revista comuna 49

48
1

Upload: dinbrasil

Post on 22-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Liderança através do Exemplo Quatro lições de liderança com os discípulos de Jesus Como lutar contra o orgulho mesmo diante dos elogios Discipulado e educação uma parceria dos pais e da escola

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Comuna 49

1

Page 2: Revista Comuna 49
Page 3: Revista Comuna 49
Page 4: Revista Comuna 49

Produção: Associação Comunidade da Graça

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: César Stagno - MTB 58740

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Diagramação: Salsa Comunicação www.salsacomunicacao.com.br

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Contato Publicitário: Gabriela R. Bedore

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

49comuna Olá!

Comuna e vc!

Amado leitor,

A Revista Comuna completa nesta edição 5 anos de vida. Como ferramenta da Comunidade da Graça para abençoar vidas, não poderíamos deixar de comemo-rar especialmente com um trabalho sobre algumas das lições que os discípulos de Jesus entregaram para os cristãos cooperarem na construção da casa de Deus.

É preciso não só guardar com zelo estas lições, mas reproduzi-las constantemente em nossa caminhada cristã para gerarmos discípulos sadios e cheios da sabedoria do Mestre.

Queremos convidá-lo a uma leitura edificante, na certeza de encorajá-lo a caminhar aplicando os princípios da vida cristã no cuidado das ovelhas do rebanho de Cristo.

Deus abençoe você. Boa leitura!

Wagner Fernandes

Graça e paz. Louvo a Deus pela excelência dos assuntos tratados todo mês na revista COMUNA. Através deles sou altamente edificado. Consegui sair de um quadro de distimia que carregava a vários anos, com a ajuda de Deus, do médico e dos irmãos. Hoje sou capaz de ajudar a outros que passam por situações assim. Continuem com esta visão. Sei que há muitas pessoas sendo abençoadas pelo conhecimento de Cristo.

Maurício Mendes Bastos Junior Comunidade da Graça em Governador Valadares/MG

O artigo da pastora Suely “Discipulado um a um” veio de encontro ao que tenho vivido e acrescentou mais ao que Deus tem me orientado a fazer. Ele me chamou para ser intercessora e para ensinar e instruir, levando vidas ao batismo e forman-do discípulos para Ele, pois as pessoas precisam ser cuidadas e amadas. Muito do que aprendi no início da minha vida cristã foi com a pastora Suely na Comunida-de da Graça Sede. E até hoje acompanho e me sinto instruída por ela, mesmo à distância. Sou grata a Deus por fazer parte dessa igreja família.

Maria Ercília Munafo Tostes – Comunidade da Graça em Sorocaba/SP

SedeRua Eponina, 390 - V. Carrão

(11) 2090-1800

Acesse o Portal Comunawww.comuna.com.br

Carlos Alberto de Quadros BezerraFundador e Presidente da

Comunidade da Graça

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião!

[email protected]

Page 5: Revista Comuna 49

24

06 08

10 20

06 - VisãoPerfil do líder ideal

08 - MulheresJesus é a prioridade real

10 - Ponto de VistaA oração de Jesus

12 - Eles Andaram com JesusGladys Aylward

14 - EducaçãoDiscipulado e educação

16 - FamíliaResolvendo conflitos como discípulos de Jesus

18 - Sonhos PossíveisO Rabi que demonstrou o valor das mulheres

20 - CélulasCélulas de jovens

22 - Louvor & AdoraçãoUma vida para Deus

32 - ComunidadeComunidade da Graça em Tatuí/SP

35 - Fundação CGPoliclínica Cáritas

38 - EspecialComo lutar contra o orgulho, especialmente diante dos elogios

40 - Texto e ContextoConstruindo a casa de DeusParte II

42 - Aconteceu

Page 6: Revista Comuna 49

6

cia não determinou seu futuro. O importante é que sua vida começou na cruz, na sua identificação com a morte e ressur-reição junto com Cristo. Aprendeu a vencer seu problema e tornou-se um cristão útil e eficiente no reino de Deus.

Havia bom testemunho a seu respeito (v. 2). Ele foi testado e aprovado ao longo de, aproximadamente, seis anos.

Dentre as principais qualidades do líder estão a lealdade (2Tm 3.10-11) – Timóteo era um homem forte, em quem Paulo podia se escorar –, a diligência no serviço (Lc 12.37-48) e a fidelidade na administração (Lc 16.1-13). A escolha sempre deve recair no caráter, e não nos carismas de cada um.

VISÃO Carlos Alberto Bezerra, pr.

