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Revista semanal do jornal de Fato

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Page 1: Revista de Domingo
Page 2: Revista de Domingo

Jornal de Fato | DOMINGO, 22 de julho de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Asemana começa com a divulgação pela mídia dos jogos Olímpicos 2012 em Londres. Pela primeira vez, em mais de três décadas, o Rio Grande do

Norte não contará com nenhum representante em nenhu-ma modalidade esportiva. Na matéria elaborada pelo jor-nalista Carlos Guerra Júnior, atletas potiguares reconhe-cidos nacionalmente, como é o caso de Oscar (basquete), Virna (Vôlei), Magnólia (atletismo), Vicente Lenilson (velo-cista), já vivenciaram a experiência de olimpíadas e falam sobre o passado e o momento atual, principalmente das dificuldades e falta de investimentos em políticas públicas no esporte no RN, que não é recente e impede a permanên-cia de muitos talentos no próprio Estado.

A entrevista desta semana é com o ator Dionísio do Apodi, do Pessoal do Tarará, sobre o projeto novo que pas-sará por cinco cidades com financiamento do BNB, mas também fala sobre como o grupo vive apenas da arte e faz duras críticas à falta de espaço no teatro Dix-huit para os grupos locais. Vale a pena conferir!

Tem ainda o trabalho da artista Ângela Felipe, que está com a exposição “Sagrado Feminino” em Natal na Pinaco-teca Potiguar, mas espera a oportunidade de mostrar seu trabalho em Mossoró.

Sua leitura se completa com as delícias da coluna Ado-ro Comer e a receita da semana. Não deixe de ler.

Bom domingo.

editorial

Sem representação

do RN

Com

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ísio

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di

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tre

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ta Artes

Confira as dicas do roteiro gastronômico nesta semana

O sonho olímpico do passado e o sonho distanciado dos atletas do RN

Rafael Demetrius dá 10 dicas para ser feliz no trabalho

Adoro comer

Capa

Coluna

p4

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p7

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p10

O Sagrado Feminino da artista plástica Ângela Felipe

Max

son

Ari

ton

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)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Maria José foi internada no Colégio das freiras, trazi-da, pelo pai, da cidade vi-

zinha, onde o ensino não ia além do grupo escolar. Demorou muito acostu-mar-se à vida separada da família, quanto mais que lhe era custosa a dis-ciplina religiosa, ela que viera de um lar sem religião.

Assim que, apesar de estudiosa, sempre a melhor nota, desde o grupo escolar, se preocupava menos com os estudos do que com as férias. Ficando sempre para segunda época em latim e francês.

Não disse bem; só não ficava nessa condição, pelo fato da grande amizade que, desde que chegara ao Colégio, lhe dedicara a Irmã Inês, professora dessas disciplinas, a ponto de dizê-la a filha que não teve. Com isto, Maria José se facilitava às provas.

Um dia de manhã, a Irmã Inês, nos olhos o brilho de quem recebera uma mensagem do céu, chamou Maria José ao jardim dos santos, que estava no máximo da beleza de suas rosas, sob um sol de transparência cúmplice, “Te-nho uma revelação a lhe contar, minha

Uma rosa caiu do céu

JOSÉ NICODEMOS*

conto

filha; sonhei com você sendo minha ir-mã de hábito, foi mais do que um sonho, uma revelação, mesmo”.

E abraçou-a, a Maria José, com lá-grimas de infinita felicidade.

Deu-se que, nas férias de junho, ao chegar em casa, mas cheia de saudade dos afetos da Irmã Inês, Maria José sur-preendeu uma briga violenta entre os pais, justamente no momento em que a mãe lhe dizia, ao pai, “Você é tão ruim que causou o suicídio da mãe de Maria José, a menina com meses de nasci-da!”

Desconhecendo esse infeliz passa-do, e tendo sido criada como filha natu-ral da madrasta, só agora revelada nes-sa condição, pois de tudo se fazia a poupá-la a esse desgosto, Maria José caiu pranto de dor e desespero, inda-

gando ao pai, aos gritos, se era verdade o que acabara de ouvir. Quem era, então, sua mãe biológica, O senhor vai ter de confessar minha verdade agora, ou me suicido também.

Maria José não pôde dormir na noi-te desse dia, sem parar de chorar, e por simetria sentimental entrou a meditar as razões humanas da Irmã Inês para tornar-se freira, isto na comparação com os valores eternos. E experimentou um alívio.

De volta ao Colégio, mas sem a con-fissão do pai, sentiu-se mais amiga e amiga da Irmã Inês, a cuja maternida-de espiritual se entregara, por comple-to. Era-lhe a segunda mãe.

E ao fim dos estudos, o coração pa-cificado pela fé cristã, Maria José entrou para o noviciado carmelita.

Um dia de manhã, a Irmã Inês, nos olhos o brilho de quem recebera uma mensagem do céu, chamou Maria José ao jardim dos santos, que estava no máximo da beleza de suas rosas

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entrevista

O Pessoal do Tarará está entre os grupos contemplados com recursos do programa BNB Cultural para a realização do Projeto Arte sem Limites, com apresentações em Mossoró e mais quatro cidades próximas. Mas o grupo vem colhendo os frutos de um trabalho que vem progredindo no cenário regional e até nacional, com premiações e temporadas

em outras capitais brasileiras. Na entrevista desta semana, Dionísio do Apodi, ator e um dos in-tegrantes fundadores do grupo, fala sobre os desafios e as alegrias de viver da arte.

DIONÍSIO DO APODI

Por Izaíra [email protected] | Twitter: @izairathalita

Maxson Ariton

‘É um privilégio fazer teatro no mundo hoje’

DOMINGO – O Pessoal do Tarará foi contemplado no BNB Cultural com 25 mil para o projeto de arte itineran-te em Mossoró e mais quatro cidades. O que vai compor esse ‘Arte sem limi-tes’? Quando ele começa?

