revista comuna 77

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A vida em comunidade - Cultivando práticas que edificam Palavra do Presidente - Edificando relacionamentos alicerçados no amor SonhoSPossíveis - Barbárie legitimada Nossa comunidade - 50 anos de amor e serviço

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COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA-FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

O MEU PRÓXIMO É MINHA COMUNIDADETodo ser vivo precisa de uma vida em conjunto. Micro-organismos, animais de todos os tamanhos e pessoas precisam dessa interação para sobreviver. A vida em comunidade não é algo fácil e simples, mas é algo necessário para que haja serviço, maturidade, proteção, felicidade e plenitude.

Alguns pensam que por estarem sozinhos evitam problemas e têm mais chances de alcançar a satisfação pessoal. Mas a verdade é que só temos total satisfação quando temos um relacionamento – principalmente com nosso Criador. O propósito desta edição é mostrar que nossa comunidade é o nosso pró-ximo. Não apenas aquele que é parecido conosco, que frequenta os mes-mos locais e fala da mesma maneira. O desafio está em “amar o próximo como a nós mesmos” (Mc. 12.31), independentemente do quão diferente essa pessoa seja. Há uma clara diferença entre o que é uma comunidade e o que é uma sociedade. A matéria de capa e a palavra de nosso pastor Carlos Alber-to buscam não só deixar clara essa discrepância, mas também mostrar como colocar em prática ações que nos levam a uma vida em comunhão. Uma vida em comunidade demanda aliança e compromisso, vai além do que já fazemos normalmente. Esse é o desejo que inspira a visão da Comunidade da Graça, de ir além do padrão deste mundo, de sermos uma igreja-família, que vive o amor de Cristo alcançando o próximo e formando discípulos. Boa leitura!

GUSTAVO ROSANEL IPELA EQUIPE ED ITORIAL

O QUE VOCÊ ACHOU DOS TEMAS E ASSUNTOS DA REVISTA? DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO? TEM SUGESTÕES?

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“Gostei da matéria do pr. Juan Carlos Ortiz. Realmente só quem ama serve.” - Karen Pereira

“A matéria sobre o Espírito Santo me levou a refletir que não basta sermos, precisamos viver como cristãos.” - Tatiana Vasques

DIREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: C A R LO S B E Z E R R A J R , O S M A R D I A S , AG U I N A L D O F E R N A N D E S , VA L M I R V E N T U R A , L A I R D E M ATO S , R E N ATO F O G A Ç A , C É Z A R R O S A N E L I , F E R N A N D O D I N I Z , G U S TAVO R O S A N E L I , R O N A L D O B E Z E R R A

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : CARLOS BEZERRA JR . E GUSTAVO ROSANEL I

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : MAYRA BONDANÇA,

D IREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; BELO HORIZONTE; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:GRÁF ICA COKTAIL

D ISTR IBUIÇÃO:12 .000 EXEMPLARES

#77 | JULHO | 2016

Page 5: Revista Comuna 77

CAPA | 16

O QUE ACONTECE QUANDO A IGREJA ORA

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RECONHEC IDOS PELO AMOREDIF ICANDO RELAC IONAMENTOS AL ICERÇADOS NO AMOR

06 10

DEUS ESPERA PELA NOSSA HUMILDADE

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REJEITE A APATIABARBÁRIE LEG IT IMADA

12 22

RECOMENDO ACONTECEU

2725

TESTEMUNHO

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50 ANOS DE AMOR E SERVIÇO

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o longo das últimas duas edições da Revista Co-muna, tenho me dedicado a trabalhar sobre os mandamentos recíprocos. Sempre focando na mutualidade dentro da igreja, já falamos dos que visam criar relacionamentos e dos que procuram proteger os mesmos.

Coincidentemente com o tema da nossa matéria de capa, é tempo de analisar os mandamentos que visam a mútua edi-ficação. Semelhante ao trabalho de construção de uma casa - que requer planejamento, recursos, alicerce, alvenaria, acabamento, etc. -, é necessário observar alguns princípios, porque devemos ter muito claro que ninguém chega à ma-

turidade espiritual sozinho, por esforço próprio e isolado dos outros. Os dons foram dados à igreja para a edificação do corpo de Cristo (Ef. 4.12), e uma das maiores provas de maturidade do cristão está na forma com que ele se relacio-na com os outros.

Este mandamento nos mostra como podemos ser usados por Deus para um dos Seus projetos mais grandiosos: a construção da Sua casa. A palavra “edificar”, no grego, in-dica a ideia de “construir” e é usada no sentido de “edificar

PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO BEZERRA

O DESAFIO DE LEVAR O PRÓXIMO À MATURIDADE ESPIRITUAL

“EDIFICAI-VOS UNS AOS OUTROS” 1 TESSALONICENSES 5.11

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espiritualmente”, para que a vida do cristão seja erguida como casa espiritual, para que nele o Espírito Santo venha habitar e capacite-o para continuar a implantar o Reino de Deus nesta Terra (1 Pe. 2.5).

Eis algumas maneiras bíblicas de promovermos a edifica-ção uns dos outros:

• Pelas atitudes – Rm. 14.19 e 15.2

• Pelas palavras – Ef. 4.29

• Pelo compartilhar das Escrituras – At. 20.32

• Pelo louvor conjunto – Ef. 5.19

• Pela oração mútua – Jd. 20

• Pela ministração recíproca dos dons – 1 Co. 14.1-26

• Pelos ministérios que o Senhor Jesus pode nos conceder – Ef. 4.11-12

A palavra grega “didasko” (ensinar, instruir), aparece 97 vezes no Novo Testamento, salientando a importância e o valor do ensino. Justamente, o ensino faz parte da Grande Comissão (Mt. 28.19-20), que conforma a missão da Co-munidade da Graça, e é, além disso, um dos valores que formam nosso DEFINE: Deus, Família, Irmãos, Não cris-tãos e o Ensino.

Ele tem um efeito edificador e, quando negligenciado, a igreja torna-se infantil, carnal, cheia de disputas e alvo de cisões. Por isso, é muito importante que a Palavra de Deus habite em nós, pois ela é “útil para o ensino, para a repre-ensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” 2 Tm. 3.16-17.

Isso envolve encorajar, animar, consolar e confortar ao ir-mão. Nossa luta contra o pecado é diária, constante, e pre-cisamos uns dos outros para poder vencê-lo. Ao contrário do que Caim fez (Gn. 4.9), cada irmão é o guardião da alma de seu irmão. Há uma responsabilidade espiritual mútua!

Admoestar é o ato de advertir, repreender com brandura, aconselhar, lembrar. Bondade e conhecimento são duas ap-tidões que nos tornam capazes para admoestação. Devemos ter muito claro que confrontar alguém com o seu erro não é brigar, nem falar asperamente, nem muito menos gritar, mas é colocar a pessoa frente a frente com sua atitude errô-nea, tendo o desejo amoroso em Cristo de ajudá-la a enten-der qual a melhor maneira de tratar disso no futuro.

