revista de domingo nº 553

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Page 1: Revista de Domingo nº 553
Page 2: Revista de Domingo nº 553

Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Higo Lima• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Éa hora da escolha para muitos que irão pres-tar vestibular neste domingo e amanhã na busca por uma vaga no ensino superior – o

primeiro passo na trajetória profissional. A única Uni-versidade mantida pelo Estado oferece pouco mais de 2.600 vagas distribuídas em diversas áreas do conhe-cimento.

Na verdade, essa ramificação também se dá em duas categorias distintas, para atender as diferenças e, quem sabe, corrigir as injustiças. Metade das vagas é destinada ao sistema de cotas, que irá atender can-didatos com baixo poder aquisitivo, alunos da rede pública e ainda há a cota racial. Nesta edição, leitor, a Domingo traz as últimas e importantes informações sobre o vestibular da UERN.

E por falar em mercado de trabalho, o sindicato dos profissionais do setor petrolífero tem espalhado pelos quatro ventos a luta para frear a queda na ge-ração de emprego. A gente conversou com o líder Pedro Idalino, que aponta algumas razões para o au-mento no desemprego no setor e ainda faz duras crí-ticas a atual gestão da Companhia.

Ainda sobre educação, essa semana também foi importante para o segmento em Mossoró com as co-memorações dos 112 anos do Colégio Diocesano. Pa-ra registrar a data e ainda prestar nossa homenagem, as páginas da Domingo destacam o trabalho e a im-portância do legado deixado pelo padre Sátiro Caval-cante, que dedicou mais de meio século à escola.

Boa leitura,

Higo Lima.

editorial

Educação!

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Ed

uc

ão Entrevista

Colunista Davi Moura: Brigadeiro de Casca de Banana

Padre Sátiro em meio século dedicado ao Colégio Diocesano

Rafael Demetrius:Você consegue viver sem patrão?

Adoro comer

Comemoração

Coluna

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p 12

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Entrevista com José Idalino, que fala sobre a empregabilidade no setor de petróleo

Page 3: Revista de Domingo nº 553

3Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Gilda saiu de casa pelas nove da manhã, Vou comprar umas calcinhas, estou precisando,

não demoro. Aproveitei pra pedir-lhe jogar no jogo do bicho, dez reais no tou-ro, tinha sonhado essa noite sendo tou-reiro em Madri. Não esqueça, nega, dez reais no touro.

Eu não tinha motivo algum pra des-confiar-lhe da fidelidade conjugal, mui-to menos de suas intenções ao sair de casa, toda bonita, com um beijo demo-rado em minha boca. Posso dizer que, pobres, no entanto éramos felizes. Gilda era única no mundo. Não via enxergava outra.

Deu meio-dia, pra encurtar a histó-ria, anoiteceu, e Gilda não voltou. Eu num pé e noutro, dentro de casa. Aflito. Não sabia o que imaginar. Não era do costume. Gilda nunca demorava quando saía às compras.

Liguei a televisão, justo no programa policial, vivemos numa cidade sem se-gurança, poderia ter-lhe acontecido al-guma coisa. Um aperto no coração. Meu Deus, que terá acontecido com Gilda! Procurei tirar da cabeça os pensamentos ruins, teias de aranha. O nome de Gilda no chamariz do sentimentalismo da re-portagem policial, meu Deus!...

Fui à geladeira, uma cerveja. Naque-

A ironia do sonho

le estado de espírito, quase tomo de um gole, pelo gargalo. Mas tomei todo o lí-quido, em copos sucessivos. Mais outra, outra mais. Do mesmo jeito. Sem me sentir. Tornei à televisão. De todo ani-quilado, por dentro e por fora. Eu nem sei o que eu era – menos gente. Nin-guém.

Nisto, toca o telefone. Quase não pude me levantar pra atender. Entre alegre e receoso. As pernas sem obedecer à men-sagem do cérebro. O coração, um bombo dentro do peito. Meus Deus, que será? Só me vinha à cabeça o pior. Todo o meu ser interior apertando-se, um nó cego.

A muito custo, decidi-me. Empurran-do as pernas. Era Gilda do outro lado da linha. Saíra do Rio às duas da tarde, pra São Paulo, onde se encontrava. Ligava de lá.

– A vida é mesmo assim, meu que-rido Apolônio, apaixonei-me por outro homem, estou com ele aqui em São Pau-lo, me esqueça. Você é moço, boa gente, pode muito bem ainda ser feliz com ou-tra. Um beijo.

Não deu o touro na roleta do jogo do bicho – mas, terrível ironia, o meu sonho da noite anterior teve tudo a ver com o desfecho dessa história.

Eu não tinha motivo algum pra desconfiar-lhe da fidelidade conjugal, muito menos de suas intenções ao sair de casa, toda bonita, com um beijo demorado em minha boca.

