revista de domingo 602

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Page 1: Revista de Domingo 602
Page 2: Revista de Domingo 602

Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Higo Lima• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

A revista DOMINGO traz a história de pessoas que nasceram com o dom de fazer o bem, mostrando que pequenos gestos podem mu-

dar a vida das pessoas. É o caso de dona Raimunda Bezerra, voluntária da

unidade adulto da Casa de Apoio ao Paciente com Câncer da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC).

Produzindo próteses mamárias para pacientes que perderam uma das mamas em decorrência do câncer, dona Raimunda ajuda no resgate da autoestima das pacientes da casa.

Também foi no trabalho voluntário que dona Rai-munda encontrou apoio para seu processo de supe-ração da perda de uma filha com 11 anos.

DOMINGO também conversou com uma especia-lista em direito do consumidor, que falou sobre a im-portância das discussões de temas, como obesidade infantil, bullying e consumismo, neste momento de reformulação do Código de Defesa do Consumidor.

Com a proximidade dos festejos juninos, o Hemo-centro Mossoró começa a realizar ações com o obje-tivo de preparar o estoque de bolsas para atender a demanda no período. Em entrevista à revista DOMIN-GO, a assistente social Eliane Aires fala do trabalho realizado pela unidade.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

Fazer o bem

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Publicidade

Colunista Davi Moura: Torta rápida de carne

Conheça a história de pessoas que nasceram com o dom de ajudar as pessoas

Rafael Demetrius:Como influenciar pessoas no trabalho

Adoro comer

Fazer o bem

Coluna

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p14

p6

p 13

p9

Especialista fala da importância da discussão de temas como obesidade infantil, bullying e consumismo

Page 3: Revista de Domingo 602

3Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

A casa pintada de novo. Só podia ser motivo de festa. Porque seu Gonçalo, festeiro como

era, não deixava passar oportunidade. A mulher, dona Marta, não fazia por me-nos. Tudo era motivo de festa em casa. Até aposta ganha em briga de galo. Fun-ção e bebida.

Apesar do tempo ameaçando chuva, naquela tarde de domingo, fez-se a fes-ta. Depois do sanfoneiro e do tocador de bandolim, começou a chegar o pessoal. Moças cheirando a loção de bodega e rapazes de cabelo arrumado a poder de brilhantina. Num canto da cozinha, a mesa com bebidas sobre uma toalha branca guarnecida de renda azul.

A sanfona de Salgadeira começou a tocar acompanhada pelo bandolim de Mestre Chico, e os primeiros pares a ca-ricaturar no chão de cimento da sala da frente os passos de uma valsa antiga. E a chuva despencou lá fora, com um ven-to rebentando as águas no vão das ja-nelas, também pintadas de fresco.

Com a chuva, os marmanjos amiu-daram na cachaça e no conhaque, o do-no da casa, seu Gonçalo, o mais danado na bebedeira. Era uma já e outra logo. Dona Marta pedindo-lhe pra beber de-vagar, sabia que o marido, bêbado, era desses de juntar menino. Um palhaço.

E a chuva não parava, mas agora sem vento. Aprumada. Num canto do salão, os músicos não descansavam, e haja mú-sicas de Luiz Gonzaga. Xote e baião.

A última de Gonçalo

Aí, dona Marta notou que o marido já tinha bebido além da conta, seria capaz de estragar a festa, mandou-o ir tomar banho de chuva debaixo da biqueira do puxado da cozinha, era bom pra melho-rar do quase porre. De cuecas mesmo, fecharia a porta de detrás.

Que deixou apenas encostada, es-quecendo de passar a taramela. E Gon-çalo demorando-se no banho, até que a mulher se esqueceu dele. Pé de valsa que era, de quando em quando dona Marta ia ao salão mostrar seus dotes de dança-deira, e no xote dito pé de serra, então,

não tinha ninguém que fosse com ela em lugar nenhum do mundo.

Não deu outra. Quando menos espe-rava, ou podia imaginar, apesar de Gon-çalo bêbado ser capaz de tudo, e mais alguma coisa, perdia a cabeça de não ter jeito, lá entra Gonçalo no salão comple-tamente nu, tomba aqui, tomba ali, a cue-ca feita de boné sobre a cabeça. Ora, tinha levado pro banho, escondida nas fraldas da camisa, uma garrafa de cachaça.

E daí em diante, morto de vergonha das filhas moças, seu Gonçalo amaldiçoou o diabo da bebida pro resto da vida

. Dona Marta pedindo-lhe pra beber devagar, sabia que o marido, bêbado, era desses de juntar menino. Um palhaço.

