the portuguese tribune - october 15th 2012

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Ganhou o Óscar do Print Business Pag . 11 Spectrum Lithograph, Inc. de Fremont A PALCUS vai comemorar os seus 21 anos de ac- tividade reconhecendo este ano na sua Gala Anual as individualidades abaixo designadas. A Gala terá lugar no dia 27 de Outubro em Shorth Hills, New Jersey. Al Dutra, Presidente da Portuguese Herita- ge Society of California vai ser reconhecido pelo seu extraordinário trabalho ao longo de tantos anos. Founder's Award John Rebelo, PALCUS Founder and Council of 100 Leadership in Community Service Albert S. Dutra, President, Portuguese Heritage Society of California Leadership in Education António Simões, Ed.D., Dean Emeritus, Fairfield University Leadership in Public Service Armando B. Fontoura, Sheriff, Essex County, NJ Outstanding Organization Heavy and General Construction Laborers Union Local #472 Young Portuguese American "Promessa" Award Margo Petitti, Owner/Designer at Margo Petitti Leadership in Corporate Philanthropy Banco Espirito Santo Al Dutra reconhecido pela PALCUS QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2ª Quinzena de Outubro de 2012 Ano XXXIII - No. 1142 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Eventos de Outubro Outubro 18 Apresentação do livro sobre o improvisador Caneta no Portuguese Athletic Club, San Jose 7:30pm Outubro 19 Fados na Festa de N.S. de Fátima em Thornton Apresentação do livro sobre o improvisador Caneta na Casa dos Açores de Hilmar Outubro 20 Bodo de Leite da Festa de N.Sa. de Fátima em Thornton Corrida de Toiros em Thornton - 3 pm Procissão de Velas 7pm. Cantoria e baile - 10 pm Jantar no Restaurante Sousa, San José, com Secretário de Estado das Comunidaded 7pm Apresentação do livro sobre o improvisador Caneta no Tulare An- grense 8:30pm Outubro 21 Missa e Procissão da Festa de N.S. de Fátima em Thornton - 10 am Cantoria 9pm Corrida de Toiros 8 pm dia 22 Visita do secretário de Estado das Comunidades a Turlock Apresentação do livro sobre o improvisador Caneta em Artesia 4:30pm Outubro 22 II Corrida de Toiros da Feira de Thornton - 8pm. Noite de Candidatos no SES de Santa Clara 6:30pm Outubro 23 Visita do Secretário de Estado das Comunidades a Artesia Outubro 26 Noite de Fados da Festa de N.Sa. do Rosário de Hilmar Outubro 27 Bodo de Leite da Festa de N. Sa. do Rosário de Hilmar Festa do Halloween na Casa do Benfica, San Jose 6pm Gala da PALCUS homenageando Al Dutra. Outubro 28 Missa e Procissão da Festa de Nos- sa Senhora do Rosário de Hilmar 10:30am Novembro 2 Convívio das Bandas participantes no Festival em Tracy com baile Novembro 3 Festival das Bandas Filarmónicas da California em Tracy Convívio dos Amigos dos Cedros no IES de San José 6pm VOTE

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The Portuguese Tribune - October 15th 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

Ganhou o Óscar do Print Business Pag. 11

Spectrum Lithograph, Inc. de Fremont

A PALCUS vai comemorar os seus 21 anos de ac-tividade reconhecendo este ano na sua Gala Anual as individualidades abaixo designadas. A Gala terá lugar no dia 27 de Outubro em Shorth Hills, New Jersey. Al Dutra, Presidente da Portuguese Herita-ge Society of California vai ser reconhecido pelo seu extraordinário trabalho ao longo de tantos anos. Founder's AwardJohn Rebelo, PALCUS Founder and Council of 100 Leadership in Community ServiceAlbert S. Dutra, President, Portuguese Heritage Society of California Leadership in EducationAntónio Simões, Ed.D., Dean Emeritus, Fairfield University Leadership in Public ServiceArmando B. Fontoura, Sheriff, Essex County, NJ Outstanding OrganizationHeavy and General Construction Laborers Union Local #472 Young Portuguese American "Promessa" AwardMargo Petitti, Owner/Designer at Margo Petitti Leadership in Corporate PhilanthropyBanco Espirito Santo

Al Dutra reconhecido pela PALCUS

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2ª Quinzena de Outubro de 2012Ano XXXIII - No. 1142 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Eventos de OutubroOutubro 18Apresentação do livro sobre o improvisador Caneta no Portuguese Athletic Club, San Jose 7:30pmOutubro 19Fados na Festa de N.S. de Fátima em ThorntonApresentação do livro sobre o improvisador Caneta na Casa dos Açores de HilmarOutubro 20Bodo de Leite da Festa de N.Sa. de Fátima em ThorntonCorrida de Toiros em Thornton - 3 pmProcissão de Velas 7pm. Cantoria e baile - 10 pmJantar no Restaurante Sousa, San José, com Secretário de Estado das Comunidaded 7pmApresentação do livro sobre o improvisador Caneta no Tulare An-grense 8:30pmOutubro 21Missa e Procissão da Festa de N.S. de Fátima em Thornton - 10 amCantoria 9pmCorrida de Toiros 8 pm dia 22Visita do secretário de Estado das Comunidades a TurlockApresentação do livro sobre o improvisador Caneta em Artesia 4:30pmOutubro 22II Corrida de Toiros da Feira de Thornton - 8pm. Noite de Candidatos no SES de Santa Clara 6:30pmOutubro 23Visita do Secretário de Estado das Comunidades a Artesia Outubro 26Noite de Fados da Festa de N.Sa. do Rosário de HilmarOutubro 27Bodo de Leite da Festa de N. Sa. do Rosário de HilmarFesta do Halloween na Casa do Benfica, San Jose 6pmGala da PALCUS homenageando Al Dutra.Outubro 28Missa e Procissão da Festa de Nos-sa Senhora do Rosário de Hilmar 10:30am Novembro 2Convívio das Bandas participantes no Festival em Tracy com baileNovembro 3Festival das Bandas Filarmónicas da California em TracyConvívio dos Amigos dos Cedros no IES de San José 6pm

VOTE

Page 2: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

Year XXXIII, Number 1142, Oct 15th, 2012

2 15 de Outubro de 2012SEGUNDA PÁGINA

Resposta do editor à carta da Directora da Escola Católica de Nossa Senhora dos Milagres de Gustine:

Como todos tomaram conheci-mento através da carta publicada na nossa ultima edicão, a Escola Católica acima mencionada já tem todas as suas salas de aulas com ar condicionado desde o dia 15 de Agosto de 2012, o que nos apraz registar e que nos alegra como membro desta comunidade portu-guesa.Penitenciamo-nos por termos er-rado por UM MÊS os nossos cál-culos da completa instalação do ar condicionado.Espero que a Escola se penitencie

também perante a nossa comuni-dade, por não ter tido a capacidade de instalar ar condicionado duran-te 49 ANOS.Não sei qual será a maior penitên-cia a ser cumprida.Na realidade, no nosso editorial, usamos um tipo "soft" de jorna-lismo, porque não quisemos falar da idade da escola e de outras coi-sas que também foram beneficia-das nos ultimos dois anos, mas já que "os nossos leitores merecem práticas profissionais de jorna-lismo" como bem disse a Directo-ra da Escola, aqui estamos então a mencionar a idade da escola, só para balizarmos a importância do nosso reparo.

Como está combinado com a Di-rectora da Escola teremos um enorme prazer em visitar a nossa Escola Católica de Nossa Senhora dos Milagres de Gustine no mês de Novembro. Antes tarde que nunca e mais uma vez ficamos felizes em saber das obras realizadas.

Já agora e para informação geral à nossa comunidade, queríamos dizer-vos que descobrimos por acaso, outra Escola sem ar con-dicionado nas suas salas. Já nem sabemos bem em que pensar. Algo está errado na nossa sociedade, quando não se respeita o bem es-tar dos nossos filhos e dos nossos netos.

EDITORIAL

Manuel Goulart Serpa de visita à California ao falar para amigos pronunciou uma frase que nos deu que pensar. Ele disse: "nesta terra de emigração".Nós nos Açores nunca chamámos "terra de povoa-

dores" àquelas ilhas desabitadas. Nem nunca nos auto proclamá-mos "povoadores" a não ser talvez nos primeiros anos.Se nós já estamos aqui na America desde 1827, porque razão ain-da nos tratam por emigrantes, se nas ilhas ninguém se trata por povoadores? Da mesma maneira que os açorianos não são mais povoadores, nós já não somos mais emigrantes. Ponto final.O estigma "emigrante" e mesmo a palavra em si tem de desapa-recer, do nosso vocabulário, como desapareceu a palavra povoa-dor. Somos com orgulho luso-americanos e that's it!

A maioria das pessoas ao receberem este jornal já sabe-rão dos resultados das eleições nos Açores. Possível-mente o partido no poder irá ganhar e dependendo da grande abstenção que se espera, pode não garantir

uma maoiria absoluta. Caso isso aconteça, então teremos um caso de equilíbrio político entre partidos, que requererá nego-ciações entre eles, o que às vezes poderá ser benéfico. A cubani-zação da governação açoriana poderá um dia ser igual à da Ma-deira, isto é, governos com a mesma cor durante muitos e muitos anos, o que trás consigo, compadrios, corrupção, mau governo, autismo politico, falta de respeito pelos eleitores, colorizacão da sociedade, mau funcionamente de organismos, o deixar passar, uma autêntica monarquização de uma sociedade que deveria ser de alternativa e democrática. Que pena o povo não compreender que tem nas suas mãos a resolução dos seus problemas, votando. Quem não vota não tem direito a protestar. jose avila

Povoadores?

Tribuna do Leitor

Page 3: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

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Page 4: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

4 15 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Já há vários anos que me habituei a ir aos touros a Salamanca, este ano não foi uma excepção. Tenho o

cuidado de presenciar as corridas onde figure o nome de El Juli. Fo-ram momentos inesquecíveis, a arte e dominio de El Juli na corri-da em que alternou mano a mano com Talavante, e a cavalo Pablo Hermoso de Mendonza, total seis orelhas, duas a cada um, saidas em ombros, uma corrida para re-

cordar.El Juli, devo dizer, é o numero 1, porque não tem competidores da talha do toureio de El Juli, conhe-cimento dos touros que ninguém pode pôr em causa.Domínio é não andar à mercê do inimigo obrigá-lo a investir as-sim como o obrigar a ir para os terrenos escolhidos pelo espada. A competência é muito impor-tante para alimentar paixões, a dividir os aficionados, criando

partidos: assim tivemos as gran-des competições - Lagartijo e Frascuelo; Joselito e Belmonte; Domingo Ortega e Manolete; Diamantino Viseu e Manuel dos Santos; Luis Miguel Dominguin e Antonio Ordonez; Paco Ca-mino e El Cordobês, as praças enchiam, as discussões para de-liberar quem era o melhor ter-minavam sempre em divisões de opiniões.

Ora de momento não vejo qual-quer outro nome do baralho tau-rino para criar uma competição com El Juli, facto que me leva a dizer que está acima de todos.

Jorge MonteiroEast Hartford CT.

