revista comuna 32

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Confira as notícias, matérias e estudos da nova edição da Revista Comuna

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A verdadeira política não está restrita aos que disputam eleições ou exercem cargos públicos, mas inclui também toda a ação que o cidadão exerce para melhorar o seu bairro, a sua cidade, o seu país.

O correto é pensar que cada brasileiro é um político. Pelo menos deveria ser.

Homens da Bíblia como José, Davi, Daniel, Miquéias, o próprio Jesus e muitos outros tiveram uma ação política consistente. Eles harmonizaram o fator espi-ritual ao político com equilíbrio.

Nosso país carece de gente que abandone a indiferença e a aversão política. A quem interessa manter os brasileiros no campo do desinteresse e da apatia?

Precisamos acordar e nos envolver com os assuntos de nossa cidade. O tempo todo. O ano todo.

Isso sim é cidadania.

Wagner Fernandes

Comunidade da Graça SedeRua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800Para saber o endereço de outras igrejas acesse:www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas

Produção: Comunidade da Graça Sede

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Revisão Ortográfica: Bianca Ferrari de Pádua

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi

Direção de arte: Diego Boaventura

Assistente de arte: Flávia Lima e Thaís Fernandes

Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

32comuna

EDITORIAL

Page 4: Revista Comuna 32

4 | comuna | outubro 2012

índice

22 CAPA

06 VISÃO

08 LIDERANÇA

16 DEUS AGINDO

20 SONHOSPOSSÍVEIS

32 PONTO DE VISTA

10 FINANÇAS

14 FUNDAÇÃO CG

28 IGREJA FAMÍLIA

34 TEXTO E CONTEXTO

12 ELES ANDARAM COM JESUS

18 ESPECIAL

30 SAÚDE

36 ACONTECEU

PROMESSAS IMPOSSÍVEIS

7. COMPROMISSO

DEUS BUSCA INTERCESSORES

POLÍTICA PARA QUEM CANSOU

CIDADE DE DEUS

A VERDADEIRA PROSPERIDADE

CRIANÇA É COISA SÉRIA

DEUS DEU A VIDA PARA CADA UM CUIDAR DA SUA?

FAZER DISCÍPULOS, FAZER AMIGOS

JOÃO CALVINO

PELA VOLTA DA MORAL E DO CIVISMO

PARTO E PRÉ-NATAL

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Graça e Paz, irmãos. Quero agradecer por produzirem uma revista tão boa, com qualidade de conteúdo e com temas relevantes. Re-almente, é uma bênção para nós, de longe, recebermos orientação sobre a visão da Comunidade da Graça de uma maneira tão eficaz.

Keila Lima – Comunidade da Graça em Visconde do Rio Branco/MG

Glória a Deus pelas pessoas que produzem a revista Comuna, sem-pre uma matéria melhor que a outra. Ela edifica, enriquece e exalta o Reino de Nosso Pai. O Pr. Carlos Alberto me concedeu uma en-trevista e autorizou editar seus textos e estudos gratuitamente na REVISTA MC 16.15, uma revista produzida há três anos em Lon-drina. Essa é mais uma prova que o Reino de Deus tem que ser uno. Obrigado, Pr. Carlos Alberto e a todos da revista.

Dr. Lourival Bezerra Motta – Londrina/PR

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões?

Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! [email protected]

DOMINGO09h00 – Culto de Celebração• CultoparaCrianças(3a11anos)• CultoparaJuniores(12a14anos)

19h00 – Culto de Celebração• CultoparaCrianças(4a8anos)

Durante os cultos temos interpretação em linguagem de sinais (LIBRAS) para surdos

1o. Domingo do mês: Culto de Ceia2o. Domingo do mês: Projeto Neemias / Projeto Primícias

SEGUNDA-FEIRA20h00 – Culto da VitóriaTema: O melhor de Deus pra Você• CultoparaCrianças(4a8anos)

TERÇA-FEIRA8h00 – Mulheres IntercessorasReunião de oração

2º E 4º SÁBADO20h00 – MAG / Marcando A GeraçãoEncontro para Jovens

4º SÁBADO09h00 – Encontro da Melhor IdadeComunhão, edificação e desafios.

CÉLULASNossas células se reúnem nos lares. Temos grupos para adolescentes, jovens, mulhe-res e famílias, em várias regiões de São Paulo e em vários dias da semana.

Informe-se pelo telefone: (11) 2090-1817, durante o horário comercial, ou pelo email: [email protected]

FundadorePresidentedaComunidadedaGraça

CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

COMUNA E VOCÊ!

Uma igreja família,vivendo o amor de Cristo,alcançando o próximoe formando discípulos

Programação da Comunidade Sede

Page 6: Revista Comuna 32

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onta-se que no antigo reino de Sião, na Ásia, as pessoas apanhadas contando mentiras eram cruelmente castigadas, tendo as suas bocas costuradas. Que terrível maneira de casti-

gar o mentiroso. Entretanto, a punição me parece bem adequada.

Atualmente, assistimos a uma verda-deira enxurrada de mentiras e falsida-des. A arma mais terrível usada pelo inferno, desde o princípio da criação, é a mentira e o engano, que muito se assemelham com a verdade. Ocorre hoje a repetição dos fatos que a na-ção israelita experimentou: os líderes

espirituais fazem promessas de cura e libertação ao povo que jamais experi-mentaram.

“Porque fazem o meu povo des-viar-sedizendo-lhe:‘Paz’,quandonãohápaz…”(Ez13.10).

Prometem entrada no reino de Deus, libertação espiritual e física, perdão, transformação e vitória através de métodos humanos completamente desprovidos do instrumental divino oriundo da graça de “Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2).

Cura sem morte na cruz é engano:

“Atéodiadesuamortenãohaverápropiciaçãoemfavordessepecado,dizoSoberano,oSenhordosExér-citos”(Is22.14);

“Esseshomenssãofontessemáguaenévoasimpelidaspelatempestade.A es¬curidão das trevas lhes estáreservada, pois eles, com palavrasdevaidosaarrogânciaeprovocan-do os desejos libertinos da carne,seduzem os que estão quase con-seguindo fugir daqueles que vivemnoerro.Prometendo-lhesliberdade,eles mesmos são escravos da cor-rupção,poisohomeméescravoda-quiloqueodomina”(2Pe2.17-19).

C

PROMESSAS IMPOSSÍVEISCARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

Foto: D

ivulgação

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

A VERDADE NÃO PRODUZ TANTO DE BEM NO MUNDO QUANTO DE MAL PRODUZEM AS APARÊNCIAS

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Que tristeza é a falta de conhecimento de Deus, principalmente dos chama-dos líderes entre os cristãos:

“Meupovo foidestruídopor faltadeconhecimento”(Os4.6).

Promessas e mais promessas têm ge-rado um falso cristianismo desprezado pelo mundo e condenado por Deus:

“Elestratamdaferidadomeupovocomosenãofossegrave.‘Paz,paz’dizem,quandonãohápazalguma”(Jr6.14).

Se o mundo con¬dena seus líderes políticos mentirosos e enganadores, o que dizer daqueles que se dizem cris-tãos? Eles são filhos do mesmo pai:

“Vocês pertencem ao pai de vocês,oDiabo,equeremrealizarodesejodele.Elefoihomicidadesdeoprincí-pioenãoseapegouàverdade,poisnãoháverdadenele.Quandomente,falaasuapróprialíngua,poisémen-tirosoepaidamentira”(Jo8.44).

O conhecimento da verdade é a única condição para quebrar os laços do diabo:

“Deve corrigir com mansidão osqueselheopõem,naesperançadequeDeus lhesconcedaoarrepen-dimento, levando-os ao conheci-mentodaverdade,paraqueassimvoltemàsobriedadeeescapemdaarmadilhadoDiabo, queos apri-sionou para fazerem a sua vonta-de”(2Tm2.25-26).

Esse conhecimento que liberta é pes-soal e particular. Cada um precisa ex-perimentar individualmente:

“…masquemsegloriar,glorie-senisto: em compreender-me e co-nhecer-me,poiseusouoSe¬nhore ajo com lealdade, com justiça ecom retidão sobre a terra, pois édessas coisas queme agrado, de-claraoSenhor”(Jr9.24).

Conhecer a verdade não é conhecer uma filosofia, doutrina ou religião nova. É conhecer uma pessoa. A ver-dade é Jesus:

“Eusouocaminho,averdadeeavida”(Jo14.6);

“Econhecerãoaverdade,eaver-dadeoslibertará”(Jo8.32).

Portanto, é o conhecimento da ver-dade que produz um fiel testemunho, gerador da verdadeira proclamação do Evangelho. Anunciar salvação, cura e paz, sem realçar a inclusão na morte e ressurreição de Cristo, é um verdadei-ro engodo. São falsos profetas, com suas falsas pregações e curas:

“PoisCristonãomeenviouparabatizar,mas para pregar o evan-gelho, não porém com palavrasdesabedoriahumana,paraqueacruzdeCristonãosejaesvaziada.Poisamensagemdacruzéloucu-ra para os que estão perecendo,masparanós,queestamossendosalvos, é o poder deDeus” (1Co1.17-18).

A palavra da cruz é o único instrumen-to válido para transportar o homem para o reino de Deus, levando-o a ex-perimentar a morte da natureza peca-minosa e a ressurreição de uma natu-reza santa e transformada:

“Pois sabemos que o nosso velhohomemfoicrucificadocomele,paraqueocorpodopecadosejadestruí-do,enãosejamosmaisescravosdopecado”(Rm6.6).

Essa é a verdadeira libertação, sem pa-liativos enganosos, capaz de manifes-tar o verdadeiro milagre da salvação:

“Portanto,sealguémestáemCris-to,énovacriação.Ascoisasantigasjápassaram;eisquesurgiramcoi-sasnovas!”(2Co5.17).

Não há cura espiritual e, consequen-temente, solução dos problemas do homem sem a morte da natureza peca¬dora no corpo de Cristo na cruz. É no Evangelho da morte e ressurrei-ção que devemos colocar toda ênfase, para vermos o maior número de pesso-as libertas do seu cativeiro.