PERFIL DO LÍDER IDEALTimóteo era o nome de um jovem que experimentou a graça de Deus por ocasião do ministério de Paulo. Ele se tornou seu fiel companheiro e cooperador.

As expressões “meu filho amado e fiel no Senhor” (1Co 4.17) e “filho na fé” (1Tm 1.2) parecem implicar não só o grande amor que Paulo tinha por Timóteo, mas também que ele era seu pai espiritual. Seja como for, torna-se claro que, por ocasião da primeira viagem missionária (2Tm 1.5 e 3.11), o apóstolo visitou Listra, e que Eunice, mãe de Ti-móteo, e sua avó Lóide já eram viúvas e o moço Timóteo tinha idade suficiente para compreender as lições sobre a nova fé que sua mãe havia adotado (At 16.1). No entanto, desde a infância Timóteo havia sido instruído nas Sagradas Escrituras (2Tm 3.15), apesar de não haver sido circunci-dado (At 16.3).

Alguns anos mais tarde, por ocasião da segunda viagem missionária, Paulo soube que o jovem tinha bom testemu-nho dos irmãos que estavam em Listra e em Icônio (At 16.2), por isso Paulo resolveu levá-lo consigo, separando-o para ser evangelista, pela mão do presbitério e do apóstolo (1Tm 4.14 e 2Tm 1.6). Para não ofender os judeus, Timóteo foi circuncida¬do. Por este ato, Paulo manifestou o dese-jo de preparar o jovem evangelista para começar a obra, sem escandalizar os judeus a quem ia pregar. Daí em dian-te, Paulo e Timó¬teo estavam unidos no mesmo trabalho: formar homens (Êx 18.19-21) e ensinar tudo a todos (Cl 1.24-29, 2Tm 2.2).

Timóteo tornou-se um “discípulo” (v. l). Era ensinável, pronto para aprender. No aprendizado diário precisamos aprender a fazer perguntas, e não agir como se já conhecês-semos todas as coisas. Paulo nos ensina a importância de prepararmos outros para fazerem nossas funções. Este é o verdadeiro discipulado.

Timóteo venceu problemas pessoais (v. l). Vivia num lar di-vidido, pois sua mãe era cristã e o pai pagão. A sua procedên-

Características de Timóteo (At 16.1-4)

Características do líder (At 6.3; 9.10 e 19; 22.12; 1Tm 3.7; 5.10)

A fidelidade se manifesta em três dimensões:• Nas pequenas coisas: varrendo, cuidando de ór-

fãos, viúvas, horários, palavra etc.

• No dinheiro – nos bens de Deus. Se não partici-pam financeiramente, pelo menos como dizimis-tas, não podem ser líderes.

• Com os bens de outras pessoas.

Page 7: Revista Comuna 49

7

O ministério local deve ter a capacidade para treinar seus líderes (Ef 4.12; 5.1). Deus concedeu graça a cada um; daí a importância do ministério local, discer-nindo os dons de seus futuros líderes, ajudá-los a sentirem-se úteis na edifica-ção do corpo de Cristo (Rm 12.3-8):

Qual é o fruto apresentado?

O que está produzindo e o que os outros dizem a seu respeito?

O que a palavra profética tem fa-lado sobre a pessoa?

Qual é o sentimento dela em rela-ção ao dom recebido?

Na experiência pessoal de Jesus, rela-cionada com o caráter dos líderes, po-demos analisar os seguintes elementos:

Caniços – Na edificação da Igreja não se pode contar com homens que se dobram diante de qualquer pressão maior dos ventos contrários e impetu-osos. São pessoas que têm potencial,

Durante seis anos, aproximadamente, Timóteo foi preparado na igreja local em Listra. Agora, todos davam bom testemunho, tanto do seu caráter como do seu dom (2Tm 1.4-5).

Todos recebemos o chamado de Deus (Jo 15.16). Mas ao escolher alguém para o ministério deve-se levar em consideração o preparo para o traba-lho. Paulo convidou Timóteo para que fosse equipado e preparado para assu-mir maiores responsabilidades.

O grande equívoco é escolher e enviar antes de equipar e preparar. A escolha deve primeiro discernir o caráter e de-pois o reconhecimento do dom.

O caráter fala da experiência de regene-ração, enquanto o dom fala da capaci-tação recebida de maneira sobrenatural para cumprir o ministério (1Tm 4.14).

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

Extraído do livro ‘Apascentai o Rebanho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego

Qualificações (1Tm 3.1-13)

Escolha e preparação de Timóteo

mas são instáveis. Deixam-se guiar pelas emoções e sentimentos. Como Pedro, elas devem ser transformadas em rochas (Lc 22.31-33; Mt 16.16-19) através do poder da regeneração.

