revista comuna 26

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abril 2012 | comuna | 1

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Materias, artigos, estudos, noticias, anunciantes da Revista Comuna.

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Page 1: Revista Comuna 26

abril 2012 | comuna | 1

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Page 3: Revista Comuna 26

O título Nova vida nesta vida nasceu da reflexão de um tema que todo ano é lembrado e celebrado na Páscoa cristã: a ressurreição.

Do ponto de vista bíblico, tanto a morte quanto a ressurreição de Cristo são extensivas e incluem a todos os que creem.

Assim, os cristãos não vivem apenas esperando uma vida melhor depois da morte, resignados e conformados no presente. A nova vida que Cristo oferece começa já nesta vida. Ela tem impacto agora e continuará por toda a eternidade.

Conheça e desfrute desta bênção nesta edição especialíssima. Boa leitura!

Wagner Fernandes

Comunidade da Graça SedeRua Eponina, 390 - V. Carrão - (11) 2090-1800Para saber o endereço de outras igrejas acesse:www.comuna.com.br/endereco-das-igrejas

Produção: Comunidade da Graça Sede

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi

Direção de arte: Diego Boaventura

Assistente de arte: Flávia Lima Cunha

Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

26comuna

EDITORIAL

Page 4: Revista Comuna 26

4 | comuna | abril 2012

índice

22 CAPA

06 VISÃO

08 LIDERANÇA

14 DEUS AGINDO

20 IGREJA FAMÍLIA

34 COMER BEM

10 FINANÇAS

16 FUNDAÇÃO CG

30 PONTO DE VISTA

35 SAÚDE

12 ELES ANDARAM COM JESUS

18 ESPECIAL

32 APOCALIPSE

36 ACONTECEU

A MORTE DO EU

INTEGRIDADE

A DEMORA DE DEUS

OS BENEFÍCIOS DE UM CASAMENTO ABENÇOADO

O BOM E O MAU CARBOIDRATO

OS ESTÁGIOS DE DESTRUIÇÃO DO GAFANHOTO

O DIA EM QUE VISITEI JESUS

A LIÇÃO QUE APRENDI NO MAR DA GALILÉIA

DE MÉDICO E LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO?

ROBINSON CAVALCANTI

NOSSO COMPROMISSO

A QUEDA DA BABILÔNIA PARTE 3

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DOMINGO09h00 – Culto de Celebração• CultoparaCrianças(3a11anos)• CultoparaJuniores(12a14anos)

19h00 – Culto de Celebração• CultoparaCrianças(4a8anos)

Durante os cultos temos interpretação em lin-guagem de sinais (LIBRAS) para surdos

1o. Domingo do mês: Culto de Ceia2o. Domingo do mês: Projeto Neemias/Pro-jeto Primícias

SEGUNDA-FEIRA20h00 – Culto da VitóriaPastor Wagner FernandesTema: Vivendo na Palavra• CultoparaCrianças(4a8anos)

TERÇA-FEIRA8h00 – Mulheres Intercessoras

2º E 4º SÁBADO20h00 – MAG / Marcando A GeraçãoPastor Wagner FernandesEncontro para Jovens

4º SÁBADO09h00 – Encontro da Melhor IdadePastor Gilberto DalmasoComunhão, edificação e desafios.

CÉLULAS

Nossas células se reúnem nos lares. Temos grupos para adolescentes, jovens, mulhe-res e famílias, em várias regiões de São Paulo e em vários dias da semana.

Informe-se pelo telefone: (11) 2090-1817, durante o horário comercial, ou pelo email: [email protected]

FundadorePresidentedaComunidadedaGraça

CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

COMUNA E VOCÊ!

Oláamados!GraçaePaz!AcabeideconhecerarevistaCo-muna (através do site) e jáme apaixonei por ela. Temas eabordagemfantásticos.Todooconteúdoestádentrodareali-dadeatualqueanossaigrejaestátrabalhando.Estamosco-meçandocomasCélulas.QueagraçaeoamordeDeussejamabundantesemsuasvidas.Umabraço.

Margareth Cozendey, Igreja Batista Memorial, Italva/RJ

ApazdoSenhor!FiqueiimensamentefelizcomarevistaComu-na.Recebiumexemplardeumfamiliaremcomum(edição16,junhode2011)eameiasmatérias.FuilendonoMetrô,ecomoébomterumarevistaquenosedifica.Járepasseiadiante,mesmosendoantiga,poishámatériasque servemmuitoparanossavidaeparaadeoutros.Agradeçoaatenção.Deusabençoe.

Carolina Justi, Assembleia de Deus, São Paulo/SP

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões?

Escreva para nós. Queremos saber sua opinião! [email protected]

Uma igreja família,vivendo o amor de Cristo,alcançando o próximoe formando discípulos

Programação - Comunidade Sede

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6 | comuna | abril 2012

or natureza, os seres humanos são egocêntricos – pessoaqueapenas pensa em si mesmo.A palavra ego vem do latim e significa ‘eu’. O Deus da Bí-blia não é individualista e nem

planejou que o homem fosse assim. O Deus da Bíblia é Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito. A primeira Co-munidade começou em Deus.

A segunda comunidade viria de Adão e Eva. Mas a serpente os en-ganou sugerindo que, se eles comes-sem da árvore do conhecimento do bem e do mal (coisa que Deus já havia proibido), eles seriam como Deus (Gênesis 3:5). Mas eles já eram como Deus!

“TambémdisseDeus:Façamosohomemànossa imagem,confor-meanossasemelhança;tenhaele

domínio sobreospeixesdomar,sobreasavesdoscéus,sobreosanimais domésticos, sobre todaa terra e sobre todos os répteisque rastejampela terra.”Gêne-sis 1:26.

Desde o pecado original de Adão e Eva, a raça humana perdeu a glória de Deus (Romanos 3:23). Sem a gló-ria, o homem tornou-se amante de si mesmo; entregue ao pecado e a uma disposição de vida desvinculada de Deus. A raça humana passou a viver na busca de seus interesses; na satis-fação exclusiva do eu.

Na construção da torre de Babel, re-gistrada em Gênesis, nos deparamos com a nova motivação do homem:

“Disseram: Vinde, edifiquemos para nósumacidadeeumatorre

cujo tope chegue até aos céus etornemos célebre o nosso nome, paraquenãosejamosespalhadosportodaaterra.”Gênesis 11:4.

Desde aquela época já havia uma corrida pela fama e pela glória pes-soal – do próprio nome; do eu.

O relato bíblico continua dizendo:

“Então,desceuoSENHORparaveracidadeeatorre,queosfi-lhosdoshomensedificavam;eoSENHOR disse: Eis que o povoé um, e todos têm amesma lin-guagem.Istoéapenasocomeço;agoranãohaverárestriçãoparatudo que intentam fazer. Vinde,desçamos e confundamos ali asualinguagem,paraqueumnãoentenda a linguagem de outro.”Gênesis 11:5 a 7.

PA MORTE DO EUCARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

Foto: D

ivulgação

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Deus conhecia perfeitamente as mo-tivações malignas daquele povo. A suposta unidade e linguagem que tinham destoavam do plano e da vontade de Deus. Deus não ordenara a construção de uma torre, nem pen-sara na fama exclusiva do homem.

O desejo de Deus sempre foi um só:

“Eu serei o seu Deus, e vocês se-rão o meu povo”Jeremias 24:7; 31:33; 32:38; Ezequiel 11:20; 14:11; 37:27; Zacarias 8:8; He-breus 8:10.

A Bíblia conta que João Batista, o último profeta antes de Jesus, veio preparando o caminho para aquilo que interpreto como a morte do eu. Nas palavras de João encontramos um vislumbre do que aconteceria mais tarde na vida de todos que cres-sem em Jesus:

“Convémque ele cresça e que eu diminua.”João 3:30.

“Eu vos batizo com água, paraarrependimento;masaquelequevemdepoisdemimémaispode-roso do que eu, cujas sandáliasnão sou digno de levar.Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.”Mateus 3:11.

O próprio Jesus reafirmou a morte do eu:

“Então,disseJesusaseusdiscí-pulos: Se alguém quer vir apósmim,a si mesmo se negue,tome

a sua cruz e siga-me.” Mateus 16:24.

“Quem a si mesmo se exaltar será humilhado;equemasimes-mo se humilhar será exaltado.”Mateus 23:12.

Depois da ressurreição, antes de ascender aos céus, Jesus fez um pe-dido aos seus discípulos para que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai (Atos 1:4), e profetizou sobre eles que haveriam de receber o poder do Espírito Santo para testemunhar (Atos 1:8). O cumprimento de ta-manha promessa deu-se no capítulo 2 de Atos. Nascia, então, uma nova comunidade com uma marca muito expressiva:

“Damultidãodosquecrerameraumocoraçãoeaalma.Ninguémconsiderava exclusivamente suanemumadascoisasquepossuía;tudo, porém, lhes era comum.”Atos 4:32.

O Espírito Santo habitava naquela comunidade. Cristo também habita-va neles. Deus era glorificado atra-vés deles

“Louvando a Deus e contandocom a simpatia de todo o povo.Enquantoisso,acrescentava-lheso Senhor, dia a dia, os que iamsendosalvos.”Atos 2:47.

Mais tarde, Deus levantaria Paulo como apóstolo aos gentios (os não ju-

deus) para pregar um dos maiores fun-damentos da fé cristã: a morte do eu.

JáestoucrucificadocomCristo;e vivo, nãomais eu,masCristovive emmim; e a vida que ago-ravivonacarne,vivo-anafédoFilhodeDeus,oqualmeamou,eseentregouasimesmopormim.Gálatas 2:20.

“PoisoamordeCristonoscons-trange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por to-dos, para que os que vivemnão vivam mais para si mesmos,masparaaquelequeporelesmorreueressuscitou.” 2 Coríntios 5:14-15.

A terceira comunidade, se assim posso chamar, é constituída daqueles que perderam suas vidas juntamente com Cristo na cruz; uma comuni-dade de mortos para o eu; mortos para o mundo e vivos para Deus.

“Maslongeestejademimgloriar--me,senãonacruzdenossoSenhorJesus Cristo, pela qual o mundoestá crucificado para mim, e eu,paraomundo.” Gálatas 6:14.

Assimtambémvósconsiderai-vosmortosparaopecado,masvivosparaDeus,emCristoJesus.” Ro-manos 6:11.

