revista de domingo nº 631

16

Upload: jornal-de-fato

Post on 24-Mar-2016

216 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista semanal do Jornal de Fato

TRANSCRIPT

Page 1: Revista de Domingo nº 631
Page 2: Revista de Domingo nº 631

Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Editor interino – José De Paiva Rebouças• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Gildo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

A capa desta edição é um sopro de esperança. Está provado que os grandes países superaram as de-sigualdades sociais e econômicas através da edu-

cação. Acredita-se que um povo mais educado é mais cons-ciente e, portanto, mais cidadão. A reportagem de capa tem a intensão de contribuir com isso, mostrando que, embora falte muito para melhorar a educação no Brasil, é possível fazer a diferença com pequenas ações, algumas delas no campo da moral e da responsabilidade. Pesquisa do Obser-vatório da Educação do RN mostra que as escolas com me-lhores Índices de Desenvolvimento na Educação Básica primaram pela organização, reavaliação dos currículos, mas, principalmente, depois que assumiram a responsabilidade de fazer a diferença.

Conversando com alguns dos educadores que partici-param desse processo, ouvimos mais de uma vez eles di-zendo que, mudando os resultados da escola, fica mais fácil conseguir melhorias estruturais para o prédio. Hoje, além do piso nacional que está mudando gradativamente a situ-ação financeira dos professores, as escolas públicas pos-suem laboratórios de informática, bibliotecas, internet e uma série de equipamentos importantes para a atualização da comunidade escolar. As escolas também já possuem al-guma autonomia financeira, graças ao Caixa Escolar, ad-vindo do Programa Dinheiro Direto na Escoa (PDDE).

Longe de esse editor transferir responsabilidades, mas vejo aqui uma enorme possibilidade de mudança não ape-nas na educação, mas no Brasil como um todo. Lembro-me de uma campanha em que artistas apareciam na televisão vestindo a camisa da educação, e os resultados do Ideb têm restabelecido essa necessidade. Vamos todos vestir essa camisa e colher, mais rápido do que imaginamos, os grandes resultados da educação.

JOSÉ DE PAIVA REBOUÇASEditor interino.

editorial

A hora da revolução

2

O a

dvog

ado

Lin

doca

stro

N

ogu

eira

fala

sob

re a

po

ssib

ilida

de d

e re

ssar

cim

ento

de

din

hei

ro

perd

ido

para

o g

over

no.

En

tre

vis

ta

Emagrecer?

Colunista Davi Moura: Sinfonia de chocolate

Conheça o mossoroense Gilberto Teixeira, o CaraForró, e sua luta pela preservação da cultura nordestina no Rio de Janeiro.

Rafael Demetrius: Como influenciar pessoas no trabalho

Adoro comer

Etsedron

Sua carreira

p4

p14

p6

p 13

p10

Os perigos das dietas restritivas que podem provocar doenças sérias

Page 3: Revista de Domingo nº 631

3Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

JOSÉ NICODEMOS*

conto

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

NA lanchonete, cheia. Entro com meu jornal debaixo do braço. Corro os olhos pelo

ambiente, dou com uma mesa desocu-pada, ao fundo. Por favor, um suco de laranja. A moça que servia às mesas per-guntou se eu queria mais alguma coisa, pastel feito na hora. Não.

Enquanto não era servido, ponho-me a ler o meu jornal. Depois de pular o noticiário político, é claro. Esses políticos me enojam. Todos farinhas do mesmo saco. Não presta um, um só, que dê pa-ra fazer um chá. .

O suco demorando. Aí, faço um sinal característico para a moça servindo às mesas, e ela foi apressar o serviço. En-costei o jornal e deixei que meus olhos bisbilhoteiros dessem uma voltinha ali em redor. E de repente me chama a aten-ção uma senhora muito bem vestida, com os dedos cheios de anéis cada qual o mais bonito. Era, ela, desse bom pare-cer de gente da alta sociedade. Anacro-nismo? Nem sei. Vá lá.

E a madame me chamou mais a aten-ção, ou a curiosidade, se preferirem, pelos gestos feitos de despistes para um rapaz elegante duas mesas adiante da mesa dela. Os olhares se cruzando do jeito mais fácil de entender tudo, sabem como são essas coisas. .

“Desculpe a demora” – falou a moça

A madame dos anéis

trazendo-me o suco de laranja, pouco gelo, como recomendei. E eu ali sem tirar os olhos de cima da madame com seus gestos feitos de despistes. O rapaz, por sua vez, correspondia, com jeito. Entre os dois, uma perfeita linguagem gestual. Deu-se que encabulei ao perceber que ali ninguém notava nada, sentindo-me um pouco ridículo. Talvez maldoso.

Mais tarde, ele saiu primeiro, indo postar-se no meio-fio da calçada, disfar-çando. Com pouco, ela saiu também,

depois de dar uns retoques no cabelo, com as pontas dos dedos só anéis de to-do feitio. Entrou no carro, rodou a chave na ignição, abriu a porta do lado do mo-torista, o rapaz entrou bem ligeiro, se ninguém o observasse. .

Por trás do vidro da porta da rua, o dono da lanchonete olhava a cena, ar discreto. O carro partiu, e o dono do am-biente, voltando às suas ocupações, mal disfarçava um riso maroto nos olhos e à flor dos lábios. . .

E de repente me chama a atenção uma senhora muito bem vestida, com os dedos cheios de anéis cada qual o mais bonito.