Pedras – Falam sobre estabilidade e firmeza. Podem ser lapidadas e tra-balhadas. Não devem ser colocadas antes da hora ou precipitadamente. As pedras podem ser trans¬formadas em colunas (2Pe 2.5). Nosso propósito e trabalho dizem respeito à edificação da casa de Deus. A pedra será transfor-mada em coluna e será a casa de Deus (Gn 28.16-22).

Colunas – As colunas falam de pesso-as fortes e estáveis. Colunas são cris-tãos que, uma vez equipados, tornam--se líderes fortes que sustentarão os que serão acrescentados ao reino de Deus (Gl 2.9). Os vencedores serão feitos colunas no santuário de Deus (Ap 3.12), sobre os quais estão grava-dos o nome da cidade de Deus, a nova Jerusalém – a Igreja.

A razão pela qual Paulo envia Timóteo é porque ele havia sido transformado numa coluna forte e resistente que haveria de apoiar e sustentar a muitos outros no reino de Deus.

Extraído do livro ‘Apascentai o Re-banho’, de Carlos Alberto de Quadros Bezerra, editora Fôlego

1

2

3

4

Page 8: Revista Comuna 49

8

MULHERES Suely Bezerra, pra.

JESUS É APRIORIDADE REALTenho observado com muita alegria como as mulheres cris-tãs têm comemorado o dia 8 de março –Dia Internacional da Mulher – tão entusiasticamente. Celebramos esta merecida data nas reuniões da Igreja, a exemplo de várias entidades sociais espalhadas por todo o Brasil.

A cada dia que passa vemos mais mulheres dando provas da sua capacitação, ocupando espaços importantes nas áreas so-ciais, de saúde, educação, política, enfim, dando toda a sua valiosa contribuição ao mundo moderno.

Com isso, entretanto, seu tempo também torna-se pequeno para tantas atividades, e muitas vezes a mulher acaba por se ocupar do urgente e se esquece do importante, das priorida-des da vida. Assim, seus filhos sofrem, o lar padece, o marido sente-se abandonado pela falta de tempo com sua esposa etc. E quanto à sua vida espiritual, não existe tempo para a prio-ridade maior: Jesus.

No texto de Lucas 10:38-42, Jesus nos relata sobre sua estada em Betânia, na casa de Maria e Marta, duas irmãs tão dife-rentes! Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada com muitos serviços. Maria sentava-se aos pés do Senhor e ouvia--lhe os ensinamentos. Marta, vendo que só ela trabalhava, perguntou a Jesus:

“Senhor, não te importas de que minha irmã tivesse dei-xado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe pois que venha ajudar-me.” (v. 40)

Jesus, porém, lhe respondeu:

“Marta, Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” (v. 41-42)

E o que isso tem a ver com o Dia Internacional da Mulher? Numa época em que mostramos ao mundo nosso valor, ha-bilidades e competências, estamos correndo o risco de nos esquecer do principal, que é estar com o Senhor Jesus.

Page 9: Revista Comuna 49

9

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

Sem dúvida, todas temos as mesmas vinte

e quatro horas para trabalhar e cumprir

nossas responsabilidades. Contudo, recordemos que

é preciso haver tempo para o que Deus quer

que façamos.

Nosso tempo é curto e nos tornamos muito ativistas. A frase que mais ouvimos das mulheres de nossos dias é: “não tenho tempo”. Sem dúvida, todas temos as mesmas vinte e quatro horas para trabalhar e cum-prir nossas responsabilidades. Porém, existem muitas coisas que ocupam o nosso tempo: a família, o tra-balho, a igreja, os estudos, as amizades, a academia, o lazer etc. Sentimos que não temos as horas do dia suficientes para tudo o que temos para fazer. Contu-do, recordemos que é preciso haver tempo para o que Deus quer que façamos.

Se me encontro sem tempo para algo valioso, devo exa-minar minha agenda para ver o que posso eliminar ou rearranjar. Não é fácil determinar prioridades. Ainda que inúmeras coisas nos pareçam muito importantes e muito boas, não podemos fazer tudo. Ninguém pode fazer tudo!

O texto bíblico acima de Lucas fala a nós, mulheres. Maria havia escolhido a boa parte, tomando tempo para sentar-se aos pés de Jesus e ouvi-lo; enquanto Marta es-tava inquieta, ansiosa e preocupada com muitas coisas.

Marta havia proposto realizar aquilo que sozinha não po-dia terminar. Sobrecarregada, ela tratou de servir Jesus sem, contudo, dedicar tempo para estar a sós com Ele.