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4 Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

entrevista

ELIANE AIRES

Por Nara AndradePara a Revista Domingo

‘Sangue não se fabrica’

Com 26 anos de atuação como assistente social, Eliane Aires, há três anos é uma das responsáveis pelo setor de serviço social do Hemocentro Mossoró. Ela conversou com a Revista Domingo sobre a situação crítica vivenciada pela unidade no último mês, que registrou uma queda significativa do número de do-

ações, e consequentemente, a redução do estoque de bolsas de sangue, que quase zerou. Entre os principais desafios do Hemocentro Mossoró apontados pela profissional, está a captação de doadores regulares de sangue, já que a maioria das pessoas tem procurado a unidade apenas para fazer doações em casos específicos, quando alguém conhecido está precisando de doação. Segundo Eliane Aires, a preocupação da equipe agora é a proxi-midade do período de festejos juninos e a necessidade de preparação do estoque para atender a demanda que sempre cresce durante épocas de festividades.

DOMINGO – Estamos nos aproxi-mando dos festejos juninos. O estoque de bolsas do hemocentro está prepa-rado para atender a demanda nesse período?

ELIANE AIRES – Ainda não, esta-mos tentando nos preparar. Em abril tivemos uma queda bastante significa-tiva no número de doações e o estoque ficou muito baixo. Por isso, a necessida-de de intensificar as ações para junho, já que nesse período de festas, infeliz-mente aumenta o número de aciden-tes. E, além do aumento do número de acidentes, a nossa demanda continua alta, porque atendemos o Centro de

Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) e as urgências no Hospital Re-gional Tarcísio Maia (HRTM). Estamos com um calendário de campanhas pro-gramadas até o mês de junho.

FREQUENTEMENTE o estoque de bolsas do Hemocentro cai chegando zerar alguns tipos sanguíneos. Por que isso acontece?

DEVIDO ao aumento da deman-da. Tem final de semana que é mais violento do que os outros. Como o último final de semana de abril, por exemplo. Saiu muito sangue para os hospitais e a gente amanheceu com

o estoque muito baixo, porque até os sangues mais comuns que são os A+ e O+, que cerca de 80% da população tem, estavam faltando, nosso esto-que estava praticamente zero. Então, na tentativa de resolver o problema, fizemos um levantamento dos doado-res e começamos a ligar para os doa-dores, mulheres que faziam mais de três meses que haviam doado e ho-mens com mais de dois meses, para contar nossa situação para sensibili-zar essas pessoas. Também pedimos a ajuda da imprensa, que tem sido parceira do trabalho do Hemocentro Mossoró.

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entrevista

QUANTAS doações seriam necessá-rias por mês para atender a demanda da unidade? Quantas são registradas em média?

PARA a gente ficar tranquilo seriam necessárias cerca de 900 bolsas de san-gue. E desde janeiro deste ano, a gente vinha conseguindo se aproximar disso. A gente estava coletando cerca de 700 bolsas. Em fevereiro, por exemplo, con-seguimos 800 bolsas de sangue. Mas em abril, como eu já disse, teve uma queda nas doações, sendo registrada apenas a coleta de 460 bolsas de sangue.

ALÉM de contribuir com o traba-lho da unidade, doar sangue também representa alguns benefícios para o doador. Quais são eles?

EU sempre gosto de frisar o bene-fício de maior importância, que é você saber que está salvando vidas. Quando você vem ao Hemocentro vem no intui-to de doar, sabendo que vai salvar vidas. Talvez até a sua própria vida, porque o minuto seguinte não nos pertence. Então você também pode precisar ser uma das pessoas que precisam de san-gue. Além da grande virtude de ser um doador de sangue, você tem benefícios como a isenção do pagamento de taxas de concursos públicos se tiver feito três doações ao ano. Isto é previsto por uma lei estadual que o município de Mosso-ró também acatou, assim como várias cidades da região oeste. Outra questão é o direito de uma folga anual, prevista pelo Ministério da Saúde, para a doação de sangue. O que a gente considera mui-to pouco, já que o homem pode doar de dois em dois meses e a mulher de três em três meses. Mas, graças a Deus, as empresas da nossa cidade e da nossa re-gião sempre liberam seus funcionários, aceitando o atestado emitido pelo He-mocentro comprovando a doação.

EXISTE um período do ano que o

número de doações cai em relação aos demais meses?

GERALMENTE, a gente tem uma queda nas doações no período de fes-tividades, como Natal, Ano Novo, São João, férias. Isso acontece porque exis-tem alguns critérios para a pessoa po-der doar. Um deles é não poder beber e a gente sabe que na época de festas au-menta o consumo de bebida alcoólica.

QUAL o principal desafio do hemo-centro?

COM certeza é captar doadores re-gulares de sangue. Fazer com que as pessoas compreendam a importância da doação. A gente recebeu agora vários doadores de primeira vez, eles sempre

vêm aqui para o serviço social e real-mente é um desafio, a gente conversa, mostra todo o processo e a importância que é doar uma bolsa de sangue, já que com apenas uma bolsa ele pode aju-dar até três pessoas. O sangue quando é retirado, os 450 ml, ele não vai todo para a mesma pessoa, são divididos os vários componentes, e pode beneficiar mais de uma pessoa. Além de buscar-mos doadores de sangue, é importante que esses doadores sejam voluntários. Porque a gente tem muitos doadores que buscam o Hemocentro para fazer a reposição, ou seja, quando um pa-rente ou conhecido precisa fazer uma cirurgia, ou está doente precisando de sangue. Esses doadores vêm doar espe-cificamente para a aquela determinada pessoa, e não volta para fazer novas doações. Essas pessoas devem lembrar que todos os dias tem gente precisando de sangue. E sangue não se fabrica, a gente depende de outra pessoa.

