revista de domingo nº 535

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Revista semanal do Jornal de Fato

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Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Rick Waekmann• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

Após quatro anos de muitos ajustes e discussões, os movimentos sociais e ligados à promoção da igualdade racial puderam finalmente comemorar

a sanção da presidente Dilma Rousseff da lei que regula-menta o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais em todo o país.

De acordo com a lei, 50% de todas as vagas dessas ins-tituições serão preenchidas com base nas cotas. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estu-dantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a pro-porção dessas populações em cada Estado, segundo os da-dos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, os critérios da chamada “cota racial” vão variar de uma universidade para a outra. Os outros 25% das cotas serão destinados aos estudantes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até um salário mínimo e meio. A medida não repara, mas diminui e muito a desigualdade racial his-tórica no acesso às universidades federais. No Brasil ainda prevalece o mito de que aqui não se experimenta o racismo, mas nos cursos mais concorridos das universidades federais a população negra quase é imperceptível. Esse é o assunto de capa desta edição, que traz a informação sob o ponto de vista de quem defende o sistema de cotas e que aposta numa mudança social enorme após a sua implementação.

A edição também traz matéria sobre o filme Gonzaga de pai para filho, que estreia em salas de cinema nesta sema-na, sobre a importância de vencer o medo de falar em pú-blico e entrevista com a presidente da Fapern Maria Ber-nardete e os investimentos nas universidades do Estado.

Tem ainda artigo descontraído, coluna Sua Carreira so-bre Redes Sociais e muita coisa gostosa no Adoro Comer.

Leitura boa não falta! Aproveite, bom domingo!

editorial

a desigualdade histórica

Uma Lei para reparar

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taCapa

Informes de bom gosto e receita de Donuts de Cacau

A história de Luiz Gonzaga em filme nos cinemas

Rafael Demetrius fala de redes sociais na empresa: problema ou solução

Adoro comer

Cinema

Coluna

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Cotas ampliarão as oportunidades para pessoas de baixa renda às universidades

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)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Antigamente nas pequenas ci-dades apareciam os turcos vendendo por portas panos e

armarinho. O carregador ia atrás, malas de couro sobre a cabeça.

Deles, alguns se fixavam na cidade mais fácil de vendas, maior circulação de dinheiro. E seu Gabriel escolheu Areia Branca, cidade portuária entre as pri-meiras do Nordeste, embarque de sal. De manhã cedo, uma banca armada no pátio do Mercado, com toldo de lona co-lorida. Na parte da tarde, é que era a venda por portas.

Tinha uma filha muito bonita nasci-da brasileira, olhos de um azul diáfano e misterioso. Nunca saía de casa, o pai, mulçumano, temia que ela viesse a na-morar um rapaz cristão, condição reli-giosa que abominava ferozmente. Casa-ra com mulher brasileira de confissão católica, que teve de converter-se, ou não haveria o casamento. .

A filha, entanto, não lhes professava a crença religiosa, se bem cumprisse os rituais respectivos. Obrigada. Vestia-se à moda mulçumana, à mostra apenas os lindos olhos de um mistério profundo. Seu Gabriel não lhe permitia amizades.

A vingança fatal

JOSÉ NICODEMOS*

conto

Não sendo mulçumana, poderia deixar-se influenciar pelo cristianismo, com seu uso e costumes levianos. Não ia ela além de aparições à janela da rua, pelos fins das tardes, a mãe ao lado, algumas vezes.

Não parava seu Gabriel numa casa para oferecer sua mercadoria, sem que não pregasse os valores da sua crença mulçumana, em detrimento da fé cristã. Nada poderia ser mais absurdo do que Deus feito homem, entre nós, ou este acontecimento, pela sua magnitude cós-mica, teria mudado, por completo, e de-finitivamente, os valores morais da hu-manidade, argumentava, com uma in-dignação furiosa.

O caso é que a filha, cujo nome nunca soube direito, pronúncia recheada de con-soantes, de repente se apaixonou por um rapaz bonito e elegante lhe passava pela janela toda de tardezinha, deitando-lhe olhares, enquanto ia retardando os passos.

De logo seu Gabriel percebeu os sen-timentos da filha, e proibiu-lhe a janela. Vizinhos pegados ouviram, um dia, uma discussão entre pai e filha, ela ameaçan-do-lhe vingança, podia esperar. O assun-to correu logo ali nas redondezas, des-pertando indagações entre os curiosos. Que vingança seria essa? .

E seguiram-se as tardes sem os olhos misteriosamente azuis e doces daquela moça no quadro da janela que dava para a rua. Dando a impressão de no céu uma estrela, ou a estrela mais brilhante, de repente se tivesse apagado.

Que vingança seria essa? Mas quando foi uma tarde, e foi a úl-

tima tarde da família na cidade atônita, a filha de seu Gabriel, duramente confi-nada, aproveitando um momento de descuido da vigilância severa, surgiu na calçada da rua, a dançar a dança do ven-tre... nua em pelo.

