revista comuna 67

36
1

Upload: dinbrasil

Post on 23-Jul-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Assim na terra como nos céus - A adoração como estilo de vida Palavra do Presidente - Para adorar nós vivemos Vida - Comece aonde você está e com o que você tem Adhemar de Campos - A Essência da adoração é o serviço

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Comuna 67

1

Page 2: Revista Comuna 67
Page 3: Revista Comuna 67
Page 4: Revista Comuna 67

COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

UMA V IDA QUE FALA MAIS ALTOO senso comum parece concordar quando diz que quanto mais tempo, mais volume e maior a quantidade de instrumentos, melhor será o “mo-mento de adoração” de uma igreja. A questão é que esse não era o real propósito de Deus, adoração para o Criador é algo completo e integral - espírito, mente e corpo.

A vida de um cristão deve falar mais alto do que suas palavras. Como o pastor Adhemar de Campos diz em nossa entrevista exclusiva deste mês: “A essência da adoração é o serviço”.

Esta edição da Revista Comuna traz um novo olhar sobre o que é ado-ração. Queremos que você se apaixone ainda mais por Jesus, e conclua, juntamente com nosso pastor Carlos Alberto Bezerra, que uma vida de adoração é a marca daquele que nasceu de novo.

No mês de agosto, Miguel Antunes, um dos idealizadores e responsáveis pela Revista Comuna, foi-se prematuramente - um adorador tanto atrás da bateria, como também em seu trabalho, ministério e escrita. Nós, da equipe da revista, nos sentimos honrados em poder fazer parte da vida que Deus concedeu ao Miguel durante esses anos. Queremos continuar com esse sonho através da excelência e paixão que ele sempre demons-trou. Fomos privilegiados por ter o amigo Miguel em nossas vidas, e a certeza do reencontro é o que traz paz ao nosso coração.

“Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.” (Rubem Alves)

GUSTAVO ROSANEL IPELA EQUIPE ED ITORIAL@grosane l i

O QUE VOCÊ ACHOU DOS TEMAS E ASSUNTOS DA REVISTA? DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO? TEM SUGESTÕES?

USE A HASHTAG #REVISTACOMUNA OU ENVIE UM EMAIL PARA [email protected]

“Muito boa a entrevista da #revistacomuna. É verdade o que Botelho disse, temos que falar só da bondade de Deus, sem machucar nem magoar ninguém.” - Mardeli Batista

“Parabéns a toda equipe da Revista. A leitura deste material tem me dado base para assuntos com não cristãos, que muitas vezes se surpreendem de ver o quanto a Mensagem da Cruz pode transformar nosso mundo.” - Keila Siqueira de Lima

DIREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR , SÉRGIO PAVARIN I , OSMAR D IAS , AGUINALDO FERNANDES , VALMIR VENTURA, LA IR DE MATOS , RENATO FOGAÇA, CÉZAR ROSANEL I , FERNANDO D IN IZ , GUSTAVO ROSANEL I , RONALDO BEZERRA

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : CARLOS BEZERRA JR . E GUSTAVO ROSANEL I

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : PAULO ALEXANDRE SARTORI , MAYRA BONDANÇA, DAVI MART INS , JA IRO

DIREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:GRÁF ICA COKTAIL

D ISTR IBUIÇÃO:12 .000 EXEMPLARES

#67 | SETEMBRO | 2015

Page 5: Revista Comuna 67

N O M E I O D O C A M I N H O T I N H A U M A P E R DA . . .O ano de 2015 tem sido marcante para a Revista Comuna. Grande parte das mudanças e evoluções chegaram com um novo projeto editorial. O idealizador de tudo isso foi o nosso amigo, Miguel Antunes. Ele sonhou, inspirou, encorajou e coordenou. Nosso amigo foi-se prematuramente, mas seu amor e excelência ficaram como marca na vida de muitos.

“A semana começou com um momento de inter-cessão na nossa Comunidade. Colocamos aos pés do Eterno nossas angústias, fragilidades e o desejo de um milagre naquele ambiente hos-pitalar asséptico. Parafraseando o poeta, havia uma “perda” no meio do caminho. O silêncio da noite foi quebrado pelo choro incontido de nossa alma. Sem pedir licença e sabendo que não vai mais embora, a saudade ocupou aquela lacuna enorme no coração. A morte nos chacoalha da passividade do cotidiano, obrigando-nos a erguer os olhos para enxergar a vida sob outro ângulo. Que tristeza perceber como a gente perde tempo com coisas sem nenhum valor. Vida desperdiça-da. Muita futilidade, vaidades infantis, vontades tolas... Tempo demais investido em vida de me-nos. Embora tristes, lembramos que a morte não tem a última palavra. O amor transcende a morte. O que vale mesmo é se de fato amamos e fomos amados. O resto, como diria Salomão, é vaidade. Nas palavras do poeta, “é preciso amar as pes-soas como se não houvesse amanhã”. Deus nos ajude a celebrar a vida a cada segundo. E que nos lembre da importância de fazermos isso amando quem está perto de nós e trabalhando na constru-ção de um mundo mais parecido com o Seu Reino. Minha oração e meu pedido ao Pai é que Ele nos ajude a beber com alegria cada gota desta vida.”

Carlos Bezerra Jr.

“O Senhor recolheu nosso filho Miguel ontem, dia 18, cerca das 23h.”O Senhor o deu; o Senhor o tirou. Bendito seja o nome do Senhor!” - Jó 1.21. Nunca conseguiremos agradecer o suficiente todo o amor, carinho, e as muitas orações que tantos e tantos de vocês expressaram e fizeram por nós. Mas, Deus, em Sua onisciência e soberania, resolveu tomar o Miguel para Si. Nos prostramos humildemente ante Sua vontade, que é sempre boa, perfeita e agra-dável. Para o Miguel, tudo isto terminou muito bem, melhor do que estávamos pedindo, pois ele já está nos braços do Senhor. E, em breve, todos estaremos com ele, numa alegria sem fim, por toda a eternidade! Agora, por tudo isto, estamos amando vocês mais do que antes, e firmemente determinados a continuar servindo ao Senhor, com maior consagração. Um dia, aqui ou na eternidade, saberemos claramente porque o Senhor assim o fez. Louvado seja Seu santo nome para sempre! Graça e paz a todos! Maranata, ora vem Senhor Jesus!”

Carlos Alberto Antunes

Page 6: Revista Comuna 67

6

Page 7: Revista Comuna 67

7

CAPA | 18

ASS IM NA TERRACOMO NOS CÉUSA ADORAÇÃO COMO EST I LO DE V IDA

RECOMENDO

#FAÇAADIFERENÇA

A ORAÇÃO TORNA O NOSSO CORAÇÃO TRANSPARENTE

24

10

QUEBRANDO AS CORRENTES

PAPAI, EU QUERO.. .

ACONTECEUTEMPO DE AGRADECER 10 MEDIDAS CONTRAA CORRUPÇÃO

O “DEUS” DESTA ERA UMA NOVA CHANCE DE APRENDER

PARA ADORAR NÓS V IVEMOS

33

16

08

26

12

28

14

3230

Page 8: Revista Comuna 67

8

PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

PARA ADORAR NÓS VIVEMOSREFLETINDO A GLÓRIA DE DEUS A TODA HORA

ocê alguma vez assistiu à apresentação de uma or-questra musical numa sala de teatro ou na televi-são? Prestou atenção na pessoa que fica na frente dos músicos? Viu os movimentos enérgicos que ele faz? Pois é, essa pessoa é o regente ou maestro. A

regência é a atividade através da qual se podem coordenar, dirigir e liderar as atividades musicais realizadas em grupo, para que apresentem coesão e coerência em sua manifes-tação. Cada movimento feito representa um som e busca promover a unidade da expressão de um grupo de pessoas com habilidades artísticas diferentes.

É maravilhoso saber que nós, ao sermos criados por Deus, somos personagens importantes da história da criação. Criados para o louvor da glória do Senhor, para viver em santidade e justiça todos os dias de nossa vida, a fim de revelar o eterno projeto do Pai, que é o de ter uma família com muitos filhos semelhantes ao Seu pri-

mogênito Jesus, refletindo Seu amor e Sua glória sobre toda a criação - Gn. 1.26-28.