Quantas vezes somos como Marta? Para resolver este problema é necessário definir as prioridades de nossa vida, e cumpri-las; sabendo dizer ‘não’ àquilo que só rouba o nosso tempo do que é importante – que até pode ser urgente, mas não é prioritário.

Tomemos cuidado com nosso tempo! Nos dias atuais, com tanta correria e muito a realizar, não nos esqueça-mos de nossa principal prioridade: Jesus.

Nesse ainda início de ano, separe uns minutos para reorganizar sua vida. Reserve tempo para suas ativi-dades normais e, como Maria, também para estar aos pés de Jesus, sabendo que os momentos passados na presença dele são para seu crescimento, edificação, firmeza na Palavra; e que esta boa parte não lhe será tirada, antes, trará um peso de glória muito excelente, amontoando tesouros para a eternidade. Pense nisso. Jesus é sua real prioridade.

Aqui deixo minha homenagem a todas as mulheres que, com sua vida de exemplo e dedicação, têm escrito a história desse país.

Um pouco da históriaNo dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram uma greve para rei-vindicar melhores condições de tra-balho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres fo-ram trancadas e a fábrica foi incen-diada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Em 1910, na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Interna-cional da Mulher", em homenagem a estas mulheres.

Page 10: Revista Comuna 49

10

PONTO DE VISTA Carlos Bezerra Jr.

Page 11: Revista Comuna 49

11

a Deus. Conheceremos seus desejos como resultado de paixão e intimidade.

...as nossas dívidas. É interessante o padrão estabelecido por Jesus: assim como perdoamos os nossos devedores. E se extrapolarmos esse princípio para outras áreas? Seja generoso conosco, assim como temos doado generosa-mente a outros o que de ti recebemos. Aja com misericórdia conosco, assim como temos sido compassivos até para com aqueles que o mundo julga não merecer compaixão...

...do mal. Múltiplas manifestações do mal podem embaçar as lentes através das quais enxergamos a Deus. Livra--nos da autossuficiência e do orgulho, ensinando-nos a reconhecer a tua mão como origem de toda boa dádiva.

Orar a oração de Jesus é pedir ao Pai que nos faça uma comunidade de amor, de solidariedade e de serviço. Uma comunidade da Graça!

“A palavra convence, o exemplo ar-rasta”, diz o adágio. Não por acaso, Jesus é conhecido como “Mestre dos mestres”. O Senhor explicou ideias profundas usando parábolas que con-tinham elementos simples do dia-a-dia do povo. Acompanhadas de ação, suas palavras têm impactado milhões de pessoas ao longo da história.

De forma didática, Cristo nos deixou modelos cuja riqueza é fonte de ins-piração permanente. Por certo, um dos mais conhecidos é o “Pai Nosso”. Em artigo publicado há alguns anos no Los Angeles Times, a escritora K. Connie Kang estimou que, por ocasião da Páscoa, dois bilhões de cristãos de diversas vertentes naquele ano oraram o pai-nosso em milhares de idiomas.

Muitos livros já foram escritos sobre a oração de Jesus, mas gostaria de também registrar alguns pensamentos singelos que me ocorreram ao meditar sobre esse modelo literalmente sobre-natural. “Jesus ensina-nos a orar”, pe-diram os discípulos. Comecem assim: “Pai Nosso...”, respondeu Jesus.

Sim, ao chamá-lo de pai, não o cha-mamos pelo nome, e sim por uma característica: ele é Pai. Essa palavra tinha um significado social diferen-ciado na cultura oriental em que os discípulos estavam inseridos (pro-vedor, autoridade etc.). No entanto,

na oração de Jesus a palavra Abba denota intimidade, amor e admira-ção. “Sim, vocês devem chamá-lo de paizinho, da mesma forma que eu o chamo”, é o que Cristo está dizen-do. “Abba tem por nós exatamente o mesmo amor que tem por Jesus”, nos lembra o escritor Brennan Manning.

Sim, Ele é comunitário. A relação com o Pai sempre envolve a comu-nidade. Orar é se reconciliar com ele e com seus filhos. É pertencer a uma comunidade singular aqui na Terra. Trata-se de pessoas que deixaram a casa do “meu” e imigraram para a terra do “nosso”, onde “eu”, “meu” e “minha” são referências de um passa-do míope e egoísta.

...seja o teu nome. Nossas atitudes re-velam a quem pertencemos. O santo nome do Senhor às vezes é alvo de descrédito por conta de falhas cometi-das por seus filhos. Cada um de nossos atos deve indicar o DNA divino, se-jam eles públicos ou não. Como disse Moody, “caráter é o que eu sou quan-do ninguém está me olhando”.