Tinha uma filha muito bonita nascida brasileira, olhos de um azul diáfano e misterioso. Nunca saía de casa, o pai, mulçumano, temia que ela viesse a namorar um rapaz cristão

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entrevista

Amédica e professora Maria Bernardete Cordeiro de Sousa, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), esteve na última se-mana em Mossoró, onde participou da VIII Semana de

Iniciação Científica (SIC), promovida na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e na ocasião ressaltou importan-tes apoios financeiros feitos à Instituição pela Fapern, que tem como missão a de apoiar e fomentar a realização da pesquisa científica, tecnológica e a inovação para o desenvolvimento hu-mano, social e econômico do Rio Grande do Norte. Sua experi-ência vem contribuindo na aceitação de muitos projetos funda-mentais que ampliam os apoios financeiros. Graduada pela Uni-versidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e professora concursada dessa instituição, Maria Bernardete possui mestra-do (1980) e doutorado (1983) em Neurofisiologia pela Universi-dade de São Paulo, Ribeirão Preto, e realizou estágio de Pós-doutorado na University of Wisconsin em Etologia Fisiológica (1996-1997), no Wisconsin National Primate Research Center.

MARIA BERNARDETE CORDEIRO DE SOUSA

Por José de Paiva RebouçasDa redação

‘Conseguimos um acordo de 26 mi para cinco anos’DOMINGO – A gente tem percebido

que a Fapern tem se aproximado mais da Uern em termos de ajuda financeira e recentemente foi conseguido um va-lor significativo para as pós-graduações. Como é que se deu essa negociação e como a senhora avalia a contribuição que a Fundação está dando para a Uni-versidade?

MARIA BERNARDETE – Essa nego-ciação em relação aos termos do acor-do começou há cerca de um ano atrás. E foi importantíssima a contribuição que a Uern me deu em termos de feedback porque quando se está montando um acordo é importante saber exatamen-te as necessidades para alcançar vários programas que as universidades desen-volvem. Então, nós conseguimos nesse acordo o atendimento a nove metas e estas nove metas incluem a consolida-ção da Pós-graduação da Uern, já que é uma universidade que está em expansão e iniciando um processo de expansão in-

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entrevista

clusive da sua pós-graduação e nós vimos o alcance em um médio pra-zo dobrar o número de pós-gradua-ções que a Uern tem, quer seja no apoio dos cursos diretamente, como temos uma linha de financiamento para os cursos com nota três e qua-tro, na Uern os cursos de mestrado todos têm notas 3, esperamos que eles evoluam para nota 4, 5, criem seus doutorados. Vamos ter pela primeira vez na Fapern bolsas de mestrado e doutorado que vão tam-bém ancorar o comparecimento dos alunos das pós-graduações, temos uma bolsa que ainda precisamos discutir, que é a de pós-doutorado nas empresas. A gente sabe que Mossoró é uma cidade do Oeste e que tem o porte de desenvolvimen-to de tecnologias ligado ao Petróleo e Gás muito grande e importante e aí já se tem a oportunidade de dar uma bolsa para um recém-doutor ir para uma empresa desenvolver um projeto a mais vinculado a uma aplicação menor bem assertiva para o setor e isso é um ganho também. Temos ainda outras iniciativas ad-ministrativas que é a de apoiar os equipamentos que as universidades pedem à Capes e que a Capes aprova 80% e nós da Fapern queremos apoiar com o restante para garantir os equipa-mentos para a infraestrutura das univer-sidades. Temos ainda bolsas de formação para os mestres servidores do Estado que desejam fazer doutorado e isso é uma política voltada para a Uern e temos outro projeto em paralelo da Capes que é para estruturação da educação básica, já que o Ensino Fundamental aqui é muito bom e nós vamos criar um polo com mais dez outros polos de ciência e tecnologia em que teremos um professor tutor na universidade, dois professores do ensi-no médio, cinco alunos de licenciatura e dois bolsistas de iniciação científica, formando uma equipe para gerar mate-rial didático, material esse inspirado na própria economia da região que vai ser compartilhado na rede de educação bási-ca, ensino médio.

QUANTO foi obtido e qual o volume que vai ser investido?

CONSEGUIMOS um acordo de 26 mi-lhões para cinco anos. Os Dinters (Dou-torado Interinstitucional) terão apoio de 600 mil reais divididos em três ou qua-tro parcelas, os Minters (Mestrado Inte-rinstitucional) terão apoio de 150 mil, conseguimos 80 bolsas de doutorado, 80 bolsas de mestrado, 20 bolsas de pós-doutorado na empresa, temos também bolsas para áreas estratégicas para pes-quisadores que chegam do exterior ou de instituições que venham contribuir,

que chegam a perto dos nove mil reais, enfim, anualmente teremos um desem-bolso entre Capes e Fundação em torno de 4 milhões só para esse programa que aprovamos agora.

ESSA atenção em termos de recur-sos que está sendo dada ao Estado, mas também a outros estados do Nordeste, diminuindo a discrepância de investi-mentos que existe entre esta e outras regiões, se deve a um maior empenho na elaboração dos projetos, faltava uma organização para que viessem esses re-cursos?

OLHA acho que são duas vertentes aí. A Fapern é um bem público, dos pes-quisadores e da comunidade acadêmica e técnica científica do Estado e que tem uma política de Estado, ela não deve ter uma política governamental. Isso aí tem de ser estabilizado do ponto de vista gerencial. Os últimos três colegas que me antecederam se esforçaram muito para isso, mas acredito que isso só ve-nha com o tempo mesmo, na medida em que a Fundação vai amadurecendo, mos-trando o seu trabalho, pois já tem dado muita contribuição e tem ainda mais a dar. Ano que vem a Fapern fará dez anos e já temos uma série de projetos para apresentar, é mais uma oportunidade. É claro que a gente vem do ambiente da universidade, onde trabalhávamos com pesquisa, então a gente está mais “quen-te”, agressivo no bom sentido, em busca disso. A nossa proposta é que a Fundação consiga ser desafiada, e ter a visão de ir

atrás, colocar para funcionar, ir atrás de outros programas. É uma busca de manter o que já está funcionando e buscando alternativas dentro de certos limites, pois o Estado tem um fôlego de investimento para entrar com contrapartida e a gente vê isso, que o Estado está dando uma gran-de contribuição. E a gente quer isso que a agência política seja mantida independente das políticas circuns-tanciais dos governos.

