceram 22 trabalhadores de 13 Distritos Escolares das seguintes áreas:Child Nutrition, Para Educators/Instructional Assistants, Transportation, Support Ser-vices/Security, Maintenance/Operations, Office/Technical.Um dos nomeados por cada área pode depois concorrer a nível do Estado ao "California Classified Employee of the Year". Richard Melo foi um dos escolhidos da sua área para esse evento estadual a realizar em Maio de 2012.Dos 22 reconhecimentos havia dois americanos com raízes portuguesas: Debbie Gou-lart, neta de florentinos, nascida em Merced (Beyer High School, Modesto) e Richard Melo, nascido em Escalon, de pais do Porto Judeu, Terceira (Distrito Escolar de Oakda-le).O evento teve lugar no dia 17 de Janeiro no Centro Martin G. Peterson, na baixa de Modesto.O Tribuna Portuguesa foi o único jornal a cobrir este importante evento.

Debbie e Bill Goulart

Durante a apresentação de Richard Melo

Daniel J. Savage Middle School Wind Ensemble conduzido pelo Director Chuck Holtan.

Jennifer e Richard Melo

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15 COMUNIDADE

Bailinho da Vila de São Sebastião

Mais uma vez reuniram-se para matar saudades, e criar novas amizades o "Convívio dos Amigos dos

Cedros". A festa teve lugar no I.E.S.em San José no dia 5 de Novembro. Este ano foi abrilhantada pelo artista António Freitas (primeiro da esquerda em pé), na-tural dos Cedros, Ilha do Faial mas ago-ra residente em Massachusetts. António Freitas foi jogador do Grupo de Futebol dos Cedros. Também abrilhantou a festa Fernando Goulart (primeiro à direita em pé), natural da Calheta, Ilha do Pico, mas agora residente na Horta, Ilha do Faial. Os artistas Freitas e Goulart apresenta-ram algumas canções dos seus novos tra-balhos discográficos.Como nos anos anteriores a Festa come-çou com a Hora Social com massa e quei-jo para todos os presentes.A mestra da massa foi mais uma vez Ma-

ria Amélia Silveira. Após a hora social seguiu-se o jantar confeccionado por Eddie Alvernaz e restante membros da comissão. O Presidente da Festa este ano foi mais uma vez Manuel Escobar, o qual deu as boas vindas e agradeceu a todos presen-tes. A Vice-presidente foi Henrique Sil-veira e a Secretária foi mais uma vez, Maria Zulmira Quaresma.A noite terminou com baile abrilhantado pelo popular artista, Alcides Machado a qual começou o seu reportório da noite com uma canção dedicada a todos os Amigos dos Cedros.

Maria Zulmira Quaresma

Convívio dos Amigos dos Cedros

O Bailinho da Vila de São Sebastião deslocou-se à California para gáudio de muitos amigos, familiares e amantes do Carnaval.Na California a deslocação foi muito bem planeada, com festas em Riverdale e Escalon para ajudas nas despesas das deslocações deste grupo. Além de actuarem em diversos salões, o grupo aproveitou e bem a sua estadia para visitar a California e mesmo Las Vegas. É uma oportunidade única para estes grupos gozarem os dias de folga entre as suas actuações e levarem para a sua Ilha recordações que jamais esquecerão.O Bailinho chamava-se "Faustino em Holywood" e contava a história de um açoriano que trazia o sonho de ser estrela no cinema america-no. O autor foi Hélio Costa.O mestre do Bailinho de São Sebastião, foi Francisco José Mendes Ourique.

fotos de Filomena Rocha

The Assad BrothersSexta-feira, 17 de Fevereiro, 8 pmFirst Congregational Church "O melhor duo de guitarristas da atualidade e talvez da historia" - Washington PostNascidos no Brasil, os irmãos Sérgio e Odair As-sad tem servido de referência para todos os outros guitarristas e criaram um novo padrão de inovação guitarrista, engenhosidade e expressão. O seu con-junto artístico, misteriosa e excepcional atuação são provenientes tanto de uma família rica na tra-dição musical brasileira e de estudos com os me-lhores guitarristas da América do Sul. Reprodução de música que vão de Bach a Villa-Lobos a Ger-shwin e Piazzolla, a dupla vencedora do Grammy também tem desempenhado um papel importante na criação e introdução de novas músicas para dois violões.Ana MouraSábado, 18 de Fevereiro, 8 pm,Zellerbach Hall

"Beleza física de Moura é inegável, mas o seu apelo hipnótico irradia de dentro, mesmo se não sabe uma sílaba do Português." NPR-MúsicaA vocalista portuguesa Ana Moura surgiu como uma das principais vozes do fado tradicional, com suas interpretações cativantes de resposta da alma do seu país para o blues. Já uma estrela na Europa, a cantora de 25 anos de idade tornou-se uma per-former líder deste estilo poético e profundamente expressivo, tendo a forma de arte em novas dire-ções, com colaborações com artistas como Mick Jagger e Prince.

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16 15 de Fevereiro de 2012COMUNIDADE

Bailinho de Senhoras da Casa do Benfica em "Revolução das Mulheres", autor João Mendonça, mestras do Bailhinho - Catrina e Crystal Mendes

Carnaval 2012

Embaixo: Grupo de Carnaval Cultural de San José em "Carnaval Escaldante", autor Hélio Costa, mestra Sandra Pinheiro PachecoEste Grupo comemorou 25 anos de actividade social e carnavalesca, o que é sempre motivo para celebrarGrupo de Carnaval Cultural de San José, Bailinho das Crianças "25 anos de Glória", autor Hélio Costa, ensaiadora Lorraine Jacinto e Darlene Fonte

Casa do Benfoca - Bailinho das Crianças "Qualidades e defeitos", autor Hélio Costa. Ensaiador, Chris Martins.