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceu

Carlos Alberto Bezerra éfundadorepresidentedaComunidadedaGraça.ÉmembrodaAcademiaPaulistaEvangélicadeLetrasepreletorinternacional.Casadocomapra.SuelyBezerra.

texto e contextoponto de vistasaúde

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OS SETE ATRIBUTOS DO CORAÇÃO DE LÍDER:

7. COMPROMISSO MARCO FABOSSI

as últimas edições da Revista Comuna, conversamos sobre Integridade, Caráter, Valores, Propósito, Visão e Humildade. Nesta edição, vamos falar so-bre o sétimo atributo do Cora-

ção de Líder: Compromisso.

Vivemos numa época em que o risco da mediocridade aumenta a cada dia. Não por causa da incompetência ou pela falta de integridade das pessoas, mas pela ausência de compromisso genuíno com aquilo que é realmente importante. Portanto, não basta estar comprometido, é preciso ter compro-misso com as coisas certas.

De fato, todos nós estamos compro-metidos com algo ou alguém e, por isso, a questão principal não deveria ser “Vocêestácomprometido?”, mas “Comquem e como que você estádefatocomprometido?”. Para os se-guidores de Jesus Cristo, a respos-ta natural seria: “Meu principal emaisimportantecompromissoécomDeus”.Chegamos, então, a uma per-gunta ainda mais importante: “Suas prioridades e atitudes no dia a dia revelam o seu compromisso com Deus?”, porque um compromisso verdadeiro não se estabelece com discursos, mas com atitudes que vão além das palavras.

Você gostaria de ser liderado por um líder em quem não confia? Pois bem: sem compromisso não existe confian-ça, e sem confiança a liderança desa-parece por completo. Portanto, um atributo básico para o líder cristão é a demonstração de seu verdadeiro com-promisso com Deus e com as pessoas que Ele lhe tem confiado.

“EntãoJesusdisseaosseusdiscípu-los:Sealguémquiseracompanhar--me, negue-se a si mesmo, tome asuacruzesiga-me.Poisquemqui-sersalvarasuavida,aperderá,masquemperderavidaporminhacau-sa,aencontrará.Pois,queadianta-

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visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

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ráaohomemganharomundointei-roeperderasuaalma?Ou,oqueohomempoderádaremtrocadesuaalma?”Mateus16:24-26

Este é o nível de compromisso que Jesus espera de seus seguidores, principalmente daqueles que estão em posição de liderança, porque sem compromisso verdadeiro nos torna-mos “mornos”, e líderes “mornos” são incapazes de influenciar pessoas. So-mente os que assumem esse nível de compromisso com Deus é que podem fazer diferença na vida das pessoas, porque isso gera atitudes que demons-tram integridade, caráter, valores, propósito, visão de futuro, humilda-de, levando as pessoas a pensar: “Asatitudes domeu líder falam tão altoquenãoconsigoouvir suavoz”. Por isso, palavras são importantes, mas só terão sentido se vierem acompanhadas de atitudes que revelem um profundo compromisso com o Reino de Deus, que independe de circunstâncias e dos possíveis benefícios ou prejuízos que elas possam nos trazer.

“Porqueaindaqueafigueiranãofloresça, nem haja fruto na vide;aindaquedecepcioneoprodutodaoliveira,eoscamposnãoproduzammantimento;aindaqueasovelhasda malhada sejam arrebatadas, enoscurraisnãohajagado;TodaviaeumealegrareinoSENHOR;exul-tareinoDeusdaminhasalvação.”Habacuque3:17-18

Em nossa igreja, somos influenciados, inspirados e motivados por pastores e líderes que assumiram o compromis-so de fazer da Comunidade da Graça uma igreja família, vivendo o amor

Marco FabossiémembronaComunidadedaGraçaSede,conferencista,coach,escritoreconsultorcomfocoemLiderançaeCoaching.Vejamaisemwww.marcofabossi.com.br

de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos. Um compromis-so que se revela em cada detalhe que nos cerca: o amor à Palavra de Deus, o cuidado com as pessoas, a atenção aos necessitados através da Fundação, o zelo na formação de líderes compro-metidos com a visão, enfim, detalhes que são frutos de atitudes geradas por um profundo compromisso com o Reino de Deus.

Estes são os atributos do Coração de Líder: Integridade, Caráter, Valores, Propósito, Visão, Humildade e Com-promisso. Um coração que bate no peito de pessoas comuns, mas que assumem compromisso genuíno com o Reino de Deus para realizar coisas extraordinárias, inspirando também a conquista do extraordinário por todos aqueles que estão à sua volta.

Com quem e com o que você está ver-dadeiramente comprometido?

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceutexto e contextoponto de vistasaúde

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A VERDADEIRA PROSPERIDADEe existe algo benéfico que to-dos nós temos necessidade e pelo qual buscamos e lutamos todos os dias, é a prosperida-de. Mas essa busca pode se mostrar nociva e destruidora, e

pode até acabar com famílias inteiras.

A palavra prosperidade, no grego, quer dizer “euforia, plenitude”. Ser próspero é ter sucesso. Na Bíblia, essa palavra é mencionada pela primeira vez em Gênesis 24:21, quando Eliezer foi buscar uma esposa para o filho de Abraão. Em sua procura, ele encon-trou Rebeca à beira de um poço, dando água para camelos. Diz o texto que

“Sem dizer nada, o homem a ob-servavaatentamenteparasaberseoSenhortinhaounãocoroadodeêxitoasuamissão”.

Ele parou para ver se não tinha per-dido tempo ou errado o alvo, se não tinha se equivocado quanto ao lugar e ao momento. Nesse caso, a ideia de prosperidade é a de uma aventura bem sucedida em contraste com o fracasso. E a fonte de tal sucesso – porque ser prospero é ser bem sucedido – é Deus.

Em2Crônicas26:5diz:“EbuscouaDeusduranteavidadeZacarias,que o instruiu no temor de Deus.

EnquantobuscouaoSenhor,Deusofezprosperar”.

Há uma confusão que precisa ser mui-to bem esclarecida: Ser rico não é a mesma coisa que ser próspero. Há uma enorme diferença entre os dois.

A palavra riqueza, no hebraico, quer dizer “bens, recursos, posses, fazen-das”. Somente no Velho Testamento essa palavra aparece 26 vezes, e des-sas, 17 somente no livro de Provér-bios. Riquezas, na sua origem, é algo tangível, se refere a bens que podem ser transportados. As riquezas podem ser boas e até podem ser um sinal de

AGUINALDO FERNANDES, PR.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

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bênção. O Salmo 112:13 diz que para o homem que teme ao Senhor

“grande riqueza há em sua casa,easuajustiçaduraparasempre”.

Entretanto, na Bíblia, riqueza pode ser indicação de corrupção. Provérbios 11:28 diz que

“Denadavaleariquezanodiadaira divina,mas a retidão livra damorte”.

E, por fim, as riquezas significam também “ter bastante”. Porém, a ver-dadeira prosperidade não é “ter”, mas é “ser”.

Precisamos ter esse entendimento, essa percepção real do que é ser rico e ser pobre. É algo profundo, e o pe-cado fez com que o homem perdesse a distinção correta disso. Tanto que, em Apocalipse 3:17, o Espírito Santo se dirige à igreja de Laodicéia assim:

“Comodizes:Ricosou,eestouen-riquecido,edenadatenhofalta(enãosabesqueésumdesgraçado,emiserável,epobre,ecego,enu)”.

Junto com a igreja de Laodicéia, que perdeu a percepção do que é ser rico, a igreja de Esmirna também perdeu o conceito de prosperidade mesmo ten-do recursos. O mesmo Espírito Santo diz a ela:

“Conheçoassuasafliçõeseasuapobreza (mas você é rico!)”Apo-calipse2:9.

Quando tivermos o entendimento do que vem a ser a verdadeira prosperi-

dade, começaremos a vivenciá-la em toda a sua plenitude.

Prosperidade é muito mais do que ter dinheiro. Em um sentido muito eleva-do e completo, prosperidade significa “nenhuma necessidade”. É ter todas as necessidades supridas em todas as áreas da vida. Homens e mulheres na Bíblia, que viveram em sujeição a Deus, não tiveram nenhuma necessi-dade. Não estou dizendo que não ti-veram tempos de lutas e aflições, de pressões, de problemas ou de pestes. Mas, se fizermos uma análise profun-da de Hebreus 11, veremos que aque-les heróis da fé, independente das cir-cunstâncias da vida, jamais deixaram de ser prósperos.

É muito bom e muito fácil parecermos prósperos quando estamos em um clu-be de campo, em um dia de sol lindo em frente a uma piscina tomando um suco geladinho. Parece que ali a pros-peridade está reinando, mas, na verda-de, ser próspero é receber a provisão diária da graça divina.

Davi era um homem próspero e rico. Abraão e Salomão também foram prósperos e ricos. Por outro lado, Elias, Eliseu, João, Paulo eram ho-mens prósperos e não eram homens ricos. Ser próspero é ser bem-aven-turado. É ser muito feliz. Você sabia que o primeiro sermão de Jesus foi demonstrar o real significado de ter prosperidade? No sermão do monte, em Mateus 5, Ele deu o parâmetro real e verdadeiro do que é ser próspero.

Elias experimentou prosperidade mes-mo em um tempo de perseguição do Rei Acabe (1 Reis 17:1-7). Quando

Deus lhe mandou ir morar junto ao ribeiro de Querite – onde não lhe fal-taria água – o Senhor enviou os corvos para alimentá-lo. Eles traziam pão e carne pela manhã e à noite. Isso por-que Deus é um Deus de prosperidade, de provisão. O grande Jeová Jireh é um Deus provedor.

Existem pessoas pobres que são prós-peras, e há ricos que são desafortu-nados. Prosperidade é melhor do que riqueza. Não esgote os seus esforços, tempo, família e energias para ser rico, para poder comprar mais, ter o melhor carro, a melhor casa, ter coisas. Procu-re a prosperidade do Senhor!

“Ele abençoa o lar dos justos”Provérbios3:33.

Aguinaldo Fernandes épastornaComunidadedaGraçaemErmelinoMatarazzo,membrodoConselhodeSupervisores,érepresentantecomercialecasadocomapra.Lisabete.

