revista de domingo

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Revista semanal do Jornal de fato

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Page 1: Revista de Domingo
Page 2: Revista de Domingo

Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

ao leitor

• Edição – C&S Assessoria de Comunicação• Editor-geral – Wil liam Rob son• Dia gra ma ção – Ramon Ribeiro• Projeto Gráfico – Augusto Paiva• Im pres são – Grá fi ca De Fa to• Re vi são – Gilcileno Amorim e Stella Sâmia• Fotos – Carlos Costa, Marcos Garcia, Cezar Alves e Marcelo Bento• In fo grá fi cos – Neto Silva

Re da ção, pu bli ci da de e cor res pon dên cia

Av. Rio Bran co, 2203 – Mos so ró (RN)Fo nes: (0xx84) 3323-8900/8909Si te: www.de fa to.com/do min goE-mail: re da cao@de fa to.com

Do MiN go é uma pu bli ca ção se ma nal do Jor nal de Fa to. Não po de ser ven di da se pa ra da men te.

O recesso escolar é aguardado ansiosamente pelas crianças. O que elas mais querem é diversão e de preferência na companhia dos pais e colegas.

Infelizmente, as opções voltadas para o público infantil neste ano ainda são poucas. Por isso, DOMINGO traz na matéria de capa algumas dicas para os pais que não podem viajar nesse período e precisam ficar mais tempo com as crianças, incluindo também algumas sugestões de brinca-deiras. Vale tudo para não deixá-las acomodadas em fren-te à TV.

A edição desta semana também traz a entrevista, uma conversa descontraída com o advogado, escritor e presi-dente da ANL Diógenes da Cunha Lima, sobre o livro in-fantil, “Cascudinho o menino feliz”, uma excelente dica de leitura para as crianças nestas férias.

Ainda com a temática das férias, mas enfatizando a saúde, uma reportagem sobre os cuidados com a saúde ocular das crianças e o que é preciso pra protegê-las de doenças que afetam a visão.

Aprecie sem moderação a coluna de Davi Moura para os que Adoram receitas e as dicas de Rafael Demétrius.

Em clima de férias escolares, desejamos um ótimo do-mingo em família.

editorial

Tempo de férias

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Cuide da saúde ocular das crianças

Férias

Confira as dicas do roteiro gastronômico nesta semana

“A noite dos Palhaços mudos” chega ao RN

O que fazer com as crianças nas férias?

Rafael Demetrius fala sobre ''marido e mulher, negócios a parte?''

Adoro comer

Cultura

Capa

Coluna

p4

p14

p6

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p 12

2

p10

Page 3: Revista de Domingo

3Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

)( Envie sugestões e críticas para oe-mail: [email protected]

Maria Aparecida vendia al-fenim na estação do trem, em Caraúbas. Chamavam-

na Cidinha, redução do sobrenome na forma diminutiva, também por suges-tão do seu tipo miúdo. Mas era boniti-nha, no seu vestidinho de pano barato, sempre limpinho e cheiroso a coradou-ro de areias de rio.

O trem parava na estação, e entrava ela nos vagões com seu tabuleiro de alfenins imitando bonecas, cavalinhos, aves...

O doutor Vitorino, promotor da co-marca de Mossoró tirando férias do seu colega de Caraúbas, indo lá duas vezes na semana, comprava-lhe todo o tabu-leiro, a distribuir entre a meninada ali na estação.

Ainda solteiro, ali pelos trinta e tan-tos, doutor Vitorino tomara-se, à pri-meira vista, de grande amor a Cidinha, aos dezesseis anos da sua idade... Mas, em razão dessa diferença de anos, ain-da porque um tanto tímido, não encon-trava em si coragem para declarar-lhe seus sentimentos.

Puxava conversa com ela, toda via-gem, na esperança de um olhar, um

Cidinha

JOSÉ NICODEMOS*

conto

gesto, que lhe motivasse o coração de todo entregue àquela criaturinha hu-milde, que de logo lhe parecera, aos olhos, a única no mundo.

Muito ingênua, no entanto Cidinha não demorou, e pôde perceber-lhe, no jeito de olhar, as intenções do coração, somente desconfiando, a princípio, que um doutor fosse capaz de querer, de ver-dade, a uma vendedora de tabuleiro.

Depois, já confiada na sinceridade do amor do doutor Vitorino, tantas eram as evidências, cedeu a encher-lhe os olhos com a correspondência do seu coração, também experimentando, já,

o mesmo amor. E o doutor Vitorino amiudou suas

idas a Caraúbas, com um detalhe – re-tirou-lhe logo das mãos o tabuleiro; queria casar com ela, e pediu-lhe a mão em casamento. Como se flutuasse nos ares de um mundo encantado, beijou as lágrimas felizes de Cidinha, ele também com lágrimas de felicidade nos olhos miúdos pelo grau dos óculos doutorais

Dali a dias, o casamento foi na terra dele, Fortaleza, em meio à família, ce-lebrado pelo tio padre, conforme era o desejo deste, isto é, casar os sobrinhos, ao pé do altar de Deus.

Cidinha era bonitinha, no seu vestidinho de pano barato, sempre limpinho e cheiroso a coradouro de areias de rio.