Grupo de Carnaval e Cultural de San José na Dança de Espada "Pela vida da minha irmã", autora Felicia Arruda. Mestre Michael Sousa

Fotos de Filomena Rocha

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Bailinho de Senhoras da Casa do Benfica em "Revolução das Mulheres", autor João Mendonça, mestras do Bailhinho - Catrina e Crystal Mendes

COMUNIDADE

Teatro Popular

Embaixo: Grupo de Carnaval Cultural de San José em "Carnaval Escaldante", autor Hélio Costa, mestra Sandra Pinheiro PachecoEste Grupo comemorou 25 anos de actividade social e carnavalesca, o que é sempre motivo para celebrarGrupo de Carnaval Cultural de San José, Bailinho das Crianças "25 anos de Glória", autor Hélio Costa, ensaiadora Lorraine Jacinto e Darlene Fonte

Estrutura e Funcionamento de uma dança:

1. Coreografia 2. O Mestre 3. Enredo, declame ou discutimento

4. Saudação ou Entrada 5. Assunto 6. Despedida ou despedimento

in Danças de Entrudo nos Açores, de Augusto Gomes

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18 15 de Fevereiro de 2012PATROCINADORES

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19 COLABORAÇÃO

Os meios de Comunicação Social em Língua Portuguesa

Primeira Parte RADIODIFUSÃO

Pré e após as erupções vulcânicas de Capelinhos

Aproximadamente 4 décadas após a fun-dação do primeiro jornal lusófono na Ca-lifórnia, as muitas e diversas comunidades luso-californianas começaram a ouvir os bem-vindos sons do seu primeiro progra-ma radiofónico em língua portuguesa. Isto aconteceu no dia 17 de Julho de 1935, data do aparecimento do programa “Hora Por-tuguesa”, fundado e dirigido por Arthur V. Ávila, dinâmico empresário imigrante oriundo da ilha Terceira, nos Açores. Con-tagiados pelo entusiasmo gerado por este novo e muito desejado meio de comunica-ção social , quase imediatamente outros imigrantes, quase todos açorianos, deci-diram enveredar pelo mesmo caminho, e assim outros programas similares começa-ram a surgir por todos as regiões do vasto Estado da Califórnia. Paralelamente à contínua expansão numé-rica e económica das comunidades de lín-gua portuguesa em toda a Califórnia, e à sua sempre crescente importância social e política, o advento da radiodifusão portu-guesa no El Dorado norte-americano abriu novos horizontes aos respectivos agrega-dos lusíadas. Perante a verificada utilidade dos variados programas radiofónicos, a radiodifusão portuguesa tornou-se suma-mente popular devido aos seus noticiários que incluíam não só novidades das comu-nidades californianas e americanas, como também de diversos territórios portugue-ses.O povo deleitava-se com os saudosos ecos do “fado” e de outras tradicionais e no-vas canções da “mãe-pátria”. Além disto, os programas radiofónicos incentivavam interacção, boa vontade, cooperação e entendimento comunitário e social. Adi-cionalmente, a Rádio lusófona contribuía muito para a preservação e para a conti-nuidade das grandes tradições e culturas regionais e nacionais. Em uníssono com os sons do enorme progresso que reinava em toda a Califórnia, ouviam-se também as vozes dos novos promotores da radiodi-fusão portuguesa. Nenhum dos primeiros directores ou lo-cutores da radiodifusão em língua por-tuguesa na Califórnia era experiente em matérias de radiodifusão, mas todos eles haviam reconhecido a necessidade im-periosa de oferecer às suas comunidades esse indispensável serviço, e não hesita-ram em o implementar. Num Estado tão vasto como a Califórnia, os já existentes jornais em língua portuguesa só podiam ser distribuídos pelos serviços postais, muitas vezes irregulares e demorados… A evidência histórica corrobora que os pioneiros da radiodifusão portuguesa na Califórnia partilhavam de um entusiasmo contagiante que os motivava a não poupar esforços para assim bem satisfazer os de-sejos e as necessidades das suas crescentes e dinâmicas comunidades. É incontroverso que esses directores e locutores eram amadores na verdadeira acepção da palavra, embora alguns deles se houvessem dedicado quase comple-tamente, e com grande sucesso, mesmo financeiro, às suas tarefas radiofónicas. Para a grande maioria, a radiodifusão era simplesmente uma ocupação, passatempo ou aventura, de breves horas mensais. No entanto, a impressionante realidade era que vários desses devotados pioneiros pro-duziam programas radiofónicos de apreci-ável qualidade. Alguns, mais talentosos e melhores empreendedores, tais como Ar-thur V. Ávila, o supramencionado pioneiro da radiodifusão luso-californiana, além do seu apreciado programa radiofónico, tam-

bém promovia regularmente exibições de filmes clássicos portugueses, comédias e dramas, grandes sessões de jogos de car-tas, piqueniques, danças e bailes, festivais ao ar livre e outros entretenimentos que, colectivamente, atraíam milhares de adep-tos e simpatizantes de muitos pontos do Estado.

Influenciados pela popularidade e sucesso dessas promoções, subsequentes direc-tores de programas da Rádio, tais como Joaquim Esteves, Agnelo Clementino, Higino Costa, Frank Dias e muitos ou-tros prontamente seguiram o exemplo. Assim foi durante 3 décadas após a fun-dação do primeiro programa radiofónico luso-californiano. Não obstante o cenário de diferenças e questiúnculas pessoais e profissionais, havia união patriótica entre os directores da Rádio. Assim claramente o salientou Arthur V. Ávila num dos seus artigos publicado no “Jornal Português”, em 1935: “Estaremos sempre muito unidos no mes-mo pensamento quando se tratar de fazer alguma coisa a bem da nossa colónia e de Portugal... Assim como nunca deixaremos de cruzar terçados todas as vezes que os interesses da gente portuguesa forem ame-açados ou menosprezados, seja por quem for...”.Muitos e diversos foram os serviços pres-tados pela Rádio luso-californiana duran-

te este período às várias comunidades de língua portuguesa, e enorme foram a sua generosidade e o seu espírito de solidarie-dade para com muitas centenas de pessoas quando os diversos programas, associan-do-se compassivamente a causas comuns e às campanhas de assistência filantrópi-cas, angariavam largas somas de fundos e outros diversos meios para socorrerem vítimas de graves doenças, acidentes, aba-los sísmicos, violentas e destrutivas tem-pestades, etc., não só na Califórnia como também em todo o território nacional por-tuguês. Elevado úmero de programas radiofónicos em língua portuguesa surgiram em mui-tos pontos da Califórnia durante o período supramencionado. Esses programas eram ouvidos atentamente por milhares de lusó-fonos ávidos de notícias das suas próprias comunidades californianas, bem como das suas nunca esquecidas, mas longínquas, terras natais; os ouvintes escutavam anún-cios de programados eventos sociais e re-ligiosos, reportagens de tradicionais fes-tividades celebradas profusamente todos os anos, e os apreciados sons de “fados”, clássicos e contemporâneos, juntamente com belas e nostálgicas canções que os co-moviam trazendo-lhes lágrimas aos olhos e suspiros aos corações... Quase imediatamente após as destruido-ras erupções vulcânicas em Capelinhos, em 1957, na ilha do Faial, nos Açores, e em seguida aos violentos terramotos que assolaram a vizinha ilha de São Jorge, e, mais tarde, a ilha Terceira, milhares de