DIONÍSIO DO APODI – Arte sem Limites é um projeto que possibilitará um grande encontro entre O Pessoal do Tarará e o Fórum de Mulheres com Deficiência de Mossoró e Região, atra-vés do teatro, mas com ações, também, na área de música, dança, literatura e

fotografia. Serão três meses de encon-tros que culminarão em um espetáculo de teatro, que percorrerá as cidade de Apodi, Areia Branca, Baraúna, Gover-nador Dix-sept Rosado e Grossos. Em cada uma destas cidades, além do es-petáculo acontecerá um seminário de discussões acerca de questões relacio-nadas à acessibilidade. Nós ficaremos responsáveis pela montagem do es-petáculo e o Fórum de Mulheres pelo seminário, que contará também com uma exposição fotográfica do projeto.

Após a circulação por estas cidades, o projeto se encerrará em Mossoró, com a mesma programação desenvolvida nas cidades e com o lançamento de uma publicação impressa, ressaltando aspectos vivenciados no projeto. Acre-ditamos que vai ser algo marcante para o nosso grupo, pois nunca tive-mos uma experiência com um grupo de pessoas portadoras de deficiência. O espetáculo que iremos montar terá seu processo conduzido por nós, mas com atuação das mulheres do Fórum,

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entrevista

também. Será algo novo pra gente, mas estamos empolgados em saber que teremos um desafio pela frente. O projeto, acredito, começará a partir do mês de setembro, e contará com a par-ticipação de outros artistas que serão convidados por nós, para dar uma con-tribuição neste trabalho, que promete marcar. Uma coisa que temos em nos-sa cabeça é que o nosso grupo sempre teve um compromisso voltado para a qualidade do fazer teatral, e neste es-petáculo não será diferente. Queremos extrair, dentro das limitações físicas das integrantes, uma poesia sem limi-tes, porque a arte não tem limite por conta do físico. Faremos um espetáculo bonito, com qualidade, como fazemos todos os nossos trabalhos.

COMO se dá o envolvimento dos integrantes quando é preciso realizar e elaborar projetos visando levar tea-tro para cidades que não possuem es-paços para o teatro?

O NOSSO grupo é muito apegado ao encontro com o inusitado. Gostamos disso. Ir para cidades que têm pouco, ou nenhum, acesso às artes é desafia-dor porque não sabemos o que vamos encontrar, como vai ser. Eis uma grande diferença do teatro pra TV ou cinema. Impossível saber como será a apresen-tação, o encontro. Tudo é descoberta, é crescimento, todo mundo envelhece ao mesmo tempo, e nasce também, por-que o teatro promove isso com o artista e com seu público. Temos uma filosofia conosco de que o bom teatro funciona em qualquer lugar, mesmo que o es-petáculo tenha sido montado para um lugar diferente. O que mais precisamos é que o trabalho esteja vivo dentro das pessoas (quem atua e quem vê) e esta coisa viva chamada sensibilidade per-tence a todas as pessoas, seja quem for, esteja onde estiver, com o nível intelec-tual que possuir. Nós viajamos pra mui-tos lugares de nosso Brasil, mas nós te-mos uma responsabilidade com a nossa região, e por isso sempre colocamos as cidades menores de nosso Estado em nossos projetos. Sabemos, sem sombra de dúvidas, que somos importantes para elas, porque para muitos damos alegria, pra outros muitos damos acesso, para uns poucos causamos indiferença, mas tem pessoas que nos fazem sentir dan-do esperança, e isso é lindo! Saber que você deixa a vida das pessoas cheia de poesia. É algo que só dá pra sentir, não tem como explicar. Tudo isto encontra-mos com muito menos reservas nos pe-quenos municípios.

O GRUPO é muito atuante. São

projetos como estes que vêm dando sustentabilidade ao teatro do Tarará? Há muitos recursos em editais para os grupos que buscam?

É VERDADE. Somos atuantes sim. Estamos na ativa há quase dez anos e neste período todo, independente de qualquer turbulência ou momento difí-cil, jamais paramos de trabalhar. Recen-temente, em viagem ao Rio de Janeiro, o mestre Amir Haddad, depois de assis-tir a dois de nossos espetáculos, disse que tínhamos vocação para o trabalho. E temos mesmo. É o que mais fazemos. Temos um grupo onde todos os seus in-tegrantes vivem do próprio grupo. Não é fácil, mas estamos aqui, vivos, e fa-zendo uma arte de alta qualidade, não temos dúvidas disso. Como vivemos de teatro nos viramos de muitas formas para cumprirmos os nossos compro-missos financeiros, com temporadas de apresentações, participação em festi-vais e os editais, também, é claro. Eu

diria que é um leque de possibilidades que mantém o grupo, porque não nos apegamos a uma coisa apenas. E é desta forma que enfrentamos as dificuldades e até hoje estamos aqui, sem precisar, em nenhum momento, de abrir mão da pesquisa que mantemos, como grupo sério, com trabalho honesto, sem abrir mão do que queremos fazer em prol de atender ao mercado. Ao fazer a opção por um teatro de qualidade e sem com-promisso em atender ao mercado, e sim com o que julgamos ser necessário para melhorarmos a nossa sociedade, paga-mos um preço. Veja que no nosso grupo o que temos de mais precioso é o nosso nível de atuação. Não é nenhum con-vencimento, é a mais pura realidade: ver um ator de nosso grupo atuar é ter a certeza de que realmente estão vendo atores no pleno exercício de seu ofício, com consciência. Poderíamos ganhar rios de dinheiro se voltássemos o nos-so trabalho para o que o mercado pede, como stand-ups, espetáculos de impro-visação, comédias com o único intuito de fazer rir a todo custo. Mas não temos interesse nenhum em fazer isso. Não

está na nossa natureza, não é da gente. Mas qualquer um de nossos atores faria qualquer um deste tipo de trabalho que citei, perfeitamente. Mas, poucos que fazem este tipo de trabalho conseguem fazer o que fazemos. Para nos manter-mos desta forma é que se fazem impor-tantes programas de patrocínio como este do Banco do Nordeste e outros que existem através do Governo Federal, que não privilegiam o mercado, mas a pesquisa. Este é o papel do poder públi-co. Após o Governo Lula, que implantou a política dos editais, onde você con-corre em igualdade de condições com qualquer grupo brasileiro, aconteceram vários avanços, porque diminuiu muito a cultura do patrocínio público por ami-zade. Mas, ainda tem muito isso.