Page 4: Revista de Domingo

4 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

entrevista

Escritor, poeta, advogado e presidente da Aca-demia Norte-rio-grandense de Letras, Dióge-nes da Cunha Lima tem mais de 30 livros pu-blicados e sempre se aventura por novos ca-

minhos e projetos que demonstram sua paixão pela literatura. Tem sido assim também com o livro infan-til “Cascudinho, o menino feliz”, que escreveu com a filha Cristine, o começo de muitos trabalhos que virão para as crianças. Sobre sua amizade com Câmara Cas-cudo e os projetos, o escritor detalha mais na conver-sa que concedeu a DOMINGO:

DIÓGENES DA CUNHA LIMA

Por Izaíra [email protected] | Twitter: @izairathalita Aventurando-se

na literatura infantil

Page 5: Revista de Domingo

5Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

entrevista

DOMINGO – Como foi seu primeiro encontro com Câmara Cascudo e que influências ele teve na sua trajetória profissional e como escritor?

DIÓGENES DA CUNHA LIMA – Meu pai me disse que em Natal havia um rio chamado Luís da Câmara Cas-cudo, o resto era tudo riacho. Fui logo visitá-lo. Toquei a campainha e Anália me perguntou: “O que você quer, me-nino?” – Vim conversar com Câmara Cascudo. Ela me disse que ele estava ocupado, mas eu insisti e Cascudo veio me receber, sorrindo, no alto da esca-daria. Encantou-me. Recebeu os folhe-tos que eu levara para ele. Disse que meu pai tinha olho de xexéu. Deu-me uma cestinha de índio e um chocolate Sonho de Valsa.

O QUE você destacaria (um fato que recorda) nessa amizade com Câ-mara Cascudo?

A PRIMEIRA vez que considerei um homem inteiramente feliz, alegre, sá-bio, acolhedor, um porto seguro. Em-prestava-me livros, alguns de autores gregos e latinos, que eu deveria ler, para lhe fazer um resumo e perceber o que eles se referiam ao Brasil.

CERTA vez ele teria lhe dito: “Dió-genes não está sozinho. Ele é um gru-po”. Que pessoas você considera que lhe influenciam na forma de escrita, nos gostos pela literatura e música?

ANTES de qualquer outro, o Mes-tre. Muitos e muitos outros. No mo-mento, lembro-me de Machado de As-sis, Pitigrili, Vargas Vila, Dostoievski, Pablo Neruda, este para mim o maior poeta das Américas. Na música, Chi-co Alves, Ademilde Fonseca, o então menino Aguinaldo Rayol. Depois, Villa Lobos, Oriano de Almeida.

APÓS mais 30 de publicações, você lança um livro voltado para as crianças em parceria com sua filha, “Cascudinho, o menino feliz”. Como se deu a ideia desse livro infantil e como foi a sua elaboração junto com Cristine?

HÁ MUITO tempo que eu imagina-va Cascudo estudado pelos jovens. A Editora Cortez deu-me alegria convi-dando-me e a Cristine. A parceria fun-cionou.

A CORTEZ é uma editora impor-tante. Como está sendo a aceitação do livro pelo Brasil?

NO LANÇAMENTO foram vendidos 319. A Secretaria de Educação de São Paulo examina a possibilidade de ado-tar em suas escolas. A PUC de Perdizes

(SP) vai apresentar um grande painel sobre Câmara Cascudo e a infância brasileira. O secretário de Educação de Natal, mossoroense José Walter Fonseca, também deseja fazer.

QUE histórias verdadeiras de Cas-cudo são destacadas nessa obra?

DESTACAMOS a vivência, o ensi-namento de valores de Câmara Cascu-do, a sua preocupação na formação da personalidade.

EXISTEM projetos para outros li-vros voltados para as crianças?

JÁ COMECEI a anotar Clara Cama-rão. Penso em Nísia Floresta e na Prin-cesa Isabel, ícone, a primeira mulher que governou o Brasil. E bem. Duran-te quase quatro anos.

O QUE gosta mais: prosa ou poe-sia?

COMEÇO o meu dia lendo poesias. Sem ela, a vida é chata, absurda, difícil de ser compreendida. A poesia tem a beleza das curvas; a prosa é retilínea.

SOBRE um dos seus projetos, o Itajubar Clube Espaço Cultural e Clu-be Gourmet?

A CASA número 63, estilo Art No-veau da Rua Chile, foi onde nasceu, viveu e fez um pequeno circo o poe-ta maior Ferreira Itajubá. Estava em ruínas. Pedi, sem êxito, à Prefeitura

e ao Estado que tomassem providên-cias. Nada. Adquiri o imóvel, restaurei e comecei a sonhar. Os dois projetos não morreram; foram adiados.

QUE livro te marcou?O Libro de las Preguntas, póstu-

mo, de Pablo Neruda. São perguntas líricas, instigantes, impensadas, aten-tam. Outro é o Pequeno Príncipe de Saint Exupèry, grande fábula huma-namente tocante, filosofia.

O QUE está lendo agora?OS LIVROS de poesia de Ronaldo

Cunha Lima. Estou escrevendo uma biografia do meu primo-irmão, na-talense honorário. Destaco as nossas vinculações, parcerias, ligações com Natal.

O QUE você acha sobre os livros digitais ou e-books?

LEIO e-books quando não há outro jeito. Gosto do contato físico, de pe-gar no livro, cheirar até, marcar subli-nhando de vermelho.

PARA finalizar, que novos projetos estão sendo pensados ou elaborados agora?

SÃO vários projetos. Um deles é a quarta edição do Câmara Cascudo – Um brasileiro feliz. Ele contará com um acréscimo de um Dicionário do Humor Cascudiano.

