revista comuna 68

36
1

Upload: dinbrasil

Post on 23-Jul-2016

229 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Sem Fronteiras - Andar com Jesus é entender que Ele somos nós Palavra do presidente - O amor é o que o amor faz Serviço ao próximo - Boas-Novas na Bolívia Fad Simon - Fugimos do país para salvar nossas vidas

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Comuna 68

11

Page 2: Revista Comuna 68
Page 3: Revista Comuna 68
Page 4: Revista Comuna 68

COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

LAR“Ninguém coloca crianças em um bote, a menos que a água seja mais segura do que a terra.” Essa é uma das frases com que a escritora somali Warsan Shire retrata o drama dos refugiados no poema titulado “Home” – lar, em inglês.

As imagens de um menino sírio morto numa praia da Turquia viraram símbolo da crise migratória que já matou milhares de pessoas do Oriente Médio e da África que tentam chegar à Europa para escapar de guerras, de perseguições e da pobreza.

Ser cristão é saber que somos estrangeiros. Estamos em um lugar que não é nossa pátria. Por isso, o nosso coração anseia por estar em casa, perto do Pai. Ser cristão também é saber que todos somos refugiados, porque Ele é nosso esconderijo. É nele que achamos segurança. Ser cris-tão é sentir que é impossível permanecer alheio ao que está acontecen-do, porque o “eles” não existe. Foi o próprio Jesus quem transpôs essa barreira.

As histórias de vida que a edição de outubro da Revista Comuna resgata, não só nos ajudam a nos identificar naqueles que sofrem essa situação ao redor do mundo, mas também procuram encorajar cada leitor a fazer sua parte. Por menor que seja, ela fará muita diferença.

Diante desta crise migratória mundial de proporções que ainda não podem ser mensuradas, a igreja cristã tem a gigantesca oportunidade de ministrar o amor e a compaixão de Jesus. Não só com palavras, mas com atitudes práticas. Porque, afinal “eles” somos “nós”.

GUSTAVO ROSANEL I E CÉSAR STAGNOPELA EQUIPE ED ITORIAL

O QUE VOCÊ ACHOU DOS TEMAS E ASSUNTOS DA REVISTA? DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO? TEM SUGESTÕES?

USE A HASHTAG #REVISTACOMUNA OU ENVIE UM EMAIL PARA [email protected]

A entrevista com o Adhemar de Campos é leitura obrigatória para ministros de louvor e adoração. Ele tem muito a nos ensinar! Rachel Novaes

É céu na terra onde caminham os santos de Deus vivendo a santidade em todas as áreas de nossas vidas. Marcia da Silva Mendonça

DIREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR , SÉRGIO PAVARIN I , OSMAR D IAS , AGUINALDO FERNANDES , VALMIR VENTURA, LA IR DE MATOS , RENATO FOGAÇA, CÉZAR ROSANEL I , FERNANDO D IN IZ , GUSTAVO ROSANEL I , RONALDO BEZERRA

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : CARLOS BEZERRA JR . E GUSTAVO ROSANEL I

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : MAYRA BONDANÇA, DAVI MART INS , KE I LA S IQUE IRA DE L IMA

DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; BELO HORIZONTE; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:GRÁF ICA COKTAIL

D ISTR IBUIÇÃO:12 .000 EXEMPLARES

#68 | OUTUBRO | 2015

Page 5: Revista Comuna 68

CAPA | 18

SEM FRONTE IRASANDAR COM JESUS É ENTENDERQUE “ELES” SOMOS “NÓS”

RECOMENDO

DEUS DE REFUGIADOSE PROSCRITOS

CHAMADAS PARA FALAR

24

08

UMA GERAÇÃO CONTARÁ À OUTRA

MUDAR O MUNDO

O PERIGO DA INDOLÊNCIA

ACONTECEU

O MESMO ESP ÍR ITO

CARREGADORES DE MACAS

BOAS-NOVAS NA BOL ÍV IA

O AMOR É O QUE O AMOR FAZ

31 33

16

06

26

12

28

14

32

ENÉAS TOGNIN I

30

Page 6: Revista Comuna 68

66

PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

O

AMOR

É O

QUE O

AMOR

FAZ

A MAIOR CRISE DE REFUGIADOS DA HISTÓRIA É UMA GRANDE OPORTUNIDADE DE EVANGELISMO

Page 7: Revista Comuna 68

7

egundo o dicionário, a palavra “refugiado” signifi -ca: “indivíduo que se mudou para um lugar seguro, buscando proteção; aquele que foi obrigado a sair de sua terra natal por qualquer tipo de perseguição; pessoa que busca escapar de um perigo; que se en-contra em refúgio, em local seguro e protegido.”

Não é a primeira vez que o mundo vê milhões de pesso-as fugindo de seus países por causa de desastres naturais, guerras ou perseguição política e religiosa. Mas, dessa vez, o mundo assiste à pior crise humanitária da sua história. O número de refugiados supera ao produzido durante a Se-gunda Guerra Mundial.

Nos últimos quinze anos, aprendemos a conviver com a palavra “globalização”. A internet foi um instrumento que serviu para consolidar esse conceito e ajudou a criar a ideia de que as fronteiras entre os países eram quase imaginárias.

O “quase” é porque os fatos vividos pelos milhões de sírios que têm procurado refúgio fora do seu país de origem, além do preconceito que muitos haitianos que já se encontram no nosso país enfrentam no dia a dia, nos lembram que as fronteiras de fato existem. E elas podem se manifestar ain-da mais fortes e fechadas no nosso coração.

Sempre gostei do fato de José ter tido seu nome mudado para Barnabé, que signifi ca “Filho da Consolação”. Esse judeu da tribo de Levi tinha um coração missionário e sem-pre priorizou o Reino de Deus e a vida do próximo em de-trimento da sua própria.

Assim como ele, nós somos chamados a sermos fi lhos da consolação. Estamos diante de uma grande oportunidade de mostrar ao mundo a compaixão em ação! Ser compas-sivo é agir em resposta prática ao sofrimento humano, ver aquele que sofre como Deus o vê, cuidá-lo como Deus o cuida, ouvi-lo como Deus o ouve. E para isso é preciso che-gar mais perto.

Precisamos identifi car os grupos de imigrantes que estão morando dentro do país, alcançá-los, viver e trabalhar en-tre eles. Há uma grande oportunidade evangelística. Pessoas que estão experimentando um sentimento de deslocamento - vivendo longe de família, amigos e padrões normais de vida - são bastante abertas a novos relacionamentos e novas crenças. Milhões de muçulmanos, hindus e budistas estão se mudando para países onde há contato com o Evangelho e com cristãos. Deus tem trazido milhões de pessoas de povos não alcançados para viver e trabalhar ao lado de cristãos.

Quando uma pessoa é forçada a deixar a sua pátria, ela car-rega consigo o sentimento de dor. Em suas trajetórias de fuga eles encontram em Deus a força e a segurança para continuar a acreditar em dias melhores. É uma tremenda oportunidade!

O rótulo de “refugiados” carrega um peso social muito grande. Essas pessoas passam imediatamente a ser reco-nhecidas como um grupo sem valor, a massa sobrante da sociedade. Devemos nos preocupar em mudar este trata-mento e proporcionar a elas dignidade. Certamente elas têm muito para contribuir com seus conhecimentos e cultu-ra no país de acolhida.

O cristianismo é um estilo de vida. Depende de você viver e reviver a vida de Cristo. A Bíblia nos ensina que Deus amou o mundo de tal maneira que DEU. A melhor forma de saber se você ama é ver se está pronto para dar. Amor não é o que recebemos, é o que oferecemos. O amor é o que o amor faz.

Este é um excelente momento para que os cristãos de todo o mundo se organizem e aproveitem a chance para teste-munhar de Cristo (em palavras e obras) para os refugia-dos muçulmanos que estão indo para diferentes países do mundo. Precisamos abandonar o cristianismo oral e passar para a prática. “Um ao outro ajudou, e ao seu irmão disse: Esforça-te” – Is. 41.6.

Não podemos ser seletivos em nosso compromisso de serviço. Deus quer que deixemos nossa confortável e complacente existência para nos misturarmos com nossos irmãos necessitados. Essa é a marca da compaixão de Je-sus e a manifestação de amor para a qual Ele nos chama em nosso mundo moderno. Somos, assim como Barnabé, fi lhos da consolação.

CARLOS ALBERTO BEZERRA É FUNDADOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA. UM HOMEM APAIXONADO POR PESSOAS. PASTOR HÁ 50 ANOS. CASADO COM SUELY HÁ 49. PAI DE 6 FILHOS E AVÔ DE 16 NETOS. O AMOR, O SERVIÇO E A VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA SÃO SUAS ÊNFASES MINISTERIAIS. PREGADOR APAIXONADO, ESCRITOR INSPIRADOR. MILHARES DE PESSOAS, NO BRASIL E NO EXTERIOR, TÊM SIDO INSPIRADAS E ALCAN-ÇADAS PELA GRAÇA TRANSFORMADORA DE JESUS ATRAVÉS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO AO LONGO DOS ANOS.