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4 Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

entrevista

PEDRO IDALINO

Por Higo LimaPara a Revista Domingo

Uma empresa de petróleo mal administrada

ainda é rentável

Opetróleo está para Mossoró como uma das marcas responsáveis pelo desenvolvimento da cidade nos últimos anos. Aqui, a injeção mensal dos royalties e a atração de mão de obra deixam legados praticamente nos qua-tro cantos da cidade. Pelo menos, era assim! Há um certo tempo, o sindicato do setor petrolífero levanta de-

núncias de queda na geração de empregos e, pior, acusa a Petrobras de omissão para reverter o problema. Nessa entrevista com o líder sindical Pedro Idalino, ele aponta dois caminhos que explicam essa retração: primeiro a falta de interesse da Petrobras em investir na extração de petróleo terrestre e, segundo, a mudança de postura adminis-trativa da Companhia. Nesse cenário, há uma personagem central apontada como pivô para os maus caminhos: Graça Foster. Pedro Idalino diz ainda que a nova presidente da Companhia tem investido pouco na área social. Há 32 anos no quadro efetivo da empresa, Pedro Idalino lamenta a vazão dos profissionais para outras áreas: “A Petrobras já fez os olhos de muitos jovens brilharem. Hoje, a realidade não é mais a mesma, mesmo sabendo que a empresa não perdeu a sua força e capital”.

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DOMINGO – Como está o cená-rio empregatício do setor petrolífero, hoje, em Mossoró?

Pedro Idalino – A Petrobras está passando por um processo de mudan-ça interna que está refletindo, negati-vamente, na geração de emprego em Mossoró. Estamos em um momento de demissões em larga escala. Isso não é resultado da escassez de Petróleo, mas da falta de incentivo resultante de uma política que foi adotada pela empresa desviando a atenção do investimento para busca de resultados.

O SENHOR atribui essas mudanças à gestão Graça Foster?

NÃO somente à pessoa dela por-que ela está amparada por um corpo técnico, acionistas e assessores. Até o Governo Lula, tínhamos uma Petro-bras pautada também pelo social, não apenas a questão da rentabilidade. De-pois da Graça [Foster], vimos uma mu-dança de gestão e administrativa. Um exemplo disso é que o Brasil sempre subsidiou a diferença de preço da ga-solina, isso vem de muito tempo. Ago-ra, houve o aumento do combustível e não é proporcional à quantidade de investimentos.

OS CRÍTICOS estabelecem dife-renças da gestão anterior e a de Gra-ça Foster. Acusam Sergio Gabrielli de adotar uma postura mais política, a Graça Foster coube uma postura mais dura e encorajada a “cortar na pele”. Concorda?

EMBORA Graça seja uma profissio-nal de carreira na Petrobras, ela tam-bém teve participação direta na gestão da Companhia durante o mandato de [Sérgio] Gabrielli. Foi diretora da Petro-bras Energia e Petrobras Distribuidora. Ou seja, ela também fez parte daquele momento. Hoje a Petrobras está mais voltada a atender apenas o mercado, uma atenção aos investidores. O foco de investimentos da Petrobras mudou. Há uma grande atenção ao Pré-sal e aí, cabe a pergunta: e o social?

ENTÃO, o senhor acredita que essa série de demissões no setor petrolífero denunciada pelo Sindicato é uma con-sequência dessa mudança de postura da empresa ou há outra questão de âmbito local que também tenha influ-ência?

TEMOS campos novos que podem ser explorados. Quanto aos campos maduros, a Petrobras tem tecnologia suficiente para investir nesses poços. Mesmo assim, é preciso reforço de

novas tecnologias – chegamos a ser premiados mundialmente pelo poten-cial tecnológico. Até 2009, somente de sondas de perfuração nós tínhamos em torno de 14; hoje (2012), temos apenas 5.

O SENHOR fala do investimento nos campos maduros, mas se lembrar-mos que a Petrobras é uma empresa e, como todas elas, visa lucro. É ren-tável para a Companhia insistir nesse investimento?

QUEM conhece petróleo costuma dizer o seguinte: “uma empresa de petróleo mal administrada, ainda é rentável”. Precisamos de mais inves-timentos na empresa. Veja só: a nos-sa produção atende todo o país e mais alguns, no entanto, mais da metade desse petróleo é processado fora do Brasil e as nossas refinarias estão aí... A Abreu e Lima, por exemplo, não é de interesse para a Petrobras dentro da atual visão da empresa. Isso explica o porquê do alto preço da gasolina. Ora, a gente explora, vende e depois com-pra novamente pra consumo.

ESSA queda na empregabilidade em Mossoró, historicamente, caiu de quanto para quanto?

FORMALIZADO, aqueles que a ho-mologação passa pelo Sindicato, temos registro de 1.055 profissionais até o fi-nal de 2012. Já chegamos a 4.500 mil empregos homologados entre os anos de 2004 a 2008. Chegou a faltar mão de obra. Tivemos que fazer cursos de

incentivo à atração de funcionários, in-clusive, a própria Petrobras chegou a fazer parte desse processo.

