revista de domingo nº 627

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Page 1: Revista de Domingo nº 627
Page 2: Revista de Domingo nº 627

Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor – Nara Andrade• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Alienígenas, gorilas falantes, conspirações inter-planetárias é apenas um pouco do universo en-contrado no novo lançamento das HQs brasilei-

ras. Criada pelo jornalista e quadrinista Juscelino Neco, pes-

quisador dos quadrinhos de não-ficção, a graphic novel "Parafusos, Zumbis e Monstros", lançada na última semana em Mossoró, surpreendeu até o mestre dos quadrinhos La-erte, que classificou o autor como uma das melhores reve-lações da HQ brasileira dos últimos anos.

Nesta edição, DOMINGO também traz um assunto de-licado: o luto infantil. A psicóloga Julita Gomes orienta pais e familiares a ajudar os pequenos a entender e compartilhar o luto da família.

Confira depoimentos de quem passou por essa experi-ência, tendo de enfrentar a dor da perda e administrar a falta do ente querido sentida pelas crianças.

Você conhece alguém que sofre de gagueira? Esse é um distúrbio que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. Lembre-se: gagueira não tem graça; tem tratamen-to.

A tradicional festa de Santa Luzia, padroeira de Mosso-ró, foi lançada e neste ano traz o tema “Ver com os olhos da esperança”. Sobre o assunto, conversamos com o padre Walter Collini na entrevista da semana.

Boa leitura, Nara Andrade

editorial

Mundo das HQs

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Luto infantil

Colunista Davi Moura: Risoto de camarões flambados ao pesto de manjericão

Primeira graphic novel do jornalista e quadrinista Juscelino Neco é destaque na cena da HQ brasileira

Rafael Demetrius: 10 dicas de como conseguirum emprego temporário

Adoro comer

Revelação da HQ

Sua carreira

p4

p14

p6

p 13

p9

Psicóloga orienta sobre a hora e a forma correta de falar da morte para crianças

Page 3: Revista de Domingo nº 627

3Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Doutor Meirelles Barroso. Mé-dico solteirão, morava no ho-tel de Dona Celé. Tinha fama

de bom médico. Diagnóstico seguro, sempre confirmado pela medicina de centros mais adiantados.

Era dado ao jogo de cartas, e diziam não ligar muito para o asseio corporal. Unhas sempre crescidas e sujas. O pa-letó, amarrotado. O colarinho da camisa, sujo de suor. O mais do tempo gastava no jogo, viciado.

Todos gostavam do doutor Meirelles, como era chamado na cidade, pela ma-neira cordial no trato, que não escolhia importâncias sociais. Um homem sim-ples, sem prosápia de família, a ilustre família Barroso do Ceará.

Havia na cidade um dentista muito vaidoso, que não era mesmo dentista de formação acadêmica, pois aprendera a profissão trabalhando numa clínica odontológica em Fortaleza, de onde era natural. Chamava-se Valfrido. Fazia ver-sos, mais precisamente, quadrinhas jo-cosas com figurões e coisas da cidade. Um tipo irreverente. Não era, por isso, bem aceito. Malquerenças muitas.

Deu-se que o doutor Valfrido andou sentindo uns sintomas de saúde esqui-sitos, como febre com hora marcada, e foi consultar-se com o doutor Meirelles. Diagnóstico: tuberculose pulmonar. Urgia fazer um pneumotórax. Era o re-

O diagnóstico

curso médico do tempo. O doutor Val-frido não aceitou o diagnóstico, e partiu para ridicularizar o doutor Meirelles com esta quadrinha, que fez espalhar pela cidade:

Doutor Merdeles Barroso, Médico burro e porcalhão,Fazedor de mexerico. Jogador de profissão.

Doutor Meirelles, que também co-metia versos, achou por bem não lhe dar resposta e, aconselhado a denun-ciar o doutor Valfrido pelo exercício ilegal da profissão, a título de desforra,

recusou-se a fazê-lo. Seria uma atitu-de quando menos mesquinha, não era capaz disso.

Com o passar dos dias, complicava-se o estado de saúde do doutor Valfrido, e ele teve de procurar a medicina de For-taleza, no caso, com o mais afamado pneumologista de lá. Confirmado o diag-nóstico do doutor Meirreles: uma esca-vação no pulmão esquerdo. Urgência do pneumotórax, em Recife.

E o doutor Valfrido, vaidoso, delibe-rou de ficar de vez em Fortaleza, onde morreu antes de tentar o pneumotórax. Não queria dar o braço a torcer ao doutor Meirelles.

Todos gostavam do doutor Meirelles, como era chamado na cidade, pela maneira cordial no trato, que não escolhia importâncias sociais.