VOCÊ JÁ FAZ PARTE DESTA COMUNIDADE?

O SEU EU MORREU?

igreja família apocalipse saúdecomer bem aconteceucapa ponto de vista

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esta e nas próximas edições da Revista Comuna quero conversar com você sobre Os Sete Atributos do Coração de Líder: Integridade, Caráter, Valores, Propósito, Visão,

Humildade e Compromisso. Inicie-mos pela integridade.

Segundo pesquisa realizada pela Consultoria Franklin Covey com 54 mil pessoas, 27,8% do total aponta-ram que integridade é a caracterís-tica mais importante de um líder. Nesta, e em praticamente todas as pesquisas e avaliações de liderança, a integridade aparece como um dos

atributos mais desejados em um lí-der, e isso faz todo sentido, porque se as pessoas tiverem de seguir al-guém, seja numa batalha, nos ne-gócios, ou no ministério, desejarão estar seguras de que podem confiar nessa pessoa, de que ela cumprirá suas promessas, e que será fiel ao seu propósito, princípios e valores.

A KPMG Forensic, em sua Pesquisa de Integridade, realizada em 2006, com mais de quatro mil pessoas, nos mostra algumas causas que dão ori-gem a condutas impróprias nas orga-nizações, incluindo igrejas:

OS SETE ATRIBUTOS DO CORAÇÃO DE LÍDER:

1. INTEGRIDADEMARCO FABOSSI

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visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

• 57% das pessoas são pressionadas a fazer “o que for preciso” para cumprir as metas;

• 49% das pessoas cre-em que serão recompensa-das pelos resultados, não pelos meios utilizados para alcançá-los;

• 52% das pessoas acre-ditam que o código de ética não é levado a sério.

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Page 9: Revista Comuna 26

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Simplificando, aproximadamente 50% das pessoas sentem-se induzi-das e pressionadas a fazer o que for preciso para cumprir metas porque, pelos resultados, e não pelos meios utilizados para atingi-los, é que se-rão recompensadas. Muitos buscam um jeito errado de fazer a coisa cer-ta, valorizando mais o destino do que a jornada, deixando seus princípios e valores pelo caminho.

A palavra integridade vem do latim integrare que significa inteiro,uno,total. Integridade tem a ver com to-talidade, unicidade, indivisibilidade, ou seja, tem a ver com o indivíduo. Uma pessoa íntegra ou que age com integridade é una, é inteira. O que ela diz é o mesmo que ela faz. O que ela é em público é também em sua vida privada.

Depois de despedir-se cordial-mentedetodososmembrosnofi-naldoculto,oPastorchamaaes-posaeseufilhodeseteanosparairemembora,eofilhoresponde:-Ahnão,papai.Vamosmoraraqui!-Comoassim,filho?Nãopodemos

moraraqui.Aquiéumaigreja!-Euseipapai,maseuqueromo-raraqui!- Filho, mas por que você quermoraraqui?-Ahpapai,équeaquivocêétãoatenciosoeeducadocomaspes-soas, inclusive comigo. Se mo-rarmosaquivocênostrataassimtambém?Ecompletou:-Papai,emcasavocêétãodife-rente!

Integridade tem a ver com coerência, honestidade, equilíbrio e previsibili-dade. Integridade dá poder às nossas palavras, força aos nossos planos e impacto às nossas ações. A falta de integridade, por sua vez, é um dos maiores obstáculos para que alguém se torne um verdadeiro líder, já que pessoas sem integridade têm de usar a força e o poder para exercer con-trole sobre as outras pessoas.

Por isso, um líder íntegro demons-tra coerência entre o interior e o exterior, entre convicções e com-portamento, entre palavras e estilo

de vida, atitudes e ações, valores e práticas, porque o que o líder faz causa mais impacto sobre as pes-soas do que aquilo que ele diz. As pessoas podem esquecer tudo aqui-lo que o líder diz, porém raramente se esquecerão de como ele vive, e essa é a razão de Paulo aconselhar a Timóteo:

“Sejadiligentenestascoisas;de-dique-seinteiramenteaelas,paraquetodosvejamoseuprogresso.Atente bem para a sua própriavida e para a doutrina, perseve-randonessesdeveres,pois,fazen-do isso, você salvará tanto a simesmoquantoaosqueoouvem.”1 Timóteo 4.15-16

Deus não espera que sejamos líderes perfeitos, mas que sejamos íntegros, éticos, honestos, inteiros, alinhados e coerentes, porque o mínimo que podemos oferecer às pessoas é que elas saibam em quê estão se envol-vendo quando nos escolhem como líderes. Portanto, lidere com inte-gridade, porque esse é o alicerce da liderança.

igreja família apocalipsecapa ponto de vista

Marco Fabossi é conferencista, coach, escritor e consultor com foco em Liderança e Coaching. Veja mais em www.marcofabossi.com.br

saúdecomer bem aconteceu

Foto: D

ivulgação

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OS ESTÁGIOS DE DESTRUIÇÃO DO GAFANHOTOAGUINALDO FERNANDES, PR.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

onhecer o inimigo é essencial para vencermos uma batalha. Satanás é o nosso adversário; e ele tentará de tudo para nos des-truir (João 10.10). Inclusive em nossa vida financeira. Por isso,

precisamos resistir-lhe. Veja o que um profeta do Antigo Testamento disse:

“Narraiistoavossosfilhos,evos-sosfilhoso façamaseusfilhos,eosfilhosdestes,àoutrageração.Oque deixou o gafanhoto cortador,comeu-oogafanhotomigrador;oquedeixouomigrador,comeu-oogafanhotodevorador;oquedeixouodevorador,comeu-oogafanhotodestruidor.”Joel 1.3-4

O texto descreve a ruína que veio sobre aquele povo. Isso aconteceu aproximadamente 830 anos antes de Cristo. O profeta Joel apresenta um quadro de tremenda destruição e morte por causa da invasão de gafa-nhotos sobre sua nação. Não havia mais ofertas na Casa de Deus porque o trigo, o vinho e o azeite tinham se esgotado. O povo estava na misé-ria. A terra estava assolada. Pouco a pouco, eles perderam tudo o que tinham, até a alegria (Joel 1.5). Por que isso aconteceu?

Antes deste período de destruição, houve um tempo de muita prosperi-dade naquela nação. O maior teste na

vida de uma pessoa é sua prosperi-dade. Porque a prosperidade que não é envolvida pela vontade de Deus e não glorifica o Senhor, faz o homem se sentir um deus, dono de si mesmo, poderoso e autoconfiante. Quando Deus deixou de ser o primeiro na vida daquele povo, eles começaram a sofrer o ataque dos gafanhotos.

No Novo Testamento, a Bíblia diz que nós somos a Casa do Senhor. Estes gafanhotos, hoje, são demô-nios que querem nos levar à miséria, vergonha e destruição. Eles veem para nos roubar o trigo, que repre-senta a bênção do corpo; o vinho, que é a bênção da alma, a alegria;

CF

oto: Divulgação

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abril 2012 | comuna | 11

e o azeite que representa a unção, a bênção do espírito.

O profeta viu a atuação maligna de 4 tipos de gafanhotos, que são 4 es-tágios de destruição. Porém, antes, temos que entender que prosperidade não são apenas bens financeiros. Sua família é um bem, sua saúde é tam-bém sua riqueza. Isso ajudará a en-tender melhor os estágios.

Ele mora na lavoura, tem o poder de cortar e estragar parte do fruto e da folha. Ele vai comendo aos pou-cos. Estes demônios permanecem 24 horas na vida do homem que não obedece a Deus. Eles têm o poder de comer parte de suas riquezas, bens e salários; ou seja, de tudo que você ganha mensalmente, eles ficam com uma parte. O cortador come através do gasto com cigarros, vícios, jogos, compras equivocadas, juros altos, remédios etc. Você sempre está gas-tando parte do seu dinheiro com pre-juízos, e coisas que não edificam. É o cano estourado na parede, a água correndo dia e noite.

Ele não mora na lavoura. Voa de lugar para lugar, agindo de surpresa, comen-do mais das folhas e dos frutos. Este gafanhoto traz muito prejuízo para o

agricultor. Chama-se migrador porque é inconstante, e não permanece em lu-gar algum. Este tipo de demônio não age constantemente nas suas finanças ou no seu patrimônio. Entretanto, ele também atua nas emoções e nos sen-timentos. Vem de tempos em tempos, e quando chega, causa uma destruição repentina, que você não esperava. Um desastre, um desemprego, uma perda lamentável. O gafanhoto migra, pega e leva para sempre.

É o mais violento. Ele destrói o fru-to. Quase sempre o agricultor vai à falência, pois o que ele colhe, mal dá para sua subsistência. Esta legião é mais arrasadora que as anteriores. Quando estes demônios se mani-festam na vida de alguém, chegam a deixá-lo passando fome. Tomam casa, trabalho, recursos. Levam tudo, sem explicações. É tão terrível que em pouco tempo a pessoa fica na miséria, encurralada em dívidas e prejuízos que, humanamente fa-lando, jamais conseguirá pagar. Este gafanhoto fecha todas as portas e leva a pessoa ao alcoolismo, depres-são e insônia. Ele sempre quer mais.

O ponto final, o último e mais peri-goso estágio. Possui enorme poder de extermínio, arrasando 100% da

colheita. Eles atacam em bando, pu-lam e voam velozmente, destruindo tudo à frente. A legião do destruidor é assassina. Estes demônios provocam desastres acompanhados de morte. É opressora, levando muitos ao sui-cídio. Tudo por causa dos prejuízos, fracassos e dívidas. Se Deus não for Senhor na vida de uma pessoa, cedo ou tarde, esta visitação maligna virá. Pode ser na sua própria vida, mas também na sua família, nas gerações seguintes, ou na sua empresa. Até so-bre toda uma nação.

Quando estes gafanhotos chegam, eles levam os bens e tocam na famí-lia, deixando as pessoas envergonha-das, sem testemunho e sem alegria. Então, elas levam o filho ao psicólo-go, chamam um auditor na empresa, vão a um terapeuta para casais. Mas nada disso adianta, porque a causa não é natural, é espiritual. Não está relacionada à falta de capacidade humana, mas sim com a ausência de Deus naquela situação.