E O QUE esse pessoal demitido está fazendo hoje? Para onde está migran-do essa mão de obra?

A ÁREA de perfuração foi a que mais sentiu esse impacto negativo. Existem áreas da Petrobras que são bastante rotativas, como a construção e montagem, por exemplo. São proje-tos sem caráter permanente e, quando eles se encerram, a demanda vai dimi-nuindo, naturalmente. Isso é diferente do setor da perfuração, que, uma vez aberto, a demanda só aumenta porque também se passa a precisar de mais profissionais em outras áreas envolvi-das. Então, assim, alguns já migraram para outras áreas e muitos daqueles que se destacaram foram para outras cidades.

O SENHOR sente que há investi-mento e uma preocupação da compa-nhia em relação a isso?

QUAL o interesse que a Petrobras teria em mostrar que não esteja pre-ocupada? Vou descrever uma situação que, talvez, responda essa pergunta. A Petrobras está criando o que ela cha-ma de “incentivos” dentro de um pro-grama para atrair os profissionais e, ressalto, essa “atração” é para a mão de obra técnica, mais qualificada, para outras regiões, como a cidade de Ma-caé. Hoje há uma disponibilidade de 379 vagas.

ENTÃO não há um esforço para re-verter a situação?

O QUE pode acontecer é um incenti-vo na exploração do Pós-sal – que pode chegar ao Pré-Sal, mas isso não é uma coisa certa, é preciso investigar, ter in-centivos de estudo. Isso já acontece no mar do Ceará. Se tivermos a sorte que teve Sergipe e Alagoas, poderemos ge-rar uma cadeia de extração marítima. Mas do ponto de vista terrestre, o que é nossa realidade, não existe esse in-centivo e a Companhia tem dado clara demonstração de não ter interesse.

OS CAMPOS maduros seriam uma solução?

MUITOS falam que viriam mais em-presas privadas para Mossoró, mas não vejo apenas isso. Já temos empresas privadas que têm campos e veja quan-tas pessoas elas empregam? Aí, nesse caso, o interesse seria apenas financei-ro, não há preocupação social, que é uma das fortes marcas da Petrobras.

5Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

entrevista

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Educação

Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

VestibularAlunos negros, de baixa renda

salarial e de escolas públicas estão mais que nunca atentos no vestibular da Uern e lutam hoje e

amanhã por uma vaga na estadual

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7Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

Educação

de do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), na Faculdade de Medicina, Su-pletivo Padre Alfredo Simonetti e nas escolas estaduais Jerônimo Rosado, Abel Coelho e Eliseu Viana.

A escolha certa exige alguns cuidados de preventivo na garantia de realização de uma boa prova. Os candidatos devem dormir cedo nos dias que antecedem o certame; evitar grandes contratempos, comer regularmente, sem excessos e evitar novidades. Chegar no local da pro-

va com, no mínimo, uma hora de ante-cedência da abertura dos portões.

A UERN avisa que as respostas oficiais dos gabaritos serão divulgadas duas ho-ras após o término do horário da prova, nos dois dias, no site da Instituição.

A outra boa notícia é que a previsão para divulgação do resultado está mar-cada para o dia cinco de abril, pratica-mente, um mês depois do certame.

Agora é com você! Fique de olho nas dicas e boa prova.

Chegou a hora de mais um ves-tibular na Universidade do Es-tado do Rio Grande do Norte

(UERN), uma data especial e decisiva na vida de muita gente que aposta fervoro-samente no futuro trilhado a partir da formação superior, sobretudo na vida dos 14.600 candidatos que enfrentaram ho-je e amanhã a maratona de provas da seleção.

Desse universo, a expectativa é igual-mente grande para aqueles candidatos que estão no páreo por uma vaga através do sistema de cotas oferecido pela Uern. Metade das vagas é ocupada pelos cotis-tas. Eles já representam uma média his-tórica de quase 70% das inscrições.

O candidato disputa o regime de cotas na Uern em três frentes que, por sinal, se diferenciam do sistema cotista adota-do pelo Governo Federal nas Universida-des Federais.

Concorrem por cota todos os candi-datos que estudaram integralmente na rede pública de ensino; que declarar, comprovadamente, a renda salarial da família, dentro dos valores estabelecidos pelo edital, e há ainda a reserva de cotas para raças. Portanto, a Uern adota um modelo socioeconômico e étnico para distribuição das vagas.

O professor Egberto Mesquita, titular da Comissão Permanente do Vestibular (COMPERVE), ressalta ainda que o can-didato que fez a inscrição e se declarou disputar a vaga por meio da cota, auto-maticamente, ele também está no páreo pela outra metade que não é reservada, caso não seja preenchida.

As provas serão aplicadas hoje e ama-nhã, simultaneamente nos municípios de Mossoró, Assú, Pau dos Ferros, Patu, Natal e Caicó. Uma das novidades é a abertura de 50 vagas para o curso de Ciência e Tecnologia, ofertado no Cam-pus de Natal, somando assim ao total de 2.602 vagas à disposição.

