the portuguese tribune , may 15th 2011

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 2 a Quinzena de Maio de 2011 Ano XXXI - No. 1109 Modesto, California $1.50 / $40.00 Anual www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected] Myron Cotta Helter Martins Centro Cultural de Macau Corrida de Toiros Comemorativa dos 35 anos do Grupo de Forcados de Turlock e da alternativa do Cavaleiro Sário Cabral Praça de Stevinson, 29 de Maio de 2011, pelas 5 horas NOTÍCIAS A Associação Estudantil SOPAS vai homenage- ar, não só alunos das três Escolas Secundárias de Tulare, bem como as se- guintes entidades da nos- sa comunidade: Professora do Ano: Ste- phanie Mendes Organização : Centro Por- tuguês de Evangelização e Cultura de Tulare. Negócio do Ano : Estação de Rádio KIGS 620 AM Leitaria do Ano: Dimas e Maria Eugénia Valadão. Luso-Americana Hono- rária do Ano: Kathie Me- deiros. Voluntária do Ano: Ma- ria de Lourdes Leonardo Pessoa Inspiradora do Ano : Padre Raul Marta. Artista do Ano : Hélio Beirão Hall of Fame: Helter Martins. Remembrance Award: Alberto Ferreira. Este evento terá lugar no dia 22 de Maio pelas 5 ho- ras, no Auditório do Tula- re Community. 35 anos dos Forcados de Turlock Alternativa de Sário Cabral É uma corrida de muita expectativa, com a presença de um dos melhores cavaleiros portugue- ses, Rui Salvador, que dará alternativa ao cavaleiro praticante de Madera, Sário Cabral. Uma oportunidade para que os aficionados das corridas à portuguesa possam admirar três cavaleiros, bem como ver seis pegas a toiros de duas ganadarias - António Cabral e Açoriana. Ainda por cima é uma corrida realizada à tarde, às 5 horas, com sol e toda a beleza de uma corrida à portuguesa. Ficar em casa é perder uma oportunidade de poder ver toda a beleza da Festa Brava em movimento. Pág. 24 Pág. 19 Monsenhor Myron Cotta, Bispo In- terino de Fresno. Será ele o próximo Bispo de descendência portuguesa? Helter Martins, lí- der comunitário, Vice Cônsul Honorário de Portugal em Tulare, antigo Conselheiro das Comunidades, vai ser homenageado no dia 22 de Maio durante o jantar dedicado aos MVPA (Most Valua- ble Portuguese-Ameri- cans) e promovido pela Associação Estudantil SOPAS (Society of Portuguese-American Students), com o galar- dão de SOPAS Portu- guese-American Hall of Fame.

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The Portuguese Tribune , May 15th 2011

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Page 1: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2a Quinzena de Maio de 2011Ano XXXI - No. 1109 Modesto, California$1.50 / $40.00 Anual

www.portuguesetribune.com www.tribunaportuguesa.com [email protected]

MyronCotta

Helter Martins

Centro Cultural de Macau

Corrida de Toiros Comemorativa dos 35 anos do Grupo de Forcados de Turlock e da alternativa do Cavaleiro Sário Cabral Praça de Stevinson, 29 de Maio de 2011, pelas 5 horas

NOTÍCIASA Associação Estudantil SOPAS vai homenage-ar, não só alunos das três Escolas Secundárias de Tulare, bem como as se-guintes entidades da nos-sa comunidade:Professora do Ano: Ste-phanie MendesOrganização: Centro Por-tuguês de Evangelização e Cultura de Tulare.Negócio do Ano: Estação de Rádio KIGS 620 AMLeitaria do Ano: Dimas e Maria Eugénia Valadão.Luso-Americana Hono-rária do Ano: Kathie Me-deiros.Voluntária do Ano: Ma-ria de Lourdes LeonardoPessoa Inspiradora do Ano: Padre Raul Marta.Artista do Ano: Hélio BeirãoHall of Fame: Helter Martins.Remembrance Award:Alberto Ferreira.

Este evento terá lugar no dia 22 de Maio pelas 5 ho-ras, no Auditório do Tula-re Community.

35 anos dos Forcados de TurlockAlternativa de Sário CabralÉ uma corrida de muita expectativa, com a presença de um dos melhores cavaleiros portugue-ses, Rui Salvador, que dará alternativa ao cavaleiro praticante de Madera, Sário Cabral.Uma oportunidade para que os aficionados das corridas à portuguesa possam admirar três cavaleiros, bem como ver seis pegas a toiros de duas ganadarias - António Cabral e Açoriana. Ainda por cima é uma corrida realizada à tarde, às 5 horas, com sol e toda a beleza de uma corrida à portuguesa. Ficar em casa é perder uma oportunidade de poder ver toda a beleza da Festa Brava em movimento. Pág. 24

Pág. 19

Monsenhor Myron Cotta, Bispo In-terino de Fresno. Será ele o próximo Bispo de descendência portuguesa?

Helter Martins, lí-der comunitário, Vice Cônsul Honorário de Portugal em Tulare, antigo Conselheiro das Comunidades, vai ser homenageado no dia 22 de Maio durante o jantar dedicado aos MVPA (Most Valua-ble Portuguese-Ameri-cans) e promovido pela Associação Estudantil SOPAS (Society of Portuguese-American Students), com o galar-dão de SOPAS Portu-guese-American Hall of Fame.

Page 2: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

Year XXXI, Number 1109, May 15th, 2011

2 15 de Maio de 2011SEGUNDA PÁGINA

Frederico MacielOs irmãos Severino já nos habitu-aram, na sua música, a temas que nos tocam lá bem no fundo. Quem não se lembra do primeiro CD do Tributo em "Dia de São Vapor" e sobretudo quem não se revê na am-biência daquela época.Pelo tempo fora a sua música evo-luiu e a temática diversificou-se mas o apelo à sua terra e à sua gen-te manteve-se inalterável na men-sagem.Esta obra que nos é agora apresen-tada pelo "duo" é a continuação da-quilo que sempre disseram: o amor à ilha ("minha terra és meu lugar e em ti quero morrer", na letra de António Severino), o quotidiano das suas gentes ("fomos viola a to-car, chamarrita de cadeia, fomos valentes homens do mar, caçadores da baleia"), a saudade dos que par-tem ("do meu mar tenho saudade"), e a recordação do que deixam da minha rua lembrança".Os irmãos Severinos, como ne-nhuns outros, considerando mesmo a música tradicional e folclórica, conseguiram "pegar" a ilha em toda a sua essência e transmitir em música um apelo constante a quem

de longe lhe acena para que a não esqueçam.Assim, na mesma senda da música do "Tributo", eis que surge este CD com música totalmente dedicada à diáspora e à saudade dos que par-tiram e daqueles que os viram par-tir sem nuns nem nos outros haver força e condições de alterarem o destino, porque a mensagem deste CD tanto se aplica aos que um dia emigraram por a terra lhes ser ma-

drasta como àqueles que permane-ceram com vontade de partir.Ao ouvi-la ficamos com vontade de a repetir porque a sua mensagem nos embala em recordações e so-nhos!Parabéns ao Manuel e ao António Severino e obrigado!Agradeço a oportunidade que eles dão a quantos os ouvirem de pode-rem saborear tão importantes men-sagens!

EDITORIAL

Mal comecei a ler a lista das nossas festas, pu-blicada na nossa ultima edição, elaborada com muito trabalho pela PFSA, reparámos que muitas das festas não estavam lá mencionadas.

Quem lê os meus editoriais, saberá das razões, porque quase todos os anos falamos disso.A razão é muitos simples: as nossas festas pura e simples-mente não comunicam à PFSA (antigamente era à I.D.E.S) as datas das suas festividades. Simples como água.Mais uma vez, sugerimos a todas as nossas organizações, especialmente aos Secretários das mesmas, para logo a se-guir ao dia das contas, fazerem um telefonema para a PFSA a comunicar as vossas festas para o ano seguinte. Será isto dificil? Claro que isto é facílimo de fazer. Se todos fizerem isso, a PFSA poderá elaborar a lista e nós poderíamos publi-cá-la no princípio do ano. Estamos combinados?

Sempre fomos apologistas que as homenagens a pessoas que merecem ser reconhecidas pela comunidade, aqui e em qual-quer lugar, devem ser feitas com as pessoas ainda vivas. Recordamos que no ano passado e nos Dia dos Açores, realizado no Corvo, meteu impressão ver que metade dos homenageados já tinham morrido. Porque razão se espera tantos anos para só depois de mortas se reconhecer o valor das pessoas?Fez bem as SOPAS em homenagear Helter Martins, Hélio Beirão. Oxalá outras entidades aprendam a não adiar, como muitas têm feito até agora.

josé avila

Até à vista e não AdeusPor favor não se esqueçam!

Page 3: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

3PATROCINADORES

fotos de Diliana Pereira

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4 15 de Maio de 2011COLABORAÇÃO

Desde há algum tempo a esta parte, que tenho andado a pen-sar em escrever um artigo so-bre o que se passa no Newark

Pavilion na cidade de Newark, California. Isto tudo porque desde Janeiro do corrente ano que passei a fazer parte integrante do Business Board of Directors do referido Pavilion, adicionando estas funções à de Presidente do referido concelho, que não é nada mais nada menos do que o Conce-lho 16 da Portuguese Fraternal Society of America. Com a fusão das quatro socie-dades, a frequência de pessoas a visitarem e a necessitarem de arrendar qualquer um dos salões para as suas festas aumentou considerávelmente.Parece que, apesar de se verificar uma crise económica que teima em não passar, o Bu-siness Board do Newark Pavilion decidiu manter os mesmos preços e até aventurar-se em novos trilhos, tais como promover jantares de angariaçãode fundos para pro-ver a algumas obras bem necessitadas nos salões e que mais tarde irão beneficiar, não só as próprias instalações, como também, as pessoas/entidades que as arrendam, re-cebendo em troca um produto de melhor qualidade em função do que pagaram.Foi com esta nova atitude que surgiu o Jantar da Primavera que contou com a presença de cerca de 250 pessoas, que ao som da música de Zé Duarte, de San Die-go, dançaram muito animadamente até ao fecho das instalações. Caro leitor, fique

atento pois mais eventos desta e de nature-za semelhantes – English Tea Party, Wine tasting, etc - vão acontecer para que to-dos nós tiremos proveitos das instalacões e do convivio agradável com todos os que gostam de boa música e acima de tudo da excelente gastronomia portuguesa.Mas o Pavilion não vive só festas de anga-riação de fundos, também tem uma profun-da e vasta influência na chamada Tri City Area - Fremont, Union City e Newark. Muitas organizações contactam-nos para lhes alugarmos as instalações para home-nagearem lideres politicos ou não, jovens que se destacam na comunidade, festas de casamento, aniversários, a comunidade sul-americana tem as suas quinceneras no nosso Hall e tambem agora outras co-munidades já nos descobriram, tal como a afegã, a comunidade das maravilhosas ilhas do Pacifico, não nos esquecendo das comunidades indiana, paquistanesa e vie-tnamita. Nem de só de pão vive o homem e tam-bém é necessário estender a mão a quem precisa: o Newark Pavilion está totalmen-te integrado na comunidade e dentro do razoável exerce a sua caridade a todos os que lha solicitam. Por exemplo, todos os directores, que são cinco, trabalham in-cansávelmente no Pavilion para que nada falte nas instalações, nos dois bares e na cozinha. O pessoal que toma conta das instalações providencia a limpeza, põe e tira mesas, cadeiras e mantem as instala-

ções impecávelmente limpas assim como os sanitários.Uma das fontes de rendimento do Pavi-lion, é como todos sabem o jogo do Bingo. Todas as terças-feiras o Hall 1 do Pavilion enche-se de jogadores que passam connos-co uma grande parte do dia: chegam por volta das 3 da tarde e alguns logo até an-tes do almoço e ali ficam a jogar até por volta das dez horas da noite. E quem é que ajuda? Um circulo de voluntários que vende e debita os cartões, anda quilóme-tros a vender os chamados pull-tabs, grita os números saídos, paga os prémios, e a cozinha é uma azáfama com os jogadores a quererem jantar. Para alegria de muitos realizámos uma Maratona de Bingo que

foi um sucesso e breve estamos a pensar em realizar uma outra para aceder aos pe-didos de muitos.Penso que o artigo vai longo e está na hora de fechar, mas caro leitor ou leitora, se não souber muito bem o que quer fazer a uma terça-feira, meta-se no carro e venha ter connosco ao Pavilion para um animado jogo de Bingo - vai ver que vai gostar e não se vai arrepender.