Page 6: Revista de Domingo

6 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

Cultura

Os ‘Palhaços mudos’

estão chegando

Adaptação de obra do cartunista Laerte encenada pelo grupo La Mínima (SP) estreia turnê pelo NE em Natal e chegará a Mossoró

A partir da comicidade física, da lógica do absurdo e do humor sem palavras, o espetáculo “A

Noite dos Palhaços Mudos”, aclamado pela crítica especializada e vencedor de diversos prêmios, estreia sua turnê pelo

Nordeste em Natal. A obra é uma adaptação para os pal-

cos do HQ do famoso cartunista Laerte. Encenada pelo grupo La Mínima (SP), a peça será apresentada no período de 19 a 21 deste mês, no Teatro Alberto Mara-nhão.

A próxima parada do grupo, nos dias 24 e 25 deste mês, data em que apresen-ta o trabalho em Mossoró, encerra as

apresentações no Estado. A entrada cus-ta R$ 20,00 (inteira) e pode ser comprada na bilheteria dos teatros. Depois, a turnê aporta em Recife (PE) e Caruaru (PE).

A obra evidencia os conflitos entre as intolerâncias urbanas e o universo irre-verente do palhaço, baseada na HQ ori-ginal publicada em 1987 na Revista Cir-co.

“É uma história simples, que contes-

LoREnA GuRGELEspecial para DOMINGO

Page 7: Revista de Domingo

)) Espetáculo chegará a Mossoró na próxima semana

Cultura

7Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

ta a falta de flexibilidade daqueles que não entendem a relatividade das cultu-ras, algo que ainda é muito comum nos dias de hoje”, lembra Laerte. Para o car-tunista, ao sofrerem uma perseguição implacável apenas pelo fato de existirem, os personagens remetem à própria na-tureza do palhaço, que precisa lidar com o rompimento dos tais valores absolutos para preservar sua própria essência.

Os Palhaços Mudos são seres que ha-bitam a cidade e dedicam-se a praticar palhaçadas. Existe uma seita, no entan-to, que os considera uma ameaça alar-mante e os persegue, na tentativa de extingui-los.

Numa noite de caça a dois palhaços, conseguem capturar apenas um e, na tentativa de matá-lo, conseguem apenas arrancar seu nariz. O pobre mutilado escapa, mas não consegue suportar a vergonha e se desespera. Surge, então, o segundo Palhaço Mudo, que entende o que aconteceu e arrasta-o para um ousado resgate nasal.

Nesse contexto, perseguições em meio às sombras de uma seita secreta misturam-se a truques de magia, núme-ros musicais e referências contemporâ-neas, numa estética de inspiração cine-matográfica. A direção é de Álvaro As-sad; o elenco conta com os atores Fer-nando Sampaio, Fernando Paz e Paulo Federal – que substitui Domingos Mon-tagner, em viagem para gravação da nova novela da Globo; a iluminação é de Wagner Freire; os figurinos são assina-dos por Inês Sacay e a música original é de Marcelo Pellegrini.

FAnTASIA E REALIDADEA mescla entre fantasia e realidade

dá uma pitada de “policial noir” ou “clo-wn noir” ao espetáculo, toque essencial para a atuação dos atores. “Nada mais instigante para o La Mínima do que mon-tar um espetáculo que sempre pareceu sua própria sinopse”, detalha o ator Do-mingos Montagner, que teve recente-mente uma experiência na novela “Cor-del Encantado”, da Rede Globo, ao in-terpretar o cangaceiro “Herculano”. Para o ator, o embate entre o conserva-dorismo intolerante e o arquétipo do palhaço envolve o espectador. “Em cena, os palhaços dão as cartas. Mas o público é quem joga o jogo”, compara.

PRÊMIoSJá na sua estreia, em 2008, em São

Paulo, “A Noite dos Palhaços Mudos” te-ve sua qualidade reconhecida. Foram quatro indicações ao Prêmio Shell 2008, vencendo na categoria Melhor Ator – graças às brilhantes atuações de Domin-

gos Montagner e Fernando Sampaio – e seis indicações ao Prêmio Coca-Cola Fe-msa de Teatro 2008.

Foi eleito o “Melhor Espetáculo de 2008” pelo jornal Folha de S.Paulo e pe-la revista Bravo!, ganhou o “Prêmio de Melhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elenco” por meio do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2008, além de muitas outras indicações.

SoBRE o LA MÍnIMAEm 1997, Domingos Montagner e

Fernando Sampaio criam o Grupo La Mínima, depois de uma jornada iniciada quando se conheceram no Circo Escola Picadeiro, em São Paulo. O primeiro es-petáculo foi o “La Mínima Cia. de Ballet”, baseado no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas.

Desde então, o circo e a arte do pa-lhaço de picadeiro conduzem o trabalho da dupla, em espetáculos como “À La Carte” (2001), “Piratas do Tietê, O Fil-me” (2003), “Feia” – Uma comédia cir-cense (2006), “Reprise” (2007), “A Noi-te dos Palhaços Mudos” (2008), inspira-da em HQ de Laerte, e a mais nova pro-

dução “O Médico e Os Monstros” adap-tação de Mário Viana e direção de Fer-nando Neves; e na participação em festivais como o Festival de Curitiba – Mostra Oficial (2000), 23º Festival Mun-dial de Circo de Demain - Paris (2002), Teatralia – Madrid (2002), 21º Festival Internacional Teatro a Mil – Fitam – Chi-le (2004), Festclown de Brasília (2006), Festival de Circo do Brasil (2005 e 2007), Temporada de 2 meses do espetáculo Sueños em el Circo Price, Madrid / Es-panha, entre outros.