E, atenção, se você tiver lido a Do-mingo antes de sair de casa para a reali-zação da prova, confira cuidadosamente se estar com todos os documentos em mãos, sobretudo o cartão de inscrição. O cartão de inscrição do candidato que par-ticipará do Processo Seletivo Vocaciona-do (PSV/2013) está disponível no site www.uern.br/comperve.

O candidato deverá conferir seus da-dos pessoais e o local onde fará a prova. Ao imprimir o documento, já consta um espaço para a colocação da foto 3x4 re-cente. A impressão pode ser feita até mesmo no dia da aplicação das provas que ocorrem nos dias 3 e 4 de março.

Os que estão distribuídos para reali-zar a prova em Mossoró, elas serão apli-cadas no Campus Central da Universida-

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

Comemoração

Padre SátiroO sacerdote dedicou mais de cinquenta anos de sua vida ao Colégio Diocesano, que inicia o ano letivo de

2013 comemorando 112 anos de fundação

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

Comemoração

Oano letivo deste ano começou com um gostinho especial pa-ra o Colégio Diocesano Santa

Luzia em virtude da celebração dos 112 anos de fundação da Unidade, no dia 2 de março.

Uma data especial para a escola que, durante muito tempo, dividiu com o co-légio das irmãs a função de formar a boa parte da classe média mossoroense. Por lá, passaram alunos que contribuem com o crescimento da cidade nas áreas da Medicina, Direito, Pedagogia, Engenha-ria, enfim, todas as áreas do conheci-mento.

Graças a isso, é fácil imaginar que essa celebração também é motivo de nostalgia e alegria para os ex-alunos que passaram pela escola. Se para eles, a da-ta é saudosista, quem dirá para o padre Sátiro Cavalcante Dantas, que dedicou 53 anos da sua vida na administração do Colégio Diocesano?

A professora Hildegard Mota, que também responde pelas relações públi-cas da Unidade, ressalta que “essa co-memoração da Escola também é uma data de agradecimento por todo o traba-lho e dedicação do padre Sátiro para com o Colégio”.

Padre Sátiro é um importante articu-

lador nas lutas pela educação, não só dentro das paredes do Diocesano. Tam-bém teve papel importantíssimo no pro-cesso de estadualização do que hoje é a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Assim, o Colégio Diocesano Santa Luzia já se tornou uma grande referência da igreja Católica do Rio Grande do Nor-te na área da educação. A descrição da escola destaca que a linha pedagógica é uma busca constante pela formação hu-mana dos jovens, dentro de um ambien-te escolar identificado pelo espírito evan-gélico de liberdade e solidariedade.

O primeiro diretor foi o Cônego Este-vam José Dantas e sua primeira sede localizava-se à Praça Vigário Antônio Joaquim, onde está atualmente o Banco do Brasil. A matrícula do primeiro ano letivo do Colégio foi de 59 alunos, sendo 14 internos, 45 externos; 42 no curso primário e 17 no secundário.

Quando o padre Francisco Sales foi nomeado diretor do Colégio Diocesano, em janeiro de 1946, ele logo lançou o desafio de construir uma nova sede para o velho "Santa Luzia". A pedra funda-mental foi chamada a 30 de setembro de 1947 e em junho seguinte se iniciam as obras, como presente de aniversário ao

Sr. Bispo D. João Costa. Nos anos 1953 a 1955, os trabalhos

aumentam e os novos pavilhões vão sur-gindo, graças a contribuições de parti-culares e às verbas federais conseguidas pelos deputados da região. E finalmente, no primeiro semestre de 1956, chega uma ajuda federal, de "um milhão e qui-nhentos mil cruzeiros", conseguida por D. Hiseu Mendes do "Fundo Nacional de Ensino Médio", veio como adiantamento a ser ressarcido em "Bolsas de Estudo", durante dez anos. Com esse recurso, es-tava garantida a conclusão das obras e se pôde marcar logo a inauguração do recém-construído Conjunto Santa Luzia. A festa inaugural aconteceu a 9 de junho de 1956, presidida pelo Sr. Cardeal D. Jaime Câmara e com a presença de D. João Costa, do Governador do Estado Dinarte Matiz e de vários deputados e personalidades, alguns deles ex-alunos do velho e querido Santa Luzia.

Entre os ex-diretores presentes, destacava-se a figura do Côn. Amáncio Ramalho, que tanto se dedicou ao Edu-candário. As festas de inauguração atra-íram toda a cidade. Houve discursos memoráveis e um almoço servido com muita distinção a D. Jaime e preparado com especial carinho em homenagem

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

Comemoração

)) Padre Charles Lamartini, vice-diretor do colégio

aos bispos de Mossoró ali presentes e às autoridades. Foi uma grande data relem-brada em placa comemorativa. E as aulas se iniciaram em agosto nas novas insta-lações. O "Santa Luzia" conseguiu afinal o 2º ciclo, em 1957, graças aos esforços e lutas do Cônego Sales, apoiado por D. Eliseu, no Departamento de Ensino Se-cundário.