OUTROS grupos da cidade tam-bém foram contemplados com recur-sos quando antes poucos grupos con-seguiam. O que você acha que mudou para aumentar essa aprovação?

QUANTO ao Banco do Nordeste, por exemplo, o que acontece é que o Rio Grande do Norte, depois do Cea-rá, onde o BNB é sediado, é o Estado que mais envia projetos, o que con-sequentemente vai possibilitar mais aprovações. Mas acho até que regredi-mos um pouco no Ministério da Cultu-ra na gestão da Anna de Holanda. Ela não deu prosseguimento ao ritmo que estava estabelecido no Governo Lula, desde Gilberto Gil. Tudo diminuiu, a verba para a cultura, os editais, os fes-tivais. Mesmo assim ainda tem muita coisa acontecendo no plano federal. No plano estadual, a coisa está muito feia, porque há uma política de for-talecimento dos grandes eventos em detrimento dos editais que existiam para montagem e circulação de espe-táculos. O Governo do Estado lançou alguns editais este ano, mas sempre privilegiando os eventos, algo que a secretária Isaura Rosado gosta, mas que está prejudicando demais o cresci-mento dos pequenos grupos artísticos de nosso Estado. Veja que enquanto não existe um edital para montagem e circulação de espetáculos de grupos e artistas independentes, temos vá-rios para os autos. Há um edital para fortalecimento de autos já existentes e criação de novos, e ainda um outro que o artista pode ministrar oficinas em cidades do interior para participan-tes de autos. Acho que os autos podem existir, mas está estabelecida uma ver-dadeira política de pão e circo, com os editais que normalmente eram abertos para os nossos espetáculos, que ago-ra são destinados para os autos, que já

“Uma coisa que temos em nossa cabeça é que o nosso grupo sempre teve um compromisso voltado para a qualidade do fazer teatral

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dispunham de todos os patrocinadores através da Lei Câmara Cascudo. Consi-dero isto um crime contra a cultura de nosso Estado.

COMO foi a temporada de apresen-tações do grupo em Fortaleza?

EM FORTALEZA nos sentimos em casa, sempre, principalmente quando estamos no Centro Cultural Banco do Nordeste. Levamos os espetáculos Au-rora Boreal e Sem Palavras e ainda mi-nistrei uma oficina para 25 pessoas. E esta já foi a segunda vez que fomos a Fortaleza, neste ano, realizar atividades. No próximo final de semana já estarei por lá de novo, mantendo uns contatos para um projeto que vamos realizar ain-da neste ano, mas que é segredo por se tratar das comemorações dos 10 anos do grupo (em novembro próximo).

QUAIS são as peças que estão di-vulgando neste momento e em que cidades vão se apresentar?

ESTAMOS circulando com dois es-petáculos novos: Sem Palavras (uma comédia onde não utilizamos a lingua-gem verbal, abrimos mão dela) e Auro-ra Boreal, um espetáculo que estreará em Mossoró, em novembro, dentro das comemorações dos dez anos d’O Pes-soal do Tarará. Além disso, estamos recuperando o nosso repertório antigo e muito em breve as pessoas poderão conferir, de novo, O Pulo do Gato, O Inspetor Geraldo e A Peleja do Amor no Coração de Severino de Mossoró. Quanto às cidades que vamos nos apre-sentar são muitas, não paramos. Se não fossem nossas famílias que moram em Mossoró, poderíamos tranquilamente passar de seis a oito meses, viajando e se apresentando. Mas gostamos daqui e por isso ainda resistimos em Mos-soró. Somos importantes pra muita gente aqui na cidade e na região, e por isso precisamos estar sempre por aqui. Veja que agora ficaremos praticamen-te a primeira quinzena em Teresina, no Piauí (cidade que nos acolhe sem-pre com muito carinho) e em seguida estaremos no Rio de Janeiro para mais uma série de apresentações, que leva-rá a segunda quinzena de agosto.

COMO o grupo mantém seu ritmo de ensaios e como elabora um espetá-culo novo?

QUANDO estamos em Mossoró tra-balhamos em dois períodos, manhã e tarde, e às vezes à noite. Mas viajan-do, praticamente só apresentamos os espetáculos, porque não dá tempo de fazer outra coisa, porque é uma rotina

muito puxada e que encaramos com muita responsabilidade e disciplina. Já os espetáculos novos sempre aconte-cem da nossa necessidade de dizer algo naquele momento. Quando montamos um espetáculo ele vai refletir o que es-tamos vivendo, as nossas preocupações naquele período, os nossos sonhos. Não tem como ser de outra maneira, em nosso grupo. Se vamos montar, pergun-tamos como estão os nossos corações e aí eles respondem com o espetáculo. É parecido com uma conhecida frase de Jesus Cristo: “a boca fala do que o seu coração está cheio”. E é por isso que as-sisti a um de nossos trabalhos é certeza de ver algo vivo, forte, pulsante.

E SOBRE as políticas públicas mu-nicipais de fomento do teatro, o que tem a dizer?