Aquele que admoesta deve ter uma conduta cristã exem-plar, consubstanciada na sua vida diária, de tal modo que os irmãos admoestados sejam ensinados pelo exemplo.

Essa deve ser a consequência natural de quem vive em in-timidade com Deus e Sua Palavra. Os Salmos estão cheios de súplicas, rogos, confissões, intercessões, palavra profé-tica e ações de graças. Os Hinos são expressões de louvor, de júbilo, de exaltação ao Senhor e Seus atributos. Já os Cânticos Espirituais são especialmente dados pelo Espírito Santo numa súbita inspiração. Todos eles são uma expres-são espontânea de uma vigorosa vida espiritual.

Colocando em prática estes mandamentos recíprocos, nos-sa comunhão como corpo de Cristo será tão marcante que, inevitavelmente, outras pessoas desejarão se juntar a nós para adorar a Deus e servi-lo, porque são reflexo de uma vida cheia de amor, compaixão, misericórdia e graça.

Vamos juntos neste maravilhoso desafio que o Senhor tem nos dado de edificar uns aos outros, para alcançarmos a maturidade espiritual, sermos sal da Terra e luz do mundo e conduzirmos muitas e muitas pessoas a Jesus, para que todo joelho se dobre e toda língua confesse que Cristo é o Senhor – Rm. 14.11.

CARLOS ALBERTO BEZERRA É FUNDADOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA. UM HOMEM APAIXONADO POR PESSOAS. PASTOR HÁ 50 ANOS E CASADO COM SUELY PELO MESMO TEMPO. TEM SEIS FILHOS E 16 NETOS. O AMOR, O SERVIÇO E A VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA SÃO SUAS ÊNFASES MINISTERIAIS. PREGADOR APAIXONADO, ESCRITOR INSPIRADOR.

MILHARES DE PESSOAS, NO BRASIL E NO EXTERIOR, TÊM SIDO INSPIRADAS E ALCANÇADAS PELA GRAÇA TRANSFORMADORA DE JESUS ATRAVÉS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO AO LONGO DOS ANOS.

“INSTRUÍ-VOS UNS AOS OUTROS” COLOSSENSES 3.16

“FALAI UNS AOS OUTROS COM SALMOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS” EFÉSIOS 5.19

“EXORTAI-VOS UNS AOS OUTROS” HEBREUS 3.13

“ADMOESTAI-VOS UNS AOS OUTROS” ROMANOS 15.14

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TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

O PODER DO COMPROMISSO E DA INTIMIDADE COM DEUS

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uando a igreja ora, coisas extraordi-nárias acontecem. Não precisamos de provas que atestem essa afirmação. Sabemos da eficácia e do poder de um grupo que busca a Deus, que O leva a sério, que não quer fazer nada sem pedir

a Sua direção. E sabemos que o contrário também é verda-de. Quando não há Palavra de Deus e oração, as pessoas começam a inventar coisas. E nós, seres humanos, temos uma criatividade tremenda.

O que temos vivido na igreja moderna, infelizmente, tem demonstrado mais o segundo caso. São tantas situações vergonhosas, tanto engano, dificuldade em pregar o arre-pendimento, mundanismo. As coisas não andam bem. E isso reflete diretamente na nossa sociedade. Vivemos dias de liberalismo sem limites, uma doutrina de prazer como único propósito de vida, um relativismo total e absoluto, relacionamentos superficiais, consumo desordenado, cor-rupção, violência. É uma época muito triste.

No livro de Atos, conhecemos uma igreja que causou um grande impacto no local onde estava. A igreja primitiva, formada pelos discípulos de Jesus, ainda tem muito a nos ensinar. Aqueles cristãos viveram uma vida de amor, devo-ção, coerência, poder de Deus e revestimento de autorida-de. E isso tudo tinha uma base simples: a oração, sempre acompanhada da ação do Espírito Santo. Em diversos mo-mentos, a Bíblia nos mostra que eles estavam unânimes, orando. Não davam um passo sequer sem antes consultar a Deus e ver qual era a Sua vontade. Esse estilo de vida era o maior indicativo de que aqueles homens buscavam viver a vontade de Deus, dependiam dela mais do que de seus próprios recursos.

E qual foi o resultado disso? Eles se tornaram sensíveis às necessidades uns dos outros, adoravam a Deus com mais alegria e dedicação, se amavam de maneira prática e frater-nal, tinham um só coração e uma só alma e experimentaram milagres e um crescimento muito grande. A harmonia e o estilo de vida daqueles cristãos impactavam aquela socie-dade e atraiam cada vez mais pessoas.

A igreja de Atos nos mostra que o poder da oração feita em conjunto não é um fenômeno distante, restrito somente àquela época. Ela nos desafia a interceder para que a igreja moderna também tenha influência e deixe marcas nos luga-res onde está. Os tempos e as circunstâncias mudaram, mas a Bíblia nos garante que “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hb. 13.8).

Isso tudo começa em nós. Não há possibilidade de cami-nharmos na vida cristã se não tivermos intimidade com o Pai. É preocupante quando vemos que podemos falar com as pessoas, mas elas não nos dão atenção, não são impacta-das pela mensagem que carregamos. Isso acontece porque falta em nós autoridade, intimidade e vida com Deus. Sem isso, nada do que falamos tem sentido ou efeito algum.

Uma igreja só será comprometida com a oração quando seus membros o forem primeiro em sua vida pessoal. Deus quer sacudir as nossas estruturas e agir, antes, em nossa vida para, depois, manifestar o Seu poder ao nos reunirmos com nossos irmãos. O fogo do Espírito Santo só desce so-bre a igreja onde há cristãos que abandonaram o pecado e se reúnem para buscar a Sua vontade.

Quando uma sociedade se esquece de Deus e se afasta dos Seus princípios espirituais, sua liderança se corrompe e a nação entra em colapso. Provérbios 14.34 diz: “A justiça engrandece a nação, mas o pecado é uma vergonha para qualquer povo.” Isso é o que tem acontecido no Brasil. Por isso, como cristãos, precisamos cultivar uma vida de intimidade com o Senhor, precisamos conhecê-lo, saber a Sua vontade. E então, como igreja, precisamos clamar por misericórdia pelo nosso país, pedir que sejamos guardados. A oração é a alavanca que move o braço de Deus, faz com que os céus se abram e haja conversões genuínas, situações e vidas completamente transformadas.

Que venhamos a experimentar um poderoso mover de Deus na nossa vida e na igreja, impactando essa geração com o Evangelho. A igreja que faz da oração um de seus valores inegociáveis cumprirá a vontade de Deus e deixará frutos para os tempos que virão.