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceu

EXISTEM PESSOAS POBRES QUE SÃO PRÓSPERAS, E HÁ RICOS QUE SÃO

DESAFORTUNADOS. PROSPERIDADE É MELHOR DO QUE RIQUEZA

texto e contextoponto de vistasaúde

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JOÃO CALVINOPAULO ALEXANDRE SARTORI

oão Calvino nasceu em Noyon, na França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai era advogado dos religiosos cató-licos e secretário do bispo local. Com 14 anos, Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e teologia. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos e do grego. Após a morte do pai em 1531, dedicou-se à literatura clássica.

Calvino converteu-se à fé evangélica por volta de 1533, prova-velmente sob a influência de um primo. Vítima das persegui-ções aos protestantes na França, em 1534 ele estabeleceu-se em Basiléia, na Suíça. Nessa cidade publicou a primeira edi-ção da sua grande obra, As Institutas da Religião Cristã (1536). Esse livro provocou imediata admiração por Calvino. Durante sua vida, ele alterou a obra algumas vezes, aumentando-a.

Algum tempo depois, ele foi chamado para ajudar na cidade de Genebra, que acabara de abraçar a Reforma Protestante. Logo se tornou o líder dos pastores da cidade, mas acabou entrando em conflito com as autoridades civis, sendo expulso em 1538. Calvino foi então para Estrasburgo, na Alemanha, onde se ca-sou com Idelette de Bure. Lá, atuou como pastor e professor, além de produzir um Comentário da Epístola aos Romanos.

Calvino concordava com outros líderes da Reforma quanto aos conceitos cristãos básicos, como a salvação pela graça, a auto-ridade da Bíblia e o sacerdócio universal de todos os fiéis. Em 1541, Calvino retornou a Genebra por insistência dos gover-nantes da cidade. Desde essa época, e até hoje, ele permanece uma figura central na história da Suíça.

Em torno de 1546, muitos protestantes insistiam em que o povo – e não apenas os reis e bispos – deveria participar das decisões políticas e religiosas. Essa ideia influenciou Calvino e seus seguidores na França, Inglaterra, Escócia e Países Baixos. Os calvinistas desenvolveram teorias políticas que defendiam

J“E DEVEMOS CONFIAR QUE ASSIM COMO NOSSO PAI

NOS NUTRIU HOJE, ELE NÃO FALHARÁ AMANHÔ JOÃO CALVINO

UM DOS PRINCIPAIS LÍDERES DA REFORMA PROTESTANTE

o governo constitucional e representativo, o direito do povo de mudar o governo e a separação entre o governo civil e o governo da Igreja.

Para Calvino, o cristianismo se destinava a reformar toda a sociedade. Por isso, ele falou e escreveu sobre política, problemas sociais e relações internacionais como sendo parte da responsabilidade cristã. Nenhum outro reformador estimulou tanto as pessoas a pensar sobre a ética social e cristã. Calvino faleceu aos 55 anos em 27 de maio de 1564.

Leia “A Vida de João Calvino” de Alister McGrath, Editora Cultura Cristã

Paulo Alexandre SartoriémembronaComunidadedaGraçaSede,arquiteto,atuanoMinistériocomJovenslocal,eéresponsávelpelarevisãoeelaboraçãodetextosparalivros,apostilaseboletins.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

Foto: D

ivulgação

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sonhospossíveis igreja família texto e contextocapa ponto de vista saúde aconteceucomer bemsonhospossíveis igreja família texto e contextocapa ponto de vista saúde aconteceu

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tualmente, as famílias têm ex-perimentado mudanças signi-ficativas em seu funcionamen-to e estrutura. Muitas mães precisam trabalhar para ajudar na renda da casa. Nesse cená-

rio, aumenta a importância de creches e pré-escolas para ajudar na demanda, não só como parte da educação básica, mas também como uma política que atua no apoio às famílias.

O artigo 208 da Constituição e o Esta-tuto da Criança e do Adolescente pre-veem que é dever do Estado garantir educação infantil de qualidade, em creche e pré-escola, a todas as crianças

com até cinco anos de idade. Para as de 0 a 3 anos e 11 meses, o acesso à educa-ção se dá pelo ingresso nas creches. A partir dessa idade, são encaminhadas às EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil). Entretanto, a dificuldade em achar vaga em creches é permanente. Conforme estudo da Secretária Muni-cipal de Educação, os bairros periféri-cos são os mais prejudicados.

Sentindo a necessidade dessas fa-mílias, a Fundação Comunidade da Graça começou uma parceria com o Governo de São Paulo em 2004 para administrar duas creches no bairro de Itaim Paulista. Com a municipalização

das creches em 2006, elas passaram a se chamar CEI (Centro de Educação Infantil) – Espaço da Comunidade.

Hoje, a Fundação Comunidade da Graça está inaugurando sua quinta creche no bairro de A. E. Carvalho. Duas ficam em Itaim Paulista (CEI I e II), uma na Vila Manchester (CEI III) e outra na Vila Verde em Itaquera (CEI IV). Nessas quatro unidades, são atendidas 748 crianças de 0-3 anos e 11 meses. Com a nova creche, serão mais 192 crianças.

Essas creches têm como objetivo aten-der as crianças em suas necessidades

CRIANÇA É COISA SÉRIA

A

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

HÁ OITO ANOS A FUNDAÇÃO COMUNIDADE DA GRAÇA LEVA A SÉRIO O CUIDADO COM CRIANÇAS

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oto: Davi M

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REDAÇÃO

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do desenvolvimento infantil (físico, emocional e cognitivo). “Todo o cur-rículo da Educação Infantil contém princípios cristãos como amor, cuida-do ao próximo, semeadura e colheita, verdade, entre outros”, comenta Flá-via Barnabé – Supervisora Pedagógi-ca dos CEIs. São 88 professoras que fazem um trabalho de estimulação lúdica nas creches, seguindo a faixa etária correspondente dessas crianças. Há também o desafio de envolver a família da criança, para um trabalho mais eficaz.

Há pelo menos 10 encontros anuais com os pais, que acontecem através de eventos, festividades, palestras e reuniões específicas. É um trabalho de orientação aos pais, que contribui para o desenvolvimento da criança como um todo, pois, quando a família e a es-cola trabalham no mesmo objetivo, os resultados são melhores e o desenvol-vimento da criança acontece de modo muito mais produtivo.

A mãe Maria Paula Iwaki, conhecendo e sabendo do trabalho da creche, con-seguiu retornar aos estudos, segura de que sua filha está sendo bem cuidada. “A creche é muito importante para mi-nha filha, pois sei que ela se alimenta bem, recebe carinho e tem atividades que visam seu desenvolvimento”, conclui.

O cuidado com a alimentação nas cre-ches é grande. A nutricionista Sandra Regina zela com carinho pelo cardápio das crianças. “A alimentação é feita através do valor nutricional e calóri-co da faixa etária de cada criança. Por exemplo, no berçário I (0-1 ano), a ali-mentação é mais concentrada devido à

mastigação; no berçário II (1-2 anos), como os dentinhos já começam a apa-recer, é introduzido o alimento sólido; e nos mini Grupos (2-4 anos), já se cal-culam 30 gramas de proteína e 20 gra-mas de carboidrato por criança. É uma alimentação um pouco mais calórica, onde a criança já consegue aprender a diferença dos alimentos. São inseridos também frutas, verduras e legumes, es-timulando a autonomia de cada crian-ça”, explica Sandra.

O dia mundial da alimentação, 16 de outubro, celebrado em mais de 150 pa-íses, é uma importante data para cons-cientizar a opinião pública sobre as questões da boa nutrição. Os Espaços da Comunidade, administrados pela Fundação Comunidade da Graça, sem-pre buscam estar atualizados com tra-balhos mundiais para enriquecer ainda mais a cultura das crianças.

Assim, nos dias 16 a 19 de outubro, as famílias das crianças participarão de palestras sobre a boa alimentação. Elas serão ministradas pela própria Sandra, que abordará temas como reaproveita-mento de alimentos, poder de compra eficaz, valor nutricional dos alimentos, entre outros. Além disso, haverá a par-ticipação especial de uma culinarista voluntária, Rosana Melo, que aplicará uma dinâmica “pondo a mão na mas-sa” para sobremesas com ingredientes acessíveis ao orçamento familiar des-sas famílias.

A diretora do CEI IV de Itaquera, Adriana Pardini, comentou que o maior desafio de administrar uma cre-che é a integração entre as famílias; cada uma com sua história, contexto e realidade. Parte delas é desestruturada,

OsCEIsadministradospelaFCGquereminfluenciarposi-tivamenteessasfamíliasesuascrianças.VocêpodeajudaraFundaçãoacontinuaresseeoutrosprogramas.Entrenositeesaibacomoajudar:www.fcg.org.br

e nem sempre é tarefa fácil trazê-las para perto, mostrar confiabilidade ou até mesmo levar a atendimentos para-lelos. É como um trabalho de “formi-guinha” em busca de conhecer mais es-sas crianças e suas famílias, buscando conquistar a confiança desses pais. “O envolvimento das famílias e a maneira como elas se portam nos trabalhos de integração se refletem na alegria e no desenvolvimento das crianças durante o período que passam na creche. É, sem dúvida, o resultado positivo que esse trabalho traz”, finaliza Adriana.

Estar em uma creche é muito impor-tante para a inclusão social da criança. Os educadores das EMEIs afirmam que as crianças vindas de creches têm mais autonomia, são mais sociáveis e desenvolvem o aprendizado mais rápi-do. Por outro lado, as crianças que não frequentam creches têm dificuldade para se adaptar ao ambiente escolar e são mais lentas no aprendizado. Logo, o ensino fundamental será mais efi-ciente se todas as crianças vierem com aprendizados acumulados das creches. De um modo geral, a creche prepara a criança para a vida coletiva e desen-volve o gosto pelo aprendizado. E a falta da creche produz outro problema social, pois uma das partes do casal é obrigada a ficar em casa para cuidar dos filhos.

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceutexto e contextoponto de vistasaúde

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ós não estamos nessa vida por acaso. Sabemos que Deus nos deu um ofício: a intercessão. São tantas lutas e problemas nos dias atuais como drogas, violência, crimes, corrupção

e outros males que, se não houves-se uma intercessão intensa de alguns que abraçaram essa missão, coisas ainda piores estariam acontecendo em nosso país.