COMO a Fapern está dialogan-do com esse público em termos de ferramentas de divulgação e comu-nicação?

A GENTE tem o site da Fapern que a Assessoria de Comunicação tem feito um trabalho de criar links por minuto, de tudo o que sai. Te-mos também a nossa revista Ciência Sempre, que é trimestral, está com alguns exemplares em atraso, mas a gente vai regularizar os números e além da revista temos inserções na mídia local e o informativo quin-zenal, online, popularizado entre todos os pesquisadores cadastrados, para as pró-reitorias das institui-ções para reforçar. Temos também

um plano em que as nossas atividades estão lá demarcadas, procuramos fazer prestação de contas, como por exem-plo, fizemos um evento em julho com a prestação de contas dos dezoito meses de Governo do Estado da governadora Rosalba, com a presença dela e da co-munidade, para mostrar o que foi alcan-çado, dentro do que estava em curso e do que conseguimos nesta gestão.

COMO foi a realização do VIII SIC da Uern?

O EVENTO de iniciação científica em si já toca a todos os pesquisadores profundamente e por ser um evento que se realiza também nacionalmente, tem um desempenho excelente do ponto de vista de favorecer aos alunos de ir para uma pós-graduação, para o ambiente acadêmico e profissional. Acho que esse formato escolhido pela Uern para cha-mar a atenção da comunidade acadê-mica ficou bem interessante e cria um ambiente em que as várias áreas cir-culam umas pelas outras e conseguem enxergar um pouco a sua própria rea-lidade local, já que muitas vezes esta-mos numa mesma universidade e não conseguimos perceber a dimensão dela e das pesquisas realizadas. Acho que favorece que os muitos professores das diferentes áreas tenham circulado e se apropriado um pouco do quanto a Uern está produtiva e mostrando o que tem de bom do ponto de vista da pesquisa científica que produz.

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6 Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

O filme ‘Gonzaga de pai para filho’ conta mais sobre um ícone da música ao narrar a delicada

relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha

Dois Gonzagas

cinema

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7Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

Gonzaga, de Pai pra Filho

Fonte: ANCINE

SINoPSE A relação entre o sanfoneiro Luiz gonzaga (1912-1989) e seu filho, o cantor e compositor gonzaguinha (1945-1991), dois artistas, dois sucessos. Um do sertão nordestino, o outro carioca do Morro de São Carlos; um de direita, o outro de esquerda. Encontros, desencontros e uma trilha sonora que emocionou o Brasil. Esta é a história de Luiz gonzaga e gonzaguinha, e de um amor que venceu o medo e o preconceito e resistiu à distância e ao esquecimento.

Produtora Conspiração Filmes / D+ Filmes

Coprodutora globo Filmes / Teleimage / globo Filmes / Petrobras

Direção Breno Silveira

Roteiro Patricia Andrade

Distribuição Downtown Filmes

gênero Drama

Lançamento no mercado de exibição 26/10/2012

Valor da Produção R$ 12 milhões

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cinema

Tudo caminhava para que a bi-lheteria dos filmes nacionais neste ano 2012 fosse tímida e

uma das piores dos últimos anos. Mas, o filme ‘Gonzaga de pai para filho’, que teve sua pré-estreia nacional no último dia 10, em Recife, começa a mudar isso. O filme de Breno Silva – o mesmo diretor de 2 Filhos de Francisco (2005) – está atraindo rapidamente um público que se vê envolvido entre a bela fotografia, a narrativa sobre um dos ícones da músi-ca popular brasileira e ainda toda a trilha musical.

O filme deve começar a ser exibido em várias salas de cinemas do país nes-ta semana, inclusive em Mossoró (a par-tir do dia 26) com 400 cópias. A expec-tativa é de que venha a atingir um públi-co que compense o investimento da or-dem de 12 milhões de reais e uma me-gaprodução que contou com 2 mil figu-rantes. Para encenar o Luiz Gonzaga, três

atores revezaram o papel em fases dis-tintas da vida do velho Lula: Land Vieira (Luiz Gonzaga adolescente), Chambinho do Acordeon (juventude) e Adélio Lima (Luiz Gonzaga mais maduro). O mesmo com o papel de Gonzaguinha: Alison San-tos (dos 10 aos 12 anos), Giancarlo Di Tommaso (dos 17 aos 22) e Júlio Andra-de (35 aos 40 anos).

O filme celebra o centenário de Luiz Gonzaga contando sua história de vida, mas, com um foco na relação entre o pai e o filho Gonzaguinha. Uma relação cheia de altos e baixos e uma aproximação que se efetiva dentro de tentativas que levam uma vida inteira, com respeito e amor.

Em entrevistas concedidas à impren-sa e divulgadas nas redes sociais oficiais de divulgação do filme, o diretor explica que o longa nasceu de conversas entre pai e filho gravadas em fita cassete por Gonzaguinha e entregues a Silveira por Márcia Braga, produtora, e Maria Rachel,

que participa do roteiro, escrito por Pa-trícia Andrade (fiel parceira do cineasta) com colaboração de George Moura.