ALÉM de Mossoró, o Hemocentro é responsável pela demanda de quantos municípios?

O HEMOCENTRO atende os 26 mu-nicípios da área de cobertura da II Unida-de Regional de Saúde Pública (URSAP), ou seja, todos os municípios presentes na região Oeste do Rio Grande Mossoró. Inclusive já estamos com a agenda de ações para o mês de maio, que contem-pla vários desses municípios.

O QUE o Hemocentro tem feito para atrair doadores? Quem pode doar?

O QUE a gente tem feito é tentar sensibilizar as pessoas através de tele-fonemas, visitas aos hospitais, já fize-mos campanhas nos hospitais conver-sando com as famílias de pacientes, das pessoas que precisam de transfusão de sangue. Divulgamos nossas ações através dos veículos de comunicação. A nossa Unidade Móvel também está

funcionando, todas as quintas-feiras no Centro de Mossoró, das 7h às 17h. E também recebemos doações na nossa sede, que funciona ao lado do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), de se-gunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados das 7h às 17h sem fechar para o almoço. Para doar, a pessoa tem que estar saudável, não estar tomando nenhum remédio, pesar acima de 50kg, ter entre 16 e 67 anos, mas pessoas com 16 e 17 anos precisam vir acom-panhadas do pai ou da mãe, ou um res-ponsável legal, para acompanhá-lo em quase todos os processos da doação.

QUAL a programação do Hemocen-tro para este mês?

ALÉM de estarmos todas as quintas-feiras de maio em frente à Procuradoria do Estado, temos outras ações. No dia 4, estaremos no município de Triunfo Potiguar; dia 18, em Apodi; dia 25, na Igreja Adventista de Mossoró, e no dia 11 de junho vai ter uma Campanha no Abolição II, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, que está realizando a festa da padroeira e o Serviço Social do Comér-cio (Sesc) vai promover uma Ação So-cial e a Unidade Móvel do Hemocentro Mossoró também vai participar.

O HEMOCENTRO também realiza

um trabalho de captação de doadores de medula óssea. Como é feito esse tra-balho? Muita gente já se cadastrou?

NÓS temos cerca de 1.100 pessoas cadastradas. O trabalho de captação de doadores de medula é feito na hora que a pessoa vem doar sangue. Quando ela passa pelo Serviço Social, a gente ex-plica que existe esse cadastro nacional, que pode ser feito aqui. Para se cadas-trar, o doador precisa estar com a Car-teira de Identidade, CPF, Cartão SUS, nós fazemos o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), na hora da Doação de San-gue são coletados 5 ml de sangue e esse material é enviado para Natal, onde passa por um exame de histocompatibi-lidade (HLA), que é um teste de labora-tório para identificar suas característi-cas genéticas. Essas características vão para o Redome, onde são testadas com pessoas de todo o Brasil para saber se são compatíveis. Quando é encontrado alguém compatível, o doador é chama-do para fazer a doação de medula óssea. Nós temos uma dificuldade muito gran-de quando tratamos de compatibilida-de de medula óssea, em cerca de 100 mil cadastros que vão para o Redome, é encontrado apenas um doador com-patível, isso acontece devido à grande miscigenação do povo brasileiro.

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solidariedade

Julia

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esso

a

Pequenos gestos podem mu-dar o dia ou até a vida de uma pessoa e quem pratica

o bem também sente os seus efeitos. No último final de semana, Paolo Ro-gers Tabosa publicou um depoimento em sua página no Facebook, compar-tilhando uma atitude de seu filho, João Guilherme, que o surpreendeu.

Paolo Rogers contou que, durante uma ida ao supermercado, João Gui-lherme parou e sentou em frente a uma senhora que sempre está por lá, pedindo às pessoas que, quando saí-rem, tragam algo para ela. Ele per-guntou seu nome e o que aconteceu com ela, pois só tinha uma das mãos. Segundo o relato, a senhora, admira-da, contou toda a história ao menino. Paolo ficou emocionado e comovido com a lição aprendida com o pequeno gesto de seu filho, sobre a importância de amar mais as pessoas.

Dona Raimunda Bezerra, de 63 anos, também é um exemplo de pes-soa que dedica parte do seu tempo para ajudar as pessoas.

Há quinze anos, dona Raimunda conheceu o trabalho da Liga Mosso-roense de Estudos e Combate ao Cân-cer (LMECC), que estava começando. E, como ela mesma diz, apaixonou-se e vestiu a camisa da instituição, tor-nando-se voluntária.

Quando dona Raimunda conheceu a instituição, fazia cerca de cinco anos que ela havia perdido uma filha, com 11 anos, e o trabalho vo-luntário lhe ajudou no pro-cesso de superação dessa perda.

“Ergui a cabeça, vi que tinha mais filhos e dei um novo rumo a minha vida”, co-menta.