ACHO que o maior avanço que temos é o Prêmio Fomento, onde você inscre-ve seu projeto, para os mais variados segmentos, e se for aprovado você tem aquele recurso garantido para realizá-lo. Nosso espetáculo Aurora Boreal ou Casca

de Noz foi contemplado com este projeto e fará apresentações dentro deste prêmio em novembro. A ideia é maravilhosa, mas o dinheiro é muito pouco. São 160 mil reais divididos para todos os segmen-tos artísticos de Mossoró. Poderíamos ter bem mais que isso, mas a Prefeitura de Mossoró passou três anos sem abrir este edital e quando abriu passou cinco meses, além do prazo, para pagar os re-cursos. Quer saber a importância deste Prêmio? É só fazer a conta da quantida-de de espetáculos que foram montados nos anos em que ele existiu (muitos) e comparar com os três anos que ele pas-sou parado (quase nada). Nossos gesto-res não fizeram esta conta, senão teriam fortalecido e aumentado os recursos do prêmio Fomento. Mas o que a gente viu foi um investimento maciço no Chuva de Bala e outros eventos do tipo. Não sou contra este tipo de evento, até porque já participei, e acho que ele tem o seu lugar. Mas da forma que está sendo feito hoje

em Mossoró está prejudicando os artistas e enganando a população, que em busca do pão e circo não consegue ler o que está por trás de todos aqueles efeitos: uma política devastadora que arrasa com as pequenas iniciativas que não encontram outras formas de sobreviver. Também te-mos uma Lei de Cultura que na prática não funciona e ainda por cima camufla. A prefeitura anuncia que os artistas de Mossoró têm quase 500 mil reais para seus projetos e a população acredita. É muito difícil você dizer o contrário e ser levado em consideração. Estes quase 500 mil que dizem que temos, se referem ao incentivo através de renúncia fiscal das empresas. E podem acreditar que não existe um projeto neste modelo de lei, que deixa a cultura na mão dos empre-sários, livrando as responsabilidades do poder público, que obteve sucesso.

PARA finalizar, o que move o Ta-rará?

A VONTADE de dizer algo, de fa-zer tudo melhor. O teatro nos permite isso. É um privilégio fazer teatro no mundo hoje. Assistir teatro no mundo de hoje também é privilégio, porque a poesia, a obra de arte, está cada vez mais difícil, e ele (o teatro) é tão vital quanto à segurança e à saúde. Mas é que só pode saber o real valor do tea-tro, uma sociedade educada. Seguimos assim, para contar as nossas histórias para alguém.

FIQUE à vontade para acrescentar o que achar necessário.

QUERIA convidar os mossoroenses para assistir aos nossos trabalhos que serão mostrados em Mossoró, apenas no mês de novembro, quando da pro-gramação de 10 anos do grupo. Mas enquanto isso, tem tanta gente se es-forçando nesta cidade para levar algo bonito, artístico, poético, para o públi-co. Vale muito criar o bom hábito de ir ao teatro. Eu me preocupo com o Teatro Municipal Dix-huit Rosado, que praticamente não serve para os grupos locais, pois não temos construído pla-teia para teatro ao longo de todos estes anos. É onde podemos ver que os au-tos deixam falsas impressões. Enquan-to temos milhares de pessoas para ver estes espetáculos, não conseguimos ainda ter uma plateia para assistir es-petáculos no teatro Dix-huit, a não ser que sejam os que contenham atores da Globo, ou algum tipo de humor ape-lativo. Quero também aproveitar para agradecer este espaço aberto para fa-lar, tão aberta e democraticamente, de nosso trabalho. Muito obrigado!

“Queremos extrair, dentro das limitações físicas das integrantes, uma poesia sem limites

entrevista

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Após 32 anos, o Rio Grande do Norte não tem um representante sequer nas Olimpíadas de Londres deste ano

Fora do sonho

olímpico

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Um Estado sem representante olímpico. Esse é o quadro do Rio Grande do Norte, que se

junta a Sergipe, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima e Tocantins, sendo um dos sete Estados sem qualquer atleta nos Jogos Olímpicos de Londres, que começa no dia 27 deste mês. A situação é nova para o RN, já que desde 1980 as Olimpíadas contavam com pelo menos um poti-guar.

A falta de representatividade é apon-tada pelos atletas pela inexistência de políticas públicas voltadas aos esportes olímpicos no RN. E não é uma reclamação recente. A maioria dos potiguares preci-sa emigrar para realizar o sonho de se tornar um atleta de alto rendimento. Dos cinco atletas do Rio Grande do Norte que já participaram dos jogos olímpicos, qua-tro deles deixaram o Estado ainda jo-vens.

A emigração vai desde Oscar Schmi-dt, o primeiro atleta olímpico potiguar, que nem chegou a sentir a falta de apoio no Rio Grande do Norte e deixou o Esta-do no início da década de 70, por conta de fatores externos. Quando tinha 13 anos de idade, a sua família teve de se transferir para Brasília (DF), por conta da transferência de emprego do pai. Oscar ainda nem era um aficionado por bas-quetebol na época, por isso se sente um leigo para falar sobre o incentivo ao es-porte no seu Estado natal.

O natalense se tornou um apaixona-do pelo basquetebol na capital do país e virou atleta de ponta rapidamente. Nove anos depois, participou das Olimpíadas de 1980.

E quando Oscar já se encontrava es-tável na Seleção Brasileira de Basquete-bol, os técnicos de categorias de base do voleibol brasileiro se encantavam com o talento de Virna Dias, a “Olívia Palito” do Colégio Maria Auxiliadora e da Seleção Norte-rio-grandense de Voleibol. Aos 15 anos, ele venceu a resistência dos pais, que foram convencidos de que o melhor para a atleta era treinar em outros cen-tros. Daí, em 1986 ela foi para o Rio de Janeiro, onde com pouco tempo se tor-nou atleta da Seleção Brasileira nas ca-tegorias de base e foi um passo natural para a atleta chegar aos Jogos Olímpicos em 1996. Defendendo o Brasil, Virna conquistou medalhas de bronze nas Olimpíadas de 1996 e 2000.