A analogia musical é lógica, porque adoração e louvor an-dam de mãos dadas. Mas adorar não é só cantar ou tocar al-gum instrumento, envolve relacionamento com Deus e com as pessoas, expressões de compaixão e misericórdia como as de Jesus, palavras de encorajamento e de consolo, e uma atitude física de serviço: as mãos estendidas, uma toalha e uma bacia com água para lavar os pés daqueles pelos que Cristo entregou a Sua vida. Isso é a verdadeira adoração.

Richard Baxter, um dos grandes cristãos da Inglaterra do sécu-lo XVII, dizia que a nossa adoração será melhor quando nosso prazer em Deus estiver no seu ápice. A música mexe com a emoção, mas ela não cura, não transforma, não traz poder. É a presença de Deus que traz tudo isso. É Ele quem liberta, cura, restaura, ressuscita. É dele que devemos nos aproximar.

Page 9: Revista Comuna 67

9

Aquele que O adora “em espírito e em verdade”, como está escrito em João 4.23-24, não é aquele que tem todos os dons, mas que tem um novo coração, disponível, ungido, sensível, obediente, inspirado. O propósito de um adorador é ajudar todas as pessoas a entenderem que elas pertencem a Jesus.

Como D. A. Carson diz: “Adorar a Deus em espírito e em verdade é a principal e mais notável forma de dizer que precisamos adorar a Deus por meio de Cristo. Nele a reali-dade tornou-se visível e as sombras se desvaneceram (Hb. 8.13). A adoração cristã é agora adoração da nova aliança; é adoração inspirada no evangelho; é adoração centrada em Cristo; adoração cujo foco é a cruz.” Quer adorar a Deus? Crie um relacionamento profundo com Ele. O verdadeiro adorador é o que está ligado à cabe-ça, como membro desse corpo que é Cristo, e como fruto dessa comunhão, ganhou a capacidade de expressar o amor de Deus. Quer adorar a Deus? Ame as pessoas, cuide delas, sirva-as, leve-as a ter um encontro com Jesus.

Tudo o que fazemos deve vir daquilo que vimos Cristo fa-zer. Ele foi o maior exemplo de uma vida de adoração em espírito e em verdade. Em Colossenses 3.17 está escrito: “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam--no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele gra-ças a Deus Pai.” Esta é a forma de adoração registrada no Novo Testamento: agir refletindo a glória de Deus.

A vida do cristão é um ato contínuo de adoração, carregado de um profundo senso de quem Deus é e que se manifesta no relacionamento com Ele e com o próximo, em todos os âmbitos. Fomos criados para isso!

Deus é o regente e nós somos os músicos. Nosso papel é, em tudo o que fazemos, refletir a glória de Deus e obe-decer ao que o maestro nos ensina. Assim viveremos em adoração constante, e teremos um prelúdio da atmosfera

do céu onde os anjos, os seres viventes e os anciãos “não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: San-to, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.” – Ap. 4.8.

CARLOS ALBERTO BEZERRA É FUNDADOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA. UM HOMEM APAIXONADO POR PESSOAS. PASTOR HÁ 50 ANOS. CASADO COM SUELY HÁ 49. PAI DE 6 FILHOS E AVÔ DE 16 NETOS. O AMOR, O SERVIÇO E A VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA SÃO SUAS ÊNFASES MINISTERIAIS. PREGADOR APAIXONADO, ESCRITOR INSPIRADOR. MILHARES DE PESSOAS, NO BRASIL E NO EXTERIOR, TÊM SIDO INSPIRADAS E ALCAN-ÇADAS PELA GRAÇA TRANSFORMADORA DE JESUS ATRAVÉS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO AO LONGO DOS ANOS.

A D O RA R N Ã O É S Ó C A N TA R

O U TO C A R A LG U M I N ST R U M E N TO ,

M A S E N VO LV E R E L AC I O N A M E N TO

CO M D E U S E CO M A S P E SS OA S ,

E X P R E SS Õ E S D E CO M PA I X Ã O

E M I S E R I C Ó R D I A CO M O

A S D E J E S U S

Page 10: Revista Comuna 67

10

TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

A ORAÇÃO TORNA O

NOSSO CORAÇÃO

TRANSPARENTECOMO AÇÃO E SINCERIDADE

TRANSFORMARAM A HISTÓRIA

Page 11: Revista Comuna 67

11

uando olhamos para a história do mundo, vemos mulheres que entregaram suas vidas para servir a Deus e às pessoas. Talvez, a primeira grande mu-lher que venha à sua mente seja a Madre Teresa de Calcutá. Com o coração cheio de compaixão, ela se dedicou a cuidar dos “mais

pobres entre os pobres” na Índia. Cor-rie ten Boom foi uma holandesa que recebeu o prêmio “Justos entre as Na-ções”, por causa do trabalho que rea-lizou junto à sua família escondendo refugiados da polícia secreta nazista. Aqui no Brasil, foi Rosalee Appleby quem deixou uma marca transforma-dora. A missionária americana criava pontos de evangeli-zação e iniciava novas igrejas na cidade de Belo Horizon-te. Ela dedicou a sua vida para encorajar um avivamento nas igrejas brasileiras.

São tantas mulheres que tiveram uma vida exemplar, impactaram o mundo e deixaram marcas que permane-cem até hoje. Mas, qual era o seu segredo? Será que elas apenas tinham boas intenções, boa educação e um co-ração generoso? Na verdade, o seu segredo estava em

uma vida de oração. Rosalee era conhecida por passar horas em intercessão, muitas vezes até a exaustão.

Madre Teresa dizia que a oração torna o nosso co-ração transparente, e só assim ouvimos a Deus. E Corrie ten Boom chegou inclusive a afirmar que “a falta de oração é um pecado”.

Nós podemos ser como essas mulheres se seguirmos o seu exemplo de relaciona-mento íntimo com Deus. Vivemos um momento tão difícil em nosso país. São tantos escândalos, tanta corrupção, vio-lência, impunidade, injustiça. É tempo de buscar ao Senhor. Como Igreja, não temos outra saída. E como mulheres, essa é a nossa função.

Quando lemos a Palavra, ficamos ad-miradas com a maneira como viviam os cristãos da Igreja de Atos. Eles tes-temunharam um crescimento incrível, um grande derramar do Espírito Santo e do poder de Deus, viram milagres, en-tenderam o que era viver em unidade e comunhão e provocaram um grande im-pacto onde viviam. Atos 1.14 nos dá a receita: “Eles sempre se reuniam todos juntos para orar com as mulheres, a mãe de Jesus e os irmãos dele.”

A vida de oração é o segredo para que sejamos cheias do Espírito Santo e do poder de Deus. Quando oramos, coisas extraordinárias acontecem. É assim que temos comunhão com o Senhor, crescemos na fé, adquirimos discernimento a respeito de todas as coisas, nosso coração se torna sen-

sível, temos consciência do pecado e alcançamos o arrependimento que nos transforma. A oração é a alavanca do cristão, pois move o nosso coração em direção à vontade de Deus.

A oração também é a maior estratégia para os dias que vivemos. É tempo de buscar ao Senhor. É tempo de tomar-

mos o nosso lugar como mulheres comprometidas com a intercessão, com as nossas famílias, nossas igrejas e, principalmente, com o nosso país.

Em Efésios 6.18, logo depois de descrever a armadura de Deus, Paulo deixa uma última instrução: “Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desa-nimem e orem sempre por todo o povo de Deus.” Isso era um valor para a igreja de Atos.

Uma vida comprometida com a oração transforma de den-tro para fora. Torna o nosso coração transparente e nos faz sinceras diante do Senhor. Muda a nossa mente, nossos desejos e vontades. Depois, muda tudo ao nosso redor. Impacta nossos lares, nossa família, nossos amigos, nossa igreja, nosso bairro, nossa cidade, nosso país. Tudo é afe-tado quando estamos de joelhos.

Arrisque-se a conhecer o poder da oração. Invista tempo a sós com Deus para conhecê-Lo e deixar que Ele te conhe-ça. Arrependa-se, fale com Ele e ouça a Sua voz. Só assim você vai conseguir alcançar tudo o que o Senhor tem para você e será uma mulher relevante e comprometida com tudo o que realmente importa. Ore sem cessar.