Joel diz que quem mandou o gafa-nhoto não foi o diabo, mas foram os homens que os atraíram, por terem abandonado ao Senhor. Sempre que rompemos com os princípios de Deus, colhemos as consequências. As coisas espirituais não podem ser combatidas com ações naturais. É preciso voltar--se a Deus, abandonar o pecado, res-taurar a comunhão com Ele e obede-cer à Sua Palavra. Então é só aguardar o socorro. Deus virá e varrerá estes gafanhotos da sua vida, restaurando a paz e a prosperidade em seu lar.

igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

PRIMEIRO: O GAFANHOTO CORTADOR TERCEIRO:

O GAFANHOTO DEVORADOR

QUARTO: O GAFANHOTO DESTRUIDOR

SEGUNDO: O GAFANHOTO MIGRADOR

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esp

ROBINSON CAVALCANTIPAULO ALEXANDRE SARTORI

dward Robinson de Barros Cavalcanti, nasceu no Recife, PE, em 21 de junho de 1944. Aos três anos de idade se mudou para Alagoas, onde seu pai era empresário e político, e participou como criança e adolescente da igreja católica. Mais tarde passou, ocasionalmente, a frequentar sessões kardecistas e a

ser evangelizado por amigos batistas e adventistas.

Em 1960 foi para o Colégio Evangélico, em Garanhuns, PE. E em abril daquele ano aceitou a Cristo como único Senhor e Salvador. Em 1961 regressou ao Recife, para con-tinuar seus estudos. Cursou Ciências Sociais e, simultanea-mente, Direito, participando sempre da política estudantil e da Aliança Bíblica Universitária (ABU). Em 31 de outubro de 1963 (Dia da Reforma) foi confirmado na Igreja Evan-gélica Luterana do Brasil (IELB).

Atuou como advogado, mas optou pela carreira universi-tária, lecionando Ciência Política em várias instituições. Foi diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE. Participou da fundação (1970) da Fraternidade Teo-lógica Latino-americana (FTL) e integrou o Congresso de Lausanne, na Suíça (1974), que se tornou referência para a evangelização mundial.

Passou a colaborar como articulista na imprensa escrita. Ao todo são mais de 1.000 artigos e alguns livros sobre Teologia e Ciência Política, publicados no Brasil e no ex-terior. Atuou, também, na rádio e na televisão, passando a dar conferências, principalmente na área de Ética Social. Esteve nas campanhas pela Anistia, pelas ‘Diretas Já’ e do “Fora Collor”. Foi presidente da ASAS, ONG de apoio aos portadores de HIV/AIDS.

EA VIDA PASSA RÁPIDO. NÃO É A DURAÇÃO DA VIDA O MAIS IMPORTANTE, MAS SIM A CAPACIDADE DE

TRANSFORMÁ-LA EM ALGO SIGNIFICATIVO. ROBINSON CAVALCANTI

UM BRASILEIRO INCANSÁVEL NA LUTA POR JUSTIÇA E NA EVANGELIZAÇÃO

Compatibilizando a defesa da Ética Bíblica com a de-fesa da Cidadania, participou de vários movimentos por Justiça Social, sempre encarando tal participação como expressão de um ministério profético. Depois de anos de estudo e aproximação, filiou-se à Igreja Epis-copal do Brasil (IEB), em 1976. Em 1997 foi instituído Bispo da Diocese do Recife.

Considerou-se sempre um cristão, protestante, evan-gélico, anglicano e defensor da Teologia da Missão Integral da Igreja. Após anos de uma vida devotada a Cristo, Dom Robinson Cavalcanti e sua esposa, Mi-riam Nunes, faleceram na cidade de Olinda, em 26 de fevereiro deste ano, cruelmente esfaqueados pelo pró-prio filho adotivo.

Leia “A igreja, o país e o mundo” de Robinson Cavalcanti, Editora Ultimato. Também há vários artigos seus no site www.ultimato.com.br

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG

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A DEMORA DE DEUSSUELY BEZERRA, PRA.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

o anoitecer seus dis-cípulos desceramparaomar,entraramnumbarcoecomeça-rama travessiaparaCafarnaum.Jáestava

escuro, e Jesus ainda não tinhaidoatéondeelesestavam.Sopra-vaumventoforte,easáguases-tavam agitadas.Depois de teremremadocercadecincoouseisqui-lômetros,viramJesusaproximan-do-sedobarco,andandosobreomar, e ficaram aterrorizados.”João 6:16-19

Este texto bíblico tem aquecido meu coração nestes dias: Jesus andou so-

bre as águas. Só Ele mesmo para fa-zer isso, desafiando todas as leis da física. Mas este relato nos leva a ou-tras reflexões.

Os discípulos de Jesus enfrentaram uma tremenda dificuldade naquela tempestade. Eles estavam correndo risco de morte. Essa situação não se parece com muitas que vivemos? E é nessa hora, quando parece que já não há solução, que experimenta-mos a provisão de Deus. E apren-demos que todas as coisas da nossa vida estão debaixo do controle dEle.

Nós somos finitos, e quando não podemos ter o controle de todas as

coisas nos desesperamos. Pensamos até que Deus não vai se lembrar de nós. Mas isso é um engano, pois é neste momento que podemos provar a ação de Deus por nós.

A situação dos discípulos era muito di-fícil. Eles começaram a travessia para Cafarnaum de noite, com um vento muito forte e com as águas agitadas. Quantas vezes isso não acontece na sua vida? Estátudobeme, de repente, se levanta um vendaval. Tudo se de-sestabiliza e começa a sacudir, como se tivesse vindo um furacão. As ondas se levantam fortes e te cobrem. Você se sente como um pequeno barco à de-riva, prestes a naufragar.

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oto: ShutterStock

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O barco dos discípulos era pequeno, e eles tinham certeza que Jesus pega-ria outro barco e se encontraria com eles ali. A tempestade estava cada vez pior, e a Bíblia diz que “Jesus ainda não estava lá.” Isso quer dizer que Ele iria, mas ainda não estava. São os momentos da nossa vida que acha-mos que o Senhor não está presen-te, que Ele não está conosco, e que Ele não irá resolver nosso problema. Mas esse é o momento em que nós mais precisamos aprender a depender dEle, e não dos homens. Afinal, não somos capazes de dar um passo sem a graça e a misericórdia de Deus.

Todos nós já tivemos uma noite escu-ra em nossa vida: um marido que sai de casa ou perde o emprego, um fi-lho doente ou nas drogas, as finanças naufragando... Isso traz muito medo e insegurança. E qual o propósito de Deus em chegar mais tarde? Por que Ele não está se incomodando com a nossa aflição? Será que Ele não está ouvindo a nossa oração?

No versículo 19 diz que depois de re-marem quase 6 quilômetros, olharam para o mar e viram Jesus andando so-bre as águas. Por causa da escuridão, eles nem imaginavam que fosse Jesus; poderia até ser um fantasma. Mas Je-sus lhes disse que não tivessem medo, era Ele que se aproximava.

Há 3 motivos importantes que des-tacam o porquê Deus às vezes pare-ce demorar em nos socorrer:

Os discípulos acharam que Jesus ia pegar outro barco para ir ao encon-tro deles. Jamais pensariam que Ele fosse até eles sobre as águas. Jesus os surpreendeu. No versículo 22 diz que a multidão percebeu que somente um barco esteve ali. Jesus não pensa como nós pensamos. Os pensamen-tos dEle são mais altos que os nossos, e os caminhos dEle melhores que os nossos caminhos (Isaías 55:8). Ele não vai fazer as coisas do nosso jeito. Ele sabe qual a melhor forma de atu-ar. Para cada um, Deus tem um meio de ajudar. Ele pode enviar pessoas, criar situações, abrir portas. No fim, nos surpreenderemos com a saída das situações difíceis e, quase sempre, de uma forma inimaginável. Ele faz como quer e no tempo dEle, pois Ele é Senhor das nossas vidas.

No versículo 17 diz que já estava es-curo e que Jesus ainda não havia en-contrado seus discípulos. A demora de Deus deve nos levar à esperança. E só há esperança quando há atraso. Quando tudo é respondido automati-camente, não precisamos de esperan-ça. Mas quando há demora, quando o céu parece escuro e o vento forte, te-remos que nos apoiar na segurança de que o Senhor virá nos socorrer. Essa é a nossa esperança. Temos que ser perseverantes.

Jesus age de acordo com Sua vontade e não está limitado pelo nosso tempo. Ele é Deus nos céus e na Terra. Mui-tas vezes Deus já está respondendo a nossa oração, mas pensamos que é “um fantasma”. Pensamos que Deus não está agindo, porque as coisas acontecem de outro jeito. Mas é as-sim que Ele responde!

Pode ser que estejamos perdendo a esperança. Ou talvez pensando até em não orar mais, pois Deus deve es-tar “cansado” de ouvir nosso pedido! Parece que quanto mais caminhamos, mais perdidos nos sentimos, Lembre--se: Deus é o Senhor de todas as coi-sas. Ele é soberano! Devemos crer sobre todas as coisas e contra toda a esperança. Deus tem os seus pró-prios métodos. E este Deus responde às orações. Nunca estamos sozinhos. Ainda no meio do mar escuro, com a tempestade querendo nos abater, nes-te momento, Ele vai aparecer e dizer: “Não temas, porque Eu estou aqui ao teu lado!”. Bendito seja o Senhor!

NÓS SOMOS FINITOS, E QUANDO NÃO PODEMOS TER O CONTROLE DE TODAS AS COISAS NOS DESESPERAMOS. PENSAMOS ATÉ QUE DEUS NÃO VAI SE LEMBRAR DE NÓS. MAS ISSO É UM ENGANO, POIS É NESTE MOMENTO QUE PODEMOS PROVAR A AÇÃO DE DEUS POR NÓS.

igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

ENSINAR QUE SEUS MÉTODOS NÃO SÃO OS NOSSOS

CONDUZIR À ESPERANÇA

REVELAR QUE O TEMPO PERTENCE A ELE

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a semana do Dia Internacio-nal da Mulher (8 de março), eu e a equipe da Fundação Comunidade da Graça fomos ao Centro de Progressão de São Miguel Paulista, uma

penitenciária feminina no extremo Leste de São Paulo. A convite de minha amiga, Maria Isabel Góes, vice-diretora do lugar, promovemos cinco dias de evento: organizamos palestras, dinâmicas de grupo e ati-

vidades de integração para quase 200 mulheres em regime de privação de liberdade. Levamos cabeleireiras, maquiadoras e manicures– todas vo-luntárias – para atender àquelas ree-ducandas.