Além de terem deixado muito jovens o RN, Virna e Oscar também têm como vantagem o fato de participarem de es-

portes coletivos, cuja falta de apoio não é sentida, a partir da transferência para outros clubes, já que o incentivo é dividi-do entre todos, sem restrição de Estado.

O velocista Vicente Lenilson e a gi-nasta artística Ana Cláudia Silva também precisaram deixar o RN para realizar o sonho olímpico. Lenilson se despediu do Estado em 1997, quando estava próximo de completar 20 anos, e tinha começado no esporte havia poucos meses. Em 2000, ele atingiu o auge e conquistou uma medalha de prata no revezamento 4x100m (que está na Justiça para ser ouro, já que o norte-americano Tim Mon-tgomery confessou, em 2008, ter com-petido dopado, quando a sua equipe ganhou o ouro no revezamento).

Após a conquista da medalha de pra-ta, Lenilson esperava ganhar o reconhe-cimento do seu Estado. Entretanto, pas-sou onze meses sem receber salários devido a uma crise no Vasco da Gama, logo após a conquista e ainda não ganhou um apoio sequer do RN. Segundo ele, essa é até hoje a maior mágoa da carrei-ra, já que ele teve orgulho de dizer ao mundo que era de Currais Novos.

Ana Cláudia Silva deixou ainda mais jovem o Rio Grande do Norte. O pai da atleta, Cláudio Araújo, pediu demissão do emprego quando a menina tinha ain-da oito anos de idade e ela já era uma das maiores promessas da ginástica ar-tística. Aos 12 anos, em 2004, Ana Cláu-dia já era atleta da Seleção Brasileira e, aos 16, em 2008, foi finalista olímpica na prova Individual Geral e também na prova por equipes.

Cláudio Araújo afirma que todas as tentativas de conseguir apoio para a sua filha no Rio Grande do Norte foram frus-tradas.

“A justificativa é porque nós deixa-mos o Rio Grande do Norte. Mas, na ver-dade, o que queríamos era que o poder público entendesse que a imagem de Ana Cláudia Silva, de atleta olímpica, seria importante para trazer recursos e incentivar a ginástica artística no Estado. Na última vez que fomos ao Rio Grande do Norte, o que vimos foi a ginástica ar-tística minguando, praticamente inexis-tente no Estado”, disse Cláudio Araújo.

A LUTA DE QUEM FICOUMagnólia Figueiredo foi a única atle-

ta que conseguiu se tornar olímpica mo-rando em Natal. A fundista não sofreu com a falta de patrocínio, como os demais atletas. Ela até mesmo se culpa de não ter tido uma consciência política ante-riormente, já que tinha o patrocínio in-dividual e não buscava o mesmo para os esportes em si.

“Eu tinha o patrocínio individual, por ser a atleta mais conhecida, mas não ti-nha consciência política e não lutei para que esse apoio fosse geral”, disse a atle-ta, que participou das Olimpíadas de 88 e 96 e também foi convocada como re-serva em 2004.

Desde o tempo de jovem até a atua-lidade, Magnólia vê poucas mudanças no incentivo ao esporte. Segundo ela, falta apoio tanto do poder público muni-cipal, do estadual, como também da ini-ciativa privada. Figueiredo afirma que

CARLOS GUERRA JÚNIOREspecial para a revista Domingo

)) Oscar )) Virna

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capa

às vezes o culpado não são os gestores esportivos (ela foi Secretaria de Esportes do RN entre 2008 e 2012), já que, se-gundo ela, falta consciência da impor-tância de uma política pública voltada para os esportes. Como solução, a atleta está buscando investidores de outros estados, através de contatos que ela cul-tivou ao longo da carreira.

Atualmente, Magnólia e seu marido José Figueiredo gerenciam a carreira de Diego Cavalcanti. Esse atleta seria o úni-co representante do Rio Grande do Nor-te nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, caso não tivesse sofrido uma lesão no pé esquerdo. Ele treina no Estado e não tem apoio de Prefeitura de Natal, nem do Governo do Estado. O único pa-trocínio que lhe resta é da Universidade Potiguar (UnP), na qual ele já foi avisado que não haverá renovação.

“Não sei como será em 2013. Vai me restar o apoio da minha família e a ajuda da federação, vai ser muito pouco para me manter em um bom rendimento”, lamenta o atleta, lembrando que no pró-ximo ano irá participar do Campeonato Mundial.

E, aos 21 anos, ele é uma das maiores promessas do atletismo brasileiro. O ve-locista ganhou ainda mais credibilidade, perante a comissão técnica, após abdicar do sonho olímpico, por estar machucado. Ele abriu mão da vaga, pois sabia que se fosse para os Jogos, sem estar 100%, corria o risco de prejudicar a equipe bra-sileira. “Foi uma decisão difícil, mas eu vi que não tinha condições de dar o meu máximo, por isso, abdiquei da convoca-

ção. A comissão me elogiou por essa atitude, afirmando que eu mostrei ma-turidade”, comenta Diego, que já havia deixado de participar dos Jogos Pan-Americanos em 2011 também por conta de uma lesão. “Outros Jogos Pan-Ame-ricanos e Olimpíadas virão e essa dor vai valer a pena”.

EVASÃO ENTRE OS MAIS JOVENSOs jovens atletas que surgem no Rio

Grande do Norte já crescem sabendo sobre a falta de incentivo ao esporte local, por isso, seguem optando por deixar o Estado ainda jovens e lutar pelo sonho olímpico.

O interior de São Paulo é o lugar pre-ferido para esses aspirantes, uma vez que o estado conta com um calendário esportivo preenchido anualmente. Em Americana está a jovem mossoroense Alice Melo, que tem 17 anos e se tornou campeã brasileira já no primeiro ano competindo por São Paulo. Outro mos-soroense que preferiu se transferir para o interior paulista foi o lutador de ta-ekwondo Rodrigo Fortes, de 20 anos, que também se tornou campeão brasileiro em 2012, defendendo Piracicaba.