Hoje, dona Rai-munda atua na unidade adulto da Casa de Apoio a Pacientes com Câncer, coorde-nando os setores de artesanato, a produção de próte-ses mamárias e o salão de beleza da instituição. Ela afirma que a melhor parte do seu trabalho é ajudar as pacientes, melhorando a autoestima.

“É gratificante ver a felicidade dessas pacien-tes, é o alimento para o dia a dia. Ajudar ao próximo, para mim, significa vida”, frisa.

Conheça a história de pessoas que nasceram com o dom de ajudar às pessoas

Dom de fazero bem

)) Dona Raimunda coordena várias atividades da Casa de Apoio a Pacientes com Câncer

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7Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

solidariedade

Uma das ações da voluntária é a criação de próteses mamárias doadas às pacientes que precisaram tirar uma mama ou as duas, em decorrência do câncer.

Dona Raimunda conta que, como muitas não têm condições de fazer a cirurgia reparadora, a prótese é uma alternativa. Segundo a voluntária, al-gumas pacientes chegam com um pa-ninho dentro do sutiã para compensar a ausência do seio. Ela fala que Ana Clebea Nogueira, diretora administra-tiva da rede de instituições da LMECC, trouxe um modelo de prótese para lhe mostrar e perguntou se dava para pro-duzir uma semelhante. Hoje, ela apri-morou a técnica e faz próteses de todos os tamanhos. Orgulhosa, dona Rai-munda conta que as próteses produzi-das por ela foram consideradas as me-lhores em um evento realizado em Fortaleza (CE).

“Quando elas recebem a prótese e se olham no espelho, renovam imedia-tamente a autoestima. Só sabe a im-portância quem é mulher e perde uma de suas mamas. E o melhor, não dá pa-ra notar que é uma prótese”, explica.

Além de melhorar a questão estéti-ca, o uso das próteses é aconselhado,

inclusive, pelos profissionais de fisiote-rapia que atendem na unidade adulto, porque ajudam as pacientes a forçar menos a coluna, que fica debilitada quando perdem uma das mamas.

Outro trabalho coordenado por do-na Raimunda é o empréstimo de pe-rucas para as pacientes que perderam os cabelos devido à quimioterapia. As pacientes ficam com as perucas até que os seus cabelos cresçam. No salão de beleza da instituição, Raimunda também faz limpeza de pele nas pa-cientes.

Chanceler da LMECC, o oncologista Francisco José Cure de Medeiros, que é diretor-técnico do Centro de Onco-logia e Hematologia de Mossoró (CO-HM), afirma que dona Raimunda é uma dádiva de Deus.

“Dona Raimunda é um exemplo de voluntária, porque doou coisas impor-tantes para a instituição que não po-dem ser compradas, como a solidarie-dade, o amor ao próximo. Ela trabalha com carinho, presteza e dedicação. Fi-co feliz em tê-la ao meu lado e ao lado dos pacientes. Ela tem uma enorme sensibilidade e contagia a todos. Ela é um elo forte de uma corrente de amor”, comenta.

)) Próteses mamárias produzidas por dona Raimunda ajudam no resgate da autoestima de pacientes

É gratificante ver a felicidade dessas pacientes, é o alimento para o dia a dia; ajudar ao próximo, para mim, significa vida

RAIMUNDA BEZERRAVoluntária da Casa de Apoio

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solidariedade

Dona Raimunda doou coisas importantes para a instituição que não podem ser compradas, como a solidariedade, o amor ao próximo; ela é um elo forte de uma corrente de amor.”

CURE DE MEDEIROOncologista e diretor-técnico do COHM

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Criado em 1990, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) está passando por um proces-

so de modernização. A Comissão Tem-porária de Modernização do CDC do Senado espera aprovar nas próximas semanas o relatório com propostas para norma que está em vigor há quase 23 anos.

Segundo o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), relator da comissão, a ex-pectativa é que a votação em plenário ocorra antes do recesso parlamentar de julho. Já o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da comissão, rea-firma a necessidade de atualização do código, lembrando, por exemplo, que questões como obesidade infantil, bullying e consumismo não eram temas debatidos quando o Código entrou em vigor.

A necessidade de discussões desses temas neste momento de atualização do Código foi enfatizada durante a última audiência pública promovida pela co-missão, realizada no último dia 29, com

o objetivo de debater a publicidade di-rigida ao público infantil.

Na ocasião, Rodrigo Rollemberg fa-lou dos desafios da comissão. “A criança está em período de amadurecimento e formação de valores. Encontrar meca-nismos para conciliar liberdade com responsabilidade, para evitar abusos, enganos e má-fé é um de nossos desa-fios”, disse o senador, em entrevista à Agência Brasil.

Enquanto alguns grupos defendem maior regulamentação da publicidade infantil, representantes de algumas ins-tituições de defesa dos direitos das crianças querem a proibição da publici-dade infantil, devido às consequências da publicidade dirigida às crianças, co-mo a obesidade.

