revista de domingo n° 544

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Revista semanal do jornal de fato

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Page 1: Revista de Domingo n° 544
Page 2: Revista de Domingo n° 544

Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Quem nunca acreditou, pelo menos por um mo-mento, na existência do Papai Noel? O bom ve-lhinho, sem dúvida, é uma das figuras mais em-

blemáticas das festividades natalinas e, apesar de seu forte apelo comercial, é um personagem cheio de encanto, ama-do pelas crianças e até mesmo por muitos adultos.

A revista DOMINGO conversou com profissionais que ajudam a manter vivo o encantamento do Natal: os Papais Noeis que podem ser encontrados em lojas, praças e shop-pings.

A edição desta semana também conversou com repre-sentantes de diferentes religiões para conhecer o significa-do do Natal para cada uma delas e mostrar como comemo-ram essa data.

A chegada do mês de dezembro também dá início à temporada de matrículas escolares e de reajuste nas men-salidades. Neste ano, a maioria das escolas mossoroenses adotou reajuste de 10%. É bom ficar atento para evitar pa-gar por aumentos abusivos.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

É Natal!

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Religiosidade

Colunista Davi Moura dá dicas de como economizar na hora de fazer a Ceia de Natal

Conheça histórias de homens que trabalham como Papai Noel

Rafael Demetrius: Organização financeira para 2013

Adoro comer

Tradição

Coluna

p4

p14

p6

p 12

p8

Conheça a simbologia do Natal para diferentes religiões

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3Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Vinte anos mais velho, Galdên-cio morria de ciúmes da mu-lher. Luizinha reclamava com

ele – não era mulher dessas coisas, ti-rasse isso da cabeça. O motivo de tanto ciúme era o cabo Ferreira, que fora o primeiro namorado de Luizinha, e que o casamento entendera de passar-lhe todo dia pela rua, com olhares maliciosos pra dentro de casa.

Era o cabo Ferreira um tipo metido a conquistador e não menos a valentão.

Fogo da farda, só. Já levara uma sur-ra de rebenque do negro Afonso em ple-na feira, e não foi homem pra botar nem a mão no cabo do revólver, sabia a fera que estava no negro Afonso, não torcia caminho pra ninguém, podia ser o Sata-nás.

De seu natural sossegado, ninguém que o não conhecesse dava nada pelo ne-gro Afonso pelo seu jeito manso na cor-pulência que diziam de elegante, a humil-dade quase servil no trato com quem fosse. Só que, desacatado, virava bicho feroz. Não era mais o negro Afonso.

Amigo de Galdêncio, desde o tempo de menino, Afonso o censurava, “como é que você aguenta esse desaforo do cabo Ferreira querendo conquistar sua mulher, se fosse comigo eu já tinha ca-pado esse miserável”.

A lei do sertão

JOSÉ NICODEMOS*

conto

. Galdêncio, porém, não era homem de atitudes fortes, e a verdade é que te-mia o cabo Ferreira.

Afonso já não suportando mais aque-la desfeita ao amigo, as desavenças em casa pelo ciúme, não tardou e se decidiu por tomar satisfações com o cabo Ferrei-ra – aquilo já era demais. A desfeita era como se fosse com ele, Afonso, ia mostrar ao safardana que o amigo não era cão sem dono não.

Postou-se ali no canto da rua com um beco, na hora do cabo Ferreira, a peixei-ra bem amolada à cinta. Quando viu, lá vem o cabo Ferreira, todo faceiro no seu

andar gingado – Afonso o chamou, que-ria ter uma conversa com ele. O cabo Ferreira, como esquecido da surra, o des-tratou, cheio de autoridade.

Foi o que deu: com um soco violento que nem uma pedrada por debaixo da tábua do queixo, o negro Afonso derru-bou o cabo Ferreira, que ficou ali esten-dido no chão, desacordado. O negro Afonso, irado, completou o serviço – cortou-lhe as “coisas”, tudo, e caiu fora, indo refugiar-se na fazenda do temido Coronel Odorico, seu velho coiteiro, três ou quatro mortes, ao pé da serra de São Bento.

O motivo de tanto ciúme era o cabo Ferreira, entendera de passar-lhe todo dia pela rua, com olhares maliciosos pra dentro de casa.

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4 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

entrevista

JOSÉ ESPÍNOLA SOBRINHO

Por Nara AndradePara a Revista Domingo

'Vai ser um inverno

desmantelado'

Natural do município potiguar de Acari, o professor de meteo-rologia e climatologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), José Espínola Sobrinho, diz que grande par-te de sua vida está ligada à instituição, onde ingressou como

aluno em 74 e atua como professor desde 1978. Ele afirma que se formou em agronomia "quase por necessidade, já que estudou a vida toda em escolas agrícolas pagas pelo governo e prestou vestibular para agronomia, que era o único curso oferecido pela antiga Escola Superior de Agricul-tura de Mossoró (ESAM). Espínola é mestre em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, e doutor pela Uni-versidade Federal de Campina Grande (UFCG). O interesse pelos estudos do clima surgiu durante a graduação, quando foi monitor e bolsista da disciplina de meteorologia ministrada pelo professor Ari Pinheiro de Amorim. Hoje com 58 anos, 34 dedicados à universidade, afirma que apesar de já poder se aposentar desde 2007, continua trabalhando por-que gosta, porque o universo acadêmico e a convivência com os jovens universitários lhe faz bem. O professor, que é o único meteorologista atuante em Mossoró, já que o Rio Grande do Norte conta apenas com dois profissionais na área, fala sobre a seca vivenciada ao longo de 2012 e das previsões do tempo para o primeiro trimestre de 2013.

DOMINGO – Esse mês choveu algu-mas vezes aqui na cidade. É comum a ocorrência de precipitações nesse perí-odo?