No dia 18 de Abril, 2011, tive o ensejo de assistir a uma apresentação ilustrativa sob o tema: “From de Azores to Ca-

lifornia- The Portuguese Dairy Farmers of Southern Marin”, que teve lugar no Town Hall da cidade de Tiburon.Para minha surpresa, a sala estava cheia de pessoas americanas e portuguesas e até al-gumas de San Jose e Vale de San Joaquin.A historiadora Lissa McKee, de Mill Val-ley, apresentou um interessante e bem ela-borado trabalho focando a importância da contribuição económica contribuida por muitas famílias açorianas que emigraram para o Marin County nos séculos XIX e XX e que desenvolveram a indústria dos lacticínios, especialmente na Península de Tiburon. Como muitos outros conterrâne-os, também tiveram de enfrentar a vida dura do campo, primeiro trabalhando por conta de outrem e, mais tarde, adquirindo as suas próprias propriedades. O Sr. Joe Avella, (Avila) de Novato, descendente picoense que há muito conheço, mas que, só agora, através do video apresentado du-rante esta apresentação, fiquei a saber que ele foi criado num “rancho” em Tiburon.Segundo me informou a Sra. McKee, o que

a levou a pesquisar a história dos açoria-nos no Sul do Marin County, foi o facto de devido a um estudo que ela fez sobre edifí-cios antigos localizados dentro do Golden Gate National Recreation Area, ter en-contrado dois complexos de “dairy ranch” datados da década 1900 e que mereciam fazer parte da National Register Of Histo-ric Preservation. Apesar de algumas mo-dificações recentes, aqueles edifícios eram raras testemunhas do principal meio de subsistência dos primeiros açorianos que aqui iniciaram o seu interesse na indústria dos lacticínios para depois a expandir para o resto dos condados de Marin e Sonoma e mais tarde por toda a Califórnia.A Sra. McKee espera que a sua pesquisa sirva de inspiração para que a nossa comu-nidade possa salvaguarda a história do seu passado através de documentos e informa-ção oral, pois isso é muito importante para ficar esquecido. Admirei imenso o trabalho da Sra. McKee, de descendência irlandesa, que, apesar do pouco relacionamento com a nossa comu-nidade, teve grande interesse em pesqui-sar a nossa história por estas paragens nas suas horas livres e sem qualquer remune-ração.

A Sra. McKee recebeu o seu “Masters Degree in History” pela Universidade da Califórnia e nos últimos 24 anos tem sido responsável pelos regulamentos que defi-nem a avaliação de propriedades históri-cas deste estado.

Dos Açores à California

Angela Pereira

Festa de MontereySat. July 9, 2011Festa do Divino Espirito SantoPresentation of Queen's & OfficersExchange of Crowns 9:00 p.m.950 Casanova Monterey Ca831-372-1913Sun. July 10, 2011Festa do Divino Espirito SantoFormation of Parade 9:30 a.m.at Custom House PlazaDel Monte Ave, Monterey, CaMass 11:00 a.m. San Carlos Church HallChurch St. Monterey, Ca 831-372-1913

Newark Pavilion

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Page 5: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

5COLABORAÇÃO

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

Nos Açores não temos rios, mas sim ribeiras, algumas delas com a curiosa alcunha de ribeira seca, uma vez que a água corre por ali apenas periodicamente. Igualmen-te não temos ribeiros, mas sim regatos e regos, ou seja, simples veios de água. Por exemplo, a mi-nha família tinha um terreno de cultivo num sítio conhecido por Rego Esquerdo. E perto da nossa casa havia uma grota, nome que o povo dá ao chão duma ribeira que, geralmente, vamos encontrar no fundo de barrancos, onde a água corre quer esporadicamente quer permanentemente.Ribeira Grande é o nome da terra onde nasci. Gaspar Frutuoso a ela se referiu da seguinte maneira: “A Ribeira Grande, nobre com seus moradores, rica em suas terras, bem assombrada com seus campos e fértil em seus frutos, está situada de aquém e de além de uma grande ribeira, de que ela tomou o nome”. (Saudades da Terra, Livro IV, pág. 187, Ed. 1998).

A Ribeira Grande é minha,Comprei-a c’o meu dinheiro;Quem quiser moças bonitas,Fale comigo primeiro.

Agora o sol já não nasceNo lugar onde nascia;Nasce na Ribeira GrandeNa flor da melancia.Eu fui à Ribeira Grande

Ver moinhos e ribeiras,Trouxe de lá por lembrançaUm fuso e duas peneiras.

Comprei na Ribeira GrandeQuatro coisas p’ró meu uso;Uma trempe e uma grelha,Uma peneira e um fuso.

P’ra ir ao Miradouro,Passei por Santa Luzia,E fui deixar os meus olhosNa costa de Santa Iria.

Ó minha Ribeira Grande,És a terra que mais brilha,Com adelos e ferreiros,Celeiro da nossa ilha.

Ribeira Grande, ribeira,Onde os pobres vão lavar;Lavam tudo, só não lavamAs penas do seu penar.

Ó risonha e formosa ribeira,Tu encantas quem te vem visitar,Com o murmúrio das tuas águasCorrendo tranquilas p’ró mar.

Ó minha Ribeira Grande,Minha ribeira de flores,P’ra lá do moinho grande,Está o encanto dos meus amores.

Adeus, ó Ribeira Grande,Adeus, ó grande ribeira;

Lembranças de ribeirasPus-me a chorar saudades,Chorei uma noite inteira.

A Ribeira Grande está situada entre as freguesias da Ribeirinha e da Ribeira Seca. É novamente Gaspar Frutuoso quem descre-veu, na obra supra-citada, que a Ribeirinha “de boas e frescas águas, é chamada assim com nome diminutivo por ser mais pe-quena que a Ribeira Grande, sua vizinha, que está além dela, para a parte do ponente, um quarto de légua”, enquanto a Ribeira Seca “tem este nome por não chegar a água que por ela desce abaixo ao mar e secar de todo o Verão, ainda que algumas vezes traga enchente no Inverno”.

Ribeirinha, Ribeirinha,Ribeirinha, desgraça,Se não chove uma pinguinha,Ribeirinha não dá nada.

Ribeirinha vale dez réis,Ribeira Grande um vintém,Ribeira Seca patacas,Pelas mocinhas que tem.

Deu-me sede fui beber,Fui beber à Ribeirinha,P’ra ver os teus olhos,Qu’eu muita sede não tinha.

Eu fui à Ribei-ra Seca,Entre todas afamada,Dá telha p’ra

toda a ilha,Uma inteira, outra quebrada.

Ó minha Ribeira Seca,Ó minha seca ribeira,Inda ontem de lá vim,P’ra lá volto de carreira.

Já te disse que não hei-deEm terra alheia tomar amores;Há-de ser na Ribeira Seca,Que é um jardim de flores.

P’ràs bandas do Nordeste, pros-seguindo na descrição de Frutu-oso, temos a ribeira chamada do Guilherme, “porque antigamen-te morou ali um flamengo deste nome”, bem como a ribeira dos Moinhos, que serviu de tema a uma das muitas inspiradas poe-sias incluídas no livro “Os Moi-nhos d’Água Cantam na Ribeira”, publicado em 1985, da autoria do padre João Jacinto Raposo.É no Nordeste que se encontra a tão falada ribeira da Mulher, àcerca da qual existem diversas versões, todas elas dizendo res-peito e uma mulher aí desem-barcada dum navio, ou por estar grávida ou muito enjoada da via-gem, ou por ser fugitiva doutra ilha (Santa Maria), ou então por tratar-se duma mulher que por ali

aparecia de noite “qual fantasma que espantava os caminhantes”.Evidentemente que não podemos esquecer a célebre ribeira chama-da Despe-te Que Suas, porque, no dizer de Frutuoso, “quem a acaba de passar duma parte a outra vai já tão encalmado e suado com descer e subir por suas íngremes ladeiras, que é necessário despir-se p’ra desafrontar, desencalmar e tomar ar, descansando”. Seguem-se as ribeiras chamadas do Folhado e do Machado; a pri-meira, “por nela se cortar uma árvore deste nome, a maior, mais comprida e grossa que se achou da banda norte”, e a segunda, “por um fragueiro esconder jun-to dela um machado, sem mais o poder achar nem atinar com ele”.Ainda em S. Miguel temos a Ri-beira das Tainhas, pelo peixe que lá tinha; a Ribeira de Água Re-torta, porque se vai retrocendo em voltas; a Ribeira Quente, de muita e copiosa água morna; a Ribeira Funda, que cobrou este nome por ter grande altura de ambas as partes... e tantas ou-tras mais ribeiras que seria longo enumerar nesta crónica!

PHPC announces the release of its latest publication, the luxury edition of the book IV International Conference on The Holy Spirit Festas, a hard cover, full color, 100-page, photojournalist’s report of the June 2010 conference in San José, California, by Miguel Valle Ávila, Assistant Editor of The Portuguese Tribune. All author proceeds revert in benefit of the San José State University Portuguese Studies Program.

Book Orders: www.PortugueseBooks.org or www.Amazon.comOnly $35.00

IV International Conference on the Holy Spirit FestasMiguel Valle Ávila

Page 6: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

6 15 de Maio de 2011COLABORAÇÃO

Ouça Miguel Canto e Castro em www.kigs.com

Esta semana fomos no-vamente confrontados com mais um episódio triste de abuso e maus

tratos a animais. Estes abusos foram documentados em came-ra por um individuo que se infil-trou num rancho como trabalha-dor, e enquanto lá documentou abusos lastimáveis a vitelos. O video exibido na internet e nos meios de comunicação social Americanos (CNN, etc), é de uma violência extrema o que deixa qualquer ser humano que o veja revoltado. Enquanto parte integrante e re-guladora da industria pecuária, quero aqui deixar o meu apelo a todos que possuem animais, não só de produção, mas também de estimação, para que não mal-tratem os vossos animais, para que não prolonguem os seu so-frimento e que todas a decisões sejam tomadas tendo em consi-deração o que é melhor para o vosso animal.Após deixar o meu apelo, agora quero centrar a discusão à vol-ta do facto de que este episódio triste e revoltante não corres-ponde ao que se passa em toda a industria de pecuária aqui nos EUA e que esta se encontra re-gulamentada e com padrões de

qualidade elevados que garan-tem a segurança dos produtos de origem animal que consu-mimos. Sempre ouvi, desde pequeno, a seguinte expressão: “Nem tanto ao mar, nem tanto á terra”. Uso esta expressão para fazer passar a mensagem que re-gulação excessiva à industria de pecuária nos EUA levará á sua diminuição. Ao diminuirmos a produção animal nos EUA (e aqui não estou a falar sómente de carne, mas também de leite, ovos e outros produtos), tere-mos que importar produtos de origem animal de outros países. Quero aqui garantir que os EUA estão na vanguarda da regu-lamentação de tratamento dos animais e de todos os productos que deles provenham. Ao irmos importar produtos animais de outros países, vamos correr o risco de importarmos produtos que tenham origem duvidosa. À que compreender que muitos dos países industrializados e expor-tadores de produtos animais não possuem 1% da regulamentação e níveis de qualidade que temos e exigimos aqui nos EUA. Temos todos obrigação de es-tarmos informados sobre o que consumimos e de como os pro-dutos que consumimos chegam

até nós. Também temos que perceber, que, como qualquer outra situação ou industria, cer-tas práticas são excepções e não a regra. O exemplo usado esta semana pelos media e pelos de-fensores animais é uma excep-ção, numa industria que neste país segue as directivas esta-belecidas, para que os produtos que chegam ás vossas mesas se-jam obtidos de forma adequada e humana. Os tempos pelos quais passa-mos são de mudança. Os valores que tanto apelamos e tentamos transmitir estão a ser questiona-dos e muitas vezes desrespeita-dos. Como sociedade, temos a responsabilidade de contribuir para uma evolução positiva de valores e consciência. Temos a obrigação de pedir mais e me-lhor, mas não pedir por pedir, se queremos melhor, temos que dar o exemplo, temos que fazer melhor. Na minha humilde opi-nião, ao pedir e exigirmos mais e melhor, temos que procurar entender o que se passa á nos-sa volta. Não podemos formar ideias baseadas sómente numa perspectiva ou situação, á que perceber contextos, á que nos manter informados.

Deixe em casa o seu cartão do SS

Excepção? Ou Regra?

Do Vale à Montanha

Sergio [email protected]

“Receber o seu seguro social ou o suplemento através do banco - Direct Express - é fácil e pro-tegido”, diz Michael J. Astrue, Commissioner of Social Security. “Você não precisa preocupar-se que o seu cheque se vai perder ou ser roubado, o seu dinheiro vem imediatamente no dia certo. Não precisa esperar para chegar pelo correio, vem mais rápido. A partir do dia 1 de Maio de 2011, todos que aplicam para o seguro social vão receber o seu pagamento por meio electróni-co, na sua conta de banco ou por Direct Express. Todos os outros que recebiam cheques através do correio, vão ser transferidos para o pagamento direito efectivo a partir do dia 1 de Março 2013. Todos os pagamentos federais vão ser processados electrónica-mente. Com os pagamentos elec-trónicos o governo federal vai poupar mais de $120 milhões por ano, devido a não fazer cheques em papel, e poupa $1 bilião em dez anos. Não havendo cheques em papel poupa-se 12 milhões de libras de papel nos primeiros cin-co anos. Para aprender mais sobre o de-posito directo ou Direct Express Debit Mastercard, visite www.GoDirect.org. Quanto é o máximo que uma pessoa pode receber do seguro suplementar?

Individuo $830.40 por mês,Individuo vivendo com outros $609.17 por mêsCriança $737.40 por mêsPessoa Cega $885.40 por mês

Devo usar o meu cartão do Se-guro Social na Carteira?

Você não deve andar com o seu cartão do seguro social na cartei-ra ou mala. Quando uma pessoa rouba a sua carteira pode abusar usando seu número do seguro so-cial. O cartão do seguro social, é grátis. Às vezes vem informação no correio para noivas para paga-rem para receber um cartão novo! Não faça isso. Venha ao escritório do seguro social e recebe a infor-mação grátis. Se você pensa que alguém está usando o seu numero do seguro social, pode telefonar para 1-877-438-4338 (comissão

federal), ou visite www.ftc.gov/bcp/edu/microsites/idtheft.

O que acontece quando fi-car viuvo ou viuva:

É difícil quando uma pessoa per-de o seu esposo ou esposa. Você tal vez pensa no seguro social para a sua reforma. Mas as ta-xas que você paga vai também para benefícios de viuvos e suas familias. É como um seguro de vida que talvez você não sabe que tem.