Page 4: Revista de Domingo nº 627

4 Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

entrevista

PADRE WALTER

COLLINI

PADRE WALTER

COLLINI

Por NARA [email protected]

‘Depois de trazer para o foco da Festa a

importância da Fé e da Esperança, agora é a vez de focalizar a Caridade’

Há quatro anos à frente da Ca-tedral de Santa Luzia, da Dio-cese de Mossoró, o italiano de

67 anos, Walter Collini, fala da tradi-cional festa da padroeira da cidade, que neste ano traz como tema “Ver com os Olhos da Caridade”. Entre as principais novidades desta edição do evento, es-tá a realização da Trezena, em vez de

novena. O Pároco da Catedral da Paró-quia de Santa Luzia explica que a mu-dança se deu em virtude desse ano ser 2013 e o número 13 ter um sentido especial, por ser o dia 13 de dezembro, o dia do martírio de Santa Luzia. O evento foi lançado oficialmente na úl-tima semana, na sede do Projeto Espe-rança.

DOMINGO – Na última semana, foi lançada mais uma edição da Festa de Santa Luzia, que neste ano tem como tema “Ver com os Olhos da Caridade”. A escolha do tema desta edição reflete o momento vivenciado pela Igreja Católi-ca, com a chegada do Papa Francisco?

PADRE WALTER – A temática da caridade realmente é constante no pensamento e na palavra de Papa Fran-cisco, mas, na verdade, o Novenário e a Festa de Santa Luzia de 2013 termi-nam a sequência, iniciada em 2011, que propõe a reflexão a respeito das

virtudes teologais, as virtudes básicas da vida cristã. Depois de trazer para o foco da Festa a importância da Fé e da Esperança, agora é a vez de focalizar a Caridade.

NESTE ano houve uma mudança na quantidade de dias de realização da festa. Algum motivo especial?

SIMPLESMENTE o ano em curso de 2013 sugeriu a ideia da “Trezena” (13 dias) substituindo a “Novena” (9 dias). Obviamente só para este ano. O núme-ro 13 tem um sentido especial por ser o dia 13 de dezembro o dia do martí-rio de Santa Luzia. Esse é o motivo de todo mês, no dia 13, acontecer a “Mis-são 13”, um Mutirão das Confissões, na Catedral.

ALÉM dos dias a mais na progra-mação, a festa terá mais alguma no-vidade?

SIM. A Equipe de Coordenação, ape-sar de ter os mesmos membros do ano passado, conta com novos integrantes este ano que vieram somar competên-cia. Temos 18 equipes, algumas novas, desmembradas das antigas, para des-centralizar as competências ou novas para separar as atribuições, como as Equipes de Peregrinações, Marketing e Publicidade, Jantar de Santa Luzia, Andor da Procissão, Eventos Esportivos e Sorteios Populares, que substituiu o Leilão. As novidades introduzidas di-zem respeito mais à parte social, ten-do em vista que o aspecto religioso da Festa, que é o principal, já alcançou um desempenho muito bom! O andor, nes-te ano, será colocado num automóvel, mas, a imitação do andor do Círio de Nazaré, num carro empurrado manu-almente. Outra novidade é a Imagem Peregrina, uma réplica fiel da imagem oficial, que sairá para a visitação. Ela foi realizada com a finalidade de pre-servar e proteger a original e para que a imagem antiga não fique ausente da Catedral. Teremos também 10 sorteios relâmpagos de brindes a cada noite e um grande sorteio no dia 12, o Luzeiro de Santa Luzia, uma devoção popular pensada por padre Ricardo o ano pas-sado será lançado num CD especial. A moto-romaria neste ano terá sua con-centração na Capela de São Vicente. Abrimos também concorrências para as camisetas o som, iluminação e pal-co, refeições e lanches, oportunizando novos parceiros e conseguindo preços melhores para deixar mais renda para as obras da Paróquia. Teremos um dia de Ação Global na praça. Neste ano também terá um hino temático real-çando o tema da Festa. Estamos fazen-do contatos com a cidade de Siracusa

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com os frades da basílica do sepulcro de Santa Luzia para ver a possibilidade (mesmo sendo remota) da presença de algum deles na Festa. Estarei encami-nhando também um convite ao vice-consul da Itália de Fortaleza e ao agen-te consular da Itália em Natal. Antes da Festa começar, mas já como um prelú-dio, no dia 24 de novembro, acontece-rá a Caminhada da Paz convergindo de todas as Paróquias de Mossoró para a Catedral, onde haverá a missa de en-cerramento da visita pastoral à paró-quia de Santa Luzia e também de toda a diocese, o encerramento do ano da fé e, em seguida, o grande jantar da festa da família de Santa Luzia.

COMO é para o senhor estar à fren-te de mais uma edição da festa, posto que durante anos foi do monsenhor Américo Simonetti?

ALÉM da competência do monse-nhor Américo Simonetti, nos três anos passados, desde que estou pároco da Paróquia de Santa Luzia, pude sempre contar com a presença eficiente do pa-dre Flávio Augusto, tomando conta, so-bretudo no aspecto social da Festa (Os compromissos do mesmo na Paróquia de Assú não permitiram mais esta pre-ciosa colaboração). Agora estou enca-rando a Coordenação da Festa como um desafio, mas conto com o apoio do padre Ricardo Rúbens e com uma Equipe de Coordenação muito afinada e dedicada. Então eu acabo apenas dando uma aju-da a eles. Além do mais tem os gestores de cada Equipe e os integrantes. É todo este conjunto de braços generosos que faz a Festa de Santa Luzia!