JOSÉ ESPÍNOLA SOBRINHO – É co-mum sim, mas essas precipitações não são chuvas do nosso inverno característi-co. As chuvas de dezembro e janeiro não merecem confiança. O próprio agricultor tem um ditado que diz "quem planta em janeiro, perde em fevereiro”. Porque não são chuvas de consistência. Essas são as primeiras chuvas que normalmen-te acontecem provocadas por restos de frente frias que entram lá na região Sul, onde está chovendo bastante. Aquelas frentes frias que entram muito fortes no Sul, chegam um pouquinho aqui no Nor-deste e provocam chuvas isoladas. Essas nuvens de chuva que estão se formando esse mês são nuvens baixas, que quase não conseguimos ver nas fotografias do satélite. Elas concentram uma quantida-de de água muito pequena no seu inte-rior e no máximo provocam chuvas em algumas regiões, que a gente chama de pancadas de chuva isoladas de pequena intensidade. O inverno começa assim, não tem dia e hora para começar e nem para terminar. As chuvas vão começando a acontecer em um canto e outro e vão se intensificando. Essas chuvas de dezem-bro podem acontecer ainda até o final do ano e até no início de janeiro, de forma isolada. No começo do mês, por exemplo, choveu no Alto de São Manoel e em ou-tros lugares da cidade não. São pancadas isoladas formadas por instabilidades do Oceano Atlântico, que podem continu-ar acontecendo, mas não são chuvas de grande intensidade.

HÁ alguns anos o Rio Grande do Nor-te e até mesmo o país não vivia um perí-odo de seca tão intenso. O que provocou esse fenômeno?

NESTE ano de 2012, não choveu aqui em nossa região porque o Oceano Atlân-tico, na costa do Ceará e Rio Grande do Norte, não se aqueceu. O sistema de nu-

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5Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

entrevistavens que provoca chuvas aqui na nossa região é chamado de Zona de Conver-gência Intertropical e esse sistema não se estabeleceu. A zona de convergência esse ano não desceu para provocar chuva aqui na parte norte do nordeste porque o Oceano Atlântico ficou frio. Durante o ano todo, ficou frio. Enquanto teria que se aquecer para a camada de nuvem se formar e os ventos do nordeste soprarem aqui para cima e a gente ter chuva. En-tão esse ano de 2012 não esteve favo-rável de maneira nenhuma, em nenhum momento, por isso a gente teve essa seca enorme. Ainda mais os ventos que se in-verteram esse ano. Normalmente, nós temos ventos de nordeste trazendo umi-dade do mar aqui para cima da nossa re-gião e esse ano os ventos atuaram muito de sudeste, soprando as nuvens para lá.

O QUE provocou esse resfriamento do Oceano Atlântico?

AINDA não se tem uma explicação fí-sica que explique o aquecimento e o res-friamento do oceano, tanto do Atlântico como do Pacífico, onde é chamamos de El Niño e La Niña. Existem muitas teorias, mas não tem nenhuma comprovada. Tem as teorias que acreditam que o fenôme-no é provocado pelas variações do campo magnético da Terra, as variação das ex-plosões solares, o tipo de plâncton que é a vegetação que se forma no fundo do mar, uma cadeia de vulcões que existe no fundo do Pacífico Sul que em alguns anos entrariam em erupção. Enfim, são várias teorias, mas nenhuma comprova-da cientificamente.

QUANTOS milímetros de chuva fo-ram registrados aqui em Mossoró em 2012 até o momento? Em um ano com período chuvoso considerado normal, quantos milímetros são registrados?

ATÉ o momento aqui em Mossoró choveu 199 milímetros, a média dos úl-timos 100 anos aqui em Mossoró é 680 milímetros de chuva durante o ano, mas é bem verdade que essas chuvas aconte-cem principalmente de janeiro a junho. De julho até dezembro é só calor e seca. Por isso que o pessoal diz que aqui não é possível definir as estações do ano. Isso acontece porque a gente está quase em cima da linha do equador e nessa re-gião a quantidade de radiação solar que chega ao longo do ano é praticamente a mesma. Os dias têm 12 horas e as noi-tes também têm 12 horas. Por isso que a gente não tem horário de verão aqui. En-tão por esse motivo, a gente não percebe a mudança das estações, elas existem na teoria, astronomicamente falando elas existem, mas na prática a gente só per-cebe o primeiro semestre com chuva e o semestre do ano com seca. Choveu bem abaixo da média, e não foi só aqui, acho inclusive que Mossoró foi privilegiado, porque em vários outros municípios aqui ao redor que não choveu nem isso.

AS PREVISÕES do tempo são real-

mente confiáveis, muita gente questio-na?

REALMENTE algumas pessoas dizem que a meteorologia é muito fraca, mas não, a meteorologia é muito forte, nós não temos é instrumentação. Na região do Oceano Pacífico, funcionam mais de mil estações meteorológicas, só os Esta-dos Unidos mantêm cerca de 300 e vá-rios países do mundo têm estações na-quela região, por isso os fenômenos La Niña e El Niño são muito estudados. Já aqui na costa brasileira do Oceano Atlân-tico, existem apenas 15 controlada pelo Projeto Pirata, no entanto, apenas quatro ou cinco funcionam diariamente. Além da falta de instrumentação, também fal-ta interesse do governo de investir. Aqui nós temos 15 estações e nem todas fun-cionam, para se ter uma ideia, só a Fer-rari instalou 25 estações meteorológicas ao redor do autódromo, durante o Gran-de Prêmio, para saber se iria chover, só a Ferrari. As demais equipes também instalaram as suas estações. Essas quin-ze estações ultrapassadas servem para analisar as chuvas de todo o Nordeste, por isso que as nossas previsões não têm uma precisão muito grande. Outra coi-sa, quantos médicos têm no RN? Vários. Quantos engenheiros? Quantos arquite-tos? E quantos meteorologistas? Apenas dois, Gilmar Bristot, em Natal, e eu, aqui em Mossoró. Como é que pode dar certo um negócio desses? Como eles querem precisão desse jeito? Falta incentivo. Agora é caro. Uma estação meteorológi-ca custa 20 mil dólares, cerca de R$ 60 mil, mas esse valor não é nada para um governo.