FUNDADORA E LÍDER DO MINISTÉRIO MULHERES INTERCESSORAS, SUELY BEZERRA TEM UMA VIDA MARCADA PELA ORAÇÃO E INTERCESSÃO. TEM MENTOREADO LÍDERES E PASTORAS AO REDOR DO PAÍS DURANTE TODA SUA VIDA. É ESPOSA DO PR. CARLOS ALBERTO BEZERRA. ELES ESTÃO JUNTOS HÁ 50 ANOS, TÊM SEIS FILHOS E 16 NETOS.

@suelybezerra_

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INSP IRAÇÃO CARLOS BEZERRA JR .

MASSACRE EM ORLANDO MOSTRA REAÇÕES DIFERENTES DOS CRISTÃOS

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ocês estão tristes porque 50 pedófilos foram mortos hoje? Eu acho que foi fantástico! Orlando está um pouco mais segura hoje.”

A reação de alguns pastores norte-americanos após o mas-sacre em Orlando inundou as redes sociais de protestos, ampliando a tristeza que se abateu após o ato irracional.

Aos que se revoltaram com as declarações lamentáveis de alguns líderes, é essencial esclarecer que não representam a comunidade evangélica.

Repórteres ouviram pastores a milhares de quilômetros, “esquecendo-se” de noticiar que igrejas de Orlando se mobilizaram para doar sangue, orar e servir a comunida-de LGBT enlutada. “Fomos chamados a amar o próximo”, disse Gabriel Salguero, pastor da Iglesia El Calvario, situ-ada na cidade de Orlando.

Cumprindo a clássica frase de Mark Twain, alguns jornalis-tas separaram o joio do trigo e publicaram o joio.

Por mais que esse tipo de mídia aprecie dar voz ao sensa-cionalismo e à insensatez de uma pequena igreja com algu-mas dezenas de membros, o ódio espalhado pela Westboro Baptist Church nada tem a ver com o amor pregado e vi-venciado pelo Nazareno.

Jesus experimentou a traição literalmente na pele. É possí-vel que alguns beneficiados por Seus milagres estivessem no coro que pediu Sua crucificação. Um dos discípulos o traiu com um beijo.

Ferido no corpo e na alma e sentindo-se abandonado pelo Pai, ainda assim não clamou por justiça. Por amor a cada uma dessas pessoas (o que inclui as mais vis em quaisquer áreas), consumou sua missão.

Às vezes penso se cada manifestação de ódio cometida por um cristão não assemelha-se a um novo prego naquele que se entregou por nós.

Não precisamos ir aos Estados Unidos para ver líderes re-ligiosos manipulando palavras e pessoas para disseminar uma cultura de violência. Não vivo nos EUA, mas sei o quanto de gente que vive aqui defende o que acontece lá. Eu só posso dizer que eu não defendo aqui o que acontece lá. Mas defendo o que a maioria de lá defende: armas para quê? Fim delas. Fim do tiro. Fim da morte.

A dignidade humana é um direito de todas as pessoas, sem exceções. Onde houver dor, é preciso haver amor. Ninguém muda uma cidade sem se comprometer com esse pensamento. Um evangelho sem esse compro-misso é inócuo, não faz sentido.

Nossas vozes devem se juntar à do pastor Gabriel Salguero e a de tantos outros. Nosso chamado ecoa nas palavras de Jesus: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” O amor promove a justiça e a justiça promove a paz.

A despeito da tristeza que corta meu coração nesses momentos, minha oração por todos esses líderes reli-giosos que comemoraram o atentado à boate Pulse é a mesma feita por Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

PASTOR, MÉDICO, DEPUTADO ESTADUAL, PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO. CASADO COM PATRÍCIA BEZERRA, E PAI DE GIOVANNA E GIULIANNA

@carlosbezerrajr

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SONHOSPOSS ÍVE IS PATRIC IA BEZERRA

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ESTÁ INSTITUCIONALIZADA EM NOSSA SOCIEDADE

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ecentemente, fomos surpreendi-dos pela barbárie de uma menina de apenas 16 anos violentada no Rio de Janeiro, em pleno século XXI. Crimes como esse demons-

tram que a violência contra a mulher está institucionalizada em nossa sociedade. Seja nas ruas, nos lares ou nos transportes públi-cos, sempre há um grito reprimido de uma mulher. A sensação é de que quando há uma mulher por perto, sempre deve existir al-guém prestes a (so)correr.

O xis da questão está no fato de vivermos numa sociedade fundamentada em prin-cípios de violência simbólica contra a mulher. Explico. Há tempos, o gênero feminino tem sido visto como um mero ins-trumento, um objeto de prazer sexual ou sensual, não equipa-rado em oportunidades e direi-tos. Essa violência simbólica, que menospreza a mulher, tor-na menos importante defender seus direitos e legitima violên-cia física, uma vez que a defesa dos direitos da mulher é relega-da ao segundo plano.

Muitos afirmaram que a jovem carioca de 16 anos teve o que procurava, alegando que era usuária de drogas e frequentadora de baile funk. Isso serve unicamente como argumento para aqueles que procuraram justificativas para o crime. Se fosse o con-trário, valeria? Homem em baile funk, usuário de droga? Ainda que essa menina, vítima de estupro coletivo, saísse às ruas nua, ninguém teria o direito de tocar em seu corpo. Ninguém!

É necessário levantarmos nossas vozes con-tra qualquer tipo de violência, sobretudo, contra a mulher. As políticas de proteção às mulheres ainda não recebem o grau de im-

portância que merecem. E, infelizmente, na maioria dos casos, são póstumas em vez de preventivas. Quantas mulheres ainda serão violentadas até que o tema seja prioritário?

Para nós, cristãos, é essencial lembrar que há muito tempo os direitos da mulher já fo-ram defendidos. Sabe quem foi o primeiro a lutar por isso? O próprio Jesus. Em João, capítulo 8, o Mestre salva do apedrejamento uma mulher flagrada em adultério. O crité-rio adotado por Ele foi a igualdade de tra-tamento, com a clássica frase, “quem nun-ca pecou que atire a primeira pedra.” Em João 4, o Senhor rompe duas tradições: falar

com samaritanos e com mulhe-res. O comportamento de Jesus é tão inusitado, que os próprios discípulos se maravilharam dele estar conversando com alguém do sexo feminino.

Como mulher, não posso deixar de me indignar com a violência que temos sofrido. Como par-lamentar, militante das causas femininas, não posso deixar de enxergar o atraso nas políticas

públicas direcionadas a nós. E, como cristã, não posso aceitar que minha próxima seja massacrada por ser considerada menos im-portante para a sociedade, pelo simples fato de ser mulher.

A cada 11 minutos, uma mulher é estupra-da no Brasil. Vamos frear essa brutalidade! Denuncie. Sejamos voz profética para a nossa nação.

PATRICIA BEZERRA, 44, É PASTORA, PSICÓLOGA E VEREADORA DE SÃO PAULO. SEGUIDORA E IMITADORA DE UM MESTRE QUE SE LEVANTOU PELOS DIREITOS DA MULHER.