Quando alguém morre, algums membros da sua família podem receber pagamentos do seguro social, como viuvos, viuvos di-vorciados, e filhos menores de 18 anos. O seu viuvo ou viuva pode receber um pagamento de $255.00. Mais de 6.4 milhões de viuvos recebem benefícios. O pagamento médio é $1,129.00 por mês. Se é viuvo/a, deve aplicar para beneficios chamando 1-800-772-1213 e pedir um intérprete português, caso precise, ou então visite um escritório do seguro so-cial. Vai precisar trazer prova da falecimento, como o certificado da casa funerária, o número do seguro social da pessoa falecida, o certificado de nascimento e de matrimonio, os W2s da pessoa que faleceu, o nome e número da conta do banco, prova de papeis americanos ou cartão verde.

Quando tiver duvidas e precisar de ajuda pode contactar-me atra-vés do email: [email protected]

Judy Teixeira Northern Area DirectorTelephone: (916) 339-4858FAX: (916) 339-4864Social Security Benefits America

Pergunte a JuditeJudite [email protected]

Page 7: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

7COLABORAÇÃO

Rasgos d’Alma

Luciano [email protected]

O nosso encantador jardim à beira-mar plantado, berço mi-moso da terna portu-

galidade que nos une e irmana cá pelos emigramados canteiros da diáspora, está a passar por um mau bocado. Não é novida-de para ninguém, bem sabemos. O drama arrasta-se há tempos e, lastimosamente, não se lhe vis-lumbra um airoso fim à vista. A medonha crise económica, que a todos nos afeta e deprime, entrou lá de forma fulminante e promete não querer sair tão cedo. Os afli-tivos sinais de alarme já soavam em pânico há algum tempo mas foram continuamente ignorados por quem de direito. O proble-ma – porque, “em casa sem pão, todos ralham e ninguém tem ra-zão” – foi-se adiando até à for-cada queda do atual (des)Gover-no e ao desolante desespero da nação, quase hipotecada e, uma vez mais, aconselhada a aper-tar o cinto sem remissão. Oxalá a perigosa derrapagem obedeça sem vacilar ao tenaz travão de re-curso imposto pela “Troika” com um rigoroso leque de medidas severas que não deixam margem para segundas dúvidas nem dão azo a terceiras interpretações. O espaço de manobra demagógi-ca na politiquice nacional, agora encurralado em feio beco, vê-se drasticamente reduzido a duas claras saídas: ou vai ou racha.Compreendemos que a recente “invasão” dessa intrusa troika, que alguns analistas menos pre-cavidos ainda teimam em consi-derar de escusada, nada tenha a ver com a ameaça real das histó-ricas invasões francesa ou espa-nhola de outras eras. Aceitamos que os chorudos empréstimos do Fundo Monetário Internacional não signifiquem qualquer inde-sejado ataque germânico à fragi-lizada soberania nacional. Reco-nhecemos não sermos peritos na matéria nem termos autoridade moral para mandarmos bocas à toa e ridicularizarmos ainda mais a débil situação financeira e so-

cial do nosso amachucado país de origem. Contudo, de forma alguma podemos ignorar o cin-zento estado de sítio, de vigilante alerta em que ele presentemente se encontra. É, neste momento, e por razões de diversa ordem, uma nação deprimida e depenada. Es-peremos bem que ainda tenha pe-dido ajuda a tempo.Garantido e selado que está já o robusto pacote de apoio financei-ro, as atenções voltam-se agora para a urgente necessidade com que a ditosa pátria lusitana su-plica que lhe levantem a moral, ultimamente de rastos pelas ruas da amargura. Para isso, uma vez mais, como ópio tranquilizante do povo es-caldado e sempre em cata de um escape para as suas múltiplas mágoas, aí esta o futebol a tentar o seu melhor. Que eu saiba, tris-tezas não pagam dívidas e acho que não vale a pena chafurdar-mos mais na assolante depressão da nação. (É claro que não me estou a referir à grandiosa nação benfiquista – aquela que mais fu-tebólicas paixões incendeia entre os portugueses de todo o mundo. Quando ganha, são milhões em delírio. Quando perde, alegra o resto da malta unida contra a inexcidível mística da mítica águia...a prometer de novo altos vôos…para o ano que vem, sem-pre com renovada ambição.)Mas, falávamos em erguer a mo-ral à nação. Não é fácil. Todavia, porque os “nossos” bem pagos políticos não o tem conseguido fazer à altura do seu dever, va-mos a ver então se o fazem, an-tes de partirem para férias, os “nossos” contratados artistas da bola. O “show” de sulamerica-nos que militam nas principais equipas nacionais (Braga e Por-to vão começar seguramente o jogo com apenas quatro ou cinco portugueses nos vinte e dois jo-gadores em campo) está marcado para esta quarta feira em Dublin, capital da Irlanda, tal como Por-tugal, também à rasca de fundos e a querer projetar uma imagem

Santos-Robinson Mortuary

San Leandro

Family ownedCalifornia FD-81

Madeline Moniz GuerreroConselheira Portuguesa

Telefone: 510-483-0123160 Estudillo Ave, San Leandro, CA 94577

* Servindo a Comunidade Portuguesa em toda a Área da Baía desde 1929* Preços baixos - contacte-nos e compare* Serviços tradicionais / Serviços crematórios* Transladações para todo o Mundo* Pré- pagamento de funerais

mais positiva além fronteiras.Inédita e empolgante, com o hino nacional entoado por mui-tos milhares de compatriotas a saudarem a formosa bandeira das quinas, a ansiada final da Liga Europa vai certamente cotar-se como um bonito postal de propa-ganda lusa a coroar o formidável êxito dos dois clubes nortenhos que, com inegável mérito e al-gum brilhantismo, chegaram tão longe na prova. Desconhecem-se ainda as condições atmosféricas mas, decerteza vão chover elo-gios a enaltecerem o rompante sucesso do premiado futebol por-tuguês no cômputo geral desta época. Futebol português…(os três “teams” lusitanos – Braga, Porto e Benfica – participantes

nas meias-finais, ao todo entre si, não chegaram a utilizar o núme-ro suficiente de portugueses que dessem para formar uma só equi-pa…)…? Passa igualmente por uma séria crise de identidade o galardoado desporto rei que profissionalmen-te se pratica nos verdes relvados do nosso bonito jardim à beira mar plantado. A preferência que os clubes tinham outrora pelos jogadores nacionais, deu lugar à contratação desmiolada de atletas estrangeiros – via errada que tem levado algumas sedes à bancarro-ta e oxalá não forcem outras mais a fecharem as portas num futuro próximo. Com estádios às mos-cas e orçamentos no buraco, em termos básicos de saúde financei-

ra, as coisas no futebol também se desenham muito feias.Mas vai ser um espetáculo boni-to. Que ganhe o melhor. Porque uma certeza já está garantida. A taça, com todo o merecimento, vem para ficar numa prateleira do Norte. Onde, creio eu, a me-recida celebração não irá ser feita com os habituais esguichos de champanhe importado mas sim com goladas festivas de genuí-no Vinho do Porto – produto de excelência que nos projeta pelo mundo fora, ao brindarmos com regozijo a melhor equipa do “nos-so” futebol nesta temporada.Que a proeza desportiva contagie os golos da política e erga a moral da nação.

Erguer a Moral

CD das Heroínas à VendaO CD inclui:“As Heroínas em Dia de Amigas”, por Hélio Costa e “Na Terra da Cowboia-da” Contacto: 562-547-0055 ou 562-802-0011Por favor mandem um Cheque ou Money Orderem nome de José Enes com esta forma para aDirecção abaixo indicada. Nome:________________________________Rua:_________________________________Cidade:_______________________________Estado:_______________________________Zip:_________________________________Tele: ( )_____________________________

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Page 8: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

8 15 de Maio de 2011

CANTIGAS AO DESAFIONovidades de 2010, em DVD e CD

. Cantoria da Senhora da Luz, 2010

. Cantoria da Filarmónica de S. João, 2010

. Cantoria p. o Pequeno Jonathan, 2009

. IV Encontro de Veteranos, 2010Cantorias editadas anteriormente:. Guerra de Cantigas ao Desafio, 2005. Grande Tarde do Improviso, 2005. Cantigas ao Desafio no S. Maria, 2006. Nova Guerra de Cantigas, 2007. Só Desgarradas, 2008. Cantadores de Guerra Cantam Paz, 2009

Livros de cantigas ao desafio também à venda.Vasco Aguiar, Meio Século a Cantar ao DesafioJosé Plácido, Quarenta Anos a Cantar ao DesafioJosé Gaudino, Quase M. Século a Cantar ao Desafio

Encomendas. Escreva ou telefone para: José Brites

(Por favor fazer cheques em nome da editora)Peregrinação Publications USA Inc.P. O. Box 4706, Rumford, RI 02916 USATel: (401) 435-4897 Fax: (401) [email protected] www.portuguese-books.com

COLABORAÇÃO

"Vá fogo pró ar"

Agua Viva

Filomena [email protected]

Com a primeira semana de Espírito Santo, co-meça o Ciclo das Fes-tas Portuguesas: Do

Divino Espírito Santo e Santos Populares. Já este jornal publicou três enor-mes páginas com os nomes das Irmandades ou Sociedades e da-tas correspondentes, que vão de 1 de Maio até dia 22 de Outubro. Tal como nas nossas Ilhas de ori-gem, onde os foguetes rebentam nos terreiros com a chamada ao enfeitar dos bezerros, ao Pézinho, ao bôdo de leite, à saída da pro-cissão da Igreja, assim como no regresso à Casa de Deus, onde uma ou mais Filarmónicas que acompanhou os andores na pro-cissão, toca o hino da sociedade a que pertence, em louvor ao pa-droeiro da freguesia e em agrade-cimento por ter sido convidada a participar naquela festa de todos os anos. É sempre o foguete que marca o início e o final da Festa. Vá fogo p’ro ar! Junto dos Impérios, começa tudo com o tirar do pelouro, um sor-teio que dita a sorte a quem a ti-ver. Nem a todos cabe a dita do Espírito Santo ficar todo o ano em casa de quem tirou o pelouro.

O Divino tem destes Mistérios. Mas uma semana, duas... ou um mês, já saberá bem. Dará Alegria e muitas bênçãos na casa de quem O recebe. Pensando bem, são es-tas crenças que sustentam ainda o Amor, a Fé e a Esperança de que, Deus sim existe e aí está de verdade para nos aproximar, para

nos valer nas crises da vida, ou socorrer nos pedidos que fazemos nas horas de maior aflição.Aliada à Festa religiosa, está a Festa dita profana, que nada tem de mal, diga-se. Prefiro dizer fes-ta lúdica, a que entretém, a que faz rir no presente, sem pensar demasiado no futuro. Longe vai o tempo em que os habitantes da freguesia em festa se contenta-vam com o filme passado no ter-reiro, ou alguns fados e canções pelos artistas locais. Ainda me

lembro de ouvir vozes lindas do Fado e da Canção, quase todas imigradas ou já desaparecidas: Isalino Santos, Henrique Cordei-ro que todavia cantam, e a irmã Ariovalda Maria, na California. Manuel Marques, a voz ranchera, que tão bem cantava a malagueña e outras canões em espanhol. Guy

Fernandes, a bonita voz de tenor, ambos também chamavam multidões aos palcos improvisados nos terreiros, mas que bem cedo a negra mor-te arrebatou do terreno convívio.Para além das touradas à corda, que cada vez mais fortemente se realizam,

eram esses os melhores entrete-nimentos. Para um final feliz, o fogo de artifício havia de ter uma caixinha com a imagem do san-to padroeiro, que se abria como obra de milagre, para alegria de todos os presentes, com muitos aplausos. Podíamos dizer que é o único que nos falta em terras do tio Sam, para além da saudade que sempre recorda os belos tempos da meni-nice e juventude e ouvir-se dizer sem receio: “Vá fogo pró ar!!! “

ACTUAÇÕES DE ALCIDES MACHADO

Maio

05/21/ BUHACH05/22/ BUHACH05/28/S LEANDRO06/04/CROWS LANDING06/05/ CROWS LANDING06/11/BUHACH06/12/EASTON Com Nelia06/18/LOS BANOS06/19/ LOS BANOS06/25/ BUHACH06/26/STEVENSON07/02/LIVINGSTON07/03/ST CRUZ07/09/EASTON07/10/ EASTON07/18/ GUSTINE BULL ARENA07/23/BUHACH07/30/HALF MOON BAY08/06/SAN DIEGO

Por ocasião das Festas do Se-nhor Santo Cristo dos Milagres, vai estar patente ao público no átrio do edifício principal do Banif em Ponta Delgada, uma exposição intitulada “Em Bus-ca de um Sonho – Memórias da Emigração”.

A exposição, composta por um conjunto de fotografias e ob-jectos da época compreendida entre 1890 e 1930, acompanha a história de uma família rural micaelense que emigrou para os Estados Unidos da América em meados do século XIX, ten

do aí encontrado melhores condições de vida.

O Banif pretende, desta forma simbólica, homenagear todos aqueles que tiveram a coragem de partir em busca de um so-nho, sem nunca esquecerem as suas raízes e tradições, assim como agradecer a confiança que sempre depositaram neste Banco, traduzida numa relação de proximidade que muito nos honra.