Page 8: Revista Comuna 68

88

TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

C H A M A D A SP A R A F A L A R

ASSUMINDO NOSSO PAPEL COMO PORTADORAS DA MENSAGEM DE JESUS

Page 9: Revista Comuna 68

99

ma ajudadora idônea. Foi assim que Deus descreveu a função de Eva quando disse ao ho-mem que a criaria. E é exata-mente isso que a mulher deve

ser. Mas, muitas vezes, acabamos nos perdendo no meio das tantas respon-sabilidades que essa função nos traz. Nos fechamos no reduto do nosso lar e nos esquecemos de olhar para fora da janela, onde tudo acontece o tempo todo no mundo.

Não vivemos dias fáceis. Quando vemos as notícias na televisão, na in-ternet, nos jornais e revistas, somos tomados por fatos que chocam e en-tristecem: violência, corrupção, assas-sinatos, desastres naturais. Tudo isso está acontecendo do lado de fora das nossas casas, todos os dias. E as mu-lheres que ainda não conhecem o amor de Jesus se sentem perdidas e sem rumo, desesperadas com tudo o que veem. Elas precisam saber que exis-te Alguém que pode ajudá-las, cuidar do seu coração, das suas feridas. E é nossa a responsabilidade de apresentar esse Salvador.

Os evangelhos nos revelam que a pri-meira pessoa a ver Jesus ressurreto foi uma mulher, Maria Madalena. A princípio, ela não O reconheceu, mas depois que viu que era o seu Senhor, foi correndo contar aos discípulos a notícia (Jo. 20.11-18). Ela queria que todos soubessem que Aquele que ha-via lhe trazido cura, perdão e liberta-ção estava vivo! E Jesus sabia que pre-cisava de uma mulher para espalhar a Sua vitória sobre a morte.

Nós também tivemos um encontro com o Senhor. Fomos tratadas em nossos corações, curadas, transforma-das, regeneradas. Ele nos chamou pelo nome e, hoje, podemos reconhecê-Lo. Agora, é a nossa vez de sair pelas ruas contando a todos que Ele está vivo.

Tantas vezes, quando vamos buscar nossos fi lhos na escola ou estamos es-perando uma consulta médica, conhe-cemos mulheres que acabam abrindo o seu coração, compartilhando suas difi culdades. Elas estão sedentas por algo que nós podemos lhes oferecer. E precisamos estar preparadas para dizer-lhes qual é a razão da nossa es-perança (1 Pe. 3.15).

Para sermos mulheres comprometidas com o chamado de Deus em espalhar o Seu amor e fazer discípulos, algu-mas coisas podem ajudar:

Não se feche num grupinho ou em si mesma. Não viva pregando, mas pre-gue vivendo! As pessoas precisam ver o caráter íntegro de Jesus em você. Com o exemplo da sua vida, você po-derá estar junto delas e ganhá-las atra-vés da sua maneira de ser.

Todos sentem quando são amados. Ouvir o clamor das almas faz com que elas consigam desabafar, assim fi ca mais fácil falar de Jesus e até convidar para uma reunião. Elas estão sedentas.

As pessoas estão carentes, tristes e an-gustiadas. Mas nós só conseguiremos detectar as suas necessidades através da oração, porque isso é o Espírito Santo quem nos mostra.

Quanto mais nos identifi carmos com a dor das pessoas, mais elas vão deixar que nos aproximemos e mais verão o caráter de Jesus em nós. Não seja rápi-da em julgar, mas seja compassiva em todos os momentos.

Nunca devemos ser condescendentes com o pecado, mas precisamos mos-trar que Jesus é a solução, a resposta para as difi culdades e Aquele que per-doa, ama e acolhe.

O milagre que tem se realizado a cada dia em nós precisa afetar positivamen-te outras pessoas. Tem que arder em nosso coração o desejo de que cada mulher conheça o Deus verdadeiro, Aquele que ouve e responde as nossas orações. Uma vida de intimidade com o Senhor nos ajuda a entender o que Ele quer fazer em nós e através de nós.

Deixo a você conselho de Madre Teresa de Calcutá: “Continue dando Jesus a seu povo, não por trabalhos, mas por seu exemplo, estando apai-xonada por Ele, irradiando a Sua san-tidade e espalhando a Sua fragrância aonde quer que vá.” É tempo de lan-çar as sementes.

ESTEJA COM NÃO CRISTÃOS

AME

ORE PELOS PERDIDOS

FALE A VERDADE DE DEUS

DEMONSTRE COMPAIXÃO SEMPREFUNDADORA E L ÍDER DO MINISTÉRIO MULHERES INTERCESSORAS, SUELY BEZERRA TEM UMA VIDA MARCADA PELA ORAÇÃO E INTERCESSÃO. TEM MENTOREADO L ÍDERES E PASTORAS AO REDOR DO PAÍS DURANTE TODA SUA VIDA. É ESPOSA DO PR. CARLOS ALBERTO BEZERRA. ELES ESTÃO JUNTOS HÁ 49 ANOS, TÊM SEIS F ILHOS E DEZESSEIS NETOS.

@SUELYBEZERRA_

Page 10: Revista Comuna 68

10

Page 11: Revista Comuna 68

11

Page 12: Revista Comuna 68

1212

exortação de Paulo no capítulo 12 do livro de Romanos vem como uma luva para os dias de hoje.

“No zelo, não sejais remissos; sede fer-vorosos de espírito, servindo ao Senhor”, foram suas palavras. Vivemos uma época de pouco entusiasmo para as coisas de Deus e para o nosso próximo, o que de-nuncia que a falta de seriedade - zelo – e a preguiça – remisso – têm tomado conta da vida de muitos cristãos. Esse é o tipo de comportamento que leva à indolência.

VIDA RONALDO BEZERRA

INDOLÊNCIAO PERIGO DA

COMO SABER SE ESTÁ FALTANDO VIGOR ESPIRITUAL NA NOSSA VIDA?

Page 13: Revista Comuna 68

1313

Defi nitivamente, a preguiça é o mal deste século. Trabalhamos durante a semana inteira esperando que o fi nal de semana chegue o mais rápido possível para assim conseguirmos dormir até mais tarde. O sofá da sala se apresenta como um verdadeiro trono. Nossos fi lhos querem aproveitar o tempo conosco, mas preferimos nos entregar à TV, às redes sociais, ou ao joguinho viciante no nosso smartphone. Pensamos que sábado e domingo foram criados para parar o tempo, mas vivemos esses dias vendo o tempo passar e até parece que as aspas do relógio se convertem num carro de Fórmula 1. Quando percebemos, já é segunda-feira novamente. E lá vamos nós correr de novo.

A preguiça muda nossas prioridades. Acabamos nos ape-gando a coisas que não têm valor, e o nosso relacionamento com Deus - nossa vida espiritual -, acaba sendo resultado do que sobra do tempo. Nos transformarmos em cristãos menos sensíveis ao Espírito Santo, menos dedicados à causa de Cristo. É como se o primeiro amor tivesse acaba-do. Vivemos uma espiritualidade falsa, que não promove nenhum tipo de engajamento e muito menos olha para o próximo.

No livro “O Deus esquecido”, Francis Chan ressalta: “Se eu fosse Satanás e meu objetivo fi nal fosse frustrar os pro-pósitos de Deus e Seu Reino, uma das minhas principais estratégias seria levar os frequentadores de igrejas a igno-rar o Espírito Santo.” Estamos correndo um sério risco, o de nos transformar em pessoas que possuem um discurso bonito, mas inoperante.

O próprio Paulo nos convida a fazermos um profundo auto-exame em 1 Coríntios 11.28: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo.” Para saber mesmo se nossa fé está declinan-do, devemos recorrer a perguntas que nos confrontem em espírito e em verdade:

Temos o privilégio de poder falar com o Criador do Uni-verso. A indolência nos leva a esquecermos disso e, conse-quentemente, a deixarmos de amar a Deus por quem Ele é, e nos arriscarmos a usá-lo apenas para ganhar coisas. Corremos o sério risco de barganhar com Ele, de fazer as

coisas não para Sua glória, mas para termos algo em troca. Os salmos são uma expressão de louvor por quem Deus é. “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” – Sl. 41.2. Esse deve ser o nosso patamar.

Quem já não perguntou alguma vez para sua mãe: “o que vamos comer hoje?” e recebeu como resposta: “vou fazer um macarrão e misturar com a salsicha do jantar de on-tem”? E, com certeza, pensamos: “não, o que sobrou não.” Jesus nos mostrou um Pai amoroso que anseia por um re-lacionamento conosco, a tal ponto que entregou Seu fi lho para que a humanidade possa se reconciliar com Ele. O nosso tempo com Deus não deve ser “o que sobra”, porque Ele também não nos oferece as sobras, mas já nos deu o melhor: Seu fi lho.

A indolência é apatia. Logo, o contrário é a ação. E os fru-tos do Espírito Santo nos compelem ao serviço. O vigor espiritual se expressa no cuidado das pessoas, nas atitudes que lavam os pés do oprimido, o injustiçado, o invisível. “Andai em amor, como também Cristo vos amou, e se en-tregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”, diz Paulo em Efésios 5.2.