QUAIS os estados mais prejudicados pela seca?

EU diria que os mais afetados foram os estados aqui do norte do Nordeste. Piauí, Ceará e o Rio Grande do Norte.

QUANDO aconteceu a última grande seca?

ACONTECEU em 1998, uma seca pa-recida com essa. Quando foram registra-dos apenas 185 milímetros de precipita-ções. E o pessoal pensava que não iria mais ter seca aqui nessa região devido às mudanças climáticas.

ESSA semana, meteorologistas de vários estados se reuniram na Agência Executiva de Gestão das Águas do Es-tado da Paraíba (AESA), em Campina Grande. Esta foi a primeira edição?

PARA esse período chuvoso sim. Quando vai chegando essa época agora, a meteorologia promove essas reuniões, cada mês em um estado diferente. A pri-meira sempre é na Paraíba em dezembro. A segunda é em Fortaleza/CE, em janei-ro. A terceira em Natal/RN, em feverei-ro. E a quarta e última em Recife/PE, em março. Nessas reuniões, cada meteorolo-gista apresenta a situação do seu estado. Também participam desses encontros, o pessoal do Centro de Previsão do Tempo

e Estudos Climáticos/Instituto de Pes-quisas Espaciais (CPTEC/INPE), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

QUAL o objetivo do encontro?NESSAS reuniões são discutidos os

modelos matemáticos calculados por meteorologistas de vários países atra-vés de equipamentos modernos e com a ajuda de imagens de satélite, já que a seca do Nordeste é estudada por muitos países. Existem os modelos franceses, os alemães, os ingleses, dos Estados Uni-dos, com essas previsões. Então a gente analisa todos os modelos com o objeti-vo de obter nossa previsão final com a maior exatidão possível. Além da inter-pretação de fenômenos como a circula-ção dos ventos na atmosfera (observando aspectos como pressão, umidade, veloci-dade), temperatura das águas dos ocea-nos, Zona de Convergência do Atlântico Sul, El Niño, La Niña, como já dissemos anteriormente. É muito complicado pas-sar algumas previsões, é preciso muito cuidado, por isso é preciso tentar obter o máximo de exatidão.

SEGUNDO a análise dos dados clima-tológicos, qual a previsão do tempo para o primeiro trimestre de 2013? O resul-tado dos estudos são animadores para os estados que estão sofrendo com os efei-tos da seca?

OS RESULTADOS alcançados através desses estudos na nossa primeira reu-nião, com previsão para os meses de ja-neiro, fevereiro e março de 2013, o Inpe e o Cptec, órgãos máximos de pesquisa e tecnologia, mostram três probabilidades apontando que nós temos 40% de chance de chover abaixo da média, 35% de pro-babilidade de chover dentro da média e apenas 25% de chance de chover acima da média nesses três primeiros meses. Então podemos dizer que estamos livres de duas situações, nem vamos ter uma seca rigorosa como a de 2012, e também não vamos ter um inverno intenso com o risco de enchente. É preciso estar sempre atualizando esses estudos, por isso a ne-cessidade de tantas reuniões para irmos burilando essas previsões, porque hoje temos tantas mudanças climáticas, que não dá mais para prever se vai chover em março. Isso só seria possível se você morasse no céu com São Pedro (brinca o meteorologista). Por isso que eu digo que a confiabilidade dessa primeira reunião ainda é muito pequena. A previsão está mais animadora do que em 2012.

QUAL a previsão para os próximos meses aqui no Rio Grande do Norte?

PARA as pessoas que estão me per-guntando como vai ficar a situação aqui, eu estou dizendo que vai ser um inverno desmantelado, no linguajar bem popular. Vai chover aqui, em outro lugar não, ou chove 15 dias seguidos, e de repente tem um veranico de 10 dias seguidos, vai ser assim, bastante instável, pelo menos de acordo com o que está desenhado nessas

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Tradição

Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Vendo no Natal uma oportunidade de conquistar uma renda extra, eles se caracterizam de Papai Noel, fazem a alegria da criançada e tornam as festividades ainda mais encantadoras

Papai Noel

Profissão

)) No shopping, Papai Noel receberá crianças até o dia

24, véspera de Natal

Page 7: Revista de Domingo n° 544

7Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Tradição

Uma das figuras mais emblemá-ticas do Natal, presente em lojas, shoppings, publicidades

e praças públicas, devido ao seu grande apelo comercial, o Papai Noel ainda é um dos personagens responsáveis por todo o encantamento que envolve os festejos natalinos. O bom velhinho é amado por crianças e admirado por muitos adul-tos.

A atuação de alguns profissionais é fundamental para manter vivo o encan-tamento do Natal. Pessoas que ao longo do ano mantêm empregos e rotinas con-sideradas comuns e nesse período se transformam em papais noeis, fazendo a alegria dos pequenos e aproveitando para ganhar uma renda extra.

Um desses profissionais é o promotor de eventos Joãozinho Escóssia, que há mais de seis anos se caracteriza de Papai Noel para participar de eventos benefi-centes ou contratado pela Prefeitura de Mossoró. Joãozinho Escóssia, que con-versou com a reportagem da Revista Do-mingo enquanto se caracterizava, conta que tudo começou por ele ser grande e gordo.

“Eu já me vestia de Papai Noel volun-tariamente para fazer entrega de presen-tes para crianças carentes. Gonzaga Chimbinho, que era secretário de Cultu-ra em 2002, sabia que eu me caracteri-zava, e me convidou para fazer o Papai Noel da Prefeitura de Mossoró. Aceitei e fiz três anos consecutivos, depois fiz 2007, 2009 e voltei agora em 2012”, co-menta.