@patriciabezerra_

AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO ÀS

MULHERES AINDA NÃO RECEBEM O GRAU

DE IMPORTÂNCIA QUE MERECEM. E, INFELIZMENTE, NA

MAIORIA DOS CASOS, SÃO PÓSTUMAS EM

VEZ DE PREVENTIVAS

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L IDERANÇA CÉZAR ROSANEL I

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ocê saberia definir a palavra humildade? O que ela é? Como se manifesta? Normalmen-te se associa humildade a uma história de pobreza, miséria ou perdas e até mesmo se a confunde com aparência maltrapilha e descui-

dada. Nada mais longe da verdade. Pobres podem ser orgu-lhosos e ricos podem ser humildes, pois essa virtude não é patrimônio exclusivo de nenhuma faixa socioeconômica.

Na verdade, humildade é não pensar demais em si mesmo, mas tratar de considerar o outro tão ou mais importante que você. Já parou para analisar quanto tempo nós somos capazes de ficar sem pensar em nós mesmos? Nas nossas orações, o quanto oramos por nós, ou pela nossa família, ou nosso trabalho, ou nosso ministério, e o quanto oramos pelo próximo? Humildade tem a ver com os outros (Fp. 2.3-11). Jesus foi o mais humilde de todos.

Deus reage à humildade e ao orgulho de formas diferentes. A um concede graça, ao outro se opõe (Tg. 4.6-8). Vivemos sendo atacados pelo diabo, mas ele fugirá de nós se primeiro nos submetermos a Deus, nos humilharmos diante dele. O hu-milde é alguém que se aproxima de Deus, e o Pai tem prazer em se aproximar destes. A humildade pressupõe intimidade. Essa é a sua maior recompensa. O Salmo 25.9, por exem-plo, diz que Deus “guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho”. Ele só faz isso com aqueles que têm intimidade.

Quando Jesus começa a falar sobre o Reino de Deus em Mateus 5, a primeira coisa que Ele diz é: “Bem-aventu-rados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” Quando estudamos as bem-aventuranças, podemos descobrir que as outras dependem dessa primeira. Todo o Sermão do Reino – os capítulos 5 a 8 do livro de Mateus – só pode ser realmente compreendido e praticado da pers-pectiva da humildade de coração. Sem isso, as bem-aven-turanças perdem a conexão.

O oposto da humildade é a crítica. A Madre Teresa de Cal-cutá, exemplo de humildade, afirmou: “As críticas não são outra coisa que orgulho dissimulado.” Aqueles que vivem criticando têm problema com o orgulho. Uma coisa é dis-cernir o que está errado, outra muito diferente é emitir crí-ticas. Antes de fazer isso, devemos olhar para o nosso cora-ção, lidar com o que está nele.

Números 12 mostra um caso de crítica. Ali, Miriã e Arão, ir-mãos de Moisés, começaram a condená-lo por ter se casado com uma estrangeira. Mas, no momento de colocar isso em palavras, Miriã pergunta: “Será que o Senhor tem falado ape-

nas por meio de Moisés? Também não tem falado por meio de nós?”, deixando evidente que a questão do matrimônio era apenas uma desculpa. Ela estava querendo dizer: “Se eu fosse líder eu faria diferente. Se eu pastoreasse estas pessoas, você veria como tudo iria mudar.” Miriã queria a posição de Moisés, queria ser reconhecida. A Bíblia diz que Moisés era humilde, “mais do que qualquer outro que havia na terra.” O mundo vê a humildade como fraqueza, mas o Senhor a vê como a maior das virtudes, porque estes são os que se aproxi-mam dele perguntando: “Pai, o que tu desejas?”.

Às vezes Deus coloca como líder uma pessoa que é mais nova do que você, ou sabe menos, ou é menos instruída. Mas ela não está lá porque merece, está lá porque Deus a colocou (Rm. 13.1-2). Podemos ser colocados para traba-lhar debaixo de pessoas que nos levam ao limite da nossa paciência... mas Deus espera pela nossa humildade, não pelo nosso orgulho.

Miriã e Arão eram profetas, Deus falava através deles, mas a Moisés Ele se revelava face a face por causa do seu cora-ção manso e humilde. Questionando ele, estavam questio-nando o próprio Deus. E por causa disso, diz o texto que o Senhor deixou-os e Miriã ficou leprosa. E Arão confessou seu pecado a Moisés, que clamou pedindo misericórdia pe-los dois. Qual seria nossa reação se isso acontecesse co-nosco? Provavelmente afirmaríamos: “Está vendo? Mexeu com a pessoa errada!” Quantas vezes não nos pegamos querendo que Deus nos vingasse? Mas Moisés não fez isso, ele era o homem mais humilde que andava pela terra, e imediatamente clama pela cura da sua irmã. E o Senhor ouviu, porque Ele abate os orgulhosos, mas aos humildes concede Sua graça. Ela foi humilhada, mas logo foi restau-rada na sua posição de liderança. Com certeza, ela estava com seu coração quebrantado.

Deus é humilde. Porque podendo fazer todas as maravilhas sozinho, quer fazê-las através de nós, quer usar nossas vi-das para abençoar as pessoas, para levar outros a Jesus. A recompensa dos humildes é o Reino dos Céus. Foi o pró-prio Jesus quem o afirmou. Por isso precisamos ter muito claro que precisamos expressar isso na dependência e na intimidade com Ele. Só assim poderemos fazer verdadei-ramente Sua vontade e viveremos uma vida plena que O exalte e glorifique. Esse é o nosso desafio!

CÉZAR ROSANELI É PASTOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA EM ATIBAIA. É CASADO COM A PASTORA MARISA ROSANELI E TEM 3 FILHOS: GABRIELA, GUSTAVO E MILENA.

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CAPA

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palavra “comunidade” tem sen-tidos diversos. Do ponto de vis-ta da ecologia, por exemplo, é a totalidade dos organismos vi-vos que fazem parte do mesmo

ecossistema e interagem entre si. Já para a sociologia, trata-se de um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico.

O termo comunidade – do francês “compagnon”, que, literalmente designa “aquele com quem se reparte o pão” – ainda é usado para denominar uma forma de associação muito íntima, um grupo altamente integra-do em que os membros encontram-se ligados uns aos outros por laços profundos de amor. Isso é o que a di-ferencia da sociedade, onde os indivíduos se aglutinam de forma impessoal, levando-os a privilegiarem suas vontades individuais.

Nesse ponto, o filósofo contemporâneo Zygmunt Bauman afirma: “pertencer a uma comunidade signi-fica renegar parte de nossa individualidade em nome de satisfazer nossas necessidades de intimidade.” Ou seja, o mais importante na vida de uma pessoa são os relacionamentos. E eles precisam ser edificados, conduzidos à maturidade, para que assim a comuni-dade que conformam possa atingir o objetivo para o qual existe.

