revista comuna 53

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O que ocupa sua mente? O que você assiste, lê e ouve influencia sua vida. A felicidade segundo Pharrell Williams ou segundo Agostinho? 7 coisas que o dinheiro não pode fazer.

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Page 1: Revista Comuna 53

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Olá!

Comuna e vc!

Querido leitor,

Vivemos em um mundo onde a tecnologia e a informação dominam o cenário. Somos constantemente “bombardeados” por conteúdo: é rádio no carro, TV em casa, jornais, revistas, internet, redes sociais e etc.

Com a chegada dos smartphones, nosso tempo online aumentou consideravel-mente. Mas será que em meio a tudo isso já paramos para refletir o que estamos lendo, assistindo e ouvindo?

O fato de termos acesso à tanta informação faz com que, em muitos casos, não tenhamos uma opinião pessoal sobre um assunto específico, mas que sejamos apenas repetidores da opinião de outros.

A conduta passiva frente ao conteúdo que chega até nós é produto da falta de senso crítico. A Revista Comuna quer convidar você a ter um momento de refle-xão. A Bíblia nos mostra que precisamos ter esse senso e aplicá-lo em todos os aspectos da vida.

Então vamos pensar juntos se aquilo que estamos consumindo é realmente bom para nós, se é realmente edificante.

Boa leitura,Deus abençoe você!

Gostaria de compartilhar um elogio de uma colega de trabalho, a quem eu sempre levo um exemplar da Revista Comuna: “Mari, curti muito a revista de vocês. Dos temas, dos textos, da diagramação. Mui-to bem feito e muito bem referenciado biblicamente, que é o mais importante, né!”

Glorifico a Deus por fazer parte de uma igreja séria e abençoada como a nossa.Mariana P. Lahor

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião!

[email protected]

Produção: Associação Comunidade da Graça

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: César Stagno - MTB 58740

Colaborador: Paulo Alexandre Sartori

Revisão: Milena Rosaneli

Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

53comuna

SedeRua Eponina, 390 - V. Carrão

(11) 2090-1800

Acesse o Portal Comunawww.comuna.com.br

Page 5: Revista Comuna 53

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06 14

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06 - VisãoVocê pode receber aquilo que você diz

08 - MulheresUma mulher sábia e prudente

10 - Ponto de VistaDaqui para o mundo

12 - Eles Andaram com JesusJohn Owen

14 - EducaçãoLimite: Não é trauma é amor

16 - Especial7 coisas que o dinheiro não pode fazer

18 - Louvor & AdoraçãoA música comunica valores

20 - EspecialPresidente presta contas

22 - FamíliaHumano, demasiado humano

32 - EspecialA felicidade

34 - ComunidadeComunidade da Graça em Ubatuba/SP

37 - Fundação CGPrimícias: Alimentando a quem tem fome

38 - Nova GeraçãoCelebrando a vitória do Cordeiro

40 - EspecialJesus quer que você seja você mesmo

42 - Aconteceu

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VISÃO Carlos Alberto Bezerra, pr.

“Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu cora-ção, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.” Marcos 11.23

Vemos nesse texto a “fórmula da fé” para remover qualquer mon-tanha que esteja presente em nossa vida. Quer a montanha seja a enfermidade, entes queridos não salvos, dificuldades financeiras, ou problemas na família, podemos achar a solução neste versículo das Escrituras.

A última frase diz: “tudo o que DISSER lhe será feito”. Em outras palavras, é preciso confessar com a boca aquilo que se crê no co-ração. Tudo o que você DIZ é a sua fé falando. Isso opera de modo negativo da mesma maneira que opera de modo positivo, como ve-mos na história no Antigo Testamento, dos 12 espias que foram enviados para Canaã.

Dos 12 espias enviados para espiar a terra de Canaã, somente dois, Calebe e Josué, eram homens de fé e de visão. Disseram: Subamos, e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela. Os outros 10 voltaram com um relatório negativo e medroso de gigantes na terra. A Bíblia diz que infamaram a terra no seu relató-rio. Por quê? Porque foi um relatório de dúvida e de medo. Qual, portanto, seria um relatório favorável? O relatório da fé.

Os 10 espias estavam em maioria, e os filhos de Israel aceitaram o relatório deles. Ao fazer assim, estavam dizendo que não podiam conquistar a terra. E receberam exatamente o que disseram. Esses es-pias e o restante daquela geração dos israelitas – excetuando-se Josué e Calebe – nunca chegaram a ver a Terra Prometida. Acreditaram que não poderiam tomá-la, e não a conquistaram mesmo. Ficaram pere-grinando no deserto até morrerem. Aquilo que disseram realizou-se!

Um relatório de medo Números 13

Não foram os gigantes na terra de Canaã que mantiveram os israelitas fora, mas os gigantes do medo nos corações destes.

VOCÊ PODE RECEBER AQUILO QUE VOCÊ DIZ

Eles deram um exemplo da fé invertida. Afinal de contas, mesmo quando duvidamos, estamos crendo em alguma coisa! Estamos crendo na derrota. Esta-mos crendo na coisa errada. Sempre recebemos na nossa vida aquilo em que cremos e aquilo que fa-lamos. Se continuarmos dizendo alguma coisa por tempo suficiente, essas palavras acabarão se regis-trando em nosso espírito. E, uma vez registradas, controlarão a nossa vida.

Note o bom relatório de Josué e de Calebe. Con-fiavam no Senhor, e seu coração estava cheio de fé para Deus introduzi-los na terra que Ele promete-ra aos antepassados deles. Duas vezes exortaram o povo a não temer. E qual foi o resultado do seu relatório de fé? Foram os dois únicos da sua ge-

Um relatório de fé Números 14

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Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

Escolha e preparação de Timóteo

ração a entrarem na terra Prometida! Recebemos aquilo que dizemos.

“Alimente sua fé e seus medos morrerão de fome”. Max Lucado

Muitas pessoas me perguntam por que não conseguem ser curadas. Sempre sorrio, dizendo que já falaram que não o podem. As palavras delas as desmas-caram. Podemos definir a posição das pessoas por aquilo que dizem.

Antes de orar em favor das pessoas, usualmente procuro levá-las a fazer algum tipo de confissão de fé. Per-

gunto-lhes se vão ser curadas quando eu impuser nelas as mãos e orar. Se responderem que esperam que serão curadas, digo-lhes que não sararão, porque estão na expectativa, e não na fé. Outros fazem uma confissão com muita hesitação, e é aquela hesitação que os derrota. Aqueles que têm uma confissão pronta, cheia de fé, são os que recebem instantaneamente.

Não é algum empecilho grande que impede os filhos de Deus de serem curados. Não foram os gigantes na terra de Canaã que mantiveram os israelitas no lado de fora. Não foram os gigantes que os derrotaram. Se os gigantes tivessem essa capacidade, teriam derrotado Josué e Calebe tam-bém. Não, o povo derrotou a si mes-mo pelos seus próprios pensamentos errados e pela sua própria declaração de incredulidade.

Não são, portanto, os gigantes da vida que nos derrotam. Não são as tempes-tades da vida que nos derrotam. Se alguém está derrotado, é porque essa pessoa derrotou a si mesma. Somos derrotados pelos pensamentos erra-dos, pela crença errada, e pelas pala-vras erradas. Nós recebemos aquilo que nós falamos.

Calebe e Josué disseram que conse-guiriam vencer os gigantes. Depois de 40 anos de peregrinação no deser-to, e depois de morto o povo daquela geração que aceitara o relatório infa-mante dos 10 espias, Josué se tornou o líder nacional. Ele e Calebe leva-ram o povo à vitória.

Quando Calebe foi até Josué e disse: “Dá-me esta montanha”, Josué relem-brou os anos distantes e reconheceu que seu modo de falar já lhes valera a vitória antes. Querendo definir a posi-ção de Calebe, perguntou-lhe se con-seguiria conquistar a montanha (Josué queria ouvir novamente a confissão

de fé de Calebe). Disse a Calebe que havia gigantes na montanha. Mas Ca-lebe, cheio de fé, disse que estava em perfeitas condições de conquistá-la – e o fez mesmo!

Muitas coisas acontecem porque nos-sa expectativa é que ocorram de deter-minada maneira. Acontecem porque cremos no assunto e falamos nele, até se tornar uma realidade. Às vezes, fra-cassamos porque nos dispomos a fra-cassar. Nós nos preparamos para fra-cassar. Pensamos nisso, cremos nisso, e então o fazemos.

Como cristãos, porém, não temos o direito de falar em fraqueza e dúvida. Devemos falar com confiança e fé. Te-mos as promessas imutáveis do nosso Pai. Portanto, devemos confessar vito-riosamente a Palavra de Deus!

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes.” Tiago 1.22

Tudo o que você DIZ é a sua fé falando

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MULHERES Suely Bezerra, pra.

UMA MULHER SÁBIA E PRUDENTE

“Toda mulher sábia edifica a sua casa; a insensata, porém, derruba-a com as suas mãos.” Provérbios 14.1

Diariamente enfrentamos muitos dificuldades e problemas que podem nos tirar da rota certa e até nos levar ao desespero. Por isso precisamos ser mulheres sábias e prudentes. Quando digo ser sábia, não estou me referindo a uma mulher culta in-telectualmente, embora isso colabore muito. A sabedoria que realmente importa é a sabedoria vinda de Deus.

Eu já falei com mulheres simples, que não sabiam nem escre-ver o nome, mas com uma sabedoria que me edificou muito. E já conversei com pessoas muito cultas, mas que não me acrescentaram nada. A sabedoria vinda do alto produz frutos de paz e alegria na nossa vida.

“Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece.” Provérbios

Quando temos sabedoria, dada por Deus, ela não só abençoa a nossa vida, como também alcança aqueles que nos cercam. Se você tivesse que pedir um conselho para alguém agora, quem você iria procurar? Com certeza alguém que você sabe que tem uma palavra sábia.

Sermos mulheres sábias é nosso dever como filhas de Deus. Ao contrário da mulher tola que abre a boca para atrapalhar, dividir, trazer confusão e fazer fofoca, a mulher sábia abre a boca para abençoar. A sabedoria é algo muito importante na nossa vida.

O livro de 1 Samuel, capítulo 25, nos apresenta Abigail, uma mulher que se destacou pela sabedoria que mostrou ter em um momento crítico da sua vida. Ela era casada com um ho-mem muito rico, porém teimoso e grosseiro, chamado Nabal.

Certa época, quando Saul ainda era rei, Davi e seus homens protegeram os pastores de Nabal enquanto eles tosquiavam suas ovelhas. Quando toda a casa de Nabal se preparava para

A História de Abigail

festejar o término dos trabalhos, Davi pediu um pouco de comida para ele e seu grupo. Mas Nabal, orgulhoso, recusou ajudá-los. Davi então se encheu de ira e decidiu se vingar.

Quando Abigail ficou sabendo do ocorrido e que Davi vinha para matar a todos e destruir sua casa, ela imedia-tamente preparou os melhores mantimentos e foi levá--los a Davi. Ao encontrá-lo, ela se prostrou inclinando-se até o chão. Ela precisava fazer isto? Quem é que tinha errado? Não era o seu marido? Mas Abigail foi sábia nessa hora.