O PROJETO Esperança foi escolhi-do para sediar o lançamento da Festa de Santa Luzia 2013. Outros projetos serão contemplados? Quais?

MOTIVADOS pelo tema “Ver com os olhos da Caridade”, é que foi esco-lhido este projeto de cunho social e es-tamos contatando todas as entidades filantrópicas da cidade para participar como protagonistas da Festa.

QUAL a programação da tradicio-nal festa da padroeira de Mossoró para este ano?

NO ASPECTO religioso a progra-mação continuará a tradição dos anos anteriores.

ATRAÇÕES de renome nacional participaram da parte social da festa nos anos anteriores. Esse ano a festa contará com algum nome especial?

NÃO. Apenas o Show de Abertura da Festa será com a Irmã Kelly Patrícia, de Fortaleza.

E O ORATÓRIO de Santa Luzia terá alguma mudança? Quem está respon-sável pelo espetáculo?

TERÁ sim umas mudanças, mas va-mos deixar o gosto das surpresas. Não dá para adiantar. Quanto aos responsá-veis serão os mesmos do ano passado: produtor – Jocelito Marques, e diretor – Júnior Félix.

QUAL a expectativa da organiza-ção do evento em relação ao público participante nos dias de festa? E na procissão?

A CADA ano cresce a participação numérica nos atos religiosos. Espe-ro que a este aumento, corresponda também a qualidade e o compromisso cristão: que a Nossa Padroeira, Santa Luzia que é um Testemunho admirável de Caridade nos ajude a viver a cari-dade do jeito que São Paulo a descreve na 1ª Carta à Comunidade de Corinto (1ª Cor 13,1-13): “Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como sino ruidoso ou como címbalo estri-dente. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse

a caridade, eu não seria nada. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, nada disso me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é pres-tativa; não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu pró-prio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará...”

QUAL o trajeto da procissão?O PERCURSO da procissão neste

ano sairá da Capela de Nossa Senhora Medianeira até a Catedral pela Presi-dente Dutra. Ao todo, serão 3,4 quilô-metros (o ano passado foi 5,4).

HÁ QUANTOS anos a festa vem sendo realizada e qual a importância de manter viva essa tradição?

HÁ 171 anos que existe a Paróquia de Santa Luzia, mas a capela começou a celebrar a Festa da Padroeira com a atual Imagem de Santa Luzia no longín-quo 1779, ou seja 234 anos atrás: é o evento histórico e tradicional mais anti-go celebrado na cidade de Mossoró.

5Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

entrevista

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Jornalista e quadrinista Juscelino Neco lança “Parafuso, Zumbis e Monstros do Espaço” e se destaca como uma das

grandes revelações do mundo das HQs

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Graphic Novel

)) Capa do livro “Parafuso, Zumbis e Monstros do Espaço”, de Juscelino Neco

Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Revelação daHQ brasileira

Marcado pelo humor negro e pela ultraviolência, chega ao mercado o livro “Para-

fusos, Zumbis e Monstros do Espaço”, a primeira graphic novel do jornalista Juscelino Neco, considerado uma gran-de revelação do mundo das histórias em

quadrinhos do Brasil nos últimos anos.

Publicada pela editora Veneta, com uma narrativa frenética comandada por alienígenas, gorilas falantes, conspira-ções interplanetárias, o livro traz a his-tória de Dolfilander, um sujeito obceca-

do por cultura pop, incapaz de lidar com os problemas da vida adulta, que passa os dias jogando games no computa-dor.

“Ele sofre um acidente com um pa-rafuso que tira o nosso anti-herói de sua rotina pacata e o joga em uma espiral

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)

7Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Graphic Novel

“Tentei impor um ritmo de aventura trash e diversão descompromissada. Acho que os quadrinhos estão muito sérios ultimamente, e o que ganhamos em aceitação perdemos em vitalidade."

JUSCELINO NECO

)) Juscelino Neco é jornalista e quadrinista

de alcoolismo e sexo anônimo até que subitamente ele é transformado em um super-humano, capaz de partir crânios com as mãos e comer impressionantes 30 hambúrgueres em menos de uma hora”, conta o autor.

Juscelino Neco explica que nesse trabalho utilizou a estrutura dos qua-drinhos alternativos para tratar de suas obsessões particulares pela cultura pop e filmes de terror.

"Tentei impor um ritmo de aventura trash e diversão descompromissada. Acho que os quadrinhos estão muito sérios ultimamente, e o que ganhamos em aceitação perdemos em vitalidade", comenta.