Devido à idade avançada, padre Sá-tiro, aos poucos começa a diminuir o rit-mo de trabalho dentro do colégio. Tanto que a igreja já encaminhou para a esco-la um sucessor, padre Charles Lamartine, que atualmente responde formalmente pela vice-diretoria da escola.

“Há uma parceria de trabalho entre padre Charles e padre Sátiro. Padre Char-les está chegando e trás o vigor da jovia-lidade, mas sempre consulta e divide todas as decisões, que antes são diag-nosticadas por padre Sátiro”, diz a pro-fessora.

As mudanças com o que já pode ser considerada uma nova administração são perceptíveis. Padre Charles já deu uma nova roupagem na estrutura da casa. A indicação de padre Charles, no entanto, é um forte indício de que não haverá grandes mudanças no Colégio.

Também natural da cidade de Pau dos Ferros, terra natal de padre Sátiro, ambos são fortemente ligados pelo estudo do conhecimento de Santo Agostinho. Padre Sátiro, por exemplo, sempre faz menção a trechos do santo católico na sua conta no microblog Twitter, que ele próprio faz questão de atualizar.

Já padre Charles é recém-chegado ao colégio, assumiu as funções em meados do ano passado, retorna de Roma depois de defender uma pós-graduação com estudos também sobre Santo Agosti-nho.

COMEMORAçãOPara celebrar a data, a escola celebra-

rá uma missa em ação de graças no gi-násio Carecão, dentro da própria sede. O nome, por sinal, é uma homenagem a padre Sátiro. Durante todo o dia, home-nagens internas.

“O Diocesano está para educação de Mossoró como referência principal, já que o mesmo ao longo da sua história passou por ele inúmeras autoridades”, Hildegard Mota.

Na frente da atual sede da escola exis-tem árvores carnaubais onde se faz um registro dos ex-alunos que foram gover-nadores. Entre eles, está o senador José Agripino Maia e a ex-prefeita de Mosso-ró Fátima Rosado, que foi a primeira ex-aluna mulher a tomar posse de um cargo público.

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

Internet

Sem previsão

O Google Glass já despertou o fascínio dos amantes da tecnologia, mas exige paciência porque ainda não há data para chegar no nosso mercado local

Quem viu se surpreendeu e gostou, agora precisa apenas ter um pouco de paciência e

ir juntando as economias porque a nova promessa de coqueluche do mundo tec-nológico só deve chegar ao mercado no final deste ano. Porém, em Mossoró, ainda não há data prevista.

O Google Glass estará no mercado por US$ 1.500 até o final de 2013, apro-ximadamente 3 mil reais no Brasil. A informação foi confirmada pelo co-fun-dador da Google, Sergey Brin, durante palestra no TED. Em campanha para promover uma das apostas mais ousa-das da empresa, Brin partiu para o ata-que aos smartphones durante a confe-rência. O empresário afirmou que os celulares são “castradores”, pois limi-tam a experiência do usuário.

“Você fica lá, só esfregando aquele pedaço de vidro sem recursos. É meio

castrador. É isso que você quer fazer com seu corpo? Você quer algo que dei-xe seus olhos livres”, disse Brin.

Apesar de falar em nome da empre-sa que desenvolve o Android, um dos principais sistemas operacionais para smartphones, o executivo criticou o iso-lamento social causado pelos aparelhos. Segundo ele — que fez a palestra usan-do o Google Glass —, os óculos futuris-tas serão a melhor forma para propor-cionar uma experiência mais livre.

“Quando fundamos a Google há 15 anos, minha visão era de que a informa-ção viria a você quando você precisasse. Você não precisaria ter que fazer qual-quer tipo de pesquisa”, afirmou o co-fundador da Google.

A declaração causou repercussão na internet, como apontou o jornal “The Guardian”. Pelo Twitter, o consultor de tecnologia Chris Pirillo criticou a con-

duta do executivo: “que tipo de mensa-gem ele está passando para os clientes do Android?”. Outros usuários da rede de microblogs acredita que Brin sim-plesmente não escolheu a palavra ideal: “se ao menos existisse algum serviço de pesquisa que Sergey Brin pudesse usar para chegar o significado de ‘cas-trador’”, comentou, irônico, Kieran He-aly.

A Google já fechou as inscrições pa-ra o projeto “Explorer”, que recrutou voluntários interessados em testar o novo produto — e desembolsar US$ 1500 para isso. Por enquanto, essa é a única forma legal de conhecer o apare-lho. Após o gadget ter aparecido em um leilão no eBay por mais de US$ 15 mil, a gigante da internet declarou que a transferência do dispositivo para outras pessoas está proibida pelas condições do projeto “Explorer”.