A revista DOMINGO conversou so-bre o assunto com a advogada Clédna Fernandes, especialista em Direito do Consumidor. Ela afirma que o código regulamenta tanto a publicidade enga-nosa como a publicidade abusiva. O que diz respeito à criança, ela explica que

vai se encaixar no enfoque da publici-dade abusiva, que é a publicidade que tira proveito de criança, ou de pessoa com algum tipo de deficiência.

“O código só fala de criança nesse aspecto; não existe outro detalhe sobre publicidade infantil”, comenta a advo-gada.

A falta de normas para a publicidade infantil fez surgir autorregulamenta-ções, criadas pelo sistema de controle da publicidade no Brasil, que é misto, ou seja, tanto é feito pelo Estado como pelo Conselho Nacional de Autorregu-lamentação Publicitária (CONAR).

Clédna Fernandes, que também é professora do curso de Direito da Uni-versidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), lembra que recentemen-te esses órgãos regulamentaram alguns aspectos da publicidade infantil, por en-tenderem que não se deve proibir a pu-blicidade voltada para o público infantil, mas que é preciso haver uma maior pre-ocupação com relação à criança, estabe-lecendo-se aspectos mais direcionados,

Especialista fala do impasse sobre as conseqüências da publicidade infantil, como consumismo, bullying e obesidade

Publicidade infantil:

certo ou errado?certo ou errado?

9Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

discussão

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

discussão

uma publicidade mais objetiva e infor-mativa, sem tentar iludir a criança.

“Gilberto Leifert, que é o atual presi-dente do Conar, é a favor da autorregu-lamentação, mas contra uma regula-mentação, ele diz que deve haver uma liberdade diante desse mercado”, diz.

Um exemplo do controle da publi-cidade por meio desse sistema misto foi a determinação da retirada do mer-chandising da novela Carrossel exibida no SBT. Clédna Fernandes afirma que essa decisão foi tomada porque os ór-gãos de controle querem que nessas situações a publicidade seja identifica-da como tal, ou seja, devem ser feitas através de informes publicitários ou em espaços destinados aos comerciais de televisão, porque a criança identifica como publicidade.

Para a advogada, outra preocupação está relacionada a algumas vedações, que são os pontos críticos.

“Com relação ao aspecto da criança, trabalha-se a obesidade porque empre-sas, como o McDonald’s, por exemplo, na busca por publicidade, vendem um sanduíche, mas colocam um brinquedo junto, para atrair a criança, que muitas vezes induz o pai a comprar a comida para ganhar o brinquedo. Então, é esse tipo de controle que tem que ser feito, até onde vai o limite da empresa publi-citária”, frisa.

Clédna Fernandes afirma que é a fa-vor da democracia e da liberdade. Ela afirma que o Estado já faz esse controle, e com essas mudanças no CDC, preten-de traçar alguns critérios.

Em relação ao bullying, a advogada afirma que provoca a diferenciação en-tre crianças.

“É aquela coisa: você não tem e eu tenho. Concordo com Gilberto Leifert quando ele diz que esse tipo de publici-dade, que nos leva a sentir falta, acaba caracterizando o bullying, porque gera diferença entre crianças. Isso também entra na questão do consumismo”, ex-plica.

EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO CONSCIENTE A especialista lembra que, além de

uma maior regulamentação da publicida-de infantil, é importante que as crianças sejam educadas para o consumo de forma consciente, e para isso é necessário a par-ticipação da escola e, principalmente, dos pais. O papel do Estado é fiscalizar e fazer uma espécie de controle.

Clédna Fernandes defende que as escolas deveriam começar a fazer um trabalho de educação para o consumo, justamente nesta época que a criança está passando por um processo de for-mação, em que ela está começando a ter acesso a essas publicidades.

CÓDIGO MODERNOApesar da necessidade de atualiza-

ção, a especialista em Direito do Con-sumidor nega que o Código de Defesa do Consumidor, em vigor no Brasil há 23 anos, esteja defasado. Para ela, o CDC é bastante atual.

“Tem muitas mudanças sendo suge-ridas por meio de projetos de lei que tramitam no Senado, por exemplo, mas buscam mais inserções do que revoga-ções”, comenta.

O código só fala de criança nesse aspecto; não existe outro detalhe sobre publicidade infantil”,

CLÉDNA FERNANDESAdvogada

)) Clédna Fernandes, especialista em Direito do Consumidor: proibição da publicidade infantil não é o caminho

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

discussão

! A falta de normas para a publicidade infantil fez surgir autorregulamentações, criadas pelo sistema de controle da publicidade no Brasil, que é misto, ou seja, tanto é feito pelo Estado como pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária

# Projetos de lei

PL (projeto de lei) 5.921/2001 – Regulamenta alguns aspectos da publicidade infantil

PLS (projeto de lei do Senado) 281/2012 – Comércio eletrônico

PLS (projeto de lei do Senado) 283/2012 – Superendividamento

Novas regulamentações do Conar (artigo 37, da seção 11 – Crianças e jovens)

os esforços de pais, educadores, autoridades e da comunidade devem encontrar na publicidade fator coadjuvante na formação de cidadãos responsáveis e consumidores conscientes. Diante de tal perspectiva, nenhum anúncio dirigirá apelo imperativo de consumo diretamente à criança.