O ex-atleta olímpico Vicente Lenilson levou o conterrâneo Flávio Gustavo, de 18 anos, para Jacareí (SP). Lenilson é o treinador do jovem no interior paulista. Flávio ficou entre os oito melhores do Brasil nos 100m rasos e treinou com a equipe brasileira que irá para os Jogos Olímpicos, ficando próximo de conquis-tar a vaga.

No Rio de Janeiro se encontra Ema-nuel Borges, do remo, que treina no Bo-tafogo, e foi um dos atletas potiguares que mais se aproximaram do sonho olím-pico em 2012. Ele representou a seleção brasileira na seletiva da modalidade dou-ble skiff, ao lado do catarinense Diego Nazário, mas ficaram na quarta posição, em uma prova que classificava as três principais duplas para os Jogos Olímpi-cos. Entretanto, Emanuel afirma que já está treinando para competir em 2016.

Quem não pode sair em definitivo do RN é o nadador Marcos Macêdo. O atleta é estudante de Medicina da UFRN e não quer deixar o curso que lhe dá uma es-tabilidade bem mais garantida em rela-ção ao esporte. Em Natal, ele treina sem as condições ideais, se preparando em piscinas com dimensões amadoras e sem uma comissão técnica acompanhando.

Para amenizar, treinou no primeiro semestre de 2011 nos Estados Unidos, logo depois que passou no vestibular (para o segundo semestre) e melhorou bastante sua marca, sendo convocado para os Jogos Pan-Americanos de 2011. Entretanto, abdicou do evento, afirman-

do que havia retornado para Natal e que não teria condições de participar do re-vezamento 4x100m livre, correndo o risco de prejudicar a Seleção. À distância, Macêdo comemorou a medalha de ouro conquistada pelo Brasil. Em 2012, ele trancou o primeiro semestre da faculda-de e foi em busca do sonho olímpico. O atleta ficou a sete centésimos do índice no Troféu Maria Lenk. A vaga ficou com Glauber Silva, que depois foi pego no exame antidoping. Caso tivesse com ín-dice, Macêdo herdaria a vaga, por ser o próximo da fila.

“Faltou muito pouco. Tenho certeza que se tivesse ido treinar logo cedo em outros lugares, como tive convites, eu teria conseguido o índice. Infelizmente, ou felizmente, eu preferi não abdicar dos estudos. Pago o preço porque o Rio Gran-de do Norte não tem incentivo algum ao esporte e não conto com a estrutura mí-nima, desde o poder público, até a fede-ração local. Daí, resta treinar por conta própria, do jeito que dá. Mas acredito que vou conseguir participar dos Jogos do Rio em 2016”, planeja o atleta.

)) Diego Cavalcanti

)) Magnólia

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Sagrado Feminino

Formas do

Obras da artista plástica Ângela Felipe e poesias de Mary Ibanhes estão em exposição na pinacoteca potiguar em Natal.

exposição

'Não se nasce mulher. Torna-se'. A frase de Simone de Beauvoir reflete um trajeto

numa busca interior de identificação com “ser mulher”. A própria história de Si-mone, uma mulher que mudou as formas de ser e de dever ser da cultura do sécu-lo XX, tinha uma outra visão de mundo e do feminino. Entendeu que tornar-se mulher é um processo, uma construção de histórias, experiências, que reunidas fazem um sentido.

É com pensamento similar que a ar-

tista plástica Ângela Felipe traz a sua exposição denominada “Sagrado Femi-nino”, que está atualmente à mostra na Pinacoteca Potiguar, em Natal. Ela conta que buscou a inspiração para o conjunto do trabalho dentro de si e este surgiu como resultado de sua própria maturi-dade, de uma compreensão de que nos polos ou gênero, masculino e feminino, cada qual carrega em si uma natureza complexa, de igual importância para o desenvolvimento da humanidade.

“Esta é uma exposição onde evidencia

a mulher nas mais diversas situações, que transcende a igualdade de direitos e oportunidades em se tratando de gê-nero, vai mais longe, na essência da mu-lher, na realidade subjetiva que nos en-volve e que não é palpável. O resultado desse trabalho está sendo a somatória da minha compreensão em torno desse universo feminino”, ressalta a artista numa breve descrição do trabalho.

A importância desse trabalho está também no resgate de um feminino:

“Em uma sociedade onde o feminino

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exposição

se perdeu, ir de encontro a nossa natu-reza, precisa ser essa nossa próxima busca, senão estaremos condenadas a viver em um constante conflito. É com respeito e gratidão que olho para nossa história e pelas inegáveis conquistas até o momento. Mas ainda estamos muito confusas, com uma constante sensação de que o nosso psicológico nos diz que vivemos um outro tipo de infelicidade e parece ficar evidente que a próxima con-quista precisa ser de nós com nós mes-mas”, ressalta Ângela.

A ideia de usar a palavra sagrado por algum tempo foi motivo de dúvidas por parte da artista pelo peso do seu signi-ficado. No entanto, após decidir, a artis-ta conta que se sentiu plena:

“Relutei, mas depois que decidi fi-quei muito feliz com a escolha”, ressal-ta a artista, que vem se surpreendendo com a resposta do público em torno das vinte e seis telas expostas.

“Já recebi alguns convites para levar a exposição a outras capitais e estou aberta a estas propostas”, afirma.

As telas trazem imagens que lem-bram o feminino em diferentes contex-tos, utilizando-se das cores e dos traços em curvas que imprimem delicadeza e suavidade.

Ângela até gostaria de trazer a ex-posição a Mossoró, sabendo que a cida-de dispõe de um espaço excelente para as telas. “Se houver proposta para levar as telas a Mossoró, seria interessante”, coloca.

Cada tela acompanha um poema fei-to pela poetisa Mary Ibanhes que ex-pressam o sentimento perante cada obra.