Dentre os principais prêmios recebi-dos pelo La Mínima estão dois: APCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por “Piratas do Tietê – O Filme” e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por “À La Carte”; Prêmio Coca-Cola Femsa na Categoria Especial pela Valorização de Números Circenses de Humor Físico de 2007, por “Reprise” e de Melhor Es-petáculo Jovem de 2003 por “Piratas do Tietê – Filme” e Prêmio Em Cena Brasil do Ministério da Cultura, em 2002, por “À La Carte”. “A Noite dos Palhaços Mu-dos” também recebeu diversas premia-ções e indicações.

# Serviçoo quê? Estreia da turnê Nordeste do espetáculo “A Noite dos Palhaços Mudos”

Quando? Dias 19, 20 e 21 de julho, às 20h

onde? Natal – Teatro Alberto Maranhão (Praça Augusto Severo, s/n, Ribeira)

Quanto? R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (estudante e pessoas acima de 60 anos)

Site - www.laminima.com.br

Page 8: Revista de Domingo

A criançada quer mesmo é curtir cada dia das férias de julho; com poucas opções e se as férias dos pais não coincidem com a dos filhos, é preciso ter um plano “B” para garantir a diversão

8 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

capa

O mês de julho pede opções cria-tivas de entreter as crianças e, de preferência, que não saiam

caras. Se as férias dos filhos coincidem com a dos pais, nada melhor do que sair numa boa viagem de férias. Mas, para a grande maioria, esse período não coin-cide, obrigando os pais a permanecer na cidade devido aos compromissos profis-sionais. Por outro lado, é preciso garan-tir um pouco de diversão aos pequenos e não vale deixar que as crianças fiquem ociosas em frente à televisão.

Mesmo na cidade, as opções para o período são poucas. As entidades que cos-tumam ofertar serviços nesta época, como é o caso do Serviço Social do Comércio (SESC), neste ano, por exemplo, não pos-sui nenhuma programação voltada para as férias de julho das crianças (associados ou não). A pauta de espetáculos (shows musicais e teatrais) no Teatro Municipal Dix-huit Rosado também não contará com muitas opções; apenas um único show para esse público infantil.

Mesmo diante das opções escassas, é possível permitir diversão mesclando com outras alternativas criativas, mais baratas, exigindo dos pais disposição para entreter os pequenos e entrar na brincadeira.

Seguindo as dicas de educadores e recreadores, veja algumas opções para

tornar o mês de férias mais animado pa-ra pais e crianças.

1 - REcEITAS cASEIRASFaça da tarde uma oportunidade para

produzir uma porção de delícias que os pequenos amam: brigadeiro, bolo de cho-colate, cachorro-quente e outras receitas (veja receita no quadro). A família pode organizar um cardápio e deixar que as pró-prias crianças ponham a mão na massa.

2 - cInEMASAs opções para quem curte ver filmes

na telona estão diversificadas em Mosso-ró. No shopping, tem as salas em 2D e 3D com preços que variam de R$ 8,00 a R$ 24,00 senhas de estudante e individual.

3 - VIDA DE ARTISTA Algumas caixas de papelão, latas de

refrigerante, garrafas pet, papel, tesou-ra e tinta guache podem dar lugar a brin-quedos lúdicos, divertidos, estimular a criatividade e transformar o tempo ocio-so em momentos agradáveis numa ofi-cina de artes. (Veja que brinquedos pro-duzir com garrafas pet no quadro)

4 – JoGoS oLÍMPIcoSNeste mês de julho, o shopping con-

tará com uma ação de férias com tema das Olimpíadas para as crianças, entre

os dias 18 e 31, das 16h às 22h, em fren-te às Lojas Americanas. As atividades serão direcionadas para crianças de qua-tro a 12 anos acompanhadas pelos pais ou responsáveis. O circuito de brincadei-ras é dividido em quatro espaços distin-tos: corrida de obstáculos, salto, ambien-te virtual e criatividade. Ao passar por cada um deles, a turminha acumula pon-tos para brincar em todo o circuito Olím-pico orientada por monitores.

5 – GALInHA PInTADInHAO único espetáculo infantil agendado

no Teatro Municipal neste mês é a Gali-nha Pintadinha, no dia 28, às 17h. O gru-

O mês é delas

Page 9: Revista de Domingo

9Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

capapo teatral mescla musical e encenação a partir do famoso DVD da Galinha Pinta-dinha, que fascina crianças de várias idades.

6 – BRIncADEIRAS AnTIGASBrincar de bila, peão, patins, brincadei-

ras de roda, adedonha. (Veja no quadro)

6 - FILMES EM cASAApague a luz da sala, reúna os amigos

para uma sessão com pipoca. Escolha um filme conforme a classificação (veja no quadro as nossas dicas) e curta os mo-mentos. É interessante pedir que um adulto vá anotando algumas perguntas para, no final, fazer um “quizz” com os convidados valendo alguns prêmios, co-mo chocolate, para quem responder cor-retamente.

7 – PASSEIo coM MáquInA nA MÃoAs crianças podem ser estimuladas a

observar a cidade em que vivem ao rea-lizar um passeio por locais interessantes. Reúna um grupo de amiguinhos e cada um com sua máquina fotográfica pode fazer fotos do que encontrar de interes-sante pelo caminho do passeio. Depois, monte uma sessão para exibir as fotos e escolher as melhores que podem ser re-veladas e coladas em um álbum com o tema “Minhas férias”. As fotos podem ser exibidas também para os pais numa pequena exposição.