Durante todo o tempo em que pre-parei aquela ação e mesmo na pre-leção que fiz, o Pai não cessou de falar ao meu coração. E ele me lembrou de um texto que sempre

foi muito importante para mim. É o trecho do Evangelho de Mateus que diz: “... tive fome, e vocêsme de-ramdecomer;tivesede,evocêsmederamdebeber; fui estrangeiro, evocêsmeacolheram;necessiteideroupas,evocêsmevestiram;estiveenfermo,evocêscuidaramdemim;estive preso, e vocês me visitaram. Então os justos lhe responderão:Senhor,quandotevimoscomfomeetedemosdecomer?Quandotevi-

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG

NO DIA EM QUE VISITEI JESUS

especial

PATRÍCIA BEZERRA

Foto: ShutterStock

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moscomsedeetedemosdebeber?Quandotevimoscomoestrangeiroe teacolhemosounecessitandoderoupas e te vestimos? Quando tevimos doente ou preso e fomos tevisitar?”.

A narrativa prossegue afirmando que “OReiresponderá:Digo-lhesaver-dade:O que vocês fizeram a alguns dos meus menores irmãos, a mim o fizeram”(Mateus25:35-40). Assim, naquele dia, me dei conta de que eu estava ali visitando Jesus! A ilustra-ção bíblica deixou isso muito claro em meu coração.

Jesus conhece, como ninguém, o ser humano. Ele sabe todas as situações que ele pode vir a passar, e mais: se coloca em nosso lugar em todas elas. E isso vale, inclusive, para a situa-ção do público para o qual eu falava, vale para aquelas mulheres em pri-vação de liberdade,encarceradas.

Enquanto conversava com cada uma delas, a presença do amor do Mestre naquele lugar me fazia compreender o quanto aquelas mulheres eram im-portantes para Ele. Não se trata de um Deus julgador, que estaria ali para questionar as razões que as le-varam a ser presas ou as motivações dos crimes que possam ter cometido. Mas de um pai amoroso, que as rece-bia da forma como estavam.

Essa percepção mexeu comigo pro-fundamente. Despertei para a dura realidade do cárcere. Ouvindo aque-las mulheres todas, fui tomada por

compaixão. E, pela graça de Deus, não orei como aquele fariseu, que agradecia por não ser como o publi-cano. Antes, o Espírito me mostrou que somos todas feitas da mesma matéria, que eu poderia perfeita-mente ser uma delas. Que se havia algo que nos distinguia eram apenas as oportunidades, as escolhas.

Nas verdades que dividi com elas, enfatizei que elas poderiam ser li-vres mesmo estando ali, naquela penitenciária. A liberdade para qual Cristo nos libertou, como diz sua Pa-lavra em Gálatas 5. 1, é muito maior que grades feitas pelos homens. Ela quebra as correntes que nos manti-nham presas espiritualmente, ela nos livra dos grilhões do Pecado.

E as palavras que compartilhei com aquelas mulheres, querida leitora e caro leitor, são também para nós, que estamos do lado de fora daquele lugar. Muitos de nós, aparentemen-te livres, estão, antes, encarcerados. Muitos não estão presos em uma pe-nitenciária qualquer, mas são escra-vos em outros jugos.

Há os que obedecem à ditadura do “ter para ser”, e saem desvairados às compras para compensar o que não sabem a seu próprio respeito e o desconhecimento de sua identida-de em Cristo; outros despejam to-dos os seus recursos correndo atrás de tudo o que os faça aparentar me-nos idade; e há aqueles que buscam preencher seu vazio interior sempre com uma nova paixão. Esse esti-

lo de vida, nem de longe, tem a ver com liberdade.

Só iremos ser livres quando conhe-cermos – de fato – o que Deus pen-sa a nosso respeito e quem somos nEle, por meio de seu Filho, Jesus. Isso preenche qualquer falta. Isso faz com que qualquer um possa ser realmente livre, pelas ruas da cidade ou dentro de uma cela fria.

apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

PATRÍCIA BEZERRA é psicóloga e diretora geral da Fundação Comunidade da Graça. É casada com Carlos Bezerra Jr. e tem duas filhas: Giovanna e Giulianna.

igreja família

JESUS CONHECE, COMO NINGUÉM, O SER HUMANO. ELE SABE TODAS AS SITUAÇÕES QUE ELE PODE VIR A PASSAR, E MAIS: SE COLOCA EM NOSSO LUGAR EM TODAS ELAS.

Page 18: Revista Comuna 26

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m 1957, o pastor americano Billy Graham participou da conferência “Um Senhor, uma Igreja, um mundo”, na Inter-Varsity Christian Fellowship em Urbana, Illinois (USA). O

título da sua ministração foi: “Mis-sion Commitment” (Compromisso missionário).

Ali, muitos cristãos se sentiram re-preendidos quando Graham citou a carta a seguir, escrita por um jovem que se convertera ao comunismo. O propósito da carta era explicar à sua noiva por que eles deveriam inter-romper seu noivado:

“Nós,comunistas,temosumaele-vadataxademortalidade.Somosaquelesquerecebemostiros,quesão enforcados, linchados, alca-troados,presos,caluniados,ridi-cularizadosedemitidosdonossotrabalho,bemcomoperturbadospor qualquer outro modo possí-vel.Certaporcentagemdenóséassassinada ou presa. Vivemosuma vida de pobreza. Devolve-mosaopartidotodocentavoqueganhamos acima daquilo que éabsolutamente necessário parasobreviver.Nós,comunistas,nãotemostempo,nemdinheiro,parafilmes, concertos, restaurantes,

casas decentes ou carros novos.Fomosdescritoscomofanáticos.Somos fanáticos. Nossa vida édominada por um grande fatorquea tudodiminui: lutamosporummundocomunista.

Nós, comunistas, temosumafilo-sofiadevidaquenenhumaquan-tidadededinheiropodecomprar.Temosumacausapelaquallutar,um propósito definido na vida.Submetemosnossoeumesquinhoeindividualaumgrandemovimen-todahumanidadee,senossavidapessoalparecedura,ousenossoegoparecesofrerdiantedasubor-

NOSSO COMPROMISSOCÉSAR STAGNO, JORNALISTA

E

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

Foto: ShutterStock

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igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

dinação ao partido, então somoscorretamente compensados pelaideiadequecadaumdenós,àsuapequenamaneira,estácontribuin-do para algo novo, verdadeiro emelhorparaahumanidade.

Existeumacoisacomaqualsoumuitosério,queéacausacomu-nista.Éminhavida,meunegócio,minhareligião,meuhobby,minhaquerida,minhaesposaeamante,meualimento.

Trabalhoneladuranteodia;so-nhocomelaànoite.Seucontrole

sobremim cresce, em vez de di-minuir com o passar do tempo.Portanto,nãopossolevaradianteumaamizade, um caso de amor,nem mesmo uma conversa semtocar nela, essa força que tantoimpulsiona quanto conduz mi-nha vida.Avalio pessoas, livros,ideias, eaçõesdeacordocomamaneiracomqueafetamacausacomunista e por sua atitude emrelaçãoaela.Jáestivenaprisãoporcausademinhasideiase,senecessário,estouprontoparaco-locar-mediantedeumesquadrãodefuzilamento.”

Agora, pensemos juntos. Nós, cris-tãos, não deveríamos ter o mesmo fogo no coração e compromisso que o rapaz da carta acima? Esta carta se parece muito com os escritos da igreja primitiva. Este era o tipo de dedicação a Cristo que um grupo de jovens revolucionários revelou a dois mil anos atrás, quando saíram a campo para transformar o mundo com amor ao invés de ódio – homens que haviam consagrado suas vidas a uma pessoa chamada Jesus, o qual eles criam haver ressuscitado dentre os mortos. E eles estavam prontos a morrer por sua causa.

Releia toda a carta, e substitua “co-munistas” por “cristãos”, e reflita-mos juntos sobre a pergunta que Francis Chan escreveu em seu livro O Deus Esquecido: “Como ficaria sua Igreja se todos tivessem o grau de comprometimento que você

tem?”. E eu pergunto, como estaria a Igreja de Cristo se todos tivessem no coração o fogo que levou aquele jovem a escrever essa carta?

As pessoas só vão crer no evange-lho que cremos, quando estiver-mos dispostos a morrer por ele.

“Porquenãomeenvergonhodoevangelho de Cristo, pois é opoderdeDeusparasalvaçãodetodo aquele que crê; primeirodo judeu,e tambémdogrego.”Romanos 1:16 e “Porque paramimoviveréCristo,eomorreréganho.”Filipenses 1:21.

Como disse o escritor William MacDonald, “Deusdesejapessoasque estejam completamente volta-dasaocontroledoEspíritoSanto”.Que todos nós estejamos entre es-sas pessoas.

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empre é tempo de buscar uma maior compreensão da nature-za do casamento, afinal ele é o mais íntimo de todos os re-lacionamentos humanos e um dos mais atingidos em função

dos efeitos nefastos da sociedade mo-derna e secular; basta olhar o número crescente de casais desfeitos, deses-truturados ou em crise.

Há muito tempo, estudiosos e pes-quisadores vêm tentando ressaltar ou descobrir quais são as nossas neces-sidades mais básicas, o que nos im-

pulsiona a viver, o que nos leva a per-seguir alvos, o que nos dá prazer e o que realmente é importante para nós. Freud concluiu que as duas maiores necessidades do ser humano gira em torno da satisfação e do desejo.

É assim que, diante de todas estas carências humanas, o casamento sur-ge como uma forma divina de supri-mento, pois um bom relacionamento tende a prover muitas destas necessi-dades; talvez até a maioria delas. No casamento saudável desfrutamos do prazer de apreciar e ser apreciado por

alguém, de amar e ser amado; além da satisfação que uma vida sexual equilibrada produz. Também, juntos, podemos descobrir um sentido para a vida e, por fim, desenvolver uma ver-dadeira intimidade. É no lar, no rela-cionamento conjugal, que tudo isto pode ser providenciado.

Deus é o Grande Provedor que, atra-vés do casamento, supre os corações humanos. Ao dizer que não era bom que o homem estivesse só, Ele sabia que a mulher seria imprescindível para complementar a vida do homem,

S

OS BENEFÍCIOS DE UM CASAMENTO ABENÇOADOVALMIR VENTURA, PR.