Mas será que estamos ensinando a próxima geração a interceder? Nós temos a responsabilidade de reprodu-zir essa importante prática na vida dos novos cristãos.

“O que ouvimos e aprendemos, oquenossospaisnoscontaram,nãoosesconderemosdosnossosfilhos;contaremosàpróximageraçãooslouváveis feitos do Senhor, o seupoder e as maravilhas que fez.”Salmo78:3-4

Não podemos esconder das pessoas o que Deus tem feito através da oração. Um dia, recebi esse valor. Venho de um lar de mulheres que oravam e que sabiam que tudo acontecia por inter-médio da oração. A minha responsabi-lidade hoje é passar isso para os meus descendentes e para quantos mais eu puder. Temos que inculcar esse valor

em nossos filhos, explicar para eles a importância da oração e que Deus age em tudo por meio dela. Se eu não ti-vesse essa compreensão, muitas lutas e problemas que tive não teriam sido resolvidos. Mas pela graça e miseri-córdia de Deus eu aprendi o caminho da intercessão.

Quantas pessoas hoje vivem dias de felicidade e paz por causa de alguém que se dispôs a interceder por elas! Deus honra a oração. Quando você ora por sua vida, pelo seu marido, família, trabalho e igreja, saiba que Deus está ouvindo o seu clamor. A Bíblia diz que sua oração sobe como incenso perfu-

N

DEUS BUSCA INTERCESSORESSUELY BEZERRA, PRA.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

Foto: D

ivulgação

“PROCUREI ENTRE ELES UM HOMEM QUE ERGUESSE O MURO E SE PUSESSE NA BRECHA DIANTE DE MIM E EM FAVOR DA TERRA, PARA QUE EU NÃO A DESTRUÍSSE, MAS NÃO ENCONTREI NEM UM SÓ” EZEQUIEL 22:30

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mado diante de Deus e Ele responde. Quando dobramos os nossos joelhos e oramos, fechamos as brechas por onde Satanás poderia atacar!

Devemos orar apenas por nós mes-mos? Não. Temos que exercer com-paixão e sentir a dor do outro. Colo-car-se no lugar das pessoas e sentir o problema delas. Quando intercedemos pelas necessidades, lutas e aflições de outras pessoas, Deus age também a nosso favor. Essa é a oração de inter-cessão.

“DepoisqueJóorouporseusami-gos,oSenhorotornounovamenteprósperoelhedeuemdobrotudooquetinhaantes.”Jó42:10

No Antigo Testamento, o muro era a proteção principal da cidade. Não podia haver brechas, pois isso daria oportunidade ao inimigo de invadir a cidade. Onde houvesse uma brecha, os homens se perfilavam e ficavam a postos para defender qualquer ataque inesperado. E quantas vezes damos brechas para o nosso maior inimigo? Mas graças a Deus, temos vários ir-mãos que intercedem por nós. Se não fosse assim, já estaríamos liquidados. Essa é a importância da intercessão!

Em Ezequiel 22, vemos a situação da cidade de Jerusalém. O início do ca-pítulo mostra que ela havia se torna-do uma cidade sanguinária, violenta e cheia de iniquidade. O versículo 28 diz que seus líderes “diziam mentiras e amenizavam o pecado”. Deus estava dizendo que isso poderia ser evitado se houvesse alguém na brecha para in-terceder pela cidade. Mas Ele não en-controu ninguém (v.30). E hoje, não

é essa a mesma urgência e condição das nossas cidades?

Isso enche o meu coração de temor. E o seu? O Senhor está falando conosco. Ele não encontrou ninguém para colo-car-se na brecha da intercessão porque todos estavam muito ocupados com sua própria vida e não em ver as ne-cessidades da sua cidade, da sua igre-ja, da sua família. Não tinham tempo nem interesse pela intercessão.

Hoje é momento de orar! Estamos às portas de uma nova eleição. Entra ano e sai ano, nossa cidade não melhora. A autoridade dos pais está enfraque-cendo. A injustiça com os pobres e desamparados só aumenta. Práticas ilícitas são utilizadas para o enrique-cimento pessoal. Líderes se envolvem em pecados sexuais. Deus tenha mise-ricórdia! É hora de intercedermos. E assim como o Senhor tem nos aben-çoado, pode abençoar nossa cidade também.

Os “muros” de muitas pessoas estão com fendas, e isso é um sinal de pe-rigo. Deus tem convocado um exér-cito de intercessores para vigiar essas aberturas. E não vamos descansar até vermos todas fechadas.

“Coloquei sentinelasemseusmu-ros,óJerusalém;jamaisdescansa-rão,diaenoite.Vocêsqueclamampelo Senhor, não se entreguemaorepouso,enão lheconcedamdes-cansoatéqueeleestabeleçaJeru-salémefaçadelaolouvordater-ra.”Isaías62:6-7

Você pode estar enfrentando um pro-blema na sua casa com seu cônjuge ou

com seus filhos. Talvez a luta seja no seu trabalho. Ou você tem sentido a dor da nossa cidade e da nossa nação, com todos os seus problemas, injusti-ças e desigualdades. Pode até ser que você tenha visto divisões e confusões dentro da igreja. A coisa mais impor-tante a se fazer nesses casos é interce-der. Chame mais pessoas para estarem com você, convoque outros para essa missão. Orem juntos e creiam. Coisas novas e maravilhosas acontecerão!

“Se o meu povo, que se cha-ma pelo meu nome, se humilhare orar, buscar a minha face e seafastar dos seus maus caminhos,doscéusoouvirei,perdoareioseupecado e curarei a sua terra.” 2Crônicas7:14

Você é um intercessor. Creia nisso! In-terceda por sua casa, sua família, sua igreja, sua cidade e sua nação. Deus vai ouvir a sua oração e a resposta logo chegará. Aleluia.

Suely Bezerra,élíderNacionaldoMinistérioMulheresIntercessoras.ÉcasadacomoPr.CarlosAlbertoBezerraeautoradelivrosrelacionadoscomaoraçãoeapráticadevocional

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceutexto e contextoponto de vistasaúde

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uem tem mais de 30 anos deve lembrar-se que, no currículo escolar, havia uma disciplina chamada “Educação Moral e Cívica”. A princípio, a fi-nalidade desse ensino era o

aprimoramento do caráter através da moral, a dedicação à família e à co-munidade, e o preparo do cidadão no que diz respeito às responsabilidades civis e patrióticas. Tudo isso visando ao bem comum.

Ainda hoje, algumas pessoas dizem que seria bom se essa matéria retor-nasse às salas de aula, pois o que se vê atualmente é o profundo desrespei-to ao próximo, à sociedade e à nação. Basta que se leia as notícias diárias sobre as agressões contra a criança e a mulher, o descaso com o idoso, a destruição da natureza, a criminalida-de nas ruas, a corrupção em todas as instâncias, o desrespeito com as leis, o vício nefasto das drogas, a imorali-

dade escancarada etc. A humanidade parece caminhar a passos largos para um estado de anarquia e caos.

Mas, na verdade, a matéria Educação Moral e Cívica foi criada em 1969 como instrumento da ditadura militar para controlar as pessoas e convencê--las dos “benefícios” daquele regime político, autoritário e repressivo. O que talvez poucos saibam é que outras disciplinas, como Filosofia e Sociolo-

PELA VOLTA DA MORAL E DO CIVISMO

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

Foto: D

ivulgação

PAULO ALEXANDRE SARTORI

UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, QUE PROMOVA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL, NÃO PODE DEIXAR DE LEVAR EM CONTA VALORES E PRECEITOS CRISTÃOS.

Q

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gia, foram retiradas da grade curricu-lar nessa época, pois elas ensinavam a pensar. E não era do interesse dos mi-litares que aquela geração entendesse o que estava acontecendo no país.

Os militares deixaram o governo e a democracia voltou ao Brasil. Em 1993, o Decreto-lei que havia insti-tuído a disciplina Educação Moral e Cívica foi revogado e ela desapareceu das escolas. Entretanto, o que poderia ser um avanço na formação de um país ético, justo e desenvolvido, mostrou--se um novo problema educacional.

Os sucessivos governos de direita e esquerda e seu neoliberalismo só fize-ram crescer o descaso pela boa forma-ção acadêmica e intelectual dos jovens brasileiros e vêm implantando ao lon-go dos anos seus projetos doutrinários que se prestam a um proselitismo po-lítico travestido de um discurso pró--direitos e liberdades individuais. Nin-guém tem nada a ver com a maneira como o outro escolhe viver. Todos são livres para decidir o que fazer com seu próprio corpo, com sua sexualidade, com sua vida e até com a vida de um embrião ainda em formação.

Ao mesmo tempo, todavia, não há liberdade para se defender outra pro-posta de comportamento como, por exemplo, um estilo de vida basea-do em valores cristãos. E até mesmo grande parte da igreja cristã se exi-me hoje de um debate aberto sobre essa problemática. Muitos chamados cristãos viraram as costas para as in-justiças sociais e se fecharam dentro de seus guetos. A fim de evitar um confronto com o pensamento secular, sua voz se calou perante a sociedade.

Harry Blamires afirma em seu livro A Mente Cristã que “hoje,nomundoemque vivemos, não há nenhum espaçopúblico de discurso alimentado porpensamento compromissado com ocristianismo”.

O que fazer então? Como promover e estimular uma moral e um civismo independente de ideologias políticas e compromissados com a construção de uma sociedade mais justa e iguali-tária? Como formar cidadãos respon-sáveis e solidários? A igreja e os cris-tãos precisam voltar a anunciar Jesus Cristo como a única possibilidade de transformação pessoal e social. A éti-ca bíblica e os valores do cristianismo precisam voltar a ocupar seu espaço na sociedade, principalmente através de atitudes práticas no dia a dia, mas também através de pregações, discur-sos, livros e meios de comunicação em geral. Os cristãos precisam novamente levantar sua voz em todas as esferas da vida, dentro do lar e na cidade, na igreja e no mundo, no meio empresa-rial e na política, enfim, em todos os cantos da Terra.

