the portuguese tribune - october 1st, 2012

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João Ângelo o mestre das cantorias pág. 18 Homenagem QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 1ª Quinzena de Outubro de 2012 Ano XXXIII - No. 1141 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Eventos de Outubro Outubro 5 Fados da Festa de Nossa Senhora de Fátima de Turlock 9pm Outubro 6 Dia de São Martinho no Raymond Burr Vinyards em Healdsburg, CA 11am - 5pm Outubro 7 Missa e Procissão da Festa de N.Sa. de Fátima em Turlock Outubro 12 Espectáculo musical da Festa de N.Sa. de Fátima de Los Banos 9pm Outubro 13 Festa de N.S. de Fátima em Novato. Pézinho da Festa de N.Sa. de Fáti- ma de Los Banos 10 am Outubro 14 Missa e Procissão da Festa de N.Sa. de Fátima de Los Banos 11am Outubro 19 Fados na Festa de N.S. de Fátima em Thornton Outubro 20 Bodo de Leite da Festa de N.Sa. de Fátima em Thornton Corrida de Toiros em Thornton - 3 pm Procissão de Velas 7pm. Cantoria e baile - 10 pm Outubro 21 Missa e Procissão da Festa de N.S. de Fátima em Thornton - 10 am Cantoria 9pm Corrida de Toiros 8 pm dia 22 Outubro 22 II Corrida de Toiros da Feira de Thornton - 8pm. Noite de Candida- tos no SES de Santa Clara 6:30pm Outubro 26 Noite de Fados da Festa de N.Sa. do Rosário de Hilmar Outubro 27 Bodo de Leite da Festa de N. Sa. do Rosário de Hilmar Outubro 28 Missa de Festa e Procissão da Festa Nossa Senhora do Rosário de Hil- mar 10:30am Richard Castro homenagem ao 1º Presidente da PFSA "João Angelo é um poeta que co- nhece a alma das palavras; que verseja com a sonoridade pastoril como se a rima fosse jacto de lei- te batendo no tarro; que constrói a quadra sob o ritmo do bailado sensual do gado em movimento, tornando a cantoria na paisagem verde de todas as emoções. No entanto, atrás desta serenidade bu- cólica, João Angelo olha o Mundo com a perspicácia do filósofo e as- simila-o nas suas grandezas e mi- sérias, nos seus anjos e demónios - herdeiro vicentino de um trovar de amigo e de escárnio, tudo sob um humor fino e fulgurante" . Álamo Oliveira in "João Angelo - O mestre das Cantorias", de Liduino Borba. Há uma velha sem dono Que paa a noite sem sono A lemar-se do marido. Que venha a S. Bartolomeu, João Ângelo só há eu E sou muit o c onhecid o. Se os Regatos sur, À esquerda numa Canad a, E queira lá dormir Tem u ma c ama eparad a Richard Castro is a member of the Brotherhood of St. Anthony Council nº 5 Tracy, nº 30 Modesto and nº 62 Vallejo, P.F.S.A. Council nº 16 Tracy, nº 14 Mountain View, nº 1 San Diego, and Cabrillo Civic Club nº 16 of San Diego, Irmandade Santa Maria Madalena Circle 16 Kingsburg, Knights of Co- lumbus Father Heslin of Turlock, Luso American Fraternal Federation Council 49B55C of Modesto, Y.M.I. Council nº 44 of the Holy Rosary of Hil- mar and a member of Our Lady of Fatima Catholic Church in Modesto... ... As Fraternal Board Chairman with all his duties, he never once dreamed about his next honor, to be elected the first P.F.S.A. Supreme President. Pág. 16, 17 VOTE

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The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

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Page 1: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

João Ângeloo mestre das cantorias pág. 18

Homenagem

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1ª Quinzena de Outubro de 2012Ano XXXIII - No. 1141 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

Eventos de OutubroOutubro 5Fados da Festa de Nossa Senhora de Fátima de Turlock 9pmOutubro 6Dia de São Martinho no Raymond Burr Vinyards em Healdsburg, CA 11am - 5pmOutubro 7 Missa e Procissão da Festa de N.Sa. de Fátima em TurlockOutubro 12Espectáculo musical da Festa de N.Sa. de Fátima de Los Banos 9pmOutubro 13Festa de N.S. de Fátima em Novato.Pézinho da Festa de N.Sa. de Fáti-ma de Los Banos 10 amOutubro 14Missa e Procissão da Festa de N.Sa. de Fátima de Los Banos 11amOutubro 19Fados na Festa de N.S. de Fátima em ThorntonOutubro 20Bodo de Leite da Festa de N.Sa. de Fátima em ThorntonCorrida de Toiros em Thornton - 3 pmProcissão de Velas 7pm. Cantoria e baile - 10 pmOutubro 21Missa e Procissão da Festa de N.S. de Fátima em Thornton - 10 amCantoria 9pmCorrida de Toiros 8 pm dia 22Outubro 22II Corrida de Toiros da Feira de Thornton - 8pm. Noite de Candida-tos no SES de Santa Clara 6:30pmOutubro 26Noite de Fados da Festa de N.Sa. do Rosário de HilmarOutubro 27Bodo de Leite da Festa de N. Sa. do Rosário de HilmarOutubro 28Missa de Festa e Procissão da Festa Nossa Senhora do Rosário de Hil-mar 10:30am

Richard Castro homenagem ao 1º Presidente da PFSA

"João Angelo é um poeta que co-nhece a alma das palavras; que verseja com a sonoridade pastoril como se a rima fosse jacto de lei-te batendo no tarro; que constrói a quadra sob o ritmo do bailado sensual do gado em movimento, tornando a cantoria na paisagem verde de todas as emoções. No entanto, atrás desta serenidade bu-cólica, João Angelo olha o Mundo com a perspicácia do filósofo e as-simila-o nas suas grandezas e mi-sérias, nos seus anjos e demónios - herdeiro vicentino de um trovar de amigo e de escárnio, tudo sob um humor fino e fulgurante".

Álamo Oliveira in "João Angelo - O mestre das Cantorias", de Liduino Borba.

Há uma velha sem donoQue passa a noite sem sonoA lembrar-se do marido.Que venha a S. Bartolomeu,João Ângelo só há euE sou muito conhecido.Se os Regatos subir,À esquerda numa Canad a,E queira lá dormirTem uma cama preparad a

Richard Castro is a member of the Brotherhood of St. Anthony Council nº 5 Tracy, nº 30 Modesto and nº 62 Vallejo, P.F.S.A. Council nº 16 Tracy, nº 14 Mountain View, nº 1 San Diego, and Cabrillo Civic Club nº 16 of San Diego, Irmandade Santa Maria Madalena Circle 16 Kingsburg, Knights of Co-lumbus Father Heslin of Turlock, Luso American Fraternal Federation Council 49B55C of Modesto, Y.M.I. Council nº 44 of the Holy Rosary of Hil-mar and a member of Our Lady of Fatima Catholic Church in Modesto...

... As Fraternal Board Chairman with all his duties, he never once dreamed about his next honor, to be elected the first P.F.S.A. Supreme President.

Pág. 16, 17

VOTE

Page 2: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

Year XXXIII, Number 1141, Oct 1st, 2012

2 1 de Outubro de 2012SEGUNDA PÁGINA

Artur Cunha de Oliveira, nasceu na America e cresceu na Graciosa. Foi Padre, Cónego da Sé de An-gra, Professor do Seminário Epis-copal de Angra, Director do diário A União e do Tribuna Portuguesa, Deputado Europeu, co-fundador do Instituto Açoriano de Cultura, Director do Departamento Regio-nal de Estudos e Planeamento dos Açores (DREPA), Presidente da Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo. E muito mais. Foi um dos maiores pregadores de sempre da Igreja Açoriana. Milha-res de pessoas ainda se lembram das suas brilhantes pregações nas novenas das nossas Padroeiras. Um currículo invejoso de um ho-mem super inteligente e multifa-cetado. Foi este homem que depois de ter conhecimento do romance de Dan Brown - O Código Da Vinci, re-solveu desfazer o tema, proferin-do uma palestra na re-abertura da Igreja de Santa Maria Madelena na Vila do mesmo nome a 22 de Julho de 2005, depois de reparada dos muitos estragos causados pelo sismo de 1998.E a partir daí nasceu o livro "Je-sus de Nazaré e as mulheres - a propósito de Maria Madalena".

Recebi o livro enviado pelo Insti-turo Açoriano de Cultura de que sou sócio. Ainda não tive tempo de o ler, mas reparei que no ter-ceiro parágrafo do prólogo, Artur Cunha de Oliveira diz esta peque-na maravilha de prosa:"Hoje em dia quase ninguém acredita em ninguém, o que é particularmente notório no que tange ao processo de transmis-são da mensagem cristã. A Igreja (no mais lato sentido do termo)

tem vindo a porfiar numa lin-guagem tipo catequética, e não própriamente proclamativa ou querigmática: repete-se, repete-se, repete-se quase e só sempre as mesmas coisas. Mas o pior de tudo é que do mesmo modo, no mesmo estilo de linguagem, com a mesma maneira de dizer. Como se em tudo o mais não tivesse ha-vido progresso.Daí resulta, quer se queira quer não uma generalizada espécie de psitacismo: as pessoas dizem por dizer, falam por falar, acreditam por acreditar, sem saberem nem compreenderem bem aquilo que dizem, aquilo de que falam, aqui-lo em que acreditam, o que de modo algum se compadece com os progressos da Ciência e com a cultura do nosso tempo."Se no terceiro páragrafo do prólo-go já temos esta rica peça de escri-ta, então o que não será o resto do livro de 535 páginas?Leiam a entrevista de Artur Cunha de Oliveira sobre o livro:h t t p : / / w w w . c o r r e i o -d o s a c o r e s . n e t / i n d e x .php?mode=noticia&id=37556

EDITORIAL

Quer nos Açores quer na America vamos ter eleições em Outubro e Novembro.Nos Açores, depois de 16 anos de vivência socialista, iremos ver como o eleitorado responde ao novo cli-

ma social, económico e financeiro que sobrevoa não só as ilhas como Portugal Continental. Caras novas, com alguma experi-ência governamental em ambos os partidos que já governaram as nossas ilhas, estão a lutar por um lugar à frente de um gover-no, que, diga-se em abono da verdade, é muito grande, muito dispendioso para uma população de apenas 240 mil pessoas. E por favor não cantem a velha melodia de sermos 9 ilhas e que precisamos de ser diferentes. É uva que já não dá vinho. Todos estamos fartos desta cantoria de embalar.

Por aqui, nesta tão grande terra americana vamos assistindo ao circo eleitoral a que já estamos habituados. Os dois candidatos não têm a mesma ideia para governar. E sejamos verdadeiros. Se esta administração Obama, não produziu mais efeitos po-sitivos nestes ultimos quatro anos, é justo dizer-se que o Parti-do Republicano gerou uma onda contrária a todas as propostas feitas. Possívelmente foi um dos piores congressos de maioria republicana que tivemos há dezenas e dezenas de anos. Nunca tal se tinha visto. Mesmo sem lerem as propostas já todos di-ziam: "Estamos contra". E mesmo quando o Supremo Tribunal de Justiça falou na constitucionalidade das regras da nova lei da Saúde, os republicanos, nem a queriam aceitar. Mal vai um País quando um partido político põe à frente os seus ideais em vez de beneficar os seus 300 milhões de habitantes. Este GOP não merece ser o GOP que já foi. jose avila

Que futuro?

Artur, americano e da Graciosa

Crónicas do Perrexil

J. B. Castro Avila

Page 3: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

3PATROCINADORES

Preço EspecialBacalhau médio

a $5.99/libraAzeite Gallo e Saloio de lata 1 litro - $7.99

Sumol de Maracujá 12 pack $ 5.99

Sómente $5.99 a libra

Page 4: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

4 1 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Memorandum

João-Luís de [email protected]

Na encruzilhada biblió-nima das nossas mo-destas referências cul-turais (talmude, bíblia,

alcorão) continuamos a soletrar o alfabeto da civilidade apoiado no duplo travejamento do “mais não querer que bem-querer”, ou seja: a prática do bem, com o saudável desdém pela reciprocidade pro-tocolar; a coragem de confiar no semelhante, segundo o (arriscado) princípio de que as pessoas são boas até prova em contrário. Como herdeiro de ideias que outros já pensaram, nas últimas cinco déca-das, vimos cultivando o hábito de interrogar os limites impostos à li-berdade, formulando algumas per-guntas de cariz poético: – Quem receia o lume antigo que acendeu a Vida? Que é isso da fome que en-gorda a fé, e do excesso que sufoca o Bem...?Vamos interromper este palavrea-do enevoado; vamos continuar esta romagem pela sinuosa avenida da fraternidade humana; deixemos em paz o arrotador professoral que vive a digerir as migalhas da (sua) felicidade em saldo; vamos con-versar suavemente com os com-panheiros imigrantes (alguns nem sequer imaginam a existência, numa comunidade democrática, do direito ao trabalho e à alegria sensata como parte da livre cida-dania)... Ainda não há muitos anos (falo apenas do que consigo observar, nos últimos 30 anos, no próprio percurso imigrante), havia uma consistente resistência da parte das famílias açorianas em acei-tar ajuda institucional oriunda do ‘welfare’. Muitos aspectos das di-ficuldades iniciais da comunidade imigrante faziam parte da chama-da ‘hidden agenda’. Antigamente, as famílias materialmente abasta-das permaneciam vacinadas con-tra a miséria dos deserdados. Nos tempos modernos, os mordomos do supérfluo ostentam um cari-nho esmolento aos cruzados da ‘indiferença’ pelo talento alheio. É evidente que nos últimos cin-co anos, a crise sócio-económica tem sido promovida ao mais hor-rível ‘equalizer’ psico-económico da recente história mundial. Mas o sofrimento imigrante já estava patente na vitrine silenciosa dos disenfranchised people, sobretudo após a balbúrdia neo-capitalista trazida pelo evangelismo reaga-niano (1980-88). Como aconteceu a outros grupos étnicos, os imigrantes portugueses também foram confrontados pelo seu quinhão de opressão social, de-vido às características da própria bagagem étnico-cultural (intimati-va percepção de perigo, descrença, incerteza). Não deixa de ser opor-tuno notar que o chamado ‘fear ba-sed ethnic sentiment’ tanto serviu para consolidar pseudo-alianças defensivas contra o mistério da ‘mudança’, como também para se-parar e enfraquecer o dinamismo social dos que acabavam esmiu-çados pela ciumeira vigilante do sucesso alheio...Embora à distância, procuramos permanecer atentos ao facto de

que as poderosas instituições não têm amigos seguros – só têm inte-resses programados! Na prudente condição de herdeiro do pensa-mento alheio, como atrás já disse, não sinto pejo em repetir o slogan preferido: ‘nobody wins where so-mebody loses.’ Mesmo que o fa-çamos ‘à boca-calada’, é cada vez mais inadiável eliminar as maiores causas da estagnação étnico-pro-fisssional no seio das comunidades de expressão portuguesa: aliena-ção cultural; solidão psicossocial; ciúme e inveja silenciosas; compa-ração doentia entre o próprio não-ter e o excesso alheio...A aprendizagem étnico-cultural é um atalho sem fim: o plano de encorajar a opinião pública para minimizar o chamado ‘unneces-sary social pain’ – sobretudo a dor amarga do ‘disenfranchisement’ – não deveria continuar adiado sine die. Seria bom reconhecer que a ignorância não é cancro incurável, porque, felizmente, é uma debili-dade cultural tratável... O confli-to social entre grupos raramente aufere visibilidade política. Mas seria bom sermos alertados para contrariar o chamado ‘racismo teleológico’ que ainda vigora nas comunidades lusófonas. Até mais ver, continuamos rodeados por ‘po-líticos-pigmeus’ do portugal-dos-pequeninos, sobretudo os alcaides das comunidades inflamados pela ciumeira étnico-territorial...