Davi impressionou-se com a prudência de Abigail e de-sistiu da vingança. Ela voltou para casa e encontrou seu marido completamente bêbado. Quando passou o efeito da bebedeira e ela contou para ele o acontecido, a Bíblia relata que o coração dele se encheu de ira e ficou endure-cido. E, após dez dias, ele morreu. Assim que soube dis-so, Davi louvou a inteligência de Abigail e, mais tarde, acabou tomando-a por esposa.

Page 9: Revista Comuna 53

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Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

Quando Abigail soube do problema, ela mostrou-se pronta e discreta, e nada falou sobre o assunto. Existem mulheres que, quando acontece um problema em casa ou com o marido, elas não param de falar e contam tudo para outras pessoas. Quem age assim, desnuda seu marido, o descobre e o envergonha. Abigail ficou quieta e no seu coração se propôs a agir.

Ela previu as consequências e agiu no momento certo quando viu o perigo iminente que sua casa estava para en-frentar. Ela foi criteriosa e ajuizada na decisão que tomou.

Abigail agiu com sabedoria ao criar uma estratégia para resolver o proble-ma. Ela preparou presentes e provisão para Davi. Ela foi agradável a ele. Além disso, foi conselheira.

Por fim, ela intercedeu pela sua casa e assumiu a culpa. Ela não disse que o problema era por causa do marido. As mulheres têm a tendência de fazer isso. Muitas não são capazes de dizer: “Pai, eu sei que o Senhor toma conta da minha casa. Traga luz a essa situ-ação, e trabalhe no coração do meu marido. Não olhe para o erro dele, me perdoa porque eu não fui mais sábia”.

4 LIÇÕESQUE APRENDEMOS DA

VIDA DE ABIGAIL:

Ela foi sensata

Ela foi prudente

Ela foi sábia

Ela foi intercessora

1

2

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4

Todas nós, mulheres de Deus, devemos ter um espírito de moderação, sensatez, prudência e graça diante do Senhor! E isso só é possível quando somos cheias do Espírito Santo. Não podemos viver a vida cristã de qualquer jei-to, com um testemunho fraco, falido, que não abençoa os filhos nem o marido.

Precisamos ser cheias do Espírito Santo e cheias da sabedoria de Deus, para que ao abrir a nossa boca possamos abençoar nosso marido, mesmo com toda a dureza de coração que ele possa ter, com toda a rudeza dele, com toda a dificuldade: "Olhe! Eu tenho uma palavra de Deus para você. Eu tenho uma palavra de Deus para o nosso lar. Deus vai nos livrar dessa situa-ção e vai nos dar o escape. Não entre nessa con-fusão. Não suje as suas mãos nessa situação, porque o Senhor vai prover todas as coisas. O Senhor pelejará por nós, e nós nos calaremos".

Essa é a palavra que Deus quer que você trans-mita a todos no seu lar. E esse é o tipo de mu-lher que Deus deseja que você seja: sensata, sábia, prudente, que sabe o que faz, e que inter-cede pela sua casa. Não importa se seu marido não é convertido ou se ele não quer saber das coisas de Deus. Faça a sua parte; ore mais, bus-que mais, seja uma intercessora.

Quando nós temos uma palavra e uma direção de Deus para nossa família, pode se levantar o tipo de problema que for, que estaremos segu-ras e poderemos declarar: "O Senhor é a minha força e o meu escudo; eu não tenho nada a te-mer, porque Ele é a minha salvação".

Abigail tinha essa convicção em Deus. Ela sa-bia o que fazer. Ela era sábia e prudente. E Deus deu a vitória a ela. Que sigamos seu exemplo.

Page 10: Revista Comuna 53

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PONTO DE VISTA Carlos Bezerra Jr.

“Deus realmente usa as coisas impro-váveis para confundir os poderosos”, disse Carlos Bezerra Jr. sobre sua nova participação em evento mundial de enfrentamento à escravidão con-temporânea. Ele foi o único parlamen-tar brasileiro a participar desta edição da Conferência Anual da Organização Internacional do Trabalho. O convite ao deputado foi motivado pela nova lei paulista de combate ao trabalho es-cravo, de sua autoria. A mesma medida já havia causado outra ida à Genebra, no final do ano, quando Bezerra Jr. discursou em fó-rum das Nações Unidas. Desta vez, ele participou de inúmeras discussões e encontros sobre o tema no qual mi-lita. “Sinto-me imensamente honrado

e cheio de responsabilidade”, comen-tou. A delegação brasileira foi forma-da por representantes do governo, tra-balhadores e entidades patronais. Durante a Conferência, o parlamentar encontrou-se com a Missão Perma-nente do Brasil junto à ONU, falando sobre os avanços brasileiros nessa te-mática e reafirmou, com o Presidente da OIT, Guy Rider, e o representante do órgão no Brasil, Luís Machado, a parceria para um fórum binacional com realização prevista para o se-gundo semestre deste ano em SP e em Washington, destacando políticas públicas e boas práticas em prol dos Direitos Humanos. O deputado teve ainda a oportunidade de encontrar-se com Khaled Hassine, responsável pelo

mandato da escravidão contemporâ-nea no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

“Esse tipo de reconhecimento só au-menta a responsabilidade. Volto a São Paulo com novas ideias, novos planos e muito trabalho. De fato, ain-da há muito por fazer. Mas, graças a Deus, temos dado passos importan-tes. Com dizia o pastor Martin Luther King: ‘Ainda que não vejamos a es-cada toda, subimos com fé o primeiro degrau’”, ressaltou Carlos Bezerra Jr. Da Suíça, ele publicou texto em sua página falando sobre suas motiva-ções. Atenta, a Revista Comuna se-parou o artigo. Abaixo, a reprodução na íntegra das impressões de nosso pastor e deputado.

DAQUI PARA O MUNDOCarlos Bezerra Jr. consolida-se como voz contra o trabalho escravo

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Esses dias, fui parado por uma senho-ra em minha comunidade de fé. Ela se dizia orgulhosa de me ver em lugares importantes, fora do país e tal... Mu-lher de oração. Fiquei feliz. Mas ela ainda não tinha terminado. Continuou, dizendo que Deus havia nos chamado pra lavar os pés uns dos outros – e que eu não fazia nada além do que Ele pe-dira. Daqui de Genebra, eu concordo com ela. Nada do que faço terá impor-tância se não for a serviço de quem não tem. É daqui de Genebra, onde vejo grandes reuniões e auditórios suntuosos, que outra realidade segue gritando em meu coração.

Não falo só de trabalho escravo – tema que tem concentrado meus esforços nos últimos tempos. Falo da causa das crianças vítimas de violência. Das que perderam suas vidas e das que vão perdê-las na exploração sexual da Copa. Falo das mulheres que sofrem com a violência, em casa, no trabalho ou nos trens de São Paulo. Falo daque-les das periferias, dos invisíveis, dos que não tem vez nem voz.

Daqui, olho para trás, e reconheço a boa mão de Deus. Não como quem confirma passos e decisões (não esse Deus só amigo dos bem-sucedidos). Mas como quem usa qualquer um para defender quem precisa. Daí a Medici-

O deputado no auditório da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, na Suíça

Em encontro com Khaled Hassine, responsável pelo mandato da escravidão contemporânea no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos

na, que cursei com esforço. Daí a luta para levar atendimento médico de graça a quem não tinha como pagar – antes mesmo de pensar em política. Daí a luta pelo Mãe Paulistana em defesa das grávidas cujos filhos vi morrer por falta de um simples pré-natal. Daí a indignação, as primeiras leis, os desafios, a defesa dos Direitos Humanos e a luta de uma vida.

Quando olhamos para o tamanho da injustiça, qualquer avanço é gota d’água. E eu peço ao Pai, misericórdia. Lembro-me do olhar da boliviana escravizada e violentada quando se viu liberta. Do choro da mãe quando contei sobre o bebê que perdera – num tempo em que lugar pra dar à luz não era garantido por lei. Do desamparo da criança abusada explicando a violência sofrida a servidores públicos despreparados. Tantas histórias veladas. Tantos rostos anônimos. Que-ria poder encontrá-los uma vez mais. Tê-los comigo de novo contando suas verdades. Dos mártires desconhecidos que cruzei pelo caminho é o mérito de qualquer conquista.

“Ainda que não vejamos a escada

toda, subimos com fé o primeiro degrau”Martin Luther King

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Paulo Alexandre Sartori

Leia “Triunfo sobre a tentação”, de John Owen, editora Palavra.

ELES ANDARAM COM JESUS

JOHN OWEN

Uma vida piedosa

Filho de pastor, John Owen nasceu em 1616 na Inglater-ra. Ele entrou para a faculdade, em Oxford, aos 12 anos de idade e completou seu mestrado de artes em 1635. O zelo de Owen por conhecimento era tão grande que ele fre-quentemente dormia somente quatro horas por noite. Mais tarde, ele reconheceu que isso afetou por demais sua saúde.

Em 1637, Owen deixou Oxford e tornou-se capelão e tu-tor pessoal de algumas famílias perto de Londres. Todavia, mesmo sendo um profundo conhecedor das Escrituras, ele lutava interiormente pois não tinha certeza da sua salva-ção. Suas dúvidas terminaram em 1642 ao ouvir uma pre-gação que o levou a ter convicção do seu novo nascimento.

Em 1643 ele se tornou pastor de uma pequena paróquia em Essex. Nesse tempo, por causa da Guerra Civil inglesa, Owen perdeu o direito de uma alta herança familiar. Em 1644, ele casou-se com Mary Rooke com quem teve onze filhos. Porém, ele experimentou a morte de todos os filhos e, por fim, a morte de sua esposa em 1675. Esses fatos marcaram profundamente a vida de Owen, mas ao invés de estremecer sua fé, isso o fortaleceu.

Em 1646, Owen foi convidado para falar ao Parlamento inglês. Sua mensagem o atraiu para os assuntos políticos nos 14 anos seguintes. Owen chamou a atenção de Oli-ver Cromwell, o líder governamental na ausência do rei. Cromwell fez dele o seu capelão e o levou para Irlanda e Escócia, para pregar às suas tropas e avaliar a situação religiosa nestes países.

Em 1651, Owen foi nomeado deão da maior faculdade de Oxford. Em 1652, recebeu o cargo adicional de vice-reitor da universidade, a qual passou a reorganizar com sucesso notável. Mesmo envolvido na administração acadêmica e com os eventos políticos de seus dias, Owen foi essen-cialmente um pastor e um dos mais renomados teólogos puritanos. Ele escreveu muitos livros e artigos, sendo que foram publicados um total de vinte e quatro volumes.