Se olharmos com atenção para os Evangelhos, veremos a maneira como Cristo valorizou as crianças, as mulhe-res, os anciãos, os estrangeiros e toda a criação; como Ele ensinou a justiça social, o respeito às autoridades, o cuidado com os menos privilegiados, como os órfãos e as viúvas; como seu amor prático se manifestou em serviço e honra ao próximo. Nossas famílias, nossos bairros, nossas cidades e nosso país serão melhores à medida que essa mensagem for pregada e vivida em sua integralidade.

Uma educação moral e cívica só po-derá florescer no solo onde Cristo for plantado. Assim profetizou Isaías so-bre Ele dizendo

“Olhem bem para meu Servo. Es-tou dando a Ele pleno apoio. Eleémeuescolhido, e eunãopoderiaestarmaissatisfeitocomEle.Eulhedeidomeuespírito,daminhavida.Ele estabelecerá a justiça entre asnações.Nãochamaráatençãoparaoquefazcomdiscursosespalhafa-tososoudesfilespomposos.Elenãovaimenosprezarosoprimidosnemosfracos,nemfazerpoucocasodocidadãocomum,mas,comfirmezaeconstância, estabelecerá a justiça.Elenãovai fraquejarnemdesistir.Nãoseráimpedidoatéqueterminesuaobra–trazerjustiçaàterra.AsgrandesilhasdooceanoaguardamansiosamenteoSeuensino.”Isaías42.1-4(BíbliaAMensagem).

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceu

Paulo Alexandre SartoriémembronaComunidadedaGraçaSede,arquiteto,atuanoMinistériocomJovenslocal,eéresponsávelpelarevisãoeelaboraçãodetextosparalivros,apostilaseboletins.

A ÉTICA BÍBLICA E OS VALORES DO CRISTIANISMO PRECISAM VOLTAR

A OCUPAR SEU ESPAÇO NA SOCIEDADE, PRINCIPALMENTE ATRAVÉS

DE ATITUDES PRÁTICAS NO DIA A DIA

texto e contextoponto de vistasaúde

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Votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com responsabilidade.

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capa

“Político não serve para nada. Todos roubam e nenhum deles é confiável”.

Frases assim são muito frequentes em conversas no dia a dia. Os brasileiros estão inconformados com a

política, e não acreditam que algo possa mudar.

REDAÇÃO

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eu voto não faz di-ferença, só voto por obrigação.” Quantas vezes já ouvimos esse tipo de discurso? Ou quantas vezes você mesmo falou isso? Muitos não sabem o poder do voto e o sig-nificado que a política tem em suas vidas.

Cansados da corrupção e da ineficiên-cia de alguns políticos, eles se desite-ressam por esse assunto e deixam isso a encargo de outros. Mas política não é algo só para um pequeno grupo de pes-soas. Política é para todos.

Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância. Além de ser um ato de cidadania, votar possibilita a escolha de governantes que fazem e execu-tam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um mau governante pode significar uma que-da na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos que gerenciam os

impostos que pagamos. Dessa forma, precisamos dar mais valor política e acompanhar com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, es-tado e país.

O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a me-lhoria de vida da coletividade. Em primeiro lugar, temos que aceitar a idéia de que os políticos não são todos iguais. Existem políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político?

É importante acompanhar pelos jor-nais, noticiários ou Internet o que cada político anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo ideias para o seu represen-tante. Caso você verifique que aquele governante faz um bom trabalho e não se envolve em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. Em um sistema

democrático, a cobrança também é um direito que o eleitor tem.

Para tomar uma boa decisão, acompa-nhe os programas eleitorais nas emis-soras de rádio e TV. Procure entender os projetos e ideias do candidato em quem você pretende votar. Será que há recursos disponíveis para que ele exe-cute aquele projeto caso chegue ao po-der? Ele cumpriu o que prometeu nos mandatos anteriores? O partido políti-co que ele pertence merece seu voto? Esses questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato.

Votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são posi-tivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com responsabilidade. O maior desafio antes das eleições é o de identificar os candidatos que realmente querem se comprometer com o povo na luta pela melhoria da qualidade de vida. Trata-se de separar o joio do trigo.

É sempre bom entendermos o funcionamento da política. Vivemos num país de-mocrático, com o sistema político representativo. Os políticos eleitos representam o povo e os interesses desse. Assim, os eleitores devem escolher, dentre tantos candidatos, aqueles que irão representá-los da melhor maneira. A importância das eleições se dá justamente nisso, da necessidade de elegermos representantes competentes, comprometidos com os interesses da sociedade e que trabalhem de forma ativa para melhoria da qualidade de vida e pela defesa dos nossos direitos.

M

Qual a importância das eleições

CONHECENDO MAIS SOBRE POLÍTICA E ELEIÇÕES

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O primordial é conhecer profundamente o candidato. Hoje em dia, é muito mais fácil conhecer um candidato do que antigamente, quando não havia tanto acesso à informação. Antes, o conhecimento de um candidato a vereador, por exemplo, se dava através dos Programas Eleitorais, do boca a boca, ou então, no dia da votação, através de um panfleto. Hoje, temos a Internet para nos auxiliar na pesquisa de um candidato. Precisamos conhecer o passado dele e o traba-lho realizado na comunidade ou na Política (se está tentando uma reeleição).

Uma das atribuições do prefeito é propor leis para melhoria do município, e os vereadores são aqueles que aprovam ou não esses projetos. Se pensarmos em vereadores do mesmo partido político que o prefeito, a possibilidade de aprovação das leis propostas por este é maior. O inverso também pode acontecer, nesse contexto.

Os partidos podem lançar sozinhos candidatos às eleições, ou unir-se à outra legenda. A união formal entre dois ou mais partidos configura o que chamamos de coligação partidária.

as eleições majoritárias (presidente, senador e prefeito) e nas eleições proporcionais (deputado e vereador), as coliga-ções se apresentam como um único partido. Essas coligações partidárias são importantes, pois, além de obter mais tempo no Horário Eleitoral Gratuito, ainda possibilita a cada parti-do lançar mais candidatos para concorrer s eleições (já que há um limite de candidatos por partido).

O prefeito é o chefe do Poder Executivo na esfera municipal. É o representante máximo do município e do povo, e go-verna a cidade conjuntamente com os vereadores. É ele que administra os recursos que o município recebe. O prefeito também apresenta projetos de leis à Câmara Municipal, além de sancioná-las ou revogá-las. A prefeitura é a responsável por cuidar do município, buscando soluções para problemas, investindo nas mais diversas áreas como saúde, educação, transporte coletivo, abastecimento de água, segurança públi-ca, rede de esgoto, limpeza de ruas, entre outras.

Como membro da Câmara Municipal, as funções do vere-ador são extremamente importantes: é ele que fiscaliza o trabalho realizado pelo Prefeito, requerendo prestação de contas, inspecionando os gastos orçamentários da Prefeitura. O vereador também elabora projetos de leis voltados para o bem-estar da população, e é aquele que deve estar mais próximo das pessoas, ouvindo as queixas e trabalhando por uma sociedade mais justa.

Os candidatos precisam ser filiados a um partido político para concorrerem s eleições. Cada partido defende uma ideolo-gia, defende uma forma de governo que considera adequada. Como os partidos, em sua maioria, atuam em nível nacional, precisam de dinheiro para manter seus diretórios, e esse di-nheiro é arrecadado através de eventos, doações de empresas e cidadãos comuns, e através também do Fundo Partidário (o dinheiro p blico disponibilizado aos partidos, composto por multas e penalidades eleitorais cobradas). O dinheiro do Fundo Partidário é distribuído aos partidos de acordo com a representatividade de cada um deles na Câmara dos Deputa-dos. Além disso, cada partido ainda tem garantido o direito de usufruir um determinado tempo na televisão e no rádio, o Horário Eleitoral Gratuito, durante o período de eleições. A variação de tempo de cada partido (porque um tem mais tempo na televisão do que outro) segue uma fórmula lógica: um terço do tempo do horário eleitoral é dividido igualmente entre os partidos que concorrem e os dois terços restantes de acordo com a representação parlamentar (o partido que tem mais Deputados Federais eleitos terá mais tempo que um partido com menos Deputados eleitos). Ainda é possível obter mais tempo através das coligações partidárias, onde o tempo das legendas é somado.

O que as pessoas precisam saber antes de votar

Se o partido do prefeito tem menos vereadores, atrapalha no mandato

Como funcionam as coligações

O que um prefeito faz O que faz o vereador

Como funcionam os partidos

Sim, nosso Sistema Eleitoral é confiável e admirado por ou-tros países. Inclusive, os nossos métodos - tanto das eleições propriamente ditas (a questão da urna eletrônica), quanto da existência de um órgão regulador como o TSE (Tribunal Su-perior Eleitoral) - são pioneiros na esfera mundial.

Nosso processo de eleições é confiável

Colaborou nesta matéria: Camila Camargo, membro da Comunidade da Graça Sede, estudante do 4° se-mestre de Sociologia e Política na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e estagiária do Núcleo Eleitoral no Ibope Inteligência.

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eria tão bom se nós, brasileiros e cristãos, assumíssemos a respon-sabilidade de discutir os assun-tos centrais do nosso país fora da época de eleições. Sem falar

naqueles que não se interessam pelo assunto nem mesmo nessa época. Isso é inadmissível entre o povo de Deus. Fomos colocados pelo Senhor nessa terra para abençoar as famílias que moram nas cidades (Gênesis 12:3).

Precisamos aprender algumas lições básicas a respeito da nossa participa-ção política no país como Igreja do Senhor Jesus.

Vamos definir o que é política? A maioria de nós “exorciza” a política sem saber o que ela representa de fato. A palavra cidade é derivada do grego polis. Os habitantes das polis, ou seja, das cidades, em tempos remotos, eram chamados de políticos. Portanto, a verdadeira política não está restri-ta aos que disputam eleições, mas é toda a ação que o cidadão exerce para melhorar a sua cidade.

Partindo desse pressuposto, cada cris-tão deveria dar à política o mesmo nível de importância que se dá para as ques-tões do reino de Deus. Não há como separar o espiritual da ação prática em favor da sociedade. O impacto da igre-ja é interno (na vida de seus membros) e externo (abençoando as pessoas das comunidades em geral). E essa ação é política e espiritual. Foi assim nos dias

dos profetas, nos dias de Jesus e é as-sim também nos nossos dias.