Não podemos ser remissos. Não podemos nos tornar insensíveis ao amor daquele que nos salvou, que nos trouxe esperança. Devemos procurá-lo, em todo tempo, de todo coração. Só assim Ele se deixará ser encontrado por nós (Jr. 29.13-14). Jesus não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante, pelo contrário, Ele vai reacender o fogo e você receberá um vigor novo na sua vida espiritual. Deixemos que a prática do amor de Cristo fale mais alto do que o sussurro da preguiça.

COMO SABER SE ESTÁ FALTANDO VIGOR ESPIRITUAL

QUAL FOI A ÚLTIMA VEZ EM QUE ORAMOS DE VERDADE?

QUÃO PRIORITÁRIO É NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS?

SERÁ QUE AS PESSOAS CONSEGUEM ENXERGAR EM NÓS OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO?

RONALDO BEZERRA É PASTOR, MÚSICO, CANTOR, COMPOSITOR E L ÍDER DO MIN ISTÉR IO DE JOVENS DA COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE . É CASADO COM S IMONE BEZERRA E TEM DOIS F I LHOS , RONALDO E SOPHIA .

@RONALDOBEZERRA_

Page 14: Revista Comuna 68

1414

L IDERANÇA PEDRO DO BOREL

ocê sabe o que é “acessibilida-de”? São as condições para que os defi cientes físicos possam utilizar, com segurança e autono-

mia, o espaço público, proporcionando a maior independência possível e dan-do a eles o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitarem, seja no traba-lho, estudo ou lazer.

Pessoas com defi ciências físicas re-clamam da falta de acessibilidade nas diferentes cidades do nosso país. Elas enfrentam, diariamente, problemas em

ruas e calçadas, nos ônibus de transpor-te coletivo, em banheiros públicos, ro-doviárias e até em universidades.

Mas o problema da acessibilidade não é novo. A Bíblia registra a cura de um pa-ralítico feita por Jesus em Marcos 2.11-12. Aquele que não conseguia andar ouviu as palavras de Cristo: “Levante--se, pegue a sua maca e vá para casa”, e o homem saiu andando daquele lugar.

Como é que o paralítico conseguiu en-trar naquela casa que, segundo a pas-

sagem, estava lotada? Quatro homens o carregaram, o colocaram numa maca, fi zeram um buraco no teto e o desce-ram até onde Jesus estava.

O nome desses quatro homens per-manece uma incógnita. Não sabemos quem eles eram. Não sabemos qual era sua profi ssão. Se eram de Cafarnaum ou se tinham chegado lá provenientes de outra cidade. Mas a Bíblia diz que Jesus se admirou da fé desses heróis sem nome, e foi através dela que o pa-ralítico foi curado – Mc. 2.5.

CARREGADORES DE MACASQUATRO HERÓIS QUE MUDARAM UMA VIDA

Page 15: Revista Comuna 68

1515

Esse amor é desafi ador. Eles creram e carregaram a maca do seu amigo. E Deus quer levantar uma geração de ho-mens e mulheres que estão dispostos a fazer a mesma coisa. Isso não dá ibope, mas traz transformação.

O que é carregar a maca? É ser bati-zado com o poder do amor. É olhar para um amigo a quem todo mundo vê e diz: “não tem jeito”, e falar: “tem sim”. É entender que você faz o que pode, o milagre é com Jesus. É ou-vir Deus falar: “é por causa da sua fé que vou abençoar essa pessoa”. É an-dar com pessoas, chorar junto, sofrer junto, se colocar no lugar do outro. É olhar para o próximo com misericór-dia, fazer aquilo que ninguém quer fa-zer, subir ao telhado e fazer o buraco, andar a segunda milha.

Todos nós já fomos carregados em uma maca. Alguém pagou um preço por você, e a fé deste te abençoou. As pessoas que te aproximaram de Cristo te amam. E você foi chamado a fazer a mesma coisa.

Há coisas que podemos fazer em função do que está aleijado. Ele queria se en-contrar com Jesus, mas não podia. E tem um monte de pessoas assim no seu bair-ro, na sua escola, no seu trabalho. Eles querem Jesus, mas não conseguem che-gar até Ele. Então carregue essa maca!

Paralíticos são aqueles aparentemente sãos, mas que por dentro estão doen-tes e precisam do nosso abraço. Deus é capaz de olhar pela sua fé e abençoar essas pessoas. Ele pode abençoar toda uma geração que anda contigo a partir de onde você está. Comece carregan-

do uma maca e se você não conseguir, compartilhe o seu sonho. Ele vai te dar outros amigos para cada um pegar numa alça.

Carregar a maca é para quem quer amar, é experimentar a plenitude de amor em nossos corações. Alguém carregou a sua maca, alguém te carregou. E agora, a maca de quem você vai carregar?

PEDRO ROCHA JUNIOR - MAIS CONHEC IDO COMO PEDRO DO BOREL- É PASTOR DA JOCUM (JOVENS COM UMA MISSÃO) . ELE DESENVOLVE UM TRABALHO EVANGEL ÍST ICO E DE D ISC IPULADO NA FAVELA DO BOREL , NO R IO DE JANE IRO.

Page 16: Revista Comuna 68

1616

SERVIÇO AO PRÓXIMO

MISSIONÁRIAS DA CG SEDE TRABALHAM COM A REABILITAÇÃO DE DEPENDENTES

Boas-novasna bolívia

Page 17: Revista Comuna 68

1717

o ano de 2012, uma visão tomou conta do coração das irmãs Débora e Miriam Coelho. Membros da Comu-nidade da Graça Sede, elas viam um jardim com rosas muito grandes e bonitas, mas que também estavam

cheias de espinhos. Apesar de a princípio não fazer nenhum sentido, aquilo fi cou gravado em suas mentes. Até que, em agosto de 2013, num treinamento da Missão Antioquia, tudo começou a se encaixar: elas foram desafi adas a ir para a Bo-lívia, cuidar de mulheres viciadas em drogas e álcool, cuidar de belas rosas em um imenso jardim.

No dia 13 de abril do ano seguinte, Débora e Miriam come-çaram uma vida completamente diferente em um novo país. Elas passariam a cuidar de um projeto da Iglesia de la Fe, na cidade de Sucre. O programa consiste em uma casa de recuperação para viciados em drogas e bebidas. Eles fi cam ali por oito meses, onde têm atividades de terapia ocupacio-nal – Projeto Mãos de Ouro –, que envolvem o trabalho na horta, tricô e crochê. Também participam de uma célula e cultos semanais, estudos bíblicos, orações diárias e momen-tos de louvor.

Na Bolívia, imagens de demônios são muito comuns. A prá-tica de feitiçaria e os rituais satânicos também são considera-dos normais no país. As irmãs comentam que a maior parte da população tem problemas com vícios, que muitas vezes começam nesses rituais. “Todos os internos já passaram por cerimônias envolvendo espíritos ou pelas mãos de feiticeiros e bruxos”, explicam.

Muitas mulheres, quando chegam à casa de recuperação, por terem passado por todas essas etapas, enfrentam muitos de-safi os na área espiritual. Elas têm pesadelos, veem vultos e se sentem oprimidas, o que faz com que tenham acessos de raiva e ajam com rebeldia.

Débora e Miriam também têm visto o seu trabalho dar muitos frutos. “Elas aprendem muito da Palavra, entendem que Deus pode apagar o seu passado. Quando vão ao apelo e aceitam a Jesus, fazem isso de forma consciente.” As bolivianas também têm entendido o valor da oração. Com a ajuda das missioná-rias, elas oram e choram pela salvação das suas famílias.

Em junho deste ano aconteceu o primeiro batismo dentro da casa. Três internas declararam publicamente a entrega de suas vidas a Jesus. A decisão de Olga, uma delas, impactou toda a sua família. “Eles pagaram milhares de bolivianos (moeda da Bolívia) para que os bruxos a curassem dos ví-cios e ela sempre voltava pior. Então, ela conheceu o Se-nhor Jesus, e Ele, sem cobrar nada, a libertou, deu uma nova vida”, conta Débora. Agora, os pais, irmãos e a fi lha de Olga também se converteram e se alegram com o que Deus tem feito em suas vidas.

“Hoje, a maioria delas está recuperada, abandonou o vício e tem Jesus em seu coração”, comemoram as irmãs. A vida de-las também tem infl uenciado no desejo de cada interna de ser-vir a Deus. Duas das mulheres querem ser líderes de células e ensinar a Palavra de Deus. Ambas estão sendo acompanhadas e encaminhadas à escola de liderança da Iglesia de la Fe. Outra quer ser uma missionária e vai ser treinada para isso.

Já faz quase dois anos que Débora e Miriam têm trabalhado com as bolivianas. Elas continuam a dar a sua vida para que cada uma dessas mulheres, antes excluídas e abandonadas, sejam aceitas como fi lhas de Deus. “Só de ver o sorriso de cada uma delas já vale a pena ter deixado tudo no Brasil”, afi rma Miriam. “Esperamos que a Bolívia venha a conhecer verdadeiramente a Deus. Que todos sejam libertos da ce-gueira e da idolatria, e fi quem marcados pelo Senhor Jesus Cristo e cada vez mais pessoas sejam alcançadas.”