Natural de Campina Grande (PB), Juscelino Neco é formado em Comuni-cação Social, com habilitação em Jorna-lismo, pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Atualmen-te, cursa Doutorado em Ciências da Co-municação pela Escola de Comunica-ções e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com pesquisa acadê-mica sobre quadrinhos de não-ficção, com destaque para os autores Robert Crumb, Joe Sacco e Art Spiegelman.

Sua estreia no mundo das HQs se deu em 2004, com a publicação de tra-balhos em fanzines, blogs e nas revistas Papangu e Ói.

Entre os trabalhos publicados por ele, estão as HQs curtas "A Maldição dos Sapos", "Destroços" e "Um tipo duro e silencioso".

Seu trabalho tem como referência os filmes de terror trash, como Evil Dead, Fome Animal e O Massacre da Serra

Elétrica, e os artistas Robert Crumb, Gilbert Sheldon e Paul Pope.

"Parafusos, Zumbis e Monstros do Espaço" vem se destacando no mundo das HQs, surpreendendo inclusive o quadrinista Laerte, considerado o mes-

tre dos quadrinhos, que classificou o autor como uma das melhores revela-ções da HQ brasileira dos últimos anos.

Laerte falou sobre o prazer de ler obras como Parafusos, Zumbis e Mons-

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Graphic Novel

)) Livro narra a história de Dolfilander, que sofre um acidente com um parafuso e se transforma em um super-humano

tros do Espaço, de Juscelino Neco. “Algumas histórias, como esta de

Juscelino, não perdem força quando vo-cê conta o que vai aparecer, como faz o título desta de Juscelino. Uma boa nar-rativa não se resume a “coisas contadas”, e o sinal de que se trata de uma boa nar-rativa é que sempre as puxamos da pra-teleira pelo prazer de ler mais uma vez, como esta de Juscelino”, frisa Laerte.

Para ele, ter o trabalho reconhecido por Laerte é bastante gratificante.

“Laerte é uma das grandes mestres dos quadrinhos e tem produzido um trabalho sem paralelos no mundo. Para mim, foi muito gratificante ter o traba-lho reconhecido por ela”, frisa.

Como o livro foi lançado pela editora Veneta, que tem alcance nacional, pode ser encontrado em qualquer grande franquia, como Saraiva, Cultura etc..

oBSESSÃo PoR HQsPara Juscelino, o interesse por HQs

é uma verdadeira obsessão. “Sempre tive interesse por HQs. Leio

desde criança. Mas só depois que entrei na universidade comecei ler com mais assiduidade. Talvez a palavra certa seja obsessão. Enfim, na faculdade eu tinha dois amigos, Álesson Paiva e Fco. Por-tela, que eram dois nerds old school numa época em que ser nerd ainda era uma coisa bem tosca. Conheciam muita

“LAERTE

Algumas histórias, como esta de Juscelino, não perdem força quando você conta o que vai aparecer, como faz o título desta de Juscelino. Uma boa narrativa não se resume a “coisas contadas”, e o sinal de que se trata de uma boa narrativa é que sempre as puxamos da prateleira pelo prazer de ler mais uma vez, como esta de Juscelino.”

coisa e me apresentaram obras básicas como Watchmen, Sandman, Preacher. Depois disso eu segui por conta e, ao contrário deles, acabei me identificando mais com os quadrinhos alternativos”, conta.

Sobre a preferência por humor ne-gro, ele diz que também vem da infância, já que sua mãe é uma grande fã de filmes e gibis de terror. Então, desde muito pequeno assiste a filmes sangrentos.

“E em relação ao humor negro, sem-pre achei genial essa mistura de temá-ticas de terror e comédia extravagante. É juntar o melhor de dois mundos”, res-salta.

O quadrinista já está com o projeto de um novo livro, que deverá sair em 2015, mas afirma que ainda não pode falar muita coisa.

# Sobre o autor

# Sobre a obra

JUSCELINo NECoNascido em Campina grande (PB), é jornalista, pesquisador e quadrinista. Parafusos, Zumbis e Monstros do Espaço é sua primeira graphic novel.

PARAFUSoS, ZUMBIS E MoNSTRoS Do ESPAçoAutor: Juscelino NecoFormato: 15,5cm por 22cm112 páginasPreto e brancoPreço de capa: R$ 24,90

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Dor da perda

infantilLutoPsicóloga orienta sobre como falar da morte para crianças, ajudando os pequenos a entender e compartilhar o luto da família

Inevitavelmente, uma hora em nos-sa vida somos obrigados a conviver com a perda, seja de um parente

próximo, um amigo ou mesmo de um animal de estimação, e nem sempre es-tamos preparados para enfrentar a dor da ausência quando chega a hora da des-pedida. E quando isso acontece durante a infância? Será que estamos preparados para ajudar as crianças a entender e compartilhar o luto da família?

Na tentativa de evitar que a criança

sofra, é comum algumas pessoas dize-rem que o parente viajou, foi embora, ou mesmo dizer que virou uma estrela, foi para o céu. Mas, será que esconder a verdade para a criança é correto?