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

artigo

ENTENDA A MÍDIA – WILLIAM ROBSON *

Perspectivas discursivas dos processos midiáticos

Parte 6

'Nenhuma informação pode pretender, por definição, à transparência, à neutrali-

dade ou à factualidade”. Partindo de uma frase do texto do professor francês Patrick Charaudeau (2006, p.42), é pos-sível verificar a complexidade da infor-mação, mitificada e simplificada pelo senso comum e apresentada por veícu-los de comunicação como um discurso propagandista, acreditando ser possível dar um tratamento isento, imparcial junto à audiência. O autor aponta essa intenção midiática de se autolegitimar como a mais competente no trato com a informação.

A informação traz em sua essência a subjetividade e os discursos, embora existam os que creem na informação de caráter apartidário, o que na visão de Charaudeau trata-se de uma avaliação ingênua. Ingênua porque transformaria a informação em apenas um elemento inserido em uma sociedade tecnicista, como na contestada Teoria da Informa-ção. Por essa abordagem teórica, a rela-ção emissor-receptor na transferência da mensagem foi a base dos estudos da teoria informacional, desde Shannon e Weaver (1945), quando sua Teoria Ma-temática da Informação destinava-se tão somente analisar o sistema de transmis-são da informação via canais físicos, co-mo telégrafo, telefone e rádio.

O objetivo das pesquisas era obser-var a quantidade de informação trans-mitida por um canal, considerando ou-tros aspectos como falhas e distorções. A finalidade era determinar numerica-mente a porção de informação recebida pelo usuário. Nota-se que tal processo visava uma finalidade técnica, cuja es-sência passou a ser empregada por ou-tros campos de estudo.

A Teoria da Informação estruturou o esquema baseado na fonte de Informação-canal-recepção, justaposto para outras áreas de conhecimento como as ciências humanas. Mas, o modelo em si é inocente, como aponta Charaudeau, por desconsi-derar aspectos sistêmicos da linguagem, da construção da informação. No processo

de transmissão da informação, o emissor precisa interpretar os dados que, ao serem encaminhados ao receptor, necessaria-mente, não significará que a sua inter-pretação será a mesma da origem. Tal procedimento não passa de um modelo fechado, instaurando uma relação simé-trica entre a atividade do emissor, cuja função seria “codificar” a mensagem, e a do receptor, cuja função seria “decodi-ficar” a mesma mensagem.

Sob aspectos da mídia, a informação é a matéria-prima da notícia, e para que esse produto seja comercializado para o maior número possível de indivíduos, é feito o uso de vários tipos de discurso com a finalidade de alcançar seus obje-tivos. Para isso, são utilizados os discur-sos informativo (voltado a transmitir o saber), o propagandista (para seduzir e persuadir o alvo), o científico (que exige uma prova racional), o didático (com o objetivo da explicação).

Ao ler este texto, nota-se que há uma imbricação do discurso informativo e didático, com a finalidade de ofertar a informação para uma maior quantidade possível de indivíduos. Para que isso se-ja possível, cumpre-se a atividade da “vulgarização”, que como assinala Cha-raudeau, “é, por definição, deformante”. Transmitir a informação, de maneira que possa ser compreendida pela maioria das pessoas. Embora a vulgarização seja mais evidente na televisão, Charaudeau não exime a imprensa e o rádio desse processo.

Vulgarizar, facilitar a transmissão da informação, implica também na transfe-rência de conteúdo simbólico. Este con-teúdo é assimilado pela audiência/leitor através dos signos linguísticos, da estru-tura da linguagem (ou, para a semiologia, sistemas sígnicos mais amplos). A linguís-tica é a base do estruturalismo e, como aponta Armand Mattelart, “tem a tarefa de estudar as regras desse sistema orga-nizado por meio das quais se produz sen-tido”. O discurso da mídia se faz valer do uso da linguagem e do processo simbóli-co, ao considerar parte do sistema semio-lógico de Saussure e Barthes: “significan-

te-significado e denotação-conotação”. Louis Althusser vê a mídia, ainda, como o que ele denominou de “aparelhos sig-nificantes”, que têm como função “garan-tir e perpetuar o monopólio da violência simbólica”.

Foucault considera a mídia, ou o “dis-positivo visual”, “um modo de organizar o espaço, controlar o tempo, vigiar con-tinuamente o indivíduo e assegurar a produção positiva de comportamento” (p.98). Assim, é possível fazer uma rela-ção da televisão com o panóptico, da fi-gura que consegue vigiar a todos, sem poder ser visto. No caso televisivo, o pa-nóptico é invertido, e os vigiados veem sem serem vistos.

É preciso citar, dentro do estruturalis-mo, modelos que integram o processo do discurso e de conteúdo simbólico. Foucault estabelece uma estrutura em que observa angulações discursivas chamadas de “pro-cedimentos de controle e de delimitação do discurso”: o comentário na sociedade (o desnivelamento do discurso), o autor (como agrupamento do discurso), discipli-na (conjunto de métodos), o ritual (quali-ficação dos indivíduos que se expressam), sociedade do discurso (conservar e produ-zir), doutrina (reconhecimento de verda-des e aceitação de certa regra).