FUNDADORA E L ÍDER DO MIN ISTÉR IO MULHERES INTERCESSORAS , SUELY BEZERRA TEM UMA V IDA MARCADA PELA ORAÇÃO E INTERCESSÃO. TEM MENTOREADO L ÍDERES E PASTORAS AO REDOR DO PAÍS DURANTE TODA SUA V IDA. É ESPOSA DO PR . CARLOS ALBERTO BEZERRA. ELES ESTÃO JUNTOS HÁ 49 ANOS , TÊM SE IS F I LHOS E DEZESSE IS NETOS .

A O RA Ç Ã O É A A L AVA N C A D O

C R I ST Ã O , P O I S M OV E O N O SS O

CO RA Ç Ã O E M D I R E Ç Ã O

À VO N TA D E D E D E U S

@SUELYBEZERRA_

Page 12: Revista Comuna 67

12

SONHOS POSS ÍVE IS PATRIC IA BEZERRA

O DILEMA DO EGOCENTRISMO HUMANO

Page 13: Revista Comuna 67

13

ualquer um de nós pode ter chegado a Deus pra obter dele salvação, para resolver problemas, pra progredir na carreira, melhorar financeiramente ou apenas tentar tornar as coisas melho-res. Isso acontece... O chamado ‘evan-

gelho’ da prosperidade tem ganhado inúmeros adeptos com a mensagem de que Deus é obri-gado a te dar vitórias sempre, em uma vida que só pode ser boa e sem problemas.

Citando João 10.10, como exemplo, pregam sobre como podemos melhorar nossas vidas e obter inú-meras bênçãos: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” O princípio é corretíssimo, a aplicação, porém, des-contextualizada – e pra lá de equivocada.

Infelizmente, muitos erroneamente acreditam que a razão para se tornar cristão é ser abençoado por Deus – sobretudo, de forma material. A ideia é fazer com que Ele nos dê “coisas”, e nos faça felizes. Muitos estão condicionados a algo como um senso de direito. Todos têm que ser felizes, todos têm que ter um carro zero, todos têm que… Queremos o que queremos, quando queremos e como queremos, mesmo quando pedimos a Deus.

Acreditamos que, com pensamentos puros, se-guindo as regras, ficando fora de problemas, e ajustando nossa “fé” para a satisfação de Deus, Ele nos concederá o que o nosso coração de-seja, assim como Papai Noel. É a famosa lei do merecimento, a meritocracia, que nada tem a ver com a proposta de Jesus, que é a da ma-ravilhosa graça, que nos livra das máscaras comportamentais dos “filhos exemplares” que jamais seremos.

Não me interprete mal. É claro que Deus cuida de nós, e nos abençoa de várias formas. O que eu estou dizendo, na verdade, é que, pra muitos

cristãos, orar e ter fé tem unicamente um obje-tivo: fazer com que Deus cuide de suas próprias necessidades (ou desejos), mas nunca para pro-curar servi-Lo e amá-Lo tão somente por quem Ele é, nosso Pai! Estamos mais preocupados com o nosso trabalho, amor à vida e problemas, do que sinalizando o Reino de Deus.

Não há dúvida de que as bênçãos seguirão aqueles que seguem o Pai... Mas é preciso bus-

car a Sua vontade, o que significa ser seu servo. Para servir a Deus, é preciso pôr Deus em primeiro lugar, e deixar todas as demais coi-sas – e até nós mesmos – em último.

“Quando eu era criança, falava como criança, pen-

sava como criança, raciocinava como criança. Quando cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino atrás de mim”, diz o texto de 1 Coríntios 13. Muitas vezes, temos medo de ser servos de Deus porque não queremos dar a nossa vida. Queremos manter nossa fé para nós mes-mos. Mas para cooperar com Deus temos que nos tornar adultos emocionalmente e espiritualmente, e nos comprometer com a agenda do Pai. Disso surgiu o título desse texto. Pedimos. Mas só para nós mesmos. Ele não veio para nos dar coisas. Ele veio restaurar a ligação entre nós e Deus por causa de nossos pecados, e para nos ensinar a amar uns aos outros como Ele nos ama.

PA RA S E R V I R A D E U S ,

É P R EC I S O P Ô R D E U S E M

P R I M E I R O LU G A R , E D E I XA R

TO DA S A S D E M A I S CO I S A S –

E AT É N Ó S M E S M O S – E M Ú LT I M O

PATRÍC IA BEZERRA, É PS ICÓLOGA E VEREADORA DE SÃO PAULO. RELATORA DA CP I QUE INVEST IGA OS PLANOS DE SAÚDE EM SÃO PAULO. ÚNICA NOVA MULHER ELE ITA PARA O CARGO DE VEREADORA NA CÂMARA MUNIC IPAL NA ÚLT IMA ELE IÇÃO. É CASADA COM CARLOS BEZERRA JR . E MÃE DA G IOVANNA E G IUL IANNA. TODOS OS D IAS ORA PARA APRENDER A TER UM CORAÇÃO CUJOS INTERESSES SEJAM OS DO PRÓXIMO E OS DO PAI .

@PATRICIABEZERRA_

Page 14: Revista Comuna 67

14

PASTORAL PR. LUDOVICO MOTTA

O “DEUS” DESTA ERARELIGIÃO: O ÍDOLO QUE TEM AFASTADO MUITOS DE JESUS

deus desta era cegou o entendimento dos des-crentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” 2 Coríntios 4.4

As palavras de Paulo nesta passagem nos levam a fazer algumas perguntas: Quem é o deus desta era? O que signi-fica dizer que os descrentes ficaram cegos do entendimen-to? Como aquilo pode acontecer?

Não é um dado menor observar que, ao falar do senhor desta era, a palavra “deus” tem a sua primeira letra escri-ta em minúscula. Paulo fazia referência ao fato de que o mundo jaz no maligno (1 Jo. 5.19). Assim, o “deus desta era” é Satanás, que quer confundir as pessoas.

Ele tem a capacidade de distorcer fatos, cegar o entendi-mento e roubar a fé. Ou seja, Paulo está dizendo que aque-les que não acreditam na Palavra estão espiritualmente mortos. A natureza dessa morte é a cegueira espiritual. Andar no pecado (Ef. 2.5) é ser incapaz de ver a Cristo, que é a imagem de Deus para os homens.

Uma das armas que o diabo tem usado para manter o ho-mem afastado de Deus é a religião. Por isso existem tan-tas diferentes religiões espalhadas pelo mundo, cada uma com suas características, costumes, regras e rituais pró-prios. Essas falsas doutrinas, com astúcia, levam muitos a desobedecer a Palavra, e são instrumentos que Satanás usa para afastar o homem de Deus. Mas, o que temos que ter muito claro são as palavras do próprio Jesus registra-das em João 14.6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus, senão por mim”. Isso é graça.

A religiosidade afasta as pessoas de Deus. O fez com os judeus do Antigo Testamento, o fez com os fariseus no tempo de Cristo, e o faz com muitos ainda hoje. Enquanto Jesus, por meio do Seu sacrifício, já nos reconciliou com Deus! Essa é a definição de graça: um homem sem pecado morreu por todos. O trabalho foi realizado, o preço foi pago, porque Jesus fez por nós o que jamais poderíamos fazer por nós mesmos.

O evangelho de Cristo não tem nada a ver com religião. Ser cristão ou seguidor de Jesus não é ser um religio-so. Não é fazer a própria vontade, mas a dele. Não é bus-car os meus interesses, mas sim os do meu próximo. Não é ser superior, é ser servo.

O cristianismo é Deus vindo ao homem para restaurar a ligação que foi cortada pelo pecado. Não é o simples se-guir normas, regras, mandamentos ou orientações. É um relacionamento diário, constante, profundo e íntimo com o Criador de tudo e todos. É ter um relacionamento pes-soal com Deus. É servi-lo e amá-lo de todo o coração, de todo entendimento, com todas as forças.

É uma vida de adoração. É uma vida de comunhão com os demais irmãos, servindo uns aos outros, praticando e aplicando na vida o que aprendemos com o Senhor.

Isso não é religião. Isso é o evangelho de Cristo!