Uma de suas obras mais conhecidas é ‘A Morte da Morte na Morte de Cristo’ (1647), onde ele fez uma brilhante apresentação da doutrina da expiação. Ele sempre ensinou sobre a importância de lutar contra tendências e atitudes pecaminosas, acreditando que Deus já nos deu as armas necessárias para vencer o pecado: os princípios da Palavra e o poder do Espírito Santo. Até o fim da vida trabalhou por uma igreja nacional mais abrangente e pela reconci-liação dos dissidentes rivais. John Owen faleceu em 24 de agosto de 1683.

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.

Para saber mais!

“Se a Palavra não reside poderosamente em nós, então também não será transmitida

poderosamente por nós.”John Owen

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EDUCAÇÃO Alessandra Bezerra Caldas, pra.

Vivemos dias onde a palavra LIMITE está fora de moda.

Os erros que cometemos na educação de nossos filhos quan-do ainda pequenos, produzem grandes efeitos na adolescên-cia e na fase adulta.

Os pais convivem com este grande desafio. “É um fenômeno da alternância de gerações”, diz o psiquiatra paulista Içami Tiba. Os pais saíram da “disciplina do medo” e foram “ao medo da disciplina”.

Os pais dos jovens de hoje foram educados de forma auto-ritária e, com medo de repetir a educação que receberam, e que julgam ruim, foram para outro extremo, a permissivida-de. Para esses pais que não colocaram freios ainda quando pequenos, e agora têm que conviver com adolescentes intra-táveis, com o tempo, fica mais difícil de reverter, mas nunca é impossível.

Sabemos que adultos que quando crianças não tiveram li-mites, mostram-se indecisos, inseguros, incapazes de persis-tir e lidam muito mal com perdas e frustações. Aprendem a manipular, mentir como forma de obter aquilo que desejam. Apresentam também, dificuldade de assumir responsabilida-de e em manter o que prometem.

Os pais que são ásperos, cobram, com agressividade, com-portamentos que fogem da sua expectativa, mostram baixa manifestação de afeto, são incapazes de fazer um reconheci-mento ou elogio. A realidade agora desses filhos são crianças e jovens com baixa autoestima, sentem-se culpados, buscam esconder o medo dos desafios, ora mostram conduta obe-diente e passiva, ora rebelando-se e mostrando explosões emocionais sem motivo aparente.

Não adianta agir como no passado. Os tempos são outros, a geração é outra. Os princípios que aprendemos e valores que

adquirimos, esses não mudam. Hoje eles são mais ques-tionadores, isto é bom, no futuro não aceitarão qualquer coisa, por outro lado estes questionamentos precisam ser respondidos com coerência, sabedoria e muita verdade.Segundo Tania Zagury, Mestre em Educação: “O pai mo-derno é aquele que estabelece limites com fundamentos educacionais”.

Os especialistas concordam que a boa educação começa na infância.

É necessário estabelecer regras claras para que sejam cum-pridas, e a criança precisa saber que está fazendo o certo.

A palavra de Deus também mostra que devemos ensinar a criança no caminho que deve andar e, mesmo quando crescer, não se desviará dele.

“Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mes-mo quando envelhecer, dele não se há de afastar.” Pro-vérbios 22:6

LIMITE:NÃO É TRAUMAÉ AMOR!

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Trata-se de um desafio complicado, mas essencial enfrentá-lo.

É claro que a família tem um papel fundamental na educação e na aplica-ção destes limites.

Levar a criança a entender o que esta sentindo, ajudá-la a resolver; quando pe-quena precisa de ajuda e, a medida que o tempo irá passando, ela fará sozinha;

Ensinar até que a criança faça sem que precise ser mandado;

Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.

Existem 4 tarefas principais que os pais devem desenvolver:

Independência emocional

Autodisciplina

1

2

A criança descobre que ela é capaz de realizar atividades, ela também é ca-paz de obedecer. Não obedecer defor-ma sua saúde emocional;

Criança precisa de limites para ter se-gurança, ou seja: “Limite existe para dar segurança a criança, ela não é a poderosa, não tem o poder de mandar”.

A escola deve ser um laboratório da vida em sociedade, é lá que a criança irá vivenciar situações problemáticas e aprender a solucioná-las de acordo com as regras estabelecidas.

É na escola que a criança aprenderá a valorizar o coletivo, o público, a cria-tividade e a democracia. A escola é o “útero” da sociedade.

Estes são os papéis da escola, e quando invertemos estes papéis (escola e famí-lia) não conseguimos desenvolver algo que produza vida e aprendizado real.

A escola ajuda na educação, mas o papel fundamental em educar é da FAMÍLIA.

Pais que interferem no contexto social da escola não permitem aprendizado adequado. Cada um tem seu papel real. Agindo assim conseguimos produzir grandes resultados na vida das crianças.

“Exigir ao máximo e respeitar ao má-ximo! Tudo ao mesmo tempo.”(Anton Makarenko)

Deuteronômio 6:7 diz: “Ensine--as com persistência a seus filhos.

Capacidades

Moral

3

4

Papel da escola

Limites sem traumas:

Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”.

Somos orientados a ensinar todo tem-po e com persistência! Não podemos desanimar, ainda dá tempo! Não po-demos ser tomados pelo medo, pois, dessa maneira, perdemos o tempo e a hora certa de educar.

Dizer “NÃO”, “ESPERE” também é amar e querer formar em meu filho uma maturidade emocional para que no futuro, ele possa ter habilidades para resolver situações, de quaisquer dificuldades que forem elas, e enfren-tá-las sozinho.

Pais, esse tem que ser nosso maior ob-jetivo.

“A disciplina dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, enver-gonha a sua mãe.” Provérbios 29:15

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ESPECIAL

COISAS QUE O DINHEIRO NÃO PODE FAZER

No mundo todo existe a ideia de que quanto mais di-nheiro temos, mais paz teremos. E é claro, isso nos leva a pensar no oposto como uma verdade absoluta: quanto menos dinheiro temos, menos paz teremos.

Mas quando nossa paz se constrói ao redor de uma coisa que não é eterna, então não podemos qualifi-ca-la realmente como paz.

Tentar acumular dinheiro desesperadamente e a qualquer preço leva à paranoia. Onde há paranoia, onde há desespero pelo poder de controlar todas as coisas da nossa vida, não há paz. O dinheiro não pode trazer paz.

É lógico que ter dinheiro pode ajudar a controlar al-gumas situações a curto prazo. Mas, sobre todas as coisas? Até as últimas consequências? Claro que não. Talvez o dinheiro possa comprar eleições ou influ-ências, mas a realidade é que dinheiro não nos faz

intocáveis ou, melhor ainda, invencíveis. O dinheiro não faz os dias passarem mais devagar, ou o tempo voltar. O dinheiro também não traz de volta aqueles que amamos e nem serve para comprar amor.

A americana Caryn Rivadeneira é autora do livro “Broke: What financial desperation revealed about God’s abundan-ce” – Falência: o que o desespero financeiro revela sobre a abundância de Deus (tradução livre).

Nesta matéria, a escritora e palestrante conta que anos atrás, sua vida passou do status de “deitada num colchão confortável” ao de “roendo as unhas”. Diante dessa situa-

ção, foi “tirar satisfações com Deus”. Mas o Espírito Santo mudou tudo ao mostrar-lhe o quanto o dinheiro era impor-tante para ela.

Foi nesse momento que Caryn elaborou uma lista das coi-sas que o dinheiro não consegue fazer. A Revista Comuna reproduz aqui essa lista, recomendando que, assim como a escritora fez, lembremo-nos periodicamente destas coisas:

O dinheiro não traz paz

O dinheiro não dá poder para controlar as coisas

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Muitas vezes pensamos que o dinheiro dá acesso a outros níveis sociais. O dinheiro pode ajudar a pa-gar uma boa educação, claro. E você também pode ver que muitas pessoas inteligentes têm aprendido a construir fortunas. Mas uma rápida olhada em qual-

quer site de fofocas na Internet mostrará pessoas que têm muito dinheiro, tendo atitudes muito tolas.

O dinheiro não nos faz sábios, mas com certeza pode nos converter em idiotas.

É comum pensarmos que admiramos pessoas ricas, mas na verdade apenas admiramos o dinheiro, ou os carros, casas, joias, roupas que todo esse dinheiro pode comprar. Às vezes, claro, admiramos pessoas que construíram fortunas a partir de um verdadeiro

esforço. Mas essa é a admiração pelo trabalho, em-penho, inovação ou generosidade das pessoas; coi-sas que o dinheiro não pode comprar, são coisas que estão disponíveis de graça para qualquer um de nós.

O dinheiro pode ajudar você a viajar para lugares interessantes ou comprar coisas interessantes. Mas isso não vai fazer de você uma pessoa interessante, ou alguém que tem coisas para dizer, que se sente forte, que pensa profundamente, escuta atentamente

ou vive apaixonadamente. Uma pessoa interessante aprende, escuta, desafia, sonha, discute, se compro-mete, sente, procura pelas maravilhas da criação. Mais uma vez, tudo isso está disponível de graça para qualquer um de nós.

A verdadeira bênção é consagrar nossa própria vida para ser-mos transformados através do sofrimento de Cristo, que mor-reu por nós na Cruz do Calvário. Isso nos abre as portas do Reino de Deus, um Reino que é gratuito e aberto a todos nós,

seja que tenhamos muito ou nenhum dinheiro. Este é o Reino que está nos esperando agora e para a eternidade, se optarmos por aceitar a bênção da graça. E é de graça!

Podemos ter um emprego “melhor”, adquirir coisas “melhores”, morar num local “melhor” ou ter uma educação “melhor”. Mas, seja como for, dinheiro não faz de ninguém uma pessoa melhor. E, muito menos, pode fazer de nós pessoas melhores do que outras.

Em última análise, tudo o que nos torna especiais, ta-lentosos ou únicos, estava em nós o tempo todo.

Todos somos abençoados. Todos somos alvo da gra-ça e misericórdia de Deus. Talvez não com carros lu-xuosos, viagens exóticas ou casas de verão em locais paradisíacos.

Em Mateus 5.3, Jesus diz:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Ele não disse “o forte e poderoso”, mas o humilde. Não somos abençoados quando desfrutamos das melhores coisas da vida. So-mos abençoados quando experimentamos a presença de Cristo em nós.

O dinheiro não traz sabedoria

O dinheiro não converte você em alguém admirável

O dinheiro não faz de você uma pessoa interessante

O dinheiro não faz de você uma pessoa melhor

O dinheiro não nos faz pessoas abençoadas

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LOUVOR & ADORAÇÃO Rachel Novaes

A MÚSICA COMUNICA VALORES“A música inspira! Tanto para a ternura quanto para a guerra. Tanto para o amor quanto para o ódio. Tanto para a celebra-ção como para o luto. Tanto para o abjeto quanto para o su-blime. Tanto pode animar, como pode deprimir. A música fala à humanidade como nada mais o consegue.” Ariovaldo Ramos

Tudo foi criado para o louvor da glória de Deus. “Ao povo que formei para mim mesmo, a fim de que proclamasse o meu louvor.” ( Is 43.21). Toda a criação existe para louvar ao Criador. E, de todas as possibilidades da criatura humana, a música é a que melhor expressa a gratidão, a adoração e o encanto diante do Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

Frequentemente ouvimos que a música é uma linguagem universal. É chamada também de “a linguagem das emo-ções”, pois ela tem o poder de afetar as emoções, revelando--as ou condicionando-as.