O promotor de eventos faz questão de enfatizar que apesar de receber várias propostas para trabalhar como Papai No-el, ele só aceita convites para eventos beneficentes, como entrega de presentes para crianças ou idosos e para fazer o Papai Noel da Prefeitura de Mossoró.

De acordo com Joãozinho Escóssia, nesse período do ano, sempre que está com a missão de fazer o Natal da prefei-tura, ele se afasta de todas as suas demais atividades para se dedicar apenas ao per-sonagem.

Ao longo desses anos trabalhando como Papai Noel, algumas histórias o comoveram. No entanto, a que mais o marcou, segundo Joãozinho Escóssia, foi um pedido de uma mãe para que ele ti-rasse uma foto com o seu filho que era deficiente visual.

“Coloquei ele no colo e como não en-xergava chegou bem perto, quis tocar em meu rosto, sentir a barba, o gorro. Aquilo me emocionou tanto. Todas as crianças ficam encantadas com a figura do Papai Noel, mas para aquele menino foi especial”, lembra.

Não só as crianças se encantam com

a magia do Natal. Joãozinho fala que vá-rios adultos se aproximam, meio enver-gonhados, mas acabam pedindo para tirar fotos e entram na brincadeira.

O que mais chama a atenção do pro-fissional é a simplicidade da maioria dos pedidos feitos pelas crianças. Todos os anos ele faz questão de escolher uma das várias cartinhas que recebe, compra e faz a entrega do presente por conta pró-pria a uma das crianças.

O promotor de eventos precisa ape-nas de meia hora para se transformar no Papai Noel e seguir para a Praça Rodolfo Fernandes, no Centro de Mossoró, onde recebe a visita de centenas de crianças, diariamente, das 17h às 19h, até o pró-ximo dia 23.

RENDA ExtRA No FINAl Do ANoOutra figura que também tem rece-

bido visita de centenas de crianças nes-se Natal é o Papai Noel do Mossoró West Shopping (MWS). O natalense de 68 anos e barba branca verdadeira, Edilson de Souza Chavante, já trabalha como Papai Noel há onze anos. Nascido no Rio Gran-de do Norte, mas criado desde cedo no Ceará, Edilson Chavante é aposentado da Aeronáutica e o trabalho como Papai Noel sempre garante uma renda extra no final do ano.

“Tudo começou durante uma viagem

para São Paulo. O motorista corria muito, e estava chovendo, então fiz uma pro-messa de ficar um ano sem cortar a bar-ba, caso não sofrêssemos nenhum aci-dente. No final do ano, já estava com a barba grande, a mulher do comandante da aeronáutica em Fortaleza disse que eu seria o Papai Noel da festa de Natal e eu saí em uma charrete puxada por seis cavalos. Depois disso não parei mais”, lembra.

Edilson Chavante, mais conhecido como Mano, comenta que sua barba já chegou a ficar com cerca de 20 centíme-tros, mas no ano passado precisou fazer uma cirurgia cardíaca e teve que tirar toda a barba por isso, atualmente, ela está bem menor do que o normal.

Há três anos, Chavante trabalha para uma empresa que agencia papais noeis, que conta com 19 homens, todos com barba verdadeira. Neste ano, além do Papai Noel do West Shopping, aqui em Mossoró, a empresa cearense enviou profissionais para vários estados, entre eles, Pernambuco, Pará, Piauí e até São Paulo.

Além de trabalhar em lojas e shop-pings, Edilson Chavante também faz festas particulares em empresas e famí-lias, inclusive sendo contratado por pais para fazer a entrega dos presentes que compram para os filhos.

# Onde encontrar Papai Noel:Praça Rodolfo Fernandes: Entre os dias 17 e 23 de dezembro, das 17h às 19h;

Mossoró West Shopping:Entre os dias 16 e 24 de dezembro, das 16h às 22h.

)) Promotor de eventos, joãozinho Escóssia

)) Aposentado da Aeronáutica, Edilson Chavante

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Religiosidade

Omês de dezembro é marcado pelas festividades natalinas, com confraternizações de em-

presas, jantares em família e reunião de amigos. Nesta época, as pessoas ficam mais próximas, trocam presentes e men-sagens com desejos de paz, amor, saúde e harmonia. Sentimentos, geralmente, esquecidos no restante do ano devido à correria do dia a dia.

Apesar de todo seu apelo comercial, as comemorações natalinas têm uma essência religiosa. A revista DOMINGO conversou com representantes de dife-

rentes religiões que estão presentes em Mossoró, para saber o significado do Na-tal para cada uma delas e conhecer as tradições que mantém em torno desta data.

IGREjA CAtÓlICARepresentando a Igreja Católica, re-

ligião com maior número de fiéis na ci-dade, o padre Flávio Augusto Forte Melo explicou que o Natal é a celebração da festa da encarnação, quando Deus visita o seu povo através da vinda de seu filho, o nascimento de Jesus.

Segundo o padre Flávio Augusto, no dia 24 é celebrada a Missa do Galo, que, tradicionalmente, acontecia a partir da meia-noite. No entanto, para garantir a segurança dos fiéis, o horário foi altera-do, sendo realizada mais cedo.

“Além da segurança, a realização da celebração mais cedo permite que as pessoas se reúnam com suas famílias, dando continuidade às festividades na-talinas. Eles vêm para a igreja, partici-pam da eucaristia e depois ceiam com familiares”, explica.

Ainda de acordo com o padre Flávio

Significado do Natal

Representantes de diferentes religiões presentes em Mossoró falam sobre a simbologia em torno da data

)) Comemorações natalinas têm uma essência religiosa

)) Comemorações natalinas têm uma essência religiosa

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Religiosidade

Augusto, um costume mantido pelos ca-tólicos é a organização do presépio, mui-to difundido e incentivado por São Fran-cisco de Assis, que representa a noite do nascimento do Menino Jesus.