Page 4: Revista de Domingo nº 631

4 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

entrevista

LINDOCASTRO NOGUEIRA

Por José DE PAIvA REbouçAsEspecial para Revista de Domingo

“A tendência é o ganho de causa”

A próxima quarta-feira, 27, vai ser decisiva para mais de 390 mil processos decorrentes das per-

das pela correção monetária de depósi-tos em caderneta de poupança nos pla-nos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II - que vigoraram entre 1986 e 1991. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar quatro recursos ex-traordinários e uma Arguição de Des-cumprimento de Preceito Fundamental, gerando impacto em milhares de pro-cessos, com efeitos inclusive sobre quem não tem ação na Justiça. Recen-temente, foi descoberto que houve erro na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e que teve carteira assinada entre 1999 e 2013 e pode requerer a diferença. Sobre esses assuntos, DOMINGO conversou com o advogado Lindocastro Nogueira, um dos profissionais mais respeitados nes-sa área.

DOMINGO – Começando pela ques-tão da poupança, quais as chances de os bancos devolverem o dinheiro dos correntistas?

LINDOCASTRO NOGUEIRA – As chances são muito boas. A tendência é o STF manter a sua jurisprudência que é totalmente favorável aos correntistas da caderneta de poupança, que é o in-vestimento mais popular do Brasil. A decisão favorável do STF vai fortalecer cada vez mais este tipo de investimen-to popular muito significativo para a economia do Brasil. Inclusive, na úl-tima quarta-feira, 20, o STF declarou inconstitucional a correção fixada no Plano Verão, para fins tributário (pa-gamento de imposto), ou seja, benefí-cio dos empresários. Então, como não pode ser inconstitucional para os em-presários e constitucional para os tra-

Page 5: Revista de Domingo nº 631

5Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

entrevista

balhadores, a tendência é o ganho de causa também pelos correntistas.

A CONFEDERAÇÃO Nacional do Sistema Financeiro (CONSIF), que de-fende os bancos, alega que as regras antigas passam a não valer mais quan-do o Estado decide mudar indexadores de contratos. Quais as possibilidades de os bancos vencerem novamente?

TODOS nós temos a obrigação de respeitar a Constituição do Brasil, in-clusive os bancos. Regras mesmo an-tigas, se inconstitucionais, devem ser corrigidas para reparar os danos cau-sados. Caso isso não ocorra, é apro-priação indevida dos bancos.

SEGUNDO estimativa do Banco Central, os bancos podem perder algo em torno de R$ 105,9 bilhões, caso a Corte dê vitória aos poupadores. Quem, nesse caso, teria direito a esses recursos?

NA VERDADE, os bancos não vão perder nada. Esse dinheiro não perten-ce aos bancos, mas, sim, aos correntis-tas. Os bancos são apenas depositários dos valores que pertencem verdadei-ramente aos correntistas. Quem ti-nha saldo na poupança nos meses de: janeiro de 1989, fevereiro de 1989 e abril de 1990.

CASO passe no STF, será uma deci-são automática ou o correntista preci-sará entrar com outra ação pela garan-tia do direito?

NA VERDADE, já existem milhares de ações em tramitação. Será necessá-rio o ingresso de ação individual, mas existe possibilidade de acordo com o

julgamento favorável do STF.

O GOVERNO não já havia pago al-guma coisa relativa a esses planos aos correntistas atingidos?

JÁ PAGOU somente com relação ao saldo da conta do FGTS. Referente à poupança, nunca foi pago nada. Quem deve pagar são os bancos e não o Go-verno.

A OUTRA notícia que interessa ao contribuinte é a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com o JusBrasil, houve uma deterioração muito significativa na correção desse benefício entre os anos de 1999 e 2013. Isso significa que o trabalhador terá direito a receber essa diferença?

É UMA nova tese que tem sido aca-tada na primeira instancia judicial, com muita chance de confirmação, já que se baseia em decisão de caso se-melhante pelo STF.

NESSE caso, repetindo a pergun-ta feita para o assunto anterior, quem tem direito a essa correção e o que deve fazer para recebê-la?

TODO trabalhador que possui con-ta no FGTS, mesmo quem já sacou o saldo. É necessário pegar extrato ana-lítico do FGTS na Caixa, para fins de fazer o cálculo do valor devido.

JÁ EXISTEM ações vencedoras nessa questão? Alguém já recebeu a diferença a que tem direito?

JÁ EXISTEM milhares de ação em tramitação, mas com julgamento ape-nas de primeiro grau.

Editoria de Arte: Neto Silva

Page 6: Revista de Domingo nº 631

6 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Idealizador do personagem Cara-Forró, o compositor, escritor, pro-dutor cultural e jornalista mosso-

roense Gilberto Teixeira foi para o Rio de Janeiro nos anos 80, para reforçar o mo-vimento de preservação e divulgação da cultura nordestina. Entre as lutas, a ban-deira principal focava o seu principal reduto, a Feira Nordestina de São Cris-tóvão, que funcionava no entorno do velho Pavilhão, antigo centro de conven-ções, desde 1945. A partir de 1998, Gil-berto e outros nordestinos encamparam a luta para que o espaço sem uso desse lugar à feira. A resistência demorou até 2003, quando da instalação da nova fei-ra, que passou a ser chamada de “Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas”,

gerando mais receitas e empregos à co-munidade nordestina.