A exposição “O Sagrado Feminino” está acontecendo na Pinacoteca Poti-guar, Praça 7 de Setembro, Cidade Alta, Natal, e seguirá até o dia 5 de agosto.

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xAqui vai uma pergunta para aqueles que não estão mui-to contentes no trabalho: qual dessas coisas tem uma maior chance de te deixar mais feliz no âmbito profis-

sional? (A) Conseguir uma promoção, (B) focar nos aspectos po-sitivos do seu emprego e tentar ignorar os negativos, ou (C) ir embora e tentar o ‘emprego dos sonhos’ em algum outro lugar? De acordo com Srikumar Rao, autor de Happiness at Work(Felicidade no Trabalho, em português), a resposta correta não é nenhuma dessas. Segundo ele, em entrevista a Forbes, o único grande obstáculo para a felicidade no trabalho é acreditarmos que somos prisioneiros das circunstâncias, impotentes diante das coisas que acontecem conosco. E para realizar mudanças, diz Rao, você de-ve mudar o jeito de pensar sobre seu trabalho. O especialista afirma que a ambição impede a felicidade quando empregamos o modelo do ”se/então”: Se eu conseguir a promoção, então eu vou ser feliz. Uma perspectiva mais saudável é pensar “Eu tenho uma grande visão e vou tentar o meu melhor para fazê-la funcio-nar. Se eu conseguir, ótimo. Se não, ótimo também. Meu propó-sito é dar o meu melhor”. Abaixo, listamos 10 passos que podem te ajudar a ser feliz no trabalho:

RAFAEL DEMETRIUS

Os melhores espaços para as reuniões de seus funcionários estão na META. Alugue salas ou excelente Auditório pelo menor preço. Ligue 84 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected] e faça sua inscrição.

quando algo ruim acontecer, não se castigue. Ao invés disso, es-teja ciente sobre o erro sem julgar-se. Aprenda com a situação, evolua, procure não cometer novamente o mesmo erro e agradeça pelo aprendizado.

a chave para ser feliz no trabalho é deixar os rancores. É difícil, mas com a prática você pega o jeito, e aprende que guardar rancor só faz mal a uma pessoa: Você mesmo.

claro, você pode fantasiar sobre um ‘trabalho dos sonhos’, que pague bem e permita que você faça algum tipo de trabalho social, bem como com colegas brilhantes e simpáticos. Mas não devemos procurar essa posição perfeita, ou mesmo acreditar que ela exista, porque definitivamente esse trabalho sem problemas não existe.

Se nos tornarmos executivos, então vamos ser felizes. Se fizer-mos um salário de seis dígitos, então vamos ser felizes. Não há nada que você tem que ter, fazer ou ser para ser feliz, seja feliz por existir e agradeça por tudo que tem.

desenvolver muitas atividades ao mesmo tempo significa que você faz muitas coisas mal e, consequentemente, leva mais tem-po para fazê-las. Procure concentrar-se em algo, faça bem feito, termine e depois faça outra coisa.

Começa na segunda-feira na META, das 19h às 22h, o curso prático de gestão de pessoas. Aprenda tudo para turbinar a sua equipe. Ligue 84 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected] e faça sua inscrição, as vagas são limi-tadas.

embora muito do trabalho que façamos seja independente de outros, uma empresa é feita de um time. Ajude seu colega, gen-tileza gera gentileza, e as pessoas tendem a refletir o seu com-portamento.

essa é a capacidade de se recuperar rapidamente da adversidade. Passamos muito tempo em desnecessária autorrecriminação e cul-pando os outros, não precisamos disso.

Quando você está com ciúmes, está dizendo que o universo é limi-tado e não há sucesso suficiente nele para você, espelhe-se em alguém mas não sinta inveja jamais.

se você parar para pensar, vai notar que a maioria dos problemas que o manteve acordado há dez anos desapareceu. Muito do que te incomoda hoje também vai desaparecer. Perceber isso pode te ajudar a ganhar perspectiva.

Os resultados estão além de seu controle. Você pode configurar sua decepção ao se concentrar demais no que você espera alcançar, ao invés de como você pretende chegar lá. Sempre faça o seu melhor, o resultado será consequência.

Locação de Salas

1. Evite os rótulos “bom” e “mau”:

3. Deixe os ressentimentos de lado:

5. Encontre a paixão em você e não no seu trabalho:

7. Exclua o modelo “se/então” de felicidade:

10. Troque as muitas tarefas pela concentração:

Curso de Gestão de Pessoas

9. Pense nos outros:

2. Pratique a “resistência extrema”:

4. Não perca tempo sendo invejoso:

6. Imagine-se há 10 anos e daqui a 10 anos:

8. Invista no processo, não nos resultados:

10 dicas para ser feliz no trabalho

sua carreira

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DR. HALLISON CASTRO*

Os cálculos renais possuem uma incidência alta em nossa população, principalmente,

nas regiões de clima quente e seco. As pessoas transpiram e desidratam com mais facilidade, tornando a urina muito concentrada. Isto favorece a formação de cálculos. A pouca ingestão de água estão entre os causadores da doença, bem como o excesso de cálcio na urina e outros distúrbios metabólicos.

O sintoma mais comum é a dor in-tensa nas costas. Ela irradia para barri-ga e órgãos genitais. Em alguns casos, há sangramento e ardência na urina, náusea e vômitos. Se houver infecção urinária, o paciente sentirá febre. O diagnóstico é realizado através de exa-mes de imagem como raio-x, ultrassom e tomografia. Eles servem para identi-ficar a pedra nos rins, determinar o seu tamanho e sua posição, e verificar se existe alguma infecção associada.