IGREjA EvANGÉlICAO pastor Samuel Ribeiro, da Igreja

Presbiteriana do Brasil em Mossoró (IPBM), explica que o Natal simboliza o nascimento de Jesus, a esperança da hu-manidade. Aquele que nasceu para mor-rer pelos homens.

“O Natal, então, não se baseia em tro-ca de presentes, mas no maior presente que nos foi dado: Jesus. Não se baseia em shoppings lotados, em decorações natalinas. Sempre esquecemos que o motivo da festa é Jesus”, frisa.

De acordo com o pastor, a igreja evan-gélica comemora o Natal, lembrando o nascimento de Jesus e do que Ele fez pelos homens.

No dia 25, a IPBM sempre realiza uma cantata de Natal, com canções e mensa-gens sobre o sentido da data. O dia 24 é reservado para as reuniões em famí-lias.

IGREjA DoS MÓRMoNSPara a Igreja de Jesus Cristo dos San-

tos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja dos Mórmons, o Natal não é só uma época.

É o que explica o presidente da esta-ca (unidade formada pelas várias con-gregações presentes na cidade), Nipson Torres de Araújo.

Segundo o representante da Igreja dos Mórmons, o Natal é a confirmação do que é vivido ao longo de todo o ano.

“O ano todo temos que lembrar de Jesus Cristo e fazer a vontade dEle. Ago-ra, as pessoas lembram mais de Jesus nesta época de confraternização, e com isso lembram mais umas das outras. Du-rante o ano, com a rotina corrida, cada um pensa mais em si mesmo, e a nossa igreja prega esse cuidado com o outro o ano inteiro. Não é só comemoração do nascimento”, explica.

Na Igreja dos Mórmons, não é reali-zada celebração natalina nos dias 24 e 25, já que para eles a data deve ser co-memorada em família. “Pregamos o for-talecimento das famílias, porque se não tivermos famílias fortes, como teremos uma sociedade forte? Cada unidade re-aliza sua confraternização em diferentes datas”, comenta.

uMbANDAOs umbandistas também comemo-

ram a data, celebrando o nascimento do Orixá Oxalá, que no sincretismo religio-

so representa o Senhor do Bonfim. O pai de santo Neto Almeida, tam-

bém chamado de babalorixá, explica que no dia 25 os filhos de santo se reúnem no centro, todos vestidos de branco, e fazem a louvação, pedem paz e fazem a comunhão com frutas e mel, diferente-

mente da Igreja Católica, em que é feita com pão e vinho. A celebração também conta com um momento de preces e ora-ções.

“Natal é um momento de reflexão e de pedirmos união entre os terreiros e tam-bém para toda a sociedade”, ressalta.

)) Padre Flávio Augusto, Igreja Católica

)) Presidente da Estaca Nipson torres, Igreja dos Mórmons

)) Pastor Samuel Ribeiro, Igreja Presbiteriana

)) Pai de santo Neto Almeida, Centro Espírita de umbanda xangô e Agogô

Confira a programação natalinaCAtEDRAl DE SANtA luziA: Missa do galo, dia 24/12, às 19h30, celebrada pelo bispo diocesano dom Mariano Manzana;

igREJA PRESBitERiANA Do BRASil EM MoSSoRó: Culto de Natal, dia 25/12, às 19h30, na Avenida Alberto Maranhão, 711, Doze anos.

CENtRo ESPíRitA DE uMBANDA XANgô E Agogô: louvação dia 25/12, às 20h, Rua geraldo Couto, 23, Bom Jardim

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Page 10: Revista de Domingo n° 544

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Educação

Está aberta a temporada de ma-trículas escolares e com isso os reajustes das mensalidades

para o ano letivo 2013. Esse ano grande parte das instituições particulares de en-sino adotaram aumento de 10%, ficando dentro da faixa sugerida pelo Sindicato das Escolas Particulares de Mossoró que ficou entre 8% e 12%.

O presidente do sindicato, Genésio Filgueira, explica que o percentual de reajuste definido pela instituição é cal-culado com base na inflação acumulada do período e o aumento salarial, que de-ve ser concedido no mês de março aos professores e demais funcionários das escolas.

“Apesar dos diretores das escolas te-rem total autonomia para definirem o reajuste que será cobrado em seu esta-belecimento, o sindicato sugere esses percentuais para evitar aumento abusi-vo”, explica.

Apesar do reajuste máximo sugerido pelo sindicato ser de 12%, o presidente ressalta que se a escola está passando por um processo de ampliação e melhoria tanto de infraestrutura quanto pedagó-gica, o diretor pode adotar um reajuste maior, no entanto, deve comprovar, com a apresentação de planilhas, os investi-mentos feitos.

Genésio Filgueira, que também é pro-prietário de uma escola particular, expli-ca que mesmo podendo embutir parte dos custos com as melhorias na infraes-trutura nas mensalidades, prefere não arriscar, já que isso afastaria os seus clientes.

“Desde dezembro do ano passado, estamos fazendo uma reforma na estru-tura da escola e ampliando as dependên-cias, mas preferimos não repassar para as mensalidades, porque senão teria que adotar um reajuste de mais de 20%, o que afugentaria minha clientela”, frisa.

De acordo com o sindicato, aqui na cidade existem cerca de 80 escolas par-ticulares catalogadas, no entanto, o pre-sidente afirma que o número real deve passar de 100. A maioria desses estabe-lecimentos já definiu o percentual de aumento para as mensalidades de 2013, cumprindo a determinação da Lei 9.870/99, que norteia todo o processo de matrículas das escolas, inclusive a ques-tão das mensalidades, o reajuste tem que ser definido e divulgado 45 dias antes do término das aulas.