O diretor também usa o livro Gonza-guinha e Gonzagão — Uma história bra-sileira, de Regina Echeverria. Para Breno Silva, o filme tem apelo para todos os públicos, já que Luiz Gonzaga uniu o Pa-ís inteiro com sua música, enquanto Gon-zaguinha arrebatou a juventude no início dos anos 1970, com sua música de pro-testo contra a ditadura militar e, mais tarde, nos anos 1980, com canções ro-mânticas que o tornaram o hit maker preferido de dez entre dez cantoras bra-sileiras. “Esse público saudoso da dupla que só se uniu no palco no fim da vida, certamente vai se deliciar com essa his-tória tão brasileira”, aponta.

Expectativa para a exibição define bem para os que gostam de cinema e boa história, assim, tudo junto num baião só, num Baião de Dois!

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8 Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

capa

Cotas, SIM!Cotas, SIM!

Com a sanção de nova lei, ampliam-se as vagas destinadas a estudantes cotistas em todas as universidades públicas federais do país

'Quantos alunos negros você observa nas placas dos for-mados aqui do curso de Di-

reito? E nas placas do curso de Medicina? E quantos cursos mais? Hoje eu posso dizer que estarei em uma placa de um destes cursos. Sou cotista e sou negro'.

A fala corresponde ao aluno do se-gundo período do curso de Direito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Pedro Victor Alves Acyoly, de uma família simples, estudan-te de escola pública da sua cidade Apodi. Concorreu a uma vaga no curso de Di-reito como aluno cotista, oriundo de es-cola pública, já que a Uern adota a cota social.

Mas, Pedro, que defende as cotas ra-ciais, será mais um entre muitos estu-dantes negros que terão acesso aos cur-sos de nível superior oferecidos pelas

instituições de ensino federal em Mos-soró a partir da nova lei de cotas raciais, Lei 12.711/2012, que após sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, destina que 50% de todas as vagas dessas insti-tuições serão preenchidas com base nas cotas a partir da reserva das vagas.

Com o sistema de cotas raciais e so-ciais nas universidades públicas federais em todo o país, metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos es-tudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas popula-ções em cada Estado, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, os critérios da chamada “cota racial” vão variar de uma universidade para a outra. Os outros 25% das cotas serão destinados aos estudan-tes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias te-

nham renda per capita até um salário mínimo e meio. O acesso para os estu-dantes de famílias pobres amplia-se sig-nificativamente.

Este tema também tem despertado o seu interesse nos estudos e pesquisas como aluno no curso de Direito. Segun-do Pedro, as cotas raciais são um mode-lo de ação afirmativa implantada em alguns países, visando amenizar proble-mas, como por exemplo, as desigualda-des sociais, econômicas e educacionais entre etnias.

“O negro, historicamente, não conta com as mesmas oportunidades que os brancos e isso faz com que ele não tenha acesso a uma educação de qualidade, sendo obrigado por esse motivo a ocupar, em sua maioria, posições subalternas, sem a chance de ter um cargo de prestí-gio social, ou com um mínimo de justiça social. As cotas não resolvem o problema, mas reduz em muito essa desigualdade histórica”, explica.

)) Pedro Acyoly: “vamos ter mais profissionais com uma visão humanística”

)) Professora Ady canário preside a comissão de Inclusão Social na ufersa e integra o NEAB

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9Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

capa

AS cotAS NA uFERSAA professora da Universidade Federal

Rural do Semi-árido (UFERSA) Ady Ca-nário tem toda uma vida profissional dedicada a estudos relacionados à raça negra. A professora Ady, que coordena o projeto Conexão de Saberes e integra o Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NE-AB), também preside atualmente a co-missão de Inclusão Social na instituição superior.

Nesta semana, a comissão já se reu-nirá para planejar a implementação da reserva de vagas para a cota racial que já passará a valer para essa seleção do Enem de 2012 visando o ingresso na Ufersa em 2013.

“A Ufersa já adotava 100% o Enem como método de ingresso na instituição, sendo a primeira no Estado a adotar des-sa forma. No primeiro semestre de 2011, a universidade teve 41% dos alunos egressos da rede pública. No segundo semestre de 2011, esse percentual au-mentou para 51%. A Universidade agora acatará para 2013 o sistema de cota racial em 25% e em 2013, mais 25% para com-pletar o percentual exigido por lei em um tempo menor que o exigido por Lei”, res-salta Ady.

Ainda conforme a professora que par-ticipa de vários eventos sobre a temática, universidade há algum tempo já vem se preparando e demonstrando sensibilida-de com a questão da cota racial.

A comissão de inclusão passará não apenas a acompanhar a implementação da Lei, mas acompanhar os estudantes com tutoria e nivelamento dentro do con-junto de ações de assistência que é dada aos estudantes.

Para a professora, a Lei 12. 711/2012 é um complemento ao que está disposto no Estatuto da Igualdade Racial (2010) e promoverá mudanças significativas no quadro social da região e do país:

“Há mais de três anos essa Lei vem sendo aguardada e passando por modi-ficações e ela é resultado dos movimen-tos sociais que lutam pela correção des-se passado histórico com negros e indí-genas. As vagas vão ampliar o acesso a muitos jovens estudantes e estes pode-rão melhorar a sua condição socioeconô-mica através da educação”, ressalta.