açorianos vitimados pelos danos causa-dos pelas erupções, ou pelos terramotos, começaram a emigrar em rumo ao Canadá e, mediante autorização promulgada pelo Congresso dos E/U.A., também para este país. Milhares desses imigrantes escolhe-ram vir para a Califórnia.Juntamente com o firme propósito de re-construir as suas vidas e de concretizar ve-lhos e novos eles sonhos, estes imigrantes trouxeram mais amplas perspectivas aos sectores da Media portuguesa na Califór-nia. Respeitando as estruturas mais prag-máticas e actualizadas da então existente radiodifusão luso-californiana, eles insu-flaram revivificada energia em todas as esferas da comunicação social portuguesa no Oeste Americano. Entre estes novos imigrantes vieram bons escritores, e vários experientes locutores da Rádio os quais cedo ingressaram nas fileiras da Impren-sa e da Radiodifusão luso-californiana. Alguns dos novos programas radiofónicos do período pós-Capelinhos fundados e di-rigidos por esses recém-chegados peritos ganharam imediata aceitação e considerá-vel popularidade.. JOSÉ DO COUTO RODRIGUES, actu-al presidente da editora “Portuguese Heri-tage Publications of California”, e antigo locutor e co-director da Rádio, explica as razões fundamentais da profusão de novos programas radiofónicos portugueses oca-

sionados pela denomi-nada “diáspora” dos Capelinhos: “Primeiramente, com o advento e a tremen-da popularidade da TV, quase todas as estações AM da Ra-dio não tinham largas audiências, e assim, para sobreviverem financeiramente, os seus donos e gerentes viram-se compelidas a vender “tempo” à ra-diodifusão em línguas estrangeiras. Além disto, o advento de FM deu grande oportuni-dade de expansão à radiodifusão em geral,

visto que então os aparelhos de radio FM ainda não eram comuns e rádios FM em automóveis e em outros veículos eram ain-da muito raros. Os proprietários das esta-cões de Rádio vendiam o “tempo” à hora, e isto criou uma enorme onda de novos programas radiofónicos nos últimos anos da década de 1960-1970, bem como em quase toda a década seguinte. Mais tarde, quando ambos AM e FM se tornaram po-pulares, e especialmente devido ao facto de o seu uso ter ficado estandardizado em todos os automóveis e em outros veículos motorizados, comprar tempo em qualquer estação da Rádio tornou-se muito dispen-diosa e quase impossível obter-se”.

Novamente, em referência específica aos melhores, mais antigos e diversos novos programas da Rádio luso-californiana, José do Couto Rodrigues, que também presenciou os efeitos da mova onda imi-gratória açoriana na Califórnia, salienta que: “Seguindo as tradições de antigos pro-gramas, vários dos novos programas ra-diofónicos tornaram-se tão populares que atraíram a organização e o apoio de largos e numerosos clubes de simpatizantes espa-lhados pelas muitas cidades e regiões onde os programas eram ouvidos com grande interesse. Estes clubes eram não somen-te fontes de satisfação e orgulho para os directores dos respectivos programas, como também de grande apoio financeiro e material, pois eles auxiliavam os direc-tores no planeamento e na administração dos programas como também promoviam

vários eventos, tais como sessões de jogos de cartas, angariação de fundos, imple-mentação de piqueniques, danças e bailes, “shows”, e também se envolviam nas ta-refas de publicidade. Além de tudo isto,, esses simpatizantes pagavam uma cota anual, muito vantajosa para os respectivos programas”.O ímpeto e a influência de vários desses novos programas nas suas respectivas co-munidades foram consideráveis. De uma maneira geral, o cenário da radiodifusão portuguesa na Califórnia melhorou técnica e linguisticamente, assumindo desejáveis tons de modernidade e maior civilidade. Elaborando este ponto, e, uma vez mais, referindo-se aos melhores programas do período pós-Capelinhos, José C. Rodri-gues realça: “O advento destes programas da Rádio deu a muitos indivíduos da nova diáspora oportunidade de se servirem dos seus ser-viços para mais projectarem os seus negó-cios, tais como mercados e lojas, agencies de viagens e turismo, oficinas de fotogra-fia profissional, companhias de pinturas residenciais e industriais, padarias, vendas e compras de imobiliários, etc. A nova ra-diodifusão luso-californiana incrementou o crescimento e a expansão de muitas pe-quenas empresas dispersas pelas diversas comunidades de língua portuguesa.”. “…Esses programas emitiam anúncios de empregos todos os dias…;solicitavam dos seus ouvintes mobiliário usado, mas em boas condições, para famílias imigran-tes que, carentes, continuavam a chegar à Califórnia; em uníssono com os progra-mas “veteranos”, eles associavam-se aos peditórios e às campanhas de angariação de fundos para muitas causas caritativas em várias partes do mundo, e sobretudo em Portugal. Saliente-se que esses dois grandes grupos juntos foram poderosas forças na gigantesca campanha constituí-da para aliviar, monetária e materialmen-te, muitos dos problemas causados pelas erupções vulcânicas em Capelinhos, bem como para remediar infortúnios ocasio-nados pelos subsequentes terramotos que vitimaram largos segmentos da população açoriana…. Adicionalmente, esses progra-mas radiofónicos promoveram a organi-zação de vários equipas de futebol, e de diversos clubes sociais e folclóricos, etc., que surgiram em muitas áreas juntamente com variados eventos e festividades sócio-religiosas, tais como as celebradas Festas ao Divino Espírito Santo, e outras, progra-madas anualmente em todos os pontos da Califórnia”.. Digno de registo é o facto de a Comunida-de Luso-Californiana ter tido dois proprie-tários de Estações de Rádio, com emis-sões programadas na língua portuguesa. Salientam-se aqui os nomes de Batista S. Vieira e de Joe Rosa.

O empresário Batista S. Vieira, de San José, é proprietário e presidente das Esta-ções Q.96-- Rádio Comercial Portuguesa --- San José; KLBS -- Os Campeões da In-formação --- Los Banos; e de Q.106-- All Day -- All Country --- Los Banos.