Mas já é tempo de acordar! Salvaguar-dadas sejam as de-vidas excepções,

nem sempre o que é facultado gratuitamente consegue granjear o respectivo apreço dos potenciais beneficiários. Persiste entre nós a tendência para apequenar (emba-ratecer) o capital humano inerente ao voluntariado. Gostaria de me pertencer mais a mim próprio nos anos que se aproximam, ou seja, menos emprestado a actividades por vezes culturalmente gratifi-cantes, mas não raro alienantes... Temos aprendido que a injustiça económica é um dos aliados mais estreitos das revoluções sociais. Ainda hoje, o passaporte do su-cesso da maioria dos estudantes-finalistas depende da respectiva subserviência táctica no sentido de perpetuar o situacionismo ofi-cioso. Ser apóstolo da mudança é sujeitar-se ao rótulo (e às penas) de pecador subversivo... .../... enfim, haja silêncio criador! Convido-vos à meditação estival de 2012: perante o espectáculo diluviano das lágrimas silencio-sas provocadas pela crise global, alegra-me reconhecer que as novas gerações insulares estão a celebrar as pazes com o oceano Atlântico. Afinal, o nosso querido mar conti-nua a ser a larga estrada de recurso para a libertação dos ilhéus... Juro que não estou a badalar àcerca do mistério da Liberdade – que ain-da não sei o que é! Estou apenas a conversar com os ilhéus da ‘tercei-ra-ilha do sistema solar’ – veterano grão-de-areia terrestre onde nas-cemos, amamos, sofremos, morre-mos, sempre na busca inglória de escape orbícola...

Meditação Outonal Não é minha inten-ção tentar modifi-car pensamentos ou modelar maneiras

de ver ou ser, mas apenas ex-pressar coisas que a vida me vai presenteando dia a dia, enrique-cendo a minha forma de estar nela. Ora essas coisas não são palpáveis, mas sim resultados de vivências e de “comporta-mentos que geram comporta-mentos”. A nossa comunidade abunda em manifestações de solidariedade, de iniciativas que só podem resultar no enriqueci-mento da mesma, em todas as concentrações de portugueses ou luso descendentes, testemu-nham-se manifestações que só enriquecem o magnifico legado da nossa essência. É só olhar as imagens e ler ou ouvir o que se está passando, para que nos capacitamos que o passado em nada tem de se melindrar com o presente, porque este está sendo a sua reflexão e a mola de impul-so para o futuro que virá quer queiramos quer não e certa-mente sem a nossa opinião. Sa-bemos todos que as coisas estão mudando, uns pensam que para melhor, outros que para pior...eu diria, porque tem de mudar. Só o que tenho a dizer é que, talvez ajudasse se os que contribuiram e estão contribuindo para que se chegasse a este plateau, dessem as mãos aos que estão pegando na tocha embora à sua maneira, para que tudo o que é a nossa expressão cultural siga e cres-ça a passo certo, numa marcha

digna, que é deles, na qual po-demos participar consoante as nossas possibilidades, que não seja mais do que apoio e posi-tivismo. Estamos a ser testemu-nhas do empreendorismo, dos movimentos culturais, dos lide-res duma geração mais jovem, alguns conhecemos eram eles muito jovens e hoje amdureci-dos, de cabelos brancos e, duma inteletualidade cultural conhe-cida e respeitada cá e além (não menciono nomes... mas estão na ponta da lingua), outros que podiam ser nossos netos e que estão igualmente interessados, embora a sua carga já seja di-ferente, porque enraizados nes-ta terra, mas com a seiva que transporta a força das crenças e dos ideais dos pais e dos avós.As nossas necessidades são di-ferentes e, digo nossas, quando me refiro à nossa geração, que construiu, criou e alimentou obras essenciais para a sua so-brevivência e bem estar. Conti-nuamos a necessitar o que nos fascina, só que as experiências e necessidades dos que nos proce-dem já são outras e tem que ser respeitadas, ajudadas e aplaudi-das. Tenho a certeza que embo-ra muita coisa tenha que mudar, não é o mesmo que dizer que tudo se vai acabar. Sei que já falei várias vezes neste assunto, mas hoje, pensei com nostal-gia em verões doutros tempos, em que eramos nós, isto é, os amigos de então, que são ainda os de agora, que participavam, alegravam e viviam a herança cultural que trouxeram consi-

go. Essa época foi alimentada pela bagagem de então, pelas saudades frescas, pela liberda-de desconhecida, pelos sonhos iniciados.A época que vivemos é alimen-tada por saudades saciadas, hábitos estabelecidos, sonhos em progresso, isto para não mencionar...males disfarçados, corpos em declinio, saude com-prometida, enfim, todos os pe-dregulhos que se vai encontran-do pelos atalhos da vida. Por tudo isto, mais o que eu não sei dizer, compete-nos ajudar no parto, as novidades que os mais novos vão gerando com tanto entusiasmo e competência.

Cá estamos no outo-no, a minha estação, sempre foi a preferi-da e agora é mesmo a

que vivo no girar do tempo e da vida. Desejo para todos os meus amigos outonais, o renovar das energias, da saude e do amor. Sei que este sol que me aquece e me faz sorrir foi enviado por eles...tantos anos de amizade, de suporte e lealdade.Para os que estão na primavera e no verão da vida, que tanta alegria e inspiração têm trazido à nossa existência, um abraço de admiração.

Até à volta

Pomar das CastanhasAmaral Chestnut Orchard

Serafim (Sam) & Maria (Zita) Amaral

1009 Timbell Road, P.O.Box 1248

Waterford, CA 95386Phone 209-874-3237

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Coisas da Vida

Maria das Dores Beirã[email protected]

Page 5: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

5COLABORAÇÃO

Recordando

Mário Vargas nasceu aos 20 de setembro 1945 na freguesia Praia do Almoxari-

fe, ilha do Faial, Açores. Frequen-tou o Liceu da Horta e prestou o serviço militar na ilha Terceira. De regresso ao Faial, trabalhou no jornal “O Telégrafo” da Hor-ta. Nos anos 1970 emigrou p’rá Nova Inglaterra, trabalhando pri-meiro no “Portuguese Times”, de New Bedford e seguidamente no “Azorean Times”, de Bristol.Nos anos 1980 transitou p’rà Ca-lifórnia, estabelecendo-se em San Jose, trabalhando nas estações da rádio KRVE até agosto 1985 e KSQQ de fevereiro 1993 até à data do seu falecimento em 1999. Trabalhou igualmente no “Portu-guese Tribune” como redator até janeiro 1992, passando depois a colaborar com a publicação das suas apreciadas “Notas Soltas.”Na sua qualidade de jornalista, poeta e locutor, Mário Vargas granjeou indiscutível populari-dade, dispensando ainda memo-ráveis momentos de alegre conví-vio e amizade. Encontrei-me com ele frequentemente em San Jose, pois nutria por ele extraordinário apreço pelo seu talento em contar anedotas. Infelizmente, morreu bastante novo, contando apenas 53 anos d’idade, aos 28 de junho 1999.

Neste nostálgico recordando, de-dicado à sua memória, tenciono transcrever parcialmente textos extraídos das suas “Notas Soltas” dispersas nas páginas do “Portu-

guese Tribune.”Assim discorria Mário Vargas na edição de 28 d’outubro 1993: “Como foi do conhecimento ge-ral comunitário, o antigo consul-geral de Portugal em San Francis-co, António Augusto Carvalho de Faria, distribuiu tantas medalhas que, num só mês, atingiram qua-se as 47, (dados na voz pública, que não oficiais). Ora este altruísmo fez ferver o lu-sitano sangue dos mais exaltados portugueses e portuguesas.

E aqui começou a guerra das me-dalhas! Os homens têm sido mais comedidos, mas algumas mulhe-res, safa que atingiram as raias do histerismo, reclamando que não há direito, que é injusto, que não está certo, que as condecorações foram só as privilegiadas, etc., etc.Permitam-me, por favor, que apresente agora o meu alvitre sem alvíssaras. Na sua linha de conduta, o côn-sul apenas seguiu galante e pom-posamente o exemplo de Mário Soares, que se considera o Pre-sidente de Todos os Portugueses, d’aquém e d’além-mar e regiões limítrofes, incluíndo as Deser-tas, as Selvagens e o Ilhéu das Cabras!Afirmo isto com a maior natu-ralidade. A avalanche de conde-corações que todos os anos por

tudo e por nada, (mais por nada do que por tudo), são atribuídas muito particularmente pelo nosso amado Presidente da República demonstra que, neste aspecto, ele é também duma magnanimida-de a toda a prova. Qualquer dia vamos ver desfilar por essas ruas pessoas que, tal como certos es-tadistas africanos, mais parecem bezerros enfeitados em Louvor ao Divino.” Em retrospetiva, esta referência ao Divino entrelaça-se com o comentário tecido por

Mário Vargas nas “Notas Soltas” duma prévia edição de 10 de ju-nho 1993, e que agora me apraz transcrever:“Nada temos (antes pelo contrá-rio) contra os cortejos do Espírito Santo.

Mas, francamente, que afronta aos princí-pios básicos de ca-ridade da Rainha

Santa Isabel. O contraste é ridí-culo. As rainhas, especialmente as mais pequeninas, sofrem ca-tadupas de suor ao terem de ar-rastar, e às vezes por milhas, o pecado de afronta à pobreza que são as lindíssimas, mas igual-mente dispendiosíssimas capas. Despois vêm as mamãs, algumas delas (nem todas, note-se) com os seus chapéus género pista de aterragem de helicópteros. Te-mos ainda os porta-bandeiras, geralmente rapazes novos, de jeans e sneakers, e ao lado dal-gumas organizações, que vão no desfile, anafadas senhoras com latas de coca-cola na mão, e ao ombro sacos de garrafas de água. Até parece que estão a assistir aos corredores da volta a Portu-gal em bicicleta.”Em “Notas Soltas”, edição de 19 d’agosto 1993, Mário Vargas brindou-nos com a narrativa des-crevendo a festa de despedida ao cônsul-geral Carvalho de Fa-ria, numa cerimónia ocorrida na Igreja Nacional Portuguesa das

Cinco Chagas, em San Jose.Mário Vargas recordou, então, que o padre Leonel Noia havia ofertado ao “ilustre diplomata” uma malhada e dourada ratoei-ra, declarando: “O sr. cônsul já conseguiu apanhar alguns ratos. Leve consigo esta ratoeira p’ra Cuba, pois poderá lá também ser precisa.”Visto não me ter sido possível testemunhar essa cerimónia, con-fesso desconhecer o tamanho da ratoeira. No entanto, não passou despercebido a muita gente que um peçonhento “troca-tintas” da nossa comunidade havia sido “medalhado” pelo cônsul que, aparentemente, nunca se aper-cebeu que o tal nojento troca-tintas” prezava-se em chamá-lo “O Ratinho.” Mas uma vez obti-da a medalha, o tipo “borrou-se” todo... coitadinho!No dizer jocoso de Mário Vargas, o dia 10 de junho, comumente de-signado Dia de Portugal, da Raça, de Camões e das Comunidades, devia ser chamado simplesmente Dia das Medalhas!

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno Mário Vargas

Page 6: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

6 1 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Tribuna do LeitorDear Editor

In the last issue of the Boletino the-re was an editorial concerning Our Lady of Miracles School. I would like to respond to some of the inac-curate points in the article.• All classrooms at Our Lady of Mi-racles School are air-conditioned. This project was completed on Au-gust 15, 2012. The project required installing a new electrical panel.• The project was completed through the generosity of Our Lady of Mira-cles Society, Our Lady of Miracles Parish, Antonio Gomez Construc-tion and Industrial Electrical.• The communities of Gustine, Newman and Santa Nella are very supportive of the school. Our Pa-rent Club generates $130, 000 for the school. This would not be possi-ble without the support of the com-munities.Good journalism requires checking sources and facts. We believe that

your readers deserve professional journalism practices and encourage you to us them in your reporting.

Adrienne Lopes

Estimado Editor,

No último assunto do Boletino havia um artigo acerca da Escola de Nossa Senhora dos Milagres. Eu gostaria de responder a alguns pontos incor-rectos no artigo. • Todas as salas da Escola de Nossa Senhora dos Milagres são climatiza-das. Este projecto foi completado em 15 de Agosto, 2012. O projecto exigiu instalar um novo painel eléc-trico. • O projecto foi completado pela ge-nerosidade da Sociedade de Nossa Senhora dos Milagres, Santuario de Nossa Senhora dos Milagres, e Construção de Antonio de Gomez e Industrial Eléctrico.

• As comunidades de Gustine, New-man e Santa Nella são muito auxi-liadores da escola. Nosso Clube de Pais gera $130, 000 para a escola. Isto não seria possível sem o apoio das comunidades.Jornalismo bom requer fontes de ve-rificações e factos. Nós acreditamos que seus leitores merecem práticas profissionais de jornalismo e nos encoragamos que empregue estas practicas nas suas reportagem.

Adrienne LopesPrincipal

Nota do editor: por termos recebido esta carta já com o jornal na impres-sora, daremos a resposta na próxima edição.

Santos-Robinson Mortuary

San Leandro

Family ownedCalifornia FD-81

Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

Telefone: 510-483-0123160 Estudillo Ave, San Leandro, CA 94577

* Servindo a Comunidade Portuguesa em toda a Área da Baía desde 1929* Preços baixos - contacte-nos e compare* Serviços tradicionais / Serviços crematórios* Transladações para todo o Mundo* Pré- pagamento de funerais

Hoje, com muito prazer e alguma saudade, recuo 50 anos. Ia a caminho dos sete e pre-parava-me para me matricu-

lar na escola primária. Já tinha a ardósia, a sebenta, a tabuada, o lápis de pedra, a pena para molhar no tinteiro e o respetivo mataborrão, entre os demais utensílios in-dispensáveis ao arranque oficial da minha académica aventura pelos anos fora. Ia es-tudar para ser alguém e, um dia mais tarde, poder garantir uma profissão de conseguir ganhar bem sem ter de esfolar demasiada-mente o cabedal. Não soava nada mal esse mimoso sonho de puto esperançado em lograr fugir à canseira diária e árdua das gentes da terra, de costas vergadas ao pão nosso de cada dia.O começo do ano escolar arrancava na primeira semana de Outubro. Faltava pou-co mais de um mês. Gozava eu os fins de Agosto, ainda na gema do Verão, quando a severa escola da vida, sem quaisquer datas marcadas, me chamou à parte para mais uma valiosa lição.Nado e criado a norte da formosa Ilha Li-láz, ainda numa era em que a minha airosa freguesia de berço era sinónimo do bom vinho da região, desde tenra idade, tive aportunidade de me aperceber, in loco, da suada trabalheira que o laborioso pessoal do meu lugar tinha para preparar uma boa pinga. Eram meses a fio de cuidados esme-rados para que a vinha produzisse bagos da melhor qualidade possível. A fama do vinho de cheiro dos Biscoitos, nesse tem-po, ia longe.As vindimas, há meio século, eram uma festa. Mas davam imenso trabalho e re-queriam braços em abundância, porque os cachos multiplicam-se maduros por inúmeros alqueires de terrenos férteis e empedrados a perder de vista. Vindimar, ao calor do abrasante sol de Agosto para Setembro, deixava marcas profundas e deixou-me recordações gratas para o resto dos meus dias. Não foi um dia qualquer, aquele do meu primeiro serviço remunerado. Sem ter sequer aberto um livro nem feito ainda qualquer conta de sumir ou somar, vi-me obrigado a abandonar o suave sonho dum emprego leve para me agarrar à reles reali-dade do trabalho duro: ia ganhar um escu-do à hora. No início dos anos sessenta, até não era nada mau para um fedelho como