BANIF homenageia emigrantes com exposição em Ponta Delgada

António Goulart BernardoFaleceu em San Leandro, no Domingo de Ramos, dia 17 de Abril de 2011, António G. Bernardo, contando 63 anos de idade. Era filho de Maria Natalia Bernardo, de Tracy e do falecido António José Bernar-do. Nasceu no dia 2 de Agosto na fregue-ais de São João, Ilha do Pico, Açores. Era irmão do João e Ruben Bernardo, Natália Cardodo e da falecida Lasalette. Deixa de luto sua esposa Alvarina Bernardo, filhos Tony, Elizabeth e marido Antonio Villar-real, neto Marco Antonio, sogra Maria Garcia Martins e cunhados, residentes na Pico e aqui na California José Carlos Vieira, esposa e vários sobrinhos.António Bernardo envolveu-se muito na comunidade Portuguesa da Área da Baía, dando o seu melhor em várias actividades. Membro dedicado do Conselho Hayward nº 14 da I.D.E.S., servindo em várias ca-pacidades durante muitos anos, incluindo Presidente da Festa do Espírito Santo em 1994, sendo sua filha Elizabeth, a Rainha da mesma.Fazia parte do corpo directivo do Conse-lho 14 e actual director até falecer.Tambem foi membro da Irmandade de Nossa Senhora de Fátima de San Leandro

e da Luso-American Fraternal Federation. Foi Presidente da Sociedade Filarmóni-ca Artista Amadora de San Leandro em 1996 e também foi músico da mesma com o seu filho Tony.A viuva Alvarina Bernardo e família vem através da Tribuna Portuguesa, agradecer a todos que assistiram aos serviços fúne-bres a cargo da Santos Robinson, de San Leandro, na Igreja de St. Leanders. Foi sepultado no Cemitério do Santo Sepul-cro em Hayward.

Falecimento SAUDADEA saudade é uma prendaQue trago no coraçãoTrago-a aqui bem guardadaE uso-a como oração

Uma oração que usoSózinha ou acompanhada,Pois a saudade é uma prendaCom que eu vivo aninhada

Ter saudades é sentirUma mágoa tão profunda,É como a chama que ardeComo a dor que leva à tumba

Sentir saudades é tristeNão as sentir é pior,Pois é só nestes momentosQue nos sentimos melhor

É chama que arde no peitoE nos prende de emoção,Ter saudades é sentirComo doi o coração

Maria A. Silveira Machado, Freedom, California

Page 9: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

9 COLABORAÇÃO

AÇORES: quando a utopia conforta a subsistência socioeconómica

As últimas décadas têm trazido aos Açores inovação e criativi-dade, facilitando a capacidade de desenvolvimento do seu

povo, facultando desse modo o progresso comercial e industrial, abrindo a porta ao crescimento socioeconómico, que sempre foi o fator que mais limitou o progresso e fomentou a emigração. É na união, coesão e cooperação que se alicerça o potencial do sucesso, que tem marcado a tenacidade e persistência do povo açoriana no contex-to nacional e internacional. O progresso,

sucesso e desenvolvimento dão-se quando a educação das crianças, jovens e adul-tos toma prioridade no processo político duma região. Embora, o conceito região ainda não tenha atingido o objectivo para o qual foi desenhado, já que nem todas as ilhas têm sido igualmente apoiadas no seu processo de desenvolvimento, hoje todos têm acesso à educação, com um ensino diversificado que garante uma melhor pos-sibilidade de emprego, e formação univer-sitária.A educação básica de um povo está na sim-ples capacidade de este saber ler, escrever e aplicar conceitos básicos de matemática desde somar, diminuir, multiplicar e di-vidir. Estamos perto de atingir essa meta mínima, contudo, estamos a recorrer a programas e métodos de ensino que foram abolidos no começo da década de setenta por serem discriminatórios. A estratifica-ção social da época tinha como base enviar para os liceus, as e os alunos, que eram re-conhecidos como “inteligentes”, enquanto que os “rotulados” de menos inteligentes ou com necessidade de uma educação es-pecial eram direcionados para as escolas industriais/comerciais e institutos politéc-nicos, o que hoje se está repetindo. Com o desaparecimento do ensino industrial, hoje chamado técnico-profissional, a mão-de-obra especializada nos setenta desapare-ceu do país, reaparecendo nas últimas duas décadas (1990-2011), mas mantendo uma filosofia de base muito idêntica à dos anos setenta, que já era deficiente, disfuncional e enganadora. Tal como hoje, sempre hou-ve mais técnicos do que empregos para os mesmos. Esta situação é o fator mais des-motivador a todos os níveis do ensino, le-vando os jovens a desinteressarem-se pelo ensino médio e superior, por este não lhes garantir um emprego, e muito menos uma carreira profissional. Fenómeno que está ocorrendo na maioria dos países desenvol-vidos do mundo. A utopia do ensino universitário nos Aço-res foi sempre para além do imaginário,

já que, o que era relevante para o seu de-senvolvimento começou a ser ensinado de forma invertida. Começou-se pelas huma-nísticas, em vez de se começar pelas téc-nicas de bem marear, pescar, conhecer o potencial económico do mar e o cultivo da terra, com uma componente que garantis-se a aprendizagem da língua portuguese, história e cultura. Com a consolidação da terceira república as ciências marinas são as que predominam e dão nome nacional e internacional ao ensino universitário nos Açores, não são as humanísticas (elitistas)

que a universidade deu prefe-rência nos anos setenta.É o mar que chama aos Aço-res cientistas de todo o mun-do, que em colaboração com os cientistas residentes da universidade, localizada na ilha do Faial, enriquecem o conhecimento biológico e não só, abrindo há humani-dade o caminho para desco-bertas de novos seres vivos, algas e bactérias que podem originar a cura de muitas das doença com que a humanida-de hoje se debate. O açoriano da diáspora é hoje aberto ao mundo, conhece-o, e mesmo na dispersão não esquece a ilha que o viu nas-cer, ou onde nasceram o pai ou mãe, ou outros familiares. E apesar da percentagem dos que falam português seja pe-quena, as segundas e tercei-ras gerações são persistentes na aprendizagem da história e cultura portuguesas, e na língua falada nos países onde

nasceram. Embora tenham perdido o conhecimento da língua portu-guesa, devido aos problemas socioeconó-micos de inclusão, que forçam a uma acul-turação abrupta, os jovens e menos jovens das últimas décadas têm orgulho de serem portugueses, açorianos e conhecerem a sua história. Com todas as dificuldades de adaptação aos novos mundos, a família de origem compreendeu que uma educação formal era, e é, relevante para o futuro, pelo que, essa foi a grande prioridade das suas vidas, educando os filhos e filhas. Hoje sentem-se orgulhosos dos cargos que os/as mesmas desempenham nas mais di-versificadas áreas laborais, e nos quadros profissionais das grandes companhias e do governo no país de acolhimento. As organizações comunitárias têm que li-derar e financiar o ensino do português, se o consideram importante. Os jovens das últimas décadas estão preparados, e são conhecedores do sistema político e edu-cacional das vilas e cidades onde nasce-ram, vivem e se prepararam para a vida. A presente crise económica é global, pelo que tanto o governo português, como os governos dos países que os acolheram, não vão disponibilizar mais verbas para o ensino do português, ou qualquer outra língua estrangeira. O português é falado por milhões de pessoas no mundo, e tem o potencial de vir a ser uma das línguas mais usadas no mundo financeiro e cien-tifico, já que o Brasil, por si só, é um dos maiores produtores do mundo, seguindo-se Angola, Moçambique, Timor (Indoné-sia), Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Todos estes países estão em grande desenvolvimento, tornando o po-tencial do português como língua, falada, lida e escrita ilimitado. A instabilidade economia mundial tem-se reflectido nas regiões periféricas, mas com mais frequência nos Açores devido à sua insularidade, e catástrofes naturais. Não é fácil liderar um arquipélago com nove ilhas, com necessidades económicas, sociais e médicas específicas, sem haver

uma agricultura que garanta uma produção básica de alimentos para a sobrevivência dos seus habitantes. Embora já exista um aeroporto (pista de aterragem) em todas as ilhas, as condições climáticas são dema-siado instáveis, e tempestuosas, podendo isolar uma ilha durante dias ou semana/s. Nem todas as ilhas têm sistemas de refri-geração com capacidade de armazenamen-to de alimentos para algumas semanas, ou combustíveis para as necessidades básicas (hospitais, transportes terrestres, maríti-mos, aéreos, fábricas….). Isso talvez fos-se aceitável na primeira metade do século passado, mas hoje não se justifica. Muitos dos fundos da UE deviam ser canalizados para obras de apoio social às populações em todas as ilhas, que carecem dos meios de subsistência nos invernos rigorosos que todos os anos açulam o arquipélago.O desenvolvimento que tem ocorrido nos últimos trinta e cinco anos nos Açores não pode parar. Tem que se repensar num futu-ro de desenvolvimento económico cada vez mais focado para a gastronomia orgânica, que pode vir a ser o maior cartaz turístico dos Açores, aliado a beleza única de cada ilha e à riqueza do seu mar. A agricultura e a pecuária têm que passar por uma mu-dança que leve as ilhas, o arquipélago, a ser reconhecido no mundo, como a melhor região orgânica, ecológica, e biológico do mundo. A UA já aboliu o uso de todo o tipo de hormonas sintéticas no alimento animal, pelo que, por si é um grande passo neste sentido, restando aos Açores uma es-tratégia inteligente e rentável que conduza a uma pecuária e agricultura com futuro a longo prazo. Porque não escolher uma das ilhas mais pequenas, que tenha uma fábri-

ca de transformação de leite, boa pastagem e ali desenvolver um programa piloto de cinco anos (leite, derivados e carne), cujos resultados indiquem se a produção justifi-ca a disseminação ou o encerramento do mesmo. O uso de métodos rigorosos, reco-nhecidos mundialmente na preparação da terra, alimentação do gado e fabrico dos produtos finais, cria a exclusividade que o cliente informado procura nos supermer-cados mundiais. Mais uma área científica que a Universidade dos Açores pode de-senvolver e dar o apoio técnico necessá-rio. A exclusividade abre a porta ao mercado de qualidade. Os países pequenos que não têm matérias-primas, na sua maioria só produzem e vendem produtos de qualida-de única, nos melhores e maiores merca-dos do mundo. Ainda hoje a Suíça sobrevi-ve com algumas das suas exclusividades, relógios e chocolates. A política governamental sedentária não traz à região a energia que é necessária para um desenvolvimento constante, acer-tado, criativo e agressivo que cada ilha exige. Cada uma requer urgências indivi-duais e especificas para o seu progresso. O crisma político cresce com o tempo, mas o sedentarismo governativo impede a cria-tividade e dinamismo do trabalho dos ad-ministradores políticos. O partido político não pode estar acima das necessidades da ilha ou da região. É no refrescar de ideias, no diálogo entre novos e menos novos ide-ólogos políticos, que ao atingir um con-senso de opinião, a governabilidade atinge a resolução dos problemas prementes das suas gentes e do arquipélago.

ApontamentoSerafim [email protected]

Page 10: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

10 15 de Maio de 2011COLABORAÇÃO

Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz [email protected]

educação tem raízes amargas mas os seus frutos são doces.

Há anos que andámos a falar sobre a juventude nas nossas comunidades de origem por-tuguesa em terras americanas.

Há anos que as instituições comunitárias, alguns dos nossos activistas culturais, al-guns padres em paróquias com comunida-des portuguesas, educadores, nas escolas comunitárias e nas escolas do ensino ofi-cial americano, jornalistas e produtores de programas de rádio e de televisão em lín-gua portuguesa, académicos e até mesmo alguns dos diplomatas que representam Portugal em terras norte-americanas, têm dissertado, sobre a nossa juventude, a pas-sagem do legado cultural aos mais novos, e o papel dos jovens adultos nas nossas, cada vez mais envelhecidas comunidades de origem portuguesa, em terras do novo mundo. Mas apesar de já muito se ter dito, de algumas reflexões pertinentes que se têm feito, o debate deve continuar, a re-flexão não pode terminar, até porque não existem soluções mágicas e a comunidade necessita, urgentemente, que se criem ain-da mais espaços de reflexão sobre a juven-tude de hoje e a comunidade de amanhã. É que parafraseando Ghandi: o futuro de-penderá daquilo que fazemos hoje. As comunidades de origem portuguesa no estado da Califórnia estão cada vez mais americanas. Esse é um facto que só os menos atentos debatem. Olhando às várias zonas onde existem comunidades com gente oriunda de Portugal, ou os seus descendentes, nota-se, com a passagem de cada novo dia, uma mudança, natural, nas nossas comunidades, e particularmente, na nossa juventude. Há cerca de três décadas, no começo de 1980, quando a emigração dos Açores praticamente estancou para terras do Eldorado, contava-se pelos de-

dos duma mão o número de jovens adultos luso-descendentes com cursos universitá-rios. Tínhamos alguns professores, alguns licenciados em engenharia e pouquíssimos nos campos da medicina e do direito. Eram extremamente deficitários os números de alunos que ao terminarem os estudos se-cundários optavam pelo ensino superior ou mesmo por um curso técnico além da secundária. Mais, nesse nada longínquo tempo, tínhamos um pouco pelas nossas comunidades, e com ênfase nas mais ru-rais, um alto índice de abandono escolar. Uma percentagem alta dos nossos jovens, particularmente os rapazes, não termina-va o ensino secundário. Infelizmente não se tinha ainda descoberto o que o filósofo grego da antiguidade Aristóteles disse al-gures: educação tem raízes amargas mas os seus frutos são doces. Hoje, essa realidade mudou. Temos um pouco por todo o estado homens e mulhe-res, nas faixas etárias dos altos 20, 30 e baixos 40, com os mais variados cursos universitários. Há gente de origem lusa nos mais variados campos, desde o ensi-no à política, do direito à medicina, das ciências agrárias às letras. E nas comuni-dades rurais, é praticamente inexistente o abandono escolar. As famílias luso-des-cendentes começaram, já há alguns anos, a prezar o saber, a incentivar os filhos para o ensino superior. Já há quem não se pre-ocupe somente com o curso superior, mas até com a universidade onde o filho ou a filha vai estudar. As nossas comunidades estão repletas, e estarão ainda mais daqui a meia dúzia de anos, de jovens adultos for-mados nas mais prestigiosas universidades da Califórnia, com cursos variados e, es-peremos, com outros patamares culturais. Porque nem só de um diploma vive o ho-