Joe Rosa foi proprietário e presidente da Estação KATD -- Rádio Clube do Ouvinte -- e Rádio Clube Português --- San José. Subordinadas aos princípios e às normas de mais pragmático e rendoso “marke-ting”, todas estas estações assumiram moldes de programação internacional, em vários idiomas estrangeiros. Assim, o for-mato e a programação em português têm sido reduzidos gradualmente.Estes dois empresários são oriundos dos Açores.

NOTA: este importante estudo sobre a Comunicação Social Portuguesa na Ca-lifornia prosseguirá nas nossas próxi-mas edições.

Perspectivas

Fernando M. Soares Silva

[email protected]

Aires Medeiros, Programa "Sonhos de Portugal" foto de armando martins

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20 15 de Fevereiro de 2012COMUNIDADE

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

Não tem sido nada fácil para conseguirem novas direcções para esta sociedade. Os que já cá estão há mais anos, chama-

dos os velhos, vários já serviram mais do que uma vez e os novos, andam um pouco fora do ambiente comunitário. No entan-to há sempre quem aceite, embora com muito custo e todos os anos o problema é resolvido e este ano não houve excepção. Durante a Assembleia Geral no dia 8 do passado mês de Janeiro, foram empossa-dos os seguintes directores, os quais serão os responsáveis pela supracitada socie-dade durante o corrente ano: Presidente - David Enes, Vice-presidente - Negócios, Jorge Rebolo, Secretário - Eddie Ormon-de, Tesoureira - Oriana Bertão Correia, Representante de Negócios - George Bar-ros, Representante da Filarmónica - Jerry Vaz, Encarregado da Cozinha - José Ra-poso, Encarregado da Manutenção - Roy da Rosa e Director Desportivo - John Ormond. Para estes directores e respecti-vas esposas, sendo estas as mais preciosas colaboradoras da direcção, desejamos um ano repleto de prosperidades com os dese-jados e merecidos êxitos.

Artesia D.E.S tem nova Direcção

Falecimento

Fernando Augusto da Silva, conhecido de todos por "Fred", faleceu no dia 1 de No-vembro de 2011.Nasceu a 3 de Janeiro de 1943 na Ilha de São Jorge.Depois de cumprido o serviço militar na Força Aérea Portuguesa, casou com Teresa e residiram no Canadá por um ano, antes de se mudarem para a California. Fernan-do trabalhou na agropecuária na área de Salinas, onde a sua única filha Fernanda nasceu. Mudaram-se depois para Merced, onde mais tarde compraram uma leitaria com o seu primo Joe Rodrigues.Fernando tinha muito orgulho na sua filha Fernanda que se formou em medicina.Em 2005 Fernando e Teresa reformaram-se e vieram viver para o seu pequeno ran-cho em Livingston.

Foi o melhor tempo das suas vidas, ajudando nas festas portuguesa e gozan-do os seus passeios com a Teresa.Pouco tempo depois, Fer-nando ficou doente, mas mesmo assim ia visitar a sua filha de comboio a Sa-cramento. Faleceu no dia de Todos-os-Santos.Deixa a chorar a sua mor-te, a esposa de 43 anos, Teresa, sua filha Fernanda da Silva.Fernando Augusto era fi-lho de José Maria da Silva já falecidos.Deixa também de luto seus irmãos Manuel (Maria), Joe (Fátima), Victor (Con-nie), irmã Maria Olga, cunhados Maria, Amé-lia, John (Teresa), Laura (Ernesnto), José (Lina), Christina (Manuel), An-tónio (Maria), sobrinhos Maria, Joe, Manuel, An-gela, Victor, Liza, Emmanuel, Anthony, Joe, Rudy, Garret, Teresa, Tony, Manuela, Elizabeth, e suas esposas, marido e filhos. Seu genro Timothy Atkinson e sua família Steven e Mollie Atkinson, seu sócio Joe Rodrigues, assim como muitos amigos.Foi a sepultar no Winton District Ceme-tery.Tribuna Portuguesa envia condolências a toda a família Silva

No Artesia D.E.S. viveu-se um dia de grande excitação no Domingo do Super Bowl.ESq/dir: Debbie Rebolo, Beverly Raposo, Monica Falcão, Ann Ormonde, Suzie Da Rosa, Nicole Enes, Oriana Bertao. Segunada fila, esq/dir: John Ormonde, Eddie Ormonde, Jorge Rebolo, David Enes, Jerry Vaz, Joe Correia, Joe Raposo, George Barros, o último de trás.

fotos de artesia des

Esq/dir: Eddie Ormonde - Secretário, Jerry Vaz, George Barros, Oriana Bertão-Correia - Tesoureira, Joe Correia, John & Ana Ormonde, Nicole Enes, David Enes - Presidente, Beverly Raposo, Joe Raposo, Debbie Rebolo, Jorge Rebolo, Suzie Da Rosa, Roy Da Rosa

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21 DESPORTO

TAÇA da LIGA Sporting disse adeus à Taça mas está na Final da TP

Benfica e Porto nas meias-finais

O Benfica, detentor do tro-féu, e o FC Porto vão de-frontar-se nas meias-finais da Taça da Liga portugue-sa, agendadas para 21 de Março, no Estádio da Luz, após terem ambos termi-nado no topo dos Grupos B e D, respectivamente, só com vitórias.

Chegado ao jogo de Lisboa como a única equipa a ter derrotado o Benfica em 32 desafios oficiais, quando eliminou o adversário da

Taça de Portugal, no início de Dezembro, o Marítimo podia ter inaugurado o marcador logo aos cinco minutos, mas Sami per-mitiu a defesa de Eduar-do quando tinha apenas o guarda-redes pela frente.

O preço do desperdício pagou-o pouco depois, aos 13 minutos, altura em que Javier Saviola isolou Nél-son Oliveira e o avança-do inaugurou a contenda à saída de Romain Salin.

Christian Pouga foi expul-so antes de Rodrigo subs-tituir Saviola a meio da segunda metade e a tempo de bisar no espaço de sete minutos, aos 72 e 80. Por fim, Yannick Djaló entrou para actuar os derradeiros dez minutos e estreou-se pelos "encarnados".

No Estádio do Dragão, os recém-chegados Lucho González e Marc Janko assinalaram da melhor forma a estreia pelo FC

Porto ao marcarem, em cada uma das partes, aos 24 e 67 minutos, por esta ordem, os tentos da vitória de 2-0 sobre o Vitória de Setúbal. Antes do tento do ponta-de-lança austríaco, aos 37 minutos, os foras-teiros estiveram perto do empate no jogo do Grupo D quando Ney Santos ca-beceou à trave, após livre de Neca.

in uefa.com

Gil Vicente eliminou o Sporting da Taça da Liga e joga com o Braga nas meias-finaisApós derrubar o FC Porto no campeonato, Gil Vicente voltou a surpreender ao eliminar o Sporting da Taça da Liga portuguesa rumo às meias-finais, fase na qual vai de-frontar o Braga num duelo do Minho, graças à vitória por 1-0 em pleno Estádio José Alvalade.