As universidades também podem ampliar o número de vagas se assim qui-ser. Vale lembrar que também os Insti-tutos Federais passarão a adotar as cotas. Conforme a Lei, todas as instituições fe-derais terão de atender aos seus dispo-sitivos de forma gradativa ou imediata, até 2016.

A DIScuSSãoAs cotas raciais, no Brasil, ganharam

destaque, a partir dos anos 2000, quan-do universidades e órgãos públicos co-meçaram a adotá-la em vestibulares e concursos. Em junho de 2004, a Univer-sidade de Brasília (UnB) foi a primeira instituição de ensino no Brasil a adotar o sistema de cotas raciais. Desde então, o número de universidades, as quais pos-suem ação afirmativa baseada em raças, só aumentou, sendo que mesmo antes da divulgação da Lei, já representava um número majoritário das universidades federais adotando o sistema.

Apesar disso, o sistema de cotas ain-da é alvo de polêmica e discordâncias. Para muitos que defendem a posição con-trária, está o argumento de que as cotas em si são formas de discriminação já no acesso. No entanto, pesquisadores e in-tegrantes dos movimentos étnico-raciais passaram a defender as cotas mostrando

que para assegurar a igualdade do direi-to à educação é necessário colocar a di-ferença histórica que impede o acesso de negros e indígenas às instituições de ensino superior. O sistema de cotas as-segura a igualdade das condições de acesso em prol da universidade em uma sociedade desigual, bem como, discri-minatória de homens e mulheres negros e negras, impondo a adoção de medidas capazes de mitigar essa discriminação.

Pedro Acyoly conta que se sente feliz em pensar que outros jovens pobres, oriundos de escolas públicas, negros e indígenas vão finalmente ocupar de for-ma diversificada e democrática, um es-paço acadêmico. “Vamos ter mais pro-fissionais com uma visão humanística porque saíram de condições difíceis, pa-ra ajudar o crescimento da nossa socie-dade”, completa ele.

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10 Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

Desafio de falar em públicoO desafio de falar ao público pode ser vencido com conhecimentos e técnicas

profissional

Timidez, mãos suando, corpo trêmulo, insegurança. Essas são algumas das reações mais

comuns diante da necessidade de se fa-lar sobre uma ideia, proposta diante de um público independente da ocasião. Mas diferente do que muitos pensam, para falar bem ao público não é neces-

sário um “dom” especial. Com os conhe-cimentos certos e o uso de técnicas apro-priadas, qualquer pessoa pode vencer o medo de se expor em apresentações de negócios, atividades escolares e acadê-micas ou mesmo em atividades que exi-jam a presença de público atento.

Esta é a proposta do curso Oratória:

Como falar em público ministrado pela experiente jornalista Andreia Ramos.

O curso que já está na terceira turma repassa informações e técnicas para quem tem dificuldades de falar ao pú-blico e vencer suas dificuldades:

“O público que tem participado do curso é bem variado, de estudantes aca-dêmicos a políticos e profissionais de empresas em que falar é uma necessi-dade constante”, ressalta Andreia.

O curso é baseado em muitas situa-ções práticas com base teórica selecio-nada. Incluem informações sobre como se portar diante do público, a linguagem corporal, como se vestir – o que o ges-tual e a imagem informam a uma plateia e a elaboração do discurso.

Andreia conta que a sua experiência foi aperfeiçoada no trabalho em emis-soras de TV e como Midia Trainning nas Assessorias de Imprensa.

“Sempre era preciso ensinar o asses-sorado a como falar ao público para se comunicar melhor e acabei me interes-sando e estudando isso. Legal é ver co-mo esse conhecimento é necessário em várias áreas de atuação profissional”, ressalta ela.

A terceira turma do curso já está for-mada e deve começar na primeira quin-zena de novembro. É uma forma inte-ressante de investir num aperfeiçoa-mento profissional que vai ser útil em várias situações da vida.)) Jornalista Andreia Ramos fala sobre a importância de uma boa oratória

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11Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

nutrição

Lanches para comer na ceia antes de dormirPara quem tem fome antes de dormir e quer manter a dieta saudável, algumas dicas são valiosas e saborosas

Evitar fazer refeições exagera-das e muito gordurosas antes de dormir é uma recomenda-

ção que todo mundo conhece para me-lhorar o sono. Entretanto, o bom sono

não depende apenas de proibições – al-guns alimentos, quando consumidos na última refeição do dia, podem ajudar o corpo a relaxar e dormir melhor, além de fazer muito bem à saúde.

Entre as recomendações mais fre-quentes dos especialistas algumas se destacam pela praticidade. Confira:

LEItE coM MELA temperatura morna do leite é re-

confortante e ajuda sim o corpo a relaxar. Além disso, o alimento é fonte de tripto-fano, um aminoácido precursor da sero-tonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse em nos-so corpo, preparando-o para o sono. Po-de ser adicionado do mel – uma fonte de carboidrato simples, que também ajuda no sono, pois facilita a absorção do trip-tofano. Um copo de leite desnatado ado-çado com uma colher de sopa de mel tem em média 150 calorias.