eu, entretido na apanha da uva, depois es-magada e fermentada no lagar antes de ser espremida em barris de vinho novo.Cheiravam que consolavam os meus pi-torescos Biscoitos de então, aquando en-voltos na festeira azáfama das vindimas. Claro que muita coisa mudou. Os tempos são outros. Até a arte de vindimar deixou de ser o que era. As adegas tem vindo a perder o fulgor de outrora. Muita vinha foi abandonada. E os bons vinhateiros con-tinuam a envelhecer. Pouco a pouco, pior ainda, teimam em desaparecer.O que, felizmente, não desaparece é a pro-va sempre deliciante dum bom verdelho. Quanto mais velhinho for…melhor. Aqui há dias, abri uma garrafa com idade de ser minha tia e quase ia tombando. Lacrada a rigor pelo saudoso Manuel Custódio, que também tocava viola e curtia aguardente da terra como ninguém, a pinga era divi-nal. Fui ao céu e vim sem me sentir. Con-fesso que gostei.É raro, muito raro mesmo, ouvir alguém dizer que não gosta do verdelho dos Bis-coitos. Claro que, por lá, os segredos di-vergem quanto ao modo de aperfeicoá-lo e não falta quem se gabe sempre de fer-mentar a pinga melhor. Apesar de, nem sempre os que se julgam mais entendidos conseguirem satisfazer os paladares mais exigentes. Durante anos e anos, da Casa Agrícola Brum, onde hoje figura o conhe-cido Museu do Vinho, verteu o melhor verdelho da região. Com o posterior apa-recimento da sua Adega Cooperativa, os Biscoitos enriqueceram ainda mais a sua mui apreciada produção vinícola. “Mag-ma”, uma aposta de qualidade, impôs-se logo como um aprazível vinho branco, de-sejado numa boa mesa de Verão. A Adega criou nome, colheu o crédito e tratou de preparar um bom verdelho para acautelar o Inverno.Aí está, engarrafado no ano passado, e agora prestes a ser lançado, o “Muros de Magma” vem ao encontro dos mais rigoro-sos apreciadores do delicioso néctar. É um vinho branco com apreciável suavidade e que pode ser consumido a temperaturas mais baixas. Com estágio adequado em madeira, reúne excelentes condições para o seu envelhecimento em garrafa que, no respetivo rótulo, nos deixa ler com toda a clareza: “De uma das mais originais vinhas do mundo, as curraletas dos Biscoitos,

nasce este vinho Muros de Mag-ma, feito à base da casta Verdelho. A identidade atlân-tica, vulcânica e mineral desta ilha está expressa nesta garrafa de vinho.”Cá por mim, só me resta exprimir todo o meu orgulho nos que souberam es-premer esta meiga pinga para delícia e proveito de todos nós, os que vamos ter a oportunidade de o provar.Cinquenta anos depois do meu primeiro emprego, e apesar de já muito ter por lá mudado, os bonitos Biscoitos continuam a surpreender-nos e a deliciar-nos. Incon-fundíveis no seu paisagístico património recortado à beira-mar, esforçam-se para que os seus padrões, paredões, curraletas e múltiplos muros de magma vinícola não

deixem de nos impressionar. Estou-lhes, por issso, imensamente grato.Foram berço de uva doce, bago maduro, pinga sempre apetecida. São e serão meu conforto e inspiração para toda a vida.

Muros de MagmaRasgos d’Alma

Luciano [email protected]

Nascimento Fausto Câmara Ferreira

Nasceu na noite do 21 de dezembro, Fausto Câmara Ferreira, filho de Deanne Marie Câmara Ferreira e Fernando Vendramel Fer-reira, com domicilio em Filadélfia, Pensilvânia. Pesou 8 lbs. 12 oz. Nas-ceu no The Birth Center (em Bryn Mawr, PA) com a assistência duma partei-ra e uma enfermeira. Os avós maternos são Silvina e José Câmara (na foto) de Turlock, CA. Os avós pa-ternos são Elza Vendramel, de São Paulo, Brazil, e Sa-muel Ferreira, de Maringá, Brazil.

Parabéns a todos.

Page 7: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

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Page 8: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

8 1 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

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Filomena [email protected]

O anúncio foi feito através da Rádio, de que iria haver Teatro. De repen-

te, ainda a peça não estava ensaiada, e já estava esgo-tada a primeira sessão, que teve extreia com jantar de gála. Desde a decoração por Marleen Vieira, de Mafalda’s Bridal, à ementa, tudo esteve com requinte e bom gosto. Ninguém parecia ter pressa, mas a hora do teatro chegou e depois de uma breve alo-cução de agradecimento e boas-vindas aos presentes, as três pancadas de Molière soaram dentro do palco da Nova Aliança.Eram poucos os actores, mas bons! A.J.Simões ide-alizou e escreveu “A Ama e o Cócas”. Uma pequena Comédia em três actos, que bem podia ser verdade, ter existido ou vir a acontecer nas nossas vidas: Os pais do Cocas, industriais de repu-tação mundial, senhores de grande fortuna, sofrem um grande acidente onde mor-rem, deixando órfão o único filho. Os seus tios, Rogério e Alice, como prèviamente tinha ficado estabelecido, ficaram com a responsabili-dade de o proteger, educar e preparar para que em tempo próprio estivesse capacitado para a gerência dos grandes empreendimentos. Só que a sua prima, tem em vista uma vida milionária e em cola-boração com outros, tenta apoderar-se da fortuna que não lhe pertence, provocan-do no primo um estado de incapacidade mental que não o permite, de acordo com a lei, adquirir a fortuna que de facto lhe pertence. Devido a uma viagem de férias de dois meses, os tios do Cocas pro-curam uma Ama para cuidar do sobrinho na sua ausência. A Ama descobre que o Co-

cas é vidente e aí começa a desenrolar-se a história.Judite Martins, Josézinho Pacheco, David Amarante, Rosa Paz, Joseph Rocha, Vanda Toste, Paulo Fagundes e Lúcia Santos, foram os ac-tores convidados para inter-pretar esta interessante tra-ma, cujo desempenho esteve muito além das espectativas, com a ajuda do contra-regra, José Filomeno Dutra.Depois da hilariante peça muito aplaudida pelos pre-sentes, seguiu-se um peque-no acto de variedades com alguns dos muitos artistas talentosos da Comunidade, sob a direcção musical e ar-ranjos de Carlos Silva e A.J-Simões: Carlos Silva, Vanda Toste, Manuel Mendes, Sara Pacheco, David Garcia que deram ainda mais alegria à noite de Teatro, juntamente com dois sketches humorís-ticos por Judite Martins e Josèzinho Pacheco. Em apo-teose terminou o espectácu-lo, que o público aplaudiu de pé. Como Ponto e Apresentado-ra que fui desta bonita noite, devo dizer que me senti ex-tremamente orgulhosa de um público lindo da nossa Co-munidade, que soube estar e ver Teatro, num trabalho de artistas amadores, mas com muita garra, muita entrega e muito talento!

Parabéns à Direcção da Ban-da Filarmónica Nova Aliança por ter permitido na sua sede esta iniciativa de José Filo-meno Dutra e A.J.Simões. Parabéns a todos os seus ele-mentos e respectivas esposas por todo o trabalho envolven-te nesta espécie de aconteci-mentos, que fez desta Socie-dade um verdadeiro lugar de Arte aliado à boa Música.

Dias de Melo e a necrofilia literária

Ao Cabo e ao RestoVictor Rui [email protected]

Conheci o escritor Dias de Melo em 1978, nas instalações da Socie-dade Portuguesa de

Autores, em Lisboa, numa altura em que se discutia a existência ou não de uma literatura açoriana. Eu era então um jovem estudante universitário e andava envolvido num projecto cultural chamado “Memória da Água-Viva”, à fren-te do qual estavam os poetas San-tos Barros e Urbano Bettencourt.Ao longo de três décadas, mantive com o escritor uma longa relação de amizade, de camaradagem li-terária e outras cumplicidades. Escrevi recensões a praticamen-te todos os seus livros. E sem-pre o conheci igual a si próprio: um homem solidário, solitário e fraterno, viciado na escrita e no cachimbo, baleeiro da literatura açoriana, picaroto que da Calheta de Nesquim escrevia para o Mun-do.Escritor da condição humana, Dias de Melo nunca fez conces-sões a modas literárias. E foi sempre um contador de histórias – dos homens do mar e da terra – gente de grande riqueza psico-lógica e funda expressão humana e universal.Já muitos têm catalogado Dias de Melo como autor (neo-realista) de temáticas baleeiras. Nada mais injusto e redutor. É que também ele escreveu, com igual mestria, sobre camponeses, pescadores, operários, vaqueiros e muitas ou-tras classes sociais. É certo que este autor deu à literatura portu-guesa um testemunho empolgante sobre a história anónima e colec-tiva dos baleeiros da ilha do Pico, num cenário de contencioso so-cial. Com efeito, ninguém melhor do que Dias de Melo soube captar a verdadeira dimensão humana, social e dramática da saga baleei-ra, sobretudo nos livros que cons-

tituem aquilo a que Santos Barros chamou de “trilogia da baleia” e João de Melo considerou “o ci-clo da baleia”: Mar Rubro (1958), Pedras Negras (1964) e Mar pela Proa (1976), sendo que Pedras Ne-gras, a sua obra mais emblemáti-ca, foi já traduzida para inglês e japonês.Dias de Melo soube aguentar o rumo da escrita, num percurso literário cujo universo temático consubstancia à sua volta a dis-

tância, a ausência, o tempo, a sau-dade, o afecto, a solidão, o amor, o ódio, o sonho, o pesadelo, a vida e a morte, no registo mais senti-do de uma escrita pessoalíssima e profundamente humana.

Aos 83 anos de idade, o escritor Dias de Melo deixou de “escrevi-ver”. Desapareceu o

homem, mas fica a obra – mais de 30 livros publicados em diversos registos e diversificados géneros literários: a poesia, a narrativa, o conto, a novela, o romance, a cró-nica, a monografia, a dissertação didáctico-pedagógica, a recolha e

o estudo etnográfico.

Este picaroto fez da sua vida e da sua obra um acto cívico. Agora que partiu, ecoam por aí muitos e desvairados elogios, sobretudo por parte daqueles que nunca es-creveram nem disseram uma só palavra sobre a notável obra do escritor enquanto esteve vivo… As litanias de exaltação surgem da pena de quem menos se espe-rava. Mas já se sabe: a necrofilia literária instituiu-se em Portu-

gal. Só depois de morto é que o escritor terá a sua consagração. Ao silêncio que se lhe votou em vida corresponderá a canonização post-mortem. Sim, a morte dos escritores facilita a vida a certos estudiosos da coisa literária…Há quem entre nós continue a promover aquilo a que António Sérgio chamou “o culto do osso”. As academias, por exemplo, são danadas para o requiem. As suas carpideiras, que vestem de luto a História da Literatura, apressam-se agora a reconhecer virtudes a Dias de Melo quando antes do seu silêncio final lhe recusava as recensões e lhe silenciava os li-vros. Aos necrófilos não interes-sa quem está vivo e não foi ainda mitificado pela morte. Como o es-critor é agora um morto exemplar, aproveitam o de profundis e con-cedem-lhe referência obscura no panteão dos vultos transitórios.Dias de Melo, que em vida foi um homem furiosamente rebelde, está agora dócil e moldável ao que quiserem fazer da sua obra, já não compromete aqueles que o ousem tocar. Agora sim, o escritor bale-eiro passou a ter existência con-temporânea.Termino com esta certeza: o es-critor Dias de Melo só morrerá no dia em que deixarmos de o ler. Até lá está vivo e bem vivo!

Tempo de Teatro

Page 9: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

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Page 10: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

10 1 de Outubro de 2012COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

Em 1937, ou seja 17 anos após José Vitorino ter começado (1920) o pri-meiro programa de rá-

dio em língua portuguesa na Ca-lifórnia, na cidade de Stockton, batizado com o nome de Vasco da Gama, o casal Inácio e Marga-rida Santos começou em Tulare o primeiro programa de rádio em língua portuguesa nesta zona da Califórnia. O programa Portugal teve grande sucesso e depois do casal Santos se aposentar, o pro-grama continuou, com direção e locução de Joe Silva, que o mo-dernizou e deu-lhe um cunho, e um estilo, bastante apelativo e de grande qualidade. Tal como escreveu o Professor Doutor Edu-ardo Mayone Dias, no capitulo do seu livro A Presença Portuguesa na Califórnia, em 1939, tínhamos 13 programas de rádio em língua portuguesa no estado da Cali-fórnia. E as cidades de Tulare/Hanford, e zonas circunvizinhas, tenham tido, ao longa da sua his-tória de comunidades de origem portuguesa, uma longa e profícua relação com a rádio. Desde 1937, portanto há 75 anos, que há rádio em português nesta zona. Isto até há poucas semanas, quando a KIGS, a estação de rádio que transmitia em português 24 ho-ras por dia, se silenciou. E agora a rádio será diferente.Cheguei aos Estados Unidos da América em Outubro de 1968. Com dez anos de idade, o meu primeiro contacto com a nossa rádio foi em casa dos meus tios, José e Maria Toledo, (ambos já falecidos) quando sentados à mesa, após o jantar, ouvimos, em silencio total, o programa Ecos do Vale do casal Joaquim e Amé-lia Morisson. Desde então que me tornei, particularmente na minha juventude, um ouvinte e fã da rádio em língua portuguesa neste centro/sul do Vale de São Joaquim. Ouvi-as todos. Tinha as minha preferências e anotava quase tudo do programa Ecos do Vale. Os Morisson's eram os meus ídolos. Tinham um portu-guês impecável, uma dicção im-ponente. Com 18 anos, e com a irresponsa-bilidade e a irreverência de se ser jovem, atirei-me à rádio, e come-cei, na estão KOAD de Lemoore, um programa de uma hora por semana, aos sábados de manhã, com o título: A Voz do Emigrante Português. Daí passei para Tula-re, para as estações KGEN e uns meses depois para a KCOK, onde o dito programa, passou a trans-mitir aos domingos entre as 6 e 7 da madrugada. Com 20 anos de idade, e recém casado, a minha heroica e santa mulher, tinha a paciência de se levantar comigo, todos os domingos, às cinco da manhã, para irmos até à estação. Eu fazia locução e ela atendia o telefone na secretaria. Mais tarde veio a aventura da Rádio Alian-ça 80, em parceria com Joe Silva e Aires Madruga da Silva. Um momento marcante na vida da rá-dio portuguesa desta zona, quer pela sua periodicidade (duas ho-ras por dia), quer pela sua aposta numa programação baseada na informação e na formação. Em 1982, entrei como um dos sócios