Mas o que mais impressiona é que, de acordo com os es-tudiosos, a função mais importante da música em qualquer sociedade é ser o apoio do seu sistema de valores. A música tem o poder de reforçar os ideais de uma sociedade, sejam eles políticos, sociais ou religiosos. Ela comunica valores e influencia comportamentos.

Desta forma, a evolução ou involução da música de uma determinada cultura ou expressão religiosa revela o cami-nho que esta cultura está a percorrer. A qualidade da Música Popular Brasileira, há um bom tempo, está declinando. E o que podemos dizer da música cristã em nosso país? Será que temos evoluído? Como é a estrada que temos percorrido?

Uma coisa podemos afirmar: nem tudo o que se ouve por aí é louvor ao Senhor. Sabe-se que é significante o cresci-mento da igreja evangélica no Brasil e com isso produções musicais chamadas “gospel” são cada vez mais comuns. Há muitos irmãos cumprindo o seu chamado na área do louvor e

adoração com integridade e obediência, adorando a Deus verdadeiramente e sendo instrumentos poderosos de edi-ficação da igreja de Jesus. Mas, infelizmente, muitos não estão preocupados em inspirar a igreja, ou em revelar Je-sus em suas canções. A mensagem de suas músicas, mui-tas vezes, nos dão a impressão de querer comunicar ape-nas aquilo que as pessoas desejam ouvir: vitória,vitória, vitória, milagres, ausência de lutas, prosperidade. Suas letras são superficiais, humanistas e egocêntricas. Seus temas variam de acordo com o mercado e, não poucas vezes, vão contra as Escrituras.

As letras das músicas que cantamos têm enorme peso na vida espiritual da igreja. Letras com conteúdo equivocado produzem cristãos equivocados. O que ouvimos influencia diretamente no que somos. A igreja brasileira vive hoje uma verdadeira crise de identidade. Estudos mostram que o con-teúdo de um discurso que ouvimos fica em nossa mente por até 17 dias, e depois passa por um processo de esquecimento lento e gradual, até chegar ao completo esquecimento. As canções, ao contrário, fixam elementos e são usadas como

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método de incorporação de conte-údo. Daí a importância de selecio-narmos bem aquilo que ouvimos e cantamos. Passagens bíblicas per-tencem a um contexto e o seu sen-tido deve ser respeitado. As Escri-turas sempre serão a nossa melhor fonte de inspiração para a adoração. Uma das funções da música na igreja primitiva era doutrinar e ensinar a ética cristã.

“A palavra de Cristo habite ri-camente em vós, em toda a sa-bedoria; ensinai e aconselhai uns aos outros com salmos, hi-nos e cânticos espirituais, lou-vando a Deus com gratidão no coração.”Cl 3.16

As canções que ouvimos devem transmitir o conteúdo da nossa fé: confiar em Deus no dia da adversi-dade, conhecer a Deus em seus atri-butos, amar as pessoas como a nós mesmos, viver uma vida de serviço a Deus e às pessoas, ser sal da terra e luz do mundo, exercer o perdão, reconhecer nossa necessidade de perdão, ser dependente da graça de Deus e muito mais.

Quer dizer que não podemos can-tar sobre vitória? Sim, a vitória que vence o mundo, a nossa fé. E sobre milagres? Podemos sim, cantar sobre o milagre de sermos transformados à imagem de Jesus. E sobre prosperidade, podemos cantar? Sim, podemos cantar so-bre a vida abundante que temos em Cristo Jesus, a plenitude da-quele que enche todas as coisas, em toda e qualquer circunstância!

É tão bom quando estamos ouvindo uma canção que, aos poucos, vai nos revelando Jesus, Seu amor, Sua obra, Seu poder, Sua grandeza, e, à medi-da em que vamos cantando, cada

vez mais vamos entendendo quem é Jesus, vamos nos apaixonando mais e mais e, ao fim da canção, já não estamos mais ali onde estávamos. Tudo o que podemos ver é a glória de Deus na face de Cristo. Nosso co-ração se prostra, nossa alma se rende e nossa vida se transforma.

Uma canção pode nos revelar mais sobre Jesus. Assim que recebe-mos a revelação de quem Jesus é, somos levados a adorá-Lo, pois a revelação está estreitamente liga-da à adoração. Não basta existir o objeto da adoração, é necessário, também, motivação. Uma canção inspirada na Palavra de Deus pode nos motivar, e uma vez motivados, enxergamos Jesus com os olhos do nosso entendimento espiritual. Conhecer Jesus é amá-Lo, e amar Jesus é adorar a Deus.

Se a música é tão relevante em seus efeitos sobre nós, vale o cui-dado ao escolher o que ouvimos e cantamos. Termino com um ma-ravilhoso exemplo de música que nos revela Jesus e nos inspira a adorá-lo. Do nosso querido Adhe-mar de Campos, Vitória.

Como é maravilhoso cantar a Pa-lavra de Deus! Cantamos a Vida, nos enchemos de Vida e reparti-mos Vida!

VITÓRIAAdhemar de Campos

A vitória é daquele que contemplar

Ao Cordeiro, Cristo, Leão da tribo de Judá

Que foi morto e com seu sangue pôde então comprar

Homens que com Ele sobre a terra vão reinar

A vitória é daquele que o adorar

Pois com Ele no seu trono se assentará

Se a Jesus seguir e for por onde Ele andar

No seu monte santo um novo canto entoará

A vitória do Senhor é certa, Aleluia!

Com o sopro de sua boca, sim, destruirá

O inimigo, o anticristo que não resistirá

Jesus Cristo Rei dominará

Rachel Novaes é cantora, compositora e membro da Comunidade da Graça em Ubatuba/SP. É casada com Marcelo Novaes, e tem dois filhos.

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FAMÍLIA Marta Ferreira

HUMANO, DEMASIADO HUMANO...

“Posso fazer qualquer coisa que eu quiser se Cristo não tiver tido “não”, mas algumas dessas coisas não são boas para mim. Mesmo que me seja permitido fazê-las, eu recu-sarei, se achar que poderão ter tal domínio sobre mim que não poderei facilmente parar quando quiser.” 1 Coríntios 6. 12 (Bíblia Viva)

“As redes sociais aproximam quem está longe, mas separam quem está perto”. Ouvi essa frase outro dia, e fiquei pensando nas experiências que ouço enquanto entro em contato com pessoas de diferentes faixas etárias. Pois é, até mesmo nossas vovózinhas estão passando bastante tempo ativas nas redes sociais. Talvez esse seja o problema, não estamos todos passan-do tempo demais distraídos, conecta-dos a uma máquina?

Dois cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Robert Morris e Dan McDuff, estavam frus-trados com o tempo que eles gastavam no Facebook. Durante uma semana, os dois, combinados, passavam 50 horas na rede. E, para aproveitarem melhor seu tempo e perder esse hábito, eles resolveram criar uma terapia de cho-que – literalmente. Inspirados por Ivan Pavlov, fisiólogo russo que estudava o comportamento dos animais atra-vés de choques, condicionando-os à

uma determinada ação, eles criaram o “Pavlov Poke”. A ideia é que, a cada período de tempo perdido em redes sociais ou em sites de entretenimento, o usuário leve um choque. A descarga elétrica não é grande o suficiente para ser perigosa, mas ela, de acordo com os cientistas, é definitivamente desa-gradável. Isso condicionaria o cérebro do internauta a associar o Facebook com a sensação ruim e, logo, passaria a evitá-lo. Maluquices à parte...

Será que precisaremos chegar a esse ponto? Estamos viciados? Se sim, quais seriam as consequências dis-so? O vício leva lentamente à morte. Estamos nos tornando uma geração amortecida pela busca incansável por prazer imediato? Parece que sim, pro-vavelmente essa seria uma boa expli-cação para tantos transtornos emocio-nais, solidão extrema, onde muitos já não buscam um propósito eterno para sua vida.

Sabemos que com os avanços tecno-lógicos, as interações sociais modifi-caram-se. Há facilidades, agilidade, resgate de relacionamentos “perdi-dos”, quase esquecidos. Há também aumento de comunicação. Mas que tipo de comunicação? Em meio a tanta velocidade, a superficialidade parece aumentar cada vez mais; com o fluxo enorme de informação, ficamos con-

fusos, não conseguimos assimilar tan-tos dados e a ansiedade cresce. Parece que as pessoas nunca estiveram tão solitárias e carentes emocionalmente.

Como se sabe, o indivíduo se define e se torna humano na relação com outras pessoas. Dessa interação, muitas ve-zes, nascem angústias e alegrias, mul-tiplicam-se inseguranças e avançam fantasias, diminuem espontaneidades e míngua a sinceridade. As tentati-vas de sentir-se aceito, e quem sabe, até amado, nos mobiliza-nos. Mesmo que para isso precisemos correr atrás de tantas coisas desnecessárias a fim de estarmos no mesmo nível dos de-mais. Estamos todos obcecados pelo melhor, bom já não é mais suficiente. E para completar a loucura, vivemos em uma sociedade de consumo que constantemente fabrica necessidades, coisas que temos de “ter” para poder “ser”, ou pelo menos “parecer” inclu-ídos. E acabamos todos trabalhando

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demais, comprando demais, estressa-dos demais e nos relacionando de me-nos com nossos semelhantes. Damos tudo aquilo que nossos filhos desejam e sonham, menos a nós mesmos. Por isso, continuamos todos insatisfeitos.Gosto e utilizo no-vas tecnologias. Mas me espanto sobre o quanto elas revelam a nos-sa falta de foco e como nossa dis-tração aumenta, gerando desgastes, desconfortos, ansiedades, inversão de valores, dificuldades de relacionamen-tos reais e etc.

Como cristãos, temos um modelo, va-mos segui-lo? Ninguém foi tão intera-tivo como Jesus! Ele tinha alguns ami-gos “mais chegados que um irmão”, mas também milhares de seguidores, uma multidão que, na medida do pos-

sível, tratava de maneira íntima e pes-soal. Ele se sensibilizava com a dor, tocava e curava as pessoas, chorava com elas e por elas, pegava as crian-çinhas no colo a fim de abençoa-las,

frequentava a casa das pessoas mais improváveis, ia às festas. Enfim não tinha medo de rela-cionar com as pes-soas reais com seus problemas reais.

“Cristo, tornou-se humano, e morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. E al-guns de nós vimos a glória dEle – a glória do Filho único do Pai celeste.” João 1. 14 (Bíblia Viva)

Foi nessa interação contínua com os da sua espécie, que Ele demonstrou a maneira correta de viver no Reino de Deus. Ele veio nos ensinar a vi-

Marta Ferreira é psicóloga, casada com o pr. José Tadeu, é mãe de dois filhos e atua no Ministério com Casais na igreja Sede.

ver. Não tenha dúvidas: Jesus foi o maior expert em relacionamento hu-mano! Questionou os valores da sua época. Revolucionou a maneira como seus discípulos deveriam encarar os relacionamentos. Ele nos orientou: “amem-se uns aos outros como eu amei vocês”.