Uma semana depois de ter interrompido a série de 55 jogos sem perder do FC Porto na Liga portuguesa, ao derrotar o campeão por 3-1, em Barcelos, no domingo passado, o Gil Vicente iludiu novamente um nome sonante do futebol lusitano e, além de assegurar o primeiro lugar do Grupo A, afastou os "leões" da competição sem qualquer triunfo em três partidas.

Um penalty marcado por Cláudio – autor de dois golos no triunfo sobre os "dragões" –, aos 54 minutos, a castigar falta de Oguchi Oniewu sobre Hugo Vieira, num lance de que resultou a expulsão do defesa-central do Sporting por acumulação de cartões amarelos, revelou-se suficiente para a equipa de Paulo Alves derrotar o adversário. O Gil viu ainda André Carrillo acertar na trave durante a etapa complementar e teve Júnior Caiçara expulso nos derradei-ros instantes. Também neste agrupamento, o Moreirense, do escalão secundário, derrotou o Rio Ave por 1-0.

Nas meias-finais, o Gil Vicente irá agora receber, a 21 de Março, outra equipa da região minhota, o Braga, vencedor do Grupo C na sequência do triunfo de 1-0, em casa, sobre o Portimonense. Hugo Viana, num livre directo marcado ainda antes do meio-campo, e perante o adiantamento do guarda-redes da formação do Algarve, fixou o resultado no terceiro minuto dos descontos e permitiu ao conjunto de Leonardo Jardim fazer o pleno em três jogos.

No domingo realizam-se as outras partidas e o destaque vai para a recepção do Benfica ao Marítimo, no Grupo B. Em igualdade no topo após duas vitórias para cada uma, a equipa da Madeira chega a Lisboa como a única a ter derrotado os "encarnados" de Jorge Jesus em 32 partidas oficiais efectuadas na presente temporada em todas as provas. No mesmo dia, o FC Porto, quase apurado para a fase seguinte, defronta em casa o Vitória de Setúbal e apenas precisa de empatar.

in uefa.com

Nacional 1 Sporting 3Rinaudo, Wolfswinkel (g.p.) e João Pereira marcaram os golos que carimbaram a pas-sagem dos Leões para o Jamor.

Sporting venceu, esta quarta-feira, o Nacional da Madeira por 1-3, em jogo da segunda mão das meias-fi-nais da Taça de Portugal, disputado no Estádio da Madeira, marcando presença no próximo mês no Jamor na final da prova frente à Académi-ca.Sporting não marcava presença no Jamor desde a época 2007/2008, ten-do na altura erguido a Taça de Por-tugal depois de ter batido o FC Porto por 2-0, com dois golos do brasileiro Rodrigo Tiuí no prolongamento (111' e 117'). Paulo Bento, atual seleciona-dor nacional, era então o treinador dos Leões.

No passado fim-de-semana, o Spor-ting perdeu um dos objetivos da épo-ca ao ser eliminado pelo Gil Vicente da Taça da Liga mas Rinaudo e Wol-fswinkel ofereceram uma alegria aos

adeptos leoninos. Agora, no Estádio do Jamor, o Sporting de Domingos Paciência terá de disputar a Taça mais popular de Portugal com os es-tudantes da Académica, que ontem eliminaram a Oliveirense.Quanto ao encontro na ilha da Ma-deira, e depois do empate a dois go-los em Alvalade na primeira mão, o Sporting entrou confiante e o golo de Rinaudo aos 17 minutos ajudou a animar o espiríto do Leão, que andava magro de triunfos. O médio argentino rematou de primeira, fora da área, e a bola acabou no fundo das redes da baliza defendida por Vladan (que acabaria por sair lesio-nado). Três meses depois, Rinaudo regressou em grande.

Ainda na primeira parte, Capel co-locou novamente a bola dentro da baliza do Nacional mas o árbitro Pe-dro Proença assinalou fora de jogo a Carrillo, mas o peruano encontrava-se em linha na altura do passe.Aparentemente, durante o segundo tempo, o Sporting tinha o jogo con-trolado perante um Nacional descon-

centrado no encontro. A expulsão de Mário Rondón, ao ver o segundo amarelo aos 55 minutos, não veio ajudar à equipa orientada por Pedro Caixinha que ficou reduzida a dez elementos.No entanto, aos 64 minutos, Diego Barcellos surgiu sem marcação na área, após o passe de Claudemir (um dos melhores da equipa insular) e cabeceou certeiro para o fundo da baliza de Rui Patrício, estabelecendo o empate e a vantO desespero leonino foi de pouca duração, apenas 9 minutos, pois Pe-dro Proença assinalou grande pena-lidade a favor do Sporting num lance muito contestado pela equipa da Ma-deira. Na conversão, Wolfswinkel não falhou, garantindo a presença do Sporting no Jamor no próximo mês de maio.Já em tempo de compensação, o la-teral direito João Pereira apontou o terceiro golo leonino, marcando um ponto final feliz para o Sporting.

in sapodesporto

O avançado internacional português Danny lesionou-se com gravidade num joelho (uma rotura total dos ligamentos cruzados anteriores do joelho direito, com danos no corno posterior do menisco medial) e deverá estar afastado dos relvados durante oito meses, pelo que irá falhar os oitavos-de-final da UEFA Champions Lea-gue pelo FC Zenit St Petersurg, frente ao Benfica, bem como a possível presença por Portugal no UEFA EURO 2012. A informação revelada no "site" oficial do Zenit, por esta altura a efectuar um estágio em Florença, Itália, enquanto não recomeça o campeonato na Rússia, o qual lidera ao fim de 32 jogos e defronta fora o PFC CSKA Moskva, segundo classificado, a 3 de Março, adianta que a lesão de Danny, de 28 anos, aconteceu no treino desta segunda-feira."

Danny lesionado com gravidade

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22 15 de Fevereiro de 2012TAUROMAQUIA

Ganadaria Tenexac no município de Terranate, Tlaxcala. Um dia muito bem passado.Osvaldo Câmara, Manuel Melo, José Baptista, Pedro Avila, Mário Ribeiro, José Avila, Manuel Moreno, João Gonçalves e Jorge Avila Yauca. Ao longe, toiros com sangue Piedras Negras.

