retinha - may/2006

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Halo de Matéria Escura e Anisotropia e Raios Cósmicos Ultra Energéticos Angela Olinto University of Chicago Beatriz B. Siffert IF – UFRJ Bruno Lazarotto IF – UFRJ João R.T. de Mello Neto IF - UFRJ

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Halo de Matéria Escura e Anisotropia e Raios Cósmicos

Ultra Energéticos

Angela Olinto University of Chicago

Beatriz B. Siffert IF – UFRJ

Bruno Lazarotto IF – UFRJ

João R.T. de Mello Neto IF - UFRJ

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I. Introdução

Raios cósmicos com energias > 4X1019 eV vêm sendo detetados há mais de 4 décadas por diversos experimentos. No entanto, não sabemos até hoje qual a origem desses raios cósmicos ultra energéticos e que processos físicos são responsáveis por acelerar partículas a tais energias.

A produção de raios cósmicos extremamente energéticos através do decaimento ou aniquilação de partículas muito massivas de matéria escura no halo de galáxias é um candidato teórico que pode ser testado com os dados fornecidos pelo observatório Auger.

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Nesse trabalho estimo os padrões de anisotropia das direções de chegada de raios cósmicos que seriam observados na Terra, em particular pelo experimento Auger, fazendo a hipótese de que eles se originem no halo da Via Láctea e da M31.

Não me preocupo por enquanto com os aspectos quantitativos do problema, mas sim em estimar o fluxo relativo dessas duas contribuições supondo diferentes intensidades de background e apontar padrões que possam ser identificados nos dados do Auger.

Nesse cenário , as maiores contribuições de raios cósmicos na Terra viriam do halo da nossa própria galáxia e do halo da galáxia Andromêda (M31), que é a maior galáxia próxima da Via Láctea.

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II. Perfis de Densidade de Matéria escura no Halo Existem na literatura diversas propostas de perfis de densidade para a distribuição de partículas de matéria escura como função da distância ao centro da galáxia, baseados em simulações de formação de galáxias.

sol

rElemento de matéria escura

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Nesse trabalho, utilizo os perfis propostos por Navarro, Frenk e White (NFW) e por Moore et al., que podem ser condensados pela seguinte expressão:

onde 0 é a densidade de matéria escura local (na posição do Sol) e R0 é distância da Terra até o centro da galáxia.

/

0

/

00

/1/

/1)(

arRr

aRr

NFW: = 1, = 3, = 1

Moore et al. : = 1.5, = 3, = 1.5

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III. Estimativa do Fluxo

Já que a Terra não se encontra no centro da Via Láctea, esperamos um fluxo de raios cósmicos não isotrópico devido ao halo da nossa galáxia.

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O fluxo em uma direção que faz um ângulo com a reta que liga a Terra ao CG é:

onde K depende do modelo adotado para matéria escura.

Supondo um mesmo perfil de densidade para a distribuição da matéria escura no halo da M31, podemos expressar o fluxo de raios cósmicos devido a essa galáxia como:

onde ~ 2 é a razão entre a massa do halo de M31 e a massa do halo da Via Láctea e D ~ 670 kpc é a distância até M31.

dsrKGaláxia )()(

dVrKDM )(231

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Os eventos medidos pelo Auger estão sujeitos à aceitação do experimento, a chamada exposure. Ela dá a probabilidade de deteção de um evento como função de sua declinação.

Todos os mapas produzidos levaram a exposure do Auger em consideração. Além disso, todos os mapas simulam o que o Auger norte+sul veria.

Auger Sul

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Todos os mapas que serão apresentados mostram a esfera celeste na projeção de Hammer-Aitoff.

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Isotrópico Auger Sul+Norte - Coordenadas galáticas.

Mapa que seria observado pelo Auger (estação norte e sul) se o fluxo de raios cósmicos chegando na Terra fosse isotrópico:

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Fluxo Galáxia + M31 para perfil de densidade NFW.

M31

Fluxo Galáxia + M31 para perfil de densidade Moore et al.

Contribuição de M31 insignificante.

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IV. Acrescentando um background isotrópico

ΦTOTAL = (Φ GALÁXIA + Φ M31) + Φ ISOT (0<<1)

Fluxo total para perfil de densidade Moore et al. =0.2

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Fluxo total para perfil de densidade NFW e =0.2

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Podemos expandir a função intensidade de raios cósmicos na esfera na base dos harmônicos esféricos:

0

),(),(l

l

lmlmlmYaI

),(1 onde1

i

N

iilmlm Y

Na

Definimos o Espectro Angular de Potência como:

lm

lmlmal

lC 2

121)(

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Termo de dipolo

background background+MWNFW+M31NFW

background+MWMoore+M31Moore

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Termo de quadrupolo

background background+MWNFW+M31NFW

background+MWMoore+M31Moore

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V. Perspectivas• Esse trabalho é muito preliminar.

• Utilizar perfis de densidade com clumps de matéria escura.

• Levar em consideração o efeito da compressão bariônica.

• Estimar contribuições das Nuvens de Magalhães.

NFW 1 3 1

NFW comp. 0.8 2.7 1.45

Moore et al. 1.5 3 1.5

Moore et al. comp. 0.8 2.7 1.65

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Referências

• Y. Mambrini, C. Muñoz, E. Nezri, F. Prada, JCAP 0601 (2006) 010.

• G.A. Medina Tanco, A.A. Watson, Astropaticle Physics 12 (1999) 25-34.

• R. Aloisio, Pasquale Blasi, Angela V. Olinto, Astrophys.J. 601 (2004) 47-53.

• N.W. Evans, F. Ferrer, S. Sarkar, Astrophys.J. 601 (2004) 47-53.

• Stelios Kazantzidis, Andrew R. Zentner, Andrey V. Kravtsov, Astrophys.J. 641 (2006) 647-664.