Hoje, reconhecido como o maior po-lo cultural dos conterrâneos fora do Nor-deste, trezentas mil pessoas passam todos os meses para apreciar a sua culi-nária típica, seu artesanato, sua litera-tura de cordel, os repentes e a música dos sertões em seus dois palcos princi-pais (João do Vale e Jackson do Pandeiro). No mesmo ano em que a Feira de São Cristóvão mudou-se definitivamente pa-ra o interior do Pavilhão, Gilberto Teixei-ra criou o “Jornal da Feira”, tabloide mensal gratuito, no qual são registrados os acontecimentos e personagens mar-cantes que perpetuaram a memória da Feira Nordestina do Rio de Janeiro. Em

A trajetória de um mossoroense que vai para o Sudeste defender a cultura nordestina e reinventar o Rio de Janeiro

Etsedron

Arte

2005, atuou como diretor da feira e de-pois como diretor de marketing.

Antes, em 2000, ele gravou o CD O Forró da Feira 1, com a participação de Tânia Alves, dois anos mais tarde o For-ró da Feira 2 foi produzido por Robertinho do Recife, com participação de Zé Rama-lho. Porém, o seu projeto mais significa-tivo para a memória da Feira de São Cris-tóvão começou em 2011, com a publica-ção da série Etsedron, contos e cantos da Feira de São Cristóvão, que tem a inten-são de resgatar a história da feira através de crônicas. Agora, em 2013, saiu o se-gundo, com o título A arte da feira, que destaca os segmentos artísticos da fei-ra.

Na última semana, Gilberto voltou a Mossoró, para ampliar a divulgação de seu trabalho. Dessa vez, ele já vinha de uma excursão pelo Norte, onde foi procurar outros nordestinos. O seu retorno tem o propósito principal de fortalecer a imagem do Nordeste em seu imaginário e acres-centar mais realidade em sua arte.

Etsedron

Page 7: Revista de Domingo nº 631

7Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Educação

Escola do presente.Educação do futuro.

Pesquisa revela que futuro da educação depende principalmente da vontade política e profissional e da boa qualidade da equipe pedagógica

O que vem a sua mente quando o assunto é educação pública: gente desestimulada, baixos

salários e péssimas condições das esco-las? E se eu disser que isso está mudan-do? Pois está. Talvez não da maneira como se imagine, com a revolução que se espera, mas a educação pública bra-sileira vive um novo momento e tem tu-do para, tão logo, se tornar também re-ferência no mundo. Pesquisa desenvol-vida pelo Observatório da Educação em parceria pelo Instituto de Desenvolvi-mento da Educação (IDE) e o Sindicato das Indústrias de Construção Civil (Sin-duscon/RN), mostra que a mudança da educação começa na vontade dos gover-nos e das equipes pedagógicas. E acre-ditem: a falta de estrutura não está entre os itens mais citados.

O estudo buscou dar sentido aos re-sultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgados pelo INEP/MEC, ainda no ano de 2011 e, para isso, mapeou as escolas estaduais e municipais do Rio Grande do Norte que atingiram médias a partir de 5,0 e as es-colas estaduais e municipais, localizadas em Natal, com médias 3,0 e menos. O levantamento, revela que em todo o Es-tado apenas 51 escolas de ensino funda-mental da rede pública – estadual e mu-nicipal – alcançaram Ideb a partir de 5,0.

De acordo com a pesquisa aplicada nestas instituições, o principal fator que contribui para o bom desempenho esco-lar é a qualidade da equipe pedagógica, o que representou 68,3%, seguido pelo projeto político-pedagógico (29,4%) tido

como relevante pelas escolas pesquisa-das.

Os projetos de leitura e de produção textual (21,6%) desenvolvidos no am-biente escolar também foram classifica-dos como determinantes para a melhoria na qualidade do Índice. O compromisso da instituição (19,6%) e a participação da família (15,7%) aparecem em quarto e quinto lugares entre os pontos fortes destacados pelos gestores das escolas.

Por outro lado, a falta de professores e o desinteresse dos alunos são os dois principais problemas que comprometem os desempenhos das escolas, represen-tando, respectivamente, 35,9% e 28,2%, de acordo com os gestores das escolas pesquisadas. A desmotivação dos pro-fessores (25,6%) e falta de acompanha-mento dos pais (17,9%) também apare-cem entre os principais motivos. Consi-derando apenas as escolas de Natal, segundo dados do último Ideb (2011), há 39 escolas de ensino fundamental, entre a rede estadual e municipal, com Índice 3,0 e menos. Em oito destas, essa média foi atingida nos anos iniciais (5º ano) e repetiu-se nos anos finais (9º ano) do

Page 8: Revista de Domingo nº 631

8 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Educação

ensino fundamental. Para Cláudia Santa Rosa diretora exe-

cutiva do IDE, a pesquisa é serve de es-pelho para o futuro. “Aprendermos com as escolas que alcançaram índices mais altos e também com aquelas com índices mais baixos é fundamental para a pro-moção de políticas públicas que fortale-çam todas as escolas. Sabermos o que os gestores identificam como pontos fortes e também os problemas que enfrentam, é valioso”, afirma.

sobRE o IDEb É importante lembrar que o Ideb tra-

balha com uma escala de 0 a 10 e a me-ta do Brasil é que até o ano de 2020 a média das escolas seja superior a 6 com-patível com países de primeiro mundo. Quando o Ideb foi criado, em 2007, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede de ensino. Entretanto, Cláu-dia Santa Rosa alerta que há muitas de-sigualdades. “No Rio Grande do Norte temos o caso de um município que a me-ta da sua educação para 2020 é 3,1 e isso é inaceitável. Por mais que o país atinja uma média 6,0 não estaremos com a questão resolvida enquanto escolas, isoladamente, tiverem médias módicas”, disse Cláudia Santa Rosa.