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

“E ABENÇOAREI OS QUE TE ABENÇOAREM, E AMALDIÇOAREI OS QUE TE AMALDIÇOAREM; E EM TI SERÃO BENDITAS TODAS AS FAMÍLIAS DA TERRA.” GÊNESIS 12.3

Foto: D

ivulgação

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e vice versa. No âmbito das relações humanas, não há intimidade maior.

Em geral, o relacionamento entre um homem e uma mulher começa pela paixão – um sentimento desenfrea-do que, se bem orientado pelo amor consciente e constante, nos leva em direção à outra pessoa e continua através de outros vínculos como ami-zade, confiança, admiração, serviço e respeito. Vínculos que vamos for-mando no decorrer da vida conjunta e que nos ajudam a cultivar um casa-mento abençoado com o ser amado. Estes fatores mantêm os casais juntos numa mesma relação estável e praze-rosa por toda a vida.

Em parte, somos equipados por natu-reza para atender às demandas desse relacionamento a dois. Só precisamos tomar consciência disso. Por outro lado, devemos buscar melhores re-cursos em Deus, o Autor e Sustenta-dor do casamento. Ao experimentar a nova vida, que através de Cristo está disponível a todos, ganhamos a capa-cidade de praticar um amor genuíno e entender a linguagem da alma – nos-sa e do outro, cuidando de tudo o que envolve a vida a dois, e dando im-portância aos valores de postura que emitem mensagens, tais como:

Não há dúvida de que tudo isso é muito bom! É difícil não se sentir realizado e satisfeito num ambiente em que se cuide destes detalhes com amor, zelo e dedicação. Muitos ca-sais sofrem porque um não se sente mais importante na vida do outro.

O mundo apresenta muitos apelos e sugestões de comportamento em desacordo com a vontade de Deus, a fim de seduzir aqueles cuja nature-za pecaminosa quer inclinar-se para uma falsa relação. Tudo que Deus criou para ser vivido e praticado no ambiente seguro do interior do lar, Satanás, através da mídia e do siste-ma deste mundo, quer implantar na vida fora de casa. Isso é um engano. O diabo sabe que o homem perde

a razão de viver quando violenta a sua própria alma, quando se engana e engana o outro com a superficia-lidade nos seus relacionamentos, quando ele busca um prazer falso e efêmero, que no fim revela-se total-mente destruidor.

É no lar, no casamento ajustado, e no aconchego de um relacionamento profícuo de amor que cada um pode sentir-se com a devida importância. É de lá que devem vir as opiniões que realmente valem a pena ser con-sideradas. É lá que somos realmente valorizados. Tudo fora do casamento é exterior a nós. Tudo dentro dele é para nós, para a nossa vida. Esses são apenas alguns dos inúmeros benefí-cios de um casamento abençoado.

• O respeito pelo outro atra-vés de palavras e ações: respeito pela pessoa, pela individualidade do outro – apesar da unidade, pelas ideias, pelas opiniões, até mesmo pelas fragilidades que a vida matrimonial permite conhecer;

• O cultivo da polidez no trato, que deve ser um tra-balho constante e sempre aperfeiçoado;

• A atenção no que o outro diz, no que faz, na con-duta, na percepção das necessidades, nos sinais positivos ou negativos emitidos conscientemente ou inconscientemente;

• O cuidado, a proteção, a preservação do bem estar do outro;

• O afeto, que transmite ao outro a convicção de que ele é amado e estimado.

NO CASAMENTO SAUDÁVEL DESFRUTAMOS DO PRAZER DE APRECIAR E SER APRECIADO POR ALGUÉM, DE AMAR E SER AMADO; ALÉM DA SATISFAÇÃO QUE UMA VIDA SEXUAL EQUILIBRADA PRODUZ.

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morte de Cristo em nosso lugar (morte substituti-

va) e sua consequente ressurreição deve ser considerada como uma meia verdade. A verdade completa está no fato bíblico da nossa morte e da nossa ressurreição juntamente (inclusivas) com Cristo.

“Sabendo isto: que foi crucifica-do com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja

destruído, e não sirvamos o pe-cado como escravos; porquan-to quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.” Romanos 6:6 a 8

“Mas Deus, sendo rico em mi-sericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e es-tando nós mortos em nossos deli-

tos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos res-suscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Je-sus.” Efésios 2:4 a 6

As verdades centrais do Novo Tes-tamento nos impedem de pensar na glória de uma vida abençoada ape-nas na eternidade.

A

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capa

“Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo” Romanos 5:17

A obra perfeita de Cristo na cruz tem efeitos para a eternidade e para esta vida. Que milagre poderia so-brepor-se a este?

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Nas Escrituras, toda vez que nos deparamos com um jardim, a ima-gem que ele nos oferece é de bele-za, riqueza, frescor, bênção, repou-so e alegria. Foi lá no Éden, num jardim paradisíaco, que o Senhor Deus colocou o homem que forma-ra, para que ele vivesse em toda sua inocência debaixo da bênção origi-nal (Gênesis 2:8).

Mas que terrível transformação ele experimentou! No final do ministé-rio de Cristo, e por duas vezes, um jardim tornou-se lugar de sofrimen-to e dor.

Foi no Getsêmani que Jesus foi pres-sionado pelos poderes do inferno que queriam fazê-lo morrer antes de cumprir seu propósito na história da redenção da humanidade.

E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mes-mo. João 12:32.

Esse jardim testemunhou uma tre-menda luta, mas também o glorioso triunfo da submissão do Filho à von-tade do Pai (Marcos 14:36).

Foi também num jardim, no Gólgota, que toda a maldade, pecaminosidade e loucura do homem depositaram-se

em Jesus, a ponto de Ele ser conta-do entre os malfeitores, tornando-se como um deles (2 Coríntios 5:21). Naquele momento Ele assumia todo o pecado do homem, a fim de pro-porcionar-lhe uma completa liberta-ção e vitória (Isaías 53:4-5).

No lugar onde Jesus fora cruci-ficado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual nin-guém tinha sido ainda posto. João 19:41.

No entanto, este mesmo jardim é símbolo de renovação de todas as coisas, onde o pecado foi julgado e banido, onde a justiça e a paz se bei-jaram, onde a santidade de Deus rei-nou, dispensando todas as riquezas e benefícios em favor de todos os homens. Que tremendo contraste! A cruz e toda a maldição e dor que ela representa, levantada num jardim, com toda sua beleza.

Foi aquele o lugar em que Jesus foi traído e abandonado, coberto de opróbrio e golpes, cercado de gri-tos de ódio religioso, onde o infer-no dava em vão seu último assalto contra a semente da mulher (Gêne-sis 3:15). Justamente num jardim que fala de vida, alegria, esperan-ça, paz e frutos!

Que maravilhosa relação existe nesta circunstância. Podemos concluir que onde está a Cruz, existe um jardim; onde há um jardim, uma vida que gera frutos com seu maravilhoso perfume. A razão é a Cruz! As duas coisas não podem ser separadas. Pode-se viver sem a Cruz; mas sem ela não se co-nhecerá o jardim. Se existe um jardim em sua vida, é porque há nela a Cruz.

Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação (Romanos 5:1). Mas foi na Cruz que a Ele fomos unidos na sua mor-te, para que “mortos aos pecados, vivamos para a justiça...” (1 Pedro 2:24). Aquele que morreu e ressusci-tou, nos incluiu em sua morte e res-surreição, para que nos tornássemos herdeiros de Deus, agora nosso Pai, e participantes de “suas preciosas e grandes promessas e de sua nature-za divina...” (2 Pedro 1:4).

Aqui está a garantia de uma vida cris-tã vitoriosa, frutífera e que dá glória a Deus. Embora muitos se considerem cristãos, falando e testemunhando da cruz, trabalhando bastante e sendo operosos no reino de Deus, isso não significa que tenham experimentado o poder da cruz. Paulo é um exemplo de religioso fracassado. O testemunho de sua experiência assim o declara:

CARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

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Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7:24.

Mas, a verdade que lhe foi revelada o levou a descobrir o fato mais im-portante de sua vida, que mudou todo seu destino e a razão do seu viver:

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que ago-ra vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20.

O apóstolo Paulo sabia que seu vi-ver não mais lhe pertencia, e que o jardim começava a expressar seus frutos (2 Coríntios 5:14-15). Não era mais Paulo, mas Cristo!

Temos algo mais a aprender:

Ou, porventura, ignorais que to-dos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepul-tados com ele na morte pelo ba-tismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim tam-bém andemos nós em novidade de vida. Romanos 6:3-4.

Cada um deve ter sua própria expe-riência, pois significa identificar-se com Jesus na comunhão dos seus sofrimentos, na morte e sepultamen-to, a fim de experimentar a glória da Sua ressurreição (Romanos 6:5). Al-

guns desejam experimentar o poder de uma vida ressurreta sem terem passado pela experiência da morte e sepultamento juntamente com Cris-to. O resultado é uma vida de frus-trações e derrotas; de altos e baixos; de “tropeça aqui, cai acolá”.

Foi na cruz que tudo o que perten-cia ao passado foi destruído, pois a operação da cruz tinha um só objeti-vo: dar um fim ao pecado (Hebreus 9:26); ao velho homem (Romanos 6:6); à natureza carnal (Colossen-ses 2:11); às enfermidades (1 Pedro 2:24); a Satanás (Hebreus 2:14); à morte (2 Timóteo 1:10); e à cédula de condenação e dívida que havia sobre nós (Colossenses 2:14).

Aqui está uma síntese do Evangelho da cruz, o único que pode gerar vidas plenamente regeneradas e transforma-das. Aqui passamos da Velha Aliança, com sua morte, para a Nova Aliança com seu poder e vida. Essa ordem nunca muda: Primeiro a morte; depois a vida. A morte leva-nos à ressurreição e à nova vida (Romanos 6:8).

Aqui temos, portanto, a chave para se alcançar a nova vida: aceitarmos o fato de que ao sermos incluídos na morte de Jesus, a antiga vida perde todo o valor; e ao sermos incluídos em sua ressurreição ganhamos uma vida nova semelhante à dEle. Aleluia!