mem. E são esses membros das nossas co-munidades que temos que cultivar, porque as nossas comunidades dependerão deles. E serão eles que manterão, de uma forma diferente, entenda-se, este nosso legado cultural. Não tenho dúvidas que teremos a curto espaço de tempo uma comunidade dissemelhante, como não tenho dúvidas que se conseguirmos enfrentar esta reali-dade, reflecti-la e trabalhá-la, teremos ga-rantida a preservação da cultura portugue-sa em terras outrora aportadas por João Rodrigues Cabrilho. É que citando Ortega y Gasset: Daqui que as mudanças histó-ricas supõem o nascimento de um tipo de homem diferente em mais ou menos do que antes havia; isto é, supõem a mudança de gerações. Esse homem, e essa mulher, no-vos estão a nascer nas nossas comunidades em cada primavera. Todos os anos muitos jovens aparecem, ou, infelizmente, estão à margem das nossas comunidades, com formação académica e conscientes do seu legado cultural. E estas novas gerações estão já a mudar a nossa comunidade. Daí que há que entende-los e respeitar as suas formas de fazer comunidade, de sentir o seu legado cultural, porque o sentem, mas manifestam-no de uma forma dissimilar do que muita gente nas nossas comunida-des está habituada.Em jeito de conclusão, porque todo este processo é novo e há ainda muito por des-cobrir, dir-se-á sem qualquer desassosse-go que os jovens profissionais vão mudar as nossas comunidades e daí que há que dar-lhes espaço. Se a comunidade de hoje não quiser compreender a comunidade de amanhã vamos perder uma oportunidade única de darmos o passo essencial para o futuro. Os jovens profissionais das nossas comunidades não têm (e os que se forma-

rão nos próximos anos muito menos) paci-ência para a nossa saudadesinha doentia e constrangedora. Aqueles que se formam em boas universidades, e felizmente que são cada vez mais, não têm tempo, nem estômago, para aceitar a nossa letargia em relação a entrarmos, definitivamente, nas sociedades norte-americanas. Os jovens com talentos, e uma formação académica sólida, não têm tempo, nem pachorra, para sustentarem as pequenas coisas que ain-da persistimos em fazer. O mundo deles, que será o mundo das novas comunidades, está alicerçado, na promoção do nosso le-gado cultural dentro do mundo americano e não num gueto social ou físico. Eles são homens e mulheres formados no mundo americano, os seus estudos foram feitos dentro das universidades americanas e não à margem delas, daí que só entendem a nossa comunidade numa plataforma de igualdade com os outros grupos étnicos que constituem o multiculturalismo esta-dunidense. Vejo, num futuro não muito longínquo, uma comunidade dissemelhante da que hoje temos. Uma comunidade de homens e mulheres formados, ligados à sua cultu-ra por gosto e não por necessidade. Uma comunidade com estes novos profissionais que na língua em que se sentem mais à vontade, o inglês, irão finalmente cons-truir a ponte entre o legado cultural dos seus antecessores, pais ou avós, e o mundo norte-americano. Podem dizer que isto é utopia, mas como escreveu algures Édou-ard Herriot: uma utopia é uma realidade em potência.

Açor Talentos - final em Ponta DelgadaMargarida Cabral venceu o con-curso "Açor Talentos" concurso de interpretação da canção, pro-dução Closeup em parceria com RTP Açores e o Jornal Açoriano Oriental/TSF nas Portas do Mar em Ponta Delgada. Acompanha-da pela "Booze Band", a jovem de 24 anos, natural de Ponta Delgada, cantou o tema original de Dusty Springfield, "Son of a Preacher Man". Em cima cima do palco, gosta de "cantar, interpre-tar e entreter as pessoas". Mar-garida Cabral convenceu o Júri pelas suas capacidades vocais e postura em palco superando os outros 9 concorrentes. O Júri da final foi composto por Rui Simas (Produtor do Projecto), Nelson Ponta Garça (Produtor do Single nos EUA), Rui de Matos (Profes-sor de Canto vindo de Lisboa), Bruno Pacheco (Diretor Regional da Juventude), Marco Silva (Di-retor de Comunicacoes da Sata) e Armando Moreira (Encenador).

NPG Productions já tem o pri-meiro tema da jovem vencedo-ra composto em parceria com o compositor Geoff Townsend. O Single ira ser produzido por Nel-son Ponta Garça, a voz gravada num estudio de renome em San Francisco em Junho e a masteri-zação no Abbey Road Studios em Inglaterra. Nelson Ponta Garça foi também o produtor do "Jingle" oficial do Programa de Televisão que durante cerca de 4 meses foi lider de audiencias da RTPA. O Genérico "Açor Talentos" foi apresentado por "NPG" ao vivo na final do "Açor Talentos" em Ponta Delgada.Poderá ver esta actuação em www.portuguesetribune.com (na secção de video)A produção do programa já esta a preparar a segunda edição do "Açor Talentos" que devera ex-tender-se as restantes ilhas dos Açores e Comunidades Nos Esta-dos Unidos e Canada.

Nelson Ponta-Garça no Júri do Concurso de Açor Talentos

Page 11: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

11COLABORAÇÃO

Na recente “Western Dairy Conference” um estrategista do “Rabobank Interna-

tional”, apresentou uma visão, do presente e futuro, da agrope-cuária, e deixou bem claro que a volatilidade dos preços pagos aos produtores de lacticínios, não é um problema unicamente dos Es-tados Unidos. Pelo contrário pa-rece maior em outras regiões ou países produtores de leite.O facto de que essa volatilidade existe é uma prova de que a de-manda global por estes produtos, é por muitas vezes superior à ofer-ta. Esse facto é maioritáriamente o resultado de circunstâncias da

mudança nas políticas, causas de secas ou intempéries, e não casos planeados com antecedência.Duas regiões que muito depen-dem das pastagens para a pro-dução no dia-a-dia são, Nova Zelândia e Austrália, que estão nas posições número 8 e 13 res-pectivamente na ordem produti-va, e são normalmente afectadas por longos períodos de seca. A União Europeia com 27 países membros, está na posição núme-ro 1, com uma larga margem pro-dutiva, muito embora alguns dos seus membros, incluindo Portu-gal, estejam enfrentando enorme crise política-social e financeira, seguida da Índia, Estados Uni-

dos, Paquistão, China e Russia. Devido a mudanças drásticas nas políticas de subsídios, a produção na União Europeia está actual-mente a declinar; uma significan-te parte da produção da Índia e Paquistão é em leite de bufalo. A China presentemente está produ-zindo menos de que a sua procura doméstica; a Russia e Nova Ze-lândia continuam a braços com a seca; a Austrália, e mais recente, parte dos Estados Unidos, estão-se debatendo com o problema das cheias que causaram grandes estragos na agricultura.Considerando que a Nova Zelân-dia, União Europeia e Austrália, foram responsáveis por 61% das

exportações globais dos produ-tos do leite em 2008, não é sur-preendente os inventários mais emagrecidos, que fazem os pre-ços oscilar com tendência a su-bir. As exportações dos Estados Unidos têm subido ligeiramente, atendendo a que as economias mundiais continuam gradual-mente recuperando da recessão, o que está encorajando a criação de novos mercados, com a nova e sempre crescente classe média, o que é bom sinal para as futu-ras oportunidades agropecuárias dos Estados Unidos, que oferece melhores condições no cresci-mento da produção devido a no-vas tecnologias, quando os seus crescentes mercados domésticos exigem.A produção e mercados dos Esta-dos Unidos estão agora mais em linha com os mercados mundiais, e a mensagem reenforçada nes-ta conferência indica um futuro mais encorajador para os nossos produtores, mas como no passa-do os preços continuam a depen-der em economias e elementos por vezes alheios aos Estados Unidos.Estes conferencistas foram com a convicção de que a nível nacio-nal, os mercados se vão manter a um nível razoável - a classe III terá uma média de $17.19 para cada 100 libras em 2011 (que se-

ria a terceira média mais alta da história das ordens dederais), e a Classe IV será $18.56. São preços mais atractivos de que num pas-sado recente, mas há que ter em consideração os crescentes custos de produção, especialmente fuel, cereais, proteínas e forragens, que vêm emagrecer as possíveis margens de lucros. Este sempre tem sido um investi-mento arriscado nesta industria, e os números de produtores con-tinuam gradualmente a declinar nos Estados Unidos. O total de unidades produtivas li-cenciadas em 2010 diminuíu 815, para 53.127 unidades. O Oeste tem sido das regiões mais atingi-das, com descidas nos números de animais, mas um ligeiro cres-cimento na produção por vaca, ou seja, menos vacas mais leite.O mesmo cenário acontece tam-bém em outras regiões ou países, embora em numeros menos acen-tuados.

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida

[email protected]

Uma visão estratégica sobre o futuro da Agropecuária

Page 12: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

12 15 de Maio de 2011COMUNIDADE

A Presidente do CPEC Rosa Silveira e Sãozinha Macedo, administradora escolar e colaboradora do CPEC na sessão do 25 de Abril

CPEC 25 anos de actividade Fotos de Rosa Silveira e Liliana Matos

O Centro Português de Evange-lização e Cultura da cidade de Tulare, fundado em 1986 acaba de celebrar o seu vigésimo quin-to aniversário. A comemoração ocorreu durante três dias: 25 e 30 de Abril e 1 de Maio.No dia 25 de Abril no salão do Tulare-Angrense e em colabo-ração com os cursos de portu-guês do College of the Sequoias ocorreu uma celebração do 37º aniversário do 25 de Abril. Mais uma vez, Tulare celebrou a revo-lução dos cravos.No sábado, dia 30 de Abril, no salão paroquial registou-se uma sessão cultural presidida pelo Cônsul-Geral de Portugal em S. Francisco. Ao longo da noite houve intervenções de Rosa Sil-veira, presidente do CPEC, Padre Raul Marta (intervenção gravada uma vez que se encontrava ausen-te) um dos fundadores do CPEC, Diniz Borges, responsável pelo sector cultural do CPEC durante 10 anos e fundador dos simpósios que o CPEC promoveu, António Costa Moura, Cônsul-Geral de Portugal em S. Francisco, um recital de poesia e uma actuação do sector de cântico e música do CPEC. Houve ainda uma exposi-ção de artesanato, artes domésti-

cas e artes plásticas, assim como uma mini feira do livro. Uma noi-te cultural celebrando um centro que já promoveu algumas das sessões mais culturais que a co-munidade portuguesa de Tulare tenha vivido.No domingo, 1 de Maio, registou-se a missa de festa e o sobejamen-te conhecido almoço regional promovido pelo sector de jovens do CPEC. As festividades ter-minaram com uma tarde popular com a presença das crianças da escola Vitorino Nemésio, os alu-nos do curso de português IV das escolas secundárias de Tulare, da Filarmónica Portu-guesa de Tulare, do grupo de folclore do CPEC - Saudade do Bravo - e do grupo de música tradicio-nal, Saca-Rolhas.

Assim se faz comu-nidade.

Recital de Poesia, de Camões a Manuel Alegre

Dinis Borges, orador da noite. Embaixo: Grupo de Cântico e Música do CPEC na sessão cultural

Actuais e antigos directores e membros das Mesas Administrativas do CPEC presentes no fim da sessão cultural

Rosa Silveira, António Costa Moura e Sãozinha Macedo

Page 13: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

13 PATROCINADORES

Duplex para arrendarEstará disponível a partir do dia 12 de Junho de 2011Localizado no Eastwood Ct (perto da Igreja das Cinco Chagas)2 quartos de cama2 quartos de banho completosCozinha completaQuarto de jantarSalaSala de familiaQuarto de lavarRenda mensal $1.400.00Depósito $1.400.00Para informação contactar o telefone 775-425-1244

O novo CD do Alcides Machado tem por título "Todas são Bonitas" e é cons-tituído por 12 canções, dez portugue-sas, uma espanhola, de maioria da sua autoria e uma em Inglês.1. Com que será?2. Venha bailar comigo3. Vejo-te diferente4. A rainha da noite5. Eu sou aquele que tu amas6. Vem abraçar-me7. Nadie me aleja de ti8. Agarra-me esse amor9. Todas são bonitas10. Amor à distância11. Cemitério12. You will never break my heart

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14 15 de Maio de 2011

Santo Antão de Stevinson STEVINSON

Santo Antão de regresso ao Salão do Stevinson Pentecost Association, depois da missa de festa presidida por Monsenhor Myron Cotta, Bispo Interino de Fresno

Muitos carros de bois compareceram este ano ao Bodo de Leite Enquanto uns se divertem no bodo de leite, outros trabalham...

Page 15: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

15 STEVINSON

Tesoureira Dianne Alves, Mary e Frak Dores, Past President, Monsenhor Myron Cotta, Presidente Dominic e Giovanna Barroso, Angela e Louie Oliveira, Vice-Presidente, Secretária Lorraine e Rafael Dores.