A igreja é uma comunidade de serviço. O povo que foi curado pela graça de Deus, agora, também pela graça, busca servir e cuidar uns dos outros. Ali, os discípulos de Jesus são guiados e equilibrados pelo Espírito Santo e pelos princípios da Palavra de Deus, e seus relacio-namentos são baseados em amor e serviço, tanto aos irmãos quanto ao mundo sem Deus.

Mas para alcançar esse objetivo comunitário de servir e cuidar uns dos outros é necessário que algumas práticas sejam cultivadas: descobrir a vocação, desenvolver o propósito, aprofundar a intimidade com Deus, alimen-tar os relacionamentos e usar os dons.

Vocação é o chamado do Pai. Nem todo cristão é cha-mado a exercer o ministério em tempo integral, mas

todo cristão é chamado para realizar a sua função (Mt. 28.19-20). Tal função inclui família, emprego, igreja e sociedade, amando e servindo pessoas em sua vida em prol de Jesus.

Deus é um mestre por excelência. Ele criou a cada um especificamente para cumprir um papel singular no Seu plano supremo de estabelecer o Reino neste mundo. Embora cada um de nós cometa erros que parecem atra-palhar o trabalho, ainda somos uma obra especial das mãos do Criador. Isso deve estar muito claro no coração de cada discípulo.

A maior parte das pessoas tende a definir seus propósi-tos de vida baseadas em uma de três coisas:

• Nas tendências • No que os outros dizem • Na verdade

Quando deixamos que as tendências guiem a nossa vida, estamos simplesmente vivendo para nos ajus-

As palavras de Paulo em Efésios 4.1-16 demonstram ainda que aquele que vive de maneira digna segundo sua vocação cristã:

• Contribui para a “unidade do Espíri-to pelo vínculo da paz”

• Edifica o “Corpo de Cristo”

• Ajuda as pessoas a crescerem e atin-girem “a medida da plenitude de Cristo”

• Faz aumentar o número de cristãos maduros que já não são “jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina”

• Aprende a dar e receber “a verdade em amor”

• Valoriza outros irmãos à medida em que o trabalho conjunto torna o cor-po “ajustado e unido”

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tarmos aos atuais estilos do mundo. Quando deixa-mos que os outros nos digam o que devemos fazer, estamos vivendo para agradá-los e ganhar sua apro-vação. Entretanto, quando deixamos que a verdade de Deus defina o nosso propósito no Reino, submete-mo-nos à Sua autoridade e, desejando agradá-lo, so-mos capazes de levar uma vida de significado eterno, realização e impacto.

De fato, o nosso propósito no Reino é muito mais um reflexo de nossa fidelidade a Deus. A Bíblia define a fé como a certeza daquilo que esperamos que aconteça (Hb. 11.1). Quanto mais tempo passamos com Deus, mais aprendemos sobre Sua bondade e fidelidade, e mais forte se torna a nossa fé. Esse é o caminho para alcançarmos o sucesso na vida cristã, a intimidade com Ele.

Jeremias 18.1-6 (o oleiro e o vaso) apresenta um claro quadro para explicar como Deus se relaciona conosco. Ele é o mestre artesão; nós somos como barro em Suas mãos. O Seu papel é moldar-nos cuidadosamente; o nosso é per-manecer maleáveis, permitindo assim que Ele aja.

Quando alcançamos essa posição de coração, quando nos tornamos maleáveis e receptivos à amorosa mão de Deus, compreendemos que Seu propósito é o de nos formar para um papel especial que somente nós somos capazes de cumprir: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recom-pensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo” – Cl. 3.24-25.

Deus quer que nosso coração pulse somente por Ele. O coração reflete nossos sonhos e desejos. Fazer com que eles anseiem pelo Pai “assim como a corsa anseia por águas” (Sl. 42) depende de termos verdadeira intimi-dade com Ele. Só assim conseguiremos viver uma vida que declare: “A minha comida é fazer a vontade da-quele que me enviou e concluir a sua obra” – Jo. 4.34.

Deus coloca pessoas em nossa vida porque quer que elas sejam alcançadas por nós para Ele. Por isso a Gran-

de Comissão é para todos. Por isso o Evangelho é inte-gral – para todos os homens e para o homem todo. Por isso a igreja é uma comunidade, um corpo de serviço a serviço do corpo.

Deus é relacional, criou o homem para ter intimidade com Ele. Jesus é relacional, trabalhou com Seus dis-cípulos no um a um. O Espírito Santo é relacional, Ele habita em nós para podermos manifestar o amor do Pai uns aos outros (1 Co. 12.7).

Em Mateus 6.19-20, Jesus destaca: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a fer-rugem destroem, e onde os ladrões arrombam e fur-tam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu.” Riqueza não é dinheiro, posses, carros ou formação profissional, mas é ter relacionamentos profundos marcados pelo amor, a compaixão, a misericórdia e o serviço mútuo.

A pergunta que cada um de nós precisa fazer é: Quem Deus quer que eu ajude, e como Ele pode usar meus dons pessoais para alcançar essas pessoas?

Os dons espirituais são dádivas de Deus à igreja para a realização do ministério e a edificação dos cristãos. Não são talentos naturais, mas capacitações sobre-naturais. Não são alcançados por mérito, mas distri-buídos pela graça. Não são distribuídos conforme o querer humano, mas segundo a vontade soberana do Espírito Santo.

Nenhum membro do corpo de Cristo ficou sem dons e nenhum recebeu todos os dons. Devemos suprir as ne-cessidades uns dos outros. Dependemos uns dos outros. E esses dons têm dois propósitos: a glória de Deus e a edificação da igreja.

Deus é mais glorificado em nós quanto mais nós nos deleitamos nele e servimos uns aos outros. A igreja de Deus é uma plataforma de serviço. No Seu Reino, maior é o que serve. Quando investimos nossa vida, recursos e dons para socorrer os aflitos, fortalecer os fracos, instruir os neófitos, ajudar os necessitados e encorajar os santos, o nome de Deus é exaltado, o mundo é impactado e a igreja é edificada.

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osso mundo está em trevas. As pessoas não sabem para onde estão indo e nem conse-guem encontrar o caminho. A humanidade não conseguirá resolver os seus problemas sem a luz do Evangelho, e ela está em nós. Nós somos o sal da terra e a luz do mundo

(Mt. 5.13-16), e, como igreja, fomos chamados para lide-rar, para guiar as pessoas a Jesus.

Um problema sério que temos enfrentado como cristãos, é que estamos dispostos a servir em qualquer área, desde que não tenhamos que liderar. Mas esse é o nosso chamado

O RELACIONAMENTO COM DEUS E COM AS PESSOAS CRIA UMA COMUNIDADE DE AMOR

PAULO MAZONI

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(Mt. 28.19-20), nossa identidade e vocação. Fomos criados para influenciar, para ser uma resposta. Precisamos assu-mir o nosso papel para que as pessoas entendam que foram criadas por um Deus que as ama e que tem um propósito para suas vidas. Amar e servir são práticas que transfor-mam nossa comunidade.