Na semana que antecede o Dia de Finados, que transcorre anualmente no dia 2 de novembro, data reservada pela Igreja Católica para rezar pelos mortos, DOMINGO conversou com uma psicólo-ga sobre o luto infantil, que orienta os pais e as famílias a como agir nesse mo-

mento tão difícil para as crianças. A psicóloga Julita Gomes, da Hapclí-

nica, primeiro explica que o estado de luto pode se relacionar não somente à morte de alguém, mas também ao dis-tanciamento de algo, até mesmo de um objeto, mudança de casa, de escola e de cidade. Portanto, na mesma medida em que precisamos lidar com essas situa-ções, precisamos também falar sobre elas.

“Precisamos lidar sempre com per-

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Dor da perda

)) Psicóloga Julita Gomes

das, isso é fato. Por mais doloroso que seja, é preciso viver a dor, para processar e aceitar que alguém se foi, por exemplo”, orienta a psicóloga.

Em casos de doenças, quando fami-liares e amigos, de certa forma, já espe-ram a partida do enfermo (o que não minimiza o sofrimento ao ver a morte concretizada), Julita Gomes afirma que é possível procurar se preparar e perce-ber que gradativamente aquele corpo e sujeito não suportam mais a doença. As-sim, a tendência é entender que naque-le ritmo aquela pessoa está se ausentan-do.

“A perda repentina pode vir a ser mais dolorosa e complicada para ser compre-endida. Pessoas que saem de casa e não voltam, pessoas que dormem e não acor-dam, pessoas que se sentem mal e não reagem. Na cabeça de quem fica, pairam muitos questionamentos e pensamen-tos, busca por respostas nem sempre alcançadas, gerando inconformismo e revolta”, explica.

Julita Gomes afirma que as reações emocionais podem ser diversas nos dois casos, afinal cada um tem o seu funcio-namento psíquico e a sua história parti-cular com aquilo ou com quem perdeu. Pode vir a ser interessante falar sobre as lembranças, a saudade que sente, mas procurar não permanecer imersos a es-sas memórias, uma vez que, ao invés de confortar, pode se tornar uma recusa à morte e maneira encontrada para “man-ter o sujeito vivo”.

Sobre a idade certa para falar sobre o assunto com a criança, a psicóloga ex-plica que a morte é, muitas vezes, im-previsível, e assim sendo, pode-se viver uma perda em qualquer fase ou momen-to da vida. E, independentemente de idade, todos nós precisamos entender que alguém morreu e morrer é não mais voltar, para que não se crie falsas expec-tativas, seguidas de uma grande frustra-ção.

A especialista diz que, mesmo sendo com a intenção de acalentar a criança que sente a falta de alguém que morreu, é preciso ter muito cuidado com o que se diz e ao explicar o que está sendo dito. “Crianças criam, imaginam e as histórias que lhes são ditas ganham enredos va-riados, criados por elas mesmas. Pode querer virar uma estrelinha também pa-ra ficar perto de quem foi para o céu, po-de ficar chateada com Papai do céu porque Ele levou para morar com Ele quem ela amava; e claro, ficar com raiva intensa de quem viajou, foi embora, a deixou e não voltou sequer para vê-la ou buscá-la, fa-zendo todos chorarem”, frisa.

São inúmeras as possibilidades de conclusões feitas pelos pequenos. Por isso, eles, assim como os adultos, tam-bém querem e necessitam de bons es-clarecimentos.

Julita Gomes fala, ainda, que é co-mum algumas crianças terem dificulda-de de expressar o luto, principalmente porque o luto infantil, por vezes, envolve pessoas com as quais a criança vinha formando fortes vínculos. “Os vínculos construídos desde cedo nessa época da vida são fundamentais para a segurança pessoal e posterior formação de novos vínculos ao longo da vida. A criança é pequena, necessita de alguém para aju-dá-la a caminhar, e quando esse alguém ‘desaparece’, a sensação de desamparo domina”, ressalta.

Segundo a psicóloga, a presença de outras pessoas com as quais se tenha um certo apego é fundamental e deve ser fortalecida para a criança também se fortalecer.

“A ajuda de um profissional é sempre bem-vinda para a elaboração do luto e

auxílio ao ego. É importante ressaltar que fazer da morte um tabu não é a maneira mais adequada. Somos sujeitos sensiti-vos, estamos no mundo e percebemos o que se modifica ao nosso redor, assim são as nossas crianças”, conclui.

MARCAS DA AUSÊNCIAA funcionária pública Ângela Araújo

perdeu o esposo, Francisco Albeci de Araújo, há 12 anos, e sabe bem o que é enfrentar a dor da perda do companhei-ro e ainda ter que ajudar as suas duas filhas a conviver com a ausência do pai.

Ângela conta que a morte do esposo foi bastante traumática para as filhas, principalmente porque estavam junto com o pai durante o acidente automobi-lístico que o vitimou.