E, assim, se alguém está em Cris-to, é nova criatura; as coisas an-tigas já passaram; eis que se fize-ram novas. 2 Coríntios 5:17.

Que mais podemos dizer, senão lou-var um Deus que pode da tristeza tirar alegria, da morte tirar a vida e do cativeiro a liberdade? Essa é a forma de viver dos salvos em Jesus. Por que preferir o deserto, quando se pode ter o jardim? Onde está a Cruz, haverá sempre o jardim na vida dos filhos de Deus. Os frutos serão abun-dantes como consequência da expe-riência com a Cruz (Romanos 8:30 e Colossenses 1:22).

Aqui está, portanto, a chave para que possamos ter NOVA VIDA NESTA VIDA! Ninguém precisa continuar vivendo uma vida de miséria e des-graça. Cristo veio nos oferecer vida abundante; e é já para esta vida e por toda a eternidade. Isso só é possível por causa da cruz! Bendita Cruz!

FOI NO GETSÊMANI QUE JESUS FOI PRESSIONADO PELOS PODERES DO INFERNO

QUE QUERIAM FAZÊ-LO MORRER ANTES DE CUMPRIR

SEU PROPÓSITO NA HISTÓRIA DA REDENÇÃO DA HUMANIDADE

ESSE JARDIM TESTEMUNHOU

UMA TREMENDA LUTA, MAS TAMBÉM O GLORIOSO

TRIUNFO DA SUBMISSÃO DO FILHO À VONTADE DO PAI

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Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Fi-lho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20 (Edição Corrigida)

A história da cruz é a história da resti-tuição da glória de Deus na vida do ho-mem, que foi perdida com a queda do pecado. Quando Adão pecou como ca-beça da raça humana, a glória de Deus se separou dele e de toda a sua descen-dência. Somos uma raça estigmatizada pelo pecado e separada da glória de Deus. Jesus Cristo se encarnou neste mundo como representante da huma-nidade, para reconciliar com Deus o ser humano, através de sua morte na cruz. A cruz é o fórum da restauração de nossa história com a glória de Deus. Por isso, a história da cruz tem relação direta e profunda com a minha própria história. Ela é o tratamento de Deus com a minha natureza pecadora. Jesus não veio apenas me substituir naquela cruz. A sua morte não era unicamente em meu favor. Ele veio, também, para me incluir no seu corpo e, deste modo, me fazer morrer juntamente com Ele. De fato, Jesus não precisava morrer. Ele não tinha pecado. A morte é um

castigo para o pecado. E, neste caso, quem deveria morrer era o pecador. O profeta hebreu deixou claro:

A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do fi-lho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. Ezequiel 18:20.

Sendo assim, a morte de Jesus na cruz teria dois lados. Um substitutivo, que aponta para o lado vicário. E o outro inclusivo, que fala do aspecto legal. O réu precisava pagar a pena, e Jesus não era réu de pecado. Ele nunca pe-cou. Ele não deveria morrer. Jesus nos substituiu a fim de nos incluir. Ele não poderia nos fazer morrer juntamente com Ele se antes não tivesse assumi-do o nosso lugar. Assim, a sua morte tem dois aspectos marcantes. Ele mor-reu em nosso benefício, para nos fazer morrer compartilhados na sua morte. A morte de Jesus é, ao mesmo tempo, a sua morte por mim e a minha morte juntamente com Ele.

A história da cruz salienta essencial-mente o lado inclusivo do pecador. A grande verdade do Evangelho se consubstancia na revelação de que o

pecador precisava morrer e que por isso deveria ser crucificado concomi-tantemente com Cristo. A lei exige o cumprimento da pena. Não é razoá-vel o descumprimento da justiça e o equilíbrio moral. A mesma Bíblia que afirma que Jesus morreu em nos-so favor, afirma que nós morremos juntamente com Ele. Não podemos enaltecer um aspecto sem focalizar o outro. Fica capenga a mensagem que ressalta somente um dos lados. Te-mos observado que há uma tendência estrábica de se acentuar apenas a face objetiva da morte, que trata do plano substitutivo. Porém, esta pregação é descompensada e deformante. Muito prejuízo tem causado a pregação que tão somente sublinha a morte substi-tutiva. Se for verdade que Cristo mor-reu por mim, é verdade igualmente importante que eu morri com Cristo. A omissão desta ênfase na proclama-ção do Evangelho é desastrosa e de-moníaca.

A igreja de um modo geral tem so-frido consequências terríveis com esta mensagem distorcida que aponta escassamente um lado só da moeda. Pregar a substituição é uma verdade parcial. É verdade que Jesus mor-reu em nosso lugar, mas esta não é

GLENIO FONSECA PARANAGUÁ, PR.

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a verdade completa. E uma verdade parcial pode ser um grande prejuízo. Muita confusão tem surgido nos ar-raiais do cristianismo em razão desta posição perneta. Enquanto não afi-narmos a orquestra no diapasão de Deus vamos enfrentar muita desar-monia. As contendas e divergências belicosas no seio da igreja são frutos da falta de experiência espiritual de nossa morte juntamente com Cristo. Não basta saber a mensagem, é pre-ciso crer realmente na verdade de Deus. A história da cruz tem um ape-lo especial para a minha história. Sou eu que devo morrer para o pecado. E fui eu que morri juntamente com Cristo. Esta é a verdade que preciso crer. Sem a conformação com esta morte não há confirmação da legiti-midade cristã.

A Bíblia parte de uma proclamação. A mensagem do Evangelho anuncia que o nosso velho homem foi crucifi-cado com Cristo.

Sabendo isto: que foi crucificado com Ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destru-ído, e não sirvamos mais o pecado como escravos. Romanos 6:6.

O saber precede o crer. Precisamos tomar conhecimento do fato, para po-dermos crer no fato. A fé cristã não é estúpida. Sem o conhecimento não há verdadeira experiência. Mas a ex-periência espiritual não fica apenas no conhecimento. É necessário um passo a mais de consideração. A fé apropria-se da verdade bíblica como realidade substancial. Quando a Pa-lavra de Deus anuncia a verdade, a fé a toma como realidade. Se Deus diz

uma palavra, esta palavra é a verdade que eu a considero como minha ex-periência. É impossível Deus mentir. E é impossível Deus dizer uma coisa que não se torne fato real naquele que a toma como Palavra de Deus. Se a Palavra de Deus afirma que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, então é fato que eu considero como conclusivo.

Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Ro-manos 6:11.

Ninguém pode considerar aquilo que não é. Só os loucos podem supor que são o que não são. Se a Bíblia apoia a constatação de nossa morte é por-que, de fato, nós morremos junta-mente com Cristo. Saber e considerar se completam. O conhecimento e a apropriação fazem parte da experiên-cia legítima de fé. Não basta saber. É preciso considerar como experiência pessoal a verdade das Escrituras.

Eu só posso considerar que estou morto para o pecado porque Deus anuncia isto em sua Palavra. Aqui estamos no terreno seguro da fé. Eu sou o que Deus diz que eu sou. Não se trata de uma criação da mente. Não é uma ilusão fantasiosa. Não são sentimentos ou emoções. A minha história de fé se baseia na suficiência da Palavra de Deus. Por definição, fé é crer no que Deus diz. Não estou buscando provas nas evidências sen-sórias nem explicação na razoabili-dade do entendimento. A fé descansa na sólida afirmação da autoridade de um Deus soberano e absoluto. Deus, sendo Deus, não pode brincar com o

coração das pessoas. Se Sua Palavra sustenta que nós fomos crucificados com Cristo, então, estamos diante de uma verdade indiscutível.

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da pró-pria verdade. 2 Coríntios 13:8.

Se a verdade de Deus diz que eu fui crucificado com Cristo, então não há outra alternativa para o meu coração. A história da cruz é a minha história de crucificação. Jesus não precisava ser crucificado. Ele foi crucificado porque a lei exigia a minha crucifi-cação. Eu sou o réu digno de morte. Eu precisava morrer para o pecado. A morte de Jesus tinha como finalidade cobrir a minha participação na morte. Os cordeiros do Antigo Testamento morriam pelos pecados, mas não le-vavam os pecadores a morrerem jun-tamente com eles. O ser humano não poderia ser incluído num carneiro. Jesus se tornou homem para nos fazer participantes de sua pessoa. Ele não morreu apenas em nosso lugar, mas levou-nos a morrer juntamente com Ele. Fomos identificados na cruz com Cristo e, deste modo, morremos para o eu e para o mundo.

Mas longe esteja de mim gloriar--me, senão na cruz de nosso Se-nhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Gálatas 6:14.

Não há cristianismo genuíno sem a morte do pecador na cruz com Cris-to. É falsa toda experiência que deixa os crentes com direitos e reivindi-cações. A minha história na cruz é uma história de morte. E, quem está

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Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é es-pírito. João 3:3 e 6.

Nascer de novo não é sair vivo por um milagre de algum acidente, ou de um estado de coma. Também não é mudar de religião, ser batizado; tampouco re-encarnar. Nascer de novo é nascer do alto, de Deus. Quando Jesus falou so-bre o novo nascimento, mostrou que isto não é uma opção de cada um ou uma escolha religiosa, mas uma ne-cessidade para a vida de qualquer ser humano imediatamente após a sua concepção, porque não foi Deus quem plantou a natureza pecadora com a qual nascem todos os homens. Esta natureza nós adquirimos dos nossos pais:

Eu nasci na iniquidade, e em pe-cado me concebeu minha mãe. Salmo 51:5.

Na ânsia de se tornar digno diante de Deus e das pessoas, o homem tem substituído este novo nascimento por várias práticas religiosas ou bene-ficentes, o que para Deus não passa de esforço humano na tentativa de comprar a salvação. Porém, nada tem poder para arrancar do homem a sua

natureza pecaminosa senão o dom gratuito de Deus que se chama graça.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos fi-lhos de Deus, a saber, aos que cre-em no seu nome; os quais não nas-ceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do ho-mem, mas de Deus. João 1:12-13.