El Juli, arte e domínio

Situação inédita, pela primeira vez, na história dos Açores, concorrem à chefia do governo da

região uma mulher e um ho-mem. Nunca uma mulher havia disputado a chefia do governo, nos Açores ou em Portugal. No período monárquico, por direito de herança a mulher, ocasional-mente, assumiu o cargo máximo na governação nacional, quan-do a sucessão política era uma questão familiar, com todos os meandros e intrigas por detrás dos bastidores palacianos, sem qualquer contributo popular, a não ser em ocasiões de revolta. Depois de 1974, com a revolução de 25 de abril, apenas uma mu-lher, e não sem controversa, foi escolhida, por breve espaço de tempo, para primeira ministra. Com a sua nomeação, porém, o país entrou em crise linguística. Uma tempestade num copo de água, não havia acordo como se devia designar o cargo que ela iria exercer. Manter-se-ia a designação masculina de o pri-meiro ministro ou acompanhar a evolução dos tempos e desig-na-la pelo nome que lhe com-petia, a primeira ministra. O problema era que nos encontrá-vamos perante oceanos linguís-ticos nunca dantes navegados. Ao cabo de inúmeras reuniões e disputas entre os peritos das academias e universidades, fo-ram da opinião que devia alte-

rar-se unicamente o artigo, para salvaguarda das regras arcaicas da gramática que protege o uso masculino do género das pala-vras. Então chamar-se-ia “a” primeiro ministro, assim salvar-se-ia a dignidade masculina do cargo. Grande concessão a uma mulher na chefia do governo! Só depois de algum tempo, pre-valeceu o bom senso, e decidi-ram que, embora fosse exceção às regras, poder-se-ia designar a Doutora Maria de Lurdes Pin-tassilgo por A SENHORA PRI-MEIRA MINISTRA.Desde então, neste aspeto de linguagem sexista, pouco se aprendeu no país. Ainda recen-temente num encontro de Luso-fonia tive o prazer de encontrar, numa apresentação que fiz so-bre o uso sexista da linguagem, um membro da academia de ci-ências de Lisboa e outro da aca-demia de letras do Brasil, e os homens continuam com ideias fixas. Ambos opositores a qual-quer alteração da linguagem sexista por causa das arcaicas e bolorentas regras gramaticais das suas instituições que ainda não tomaram consciência do lu-gar da mulher em todas as fron-tes e tarefas humanas. Parece que não veem que ela já atingiu o homem no campo da educa-ção e o ultrapassou em outros domínios do saber e fazer. Nas minhas classes na universidade de Massachusetts, em Boston, tenho uma proporção de dois terços de raparigas de todas as etnias, cores e origem por um terço de rapazes.Pena que a língua portuguesa teime em não reconhecer esta realidade, continua a falar ex-plicitamente só dos pais, dos filhos, dos irmãos, dos profes-sores, dos alunos, dos médicos, dos trabalhadores, dos advoga-dos, e, às vezes, para camuflar mais a realidade, do Homem com maiúscula, e Deus conti-nua a ser considerado do sexo masculino, Ele, etc., etc. Onde estão as mulheres? – Debaixo da burca machista e arcaica da linguagem sexista. Não é difícil e é de justiça inclui-la na lin-guagem referente à família, à escola e às profissões o género feminino: os pais e as mães, os filhos e as filhas, os professores e as professoras, os alunos e as alunas, os médicos e as médi-

cas?! Há muito boa gente que ignora o valor e o peso das pala-vras, e mantém a preguiça inte-lectual e a atitude mental sem se interrogar e abrir à evolução e realidade à sua volta. A maioria esmagadora dos e das falantes de português nunca conscien-cializou que usa linguagem se-xista como se o género humano fosse unissexual.A propósito, será interessante olhar os resultados da campa-nha eleitoral açoriana entre um homem e uma mulher, cujos respectivos discursos políticos se dirigem à população açoria-na de maneira diferente. Vasco Cordeiro refere-se aos açoria-nos e às açorianas; ao passo que Berta Cabral dirige-se explici-tamente apenas aos açorianos, omitindo o termo açorianas, embora as mulheres sejam pelo menos metade da população. Estas manter-se-ão indiferentes à omissão ou haverá consequên-cias eleitorais? É a primeira vez que se dá este cenário de lin-guagem numa campanha elei-toral. Creio que este pormenor linguístico constituirá um teste à sensibilidade açoriana quanto ao lugar e papel da mulher na sociedade açoriana.É inédito no panorama da polí-tica açoriana e também nacio-nal, a mulher não era mencio-nada porque durante demasiado tempo não fez parte do processo mesmo nos países democráticos, não tinha direito a votar. Em Portugal só com o 25 de abril, nos EUA em 1920, na Suíça em 1973 etc. Assim os políticos portugueses ainda se dirigem e agradecem só aos portugueses como se as portuguesas ainda não votassem, dispensando, além disso, qualquer gratidão e simples cortesia para com aque-las que são nossas mães, espo-sas, filhas, irmãs, professoras, ... e lhes ofereceram o seu voto. O paradoxo destas eleições é que esta conexão com o eleito-rado feminino é feita pelo ho-mem e não pela mulher!

P.S. A opinião, aqui expres-sa, não foi encomendada, tem simplesmente uma perspetiva linguística e de inclusão social. Dedico-a à minha neta, Layla, de 4 anos e meio.

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Apontamentos da Diáspora

Caetano Valadão [email protected]

ELEIÇÕES AÇORIANASIneditismo e Paradoxo

Page 5: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

5COLABORAÇÃO

Recordando

O Rev. Cónego Dr. José António Piques Gar-cia, filho de António Paulo Garcia Júnior e

Idalina Garcia da Silva Piques, nasceu a 10 de março 1942 na Ribeira Grande, S. Miguel dos Açores. Deu entrada no Seminá-rio d’Angra em setembro 1952, concluindo a sua formatura ecle-siástica em 1964. Visto carecer da idade canónica p’ra ser ordenado sacerdote, estagiou no Seminário exercendo as funções de prefeito e professor. A sua ordenação ocorreu a 1 de janeiro 1965 e teve lugar na Igre-ja Matriz de Nossa Senhora da Estrela da Ribeira Grande. Re-gressou ao Seminário retomando a posição de prefeito e professor até 1967, quando foi enviado p’rá Pontifícia Univerdade de Sala-manca (Espanha), licenciando-se em Clássicas (Latim e Grego). De volta aos Açores foi nomeado Reitor do Seminário, cargo que exerceu durante dois anos, após o que assumiu as funções de di-retor espiritual durante 13 anos, servindo também de secretário-ecónomo, mas mantendo-se sem-pre a orientar as aulas de Latim, Grego e Música Litúrgica, per-correndo ainda as nossas ilhas a fim de contribuir p’rà formação músico-litúrgica de grupos corais

paroquiais.Distinguiu-se igualmente como presidente da Comissão Dioce-sana de Música Sacra, e aquando a passagem do Papa João II pela ilha Terceira em maio de 1991, foi Piques Garcia quem dirigiu o coro constituído por sete centenas de participantes, que abrilhantou a celebração da Eucaristia rea-lizada junto à Praça de Touros d’Angra. Deslocava-se a Fátima sempre que possível p’ra tomar parte nos Encontros Nacionais de Litur-gia. Numa carta que me escreveu em agosto 2003, falava-me do seu contentamento: “Aprende-se muita coisa, recordam-se outras e, sobretudo, vê-se como os au-tores das músicas litúrgicas as interpretam e cantam.”Em 1991 era nomeado Cónego da Sé Catedral e Chantre do Cabido em 1992. No entanto, a 11 de ou-tubro 2004, no decorrer de uma reunião dos Vicentinos na paró-quia da Conceição em Angra, foi acometido por uma síncope car-díaca, que o deixou inconsciente por dois dias. Quando recuperou, teve a oportunidade de conhcer o pessoal à sua volta, embora im-possibilitado de falar.Quinze dias depois era transfe-rido p’ra Ponta Delgada, em S. Miguel, e uma semana depois

teve alta. Infelizmente, o seu cé-rebro nunca mais funcionou com inteira clarividência, passando o resto da vida na Ribeira Grande na companhia e cuidado da irmã Olga e do irmão Ildeberto. Fa-leceu a 18 de setembro 2007 na Clínica do Bom Pastor em Ponta Delgada.Piques Garcia aparentou sempre uma excelente mestria em música litúrgica. Contagiava os seus alunos pela forma como ensinava, transmitin-do-lhes o sentir e o viver do canto na liturgia, harmonizando fideli-dade e bom gosto, criatividade e arte. Deixou inéditas inúmeras composições musicais, que bem mereciam a devida publicação. Além de músico, foi notável pre-gador. Nessa capacidade pregou em muitas igrejas açorianas e em diversas comunidades portugue-sas do Canadá e da Califórnia.Num testemunho pessoal, incum-be-me expressar neste “recordan-do” a respeitosa amizade que ele sempre me dispensou e tão proficientemente demonstrou no Salão Nobre dos Paços do Muni-cípio Ribeiragrandense, na noite de 2 de julho 2002. A esse tempo e a convite da Câmara Municipal, fora-me encomendado proferir uma palestra (a que dei o título Repiques da Saudade), e que se-

ria integrada no programa come-morativo dos 21 anos de Cidade.Confesso que fiquei agradavel-mente surpreendido e visivel-mente emocionado quando me anunciaram que haviam escolhi-do o Cónego Piques Garcia p’ra fazer a apresentação do orador que, francamente, nunca fui nem sequer pretendo ser. Incorrendo embora o risco em descair nas raias da imodéstia, atrevo-me a transcrever tão so-mente aquele par de registos inesperados, que me deixou bas-tante sensibilizado e deveras em-bascado...“Do meu tempo no Seminário, há duas coisas que desejo registar. Refiro-me primeiramente à cole-ção do jornal manuscrito “O Car-pinteiro”, composto na Prefeitura de S. José, onde são pou-cos os números em que não aparece a colaboração do José Fer-reira, com artigos, cró-nicas e entrevistas. Se-gundamente, tive como professor de Literatura Portuguesa o Cónego José Augusto Pereira, grande orador e historia-dor. Um dia, no fim de uma aula, ele chamou-me e perguntou-me se eu estava a gostar do Curso

de Literatura. Respondi-lhe que sim, ao que ele retorquíu: “Hás-de escrever como o teu conterrâ-neo José Ferreira.”Destes dois registos, Piques Gar-cia apresentou generosoas con-clusões, que ainda hoje me têm servido de grande incentivo. Sinto-me eternamente grato à sua memória, recordando ago-ra como ele, com tamanha ele-gância de estilo e exuberância duma prolongada amizade, não só reconheceu a minha vocação de jornalista, bem como revelou o apreço manifestado pelo cate-gorizado professor de Literatura Portuguesa.