Osvaldo Câmara, Joaquim Avila num burladero da pracita de tentas de Tenexac.Pedro Avila, Manuel Melo, Rick Perry, João Gonçalves, Jorge Avila Yauca e Mário Ribeiro

Mário Ribeiro em frente à linda pirâmide do Sol. As famosas pirâ-mides do México podem ser encontradas a 50 km ao norte da capital, em Teotihuacan, cujo significado é "o local onde os homens se tornam deuses". A cidade é uma das mais impressionantes do mundo antigo, foi fundada antes da era cristã e chegou a ter mais de 125 mil habi-tantes.Esq: Manuel Melo, Pedro Ávila, chauffer do táxi, Miguel Ávila e João Gonçalves na terra da tequilla.

Fotos de Miguel Ávila

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Praça do México fez 66 anos Estivemos lá no 50º Aniversário

Vimos outro dia e em directo a Cor-rida Comemorativa dos 66 anos da Praça de Toiros da Cida-de do México. Isto quer dizer que foi há dezasseis anos que uma malta amiga se deslocou àquela pra-ça nos seus 50 anos. 16 anos e às vezes pa-rece que foi outro dia. Lembro-me que nas vésperas da nossa ida apanhámos uma constipação cavalar. Mesmo assim, consegui embarcar e ao lá chegar ainda conse-gui levar uma grande malta a uma livraria especializa-da em tauromaquia na Cidade do México. Eram livros que nunca mais acabavam sobre toiros. Uma loucura.Ainda tivemos tempo de visitar a maior praça do mun-do toda vazia a ser preparada para a a grande festa de aniversário. Mal cheguei ao Hotel, deitei-me para ver se ficava melhor para o outro dia, pois o nosso objectivo era ver as três corridas anunciadas da festa. Nessa noi-te, suei tanto que tive de mudar duas vezes de pijama e à terceira vez já nem pijama tinha. Embrulhava-me na roupa da cama. Foi uma noite terrível. Eu estremecia mais do que um abalo de grau 7.No outro dia ainda consegui entusiasmar a malta a ir visitar as enormes pirâmides algumas milhas fora da cidade. Deitei-me e dei ordens no hotel para me chama-rem um táxi, uma hora antes da corrida. À hora apraza-da, o táxi chegava, um VW de três lugares (os táxis não tinham o assento da frente para as pessoas poderem en-trar mais fácilmente). Sem falar e sem me mexer muito, lá chegava à maior praça do mundo. Já todos estavam lá e as ordens eram para não falarem comigo, porque mal eu fazia um gesto, começava a tremer todo. Nem batia palmas. Depois da corrida todos iam passear e eu num táxi ia direito para a cama. Os pijamas tinham sido la-vados no hotel e eu já sabia que nessa noite íriamos ter trabuzana outra vez. E foi mesmo. Mudei duas vezes os pijamas e à terceira, a mesma história. Embrulhava-me na roupa da cama e batia com os dentes todos.

No outro dia, acordei um pouco melhor e fomos visitar uma ganadaria - Tenexac - onde eu tinha vivido uns dias anos atrás. Passámos um dia lindo nessa ganadaria perto de Puebla. O matador Manuel Moreno preparou uma brincadeira com vaquitas para nosso agrado.A ganadera Margarita Bréton Trunbull gostou muito de me ver outra vez na sua ganadaria. Até prepararam uma noite de fados para nós, mas regressámos à Cida-de do México para ver a corrida de cavaleiros. Antes tivéssemos ficado para os fados. Chegado à praça, os tremores começaram. Nada de palmas. Até o barulho das mesmas me faziam tremer. Depois da corrida to-dos saíram e eu direitinho para a cama. Passei a noite muito melhor e depois da corrida desse dia que foi um sucesso com nove toiros corridos e estando muito me-lhor, dei azo à minha alegria taurina e aplaudi imenso, muito em especial o Enrique Ponce. Depois da corrida resolvi ir comer a um antigo convento que ficava perto do hotel. Até comi bem, mas depois na vinda para o hotel parecia-me que ia para o outro mundo. Era uma aflição sem explicações. Eu só queria ir para a cama. Nem queria falar com ninguém. Todos queriam ajudar, mas nada podiam fazer. Enfim, foi uma viagem extra-ordinária para todos os nossos amigos e para mim foi o que foi. Terrível, mas que não mais me esquecerei.Também não esquecerei que tive que "brindar" um guarda do aeroporto para me deixar passar uns ferros que comprei na praça e que não se poderia trazer no avião. São tolices que fazemos.Há dezasseis anos. Quem diria.O que uma pessoa sofre por gostar da festa dos toiros.

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23COMUNIDADE

Carnaval na Assunção de Turlock

No dia 4 de Fevereiro realizou-se no Salão de Festas da Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Turlock uma noite de Carnaval com o Grupo da Nova Aliança, que apresentou uma dança de Espada e uma Comédia.Na cozinha, mãos habilidosas cozinharam filhóses e coscorões, que fizeram a delícia de todos aqueles que assistiram ao espectáculo.

Para a fotografia todos pararam de trabalhar. É sempre bonito verem-se no Tribuna, um jornal muito apreciado para as bandas de Turlock. Embaixo: Estes coscorões mereceram bem uma visita à Assunção.

Pensa-se que este doce seja de origem mourisca, tendo sido in-troduzido na Europa pelos cru-zados. Por ser um doce com al-guma resistência ao tempo, era expressamente feitos para longas viagens, principalmente na idade média. Este doce podia ser rega-

do com mel ou sal.Hoje em dia é um doce tipicamen-te natalício de muitas regiões do país de onde se destacam o Alen-tejo, Beira Baixa e Trás-os-mon-tes e os Açores.Podem ser quadrados, redondos ou triangulares mas fazem par-

te da nossa tradição e raramente faltam numa mesa de natal por-tuguesa.

in docesconventuais

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26 15 de Fevereiro de 2012ARTES & LETRAS

Irish Coffee

Michael D. Higgins é o novo presidente da Irlanda. Poeta, imaginem. Se os economis-tas, políticos, cientistas so-

ciais e a gente das verbas não conseguem descortinar soluções, por que não recorrer à grande força do país, o verbo? As gentes dele, os poetas e escritores, são na verdade o forte dessa ilha estranha que, situada no