O tema relacionado à política deve es-tar presente nas nossas igrejas o ano todo. Só assim daremos um salto de qualidade e diminuiremos a resistên-cia que tantos chamados cristãos têm em relação ao tema. Para pensarmos: Se a igreja não assumir sua responsa-bilidade social e política para com a cidade e a nação, quem o fará? ue setor da sociedade se encarregará dis-so de forma satisfatória?

A Fundação Comunidade da Graça, por exemplo, nasceu há vinte anos em res-posta ao apelo de Provérbios 31:8 e 9

“Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados”.

Assim sendo, mais do que uma dis-puta por território e poder, para nós, cristãos, a participação política, seja em época de eleição ou não, é um chamado e uma vocação para aben-çoar a cidade e o país. Cada cristão deve exercer seu ministério em três níveis: em casa, na igreja e na cidade.

Existe muita apatia e até repugnân-cia à política e aos políticos no nosso país. A passividade do povo brasilei-ro é típica de países subdesenvolvi-dos, onde, de um lado, as lideranças

fazem o que querem e, do outro, os cidadãos indignam-se sem nenhu-ma expressão concreta. A quem in-teressa esse tipo de desinteresse do cidadão brasileiro pelas questões po-líticas? uem está por trás de tanta notícia ruim no campo da política, sem o destaque do lado bom? Pensar que tudo é ruim seria como pensar no retrocesso do país. Mas o Brasil está evoluindo. Infelizmente, nossa mídia fica o tempo todo encarregada das más notícias, induzindo o povo ao descrédito e desânimo.

Platão disse: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de polí-tica. Eles simplesmente serão gover-nados por aqueles que gostam”.

“Não havendo profecia, o povo se corrompe” Provérbios 29:18.

O povo brasileiro pode ser conside-rado um povo corrupto? Eu diria que somos um povo com fortes tendências à corrupção. Ela está impregnada na nossa cultura de “jeitinho brasileiro”. Ouvi de uma pessoa: “Os políticos de-vem roubar mesmo. Se eu estivesse lá, faria o mesmo”. Alguns de nós até po-deriam negar essa deficiência moral. Mas o nosso silêncio, a falta de mani-festações e de mobilizações conscien-tes não comprovam nossa aceitação de padrões corrompidos nas instâncias superiores? Como reclamar dos políti-cos corruptos, sem admitir nosso erro na hora de elegê-los?

S

Definindo política

Analisando a corrupção

Olhando nossa cultura

Tomando consciênciaWAGNER FERNANDES, PR.

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O profeta Jeremias, falando em nome de Deus, disse assim:

“Procurem a paz da cidade e oremporela;porquenapazdacidade,vo-cêstambémterãopaz”Jeremias29:7.

Não há dúvida. A profecia está liga-da a uma ação puramente política por parte da igreja. A profecia deve ir além das doutrinas básicas ou elementares da igreja. A profecia bíblica deve sair das quatro paredes da igreja e conde-nar a maldade e o engano na socieda-de. A profecia deve despertar o povo de Deus com ações práticas e cidadãs em épocas de eleição ou não. A igre-ja tem que interferir positivamente nos rumos de uma nação. Não é da genética da igreja eximir-se de tal responsabilidade.

Jesus foi um profeta extremamente político. Ele nunca escondeu Sua in-dignação contra as injustiças sociais de Sua época. Ele sempre denunciou a hipocrisia dos líderes que, ao invés de cuidarem dos necessitados, ocupa-vam-se com a religião fria e com as “benesses” de Roma.

“-Aidevocês,mestres...hipócritas!Poisexploramasviúvaseroubamosseusbense,paradisfarçarem,fazemlongas orações! O castigo de vocêsserápior!”Mateus23:14.

A Democracia, chamada de “governo do povo”, impõe responsabilidades e civismo aos cidadãos de todas as clas-ses. Quando falhamos como cidadãos, o prejuízo é imediato: a democracia vira bagunça e descaso, donde surgem as figuras mais exóticas, não só nos cenários políticos, mas também nos de instâncias de grande influência na sociedade. A Democracia individua-

liza o voto. O cidadão tem a liberdade de votar em quem ele quiser, podendo fazer o que quiser do voto. Até anulá--lo. Mas onde fica a responsabilidade e o civismo? Sem contar que o voto é secreto na cultura democrática. Per-gunto: O que aconteceria se o voto não fosse obrigatório no Brasil? Seria um desastre?

A Teocracia, admitida por nós, cris-tãos, como o governo de Deus atra-vés da Igreja, coletiviza o voto. O cristão pode votar com os seus irmãos, num debate de ideias amplo e constru-tivo. O voto do cristão, como tudo em sua vida, é aberto e compartilhado. Os cristãos não são insurgentes. Pelo con-trário, são bons cidadãos na terra por-que são bons cidadãos do céu na terra. Daniel disse ao rei Nabucodonosor certa vez: o céu domina sobre a terra (Daniel 4:26). O apóstolo Pedro, de-pois de ser ameaçado pelo Sinédrio, afirmou:

“Antes,importaobedeceraDeusdoqueaoshomens”Atos5:29.

A igreja está debaixo do senhorio de Cristo e sob a influência direta do Es-pírito Santo, que derrama o amor de Deus no coração dos cristãos. A igreja respeita as autoridades instituídas por Deus (Romanos 13:1 a 8), sem perder a atenção na conduta e na forma como devem atuar em favor do bem comum.

“Assimtambémvós,depoisdeha-verdes feito quanto vos foi orde-nado, dizei: Somos servos inúteis,porquefizemosapenasoquedevía-mosfazer”Lucas17:10.

O voto é obrigatório. Até o cidadão despreparado e que não teme a Deus vota. Sem falar numa grande camada

social que anula ou deixa o voto em branco. Alguns interpretam isso como voto de protesto ou coisa parecida. Mas para nós, cristãos, trata-se mes-mo de indiferença. Nosso alvo, mais do que votar como cidadãos responsá-veis e conscientes, é engajar-se e in-fluenciar o país para um conjunto de decisões importantes e relevantes. Na mesma medida que compartilhamos a nossa fé, devemos também comparti-lhar e multiplicar o nosso voto a favor dos bons nomes – daqueles represen-tantes que reúnem qualidades morais e história de vida sem mancha.

Considerando que a Comunidade da Graça é uma Igreja Família, por que votaríamos sem a devida consciên-cia e responsabilidade? Ou nos con-sideramos membros de uma mesma família apenas nas questões “espiritu-ais”? Isso não faz o menor sentido. Já sabemos, como cristãos maduros, que o espiritual está diretamente ligado ao social, familiar, político etc. Nos-sa função como igreja é influenciar os povos e promover pequenas mudanças que poderão, a médio e longo prazo, mudar o país. Foi exatamente o que Jesus quis dizer quando afirmou:

“Vóssoiso sal da terra...seosalvieraserinsípidoparanadamaisprestasenãoparaserlançadoforaeserpi-sadopeloshomens”Mateus5:13.

Vamos influenciar. Mas vamos influen-ciar em tudo, inclusive na política.

Vivendo na democracia Multiplicando o voto

Abraçando uma causa

Wagner FernandesépastornaComunidadedaGraçaSede,LíderdoMinistériocomJovens.Écasadocomapra.Vaniseetem2filhos.

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individualidade, certamente, é um dos traços mais fortes na sociedade moderna. Tem-se a impressão, cada vez mais, que o mundo estimula a máxima do cadaumporsi. A frase que

abre esse artigo, exposta nos carros da cidade, só faz reforçar o pensamento dominante.

Mas Deus pensa assim? A Bíblia apoia um estilo de vida voltada exclusiva-mente para os interesses pessoais? Deveria haver, de nossa parte, uma conexão com o nosso próximo?

O registro bíblico do primeiro homicí-dio revela o efeito devastador do peca-do no coração do homem. Perguntado sobre o paradeiro de seu irmão Abel, Caim respondeu a Deus: “Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” Gênesis 2:9. Deus sabia perfeitamen-te onde estava Abel. Sabia também dos motivos malignos do coração de Caim, além de seu plano de eliminar o próprio irmão. O Deus Soberano já co-nhecia a maldade que se alojara dentro do ser humano. Ele não contava com a confissão da verdade, nem com o ar-rependimento sincero de Caim. Deus esperava receber, como resposta, a

petulância e a quebra do compromisso do homem com o seu semelhante.

João, o apóstolo do amor, retratou a percepção de Jesus sobre os homens.

“EstandoEle(Jesus)emJerusalém,duranteaFestadaPáscoa,muitos,vendoos sinais queEle fazia, cre-ramnoSeunome;masopróprioJe-susnãoseconfiavaaeles,porqueosconhecia a todos.E não precisavadequealguémlhedessetestemunhoa respeito do homem, porque elemesmosabiaoqueeraanaturezahumana.”João2:23a25.

A

DEUS DEU A VIDA PARA CADA UM CUIDAR DA SUA?WAGNER FERNANDES, PR.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

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Jesus já se importava conosco an-tes de existirmos. Ele é a antítese de Caim. A única possibilidade de amor legítimo.

“Cristo em vós, a esperança daglória.”Colossenses1:27.

O mesmo João, inspirado pelo Espíri-to Santo, desenhou um quadro ainda mais claro na Bíblia:

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. NistosemanifestouoamordeDeus emnós: emhaverDeusenviadooseuFilhounigênitoaomundo, para vivermos por meiodele.”1João4:7a9.

Não existe a menor possibilidade de nos importarmos com alguém sem que antes aconteça, dentro de nós, uma mudança de mente e de coração. Um milagre que somente Deus pode operar. Aliás, o maior de todos os mi-lagres: O novo nascimento.

O texto bíblico que acabamos de ler fala da forma como Deus surpreen-deu toda a humanidade de ódio com o Seu amor. E é fundamental enten-der que a Bíblia trata a indiferençano mesmo nível do ódio. Se alguém diz: “eu não odeio ninguém”, mas é indiferente à dor e à necessidade do próximo, no padrão divino, é como se odiasse do mesmo jeito.