O Índice de Desenvolvimento da Edu-cação Básica (Ideb) é um indicador geral da educação. Criado em 2007, ele é cal-culado a cada dois anos com base no de-sempenho dos alunos na Prova Brasil e na taxa de aprovação das escolas. O ob-jetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, foi de que todas as escolas devem contribuir para o Brasil atingir níveis educacionais de países desenvol-vidos, até 2020.

PRovA bRAsILA Prova Brasil, realizada até o último

dia 21, composta por exames de leitura e matemática, foi feita por, aproximada-mente, 4,7 milhões de estudantes de todo país. Este ano participaram escolas com pelo menos 20 estudantes matricu-lados em turmas do quinto e do nono anos (4ª e 8ª séries) do ensino fundamen-tal regular de escolas públicas das zonas urbana e rural. A última aplicação da Prova Brasil ocorreu em novembro de 2011, para 4,2 milhões de estudantes.

# Destaque

Veja a lista das escolas pesquisadas no site do observatório da Educação do RN

www.observatoriodaeducacaodorn.org.br

))Em 2008, a Escola Municipal Ma-

noel Assis, em Mossoró, corria o risco de fechar por falta de alunos. Sua ava-liação vinha de um 2.9 (Ideb) em 2005 e, embora tivesse melhorando, era difícil mantê-la funcionando com apenas 120 alunos. Foi aí que a Pre-feitura iniciou um processo de refor-mulação estrutural das escolas, fe-chando algumas e promovendo a fusão com outras. A Manoel Assis re-cebeu os alunos da José Alves Sobri-nho, que foi extinta e, já no ano se-guinte, em 2009, apresentava um Ideb de 5.6. Hoje, com 557 vagas, a escola não tem como atender a de-manda e o resultado é uma longa lis-ta de espera. Além disso, o índice atual é 6.2, acima da meta nacional prevista para 2020.

De acordo com a diretora Gerusa Gomez, não há segredo para esse re-sultado. “Tudo se baseia no trabalho da equipe, em todas as instâncias, do projeto pedagógico planejado e das metas”, disse. Além disso, a valoriza-ção do professor pelo município é cita-da como algo fundamental para manter a coisa funcionando e as metas futuras. “Queremos alcançar a média 7 na pró-

xima avaliação”, enfatiza Gerusa.DOMINGO visitou a sala da pro-

fessora Carmina Luzia Nobrega da Costa, premiada como a melhor pro-fessora, para entender um pouco mais sobre o processo de educação. Cha-mou atenção a disposição dos alunos da educação infantil, que estavam sentados em círculos, todos concen-trados nas atividades realizadas com simples cadernos e desenhos mal xe-rocados. Com uma média de 6 anos, todos da sala já sabem ler e escrever e demonstram muita interatividade com as atividades da professora, que procura trabalhar baseada na educa-ção contextualizada, tendo como ba-se o construtivismo.

Foram os alunos que ajudaram a explicar uma das propostas da pro-fessora Carmina de ensinar a partir de uma brincadeira baseada em um supermercado. Ela pediu que cada um trouxesse de casa uma embalagem de qualquer produto e criou um caixa com dinheiro de brincadeira. Dessa maneira, ela vai desenvolvendo a ca-pacidade do estudante de calcular e de interagir com o mercado, além de compreender sobre economia.

Planejamento leva escola a alcançar meta prevista para 2020

Page 9: Revista de Domingo nº 631

9Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Educação

))

))))

Algumas das mudanças mais signi-ficativas da atual educação de Mossoró começaram na gestão de Francisco Car-los, quando ele foi secretário de Cida-dania do governo Fafá Rosado. Em 2008, ele propôs a reordenação e fusão das escolas, implantou a Lei de Respon-sabilidade Educacional que ampliou de 25% para 30% (gradativos) os investi-mentos para o setor. Como se não bas-tasse a audácia, ainda implantou o 14º salário para os professores das escolas que alcancem as metas educacionais baseadas na Prova Brasil e no Ideb.

A partir destas iniciativas, por exemplo, além do 14º salário, a Escola Manoel Assis premia o melhor profes-

sor, o melhor servidor e o melhor aluno, medidas que ajudam na consolidação dos resultados, segundo a diretora Ge-rusa Gomez. Para ela, outro fator im-portante é o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PC-CR) que, além de cumprir as metas sa-lariais, respeitam automaticamente as progressões vertical e horizontal.

A secretária de Educação da gestão Cláudia Regina, Ieda Chaves, conside-ra que os resultados bons do Ideb das escolas municipais de Mossoró são con-quistados em função de uma política da meritocracia, incentivo da gestão de-mocrática e da união das equipes. “As-sim estimula-se que todos queiram ser

À primeira vista, a Escola Municipal 12 de Outubro, em Apodi, não tem muitas referências. Sediada em um prédio muito simples e localizada em um bairro ainda estigmatizado pela violência, ela foi su-plantada pelas escolas privadas da cidade até conquistar o maior Índice de Desen-volvimento Escolar (Ideb) do município. Com 5.7 de índice, a 12 de outubro agora tem até lista de espera de pais interessa-dos. Esse é mais um exemplo de que a escola pública é o caminho para o futuro próspero deste país e que, no futuro, po-de não haver escola particular.