A religião é obra do homem; a graça nos é concedida por Deus. A religião é o que o homem faz por Deus; a graça é o que Deus tem feito pelo homem. A religião é o homem em busca de Deus; a graça é Deus buscando o homem. A religião é o homem subindo a escada da sua própria justiça na esperança de encontrar-se com Deus no último degrau; a graça é Deus descendo atra-vés da encarnação de Jesus Cristo e encontrando-se conosco na condição de pecadores no primeiro degrau. A religião é constituída de bons pontos de vista; a graça, de uma gloriosa pro-clamação. A religião faz no homem uma reforma exterior; a graça opera uma transformação interior. A religião muitas vezes é motivo de desunião; a graça nos une com o Pai, o Filho e com o Espírito Santo. A religião enfa-tiza o “fazer boas obras”, a graça dá a condição de “ser”. A religião diz:

“faça o bem, continue a fazer o bem e eventualmente você se tornará bom”; a graça toma o homem na condição de pecador e o transforma (pois assim como o dia exclui a noite, você fará o bem). A religião coloca em desta-que princípios e preceitos, códigos e credos; a graça coloca em destaque a pessoa de JESUS. A religião diz: “al-cance”; a graça, “obtenha”. A religião diz: “tente”; a graça, “receba”. A reli-gião diz: “desenvolva-se em si mes-mo”; a graça, “negue-se a si mesmo”. A religião diz: “esforce-se”; a graça, “confie”. A religião diz: “salve-se”; a graça, “entregue-se”.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glo-rie. Efésios 2:8-9.

Mas quando apareceu a bondade de Deus (graça), nosso Salvador, e o seu amor para com os ho-mens, não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos fei-to, mas segundo a sua misericór-dia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação do Espírito Santo. Tito 3:4-5.

Você já nasceu de novo?

morto não tem predileções, privilé-gios, promoções ou quaisquer outros direitos. A salvação mediante a cruz visa restituir a glória de Deus, que nada tem a ver com a glória huma-na. Não há, na mensagem da cruz, a

menor ênfase com os valores huma-nísticos ou com os programas de en-tretenimento da alma. Se estivermos crucificados com Cristo, nada mais nos resta senão viver completamen-te para a glória de Deus. Sendo as-

sim, nas fileiras do cristianismo não há vanglória nem melindre. Não há premiados nem alijados. Há apenas mortos. Mortos na cruz. A história da cruz é a história da nossa morte! Você se considera morto?

CARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

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visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

A LIÇÃO QUE APRENDI NO MAR DA GALILÉIACARLOS BEZERRA JR., PR.

O DIA EM QUE O MESTRE ME CONVIDOU A ANDAR SOBRE AS ÁGUAS

o final de março, realizei um sonho de infância: fui à Terra Santa. Eu e a Patrícia visita-mos Israel pela primeira vez. Foi como se, ao mesmo tem-po em que fazia uma viagem

espiritual num país distante, também peregrinasse para dentro de mim, revi-talizando minha fé, refletindo e orando nos lugares por onde Jesus passou.

A visita mais especial que fiz foi ao Mar da Galiléia. Eu estava com al-guns irmãos em um barquinho. Na devocional, o texto que nos inspi-rava era o do capítulo 14 do Evan-gelho de Mateus, que conta sobre o convite de Jesus a Pedro, para que andasse com Ele sobre as águas.

O texto fala de fé, de confiança e de cristianismo. Mas, o que o con-

vite feito pelo Mestre pode nos di-zer hoje?

Os meninos judeus entravam na es-cola aos seis anos, aos 10 já haviam decorado a “Torá” - ou Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia –, e aos 14 anos, já tinham memo-rizado todo o Velho Testamento. A partir daí, os mais destacados iriam seguir um rabino, e os outros volta-riam para casa e seguiriam o ofício dos pais.

Os escolhidos para o discipulado eram chamados “Talmidim” (discí-pulos), e, como descreve Rob Bell em seu livro “Repintando a Igreja”, a tradição dizia que “os discípulos deveriam deixar-se cobrir pela poei-ra das sandálias de seu rabino”. Ou seja, precisavam andar tão próximos

que, ao final do dia, estivessem co-bertos com a poeira levantada pelos pés de seu mestre. O grande desejo desses meninos não era apenas sa-ber o que seus mestres sabiam, mas tornar-se iguais a eles.

Esse é também o modelo de disci-pulado usado por Jesus. O convite que Ele fazia aos seus seguidores era para que fossem pessoas iguais a Ele. Esse mesmo chamado Ele nos faz hoje, para que, ao andarmos com Ele, sejamos como Ele é.

Como diz meu amigo pastor Ed René Kivitz, nosso destino não é o céu, é Jesus. O grande chamado de Jesus é que nos tornemos seres hu-manos à imagem Dele, iguais a Ele. E isso implica em fazermos o que Ele fazia.

N

Mar da Galiléia

Foto: C

arlos Bezerra Jr.

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igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

CARLOS BEZERRA JR. é pastor, médico e deputado estadual. É casado com Patrícia Bezerra e pai das adolescentes Giovanna e Giulianna. Há algum tempo, esticou as suas mãos para segurar nas do Mestre, que o chamou para deixar o barco. Desde então, não faltaram tempestades para agitar o mar. Mas Ele nunca o deixou afundar.

ps: Para falar comigo sobre essas e outras ideias, escreva para: [email protected]

Por isso, no momento em que con-vidava Pedro a que andasse sobre as águas, Jesus, na verdade, estava dizendo: “Vem Pedro, se você for meu discípulo, você pode ser como Eu sou, você pode andar sobre as águas”. Cristo não apenas o convi-da, mas também o torna capaz de viver como Ele.

Só duas pessoas na História anda-ram sobre as águas: Jesus e Pedro. E Pedro foi chamado de homem de pe-quena fé (se ele foi chamado assim, imagina o que seria falado de mim ou de você hoje? rs).

Mesmo tendo aceitado o convite, houve um momento em que Pedro tirou os olhos de Jesus e começou a afundar. “Senhor, salva-me!”, gritou. Jesus estendeu a mão e o levantou.

Quando reflito sobre essa passa-gem, penso que a pequena fé de Pedro não era em Jesus, pois ele clamou ao Senhor por socorro, ele não descreu. Na verdade, ele duvi-dou dele mesmo, de que seria capaz de fazer o que o Mestre disse que ele faria.

Para mim, isso ensina que fé não é apenas crer em Jesus, mas é tam-bém crer no que Ele pode fazer através de nós ou em nós, é crer que podemos andar sobre as águas que Ele nos mandou andar. No trecho bíblico, é como se Ele dissesse a Pedro “Você pode. Não porque há poder ou autoridade em você, mas

por causa Daquele que te fortale-ce!”. E é a mesma coisa que Ele estava me dizendo ali no barco. É o que Ele está dizendo a você todos os dias, quando o convida a andar sobre as águas das dificuldades, dos problemas, das lutas.

Nossa fé não é apenas num Salvador que nos tira das águas e nos socorre. Nossa fé é no Salvador que nos faz capazes de atravessar tempestades e de andar sobre as águas na força que Ele nos dá. É Cristo vivendo em nós, para andarmos como Ele andou. Para vivermos como Ele viveu e ser-mos como Ele é.

Enquanto o barco em que eu estava avançava pelo Mar da Galiléia, fi-quei imaginando Jesus em pé sobre aquele azul, ao meu lado, me dizen-do: “sai do barco e vem andar comi-go sobre as águas.”

Eu e os irmãos começamos a can-tar uma música que me lembrou de meus tempos de garoto: “Põe a mão nas mãos do meu Senhor da Gali-léia/ Põe a mão nas mãos do meu Senhor que acalma o mar/ Meu Je-sus que cuida de mim noite e dia sem cessar...”.

Em lágrimas, com uma alegria imensa pela presença dEle que in-vadia meu coração, não conseguia me imaginar andando sobre aquelas águas. “Sou um homem de pequena fé”, disse a Jesus, em oração. “Se eu creio? Claro que creio! Mas, Mestre, tenha paciência e bondade comigo”.

PARA MIM, ISSO ENSINA QUE FÉ NÃO É APENAS CRER EM JESUS, MAS É TAMBÉM CRER NO QUE ELE PODE FAZER ATRAVÉS DE NÓS OU EM NÓS, É CRER QUE PODEMOS ANDAR SOBRE AS ÁGUAS QUE ELE NOS MANDOU ANDAR.

Carlos Bezerra Jr. em Israel. Ao fundo, o mar da Galiléia

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a primeira parte desta matéria vimos que “antesdavoltadeCristo a este mundo, ocor-rerá a queda daBabilônia” (Apocalipse 18.2-3). Babilô-nia, na Bíblia, representa o

sistema deste mundo, que está posto sobre o maligno, e que promove na humanidade um estilo de vida com-pletamente rebelde e em oposição aos princípios e mandamentos divinos.

E, na segunda parte, descobrimos que “a destruição física da Babilô-nia, através dos seus instrumentos e

mecanismos materiais, se dará com as pragas que a Igreja trará sobre ela através das duas testemunhas (Apo-calipse 11.3-6) e na manifestação dos juízos de Deus sobre os homens, especialmente quando do derramar da última taça da ira divina sobre a terra (Apocalipse 16.17-19)”. Tudo será abalado e destruído.

E onde estarão os escolhidos do Se-nhor, em meio a tudo isto? Estarão glorificando a Deus ao ver a mani-festação da sua glória através da sua ira santa, que não deixará nenhuma

injustiça ou abominação cometida sobre a terra sem a justa punição; estarão devidamente guardados e protegidos pelo Senhor, e com os ouvidos e olhos bem abertos, para ouvir a última trombeta e ver o si-nal do Filho do Homem nas nuvens, pois o arrebatamento agora se dará a qualquer momento:

“Masosteusmortosviverão;seuscorpos ressuscitarão. Vocês, quevoltaramaopó,acordemecantemdealegria.Oteuorvalhoéorva-lho de luz; a terra dará à luz os

A QUEDA DA BABILÔNIA PARTE 3

CARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

N

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

Foto: ShutterStock

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seusmortos.Vá,meupovo,entreemseusquartosetranqueaspor-tas;esconda-seporummomento,atéquetenhapassadoairadele.Vejam! O Senhor está saindo dasua habitação para castigar osmoradoresda terrapor suas ini-quidades.Aterramostraráosan-gue derramado sobre ela; nãomais encobrirá os seus mortos.”Isaías 26.19-21

“Imediatamenteapósatribulaçãodaqueles dias ‘o sol escurecerá,ealuanãodaráasualuz;ases-trelascairãodocéu,eospoderescelestes serão abalados’. EntãoapareceránocéuosinaldoFilhodo homem, e todas as nações daterraselamentarãoeverãooFi-lhodohomemvindonasnuvensdocéucompoderegrandeglória.”Mateus 24.29-30

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

Mas, além de desfrutar do gozo da fé e esperança, que todas estas pro-fecias devem produzir em nós, o que mais o Senhor nos manda fazer em vista de tudo isto? A resposta é:

“Entãoouvioutravozdocéuquedizia: Saiam dela, vocês, povomeu,paraquevocêsnãopartici-pemdosseuspecados,paraqueaspragasquevãocairsobreelanãoosatinjam!”Apocalipse 18.4

“Saiamdela,vocês,povomeu” esta é a ordem do Senhor desde sempre,

pois ele já havia dado este manda-mento centenas de anos antes de Cristo, através de Isaías (capítulo 52, versículo 11) e Jeremias (capí-tulo 51, versículo 45); mas este sair não é primeiramente físico, pois o Senhor nos quer até o fim no meio dos ímpios, para amá-los, pregar--lhes o evangelho e vê-los regene-rados pela graça do Senhor (João 17.14-18 e 22-23).“Saiadela,povomeu” significa não ter nenhum laço de alma, de afeição, de amor, de atração por todas as glórias que este mundo, Babilônia, nos oferece para deixarmos de adorar e servir so-mente ao Senhor, e ficarmos com o nosso tempo, nosso coração, nosso tesouro e nossos talentos completa-mente comprometidos com falsos deuses deste presente século mau. (Mateus 4.7-11).