Amar as pessoas depende de escolhas. Quando somos tentados a competir com elas para mostrar que somos su-periores, a nos compararmos ou a nos envolvermos em fofocas e disputas invejosas, precisamos parar, pensar a respeito da maneira como Jesus ama-va e escolher seguir nessa direção.

Não há remédio melhor para isso do que uma comunidade receptiva e ativa na sociedade, isto é, a Igreja de Cristo engajada na missão que Ele nos deu, envolvida na comunidade e recebendo as pessoas de braços abertos. Ali sim as pessoas encontrarão unidade de propósito, aceitação por ser ela mes-ma, enfim, uma identidade genuína. A redescoberta da paixão de ser um agente transformador no mundo irá acordar os amortecidos e humanizar, à maneira de Cristo, as nossas relações.

Ninguém foi tão interativo como Jesus!

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CAPA

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Antes de começar, um conselho de amigo. Por favor, não leia esta matéria pensando em que o objetivo é detonar uma emissora, um jornal, um apresen-tador, um programa de TV, uma mú-sica, uma cantora ou cantor, ou a in-ternet e as redes sociais. Esta matéria pretende apenas dar algumas dicas de seletividade dos conteúdos que assisti-mos, lemos ou ouvimos diariamente, e que acabam formando nossa opinião, nosso pensamento.

Não é preciosismo nem pretensão. A Bíblia nos ensina que tudo nos é per-mitido, mas nem tudo nos convêm (1Co. 6.12). Então a própria Palavra de Deus ensina-nos a sermos seletivos com o conteúdo que consumimos. E, como toda mídia, este veículo de co-municação tem também uma respon-sabilidade social.

Começamos a matéria com uma sim-ples pergunta: “o que ocupa sua men-te?”. Por quê? Bem, porque sua mente é o berço da razão. A “razão” é a nossa capacidade de pensar, avaliar, ponde-rar. Pelos frutos que a sociedade vem mostrando, sociólogos contemporâne-

os falam da “morte da razão”. Pode parecer apenas uma frase de efeito ou matéria para discussão intelectual, mas, na verdade, trata-se de um assun-to de discussão essencial sobre o que acontece na nossa sociedade.

Agora, para debater com seriedade e ter uma discussão argumentativa que nos leva à trabalhar em prol de melho-ras na sociedade como um todo, preci-samos fazer perguntas.

A função da leitura é influenciar a for-mação do conhecimento individual. Um simples livro pode ter um impacto gigante em nossa perspectiva social e cultural. Uma simples frase, por me-nor que seja, é capaz de nos fazer re-fletir sobre uma vida inteira. A leitura é tão poderosa que está diretamente li-gada ao desenvolvimento de um país.

Veja só. O Pisa é um programa in-ternacional de avaliação da OCDE, a Organização para Cooperação e De-senvolvimento Econômico. A última pesquisa realizada pelo órgão mostra

que de 65 países analisados, o Brasil ocupa a posição de número 55 e, além disso, está 86 pontos pode debaixo da média indicada- 496 pontos - para ser considerado um país desenvolvido.

Outra pesquisa, realizada no país pelo Instituto Pró-Livro, mostra que 45% dos brasileiros leem um exemplar a cada três meses. Já na França, por exemplo, a discussão abrange o fato do número de livros lidos por ano por indivíduo ter reduzido de 16 para 15.

Com relação à faixa etária de leitores, a constatação é que quem lê mais está na escola. Ou seja, quem lê o faz por obrigação, não por hábito. Então o primeiro problema é a necessidade de criar o hábito da leitura.

O que você lê?

Não podemos ter uma atitude

passiva. Precisamos desenvolver

o senso crítico

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É verdade que o Brasil é o nono maior mercado editorial do mundo - com um faturamento de R$ 6,2 bilhões - e que a quantidade de livros produzidos no país só cresceu nos últimos anos. Mas, segun-do o Instituto Pró-Livro, esses números apenas mostram que existe um hábito li-gado a aquisição de livros mais do que à leitura em si. Ou seja, puro consumismo.E é justamente o consumismo que faz com que os livros mais vendidos sejam os “recomendados” pelas gran-des livrarias, ou os que ocupam as

listas de best-sellers – muitas vezes armadas em consenso entre editoras e livrarias. Como não há hábito de leitura, também não há conhecimento ou seletividade sobre o que deve ou não ser lido.

Por favor, entenda bem. Isso não é um apelo para que deixemos de lado os autores seculares. Longe disso. Mas existe a necessidade do espaço de re-flexão sobre o que vai ser lido. Quem é o autor? Sobre o que ele costuma es-

crever? O conteúdo é edificante? Esse livro vai fazer de mim uma pessoa me-lhor? Vai me ajudar na construção do meu “eu” intelectual? Vai me ajudar a crescer espiritualmente? Vai fazer com que minha opinião e os meus ar-gumentos sejam melhor concebidos?

ai me levar à reflexão? ai acrescen-tar alguma coisa na minha vida?

Essas são perguntas que não deve-mos deixar de fazer durante a leitura de qualquer material – livros, jornais,

Horas semanais por pessoa.

LEITORES AO REDOR DO MUNDO

+

ÍNDIATAILÂNDIACHINAFILIPINASEGITOREP. CHECA

10:4209:2408:0007:3607:3007:24

07:0606:5406:5406:4806:4806:42

RÚSSIASUÉCIAFRANÇAHUNGRIAARÁBIA S.HONG KONG

06:3006:2406:1806:18

06:0005:54

POLÔNIAVENEZUELAÁFRICA DO SULAUSTRÁLIAINDONÉSIAARGENTINA

05:5405:4805:4805:4205:4205:36

TURQUIAESPANHACANADÁALEMANHAEUAITÁLIA

05:3005:1805:12

05:0004:0603:06

MÉXICOREINO UNIDOBRASILTAIWANJAPÃOCOREIA DO SUL

fonte: World Culture Score Index

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revistas, sites. São perguntas que aju-dam na compreensão do próprio texto, que constroem uma mente argumenta-tiva, uma mente social.

Não vá atrás de um livro porque a capa é bonita, porque o autor é famoso ou porque “todo mundo” está lendo. A grande maioria das mães já deve ter usado com seus filhos a frase “você não é todo mundo”, e isso se aplica aqui. Seja seletivo. Lembre-se, “nem tudo nos convêm”.

Dentro do que lemos estão, sem dú-vida, as redes sociais. E não é um exagero. A ComScore, tradicional consultoria de análise de internet, mostrou em uma recente pesqui-

sa que as redes sociais fazem parte do cotidiano de 90% dos internau-tas brasileiros – aproximadamente um 53% da população. Além disso, o tempo disponibilizado para o uso dessas plataformas vai de à 5 ho-ras diárias – a média mundial é de 2 horas. Talvez por isso o Wall Street Journal, um dos jornais mais impor-tantes dos Estados Unidos, nomeou o Brasil como “a capital universal das mídias sociais”.

O Facebook é o serviço mais aces-sado. Domina o ranking de forma absurda, com mais de 97% do tempo gasto em redes sociais. Esta e outras redes sociais, de fato, se tornaram a praça pública dos nossos tempos, por onde grande parte da população do planeta passa todos os dias. O

conteúdo disponibilizado nesses si-tes é visto por milhões de usuários.

As redes sociais têm assumido um papel cada vez mais importante e influente em todo o mundo. Se nos Estados Unidos foram ferramenta fundamental para a eleição do pre-sidente Barack Obama, e no Egito instrumento imprescindível para o movimento que pôs fim ao regime ditatorial de Hosni Mubarak, no Brasil elas também cumprem fun-ção bastante relevante, consideradas como o principal meio de articula-ção da sociedade para a realização das inúmeras manifestações popula-res que ocorreram no país em junho do ano passado. Ou seja, formam opinião e são – ou podem ser - um termômetro social.

As redes sociais

CENÁRIO DIGITAL BRASILEIRO - JUNHO 2014

TEMPO DE USUÁRIOS ON-LINE POR DIA

107.823.000Usuários de Internet

92.000.000Usuários Ativos em Redes Sociais

68.000.000Usuarios que Acessam Redes

Sociais pelo Celular

202.657.000População Total

Usando um Computador, Tablet ou Notebook

Usando um Smartphone Nas Redes Sociais

5H 55M 3H 06M 3H 05Mfonte: US Census Bureau, InternetLiveStats, InternetWorldStats, Facebook, GSMA Inteligence, GlobalWebIndex

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Como você pode reparar nos infográ-ficos que acompanham essa matéria, os números realmente impressionam. E cabe perguntar: se passamos tanto tempo assim nas redes sociais, o que será que estamos lendo? O que será que estamos compartilhando?Mais uma vez, não estamos julgando. Apenas pretendemos levar à refle-xão. eja quantos milhões de pessoas acessam as redes sociais. Que grande ferramenta social elas são! Todos nós somos formadores de opinião, então vamos publicar coisas que edifiquem, coisas que possam ajudar na constru-ção de uma sociedade melhor, uma identidade social melhor.

Proteja sua integridade. embre-se que o que você posta numa rede so-cial não some nunca. Recentemente, o Google enfrentou uma demanda judi-cial na Europa que resultou na criação do formulário do “direito ao esqueci-mento”. Só no primeiro dia em que o gigante americano, principal motor de busca na internet, acatou a decisão da

justiça europeia, foram recebidos 12 mil pedidos. Por quê? Porque existe o temor crescente dos usuários da inter-net de controlar a sua reputação onli-ne. Uma coisa que seria muito simples controlar, se de fato controlássemos o que postamos ou compartilhamos.

A Bíblia nos ensina que a língua pode ser usada para o bem, como Deus pre-tendia, para exprimir amor e oferecer salvação, ou pode ser usada para o mal, com efeitos desastrosos para nós e para outras pessoas – Tiago : -12. E nestes dias em que a tecnologia do-mina, o teclado do nosso computador ou do nosso celular tem se tornado uma extensão da nossa língua. E exis-te a imperiosa necessidade de enten-dermos isso. O homem, por si só, é incapaz de con-trolar a sua língua, e é por isso que a in-ternet – e as redes sociais em particular - tem se tornado local de comentários intolerantes, violentos, de extrema falta de bom senso, racistas, sexistas.

Muitas pessoas chegam a publicar for-tes calúnias, escondidas atrás da impu-nidade do anonimato. Recentemente, Fabiane Maria de Jesus, de anos, moradora de Guarujá SP, foi espanca-da por vizinhos até a morte depois de ter sido confundida com uma seques-tradora de crianças. Um boato que ti-nha se espalhado pelas redes sociais.

AS REDES SOCIAIS MAIS ACESSADAS

FACEBOOK

GOOGLE+

TWITTER

INSTAGRAM

51%

24%

19%

14%

41%

59%

92%

78%

Acessou diariamente no ultimo mês

Possui uma conta

fonte: GlobalWebIndex

Todos nós somos formadores de

opinião, então vamos publicar coisas que

edifiquem, coisas que possam ajudar na

construção de uma sociedade melhor,

uma identidade social melhor.