...o teu Reino. Segundo Ricardo Bar-bosa, “esta é a oração mais radical que um cristão pode fazer porque o reino divino é o governo de Deus entre nós”. Eu e você fazemos parte da resposta a esse pedido, afinal a igreja é agente do Reino do Pai.

...feita a tua vontade. Muitos casais se conhecem tão bem que um dos cônju-ges identifica o que o outro quer através de sinais quase imperceptíveis. O mes-mo deve acontecer conosco em relação

PAI?

NOSSO?

PERDOA...

LIVRA-NOS...

SANTIFICADO...

VENHA...

SEJA...

Carlos Bezerra Jr., pastor, médico e deputado estadual. Autor de lei contra a escravidão apontada pela ONU como exemplo para o mundo. Criador do Programa Mãe Paulistana. Único parlamentar evangélico apontado como o melhor político paulistano (levantamento da ONG Voto Consciente). É casado com Patrícia Bezerra e pai da Giovanna e da Giulianna. Segue aprendendo com Jesus a orar. Por si e pelo próximo.

Na oração de Jesus a palavra Abba

denota intimidade, amor e admiração.

Page 12: Revista Comuna 49

12

Paulo Alexandre Sartori

A vida de Gladys Aylward foi contada no livro ‘Apenas Uma Pequena Mulher’ e no filme ‘A Morada da Sexta Fe-licidade’, com Ingrid Bergman.

ELES ANDARAM COM JESUS

GLADYS AYLWARD

A pequena mulher que fez grandes coisas para Deus

Gladys Aylward nasceu em 1902, em Londres, Inglaterra. Filha de operários, baixinha, pobre e sem muita instrução, ela começou a trabalhar aos 14 anos como criada, nas man-sões inglesas. Com 25 anos, em um dia de folga, foi con-vidada a ir em uma igreja. Ali foi inundada pela graça de Deus e converteu-se a Cristo. Essa decisão daria um novo rumo à sua vida.

Gladys sentiu-se chamada a fazer missões. Quis estudar na ‘Missão para o Interior da China’, mas após três meses de treinamento não foi aprovada. Por causa de sua pouca ins-trução, ela tinha dificuldade de aprender uma nova língua e cultura. Mas ela não desistiu e começou a estudar sozinha todos os livros da Bíblia e a história da China. Ainda traba-lhando como empregada doméstica, ela poupava tudo que podia para sua viagem.

Enquanto isso, pregava nas praças públicas, pois sabia que precisava fazer em seu país o mesmo que gostaria de rea-lizar na China. Em 15 de outubro de 1932, aos 30 anos de idade, Gladys partiu sozinha para Yang-Cheng, na China, onde trabalharia como ajudante de uma missionária viúva de 73 anos. A viagem seria longa e perigosa. Na bagagem levou poucas roupas, alguns utensílios domésticos, a Bí-blia e um pouco de dinheiro.

Para ajudar no sustento da missionária idosa, Gladys fun-dou uma pousada. À noite, elas contavam histórias bíblicas aos hóspedes. Oito meses depois, a missionária morreu e Gladys ficou sem direção. Foi quando um funcionário do governo chinês lhe ofereceu um trabalho: ser inspetora de pés. Era costume na China enfaixar os pés das meninas para evitar que eles crescessem muito. Como causava do-res e deformações, o governo proibiu essa prática. O traba-lho de Gladys, então, era inspecionar pés de meninas para garantir que a proibição fosse respeitada.

De povoado em povoado, Gladys evangelizava enquanto fazia seu trabalho. E ela era paga por isso! Por causa de

sua dedicação e compaixão, ela ficou conhecida pelo povo como Ai-Weh-Deh (mulher virtuosa, em chinês). Em 1936 tornou-se cidadã chinesa. O feito mais impressionante de Gladys aconteceu em 1938, quando o exército japonês in-vadiu Yang-Cheng. Gladys salvou mais de 100 crianças que estavam abrigadas no orfanato que criara, fugindo pelas montanhas durante 21 dias de fome, sofrimento e medo.

Em 1943, Gladys Aylward foi reconhecida oficialmente como missionária. Ela trabalhou até a sua morte em 03 de janeiro de 1970.

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.

Para saber mais!

Page 13: Revista Comuna 49

13

Anúncio Conferência Internacional

Page 14: Revista Comuna 49

14

Esta é a fase de inspirar, de despertar a vontade de aprender. Os discípulos observavam Jesus. Os alunos obser-vam o professor que os inspiram a aprender e praticar algo novo.

Nesta fase o professor leva o aluno a pensar. Cabe ao professor orar e bus-car em Deus a melhor estratégia de inspirar os alunos. O papel do profes-sor é fazer demonstrações dos conteú-dos que deseja ensinar, permitindo que o aluno reflita sobre sua exposição.