Existem três ferramentas muito importantes para que uma comunidade possa impactar o local onde está inserida: vi-são, paixão e amor. Mas, quero me deter na primeira delas. Não é possível influenciar, ganhar as pessoas e ser luz sem uma visão.

Aqui, não estamos falando do que a igreja trabalha para ser ou de visões produzidas pelo Espírito Santo. Isso tam-bém é maravilhoso e muito importante. Mas, uma comu-nidade que gera transformação precisa de uma visão de Deus, uma revelação.

A Bíblia nos diz que, um dia, o Senhor apareceu a Abraão (Gn. 12.1-3). Isso indica uma visão. E então, aquele ho-mem que vinha de uma família que produzia ídolos e era cheio de deuses, viu que existe apenas um Deus. Um Deus que o conhecia, sabia quem ele era, que o escolheu e cha-mou. Abraão teve uma visão do Senhor, um entendimento do Seu coração, do que Ele queria, do Seu plano. E então ele compreendeu que estava sendo abençoado para ser uma benção para todas as nações.

Moisés também teve uma visão. Ele era filho da filha de fa-raó, um jovem bem-sucedido e bonito. Mas, alguns anos de-pois, estava no deserto como um fugitivo quebrantado, ame-drontado, diminuído e esvaziado. Até ser surpreendido por uma árvore. Ela era pequena, feia, seca, assim como ele es-tava se sentindo. Aquilo tomou a sua atenção, porque aquela arvorezinha estava em fogo, mas não se queimava, não era consumida. É aí então que Moisés conhece o Deus que é po-der, que pode todas as coisas e que é o combustível da nossa vida. Aquele homem foi tomado por uma visão do Senhor.

O rei Salomão, em Provérbios 29.18, afirmou que “onde não há revelação divina, o povo se desvia.” Quando não há uma visão de Deus, as pessoas caem, se espatifam. Mais do que um amplo esclarecimento teológico ou de um co-nhecimento das coisas do céu, é necessário, acima de tudo, um entendimento de quem Deus é. Só assim poderemos ser uma força ativa nas nossas comunidades.

Todo aquele que exerce uma influência duradoura é captu-rado por uma visão como as de Abraão e Moisés. Os anos

podem passar e essa visão não muda, não se apaga, não diminui. Está marcada na alma e entranhada no coração. E é ela que estabelece para nós uma fonte constante de pai-xão e energia, porque vem de uma convicção que não foi ensinada, mas que nasceu, muitas vezes, de um momento difícil, seco e de dúvida. Um momento em que os olhos se abrem para entender Deus, compreendê-lo, alcançar o Seu coração e sentir o que Ele sente. Esta é a vida em comuni-dade que Deus quer: sentir a dor do nosso próximo, agir em favor dele e torná-lo um discípulo de Jesus.

Jesus disse: “eu vim para que tenham vida e vida em abun-dância” (Jo. 10.10). Enquanto não recebermos isso para nós mesmos, não crermos que essa palavra é para nós, nun-ca conseguiremos convencer as outras pessoas de que elas podem ter uma vida plena em Jesus.

Deus não procura super-heróis. Ele entende a nossa huma-nidade e quer pessoas de verdade. Quer manifestar nelas os Seus dons. Quem não enxerga sua pecaminosidade, seus limites e sua infinita carência da graça, do amor e da capa-citação de Deus, jamais conseguirá vê-lo. O cristianismo não é uma linha de chegada, é uma viagem em que Jesus é o caminho.

Nós, como igreja, como comunidade de crentes em Jesus, temos um desafio real: vamos ganhar as nossas cidades, vamos ganhar milhões de pessoas. Haverá uma grande co-lheita no Brasil, mas nós precisamos assumir o nosso cha-mado, cada um de nós. Já temos tudo para transformar essa nação, mas só conseguiremos ser cheios de paixão e amor, quando tivermos uma revelação de quem nós somos e de quem Deus é. Não podemos apontar a direção para nin-guém se não tivermos um norte claro.

Quando cada líder de GCEM for incendiado por um su-pervisor cheio de visão, que está incendiado por um pastor cheio de Deus, que está andando num ambiente cheio da unção, os cegos e os famintos virão, os necessitados en-contrarão compaixão. E quando as pessoas chegarem não verão uma igreja, não verão a nós, mas verão resplandecido o rosto de Jesus.

PAULO MAZONI É PASTOR DA IGREJA BATISTA CENTRAL DE BELO HORIZONTE (IBCBH) E TEM PRODUZIDO UM IMPORTANTE TRABALHO NA FORMAÇÃO DE LÍDERES CRISTÃOS

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REJE ITE A APAT IA

O Índice de Escravidão Global 2016, novo relatório da Fundação Walk Free, anunciou que existem cerca de 45,8 milhões de pessoas em situação de escravidão. Número consideravelmente maior do que o do último documen-to, lançado em 2014, que trazia 35,8 milhões. No Brasil, a quantidade de pessoas que sofrem com o trabalho forçado é de 161,1 mil, comparada a 155,3 mil em 2014.

Nunca antes houve tantos escravos no mundo. A luta para que isso acabe começa com pequenas atitudes de cada cida-dão. Conheça a Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil, baixe o aplicativo Moda Livre e co-nheça as empresas que foram flagradas na prática. Não seja um financiador do trabalho escravo.

Atualmente, estima-se que mais de 36,7 milhões de pessoas vivam com o vírus da Aids no mundo todo. Delas, menos da metade recebe tratamento. Mas, novas descobertas podem mu-dar esse quadro. Pesquisadores do National Institute of Health, nos Estados Unidos, identificaram um anticorpo poderoso no sangue de um paciente soropositivo, que se liga a algumas célu-las e impede que o HIV as infecte.

Apesar de ainda demandar muitos estudos, essa descoberta pode ser um grande passo para a criação de uma vacina que pode curar o vírus da Aids. A Universidade de Oregon (EUA) já está procu-rando voluntários para fazer experimentos nesse sentido e chegar mais perto de conter uma das doenças mais mortais do mundo.

OS TRISTES NOVOS NÚMEROS DA ESCRAVIDÃO MODERNA

PESQUISADORES PODEM TER ENCONTRADO UMA POSSÍVEL VACINA PARA O HIV

TRABALHO ESCRAVO

SAÚDE

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E BAIXE O APL ICAT IVO MODA L IVRE

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O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lan-çou um aplicativo no Brasil para facilitar as denúncias de violência contra crianças e adolescentes. O Proteja Brasil identifica o local onde está o usuário e indica telefones, endereços e o melhor caminho para chegar a delegacias especializadas, unidades do conselho tu-telar, varas da infância e organizações que ajudam a combater a violência contra crianças e adolescentes nas principais cidades brasileiras.

Baixe o aplicativo em seu celular e ajude a proteger os direitos e a segurança da criança e do adolescente.