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno Piques Garcia

Page 6: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

6 15 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

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A cantoria ao desafio, uma das mais ricas relíquias do lírico panorama açoriano,

mora no coração cultural do povo das nossas ilhas. Na Terceira, o improviso atrai multidões. O dom nato dos improvisadores enche os salões à cunha e põe os arraiais ao rubro. A gente da minha terra adora um despique bem interpre-tado por dois cantadores que se entendam e respeitem, sem nun-ca descuidarem o seu refinado espírito de humor.Desde pequenino, senti sempre uma enorme admiração pelos tremendos dotes artísticos destes inspirados homens e mulheres do improviso popular. Tantas vezes, sem mais do que a (antiga) quarta classe, quantas e quantas requin-tadas lições não nos deram com o seu castiço cantar?Cantam e encantam. Não é pro-priamente a melodia da sua voz mas mais o fascínio do seu rimar que faz o povo delirar e ir longe para os ouvir.Vem lá de longe a delegação que se encontra presentemente entre nós para celebrar e promover em livro uma figura muito querida dum passado ainda não muito

distante, o Manuel Caneta, que fez parte dessa geração áurea de magníficos cantadores terceiren-ses. Sao longas e cansativas horas de vôo, bem sabemos, mas vale a pena o abraço. Trata-se duma bem merecida homenagem ao saudoso improvisador do Rami-nho, nado e criado nos Biscoitos.Não faço mais do que o meu de-ver. O homem veio do mesmo lugar que eu vim e meu pai, que sempre foi um ferrenho adep-to das cantigas rimadas a rigor, nutria por ele enorme respeito e apreço. Gostava do seu modo humilde de encostar a rima aos assuntos.Chamava-se Manuel Caetano Dias, o mais velho duma família de oito irmãos. Não teve uma in-fância fácil. Perdeu a mãe cedo e, devido às fraquezas do pai, teve de aturar a madrasta e ajudar nas lides domésticas. Porque a neces-sidade era muita, foi obrigado a abandonar a escola primária an-tes de completar a quarta classe. O trabalho e o sustento da famí-lia sobrepuseram-se ao rigor dos livros. Felizmente, nunca perdeu a vontade de ler. Instruiu-se por si próprio. Aos 15 anos, vê a fa-mília mudar-se para o Raminho.

Aí, tornou-se rapaz crescido e fez-se homem respeitado. Cria-do nas lides da agricultura, cedo abraçou a profissão de galocheiro e foi convidado para regedor lo-cal, cargo que desempenhou com agrado ante a simpatia de todos. Era um homem sério, ponderado e averso a conflitos desnecessá-rios. A sua pacata personalidade e manso feitio refletiam-se no seu apaziguador modo de improvisar. Logo que pudesse, evitava as bri-gas tontas e as pegaças teimosas. Não era sujeito birrento nem can-tador carrancudo. Justiça lhe seja feita, gostava de ver toda a gente contente.O Caneta veio por diversas vezes à California cantar. Gostava de passear e admirava a grandeza e riqueza da América mas adorava o seu mimoso torrão natal, que não trocava por nada. Nele vi-veu uma vida carente mas nunca descontente. Era lá que se sentia verdadeiramente feliz. Onde quer que se encontrasse, nunca escon-dia isso no seu cativante rimar. Foi cá, algures no vale de São Joaquim, que esta jeitosa quadra lhe saíu dos lábios e caíu bem a todos:

Medite nisto quem possa;Veja isto, quem isto veja;Não há terra como a nossa,Por mais pobre que ela seja.

Em boa hora decidiu a Junta de Freguesia do Raminho convidar o seu ditoso filho e ilustre es-critor, Álamo Oliveira, a consu-mar em livro a homenagem que o Manuel Caneta bem merece. “Caneta De Tinta Permanente Na Poesia Popular” é um título que chama a atenção dos apreciado-res da cantoria e não só. Há cerca de dois meses, no Raminho, por altura das festas locais, o lança-mento desta obra fez furor. Mais de meio milhar de pessoas marca-ram presença, não só para adqui-rirem o livro mas também para escutarem vinte e cinco cantado-res juntos. Nunca tal se hoivera visto. Três cantigas a cada um, em dedicatória direta ao saudoso cantador, e foguetes para o ar. Foi uma homenagem em cheio e que, merecidamente, deu brado.A comitiva vinda do Raminho para nos visitar, espera que cada sessão de lançamento cá na di-áspora possa igualmente vir a revelar-se um enorme sucesso. Além das paragens obrigatórias

no Canadá e na costa leste dos States, vão estar também connos-co em São José, Hilmar, Tulare e Artesia. O intercâmbio, sempre benvindo, é-nos sumamente be-néfico. Todos ficamos a ganhar. Disso, não temos a mínima dúvi-da. O Caneta merece-o. Não por ter sido o maior nem o melhor mas por sempre ter sabido man-ter-se igual a si mesmo – o pen-dular parceiro com quem todos gostavam de cantar. Uma simpa-tia de pessoa, de quem ninguém tinha nada de mal a dizer.Os amantes da cantoria aplaudi-ram e abraçaram este projeto lá na ilha. Cabe-nos agora a nós, cá ao longe, saber fazer o mesmo. Depois do Charrua, da Turlú, do João Ângelo, do Adelino Toledo, e de mais que eu porventura não me lembre, esta é a vez do Cane-ta. Outros se irão seguir. São os verdadeiros poetas populares, genuínos e originais, que nun-ca hão-de morrer porque a alma imensa do povo jamais o perme-tirá.Parabéns ao Álamo e ao Rami-nho por esta salutar iniciativa.

CanetaRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Conjunto Musical ERATOXICABethanie - Lead Vocals Bethanie had a passion for music since a very early age. She played musical instruments since the age of 9, but her true love is singing. The love for sin-ging has brought her to a new place called Eratoxica. She was raised in Warren, RI USA. Cris - BassCris started playing the bass when he was 12 ye-ars old. Born and raised in New Bedford, Massachu-

setts, USA he will be the foundation behind Erato-xica, for years to come!

Mike - DrumsMike has been banging away on the drums for nearly two decades. Once the groove is locked he is the driving force behind every song. As stated befo-re, "There’s nothing better than performing live with Eratoxica." He grew up in Rhode Island, USA.

Sergio - Rhythm & Lead Guitar/Vocals

Sergio's dad started him on the guitar when he was 9 years old. This instrument has changed his life. His favorite aspect of playing is performing live and he grew up in New England, USA. Zack - Keys/VocalsZack started tickling an old church organ at home, when he was 4 or 5 years old. That thing had illu-minated keys and huge pedals. Performing live is by far his biggest rush.

He grew up in Lawrence, Massachusetts, USA.

See more at:

http://www.eratoxica.com

The real rock in portugue-se and English.

EratoxicaPO Box 3844Pawtucket, RI 02861tel 978.808.9418 508.380.8770

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Page 7: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

8 15 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Programa da FestaTríduo - 24, 25 e 26 de Outubro

7 pm - Recitação do Terço, seguindo-se Missa em Português pelo Reverendo Padre Luís Cordeiro, Assistente da Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Turlock.

Sábado, 27 de Outubro

6:30 pm - Missa em Português seguindo-se a Pro-cissão de Velas, com recitacão do Terço e abrilhan-tada pela Filarmónica Nova Artista Açoriana de Tracy.9:00 pm - Abertura da quermesseSerão oferecidos aperitivos, refrescos e sobremesas.Seguidamente haverá convívio e espectáculo com o ventríloquo Zé Duarte e o seu inseparável Zé d' Adega, de San Diego.

Domingo - 28 de Outubro

10:30 am - Missa Solene em Português na Igreja Paroquial de São Bernardo, seguindo-se a Procis-são com a Imagem de Nossa Senhora de Fátima, abrilhantada pelas Filarmónicas Azores Band de Escalon e Nova Artista Açoriana, de Tracy.12:30 pm - Almoço oferecido pela Comissão da Festa e Concerto pelas Filarmónicas convidadas.Após o almoço haverá arrematações, quermesse e actuação dos Grupos Folclóricos Luso-American de Gustine/Los Banos e Luso-American de Tracy.7:00 pm - Jantar de peixe frito servido aos presen-tes.Encerramento das festividades com o Adeus a Nossa Senhora na Igreja.

Comissão da Festa:

Presidente: Carlos e Marina TavaresVice- Presidente: Rev. Msr. Ivo D. RochaSecretário: Laurénio BettencourtTesoureira: Maria Filomena MatosPároco da Paróquia: Rev. Msr. Ivo D. Rocha

P.O.Box 1617 - Tracy, CA 95378-1617

Fernando Dutra Jr. novo Vereador em Whittier

No dia 28 do pretérito mês de Agosto, to-mou posse com Vereador na Cidade de Whittier, Fernando Dutra Junior. Esta cidade é circunvizinha da cidade de Ar-

tesia onde existe grande comunidade portuguesa do Concelho de Los Angeles.Fernando Dutra Jr., nasceu na Cidade da Horta em 1960, emigrou com três anos de idade, é filho de Fer-nando e Aida Dutra, que viveram no lugar dos Tole-dos, Concelho da Madalena, Pico, até à sua integra-ção no serviço militar onde permaneceu até emigrar para os Estados Unidos da America.Fernando Dutra Jr. é casado com Mary Dutra e o

casal tem duas filhas e um filho - Sara com 24 anos, formada este ano em Psicologia pela Universidade de Los Angeles, Megan com 21, frequenta o 3º ano de Advocacia numa Universidade em Boston e o Eric de 13 anos frequenta a Escola Católica local.O novo vereador já há dez anos que presta serviços naquela cidade como Chefe da Comissão de Planea-mento da mesma.

Whittier tem uma população de 85,331 habitantes e fica situada a 12 milhas a sudeste de Los Angeles. A cidade tem este nome em homenagem ao poeta

John Greeenleaf Whit-tier. O maior empregador desta cidade é o Prebys-terian Intercommunity Hospital com 2600 em-pregados, seguido do Whittier Hospital Medi-cal Center com 850 e a própria cidade com 702. Como nota de curiosi-dade podemos dizer que Richard Nixon, 37º Presidente da America, jogou futebol americano no Whittier High School e no Whittier College.Perto de Whittier fica a Praça de Toiros de Pico Rivera onde se deram grandes corridas de toi-ros no passado.

Em 2006 toda a fami-lia Dutra visitou o Pico, Faial e Continente. To-dos têm saudades de tudo quanto lhes foi pos-sivel observar e visitar, aguardando com ansie-dade a próxima opor-tunidade para repetir o passeio que, se Deus quiser, será depois da graduação da Megan.Sua familia apresenta-lhe sinceras congratu-lações com votos de inúmeras felicidades e prosperidades.