* A série ENTENDA A MÍDIA se propõe a oferecer aspectos reflexivos para estudantes e admiradores dos estudos da comunicação, com aplicações acadêmicas e exemplos do cotidiano.

MATTELART, A. & MATTELART, M. O estruturalismo. In: ____. His-tória das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999, p. 86-102.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 2004, p. 21-45.

CHARAUDEAU, Patrick. O que quer dizer informar. In: ____. O discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2006, p. 31-63.

Para saber mais!

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

xQuando chega a hora de decidir por qual cami-nho levaremos nossa carreira, uma porção de dúvidas pode surgir e, ao contrário do que

muitos pensam, esse momento não é apenas para os recém-formados do ensino médio. Escolher qual é a carreira que vai lhe acompanhar é tarefa de gente gran-de e não tem idade predefinida. Se você não sabe mui-to bem por onde começar, aí vão 10 dicas que podem facilitar a sua escolha:

1 Cuidado com os testes vocacionaisOs testes vocacionais podem ser um excelente ponto de partida, porém não devem ser fator decisivo na escolha. Lembre-se que esses testes são padronizados, mas pes-soas não. Portanto, não se prenda aos resultados; use-os como direcionadores, mas nunca como principal ponto de decisão.

2 Informe-se Leia, vá a palestras, eventos, veja vídeos, sugue toda in-formação que puder sobre suas possíveis opções. Informar-se de todos os aspectos relevantes sobre sua futura carrei-ra é um passo importante para auxiliá-lo em sua escolha.

3 Nem tudo é definitivo Não se preocupe e muito menos se pressione com a famo-sa frase: essa é uma escolha para a vida toda. Definitiva-mente, não é! Se em algum momento você notar que a profissão que escolheu não é a que te faz brilhar os olhos e decidir seguir para outro rumo, siga! É perfeitamente comum perceber apenas depois de ingressar no mercado de trabalho que aquela não era a sua área dos sonhos, então, por que se prender a algo que não te faz feliz?

4 Curso x Mercado de TrabalhoNão se impressione com tudo que é dito em cursos de es-pecialização, técnicos e até mesmo em graduações, as vi-vências do mercado de trabalho são bem diferentes das passadas em sala de aula. Converse com profissionais que já trabalham na área e conhecem as práticas do mercado para tirar suas dúvidas, te apresentar rotinas e que te auxilie a descobrir os pontos positivos e negativos da tal profissão.

10 dicas para ajudar a escolher

sua carreira

5 Impacto financeiroSabemos que o retorno financeiro é um dos pontos de maior relevância na escolha de uma carreira, porém não pode ser o fator de maior peso na balança. Nem sempre o que te dá prazer profissionalmente pode rechear sua conta bancária. Porém, digo com certeza: o que é feito com gosto e paixão gera melhores resultados pessoais e profissionais e os cifrões são consequência!

6 Diálogo com os paisConverse com seus pais, tios, avós, ou quem quer que lhe dê apoio e segurança. Abrir seus pensamentos e anseios com quem te conhece bem pode ser uma boa opção para abrir leques de possibilidades e acertar na escolha.

7 Projeto de vida Sua carreira não diz somente a respeito de quem você é no trabalho; ela será seu projeto de vida. O que você vai fazer? Como vai fazer? Para quê e para quem vai fazer? Com quem vai compartilhar suas ações? Todas essas per-guntas e outras mais farão parte do projeto que traçará a partir de agora.

8 DisciplinaPara tudo que deseja ser bem-sucedido exige-se esforço e disciplina. Esteja ciente que estabelecer rotinas e até mesmo algumas regras serão importantes para chegar ao patamar que deseja.

9 Curso técnicoSe você já imagina o que deseja seguir mas ainda está cercado por algumas dúvidas, optar em fazer um curso técnico antes da graduação pode ser uma solução. Busque cursos que se assemelham com a possível área escolhida, as disciplinas e o dia a dia vão mostrar aos poucos se é realmente o que você espera.

10 Passo a passo Relacione todas as profissões que existem na sua família. Relacione as profissões que você um dia pensou em es-colher. Analise quais foram os interesses que levaram você a escolher cada uma delas. Escreva quais são os fatores que mais pesam na sua escolha profissional: in-fluência da família, mercado de trabalho, questão finan-ceira etc.. Escreva de um lado as atividades que lhe dão prazer e do outro as que você tem que fazer por obrigação. Relacione as características pessoais que você tem que ajudam no seu relacionamento interpessoal, como: dis-posição, bom humor... Escreva as suas habilidades com as quais você tem facilidade e gosta de executar: inglês, cálculo, computação. Converse com profissionais da área que você escolheu para conhecer a rotina de trabalho da profissão. Planeje metas do que você deseja alcançar com a sua profissão.