LUDOVICO MOTTA É PASTOR DA CG ITAQUERA, ESTÁ CASADO COM A SOLANGE E É PAI DE QUATRO FILHOS

Page 15: Revista Comuna 67

15

Page 16: Revista Comuna 67

16

SERVIÇO AO PRÓXIMO

EM PARCERIA COM A FUNDAÇÃO, CG BALSA IMPLANTA O PROGRAMA

SABER E CRIA UM MUNDO DE NOVAS POSSIBILIDADES AOS ALUNOS

uantas vezes você leu hoje? Não precisa

ser um livro, nem uma matéria de jornal.

Uma palavra, talvez uma frase. O nome

da marca de margarina que você usa, o

nome de uma pessoa no seu celular, uma conversa

no WhatsApp, o texto do seu devocional, um ver-

sículo. Hoje, todas as vezes que você viu um con-

junto de letras e palavras, ele fez sentido. Mas, para

milhões de pessoas, esses mesmos conjuntos não

querem dizer absolutamente nada.

Atualmente, o analfabetismo atinge cerca de 774 mi-

lhões de adultos ao redor do mundo. Só no Brasil, o

número passa dos 13 milhões – mais do que a popula-

ção da cidade de São Paulo.

Talvez você não conheça ninguém nessas condi-

ções, mas é uma realidade bem presente no nosso

país. E perto de você podem haver pessoas que não

têm a chance de ler o livro que pode mudar as suas

vidas: a Palavra de Deus.

A Comunidade da Graça Balsa, em São Bernardo do

Campo, resolveu mudar um pouco essa situação e im-

plantou o Programa Saber, em parceria com a Funda-

ção Comunidade da Graça. O projeto tem como pro-

pósito oferecer educação básica gratuita para adultos.

No segundo semestre do ano passado, a igreja

começou um curso de capacitação de professo-

res, ministrado pela FCG. Ali, se formaram seis

voluntários. “Cada um deles tinha uma formação

universitária diferente, mas todos estavam com-

prometidos com o propósito de compartilhar tudo

o que aprenderam”, conta Maurício Lachaitis, pas-

tor da CG Balsa.

Com os professores preparados e tudo pronto, as au-

las tiveram início em março de 2015, no prédio da

igreja. Elas aconteciam três vezes por semana e se-

guiram até o mês de julho.

No dia 2 de agosto, o desfecho não poderia ser

melhor: os oito alunos do programa tiveram a sua

formatura. Foi um evento muito especial, com a

presença de todos os professores e com a entrega

dos certificados de conclusão do curso.

Além de mais oportunidades, a alfabetização dá às

pessoas o poder de pensar por si mesmas, de ter a

sua voz ouvida e suas perguntas respondidas. Mas,

mais importante, dá a elas a chance de conhecerem

mais a Deus e a Sua Palavra.

Por isso, a CG Balsa e a Fundação Comunidade

da Graça continuam comprometidas em oferecer

às pessoas uma nova chance de aprender e de se

sentirem parte das cidades e comunidades em que

estão inseridas. Isso também é seguir os passos

de Jesus.

Page 17: Revista Comuna 67

17

Page 18: Revista Comuna 67

18

CAPA

Page 19: Revista Comuna 67

19

uando o assunto é adoração, normalmente, as pessoas pen-sam e expressam ideias relacionadas a louvor. E, mais preci-samente, a música. Quem nunca acordou com um cântico na cabeça? Ou quem não se pegou debaixo do chuveiro imitan-do a voz de Adhemar de Campos e entoando: “Pra te adorar ó Rei dos reis/ foi que eu nasci ó rei Jesus/ meu prazer é te louvar/ meu prazer é estar nos átrios do Senhor/ meu prazer é viver/ na casa de Deus/ onde flui o amor”.

Esses momentos são muito comuns a todos os cristãos. Refletem um coração grato que, na grande maioria dos casos, se manifesta quan-do estamos felizes. Mas a verdade é que a vida não é cor de rosa, não é só alegria. E nos momentos de dor é difícil viver em adoração.

Quem nunca chegou abatido na igreja, precisando de encoraja-mento, de uma palavra amiga, um abraço, ou procurando consolo? E quem não sentiu que as estrofes dos louvores cantados no culto pareciam incendiar o coração outrora triste? Isso não é mágica.

Percebeu como quase automaticamente pensamos que a adoração está diretamente ligada ao louvor? Muitas vezes falamos dos dois como se fossem a mesma coisa. Conversamos com Rachel No-vaes, Ronaldo Bezerra e Adhemar de Campos e descobrimos que não só não são a mesma coisa, assim como adorar não tem a ver só com música.

Page 20: Revista Comuna 67

20

Isso acontece porque o louvor pode ser uma estrada que nos conduz à adoração, nos leva diretamente à presença do Pai. Acontece porque a adoração não deve ser expres-sada apenas nos momentos de alegria, mas também nos de tristeza, como Davi o fez. Ele escreveu diversos cân-ticos em momentos de emoções muito diferentes, mas o fez porque sabia que não era a música que lhe permitia sentir júbilo, era a gratidão ao Pai que dirigia seus passos à verdadeira alegria. A alegria em Deus, em quem Ele é.

Quando, assim como Davi, temos isso no coração, pode-mos entrar “por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor” para dar-lhe graças porque Ele “é bom e o seu amor dura para sempre” (Sl. 100.4-5).

É muito importante também destacar que adoração é dife-rente de louvor, como explica Ronaldo Bezerra: “Louvar é admirar, falar bem, elogiar, engrandecer. Quando louva-mos a Deus, estamos admirando os atributos do Seu cará-ter: fidelidade, bondade, amor, justiça, misericórdia, etc. Adorar é render culto a Deus. É prostrar-se diante dele em sinal de reconhecimento, é render tudo o que somos diante de tudo o que Ele é.”

Há muita confusão a respeito do que seja adorar a Deus - há aqueles que pensam que seja levantar as mãos em dire-ção aos céus, bater palmas, cantar ou dançar nos momen-tos de louvor. Segundo Richard Foster, autor do livro “A celebração da disciplina”, “cantar, orar, louvar, tudo isso pode conduzir à adoração, mas ela é mais do que qualquer desses atos.” Ou seja, a prática não se restringe a um ato em particular, a um estilo musical, ou a um momento es-pecífico no culto.

A verdade é que louvor e adoração são conceitos que po-dem ser considerados interdependentes, mas o problema para entender suas diferenças é antigo. “Acho que isso tem a ver com a nossa tradição religiosa. Muitos de nós ainda relacionam a adoração ao templo e não à vida”, ex-plica Rachel Novaes.

É preciso definir com clareza seu significado: adorar é um estilo de vida. O pastor Ronaldo amplia a ideia: “A cada dia que passa, fico mais convencido de que a vida de ado-ração é uma vida de serviço a Deus e ao próximo, como resultado de um amor que vai crescendo a cada dia; amor pelo Senhor, pela Igreja, pelo Reino, pela família e pelas pessoas que Deus deseja salvar e amar. Acredito que não existe outra forma de dizer que amamos a Deus que não seja amando o próximo. Quando amamos o nosso próximo estamos verdadeiramente adorando a Deus na prática.”

Assim também entende o pastor e escritor John Piper: “esta palavra é usada para nos referirmos a todos os atos do coração, da mente e do corpo, que expressam intencio-nalmente a infinita dignidade de Deus. Fomos criados para isso, como Deus o afirma: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz” - Is 43.7. Todos fomos criados para adorar. Mas, quando você pensa em adoração, não pense apenas nos cultos nas igrejas. Essa é uma grave limitação que não se encontra na Bíblia. Toda a vida deve ser adoração, como Paulo disse em Romanos 12.2: “Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”

É tudo o que somos, o que vivemos, o que fazemos e dei-xamos de fazer. É a nossa vida entregue a Deus. Por isso é necessário o novo nascimento. Sem passar por isso, não podemos adorar em espírito e em verdade. Mas sendo no-vas criaturas podemos viver cientes de que “quer comais

Page 21: Revista Comuna 67

21

quer bebais, ou façais outra qualquer coisa”, tudo o que fazemos é para glória de Deus.