Frank e Mary Dores, Monsenhor Myron Cotta, Dominic e Giovanna Barroso, Angela e Louie Oliveira

Esta festa em honra do Padroeiro dos Animais, tem como objectivo, angariar fundos para a construção de uma casa para a Terceira Idade e providenciar bolsas de estudo para estudantes que queiram cursar-se nas áreas de agropecuária e também, sempre que possível, ajudar outras organizações que bem precisam, nestes tempos de cala-midade económica.Bonito, não é? É mesmo digno de reconhecimento todo este esforço que a nossa comunidade faz anualmente para ajudar os mais carentes. Esta voluntariedade das nossas gentes em fazer coisas boas, recordou-me uma fra-se dita por Dalai Lama há algum tempo:"I believe the purpose of all the major religious traditions is not to construct big temples on the outside, but to create temples of goodness and compassion inside, in our hearts".Nem o nosso Camões nem o Pessoa diriam melhor. E são estas coisas que nos dão um orgulho enorme em pertencer a uma comunidade que vive, trabalha e dá o seu melhor em prol dos outros.Quão diferentes são muitos dos povos que vivem nesta nossa terra das Americas.Se um dia se pudesse medir o que a comunidade portuguesa fez nestes 184 anos, desde que chegámos ao Hawaii, muita gente ficaria espantada com o sucesso das nossas gentes. Estes sucessos e esta maneira de viver a fazer o bem, nunca pôde ser transmitido ao nosso País de origem, porque a Rádio Televisão Portuguesa, nunca quiz mostrar nada que fosse nosso em Portugal. Seria inveja? Seria mal-querença?Pobres são aqueles que não querem ver e não deixam os outros ver.

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16 15 de Maio de 2011CASA DOS AÇORES

O Folclore, a Festa Brava sempre presentes nos bodos de leite, acompanhando o Padroeiro dos Animais, Santo AntãoEmbaixo: Manuel Espínola (representando a Ilha Graciosa) a ser coroado

Espírito Santo na Casa dos Açores

Bodo de Leite da Festa da Casa dos Açores de Hilmar. Os tocadores do futuro.

Page 17: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

17

O Pico, sempre bem representado

Representantes de todas as Ilhas e da Casa dos Açores de Hilmar (à esquerda, Diana Aguiar) são coroados nesta festa em Honra do Divino Espírito Santo

Faial, São Miguel, S.Jorge, Flores e Corvo coroados através dos seus representantes

Representantes de Santa Maria, Graciosa e Terceira Presidente da Casa dos Açores Frank Furtado a ser coroadoEmbaixo: João Coelho, Padre Luis Cordeiro, Anália e Frank Furtado, Presidente; Vice-Presidente José Aguiar e Diana Aguiar

CASA DOS AÇORES

Page 18: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

18 15 de Maio de 2011PATROCINADORES

Festa da Casa dos Açores

Representações da Graciosa e de São Miguel (à direita)Embaixo: Madalena Furtado, José Aguiar, Frank e Anália Furtado, Madalena Marcelino, Padre Luís Cordeiro, João Coelho

Page 19: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

19 ENGLISH SECTION

portuguese s e r v i n g t h e p o r t u g u e s e – a m e r i c a n c o m m u n i t i e s s i n c e 1 9 7 9 • e n g L i s h s e c t i o n

Ideiafix

Miguel Valle Á[email protected]

Miguel Ávila

Macau Cultural Center grand opening marks important landmark for Macanese-Americans

The grand opening of the first Macau Cultural Center in the United States in historic Niles, Fremont, California took place on Saturday, May 7, 2011. The three U.S.-based Macanese clubs - Casa Macau USA, União Macaense Americana (UMA), and Lusitano Club of California - joined forces in 2005 to purchase this historic building, remodeling it to include a reception hall, kitchen, conference room, library, and two retail stores. The Macau Cultural Center Board of Directors rep-resents all three Macanese clubs and is currently composed by presi-dent Maria Roliz (Lusitano Club), vice president Henrique Manhão (Casa de Macau USA), and fundraising chair Maria Fátima Gomes (UMA), and six other members, two from each club. Participating in the historic event were the Cultural Consul of the People’s Republic of China, a representative of the Instituto Internacional de Macau, the president of the Macao Club of Toronto Joseph Chen, the presi-dent of the Amigu di Macau Club of Toronto José Cordeiro, and the vice-president of the Casa de Macau of Vancouver Mickey Da Roza, among many other visitors and community members. A traditional Chá Gordo was served.The Portuguese Tribune shared photos of this event with Macau’s premier Portuguese language newspaper, Jornal Tribuna de Macau, making it to its cover on Monday, May 9th. The Portuguese Tribune congratulates the Macau Cultural Center for this important initiative to preserve and promote the Macanese culture in the US.

Page 20: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

20 15 de Maio de 2011

Perspectivas

Fernando M. Soares Silva

[email protected]

Quem inventou os Sapatos

COLABORAÇÃO

1. Calçado em tempos pré-históricos

Para satisfazer a curiosidade histórica de muitos leitores, este artigo abordará o in-teressante tópico do aparecimento e de-senvolvimento do CALÇADO através dos séculos. Opinam os historiadores e sociólogos que a ideia de proteger os pés surgiu quando, após indeterminado mas provavelmente longo período evolucionário, os primitivos e ainda incultos humanos, começaram a compreender a imperiosa necessidade de protegerem os seus próprios pés ao cami-nharem sobre as pedras e outros estorvos, muitas vezes perigosos, que lhes dificulta-vam o andar e a exploração das selváticas áreas circunvizinhas. Como indicam alguns vestígios arqueoló-gicos, as primeiras versões de calçado pré-histórico assemelhavam-se, toscamente, ao que poderia denominar-se SANDÁLIAS, mais ou menos feitas de pequenas esteiras de ervas atadas com tiras de peles de ani-mais, e incluindo, como solas, pedaços de madeira, tudo isto amarrado às solas dos pés dos caminhantes por correias ou fitas de couro seguradas e enlaçadas em volta dos tornozelos. Em regiões frias e nevadas, outros mate-riais mais adequados às condições climaté-ricas locais eram adicionados para propor-cionar maior conforto e mais segurança.

2. Primeiras evoluções do calçado na Antiguidade

Como tantas outras antes e depois, as pri-meiras evoluções do calçado ocorreram na

brilhante civilização do antigo EGIPTO, como atestam abundantes descobertas ar-queológicas. O calçado egípcio, em estilo de “sandália”, consistia em uma almofadinha de couro, ou, muitas vezes, de blocos de papiro, ata-dos e enlaçados aos tornozelos dos utentes por duas correias ou tiras de couro. Com o objectivo de proteger os dedos dos pés, muitas vezes a biqueira da sandália egíp-cia era revirada para cima. Os ROMANOS, sempre práticos, base-ando-se nos modelos egípcios, decidiram criar um modelo diferente e mais aperfei-çoado. O “CALCEUS” romano, evoluiu para uma espécie de meia-bota” com cor-tes nos lados ou aberturas laterais alon-gadas; as correias ou fitas que serviam de atilhos eram atadas em nó na frente. Os modelos romanos variavam, em estilo e

ornamentação de acordo com a classe ou a posição social do comprador. 3. Evolução da Sandália para “Sapato” Acredita-se que o aparecimento do “sapa-to” tenha sido precedido pelo invenção dos “MOCASSINS” usados pelos Esquimós e pelos Índios da América do Norte. Este tipo de calçado era feito de peles de ani-mais, sem tacões, e com solas reviradas para cima aos lados e à frente para melhor e mais confortável posição dos pés. No entanto, o antecessor do sapato propria-mente dito parece ter tido a sua origem na Europa e, mais especificamente, nos usos e costumes dos Cruzados das medievais CRUZADAS, empreendidas durante o fim do século XI até ao findar do século XIII pelas potências cristãs ocidentais para a reconquista de Jerusalém e da Terra Santa, então sob o domínio dos muçulmanos. Os proponentes desta teoria frisam que esses guerreiros faziam obrigatoriamente grandes e longas peregrinações antes e de-pois dos suas expedições militares, e que, para tais e semelhantes eventos, cedo vi-ram a grande e imprescindível necessidade de protegerem os seus pés; e assim criaram um tipo de calçado mais adequado a tais actividades e muito mais duradouros. Com o rolar dos anos, o tipo do calçado usado pelos Cruzados tornou-se muito po-pular na Europa, especialmente em Itália, França e Inglaterra. Sobretudo nestes paí-ses, mas gradualmente também em outros pontos europeus, sapatos e botas de couro de variada e grande beleza entraram em

moda. As modas têm variado através das déca-das. Apontam os historiadores que, por exemplo, nos tempos do rei James I, na Inglaterra, tacões muito altos e couros macios e flexíveis eram preferidos e muito em moda sobretudo em alta sociedade, não obstante ser difícil e penoso caminhar em tais modelos, mas a presumida elegância fazia esquecer a inconveniência... Similarmente, antes da moda dos tacões altos, botas ou sapatos de compridas e pontiagudas biqueiras estavam muito em voga... Os sapatos antigos eram estreitos, e as biqueiras eram entre 12 a 15 centíme-tros longas e aguçadas. Enfim, as modas mudam e evolvem, e, as-sim, actualmente por todos os continentes continua a chuva de novos modelos para agradar a todos os gostos e desejos. Agora e uma vez mais, botas compridas e de al-tíssimos tacões fazem delirar muitas don-zelas contemporâneas...

Sapato dos Cruzados

Este era o original “calceus” dos Romanos

A m i n h a i r m ã tem bor-d a d o s

a ponto cruz das mais variadas coi-sas. Desde flores, animais, motivos religiosos, pesso-as e muito mais.

Quando ela viu a reacção de Barack Obama ao ganhar as eleições para Presidente dos Es-tados Unidos, pen-sou bordá-lo. E, se pensou assim o fez. Como já disse num artigo anterior, de-

pois de muitas pi-cadelas e de uma quantidade e enor-me de pontos, o quadro foi enviado à Casa Branca.Passaram-se uns meses e se bem que uma vez que outra ela pensava que o

Presidente desta nação poderia vir a acusar a recep-ção, eu lhe disse que ele tinha mais o que fazer, mas, não acreditava que se ele tivesse recebido o quadro, que não tirasse uns minutos

Ao Sabor do Vento

José [email protected]

A resposta de Barack Obama

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Um dia destes ela telefonou-me e disse toda contente: - Tive resposta do Obama!- O que é que ele diz?- Não sei bem, porque eu de Inglês percebo pouco ou nada.Claro que dentro de minutos eu recebia um email com uma cópia dacarta que o Presi-dente da América havia mandado à minha

irmã. Tenho a certeza que muitas outras pessoas devem ter-lhe dado presentes, mas um quadro, bordado por uma das minhas irmãs é, para mim e para toda a família, motivo de muito orgulho. Agora, além do cão de água Português, o Sr. Presidente tem na Casa Branca algo mais criado pelas mãos de uma açoriana. A minha irmã tem um documento assinado por ele e pela pri-meira dama dos Estados Unidos e os caros leitores, os que estiverem interessados, po-derão ler a resposta de Obama.

(209)

Page 21: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

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Page 22: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

As Nossas Festas estão na Edição de 1 de Maio

22 15 de Maio de 2011PATROCINADORES

Page 23: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

23PATROCINADORES

Page 24: The Portuguese Tribune , May 15th 2011

24 15 de Maio de 2011TAUROMAQUIA

Quarto Tércio

José Á[email protected] um grupo de muita

classe e já o demonstrámos

Forcados de Turlock - 35 anos de Actividade George Martins

Fala-nos um pouco sobre os 35 anos do Grupo de For-cados de Turlock

Tudo começou no ano de 1976, quando um grupo de amigos emigrantes portugueses residentes nos Estados Unidos da America, na sua maioria açorianos, decidiram encontrar-se e formar um grupo de forcados em terras do Tio Sam. A primeira actuação do Grupo de Forcados Amadores de Turlock, teve lugar na Praça de Toiros do Pico dos Padres, no mês de Abril de 1976. Nessa tarde fundou-se este grupo que teve como primeiro cabo João Hermínio. O restante grupo era formado por Joaquim do Carmo, José Manuel Martins, Mateus Ramalhete, Ma-teus Martins, Eduardo Machado, Amaro Fernandes, José Vitória. João Hermínio esteve no comando do grupo de 1976 até ao ano de 1979, passando o testemunho ao Jorge Gabriel (Vaca). O Jorge Gabriel esteve no comando até 1982, seguindo-se Manuel de Sousa Jr., que foi o primeiro a levar o grupo além-fronteiras em 1988 à Ilha Terceira, para participar nas Sanjoaninas.Terminado a excelente prestação nas Sanjoaninas, o Gru-po seguiu para Portugal Continental, actuando na Praça de Toiros de Albufeira, sendo caras nessa noite Manuel Machado e Manuel Azevedo.No mês de Abril de 1991, na Praça de Toiros do Pico dos Padres, Manuel de Sousa Jr. fez a sua despedida e entre-gou-me o comando do grupo. Durante 10 anos estive à frente do grupo e em 1995 fomos ao Canadá e em 1996 regressámos às Sanjoaninas.O nosso grupo foi o primeiro que se fechou com 6 toiros, tendo pegado 5 à primeira tentativa e um à segunda. No dia 29 de Setembro de 2001, na comemoração dos 25 anos do Grupo, despedi-me do comando do Grupo na Praça de Toiros de Gustine, tendo passado a responsabili-dade a Tony Machado.Dois anos depois tomou o comando do grupo o forcado Eduardo Sousa, que esteve até 2005.O grupo passou então a pior fase da sua história e a pe-dido de vários elementos fui convidado para novamente exercer o lugar de cabo deste grupo.Em 2007 fomos à Feira Taurina de São Jorge e em 2008 participámos na Feira da Graciosa.Em 2009 fomos ao Campo Pequeno e a Albufeira e em 2010 voltámos às Sanjoaninas.