(eramos dois) na rádio de circuito fechado: Rádio Clube Comunida-de. Um projeto único, ao qual de-diquei quase dois anos da minha vida, e durante os quais, empo-breci, economicamente, a minha família. Em 1988, após uma au-sência de cinco anos, apenas com alguma esporádica colaboração com a minha falecida, mas jamais esquecida amiga, Idalina Melo, no seu Aurora de Portugal, um dos programas mais populares aos domingos pela manhã, voltei à rádio. Primeiro, com uma brin-cadeira semanal chamada, Rádio Lusíada. Depois como um dos sócios-fundadores e o diretor de programação da KTPB. Foi ou-tra estação de circuito fechado, com a presença de quase todos os programadores independentes e trabalhando, no começo, 12 ho-ras por dia, passando mais tarde para, 24 horas por dia. Terminei essa aventura em Junho de 1993, quando decidi inscrever-me no ensino superior para fazer a mi-nha formação académica, con-cluindo com um BA e um MA. Porém, ainda no fim de 1993, cometi o erro de ser usado pela KIGS, fazendo, por uma mera gratificação mensal, um noticiá-rio diário (segunda a sexta) com notícias locais ea duração de 8-10 minutos. Digo erro, porque fui usado, pelos responsáveis, para criar ainda outra clivagem entre esta rádio e a KTPB. É que em escassos meses foi me dito que não tinham dinheiro para me pagar. Já se vê o truque! Mais tarde, e por insistência do Padre Raul Marta, quando estava na mesa diretiva do Centro Portu-guês de Evangelização e Cultu-ra fiz, mais uma vez de borla, e com a colaboração do Pde. Marta (nas conversas divergentes que tínhamos) um programa chama-do Dimensão 2000. Uma produ-ção meramente cultural, que foi riscada da programação porque, como me foi dito: a comunidade não queria cultura.Daí que a rádio em língua portu-guesa (como outras organizações comunitárias) tem sido uma com-ponente importante da minha trajetória no estado da Califór-nia. A rádio fez parte intima da minha vida e, para bem, e para mal, fez parte da minha família durante muitos anos. E nos úl-timos anos, particularmente na última década, tenho sido um observador atento da nossa rádio. Com estas vivências, e com estas experiências, sinto-me, perfeita-mente à vontade, para dissertar e comentar o estado da rádio em língua portuguesa nesta zona da Califórnia. É que com o silencio da KIGS, que poderá ser apenas por pouco tempo, a comunidade local tem tido a rádio (ou a fal-ta dela) como tema de conversa. Culpa-se tudo e todos. Atira-se pedras, mesmo quem tem telha-dos de vidro. Diz-se que quem não ouve rádio local é porque não quer, porque está por aí na Inter-net. Lamenta-se que já não haja rádio, mesmo por quem nunca a ouvia. Alguns falam da falta de qualidade que tinha, outros de uma rádio, com base em Han-ford/Visalia, ter virado as costas à comunidade local. Enfim, fala-

se, até para não se estar calado, como nos diz o provérbio popu-lar. O que é certo é que lá se foi a KIGS, e, repito, por quanto tem-po ninguém o sabe. O que é cer-to é que a comunidade, se quiser ouvir algo local, pelo menos com algumas notícias dos eventos da comunidade de Tulare e Hanford (e cidades limítrofes) terá que, ou ouvir os programas que estão na NET, ou ir às missas e aos clubes. O que também é certo, e sejamos honestos, é que estas duas peque-nas comunidades não têm o peso económico para manter uma rá-dio em português, numa antena livre, 24 horas por dia. Nem tão pouco há ouvintes que se justifi-que semelhante investimento. A realidade é que a KIGS não ti-nha anúncios (ou tinha pouquís-simos) e os únicos que faziam alguns trocos eram os programa-dores independentes. A realida-

de é que a comunidade de Tulare/Hanford (e quiçá muitas outras) está mais americana do que por-tuguesa, e conta-se, pelos dedos de uma mão, as pessoas com me-nos de 50 anos a ouvirem, religio-samente, todos os dias, e várias horas por dia, a rádio em língua portuguesa. A comunidade está diferente e a rádio, não a soube, ou não a quis acompanhar. Compreendo o nosso gosto nos-tálgico pelo tempo que passou e que não volta. Como humilde leitor do que se escreve sobre o nosso estado de alma, a nossa idiossincrasia lusitana, aceito este nosso êxtase pelo Sebastia-nismo. Mas neste caso, tal como em tantos outros da nossa histó-ria, quer no nosso país da origem, quer nas nossas comunidades, D. Sebastião não voltará, nem resol-verá os nossos dilemas. A co-munidade de Tulare/Hanford ne-cessita, como já o fez em outros

momentos da sua vida coletiva, de pegar, como dizem em termos taurinos: o touro pelos cornos, e baseada na sua realidade, tentar construir algo que possa servir as necessidades de termos uma voz, que esteja connosco, e que saiba servir os interesses da comunida-de mais idosa e menos integrada e a mais nova e totalmente inte-grada. Estou convicto que isso só se fará se as associações quiserem traba-lhar em conjunto, e se a comuni-dade (com os seus líderes) quiser ser objetiva sobre si própria.

E lá se foi a KIGS

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11COLABORAÇÃO

A Europa reclamaA União Europeia reclama que os subsídios da Agricul-tura nos Estados Unidos são superiores aos Europeus

“MOMAGRI” - Um grupo agri-cultural baseado em Paris, França conduziu uma profunda análise ao estado da Agricultura Global (SGPA) e preparou um relatório sobre os subsídios da agricultura nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que o Congresso está de-batendo cortes nas despesas da Nova Lei da Agricultura.Este recentemente divulgado in-dicador de “Global Support to Agricultural Production” vem divulgar um facto pouco conhe-cido, de que os subsídios à produ-cao agrícola nos Estados Unidos são realmente superiores de que os números divulgados, e larga-mente excedem os números reais oferecidos pela União Europeia aos seus Estados Membros. De facto, em algumas circunstâncias três vezes mais, em 2010 mais de $172 biliões foram apropriados, para a produção nos E.U. contra 76 biliões de Euros na U.E.. Mes-mo com a diferença no câmbio há uma enorme diferença nos núme-ros, isto é $422.00 per “capita” nos Estados Unidos, contra 151 Euros per “capita” na União Eu-ropeia. Isto vai contra o presumí-vel entendimento comum de que os produtores da União Europeia são os mais privilegiados, e esta diferença vem aumentando desde 2008.No outro lado do Atlântico, as po-liticas para estimular e assegurar a produção agrícola, de produto-res para consumidores, em ma-neira “countercyclical” tem em conta, além da produção, as con-dições do mercado. Uma outra específica vantagem foi (54% do SGPA) de ajuda doméstica para alimentos, geralmente conside-rado como “social subsidy” e que na Agricultura Americana é um subsídio directo e associado di-rectamente ao “American Ag and Food Sector” e à reforma “Food and Jobs Act de 2012”.Na União Europeia, subsídios á agricultura incluem maioritá-riamente níveis de vida (64% de

SGPA) em 2010 especialmen-te incluindo o “Single Payment Schemes” que contou por 47% de todos os pagamentos em 2010. A racionalidade da ajuda à agri-cultura é gerada da produção e mercados, mas as políticas agrí-colas não têm mecanismos pró-prios para se reativar em estado de emergência, na produção ou mercados, depois do ano 2013.“Common Agricultural Policy” (CAP) proposta pela Comissão Europeia é uma reforma, que se aprovada, vai ainda piorar a situ-ação dos produtores europeus. À luz deste estudo, as organizações recomendam que a (CAP) inclua mais mecanismos reguladores para prevenir uma catástrofe fi-nanceira na produção agrícola, depois de 2013.Peritos nas políticas agrícolas são da opinião de que as consequên-cias da crescente dependência alimentar na U.E. deve ser resol-vida em termos políticos, sociais e financeiros. Na ultima década a importação de alimentos pela U.E. duplicou, e está neste mo-mento, importando o equiva-lente à produção agrícola de 87 milhões de “acres” de terreno, curiosamente a superficie de toda a Alemanha, o seu mais poderoso estado membro.

(MOMAGRI) “Mouvement pour une Organisation Mondiale de Agriculture” está baseada em Pa-ris e foi estabelecida em Dezem-bro de 2005, para providenciar análises objectivas e soluções concretas, em temas presentes e futuros, da Agricultura Interna-cional.

Temas de Agropecuária

Egídio [email protected]

Page 12: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

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Page 13: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

13 COLABORAÇÃO

Gera-se, muitas vezes, a ideia de que é proibido aos particulares empres-tar dinheiro e cobrar ju-

ros pelos seus empréstimos. Nada de mais errado. Nesta edição, irei fazer uma breve re-ferência ao contrato de mútuo (mais conhecido por “empréstimo”), regu-lado nos artigos 1142.º e seguintes do Código Civil. Desde logo, aquele ar-tigo estabelece que «Mútuo é o con-trato pelo qual uma das partes em-presta à outra dinheiro ou outra coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do mesmo gé-nero e qualidade.»A lei sujeita o mútuo a forma legal, determinando o artigo 1143.º do Có-digo Civil que o contrato de mútuo de valor superior a 25.000,00 € só é válido se for celebrado por escritura pública no Cartório Notarial ou por documento particular autenticado, podendo, neste último caso, ser igual-mente formalizado por advogado.Por sua vez, se o montante de di-nheiro emprestado for superior a 2.500,00 €, o contrato só se torna vá-lido se for celebrado por documento assinado pelo mutuário. Nestas situ-ações, torna-se aconselhável elabo-rar uma declaração de confissão de dívida, assinada por aquele a quem é emprestado o dinheiro (o mutuário) e na qual esteja previsto o montante em dívida, as formas e prazos de pa-gamento e a taxa de juros aplicável, entre outros elementos que sejam considerados relevantes. As partes podem convencionar o pagamento de juros. Contudo, a lei impõe limitações aos juros nos em-préstimos feitos por particulares (sob

pena de o contrato de mútuo ser con-siderado usurário). Desta forma, são permitidos juros superiores em 3% aos juros legais, se for prestada uma garantia real (de que é exemplo a hi-poteca) ou 5% se não houver garantia real.Em Portugal, a actual taxa de juro legal é de 4,00 %. Assim, são permi-tidos os empréstimos à taxa de 7% se o devedor prestar garantia real ou de 9% se não prestar garantia real. Como forma de reforçar e acautelar o cumprimento da obrigação de pa-gamento do montante emprestado acrescido de juros, também poderão ser prestadas garantias pessoais de que é exemplo a fiança. Contudo, é absolutamente irrelevante para os limites da taxa de juro a existência destas garantias pessoais, o que via-biliza a contratação de empréstimos a uma taxa de 9% e a exigência pelo credor de garantias pessoais do pró-prio devedor ou de fiador idóneo. Para além disso, o contrato pode estabelecer que, em caso de mora e pelo tempo da mora sejam aplicadas as taxas de 11% ou 13% consoante tenha sido prestada garantia real ou não. Mas, ainda assim, temos que con-siderar que, nas actuais condições de mercado, para quem dispuser de condições para o fazer, torna-se ape-lativo aplicar o dinheiro em emprés-timos. No entanto, nunca é demais alertar que se torna aconselhável tomar as devidas precauções a este respeito para evitar situações menos desejáveis relacionadas com o cum-primento deste contrato.

Juridicamente falando

António [email protected]

Algumas notas sobre o CONTRATO DE MÚTUO

Sabor Tropical

Elen de [email protected]

O tempo que movi-menta pensadores, poetas, religiosos, historiadores, psi-

cólogos e muitos mais, que não nos aflige quando jovens diligentes e sonhadores, no entanto, que nos atormenta numa determinada altura da vida, quando sentimos o seu galope desenfreado e nos percebemos cansados para domá-lo, é um aliado para os otimistas e realizadores e um indiferente apressado para quem vive por viver e deixa a vida acontecer, sem prestar atenção à própria existência.Com a finitude do Ser, terá o tempo um fim ou será o tem-po a própria eternidade? Não raro me pego envolvida com esses questionamentos. Antes me batia uma grande ansiedade nesses instantes de ponderações e como me furtava a entendê-los, sacu-dia os pensamentos, deixava a angústia bater asas e o cé-rebro neutralizar as dúvidas e as explicações. Porém, fui me dando conta de que não adiantava fugir, porque o tempo torna-se um partícipe assíduo das minhas incerte-zas à medida que a vida avan-ça e a idade se diverte com as marcas das expressões que me surgem, que vão dando ênfase ao meu rosto e ao meu corpo, e me enxergo no abra-ço desse tempo, sendo levada como nas águas de um dique que se rompe. Atiça-nos a vontade de segu-rar o tempo ao darmos conta de que ele é escasso quando, com a agitação das grandes cidades, os dias correm, as noites voam, o corpo mal se adapta e descansa e a mente insone entra pela madruga-da, acompanhada – e tão só

– pelo silêncio das altas horas e os embates do cotidiano. Em contrapartida, a vida no campo, que passa em câmera lenta, com sua pasmaceira, do mesmo modo que nos dá a vantagem da contemplação, nos incita o desejo de movi-mentar e adiantar esse tem-po. Quando o filme da nossa vida começa a rodar e surgem as imagens de uma época que nos parece tão recente, mas tão longínqua, incomoda constatar que o tempo se alia à fragilidade do Ser para mos-trar a nossa limitação. Nessas horas me vem à lembrança o sábio e famoso conselho que o poeta romano Horácio (65 a 8 a.C.) deu à sua amiga Leucone, (ODES -1,11.8- “...carpe diem, quam minimum crédula postero”): “...colha o dia de hoje, quanto confie o mínimo possível no amanhã”. Por acreditar em vãs promes-sas e fazer planos para um fu-turo distante demais do hoje (e aguardar a sua chegada), é que perdemos parte da exis-tência e da felicidade. Por que adormecer os sonhos, postergando-os, à espera de dias melhores? Já agi assim e não tive frutos a colher. Então, hoje trago-os bem acordados! Se eles são os meus desejos possíveis, se só dependem de mim, quero, devo e tento rea-liza-los o mais breve que pos-so. Se não, troco-os por uma realidade mais à vista, porque não quero nada que me impe-ça de viver, plenamente, cada hora do meu aqui e agora. Para quem cultua o presente, o tempo é música que canta para a vida que segue adian-te, é a consciência do instan-te, é o olhar sobre a natureza que desabrocha, é o sorri-

so da paisagem revisitada a cada manhã. Faz-me lembrar das palavras do meu Mes-tre, em Mateus 6.34: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.

O tempo não é o se-nhor absoluto do meu futuro, tam-pouco guardião do

baú onde conservo lembran-ças e mágoas do que foi ou do que poderia ter sido e, sim, o amigo que permito acompa-nhar-me enquanto vivo. Digo, não sou mais escrava de um tempo marcado, de horas e minutos cronometrados. De mãos dadas - eu e ele - segui-mos o curso natural da vida. Se ele tiver pressa, que se adiante e me deixe ao sabor dos meus momentos e senti-mentos.Há quem diga que o tempo é o vazio que sobra depois de tudo; outros, que é a cons-ciência mais nítida do que acontece à nossa volta e há ainda quem afirme que é o elo entre o passado, o presente e o futuro. No entanto, para muitos que têm o privilégio de se debruçar sobre a janela do tempo, é o caminho inexo-rável cujo portal atravessam com tranquilidade e aceita-ção, enquanto envelhecem. O tempo pode mudar a nos-sa aparência, deixar à flor da pele as nossas expressões de dores e alegrias, debilitar o nosso corpo, entretanto, não é capaz de nos tirar a juventude da alma, a esperança do cora-ção, o prazer de viver, a fir-meza do pensamento, o entu-siasmo de nos apaixonarmos, a emoção de amar, enquanto nos achegamos à eternidade.

O tempo e sua eternidade

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14 1 de Outubro de 2012 FESTAS

Participar nas nossas festas tradicionais é CULTURA

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15 TEATRO

Será que o Teatro vai renascer?

Realizou-se no Salão de Festas da Socieda-de Filarmónica Nova Aliança em San José no dia 21 de Setembro de 2012, uma Noite de Teatro com a Comédia em três actos "A Ama e Cócas", de A.J. Simões, seguindo-

se um Acto de Variedades. A direcção mu-sical e arranjos foi de A.J.Simões e Carlos Silva. As canções da segunda parte foram interpretadas por Sandra Pacheco, David Garcia, Vanda Toste, Carlos Silva e Ma-

nuel Mendes.Lotação esgotada neste reaparecimento do Teatro na nossa comunidade. Segundo informações recolhidas, o es-pectáculo decorreu com muita vivacidade,

esperando-se que este grupo possa repre-sentar em outras sociedades.Para a frente é que é o caminho. Os pri-meiros passo estãos dados.