“Até hoje tem sido muito difícil admi-nistrar essa ausência. Albeci era muito presente, um pai muito amoroso. As me-ninas eram muito apegadas a ele. Na época, elas tinham 8 e 10 anos, e a mor-te repentina do pai deixou fortes marcas na vida delas. A vida da gente mudou

# Entendendo a morte

0 A 6 ANoS – Não entendem o que é a morte, e podem perguntar quando a pessoa que faleceu vai voltar.

6 A 10 ANoS – Começam a compreender que a morte é irreversível, mas acreditam que ocorre somente com pessoas idosas ou com vítimas de acidentes. APóS oS 10 ANoS – Começam a entender que a morte faz parte da ordem natural das coisas e que as pessoas morrem em idades diferentes e por diversas razões.

FASES Do LUTo

Negação

Raiva

Barganha

Depressão

Aceitação

Page 11: Revista de Domingo nº 627

11Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

)) Layane Araújo, filha mais nova de Albeci, hoje com 20 anos

Dor da perda

muito e elas sentiram isso”, conta. A filha mais nova da funcionária pú-

blica, Layane Araújo, que hoje está com 20 anos, diz que sempre viu o pai como um porto seguro e que sofreu muito com sua morte.

“Lembro-me de sentir medo, por sa-ber que não teria mais ele por perto. Lembro-me que mãe conversou comigo assim que recebeu a notícia, disse que papai tinha ido morar no céu, com Deus. Na época, aceitei bem. Pensava que, se chorasse, minha mãe iria sofrer mais. Hoje em dia, não comentamos muito so-bre o assunto”, afirma.

Já, José Nilson viveu uma situação contrária. Ele perdeu a esposa, Josinete Franco de Morais, de 35 anos, também de forma repentina, com a qual teve o filho Matheus Lucas Franco, de 5 anos e 11 meses, e teve de administrar a sau-dade e a falta que a mãe faz na criação de uma criança.

“Não inventei nada. Conversamos com ele abertamente na época, até por-que ele estava junto com a mãe, quando ela passou mal e morreu de um infarto fulminante. Lembro-me que ela morreu no domingo pela manhã e ele só chorou à noite. Foi a hora que começou a en-tender o que estava acontecendo. Mas,

ele superou”, diz. Taline Tavares, irmã de Matheus por

parte de mãe, tinha 15 anos quando Jo-sinete faleceu. Para ela, foi bastante di-fícil, principalmente porque havia per-

dido o seu pai em um acidente, quando tinha 10 anos.

“Foi muito difícil. Tive de morar na casa de parentes. Minha vida mudou completamente”, comenta.

)) Albeci Araújo, vítima de acidente

de carro, deixou viúva e duas filhas

ainda crianças

)) Albeci Araújo, vítima de acidente

de carro, deixou viúva e duas filhas

ainda crianças

)) Taline Rose )) Matheus Lucas

Page 12: Revista de Domingo nº 627

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

Alerta

DOMINGO conversou com fonoaudiólogos sobre a gagueira, distúrbio que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo

Gagueiranão tem graça

Um problema que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo, a gagueira ainda não

tem causa totalmente desvendada. Na semana em que se comemorou o Dia In-ternacional de Atenção à Gagueira, 22 de outubro, DOMINGO conversou com os fonoaudiólogos Caio Rodrigues e Cláu-dia Regina Xavier, que falaram sobre o distúrbio.

Segundo os especialistas, a gagueira é uma interrupção na fluência verbal ca-racterizada por repetições ou prolonga-mentos, audíveis ou não, de sons e síla-bas. É um distúrbio multifatorial, que pode ter origem genética, orgânica, psi-cológica e/ou social, e que atinge mais pessoas do sexo masculino (4 homens para 1 mulher).

“Sabemos que a causa da gagueira ainda não está totalmente desvendada e é múltipla e complexa na sua natureza. Atualmente, poucos especialistas con-cordam com a ideia de uma causa total-mente psicológica, embora estresse, frustração, vergonha, sentimento de ina-dequação, entre outros, colaborem para aumentar ou manter a gagueira”, expli-ca Caio Rodrigues.

Já a especialista afirma que é possível caracterizar a gagueira em dois tipos: a de desenvolvimento e a adquirida. O pri-meiro caso é caracterizado por interrup-ções ou repetições na fluência da fala em crianças entre 2 e 5 anos de idade, em virtude de ser este o período de aquisição e desenvolvimento da fala.

Aprender a falar é muito complicado. Pequenas disfluências fazem parte des-se processo. Essa gagueira está presen-te enquanto a criança descobre os sons das silabas e organiza-os em sua fala, buscando uma fluência próxima à dos falantes inseridos no seu contexto. Nes-se período, os pais devem estar tranqui-los, sem pressão e cobrança para que a criança fale “direito”.

Uma cobrança negativa dos pais e fa-miliares pode fazer que a criança desen-volva uma gagueira que se prolongue até a vida adulta, tendo outros fatores in-fluenciando, o maior deles o emocional.