Quais foram, na tua opinião, os momentos mais im-portantes do grupo?Em 2009 foi o momento mais alto da história do Gru-po de Forcados Amadores de Turlock. Apresentou-se na catedral do toureio de marialva "Campo Pequeno", numa corrida de concurso de pegas, donde saíu como triunfador da noite conquistando o troféu para a melhor pega, o nos-so forcado Michael Lopes, pegando também nessa noite o forcado Donald Mota.Dias depois da apresentação no Campo Pequeno, o grupo actuou na Monumental Praça de Toiros de Albufeira, onde pegámos mais 3 toiros da ganadaria espanhola Domecq, sendo caras nessa noite Jason Mcdonald, Frank Parreira e Anthony Martins, terminando assim mais uma digressão e um Ano de Ouro para o grupo além fronteiras.No ano de 2010 voltou o Grupo de Forcados Amadores de Turlock a representar a California em mais uma digressão desta feita aos Açores para actuar nas famosas Sanjoani-nas, na tradiconal Corrida de Concurso de Ganadarias e Concurso de Pegas.Foram caras nessa tarde os forcados George Martins Jr. e Michael Lopes, que merecia ter ganho o prémio em dis-puta.Ao longo destes 35 anos de história, o grupo já conta com cerca de 390 corridas de toiros efectuadas e cerca de 1320 pegas.Contamos ainda com a presença do rabejador fundador do grupo, José Manuel Martins, que leva actualmente mais de 1000 toiros rabejados.São muitas as tardes de sucesso deste grupo que ao longo destes anos, com muita valentia e muito sacrifício con-seguiram implantar a arte de pegar toiros num país tão longe do nosso querido Portugal.

Achas que as idas aos Açores e Portugal Continental têm sido benéficas para o grupo?

Muito, pois todas as vezes que se pode actuar ao lado de grupos com mais experiência que nós é sempre bom, pois nós levamos uma vida a aprender sempre.

Como é que vão decorrer os festejos do vosso 35 ani-versário?

Vai decorrer com a realização da nossa corrida, onde irá tomar a alternativa o cavaleiro californiano Sário Cabral. Teremos também a despedida do rabejador e fundador do nosso grupo ao fim de 35 anos, José Manuel Martins e estamos muito contentes com a presenca da grande figura do toureio Português, Rui Salvador.

Quais são as novidades para 2011?

As novidades para 2011 são a digressão ao Canadá para a Inauguração da Praça de Toiros Victor Mendes do nos-so amigo Élio Leal e a possiblidade de voltar a actuar no Campo Pequeno.

Quantos forcados tem actualmente o grupo e quantos elementos novos entraram este ano?

Actualmente o grupo tem 23 elementos, tendo entrado este ano 3 elementos novos, nos quais deposito muita esperança.

Como e que têm decorrido os treinos?

Os treinos têm decorrido bem, de forma natural. Treina-mos, ora umas vezes com a tourinha e outras vezes com gado bravo.

Já tens substituto para o rabejador José Manuel Mar-tins, que se despede na vossa corrida?

Sim. O grupo actualmente tem 4 rabejadores, 2 deles no seu começo e outros 2 com experiência de vários anos.

Porque é que escolheram Rui Salvador para a vossa festa de aniversário?

Primeiro, pela grande figura do toureio que é , depois por ser uma extraordinária pessoa e pela amizade que tem ao grupo e também pelas boas relações que tenho com o seu apoderado Carlos Amorim.

George, como é que te sentes ao ter no teu grupo 2 fi-lhos e um sobrinho?

Pois isso é uma mistura de sentimentos. Dá-me muito or-gulho em ver que na família vai haver seguimento e sinto-me super contente quando vejo qualquer um deles realizar boas pegas. Quer o meu filho Georgie, quer o meu sobri-nho Anthony, já levam alguns toiros pegados e graças a Deus têm evoluido ano após ano.O Justin tem pegado muitas vacas, um dia destes e no momento certo, irá fazer a sua estreia.

Grupo de Forcados de Turlock

Tiro o meu cha-péu à ganadaria de Rego Botelho por ir correr os seus bons toiros ao Campo Pe-queno em Lisboa.

Corrida das Festas da Praia 2011 a 1 de Agosto Cavaleiros João Mou-ra, Rui Salvador, Rui Lopes, Forcados da Tertulia Terceirense e do Ramo Grande.2 Toiros de Rego Botelho, 2 da Casa Agricola Jose Al-bino Fernandes, 2 de João Gaspar. Prémios para melhor pega, melhor toiro, melhor cavaleiro.Uma corrida de luxo.

Tiro o meu chapéu a todos os artistas, ganaderos e àqueles que ajudaram na realização do Festival de anga-riação de fundos para o Stevinson Pentecost Association. A Festa Brava no seu melhor.

Fico com o meu chapéu encolhido por já ter visto três Corridas da Feira de Madrid (18 toiros) na internet, e nenhuma delas foi boa. Toiros bonitos, cornalhudos, pe-sadotes, mas a bravura ficou em casa. Vejam as corridas em www.justin.tv/bullfights. São 30 dias de corridas.Umas começam às 9 e outras às 10 da manhã.

George Martins, cabo dos Forcados de Turlock

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25TAUROMAQUIA

Sário Cabral a alternativa Sário Cabral desde muito pequeno que sempre an-dou envolvido com cava-los, toiros, pois em casa do Ganadero António Cabral, todas as noites as conver-sas acabavam em toiros e a ver vídeos.Sário foi crescendo neste ambiente com os seus ir-mãos e começou a montar desde pequeno. Os seus professores foram os ví-deos que via do António e João Telles, do Rui Sal-vador e de tantos outros. Foi notando as diferenças entre estilos. Foi criando o seu próprio estilo. E num dia, com 12 anos fez a sua estreia. Agora, no dia 29 de Maio vai tornar realidade o so-nho de qualquer cavaleiro - tornar-se um cavaleiro de alternativa.

Quando é que começaste a tou-rear?

Penso que foi no ano 2000, tinha eu 12 anos. Sempre sonhei desde muito novo ser cavaleiro e todos me ajudaram em casa. Foi mais fácil do que eu pensava.Passava horas a ver vídeos, a aprender com os melhores de Portugal. Depois, no outro dia imitava-os com os cavalos que ti-nha. Foi assim, devagarinho, que aprendi a ser cavaleiro.

Quantas corridas tens toureado por ano?

Penso que tenho toureado uma média de 5 a 6 corridas por ano.

Quais são os teus artistas favo-ritos?

Gosto muito do toureio do Antó-nio Telles, mas aprecio o toureio do irmão dele o João Telles, do Rui Salvador, Victor Ribeiro, Rui Santos. São meus amigos e tenho aprendido muito com eles.

Porque é que escolheste tomar a alternativa agora?

Penso que estou pronto a tomar maiores responsabilidades ao tornar-me cavaleiro de alternati-va. Sinto-me melhor, mais calmo no meu toureio. Entendo melhor os toiros e foi por isso que decidi que este passo importante na mi-nha vida teria que ser tomado já.Tenho o suporte de toda a minha família e dos meus amigos.Vou tentar estar calmo no dia 29 de Maio, alternando com Rui Salvador e Paulo Ferreira, para merecer a minha alternativa. Vou tentar aprender com todos.

Qual foi a tua melhor corrida em 2010?

Penso que estive bem nas corri-das de Stevinson e Modesto.

Quais são os teus planos para 2011?

Já toureei um festival e no fim de semana passado toureei com o Paulo Ferreira a Corrida da Festa de Santo Antão de Stevinson.Vou tourear na minha alternati-va, depois toureio em Stevinson, Gustine, e talvez em Hanford.

Com é que viste a temporada de 2010?

Penso que houve toiros bons, e alguns deles deixaram-se lidar bem. Tive boas actuações, outras menos boas, mas no geral foi uma temporada positiva.

Sário Cabral na Corrida de Santo Antão de Stevinson no dia 9 de Maio de 2011, dando volta à praça

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26 15 de Maio de 2011ARTES & LETRAS

Antero de Quental é uma das grandes figuras do mundo português. A maré Cheia traz-nos uma recensão do nos-so amigo o escritor Professor Doutor Onésimo Teotónio Almeida sobre um livro de uma das principais estudiosas de Antero de Quental. Mais um texto magnífico do conceituado académico da prestigiosa Brown University.

abraçosdiniz

Antero e a América – revisitação em livro põe pontos nos ii

Ana Maria Almeida Martins recebeu há alguns meses um doutoramento Hono-ris Causa pela Universidade dos Açores. Numa carta ao Reitor em apoio da proposta do Professor António Machado Pires, pus em letra de forma afirmações deste teor: “Ana M. A. Martins é actualmente, sem sombra de dúvida, a maior especialista em Antero. Na verdade, não conheço nin-guém, em Portugal ou no estrangeiro, que do poeta-filósofo tão bem conheça os me-andros da vida e obra, bem como os desti-nos desta, a sua fortuna crítica. É a ela que recorremos todos quando necessitamos de qualquer mínima informação que nos es-cape, qualquer consulta rápida tipo google quando precisamos de um dado, qualquer referência bibliográfica. A sua paixão anteriana mantem-na à fren-te do Centro de Estudos Anterianos, de Vila do Conde, que publica a revista Es-tudos Anterianos e organiza colóquios so-bre Antero, a sua obra e a sua geração. É autora de uma magnífica fotobiografia do poeta, já em segunda edição profundamen-te revista e aumentada; é responsável pela reedição do clássico da cultura portuguesa, o In Memoriam, publicado pelos amigos de Antero após a sua morte; pela edição de correspondência inédita; pela publica-ção de estudos diversíssimos em livro, em volumes colectivos e em revistas sobre a vida e obra de Antero; pela colaboração em volumes no estrangeiro. E por muito mais que o curriculum vitae da Ana Maria mais exactamente identificará. Tudo isso mais do que justifica a conces-são de um doutoramento Honoris Causa. A Universidade dos Açores é a instituição naturalmente vocacionada para fazê-lo

e, fazendo-o, exerceria um acto de justiça reconhecendo os méritos de quem tem pro-longado a presença de Antero na cultura nacional. ”A mais recente prova do juízo acima expres-so encontramo-la no livro Antero de Quen-tal e a Viagem à América. Remando Contra a Maré, editado há meses pela Tinta-da-China. O título provém do lugar central que nele ocupa o ensaio de abertura, que preten-de corrigir uma série de equívocos, pouco

cuidados factos, meias-verdades e mesmo erros sobre a famosa viagem de Antero de Quental à América do Norte no barco do seu amigo Joaquim Negrão. Falo da aven-tura que chegou até nós graças a uma carta do próprio Joaquim Negrão a Bulhão Pato e que serviu de base ao conhecido livro de António Arroio, A Viagem de Antero de Quental à América do Norte (1916) - até agora referência quase única para tudo o que sobre o assunto se tem escrito, a co-meçar com o próprio relato de José Bruno Carreiro na sua notável biografia modesta-mente intitulada Antero de Quental – Sub-sídios para uma biografia. Ana Maria A. Martins escrutiniza todos os dados forne-cidos por Joaquim Negrão comparando-os com uma vasta série de elementos colhidos de outras fontes e como que se diverte (por vezes quase a irrita a desinformação com que se depara) apontando incongruências e corrigindo desleixos da parte de quem se ocupou dessa aventura do poeta.Uma abordagem assim, que poderia ter resultado impertinente e de rodapé, acaba poporcionando ao leitor quase três dezenas de agradáveis páginas que, no seu todo, re-constituem em largos traços a dita viagem. Sobretudo porque um outro ensaio intitu-lado “Antero de Quental em Nova Iorque”, prossegue essa busca a la Sherlock Holmes da reposição do que na verdade se terá pas-sado na grande cidade que horrorizou Eça

mas que atraiu Antero. Em complemento, surgem ainda mais dois ensaios sobre o EUA na vida e obra do poeta e um último sobre o seu interesse pela literatura norte-americana. Com efeito, Antero seguia atentamente a inovadora experiência federalista dos EUA e, da literatura produzida na jovem pro-missora nação, admirava particularmente a obra de Edgar Allan Poe, de que fez traduções, bem como os escritos de Henry Wa-dsworth Longfellow e Walt Whitman. Sobre to-dos estes temas há, ainda mesmo quando breves, informações de muito in-teresse que a autora parti-lha com os leitores numa prosa que quase dispensa notas de rodapé, conse-guindo no entanto juntar novidades de dimensão diversa num tecido rico e minuciosamente urdi-do mas de modo nenhum cansativo de se acom-panhar. Até porque os

textos vêm profusamente intercalados de imagens que os sublinham e ajudam a re-portar o leitor ao tempo de Antero, a figura que deste livro emerge em retrato de traços nítidos e vivos.A editora ajudou com o trabalho gráfico. Antero é daquelas figuras da nossa história cultural mais mencionadas do que lidas. Só o estado em que se encontram os Depar-tamentos de Literatura nas universidades portuguesas (a reforma de Bolonha – ou os seus adaptadores para o país – perderam uma grande oportunidade de reforçar nos currículos a relevância que qualquer cul-tura que se preza reconhece à sua língua e literatura, pelo menos como meio de enri-quecer a capacidade de expressão dos seus educandos) explica que uma figura como Antero não seja intensamente estudada. Daí ser mais do que legítimo agradecer-mos à autora de mais este livro por, fora da Universidade, continuar a lembrar-nos re-gularmente o poeta-filósofo trazendo com regularidade a público trabalho após traba-lho com novos dados sobre tão fundamen-tal figura do nosso imaginário cultural.