Fotos de Filomena Rocha Mendes

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16 1 de Outubro de 2012COMUNIDADE

Homenagem a Richard Castro, Presidente Supremo da PFSARealizou-se uma Homenagem a Ri-chard Castro, primeiro Presidente Supremo da PFSA. Primeiro houve Missa na Igreja de Nossa Senhora da Assunção presidida pelo Pároco da mesma, Manuel Sousa. Depois se-guiu-se um almoço no Salão de Fes-tas da Igreja, onde Richard Castro foi então homenagado com a presença de muitos amigos fraternalistas das quatro organizações que desde 2010 formaram a nova Portuguese Frater-nal Society of America.O MC da tarde foi Jonine Barrei-ros. Como sempre, Egídio Almeida cantou os dois hinos, segunido-se a apresentação de todos os novos e an-tigos oficiais.Donald Valadão (Vice-Chairman of the Business Board) foi quem fez a apresentação em detalhe da vida do fraternalista Richard Castro:" It is my distinct pleasure and ho-nor to be the guest speaker on this auspicious occasion as we honor our Fraternal Friend Richard John Cas-tro as our First Supreme President of the Portuguese Fraternal Society of America.I would like to take everyone down memory lane on the life and legacy of Richard J. Castro. He was born in the Dameron Hospital in Stockton, California on December 17, 1948 and a few days later he arrived home in Tracy where he would be raised by his late parents, Frank and Mabel Castro together with sisters Maybel-le Castro, the late Ilene Castro Frei-tas and late brother Frank Castro, Jr. He attended the Tracy Schools of Jefferson Elementary and graduated from Tracy High School in 1967.Mr. Castro joined his first Fraternal Organization in 1949 and became active in 1956 when he was just 8 years old, clamoring to attend me-etings with his parents. After High School, he attended San Joaquin Delta Junior College in Stockton and graduated with an Associate of Arts Degree. Richard then transferred to San Jose State University, but then he had a calling that would forever change and shape his Fraternal life. His first Fraternal step was in 1966 when he started a youth council for the Brotherhood of St. Anthony, You-th Council #2 in Tracy.This lead to an even more ambitious decision in 1970 when at the age of 21, he became the youngest GrandPresident of the Brotherhood of St. Anthony following in his father's footsteps. During his Presidency, heorganized two Councils, Council #61 of Chino and Council #62 of Vallejo for the Brotherhood of St. AnthonyMr. Castro's P.F.S.A. journey began in 1954 when he joined the former S.E.S. Council #5 of Tracy where hereceived his 50 year pin in 2004. Ri-chard is a member of several P.F.5.A. Councils, being very active holdingalmost every office at the Subordi-nate Council level. He is the current Secretary of P.F.S.A. Council #26 ofStevenson/Turlock/Hilmar. He was served as Chairman for the 50th An-niversary in 1984.In 1970, Richard attended his first Convention in Sacramento, repre-senting St. Anthony as Grand Presi-dent as well as a delegate. He was honored to be the escort for the Que-

en that year and both of them led the Grand March. He went on to marry that beautiful Queen, Darlene Sou-sa. They were blessed with two sons and one daughter, Aaron JoAnthony Castro, Shane Richard Castro and Francine Marie Castro Reed. He is a very proud Grandfather of three. A six year old Granddaughter and his first Grandchild, Elizabeth Marie Castro, four year old Grandson Aa-ron JoAnthony Castro Jr., and three year old Granddaughter Brianna Marie Reed. His Daughter-in-LawGrabriela Castro and Son-in-Law Danny Reed are very special mem-bers of his family.Richard's love of family and Frater-nal life lead him to serve in many ca-pacities such as Finance Committeemember for 5 years, Supreme Board of Director for 5 years where he ser-ved as Secretary of the Board. He sponsored an amendment to create a Family Day at the 1983 Convention. In April 1985, he served as Chair-man of the first Family Day held at the County Fairgrounds in Turlock.Richard was appointed to assist a Committee to develop a Junior Pro-gram and submitted an amendment at the 1988 Convention. He was acti-ve in the Junior Movement for many years and organized a Junior District in Modesto together with his son Aa-ron. Aaron made his father proud by becoming the first Junior President of that District. Richard helped the Juniors sponsor a Halloween dance each year...... In 1992, Mr. Castro was elected as Supreme Assistant Secretary/Treasurer of the Supreme Council. His desire and drive to go above and beyond serving the membership was recognized in 1995, when Richard was selected Fraternalist of the Year for his dedication and volunteerism, a much deserved award. Speaking of Dedication, Richard has led the Grand March for several Annual Conventions of our united Societies since 1981 including 26 consecutive years for the former S.E.S.In 1999, Richard became the Pre-sident of the Modesto Portuguese Pentecost Association serving as the Millennium President. He was instru-mental in changes to the appearance of the Hall especially the Handicap Bathroom Remodel. In addition, he worked as Secretary of the M.P.P.A. for four Presidents. He helped de-sign and organize the floats for the Annual Celebrations of the Modesto Portug uese Pentecost Association.Richard is a member of the Bro-therhood of St. Anthony Council #5 Tracy, #30 Modesto and #62 Valle-jo, P.F.S.A. Council #16 Tracy, #14 Mountain View, #1 San Diego, and Cabrillo Civic Club #16 of San Die-go, Irmandade Santa Maria Madale-na Circle 16 Kingsburg, Knights ofColumbus Father Heslin of Turlock, Luso American Fraternal Federation Council 49B55C of Modesto, Y.M.I.Council #44 of the Holy Rosary of Hilmar and a member of Our Lady of Fatima Catholic Church in Mo-desto... ... As Fraternal Board Chair-man with all his duties, he never once dreamed about his next honor, to be elected the first P.F.S.A. Supre-me President.

Fim da Missa na Igreja de Nossa Senhora da Assunção em Turlock

P.F.S.A. Supreme President and Secretary of P.F.S.A. Fraternal Council No. 26 of Stevinson/Turlock/Hilmar, Richard J. Castro, President of Fraternal Council No.26 Mrs. Mary Ca-bral presented a gift to Mrs. Eleanor Ferreira in appreciation for her many years ofservice as Secretary and Treasurer of Council No. 26. Mrs. Eleanor Ferreira is an PFSA Supreme Honorary Officer and a Spouse of a Past Supreme President.

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17 COMUNIDADE

Homenagem a Richard Castro, Presidente Supremo da PFSA

José Valadão e filho vieram de Arcata para estarem com o amigo Richard Castro

Richard Castro. Egídio de Almeida e Mary Cabral

Donald Valadão apresentando Richard Castro

Tim Borges, CEO da PFSA

Marie Kelly quiz oferecer uma lembrança a Richard CastroRichard Castro ouvindo a Presidente dos 20-30's Mary K. Pedrozo

O Pastor da Assunção, Manuel Sousa, quiz também participar na festa de homenagem

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18 1 de Outubro de 2012COMUNIDADE

João Angelo - a Homenagem ao maior Improvisador

Liduino Borba, autor da biografia de João Angelo, falando sobre o mestre da improvisação Os acompanhantes da cantoria e das velhas

A Casa dos Açores homenageando o mestre das cantoriasOsvaldo Palhinha quiz partilhar com todos as suas recordações de João Angelo

José Ribeiro, Antóno Azevedo, Liduino Borba, Adelino Toledo, Vital Marcelino e João Angelo João Angelo autografando a sua biografia escrita por Liduino Borba

José Ribeiro, António Azevedo, Liduino Borba e João Angelo, nas Velhas

Euclides Alvares entrevistando o mestre das cantorias

João Ângelo de Oliveira Vieira nasceu a 24 de Junho de 1935, na Freguesia de São Bartolomeu dos Regatos, concelho de An-gra do Heroísmo, Ilha Terceira.Cresceu numa família de gente ligada às terras. Nunca casou. Em 1957 tentou emi-grar para o Canadá, mas não conseguiu. Já cantou nos Estados Unidos da America, no Canadá, Brasil, França, Lisboa e Por-to, além de ter cantado em todas as ilhas açorianas.A primeira vez que cantou foi a 8 de No-vembro de 1952 com 17 anos, numa grava-

ção em disco para familiares emigrados, feita no Rádio Clube de Angra.Em 1953, com 18 anos, cantou pela primei-ra vez de improviso com um Ranchinho de rapazes. A primeira vez que cantou o Pézi-nho foi na Casa da Quinta, na Ribeira da Ponte, por volta de 1955. Em 1960 e em Santa Bárbara, deu-se uma cena inespera-da, quando Vigairinho tratou mal o jovem João Angelo. Por essa razão afastou-se du-rante sete anos das cantorias. Fez a primei-ra viagem aos Estados Unidos em 1973.João Angelo já cantou de tudo: cantoria,

pézinho, ve-lhas e desgar-rada, e com quase todos os cantadores e em todos os cantos do mundo. Num Pézinho, em frente ao Palácio dos Capitães Generais, cantou a seguinte qua-dra:

"Canto aos capitães generaisQue são aqueles que mais ganham;Tal e qual como os pardais,Comem tudo quanto apanham"

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19 COMUNIDADE

Comunidade em movimento

Sociedade Filarmónica Nova Aliança de San José, fundada em 1973 comemorou mais um aniversário.

Por vezes ponho-me a pensar sobre o que poderei escrever sem que venha a criticar coi-sas que se passam na nossa

comunidade, para que eu não melin-dre alguém. Mas, em minha opinião, alguém tem o direito e até certo ponto o dever de falar ou neste caso, de es-crever. E, se esse alguém tem que ser eu, pois que seja! Quem quiser aceitar que aceite, quem concordar que con-corde e quem não concordar - tem o seu direito e até agradecerei - que me corrijam, caso eu esteja errado.Sempre que posso desloco-me a qual-quer lugar por mais longe que seja, para ouvir fado ou cantoria ao desa-fio. Conheço, penso eu, todos os can-tadores desta Califórnia e considero-os meus amigos. Os cantadores ao desafio de hoje em dia, digam-se em abono da verdade, todos têm muito mais escola do que muitos de antiga-mente. Sempre disse que dou muito valor a esses poetas populares pela maneira como conseguem rimar e fazer qua-dras profundas, como muitos fazem. Desde muito novo que me habituei a escutar os mestres dessa arte. Lem-bro-me de ouvir cantar o Carvalho da Bretanha que sem dúvida alguma foi um dos maiores de São Miguel; o Tabica; o Oliveirinha da Candelária e muitos outros, cujos nomes agora não me recordo. Nunca tive a felicidade de escutar pessoalmente a Trulu ou o Char-rua. Ouvi várias cantorias tanto de um como do outro, mas foram todas gravações. Numa das que ouvi com o Estrela e a Trulu, se debatiam com quadras impressionantes. Lembro-me de duas quadras que o Estrela fez em resposta a algo que a Trulu disse, e que eram assim:

P'ra sua idade vou dando um passoDa forma que se vai vendo.Quando chegar lá não faço Aquilo que estás fazendo.

Quando chegar à sua idade,À sua idade senhora,Queria ter a mesma vontade E o saber que tens agora.

Infelizmente não me recordo das qua-dras da Trulu.Ok! Alguém já deve estar a pergun-tar: “Mas, afinal a que ponto quer este gajo chegar?” Já digo:Um dia destes fui a uma festa em que a certa altura um senhor começa a falar sobre o Charrua e a lamentar que no cemitério onde ele está sepul-

tado, na sua campa só tem marcado o número 65. Acrescentou ainda esse senhor que os cantadores aqui da Califórnia deveriam se juntar para decorá-la e deu a entender que o cus-to ficaria, mais ou menos, em torno de cinco mil dólares. Lá por a sala estar cheia, achei bastante descabido esse senhor se ter aproveitado de tal momento para dizer tal coisa. Não fez sentido algum e ele perdeu uma grande oportunidade de estar calado. Se tivesse falado menos talvez não se tivesse alongado no seu discurso, tal-vez não tivesse cometido o erro que, em minha opinião, cometeu. Que o Charrua mereça mais do que o número 65 na sua campa, estou de acordo. E eu não mando nas algibei-ras de cada um. Mas não faria muito mais sentido que esse senhor tivesse pedido lá, numa festa da Terceira, o que pediu aqui na Califórnia? Ou será que já pediu e não o atenderam? Ou será ainda que ele estava esperando que alguém puxasse o livro de che-ques naquela hora?Na Terceira, a terra das festas, seria muito fácil resolver o problema. É só uma questão de fazer uma festa a me-nos e o governo arranjar a campa do Charrua ou uma tourada a mais e o produto reverter a favor do projeto. Se bem que eu seja um cantador ao desafio de garagem, um dia ao cantar com meu primo Abel fiz estas canti-gas:

Se por acaso for enterrado,Aí nalgum cemitério,Não quero nada gravado Pra ser maior o mistério.

Se à minha campa tu fores,Ou alguma pessoa amiga, Não quero que me tragas floresMas planta-me uma cantiga.

Se a tampa se levantar,Ou vires a terra tremer,Sou eu que estou a tentarÀ tua quadra responder.

Se eu puser a mão de fora,Não fujas, não há perigo.Fica! Não te vás embora,Porque eu sou teu amigoE verás que nessa horaHei de vir cantar contigo.

Como disse, em minha opinião, o Charrua merecia mais do que o nú-mero 65 na sua campa. Embora não o tenha conhecido pessoalmente, penso que ele deve ter sido um homem sim-ples, de boa-fé e honrado. Sem placa ou mausoléu, será sempre recordado.

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

Será sempre recordado

Parte do grupo de Amigos no Cruzeiro à Noruega incluindo os Fjords, em Julho de 2012 e organi-zado pela Cecilia Botelho, da CB Travel.

Um dos mais importantes clubes da California - Grupo de Carnaval Cultural de San José, fez 25 anos de actividade em prol da cultura tradicionalista açoriana.

O Presidente João e Guida Dias, da Festa de Nossa Senhora do Loreto que se realizou nos dias 8 e 9 de Setembro 2012 no Parque do Bom Jesus Milagroso com Jesus Hernandez, pa-dre que presidiu pela primeira à Missa da Festa em Hayward.

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20 1 de Outubro de 2012PATROCINADORES

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21 PATROCINADORES

Participar nas nossas festas tradicionais é CULTURA

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22 1 de Outubro de 2012DESPORTO

LIGA ZON SAGRESPorto em primeiro. Benfica escorrega

Sporting sofre mas segura primeira vitória na LigaO conjunto leonino esteve em desvantagem na recepção ao Gil Vicente, mas golos de Diego Ca-pel e Ricky van Wolfswinkel, na segunda parte, deram a primei-ra vitória aos "leões" na Liga.

O Sporting Clube de Portugal rece-beu esta segunda-feira o Gil Vicen-te FC e venceu por 2-1, mas esteve a perder até perto do fim. Diego Capel e Ricky van Wolfswinkel foram os heróis da equipa leonina.À procura da primeira vitória no campeonato, o conjunto lisboeta so-freu um duro golpe logo aos sete mi-nutos, já que os gilistas chegaram ao golo por intermédio de Luís Carlos. Os comandados de Ricardo Sá Pinto depressa tentaram anular a vantagem forasteira mas, apesar de muito re-matadores, não conseguiram resta-belecer a igualdade até ao intervalo, apesar de uma soberana ocasião nos instantes finais do primeiro tempo, com Viola a acertar na barra.

Na segunda parte, o conjunto leonino continuou a pressionar o último redu-to do Gil Vicente mas os minhotos iam aguentando como podiam a pre-ciosa vantagem. Até que aos 76 mi-nutos Diego Capel assinou o empate, após cruzamento de Emiliano Insúa. Galvanizados pelo tento do empate, os "leões" chegaram à vantagem a cinco minutos dos 90, mercê de um golo de Ricky van Wolfswinkel. Cé-

dric cruzou com intenção e o avan-çado holandês, de cabeça, assinou o 2-1 final.Ao 88 minutos, Labyad viu o segun-do cartão amarelo – e respectivo ver-melho – mas o Sporting não deixou escapar os três pontos, somando a primeira vitória na Liga portuguesa.

in uefa.com

Benfica marca passo em CoimbraO SL Benfica não foi além de um empate 2-2 na des-locação ao reduto de uma A. Académica de Coimbra lutadora, enquanto o SC Braga goleou o Rio Ave FC por 4-1.Os "encarnados" começa-ram a todo o gás, com duas bolas nos ferros nos pri-meiros cinco minutos, pri-meiro por Óscar Cardozo, a atirar à barra, e depois por Rodrigo, a acertar no poste esquerdo. Nos primeiros momentos o Benfica criou inúmeros lances de perigo, mas aos poucos a "briosa" começou a abrandar o rit-mo da partida e a complicar a vida à formação da Luz. Até que, aos 26 minutos, os da casa colocaram-se na frente do marcador.O árbitro assinalou fal-ta de Maxi Pereira sobre Makelele na grande área e Salim Cissé atirou a contar no respectivo penalty. O Benfica demorou a reagir a este revés, e só o conseguiu verdadeiramente na segun-da parte. Rodrigo Galo, aos 49 minutos, interceptou com a mão, na grande área, um remate de Rodrigo. O árbitro expulsou o "estu-dante" e assinalou grande penalidade, que Cardozo não desperdiçou, fazendo o 1-1.E também de penalty a Académica voltou a colo-car-se na frente, por Wil-son Eduardo, aos 70 minu-tos, após o árbitro assinalar falta de Ezequiel Garay so-bre Hélder Cabral. Um golo que atirou o Benfica para o ataque e a Académica para

a defesa, e o recém-entrado Lima acabaria por empatar aos 86 minutos, graças a um remate portentoso de fora da área.