8 – SoRVETAÇoQue tal uma tarde regada a sorvete

de sabores variados? Cada amiguinho pode levar um sabor e, na hora do lanche após as brincadeiras, realizar um peque-no self-service de sabores acompanhado de biscoitos e frutas picadas.

9 – DoRMInDo FoRADeixe que as crianças tenham a opor-

tunidade de dormir na casa de algum colega ou parente. Estimula a indepen-dência e ensina a ter responsabilidades longe do olhar dos pais.

10 – PRAIAPertinho de Mossoró, as praias são

uma alternativa de lazer nos finais de semana.

11 – TEATRo nA GARAGEMDeixe as crianças brincar com roupas,

sapatos, chapéus, maquiagem, fantasias antigas e criar personagens que podem ser apresentados.

12 – PRAÇASAs praças são ótimas opções. Em Mos-

soró, há a Praça da Criança, mas há outras praças com brinquedos em madeira que também se tornam opção de diversão.

REcEiTAS PARA MiNichEFS

DivERSão coM PET

BRiNcADEiRA - ADEDoNhA

FilMES EM cASA

1

2

3

4

CAnApés De sAlsiCHAIngredientes: Pães de forma sem casca, maionese, salsichas, ervilha e milhoPreparo: Passe bastante maionese nas fatias de pão sem casca.Peça para um adulto dividir cada fatia em dois pedações, formando triângulos.coloque uma rodela de salsicha no meio de cada triângulo.

Enfeite nos lados com ervilha e milho verde.

uSE AS GARRAFAS PET E LATInHA DE REFRIGERAnTE PARA cRIAR BRIncADEIRAS, coMo:- Jogo de argolas: corte argolas de cerca de 2cm da garrafa Pet de 2 ou 3 litros de refrigerante e passe fita crepe em volta. Separe uma garrafa pet de 1 litro, encha-a com areia e coloque-a no chão. Meça uma distância de 1,5m e faça uma linha com fita crepe. cada jogador tem cinco chances de acertar a garrafa com as argolas. Quem acertar mais, ganha o jogo.

- Telefone sem fio: com duas latinhas de refrigerante e dois metros de barbante, crie um telefone para brincar. Para fazê-lo, fure o fundo das latas e passe o fio de barbante até a abertura original, por onde sai a bebida, prenda o barbante com um nó que ligará uma lata a outra e depois simule um telefone alternado fala e escuta.

os participantes podem esconder e mostrar os dedos ao mesmo tempo e definir qual será a letra do desafio, encontrar nomes de pessoas, animais, objetos, comida etc.. No final, ganha aquele que fizer mais pontos.

Alvin e os Esquilos 3 - Agora eles estão de volta, em uma aventura em 3D. Alvin, os Esquilos e As Esquiletes estão com tudo. No filme Alvin & os Esquilos 3 (Alvin and the chipmunks: chip-Wrecked), de férias, os esquilos mais fofos do mundo aproveitam todo o luxo de um grande cruzeiro. Mas, um naufrágio vai estragar os planos da turma, que vai ter de se virar em uma ilha deserta

Eu e o guarda-chuvas – No filme Eu e Meu guarda-chuva na última noite de férias, três amigos – Eugênio, sempre munido do guarda-chuva herdado do avô, Frida e cebola – embarcam em uma aventura mágica ao visitar sua nova escola. Um barão, que deveria permanecer em um antigo quadro da parede, ganha vida e comprova sua fama de “terror dos alunos”. Salas e corredores viram o palco de uma fuga repleta de ação que leva a viagens a lugares desconhecidos e ao encontro com personagens inusitados e divertidos.

Tô de Férias - Em uma ilha no meio do oceano vive um bebê de dinossauro, juntamente com seus amigos. Um dia um caçador de pequenos dinossauros chega ao local, o que obriga o bebê a viver em um iate de luxo.

LETRA

C

A

F

G

I

AnIMAL coMIDAnoME oBJEToToTAL DE PonToS

Page 10: Revista de Domingo

)) Durante o dia, seja na praia ou piscina, as crianças também precisam proteger os olhos dos raios uV

10 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

olhosolhos

Proteção para osProteção para os

Os cuidados com os olhos devem ser ainda maiores durante as férias da criançada, para prevenir doenças que afetem a visão

férias

Page 11: Revista de Domingo

11Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

férias

As brincadeiras à beira-mar ou na piscina são divertidas e ain-da mais frequentes neste pe-

ríodo de férias das crianças. Com bas-tante energia para gastar, muitas crian-ças demonstram uma energia sem fim, o que também é uma prova de boa saú-de e disposição.

Mas, em meio à diversão, os pais es-quecem de proteger os olhos das crian-ças. A combinação do sol, calor, praia ou piscina pede alguns cuidados necessá-rios para garantir que os dias de folga serão marcados somente pela alegria.

Assim como a pele precisa de prote-ção contra o sol, os olhos também me-recem cuidados especiais.

“Embora as atividades outdoor, ou ao ar livre, sejam benéficas, pois fazem que as crianças saiam da frente do compu-tador, rotina comum na infância da vida moderna, a exposição à luz solar requer algumas precauções”, orienta a oftalmo-pediatra Maria Helena Saldanha, há quinze anos lidando com a saúde ocular das crianças.

A médica explica que, em pequenas quantidades, a exposição aos raios ul-travioletas, ou UV, é benéfica à saúde. Mas, quando essa exposição é feita sem nenhuma proteção ou de maneira exces-siva, os prejuízos são graves.