IoGuRtE coM AvEIAAlém de ser uma fonte rica em pro-

teínas, cálcio, fibras e vitaminas do com-plexo B, que promovem um bom trânsi-to intestinal, ajudam na saciedade e melhoram os níveis de colesterol bom, a combinação de iogurte com aveia segue a mesma lógica do leite com mel – en-quanto o primeiro é fonte rica em trip-tofano, o segundo é um carboidrato que vai ajudar na sua absorção. Essa é uma combinação leve e nutritiva. Um copo de 140g de iogurte light sem açúcar acom-panhado de três colheres de sopa de aveia tem aproximadamente 220 calo-rias.

NozES E cAStANhASAs nozes e castanhas possuem gor-

dura monoinsaturada, selênio e proteí-nas. Elas equilibram os tipos de gorduras que dão saúde ao coração e melhoram os níveis sanguíneos de colesterol. As oleaginosas também são ricas fontes de triptofano, por isso a recomendação de ingeri-las na ceia. "Uma porção de três nozes tem 80 calorias, enquanto três castanhas-do-pará possuem 60 calo-rias", completa a nutricionista.

BANANAA banana é uma fonte riquíssima de

triptofano e os carboidratos presentes na fruta por si só ajudam na absorção do aminoácido e na produção de serotonina. Ela também é rica em potássio, vitaminas do complexo B e pectina, que ajudam no controle da pressão arterial, regulam o intestino e diminuem o colesterol alto, diz o nutrólogo Andrea. Por ser de fácil digestão, a fruta é uma boa pedida para a ceia, e uma unidade média tem cerca de 90 calorias.

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12 Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

RAFAEL DEMETRIUS

A META está com inscrições abertas para o Curso de Auditor Líder da Qualidade, que será de 26 a 30/11/2012. Faça já sua inscrição no 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected].

Formação de Empresários

sua carreira

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V“O Patrão chegou, fecha o Orkut, desligue o MSN, sai do Twitter!”. Com certeza você já deve ter escutado de algum colega de trabalho alguma dessas frases. Ainda existem pessoas que ve-

em as redes sociais como um meio de distração e dispersão ao trabalho e a produtividade. Porém se analisarmos o mercado atual, veremos que as redes sociais como Orkut, Twitter, Facebook, LinkedIn, MySpace e outros podem e devem ser utilizados em assuntos profissionais. É claro que ainda existem empresas (ainda grande parte) que bloqueiam o aces-so a esses sites, alegando que o desempenho do funcionário no trabalho vai ser prejudicado. A verdade é que as redes sociais podem ser utilizadas para os mais diversos fins, desde o divertido ao profissional. O segredo do sucesso está no uso inteligente de sites como Twitter, Facebook e Orkut. É muito fácil achar estudos que mostram que elas fazem mal, assim como pesquisas que enfatizam que elas fazem bem para empresas. Da mesma maneira que ocorre com a bebida, as redes sociais são estimulantes po-derosos, só que contêm propriedades que viciam se consumidas sem controle. Que as redes sociais estão em alta no Brasil e no mundo, não precisa nem falar. Mas o que ninguém sabe ao certo é como uma empre-sa consegue estar presente de forma correta nas redes sociais? É este o assunto que vamos abordar na nossa coluna de hoje.

O maior medo dos empresários quanto ao uso dessas ferramentas diz respeito à queda na produtividade e ao vazamento de informa-ção estratégica da organização. A maior preocupação deve ser com as pessoas e a estratégia do uso. As redes sociais são como bebida alcoólica. É preciso consumir com moderação, o uso excessivo pode realmente trazer o vício e prejuízos maiores.

Caro empresário, saiba que o consumidor está cada vez mais ante-nado, por dentro dos acontecimentos da sociedade. Por isso não adianta mais fazer aquele marketing invasivo, repetitivo e insupor-tável. Hoje o marketing mais forte é o marketing de relacionamento. É dar liberdade ao seu cliente para ele falar, opinar, construir o pro-duto com você. Por isso converse com seu cliente, descubra o que ele realmente quer e em qual rede social ele quer falar com você.

O Twitter é a ferramenta de comunicação que mais rapidamente foi adotada na história, indo de zero a 10 milhões de usuários em menos de dois anos. No Twitter, a palavra se espalha mais rápido do que fogo e as empresas não têm mais a opção de ignorar esse assunto.

Use o blog para opinar sobre produtos, serviços e temas atuais ligados a sua empresa e ao mercado. Use a liberdade de transitar entre as-suntos e temas relevantes sem pautas obrigatórias. Em um blog cor-porativo a sua empresa pode mostrar que tem conteúdo e pode falar com autoridade de tópicos relacionados ao seu negócio. Use os co-mentários dos clientes a seu favor.

Com certeza a sua empresa está sendo falada, em algum canto da Internet. Você saiba ou não. Se estiverem falando bem, ótimo! E se estiverem falando mal, pode ser uma forma de aperfeiçoar os seus serviços de acordo com a visão dos seus clientes. Uma empresa precisa estar mais bem preparada para lidar com as críticas do que com os elogios. Afinal, é com a crítica que se cresce. E que o elogio seja o combustível para que se continue a melhorar a cada dia.

Não há receita de bolo para o correto uso das mídias sociais. É bem mais fácil saber o que não deve ser feito, e impor alguns limites aos funcionários quanto ao uso dessas ferramentas. As empresas que sabem lidar e se relacionar com os clientes usando as redes sociais podem conseguir um destaque maior no mercado e melhores resul-tados. Vamos a alguns exemplos que sua empresa pode utilizar.