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Evitemos cair na calúnia. Não seja-mos os homens perversos que geram contenda (Pv. 16.28). Vamos ser paci-ficadores (Mt. 5. ). Procurar promo-ver a paz não é tolice, não é aceitar a injustiça ou ter atitudes passivas, ao contrário, ser pacificador é promover o diálogo para alcançar a justiça.

As redes sociais têm sido também lo-cal de expressão de criatividade e de humor. É muito legal poder se diver-tir com os amigos usando este canal de comunicação. Ainda mais quando se trata de um evento coletivo, como pode ser uma Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos. Uma pesquisa feita

pela Digital Insights mostra que 7 das pessoas que tem uma conta no Twitter assistem TV todos os dias, e usam essa rede para compartilhar co-mentários sobre o que estão assistin-do. Mas toda piada e toda brincadeira tem limite. E é aí onde precisa entrar também o discernimento. Lembre-se, “nem tudo nos convêm”.

Não se preocupe se você gosta de as-sistir novela. Não estamos aqui para “malhar o Judas”. Como já dissemos no começo da matéria, a ideia não é acusar ninguém. Já temos um acusa-

Qual é a fonte? Onde a informação se originou? - É importante saber se tem o respaldo da veracidade que, por exemplo, uma agência de notícias ou um jornal podem dar;

Conheço todos os detalhes? – Muitas pessoas comentam fatos ou tomam atitudes a partir do comentário que ouviram e não depois e ter dedicado um tempo a se informar melhor sobre determinado assunto. Procure conhecer o contexto;

Não tire conclusões a partir de uma só fonte. – A mesma informação pode ser tratada por diferentes veículos jornalísticos ou pessoas. É melhor ouvir diferentes posições sobre um assunto para poder formar uma opinião pessoal.

dor no mundo, o diabo, e ele já é chato o suficiente. Mas é bom refletirmos no que a Bíblia nos ensina: “não porei diante dos olhos coisa que seja torpe” (Sl. 101. ).

A televisão está presente em nossas vi-das. Diariamente. Como meio de co-municação, ela traz as mais variadas informações. E nós inconscientemen-te, passivamente, e muitas vezes pela falta do senso crítico, do uso da razão, da que falamos, as captamos. São va-lores e ideologias que ditam regras, estilos e modas.

A TV, como todo meio de comunicação de massa, tem seus pontos positivos e negativos. O lado positivo, que gera efeitos transformadores na sociedade a partir do seu poder educativo, é pouco usado. Já seu lado negativo, aquele que banaliza a violência, a morte, a família, o sexo, é o mais explorado.

O Brasil é um dos países cujos habi-tantes mais veem TV: estamos em oi-tavo lugar do ran ing da NOP World Culture Score Index, com 1 horas e quinze minutos assistidos por semana. A grande maioria de nós se coloca em frente a um aparelho de TV de forma passiva, para distração. E é nesse mo-mento em que estamos mais vulnerá-veis a aceitar os valores e ideologias que a televisão pretende.

E não acontece só com os adultos! Os desenhos animados que prendem as crianças à tela podem acarretar alguns transtornos, como ansiedade, violên-cia e consumismo. A qualidade dos programas infantis têm perdido, em muitos casos, o senso ético e estético, mostrando personagens que chegam a parecer psicóticos.

Existe na nossa sociedade um declínio moral e espiritual evidente. Em mui-tos casos, a TV tem contribuído com a erosão de valores morais e éticos, com a confusão da juventude a respeito de

É preciso ter discernimento. Existem 3 passos bem simples para comprovar a veracidade de uma informação:

O que você assiste?

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sua identidade sexual, com a deturpa-ção e desrespeito à autoridade paterna e materna. É por isso que precisamos do discernimento que a Bíblia diz.

Os princípios ensinados na Palavra de Deus devem ser utilizados como um prisma. Sabe como funciona um pris-ma? É um elemento óptico - o mais comum é de forma triangular - usado para separar a luz em suas cores do espectro (as cores do arco-íris). Ou seja, ele separa a luz nas cores que a compõem. Os ensinamentos da Bíblia devem ser usados para podermos ver de que e como estão compostas as diferentes coisas que consumimos ou com as quais estamos em contato dia-riamente. Em 1 Ts. 5.21 está escrito: “mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom”. embre-se, “nem tudo nos convêm”.

Nos anos 80, Cazuza cantava: “Ideolo-gia, eu quero uma pra viver”. Hoje, pro-duto do declínio cultural do qual faláva-mos aqui, talvez muitas pessoas teriam dificuldade para definir “ideologia”.

Na nossa sociedade, o que vale é “o que você está sentindo no coração”. Estamos no século 21 e as pessoas continuam correndo atrás de experiên-cias. Abrem mão de pensar. Por isso, muitas das músicas que ouvimos fa-zem referência ao ego, às “invejosas de plantão”, ao sexo, à promiscuida-de ou fazem até apologia às drogas. E mesmo assim continuamos a ouvir sem questionar nada.

Diferente do cantor, os nossos heróis não morreram de overdose, como ele canta nessa mesma música. Eles mor-reram pela sua fé, um conceito muito mais forte de ideologia. Mas pare aí mesmo onde você está. Não precisa correr para pegar seu hinário. Não é isso, apenas recomendamos parar para pensar. A música é legal? Ótimo. O

que diz a letra? Quais são os valores que ela defende? Que princípios en-sina? As perguntas são o veículo que nos levam ao desenvolvimento da nossa opinião, do nosso pensamento. E lembre-se, “nem tudo nos convêm”.

Mas então tudo o que leio, assisto e ouço tem que passar por uma “avalia-ção”? Não podemos viver desse jeito! É muito pesado! (Você pode estar pen-sando assim agora).

Bom, a Bíblia nos ensina que devemos procurar a sabedoria de Deus em todo momento:

“Se algum de vocês tem falta de sabe-doria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” Tiago 1.5

Jesus ensinou que devemos andar como sal da terra e luz do mundo. Mas, como Jaime Kemp escreveu no livro “Eu escolhi impactar o mundo”: “Infelizmente, muitas vezes o sal fica acondicionado confortavelmente no saleiro em vez de misturar-se à sopa para enriquecê-la e dar-lhe o real sa-bor; e a luz, que deveria brilhar nas tre-vas, opta por iluminar onde já tem luz. Seja qual for a situação, a Igreja não pode abrir mão dos valores cristãos. Essas virtudes são crenças pessoais as quais precisamos nos agarrar com extrema tenacidade, considerando--as preciosas como uma joia de valor incalculável. São prioridades cristãs, regras de fé e prática que devem nor-tear nossas atitudes, comportamentos, compromissos e decisões. Sua autori-dade em nossas vidas precisa ser ab-soluta, pois elas receberam o selo das Escrituras Sagradas”.

E, por outro lado, a partir do momento em que declaramos “não sou mais eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim” - Gl. 2.20 -, essas atitudes, essas

E agora o que eu faço?

O que você ouve?

perguntas, essa procura pela paz e pela justiça, se dá naturalmente.

É como respirar. Nenhum de nós pen-sa no ato de respirar como uma ação mecânica – se fosse assim, imagine o que aconteceria com os que tem problemas de memória. Fazemos isso naturalmente. Por isso, a partir do momento em que somos transfor-mados em novas criaturas pelo novo nascimento em Cristo, naturalmente usamos a Palavra de Deus como um prisma. Para assim ver com mais cla-ridade do que são feitas as coisas, o que é que ocupa, de fato, nossa mente.

“Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pen-sem nessas coisas.” Filipenses 4.8

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ESPECIAL

A FELICIDADE

Para você, o que é ser feliz? Sua res-posta pode depender de concordar com o a definição de felicidade dada na música “Happy”, do famoso cantor Pharrell Williams, e provavelmente a mais tocada do ano, ou com a defini-ção dada pelo teólogo Agostinho.

“Certamente, todas as pessoas que-rem ser felizes”, escreveu Agostinho há 1.600 anos no livro “The City of God” –‘A cidade de Deus’. Homens e mulheres têm se esforçado ao longo da história para tentar entender a essência da felicidade. É um prazer, é um esta-do do ser, sabedoria ou trata-se de uma deusa, como era representada pelos romanos? Ou a felicidade é simples-mente uma daquelas coisas que você só reconhece quando a vê ou sente?

Pharrell Williams tenta retratar a feli-cidade na letra da sua música mundial-

mente famosa. Na mesma, ele convida a dançar como se ninguém estivesse olhando você fazendo isso – de fato, as pessoas no vídeo mostram movimentos bastante espalhafatosos. O cantor dá à felicidade uma força própria: “happi-ness is the truth”, a felicidade é a verda-de, ele canta. A felicidade, então, é uma energia que inspira você a dançar e ter uma visão realmente positiva da vida. Por que? Williams responde: “because, I’m happy” – porque sou feliz.

Se você alcançar o último estado de felicidade do estilo Pharrell de se vi-ver, você poderá se sentir desapon-tado ou até deprimido. Talvez você, que já ouviu essa música, ensaiou algumas palmas enquanto cantarola-va o refrão no seu carro enquanto ou-via o rádio, ou assistindo o vídeo no

YouTube. Mas, passado esse tempo, alguma coisa trouxe tristeza ao seu coração novamente.

A verdade é que ver a felicidade como um estado permanente de otimismo pode levar à depressão. As situações difíceis da vida podem inevitavelmen-te nos derrubar, e é nesses momentos que vamos precisar mais do que uma atitude despreocupada e movimentos de dança que expressem uma efêmera sensação de felicidade.

Nossa felicidade é tão estável quanto finitas e volúveis são as coisas às quais dedicamos nosso amor, nosso tempo. Agostinho escreveu: “Muitas pesso-as se sentem carentes porque amam aquilo que não merece ser amado, e se sentem mais miseráveis ainda quando curtem esse sentimento”. Agostinho conhecia essa realidade intimamen-

Imagine que não há teto

SEGUNDO PHARRELL WILLIAMS OU SEGUNDO AGOSTINHO?

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te. “Mas meu pecado era esse, procurar prazer, beleza e verdade não em Deus, mas em mim mesmo e em suas outras criaturas”, escreveu na sua autobiogra-fia, titulada “Confissões”, “e essa pro-cura me levou à dor, à confusão e ao erro”. Talvez você esteja também pas-sando por isso no seu trabalho, nos seus relacionamentos, ou talvez você tenha desenvolvido hábitos que não levam à alcançar a felicidade tão desejada. Tal-vez, ao invés de sentir que não há teto - como a música do Pharrell Williams pretende fazer-nos sentir - você sente que não há chão.