Às vezes, até a postura do professor em sala inspira a vontade e o interesse do aluno em aprender. Inspirar, pes-quisar, despertar interesse é o grande objetivo deste estágio. Nunca perden-do de vista que o professor é o currícu-lo vivo. Ele é o canal inspirador.

Um exemplo disso está em Mateus 4:18. Quando Jesus chamou Simão Pedro e André dizendo “farei de vocês pescadores de homens”, eles imedia-tamente o seguiram. Jesus os inspirou.

Essa é a hora de implantar a verdade. Para isso, Jesus faz e os discípulos o ajudam. Neste estágio, Jesus planta princípios na vida deles, e os fazem raciocinar sobre isso (Lucas 8:15).

Da mesma forma, o aluno tem que es-tar com os ouvidos atentos ao profes-

EDUCAÇÃO Alessandra Bezerra Caldas, pra.

DISCIPULADO E EDUCAÇÃOUMA PARCERIA DOS PAIS E DA ESCOLA

A maior intenção de Jesus não era so-mente agregar pessoas ao seu redor, mas sim fazer discípulos. Jesus foi o maior e o melhor pedagogo de toda a história da humanidade. O método de ensino de Jesus baseava-se no discipulado.

Ele se relacionava com seus discípulos, participava da vida deles e dava aber-tura para que eles participassem de sua vida. Ele ensinava de forma profunda e criava oportunidades aos seus discípu-los para que fizessem como ele fazia, confrontando-os em amor e fortalecen-do os pontos fracos de cada um.

A palavra discípulo vem do grego e quer dizer “tornar-se um aprendiz”. Já a pala-

vra mais próxima de discípulo é discipli-na e significa instrução, educação.

Esta é a linha metodológica que o Co-légio da Comunidade segue: não pas-samos apenas instruções de ensino ne-cessárias, mas discipulamos os alunos. Porém, não podemos nos esquecer que a escola é apenas uma extensão do lar. Pois a família é o lugar primeiro onde os pais são responsáveis pela educa-ção dos filhos.

Olhando novamente para Jesus, ve-mos que Ele empregou quatro passos para a formação de um discípulo – al-guém capaz de aprender coisas novas e praticá-las.

Estágio da observação

Estágio da assistência

1.

2.

ESTÁGIO 1

ESTÁGIO 2

Page 15: Revista Comuna 49

15

É preciso deixar que o aluno faça da for-ma como aprendeu. E, depois, se houver erro, corrigi-lo com amor e paciência.

Agora, os discípulos adquirem con-vicções e já podem dar frutos. Neste estágio, munidos de conhecimento e experiência, Jesus os envia para aben-çoar e ensinar a outros (João 6:1-15).

Esse é o momento mais importante do ensino e requer um método cuidadoso. Devemos ir intensificando aos poucos a qualidade das questões na medida em que os alunos estiverem mais per-tos do estágio do comissionamento (fazer sozinho).

Os alunos já receberam os ensinamen-tos, já sabem fazer e, por isso, pode-mos deixá-los fazer sozinhos. Esta é a melhor forma de sabermos se todo o conteúdo foi aprendido.

Através destes passos fica mais fácil ensinar como Jesus ensinava. Tudo em nossa vida precisa passar por estas etapas. Com o tempo, isso se torna na-tural em qualquer aprendizado.

sor, ouvindo, tomando nota, para que possa raciocinar mais tarde.

Dentro da sala de aula, o professor deve implantar o espírito de equipe, onde ele mesmo é parte do processo, respeitando sempre o princípio da in-dividualidade de cada aluno, sabendo que cada um tem sua importância den-tro da equipe.

Nesse estágio é importante aplicar o método de raciocínio. Jesus não apon-tava o erro dos discípulos, mas os levava a raciocinar se a atitude deles estava certa ou errada. Jesus discursa-va por analogias (parábolas), peque-nas histórias que os levavam a pensar. Esta forma leva o aluno a fazer per-guntas sérias e profundas a respeito do assunto tratado.

Chegou o tempo de praticar. Os discípulos fazem e Jesus observa e corrige os pontos fracos. Em Ma-teus 8:18-27, Jesus queria saber o que os discípulos fariam sem ele. Durante uma travessia do mar da Galileia, eles foram surpreendidos por uma tempestade. Porém Jesus dormia no barco, pois queria que eles exercitassem a fé. Os discípu-los falharam, faltou fé para acalmar a tempestade, mas Jesus entrou em cena e trouxe a solução.