Celebrações em Honra de Nossa Senhora de Fátima em Tracy

Comunidades do Sul

Fernando Dutra

O novo Vereador no lugar de representação

Ruben Dutra, Fernando e Aida Dutra, Fernando Dutra Jr., Mary, Sara Eric e Megan Dutra

Page 9: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

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Page 10: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

10 15 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Os últimos dias não têm sido os melhores para o candidato do Partido Republicano à

Presidência dos Estados Unidos. Depois da subida nas sondagens , que o Presidente Barack Obama conseguiu após a convenção do Partido Democrático, Mitt Rom-ney tem visto a sua popularidade a decrescer. É que apesar de es-tar há cinco anos a concorrer para Presidente dos EUA, Romney é, indubitavelmente, um candidato com grandes lacunas. Primeiro, tentou marcar alguns pontos políticos à custa da morte de 4 diplomatas americanos na Líbia. Combatido pela esquerda, e também pela direita, pela inco-erência e o oportunismo político num momento trágico e de união nacional, Romney, mostrou, ain-da mais uma vez que está pronto a assaltar tudo e todos, para conse-guir ganhar a eleição. Se é certa que muitos cidadãos comuns não ligaram grande importância aos comentários do candidato, não é menos certo que a comunicação social, incluindo a porta-voz dos

Republicanos, Fox News, não lhe perdoou a falta de sentido de es-tado num momento difícil para a nação americana. Mas como não há uma sem duas, poucos dias mais tarde, sai na co-municação social, pelas mãos da revista Mother Jones, um vídeo em que Romney acusa 47% dos americanos de se armarem em vítimas e de serem beneficiado-res do governo, de não pagarem qualquer imposto, e daí que nun-ca votarão nele. Isto depois de no mesmo vídeo ter dito que os "pa-lestinianos não querem a paz" daí que a única solução é a América passar a bola e que se o seu pai fosse verdadeiramente mexica-no, e não filho de mórmons exi-lados no México, teria a eleição no papo. Dir-se-á, sem o mínimo exagero, que este vídeo foi devastador, até talvez fatal para a sua campanha. E é bom relembrarmo-nos que o Sr. Romney está errado sobre quem não paga impostos, quem recebe benesses governamentais, e quem poderá ou não votar nele, ou quem pelo menos, tradicional-

mente, vota nele e no seu partido. Se é que ele ainda é republicano, ou melhor: se é que os republica-nos ainda o querem. A verdade é que mais de metade daqueles que apelidou de pre-guiçosos e de estarem à espera de auxilio governamental, têm emprego e pagam impostos nos seus salários, alguns muito pou-co porque estão condenados a trabalharem, dia após dia, pelo indigno salário mínimo. Cerca de 20% dos que considera chulos são reformados que recebem as penões do social security, para as quais contribuíram ao longo da sua vida e muitos desses, votan-tes no Partido Republicano. Apenas 8% das famílias que vi-vem no seu trabalho não pagam impostos, ou porque têm vários estudantes a viverem em casa ou alguém desabilitado, ou porque estão desempregados. A maior fatia dos benefícios governamen-tais vai para a terceira idade, em

pagamentos do social security (a reforma nacional) ou em Medica-re (o seguro de saúde para a ter-ceira idade). Porém, se quiséssemos equacio-nar os benefícios na carga fiscal dados pelos valores das hipotecas e pelo pagamento de apólices de seguro de doença, os mais endi-nheirados do país recebem mais apoio do que a classe trabalha-dora ou os pobres. Mas disso o Sr. Romeny não quer falar. É que tal como nos relembrou a revista The Economist (que não é propriamente uma revista da esquerda) apenas 13% dos lares americanos recebem ajuda com os selos de comida (food stamps) e apenas 5% recebem auxílio no pagamento da sua habitação. Ninguém poderá saber ao cernto o peso que estas afirmações vão ter na campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, porém, não beneficiarão o Sr. Romney. Mais, um pouco por

todo o país, os candidatos repu-blicanos a outros cargos nacio-nais, estaduais e regionais, par-ticularmente aqueles envolvidos em campanhas mais renhidas, já se distanciaram de Romney. A intelectualidade da direita tam-bém o tem afrontado. Essa in-vestida da direita, do seu próprio partido, aparece porque todas as sondagens começam a dar uma vantagem substancial a Barack Obama.Aliás, se Romney ganhar as elei-ções e conduzir o país como tem conduzido a sua campanha tería-mos o abismo para esta socieda-de. Mas os americanos começam a perceber que um candidato cheio de fiascos só trará mais fra-gor ao país e ao mundo.

Os falhanços de Romney

Nova Direcção da Casa dos Açores de HilmarPresidente - Joe LemosPrimeiro Vice-Presidente - Manuel Eduardo Vieira Segundo Vice-Presidente - Paulo Vitorino Secretario - Vital MarcelinoTesoureiro - Cipriano Melo Director Cultural - André Santos Director Associativo - Humberto PeixotoDirector Disciplinar - Angelo Cardoso Director Desportivo - Fernando Rocha Directores - Manuel H Pires, Frank Furtado, Manuel Goulart Jacinto, Donaldo Oliveira, Manuel Drumond, Carlos de Melo, Manuel Fernan-do Pires, Jose Vieira.Conselheiros - John Azevedo, Tiberio Cardoso e Jorge Costa.

Bodas de PrataManuel and Maria de Lourdes Pimentel celebrated 50 years of mar-riage with their family on October 7th, 2012 with a celebration at their home in Turlock. They wed in Feteira, Terceira, Açores on September 30, 1962. They enjoyed their day with their two daughters, Rosemary Areias and Betty Ann Martinho and their extended family. Wishing them many more years of love and happiness.

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11COLABORAÇÃO

O que é que se passa com o

"Farm Bill"?As indústrias ligadas à Agro-pecuária perguntam: O que é que se passa com o "Farm Bill"?

Em legislaturas passadas o “Su-pplemental Nutrition Assistence Program” mais conhecido por “Food Stamps”, que é parte desta legislação, era o incentivo político bi-partidário interno, que encora-java os legisladores das zonas ur-banas para votarem no Farm Bill. Este Verão a dinâmica mudou - Republicanos e Democratas têm estado envolvidos num puxar da corda em ano de eleições, sobre cortes nas despesas a longo pra-zo, nestes programas que são res-ponsáveis por 80 % de todas as despesas do Fam Bill. Enquanto as discuções continuam, aqueles que estão perdendo são os agri-cultores, cujas colheitas estão em péssimas condições durante a maior seca Nacional em mais de meio século.Em Julho passado o Farm Bill parecia encaminhado para uma passagem quando a “Senate Ag Chair Debbie Stabenow (D-Mi-ch.)” e o “ranking Republican Pat Roberts (Kan.)” chegaram a um acordo, cruzando linhas partidárias, passaram a Proposta de Lei para o Senado, que num raro evento votou e aprovou a lei, guiando-a para a Comissão Agrícola da Casa dos Represen-tantes liderada por Frank Lucas (R-Okla) e o Ranking Democrat Collin Peterson (D-Minn.), que a aprovaram também, mas foi quando infortunadamente, tudo chegou a uma paragem brusca. Mesmo que a Comissão da Agri-cultura da Casa dos Representa-tes seja liderado pelos Republi-canos, a lideranca republicana não aprovou o Trabalho da sua Comissão e em vez de submeter a proposta a voto, passaram uma lei de emergência a curto prazo com o valor de $383 milhões de

dolares para assistência à seca, e que nesta altura parece conde-nada a não passar no Senado, e ainda por cima, todos os congres-sistas eleitos saíram por cinco semanas. Entretanto a presente lei da Agricultura vai expirar, ou expirou, dependendo na data de publicação deste artigo, no dia 30 de Setembro.A realidade é que o desenten-dimento não é sobre a parte di-rectamente agrícola da lei. Esta parte é praticamente igual nas duas versões. O debate é sobre “Food Stamps”, um programa so-cial, que é parte do “Farm Bill”, com o Senado propondo cortes de $4.5 biliões, e a Comissão da Casa dos Representantes pe-dindo cortes na ordem dos $16.5 biliões. Pode ver-se aqui que há espaço para chegar a um acordo no meio destes dois números que parecem extremamente distantes para o cidadão comum que olha de fora para dentro. Em ano de eleições quanto menos se faz ou diz, melhor oportunidade de ser o ganhador e o trabalho não é para se fazer, mas para se ir fazendo. A agricultura que não esqueça de produzir, para que não falte o pão, e sofra as consequências.Naquilo que tem sido uma econo-mia dificil de recuperar, a agricul-tura tem ocupado um lugar mais ou menos consistente, criando postos de trabalho e ajudando a balança económica no sentido po-sitivo. O Congresso deve ter em conta os sacrificios da agricultura e deixar de brincar aos gatos e ra-tos da política partidária. O “Farm Bill” não afecta directa-mente os preços do leite, a curto prazo, a não ser que estes, devido ao desiquilibrio da oferta e procu-ra, estejam já pela hora da morte.Nessa altura já será provávelmen-te tarde, mas afecta concerteza os preço das rações e forragens, principalmente em anos de cri-se na produção, afectando assim todo o custo de produção.

Spectrum Lithograph, Inc. ganhou o BENNYA Empresa Spectrum Lithograft, Inc., em Fremont, de Dino e Fer-nanda Pereira foi galardoada com o Prémio Benny, considerado o Óscar do Printing Business. O Benny é o prémio mais impor-tante a nível internacional. 2800 empresas internacionais concor-reram a este prémio. A Spectrum Lithocraft foi escolhida devido aos seus "highest standards in the printing industry". Além deste prémio também receberam o "Ward of Recognition and the Certificate of Merit".Os prémios foram entregues no fim da semana passada no Hotel Mariott in Chicago.Na foto apresentada na primeira página reconhecem-se Dino Pe-reira e o seu filho Shawn.

About Premier Print Awards

The Premier Print Award Com-petition recognizes the highest quality printed pieces in various categories from around the world. Each year, only the most worthy pieces receive Awards of Recog-nition, Certificates of Merit, and the highest honor—the Benny statue. The Benny has become a universally recognized symbol for excellence in the printing in-dustry. For more than sixty years, winners of the largest, most pres-tigious print competition in the world have leveraged this honor to gain a competitive advantage.

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

Page 12: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

12 15 de Outubro de 2012PATROCINADORES

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Page 13: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

13 COMUNIDADE

Os estimados leitores que gostam dos meus “Traços do Quotidia-no”, já sabem do meu

apreço por viver em Marin Coun-ty, uma das mais aprazíveis áreas da Califórnia. É que, além da sua beleza natural e ideal localidade, pois fica a dois passos da maravi-lhosa cidade San Francisco e da magnífica costa e a poucas horas de Lake Tahoe, Marin County é, igualmente, politicamente ao meu gosto.Quando aqui cheguei com a minha família em Janeiro de 1968, mal sabia o quanto iria gostar da mi-nha nova “casa”. Porém, desde os primeiros dias pude observar que realmente este condado era algo muito especial, por uma simples razão. A minha mãe quando foi trabalhar para uma casa em Ross, lugar onde vive muita gente rica, a sua “patroa” inquiriu o seguinte: “Como foi que uma família de imigran-tes, pais e cinco fi-lhos , acabou por vir parar ao Marin County?”O que diria ela agora… Pessoas como ela julgavam que só uma classe pri-vilegiada tinha o direito a residir nesta área. E, de-pois, quem iria cultivar os jardins, limpar as mansões e cuidar dos meninos?Décadas antes desta senhora se es-tabelecer em Ross, já existia uma grande comunidade portuguesa em Marin, pricipalmente ligada à indústria dos lacticínios. De facto, foram os portugueses e os suiços-italianos que desenvolve-ram aquela actividade nesta área. A uma altura, de Sausalito a Point Reyes havia mais de quarenta lei-tarias portuguesas, na maioria, de jorgenses.