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

RAFAEL DEMETRIUS

sua carreira

xQuem decide seguir a trilha de trabalhador autônomo ganha, logo de cara, um senhor presente: vira dono absoluto de sua força

de trabalho. Em outras palavras, é livre para colocar preço e prestar serviço a quem desejar. E isso vale para advogados, fonoaudiólogos, psicólogos, pro-fessores, administradores de empresas, até secre-tárias! De brinde, flexibilidade total de horários. Mas será que você tem perfil para trabalhar como um profissional autônomo? Veja se é o seu caso e aproveite as dicas para quem quer viver sendo seu próprio patrão.

Sobre ramo de atuaçãoGeralmente trabalham como autônomos: nutricionis-tas, psicólogos, vendedores, esteticistas, entre outros, seja lá qual ramo de atividade que você decidir atuar é preciso em primeiro lugar, ser muito bom no que faz, ter experiência na prática e estar sempre se aperfei-çoando através de cursos, palestras e leituras direcio-nadas. Decidir que será autônomo porque não conse-guiu arrumar emprego deixa uma pergunta no ar: Por que você não está conseguindo colocação no mercado de trabalho formal? Se for por falta de qualificação, prepare-se melhor antes de embarcar em um mercado como autônomo, que tem várias vantagens, mas tam-bém instabilidade.

Características para vencerPara ser um profissional autônomo você não pode ser lento, acomodado ou preguiçoso. Hoje, o pior profis-sional, em qualquer situação, é aquela que não tem determinação e iniciativa. E isso se intensifica no mer-cado autônomo. Para se dar bem, é preciso estar ante-nado, ter boa aparência, pensamento ágil e correr atrás dos seus objetivos. É fundamental também aprender a lidar com a angústia gerada pela instabilidade, pois a quantidade de trabalho oscila mês a mês. Quando você está por conta própria, precisa manter a discipli-na com relação a prazos, por exemplo, já que a respon-sabilidade é toda sua.

Você consegue viver sem patrão?

Não embarque em canoa furadaNão é qualquer pessoa que pode ser e se dar bem como profissional autônomo, confira as caracterís-ticas fundamentais: Ser proativo, quem não con-segue antecipar-se a possíveis problemas e resol-vê-los rapidamente, enfrentará problemas para se manter como autônomo. Ser ágil, se o rendimento do profissional for baixo, não fará para as despesas, quanto mais para vencer como autônomo. Se não for ágil, “antenado” com as novidades do mercado no seu ramo, será “atropelado” pelos concorrentes. Ser determinado e persistente: Por mais que se tenha tudo planejado, o trabalhador autônomo pre-cisa ter habilidade e disposição para lidar com a instabilidade e possível oscilação de contratos, ser determinado e persistente é indispensável.

MarketingLembre-se você não trabalha mais naquela empre-sa que já tinha uma carteira de clientes fixos, pre-cisará conquistar os seus próprios clientes, por isso divulgue o que você faz, como faz e onde o cliente pode te encontrar. Organize um material de apresentação do seu trabalho (folder, site, etc.), contendo portfólio, cases, diferenciais e seus con-tatos: telefone, celular, fax, e-mail, MSN e retorne a todos. Essa organização passará profissionalismo e terá mais chances de se dar bem.

Conquiste sua segurança Registre-se como autônomo: Não é porque você vai trabalhar como autônomo que será ilegal, pro-cure o INSS da sua cidade para se inscrever como autônomo, com a contribuição mensal ao INSS vo-cê garantirá benefícios importantes como auxílio doença, caso venha a precisar e terá uma reserva para aposentadoria lá na frente. Previdência privada:Além de contribuir mensalmente com o INSS, você pode garantir um futuro ainda mais tranquilo, procure o gerente do seu banco e saiba as opções de previdência privada, contrate aquela que couber no seu orçamento e garanta uma ve-lhice tranquila.

Estratégia financeiraÉ essencial ter reservas para períodos de estiagem de trabalho ou de gastos extras. E separar pelo menos 10% do rendimento mensal para suprir a ausência de FGTS e 13º. Além disso, aprender a cobrar, embutindo no preço do seu produto ou ser-viço despesas fixas extras, como telefone.

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

PEDRO FERNANDES DE O. NETO *

De inéditos e ineditismos )(

* Pedro Fernandes de O. Neto é aluno do Doutorado em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e autor de Retratos para a construção do feminino na prosa de José Saramago (2012, Appris, 280p.)

artigo

Envie artigos para esta seção pelo e-mail: [email protected]

Os da nova geração de leitores já terão se acostumado com essa moda que é a de remexer

arquivos esquecidos pelo tempo a fim de achar entre os papéis – e são muitos – deixados por um escritor um texto qualquer que dê brecha para uma pu-blicação inédita e de preferência surpre-endente, cheia de revelações a ponto de até mudar determinados conceitos acer-ca dos já fossilizados. Tudo – rabiscos, garatujas, desenhos – se publica e é acei-to pela crítica fabricada como grandes acontecimentos literários.