“Em Mossoró, temos escolas particu-lares para todos os públicos, que atendem famílias do mais alto ao mais baixo poder aquisitivo, por isso fica difícil apresentar o valor médio cobrado pelas mensalida-des. No entanto, os pais geralmente não

ABERTA TEMPORADA de reajustes das

mensalidades escolares

Boa parte das escolas privadas de Mossoró adotaram 10% de reajuste para o ano letivo 2013. Mesmo percentual adotado pelas instituições natalenses, considerado abusivo pelo Procon da capital

)) Muitos pais preferem matricular seus filhos

agora em dezembro

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

Educação

)) Genésio Filgueira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Mossoró

)) Catariana Alves, diretora do Procon Mossoró

reclamam muito do reajuste anual, já que sabem que proporcionalmente, aqui o valor está bastante defasado em relação ao cobrado em Natal”, comenta.

Genésio Filgueira afirma que en-quanto aqui na escola com as mensali-dades mais altas, é cobrado cerca de R$ 500,00 para turmas da terceira série do ensino médio, em Natal o mesmo valor é cobrado para turmas de sexta série do ensino fundamental.

REAjuStE AbuSIvoEm Natal, capital do Rio Grande do

Norte, o Procon Municipal considerou abusivos os reajustes de mais de 10% para o ano letivo 2013.

Segundo o órgão de defesa do consu-midor, boa parte das escolas adotou re-ajuste bastante superior à inflação acu-mulada do período, que foi de 5,96%. Essas escolas serão notificadas e terão que prestar esclarecimentos e encami-nhar ao órgão as planilhas de custo de 2012 e de 2013.

A instituição de ensino privado que não justificar o reajuste poderá ser obri-gada a corrigir o reajuste, reduzindo o percentual cobrado.

Aqui em Mossoró, o Procon Municipal não conta com estrutura para realizar fiscalizações, já que o concurso que seria realizado para contratação de fiscais foi suspenso.

A diretora do órgão diz que o Procon atua em parceria com a população, que apresenta denúncias. E segundo ela essa parceria está dando certo, contabilizan-do 70% de resolução da demanda.

No caso do reajuste das mensalida-des, Catarina Alves orienta que os pais que se sentirem lesados ao verificar o abuso, devem se dirigir ao Procon e de-nunciar. A partir daí, o órgão procura a escola que deverá ser notificada e terá que apresentar esclarecimentos sobre quais critérios tomados como base para o aumento.

Neste ano o Procon já recebeu uma

denúncia em relação a um colégio que está cobrando valor diferenciado para a mensalidade de alunos novos.

“Na hora da matrícula escolar, os pais precisam estar atentos, principalmente, às cláusulas contratuais, ler com aten-ção, requisitar uma cópia, esclarecer todas as dúvidas antes de assinar. O Pro-con está à disposição para verificar se existe alguma cláusula abusiva”, frisa.

IMPACto No oRçAMENtoA diretora do setor comercial de uma

empresa de prestação de serviço, Eliane Araújo, diz que apesar de considerar fun-

damental oferecer uma educação de qualidade para a sua filha, afirma que o reajuste esse ano da mensalidade foi bastante alto, chegando a quase 13% de aumento.

“Eu tenho apenas uma filha e esse aumento já representa um grande im-pacto no meu orçamento, imagine os pais que têm dois ou mais filhos estudando em escolas privadas”, frisa.

Segundo Eliane, as mensalidades pa-gas no ano letivo 2012 foram de R$ 318,00. Para o próximo ano, com o rea-juste adotado pela escola, terá que pagar R$ 360,00.

# Procon Municipal

Horário de Atendimento: 8h às 12h / 14h às 18h

telefone:(84) 3315-5049

Endereço: Centro Administrativo Rua Pedro Álvares Cabral, 01, Aeroporto

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

RAFAEL DEMETRIUS

sua carreira

xGerenciar o próprio dinheiro muitas vezes se torna uma tarefa quase impossível para algumas pessoas que desconhecem o poder do planejamento e da organi-

zação. Dicas simples de serem seguidas podem ser poderosas aliadas à saúde do seu bolso. Organizar sua vida financeira é muito fácil e requer apenas um esforço pessoal de disciplina e determinação. A organização financeira pessoal gera produtivi-dade e qualidade de vida. Pensando no fim do ano de 2012, elaboramos nesta semana, uma seleção de quinze dicas muito importantes para que você aprenda a controlar o seu orçamento e mantenha a sua vida econômica em dia. Seguindo à risca estas dicas, você estará dando um grande passo na direção de manter seu orçamento saudável e assim afastar-se do fantasma do en-dividamento, para entrar o ano de 2013 sem dívidas.

Faça uma lista ou planilha financeira. Coloque tudo no papel. Assim você consegue identificar os seus gastos e saber se foram necessá-rios ou não. Desta forma, fica mais fácil reduzir ou cortar gastos desnecessários e o dinheiro começa a sobrar no final do mês.

Desemprego, doenças, divórcios e dívidas inesperadas não têm ho-ra para acontecer, e você deve ter uma reserva para estes casos.

Embora seja uma dica básica, muita gente esquece. Gastar mais do que o que é recebido, é caminhar a passos largos para o abismo do endividamento.

Ao ir ao supermercado leve sempre a lista dos produtos que estão faltando em casa e que devem ser comprados e somente compre produtos fora da lista se você tiver certeza de que o mesmo está bem mais barato que nos outros supermercados (promoção), com bom prazo de validade, que haja local de estocagem em sua casa e que este será consumido dentro do prazo de validade.

Antes de usá-los, faça uma pesquisa em vários bancos e financeiras, e peça demonstrativos com os valores que serão usados, os juros que serão cobrados e os valores que serão pagos, para ter certeza se é um bom negócio e qual seria a melhor opção. Não use o crédito por im-pulso. Seja racional antes para não se arrepender depois.