Quanto ao progresso que a mulher tem alcan-çado neste condado, felizmente, a “guerra”

ainda não chegou aqui como em outros estados americanos, tenho o prazer de apresentar algumas mulheres que, pelo seu mérito pró-prio, são de admirar. Refirou-me

a Diana Bishop, Jennifer Tejada e Trish Seyler. Diana Bishop, a nova chefe da polícia de San Rafael, é natural de Los Altos e foi durante alguns anos polícia em Santa Clara. É interessante notar que estas duas cidades teem o slogan de “Mission City” nos emblemas policiais. Jennifer Tejada, que foi durante alguns anos membro da polícia de Novato, é, presentemente, a chefe da polícia de Sausalito. Foi esco-lhida entre 114 candidatos, o que, por si, demonstra bem a sua alta aptidão para aquela posição. Jen-nifer Tejada é natural da Irlanda e tomou posse de chefe no dia de São Patrício, o santo querido dos irlandeses.Trish Seyler é a nova chefe da po-lícia de Belvedere.O seu pai e um tio foram polícias em San Francisco e o seu último encargo foi nos serviços de segu-

rança do tribunal e cadeia de Ma-rin. Além da sua nova posição de chefe, de Belvedere, ela continua s ser instrutora no Santa Rosa Ju-nior College Police Academy, em Windsor.Quanto à política, é bom lembrar que nos últimos quatro ou cinco anos o “City Council” de Nova-to era representado somente por mulheres. Também, no desporto, a mulher ocupa um lugar de relevo em Ma-rin. Três dos sete liceus teem mu-lheres como directoras desporti-vas. A saber, Jessica Peisch, Kelly Morlock e Christina Amoroso.Aqui fica um pequeno exemplo de que, afinal, ao contrário do que era costume dizer-se, nem sempre a mulher é o sexo mais fraco.

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Page 14: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

14 15 de Outubro de 2012 COMUNIDADE

São Martinho no Raymon Burr Vineyards

Raymon Burr num selo do Canadá

São 14 acres de vinha em lugar priviligeado do Condado de Sonoma em Healdsburg. Um mês antes do dia de São Martinho, Roberto Benevides e Frank Baptista recebem amigos e festejam o o santo popular das castanhas e do vinho, este ano com a presença habitual do Grupo Folclórico Tempos de Outrora e da Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português de Newark.Bailou-se folclore, dançou-se chamarritas e ouviu-se boa musica da nossa banda de Newark, co-mandado pelo seu antigo Maestro Frank Baptista.

Provou-se bom vinho, comeu-se bem, conviveu-se com amigos. Dia grande de comuni-dade num lugar lindo a recordar algumas paisagens das nossas ilhas.

Vinho do Porto feito em Healdsburg

Frank Baptista, Rosie Soares, Denise Avila e Roberto Benevides

Frank Baptista com elementos do Grupo Folclórico Tempos de Outrora

Alberto Flores, Francisco Braga e Roberto Benevides, proprietário da Raymond BurrVineyards. Embaixo: sala de provas

Actuação do Grupo Folclórico Tempos de OutroraFrank Baptista regendo a sua antiga Filarmónica Recreio do Emigrante Português

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15 FESTIVAL DE FOLCLORE

Susana Faria e David Garcia, MC do Workshop sobre Folclore realizado no PAC

Bruna Ferreira - trajo rural de Santa Maria

Tony Avila - trajo do campo de Santa Maria

Anthony Silveira - trajo do camponês abastado de São Miguel

Denise Avila - trajo rico de São MiguelChris Martins - trajo do pastor da Terceira

Manuel Mendes e Filome-na Rocha Mendes - trajos domingueiros da Terceira.

Edite Flores - trajo do campo de Santa Maria

Workshop sobre o nosso Folclore

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16 15 de Outubro de 2012FESTIVAL DE FOLCLORE

Kevin Brasil - trajo da eira da TerceiraJohn Diniz - trajo do vendedor de leite da Terceira

Erica Ramirez, trajo rico da Ribeirinha - TerceiraFilip Silveira, trajo rico de passeio da Terceira

Tomás e Elizabeth da Cunha - trajo domingueiro da Graciosa

Jorge Ferreira - trajo de ceifeiro de São Jorge

Olivia Fletcher - trajo da ceifeira ou respigadeira de São Jorge

Esq: Odete Santos - trajo das duas saias de São Jorge

Christina Flores - trajo de menina domingueira abastada de São Jorge

Esta página foi patrocinada por:

Page 17: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

17

Christina Flores - trajo de menina domingueira abastada de São Jorge

Victor Flores - trajo do baleeiro do Pico

Susana Faria - trajo do campo do Pico

David Garcia - trajo do vendedor de fruta do Pico

Embaixo: Catarina Silveira - trajo do capote do Faial

Anthony Silveira - trajo do campo do Faial

Maria Terra - trajo domingueiro do Faial

FESTIVAL DE FOLCLORE

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18 15 de Outubro de 2012FESTIVAL DE FOLCLORE

O Festival de Folclore não foi um dia só de musica e dança. O Gru-po Folclorico Tempos de Outrora, organizador do Festival, apresentou uma sessão de aprendizagem sobre o Folclore Açoriano, que decorreu no Salão de Festas do Portuguese Athletic Club em San José.Na passarela desfilaram figuras típicas dos tempos do nossos avós e que nos ensinaram a maneira como viviam e como se vestiam em comu-nidade. Os mestres de cerimónia foram Susana Faria e David Garcia, que foram descrevendo ao pormenor todas as vestimentas usadas pelos bailadores do grupo.Por fim falou o convidado da tarde, Manuel Goulart Serpa, vindo da Ilha do Pico, apaixonado e defensor do nosso folclore. Falou com en-tusiasmo sobre a manutenção da verdade folclórica e da interpretação a dar ao mesmo. Na nossa próxima edição falaremos sobre os grupos participantes e mostraremos as suas danças.

Fernanda Vieira - trajo domingueiro das Flores Fernanda Coelho - trajo do campo das Flores

Ricardo Alvernaz - trajo do campo do Corvo

Ana Azevedo - trajo do campo do Corvo

Manuel Goulart Serpa falando sobre folclore

Jorge Leal - trajo do pescador das Flores

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19 FESTAS

Turlock - Festa de Nossa Senhora de Fátima

Realizou-se de 28 de Setembro a 7 de Outubro a Festa de Nossa Senhora de Fátima de Turlock. Nos primeiros sete dias houve as habituais novenas celebradas pelo pastor associado da Igreja do Sagrado Coração, Luís Cordeiro. No dia 5 de Outubro e depois da novena houve a Noite de Fados com Chico Avila, David Garcia e Tânia Gonçalves, vinda do Faial, acompanhados por Chico Avila, Manuel Escobar e João Cardadeiro. No Sábado realizou-se a Procissão de Velas. No domingo a missa da festa começou às 9:30 seguindo-se a bonita Procissão até ao Parque. Depois do almoço houve arrematações quer de gado quer de ofertas e concertos pelas Filarmónicas Lira Açoriana de Livingston e Banda Açoriana de Escalon. Às 6 horas folclore com o Grupo Etnográfico do Vale de San Joaquin e Nove Estrelas. Às 8 horas a imagem de Nossa Senhora de Fátima regressou a Igreja em procissão.O comité da festa era constituído pelas seguintes pessoas:Pastor da Igreja de Sagrado Coração, Salvador, Pastor Associado Luís Cordeiro, Presi-dente - João e Gilda Brasil (na foto acima com toda a família); Vice Presidente - Lucia Ferreira; Secretária - Fátima Medina; Tesoureira - Cindy de Ana.

Presidente - João e Gilda Brasil e Past President Connie e Marcelino Gonçalves

João e Gilda Brasil rodeados pelo novo pastor da Igreja do Sagrado Coração, Salvador e pelo pastor associado Luís Cordeiro

fotos de Jorge “Yaúca” Ávila

Page 20: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

20 15 de Outubro de 2012PATROCINADORES

Participar nas nossas festas tradicionais é CULTURA

Luis Rouxinol 25 Anos de Alternativa

Grupo de ForcadosAmadores De

Turlock

Matador

Cavaleiros de Alternativa

Capitaneados por George Martins

3 TOIROS 3da Ganadaria Santo Antão Germano Soares

3 TOIROS 3da Ganadaria Manuel Carmo

6 IMPONENTES TOIROS 6Açoriana

3 Valonosos Grupos de Forcados

Cavaleiros de Alternativa

FEIRA TAURINA DEThorntonPraça de Toiros de São João

22 Outubro de 2012

Paulo Ferreira10 Anos de Alternativa

Luis Vital “Procuna”

Luis Rouxinol

Sonia Matias

Sario Cabral

Cabo Tony

MachadoAPOSENTO TURLOCK

Cabo George Martins

AMADORES TURLOCK

Cabo João

Azevedo

AMADORES MERCED

20 Outubro de 2012

ADMISSÃO $30.00

Page 21: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

21 PATROCINADORES

Page 22: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

22 15 de Outubro de 2012DESPORTO

LIGA ZON SAGRESPorto e Benfica à frente. Sporting em 12º

Porto vence Sporting 2-0Um excelente golo de calcanhar de Jackson Martínez e um penalty con-vertido por James Rodríguez valeram ao FC Porto um triunfo por 2-0 sobre o Sporting. Lucho González falhou um penalty e Marcos Rojo foi expul-so.Obrigado a vencer para voltar a colar-se ao Benfica no topo da Liga portu-guesa, o FC Porto entrou com tudo no Estádio do Dragão e chegou mesmo ao golo quando estavam decorridos apenas dez minutos. Jackson recebeu a bola de costas para a baliza e não se fez rogado, batendo Rui Patrício com um fantástico remate de calcanhar. Os "dragões" tiveram uma oportuni-dade de ouro para fazer o 2-0 aos 55 minutos, mas Lucho atirou à barra na conversão de uma grande penalidade, depois de Cedric ter cortado a bola com a mão.A missão do Sporting complicou-se ainda mais aos 72 minutos, quando Rojo viu o segundo cartão amarelo na partida e o correspondente ver-melho, sendo que o FC Porto selou a vitória a seis minutos dos 90. Khalid

Boulahrouz fez falta sobre Jackson e desta feita James não falhou. O desfe-cho deixa o FC Porto com os mesmos 14 pontos que o Benfica, enquanto o Sporting é décimo, com menos oito pontos.

Nas restantes partidas deste domingo, um golo nos descontos de Douglão permitiu ao Sporting de Braga salvar um empate 4-4 na recepção ao Olha-nense, enquanto Rafael Silva ofere-

ceu ao Gil Vicente um triunfo por 1-0 no reduto do Nacional. João Tomás bisou no sucesso (3-1) do Rio Ave no terreno do Estoril, ao passo que o Vitória de Guimarães prevaleceu por 2-1 em Coimbra, ante a Académica. Finalmente, Vitória de Setúbal e Pa-ços de Ferreira empataram 0-0.

in uefa.com

Benfica ganha Beira-Mar por 2-1O Benfica chegou ao in-tervalo a perder frente ao Beira-Mar, mas os golos de Maxi Pereira e de Rodrigo permitiram ao agora líder isolado da Liga portuguesa vencer por 2-1 no Estádio da Luz.

A equipa orientada por Jorge Jesus entrou pratica-mente a perder no encontro antecipado da sexta jorna-da, com Sasso a precisar apenas de quatro minutos para dar vantagem ao Bei-ra-Mar. O central aveirense aproveitou um livre batido por Joãozinho para bater o guarda-redes Artur com um oportuno desvio de cabeça. Rodrigo teve uma oportunidade de ouro para restabelecer a igualdade mesmo em cima do inter-valo, mas o avançado espa-nhol permitiu a defesa de Rui Rego na cobrança de uma grande penalidade.