Norte, se comporta como mediterrânica; falando inglês, age como se fosse italiana ou grega e, tendo a obrigação geográfi-ca de ser protestante, arrima-se a Roma. Uma terra assim gera Oscar Wilde, Jona-than Swift, George Bernard Shaw, James

Joyce, Thomas Moore, W. B. Yeats. Ah! e Samuel Beckett que, na companhia de Ge-orge Berkeley, C. S. Lewis e William Tre-vor complicam o quadro desse povo que, no século XIX a crise da batata quase ma-tou à míngua e fez com que milhares des-sem à costa neste outro lado do Atlântico, por aqui desembarcando a sua tremenda vivacidade e agilidade verbal.Não deve ser por acaso que o Book of Kells é a grande atracção turística, mes-mo no centro de Dublin. E depois são as livrarias e os pubs, mais a chuva e o verde azulado da paisagem, molhada e cinzen-ta. Ali o sol é deveras conceito utópico. Apesar disso, não são macambúzias nem depressivas as caras da rua, pese embora a opinião de Richard Kerney, filósofo da cultura, uma espécie de Eduardo Louren-ço local, que fala da melancholic imagi-

nation da sua gente. A verdade é que, ao pé da melancolia portuguesa, os irlande-ses são a euforia incarnada. Para Kerney, o silêncio não existe por ali; ele aterrori-za os seus patrícios. Palavrosos sim, mas vibrantes e comunicativos. Lembro-me a

propósito daquele aposentado de setenta e tantos anos, bem disposto: Há hoje muitos estrangeiros aqui. Queria que se sentissem bem-vindos, mas gostava que nos sorris-sem e cumprimentassem.Os bares, ah! os bares em cuja arquitectura parece concentrar-se a criatividade local expressa num colorido barroco, catedrais da conversa, do wit e da língua afiada que se solta a torto e a direito e à menor provo-cação. Vi algures a estatística da altíssima percentagem deles por habitante. Perdi-a não sei onde (provavelmente num bar). E os jornais não escondem nas páginas inte-riores, pespegam na primeira títulos como Worried Ireland to limit alcohol adverti-sing. Exagero? Leiam Dublinners e vejam quantas vezes Joyce refere álcool, bares e seus frequentadores. A sagacidade verbal irlandesa solta-se a cada esquina. Contra o cliché da chuva protestava-me um natural: É um precon-ceito esse de cá chover muito. Vejamos: na semana passada, quantas vezes choveu? Duas só. Bem, a primeira durou dois dias e a outra cinco, mas duas vezes apenas. E outro confidenciava-nos sobre uma estran-geira, suíça, na ilha há anos, a quem ele mostrara uma romântica igreja emoldura-da em verde colina fora do bulício urbano, e ela lhe confessou ser ali que ia realizar o seu casamento. Pouco depois, ao deparar com um restaurante e em igualmente bu-cólico cenário, revelou ser aquele o lugar da boda. Curioso, o irlandês perguntou-lhe quando iria isso acontecer. A moça re-agiu: Ainda nem sequer tenho namorado. Comenta-me então ele: Está a ver?! Anda por aí um indivíduo que um dia vai casar naquela igrejinha, terá a festa naquele res-taurante, e ainda nem foi informado!O poeta Michael Higgins vai ter que segurar a força da natureza que é esse celtic tiger. Uma democracia de bocas livres e rebeldes, amantes de bares não funciona com poemas, por mais que se delicie neles. Mas não estou preo-cupado com o amanhã irlandês, que a eles pertence. Aliás, ouvi contar mais de uma vez que o Júlio Iglesias tenta-va um dia explicar na TV o conceito espanhol de mañana, como não sendo propriamente amanhã, antes um futuro indeterminado que nem sequer tem de existir, e o moderador voltando-se para o outro convidado, um irlandês E na Ir-landa há também esse conceito?, ouviu

A Maré Cheia tem a felicidade de ter uma amalgama de colaboradores, dis-tintos homens e mulheres da literatu-ra e das artes. Daí que hoje temos um texto, que é mais uma obra de arte. É de Onésimo Teotónio Almeida, escritor sobejamente conhecido e catedrático na Universidade Brown, Providence, Rhode Island. Como aqui já o disse, o Onésimo é dos melhores cronistas da língua portuguesa e eis mais uma cró-nica, que prova essa afirmação. Um verdadeiro cidadão do mundo, como verão no texto, Onésimo Almeida, é também um defensor da sua terra e da diáspora açoriana, com obra publicada sobre estes temas. Um desses livros, que aqui já referenciamos é O Peso do Hífen, e mais recentemente: Açores, Açorianos, Açorianidade: Um Espaço Cultural, sobre o qual publicaremos, em breve, um belíssimo texto de Vam-berto Freitas.E é com a generosidade destes homens e mulheres ligados à cultura em ambos os lados do atlântico que ainda pode-mos continuar com esta página de artes e letras.

abraçosdiniz

em resposta: Bom, nada assim com tão for-te sentido de urgência.

Onésimo Almeida

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 COMUNIDADE

O obrigado anual dos Parreira's

Joe Parreira e esposa todos os anos oferecem um jantar de agradecimento a todos os seus clientes no Salão do Turlock Pentecost Association. Este ano serviram um cozido à portuguesa de chorar por mais.À direita podem ver todos aqueles que tornaram possí-vel este jantar.

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Page 28: The Portuguese Tribune, February 15th 2012

28 15 de Fevereiro de 2012ENGLISH SECTION

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Portuguese Heritage Publications of California elects new president

Established in 2002 after the suc-cessful release of The Holy Ghost Festas book, the Portuguese Her-itage Publications of California (PHPC) met on January 28 for its annual Board of Directors meet-ing. After a decade presiding over this non-profit publishing house and 19 publications to date, José do Couto Rodrigues stepped down as president. Entering as president is former PHPC vice-president of adminis-tration, Henrique Dinis, an expe-rienced manager in the software technical support and semicon-ductor industries. Shortly after being elected, Henrique Dinis felt at home leading the Board meeting with a well-established agenda, the review of the organi-zation’s vision, mission, and op-erating values, clear deliverables, and a survey at the end to evalu-ate what worked and didn’t work at the meeting. Without a major publication in 2011, the PHPC is relying on the launch of The Power of the Spirit, the history of the churches built or greatly influenced by the Por-tuguese in California, to continue to be on the forefront of docu-menting the Portuguese-Califor-nian Experience.Henrique Dinis is joined on the

executive committee of this all-volunteer organization by Tony

Goulart as vice-president, Chris-tina Ávila as secretary, Isidro Es-

pínola as treasurer, Décio Olivei-ra as parliamentarian, and José

Luis da Silva as historian.Info: www.portuguesebooks.org

Portuguese professionals meet monthly for lunch in San José

About five years ago, a group of friends, Henrique, Júlio, and Luis started meeting regularly at Trade Rite Market. They ex-tended their invitation to this informal monthly lunch to other Portuguese professionals resid-ing in Silicon Valley. This group composed of mostly professionals originally from mainland Portugal with an oc-casional Azorean in the mix, got together in the last week of the year for another lunch at Bacal-hau Grill. This time and taking advantage of the holiday season, spouses and children joined in on the fun.The future of Portugal continues to pass through Silicon Valley as demonstrated in President Cava-co Silva’s visit last November.For more information on these monthly lunches, contact Hen-rique Martins at [email protected].