Segundo a diretora da Escola, Gra-cinha Sizenando, o resultado da quali-

dade educacional é baseado na equipe pedagógica muito preparada, planeja-mento quinzenal e participação dos pais. A preparação do professor de for-ma continuada com bases nas matrizes curriculares da Prova Brasil é outro as-pecto considerável. “Isso tudo fez di-minuir os problemas mais sérios com os estudantes e a evasão escolar não existe mais”, disse a professora lem-brando que embora a estrutura física seja importante, ela não foi nenhum impedimento para os resultados. “Se a infraestrutura fosse o principal, não teríamos um ensino de qualidade, em-bora ela seja importante”, completou.

A participação da família é tida com um dos mais importantes moti-vos para o sucesso dessas escolas. Esta questão foi citada por 15% dos entrevistados do Observatório da Educação, pela equipe da Escola Ma-noel Assis e pela Escola Municipal Dolores Freire de Andrade, que ob-teve IDEB 6.1. A Escola instalada no bairro Abolição 3, em Mossoró, não participou da pesquisa, mas apontou as mesmas questões para o sucesso do trabalho desenvolvido lá.

De acordo com a coordenadora pedagógica Zilene Nicodemos, o ín-dice alcançado se deu ao planeja-mento realizado observando as ne-cessidades de cada criança. “Traba-lhando em cima das dificuldades que precisam ser superadas em cada ano série, desde o início do primeiro até o quinto ano”, disse, destacando que a família tem sido muito participati-va, tanto no dia a dia quanto nas reu-niões semestrais. “Tínhamos um Ideb 3.4 e conseguimos subi-lo so-mente mudando a forma de olhar para o aluno. Não existe mágica, é um processo que dependo do traba-lho em equipe, envolvendo todos os setores”, completou enfatizando que o compromisso e a responsabilidade com a profissão superam as dificul-dades do trabalho.

Uma mudança feita de coragem e metas

Um exemplo em ApodiA importância da família

Todas essas informações demonstram uma mudança significativa na educação brasileira. Embora seja apenas um primeiro passo, já é um pas-so significativo. Mecanismos como o Caixa Escolar, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) e Piso Nacional dos Professores, por exemplo, complementam esse novo momento. Entretanto, a suspensão do vestibular para os Núcleos Avançados da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em 2014 vai na contramão desse avanço. Se isso significar o início do fim dos Núcleos, representa a privação dos direi-tos desses meninos e meninas que estão mudando a educação nacional de, no futuro, chegarem com mais facilidade à universidade.

Nota do editor!

bons”, disse. De acordo com ela, Mos-soró tem 61 escolas municipais e a média do Ideb é de 5.1, acima da na-cional, que é 5. Ela lembra que em 2007, a nota era 3.1 e a meta até 2020 é alcançar a média estipulada pelo go-verno federal, que é de 6.

Ieda Chaves explica que em 2007, foi implantado no município o Plano de Ação Articulada (PAR) e em 2009, o Planejamento Estratégico que trabalha com planejamento, metas, monitora-mento, resultados e avaliação. “Em 2010, a Prefeitura instituiu o Prêmio Escola de Qualidade. Além disso, a for-mação dos professores acontece de forma continuada o ano todo”, destacou Ieda. “Quando se cria um ambiente em que todos colaboram, as coisas funcio-nam”, finalizou Ieda Chaves.

Page 10: Revista de Domingo nº 631

Especialistas alertam que essas dietas mágicas podem provocar consequências sérias, como desnutrição, ressecamento de pele e até queda de cabelo.

Alerta

Vai perder peso para o Verão?

Todo mundo sabe que a obesi-dade é o problema do século e que se livrar dela é garantia

de saúde e longevidade. O problema é quando você acha que pode emagrecer em um passe de mágica e, mais grave ainda, quando o objetivo é puramente estético. Agora então, todo mundo quer chegar ao Verão com aquele corpo de atriz de novela ou de ator de cinema e, para isso, recorre a qualquer alternati-va para emagrecer. Este período do ano está cheio de revistas com receitas mi-lagrosas que até podem funcionar, mas em troca você pode ter de abrir mão de seus cabelos, de uma pele saudável e da própria saúde.

De acordo com a endocrinologista Talliana Mirelli Marques Freire de Me-deiros, da Hapclínica Mossoró, emagre-cer é saudável, mas emagrecer rapida-mente é perigoso. De acordo com ela, além da deficiência protéica, que pode provocar diversos problemas de saúde,

até mesmo uma lesão no fígado, quem perde peso muito rápido tem risco de ganhá-lo de volta na mesma rapidez. “Há vários pacientes no limite do peso normal que são saudáveis e gente que tem preocupação em emagrecer que fica com desnutrição”, diz a médica.

Talliana Mirelli aconselha que não vale a pena entrar nessa. “O peso não pode ser um alvo, mas uma consequên-cia dos hábitos alimentares e das ativi-dades físicas normais; nem atividade física em excesso é recomendável”, completa a especialista.

E se apenas a possibilidade de ter a saúde abalada é pouco para você, então o que acha do giro virar um jirau? Pois é isso que pode acontecer, segundo a nutricionista Egna Rebouças. Para ela, essas dietas muito restritivas que levam a pessoa a substituir ou pular refeições podem causar tontura, dor de cabeça, desidratação, desnutrição e deficiência vitamínica séria.