A reviravolta no marcador acabou, contudo, por con-sumar-se na etapa comple-mentar e no espaço de dois minutos. Aos 58, Maxi Pe-reira fez o 1-1 na sequência de um remate acrobático, antes de Rodrigo se redimir

e dar a melhor sequência a um passe de Lima. O resul-tado faz com que o Benfica passe a somar 14 pontos no topo da tabela, mais três do que o FC Porto, que recebe este domingo o Sporting. Ainda sem vencer, o Beira-

Mar é último, com apenas três pontos somados.

in uefa.com

A A. Académica de Coim-bra ganhou pela primeira vez na Liga portuguesa à quinta jornada e subiu ao quarto lugar ao bater fora o CS Marítimo por 2-0, enquanto Gil Vicente FC e CD Nacional também se estrearam a ganhar.

in uefa.com

Académica ganha pela primeira vez

Rodrigo falhou um penalty e marcou o golo da vitória do Benfica frente ao Beira-Mar

J V E D P 1FC Porto 6 4 2 0 142Benfica 6 4 2 0 143SC Braga 6 3 2 1 114Gil Vicente 6 2 3 1 95Rio Ave 6 2 2 2 86Marítimo 6 2 2 2 87V. Guimarães 6 2 2 2 88Académica 6 1 4 1 79P. Ferreira 6 1 4 1 710V. Setúbal 6 1 4 1 711Estoril 6 1 3 2 612Sporting 6 1 3 2 613Moreirense 6 1 2 3 514Olhanense 6 1 2 3 515Nacional 6 1 2 3 516Beira-Mar 6 0 3 3 3

Segunda Liga J V E D P1Sporting B 9 7 1 1 22 2Belenenses 9 7 0 2 213Oliveirense 9 6 2 1 204Penafiel 9 5 2 2 175Benfica B 9 4 4 1 166Desp. Aves 9 4 4 1 167Marítimo B 9 5 0 4 158Arouca 9 4 3 2 159Leixões 8 4 3 1 1510Tondela 9 4 3 2 1511Portimonense 9 3 3 3 1212U. Madeira 9 3 2 4 1113V. Guimarães B9 2 4 3 1014Trofense 9 2 4 3 1015Atlético 9 3 0 6 916Sp. Covilhã 9 1 5 3 817Santa Clara 8 1 4 3 718FC Porto B 9 1 4 4 719SC Braga B 9 0 5 4 520Feirense 9 1 2 6 521Naval 9 1 2 6 522Freamunde 9 0 3 6 3

II - Zona Centro J V E D P1Coimbrões 4 3 1 0 102Cinfães 4 2 2 0 83Sp. Espinho 4 2 2 0 84Anadia 4 2 1 1 75BC Branco 4 1 3 0 66Pampilhosa 4 1 2 1 57Tourizense 4 1 2 1 58Tocha 4 1 2 1 59S. João Ver 4 1 1 2 410Operário 3 1 1 1 411Ac. Viseu 3 1 1 1 412Cesarense 4 1 1 2 413Sousense 4 1 1 2 414Nogueirense 4 1 0 3 315Bustelo 4 0 2 2 216Lusitânia 4 0 2 2 2

II - Zona Sul J V E D P1Fátima 4 3 0 1 92Farense 4 2 2 0 83UD Leiria 4 2 2 0 84Carregado 4 2 1 1 75Mafra 4 2 1 1 76Sertanense 4 2 1 1 77Quarteirense 4 2 1 1 781.º Dezembro 4 1 3 0 69Oriental 4 1 2 1 510Torreense 4 1 1 2 411Pinhalnovense 4 1 1 2 412Casa Pia 4 0 3 1 313Ribeira Brava 4 1 0 3 314Fut. Benfica 4 0 3 1 315Oeiras 4 0 2 2 216Louletano 4 0 1 3 1

III Divisão - Açores 1Angrense 3 3 0 0 92Praiense 3 3 0 0 93Prainha 3 2 1 0 74Santiago 3 2 0 1 65Barreiro 3 1 0 2 36SC Marítimo 3 1 0 2 37Rabo Peixe 3 0 2 1 28Sp. Ideal 3 0 1 2 19Vitória Pico 3 0 1 2 110Flamengos 3 0 1 2 1

Classificações - Liga Zon Sagres

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23 TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Aprendi este truque com o ganadero Élio Leal - para evitar pó nas arenas mistura-se cálcio na terra/areia. É o que se usa quando se cons-tróiem auto-estradas. Segundo cálculos pode-se gastar cerca de $200 dólares por corrida. Vale bem a pena. Nestes ultimos tempos tem sido uma autêntica desgraça, de praças mal preparadas. Pensem nas pes-soas que têm problemas respiratórios no Vale de San Joaquin e que são aos milhares. Respeitem quem paga bilhete e ofereçam condições.

Para a semana temos a mais importante e unica Feira da California em Thornton. Como se pode ver no anúncio temos bons cartéis, esperando-se que os toiros se por-tem à altura de todas as nossas expectativas.Esperemos que a temporada de 2012 feche com chave de ouro. Que a sorte se reparta por todos, é o nosso de-sejo e de todos os aficionados.

Fotos da Corrida de N.Sa. dos Milagres de Gustine

Duas tiras de bom efeito: Rui Lopes (acima) e João Carlos Pamplona (à direita)

Chama-se a isto espírito de corpo - quando um forcado está ferido todos o protejem.Foi um dos momentos mais bonitos da corrida.

Ganadero Manuel Sousa Jr., da Ganadaria do Pico dos Padres recebendo o Prémio do Toiro mais Bravo

Ganadero José Manuel Martins, da Ganadaria Açoriana, recebendo o Prémio do Toiro com melhor Apresentação

Esq/dir" Forcados Amadores de Turlock, Amadores do Apo-sento de Turlock e Amadores de Merced

Pega à terceira tentativa de Darren Mountain do Grupo de Forca-dos do Aposento de Turlock

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24 15 de Outubro de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

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25PATROCINADORES

209

Assine o e fique a par do que se passa

ForeclosureShort SaleMortgage Tax ReliefAcaba em 12/2012

DRE # 01397526

408-706-

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26 15 de Outubro de 2012CULTURA

Vamberto Freitas

Onésimo Almeida

Vamberto Freitas nasceu nas Fonti-nhas, Ilha Terceira, em 1951. Emigrou com a família para os EUA em 1964, onde se formou em Estudos Latino-Americanos pela California State Uni-versity, Fullerton, em 1974. Foi corres-pondente e colaborador do suplemento literário do Diário de Notícias (Lisboa) durante largos anos. Desde 1991 é Lei-tor de Língua Inglesa na Universidade dos Açores, tendo entretanto publica-do inúmeros estudos críticos e ensaios sobre as literaturas norte-americana e açoriana. Para além da sua já conside-rável obra sobre estes temas e áreas de estudo, tem ainda publicado algumas traduções, principalmente da poesia de Frank X. Gaspar, e continua a colabo-rar em vários periódicos do arquipéla-go e da Diáspora com textos de crítica literária e cultural. No Brasil, tem co-laboração no suplemento Cultura do Diário Catarinense e na revista Cartaz: Cultura e Arte, ambos de Florianópolis, Santa Catarina, assim como no Jornal de Letras, Rio de Janeiro. Ao longo dos anos, participou em congressos e coló-

quios em Portugal, nos Estados Unidos, Canadá e Brasil. De 1995 a 2000, coor-denou o Suplemento Açoriano de Cultura (SAC) do Correio dos Açores, e de 2003 a 2006, dirigiu o Suplemento Atlântico de Artes e Letras (SAAL) da revista Saber Açores. Faz parte desde há alguns anos do Conselho Consultivo da Gávea-Brown: A Bilingual Journal Of Portuguese-American Letters And Studies e da Comissão Editorial do Bo-letim Do Núcleo Cultural Da Horta.

Lançou recentemente o seu décimo li-vro de ensaios, Imaginários Luso-Ame-ricanos e Açorianos: do outro lado do espelho.

Dados Biográficos de Vamberto Freitas

Quem segue mais ou me-nos de perto a vida cul-tural açoriana conhece a intervenção de Vamberto

Freitas e a sua presença regular e ac-tuante, atento ao que de literário se vai produzindo no pequeno-imenso universo insular. Este “pequeno-imenso” não é paradoxo fácil nem grácil, mas uma alusão ao facto de um arquipélago com menos de um quarto de milhão de habitantes per-sistir e insistir no cultivo de uma do-minante histórica sua, a da publicação de livros. O “pequeno-imenso” tem ainda outra vertente. É que, cada vez menos, os Açores são o espaço geo-gráfico limitado pelas águas atlânti-cas, pois alargam-se sobretudo para o continente norte-americano, desde os Estados Unidos e Canadá até ao Brasil, além de que desde sempre se estenderam a Portugal Continental, para lá remetendo gente sua que por regra escreveu pensando as e nas suas ilhas. É também do domínio comum que Vamberto Freitas é um produto e exemplo desse alargamento do território cultural açoriano, que ele próprio tem ajudado a construir, quanto mais não seja por procu-rar torná-lo conscientemente presente no imaginário insular. Tendo vivido 27 anos na Califórnia e regressado aos Açores em 1991, nunca mais se esqueceu dessa di-mensão alargada que as ilhas hoje têm e que imensamente as expandiu. Ao longo de um quartel, Vamberto tem mantido al-tamente activo o seu radar, pouco escapan-do à sua sensibilidade de leitor e crítico. A sua mais de dezena de livros publicados está aí a demonstrar à saciedade quanta leitura, quanto labor, quanto entusiasmo, quanta sagacidade vão na mente e na pena deste critic, cujo fôlego e garra ressaltam logo que, ao acaso, se abra qualquer das obras de sua autoria.Depois de onze volumes de recolhas de actividade crítica, surge agora o décimo segundo intitulado BorderCrossings. Lei-turas transatlânticas (Ponta Delgada: Terras Lavadas, 2012), 300 páginas de informação reflectindo uma crescente coerência em ter-mos teóricos, bem como de visão do mundo e da literatura. Vamberto tem acerca da li-

teratura uma visão dinâmica, de verdadeiro fã. Adora uma boa obra literária, vibra ao lê-la, e depois sente-se impelido a arrastar os amigos (os leitores para ele são uma ca-deia de amigos), procurando convencê-los a atirarem-se também à leitura com o en-tusiasmo que ele pôs na sua, compulsiva e contagiante se um livro para ele o é.Este último volume navega, como as leituras do crítico, nos mares privilegiados de entre continentes. De periscópio em punho, a par-tir de uma ilha do Atlântico – S. Miguel - vai atentamente detectando o que se publica tanto na lusa-América como no outro lado, no velho Rectângulo, onde também vivem