“Existem diversas teorias para a gagueira. Uma delas, a teoria Johnso-niana, datada de 1955, diz que a ga-gueira é resultado de uma ansiedade causada pela influência negativa dos pais sobre uma fala inadequada de sua criança, porém ainda não existem pes-quisas que comprovem as causas exa-tas”, comenta Cláudia Regina.

Já a gagueira adquirida, ou neuro-gênica, é definida por alguma lesão cerebral, ocasionada por alguma he-morragia, traumatismo craniano. Os

tratamentos fonoaudiológicos procu-ram enfocar a aprendizagem motora de técnicas a serem usadas durante a fala. Os tratamentos psicológicos ten-dem a enfocar os aspectos emocionais que interferem na fala da pessoa que gagueja. Esses são considerados tra-tamentos importantes e sua eficácia depende da base teórica que os funda-menta, do profissional que os aplica e também da pessoa que gagueja. Em caso de dúvida, o ideal é procurar um fonoaudiólogo.

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

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O s interessados em conquistar um lugar no mercado de trabalho devem ficar atentos nes-ta época do ano, em que já estão sendo feitas

contratações temporárias no comércio, com incorpora-ção de mão de obra extra nas lojas para dar conta da demanda que cresce com as festas de fim de ano. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FECOMÉRCIO) calcula que serão criados 155 mil postos neste período em todo o território nacional, 5% mais do que no ano passado. Segundo a entidade, 15% desse contingente deve ser efetivado após o Natal e o Ano-Novo. O número de pessoas procurando vagas em em-pregos temporários é imenso. Por isso, antes de tudo, é muito importante que demonstre interesse nesta opor-tunidade de serviço, sendo ela onde for. Para transformar a vaga temporária em permanente e realizar o sonho do emprego estável, a recomendação é dedicar-se, levar a sério a oportunidade e seguir algumas boas dicas, como as que separamos na coluna de hoje.

Início das contratações – O início das contratações começa no mês de outubro, nas grandes redes, e na segunda quinzena de novembro, nas lojas menores. Até a primeira semana de dezembro, ainda são feitas entrevistas e seleções. As exigências mínimas feitas aos candidatos costumam ser: ter 18 anos ou mais, segundo grau completo e noções de informática.

Momento certo – Este é o melhor momento para quem quer ganhar a primeira assinatura na carteira de trabalho. Geralmente (a mão de obra temporária) é uma mão de obra que não vem capacitada. Precisa de treinamento, adaptação ao negócio, por isso aprender rápido será um dos maiores diferenciais do candidato à vaga.

Prepare-se para a entrevista – Apresente-se para a entrevista de acordo com o estilo da loja. Mesmo que seja uma loja de esportes, não exagere na informalidade. São proibidos transparência nas roupas, saltos muito altos, minissaia, short, barriga de fora e roupas muito apertadas ou decotadas.

Primeiro emprego – Jovens sem experiência também têm chances de serem chamados para uma vaga temporária no fim de ano. Alguns lojistas preferem contratar pessoas sem experiência e treiná-las. Vai depender da necessidade de cada loja e principalmente do perfil e do desempenho do candidato à vaga. Para ser contratado, é importante gostar do trabalho, ter bom desempenho e apresentar resultados para a empresa. O temporário vem com uma expectativa muito grande de ser admitido. Portanto, vai querer mostrar seu trabalho, mostrar desempenho. Pode ocorrer até a substituição de um empregado que não estava indo tão bem, por um temporário. É uma oportunidade muito boa para quem está entrando no mercado de trabalho.

Bom currículo – Seja objetivo quanto à sua formação no currículo (evite colocar cursos não terminados, por exemplo). A verdade nas informações é fundamental para que seu currículo ajude e não atrapalhe você, pois qualquer mentira poderá comprometer a contratação.

Experiências anteriores – As experiências de trabalho anteriores e o tempo em cada empresa são importantes. Descreva-as, demonstrando o resultado obtido em cada emprego.

Durante a entrevista – Demonstre interesse e vontade durante a entrevista, cuide da postura, forma de sentar, e não se esqueça de usar o máximo de educação e polidez com as pessoas.

Após a entrevista – Mantenha e-mail e telefones ativos no currículo (evitar endereços eletrônicos "engraçados", como gatinha.fofa@ etc.. Monitore a caixa postal do e-mail e o telefone, para não perder a chance de ser chamado para as entrevistas.

Após a contratação – Lembre-se que nesta época do ano o comércio necessita e corre atrás somente de pessoas que estejam disponíveis, porque o comércio geralmente costuma ficar aberto até as 22h.

Comunique o interesse – Os empregos temporários também podem ser ótimas opções para aquelas pessoas que desejam se efetivar no comércio, mas lembre-se: para isso, é preciso que demonstre muito interesse e capacidade. O candidato deve considerar a oportunidade temporária como se fosse efetiva, pois existe chance real de contratação, por isso é importante comunicar ao chefe o interesse em ser efetivado e, ainda, pesquisar e aprender o máximo possível sobre a loja na qual vai trabalhar.