Este é o estágio mais difícil para os pais e professores, deixar errar. Em todas as etapas de nossa vida cometemos falhas; quando começamos a andar, caímos; quando começamos a falar, erramos. Precisamos errar para crescer.

Nem sempre uma nota baixa significa falta de estudo por parte da criança. Al-gumas vezes isso é apenas um termôme-tro que indica a necessidade de melhora na maneira de estudar ou que o conteú-do da lição não foi bem aprendido.

Alessandra Bezerra Caldas é pastora, pedagoga, casada com o Dr. Anderson Caldas e mãe de quatro filhos. Já atua na área educacional há 20 anos e fez parte da implantação do Colégio da Comunidade, onde hoje é diretora.

Estágio da liderança

Estágio do comissionamento

3.

4.

ESTÁGIO 3

ESTÁGIO 4

Quer saber mais sobre a educação por princípios: Use o leitor de QRcode do seu smartphone e acesse o site do Colégio da Comunidade

Page 16: Revista Comuna 49

16

FAMÍLIA Marta Cristina Leite Ferreira

DISCÍPULOSDE JESUS

Resolvendo conflitos como

Conflitos... Não podemos viver com eles, nem sem eles. Todo relaciona-mento humano envolve conflitos. Os relacionamentos são penosos e ao mesmo tempo podem ser maravilho-sos; todos vivem o drama entre essas duas verdades. Quando penso nos conflitos e na dor, centenas de ima-gens invadem minha mente, relacio-nados tanto à minha própria experiên-cia quanto às de outras pessoas a quem ouço diariamente:

Em contrapartida, quando reflito so-bre a maravilha que podemos experi-mentar quando conseguimos resolver os inevitáveis conflitos da vida, fico igualmente impressionada:

• Um casamento que ninguém pen-sou que poderia ser restaurado – mas foi;

• Amizades que se transformam em fonte de crescimento na vida das pessoas – que antes estavam ma-goadas e decepcionadas;

• Uma família que tinha tudo para desmoronar quando a pressão da enfermidade a atingiu – mas mes-mo assim, todos se uniram de for-ma surpreendente.

São pequenos milagres diários, si-tuações que poderiam ser caóticas e terminais, mas que puderam ser re--significados e transformados por uma força poderosa que nós, como discípulos de Jesus, podemos expe-rimentar em nossos relacionamentos interpessoais.

Jesus esboçou uma forma totalmente nova de se relacionar com as pesso-as e evidentemente temos muito que aprender sobre a forma adequada de resolver os conflitos em nossos relacionamentos. Sempre que você consegue andar com um expert, tem a oportunidade de aprender e mudar. Durante o tempo que Jesus viveu na terra, os discípulos puderam aprender com o Mestre verdades revolucioná-rias que transformaram suas vidas.

Vamos analisar algumas dessas verda-des eternas, capazes de resolver nos-sos conflitos interpessoais e dar nova perspectiva à nossa vida:

“Respondeu Jesus: O mandamento mais importante é este: (...) Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu co-ração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças. O segundo é este: Ame o seu próximo como a si mesmo...” Mar-cos 12.29-31 (NVI)

Valor máximo a Deus e às pessoas! Não ao dinheiro, às coisas ou ao traba-lho, mas aos relacionamentos – primei-ro com Deus e depois com os outros seres humanos. À medida que o amor de Deus é experimentado no interior de nosso ser, podemos ser curados e transformados e, consequentemente, podemos amar o próximo na mesma

Jesus priorizava os relacionamentos (primeiro com Deus e depois com as pessoas)

• Um casal à véspera de um divórcio que nenhum dos dois quer, mas ambos estão escolhendo;

• Pais que não conseguem se conectar com o filho, não im-porta quanto tempo, dinheiro ou empenho investem;

• Um filho, cujo pai o tratou com o desprezo cruel do abuso ou do abandono;

• Uma amiga cujo sentimento de traição é tão profundo, que ela acha que nunca mais poderá confiar em alguém.

Page 17: Revista Comuna 49

17

intensidade. Mas tudo começa comigo, nenhuma outra pessoa pode vivenciar e simplesmente me contar. EU preciso dessa experiência diariamente. O amor e a cura que ganhamos a sós com Deus fortalecerá todos os demais relaciona-mentos que teremos na vida.

“Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” João 13.34-35 (NVI)

Por que Jesus precisou dar aos seus discípulos um novo mandamento? Os anteriores não eram suficientes? Este mandamento é “novo” não tan-to no seu conteúdo mas na maneira que deve ser vivido. Quando Jesus se torna a medida padrão, fica óbvio que

precisamos de um novo estilo de vida! Havia uma maneira antiga de fazer as coisas, e Ele estava ensinando aos dis-cípulos uma maneira nova. Simplifi-cando, todos nós temos nossa maneira antiga de viver, mas isso já não serve mais. Essas foram as suas últimas re-comendações aos seus discípulos an-tes de morrer. Ele deu a sua vida para que isso fosse possível!