Deus viu que só havia uma maneira de mudar a nossa história de ódio e indiferença: enviar Seu Filho Jesus para vivermos por meio dEle.

Numa recente pregação, o pastor Carlos Alberto Bezerra perguntou aos ouvintes: “O que Cristo é para você?”. As mais variadas respostas foram surgindo, sem que ninguém

respondesse: “CRISTO É A MINHA VIDA”. Essa é a resposta certa.Quando Cristo é a nossa vida, aí sim, o amor dEle flui através de nós. Ad-mitir a possibilidade de amar alguém, sem a vida de Cristo em nossa vida, seria como negar Sua existência, Sua obra perfeita na cruz e nossa natureza má e perversa.

E o quadro vai sendo ampliado:

“Sealguémdisser:AmoaDeus,eodiaraseuirmão,émentiroso;poisaquelequenãoamaaseuirmão,aquemvê,nãopodeamaraDeus,aquemnãovê.Ora,temos,dapartedele,estemandamento:queaquelequeamaaDeusametambémaseuirmão.”1João4:20e21.

Deus nos deu a vida a fim de cuidar-mos de nós mesmos (1 Timóteo 4:16) e do próximo. A vida cristã (vida de Cristo em nós) se expressa, natural-mente, dessa forma.

“Nãotenhacadaumemvistaoqueépropriamenteseu,senãotambémcadaqualoqueédosoutros.Ten-deemvósomesmosentimentoquehouve também em Cristo Jesus.”Filipenses2:4e5.

Se Deus nos perguntasse hoje: “Onde estão seus irmãos e amigos?” – qual seria a nossa resposta?

Certa vez, Jesus orou ao Pai, dizendo:

“Não rogo somente por estes(discípulos), mas também poraqueles que vierem a crer emmim, por intermédio da sua pa-lavra.”João17:20.

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceu

NÃO EXISTE A MENOR POSSIBILIDADE DE NOS IMPORTARMOS COM ALGUÉM

SEM QUE ANTES ACONTEÇA, DENTRO DE NÓS, UMA MUDANÇA

DE MENTE E DE CORAÇÃO. UM MILAGRE QUE SOMENTE DEUS

PODE OPERAR. ALIÁS, O MAIOR DE TODOS OS MILAGRES: O NOVO NASCIMENTO.

Wagner FernandesépastornaComunidadedaGraçaSede,LíderdoMinistériocomJovens.Écasadocomapra.Vaniseetem2filhos.

texto e contextoponto de vistasaúde

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concepção está entre as mui-tas dádivas concedidas à hu-manidade. É por meio dela que a espécie humana se per-petua, em sincronia com o projeto eterno de Deus de ter

uma grande família com muitos filhos semelhantes a Jesus.

A gravidez foi projetada para ser algo sem intercorrências, porém, não é a re-alidade hoje. A única explicação é teo-lógica e registrada no livro dos inícios – o Gênesis, em seu terceiro capítulo. Foi lá que ficou anotado que o parto seria com dores e as quarenta semanas de gestação, imprevisíveis.

Quanto ao parto, nós demos um jeito e aliviamos o transtorno que Adão e Eva geraram pela desobediência – Bendito parto sem dor! Nada melhor que um bom anestesista e um bom ginecolo-gista ao lado da gestante no momento certo, ou seja, desde o início da pri-meira contração uterina.

Entretanto, o importante não é apenas o parto, mas também o acompanha-

mento das 40 semanas de gestação. A isso chamamos pré-natal – o controle de todos os dados vitais e importantes para que mãe e bebê cheguem saudá-veis ao dia do parto.

Considere a gestação como a viagem de um navio que sai de um porto e tem um destino certo após nove meses de viagem. Tudo está programado: a tra-jetória, o porto onde encerrará a via-gem, atividades que serão necessárias durante esse período e até as comemo-rações da chegada. O comandante, po-rém, está preocupado com uma coisa: a integridade do navio, da tripulação e os possíveis desvios de rota; sem falar em icebergs!

O navio é a mulher, a tripulação, o bebê, o comandante, o médico, e os desvios de rota constituem uma infinidade de intercorrências e doenças que entriste-cerão a todos. Pensando bem, acabei de criar a parábola da boa gestação!

Um bom pré-natal começa com medi-das preventivas mesmo antes da con-cepção. E qualquer atraso menstrual

Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista. Larissa Mantoan, sua filha, é médica residente de ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de SP

PARTO E PRÉ-NATALJORGE E LARISSA MANTOAN, MÉDICOS

Aque fuja à rotina da mulher, até que se prove o contrário, é gravidez.

Constatada a gravidez, uma gama enor-me de avaliações sanguíneas, urinárias e ultrassonográficas se tornam necessá-rias em concomitância com o acompa-nhamento mensal no consultório mé-dico. Com esses cuidados, temos um perfil completo do crescimento e vita-lidade do bebê e também de alterações de risco para a saúde da mãe.

Gostaram? Na próxima matéria, trata-remos de algumas situações de risco na gravidez que todo casal deve saber.

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sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceutexto e contextoponto de vistasaúde

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CIDADE DE DEUSCARLOS BEZERRA JR., PR.

o último domingo de setem-bro, pela manhã, no culto da Comunidade da Graça Sede, falei um pouco sobre a re-lação de nós, cristãos, com a cidade em que moramos.

Será que Deus espera que façamos algo pelo lugar onde vivemos? Será que nosso compromisso evangélico é apenas voltado para a comunhão

que temos dentro da igreja ou requer também uma ação prática, voltada para fora dela?

Essas foram algumas das perguntas que compartilhei com os irmãos. O as-sunto, aliás, foi também o tema do bo-letim tratado nas nossas Células. Diz o profeta Jeremias: “Busquem a prospe-ridade da cidade... orem ao Senhor em

favor dela, porque a prosperidade de vocês depende dela” (capítulo 29, ver-sículo 7). Ou seja, há verdadeiramente um propósito de Deus para a transfor-mação da cidade e uma expectativa dEle quanto à relação de Seu povo com o lugar em que vive.

A primeira cidade descrita pela Bí-blia, fundada por Caim, foi marcada

N

Esse texto marca o início de uma série deartigos. O cristão, a igreja, e a relação de ambos com a cidade serão tema de outrostextos. Boa leitura e excelente meditação!

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visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

“BUSQUEM A PROSPERIDADE DA CIDADE PARA A QUAL EU OS DEPORTEI E OREM AO SENHOR EM FAVOR DELA, PORQUE A PROSPERIDADE DE VOCÊS DEPENDE DA PROSPERIDADE DELA.” JEREMIAS 29.7

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Carlos Bezerra Jr.,43,épastor,médico,deputadoestadualelíderdoPSDBnaAssembleiaLegislativa-SP.Éoúnicoevangélicoaserapontadocomoomelhorentreparlamentarespaulistanos,segundoaONGVotoConsciente.ÉcasadocomaPatríciaBezerrahá17anos,etemduasfilhas,GiovannaeGiulianna.Crê,oraetrabalhaporumacidademelhor.

pela rebelião contra Deus, motivada pelo desejo de viver sem depender de Deus para nada e pelo desejo huma-no de dominar a criação (Gn 4.17). O projeto, no entanto, embora tenha dado errado – aliás, como várias das cidades descritas na Bíblia (Sodoma, Gomorra, Babel, Babilônia) –, segue sendo aplicado até hoje, mundo afora.

Porém, no princípio, a proposta de Deus para a vida em comunida-de nada tinha a ver com esse clima competitivo e individualista que ve-mos nas metrópoles de hoje, duras e indiferentes. O que Ele criou foi um jardim. Um lugar em que era possível desfrutar das mesmas coisas juntos, um lugar onde havia igualdade e paz, onde todos os recursos são comparti-lhados por todos. Esse é o modelo de convivência que Deus planejou para o homem. E esse plano continua va-lendo para os nossos dias.

Há um caminho de conversão para as cidades. Há uma via de transforma-ção para São Paulo. E Deus conta co-migo e com você para isso. O cami-nho para a transformação do lugar em que vivemos, com certeza, passa por três atitudes: a oração, o nosso estilo de vida e o nosso envolvimento com os problemas locais.

Sim, é preciso interceder pelos proble-mas de nossa cidade. Como cristãos, temos um compromisso com o nosso próximo, temos o chamado para nos colocarmos na brecha pelas crianças que sofrem com a violência sexual, pelas mulheres agredidas dentro de casa, pelos dependentes químicos etc. É necessário também que o nosso tes-temunho público esteja em dia com os

princípios e valores do Reino de Deus, para que os demais cidadãos, vendo nossas boas obras, glorifiquem ao nos-so Pai – como está escrito em Mateus 5.16. E, além disso, não podemos ser omissos diante dos problemas da cida-de. Como a Patrícia escreveu em seu artigo na edição anterior desta revista, nossa ação deve ir além de dobrar os joelhos e orar.

A Comunidade da Graça é uma igreja cuja história aponta para um modelo de Evangelho Integral, que liberta es-piritualmente, sim, mas também en-frenta as opressões sociais a que tan-tos são submetidos. Não somos uma igreja fechada em quatro paredes: se no início de nossa história deixamos o templo para ocupar os teatros da capital – palco da cena cultural de então –, hoje, acreditamos que uma edificação espiritual completa deve contemplar também as necessidades daqueles que foram excluídos pela lógica impiedosa da cidade –, haja vista o trabalho feito pela Fundação Comunidade da Graça e nas casas, através das Células.

Nós somos chamados a transformar nossa cidade por meio do amor ao próximo e a fazer dela um lugar me-lhor pra se viver. Isso se faz em co-munidade, e tem a ver com oração, tem a ver com serviço, com evange-lização, com cuidado com crianças e idosos, com participação política, com voto. É isso que tem me movido há mais de uma década, tempo em que estou na vida pública. E é esse o compromisso que deve existir entre você e o lugar em que vive. O Se-nhor conta com você para transfor-mar sua cidade.

sonhospossíveis igreja famíliacapa aconteceu

O CAMINHO PARA A TRANSFORMAÇÃO DO LUGAR

EM QUE VIVEMOS, COM CERTEZA, PASSA POR TRÊS ATITUDES:

A ORAÇÃO, O NOSSO ESTILO DE VIDA E O NOSSO ENVOLVIMENTO

COM OS PROBLEMAS LOCAIS

texto e contextoponto de vistasaúde

Assista ao vídeo #amorquetrans-forma e saiba mais sobre o traba-lho da Fundação Comunidade da Graça.