A adoração não está atrelada apenas à música. As expressões artísticas como as de C. S. Lewis ou J. R. R. Tolkien, assim como as de outros escritores, cantores, poetas, advogados, jornalistas, engenheiros, médicos, mães, pais, casados, sol-teiros ou viúvos, são atos de adoração. A essência da adora-ção está na visão verdadeira de quem é Deus. Toda vez que manifestamos a excelência do Senhor por meio de palavras ou de ações procedentes de um espírito que O ama como Ele realmente é, estamos adorando “em espírito e em verdade”. Pode ser no trabalho, em casa ou na igreja. Não importa. O importante é que vejamos a glória de Deus em Jesus (verda-de) e O amemos acima de todas as coisas (espírito).

A prática desta disciplina espiritual é diária, constante. E é fruto de um relacionamento profundo com Deus. “Nós nos tornamos parecidos com aquilo que adoramos. Logo, se desenvolvemos essa íntima comunhão com Jesus, vamos nos tornando semelhantes a Ele nos pensamentos, nos sen-timentos, nas atitudes, na vida de forma geral. É fácil “ado-rar” quando estamos na igreja, mas adoração é bem mais do que isso. É amar como Jesus, servir como Ele, estar dis-posto a dar a vida. A adoração sempre nos levará pra mais perto de Deus e mais perto das pessoas”, explica Rachel.

Enquanto ensinava os discípulos a orar, Jesus menciona as palavras: “assim na Terra como nos Céus” – Mateus 6.10. Ele se referia à vontade de Deus e ao lugar onde ela deveria se manifestar. É também uma ação constante, assim como a registrada em Apocalipse 5.11-12, onde “milhões e mi-lhões de anjos” estão cantando permanentemente: “digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.” Isso é adoração. Não é apenas um momento, mas uma vida inteira que Lhe rende honra. Por isso, toda vez que oramos como Jesus nos ensinou estamos adorando.

O estilo de vida da adoração está preocupado com que Sua vontade seja feita – e não outra -, porque “não sou mais eu quem vive, mais é Cristo que vive em mim” (Gl. 2.20).

No clássico “O fim para o qual Deus criou o mundo”, Jo-nathan Edwards deixa isso mais claro ao comparar a vida do cristão com alguns fenômenos da natureza: “A água do ribeiro é proveniente da fonte e os raios solares são prove-nientes do Sol. Do mesmo modo, ambos são relacionados a Deus como Seu objeto, pois o conhecimento transmitido é o conhecimento de Deus; e o amor transmitido é o amor por Deus; e a felicidade transmitida é a alegria em Deus. Quan-do a criatura conhece, estima, ama, se regozija em Deus e O louva, a glória de Deus é, ao mesmo tempo, demonstrada e reconhecida; Sua plenitude é recebida e refletida. (...) As-sim, tudo é de Deus, está em Deus e existe para Deus; e Ele é o começo, o meio e o fim.”

Isso é adoração. Uma vida que reflete a glória de Deus permanentemente. Na alegria e na tristeza. Nas palavras, nas atitudes, nos sonhos e nos pensamentos. Em casa, na faculdade e no trabalho. Nas ruas, no transporte público, no trânsito. No amor ao próximo, nos relacionamentos. No encorajamento do irmão, na oração, no clamor. É render tudo o que somos diante de tudo o que Ele é.

Page 22: Revista Comuna 67

22

ENTREVISTA

á quase 40 anos, o pastor Carlos Alberto Bezerra e sua equipe sonhavam com uma igreja família, uma igreja adoradora. Um desses sonhadores era o pastor Adhemar de Campos.

Nesta entrevista exclusiva, o autor de mais de 500 músicas, fala de sua “aliança de amor sem fim” com Jesus, que o tem conduzido a uma vida de adoração.

Adhemar de Campos: Em Mateus 4.10, Jesus diz: “só ao Senhor teu Deus adorarás”. No grego, a pa-lavra que ali aparece é ‘latreia’, que em português tem dois significados: ‘adorar’ e ‘serviço’. Então, podemos concluir que uma coisa completa a outra: um adorador é um servo e um servo é um adorador. Pra mim, a essência da adoração é essa.

Adhemar de Campos explica que a comunhão dos irmãos é música para Deus

REVISTA COMUNA: O QUE É ADORAÇÃO?

Page 23: Revista Comuna 67

23

RC: ENTÃO, A ADORAÇÃO NÃO ESTÁ RESTRITA A UM MOMENTO ESPECÍFICO, MAS É UM ESTILO DE VIDA. COMO VIVER UMA VIDA DE ADORAÇÃO?

RC: HÁ MAIS PREOCUPAÇÃO COM A TÉCNICA DO QUE COM A INTIMIDADE COM DEUS? É TÃO DIFÍCIL CONCILIAR AS DUAS COISAS?

RC: LOUVOR E ADORAÇÃO SÃO A MESMA COISA? OU O LOUVOR É UM BRAÇO DA ADORAÇÃO?

RC: A OFERTA DE MÚSICA CRISTÃ TEM AUMENTA-DO CONSIDERAVELMENTE. MAS, AO MESMO TEM-PO, O CONTEÚDO PARECE DENUNCIAR QUE O OBJETO DE ADORAÇÃO SE PERDEU. O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Então, a palavra ‘adoração’ não se restringe a quem trabalha com música, mas está direcionada para os filhos. Em João 4.23 está escrito: “os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai”. Se é ao Pai, é porque são filhos. Assim, a adoração en-volve a cristandade, todos aqueles que estão em Cristo Jesus.

AC: É difícil alguém perder alguma coisa que foi real. Tal-vez se perdeu, é porque nunca a teve. Jesus usa uma figura muito interessante nos evangelhos, quando ensina sobre o Reino de Deus. Ele diz que é como um tesouro que um ho-mem acha num campo, e este vai à cidade e vende tudo o que tem para adquirir aquele campo. Então, quando achamos algo de valor inestimável, nos esquecemos completamente do resto. Porque não podemos trocar Jesus por nada nesse mundo. Não há nada que se compare.

Daí a importância da comunhão diária e constante com Deus. Não me refiro só a fazer sua devocional de manhã, mas a estar o dia todo sintonizado e ligado no Senhor, medi-tando, cantando, confessando textos bíblicos. Qualquer um de nós pode ser enganado se não estiver com os ouvidos de-vidamente afinados com a voz do Bom Pastor.

AC: Sim, há. Por uma questão simples: a motivação do co-ração. Em Salmos 51.6, Davi diz: “eis que amas a verdade no íntimo”. Se Deus ama a verdade no íntimo, para onde Ele está olhando? Para o meu interior. Então, posso fazer muito bonito no palco, mas quem sabe se está bonito mesmo é o Senhor, porque Ele não vê a aparência, mas o coração.

Não podemos abrir mão da técnica, mas ela não é a coisa mais importante. O mais importante é se Ele está vendo ver-dade no meu coração, nos meus acordes, no levantar das mi-nhas mãos, no meu cantar, no meu serviço.

AC: A partir do princípio que diz que nosso corpo é santu-ário do Espírito Santo - 1 Co. 6.19 -, eu posso concluir que a minha vida é um culto. Quando eu acordo já começou a minha ação de culto e serviço a Deus. Eu existo para servir, fui criado para isso. Então, o meu dia começa servindo ao Senhor em oração, servindo à família, à igreja, às pessoas, aos meus vizinhos. Isso é adoração para Deus, é a vida de um servo. Por isso Jesus, em Mateus 20.28, disse: “o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar sua vida em resgate de muitos.” Se cada cristão tivesse essa percepção e postura, nós tomaríamos conta do mundo.

Se um homem revolucionou a história, imagina o que uma igreja viva, atuante e consciente da sua posição em Cristo, da sua atuação no mundo, conseguiria!

AC: A adoração precede o louvor. Porque eu só posso louvar a quem eu adoro. Só posso louvar a quem eu conheço e de quem sou conhecido. Então, precisamos ter intimidade com Deus para adorá-lo, porque O adoramos por quem Ele é, não pelo que Ele pode fazer. Senão seria idolatria.

Somos filhos e temos acesso ao Pai. Temos em nós o Espírito que clama “Aba Pai”. Então, conforme essa comunhão vai se aprofundando, temos mais motivos para louvar, para agrade-cer, bendizer, tocar, cantar, compor.

É importante entender que a vida cristã é uma coisa simples: comunhão com Deus, Palavra e comunhão com os irmãos. Se

andarmos nesse caminho, teremos uma vida de adoração. Por isso não tem a ver com a música, a música somos nós mesmos. A comunhão dos irmãos é musica pra Deus, como diz em Salmos

133.1: “oh! Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união (...) ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.