O Twitter é uma ferramenta de troca de informações em tempo real, é ágil e portátil: o Twitter pode ser usado no computador ou no celular. Para começar a usar o Twitter de forma corporativa, crie sua conta e estilize de forma profissional a sua página. Man-tenha a identidade visual de sua empresa de forma simples e discreta. Consiga seguidores “tuitando” assuntos interessantes para seu usuário. Indique links interessantes, e veja sempre as menções que fazem de sua empresa.

O Facebook é um Orkut potencializado. Para uso corporativo, o mais recomendado é você criar uma Página da sua empresa e gerenciá-la sem ter que sair de sua conta pessoal. Além do mais, pode adicionar administradores e moderadores.Quanto ao que postar, utilize conteúdo relevante, converse com seus clientes e tenha o máximo de fãs em sua página!

Antes de iniciar o uso de qualquer das ferramentas em sua em-presa primeiro aprenda a usá-la, evite gafes por ignorância. Pri-meiro, cadastre-se com seu nome pessoal, interaja, fique à von-tade com cada uma das redes que pretende usar corporativa-mente e somente depois disso comece a usá-las em sua empresa. Caso “não seja do seu tempo”, “não goste”, “não entenda”, ten-te descobrir como funciona ou procure ajuda de algum funcio-nário que possa ajudá-lo a entender as redes sociais.

Medo

Um novo Marketing

Para se ter uma ideia

Blogs corporativos

Por que estar na Rede?

O que fazer?

Twitter

Facebook/Orkut

Cuidado com as Gafes

Redes sociais na empresa: problema

ou solução

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

MARGARETH SIGNORELLI*

Conversando com amigos, al-guns comentaram que gosta-riam de ser como a Carminha.

A princípio achei irreal existirem pes-soas que admiram alguém tão temido e inescrupuloso, mas, pensando melhor sobre esse assunto, entendi que exis-tem várias razões para essa admira-ção.

Mas o que a Carminha tem que nos fascina tanto? Ela é determinada, foca-da, resiliente, luta por seus objetivos com garra, é destemida, estratégica e usa sua raiva como motivação. Todas essas características seriam maravilho-sas se não fossem acompanhadas de falta de caráter, maldade, vingança e de não saber medir limites e consequên-cias.

Se quisermos aprender com ela, po-demos aproveitar suas boas caracterís-ticas e usá-las em nosso benefício. Por exemplo, como você pode aproveitar sua determinação? Sabendo onde quer chegar e não deixando a vida lhe levar, pensando que o destino lhe guiará pelo melhor caminho. Saiba o que você quer alcançar em cada setor da sua vida e se pergunte o que você precisa desenvol-ver em si mesmo para chegar até lá.

Foque, não tenha medo. Ninguém admira e nem respeita os fracos. Não vacile, não se deixe intimidar. Obstácu-los aparecerão e, se você cair, levante e siga em frente com resiliência escrita no peito.

A estratégia é importante para que você não se perca no caminho e, quan-do encontrar alguém que não acredite em você, fique com raiva, muita raiva. Muitos pensam que este é um senti-mento ruim, mas se enganam. A raiva, se bem aproveitada, é um dos maiores incentivadores para seguirmos em frente. Ela só se torna maléfica quando

O que é que a Carminha tem? )(

deixamos que se transforme em ódio e depois em ressentimento, este sim o pior dos paralisantes, pois ele é capaz de pro-vocar um estado de estagnação, onde você culpa tudo e todos pelos maus re-sultados que a vida lhe apresenta.

Só existe um responsável pelos re-sultados da sua vida: você. Então inspi-re-se no que ela tem de bom e siga em frente. Use seu passado para fazer o seu futuro, para crescer cada dia mais. Mui-tas vezes esquecemos o que já passamos e continuamos inteiros. Leve na memó-

ria o passado para fazer o seu futuro e, se for preciso, lembre-se da Carminha para se manter à frente de seus objeti-vos. Só não esqueça que ela desperdiçou tanta energia positiva e se desviou de um caminho que poderia ter sido bri-lhante, com tanta determinação.

Diferente dela, você não precisa de-senvolver e usar o seu pior, mas sim a cada decisão a ser tomada saber o que você tem de mais nobre, sem temer que algo possa lhe enfraquecer e lhe impeça de seguir em frente, sempre.

* Margareth Signorelli, é especializada em relacionamentos e presta consultoria na área.

artigo

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Page 14: Revista de Domingo nº 535

Misturar café e negócios é uma combinação mais que perfeita, especialmente em um lugar especial como o Bookafé. Nessa quarta-feira, 24, a Dinâmica Negó-cios realiza mais uma edição do Café com Negócios, com o tema “Como Conquistar, Fidelizar e Recuperar Clientes”, iniciando-se às 14h. Além do coffee e das discussões, o encontro contará com uma breve pal-estra do consultor Alexandre Dantas, diretor da Dinâmica Negócios e especialista do SEBRAE. Ele abordará que o cliente não se conquista por acaso, cliente se conquista planejando. O Café com Negócios é uma oportunidade também para estabelecer novas oportunidades de negócios e relacionamentos empre-sariais. Mais informações, entre em contato com o Bookafé na rua Felipe Camarão, 257 - Mossoró (3316 2106) ou com a Dinâmica Negócios (9617 0875/9605-0490).