10 dicas de como conseguir um emprego

temporário

Page 14: Revista de Domingo nº 627

DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

adoro comer

A promoção da Temakeria San continua

O projeto Tenda Detox vai começar

#AdoroMalhar por Andreza Reis

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

No domingo passado, 20, fiz aniversário! Desde a sexta-feira comecei a comemorar. Esta notinha é uma forma de agradecimento a todos que colabo-raram e estiveram presentes nesses dias. O obriga-do vai para: Quixote Comunicação, A.C. Comuni-cação, Academia Conexão Fitness, Chamego Doce, Panificadora 2001, Manjericão Pizza Gourmet, Society Cafeteria, Cake Festas, Pinga Fogo, Res-taurante da Maria Lúcia (Grossos), Pousada Beijo Mar (Tibau), Trattoria, 144 Lounge Bar, Assis Filho, meus amigos, minha família. Vocês me fizeram o aniversariante mais feliz do mundo!

Meu aniversárioTrata-se de uma dica para quem quer comer bem e barato durante a semana. A promoção só funciona dia de terça e quarta e envolve combos de temaki, sushis e refrigerante. Olha só:

Combo 1 – San 1 – R$ 24,00Temaki + Makimono + Refrigerante

Combo 2 – San 2 – R$ 25,00Temaki + Sushi Hot San + Refrigerante

Combo 3 – San 3 – R$ 20,00Temaki + Temaki + Refrigerante

Combo – San 4 – R$ 26,00Makimono + Sushi Hot San + Refrigerante

Sugestão: prove o temaki spicy tuna, feito com atum, cream cheese, cebolinha e um toque de pimenta. É um dos meus favoritos desde sempre, pois amo a mistura de sabores e sensações.Curtiu? Pois se agende e passe por lá! Fica na Av. Rio Branco, 1790 – Centro (em frente à Praça de Con-vivência) - Fone: (84) 3316-6436.De uns tempos para cá, está muito em moda a tal

da dieta Detox. É muita gente falando, mas, pelo menos eu, ainda tinha muitas dúvidas sobre o pro-grama. Em Mossoró, já vi algumas nutricionistas organizando o programa, que realmente parece prometer o que cumpre. O principal objetivo da dieta é desintoxicar o organismo, restaurando seu equilíbrio e permitindo que as toxinas sejam elim-inadas. Kamila Melo é a nutricionista que está em parceria com o Tenda. O processo começa com uma consulta, onde será traçado o plano nutricional per-sonalizado. Depois, todas as refeições serão pre-scritas e acompanhadas pela nutricionista e pre-paradas pelo chef de cozinha do Tenda. Ao final, todos receberão um plano alimentar para manter ou continuar perdendo peso. O Detox acontecerá de 5 a 11 de novembro, mas a inscrição só vai até o dia 28 deste mês. Ligue para (84) 3312-2544 para reservas e obter mais informações.

É com um imenso prazer que apresento a vocês a nossa nova colunista, Andreza Reis. Atendendo pe-didos, vamos abrir uma sessão no adorocomer.com sobre fitness, mas sempre relacionado à alimentação e dicas bem legais. Andreza e Kaline Melo, juntas, em um site, vão bombar demais! Para dar a largada nesse encontro, ela criou um projeto, através do apli-cativo Whatsapp, devido à sua praticidade e popu-laridade. Criei um grupo chamado “A união faz a força”, reuni uma turma bacana, que busca além do corpo desejável, uma qualidade de vida melhor, onde discutem, dão dicas e dividem experiências em bus-ca da saúde. Show de bola!

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15Jornal de Fato | DOMINGO, 27 de outubro de 2013

adoro comer adoro comer adoro comer adoro comer

Risoto de camarões flambados ao pesto de manjericão

INGREDIENTES MODO DE FAZER

• Em uma frigideira, doure o camarão já temperado com sal e limão;• Acrescentar 20ml de rum para flambar. Reserve o camarão;• Em outra panela, cozinhe o arroz-arbóreo com o vinho branco e caldo de legumes;• Misture os camarões com o arroz, mexendo sempre em fogo baixo até o grão ficar cremoso;• Por último, misture o pesto de manjericão, finalizando com a man-teiga e o queijo parmesão ralado;

Pesto de manjericão:• Bata no liquidificador o manjericão fresco com o azeite de oliva extravirgem e as castanhas.

• 150g de arroz-arbóreo• 140g de camarões• 50ml de caldo de legumes• ½ taça de vinho branco• 10g de manteiga• 10g de queijo parmesão ralado• sal a gosto

Pesto de manjericão• 20g de manjericão fresco• 50ml de azeite de oliva extra virgem• 4 unidades de castanhas

Receita do chef Adriano Ribeiro, do Valentino Ristorante, de Florianópolis (SC), apresentando uma versão de risoto com o nosso queridinho: o camarão.

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