“Essa radiação pode provocar o sur-gimento da catarata, doença caracteri-zada por lesões oculares que tornam o cristalino (espécie de lente dos olhos) opaco, levando à perda parcial ou total da visão”, ressalta a especialista. E não apenas catarata precoce, mas também doenças no pterígio, causadas pela ra-diação acumulativa.

Maria Helena explica que a pupila nos adultos costuma se fechar mais diante de muita luz e se abrir diante da pouca luz. Já nas crianças a pupila está nor-malmente muito mais aberta mesmo diante de muita luz e, com isso, aumen-ta a exposição aos danos.

Assim, é importante como proteção o uso de óculos escuros com lentes que contenham o selo de proteção UV ven-dido em lojas credenciadas e em óti-cas.

MERGuLHoSOutro cuidado está na orientação dos

pais a crianças quando estiverem em praias e piscinas.

“As crianças costumam mergulhar com os olhos abertos, não querem perder um momento da diversão. Nesses casos, é preciso mostrar a importância de pro-teger os olhos e verificar se a água está mesmo tratada ou apta para o banho”, ressalta a médica.

Outra alternativa pode ser mesmo o

uso dos óculos de mergulho, que melho-ram a visibilidade e protegem os olhos durante as “performances” aquáticas das crianças.

SAÚDE E PREVEnÇÃoAs férias são também uma oportuni-

dade para se fazer um check-up oftal-mológico para verificar como está a saú-de ocular das crianças.

Por se aventurarem mais, os peque-nos também podem desenvolver viroses e há tipos de vírus que podem causar problemas na visão, como é o caso da conjuntivite.

“É importante ao menos uma vez ao ano levar a criança para realizar os exa-mes, que podem ajudar nos cuidados à saúde ocular nas crianças, para ver se a visão está saudável, pois muitas crianças que apresentam baixo rendimento es-colar podem também estar com baixa qualidade visual, impedindo seu apren-dizado”, ressalta a especialista.

)) oftalmopediatra Maria Helena Saldanha explica a importância de proteger os olhos das crianças

Acesse o portal DeFato.com e assista ao vídeo com a médica Maria Helena explicando mais sobre a saúde ocular das crianças.

Page 12: Revista de Domingo

12 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

xQuando o expediente acaba e é hora de ir para casa, rola aquela vontade boa de encontrar o amado e de dividir um pouco do que aconteceu durante o dia, certo? Cer-

to para quem não esbarra com o companheiro na hora do cafezi-nho ou ainda daquela reunião geral. Para os casais que trabalham na mesma empresa, o desafio é manter a novidade mesmo no meio de tanta repetição e rotina. Isso de dividir muito mais do que a cama pode levar casais a crises e brigas que, caso traba-lhassem em empresas e horários diferentes, não aconteceriam. O ambiente corporativo é um local favorável ao surgimento de possíveis amores, onde muitos pares acabam se formando. Em outros casos, casais que se conhecem fora do emprego se arriscam a abrir um negócio juntos depois de casados. Mas para que o trabalho e amor deem certo, é preciso aprender a não misturar carreira e vida pessoal. Por isso, para não deixar que o trabalho contamine o romance e nem permitir que o relacionamento amo-roso prejudique o desempenho profissional, é preciso bom senso, maturidade, equilíbrio e discrição. Além é claro de observar al-gumas dicas que listamos na coluna de hoje.

RAFAEL DEMETRIUS

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Os conflitos mais comuns e praticamente inevitáveis surgem quan-do um dos conjugues recebe uma promoção e o outro não, quando apenas um dos dois tem acesso a uma informação privilegiada e até mesmo sigilosa, ou quando as opiniões divergem sobre questões referentes ao negócio em conjunto. O contrário também pode ocor-rer. As brigas em casa se refletem no profissional e acabam escan-caradas para os colegas ou funcionários da empresa.

Os desentendimentos surgidos no trabalho devem permanecer neste e os desentendimentos do lar, idem. A convivência ininter-rupta é sempre difícil, e é natural o casal levar assuntos da profis-são para casa. É preciso ter equilíbrio e saber a hora certa de mudar o rumo da conversa quando necessário.

Quando o relacionamento acontece entre colegas de trabalho que são funcionários de uma mesma companhia, é preciso manter o máximo de discrição e bom senso para não gerar intrigas, inveja e fofocas nos outros colaboradores. Acontece em quase todos os ambientes corporativos, quando surge um novo par, todos passam a fiscalizar a dupla em busca de favorecimento ou de privilégios indevidos, por isso é preciso cuidado.

Apesar de tudo o que foi apontado até agora, trabalhar com o cônjuge pode ser positivo. Em um negócio próprio, o casal tem a oportunidade de construir o futuro junto, dividindo as respon-sabilidades e o peso das decisões. Também fica mais fácil plane-jar a vida pessoal. Dá para tirar férias na mesma época, por exemplo e, no caso de decisões mais sérias, decidir o momento ideal para ter filhos em conjunto.

Passamos 80% do nosso tempo negociando, por isso nada melhor que um curso de negociação. O curso será de 16 a 20/07 na ME-TA das 19h00min as 22h00min. Ligue 84 3314-1024 ou mande um e-mail para [email protected] e faça sua ins-crição.

Mas é bom ter em mente que problemas na relação do casal devem ser discutidos em casa, nunca no ambiente de trabalho. Quando o casal trabalha junto em uma empresa de terceiros, regras de hierar-quia devem ser mantidas e respeitadas. Se marido é chefe e esposa subordinada, mesmo que os dois tenham brigado na noite anterior, ela deve estar preparada para a neutralidade no dia seguinte.