Above: The Portuguese Heritage Publications of California Board of Directors at its annual meeting on January 28.Below (left to right): Henrique Dinis, the newly elected president; José do Couto Rodrigues who presided over the PHPC for a decade.

Clockwise from top center: the future of Portugal and US starts here; Joana and Pedro Magalhães brought their children; José-Maria Moniz and his mother visiting from Porto; Nuno Rebelo, Carlos Almeida (just returning from China), Nuno Pais, among other guests; Ricardo Leitão, Luis Filipe Valente, among other guests; lunch organizer Henrique Mar-tins with Bacalhau Grill’s Luis Lourenço.

ENGLISH SECTION

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Ferreira Moreno

Guilherme Silveira da Gloria, the son of Ma-nuel Silveira da Gloria and Isabel Mariana

do Rosario, was born in Can-delaria, Pico Island, Azores, on July 6, 1863. At age 16, after his high school education at Liceu da Horta, Faial Island, he decided to study for the priesthood, and was admitted to Angra's Semi-nary on Terceira Island in 1880. Near the conclusion of his Theo-logical Studies he transferred to St. Thomas Seminary in Mission San Jose, California, and was or-dained four months later on June 29, 1885.According to Lionel Holmes and Joseph D'Alessandro (Portuguese Pioneers of the Sacramento Area, 1990), "Guilherme da Gloria was the youngest of seventeen chil-dren. While attending Angra's Seminary he became friends with a fel1ow seminarian, who had spent some time in Califor-nia and told him of the spiritual plight of Portuguese immigrants in the state. It prompted Gloria, to write for acceptance to be or-dained for the Archdiocese of San Francisco. He then left the Azores with his sisters, Isabel and Ana."The fellow seminarian mentioned above was the notab1e Father Ma-nuel Francisco Fernandes (1850-96). Curiously, after Fernandes' death, Guilherme da G1oria

succeeded him as pastor of St. Joseph's Church in Oakland.Following his ordination, Gloria served for a decade as Assistant at St. Leander's Church in San Leandro, all the while giving missions and delivering sermons at numerous locations with Por-tuguese communities. In 1889 he traveled to Europe and visited the Paris World Exposition. On his return to Ca1ifornia he stopped in the Azores and brought back with him his sister Maria Josefina, one nephew and three nieces.Gloria became pastor of St. Paul's Church, San Pablo in 1895. From there he was moved to Oakland and assigned as pastor of St. Joseph's Church in 1896. At age 36 he resigned from the pries-thood and married Ana Beatriz Collins in July 1899. They had a child, William James Gloria, a brilliant young attorney who died at age 39 on January 29, 1937, two weeks after his mother's death on January 14, 1937.From an early age, Gloria, distin-guished himself as an exceptional talented and scholarly individu-al, later becoming an accompli-shed public speaker, journalist and poet. He wrote extensively to several newspapers in the Azores and California, and in 1900 he founded a weekly paper "A Li-berdade" when he moved to Sa-cramento. It became a daily paper when Gloria returned to Oakland

in 1920, but six years later it changed to being a weekly again, until it was suspended, following the sudden deaths of his wife and son in 1937.

Apparently, it was California's only Por-tuguese paper ever printed as a daily.

Gloria was the author of two books of poetry respectively en-titled "Poesias" (1935) and "Har-pejos" (1940). Copies of both are

treasured within my overflowing bookcases. Gloria also translated various English and French no-vels, which were transcribed in aserial format and proved to be very popular reading among the Portuguese subscribers of his newspaper. Gloria died on Janu-ary 18, 1943, six months short of his eightieth birthday. His re-mains were interred in Holy Se-pulchre Cemetery in Hayward.Due to its unusual interest, I feel

compelled to quote this passage authored by Lionel Holmes and Joseph D'Alessandro: "After the death of his wife and son, Gloria returned to the seminary in 1937 and reentered the priesthood in San Francisco until his death onJanuary 18, 1943." (Portuguese pioneers of the Sacramento Area" 1990).Father Jose Carlos, a native of Pico Island, in his biographi-cal book about a number of late priests from Pico Island (Padres da Ilha do Pico, 1970), made no reference whatsoever about such stunning detail inferred by Holmes and D'Alessandro. Jose Carlos simply stated that Gloria remained a 1ayman and died pe-acefully in Oakland. Above all, Gloria never renegated his faith and allegiance to the Catholic Church.I read elsewhere that Gloria had been the pastor of St. Leander's Church and later had been credi-ted with building the Portuguese National Church of St. Joseph's in West Oakland.I also read the inaccurate episode that during the visit of Lisbon's Cardinal Manuel Cerejeira to Ca-lifornia in 1935, the Cardinal had invited Gloria to accompany himon his return trip to Portugal, and take residence there in a conva-lescent home for aged priests.In closing, I would like to add that the three accounts cited abo-ve are unquestionably way off the mark!

Guilherme da Glória (1)

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Presépio de Joaquim Avila, San José

Acabamos nesta edição a apresentação de vários presépios que visitámos e que achá-mos por bem partilhar com todos os nos-sos assinantes. Estas pequenas amostras do quotidiano de outrora, mostra ainda o valor que a nossa gente tem das nossas tra-dições e dos nossos costumes antigos.Este presépio era do nossos amigo Joquim e Alice Avila, residentes em San José.

Origem do presépio

Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho, al-guns em miniatura, outros em tamanho real. O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como

era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transpor-tar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Je-sus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, come-çando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento.

Em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores e o cantar dos anjos. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo.

in wikipedia

COMUNIDADE

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32 15 de Fevereiro de 2012PATROCINADORES