Antes, o Sp. Braga reagiu da melhor forma aos últi-mos mais resultados, com uma goleada caseira por

4-1 sobre o Rio Ave. Éder abriu a contagem para os minhotos em cima do inter-valo, a concluir uma jogada confusa, e Edimar empa-tou para os visitantes. Mas a noite era "arsenalista", e Ruben Amorim fez 2-1 aos 63 minutos. Éder bisou aos 70 e Custódio fixou o resul-

tado final pouco depois, de grande penalidade.Nos outros jogos de do-mingo, o CD Nacional em-patou em casa com o FC Paços de Ferreira a três bo-las, enquanto o Vitória FC ganhou 1-o no Bonfim ao SC Olhanense.

in uefa.com

J V E D P1FC Porto 4 3 1 0 10 2Benfica 4 2 2 0 83SC Braga 4 2 1 1 74P. Ferreira 4 1 3 0 65Estoril 4 1 2 1 56Moreirense 4 1 2 1 57Sporting 4 1 2 1 58Marítimo 4 1 2 1 59V. Guimarães 4 1 2 1 510V. Setúbal 4 1 2 1 511Académica 4 0 4 0 412Olhanense 4 1 1 2 413Rio Ave 4 1 1 2 414Gil Vicente 4 0 3 1 315Nacional 4 0 2 2 216Beira-Mar 4 0 2 2 2

Segunda Liga1Belenenses 7 6 0 1 182Oliveirense 7 5 1 1 163Sporting B 7 5 1 1 164Benfica B 7 4 2 1 145Penafiel 7 4 1 2 136Arouca 7 3 3 1 127Tondela 7 3 3 1 128Leixões 6 3 2 1 119Portimonense 7 3 2 2 110U. Madeira 7 3 2 2 1111Desp. Aves 7 2 4 1 1012Marítimo B 7 3 0 4 913Trofense 7 2 3 2 914Santa Clara 6 1 3 2 615V. Guimarães B7 1 3 3 616Sp. Covilhã 7 1 3 3 617FC Porto B 7 1 3 3 618Atlético 7 2 0 5 619Naval 7 1 2 4 520SC Braga B 7 0 4 3 421Feirense 7 0 2 5 222Freamunde 7 0 2 5 2

II - Zona Centro 1Coimbrões 2 2 0 0 62Anadia 2 1 1 0 43Sp. Espinho 2 1 1 0 44Cinfães 2 1 1 0 45BC Branco 2 1 1 0 46S. João Ver 2 1 0 1 37Sousense 2 1 0 1 38Pampilhosa 2 0 2 0 29Tocha 2 0 2 0 210Ac. Viseu 1 0 1 0 111Cesarense 2 0 1 1 112Operário 1 0 1 0 113Tourizense 2 0 1 1 114Lusitânia 2 0 1 1 115Bustelo 2 0 1 1 116Nogueirense 2 0 0 2 0

II - Zona Sul1Fátima 2 2 0 0 62Carregado 2 1 1 0 43UD Leiria 2 1 1 0 44Mafra 2 1 1 0 45Torreense 2 1 1 0 461.º Dezembro 2 1 1 0 47Farense 2 1 1 0 48Sertanense 2 1 0 1 39Casa Pia 2 0 2 0 210Fut. Benfica 2 0 2 0 211Oeiras 2 0 1 1 112Oriental 2 0 1 1 113Pinhalnovense 2 0 1 1 114Quarteirense 2 0 1 1 115Ribeira Brava 2 0 0 2 016Louletano 2 0 0 2 0

Classificações - Liga Zon Sagres

Porto 4 Beira-Mar 0O FC Porto conseguiu uma vitória convincente sobre o Beira-Mar, no Estádio do Dragão, por 4-0, numa partida em que James Rodriguez brilhou a grande al-tura, a assistir e a marcar.

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23 TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected]

Realizou-se na passada Segun-da Feira, dia 10 de Setembro na

praça de touros Bella Vista Parck de Gustine a já tradi-cional e bastante anticipada corrida da Festa da Nossa Senhora dos Milagres. Em disputa havia um prémio para o touro mais bravo e para o touro com melhor apresentação. A corrida estáva muito bem montada. Um concurso de ganadarias é sempre uma boa aposta além de poder trazer algumas polémicas se o ganadeiro preferido de um aficionado mal entendi-do ou faccioso não ganha o prémio. Na corrida estiveram pre-sentes os Cavaleiros de Alternativa, Paulo Ferrei-ra, Tiago Pamplona e Rui Lopes. Na forcadagem es-tiveram os grupos de for-cados Amadores de Turlo-ck, Aposento de Turlock e Amadores de Merced. O prémio para o touro mais bravo foi entregue à gana-daria Pico dos Padres e o prémio para o touro com melhor apresentação foi para a ganadaria Açoriana. Como devem imaginar, e como acontece com todos os concursos de ganada-rias, as opiniões variaram muito sobre a entrega dos prémios. Na minha opinião

pessoal penso que muita gente faz confusão entre o touro mais bravo e o touro que oferece melhor lide a cavalo. Um touro que ofe-reça uma lide mais confor-tável ao cavaleiro não quer dizer que seja o touro mais bravo no verdadeiro senti-do da palavra. Para um touro se considerar bravo tem que apresentar todas as qualidades neces-sárias do principio ao fim da lide. O touro tem que exibir prontidão, nobreza, tem que humilhar e tem que ter investidas alegres e reagir bem ao castigo. Nor-malmente quando um tou-ro de quatro ou mais anos de idade apresenta todas estas qualidades durante toda a lide, não é o touro de preferência para alguns cavaleiros, precisamente por não serem os mais có-modos. Os touros cómodos normalmente são nobres mas com investidas mais lentas e com pouco alegria ou força. É claro que há aficionados que gostam do touro mais bravo que pede contas ao cavaleiro, e há os aficionados que gostam do touro mais cómodo porque numa maneira geral o ca-valeiro poderá estar muito mais avontade com esse touro, o que faz com que ele possa entrar em terre-nos mais comprometidos

para cravar ferros mais vis-tosos. Quanto ao gosto, ou à preferência das pessoas não se discute, mas quando se está num concurso a es-colher o touro mais bravo, então não deve haver duvi-das que o que deve ganhar é o touro que apresenta prontidão, nobreza, humi-lha e investe com alegria e não o touro mais cómodo para o cavaleiro.Dos touros representan-tes das seis ganadarias em praça só dois é que apre-sentaram qualidade, tendo

sido ambos lidados por Paulo Ferreira. O primeiro foi da ganadaria do Pico dos Padres, tendo Paulo Ferreira op-tado por o tourear com câmbios bem executados. No seu segundo touro que seria o quarto da tarde com ferro de António Nunes, Paulo toureou ale-gremente, ador-nando a lide com dois ferros de pal-mo a um touro que veio de menos a mais e que segundo

a opinião de Paulo Ferreira mereceu que o ganadeiro fosse chamado à praça. Infelizmente nem o Tiago Pamplona nem o Rui Lopes tiveram touros com que pu-dessem brilhar, mas mesmo assim, mostraram sérieda-de e honestidade porque ambos tentaram o melhor possivel perante touros de tão pouca qualidade. Quanto às pegas também só poderei anotar duas boas pegas, sendo elas ambas executadas pelos Amado-res de Turlock. A primeira para mim a mais valente por Jorge Martins Jr. e a se-gunda por Manuel Cabral. Pegas estas consumidas à primeira tentativa.Numa maneira geral foi uma corrida que ficou

aquém das expectativas, mas pelo menos poderei dizer que vimos três cava-leiros em praça que mos-traram profissionalismo e muita honestidade, o que para mim é bastante louvá-vel, porque temos sido alvo de tanta exploração e tanta crueldade por artistas de grande nome em Portugal, que quando presenciamos boas qualidades como es-

tes cavaleiros apresenta-ram, sentimo-nos orgulho-sos de sermos portugueses e aficionados.

A bem da festa brava.

Nota: na nossa próxima edição mostraremos mais

fotos desta corrida

Há certas coisas que eu não gosto.Sinceramente não gosto de ver dar-se um prémio de apre-sentação quando o toiro é manso. Pen-so que para o futuro este prémio deveria ser eliminado. Só de olhar para esse pré-

mio, sabendo que o toiro não prestou para nada faz-me criar pele de galinha. Os ganaderos que o ganham não têm culpa disso. É o processo que existe.

Saudamos os cavaleiros que profissionalmente deram o seu melhor para gozo dos milhares de pessoas que encheram a velhinha praça de Gustine. Pena que os ca-valeiros da Terceira não tenham tido mais sorte com os seus toiros, que deixaram a bravura nos campos doura-dos da California.

Sugeria aos grupos de forcados que apreciassem as fotografias da corrida para poderam corrigir defeitos vistos por todos nós. Uma coisa são os toiros que nada querem, outra coisa são os forcados que precisam sa-ber mais. Agarrar toiros não é a mesma coisa que pegar toiros.

Reflexões Taurinas

Joaquim [email protected]

Corrida de N.Sa. dos Milagres de Gustine

Paulo Ferreira toureou os dois melhores toiros da Corrida - o do Pico dos Padres (em cima, esquerda) e o de António Nunes (acima).Esq: George Martins Jr., proporcionou a melhor pega da noite ao toiro da Ganadaria do Pico dos Padres.Em cima: Cavaleiro Paulo Ferreira chama o ganadero António Nunes à praça, tendo este agradecido nas tábuas.

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24 1 de Outubro de 2012PATROCINADORES

Assine o Tribuna Portuguesa e fique a par do que se passa

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25PATROCINADORES

209

ForeclosureShort SaleMortgage Tax ReliefAcaba em 12/2012

DRE # 01397526

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26 1 de Outubro de 2012CULTURA

Parecia-lhe um pouco estranho estar a atravessar aquele pátio da herdade. Paul tinha caminhado inúmeras vezes por este mesmo corredor entre a casa dos pais e a dos avós, mas agora começava a sentir-se

um pouco como um estrangeiro.Anthony Barcellos, Land of Milk and

Money

Vamberto Freitas

O título deste meu texto tem a sua estranha razão de ser. Quando atravessei a América de carro rumo a Boston e depois aos

Açores, a minha matrícula californiana levantava cada vez mais curiosidade à maneira que se afastava das suas origens, Numa estação de serviço, já na costa les-te, um indivíduo não resistiu, depois de a olhar com visível admiração: So you’re coming from God’s country!/Então vens do país de Deus! Não estaria eu então in-teiramente de acordo, mas isso teria a ver com o meu estado de espírito na mudança radical que fazia da Califórnia no regres-so definitivo à minha terra natal -- nega-ção temporária do pai para melhor amar a mãe? Poderia ser, mas com a passagem do tempo aproximo-me cada vez mais à opi-nião do meu desconhecido interlocutor. Os paradoxos são assim: a minha aversão ao capitalismo que por aquelas bandas ti-nha sido levado às últimas consequências não anulava de modo nenhum o sentido de liberdade (uma coisa é precisamente a que leva à outra, gritar-me-iam de novo os neoconservadores, se eu estivesse ainda disposto a ouvi-los) que os seus estilos de vida e as suas paisagens, que vão do deser-to à fantasmagórica costa que serpenteia, entre o exuberante verde das montanhas e o azul cristal do mar, o estado de norte a sul. Tudo isto tem agora a ver com a minha leitura do romance de Anthony Barcellos, Land of Milk and Money, uma magnífi-ca e extensa tirada artística à chegada ao Novo Mundo, de mãos vazias, e depois ao triunfo e queda de gente açoriana que, sem falar uma palavra de inglês ou entender a cultura muito própria onde se havia meti-do, construíram ao longo de todo o vas-to Vale de São Joaquim alguns dos mais sólidos impérios agrícolas, que a terceira geração, já inteiramente americanizada, se encarregaria de desfazer pela ganância e/ou pela vontade de usufruir de outros modos de vida, tudo o que os velhos imi-grantes lhes tinham dado literalmente de mão beijada. Land of Milk and Money (o jogo de palavras tem a ver, como sabem, com a bíblica expressão land of milk and honey) tem essa qualidade dos grandes romances: na fluência das suas múltiplas linguagens e vozes, contém em si a ironia e o humor com que se olha para o mundo dos outros, que também é o do protagonis-ta, aqui de nome Paul Francisco, este que tudo admira e castiga numa narrativa que nos transporta a fins do século dezanove até 2006. Assim, a história de uma família transfigura-se na história de todo um povo diaspórico, e especificamente californiano -- o nosso.Land of Milk and Money está estruturado em

vários tempos, quase como num diário redi-gido à posteriori por meses e anos, o leitor recuando e avançando na narrativa enquan-to decorre em tribunal -- a trama principal do romance -- a disputa de um testamento entre as famílias Francisco e Salazar. Após a morte da matriarca açoriana Teresa Maria Francisco (nascida e emigrada, tal como o seu falecido marido Paulo Cândido, da fre-guesia terceirense de São Bartolomeu) está tudo em causa, desde terras e vacas leiteiras às respectivas alfaias. Não será necessário repetir em detalhe que não se trata de um romance sobre isso tudo, antes é um retra-to universal da ganância e amores fingidos, quase uma retomada bíblica dos mais velhos temas humanos, irmãos contra irmãos, clã contra clã -- nada como as partilhas de pro-priedade e dinheiro para manifestar todo o nosso veneno, inveja e, uma vez mais, a ga-

nância que comanda o mundo de negócios e prosperidade. Este é um primeiro romance que mais parece o da maturidade escritu-ral do seu autor. Em cada breve frase me-ramente descritiva sobressai o interiorismo da personagem em foco, praticamente todas elas aqui açorianas ou descendentes, per-mitindo ao leitor assimilá-las e recordá-las, nunca mais as esquecendo, e esperando já de cada uma delas certas reacções aos aconte-cimentos que vão decorrendo na Justiça e no dia a dia. O quotidiano na vida numa dessas leitarias: filhos e netos que se dedicam com bravura gostosa às suas ritualísticas tarefas, em que um tractor no cultivo ou colheita vira brinquedo nas suas mãos, mulheres que raramente negam aos seus homens toda e qualquer colaboração (estamos aquém do feminismo, que tudo mudaria mais tarde, mas no lado de fora destas fazendas, ape-

lidados pelos que aqui pululam, mesmo os já lá nascidos, de “americanos”), advogados também da nossa descendência que de tudo isto percebem, e alguns colegas anglos que simplesmente abanam a cabeça ante a es-tranheza de herdeiros e a génese heróica da sua riqueza. Por outro o lado, o narrador na terceira pessoa vai aludindo a mais mundo nas redondezas, não deixando que esqueça-mos que esta estória está perfeitamente in-serida na terra que os imigrantes criaram e desenvolveram como resultado de políticas longínquas, como o New Deal de Franklin D. Roosevelt. Toda a ambiguidade da postu-ra da nossa gente na sua outra pátria, quase uma hiper-protegida bolha socioeconómica rodeada de “desconhecidos” por todos os lados, é extraída destes outros pormenores fulminantemente expressos. John Steinbe-ck, que primeiro do que todos ficcionou a

dinâmica ruralidade mecanizada da Ca-lifórnia, não desde-nharia, muito pelo contrário, desta nar-rativa de Anthony Barcellos -- prova-velmente viria nela o seguimento por outras palavras e formas do que ele próprio tinha fun-dado na literatura daquelas proveni-ências. O desfecho testamentário em tribunal, como todo o processo, é verda-deiramente hilarian-te, e Land of Milk and Money encerra com uma gargalha-da que tudo signifi-ca: a continuidade e inevitável rotura do nosso passado e pre-sente, ficando o res-to em aberto, a fa-mília agora dividida entre os que “ficam” e o sinal dado pelo protagonista Paul, que tudo abandona, e torna-se professor universitário.