Ter momentos de independência, nos quais cada um possa fazer o que bem entende sem os palpites do parceiro, também são impor-tantes. Por passarem muito tempo juntos, marido e mulher sabem tudo um do outro e, sem novidades, sem assuntos novos pra falar no final do dia, a relação fica sem graça e cai na rotina mais cedo.

Também é imprescindível ficar de olho no código de ética da empresa. Algumas companhias não aprovam relacionamentos amorosos entre seus funcionários afirmando que casos de amor não só prejudicam o desempenho dos envolvidos como atrapalham o sucesso dos negócios. Outras, mais flexíveis, não permitem que um casal trabalhe junto como chefe e subordinado. Mesmo nas que não possuem um código de ética escrito, é preciso ser muito discreto para não prejudicar a carreira nem o romance.

Já na hipótese de o casal ser funcionário de uma mesma organi-zação, o par ganha tempo para se curtir e maturidade para com-preender o parceiro. Casais que não trabalham na mesma empre-sa não podem almoçar nem fazer o trajeto de volta para casa jun-tos todos os dias. E raramente entendem com facilidade as horas extras e os plantões de final de semana do parceiro. Por isso, se o seu parceiro trabalha com você aproveite da melhor maneira e lembre-se independente dos desentendimentos que possam ocor-rer no ambiente profissional vocês se amam acima de tudo.

Locação de Salas

Conflitos mais comuns

A difícil missão de separar

E quando o casal é funcionário da mesma empresa?

Calma, nem tudo está perdido

Curso de Negociação

Os desafios profissionais precisam ficar no trabalho

Momentos de Independência

Código de Ética

E se for funcionário da mesma empresa?

Marido e mulher, negócios a parte?

sua carreira

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13Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

FLÁVIO REZENDE*

A área jornalística sempre foi ter-reno propício à invasão de pes-soas que se julgam aptas ao

exercício da profissão e, agora, com o fim da obrigatoriedade do diploma, virou a casa de mãe-joana, com figuras que se julgam jornalistas, pelo simples fato de terem blogs dos mais diversos assuntos, portando carteiras próprias e compare-cendo a tudo que é evento, seja ele social, esportivo, político ou até mesmo um ba-tizado qualquer por ai.

Está difícil para as assessorias de im-prensa dos mais diversos campos lidar com tanta gente querendo credencial para adentrar nos eventos em geral. Se o assessor afirmar que só entra quem a empresa que ele representa tem interes-se, vai ser um caos, cabendo até proces-so de bullying. Se credenciar todo mun-do, corre o risco de passar vergonha com tanta gente falando errado e escrevendo menos ainda, interessada só e somente só em ser ele mesmo, a notícia.

Sim, pois agora temos muitos que aparecem mais que as notícias. Em fotos que vemos em sites e blogues, os autores aparecem tanto que os aniversariantes, os noivos ou os políticos são meros deta-lhes.

Além de estarmos presenciando um tempo em que os jornalistas aparecem mais que os entrevistados ou os fatos noticiados, tem um monte aí se arvoran-do a ser formador de opinião. Espalha pelos quatro cantos da cidade que seus textos influenciam as pessoas, induzem ao consumo disso e daquilo e levam mul-tidões a restaurantes indicados.

O caminho do jornalismo genérico está aberto e a fortuna acena para muitos devido à própria futilidade de toda a so-ciedade, louca para sair numa coluna. Os novos e os velhos ricos, precisando apa-recer para os amigos e familiares como pessoas importantes, conduzem os ge-

O perigoso mundo dos jornalistas genéricos )(

néricos jornalistas e/ou colunistas e/ou blogueiros e/ou seja lá que nome possa-mos dar, para um mundo de vinhos, de-gustações, viagens, hospedagens, tendo casos de apartamentos doados, carros transferidos, contas bancárias regadas mensalmente e, até a combinação ipsis litteris do que deve ser publicado.

O bom jornalismo ensina em todo can-to que o jornalista, o repórter, editor, apre-sentador, deve interferir o mínimo possí-vel na informação, sendo por isso vedado o uso de paletó numa beira de praia, pois, sendo isso fora do comum, o telespectador ou leitor desviaria a atenção do que real-mente importa, para o fato do jornalista estar vestido de maneira inadequada num calor danado. Isso se chama ruído na co-municação.

Hoje em dia, o ruído virou regra e, o que vale, é o camarada aparecer a todo custo. Aparece em todas as fotos, apare-

* Flávio Rezende, é escritor, jornalista e ativista social em Natal. [email protected]

artigo

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ce em todas as festas, prestigia Deus e o Diabo, acendendo uma vela para todos os santos católicos, divindades hindus, tudo com a ideia fixa de marcar presença, de fazer amigos, formar a rede de network.

Muitas coisas seriam saudáveis e cor-retas, se a pessoa assumisse que seu tra-balho é o de exaltação a si mesmo, o tra-balho de tornar sua vida mais feliz, de ganhar dinheiro com isso e, deixar de la-do essa fantasia, esse autoengano de que pratica jornalismo.

Jornalismo é informação de interesse coletivo, são fatos reais que precisam ser compartilhados com a sociedade como uma forma sadia de sabermos o que acon-tece a nossa volta e no planeta que mo-ramos. Sabemos que os veículos têm opinião, que existem interpretações dos fatos, que pessoas de acordo com sua for-mação educacional, social, familiar e até política, analisam os acontecimentos de maneira pessoal, por isso os cursos de jornalismo defendem o aprofundamento da leitura crítica da comunicação, para que possamos entender de maneira mais ampla todo esse jogo, mas o foco da coisa toda é a informação, não o informante.