Então, como saber se somos felizes? Para Agostinho, uma pessoa feliz é aquela que conhece e participa do amor, bondade, be-leza e graça de Deus. Veja:

A felicidade é um dom

A busca da felicidade é ligada à busca da justiça

A felicidade é amar a Deus

Quando entendermos que a felicidade é um dom de Deus, vamos pro-curá-Lo para alcançar isso. Procurar a felicidade ignorando qual é sua fonte não tem sentido algum. É como tentar matar a fome passando a língua na foto de um pão ao invés de ir pegar um na padaria. Deus é imutável, eterno e perfeitamente bom, e Ele gosta de compartilhar sua felicidade conosco. Ele se deu a si mesmo, no sacrifício do Seu filho, para a nossa felicidade.

Como peixes fora da água, não poderemos alcançar a felicidade enquan-to tentemos viver para aquilo que não fomos criados. Agostinho afir-mou: “ninguém poderá ser feliz se não for justo”. Nós somos mais felizes quando nosso coração e nossas ações estão alinhadas com Deus. Ele é bom (Sl. 118.1 e Mc. 10.18) e justo (1Jo.1.9), então homens e mulheres serão mais felizes quando procurem imitar Sua bondade e justiça.

Nossa felicidade é tão forte e duradoura quanto as coisas que amamos. Se ao invés de dedicar nosso amor às coisas fúteis e superficiais, o de-dicarmos ao Deus supremo e imutável, nossa felicidade será eterna. O amor de Deus também nos dá liberdade para encontrar felicidade genu-ína nas coisas de este mundo – como relacionamentos, comida, músi-ca, recreação, trabalho, educação e assim por diante. O amor de Deus também nos ensina a ter amor próprio e nos conduz a desenvolver a felicidade dos outros.

O dom da felicidade que vem de participar da bondade e amor de Deus pode também inspirar otimismo, mas seu objetivo principal é levar você a amar o próximo, ser grato e ser cheio da graça de Deus. Quer ser feliz? Então ame mais a Deus.

“Porque o Meu jugo é suave, e Meu fardo é leve”.

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COMUNIDADE

UBATUBA / SPCOMUNIDADE DA GRAÇA EM

Conhecida pela beleza natural exu-berante, Ubatuba abriga muito mais do que praias paradisíacas. A cidade é o endereço de uma Comunidade repleta de gente alegre e apaixonada por Jesus!

A história da Comunidade da Graça em Ubatuba começou em fevereiro de 1995, quando o casal de jovens Virgílio e Márcia foi apresentado ao Pr. Carlos Alberto Bezerra e à visão da Comunidade da Graça durante um encontro em Foz do Iguaçu. Foi o nascimento de uma grande amizade, que até hoje envolve amor e fidelida-de a Cristo, à visão da Comunidade da Graça e ao nosso amado Pastor Carlos Alberto.

Durante mais de um ano, o pastor Virgilio e sua esposa Márcia viaja-ram todo final de semana para São Paulo para caminhar próximos do Pastor Carlos Alberto. Os ensina-mentos e o cuidado que o amado pastor transbordou sobre suas vidas traduziu-se em um grupo familiar de oração e estudo bíblico que reunia--se toda semana. E foi a partir de ali que, em outubro de 1997, com apenas 27 membros, a Comunidade em Ubatuba iniciou oficialmente o trabalho na cidade inaugurando um prédio próprio.

Desde então o Ministério tem crescido. E o que era um pequeno grupo, se trans-formou, hoje, em uma igreja expressiva e atuante na cidade, com mais de 400 membros adultos e 100 crianças.

O fato de ser uma cidade relativamente pequena, faz com que os membros da Comunidade em Ubatuba desfrutem de intensa comunhão uns com os ou-tros, compartilhando, principalmente através das células, a caminhada no Evangelho, o que tem proporcionado um período de expansão com a forma-ção de novos líderes e multiplicação dos pequenos grupos.

A Comunidade da Graça em Ubatuba ficou conhecida fora da cidade pelo mi-nistério de música, graças ao trabalho de Rachel Novaes, compositora e ministra de louvor de renome em todo Brasil.

Outro detalhe interessante é o momen-to que vivemos em Ubatuba. Ao longo

Culto de Celebração com a presença do Pr. Carlos Bezerra Jr.

Fachada da CG em Ubatuba

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dos anos, o trabalho da Comunidade tem dado grande ênfase ao projeto de Deus para as famílias e, hoje, essa se tornou uma de suas maiores marcas na cidade. Uma igreja que trabalha com Deus na restauração e direção às famílias.

Assim é que hoje podemos ver que, en-tre tantos outros frutos, o ensino sobre educação de filhos, aliado ao trabalho dos ministérios com crianças, jovens e adolescentes, tem resultado em uma nova geração de líderes e membros en-gajados nas atividades da igreja.

Como bem definiu o Pr. Carlos Bezerra Júnior, em sua visita recente, a Comuni-dade em Ubatuba vive um “momento de maturidade”, contudo, ainda são muitos os desafios e sonhos que movem a igreja em Ubatuba. Assim, sob o entusiasmado pastoreio do Pr. Virgílio, a liderança lo-cal tem sempre buscado aprimoramento para servir melhor e crescer edificando o Reino de Deus em Ubatuba e abençoan-do a cidade.

Pastor Virgilio e família

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Meu nome é Rafael Rodrigues de Carvalho tenho 24 anos e faço parte da Comunidade da Graça de Ubatuba desde agosto de 2011.

Cresci perto dos meus pais, porém distante de Deus, isso me fazia sentir o vazio de algo que não sabia onde achar.

Meu relacionamento com meu pai, mesmo morando debai-xo do mesmo teto, sempre foi distante. Foi assim que pro-curei preencher o vazio com o álcool, entristecendo aqueles que mais me amavam.

Quantas vezes meus pais, cansados depois do trabalho, passavam a noite em claro preocupados comigo enquanto não chegava em casa? Algumas madrugadas tiveram que ir atrás de mim.

Para mim Deus sempre tinha sido alguém distante. Mas muitas pessoas me mostraram que podia ter um relaciona-mento mais próximo com o Senhor.Então, um dia visitei a Comunidade da Graça em Ubatuba e fui surpreendido pela maneira como as pessoas me recebe-ram, e pelo amor do Pr. Virgílio, que se expressava não só com palavras, mas também com claras atitudes.E foi trilhando esse caminho. Andando com estas pessoas que descobri que poderia ter um relacionamento com Deus muito mais próximo do que imaginava.

O próximo passo foi busca-Lo. Primeiro, o Senhor me li-bertou da prisão do álcool. Cristo preencheu o vazio que eu pretendia encher com álcool. Curou-me com a Sua Palavra e me encheu de amor.

Um dia estava lavando louça e o Espírito Santo me falou claramente sobre demonstrar amor pelo meu pai. Sempre tive dificuldade para dizer “eu te amo” para ele. Na verda-de, não lembrava a última vez que tinha dito. Mas obedeci a voz de Deus e preparei um almoço simples, mas especial, para meu pai.

E foi durante aquele almoço que abracei meu pai e falei o quanto ele era especial para mim. Pedi perdão por ter passado tanto tempo sem demonstrar amor por ele, uma das pessoas mais especiais para mim. Nós nos abraçamos e choramos juntos. Foi lindo. Era um momento preparado por Deus. Um momento de perdão, cura e libertação.

O encontro foi tão marcante, que me permitiu apresentar a Cristo para ele. E foi assim que fomos nos reaproximando

um do outro, e vi que meu pai também foi se aproximando de Cristo.

Que alegria imensa foi ver meu pai se aproximar de Cristo! Como era bom ver ele ir ao culto, ler a Palavra e falar do amor do Pai para outras pessoas.

Fiquei admirado por saber que tudo isso aconteceu por ou-vir a voz do Espírito Santo e decidir obedecer a Palavra de Deus. Foi apenas um almoço, muito simples, mas cheio do amor de Deus, que fez uma tremenda transformação em mim e no meu pai.

Quando falei do meu amor por Cristo, do seu sacrifício por nós e do que Ele fez na minha vida, meu pai escolheu se-guir esse mesmo caminho e se aproximar de Deus!

Em dezembro do ano passado, meu pai faleceu. O Espí-rito Santo me fortaleceu em todo tempo. Eu tinha certeza absoluta de que meu pai estava com o Senhor e isso me consolou. Muito me alegro poder ter obedecido a voz do Espírito Santo que me ajudou a mostrar amor ao meu pai e poder falar sinceramente: “eu te amo”. Sou muito grato a Deus por ter usado minha vida para levar meu pai a Cristo.

Hoje sou dirigente de uma célula e estou noivo, realizando um outro sonho que o Pai colocou no meu coração: cons-truir uma família para a glória de Deus. Continuo buscando ouvir a voz do Espírito Santo, diariamente, para que possa ajudar outras pessoas a desenvolverem um relacionamento com o Pai e continuar sendo um canal de bênçãos na vida de outras pessoas. Este é o meu desejo, servir a aquele que transformou e restaurou minha vida.

TESTEMUNHO

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Conheci a Fundação por meio de uma vizinha. Na época, eu estava em uma situação muito difícil na minha vida. Meu esposo era alcóolatra e não con-seguia emprego. Minha família sempre discutia por isso.

Meus filhos pediam pão e leite e eu não tinha para dar. Meu espo-so sempre arrumava dinheiro para beber, mas não para o pão de nos-sa família.

As crianças nunca tinham roupas novas para vestir nem brinquedos.

Então, fiquei sabendo de um lugar que poderia ajudar com alimentos para meus filhos, a Fundação Comu-

nidade da Graça. Cheguei com mui-ta vergonha e pedi uma cesta básica. Contar a situação da minha vida foi bastante difícil, pois eu já estava em depressão e muito abalada.

Conversei com a assistente social Paula Sales que me deu toda a ajuda necessária. Quando peguei a primeira cesta, fiquei muito feliz com o que havia dentro dela. Meus filhos ficaram radiantes e, quando viram o chocolate em pó para colo-car no leite, logo pediram para que eu preparasse. A minha vida come-çou a se transformar. Também fui encaminhada pela Fun-dação para o Programa Papai do

Céu. O brilho nos olhos deles, com os brinquedos nas mãos, foi algo muito gratificante.

Além disso, hoje participo das reuni-ões do Programa SASF, de assistên-cia social, e estou aprendendo a ter objetivos na vida.

O primeiro foi voltar a estudar. E já estou fazendo isso.

Meu esposo parou de beber e hoje trabalha como pedreiro. As crianças estão bem e com saúde.

Eu aprendi a correr atrás dos meus objetivos e entendi que Deus sempre nos dá forças. Obrigado Fundação!

O Programa Primícias é ação pioneira da Fundação Comunidade da Graça. Seu nome não poderia ser outro: o ob-jetivo é oferecer alimentos essenciais de maneira emergencial para famílias que estão em vulnerabilidade. São

entregues mais de 200 cestas básicas todos os meses.

A ação conta com grupo de voluntá-rios para doação de alimentos, mon-tagem e distribuição de cestas básicas

e tem sido um grande passo para a recuperação de famílias. Milhares de pessoas têm sido alcançadas, como é o caso de Joelma Santos, que, a pró-prio punho, relatou sua experiência com o programa.