É importante entender que a vida cristã é uma coisa simples: comunhão com Deus, Palavra e comunhão com os irmãos. Se

andarmos nesse caminho, teremos uma vida de adoração. Por isso não tem a ver com a música, a música somos nós mesmos. A comunhão dos irmãos é musica pra Deus, como diz em Salmos

133.1: “oh! Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união (...) ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.

Page 24: Revista Comuna 67

24

VIDA

#F A C AA D I F ERENCA

PR. RONALDO BEZERRA

COMECE ONDE VOCÊ ESTÁE COM O QUE VOCÊ TEM

Page 25: Revista Comuna 67

25

odos nós temos dons e talentos. E fomos abençoa-dos para abençoar a outros. O desejo do nosso co-ração deve ser: “Senhor, usa-me como um instru-mento para abençoar a minha geração!”. Se nunca fizemos esta oração é porque está faltando o fogo da paixão ou uma real experiência com Deus! O

apóstolo Paulo declarou que “o amor de Cristo nos cons-trange.” Então, a nossa resposta natural em relação ao amor que recebemos deve ser: “Senhor, eis-me aqui!”. A essência do evangelho de Jesus está no dar e não no re-ceber, porque “mais bem-aventurado é dar que receber.” Não fomos chamados para buscarmos bênçãos, mas para sermos uma bênção. Assim, se queremos fazer a diferença no trabalho, na faculdade, na família, ou na igreja, temos que começar, ainda hoje, a praticar três coisas:

Recentemente vi um vídeo da versão americana do progra-ma MasterChef. Ali, uma participante de nome Christine teve que preparar uma torta de maçã. Algo que nunca tinha feito. Ela duvidava muito da sua capacidade para conse-guir fazer aquilo, e o implacável Gordon Ramsey – numa atitude extremamente incomum – dedicou-se a encorajar a jovem, destacando o grande trabalho que tinha realizado com a torta apresentada. Ah, esqueci de mencionar, Chris-tine é cega.

Muitas vezes olhamos para nós e duvidamos dos dons que temos. Entregue o que você tem nas mãos de Deus, confie nele, e Ele te conduzirá a fazer a diferença onde você está e com o que você tem!

Nenhuma planta diz: “Não gosto mais desta terra. Vou me mudar para outro canto!”. Floresça no lugar em que está plantado.

Muitos pensam que conseguiriam fazer a diferença se mu-dassem de profissão, de emprego, de faculdade, de profes-sor, de chefe, de pastor, de igreja. Mas a verdade é que não precisa de nada disso. Comece onde você está e com o que Deus te deu. O simples fato de praticar esse princípio mu-dará completamente a sua perspectiva.

Não faça nada desconectado, isolado, independente. O solitário busca seu próprio interesse, é egoísta, centrali-zador, pensa em si mesmo, não sabe trabalhar em equipe, quer aparecer. A pessoa que deseja trabalhar sozinha não chega longe!

Além disso, procure ter alguém em quem poder confiar quando as tentações ameaçarem sua vida espiritual. Nunca desconsidere a importância de estar na congregação. Algu-mas pessoas hoje têm abandonado esse princípio para viver um cristianismo individual. Isso é perigoso! Ninguém é uma ilha. Não podemos vencer as tentações es-tando sozinhos. Precisamos uns dos outros.

Existe uma diferença entre ser familiarizado e ser íntimo. Por exemplo, alguém familiarizado conosco não conhece os detalhes da nossa vida, mas para ser íntimo é preciso aprender a desfrutar da companhia do outro.

A religião traz conhecimento bíblico, mas não traz intimi-dade com Deus. A religião nos familiariza com as coisas de Deus, mas só o Espírito Santo nos torna íntimos do nosso Pai.

Frequentar uma igreja não significa ter uma relação ínti-ma com o Senhor. Podemos trabalhar para Deus, e mesmo assim não O conhecer. Inclusive, o nosso trabalho precisa ser fruto da nossa comunhão com Deus. Fora isso, é puro ativismo! Queremos fazer parte da grande multidão que apenas vai à igreja, ora, pede milagres e recebe milagres; ou queremos ser amigos de Deus? A Bíblia diz que “o Senhor conhece quem lhe pertence” (2 Tm 2.19). Ou seja, precisamos tam-bém ser conhecidos dele.

Você quer fazer a diferença? Então saiba que absolutamen-te tudo o que você faz deve ser um serviço prestado a Deus, mesmo que seja o mais simples. Tudo o que fazemos é para o Senhor, e a recompensa virá dele. Ofereça a Ele os dons e talentos que Ele te deu, e você re-almente fará a diferença.

1

3

2

COMECE ONDE VOCÊ ESTÁ E COM O QUE VOCÊ TEM

CONHEÇA A DEUS E PERMITA QUE ELE TE CONHEÇA

NÃO FIQUESOZINHO

“USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E ASS ISTA AO V ÍDEO DE CHRIST INE NO MASTERCHEF”

RONALDO BEZERRA É PASTOR, MÚSICO, CANTOR, COMPOSITOR E L ÍDER DO MIN ISTÉR IO DE JOVENS DA COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE . É CASADO COM S IMONE BEZERRA E TEM DOIS F I LHOS , RONALDO E SOPHIA .

@RONALDOBEZERRA_

Page 26: Revista Comuna 67

26

REJE ITE A APAT IA SÉRGIO PAVARIN I

QUEBRANDO AS CORRENTES

ATUALMENTE, 27 MILHÕES DE PESSOAS VIVEM EM SITUAÇÃO DE ESCRAVIDÃO. COMO MUDAR ISSO?

Page 27: Revista Comuna 67

27

rabalhar por três meses na Europa, economizar e voltar ao Brasil com dinheiro suficiente para abrir meu próprio negócio. Esse era meu objetivo quan-do desembarquei na Suíça, em julho de 2014. Ao

chegar no apartamento em que ficaria hospedada, me dei conta de que havia caído numa armadilha. Para meu de-sespero, estava presa e fui obrigada a me prostituir. Após cinco dias de cativeiro, pulei do apartamento em que es-tava para a varanda do andar de baixo. Fui recebida por um senhor tão assustado quanto eu. Mesmo sem falar a mi-nha língua, ele entendeu a situação e me conduziu à porta. Corri até um ponto de ônibus e só conseguia gritar: “PO-LÍCIA, POLÍCIA”. O motorista me conduziu até um posto policial, e fui encaminhada à Embaixada Brasileira. Lá, conheci o Projeto Resgate, que me deu toda atenção, apoio psicológico, alojamento e preparou um plano de reintegra-ção para meu retorno ao Brasil. Quero agradecer de cora-ção a você que contribui com esse projeto. Vocês fizeram a diferença na minha história, na Suíça e no Brasil!”

Taty Rapini: O tráfico de pessoas é a indústria criminosa que mais cresce no mundo. Isso se dá por dois grandes moti-vos: a procura e rentabilidade do crime, por causa da grande clientela do mercado sexual; e a indústria da Fast Fashion, em que os trabalhadores que rendem lucro são aqueles que ganham muito pouco por muitas horas trabalhadas.

TR: A visão da 27 Million é combater o tráfico de pessoas de forma holística e unificada. Temos três colunas: Restau-ração (pós-resgate e reinserção na sociedade), Intervenção (trabalhos para identificação, denúncias e aplicabilidade da lei) e Prevenção (conscientização, educação e instrumen-talização, para que as pessoas saibam como se defender e defender o próximo). A transformação só ocorre quando essas três colunas caminham de mãos dadas.

TR: Em alguns casos, através de microfinanciamento, em outros, com conteúdos, treinamentos e trabalhos de coo-peração com organizações internacionais. Produzimos o documentário “1 Real”, que apresenta um panorama da realidade do tráfico para fins de exploração sexual. Ele foi divulgado nas 12 cidades que sediaram a Copa do Mun-do 2014. Também trouxemos para o Brasil o “Movimento GIFT Box”. Ele consiste em uma intervenção urbana com uma simulação do que acontece quando uma pessoa é trafi-cada, e foi realizado em parceria com o Ministério Público do Trabalho em São Paulo e Goiás.