Na busca por novos produtos, eis que minha mãe me apresenta o novo iogurte da Nestlé no Brasil, o Grego. Chegando nas prateleiras dos supermercados brasileiros agora, já é moda na Europa há mais de 2 anos. O seu principal diferencial é a consistência. Pare, feche os olhos e imagine um Chambinho para adultos. É mais ou menos assim. Sua textura aveludada o coloca em um patamar superior a vários outros do mesmo segmento. Já pode fazer parte da dieta diária, sendo incluído no café da manhã ou até mesmo como ingrediente especial nas aven-turas na cozinha. Para os que ousam mais, tente consumi-lo com geleia caseira ou até mesmo bolo fofo, quentinho, saído do forno. É um deleite completo!

Café com Negócios

Grego

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 21 de outubro de 2012

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

Mais do que prestigiar o convidado, preciso dizer que as comidinhas são minha parte favorita das festas de forma-tura. No dia 17 deste mês, a Imagem Formaturas realizou a prévia do seu Workshop para profissionais dos meios de comunicação da cidade, parceiros e fornecedores com um delicioso coquetel. O evento oficial, já em sua segunda edição, será realizado no dia 26 de outubro, a partir das 18h e contará com animação de Guto Ribeiro, banda Seven Two e Orquestra Xequemat. Os acadêmicos que tiverem interesse em participar podem realizar a pré-inscrição, gratuita, através do Facebook da empresa – http://www.facebook.com/imagemformaturas – que, por sinal, é sempre muito interativo e atualizado.

Os fãs de vinhos raros vão adorar essa novidade. Ro-drigo Ferraz, publicitário, depois de voltar de uma de suas viagens, decidiu criar uma confraria online de vinhos incomuns no Brasil. A Confraria Vinhos de Bi-cicleta (www.vinhosdebicicleta.com.br) foi inaugu-rada e a ideia é oferecer rótulos que, apesar da alta qualidade, são desconhecidos ou pouco comercializa-dos no país. Quem se inscreve na confraria virtual passa a receber os vinhos todo mês, sem ter que sair de casa. O valor dos vinhos chega a ser até 40% menor que o praticado no mercado e as entregas são despacha-das para todo o Brasil. Junto com a encomenda, o cliente recebe uma cartinha com as histórias e prin-cipais características dos vinhos, para brindar e co-mentar a cada gole. Acesse o site e descubra que delí-cia de iniciativa!

O simpático ponto fica no cruzamento da Ferreira Itajubá com a Pedro Velho, próximo ao Cacim e em frente ao espetinho Papas Espetos. Ainda na Ferreira, Susana tem a marmitaria Fino Sabor, sempre bem frequentada e agora expandiu suas atividades para algumas casas à frente e batizou o local de Fino Sabor Conveniência, com foco em pães, bolos, doces e salgados. Experimente a torta de frango: geralmente esperamos uma massa mais consistente ou até mesmo a conhecida massa podre de empada. Esta aqui tem a textura e o gostinho de pão caseiro, bem aerada, leve e que não pesa no estômago. A cobertura é de frango desfiado com acompanhamen-tos como milho, ervilha e azeitonas, sem molho carre-gado, tudo muito sequinho e já no ponto para comer vários pedaços. Entre em contato, vale a pena: (84) 8721 9055 – (84) 9964 1865.

É cada vez maior o número de adeptos à culinária veg-ana, que é o nome que se dá às pessoas que não comem carne. Alguns vão até mais além, também não comendo ovos nem leite, depende bastante de como é sua orien-tação na dieta. De qualquer forma, as comidas que se encaixam nesse perfil são bastante gostosas, mesmo que sejam feitas em sua maioria somente com itens de origem vegetal. O nome do site traduz-se como "Vegano gordinho" e provam por A + B que é possível comer as mesmas delícias de forma mais saudável. A linguagem é fácil, acessível e divertida. A receita da coluna de hoje foi tirada de lá, os Donuts, bem famosos nos Estados Unidos. Acesse e confira: http://chubbyvegan.net/.

Workshop de Formatura

Vinhos de Bicicleta

Fino Sabor Conveniência

Chubby Vegan

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adoro comer

INGREDIENTES

• 1/2 xícara (chá) de manteiga de gordura de palma (ou creme vegetal)• 1/4 xícara (chá) de açúcar• 1/2 xícara (chá) de leite vegetal• 1 colher (chá) de extrato de baunilha• 1/4 xícara (chá) de néctar de agave (ou qualquer xarope doce)• 1 1/4 xícara (chá) de farinha de trigo• 1/3 xícara (chá) de cacau em pó• Uma pitada de sal• 1 colher (chá) de fermento químico em pó• Ganache ou glacê de açúcar

MODO DE FAZER

• Pré aqueça o forno em 180°C;• Bata a manteiga com o açúcar até conseguir um creme. Adicione a baunilha, o néctar de agave e o leite vegetal, misture bem. Neste momento irá parecer que tudo deu errado, não se preocupe porque é assim mesmo;• Misture todos os ingredientes secos e peneire. Adicione aos poucos, em 2-3 vezes na mistura líquida, sempre mexendo muito bem com um fouet;• Transfira a massa para um saco de confeiteiro e coloque na forma para donuts (lembre-se que ele cresce, não encha até transbordar);• Asse por 12-15 minutos. Desenforme e deixe esfriar em uma grade;• Se tiver sobrado massa, asse os donuts restantes;• Após os donuts estarem FRIOS, passe a parte superior em um pouco de ganache ou glacê de açúcar e, em seguida, pressione nos confeitos de açúcar;• Sirva em seguida.

Rendimento: 11 donuts médios.

Donuts de Cacau

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