A diminuição de nutrientes, como ferro, por exemplo, pode causar anemia, já a redução da vitamina A no organismo pode ser ainda pior (com consequências para a estética), porque resseca a pele e provoca até queda de cabelo.

Egna Rebouças explica que quando alguém sugere a perda de peso em tem-pos recordes, acaba eliminando não apenas gordura, que é o principal numa dieta, mas também massa magra e água, o que pode provocar as patologias cita-das acima. “Quando o organismo per-cebe a perda de peso, ao contrário do que você quer, ele percebe o perigo e segura a gordura como reserva”, co-menta Egna, alertando que geralmente esses métodos são feitos sem o acom-panhamento de um profissional.

A nutricionista sugere que você faça o dever de casa, se quiser perder peso de verdade e não correr o risco do cha-mado “efeito sanfona”. “Para perder peso não tem segredo; basta seguir al-gumas questões básicas: fracionar a alimentação - comer menos e mais vezes ao dia (6 é o adequado) - e fazer exercí-cios regulares”, orienta Egna, lembran-do que esse é o único método 100% garantido e que só não funciona para pessoas que apresentem algum proble-ma hormonal. E ela ainda alerta: “Cada um tem a sua genética e uma estrutura diferente, portanto chegar naquele cor-po ideal da revista é mais difícil.”

Portanto, se depois dessa conversa você ainda acha que dá para perder pe-so com mágica, lembre-se que por trás dos corpos esculturais das revistas exis-te um profissional especializado em photoshop.

Cuidado.

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Page 11: Revista de Domingo nº 631

11Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Saúde

Na última quinta-feira, 21, foi comemorado o Dia da Home-opatia. Para lembrar a data, a

chefe do setor de Produtos da Subcoor-denadoria de Vigilância Sanitária (SU-VISA) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP), farmacêutica Joseane Bezerra, alerta para as vantagens e des-vantagens dessa especialidade médica criada no século XVIII, por Samuel Hah-nemann.

A homeopatia é uma terapia baseada na cura pela semelhança, ou seja, o es-pecialista receita ao paciente uma subs-tância capaz de produzir efeitos seme-lhantes aos sintomas da doença que ele apresenta. Além disso, trata o indivíduo como um todo, analisando corpo e men-te e não só a doença, explica Joseane.

Os medicamentos homeopáticos são feitos com base em substâncias de ori-gem vegetal, mineral e animal várias vezes diluídas (geralmente, uma parte para 99 de água ou álcool). Por isso, os especialistas defendem que elas não pioram os sintomas nem oferecem risco

de toxicidade. Os medicamentos podem ser administrados em glóbulos, como a maioria das pessoas conhece, em gota, xarope ou na forma de pomada. Qual-quer pessoa, não importa a idade, o se-xo ou a condição física, até gestantes estão liberadas a fazer uso da homeopa-tia, desde que tenha o devido acompa-nhamento do médico.

É fundamental consultar sempre um médico homeopata, que vai analisar as queixas do paciente, para chegar a um diagnóstico preciso e indicar o trata-mento adequado. A homeopatia utiliza as substâncias em doses mínimas e os medicamentos agem de forma energé-tica, sem produzir toxidade. Mesmo as-sim, não deve haver automedicação.

A especialista alerta aos usuários que os medicamentos indicados pelo médico devem ser preparados em farmácias ho-meopáticas, no ato do pedido. “É fácil encontrar medicamentos homeopáticos para males como enxaqueca e prisão de ventre, mas eles não levam em conside-ração a individualização do paciente e

podem não ser tão eficientes, se a recei-ta for preparada pelo paciente”.

Entre as vantagens no uso da home-opatia, Joseane Bezerra explica que, além de tratar o paciente de forma inte-gral e mais humanizada, é um tratamen-to menos agressivo, que atua através de estímulos energéticos e não por efeito químico de drogas. Também o custo do tratamento é muito menor, quando com-parado aos esquemas terapêuticos con-vencionais. As desvantagens são míni-mas, mas podemos citar que, por ser uma forma terapêutica em que o pacien-te tem uma co-responsabilidade em seu tratamento, é necessário haver uma par-ceria muito maior entre médico e pa-ciente.

Para finalizar, a farmacêutica alerta que os Florais de Bach não são remédios homeopáticos. A terapia floral, em geral, visa ao tratamento apenas de sintomas do plano emocional, enquanto que o tra-tamento homeopático visa ao reequilí-brio do organismo como um todo, nos planos físico, mental e emocional.

Antes de usar as substâncias, é fundamental consultar um médico homeopata, que vai analisar as queixas do paciente, para chegar a um diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado.

Especialista alerta sobre o uso de

medicamentos homeopáticos

Page 12: Revista de Domingo nº 631

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

Meio ambiente

Os prejuízos cujo descarte errado do óleo de cozinha pode trazer ao ambiente e a nós mesmos

O perigo do óleo de cozinhapara o meio ambiente

Dentro de casa, nós encontra-mos grandes “vilões” do meio ambiente, como o óleo de co-

zinha, que quando descartado direta-mente na pia – como muitas pessoas costumam fazer - provocam efeitos qua-se irreversíveis na água.

Katarini Miguel, assessora de comu-nicação da organização não governa-mental Vidágua, explica o impacto desse produto: ”O principal problema do des-carte do óleo de cozinha pelo ralo é a contaminação dos mananciais, ou seja, dos rios onde são lançados os esgotos e, com ele, o óleo. Outro problema é o fi-nanceiro: o óleo vai prejudicando a tu-bulação e pode ocasionar sérios proble-mas, como a troca total do encanamento de uma residência”.