tantos açorianos. Escrevi ‘lusa-América”, sem precedê-la de ‘Norte’, porque o Brasil tem aqui uma presença igualmente signi-ficativa – Luiz António Assis Brasil, Lélia Nunes e Cecília Meireles, entre outros - que inclui até obras de John dos Passos e John Updike, cada qual sobre o seu Brasil. Por-que é fundamentalmente sobre a escrita de matriz açoriana que incide o seu olhar, se bem que longe de em exclusivo. Alguns dos autores serão já hoje nomes mais ou menos familiares ao leitor de radar mais abrangen-te, outros nem tanto, e ainda sobre outros, bem apesar da sua qualidade, poucos terão vislumbres da sua existência. Tudo gente do imenso network insular, quer vivam na Cali-fórnia , Canadá, Brasil, ou Lisboa: Fernando Aires, Frank Gaspar, Urbano Bettencourt, Antero, Julian Silva, Daniel de Sá, Vic-tor Rui Dores, Darrell Kastin, Alfredo de Mesquita, Álamo Oliveira, Anthony De Sá, Emily Daniels, José Francisco Costa, Paula de Sousa Lima, José Medeiros Ferreira, J. H. Santos Barros, Vasco Pereira da Costa, An-gela Dutra Menezes, João Brum, Millicent Borges Accardi, Francisco Cota Fagundes, Katherine Vaz, Diniz Borges, Manuel Perei-

ra Medeiros, Joel Neto, alargado entretanto ainda a outra gente que habita, ou pelo menos frequenta, esse universo - José Rodrigues Miguéis, Jorge de Sena, Paulo da Costa, Eu-génio Lisboa, Urbino de San-Payo, Nancy T. Baden, John Kinsella, Gregory Rabassa e o ever present Edmund Wilson - o grande tema da tese que Vamberto nunca escreveu em volume académico mas anda sempre es-crevendo em recensões espalhadas por aqui e por ali temporariamente reunindo-as em volume, como agora.Vasto mundo, nosso mundo este, desloca-do do epicentro de Lisboa para uma ilha do meio do Atlântico escapando ao paradigma

tradicional, e com referentes distintos, provenientes do inevitável contágio americano. Não é impunemente que se regressa às ilhas para ir leccionar na Universidade dos Açores, nem se pode despejar essa carga sobre o mar. Vamberto fixou-se, em verdade, no meio do rio Atlântico, a grande (e creio que mais singular) deslocação do eixo central das letras pátrias. Não pretende ser uma jangada de basalto a emigrar para as Américas, tanto assim que de lá regressou. Mas fê-lo de portas e jane-las abertas para horizontes que só en-riquecem o poroso, osmótico universo luso - como uma simples viagem pelos nomes atrás mencionados deixa entre-ver. A pátria só beneficia com isso. E deveria agradecer.

Vamberto Freitas, cruzando e alargando fronteiras

Esta página de artes e letras tem tido a felicidade de ter colaboração de distintos escritores e críticos literários. É o caso do texto que apresentamos nesta edição com assinatura do escritor Onésimo Teotónio Almeida. Há muitos anos que tenho uma grande admiração pelo escritor, o acadé-mico, o crítico literário e acima de tudo o amigo, Onésimo Almeida. Bem sei que é por motivos da amizade que ele tem a amabilidade de mandar-me os seus textos. É que o Onésimo está publicado nas mais prestigiosas revistas e editoras do mundo lusófono. O texto desta edição tem um significado extremamente especial, por-que fala de um amigo comum, e através do qual conheci o Professor Doutor Onésimo Almeida. É um texto como apenas o Oné-simo o sabe escrever sobre o novo livro do meu amigo de sempre, Vamberto Freitas. Já aqui falámos deste livro, mas o texto de Onésimo Almeida traz uma outra perspe-tiva e uma análise profícua e pertinente. Leiam este texto e comprem, e deliciem-se com o livro do Vamberto, que em poucas semanas terá mais um lançamento, desta feita na Praia da Vitória como parte do Outono Vivo da Câmara Municipal daque-la cidade. Aliás, mais do que o lançamen-to é tempo que a Praia da Vitória faça uma justa homenagem ao Vamberto Freitas.

abraçosdiniz

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 COLABORAÇÃO

Um dia a Mary meteu-se no carro, foi de San Diego a Tijuana no México e ..."morreu".

"Ressuscitou" e quando chegou a casa telefonou e disse-me: " ... o menino sabe que hoje, pouco depois de chegar a Tijuana, morri ... e não foi a primeira vez?"Havia qualquer coisa com a Mary que de vez em quando lhe dava para "morrer"... mas nunca se es-quecia de "ressuscitar"... Tratava-me, brincalhonamente, por menino. E a graça, a suavida-de, a doçura da voz dela! (O novo Acordo aceita "brinca-lhonamente"? A Mary verdadeiramente nunca morreu. Um dia ausentou-se mas ficou indelével, como que escul-pida, nos corações de uma multi-dão. De uma multidão de amigos, de Portugal, do México, de Espa-nha, da América, do mundo! Durante os escassos meses que precederam a sua partida para o infinito, a Mary arrostou de frente com o inimigo que tanto a marti-rizava, desafiou-o, bateu-se como leoa, mas o inimigo era brutal. E quando o insidioso Diabo trai-çoeiramente a prostrou, quando se lhe acabaram as formidáveis reservas, quando o sistema fe-

chou e o ocaso deixou a sua tão amada Terra na maior escuridão, a Mary disse "não posso mais" e resolveu ir descansar.E as vezes que ela me disse ter nascido em Portugal e na Amé-rica!? É que quando a família Rosa par-tiu da Ilha Açoriana do Pico a caminho da Califórnia, já lá vão mais de setenta anos - o seu pa-triarca alimentando o sonho de triunfar na pesca comercial do atum nas águas abundantes do Pacífico até à distante Samoa -, a Mary já vinha com eles, protegi-da contra a intempérie no ventre materno, pelo que a Maria An-tónia concebida no Pico resultou na Mary nascida e criada em San Diego, Califórnia, Estados Uni-dos da América, zip code 92106.E então a nossa Mary - ao contar-me esta primeiríssima história colhida ao seu berço - extrava-

sava de emoção, de orgulho, até de paixão, que ela era Americana, sim, mas Portuguesa também!!! E revelava-se-me Luso-Ameri-cana tão evidente e tão genuina como a areia de todos os desertos, como a seiva que o pinheiro grita, dorido da incisão, como o milagre das papoilas brancas e encarnadas ondulando em Agosto nos trigais da Lusitânia.A Mary Giglitto foi especial!Para sua família, uma inexpugná-vel fortaleza!Para os seus amigos, epítome de lealdade!Na sua determinação em fazer, em produzir, em realizar, foi sim-plesmente infatigável. Entre gozar a comodidade da sua casa, ou esgrimir, subia resoluta aos estrados onde se travam todos os combates, marcando-os com a sua legenda de brasão, que rezava assim: 'Perder, Talvez, Sem Lutar, Nunca.'Durante décadas a Mary chamou a si o encargo de organizar em San Diego o Festival Cabrilho, que ela acabou por transformar numa bem-aventurada assem-bleia em representação de quatro Nações exprimindo em harmonia o seu apreço por coragem, por bravura.

A coragem, a bravura daqueles que romperam os mares e encon-traram o desconhecido.A Mary Giglitto conquistou a maior consideração da Marinha Portuguesa, da Espanhola, da Mexicana e da Norte-Americana. Em termos mais claros e precisos, granjeou a reverência de Portu-gal, Espanha, México e Estados Unidos.Louvores, aplausos e insígnias honoríficas nunca a motivaram. Mas os louvores, aplausos e as in-sígnias honoríficas chegaram, que ela os merecia.Não se esgotou na sua extrema dedicação ao Festival Cabrilho a obra primorosa da nossa Mary.Só que a Mary -- que eu tive a fe-licidade de conhecer como quem conheceu um tesouro -- não quer que eu diga mais.

De “Autoria Desco-nhecida”, e envia-do por amigo de há muitos anos, recebe-

mos há dias este artigo, de que transcrevemos algumas passa-gens, e que começa assim:

“Há cerca de 3 ou 4 meses co-meçaram a dar-se alterações profundas a nível global. Num processo rápido e radical, que resultará em algo novo e por-ventura traumático, com re-sultados visíveis de seis a doze meses,e que irá mudar as nossas sociedades e a nossa forma de vida nos próxims 15 a 25 anos.Tal como ocorreu noutros pe-riodos da história recente, no status político-industrial saí-do do pós-guerra, nas altera-ções induzidas pelo Vietname, Woodstock, Maio de 68 (além e aquém Atlântico) ou na crise do petróleo de 73.Façamos um rápido balanço da mudança e do que está a acon-tecer a 7 factores.

1-A crise financeira mundial: Desde há oito meses que o sis-tema financeiro mundial está à beira do colapso (leia-se ban-carrota) e só tem aguentado por-que os quatro grandes bancos centrais mundiais- a FEBCE, o Banco do Japão e o Tesouro Britânico – têm injectado (quer dizer emprestado à taxa zero) montantes astronómicos e ini-magináveis no sistema bancá-rio mundial sem o que este já teria ruido como um castelo de cartas. Ainda ninguém sabe o que virá ou como irá acabar esta história.2- A crise do petróleo : Há seis meses que o petróleo entrou na espiral de preços. Não há a mínima ideia de como irá ter-minar. Duas coisas são porém claras: primeiro, o petróleo já-mais voltará aos niveis e 2000 (ou seja, a alta de preço é adqui-rida e definitiva, devido à visão estratégica da China e da India,

que o compram e amealham) e começarão rápidamente a fazer-se sentir os efeitos dos custos da energia, nos trans-portes e serviços. Por exemplo, quem utiliza frequentemente o avião, assistiu há semanas a uma subida do preço dos bi-lhetes de 50%. (leu bem, cin-quenta por cento). É escusado referir as enormes implicações sociais deste factor: basta lem-brar que por exemplo a indús-tria de férias e turismo de mas-sas para as classes médias (que por exemplo em Portugal e Es-panha representa 15% do PIB. Acabaram as viagens de avião baratas…(e as férias massivas!) Estas vão desaparecer virtual-mente em doze meses3- A contração da mobilidade-fortemente afectados pelo pre-ço do petróleo os transportes de mercadorias irão sofrer contra-ção profunda. As trocas físicas comerciais que implicam trans-porte, irão sofrer fortíssima re-tração.4- A Imigração - Europa absor-veu nos últimos 4 anos cerca de 40 milhões de imigrantes, que buscam melhores condições de vida. (Os imigrantes são preci-sos para fazer os trabalhos não rentáveis, mas mudam radi-calmente a composição social num movimento incessante e anacrónico de países chave como a Alemanha, a Espanha, a Inglaterra ou a Itália. A Eu-ropa terá em breve 85 milhões de imigrantes que lutarão pelo poder e melhor estatuto sócio – económico.5 – A Destruição da Classe Mé-dia: quem tem oportunidade de circular um pouco pela Euro-pa, apercebe-se que o movi-mento de destruição das classes médias que julgávamos estar apenas a acontecer em Portugal à custa deste governo, está de facto a varrer o velho continen-te. Em Espanha, na Holanda, na Inglaterra ou mesmo em Fran-ça, os problemas das classes médias são comuns.