FUNDAÇÃO COMUNIDADE DA GRAÇA

ALIMENTANDO A QUEM TEM FOMEPRIMÍCIAS:

“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver”. (Mateus 25: 35-36)

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NOVA GERAÇÃO

A Comunidade da Graça sempre valo-rizou o trabalho com as crianças. Elas também estão incluídas na visão dada por Deus aos nossos pastores Carlos Al-berto e Suely de ser uma igreja-família. Por isso, no começo deste ano, a Asso-ciação Comunidade da Graça realizou um treinamento nacional para todos os pastores, líderes e professores de crian-ças, onde foi apresentada a nova identi-dade nacional de este Ministério: “Co-muna Kids”.

Nesse treinamento, conhecemos o novo material a ser adotado em todas as CG’s, a coleção “Mensagens e Mistérios”, da Igreja em Células de Curitiba, do pastor Robert Lay. As igrejas que adotaram de imediato este material, ministraram às

crianças neste 1º semestre de 2014 sobre os livros de Isaías e Daniel.

Dando continuidade ao projeto, a ACG lança agora o treinamento online do NOVO TEMA para o trabalho com as crianças no 2º semestre de 2014: “Ce-lebração e Vitória”, onde aprenderemos sobre o livro de Apocalipse.

Veja o resumo do tema que vamos tra-balhar com as crianças, retirado do Fa-cilitador 1 “Celebração e Vitória”, da Editora Igreja em Células:

“Como é bom adorarmos e celebrarmos a Deus seguros de que a vitória é certa.

E para verdadeiramente adorarmos a Deus, precisamos reconhecer quem so-mos e quem Ele é. Ao vermos Sua san-tidade e perfeição, nos damos conta de que somente por meio de Jesus Cristo, que venceu a morte e reina eternamen-te, podemos chegar diante da presença maravilhosa de Deus. Porém a decisão é nossa. Para pertencermos ao povo que adorará e celebrará a Deus eterna-mente, precisamos tomar uma posição e assumir um compromisso com Jesus. O convite está feito! Vamos adorar e cele-brar a vitória do Cordeiro?”

Se em sua igreja local neste 1º semestre não foi adotado o novo material devido à organização e ajustes internos, não há

CELEBREMOS A VITÓRIA DO CORDEIRO!!!

Vamos celebrar a vitória do Cordeiro?

Amado professor

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problema algum! A orientação é que o primeiro tema a ser ministrado às crian-ças seja o “Mensagens e Mistérios”, dos livros Isaías e Daniel. E depois, o tema de Apocalipse. Todos os vídeos, com as aulas práticas e materiais de apoio do treinamento do tema “Mensa-gens e Mistérios” estão disponíveis no www.redecomuna.com.br.

A sugestão é que as CG’s comecem a ministrar às crianças este novo tema no 2º ou 3º domingo de agosto, para que dê tempo de todos voltarem das férias escolares.

Também, assim como foi feito no primeiro semestre com o material de “Mensagens e Mistérios”, a Associação Comunidade da Graça desenvolveu um Guia de Orientação de cada turma, com aplicações práticas que ajudarão na aplicação do novo tema.

O objetivo da Comunidade da Graça sempre foi trabalhar com a família,

como um todo. Por isso, o Comuna Kids pretende ajudar vocês a formar o caráter de Cristo na vida de seu filho(a).

Os materiais utilizados visam traba-lhar três pilares na vida da criança: IGREJA, LAR e CÉLULA.

Como líderes, coordenadores e profes-sores dos cordeirinhos, somos colabo-radores no maior ministério que Deus deu a você, pai e a você, mãe: ensinar seu filho no caminho em que este deve andar, para que quando ele cresça, nunca se desvie dele (Pv. 22.6).

O livro de Apocalipse é um livro muito rico. O objetivo do nosso estudo é CE-LEBRAR a VITÓRIA do Cordeiro de Deus, que está voltando para nos bus-car. Este é o convite que vamos fazer às crianças neste próximo semestre!

Podem ficar tranquilos, o foco do tra-balho neste segundo semestre não é assustar as crianças com todas as ima-gens/visões que temos no livro de Apo-calipse. Muito pelo contrário, vamos

Amados pais!

mostrar que este é o livro mais esperan-çoso da Bíblia, pois diz claramente que com Ele somos mais que vencedores, e que ao Seu lado reinaremos eternamen-te em um lugar maravilhoso, sem do-enças, sem problemas e sem tristezas.

Vamos celebrar junto com as crianças a volta de Jesus e nos preparar para ela! Queremos trabalhar junto com vocês pais, com a certeza absoluta no coração de que seus filhos serão cada dia mais parecidos com Cristo.

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ESPECIAL

Deus planejou você desde antes de você ser concebido. O seu design é es-pecífico para o chamado que Deus tem para você. Mas quando as dificulda-des da vida aparecem, você é tentado a olhar para os outros e pensar: “porque eles não passam pelos mesmos pro-blemas e dificuldades que eu passo?” Não fique desencorajado; em João 21, o apóstolo Pedro passou pelo mesmo.

Depois da ressureição, Jesus serviu um café-da-manhã na beira do mar para seus discípulos, e convidou Pe-dro para andar com Ele pela praia. Jesus queria dizer para Pedro algumas coisas importantes antes dEele partir

fisicamente. João os seguia, alguns metros atrás.

Chegando ao final da sua conversa, Jesus jogou uma “bomba” em Pedro: “Digo-lhe a verdade: Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, esten-derá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir”. E então Jesus, de uma forma que somente Ele poderia fazer, colocou-se ao lado de Pedro e disse: “Siga-me”.

Pedro tinha dúvidas sobre como se-ria a vida depois da morte de Jesus, pois não conseguia imaginar como os discípulos iriam sobreviver sem Ele. Pedro se perguntava como seria

que ele mesmo iria conseguir sobrevi-ver sem seu mestre fisicamente entre eles. Então Jesus chega e o informa que ele não iria sobreviver (Jo. 21.19). Pedro iria morrer por Jesus. Só que, desta vez, Pedro não emitiu nenhuma proclamação de excesso de confiança -como ele fez, por exemplo, durante a refeição de Páscoa, em Lc. 22.33. Agora ele sabia o quão fraco ele era. Sozinho ele era um covarde.

Ele deve ter pensado: “porque Jesus não falou sobre a morte de seus outros discípulos? Será que eu sou o único que tem que morrer?” Pedro olhou ao redor e avistou João. Ele sabia como Jesus amava João, e pensou em como seu amigo consegui-

JESUS QUER QUE VOCÊ SEJA VOCÊ MESMO

“Senhor, e esse homem?”

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ria evitar passar pelo que ele deveria passar. Então, voltou-se para Jesus e perguntou: “Senhor, e esse homem?”

Jesus franziu a testa, olhou para Pedro e respondeu com firmeza: “Se eu qui-ser que ele permaneça vivo até que Eu volte, o que importa? Siga-me você” (Jo. 21.23).

Jesus chamou cada um de nós para segui-Lo (João 15:16). Todas as pro-messas de Deus têm o sim em Cristo (2 Coríntios 1:20). Todos nós partilha-mos da herança de Cristo (Colossen-ses 1:12) e como membros do mesmo corpo, o corpo de Cristo, precisamos uns dos outros (Romanos 12:5).

Mas nós não temos a mesma função (Romanos 12:4). Cada discípulo, cada membro individual do corpo, tem um papel único. E cada membro desse cor-po tem que fazer e cumprir o propósi-to que Deus deu a ele, o chamado que Deus fez a cada um (1 Coríntios 7:17).

Assim como aconteceu com Pedro, os planos de Deus para outras pessoas nos afetam de uma forma tão exces-siva que leva a Cristo a nos perguntar: “o que importa isso?” O que importa é o plano que há para você, por isso...

“Siga-me!”. Você ouviu? Jesus falou isso para Pedro e falou isso para nós. É uma declaração de liberdade! Jesus morreu para te fazer verdadeiramente livre (João 8:36), e isso inclui liberda-de da tirania do pecado da compara-ção e da tentação de viver o que outras pessoas tem para viver!

Deus planejou você em sua mente antes mesmo de você nascer (Sal-mos 139:13-16). Ele sabia o que es-tava fazendo. Você, seu corpo, sua mente e suas características não são um acidente. Sim, Ele sabe de suas deficiências, e sim, Ele te chamou para crescer em graça (2 Pedro 3:18). Deus não espera ou pretende que você seja uma outra pessoa, nem quer

que você siga os mesmos passos de outra pessoa.

Jesus quer que você seja você mesmo. A fé que Jesus te deu é suficiente para trilhar o caminho pelo qual que Ele quer te conduzir (Romanos 12:3). E a graça dEle será suficiente para você encarar e vencer os desafios que vie-rem (2 Coríntios 12:9).

Você realmente conhece a você mes-mo quando não compara mais a sua vida com a de outra pessoa. Você é você mesmo quando mantém seus olhos fixos em Jesus (Hebreus 12:2), quando você O segue em fé, e quando você serve a outros em amor, através dos dons gratuitos que Deus te conce-deu (Romanos 12:4-8).

Então, não importa o que aconteça no dia de hoje, fique livre de questionar em seu coração, “Senhor, e esse ho-mem?” porque Jesus escolheu você (João 15:!6), prometeu suprir tudo o que você precisa (Filipenses 4:19), e simplesmente quer que você O siga.

“O que importa?”

“SIGA-ME VOCÊ!”

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ACONTECEU

VISITA INSPIRADORANo dia 31 de maio, a missionária iraniana Takoosh Hov-sepian ministrou na Comunidade da Graça Sede, em um evento feito em parceria com o ministério Portas Abertas.

Seu marido, o mártir cristão Haik Hovsepian, tinha 49 anos quando, em uma manhã, deixou sua casa e nunca mais vol-tou. Doze dias após seu desaparecimento, tornou-se eviden-te que ele havia sido morto por ordem do governo iraniano. Seu corpo foi encontrado e, em consequência de sua morte, a família teve que fugir para os EUA.

Takoosh lutou contra tudo o que isso gerou em seu cora-ção, aprendeu o verdadeiro significado do perdão e supe-rou as dores.

Hoje ela passa seus dias incentivando famílias de cristãos perseguidos e, principalmente, as viúvas, como também compartilha o seu testemunho em igrejas no ocidente para gerar conscientização e mobilizar apoio, em oração, para a Igreja Perseguida.

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ACAMPAMENTO DOS ADOLESCENTES DA CG SEDEDe 19 a 22 de junho, mais de 160 adolescentes estiveram reunidos no Sítio Bom Pastor, em Capela do Alto/SP, para serem ministrados sobre Filipenses 3.13-14:

“(…) esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Foi um tempo de verdadeira comunhão e transformação na vida desses jovens.

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ACONTECEU

FELIZ ANIVERSÁRIO!

No domingo 21 de junho, a CG de São Bernardo do Campo comemorou seus 16 anos existência. O Pastor Carlos Alber-to Bezerra, fundador e presidente da Comunidade da Graça, ministrou o Culto de Ação de Graças e comemorou junto com o Pastor Marcos Marciano, sua esposa Kátia e todos os membros presentes nesse evento tão especial.

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