Se nós, como a mulher de Ló, não rompermos totalmente víncu-los impróprios aos filhos de Deus com o sistema deste mundo, tanto morais, emocionais, relacionais e financeiros, pereceremos e não en-traremos como a noiva de Cristo, nas bodas do Cordeiro e nem na Jerusalém celestial.

Vamos, enquanto há tempo, nos ar-repender de gastar nosso tempo, recursos e potencial, dados pelo Se-nhor, com coisas que não são eter-nas; e vamos mudar de atitude, nos consagrando totalmente no altar de Deus para vivermos, não segundo os ditames deste mundo, mas segundo

as prioridades do Senhor: intimida-de com Deus, edificando a família, tendo comunhão com os santos e de-senvolvendo nossa missão de fazer discípulos, sendo em todo o lugar onde estivermos testemunhas fieis do Senhor (Atos 1.8), no trabalho, em casa, na escola, no lazer etc.

“...Osqueusamascoisasdomun-do,comosenãoasusassem;por-queaformapresentedestemundoestápassando.”1 Coríntios 7.31

Que desde já estejamos cantando, louvando e profetizando, como no oratório de 1741 “O Messias”, de Georg Friedrich Händel (célebre compositor alemão), o que se tor-nará realidade com a queda da Ba-bilônia:

“Oreinodomundose tornoudenossoSenhoredoseuCristo,eelereinaráparatodoosempre.”Apo-calipse11.15.

“Aleluia!Asalvação,eaglória,eopoder sãodonossoDeus,por-quantoverdadeirosejustossãoosseus juízos, pois julgouagrandemeretriz que corrompia a terracomasuaprostituiçãoedasmãosdelavingouosanguedosseusser-vos.(...)Alegremo-nos,exultemosedemos-lheaglória,porquesãochegadasasbodasdoCordeiro...”Apocalipse 19.1-2 e 7

igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

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ma alimentação saudável é composta por três macronu-trientes: carboidratos, proteí-nas e gorduras. Os carboidra-tos são a principal fonte de energia para o nosso organis-

mo (entre 45 e 65% da nossa neces-sidade energética total). As principais fontes de carboidratos são: arroz, macarrão, pães, torradas, doces, bo-lachas, geléias, frutas, batata e os ce-reais matinais.

Os carboidratos são essenciais para o bom funcionamento do nosso sis-tema nervoso central, uma vez que a glicose é o único combustível uti-lizado pelo cérebro. Os sintomas de uma redução moderada na glicose no sangue incluem sensação de fraque-za, fome e vertigens.

A ingestão insuficiente de carboi-dratos também faz com que a prote-ína, componente da massa muscular, passe a ser utilizada como fonte de energia, desviando assim sua função de construtora no nosso organismo e promovendo redução da massa mus-cular corpórea.

No entanto, a ingestão excessiva de carboidratos refinados (produtos fei-tos com farinha branca) promovem

O BOM E O MAU CARBOIDRATO

visão liderança finanças Deus agindo fundação CG

UPRISCILLA AMARAL QUEIROZ, NUTRICIONISTA

rápida absorção e elevação do açúcar no sangue e, conseqüentemente, seu rápido armazenamento na forma de gordura corporal principalmente na região abdominal.

Assim, deve-se consumir carboidratos de acordo com as necessidades ener-

géticas individuais e preferir os inte-grais, ou seja, com fibras – presentes no arroz, macarrão, pães e bolachas integrais, granola, barra de cereais, hortaliças e frutas – os quais são dige-ridos e absorvidos no sangue de forma mais lenta, promovendo maior contro-le da gordura corporal e saciedade.

Ingredientes QuantidadesFarinha de trigo integral 6 colheres de sopa

Farinha de trigo ½ xícara de cháQueijo processado UHT 4 unidades de 20g cada

Queijo minas frescal light 6 fatias médiasPeito de peru 14 fatias finas

Leite desnatado 2 xícaras de cháOvo 2 unidades pequenas

Cebola 1 unidade pequenaTomate 1 unidade média

Margarina light 2 colheres de sobremesaOrégano 1 colher de sopa

Sal refinado 1 colher de chá

Bata no liquidificador o leite, os ovos, a margarina, o queijo tipo Polengui-nho e o sal. Junte as farinhas e bata mais um pouco. Coloque a massa (re-serve um pouco) em uma assadeira redonda. Sobre ela coloque as fatias de queijo minas, o peito de peru, a cebola e o tomate picados, intercalando em camadas. Polvilhe orégano e acrescente o restante da massa. Asse em forno médio pré-aquecido, por 20 minutos. Sirva a seguir.

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MODO DE PREPARO

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abril 2012 | comuna | 35

s profissionais médicos, des-de os primórdios da sua prá-tica, enfrentam dificuldades, as mais variadas, para orien-tar os seus pacientes quanto aos riscos que algumas tra-

dições populares oferecem à saúde. Talvez a pior delas seja a da auto-medicação.

Também, há um conceito equivoca-do, corrente entre o povo, que diz “se não fizer bem, mal também não faz...”. Isso serve tanto para prepa-rações caseiras à base de plantas (ou seus derivados) até medicamen-tos que tiveram seu uso banalizado como veremos adiante.

Um exemplo bem conhecido é o Confrei: planta cuja folha tem pro-priedades cicatrizantes para feridas na pele. Seu uso ganhou tal credibi-lidade que se estendeu para feridas internas do tubo digestivo. Passou a ser usado em chás, saladas e sucos. Só que, em laboratório, ratos que

receberam o Confrei por via oral desenvolveram, em 5 anos, câncer de fígado.

E os armários (gavetas, caixinhas) de remédios? Até que ponto é benéfico mantê-los abastecidos? Os meios de comunicação despejam propagandas de incentivo à automedicação e, no final do comercial, lembram que SE PERSISTIREM OS SINTOMAS o médico deverá ser consultado. Vou comentar alguns poucos remédios, pois não caberiam todos neste artigo:

O Ácido Acetilsalicílico (AAS) é muito usado para dor e febre. Mas, se a tal febre for causada por den-gue ou catapora, pode haver sangra-mento e um quadro grave como uma queimadura extensa, com bolhas e descolamento da pele. E mais, o AAS é um forte irritante para a mu-cosa gástrica.

Quem nunca teve uma dor de cabeça, daquelas inesquecíveis? Sua causa

pode ser desde um mau encaixe den-tário, um cansaço visual, um sangra-mento (derrame), ou até algo mais sério. Então, é preciso estar seguro, buscar a causa e então medicar.

A N-butilescopolamina (Buscopan), remédio consagrado para cólica menstrual, dores intestinais e uriná-rias, mesmo sendo anunciado na mí-dia como primeira escolha nas dores abdominais, se for usada em qua-dros de abdome agudo (Apendicite, Diverticulite), mascara os sinais de tal forma que o diagnóstico pode vir tarde demais.

Outro grande problema são remé-dios líquidos, abertos, e que perma-necem muito tempo esperando para ser reutilizados. Jogue fora os conte-údos de colírios, xaropes, antibióti-cos e soluções nasais. Seja prudente e busque ajuda médica; tenha cuida-do com conselhos que, mesmo bem intencionados, podem causar conse-qüências desastrosas.

O

DE MÉDICO E LOUCO TODO MUNDO TEM UM POUCO?

apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceuigreja família

MARIA CIDÁLIA APONCHIK, MÉDICA

Foto: ShutterStock

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á exatamente 33 anos nascia a Comunidade da Graça. E para comemo-rar, a igreja Sede preparou um evento muito especial no domingo 25 de março, reunindo músicas e a história desde a década de 70.

Foi uma celebração que emocionou a todos, alimentando no coração de cada um a alegria do crescimento que está apenas começando.

COMUNA: 33 ANOS DE UMA BELA HISTÓRIA

visão liderança eles andaram com Jesusfinanças Deus agindo fundação CG especial

H

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O PASTOR CARLOS ALBERTO NA ÁFRICA DO SUL

igreja família apocalipsecapa ponto de vista saúdecomer bem aconteceu

s pastores Carlos Alberto e Suely participaram do Encontro Anual Global Kingdom Partnerships Ne-twork, nos dias 13 a 16 de março, na cidade de Pretória, África do Sul. O encontro reuniu 65 líderes

internacionais das maiores igrejas em cé-lulas do mundo. Por tratar-se de um gru-po fechado, os organizadores privilegiam ministérios reconhecidos pela integridade e fidelidade na implantação de igrejas no modelo do Novo Testamento em que os

O membros se reúnem nos templos e nas casas - visão celular. O Dr. Elias Dantas atuou como fa-cilitador na troca de experiências e ideias entre estas grandes personali-dades. No encontro, o pastor Car-

los Alberto falou sobre O Desafio da Última Hora: a necessidade dos relacionamentos de amor e serviço entre os cristãos para o desenvol-vimento ministerial. Em 2013 o encontro acontecerá nos Estados Unidos (em Dallas, no Texas).

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