Há várias formas de tratar a doença dependendo do tamanho e posição do cálculo. Em Mossoró, já dispomos de uma nova tecnologia existente em gran-des centros do país para tratamento do cálculo acima de 2 cm. O uso do nefros-cópio, aparelho conectado a uma câme-ra que é introduzida dentro do rim, pos-sibilita remover o cálculo através de um pequeno furo de 1 cm. Dessa forma, po-demos retirá-lo sem realizar grandes cortes. O procedimento beneficia o pa-ciente operado, pois tudo é feito através do pequeno furo. Ele sente menos dor depois da cirurgia, a recuperação e alta hospitalar são mais rápidas e o retorno as atividades normais acontece em pou-cos dias.

Em tempos de calor, a pessoa transpi-ra mais, perde mais água. A urina fica mais concentrada e a possibilidade de formar cálculos é maior. Por isso, beba muita água

Novas tecnologias no tratamento do cálculo renal )(

e hidrate o seu corpo. Recomendo que a ingestão seja homogênea durante o dia.

Cuide da sua saúde e repasse essa infor-mação para os amigos e familiares.

* Dr. Hallison Castro, (CRM/RN 6878) é urologista pela Santa Casa de São Paulo e titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Atende há seis meses na cidade de Mossoró, na Clínica Oitava Rosado e na CEMED.

artigo

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Você já ouviu falar na My Sweet Brigadeiro? Essa é uma deliciosa marca criada pela Paula Barbosa, ex-produ-tora de moda que foi morar em Nova York no ano de 2010. O seu negócio surgiu quase que por acaso, como presente de aniversário para uma amiga. Na festa, to-dos se encantaram com os doces de Paula e surgiram inúmeros pedidos, que resultaram na criação da em-presa. Paula, hoje, trabalha com uma sócia em Nova York na empresa My Sweet Brigadeiro, e na cozinha do Battery Place Market algumas vezes por semana. Além de receber pedidos para festas e eventos. Acessem o site e façam as suas encomendas: http://mysweet.com/ ou @mysweetcom.

O Feijão com Rock definitivamente superou expectati-vas. Quem foi, adorou. Os comentários foram bem positivos e eu e Eduardo Pedrosa ficamos muito felizes com o resultado. 30 de Outubro e SevenTwo fizeram a galera se mexer com um bom rock, embalando hits nacionais e internacionais. A DJ Luciana Lins não deix-ou ninguém parado e foi um dos destaques da festa: a galera pediu pra que ela finalizasse a noite! A feijoada do Impacto Buffet impecável! Agora o que mais chamou atenção foi o bolo em formato de guitarra – que só foi cortado e servido no final da festa, fazendo a alegria de poucos. Obrigado também a Creatoris Mater, que im-primiu os belos convites. Dica: a próxima vem aí!

My Sweet Brigadeiro

Feijão com Rock

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DAVI MOURA

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Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

O Seu Marza se apresenta como uma boa opção de local para Happy Hour, especialmente por sua enorme var-iedade de petiscos. A chef Marina Dias busca boas referências em todo Brasil. A última aquisição foi o Pastel de Bacalhau, que é famoso no Mercado Modelo em São Paulo, sendo inspiração para botecos em todo o país. A sugestão de consumo é sempre com algo ge-lado para combinar com o calor da nossa região, seja uma cerveja, um refrigerante ou um suco refrescante. Ah, e ainda tem uma dica: Marina confeccionou um azeite delicioso com várias especiarias que dá um toque perfeito ao pastel. Visite o Seu Marza na R. Amaro Du-arte, 450, Nova Betânia – (084) 3316-2516.

Para aproveitar as férias, nada melhor do que praia e boa comida, não é mesmo? Uma ótima dica é o Restau-rante Bahamas, da dona Marismar, que fica logo na entrada da cidade de Grossos. Lá na dona Marismar tem peixe, com preços a partir de R$ 18,00, que vão aumentando conforme o tamanho do peixe. Tem, tam-bém, opção da carne, que vem com acompanhamentos como o baião de dois e a salada. Não esquecendo o delicioso caranguejo que acompanha um pirão, e dos camarões bem gostosos, bem temperados, acompan-hados por limão e farofa. Olha que delícia! Curtiu? Se topar, corre até Grossos-RN. Fica logo na entrada da cidade, vindo de Tibau: viu o “barco a vela” com o nome Bahamas, não tem erro! Contato: (84) 8742 0360

O Ministério da Saúde considera alimento integral aquele que sua estrutura não foi alterada, mantendo integridade de seus nutrientes sem perder os valores quantitativos e qualitativos. E por isso muitos se con-fundem com a grande oferta de opções de integrais na prateleira. Considere um pão, biscoito ou macarrão in-tegral aquele que contiver na sua composição farinha de trigo integral, e melhor ainda, se não tiver associado à farinha de trigo refinada. Não se deixe enganar: es-colha aqueles alimentos que contenham 100% de farin-ha integral na sua composição, assim você não compra gato por lebre e mantém a dieta direitinho.Dica da Kaline Melo, que escreve na coluna Dica da Nutricionista no adorocomer.com

Pastel de bacalhau no Seu Marza

Restaurante Bahamas

Alimentos Integrais

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adoro comer

INGREDIENTES

• 3 batatas médias• Meio copo de requeijão• Pitadas de orégano• Tomate cereja ou tomate seco• Molho branco com champignons (pode encontrar pronto já no supermercado, é só mexer com leite e misturar os champignons até dar o ponto)• Pimentão em pedacinhos e azeitona para decoração• Muçarela para gratinar

MODO DE FAZER

• Deixe as batatas cozinhando até que fiquem molinhas;• Tire toda a casca e amasse-as com um garfo;• Acrescente orégano, o requeijão e o tomate cereja (ou seco) cortado em pedaços pequenos;• Em um copo de coquetel, coloque a mistura e despeje o molho branco por cima;• Acrescente o muçarela e leve ao micro-ondas por cerca de 2 minutos para gratinar;• Decore com o pimentão, azeitona e orégano.

Purê gourmet

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