TR: Estamos na segunda etapa de arrecadação para abrir em São Paulo a primeira Casa Liberdade, que vai cuidar de me-ninas resgatadas do tráfico para exploração sexual. Queremos oferecer um ambiente acolhedor, com apoio de uma equipe de profissionais de diversas áreas. Já estamos na metade do caminho, e tenho certeza de que o Senhor vai levantar novos apoiadores para transformar este sonho em realidade.

TR: De maneira geral, o grau de consciência é mínimo. Acreditamos na importância e urgência do envolvimento dos cristãos neste combate.

REVISTA COMUNA: QUAIS AS RAZÕES PARA O AUMENTO DO TRÁFICO DE PESSOAS? 

RC: A 27 MILLION PROMOVE O FORTALECIMENTO DE ORGANIZAÇÕES NO COMBATE AO TRÁFICO DE PESSOAS. QUAIS AS ESTRATÉGIAS E OS PRINCIPAIS RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ O MOMENTO?

RC: COMO SE DÁ O APOIO AOS PROJETOS?

RC: ALGUM PROJETO NOVO PRECISANDO DE AJUDA?

RC: QUE GRAU DE CONSCIÊNCIA AS IGREJAS TÊM SOBRE ESSE GRAVE PROBLEMA?

Segundo a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas movimenta US$ 32 bilhões por ano no mundo. A grande maioria desse dinheiro provém de exploração sexu-al. No Brasil, esse fenômeno atinge principalmente mulhe-res jovens nos Estados mais pobres. Infelizmente, o nível de consciência da igreja evangélica no país quanto a esse grave problema social ainda é pequeno, mas já há alguns trabalhos importantes sendo feitos para combater essa cha-ga que rouba a dignidade dos cidadãos.

Diretora da ONG 27 Million, Taty Rapini se emocionou ao compartilhar a história que abre esta entrevista. Optamos por preservar a identidade da jovem resgatada. Em papo com a Revista Comuna, Taty fala sobre essa realidade as-sustadora e sobre como combatê-la.

PARA CONHECER O PROJETO DA CASA L IBERDADE

ASS ISTA AO DOCUMENTÁRIO “ 1 REAL”

TATY RAPIN I É D IRETORA DA ONG

27 MILL ION BRASIL E , JUNTO COM

UMA EQUIPE ESPALHADA AO REDOR

DO MUNDO, TEM LUTADO PARA QUE

ESSE ASSUNTO SEJA CONHEC IDO E

D IVULGADO EM TODOS OS LUGARES

Page 28: Revista Comuna 67

28

uitas bandeiras, cores, música, gratidão, compro-misso e purê de batatas. Assim podemos resumir a Festa da Multiplicação, na Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo. E você não leu errado, tinha muito purê de batatas. Era tempo de agra-

decer ao Senhor por todas as vidas que foram alcançadas através das células. Mas a festa não ficou só em Ermelino. Quatro outras Comunidades também comemoraram o seu crescimento e reafirmaram o compromisso de levar cada vez mais pessoas a Jesus.

As Comunidades em Ermelino, Itaim Paulista, Mogi das Cruzes e Jardim Presidente Dutra realizaram primeiro a Festa da Colheita. O objetivo é que cada célula realize um encontro evangelístico e desafie os membros a levarem fa-miliares, amigos, colegas de trabalho. Só neste ano, as igre-jas reuniram mais de 14 mil pessoas nas casas.

Tudo isso culmina em uma outra grande festa, a da multi-plicação. Os membros e líderes das células se reúnem no prédio da igreja, vestindo camisetas com as cores de suas áreas e carregando bandeiras dos GCEMs. Ali, eles cele-bram e agradecem a Deus por todas as vidas que foram alcançadas nos dias anteriores, nas células.

Em Ermelino Matarazzo, um outro elemento foi adicionado neste ano: um purê. Cada célula levou suas batatas cozidas

e lá, juntos, todos as amassaram e as uniram no palco. Esse ato foi para representar a unidade da igreja – quando estão cruas, as batatas podem até estar no mesmo saco, mas não têm nenhuma ligação; quando cozidas, amassadas e coloca-das juntas, nada mais pode separá-las, elas são uma coisa só.

E isso não foi só em Ermelino. Na Comunidade da Graça em Sorocaba, a festa ficou por conta do MAG, que comemorou o nascimento de novas células. Os jovens se reuniram na casa dos líderes, cantaram louvores e ouviram uma palavra encora-jadora sobre a multiplicação de pães e peixes.

O ambiente ficou cheio de luzes coloridas que faziam bri-lhar as camisetas brancas que a maioria vestia. Depois de ouvirem a Palavra de Deus e agradecerem, todos fizeram um novo compromisso de trazer e ajudar a firmar mais pes-soas, para começar 2016 com uma família ainda maior e comprometida com o “ide” de Jesus. Os novos líderes fo-ram presenteados com um memorial e um certificado.

Como o rei Salomão disse no livro de Eclesiastes, “tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua oca-sião” (3.1). Em Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, Jar-dim Presidente Dutra, Mogi das Cruzes e Sorocaba é tempo de agradecer a Deus por tudo o que Ele tem feito e de firmar um novo compromisso de continuar seguindo a Jesus e fa-zer mais discípulos.

NOSSA COMUNIDADE

TEMPO DE AGRADECER

COMUNIDADES REALIZAM FESTA DA MULTIPLICAÇÃO EM MOMENTO DE AÇÕES DE GRAÇAS E UNIDADE

Page 29: Revista Comuna 67

29

CG ERMELINO CG ERMELINO

CG PRESIDENTE DUTRA

CG PRESIDENTE DUTRA

CG SOROCABA CG SOROCABA

CG PRESIDENTE DUTRA

CG ERMELINO

Page 30: Revista Comuna 67

30

luta contra a corrupção tem se feito presente no dia a dia dos brasileiros. Manifestações, ações de órgãos públicos, abaixo-assinados, tudo isso têm feito coro às vozes que pedem um país mais justo e sem os desvios de verba tão comuns em quase todos os processos.

Procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, também quer um Bra-sil mais justo. Em parceria com alguns colegas, ele criou a iniciativa do Ministério Público Federal de 10 medidas para combater a corrupção.

Segundo ele, a corrupção sangra o nosso país e não é um problema de um partido ou um governo, mas é sistêmica. Deltan convida os brasileiros a participarem de um abaixo--assinado para que as medidas sejam levadas ao Congresso e se tornem um projeto de lei de iniciativa popular, assim como a Ficha Limpa. Para isso, pelo menos 1,5 milhão de pessoas precisam assinar o projeto.

Como cidadãos brasileiros, precisamos continuar engaja-dos nesta luta por um país mais honesto. Eu recomendo a leitura atenta das propostas e o apoio ao abaixo assinado. Sem dúvida, é uma iniciativa que pode ajudar, e muito, no combate à corrupção no Brasil.

ACESSE O S ITE PARA CONHECER MAIS SOBRE O PROJETO E ENTENDER AS MEDIDAS A FUNDO. NELE VOCÊ TAMBÉM ENCONTRA AS INSTRUÇÕES PARA DE IXAR A SUA ASS INATURA.

VOCÊ SABIA QUE . . . CARLOS BEZERRA JR .

PASTOR, MÉDICO, DEPUTADO ESTADUAL , PRES IDENTE DA COMISSÃO DE D IRE ITOS HUMANOS DA ASSEMBLE IA LEG ISLAT IVA DE SÃO PAULO. CASADO COM PATRÍC IA BEZERRA, E PA I DE G IOVANNA E G IUL IANNA

@CARLOSBEZERRAJR

PREVENÇÃO À CORRUPÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PROTEÇÃO À FONTE DE INFORMAÇÃO;

CRIMINALIZAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DE AGENTES PÚBLICOS;

AUMENTO DAS PENAS E CRIME HEDIONDO PARA CORRUPÇÃO DE ALTOS VALORES;

AUMENTO DA EFICIÊNCIA E DA JUSTIÇA DOS RECURSOS NO PROCESSO PENAL;

CELERIDADE NAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA;

REFORMA NO SISTEMA DE PRESCRIÇÃO PENAL;

AJUSTES NAS NULIDADES PENAIS;

RESPONSABILIZAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS E CRIMINALIZAÇÃO DO CAIXA 2;

PRISÃO PREVENTIVA PARA ASSEGURAR A DEVOLUÇÃO DO DINHEIRO DESVIADO;

RECUPERAÇÃO DO LUCRO DERIVADO DO CRIME.