Gastar em bobagens que lhe trarão uma satisfação momentânea pode lhe trazer dores de cabeça duradouras no futuro, pois pode faltar para pagar produtos e serviços importantes para você e sua família.

Muitas pessoas compram por impulso, ou seja, estão passando na frente de uma loja, olham o produto e compram, sem pensar no final do mês. É importante pensar se o produto é necessário, se o preço é bom, se cabe dentro do orçamento e se aquele di-nheiro não vai fazer falta para comprar algo mais importante.

Ao invés de pagar em 24 vezes, se você economizar o valor da prestação por 10 a 12 meses terá dinheiro para comprar à vista, com ótimos descontos, e sem o peso de uma prestação no seu orçamento.

No Brasil, temos uma das maiores taxas de juros reais do mundo, para quem não tem muito controle sobre seu orçamento, isto é um suicídio financeiro, e pode trazer intenso mal estar financeiro.

Faça uso racional de tudo, desde energia elétrica até a alimenta-ção. O excesso de consumo reflete no excesso de gastos. Sempre é bom ter uma poupança. Tente poupar 10% ou 5% de seu salá-rio, mas poupe, pois assim, você estará guardando uma reserva, que poderá ser utilizada para diversos fins. Lembre-se que do-enças, demissões e apertos financeiros não marcam hora, eles simplesmente aparecem.

Ao fazer compras no cartão, mantenha controle de todos os gas-tos para não ter uma infeliz surpresa quando sua fatura chegar. A falta de controle financeiro acaba por causar grandes prejuízos econômicos. Nunca pague o cartão de crédito com atraso e nun-ca pague apenas o “mínimo” da fatura.

Algumas horas de pesquisa podem significar a economia de mui-tos dias de trabalho. Vale a pena andar um poço mais, e econo-mizar algum dinheiro para poupança ou até quem sabe algum investimento.

ou limite-as a datas importantes. Estes gastos frequentes acabam por comprometer o orçamento familiar. Como teste, anote du-rante um mês todos os seus gastos extras com alimentação em bares e restaurantes, e você verá quanto dinheiro você estará comprometendo.

Não pague uma conta de loja, que tem juros de 2% ao mês com o cartão de crédito que tem juros de 12% ao mês, somente se você tiver o dinheiro para pagar o total da fatura no final do mês. Assim, mais vale ficar com a dívida da loja em aberto e quitar o cartão, do que usar o cartão e criar uma bola de neve de dívidas.

2. Faça um levantamento de todos os seus ganhos e todos os seus gastos mensais

3. Lembre-se dos imprevistos

1. Nunca gaste mais do que você ganha

9. Controle-se no supermercado

7. Se o uso de crédito ou empréstimos for inevitável...

8. Diminua ou elimine os supérfluos

4. Pense antes de comprar

5. Compre à vista

6. Procure nunca usar crédito ou dinheiro emprestado

10. Economize e Poupe

11. Use seu cartão de crédito com inteligência

12. Pesquise preços

13. Evite fazer refeições em restaurantes

14. Troque dívidas mais caras por dívidas mais baratas

Organização financeira para 2013

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simples “brincadeira” ou “tradição”? Será a garantia de não serem excluídos do grupo e perseguidos pelos veteranos, ou a exibi-ção pública do seu novo status? O que acham os líderes de entidades estudantis sobre a mendicância festiva nos sinais de trânsito, praticada pelos seus liderados? E os gestores das universidades, como veem nome e endereço das instituições sendo

coadjuvantes deste espetáculo medíocre?A postura deselegante e mesquinha de

minha parte, ao negar uma moeda para aquela beleza anônima, foi por entender que a aprovação no vestibular não deve ser motivo de constrangimento, mas a cele-bração de uma conquista: a inserção do jovem na universidade, no papel de agen-te transformador da sociedade.

13Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

FABIANO REGIS *

Otrote universitário, segundo pesquisadores, teve a sua ori-gem na Idade Média na Europa

e chegou ao Brasil por volta dos anos 1800, quando surgiram as primeiras faculdades, com grande influência de Portugal. No apa-gar das luzes do ano de 2012, a Avenida Presidente Dutra voltou a ser palco desta mácula que perdura no seio da cultura aca-dêmica brasileira por mais de dois séculos. É importante ressaltar que o resultado do vestibular aguça o ego de quem tem o no-me na lista dos aprovados.

Sabendo disso, os organizadores do trote, que se imaginam superiores, apro-veitam o momento de deslumbramento de alguns, para colocar em prática um escár-nio que se aproxima aos moldes medievais. O “trote pedágio”, por exemplo, aquele em que os calouros são obrigados a pedir di-nheiro nos semáforos aos motoristas e só terminam a tarefa quando atingem o valor estipulado pelos veteranos, é uma prática recorrente por aqui.

Na primeira semana de dezembro eu parei num sinal, e uma moça caminhou em minha direção. Ao aproximar-se, observei que o produto misturado com tinta que lambuzava o seu rosto não era forte o su-ficiente para ocultar tanta formosura. A caloura ainda cheirando a adolescência estirou a mão e mendigou: “Me dê uma moeda!” De pronto eu disse: “Não”. A mi-nha negativa se justifica pelo fato de que a moeda pretendida serviria para financiar a farra de um grupo de veteranos, que es-tava bem acomodado à sombra de uma árvore, do outro lado da pista. A bela es-tudante ouviu o meu “não”, e com sereni-dade continuou a sua andança entre os carros, sob o olhar sádico dos organizado-res do trote.