PARA SABER MAIS SOBRE COMO AJUDAR AS IRMÃS DÉBORA E MIR IAM, ENTRE EM CONTATO COM [email protected] .

Page 18: Revista Comuna 68

18

CAPA

omo poderei começar uma nova vida sem eles?”, é a pergunta que, entre lágrimas, o refugiado sírio Josef Majade se fez, enquanto contava a um re-pórter do jornal americano The Washington Post

a trágica história da sua chegada à Hungria e de como tinha perdido, no caminho até a estação de trem em que agora es-tava, os outros três integrantes de sua família – sua esposa, sua fi lha de 13 anos, e seu pequeno fi lho de 5.

Essa pode ser também a pergunta que Abdulah Kurdi, pai de Aylan, de 3 anos, a criança síria afogada em uma praia da Turquia, cuja imagem se transformou em símbolo da tragé-dia dos refugiados, se faz. Ou que qualquer um dos mais de 60 milhões de pessoas que foram forçosamente deslocadas de suas casas, se faz.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refu-giados – Acnur – afi rma que a estatística atual denuncia a “maior crise humanitária da história”, chegando a superar o deslocamento internacional provocado pela Segunda Guerra Mundial. Confl itos políticos, étnicos e religiosos, grupos terroristas islâmicos – como o Estado Islâmico e Boko Haram –, redes internacionais de crime organizado, crises econômicas, corrupção, desastres naturais, soma-dos à insensibilidade das grandes potências, geraram um caos generalizado.

Page 19: Revista Comuna 68

19

MAIS DE 350 MIL IMIGRANTES ATRAVESSARAM O MEDITERRÂNEO

APENAS NESTE ANO, DESTES, MAIS DE 2.800 MORRERAM NA TRAVESSIA.

CADA PESSOA CHEGA A PAGAR ATÉ 5 MIL DÓLARES PARA FUGIR DO PAÍS

Page 20: Revista Comuna 68

2020

+ 4 MILHÕES

FATOS REAIS SOBRE OS REFUGIADOS

95% DOS QUE PROCURAM

0 É A QUANTIDADE

1% SERIA O AUMENTO

DE PESSOAS FUGIRAM DA SÍRIA DESDE O INICIO DA GUERRA CIVIL (2011)

ASILO SE ENCONTRAM HOJE NO: IRAQUE, JORDÂNIA, EGITO, LÍBANO E TURQUIA

DE PESSOAS QUE ARÁBIA SAUDITA E EMIRADOS ÁRABES UNIDOS - PAÍSES MAIS RICOS DA REGIÃO - TÊM RECEBIDO

DE MUÇULMANOS NA EUROPA CASO TODOS OS REFUGIADOS FOSSEM DESSA RELIGIÃO E SE ESTABELECESSEM LÁ

E a da Síria não é a única crise de refugiados. A eclosão de combates em países como Sudão do Sul e República Centro-Africana fez com que mais de 3 milhões de pessoas fugissem dos confl itos e da perse-guição. O terremoto que afetou o Haiti em 2010 deixou 240 mil mor-tos e 1,5 milhão de desabrigados. Nos cinco anos que já se passaram, o número de haitianos que têm chegado ao Brasil cresceu exponen-cialmente – o governo do Acre calcula que 39 mil pessoas entraram até agora no país pela fronteira do Estado.

A história do mundo foi construída pela imigração. A narrativa bíblica mostra que Abraão foi o primeiro nômade migrante. Moisés fugiu com seu povo da escravidão. José foi a primeira vítima do tráfi co de pessoas de quem se tenha registro. Jesus nasceu num estábulo porque seus pais não foram acolhidos e, perseguidos, tiveram de escapar das mãos do Rei Herodes. Os cristãos são identifi cados como estrangeiros (Hb. 11.13).

Procurar asilo é um direito humano. Ninguém deveria ter que passar por vexames, humilhações ou morrer para chegar a um lugar segu-ro. Em Mateus 25.35, Jesus disse: “eu era estrangeiro, e vocês me acolheram.” Paulo escreveu a Filemom sobre Onésimo: “receba-o como se estivesse recebendo a mim.” Mestre e discípulo deixaram bem claro qual é o papel da igreja.

Fátima Kurdi, a tia de Aylan, clamou: “o mundo inteiro deve unir suas mãos para iniciar um plano comum que permita agir e ajudar os refu-giados. É tarde para salvar Aylan, seu irmão Galip e sua mãe Rehan, mas não é tarde para salvar outros milhões que estão esperando aju-da.” Está na hora de agir, de deixar atrás as palavras bonitas e mostrar compaixão na prática. Todos somos refugiados.

O GOVERNO BRASILEIRO É PARCEIRO DO ACNUR E TEM POSIÇÃO DE LIDERANÇA NA AMÉRICA LATINA NA ACOLHIDA DE REQUERENTES DE ASILO.

1.240%

12.668

8 MIL REFUGIADOSDE 80 NACIONALIDADES

É O CRESCIMENTO REGISTRADO NO NÚMERO DE REFUGIADOS NO BRASIL ENTRE 2010 E 2014

É O NÚMERO DE PEDIDOS DE REFÚGIO REGISTRADO PELO GOVERNO FEDERAL EM AGOSTO DE 2015

VIVEM ATUALMENTE NO PAÍS

Fonte: Comitê Nacional para os Refugiados – Conare.

Page 21: Revista Comuna 68

2121

gosto começou com seis haitia-nos baleados em dois eventos diferentes em pleno centro da

maior cidade brasileira, São Paulo. Não vou cair no lugar comum de afi rmar que o fato passou despercebido. Pelo menos na imprensa, não. A notícia, os testemunhos e as respostas sobre o caso estiveram em todos os veículos e redes sociais. Arrisco dizer que faltou indig-nação à altura.

Imagine que não fossem haitianos. Estamos falando simplesmente de ci-dadãos, alguns deles, atingidos ao sair da igreja. Colocar dessa forma traria maior comoção e clamor por justiça. Mas, para alguns, ainda há dúvidas de que o caso se trate de xenofobia.

A motivação do crime deveria ter in-dignado ainda mais as pessoas. Se-gundo o padre Paolo Parisi, da Mis-são Paz, que acolhe imigrantes, esses haitianos impediram um assalto dias antes do ataque e devolveram a bolsa roubada da mulher. Os ladrões disse-ram que voltariam.

Gregory Deralus, 34, uma das vítimas, formado em Ciências da Computação, abandonou o Haiti e trabalha há um ano no Brasil como auxiliar de mate-riais em uma obra. Ao portal G1, disse o que deveria estar na boca de todos: “Primeiro, faz com haitiano, depois africano, colombiano e brasileiros.(...) Aqui tem africano, colombiano, tem muitos estrangeiros no Brasil, não só haitianos. Você é humano e eu também. Não é preto ou branco, todo mundo tem sangue, eu sou fi lho de Deus.”

Disso não se pode discordar. Gregory é fi lho de Deus, tanto quanto você e eu. Além disso, somos também descen-dentes de migrantes estrangeiros, de gente que deixou sua terra e suas raízes em busca de um sonho, ou pela absolu-ta impossibilidade de sobreviver.

Essa é a razão que torna ainda mais bi-zarras as pichações racistas na cidade de Nova Odessa, localizada a 124 km da capital de São Paulo. Um muro re-cebeu a frase “Back to Haiti”, - “Vol-tem para o Haiti”, em inglês. Ao lado, uma suástica, símbolo nazista, da altura de uma pessoa. Como isso é possível numa cidade criada a partir de um as-sentamento de ju-deus russos? Nova Odessa foi povoa-da por colonos da Letônia, protestan-tes, que levaram a Igreja Batista para a cidade. Não era essa a terra que eles sonharam construir. Mas o que nós, cris-tãos, temos a ver com isso? Tudo.

Nossos atos defi nem quem somos hoje. Nossas reações sinalizam quem seremos amanhã. A distância aparente-mente curta entre os olhos e o coração parece intransponível para boa parte do mundo. Anestesiados contra o so-frimento alheio, alguns só sabem viver em função de seus próprios interesses.

Já para os cristãos, deve ser impossível conjugar o Verbo na primeira pessoa. Andar com Jesus signifi ca entender que “eles” somos “nós”.

A Bíblia é um livro que nasceu e cres-ceu no contexto de migração milenar. A história dos cristãos teve início com o migrante Abraão. Ele é exemplo da prática da hospitalidade, afi nal, no am-biente inóspito do deserto, água fresca, alguns pães e sombra poderiam signifi -car a diferença entre a vida e a morte. Somos herdeiros de uma tradição espi-ritual de um povo que foi perseguido, rejeitado e escravizado anunciando as “boas novas” de cidade em cidade.

Moisés guiou seu povo na fuga da opressão e da vida indigna que os pode-rosos lhes impunham, justamente, por serem estrangeiros. Desde o início do Cristianismo, prevalece o sentimento de que a Igreja é peregrina na busca da pátria defi nitiva, e enquanto caminha, ajuda a criar um novo céu e uma nova terra.