Há alguns anos, pesquisas têm revelado que as crianças brasileiras são as que passam mais tempo on-line. Apesar de ser algo comum da nova geração, o fato tem trazido preocupação com a interação ou o que se chama de inte-ligência social. Acredita-se que o contato excessivo com smartphones, televisões e outras telas possa prejudicar a leitura de emoções humanas.

A tecnologia tem sido uma grande aliada na educação, na saúde e em diversas outras áreas atualmente. Mas, é preciso haver equilíbrio. A interação e a sensibilidade às outras pessoas também precisam ser ensinadas. E isso começa em casa.

APLICATIVO AJUDA NA DENÚNCIA DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

USO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA PODE INFLUENCIAR VIDA SOCIAL DAS CRIANÇAS

BRASIL

SOCIEDADE

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E BAIXE O APL ICAT IVO

PROTEJA BRASIL

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eu nome é Roberto de Oliveira Hoss e eu sou da Comunidade da Graça em Tatuí. Sou casa-do com a Andréa e nós temos duas filhas, a Aline e a Andres-

sa. Fazemos parte da Comunidade há mais de 20 anos.

Nós temos uma célula no bairro San-ta Rita e percebemos que quase todos os moradores daquela região tinham sérias necessidades financeiras. En-tão, juntamente com toda a liderança do GCEM, começamos a pensar em uma maneira de mudar aquela situ-ação e tivemos a ideia de implantar um curso para ensinar a fazer doces e salgados. Assim, essa poderia ser uma oportunidade de complementar a renda das famílias.

Espalhamos panfletos por todo o bair-ro e fizemos a divulgação da inicia-tiva. Dez pessoas se inscreveram e nós começamos. Nos organizamos no GCEM para doar todos os ingredien-

tes necessários para todos os partici-pantes e ensinávamos duas receitas por aula. Depois do passo-a-passo, orávamos pelas necessidades de cada participante, líamos juntos a Palavra de Deus e finalizávamos com um tem-po de comunhão, comendo os doces e salgados feitos naquele dia.

Foi um tempo muito rico e abenço-ado, porque, durante as aulas, mui-tos relacionamentos foram gerados. Em cada encontro, recebíamos as notícias de que as orações feitas ali estavam sendo respondidas pelo Se-nhor. Ouvimos muitos testemunhos de vitória e as pessoas começaram a ver o que Deus podia fazer em suas vidas e suas famílias.

Duas das nossas alunas, a Selma e a Leslye, mãe e filha, assim que termi-naram o curso começaram a divulgar seus serviços e aceitar encomendas. Elas fazem os doces e salgados em sua casa e já conquistaram uma boa

clientela. As coisas têm caminhado tão bem que elas já pensam, inclusi-ve, em ter um local próprio e abrir o seu negócio. Fazer o curso as ajudou muito e tem transformado a história de sua família.

Para a Selma, o que mais marcou não foi termos distribuído os materiais e ingredientes gratuitamente, mas a nos-sa disponibilidade, dedicação, paciên-cia e amor para com todos os partici-pantes. Isso causou um impacto. Ela sempre comenta que nunca participou de uma igreja que oferecesse alguma coisa e que abençoasse a sua casa.

Somos imensamente gratos aos pas-tores Carlos Alberto e Suely Bezerra, Marcos e Mírian, Lázaro e Sandra, e também a todos da liderança da célula do bairro Santa Rita: Flávio, Cami-la, Carlison e Bruna. E agradecemos acima de tudo ao nosso Deus, que nos ensinou o que é amor. Nós só repassa-mos o que já recebemos dele.

TESTEMUNHO

“DEUS NOS ENSINOU O QUE É AMOR, NÓS SÓ REPASSAMOS O QUE RECEBEMOS DELE”“DEUS NOS ENSINOU O QUE É AMOR, NÓS SÓ REPASSAMOS O QUE RECEBEMOS DELE”

VIVENDO EM AMOR

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Psicólogos afirmam hoje o que a sabe-doria bíblica já havia estabelecido há milênios: as crianças precisam do amor que Deus nos ordenou dar a elas (Tt. 2.4), e os pais precisam receber delas o respeito que as Escrituras apontam ser o dever dos filhos (Êx. 20.12).

Amor e Respeito na Família ofere-ce orientações práticas para romper o que os autores denominam o ciclo insano que realimenta a discórdia,

afasta pais e filhos e torna o lar um ambiente tóxico.

Com este livro, o autor pretende que pais e filhos conheçam as próprias li-mitações e encontrem um caminho co-mum para um relacionamento saudável

e que ainda os torne amigos para sempre.

RECOMENDO

L IVRO L IVRO

VIDA NOVA VIDA NOVA

JUÍZES PARA VOCÊ T IMOTHY KELLER

LIVRES EM CRISTO AUGUSTUS N ICODEMUS

Trata-se do segundo livro da série “A Palavra de Deus para você”. No primei-ro, de grande sucesso, Keller fez uma pregação expositiva do livro de Gálatas. E neste novo material, o autor vai até o Antigo Testamento e repete a dose, mas com o livro de Juízes. Escrito para pes-soas de todas as idades e etapas da vida, este material foi desenvolvido para você estudar, meditar e ensinar as Escrituras.

Durante sua vida, Paulo combateu a mensagem de missionários judeus que se diziam cristãos e ensinavam que a salvação não se dava somente pela fé em Cristo Jesus, mas também pela obediência à Lei de Moisés. Nicode-mus afirma neste livro que hoje en-frentamos uma mensagem semelhan-te, com pastores que reintroduzem cerimônias judaicas no culto cristão.

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MUNDO CR ISTÃO

AMOR E RESPEITO NA FAMÍLIA EMERSON EGGERICHS

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PRODUÇÃO INDEPENDENTE

RECEBE A HONRA RACHEL NOVAES

CD

Para celebrar os 15 anos de ministério, Rachel Novaes gravou um novo CD, Recebe a Honra, na Comunidade da Graça Sede. O pastor Adhemar de Cam-pos, Gustavo Xavier, Letícia Goes e En-rico Assunção participaram da gravação e cantaram junto com ela as músicas mais conhecidas pelo público, além de algumas canções inéditas.

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NOSSA COMUNIDADE

PASTORES CARLOS ALBERTO E SUELY BEZERRA COMEMORAM ANIVERSÁRIO DE MINISTÉRIO

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ouro possui características muito especiais. Por sua grande capacidade de resistir à corrosão, é considerado nobre. Sua raridade aumenta consi-deravelmente seu valor no mundo. Brilha com luz própria, algo incomum entre outros da mesma na-

tureza. Sua importância o tem levado a ser considerado padrão ao longo da história.

Essas mesmas características podem ser aplicadas ao trabalho dos pastores Carlos Alberto e Suely Bezerra, que completam neste ano as bodas de ouro do ministério pastoral. Foram 50 anos ao longo dos quais seu esforço testemunhou aquilo que o próprio Jesus falara em João 4.34: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.”