A zombaria estudantil, seja ela realiza-da dentro ou fora do muro da universidade, suscita algumas questões que, a meu ver, interessam a muita gente: o que leva alguns calouros se submeterem a situações vexa-tórias e constrangedoras, como sendo uma

O mesquinho e a beleza anônima )(

* Fabiano Regis é radialista e bancário.

artigo

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

adoro comer

A equipe da Quixote Comunicação, junto com os diretores da gráfica RN Econômico, se juntou em um almoço de con-fraternização no restaurante Tábua de Carne, no Mossoró West Shopping. As opções do restaurante são duas: ou à la carte ou o rodízio por R$ 32,90, onde ficam livres o buffet, as carnes e as sobremesas. O buffet é caprichado. Tive a oportunidade de comer sushi, camarão e brócolis gratinado, além dos típicos acompanhamentos de churrasco, como o pirão de queijo. Ponto para as porções assadas, que são peças relativamente pequenas quando comparadas a outros res-taurantes, o que é perfeito, pois acaba que não esfria antes de chegar à próxima mesa. A mesa de sobremesas faz suc-esso por ser composta por doces regionais. O doce de abacaxi com coco é o favorito do pessoal, mas há doce de banana, alfenins, quebra queixo, doce de leite, doce de goiaba, caju e o Romeu e Julieta versão nordestina: queijo macio, melz-inho de rapadura na consistência certa. Indico!

O Hotel Verdegreen, localizado em João Pessoa (PB), elegeu dicas para proteger o meio ambiente enquanto se comem-ora o Natal. Confira:- Planeje o cardápio para evitar desperdícios e não compre por impulso;- Leve sua sacola ou use uma caixa de papelão ao fazer as compras no supermercado, evitando os sacos descartáveis;- Evite usar produtos descartáveis na ceia, como copos, tal-heres e guardanapos, que aumenta a produção de lixo;- Separe caixas de papelão, papeis, latas e garrafas vazias, plásticos e disponibilize para a reciclagem;- Junte todo o óleo de cozinha utilizado na preparação dos alimentos. Depois de frio, coloque esse óleo em uma gar-rafa pet e leve para reciclagem;- Geralmente, sobra muita comida após a ceia! A dica é ser gentil e oferecer refeições aos trabalhadores do seu prédio ou da sua rua, como porteiros e seguranças. Outra boa opção é fazer novos pratos com o que sobrou, como bolinhos de arroz, arroz de forno, farofas etc.;- Fique atento ao excesso de embalagens de presentes. Dê preferência às recicláveis e reaproveite as fitas, laços e out-ros pacotes.

Ainda na onda do Natal, o site AllRecipes.com.br dá uma dica legal pra quem não pode gastar muito neste Natal, mas ainda assim quer comemorar em grande estilo. Fique ligado nas dicas:- Compre com antecedência: o preço dos alimentos típicos da ceia de Natal sobe conforme a data se aproxima, por isso, vale a pena planejar a sua ceia com antecedência;- Use e abuse das frutas: tire proveito das frutas frescas e baratas como abacaxi, melancia, laranja, banana, limão. Use-as para fazer doces e sobremesas refrescantes e também para decorar a mesa.- Sirva carne com moderação: escolha um prato principal com carne – um lombo de porco, peixe ou frango assado – e planeje o resto dos pratos com muitas verduras e legumes, que são mais em conta. Ah, e a receitinha de hoje também já segue esse dica.

O site MdMulher disponibilizou dicas de como fazer uma ceia de Natal mais light, baseado nas dicas de Mauro Taka-hashi, nutricionista. Confira:- Entrada: sirva uma travessa grande com saladas de folhas verdes, vegetais crus e cozidos;- Prato principal: as opções mais magras de carnes típicas de ceia de Natal são as de aves, como chester, peru e fran-go;- Acompanhamentos: o que combina com carnes? O arroz integral é uma boa pedida; - Sobremesas: quer uma opção saudável? Aposte na salada de frutas com um toque de iogurte desnatado. As frutas secas e as oleaginosas também são bem-vindas;- Bebidas: uma dica interessante para quem não quer com-prometer a dieta é se hidratar bastante ao longo do dia da véspera de Natal. Prefira sucos e água. Evite os refriger-antes.

Tábua de Carne

Dicas para um Natal sustentável

Ceia de Natal Econômica

Ceia de Natal Light1

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

Na última terça-feira comemoramos a Noite de Luz, da amiga colunista Aline Linhares. A decoração da festa es-tava impecável, com muito preto em todo canto e vários canhões de luz, sendo bem fiel ao conceito do evento. O cardápio, do Requinte Buffet, caprichado. Começamos pelo cupcake salgado – frango bem tratado em um mol-hinho leve e com a massa pode somente por cima da xícara. Excelente combinação! Além dele, ainda tivemos as práti-cas bruschettas pomodoro. As bebidas foram o champagne e o tal do Black & White à vontade. A mesa dos frios foi servida junto com o jantar. Destaque para os antepastos de frango com requeijão e o de berinjela, além do camarão ao molho de peixe, bacalhau e carne nas natas, além do penne. Já quero uma segunda festinha! Aline, parabéns! Foi tudo de bom, digno de você!

Noite de Luz

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 23 de dezembro de 2012

adoro comer adoro comer

INGREDIENTES

• 1 peito de peru de aproximadamente 1,5 kg• 1 xícara (chá) de açúcar• 1 pitada de sal• 1 colher (sopa) de Karo®• 1/2 xícara (chá) de água• 1/2 xícara (chá) de folhas de hortelã• 3 laranjas-pera cortadas em rodelas finas sem sementes

MODO DE FAZER

• Em uma assadeira, coloque o peru e asse de acordo com as instruções da embalagem;• Em uma panela, coloque o açúcar, a pitada de sal, o Karo®, a água, as folhas de hortelã e misture bem;• Leve ao fogo baixo e, sem mexer, deixe ferver até dar ponto de calda;• Desligue o fogo, retire as folhas de hortelã e passe na calda as rodelas de laranja;• Coloque o peito de peru em uma travessa, fatie e guarneça com as rodelas de laranja, e decore com um ramo de hortelã.

Peito de peru de Natal

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