Jesus, fi lho de migrantes sem-teto, não encontrou lugar para nascer numa so-

ciedade que rejei-tou seus pais e se recusou a acolhê--los quando fugiam da violência e do genocídio. Não há lugar para eles na estalagem e nem no coração daque-les que um dia fo-ram acolhidos pelo Senhor. Como mi-grante, o Mestre en-

trava e saia de aldeias continuamente. E sempre denunciava a discriminação e os paradigmas preconceituosos e racis-tas. A escolha de um samaritano como herói na parábola é outra demonstração de que ele veio derrubar os muros de separação e fronteiras imaginárias. O ódio, a discriminação, a xenofobia e o racismo são exatamente o oposto da proposta cristã.

NOSSOS ATOS DEFINEM QUEM SOMOS HOJE. NOSSAS REAÇÕES SINALIZAM QUEM SEREMOS AMANHÃ

DESDE O INÍCIO DO

CRISTIANISMO, PREVALECE O

SENTIMENTO DE QUE A IGREJA

É PEREGRINA NA BUSCA DA

PÁTRIA DEFINITIVA, E ENQUANTO

CAMINHA, AJUDA A CRIAR UM

NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA

DA LINDA PÁTRIA ESTAMOS BEM LONGE

Page 22: Revista Comuna 68

2222

A foto que ilustra esta refl exão correu o mundo. Um sírio, entre lágrimas, abraça seus fi -lhos ao chegar à ilha de Kos, na Grécia. Ele enfrentou o mar a bordo de um pequeno bote infl ável, para fugir da barbárie de uma guerra civil e da perseguição implacável do Estado Islâmico. Há milhares de pessoas que, neste momento, tentam concretizar uma travessia como essa. Outras milhares, morreram no meio do caminho.

Quando pensamos no estrangeiro, nós, cristãos, não devemos pensar no abalo que a che-gada daquelas pessoas traz ao cotidiano da nossa sociedade. Temos de lembrar o que a Bíblia nos ensina, em Deuteronômio 24.18, “Recorda que foste escravo na terra do Egito, e que Yahweh, teu Deus, daquele povo te resgatou”.

Que as lágrimas do estrangeiro recebam a acolhida dos nos-sos braços abertos, capazes de convertê-las em lágrimas de felicidade. Jesus disse que, quando acolhemos o estrangeiro, nós O acolhemos. “Quando eu era estrangeiro, você me rece-beu?”. Como respondemos a essa pergunta hoje?

PASTOR, MÉDICO, DEPUTADO ESTADUAL , PRES IDENTE DA COMISSÃO DE D IRE ITOS HUMANOS DA ASSEMBLE IA LEG ISLAT IVA DE SÃO PAULO. CASADO COM PATRÍC IA BEZERRA, E PA I DE G IOVANNA E G IUL IANNA

@CARLOSBEZERRAJR

FORMAS SIMPLES E EFETIVAS DE AJUDAR OS REFUGIADOS:

COLABORE COM MÉDICOS SEM FRONTEIRAS, QUE, ALÉM DE ATENDER REFUGIADOS, ESTÃO TREINANDO PESCADORES PARA FAZER SALVAMENTOS DE NÁUFRAGOSMSF.ORG.BR/COMO-AJUDAR

DOE KITS DE COZINHA PARA QUE FAMÍLIAS POSSAM PREPARAR SUAS PRÓPRIAS REFEIÇÕES, MOSQUITEIROS PARA PROTEGER AS CRIANÇAS DA MALÁRIA, OU UMA TENDA PARA ABRIGAR UMA FAMÍLIA, ATRAVÉS DA AGÊNCIA DA ONU PARA REFUGIADOS – ACNURDONATE.UNHCR.ORG/PT

FAÇA UMA DOAÇÃO PARA A CRUZ VERMELHA, QUE APOIA INSTITUIÇÕES QUE TRABALHAM COM REFUGIADOS, ALÉM DE SERVIR COMO OBSERVADORA DA CONVENÇÃO DE GENEBRAICRC.ORG/POR

TORNE-SE UM DOADOR MENSAL DA ANISTIA INTERNACIONAL, QUE MANTÉM CAMPANHAS PELA PROTEÇÃO DOS REFUGIADOS NO MUNDO TODOANISTIA.ORG.BR/DOE-AGORA/

SEJA PARCEIRO DA MISSÃO MAIS NO MUNDO, QUE TEM UM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO DE REFUGIADOS CRISTÃOS, E ABRA AS PORTAS DA SUA CASA PARA RECEBER UMA FAMÍLIA MAISNOMUNDO.ORG/

ASSISTA E COMPARTILHE O VÍDEO PARA CONSCIENTIZAR E ACABAR COM O PRECONCEITO CONTRA OS REFUGIADOS

FAÇA UMA DOAÇÃO MONETÁRIA OU MATERIAL, OU VOLUNTARIE-SE NA MISSÃO PAZ QUE ACOLHE E INTEGRA IMIGRANTES E REFUGIADOS MISSAONSPAZ.ORG

APOIE O ADUS, INSTITUIÇÃO QUE ACOLHE E ENCAMINHA REFUGIADOS, FINANCEIRAMENTE OU TORNANDO-SE VOLUNTÁRIOADUS.ORG.BR/AMIGO/

Page 23: Revista Comuna 68

2323

FAD SIMON É UM DOS REFUGIADOS SÍRIOS ACOLHIDOS PELA COMUNIDADE DA GRAÇA E CONTA A SUA HISTÓRIA NESTA ENTREVISTA

“FUGIMOS DO PAÍS PARA SALVAR NOSSAS VIDAS”

leppo é a segunda maior cidade da Síria. Localizada no norte do país, é também uma das mais antigas do mundo, tendo sido habitada desde o século XI a.C.

Em 2006 tinha conquistado o título de “Capital Islâmica da Cultura”. Mas desde 2011, quando estourou o confl ito armado no país, é uma das cidades mais afetadas pela guerra civil.

Fad Simon morava lá junto com sua família. Ele é o pai de uma das duas famílias de refugiados sírios acolhidas pela Comunidade da Graça de Visconde do Rio Branco (MG), e conta, nesta entrevista exclusiva, suas memórias de guerra e a experiência de ser um refugiado no Brasil.

COLABORAÇÃO: KE ILA S IQUE IRA DE L IMA

Fad Simon: A Síria era um país maravilhoso, com educa-ção e saúde gratuitas e de qualidade. As pessoas ganhavam bons salários, quase todos os habitantes tinham moradia própria. Apesar da maioria da população ser islâmica, não sofríamos perseguição religiosa por sermos cristãos. Mas tudo isso mudou com o início do confl ito. Nossa cidade, Aleppo, foi completamente destruída. No começo, os pro-testos eram contra o governo, mas logo foram se levan-tando grupos de vertentes islâmicas radicais, que lutavam entre si e contra o governo. Na rua onde eu e minha família morávamos, que era tranquila e próspera, chegamos a ter três grupos rebeldes diferentes de um lado, atirando uns contra outros e também abrindo fogo contra o exército, que estava do outro lado. Nossa casa fi cou no meio do fogo cruzado. Tornou-se insustentável permanecer ali.

FS: Muita violência. Sofremos muitas chantagens e peri-gos. Uma vez, fui buscar pão na padaria e estourou uma bomba no comércio. Enquanto tentava fugir, um franco--atirador tentava me acertar. Vimos pessoas sendo execu-tadas. Havia muitos corpos jogados nas ruas, inclusive de crianças e idosos.

FS: Como o confl ito ganhou uma característica religiosa, a situação para os cristãos foi piorando. Éramos alvo de sequestros, extorsão, execuções sumárias. Tivemos amigos que foram fuzilados por serem cristãos. Uma das minhas tias faleceu em um ataque a bomba. Fugimos do país para salvar nossas vidas. Mas os muçulmanos também sofrem, pois há entre eles minorias que são discriminadas e perse-guidas. Com o estouro da guerra civil, essas diferenças se acentuaram e cada vertente foi formando um grupo radical diferente, fazendo sofrer a população de bem.

FS: Em janeiro de 2014, fugimos para o Líbano e fi camos abrigados na casa de minha irmã. Tentamos refúgio na Suíça, Alemanha, Inglaterra, Austrália. Todos os dias eu ia nas em-baixadas pedir asilo, mas assim que eles viam minha nacio-nalidade, era-me negado. A única nação que esteve o tempo inteiro com a embaixada aberta para os sírios foi a brasileira. E foi maravilhoso ouvir do pessoal da Missão MAIS que uma igreja, uma família de fé, nos acolheria. Viemos com muita esperança de conseguirmos viver em paz e trabalhar. Sabemos que o Brasil não é uma nação rica, mas aqui fomos acolhidos, cuidados e nos sentimos muito amados.

FS: Não, não queremos voltar para a Síria, ainda que a guerra acabe. Nossa casa agora é no Brasil. O calor humano aqui é incomparavelmente melhor do que viver em países de maioria muçulmana. Na Síria, fui muito rico. Perdi tudo, mas tenho esperança de apenas viver em paz no Brasil, nesta nova cidade e com meus amados irmãos da Comunidade da Graça.

REVISTA COMUNA: COMO ERA A VIDA NA SÍRIA ATÉ O COMEÇO DO CONFLITO EM 2011?