De acordo com o programa Óleo Sus-tentável, o descarte do óleo no ambiente gera a impermeabilização do solo, cau-sando danos ambientais e colocando em risco a vida de diversas comunidades em períodos de chuvas torrenciais e enchen-tes. Além disto, ao passar pelo processo de decomposição junto a outras matérias orgânicas, gera formação de metano, que possui mau cheiro e é o principal gás do

aquecimento global. Além disso, o óleo jogado na pia entope a tubulação e atrai baratas e ratos para dentro de casa.

Preocupadas com o problema que o óleo causa na natureza e também com o prejuízo material que ele pode trazer, muitas pessoas vêm tomando medidas para descartar corretamente o óleo de cozinha utilizado. Como a aposentada Carmem Rodrigues, que recolhe cons-tantemente o óleo que usa nas frituras, deposita em garrafas pets e as entrega para o zelador Mauricio de Jesus, do seu prédio, que troca 4 litros de óleo usado

por 1 litro de óleo novo em uma grande rede de supermercados.

“Atitudes assim valem a pena em to-dos os sentidos. Afinal, se nós não fizer-mos nossa parte, quem vai fazer? Tenho certeza de que a minha atitude e o que eu passo dentro de casa para o meu filho, não só sobre o óleo, mas com o lixo reci-clável também, vai mudar a sua postura no futuro. O certo seria se todos os pais também tivessem essa ideia”, afirma o zelador.

(Com informações de bianca barbis do livrevista)

Page 13: Revista de Domingo nº 631

13Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

sua carreira

RAFAEL DEMETRIUS

xAs habilidades técnicas contam, e muito, para fazer amigos e influenciá-los no local de traba-lho. Os resultados entregues também. Porém,

mais do que nunca, as empresas estão valorizando pro-fissionais que, além dos dois itens anteriores, também sejam excelentes na hora de se relacionar com pessoas. E não estamos falando de quem é um exímio organizador de festas e confraternizações. Estamos falando de pesso-as que saibam vender ideias, mediar conflitos e influenciar a equipe, mesmo sem ser o chefe. Essas pessoas, em sua grande maioria, são as mais indicadas para assumir um cargo de chefe na organização. Neste cenário, a ideia de carisma torna-se essencial para a ascensão na carreira. E, ao contrário do que muitos pensam, carisma não é apenas um traço de personalidade ou um dom destinado apenas a algumas figuras ilustres, mas uma habilidade inata que pode ser libertada por qualquer um.

sEJA CARIsMÁTICoO carisma é o uso de sua personalidade para causar uma poderosa e marcante impressão nas pessoas. Quanto alia-do com caráter e competência, esta habilidade torna-se uma arma incrível não só para favorecer você na hora do networking ou da entrevista de emprego, mas uma estra-tégia essencial para o bom andamento das empresas.

TENHA obJETIvos CLARosNinguém segue um guia que anda em círculos ou que se perde com facilidade. Da mesma forma, se você realmen-te quer influenciar pessoas, tenha visão e alvos claros. Ser pouco claro a respeito do seu objetivo em uma reunião, por exemplo, pode enviar mensagens contraditórias e gerar confusão. Além de facilitar a tomada de decisões rotineiras, um propósito bem definido facilita a comunicação, ajuda a embasar argumentos e principalmente abre caminho para o engajamento de outros.

CoMuNIQuE-sE bEMO sucesso pessoal dentro e fora das empresas exige certo jeito com as palavras. E, para isso, é essencial ser simples na hora de explicar conceitos, falar com convicção, susten-tar suas opiniões com fatos e evidências tangíveis, além de usar metáforas e cuidar do ritmo e tom da sua fala.

Como influenciar pessoas no trabalho

CoNFIE EM sI MEsMoComo alguém vau confiar em você se nem você mesmo confia? Por isso, a autoconfiança é outro fator vital para profissionais carismáticos. O conceito de “estar à vonta-de da própria pele” é uma consequência direta do nível de maturidade emocional da pessoa. E, por isso, tal ha-bilidade exige tempo. Aja como se as pessoas quisessem ouvir o que você tem a dizer.

EsTEJA No LuGAR oNDE EsTÁA ideia parece redundante, mas não é.Quem já se irritou com o colega que não tirava os olhos do celular enquanto conversava com você sabe bem o que isso significa. Uma das dicas simples para encantar pessoas é estar no aqui e agora inteira e integralmente. Isso significa ficar atento aos que os outros dizem, fazer contato visual, prestar atenção nos detalhes. Quando a sua presença é integral, você, além de estar alerta para o que acontece à sua volta, dispõe de uma melhor cons-ciência da atmosfera, das tensões escondidas, das expec-tativas e, talvez, do que as pessoas estão pensando.

sEJA AuTÊNTICo Muitos livros podem trazer fórmulas prontas, mas o ca-minho certeiro para ser uma pessoa que influencia os outros é ser quem você é e ponto. Além de transmitir credibilidade, este comportamento faz que as pessoas se identifiquem com você. Fato que facilita na hora de con-quistar o engajamento delas, por exemplo.

CoRRA RIsCosO carisma depende também do quanto aberto você está para correr riscos. E eles variam desde levantar a mão em uma reunião para compartilhar uma ideia, passando por questionar as pessoas, até estar aberto para a opinião dos outros também.