Estou me referindo aos casos em que o autor já morto – e em alguns a obra até já se encontra em domínio público – que uma decisão do tipo, isto é, tornar pú-blico aquilo que ele escondeu por toda uma vida ou mesmo disse não querer vê-lo publicado, fere determinadas ins-tâncias que estão para além de uma de-cisão individual ou praticada por uma equipe editorial. É evidente que nesse processo o interesse artístico e estético é perdido para interesse pelo lucro sobre o produto.

E para todos os lados se multiplicam casos; e para grande maioria deles há os exageros. Não faz muito tempo que 3 mil exemplares do livro Poemas nunca antes publicados de Caio Fernando Abreu foram abortados uma semana antes de chegar às livrarias porque um dos poemas aí apresentados como sen-do do escritor era, na verdade, a letra de uma música de Gilberto Gil. Por outro dia, o jornal espanhol El País editou iné-ditos de Mario Benedetti que na verdade eram rabiscos para outros poemas do autor já publicados. Na leva de exemplos fiquemos por aqui, mas sabendo que há ainda uma infinidade de casos seme-lhantes.

Não sei se é o caso da Espanha, mas no Brasil há brechas na lei de direitos autorais que permitem aos herdeiros tomarem determinadas decisões, como

as de publicação de originais. E é falho. Isso porque, sabendo que escritor sem-pre escreve mais do que publica, sabe-se também que ele tem seus critérios crí-ticos e capacidade de seleção que não estão ao alcance, em boa parte das vezes, dos herdeiros. Para uma situação do tipo, parece sensato que a decisão do autor deva ser considerada um direito irrevo-gável; seja o herdeiro quem seja, sua decisão é um direito literário e, sobre-tudo, moral e de respeito à sua memória. Para aquelas situações que não envol-vem o nome de herdeiros, nem de ins-tituições designadas pelo autor, talvez fosse justo a existência, no âmbito da justiça, de fóruns especializados que pudessem avaliar, por exemplo, a deci-

são de publicação. Em todo caso não se deve acreditar que o simples fato de o autor não ter dado fim àquilo que não foi publicado seja sempre uma interpre-tação direta de que deve ser feito uso comercial; nem que deixado a um her-deiro responsável este tenha todo direi-to de exploração do material.

E, por fim, além dos casos de publi-cação indevida, cumpre pensar nas ex-travagâncias, como intervenção de ter-ceiros sobre os textos – reescritura de manuscritos com supressão ou acrésci-

mo de parágrafos, como a formulação de um desfecho para o texto, entre ou-tras. Todas essas situações infringem diretamente a escrita e o resultado não se constitui em trabalhos inéditos como vão sendo propalados pela mídia. Pode ser que a intenção ou tema estejam ali preservados, mas as intervenções, por si só, descaracterizam a originalidade do texto e fazem dele o texto de outro autor. Estou aqui pensando naquela per-sonagem de Jorge Luis Borges no conto “Pierre Menard, o autor de Dom Quixo-te” que se debruça na fatídica ideia de reescritura do romance de Cervantes e, mesmo que sejam repetidas os pontos e as vírgulas, tudo à sua imagem do tex-to original, já no fim não será o Dom Quixote de Cervantes, mas o de Pierre Menard.

Agora, fato é que, se isso fosse leva-do a sério talvez não tivéssemos cá a imagem que temos, por exemplo, de escritores como Kafka. Mas para que os casos de absurdos sejam freados, uma vez estarmos no auge dos ineditismos, muita coisa há que ser revista. O direito de posse não pode continuar a ser con-fundido com o direito de publicação e difusão comercial dos escritos. Afinal, propriedade intelectual não se transmi-te por herança e muitos dos casos em que envolvem dinheiro podem ser en-quadrados como apropriação e explora-ção indevida. É válido que estes escritos estejam acessíveis aos estudiosos e lei-tores da obra do escritor, agora que se-jam tornados produtos de venda sem o consentimento do autor ou simplesmen-te pelo interesse financeiro de herdei-ros, não; o ideal é que, em última oca-sião, seja dada a decisão a um fórum de especialistas. Seja de que natureza for, um trabalho artístico não pode está atre-lado simplesmente às leis de mercado; como criação intelectual tem em sua natureza outros valores e estes precisam ser preservados.

! Estou me referindo aos casos em que o autor já morto que uma decisão do tipo, isto é, tornar público aquilo que ele escondeu por toda uma vida ou mesmo disse não querer vê-lo publicado

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

adoro comer

quem nunca desejou levar aquele chopp geladinho para viagem? Consumir a bebida no conforto do seu lar já não é um sonho distante. Uma das novas manias é utilizar o tal do growler para carregar sua cerva. Feito com vidro ou cerâmi-ca, com tampa de rosca ou de flip, tem capacidade média de dois litros. A sua disponibilidade é atrelada às cervejas artesanais - portanto, mais caras, por isso a dificuldade de se achar facilmente. A dinâmica é fácil: compra-se o recipiente e é possível levá-lo para ench-er direto na cervejaria ou em qualquer lugar que venda chopp no barril. Depen-dendo da vedação da garrafa e da resistên-cia, o conteúdo pode durar até 7 dias na geladeira. Quem já conhece a franquia Mr. Beer, famosa em vários locais do Brasil, pode esperar: ela está preparando o seu próprio growler. Ah, e não é baratinho não: a partir de R$ 70,00.