“O seu filho do meio [pensa Paulinho, da se-gunda geração, pai de Paul, o protagonista, acerca dos que viriam a seguir]. Três filhos e um só tinha o interesse mínimo em manter a herança da família. Paulinho aceitava essa realidade. Com toda a franqueza, era-lhe impossível imaginar Paul ou Alex tentando gerir as operações da vacaria de Francisco, mas desconsertava-lhe pensar nisso. Seria isto um sinal para o futuro?”O narrador omnisciente elege Paulo Fran-cisco, o neto mais criativamente rebelde dos fundadores da herdade em causa, para que seja ele os olhos e ouvidos de todo o clã, dada a sua acutilância de observador e sabedoria-outra. É com ele que vamos sen-do apresentados às famílias em disputa, e a todo o seu percurso histórico. Paul é como que o dissidente entre tudo e todos. Opta desde a infância pelos livros e pela solidão,

California, ou o país de Deus

Eis mais um livro sobre as nossas comuni-dades. É o último romance publicado pela Tagus Press dirigida pelo Professor Frank Sousa da Um Dartmouth. Confesso que só há dois dias comecei a ler o romance, mas estou a gostar, bastante mesmo. Aqui está um excelente texto do meu ami-go, o critico literário Vamberto Freitas, so-bre o romance Land of Milk and Money, escrito por Frank Barcellos, que é profes-sor no American College em Sacramento. Como sempre o Vamberto Freitas, estamos gratos ao Vamberto por mais este contri-buto. Ainda bem que o Vamberto Freitas, académico que se tem dedicado às nossas comunidades, continua atento à literatura luso-americana, e tem a amabilidade de partilhar os seus textos com esta página de artes e letras. Leiam o magnífico texto do Vamberto e comprem o livro de Frank barcellos, por-que tal como escreveu o Vamberto é: um outro grande romance da mais consequen-te e bem sucedida saga açoriana na Amé-rica do Norte.Land off Milk and Honey foi lançado há várias semanas em Turlock e no domingo, 14 de outubro, pelas 12horas (meio-dia) será lançado em Tulare como a atividade cultural que culminará a IX Semana de Cultura Açoriana nesta cidade.

Abraçosdiniz

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

levando-o eventualmente a uma carreira longe das suas origens. De uma avó das ilhas que o queria padre católico, ele resiste sempre, sem nunca negar o amor e a admiração que cultiva por estes pioneiros que um dia chegaram aos vastos e ricos espaços no interior do Central Valley californiano. Olha com saudade para o seu passado, mas pertence já a outra América, tendo partido de uma infância em que o por-tuguês aprendido em casa dos avós era ainda a sua primeira língua quando começa na es-cola primária de nome Pleasant Hill Elemen-tary School. Um dia destes explico porque menciono com todas as letras esta escola nos arredores da cidade que ainda respira nostal-gia dos anos 40-50, Porterville; como um dia explicarei como e quando eu conheci um au-tor de nome Anthony Barcellos, doutorado em matemática, professor universitário no estado da sua nascença, ex-assessor político e técni-co nos corredores do poder em Sacramento. Eis aqui um outro grande romance da mais consequente e bem sucedida saga açoriana na América do Norte. Não deveríamos espe-rar pela sua tradução, desta como de outras narrativas de luso-descendentes. Eis aí ainda a grande trilogia sobre a modernidade açor-californiana: The Gunnysack Castle, de Ju-lian Silva, Saudade, de Katherine Vaz -- e, agora, Land of Milk and Money, de Anthony Barcellos._____________Anthony Barcellos, Land of Milk and Money, Dartmouth, Massachusetts, Tagus Press, Uni-versity Press of New England, 2012. As tradu-ções aqui são da minha responsabilidade.

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27 COLABORAÇÃO

Acabo de chegar da mis-sa, mas confesso que a minha mente de quan-do em quando vagava

por pensamentos sobre as elei-ções presidenciais e os últimos três dias que passara a ouvir os discursos do Partido Republicano de G.O.P. (Grand Old Party).Fui à missa porque há umas duas semanas, a minha mãe me convi-dou a acompanhá-la. Fui e, ao sair da igreja, descobri que me sentia bem-disposta, diria até inspira-da com as palavras do novo pa-dre português. Hoje fui eu quem lembrou a minha mãe. Resolvi ir porque me apeteceu, porque per-cebi que sentia saudades, porque confiava que sairia entusiasmada e não revoltada. Na primeira leitura (Deut 4,1-2.6-8), Moisés fala da justiça dos mandamentos e decretos da lei de Deus; da sabedoria e prudência dos que a pôem em prática; da grandeza da nação que tem leis tão justas; e da dmiração dos to-dos os povos ao ouvirem falar dum governo tão justo. Na segunda lei-tura, (Tg1, 17-18.21 b-22.27), São Tiago acautela-nos a ser cumpri-dores da palavra e não apenas ou-vintes e afirma que a religião aos olhos de Deus consiste em pro-teger os mais rejeitados da nossa sociedade e não se deixar conta-minar pelos interesses do mundo. O Evangelho era de São Marcos (Mc 7, 1-8.14-15). Nele Jesus con-dena os hipócritas, “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não pas-sam de preceitos humanos! Vós deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderes à tradi-ção dos homens”. Fiquei pensando com os meus botões: “O que me revolta mais? Será o que considero leis injustas, práticas exclusivas, ou condições incompatíveis? E porque não luto em vez de me calar? Ignorância? Inseguridade? Covardia? Falsa humildade? Sim, sim, sim, e tam-bém sim.Devemos sempre desconfiar dos orgulhosos e dos arrogantes: aqueles que se julgam melhores, superiores, mais dignos, os es-colhidos de Deus. Aqueles que usam a sua religião, nacionalida-de, raça, género, posição social, estado civil, até mesmo orienta-ção sexual, para justificar todo o tipo de injustiça e crueldade. Mas a humildade, é falsa humildade, quando impede a Verdade e a Ra-zão. Como diz o povo, “Boca ca-lada consente.” É necessária uma grande dose de auto-estima ou de fé para desmascarar crenças en-ganadoras e expôr “mandamen-tos” que não passam de preceitos humanos e produzem o medo e a culpa em vez do amor e o perdão. Ou então para denunciar leis e práticas injus-tas, destinadas e in-tentas a perpetuar o capitalismo, manter armadas poderosas, e assegurar que a pros-peridade, riqueza e fartura permaneça só nas mãos duns pou-

cos (o tal 1%). A justiça destas doutrinas e leis limita-se em edificar mais prisões e menos escolas, ou em decidir quando a vida humana é impor-tante e quando não vale nada. A piedade, por sua vez, traduz-se em impor mais impostos ou em pedir mais esmolas. Os responsáveis possuem a maior e melhor parte da Terra: vivem, rodeados de em-pregados, em casas magníficas e palácios sumptuosos; disfrutam dos melhores advogados, seguros, doutores, e reformas; vão de fé-rias várias vezes por ano e comem e bebem do bom e do melhor. A perfeição para eles limita-se a seguir cegamente as suas regras e tabús. Roubam, escravizam e matam em nome destas doutrinas e leis mas apresentam-se sempre armados de razões, contraditórias mas convincentes. Entre sí, lutam constantemente para convencer o resto da humanidade que são eles os melhores discípulos de Jesus ou que representam a nação ou o partido político que oferece as leis mais dignas e justas. “Este povo”, de que nos fala São Marcos, não necessita nem da verdade, nem da justiça, nem da caridade, nem do perdão, muito menos de Deus. Basta-lhe a ideia. E que ideia! “God Bless Ameri-ca.” Pergunto: “Whose God?” and “Whose America?”

Não fiquei desiludida! a homilia fez-me sen-tir compreendida e justificada. Nela o Sr.

Padre frisou a mensagem prin-cipal da nossa religião, cito: “…palavras que falam da verdadei-ra religião — da verdade liber-tadora de Jesus que se destina a proteger os mais rejeitados.” No-vamente, a minha mente vagou e pensei noutras palavras famosas, “Give me your tired, your poor, your huddled masses yearning to breathe free.” Ou “…one Na-tion indivisible with liberty and justice for all." Óbviamente esta doutrina nem é para indolentes e malandros, e muito menos para covardes, desistentes, escapistas, carneirinhos ou capachos — não conheço outra que exija tão alto nível de couragem, honestidade, moralidade e santidade dos seus fieis e cidadãos. “God Bless Ame-rica”, na VERDADE.À saida disse à minha mãe, “Deus proteja a coragem do novo Senhor Padre Português e permita que fi-que entre nós por muito tempo, se é assim a Sua vontade.”

No meu último artigo fiz questão de falar do renascimento de uma organi-zação da comunidade Portuguesa da Área da Baía de San Francisco. Hoje,

venho por este meio falar de um nascimento. No passado dia 18 de Agosto, o salão do SDES de Alvarado em Union City encheu-se de membros da comunidade portuguesa local para assistir à primeira actuação oficial do Grupo Folclórico “Amigos de Portugal”. Foi uma actuação que arrancou muitas salvas de palmas assim como elogios por parte daqueles que tiveram a oportunidade de assistir. A cereja em cima do bolo apareceu quando ao finalizar o espectáculo, cada elemento do grupo chamou ao palco um elemento do público para dançar a “Re-donda”, um gesto bonito e divertido para aqueles presentes. O Grupo Folclórico “Amigos de Portugal da Casa de Alvarado” de Union City, foi fundado em Maio de 2011 por um grupo de amigos da comunidade portuguesa da área da baía, repre-sentando a freguesia do Carreço, do concelho de Viana do Castelo, da região do Minho, em Por-tugal Continental; uma região rica em folcore e que tem um enorme orgulho nas suas tradições folcóricas. Alguns elementos do grupo nunca tinham dan-çado folcore anteriormente, enquanto outros já

têm vários anos de experiência dançando pelos palcos da comunidade portuguesa. Trata-se de um grupo onde se destaca um misto de juventu-de e experiência que se completam, resultando como já foi visto, numa apresentação de um pro-duto de grande qualidade. Desde a sua primeira actuação, o grupo já fez mais duas actuações e irá continuar a fazer vá-rias actuações, algumas neste mês de Setembro, incluindo o festival de folclore a ter lugar a 29 de Setembro em San Jose. Para saberem mais so-bre o grupo podem ir à sua página no facebook http://www.facebook.com/GFAmigosdePortugal onde podem encontrar videos das suas actua-ções; também podem enviar um email para [email protected], ou mesmo ligar para 510-774-5581.

Elementos do grupo: Haley Amaral, Lisa Ama-ral, Monica Amaral, Fabio Caetano, Michelle DaSilva, Frank Dias, Randy Estrada, Melanie Fagundes, Claudia Faria, Gary Ferreira, Helen Ferreira, Elizabeth Fontes, Paula Fontes, Ka-tarina Hopkins, Daniel Mello, Cristina Nunes, John Nunes, Cassandra Pacheco, Brienne Pei-xoto, Diane Pereira, Fabio Pereira, Rose Pereira, e Amie Sousa. Directores: Carla Moreira e John Moreira.

“Amigos de Portugal” estreia-se nos Palcos da Califórnia

Manuel G. Borba tinha 81 anos de idade quando faleceu a 28 de Agosto de 2012 em Modesto.

Nasceu na Freguesia de São Bráz, Ilha Terceira e veio para os Estados Unidos da América há muitos anos com a sua familia. Ele adorava participar em todas as festas tradicionais da nossa comunidade quer em Newark quer no Vale de San Joaquin, a sua segunda casa.

Sempre apreciou ver os seus filhos tornarem-se presidentes das nossas festas do Espírito Santo e ajudava-os com a esposa em tudo que fosse possível.Era um amante de Jogos de car-tas, Bodos de Leite e de Corrida de Toiros.Era membro do Newark Por-tuguese Soccer Club, Casa dos Açores de Hilmar e da Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Turlock.

Deixa a chorar a sua morte, a esposa Maria Nunes Borba, de Turlock; cinco filhos: Dimas e esposa Tracy Borba, de Modes-to; Fernando Borba, de Newark; Paul Borba, de Turlock; Andrew Borba, de Newark; John e espo-sa Lisa Borba, de Concord.Duas filhas: Idalino Pacheco e marido Joe, de Livermore; Con-nie Pimentel e marido José Car-los, de Fremont.Três irmãs: Maria Farinha, de Petaluma; Emilia Pacheco, de Newark; Rosa Bertão, de Turlo-ck. Também deixa de luto onze

netos e dois bisnetos

O Rosário teve lugar no dia 4 de Setembro na Capela do Whi-tehurst, Norton & Dias Funeral Chapel, 286 W. Main St., Turlock, A missa de corpo presente foi no dia seguinte na Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Turlock.

Manuel Borba ficou sepultado no Lakewood Memorial Park, em Hughson, California.

Tribuna Portuguesa envia senti-das condolências a toda a Famí-lia Borba.

(cortesia de Whitehurst, Nor-ton & Dias Funeral)

Falecimento

Manuel Gomes Borba Dez 6, 1930 - Ago 28,2012

A Outra Voz

Goretti [email protected]

Lufada de Ar Fresco

Paul [email protected]

Page 28: The Portuguese Tribune - October 1st, 2012

28 1 de Outubro de 2012 ENGLISH SECTION

portuguese s e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Last June, Julie Teixeira was in-vited to attend an Interdisciplin-ary Colloquium hosted by the Department of English and North American Studies of the University of Minho at Braga, Por-tugal. She presented her paper titled “The End of Miss Sweet Little Sixteen: The Contemporary Goth-ic of Carrie and the Horrific Mirror of the Unconscious.” This literary conference ti-tled Dracula and the Gothic in Literature, Pop Culture and the Arts, showcased the work of literary stu-dents from universi-ties in Portugal, the United King-dom, Iran, France, Canada, and the United States. Julie is a first

generation Portuguese-American and the daughter of Adelino and Maria Teixeira of Elk Grove, CA, native of Pico and Faial re-

spectively. She is a second year Master’s graduate student at-tending Sonoma State University. She is currently teach-ing writing courses at Sonoma State and working on complet-ing her thesis to earn a Master’s degree in English. In addition to visiting historical sites in Braga such as the Church of Bom Jesus de Monte, Ju-lie took the opportu-

nity to visit the cities of Porto and Lisbon to expand her knowledge of the Portuguese culture, and history.