6 – A Europa, Morreu: embo-ra ainda estejam a projectar o cerimonial do enterro, todos os Euro-Políticos perceberam que a Europa está moribunda. Já não tem projecto, já não tem razão de ser. Já não tem lide-rança e já não consegue definir quaisquer objectivos, num “cal-do” de 27 países com poucos ou nenhuns traços comuns. Já ne-nhum cidadão europeu acredita na Europa.7 – A China ao Assalto! A construção naval ao nível mun-dial comunicou aos interessa-dos, a incapacidade de satis-fazer a entrega de barcos nos próximos dois anos, porque TODOS os estaleiros navais do mundo têm TODA a sua capa-cidade de construção ocupada por encomendas de navios da China. O Gigante Asiático, vai agora atacar o coração da in-dústria europeia e Americana. Foram apresentados há dias no mais importante Salão Au-tomóvel mundial os novos car-ros chineses. Desenhados por notáveis gabinetes euopeus, são soberbas réplicas perfeitas de BMWs e de Mercedes e vão chegar à Europa entre os 8.000 e os 19.000 euros. E isto envol-ve milhões de postos de traba-lho. As sociedades ocidentais desfazem-se. A Russia e a India estão a evoiluir a uma velocida-de alucinante. Uma coisa é cer-ta. As nossas vidas vão mudar radicalmente nos próximos 12 meses e as mudanças perma-necerão nos próximos 10 a 20 anos , forçando-nos a carreiras profissionais instáveis.”

Apesar de tudo - digo eu, será bom alimentar a esperança de que, depois de cada revolução, o mundo sempre mudou para melhor.

"Já cheiras a Revolução"A Maria Antónia (Mary) Rosa Giglitto

1984 - Bill Klees, ex-presidente do Festival Cabrilho; Dr. Mesquita de Brito, antigo CG em San Francisco; Dr. Pereira Bastos, antigo Embaixador em Washington; Mary Gigltto, Presidente Emérita do Festival Cabrilho; Edmundo Macedo.

CONSULADO GERAL DE PORTUGALS. FRANCISCO

COMUNICADOS

1.O Consulado-Geral de Portugal em San Francis-co apresenta os seus melhores cumprimentos e tem a honra de comunicar, a pedido da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Por-tuguesas, que se realizará, de 12 a 15 de Novembro proximo, o Programa "Encontro de Jovens - 2012". Aquela iniciativa destina-se a jovens com idades entre os 18 e 25 anos, que se destaquem no exer-cicio de atividades em diversos setores da vida do pais de acolhimento e/ou estejam a desempenhar ação de relevo em beneficio direto da comunidade portuguesa. Sao requisitos obrigatolios ter nacio-nalidade e falar a lingua portuguesa.As candidadaturas serao enviadas por este Consu-lado-Geral, mas terão que ser preenchidas e aqui entregues antes de 17 de outubro corrente.Os interessados podem entrar em contacto com o Consulado-Geral de Portugal em San Francisco,

das 9 da manhã às 3 da tarde, da segunda a sexta-feira, através do telefone 415-346-3400, ext. 200. Fax: 415-346-1440San Francisco, 2 de outubro de 2012.3298 Washington Street - San Francisco, CA94115

2. À semelhança do sucedido em anos anteriores, o prazo para aceitação de candidaturas a apoios daquela Direcção Regional decorre de 15 de outu-bro a 15 de dezembro de 2012, para apoios a con-ceder na área da emigração e de 1 de Outubro a 31 de Dezembro 2012, para apoios a conceder na área da emigração - intercâmbios escolares.As candidaturas devem ser apresentadas à Direc-ção Regional- Açores.Para quaisquer informações sobre estes apoios, os interessados podem entrar em contacto com o Consulado-Geral de Portugal em San Francisco, pelo telefone 415-346-3400, de segunda a sexta-feira, das 9 da manhâ às 3 da tarde.San Francisco, 4 de outubro de 2012.

O Cônsul-Geral, Nuno Mathias

E-mail: [email protected]

Do Tempo e dos Homens

Manuel [email protected]

A Vida Real

Edmundo Macedo

Page 28: The Portuguese Tribune - October 15th 2012

28 15 de Outubro de 2012 ENGLISH SECTION

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In past legislatures, the Su-pplemental Nutrition Pro-gram Assistance, better known as Food Stamps,

which is part of this legislation, was the domestic bi-partisan political incentive that encou-raged lawmakers from urban areas to vote for the Farm Bill. This summer, the dynamics changed -- Republicans and De-mocrats have been engaged in a rope pulling contest in an elec-tion year, on long-term spen-ding cuts, that account for 80% of all expenditures in the Farm Bill. While discussions conti-nue, those who are losing are the farmers whose crops are in poor condition during the worst national drought in over half a century.Last July, the Farm Bill seemed referred to a passage when the Senate Ag Chair Debbie Stabe-now (D-Mich.) and ranking Re-publican Pat Roberts (Kan.) rea-ched an agreement, across party lines, passed the Proposed Law to the Senate, in a rare event that voted and passed the bill, gui-ding it to the Agricultural Com-mittee of the House of Repre-sentatives led by Frank Lucas

(R-Okla) and ranking Democrat Collin Peterson (D-Minn.), who approved too, but unfortunately that's when everything came to a sudden stop.Even though the Committee on Agriculture of the House of re-presentatives is led by Republi-cans, the Republican leadership did not approve the work of its Commission and instead of sub-mitting the proposal for a vote, passed an emergency law in the short term with the value of $ 383 million dollars for drought assistance, and that at this point seems doomed to not pass the Senate, and moreover, all elec-ted Congressmen went on a five-week recess. However, this law Agriculture will expire, or expired, depending on the date of publication of this article, on the 30th of September.The reality is that the disagree-ment is not directly part of the agricultural law. This part is al-most the same in both versions. The debate is on Food Stamps, a social program, which is part of the Farm Bill, with the Sena-te proposing cuts of $4.5 billion, and the Commission of the Hou-se of Representatives calling for cuts of around $16.5 billion. You

can see here that there is space to reach an agreement in the mi-ddle of those two numbers seem extremely distant for ordinary people looking from the outsi-de. In an election year, the less you do or say, the best chance to be the winner and the work is not to do, but to keep doing. Agriculture shall not forget to produce, so as to not miss the bread, and suffer the conse-quences.In what has been a difficult eco-nomy to recover, agriculture has played a more or less consistent role, creating jobs and helping the economic balance in the po-sitive direction. Congress must take into account the sacrifices of agriculture and stop playing to cats and rats of partisan po-litics.The Farm Bill does not directly affect milk prices in the short term, unless these are due to the extreme imbalance of sup-ply and demand. At that time, it will be already too late, but surely affects the price the feed and fodder, particularly in crisis years in the production, thereby affecting the entire production cost.

What's up with the Farm Bill?

SATA Internacional & Virgin America

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Azores year around

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California Chronicles

Ferreira Moreno

Pioneers & Missionaries (1)

Presumably, the first As-sistant ever assigned to St. Leander's Church was Father Francisco

B. M. Bettencourt, a native Por-tuguese. He came to San Leandro on October 1, 1878 and remained there until 1882. However, I could not find either his birthplace or the date of his arrival in Califor-nia, much less any news about his background.After further research, I 1earned that Bettencourt was a true pio-neer and a missionary.While reading the book "Hallo-wed Were The Gold Dust Trails" (1), I came across some preciousinformation about Bettencourt. The book, may I add, even thou-gh subtitled "The Story of the Pioneer Priests of Northern Cali-fornia", is actually the history of the Catholic Church in the Mother Lode and other mining areas.In the book's appendix with refe-rence to Siskiyou County we read; "There were many Portuguese people in Hawkins-ville by now and, on Decemb.er 12, 1879, a mission was held in that town, conducted by Father Francisco B. M. Bettencourt," Also in the appendix, but in reference to Trini-ty County, it is stated; "The fly-leaf in the Register of the parish notes that Father Bet-tencourt baptized in Weaverville in 1879 and 1890. He proba-bly was on a tour of the towns in the north giving missions to the Portuguese."Bettencourt's travels took him to Yuba County, where he administered the Sa-crament of Baptism at New York Flat and Brownsville in May 1879, and at Bangor, New York Flat, Browns-ville and Indiana Ranch in Janu-ary 1880. Ultimately, sometime in 1879, Bettencourt officiated at several baptisms in Sacramento County.

Monsignor John Vieira Aze-vedo (see photo) died in Sacra-mento on April 2, 1957. He was 75 years of age, and a native of Pico Is1and, Azores, where he was born on November 25, 1880, the son of João Vieira and Maria Inacia Azevedo.Azevedo entered Angra's Semi nary on Terceira Is1and, from where he transferred in 1902 to St. Patrick's Seminary in Menlo Park, California. There he com-pleted his Theological Studies, and was ordained a priest on No-vember 20, 1904, at the Blessed Sacrament Cathedral in Sacra-mento.Apparently, Azevedo was the first Azorean student ever to gra-duate from St.Patrick's Semina-

ry, and the first alumnus ever to celebrate the Golden Jubilee of his ordination, which occurred in November 1954. At one time Azevedo was also St. Patrick's oldest alumnus still living.After a brief stay at the Cathedral in Sacramento (immediately af-ter his ordination), Azevedo was sent to Siskiyou County, where he served in a couple of parishes, first at Yreka and then at Fort Jo-nes, site of a clan of Portuguese miners. His next assignment was at Sutter Creek in Amador Coun-ty. In 1909 he returned to Sacra-mento and was put in charge of establishing a national parish for the local Portuguese community.On February 2, 1913, a beautiful new church was dedicated and named St. Elizabeth (1271-1336), after the beloved and saintly Que-en of Portugal. Azevedo was ho-nored with the title of Monsignor in May 1948. He retired in 1955, the year I first met him, when I visited Sacramento a week after

my arrival in California from the Azores,A story is told that, during the Depression, parishioners often left live chickens on the front porch of St. Elizabeth's parish house. Rosa Piedade, Azevedo's sister and housekeeper for many years, would use the surplus to operate an informal kitchen to serve the numerous transients se-eking food, which they ate while sitttng on the back stairs. (2)

Notes:

(1) Henry L. Walsh, S.J., Univer-sity of Santa Clara Press, Second Edition 1947.

(2) Lionel Holmes and Joseph D'Alessandro, Portuguese Pione-ers of the Sacramento Area,Portuguese Historical and Cultu-ral Society, Sacramento 1990,

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

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30 15 de Outubro de 2012PATROCINADORES

Participar nas nossas festas tradicionais é CULTURA

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31 COMUNIDADE

Ribeirinha visitou A.V. Thomas Produce

O Grupo Folclórico e Etnográfico da Ri-beirinha da Ilha Terceira esteve de visita à California. Participou nas grandes festas em Louvor a Nossa Senhora dos Milagres de Gustine, visitou algumas cidades deste grande Estado e foi ver a operação da em-presa A.V. Thomas Produce, de Manuel

Eduardo Vieira, em Livingston. Foi o pró-prio empresário que fez de cicerone, mos-trando e explicando a todos as diversas fa-ses de manuseamento da batata doce desde a apanha, armazenagem, encaixotamente e transporte para os clientes da America, Canadá e México. A A.V. Thomas Produ-

ce vendeu em 2011, 100 milhões de libras de batata doce de 10 diferentes espécies, empregando nos meses de maior procura 950 pessoas. No dia da visita do Grupo

de Ribeirinha estavam a operar com 800 empregados. Esta empresa tem 51 anos de actividade.

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32 15 de Outubro de 2012ULTIMA PÁGINA

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