Por incrível que pareça, ainda me deparo com gente que não sabe cozinhar direito o arroz. Confesso, também não sou o melhor dos chefs. Para resolver o problema, o Ig Comida separou uma listinha com algumas dicas. Confira:

1) Na hora de comprar, prefira o arroz de formato alongado, grãos íntegros e tom perolado. 2) A proporção ideal é: duas partes de água para uma de arroz. 3) A panela tem de ter o tamanho certo . E o cozinheiro deve conhecê-la bem. 4) Lavar ajuda a acelerar o cozimento.5) Sempre cozinhe o arroz em água quente e jamais acres-cente água fria no processo. 6) Refogar bem garante que os grãos fiquem soltinhos.7) Cozinhar e escorrer ou deixar secar a água? Depende. Pode mexer? Não.

Growler - nova tendência

Oito dicas para deixar o arroz soltinho

Pittsburg e sua Cartola Premium

Cozinha Sustentável

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

Pra quem curte frio, viagens e chocolate, fica a dica do Chocofest 2013, em Gramado-RS, que vai acontecer neste mês de março. São 18 dias de evento que misturam emoção, alegria e muitas delícias com a animação de personagens como o Conde Guloseima e a Vovó Duquesa. A festival vai além do chocolate. É uma experiência que só quem partici-pou sabe. Começando do dia 15/03 e durando até o final do mês, a programação é marcada por desfiles, espetáculos teatrais, música, dança e shows, tudo muito lúdico e temáti-co. Vale mencionar que existem oficinas para ensinar a fazer os famosos chocolates de gramado, fora os diversos passeios e exposição de ovos de Páscoa. Vale a pena con-ferir demais! Acesse o site: http://www.chocofest.com.br/.

Chocofest 2013 em Gramado

O topo da sobremesa é composto por um chocolate que até então só vi o Pittsburg comercializar. É uma mistura especial que eles devem fazer, pois a consistência é bem diferente. Nada daquela crosta dura ou dele derretendo pelas bordas. Os mais clássicos da gastronomia podem achar a iguaria um tanto desrespeitosa pela quantidade de banana. São alguns pedacinhos logo abaixo do chocolate e uma rodelinha sur-presa ao final do sorvete. De fato, tem pouca banana, mas a sobremesa já é pequena. Se tivesse mais, não seria a car-tola premium. Podemos até arriscar um rótulo de banana split modernizada. Sem esquecer o toque de hortelã para coroar o prato e a canela polvilhada. Detalhe: o do Pittsburg do Nova Betânia é menor do que o do Shopping. Não sei porque a diferença, mas enfim: o sabor é o mesmo e a satis-fação também será!

Aylana Paula, nossa nova colunista, vem dando ótimas dicas sobre sustentabilidade. A de hoje é um brigadeiro feito com um ingrediente bem diferente. Para que o mesmo ganhe o rótulo de sustentável, a dica é uma velha conhecida dos cestos de lixos em todo o mundo: a casca de banana. Você pode reduzir o lixo orgânico (e até evitar que um escorregão) ao reaproveitar este alimento rico em vitamina C, preve-nindo gripes e resfriados; e em potássio, fortalecendo os músculos contra câimbras. Quem já provou garante que a textura é de um brigadeiro comum, com um toque frutado proporcionado pela banana. Há quem diga que o seu gosto é semelhante às barrinhas de cereal que já conhecemos das prateleiras do supermercado. Depois de tantos benefícios, é só seguir o passo a passo e se deliciar com o resultado.

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 3 de março de 2013

adoro comer adoro comer

Brigadeiro de Casca de Banana

INGREDIENTES MODO DE PREPARO

• Misture todos os ingredientes no liquidificador;• Em uma panela, despeje a mistura, mexendo sempre para não empelotar. O ponto certo é o mesmo do brigadeiro comum, quando começar a soltar do fundo da panela;• Após atingir o ponto, deixe-o resfriar em um prato. Se quiser acelerar o processo, pode colocar na geladeira, na parte mais baixa;• Quando frio, faça bolinhas e as envolva com chocolate granulado. Se preferir, sirva-o em copinhos ou apenas o coma com colher, como o convencional brigadeiro de panela.

• Três cascas de banana bem lavadas• Quatro colheres de achocolatado• Uma colher de sopa de manteiga• Uma colher de sopa de farinha de trigo sem fermento• Uma lata de leite condensado• Chocolate granulado (q/b)

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