Com o fim do diploma e a ocupação do espaço da comunicação por genéricos e todos os babados mais, com muitos se achando o próprio pop star, a última Coca-Cola do deserto, aliado a falta de interes-se da população em geral, em todo o pla-neta, por coisas mais profundas, só Her-bert Marshall McLuhan sabe o que vai acontecer nesta aldeia global com tantos caciques e poucos índios na taba mundial e, se, MacLuhan afirmava que o meio era a mensagem, estamos caminhando para que a mensagem seja o meio mais fácil de aparecer, ganhar dinheiro, poder e, envergonhar de vez, quem continua ten-tando fazer da informação, um produto sério e necessário, sem embalagem e sem tanta frescuragem.

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Para quem também concorda que o café da manhã é a melhor refeição do dia. Café quentinho, tapioca rec-heada, pão de queijo, bolo, queijo e vários doces, tudo isso é possível se encontrar no Café do Sertão. Esse lugarzinho acolhedor fica logo na entrada de Fortaleza (CE) e já é destino certo para quem quer forrar o es-tômago com deliciosas iguarias regionais. Amplo es-paço e um buffet bem variado, contando ainda com algumas tortas e mugunzá. Curtiu? Quando estiver indo a Fortaleza, aqui é o canto certo para apreciar estas delícias. Anote o endereço: Avenida Eusébio de Queiroz, 2159 - CE-040, quilômetro 5 - Bairro Eusébio - Telefone 3260-3447.

Com o crescimento e a boa aceitação dos consumidores, um grupo de empresários viu a oportunidade de apre-sentar ao público essa nova sensação, e abrirá breve-mente em Mossoró uma Temakeria. O estabelecimen-to será pioneiro na região, especializando-se nos “te-makis”, prato denominado como o “fast food” japonês, pela sua rapidez no preparo e fácil digestão. O restau-rante oferecerá ao público um cardápio com mais de 40 tipos de temakis, além de apresentar diversos ambi-entes para sua degustação e de sushis à la carte. O espaço está em fase de finalização na sua infraestru-tura, sendo localizado nos arredores da Avenida Rio Branco, próximo à Praça da Convivência. Sua abertura está prevista para meados de agosto.

Café do Sertão

Temakeria San

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DAVI MOURA

14 Jornal de Fato | DOMINGO, 15 de julho de 2012

Aproveite e acesse o http://blogadorocomer.blogspot.com para conferir esta e outras delícias!

adoro comer

Hoje, 15 de julho, é dia de comemorar o aniversário do Edu Pedrosa, da Opa! Comunicação Integrada, e o lan-çamento oficial do – enfim – adorocomer.com no Sélect Nouveau, das 13h às 22h, ao som do Seven Two e Nida Lira, do 30 de Outubro e da DJ Luciana Lins. Além de caipirinha e feijoada de graça, feita pelas mãos mágicas da Jane, do Impacto Buffet. Uma festa só para convi-dados, com muita gente bonita e diversão.

Mesas preparadas para uma grande noite de degustação de fondues, música ao vivo e profissionais preparados para servir todos os convidados. Como entrada, o even-to disponibilizou torradinhas com patê de queijo, e na mesa, uma carta com sete tipos de vinhos para todos os gostos. Além de uma variedade de frios. O primeiro a ser servido foi o fondue de queijo acompanhado de tor-radinhas, o segundo foi de carnes (filé mignon, frango, camarão, cebola roxa e abacaxi) acompanhado de arroz branco, patê, e o terceiro, um delicioso de chocolates preto e branco com frutas. Se esse foi o início, imagine os outros dias, hein? Vale conferir!

O Ban-Cha fica na Varjota, pertinho do At Home, em uma esquina. Sua especialidade é o sushi, embora exis-tam outros pratos ótimos, como o yakissoba, risoto e uma variedade de hots, que todos adoram. Os detalhes em madeira dão um ar rústico ao local, tornando-o ainda mais aconchegante. E a novidade para quem tem fome: existe a modalidade Festival, que, por R$ 39,90, você come o que quiser, incluindo todos os pratos quentes, sushi e sobremesas. Anote o endereço: Rua Frederico Borges, 368 - Varjota - (85) 3267-7327.

Feijão com Rock

Festival de Fondue da Rede Sabino

Ban-Cha: sushi, buffet e sobremesas

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adoro comer

INGREDIENTES

• 1,2kg de bacalhau dessalgado• 2 xícaras de azeite extravirgem• 2 dentes de alho• 2 cebolas grandes• 1kg de batata palha• 8 ovos• Sal e pimenta• Salsa e azeitonas

• Camarão GG 100g• Maracujá• Cebola• Alho• Azeite• Creme de leite• Mel de abelha• Licor Cointreau

MODO DE FAZER

• Cozinhe o bacalhau em fogo baixo por cerca de 10 minutos. Logo após, retire e escorra;• Corte as cebolas em rodelas finas e doure-as no azeite quente;• Doure também o alho no azeite, retire e reserve;• Por último, doure um pouco o bacalhau;• No fogo baixo, misture todos os ingredientes com o bacalhau durante mais ou menos 5 minutos;• Bata os ovos com sal e pimenta, acrescentando à mistura;• Após isso, leve tudo ao fogo, mexendo sempre até os ovos se tornarem consistentes, porém macios;• Sirva de imediato em uma travessa aquecida, polvilhando a salsa picada.

Bacalhau à Brás rende de 8 porções

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