TENHA oLHos QuE bRILHAMTer paixão pelo que se faz é outro item obrigatório para quem quer ter sucesso no trabalho e influenciar os cole-gas. Se as pessoas sentem que você fala com o coração, isso contagia, emociona e faz que todos sigam a sua opi-nião.

FIQuE ATENTo Aos DETALHEsSem que você perceba, a sua linguagem corporal diz mui-to sobre o que está para além das palavras que profere. E seus pequenos gestos também. Olhar nos olhos das pessoas, prestar atenção ao que elas dizem, lembrar-se do nome delas e sorrir conta muito na somatória final de uma pessoa carismática.

Page 14: Revista de Domingo nº 631

DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

adoro comer

Tipos de copos

Noite Suíça no Maison Gastronomia

O bolo de limão do Bagdad Café

5 dicas para reeducação alimentar

1

2

3

4

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

Todo sábado, como parte da programação fixa do local, eles implantaram a Feijoada do 144. Pela bag-atela de R$ 17,00 para a porção individual ou R$ 30,00 a dupla, é possível degustar uma maravilhosa feijoada com tudo que se tem direito. Vale lembrar que as porções são imensas: dá tranquilamente para 3 ou 4 pessoas. O investimento é válido! O 144 Lounge Bar fica na Wenceslau Brás, 144, Centro.

Feijoada do 144 Lounge Bar

Confira no infográfico o copo adequado para cada ocasião.

O cardápio já saiu! Confira:Drink de boas-vindas - Swiss drink (com absinto)Entrada - Fondue de queijoPrato principal - Tournedos à la suisse - Filé mignon em crosta de massa folhada acompan-hado de batata rostiSobremesa - Mousse de chocolate suíço com morangos flambados e apfelstrudelSerá no dia 29 de Novembro, 21h. Vamos?

O bolo é um espetáculo! Sua principal caracterís-tica é a de manter o perfeito equilíbrio entre o doce do chocolate e o azedinho do limão. Ela tem 4 camadas mais finas, sendo a primeira mais firme, com um leve sabor de baunilha/chocolate branco; a segunda do próprio bolo de chocolate, fofinho; a terceira da parte trufada com o limão – e é aqui que a castanha aparece, proporcio-nando um crocante suave e marcante; e, por último, mais bolo de chocolate, só que ainda mais molhadinho que o anterior. A fatia do bolo custa R$ 5,00 e o bolo inteiro é R$ 80,00. Quer visitar? Liberdade Shopping, fone: (0xx84) 3321-4622 - Delivery (0xx84) 3318-1139.

O Trattoria traz ótimas dicas. Confira:

1. Não pule refeições: Para não burlar a dieta, é preciso fazer de cinco a seis refeições diárias, sen-do de três em três horas, sem pular nenhuma.

2. Estipule metas possíveis: Antes de qualquer atitude, você precisa assumir um compromisso próprio e estar ciente de que o processo consome tempo e exige dedicação.

3. Não abra mão de tudo: Se você não consegue pensar em um fim de semana sem sair para be-ber com os amigos, saiba que você pode con-sumir álcool, mas sem exagero.

4. Faça trocas inteligentes: Dê preferência para a versão integral de alimentos, como pães, massas e biscoitos, evite queijos calóricos, no almoço e no jan-tar, escolha carnes magras e grelhadas, como peito de frango, filé de peixe ou cortes de carne bovina.

5. Pratique exercícios físicos regularmente: In-vestir na alimentação e exercícios físicos sig-nifica menos peso, menos estresse e mais dis-posição para garantir o corpo e saúde em dia.

Page 15: Revista de Domingo nº 631

15Jornal de Fato | DOMINGO, 24 de novembro de 2013

adoro comer adoro comer adoro comer adoro comer

Sinfonia de chocolate

INGREDIENTES MODO DE FAZER

• Unte uma forma de sua preferência com óleo e polvilhe açúcar de confeiteiro;• Ferva o leite com metade do açúcar;• Após ferver, coloque a essência;• Bata as gemas com o açúcar restante até clarear;• Coloque o leite fervido sobre as gemas, misture, coloque novamente na panela e volte ao fogo;• Mexa até atingir a temperatura de 82ºC (pon-to napê), não pode ferver;• Deixe amornar;• Derreta o chocolate branco em banho-ma-ria;• Misture o creme morno ao chocolate, depois a gelatina dissolvida. Reserve;• Bata a nata em ponto médio, aconselho bater

na mão, pois na batedeira pode passar do ponto e virar chantilly, o ponto médio é quando escorre do batedor com um pouco de dificuldade;• Misturar com o creme reservado;• Colocar na forma e levar à geladeira até o dia seguinte.

Cobertura:• Leve ao fogo a água com o creme de leite e o açúcar, mexer até ferver;• Tire do fogo e colocar o cacau, misturar bem e voltar ao fogo;• Quando ferver, coloque sobre o chocolate picado e mexer até que fique homogêneo;• Após desenformar o doce, despeje a cober-tura e enfeite com o chocolate branco ralado.

• 80g de creme de leite• 35g de açúcar• 30g de cacau em pó peneirado• 100g de chocolate ao leite ralado• Raspas de chocolate branco para decorar (opcional)

• 150ml de leite/3 gemas• Essência de baunilha a gosto• 350g de chocolate branco• 7g de gelatina sem sabor incolor• 35ml de água/ 300g de nata

Page 16: Revista de Domingo nº 631