(Do Jornal de Letras)

Onésimo Almeida

Ana Maria Almeida Martins

Diniz [email protected]

Apenas Duas Palavras

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27 PATROCINADORES

Enviam-se encomendas através do USPS ou

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

Fundraiser DinnerPara Ana Luísa Bettencourt - Vitima de Câncer

Jantar de Galinha com acompanhamentos e sobremesa

$20 Adultos $10 Crianças

Aliança JorgenseSan JoséSábado 21 de Maio 2011 pelas 7:00p.m

Entretenimento:

Roberto Lino, Nelson Ponta Garça e Nuno BragaLuís Sousa, AJ Simões e Amigos

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28 15 de Maio de 2011COMUNIDADE

PROGRAMMay 22, 2011 to May 27, 2011Daily Praying of the Rosary at 7:30PM

Saturday, May 28, 20112:00PM Official opening of the Festival with Mass in the Hall and blessing of the meat, bread, and wine

4:00PM Saluting of the flags and transfer of the Crowns. National Anthems of the United States of America and Portugal and the Hymn of the Holy Ghost played by the Marching Band “Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português” from Newark.

5:00PM Portuguese Folklore show by Grupo Folclórico “Alma Ribatejana” of Fremont

6:00PM Musical Concert by the Marching Band “sk

7:00PM Dinner of “Caçoila” (typical Azorean stew) followed by dance with Alcides Machado Cost of Dinner and Dance is $10.00

9:00PM Presentation of the Queens and their Court

Sunday, May 29, 20119:30AM Parade (Procession) starts forming

10:00AM Parade proceeds to St. Leander‘s Church accompanied by Marching Bands “Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português” of Newark.

11:00AM Celebration of the Holy Mass

12:00PM Parade returns to the Hall

1:00PM The Typical Holy Ghost “Sopas e Carne” are served to everyone in attendance. Musical Concert will follow

PROGRAMA22 de Maio de 2011 a 27 de Maio de 2011Reza do Terço às 19:30 Horas

Sábado, 28 de Maio de 201114:00 horas Abertura oficial da Festa com Missa na Capela seguida com a bênção da carne, pão e vinho

16:00 horas Içar das bandeira e Troca das Coroas. Toque dos hinos Português e Americano e do hino do Divino Espírito Santo pela “Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português” de Newark

17:00horas Danças folclóricas pelo “Grupo Folclórico Alma Ribatejana” de Fremont.

18:00 horas Concerto pelas banda de música “Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português”

19:00 horas Jantar de “Caçoila” seguido de baile abrilhantado por Alcides Machado Jantar e Baile – $10.00 por pessoa

21:00 horas Apresentação das Rainhas e Aias

Domingo, 29 de Maio de 2011 9:30 horas Inicio da formação da Procissão

10:00 horas Partida da Parada para a Igreja de St. Leander acompanhadas pela banda “Sociedade Filarmónica Recreio do Emigrante Português” de Newark

11:00 horas Celebração da Santa Missa

12:00 horas Saída da Igreja e regresso ao Salão

1:00 hora “Sopas e Carne” servidas a todos os presentes. Leilão e Concerto musical durante a tarde.

Festa Anual do I.D.E.S de Alvarado StreetSAN LEANDRO, CALIFORNIA - 22 a 29 de Maio de 2011

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29 COMUNIDADE

PORTUGUESE WEEK EVENTS-PRELIMINARYMany celebrations for "Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas" will take place in June throughout California. See below for the calendar of events happening in your area.

Luso-American Education Foundation Dia de Portugal Events and 48th Anniversary

Music of Portugal Mission Chamber Orchestra of San JoseFeaturing Elizabeth Medeiros Hogue, sopranoDate & Time: Sunday, June 5, 2011, at 3:00 PMVenue: Five Wounds Portuguese National Church, 1375 E. Santa Clara St. San Jose, CA Con-ducted by The Mission Chamber Orchestra of San Jose. This year the concert will feature Ms. Elizabeth Madeiros Hogue, noted soprano.Contacts: LAEF – 925-828-3883Mission Chamber Orchestra - 408-236-3350 Gala DinnerDate & Time: June 5, 2011 at 5:00PMVenue: Portuguese Athletic Club, 1401 East Santa Clara St., San Jose, Contact: LAEF 925-828-3883

PFSA SymposiumDate & Time: Wed, June 8, 2011, 6pm – 7pmVenue: 1120 East 14th Street, San Leandro, CA 94577 (map)The PFSA will be participating in the 2011 Dia De Portugal ceremonies by hosting a sympo-sium honoring "Vitorino Nemesio", a great Azorean writer and scholar of the 20th century. Contact & RSVP: 510- 483-7676 Annual Day of Portugal Open Golf TournamentDate & Time: June 9, 2011 at 12:00PMVenue: Stevinson Ranch, 2700 Van Clief Rd., Stevinson, CAThe Portuguese Education Foundation of Central California, is proud to announce its 7th An-nual Day of Portugal Open Golf Tournament. The golf tournament organized by the Founda-tion, works in conjunction with many other events held throughout the Central valley to benefit and support higher education for students of Central California.Contact: [email protected] Symposium: Deusas, Ninfas e Musas: Representações do Feminino de Camões Goddesses, Nymphs and Muses: Representation of the Feminine of CamõesDate and Time: June 9, 2011, 7:00 PMVenue: Portuguese Athletic Club, 1401 E. Santa Clara St., San Jose Presented by Ms. Deolinda Adão, PHD Contact: Portuguese Athletic Club 408-287-3313

Portuguese Flag Raising - TulareDate & Time: June 10, 2011Venue: Tulare City Hall 411 E. Kern Ave., Tulare, CAThe Portuguese Flag raising will take place at the City Hall in Tulare.Contact: [email protected]

Portuguese-American Comedy Night/Dinner Show – Union CityDate & Time: June 10, 2011, 7:00 PM Dinner and 9:00 PM Show. Venue: S.D.E.S. Alvarado 30846 Watkins St. Union City, CA Luso 20-30's Region #2 of the Bay Area Presents: Out of the Gutter ComedyBrought to you from the East Coast. Every show celebrates the uniqueness of Portuguese Cul-ture by pointing out the funnier moments of being first generation Americans. Contact: [email protected]

Dia de Portugal Festival - San JoseDate & Time: June 11, 2011 from 10:00 a.m. to 6:30 p.m.Venue: History Park San Jose (Kelley Park), 1650 Senter RoadTheme: The Hawaiian Connection. Hawaii’s rich culture has been enhanced by the Portuguese who arrived there in the 1800’s to work in the sugar plantations. There will be a Parade at noon. Bands, Portuguese Folklore, and Brazilian Dancing. Food from Portugal, Azores, Madeira, and Macau. Enjoy the Children's Carnival, Portuguese Ar-tists' Exhibition, Portuguese Book Fair and Portuguese Cooking Demonstrations. It will be a full day of fun and entertainment for all ages.Contact: [email protected] Special Masses

Mass in honor of the worldwide celebration of Portuguese Culture and Values will be conducted at various churches throughout the State. Contact your church for more information

Five Wounds Church

Date and Time: June 5, 11:00 AMVenue: 1375 E. Santa Clara St. San Jose

Emily Ray, Music Director and Conductor Proudly presents,

António Fragoso Nocturno Luis de Freitas Branco Symphony No.2

Gioachino Rossini "Una Voce Poco Fa" from Il Barbiere di Siviglia Johann Strauss II "Csárdá" from Die Fledermaus

Giacomo Puccini "Vissi d'arte" from Tosca Francesco Santori (music) Lucio Quarantotto (lyrics)

Time to Say Goodbye (Con Te Partiró) Emily Ray, arr. Olhos Negros

Sunday, June 5, 2011

3:00 p.m. MUSIC OF PORTUGAL Five Wounds Portuguese National Church

1375 East Santa Clara Street San José, CA 95116

Portuguese Classical Music Concert and Gala Dinner Celebrating

“Dia de Portugal de Camões e das Comunidades”

Elizabeth Medeiros Hogue, Soprano

Mission Chamber Orchestra of San José

GALA DINNER Portuguese Athletic Club

1401 East Santa Clara Street San José, CA 95116

5:00 p.m.—No host cocktail 6:00 p.m.—Dinner—New York Steak

Tickets for Concert: $22.00 For further information: (408)236-3350 www.missionchamber.org

COST

Save by purchasing both concert and dinner tickets for only $70.00 Telephone:(408)287-3313 or (925)828-3883

Tickets for Dinner: $55.00 For further information: (408)287-3313 [email protected]

Dia de Portugal Festival 2011The Hawaiian ConnectionPortuguese in Hawaii? Hawaiians know about it and people of Por-tuguese heritage in California know about it, but the rest of Califor-nia? They know about Hawaiian hula dancers but not Portuguese folkdances, they know about luaus but not about Holy Ghost festivals, they know about early Protestant missionaries but not about the Holy Ghost Portuguese Church in Kula, Hawaii, nor about malassadas – the Portuguese donut and how the ukulele originated from the Madeiran four-stringed braguinha.An important part of Hawaiian history is that large numbers of Portu-guese families, especially from Madeira and Sao Miguel, in the Azo-res, contracted to work on the Hawaiian sugar plantations starting in the 1870’s. Along with other cultural and ethnic groups, they became part of the rich cultural and ethnic mix of today’s Hawaii. Life on the plantations was difficult and many moved to other occupations, with significant number migrating to the Bay Area of California.

Dia de Portugal FestivalThis year’s Dia de Portugal Festival theme, The Hawaiian Connection, features a special exhibit at the Portuguese Museum on this migration experience. The exhibit touches on the difficult journey to Hawaii, life on the plantations and the movement to California.Again this year, the Festival is a fun-filled day with food booths offe-ring traditional foods and a range of beverages; vendor and informa-tion booths; a traditional parade with bands, queens and Portuguese-American organizations. Gates open at 10:00 AMBoth free and $6.00 parking is available in the area with shuttle servi-ce to and from the parking areas.For more information, go to www.DiadePortugalca.org or call 408-861-5348. Join your friends and all of community for this wonderful annual event.

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30 15 de Maio de 2011FESTAS

Par ticipe nas nossas festas t radicionais

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Notícias Comunitárias

Para manter a tradição da festa do Espirito Santo do Newark Pavilion, no passado dia 30 de Abril celebrou-se a apresentação das suas rainhas. Não tem sido um ano fácil, mas a jo-vem Presidente Melissa Correia, tem o supor-te de muita gente, que sempre ajuda na festa do Espírito Santo. As esbeltas meninas que irão ser Rainhas aquando da festa no próxi-mo dia 24 de Julho, são pequenas, mas são tão engraçadas e simpáticas que arrancaram os maiores aplausos da sala bem composta de gente, para ver e apoiar tudo o que seja em louvor ao Divino.

Falando em Festas do Espirito Santo elas estão por aí na California, de norte ao sul, mas aqui mesmo junto a nós temos a festa ao Divino no próximo dia 21 e 22 de Maio na cidade de Union City, mais conhecida pela festa do Al-varado, sob a presidência de Isabel Reis. Esta presidente é uma pessoa muito organizada, tem sido um ano de sucesso, mas a saude do seu marido nem sempre foi a melhor durante os ultimos meses, mas a fé ao Espírito Santo é muito forte neste casal - Isabel e José Luis. Tudo tem sido vencido e as ajudas tem sido imensas e mais uma vez provado que vale a pena manter as nossas tradições embora mui-tas vezes com sacrificios. Parabéns à Isabel e José Luís Reis, assim como todos os oficiais.Aqui fica o convite a toda a comunidade em geral para se juntarem na celebração da Festa do Espirito Santo de Alvarado. Começou-se a rezar o terço ao Divino Espí-rito Santo no Newark Pavilion todos os dias a partir do dia 8 de Maio até ao dia da festa a 24 de Julho. A atracção principal e como tradição é o jogo de cartas que acontece todas as sextas feiras às 7.30 da noite. O terço tem sempre o seu início às 7.00 da tarde na linda capela do Pavilion. Quem gosta de musica de uma filarmónica (neste caso falo na Banda Recreio do Emi-grante Português), devem seguir a Banda de Newark nas muitas festas do Espirito Santo por várias cidades da California e seguir o seu novo repertório que é digno de ser ouvi-do. Assistimos no passado dia 16 de Abril ao novo repertório da apresentação da nova épo-ca que se avizinha. Como se diz em Portugal, dá gosto ver e ouvi-los. Uma banda enorme com cerca de 60 elementos, do mais novo ao mais idoso parecem ser uma verdadeira fa-mília. Parabéns ao seu Presidente Paulo Mo-reira, por ter conseguido toda esta gente de várias nacionalidades. Venham todos ver as suas actuações nas nossas festas do Espirito Santo, a começar com a festa de Alvarado nos próximos dia 21 e 22 de Maio. Uma época de 2011 de muito sucesso para esta maravilhosa banda e especialmente a todos estes jovens.

As meninas Marisa (1 ano) e Madison (4 anos) acabam de celebrar os seus aniversários com os seus pais Mark e Anna Freitas. Estes convidaram um grande numero de convida-dos para o acontecimento, que teve lugar no passado dia 1 de Maio na sua residência. Para-béns para todos, principalmente para os avós Luis e Fátima Freitas, de Newark e Eduardo e Idália Pacheco, de Morgan Hill.

Luís Freitas

Novo CD de Eduardo Deus

Pedidos a 774-929-5561

COMUNIDADE

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32 15 de Maio de 2011ULTIMA PAGINA