RC: O QUE VOCÊS VIRAM ENQUANTO O CONFLITO ACONTECIA?

RC: TODOS SOFRIAM COM A VIOLÊNCIA OU TINHA UM GRUPO ESPECÍFICO QUE NÃO TINHA O QUE TEMER?

COMO CONSEGUIRAM SAIR DA SÍRIA? POR QUE VIR AO BRASIL?

RC: QUAL É A SUA EXPECTATIVA? VOCÊS DESEJAM VOLTAR PARA A SÍRIA UM DIA?

PARA INFORMAÇÕES SOBRE COMO AJUDAR AS FAMÍL IAS S ÍR IAS REFUGIADAS EM V ISCONDE DO R IO BRANCO, L IGUE : (32) 3551-6824 . 

Page 24: Revista Comuna 68

24

REJE ITE A APAT IA MARÍL IA CÉSAR E SÉRGIO PAVARIN I

ofro duplo preconceito por ser negro e haitiano. No transporte público, quando tem um lugar vago ao meu lado ninguém se senta. É triste, mas sinto isso principalmente por parte dos jovens.”

Olgues Blase tem 31 anos e veio para o Brasil para tentar recomeçar a vida. No Haiti cursava faculdade de adminis-tração de empresas e contabilidade. Aqui, trabalha como pintor desde que chegou, no ano passado.

O preconceito é uma bebida amarga, difícil de engolir. “Na igreja, ao distribuir a Ceia, ninguém quis tomar o vinho ser-vido após um haitiano beber.” Ainda assim, Olgues afirma que pretende continuar no Brasil. “Meu sonho é cursar uma faculdade, trabalhar com criação de cabritos e ajudar minha família que ficou no Haiti.”

Só depois de algum tempo de papo ele liberta a dor presa na garganta. “Dois meses antes de vir pra cá minha namorada ficou doente e morreu. Cursávamos a mesma faculdade e faltavam sete meses para ela se formar.”

QUEM ESTENDE OS BRAÇOS SÓ PODE USAR O AMOR COMO ARMA

Page 25: Revista Comuna 68

25

OLGUES BLASE

RENO OTARIS

“ELE DEFENDE A CAUSA DO ÓRFÃO E DA VIÚVA E AMA O ESTRANGEIRO,

DANDO-LHE ALIMENTO E ROUPA.” (DT. 10.18)

“MALDITO QUEM NEGAR JUSTIÇA AO ESTRANGEIRO, AO ÓRFÃO OU À VIÚVA”.

(DT. 27.19)

No Antigo Testamento, há mais mandamentos de cuidado específi co para com os estrangeiros – os imigrantes e re-fugiados de nossos dias – do que de amor a Deus ou ao próximo, a ponto de na época da colheita, deixarem uma parte da produção no campo, para suprir as necessidades do “estrangeiro, do órfão e da viúva”, considerados a parte mais frágil da sociedade de então.

Essa atenção especial para com os refugiados tinha um pro-pósito: Deus queria que Israel nunca se esquecesse do sen-timento de ser estrangeiro, e de que vivera como forasteiro no Egito, onde foi escravizado durante 400 anos.

A mãe de Reno Otaris morreu quando ele era criança. Após o segundo casamento do pai, os problemas aumentaram. A nova esposa também tinha fi lhos e o enredo clássico da ma-drasta que protege sua prole e maltrata os fi lhos do marido foi reprisado na família.

O irmão de Reno mudou-se para a República Dominicana e se deu bem por lá. Assim que se estabilizou, chamou-o para morar com ele. Mas quando sua cunhada engravidou, Reno fi cou constrangido em continuar sendo sustentado por ele e decidiu vir para o Brasil. Chegou no início de fevereiro de 2014 e uma semana depois já estava empregado como ajudante geral em um restaurante.

Em poucos dias, o monstro do preconceito emergiu da la-goa. O chefe de cozinha deixou bem claro que não gostava de haitianos e passou a persegui-lo sistematicamente.

“Algumas pessoas me disseram para começar a faltar e a fazer coisas erradas para ser demitido a fi m de receber uma rescisão melhor. Mas, e a minha dignidade? Pedi demissão, arquei com o prejuízo, porém minha dignidade permaneceu intacta.”

O relato feito por Reno é entrecortado por inúmeras ma-nifestações de agradecimento a Deus. “Atualmente, traba-

“NÃO OPRIMA O ESTRANGEIRO. VOCÊS SABEM O QUE É SER ESTRANGEIRO, POIS FORAM ESTRANGEIROS NO EGITO”.

(ÊX. 23.9)

lho em uma linha de produção de alimentos e meu grande sonho é cursar Gastronomia. Não cheguei ao Brasil em uma situação tão difícil como os haitianos que ainda não conseguiram emprego, mas, como me ensinou meu irmão, aproveitei bem as oportunidades.”

Pesquisa recente da Organização Internacional para Imi-grantes mostra que mais de 38 mil haitianos imigraram para o Brasil nos últimos quatro anos. A maioria sem visto, com a ajuda de coiotes que chegam a cobrar US$ 5 mil para oferecer suporte. Durante a viagem, muitos deles são furtados e entram no país tendo como único bem a espe-rança de dias melhores.

Uma ONG católica rompe o cerco da indiferença. Cristãos de várias comunidades mobilizam-se pela Internet. Igrejas evangélicas unem-se para ajudar na inclusão dos imigran-tes. Quem estende os braços só pode usar o amor como arma. Vozes de seguidores do Deus dos excluídos são ouvidas numa compaixão uníssona que aos poucos está contagiando quem (ainda) não tem a sensibilidade cauteri-zada. Silêncio na cidade já não se escuta.

M A R Í L I A C É S A R É E D I TO RA D O VA LO R ECO N Ô M I CO E AU TO RA D E “ M A R I N A : U M A B I O G RA F I A” E “ F E R I D O S E M N O M E D E D E U S” ( M U N D O C R I ST Ã O) E “ E N T R E A C R U Z E O A R CO - Í R I S” (G U T E N B E R G )

SÉRGIO PAVARIN I É BLOGUEIRO E JORNAL ISTA . ESCREVEU “A MINHA ALMA ESTÁ A(R)MADA” , PUBL ICADO PELA THOMAS NELSON BRASIL .

Page 26: Revista Comuna 68

2626

PASTORAL RENATO FOGAÇA

O CULTO RACIONAL A DEUS É UMA VIDA DE SERVIÇO AO PRÓXIMO

Page 27: Revista Comuna 68

2727

ortanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericór-dias de Deus que se ofereçam em sacrifí-cio vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-

-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12.1-2

A carta de Paulo aos Romanos tem um papel fundamen-tal não só na vida mas na doutrina cristã, porque trata dos maiores dilemas da humanidade. No começo, o apóstolo desvenda todas suas misérias e mostra a causa de todas es-sas situações adversas. Na medida em que vai avançando, começa a construir a ideia de que cada um de nós pode ter uma nova vida. Até que, no capítulo 12, apresenta a chave para abrir a porta dessa nova vida.

Os pedidos de mudança no mundo são coletivos. Vemos ma-nifestações multitudinárias no Brasil. Vemos a situação dos refugiados ao redor do mundo. Vemos violência, tristeza, dor. Um contingente de pessoas insatisfeitas. Mas nada poderá mudar se algo não muda, em primeiro lugar, dentro de nós.

Existe um grande engano, muitos acham que uma nova espe-rança de vida tem a ver com as circunstâncias ou com as ou-tras pessoas. Por isso Paulo apresenta uma verdade: somos nós que devemos mudar. Como? Pela renovação da nossa mente. E isso acontece quando estabelecemos um relaciona-mento direto – vertical – com o Pai, através da Sua Palavra.

Mas devemos ir além. Nós cristãos fomos chamados para mudar o mundo a partir do Cristo que habita em nós, ao ponto de Jesus nos chamar de “seu corpo”. E a boa, perfeita e agradável vontade de Deus a que Paulo faz referência é que, através de Jesus, nos transformemos em despenseiros desta nova vida. Que onde havia tristeza, amargura, nós se-jamos os portadores da alegria, da esperança. Onde havia desesperança, somos portadores da fé. Onde havia sentença de morte, trazemos a certeza da vida.

RENATO FOGAÇA É PASTOR DA CG LONDRINA, ESTÁ CASADO COM A PASTORA CR IST IANE E É PA I DE 4 F I LHAS .

Quando olhamos para Cristo cientes de que, como João Batista disse, Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, entendemos que vivemos para cumprir os seus mesmos desígnios e sermos comunicadores das boas no-vas. Na medida em que vivemos nessa convicção encon-tramos paz, porque sabemos que Ele nos ama. E podemos falar para o próximo: “eu amo você”, continuando assim o ministério de Jesus nesta terra.

O derramamento do Espírito Santo nos leva a uma mudan-ça em relação ao nosso semelhante. Assim, somos mais humildes, menos presunçosos. A arrogância humana cai diante da presença do Rei. Deixamos de julgar para passar a ser servos. Esta é a mudança de Romanos 12. A doutrina cristã não é ensinada com palavras, mas com atitudes.

Jesus disse em Mateus 25.31-40: “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.” Este é o chamado de Jesus. Fomos chamados para mudar o mundo, e uma simples atitude faz toda a diferença.