“Amigos de Portugal” DebutsOn the 18th of August, curious members of the Portuguese com-munity flooded SDES of Alvara-do in Union City, to witness the debut of “Grupo Folclórico Ami-gos de Portugal da Casa de Al-varado” of Union City, the new-est Portuguese folklore group in California. With an outstanding debut performance, “Amigos de Portugal” thrilled those present, receiving several rounds of ap-plause, as well as positive feed-back from the traditionally tough Portuguese audience. The icing on the cake came in the end when the group ended their perfor-mance with an interactive dance of the “Redonda” with members of the audience, an entertaining gesture that was greatly appreci-ated by the crowd. “Amigos de Portugal” was founded in May 2011 by a group of Portuguese

friends from the San Francisco Bay Area. The group performs dances that are typical of a small village named Carreço, (known for its folkloric richness), part of the district of Viana do Castelo in the Minho region of Conti-nental Portugal. While some of the group’s members have many years of experience performing throughout Portuguese festi-vals, some of the members had never danced folklore prior to joining the group. Nevertheless, the group has managed to com-bine experience with youth in a complementary fashion, creating a successful recipe for the delight of audiences. Since their debut performance, the group has al-ready performed twice with a few more performances lined up for the month of September, includ-ing the greatly anticipated Annu-

al Folklore Festival taking place in San José on September 29th. If you would like to know more about the group, or watch vid-eos of their performances, visit their Facebook page by going to www.facebook.com/GFAmigos-dePortugal, via email at [email protected] or at 510.774.5581. Group Members: Haley Amaral, Lisa Amaral, Monica Amaral, Fabio Caetano, Michelle DaSilva, Frank Dias, Randy Estrada, Melanie Fagun-des, Claudia Faria, Gary Ferreira, Helen Ferreira, Elizabeth Fontes, Paula Fontes, Katarina Hopkins, Daniel Mello, Cristina Nunes, John Nunes, Cassandra Pacheco, Brienne Peixoto, Diane Pereira, Fabio Pereira, Rose Pereira, and Amie Sousa. Directors: Carla Moreira and John Moreira.

Paul Mello

This summer, a group of univer-sity students from Brazil par-ticipated in an English language immersion program offered by Monroe College in New Rochelle, a suburb of New York City. But their learning of English was not limited to the classroom. They were encouraged to take day trips to nearby New York City and elsewhere to put their improving English language skills to the test. While the thought of venturing into New York City might have been intimidating to them initial-ly, the students reported that they found New Yorkers to be very friendly, helpful and even patient. “People here are so kind,” said an enthusiastic Amanda Souza, an international relations major at Centro Universitário Jorge Ama-do, in Salvador, Brazil, known locally as “UniJorge”. “I had a misconception about people in New York,” added Júlia Freitas, a journalism student. “But I had high expectations for this trip and they were met,” she said, noting that the nurturing relationship between Monroe College profes-sors and their students and pro-

fessors that she had been prom-ised, was fulfilled. Alessandra, a professor and Coordinator of the Career Center at UniJorge, also participated in Monroe’s English Language Learning Immersion (ELLI) program. “We have to prepare our students to be com-petitive with people who come into our country to work. English is the most important language in business; having English will bet-ter our students to compete,” ex-plained Alessandra. “ELLI is de-signed to prepare students, whose primary language is not English, for reading, writing, and verbal skills necessary for success in American colleges and universi-ties,” explained Dr. Janice Gi-rardi, academic dean for Monroe College’s New Rochelle campus. It’s this educational philosophy of immersing its students into the diversity of cultures and the realities of a global economy that attracted UniJorge students to the Monroe program, according to Alessandra. “Brazil is the sixth largest economy in the world. Now, all eyes are on Brazil. We think that many people would

like to work there, invest in the country and make a life there.” Last fall, Jonathan Garbar toured South America extensively to introduce Monroe College and its various associate, bachelor’s and master’s degree programs to local high schools and colleges. Half Colombian, Garbar spent his childhood summers at his grand-parents’ farm in Guadalajara de Buga, Colombia. In addition to English, he is fluent in Spanish and Portuguese. Garbar is an ad-missions counselor. He also Head Coach of Monroe’s women’s soccer team and is on the coach-ing staff of the College’s year-long Soccer Academy, a progres-sive program modeled after many professional soccer clubs. Garbar emphasizes that “Monroe’s ELLI program is designed not just for international students to advance their English language skills to a college level, but also for new immigrants and U.S. citizens for who English is not the primary language spoken at home.” For enrollment information contact Garbar at [email protected] or call 1.914.740.6453.

Brazilians “Nuts” About NY

CA Master’s candidate presented in Braga

Sousa Mendes WayAn entrance to Congregation Beth David in Saratoga bears the mark-er “Raoul Wallenberg Way,” erected in May 1988, to commemorate the Swedish diplomat’s heroic efforts to save Jews during World War II. Several years later, in October 2009, Beth David held a memorial ceremony honoring Chiune Sugihara, a Japanese diplomat to Lithu-ania who saved thousands of Jews threatened by the Holocaust. A private drive at the synagogue was named in honor of this diplomat’s life-saving deeds. And this year, on Sunday, October 14, 2012, at 1:00 pm at Congregation Beth David, a third ceremony will honor another Righteous Gentile: Aristides de Sousa Mendes, a Portuguese Consul stationed in Bordeaux, France, during the Second World War, who, in June of 1940, issued Portuguese visas of safe conduct to over 30,000 at-risk refugees, including an estimated 10,000 Jews! During World War II, Portuguese dictator António de Oliveira Salazar issued a directive denying safe haven to Jews, Russians, and stateless per-

sons. Sousa Mendes ignored this direc-tive, stating, “I would rather stand with God against Man than with Man against God.” Following Sousa Mendes’ heroic deeds, Salazar revoked his diplomatic position; Sousa Mendes was blacklisted (along with his large family); and he was economically and politically de-stroyed. He died in 1954, impoverished and disgraced. In 1966, Sousa Mendes was named “Righteous Among The Na-tions” by the state of Israel, and in 1986, the U.S. Congress proclaimed him a hero. Later, Portuguese President Mário Soares apologized to the Sousa Mendes family, and the Portuguese Parliament recognized him posthumously with the

rank of Ambassador. In June 2012, the County of Santa Clara hosted an exhibit based on the life of Sousa Mendes, honoring him and re-membering the refugees he saved. The exhibit, titled “These are my people! The Story of Aristides de Sousa Mendes” and organized by the Sousa Mendes Foundation, tells the story of Sousa Mendes and the refugees he saved. Some visa recipients were prominent, such as Salvador Dali, Hans and Margret Rey (authors of Curious George), the Rothschild family, the Habsburg family, and the entire Belgian cabinet. But most were ordinary families escaping the horrors of Nazi persecution. This outstanding exhibit will be on display at Beth David on October 14, 2012. The Portuguese community in San José and the Sousa Mendes Foundation are collaborating with Congregation Beth David on the event, which will begin at 1:00 pm with the dedication of a plaque. Sheila Abranches, granddaughter of Sousa Mendes and Board Member of the Sousa Mendes Foundation will say a few words, as will Nathaniel Deutsch, Professor of Literature and History at the University of California Santa Cruz and a Sousa Mendes Foundation National Advisory Council member, whose father and grandparents were among those rescued by Sousa Mendes in 1940. Chuck Page, Mayor of Saratoga, and Nuno Mathias, Consul General of Portugal, will also speak. Following the dedication ceremony, there will be a showing of the movie, Disobedience: The Sousa Mendes Story and viewing of the exhibit, “These are my people!” Refreshments will be served. The entire Bay Area Jewish and Portuguese communities are cordially invited to attend this very interesting, informative and important event. Congregation Beth David, 19700 Prospect Road, Saratoga, Cali-fornia, Sunday, October 14, 2012, 1:00 pm. For question/information please contact Harriet Fernandez, at 1.408.223.7835 or [email protected]. For info on the Sousa Mendes Foundation, visit www.sousamendesfoundation.org.

Street Naming Oct. 14 in Saratoga, CA

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29 ENGLISH SECTION

California Chronicles

Ferreira Moreno

County Names (2) PLUMAS county deri-

ved its name from Rio de las Plumas (the river of feathers). In 1820, an

expedition led by Captain Luis Arguello encountered a myriad of feathers from wild migratoryfowl, floating on the surface of the river. SACRAMENTO kept the ori-ginal name given by Spanish explorers. According to William Holden's modern narrative (Sa-cramento, 1998), "on October 9, 1808, Captain Gabriel Mo-raga trekking up the big river in a horseback expedition, was struck by the lovely scene. Ca-nopies of oaks and cottonwoods, many festooned with grapevines, overhung both sides of the blue current. Birds chittered in the trees and big fish darted through the clear depths. The air was like champagne, and the Spaniards drank deep in the beauty around them. Moraga burbled, "Es como el sagrado Sacramento!", (This is like the holy Sacrament). So the river got its name, and likewisethe village that one day would hunker on its bank, presently the city as well as the county called Sacramento."SAN BENITO, Spanish for St. Benedict, took its name from San Benito Creek, which was named by Fr. Juan Crespi in 1772. SAN BERNARDINO, for St. Bernardine of Siena, apparentlywas the name first given to the snow-capped peak, 11,600 feet high, lying about 20 miles east of the city of San Bernardino. SAN DIEGO retained the pri-mitive title by which the site had been known as far back as 1602, when Sebastian Vizcaino rena-med it in favor of San Diego de Alcalá instead of San Miguel gi-ven previously by Juan Cabrillo in 1542.SAN FRANCISCO owes its name to Mision San Francisco de Asis á la Laguna de los Dolores;established by Fr. Serra in 1776. SAN JOAQUIN kept the name originally given (1813) by Gabriel Moraga to the large river that flo-ws through this region. SAN LUIS OBISPO retained the name of the mission founded by Serra in 1772. SAN MATEO bears the Spanishname of the apostle and evange-list St. Matthew.SANTA BARBARA got its name from two sources. First from Viz-caino who sailed along the coast on December 4, 1602, feast day of St. Barbara. Then from Fr. Fer-min Lasuen who established the mission on December 4, 1786, the saint's day. SANTA CLARA was namedafter the mission erected there in 1777. SANTA CRUZ carries the name of the mission founded there in 1791, and named Santa Cruz (Holy Cross).SIERRA was so called becau-se of the jagged peaks within its borders, as sierra is the Spanish word for saw blade, or by exten-sion for mountain range. In fact,

any two or more peaks in a row might be called a sierra. SOLANO seemingly got its name from a pair of sources. The last of the Franciscan missions established on California soil was founded in 1823 and named San Francisco Solano. When the Native American chief Sem Yeto was baptized, he received the name of the mission patron saint. Apparently, it was General Ma-riano Vallejo who requested that the county be named in honor of both the saint and the chief.TULARE is Spanish for a "place of tules" (cattails or bulrushes). In 1773, Pedro Fages discovered a lake surrounded by marshes and filled with rushes, which he named Los Tules. In 1813, Ga-briel Moraga passed through the valley of this lake and named it Valle de los Tules. In the first vo-lume of "The Valley's Legends & Legacies", Catherine Morison Rehart wrote the following: "The bulrushes that grew along the streams which emptied into thelake produced a reed which the Spaniards called a tule. The Spa-niards also gave the name Tulare-nos (those who dwell among the tules) to the local Native Ameri-can tribes. When winter comes to the Valley and the air becomes cold, the moisture which rises from the marshlands near the tu-les hits the cold air and forms a dense fog which has been calledtule fog."VENTURA is an interesting variation shortened by the post office from the original name of Mision San Juan Buenaventura, the ninth and final mission (1782) founded by Serra.In closing, I would Iike to point out that, quite often, the trail of place names leads to stories of ro-mance and adventure. It all adds much charm to the natural beauty of California. The search for pla-ce names can reveal enchanting meanings, where history entwi-nes with poetry and tradition en-velops with legend.Hundreds of names and wor-ds flash by as we travel the fre-eways, cities and backcountry of California. We may not know why and when these place names actually came about, but they are still the most distinctive guides for California settlements and geographical features.

Community at its bestIt was delivered on Wednesday 19, a check for $10,000 to Valley Children's Hospital. This money came from the bullfight fundraiser for autism and

cancer. It was raised a total of $32,000! $22,000 will stay in Carlos Vieira's foundation to help fami-lies living with autism.

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30 1 de Outubro de 2012PATROCINADORES

Participar nas nossas festas tradicionais é CULTURA

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31 COMUNIDADE

Depois de terem passado pelo Portuguese Athletic Club em San José, a Tuna de Medicina do Porto teve outro espectáculo em Tulare, como abaixo fica sobe-jamente referido.Os estudantes deliciaram a audiência que quiz estar presente no PAC no primeiro espectáculo ofereci-do pela nova Direcção do popular clube da Área da Baía. Estes acontecimentos culturais deveriam me-recer mais atenção das nossas outras organizações.Partilhar estas experiências com a comunidade é algo que deve prosseguir sempre.

Com a colaboração das associações portuguesas de Tulare, nomeadamente, o TDES, o CPEC, o Tulare-Angrense, a Filarmónica Portuguesa de Tulare, a Tulare-Angra Sister City Foundation, o Society of Portuguese-American Students e o Tulare County Cabrillo Club, realizou-se uma sarau cultural com a presença da Tuna de Medicina do Porto. Com cerca de 220 pessoas, incluindo jovens alunos dos cursos de português das escolas secundárias de Tulare e do College of the Sequoias, realizou-se um sarau cul-tural bastante agradável. Foi muito bom ver-se as associações portuguesas de Tulare de mãos dadas para a realização deste evento. É o que acontece quando as associações são dirigidas por gente jo-vem e por gente com mentes abertas ao diálogo e ao entendimento. Esta atividade foi, definitivamente, mais uma repercussão positiva das sessões: Pensar a Comunidade--Construir o Futuro que ocorreram em Tulare ao longo dos últimos 14 meses.Após um jantar com os elementos da Tuna e direto-res de várias associações, realizado na sede da Filar-mónica, que estava engalanada cm muito gosto para o evento, realizou-se o sarau cultural no TDES, com entrada livre para toda a comunidade. Parabéns a Tulare por mais uma iniciativa em con-junto e ao contrário do que havia acontecido em muitas outras comunidades com muita gente jovem.

Tuna de Medicina do Porto na California

A história da nossa Tuna funde-se com a da nossa Faculdade, constituída há cerca de duzentos anos, pois desde sempre ao médicos e os estudantes de Medicina cul-tivaram diferentes tipos de artes onde se destaca, entre outras, a música. A mate-rialização de um sonho já antigo, a cons-tituição da Tuna de Medicina do Porto, ocorreu finalmente em 1991, respondendo a um anseio comum e às ambições parti-culares de cada um dos seus fundadores. Os nossos primeiros passos foram iguais aos de muitas outras tunas: tímidos e in-seguros, mas rapidamente começamos a palmilhar um caminho só nosso!Alicerçados nas convicções quase irre-dutíveis dos seus membros e, sobretudo, dos seus dois primeiros Magisters: Paulo Carvalho e Nuno Tavares, a Tuna cresce e afirma-se como uma das mais românticas e nostálgicas, ainda que rigorosa, diverti-da e disciplinada. Um estilo que começa a fazer escola! Em breve as fronteiras da nossa querida Cidade e do nosso amado País se tornam demasiado claustrofóbicas

e castradoras, levando-nos a percorrer, frenética e constantemente, fronteira após fronteira. Ao sabor do vento, levados pela maré, escondidos pelo luar, espalhando a nossa música. É a única linguagem verda-deiramente universal!Nenhuma Tuna, em Portugal, percorreu tantos Kms em tão pouco tempo. Senão vejamos: França, Alemanha e Luxem-burgo (1993); França, Suíça, Alemanha e Luxemburgo (1994); Irlanda, EUA e Ca-nadá (1995); Suíça, Holanda, Hong-Kong, Macau e China (1996); Alemanha, Índia, Hong-Kong, Macau e Tailândia (1997); Espanha, França, Itália, Áustria, Hungria, República Checa, Eslováquia, Alemanha, Liechtenstein e Suíça (1998); Espanha, Brasil, Paraguai e Argentina (1999); Es-panha, França e Suiça (2000);... O nosso reportório, inspirado nos vibrantes e sau-dosos anos trinta, quarenta e cinquenta, traduz a consciência musical colectiva de um grupo tão heterogéneo e multicultural de jovens estudantes de Medicina...

in tuna's facebook

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32 1 de Outubro de 2012ULTIMA PÁGINA

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