No texto de Gênesis 30.25-43, vemos como Jacó, usando va-ras com listras e marcas, criou um modelo. Com aquela visão, as ovelhas passaram a se reproduzir em filhotes malhados e com manchas, e seu rebanho foi aumentando cada vez mais. O Senhor também nos dá modelos e faz de um rebanho assim como o seu líder. E nestes anos de ministério pastoral, os pasto-res Carlos Alberto e Suely têm sido levantados como modelos, como pessoas marcadas pela glória de Deus, abençoadas para abençoar a muitos.

Destes 50 anos, 37 foram construindo e solidificando a Comu-nidade da Graça, que hoje conta com mais de 40 mil pessoas marcadas pelo evangelho da salvação, discípulos de Jesus que também têm se transformado em modelos para outros.

Sempre tidos como líderes modernos, inovadores e comprome-tidos com o Senhor, nossos pastores têm visto o fruto de sua obediência a Jesus em uma igreja-família que busca viver o amor de Cristo, alcançar o próximo e formar ainda mais discípulos.

Suas vidas, seu casamento – que também completou 50 anos no começo de 2016 –, sua impecável trajetória e o envolvimento da sua família no ministério da Comunidade da Graça têm aju-dado a construir um legado sólido e inspirador, que influenciou – e influenciará – a diferentes gerações de pessoas que procu-ram ser mais parecidas com Jesus.

Todos nós precisamos de modelos. Todos nós precisamos ser um modelo. E é isso que nos inspira a trajetória dos nossos pastores: um compromisso de amor e serviço, modelos a se-rem seguidos.

Parabéns aos queridos pastores Carlos Alberto e Suely pelos 50 anos de ministério. Sabemos que o Senhor ainda tem muito a fazer através de vocês.

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ACONTECEU

CÂMARA MUNICIPAL HOMENAGEIA CG LONDRINADepois de ter recebido o título de cidadão honorário londrinense em novembro do ano passado, o pastor Carlos Alberto Bezerra esteve mais uma vez na Comu-nidade da Graça em Londrina para ser homenageado. Desta vez, o trabalho da igreja foi reconhecido com a Comenda Verde, conferida a pessoas ou instituições que tenham se distinguido e contribuído de forma notável e relevante para o bem-estar dos cidadãos. A celebração aconteceu no dia 12 de junho, no culto das 19h na CG Londrina e contou também com a presença do prefeito, Alexandre Lopes Kireeff, e do vereador Jamil Janene, de quem partiu a iniciativa da homenagem.

A INTERCESSÃO NÃO PARAMais de 800 mulheres das Comunidades da Graça de São Bernardo do Campo, Balsa, Ferrazópolis, Santos, Diade-ma, Mauá, São Mateus, Jardim Iguatemi, José Bonifá-cio e Santo André se reuniram no dia 11 de junho para o segundo encontro do Congresso Nacional de Mulhe-res Intercessoras. Elas puderam ouvir as pastoras Suely Bezerra, Alessandra Bezerra Caldas e Patrícia Bezerra, e ainda a cantora Rachel Novaes. Mais seis encontros ainda acontecerão este ano para alcançar as mulheres de todas as Comunidades da Graça ao redor do Brasil.

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PROJETO MAE TEM SEU SEGUNDO ENCONTRO DE 2016Fortalecer e equipar as pastoras, líderes de ministério e esposas de pastores. Foi com esse propósito que foi cria-do o Projeto MAE. Segundo a pastora Suely Bezerra, essa foi a maneira que ela encontrou de dividir sua “ami-zade, amor, apoio, ajuda, companheirismo e experiência com todas essas mulheres.” Neste ano, o tema do encon-tro tem sido “Vivendo em Amor” e a segunda reunião já foi realizada entre os dias 21 e 23 de junho e contou com a presença da pastora Edmeia Williams.

ADRIANA MUELLER E MICHELINE FARIAS MINISTRAM ÀS MULHERESNos dias 2 e 3 de junho, a doutora Adriana Mueller e a pastora Micheline Farias, ambas dos Estados Unidos, estiveram nas Comunidades da Graça em Guarulhos e na Sede para falar a centenas de mulheres. O primeiro encontro reuniu líderes de diversas Comunidades na CG Guarulhos, onde a doutora falou sobre diligência. Já o se-gundo, na sexta-feira à noite, aconteceu no Mulher Plena, na CG Sede.

FOTOS: CLAUDIA GUIMARÃES

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ACONTECEU

FOTOS: DAVI MARTINS

PATRÍCIA BEZERRA PARTICIPA DE ATO EM COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERNo dia 10 de junho, a pastora e vereadora da cidade de São Paulo, Patrícia Bezerra, esteve na Avenida Paulista em apoio ao ato em combate à violência contra a mulher, realizado pela ONG Rio de Paz. Ela conversou com a organizadora do manifesto, Fernanda Valim, e com o pas-tor e teólogo Ziel Machado. “A cada hora, uma mulher é estuprada em São Paulo. Isso é algo absurdo. Mas, infe-lizmente, isso é real”, escreveu Patrícia nas redes sociais.

CG GUARULHOS FORMA 65 NOVOS LÍDERESA Comunidade da Graça em Guarulhos comemorou, no dia 29 de maio, a formação de 65 pessoas no curso Sempre Abundantes. O material é a atualização do CTL (Curso de Treinamento de Líderes) e faz parte do Trilho de Treinamento da Comunidade da Graça. Os formandos participaram de um culto especial, em que receberam um certificado de conclusão de curso.

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JUNHO, MÊS DE MUITAS FESTAS

CG SÃO BERNARDO18 ANOS

CG GUARULHOS21 ANOS

CG MAUÁ10 ANOS

CG ATIBAIA19 ANOS

Muita alegria, comemoração e gratidão. Foi esse o significado do mês de junho para seis das nossas Comunidades. Isso por-que no último mês, as CGs em São Bernardo do Campo, Mauá, Zona Oeste, Atibaia, Cidade Tiradentes e Guarulhos comemo-raram seus aniversários.

Em São Bernardo, a festa dos 18 anos durou o mês todo e contou com as presenças dos pastores Carlos Alberto Bezerra, Valmir Ventura (Zona Norte), Jorge Mantoan (SBC), Marcos Marciano (SBC), Sérgio Bozato (Diadema), Adilson Parra (Mauá) e Ed-gar (Comunidade Família Cristã). Já o pastor Ronaldo Bezerra

participou da comemoração dos 19 anos de vida da CG Atibaia, que aconteceu no dia 26.

No começo do mês, foi a vez da CG Zona Oeste comemorar o 16º aniversário. Em Guarulhos, um culto especial marcou os 21 anos do trabalho da Comunidade da Graça na cidade. Em Mauá, a festa dos 10 anos foi realizada no novo prédio, recém--inaugurado. Os membros se reuniram para agradecer a Deus e aproveitar momentos de comunhão. E para comemorar os cinco anos de vida, a Comunidade em Cidade Tiradentes contou com a presença de Gustavo Xavier, ministro de louvor da Sede.

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