Seja a mudança que você deseja ver, no âmbito em que você se encontra. Nós podemos ser essa mudança, mas precisamos viver o cristianismo na horizontal. O relacio-namento vertical abastece nosso coração, mas o horizontal expressa com atitudes práticas o amor de Jesus. Só assim estaremos oferecendo um culto racional a Deus e seremos verdadeiros agentes de mudança para este mundo.

N Ó S C R I ST Ã O S

FO M O S C H A M A D O S

PA RA M U DA R O M U N D O

A PA RT I R D O C R I STO

Q U E H A B I TA E M N Ó S

Page 28: Revista Comuna 68

28

NOSSA COMUNIDADE

uando era ainda criança, a pastora Suely Bezerra aprendeu de sua mãe o valor de uma vida de oração. Com o passar dos anos, aprendeu na prática que, realmente,

todas as coisas podem ser alcançadas em Deus. E foi através das suas experiências que nasceu o Mu-lheres Intercessoras. Ela sabia o que podia aconte-cer se outras pessoas vivessem isso também, então uniu-se a algumas amigas para que passassem a interceder por suas casas, suas famílias, a igreja e a nossa nação. Desde então, mulheres ao redor do mundo todo têm sido impactadas por esse movi-mento e aceitado o compromisso de fazer da inter-cessão uma prioridade em suas vidas.

O Mulheres Intercessoras já existe há 30 anos. E, além dos encontros em pequenos grupos, realiza anualmente um evento nacional, onde momentos de comunhão, louvor, Palavra de Deus e muita ora-ção não faltam. Ali, as participantes compartilham suas necessidades e são fortalecidas para continua-rem fi rmes no propósito de recorrer ao Senhor em todas as suas necessidades e de se colocarem na brecha por nossas cidades e a nossa nação.

Em 2015 não foi diferente. Mais de 6.600 pessoas devem se reunir no 17º Congresso de Mulheres Intercessoras, mas, desta vez, com uma novidade: o evento é dividido em cinco lugares e cinco datas diferentes. São três estados recebendo as pastoras Suely Bezerra e Alessandra Bezerra Caldas e a cantora Rachel Novaes. A ideia é poder alcançar ainda mais pessoas do que em todos os anos ante-riores e continuar no mesmo Espírito.

No dia 12, na Comunidade Sede, a pastora Suely abriu o evento lançando uma palavra de desafi o e encorajamento a todas: “hoje eu estou aqui para falar para vocês não saírem da brecha.” Baseada no texto de Ezequiel 22.30, ela falou sobre to-das as situações que o nosso país tem vivido e sobre o nosso compromisso em nos colocarmos em intercessão por cada uma delas, inclusive pe-dindo perdão pelos pecados da nossa nação. Ela também citou o caso dos refugiados sírios, que tem sido noticiado em todo o mundo. “Precisa-mos orar por eles também, por aqueles que estão famintos e não têm para onde ir, aqueles que per-deram suas famílias, todo o seu dinheiro.”

Depois de um intervalo para rever amigas e aproveitar o bazar que acontece em todas as edi-ções, começa a apresentação das Comunidades presentes e um momento para ouvir testemu-nhos preciosos daquilo que Deus tem feito na vida das mulheres ao redor do Brasil.

No encerramento, todas as presentes se unem em um momento de oração pelos alvos estabe-lecidos: pelo Brasil, pelas famílias, pela Igreja do Senhor e pelas igrejas locais. O próximo evento acontecerá na Comunidade da Graça em Londrina, no dia 17 de outubro. É o último dos cinco encontros.

A cada ano, mais mulheres são alcançadas por esta visão e descobrem o poder de uma vida de oração. Como diz a pra. Suely, “descobrindo a intercessão, você só tem a ganhar.”

CONGRESSO MULHERES INTERCESSORAS CHEGA À SUA 17ª EDIÇÃO E UNE MULHERES NO BRASIL INTEIRO

Page 29: Revista Comuna 68

29

A CADA ANO,MAIS MULHERES

SÃO ALCANÇADAS POR ESTA VISÃO E DESCOBREM

O PODER DE UMA VIDA

DE ORAÇÃO

Page 30: Revista Comuna 68

3030

ste homem deixa um legado fantástico para a história da igreja evangélica brasileira. Um verdadeiro fi lho de Deus, com um coração apaixonado por Jesus e

pelas pessoas. Homem reto, íntegro, probo, que tem a mi-nha mais alta estima e respeito, e o da minha família, da qual todos o considerávamos parte. Foi um dos meus men-tores, junto com rev. Antônio Elias, de saudosa memória, e dr. Russel Shedd. Aprouve ao Pai levar a este fi lho amado para a vida eterna. Fica a saudade e a certeza de que um dia estaremos juntos.”

Estas foram as palavras do pastor Carlos Alberto Bezerra após a notícia do falecimento, aos 101 anos de idade no dia 9 de setembro, do pastor Enéas Tognini, fundador da Igreja Batista do Povo (IBP) e do Seminário Teológico Batista Nacional.

Tognini era fi lho de imigrantes italianos e nasceu em Avaré, interior de São Paulo, no dia 20 de abril de 1914. Formado em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), ele esteve à frente das igre-jas Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte (MG) e Ba-tista de Perdizes, em São Paulo (SP). Na década de 1960, foi um dos líderes do movimento de avivamento espiritu-al, que deu origem à Convenção Batista Nacional (CBN), tornando-se presidente desta entidade posteriormente.

Respeitado no meio evangélico, era infl uente sobre líde-res batistas e de outras denominações, pois sua mensagem sempre veio acompanhada da pregação dos dons espiritu-ais. Conceituado escritor cristão, publicou dezenas de li-vros e foi reconhecido pela Academia Evangélica de Letras do Brasil. Também atuou como presidente da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), e em 2002, o pastor Tognini foi condecorado com o título de Cidadão Paulistano.

O atual dirigente da IBP, pastor Jonas Neves de Souza, de-clarou: “Mais que pregador, mestre, evangelista, escritor ou pastor, um exemplo para qualquer um que queira servir ao Se-nhor Jesus com inteireza de coração e pureza de alma. Tendo--o como nosso pastor emérito fui honrado com o privilégio de pastoreá-lo e de compartilhar o mesmo púlpito nos últimos dezesseis anos. Que ovelha! Incomparável. Homem amoroso, dócil, zeloso em todas as coisas, ético em todo o seu procedi-mento, amigo e companheiro fi delíssimo a quem quero honrar sempre tentando imitar no meu procedimento. A IBP presta suas condolências aos familiares desse profeta do Altíssimo e compartilha dos seus sentimentos. Nós, que aqui fi camos e fo-mos por ele abençoados, daremos prosseguimento à gloriosa e imortal mensagem de Renovação Espiritual que dele aprende-mos. A Deus, o nosso Pai, apresentamos a nossa gratidão por ter-nos dado um irmão mais velho que andou tão pertinho dele e nos ensinou a trilhar pelo mesmo caminho.”

ELES ANDARAM COM JESUS

ENÉAS TOGNINI“TUDO O QUE EU TENHO FEITO, SE É QUE FIZ ALGUMA COISA,

EU ATRIBUO AO MEU SENHOR JESUS CRISTO”

Page 31: Revista Comuna 68

31

“Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos.” Esse versículo de Salmos 145.4 defi -ne o pensamento da Comunidade da Graça com relação ao trabalho com os jovens. Nosso pastor, Carlos Alber-to Bezerra, começou a sua vida cristã como um líder de jovens, e procura sempre investir na próxima geração, para que ela continue o seu trabalho, levando a Palavra de Deus e fazendo discípulos de Jesus.

Por isso, desde o começo, a Comu-nidade da Graça teve um grupo es-pecífi co para os mais novos, sempre procurando falar a sua língua e enten-der os seus desafi os e necessidades. A igreja foi crescendo, mais pessoas foram chegando e outras Comunida-des nasceram. Criou-se a necessidade de uma identidade comum para todos aqueles jovens. E então, em 2005, nasceu o Marcando a Geração, o fa-moso MAG.

O que muita gente não sabe é que o MAG começou muito antes, lá em Guarulhos, quando nascia a Comuni-dade da Graça ali. Em 1995, junto de suas duas irmãs, Fabiana e Simone, e sua então namorada, Sueli, Fernando Diniz começou um pequeno grupo na cidade vizinha a São Paulo.

No começo, se reuniam toda semana em um grupo de sete pessoas. Demo-rou um pouco para chegarem outros. Mas eles continuavam fi rmes, esta-vam sempre juntos, compartilhavam seus sonhos e desejos e acreditavam que o Senhor tinha um propósito para tudo aquilo.

As pessoas foram chegando. Eles já eram 20, 30, 40. O discipulado já era uma reali-dade bem presente e queimava no coração das pessoas o desejo de cuidar umas das outras e de fazer mais discípulos de Jesus. Foi aí que eles escolheram um nome – Moçada que Ama Guarulhos (MAG) – e uma declaração de propósito – conhecer a Deus e aos Seus valores, despertar Seus dons e marcar a nossa geração. Mas, eles sentiam que não deveriam territorializar essa ideia, que isso era muito maior e ia além de Guarulhos. Então, MAG passou a ser Marcando a Geração.