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

adoro comer

A festa, como sempre, foi um sucesso! Muita diversão, boa música, gente legal e uma comida de excelente qualidade. Ah, o novo layout do site do parceiro col-unista estreou com força total e Nilton Junior, do Gar-bos Recepções e Eventos, deu show na decoração, utilizando o preto e o dourado para chamar atenção dos convidados. Quero mais!

Na minha última visita, Altevir, amigo e proprietário do Society, mostrou e nos fez provar um crepe de frutas com Nutella. Seu recheio, supergeneroso, tan-to nas frutas quando no creme, acompanhava kiwi, uvas, maçã e cereja. Mais um prato pornográfico: Nu-tella fora, Nutella dentro, Nutella em cima, Nutella embaixo, do jeito que o gordinho gosta. Na minha posição de Adoro-Comerista, sugeri que eles trocas-sem a maçã por banana e fizessem uma opção de “crepe cartola”, com banana e canela. Não tenho certeza se o crepe já está disponível para a venda, mas, quando você visitar o local, peça! Fica ali perto do Wilson Rosado, na nova galeria.

Quem acompanhou a coluna no mês de abril já percebeu que estou andando demais no Bagdad Café! Não posso evitar, especialmente depois que descubro novidades: como até enjoar. Hoje, trouxe mais uma novidade: neste ano, o Bagdad Café preparou uma promoção para tornar o Dia das Mães mais especial. A cafeteria, que é sinôn-imo de tradição e qualidade em Mossoró, vai sortear um Cheesecake com goiabada. A sobremesa é uma das preferidas da clientela e tornará o tradicional almoço das mães mais gostoso. Para participar, basta ir ao Bagdad, fazer aquele lanche delícia e preencher o cu-pom promocional. O sorteio será no dia 9 deste mês. Para mais informações: (84) 3321-4622.

Celebration do Sérgio Chaves

Novo prato na Society Cafeteria

Promoção das Mães do Bagdad Café

VillaOeste

Aniversário diferente

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

A Sociedade Espírita Joanna de Ângelis (SEJA) está promovendo hoje sua I Feijoada com o obje-tivo de realizar do IX Simpósio Espírita de Mossoró. A ação foi um esforço conjunto de todos os centros espíritas. Já esperamos por mais!

I Feijoada do Seja Na segunda-feira passada, o empresário Rútilo Coelho e seus filhos Thiago, Diego e Paloma de Saboya Coelho reuniram empresários, imprensa e autoridades políti-cas em um almoço delicioso. O evento, que teve como objetivo comemorar as conquistas do VillaOeste, acon-teceu no novo espaço do Hotel, o Salão Ilha, já equi-pado para ocasiões do tipo. Os prêmios celebrados com todos foram vários, entre eles o primeiro lugar no MPE Brasil na Categoria Serviços de Turismo, e a outorga do selo Turismo Melhor. Ambos de extrema importância para a equipe do hotel e para o segmen-to de turismo da região. O almoço estava delicioso, com destaque para o filé de pescada à espanhola, fr-ango com champignon e ervas, delícia de abacaxi e torta de chocolate.

No último final de semana, compareci ao 144 Lounge Bar para fotografar um evento. Quem me fez o convite foi a DJ Hunter, já que é residente do 144 e também iria tocar na mesma noite. Ela explicou que seria uma festa de 15 anos e que o pessoal era bem diferente. A aniversariante era Rebecca Freire, que, junto com os colegas do colégio, participa de um grupo de dança. Eles deram um show nas coreografias. Foi bonito de se ver! A proposta do evento era seguir a linha do famoso filme Grease, Nos Tempos da Brilhantina, com John Travolta e Olívia Newton-John. Com muito milk shake, hambúrgueres, brigadeiros, doces e a famosa batata Frida Kahlo - com bacon, carne moída picante, e cheddar -, todos saímos de barriga cheia!

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 5 de maio de 2013

adoro comer adoro comer

Filé de pescada à espanholaINGREDIENTES MODO DE PREPARO

• Numa panela ou frigideira funda antiaderente, frite a cebola no óleo até que ela esteja macia e transparente;• Adicione a farinha e mexa rapidamente;• Junte os ingredientes restantes, com exceção do peixe, e mantenha em fogo baixo, mexendo sempre até que engrosse;• Retire a folha de louro e o cravo e reserve o molho;• Numa travessa, coloque os filés formando uma camada;• Polvilhe um pouco de sal sobre os filés e em seguida coloque todo o molho que estava reservado;• Leve ao forno preaquecido a 180ºC por uns 30 minutos;• Sirva em seguida.

• 1/2 cebola média picada;•1 e 1/2 colher de sopa de óleo;•1 e 1/2 colher de sopa de farinha de trigo;•1 e 3/4 xícara de suco de tomate; (2 tomates pequenos batidos no liquidificador e coados);•1/2 pimentão verde picado sem a parte branca do meio; (± 50g);•1 folha de louro;•1 colher de chá de sal;•pimenta do reino a gosto;•1 cravo;•1/2 colher de chá de açúcar;•400g de filés de pescada

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