Ouça no site da Comunidade da Graça a íntegra da pregação que motivou esse texto.

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FAZER DISCÍPULOS, FAZER AMIGOSCARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

ánãooschamoservos,porqueoservonãosabeoqueoseusenhorfaz.Emvezdisso, euos te-nho chamado amigos,porque tudooqueouvidemeuPaieulhestor-

neiconhecido.”João15:15

O grande desafio que Jesus deixou para a sua Igreja é a suprema missão

de fazer discípulos. Além de ser o principal meio de alcançar as pesso-as e transformá-las à semelhança de Cristo, isso também pode ser entendi-do como a maneira mais eficaz de se fazer amigos, verdadeiros amigos.

Uma das maiores necessidades do ser humano é a de ter amigos. Deus nos fez desse modo. Não somos seres completos em nós mesmos, mas feitos

para encontrar nossa plenitude no Se-nhor e no relacionamento uns com os outros. O Corpo de Cristo – a Igreja – é assim.

O projeto de Deus para o ser humano não é que ele viva isolado, só buscan-do seus interesses e projetos pessoais, e nem também que ele viva rodeado de amigos que não sejam amigos de Deus, não tendo compromisso algum

“JF

oto: ShutterStock

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindofundação CG especial

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com o Seu Reino. Com essas pessoas, o Senhor quer que nos relacionemos com o propósito de evangelizá-las e levá-las a Cristo, para que se tornem tanto nossos verdadeiros amigos, como amigos de Deus.

Por isso, Jesus, no final de sua vida terrena, depois de três anos e meio fazendo discípulos, não os cha-mou de apóstolos ou mestres, ou de qualquer outro título pomposo, mas os chamou pura e simplesmente de amigos (João 15:15).

Nestes últimos três anos de minha vida e ministério, o Senhor despertou nova-mente no meu coração o desafio de al-cançar pessoas e vê-las transformadas em discípulos de Cristo. Isso, eviden-temente, sem me descuidar das minhas demais responsabilidades ao lado do Pr. Carlos Alberto e de sua equipe, aju-dando-o a pastorear 15 supervisores de 50 Células de um dos nossos Distritos (700 pessoas), e na direção do CTL – Centro de Treinamento em Liderança da Comunidade da Graça.

Hoje, pela graça do Senhor, já te-nho 3 amigos a quem tive o prazer de discipular pessoalmente e já es-tou treinando-os para liderar Células, pois eles estão me ajudando a cuidar de mais 6 novos discípulos. Enquanto isso, estou cuidando diretamente de mais 5 amigos, iniciando novamente o processo do discipulado com 3 deles, que participaram recentemente do En-contro Vida Vitoriosa, e completando com outros 2, que já estão terminando o CTL. No total, então, são 14 ami-gos, os quais o Senhor tem me dado o privilégio de discipular (minha esposa cuida de suas mulheres), com a ajuda

também dos que alcancei primeiro e que já são mais maduros.

Isso tem me abençoado muito, tem me trazido mais renovação, muitas novas alegrias no ministério e, so-bretudo, me acrescentado verda-deiros amigos. Pois todo esse dis-cipulado – conforme aprendemos com Jesus e com o nosso amado Pr. Carlos Alberto – tem sido feito com eles através de um relacionamento de serviço, amizade e cuidado que expressam o amor ágape derrama-do em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Oramos, es-tudamos a Bíblia e nossos materiais do Trilho de Treinamento juntos; mas também comemos, viajamos, passeamos e nos divertimos juntos, desenvolvendo com tudo isso um grau cada vez maior de confiança e liberdade mútuas.

Toda essa experiência também tem me levado a provar e comprovar que o nosso modelo IDE, que é a estratégia da Comunidade da Graça para fazer discípulos, funciona ma-ravilhosamente bem quando o de-senvolvemos neste relacionamento de amizade, com oração, paixão e santidade, usando em todo o tempo a Palavra de Deus para que o Es-pírito Santo possa formar neles o caráter de Cristo.

Por isso, peço ao Senhor que este privilégio de fazer discípulos se tor-ne a prioridade máxima no ministé-rio de cada cristão, líder de Célula, supervisor e pastor da Comunidade, para que o nosso ministério desfrute de grande prosperidade e conquiste muitos amigos!

Carlos Alberto AntunesépastornaComunidadedaGraçaSede,DiretordoCentrodeTreinamentodeLíderes,ÉcasadocomapastoraVanda,eépaide5filhos.

sonhospossíveis igreja família texto e contextocapa ponto de vistasaúde aconteceu

UMA DAS MAIORES NECESSIDADES DO SER HUMANO É A DE TER AMIGOS.

DEUS NOS FEZ DESSE MODO. NÃO SOMOS SERES COMPLETOS

EM NÓS MESMOS, MAS FEITOS PARA ENCONTRAR NOSSA PLENITUDE

NO SENHOR E NO RELACIONAMENTO UNS COM OS OUTROS

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CONGRESSO DE MULHERES INTERCESSORAS 2012o último dia 15 de setembro, o Espaço Philips, em Guarulhos, sediou as comemorações pelos 15 anos do Ministério de Mu-lheres Intercessoras. O Con-gresso reuniu mais de 7.000

mulheres, quase mil pessoas a mais que no ano anterior, o que demonstra a expansão desse ministério de oração e intercessão. Aleluia!

A diretora do Colégio da Comunidade, Alessandra Bezerra Caldas, filha da nossa amada pra. Suely Bezerra, Líder Nacional do Ministério de Mulheres In-tercessoras, iniciou abençoando aquele dia e o consagrando ao maior homena-geado – Jesus. Em seguida, a Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo executou o Hino Nacional Brasileiro.

Além do pr. Carlos Alberto Bezerra e outros pastores da Comunidade da Graça, passaram por ali o Dep. Esta-dual Carlos Bezerra Júnior e a candi-data a vereadora Patrícia Bezerra, que

discorreram sobre a importância da igreja e da oração intercessória para a mudança do país. Ainda pela manhã, a missionária e escritora Durvalina Be-zerra, convidada especial, falou sobre o papel da mulher na oração desde os primórdios: “A mulher está na história da igreja pela sua atuação na oração. E oração é mais do que verbalização, é a linguagem do coração”.

Foi lançada, durante o evento, uma edição comemorativa da Bíblia do Mi-nistério de Mulheres Intercessoras, na versão Almeida Revista e Corrigida, que conta, em suas primeiras páginas, a história do Ministério e o testemu-nho de vida da pra. Suely. E foi a ela que coube, à tarde, compartilhar uma palavra de desafio baseada em Eze-quiel 22:30

“Procurei entre eles um homemque erguesse omuro e se pusessenabrechadiantedemimeemfavordaterra...”.

NF

otos: Coletivo 3

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aconteceu

Ao final, a pra. Suely recebeu das mãos de Ma-ria Isabel Meibach Brandoles, cunhada e mem-bro de sua equipe, uma linda joia simbolizando a gratidão de todas as mulheres por sua vida de total entrega a Deus. Um coral com mais de 30 vozes de todo o Brasil, conduzido pelo ministro de louvor Gustavo Xavier, encerrou o evento com a canção “Aclame ao Senhor”, deixando um misto de alegria, temor e convicção do nosso chamado enquanto MULHERES INTERCES-SORAS!

As mulheres da Comunidade da Graça mostra-ram o poder de mobilização, a fé e a força tão necessários para o desenvolvimento da igreja. Louvamos ao Senhor por tão grande amor e mi-sericórdia. E, no próximo ano, esperamos que VOCÊ esteja conosco, experimentando e teste-munhando dos mesmos milagres da oração.

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Que benção o Senhor te usou D+ que o Espírito Santo continue te guiando... Vc é uma benção.

@rafapatyleo_

A verdadeira posição de um homem de honra. Homens de Honra 2012

@diboa

Eu e meu amado irmao Walter no Homens de Honra 2012

@lincoln743

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ

HOMENS DE HONRA

BATISMO

ENCONTRO DE AMIGOS

O Vale da Graça, em Porto Feliz, reu-niu mais de 200 homens para mais uma etapa importante do projeto Ho-mens de Honra.

O tema central do encontro foi Venha o Teu Reino, com enfoque na família, finanças e ministério. Os pastores Os-mar, Tadeu e Valmir falaram no encon-tro e vimos que Deus está movendo os homens da igreja!

No dia 29 de setembro, a Comunidade da Graça Sede batizou mais um grupo de novos discípulos de Jesus. São os novos membros da família de Deus. Familiares e amigos ficaram mara-vilhados com o acontecimento. Foi uma festa memorável, reafirmando a importância do batismo bíblico e os efeitos que ele produz nas pessoas.

No dia 30 de setembro tivemos a pre-sença especial do ex jogador e hoje pastor Paulo Sérgio.

A igreja estava mais linda do que nun-ca, pela presença dos muitos amigos que foram convidados e participaram conosco neste culto. Foi uma noite maravilhosa.

Fotos: C

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Fotos: A

ilton Augusto

Fotos: C

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aconteceu

DIA NACIONAL DOS SURDOSNo dia 26 de setembro, foi comemorado o Dia Na-cional dos Surdos, apoiado na lei sancionada pelo Presidente Lula em 2008. O interessante é que a ofi-cialização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na cidade de São Paulo foi reconhecida através da Lei no. 13.304 de 21 de janeiro de 2002, um proje-to apresentado pelo então Vereador (hoje Deputado) Dr. Carlos Alberto Bezerra Júnior. Isso demonstra que a preocupação com a oficialização da LIBRAS em São Paulo foi anterior à instituição do Dia dos Surdos, o que enobrece ainda mais o trabalho que nosso Deputado vem desenvolvendo na vida públi-ca. Nossa homenagem a todos os surdos, em especial a todos os participantes do Ministério com Surdos da Comunidade da Graça, na pessoa de seus líderes e integrantes. Parabéns pelo Dia Nacional dos Surdos.

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