Cinco anos depois, Fernando Diniz recebeu a responsabilidade do pastor Carlos Alberto Bezerra de liderar o ministério nacional de jovens. O de-safi o era unir todas as Comunidades e criar uma identidade única para todos aqueles grupos. Aquelas ideias agora faziam muito mais sentido.

Em 2006 então aconteceu o primei-ro Encontrão Nacional - com a nova identidade - , no Estância Árvore da Vida. Tudo era muito simples, não ha-via muita estrutura, mas 1.100 jovens e adolescentes se reuniram ali durante todo um fi nal de semana e puderam ouvir a Palavra de Deus e ser desafi a-dos para o começo de um novo tempo, para um novo compromisso.

Hoje, mais de 4 mil jovens se reúnem anualmente naquele mesmo espaço. Mas agora, o mesmo propósito está espalhado por cada Comunidade da Graça, inserido no coração de cada jo-vem. Eles têm conhecido mais a Deus e aos Seus valores, despertado os pró-prios dons e assumido o compromisso de marcar a sua geração.

HISTÓRIA

Uma geração Contará a outraHÁ MAIS DE 10 ANOS O MAG TEM CHAMADO JOVENS DE TODO O BRASIL PARA MARCAR A SUA GERAÇÃO

QUEM É O MAG?

SOMOS A COMUNIDADE DAQUELES QUE PODEM MUDAR O FUTURO.

QUE AMAM A DEUS E AO PRÓXIMO. SOMOS DISCÍPULOS DE JESUS.

ACREDITAMOS NA PRIMAZIA DO AMOR, E QUE A JUSTIÇA VEM ATRAVÉS DE ENXERGARMOS

E TRABALHARMOS DURO POR AQUELES QUE SÃO INJUSTIÇADOS E PRECISAM CONHECER A JESUS.

NOS ADAPTAMOS, MUDAMOS, APRENDEMOS,

VOLTAMOS ATRÁS, PEDIMOS PERDÃO, ESPALHAMOS O AMOR.

TRABALHAMOS JUNTOS PARA QUE NOSSOS DONS E TALENTOS SEJAM UMA FERRAMENTA DE SERVIÇO E

DE AMOR PARA AS PESSOAS.

SER PARTE DO MAG É SER COMO UM BARCO A VELA, PARA ONDE O

VENTO DO ESPÍRITO SOPRA, É PARA LÁ QUE VAMOS.

ACREDITAMOS QUE ATRAVÉS DA PALAVRA E DA ORAÇÃO PODEMOS IMPACTAR NOSSA GERAÇÃO PARA QUE TODOS CONHEÇAM A JESUS.

SOMOS O MAG, SOMOS FAMÍLIA, SOMOS COMUNIDADE DA GRAÇA.

FAZEMOS PARTE DO REINO DE DEUS NESTA TERRA.

Page 32: Revista Comuna 68

32

RECOMENDO

L IVRO L IVRO

THOMAS NELSON

MUNDO CR ISTÃO PUBL ICAÇÕES PÃO D IÁRIO SONY MUSIC

O DEUS PRÓDIGO – T IMOTHY KELLER

MÃES DE JOELHOS, FILHOS DE PÉNINA TARGINO

PÃO DIÁRIO MULHERES VÁRIOS AUTORES

AS PAISAGENS CONHECIDASOS ARRAIS

Neste livro, Timothy Keller faz uma análise profunda da parábola do fi lho pródigo (descrita em Lucas 15). Segundo ele, quanto à postura do homem diante de Deus, existem dois tipos de pessoas: os irmãos mais novos – que rompem com a tradição e partem em busca do autoconhecimento – e os irmãos mais velhos – que permanecem na tradição. Ambos estão perdidos.

Ele dá uma redefi nição de pecado e explica que, na verdade, seja qual for

o meio que utilizam, os dois estão bus-cando de todo o seu coração, o poder. Em “O Deus Pródigo” percebemos que o cristianismo inconsequente e sem responsabilidade ou o moralismo religioso que vive de cumprir regras não têm valor diante de Deus.

O que pode acontecer quando uma mãe se compromete a orar por seus fi lhos? Nina Targino, coordenadora nacional do movimento Desperta Débora, sabe bem a resposta a essa pergunta. Em ‘Mães de Joelhos, Filhos de Pé’ ela explica porque é tão importante e indispensável perseve-rar na oração e jamais desanimar.

Todos os dias as mulheres enfrentam diversos desafi os: precisam cuidar de suas casas, suas famílias, se dedicar ao trabalho fora. Em edição especial para mulheres, o ‘Pão Diário’ apresenta, por meio de ilustrações, valiosas lições para viver uma vida diária de oração. São 365 meditações com temas relevantes e edi-fi cantes.

L IVRO

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E COMPRE O L IVRO NA LOJA COMUNA

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E COMPRE O L IVRO NA LOJA COMUNA

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E ACESSE O FACEBOOK DA DUPLA

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E ACESSE O S ITE DA ED ITORA

EP

Depois do grande sucesso do CD Mais, de 2013, os irmãos Tiago e André Ar-rais estão prestes a lançar um novo trabalho. O EP ‘As Paisagens Conheci-das’ está em pré-venda no iTunes. São cinco canções que ainda não haviam sido gravadas e que, segundo a dupla, seguem uma linha teológica e existen-cial.

Page 33: Revista Comuna 68

33

LANÇAMENTO DE “UMA VIDA COM PRIORIDADES” EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

ACONTECEU

O pastor Carlos Alberto Bezerra lançou ‘Uma Vida com Prioridades’, seu novo livro, em São José dos Campos, na Igreja da Cidade, no dia 9 de setembro. Junto do pr. Carlito Paes, ele deixou uma palavra para a igreja, co-mentando as cinco prioridades e como elas devem estar bem organizadas em nossas vidas, assunto central do livro. Ao fi nal, atendeu os presentes em uma sessão de fotos e autógrafos.

PATRÍCIA BEZERRA COMANDA CPI DOS PLANOS DE SAÚDEA vereadora Patrícia Bezerra está presidindo a CPI dos Planos de Saúde, que tem investigado o serviço na cidade de São Paulo. No dia 22 de setembro, em oitiva na Câ-mara Municipal, ela ouviu a diretoria executiva da Uni-med, que tem quatro empresas do seu sistema entre as primeiras em reclamações dos consumidores. A ANS já anunciou a quebra da unidade Paulistana e está decidindo quem assumirá a sua carta de clientes.

A vereadora tem um canal para receber denúncias dos usu-ários que foram lesados: [email protected]

Page 34: Revista Comuna 68

34

As Comunidades da Graça em Ubatuba e Suzano mobi-lizaram os seus membros em dois grandes eventos em suas cidades.

Em Suzano, a ‘Passeata Profética’ acontece todos os anos e mobiliza toda a igreja, que vai às ruas com as cores de suas supervisões, faixas e cartazes. Eles também ensaiam uma bateria e entoam cânticos e gritos de guerra.

Já em Ubatuba, as células se reuniram no prédio da igre-ja e saíram para percorrer diversas ruas até a avenida da praia. No trajeto entregaram folhetos e oraram pelas necessidades das pessoas que passavam. Houve mais de 200 participantes no evento.

A IGREJA NA RUA

ACONTECEU

NOVA GERAÇÃO REUNIDAOs fi lhos dos pastores das Comunidades da Graça em todo o Brasil se reuniram no Vale da Graça, em Porto Feliz, nos dias 28, 29 e 30 de agosto para um encontro com os pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra. Ali, eles puderam rever amigos, aproveitar de tempos de co-munhão e também expor suas idéias e desafi os em bate--papos com os pastores Carlos Bezerra Jr. e Alessandra Bezerra Caldas.

Page 35: Revista Comuna 68

35

Nos dias 20 e 21 de setembro, a Comunidade da Gra-ça Sede recebeu um convidado muito especial. Rodolfo Abrantes participou do MAG na noite de domingo, e do culto ‘Encontros de Paz’ na segunda-feira. Além de mi-nistrar o louvor, Rodolfo compartilhou uma mensagem sobre obediência – no primeiro dia –, e outra sobre cha-mado – no segundo. No total, mais de 3.000 pessoas es-tiveram presentes nestes dois dias, compartilhando vida e ouvindo a Palavra.

RODOLFO ABRANTES NA SEDE

Depois de comemorar cinco anos de existência e o seu primeiro encontro Vida Vitoriosa, a Comunidade da Gra-ça em Santos teve um batismo no dia 30 de agosto, o pri-meiro na cidade. Para isso, a igreja alugou uma casa com piscina e realizou o culto ali, com sete pessoas passando pelas águas.

Em Itaim Paulista a festa foi no dia 23 de agosto, com 28 pessoas se batizando. Cada um teve a oportunidade de contar o seu testemunho e de louvar a Deus por tudo o que Ele tem feito. O culto foi cheio de gratidão e o pastor Diovani Silva falou sobre o propósito de estar-mos neste mundo.

TEMPO DE FESTA EM SANTOS E ITAIM PAULISTA

Page 36: Revista Comuna 68

3636