AS MEDIDAS SÃO:

1

2

3

4

5

678

9

10

Page 31: Revista Comuna 67

31

A oração sincera é a base do relacionamento saudável e eterno com o Criador, pois afirma não apenas que Deus é o Senhor como também reconhece que nosso esforço e nossa capacidade são limitados diante da complexidade da vida. E quando o povo de Deus ora junto sobre temas específicos, a igreja se fortalece.

A editora Mundo Cristão convidou mulheres comprometidas com o Senhor

e sua igreja para falar sobre este assunto e criar uma verdadeira corrente de oração para que a vontade de Deus se cumpra e o avivamento ocorra. A pastora Suely Bezerra está entre essas mulheres de Deus, dando seu valoroso aporte para abençoar a vida de muitos. Não deixe de ter este material na sua biblioteca!

RECOMENDO

L IVRO

STORMIE OMART IAN, DEV I T I TUS , HELENA TANNURE , SUELY BEZERRA E OUTRASMUNDO CR ISTÃO

O PODER DA IGREJA QUE ORALIVRO

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E COMPRE O L IVRO NA LOJA COMUNA

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E ASS ISTA O TRAILER DO F I LME

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E COMPRE O ÁLBUM

iOS ANDROID

USE O LE ITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR E COMPRE O L IVRO

CD

RBC UNITED PURSUIT RECORDS PURE FL IX PRODUCT ION

TUDO PARA ELEOSWALD CHAMBERS

S IMPLE GOSPELUNITED PURSUIT

VOCÊ ACREDITA?

Provavelmente este seja um dos melho-res – e mais esperados - lançamentos internacionais do ano. A banda é está formada por um grupo de amigos que se reúne semanalmente num antigo ar-mazém para cantar e adorar a Jesus. As músicas deste álbum conduzirão você a uma experiência de adoração centra-da na verdade simples do evangelho de Jesus Cristo.

Um relacionamento constante e pro-fundo com Deus produz uma vida de adoração. Oswald Chambers sabia muito bem disso e escreveu este livro - originalmente lançado em 1935 - que tem se transformado num verdadeiro clássico da literatura cristã. O conteúdo deste trabalho levará sua vida devocio-nal a um novo patamar.

Dos mesmos criadores de “Deus Não Está Morto”, chega este novo filme que busca mostrar a importância de compartilhar a mensagem de salvação da Cruz. Com grandes nomes do cine-ma, como a ganhadora do Oscar, Mira Sorbino, Sean Astin e outros, o longa pergunta ao espectador: Você acredita na cruz? Então o que fará com isso?

F I LME

Page 32: Revista Comuna 67

32

PATRÍCIA BEZERRA E ADHEMAR DE CAMPOS PARTICIPAM DE ABERTURA DA IV FLIC

ACONTECEU

A Comunidade Vida em Família, em Salvador (BA) – igreja parceira, que caminha junto com a Comunidade da Graça –, completou oito anos no mês de agosto. E, para comemorar, realizou a Conferência “A Igreja para a Cidade” nos dias 8 e 9, com a participação especial do pastor Carlos Alberto Bezerra.

Ele esteve presente nos dois dias de evento e pôde cele-brar com os irmãos queridos que estão lá no Nordeste.

Nos dias 12, 13 e 14 de agosto, aconteceu a Feira Inter-nacional Literária Cristã, FLIC, no Espaço São Luís, em São Paulo. A quarta edição do evento contou com diversas autoridades políticas e personalidades do mundo cristão. Na abertura, o pastor Adhemar de Campos e a pastora e vereadora Patrícia Bezerra estiveram presentes.

Patrícia falou sobre a importância dos relacionamentos: “Deus não nos criou para sermos marionetes dele, mas para termos relacionamento. Os nossos planos começam no campo das relações.” Ela ainda participou da cerimônia de oficial de abertura, sendo uma das responsáveis por de-samarrar a faixa que simbolizava o início do evento.

PR. CARLOS ALBERTO BEZERRA VAI AO NORDESTE

Page 33: Revista Comuna 67

33

CG SANTO ANDRÉ COMEMORA INAUGURAÇÃO DO NOVO PRÉDIO

Nos dias 14 e 15 de agosto, a Comunidade da Graça em Londrina recebeu mais de 300 pastores e líderes de célu-las num encontro específico para a região sul. O evento acontece três vezes ao ano e faz parte de uma agenda em que os pastores Carlos Alberto Bezerra e Osmar Misa-el Dias viajam para as diversas regiões do país, levando uma palavra de encorajamento aos líderes.

Dessa vez, as ministrações giraram em torno da reafirma-ção da visão da Comunidade da Graça e do compromisso em alcançar pessoas e formar discípulos de Jesus.

A Comunidade da Graça em Santo André está de casa nova! No dia 2 de agosto, foi inaugurado o novo prédio da igreja, agora na Rua Oratório, 5115.

Foi realizado um culto cheio de celebração e gratidão, com mais de 300 pessoas presentes. As ministrações ficaram por conta do pastor Jocimar Araújo, titular da Comunida-de, e também de um convidado muito especial, o pastor Davis Mosço, de São Mateus.

REGIÃO SUL REÚNE MAIS DE 300 LÍDERES EM ENCONTRO

Page 34: Revista Comuna 67

34

A Comunidade da Graça em Toyohashi, no Japão, teve um final de semana repleto de libertação e da celebração da nova vida no mês de agosto. Nos dias 15 e 16, foi re-alizado o Encontro Vida Vitoriosa em Hamanako, cidade próxima à igreja. 25 pessoas participaram e ouviram mi-nistrações dos pastores Evanir e Célia Ferreira, e também do diácono Jefferson Leide.

Para completar, o tempo foi encerrado com o batismo de 11 pessoas numa praia da região e com a recepção de sete novos membros na Comunidade.

VIDA VITORIOSA E BATISMO NO JAPÃO

ACONTECEU

CLIMA DE FESTA EM ATIBAIA E SANTOSO mês de agosto foi marcado por muita festa nas Comu-nidades em Atibaia e Santos: as duas igrejas comemo-raram seus aniversários. A CG Santos completou cinco anos em um culto especial no dia 16, com direito, inclu-sive, a um lindo bolo. O clima era de alegria e gratidão.

Em Atibaia, a festa aconteceu nos dias 16 e 23, com muitos convidados especiais. No primeiro domingo, o pastor Car-los Alberto Bezerra e Rachel Novaes estiveram presentes; no dia 23 foi a vez do pastor Osmar Misael Dias; e para fe-char o mês de comemoração, o grupo de jovens apresentou uma peça de teatro sobre a vida na igreja.

Page 35: Revista Comuna 67

35

A Comunidade da Graça tem um compromisso sério com relação à formação de líderes. Como o pastor Carlos Al-berto Bezerra costuma dizer, é preparar as ovelhas para cuidar de outras ovelhas. Mas, para isso, elas precisam es-tar preparadas e aptas, afinal, não tem como ensinar algo que não aprendemos.

O Curso de Treinamento de Líderes (CTL) existe exatamen-te para isso. E, no mês de agosto, duas das nossas Comuni-dades comemoram a formação de mais de 100 novos líderes.Na CG Guarulhos, o curso leva o nome de Escola de Diri-gentes. Na primeira turma deste ano, 54 pessoas se forma-ram. Elas firmaram o seu compromisso no dia 16 de agosto, em uma noite com retrospectivas de diversos momentos das aulas e homenagens aos pastores Diniz e Zuleide, ao co-ordenador Fernando Diniz, e aos professores. Também foi apresentada a nova turma da Escola de Dirigentes, que já começou com 43 alunos.

Em Itaquera, uma noite cheia de emoção também marcou o encerramento do CTL. O curso foi ministrado no primeiro semestre desse ano e contou com a presença de 61 pessoas que se formaram como novos líderes. A formatura aconteceu também no dia 16 e contou com a presença dos pastores Lu-dovico e Solange Motta, Leandro e Fabiana Menezes e

FORMANDO LÍDERES

Page 36: Revista Comuna 67

36