“... pois a boca fala do que o cora-ção está cheio.” Mateus 12.34

Jesus exemplificava a verdade que en-sinava. Seu estilo de comunicação não deixava dúvidas entre seus ouvintes. Quando caminhou pelas estradas po-eirentas, falando tanto aos maiores ini-migos quanto aos amigos mais íntimos, Jesus sempre se comunicou clara e fran-camente com todos que encontrou. Os discípulos ouviram o Mestre falar sobre

Marta Ferreira é psicóloga, casada com o pr. José Tadeu, é mãe de dois filhos e atua no Ministério com Casais na igreja Sede.

vigas e ciscos no olho quando ensinou: “Não julguem, para que vocês não se-jam julgados” (Mateus 7.1), mostrando que a hipocrisia deve ser substituída por integridade e misericórdia.

“Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também a eles.” Lucas 6.31

Como seriam suas interações diárias se você praticasse essa verdade? O próprio Jesus serviu de modelo da verdadeira natureza do amor sacrificial e sem limi-tes – Ele entregou-se por nós na cruz. E ao viver à maneira de Jesus, o seu rela-cionamento com Ele se tornará eviden-te para aqueles que observam você. O mundo precisa nos ver como seguidores de Jesus que agem com amor sacrificial uns pelos outros, pelo mundo ao redor e mesmo pelos inimigos.

Uma situação prática: Quando você erra feio com alguém, o que você mais gostaria que a outra pessoa lhe conce-desse? Arrisco a dizer com absoluta convicção que seria o perdão. Então, aplicando a regra de ouro, quando al-guém pisa na bola feio com você, qual seria o “façam também a eles” dessa história? Perdoar é sempre a melhor resposta, pois é expressão do amor in-condicional. O benefício de viver essa regra de ouro, entre outras coisas é:

“... Então a recompensa que terão será grande e vocês serão chamados filhos do Altíssimo...” Lucas 6.35

Jesus ensinava o que ele mesmo fazia (amem “como EU vos amei”) Jesus se comunicava

de maneira clara (falava sempre com sinceridade e amor)

Jesus estabeleceu uma “Regra de Ouro” (capaz de fortalecer nossos relacionamentos)

Page 18: Revista Comuna 49

18

SONHOSPOSSÍVEIS

O RABI QUE DEMONSTROU O VALOR DAS MULHERESÉ de conhecimento de todos que Je-sus tinha 12 discípulos. E também sabemos que Ele não era um rabino nos moldes tradicionais. Para início de conversa, estamos falando de um mes-tre que veio subverter valores, trans-formar a forma de salvação da lei pela graça. Yeshua era um líder diferente.

Pela tradição da época, depois de rece-ber de seus pais o conhecimento sobre a Torá, os primogênitos das famílias judaicas, aos 12 anos, iam ao templo. Aqueles que mais se destacassem, os principais expoentes, poderiam esco-lher um Rabi que considerassem digno.

Com Jesus foi diferente. Ele rom-peu tradições. “Não escolhestes a mim, mas eu escolhi a vós [...]” (João 15:16), disse Ele. Foi Jesus quem es-colheu seus seguidores. E, ao contrá-rio do previsto pela tradição, sua equi-

pe não era composta pelos melhores alunos da sinagoga. Seus discípulos eram pessoas simples, gente do povo, pescadores e analfabetos. O Rabi dos Rabis fazia questão de deixar claro sua diferença: curava aos sábados, di-zia que o maior era o menor e não es-colhia os que já são capacitados, mas capacitava a quem escolhia.

Jesus ainda romperia com uma das principais regras da cultura daquele povo: falaria com uma mulher sama-ritana. E o texto bíblico enfatiza: “E era-lhe necessário passar por Sama-ria” (João 4:4). Por quê? Pois ali havia mais uma tradição a ser quebrada.

Jesus se dirige a um poço e pede água a uma samaritana. Naquela época, a mulher era discriminada e não tinha papel social relevante. E, além dis-so, judeus não se comunicavam com

samaritanos. Yeshua, então, oferece àquela mulher, antes discriminada, a água da vida, demonstrando que o Mestre dos mestres não faz acepção de pessoas.

Digo mais: sua atitude demonstra o valor que Cristo dá à mulher – um princípio que ensinaria aos seus discí-pulos. Ao encontrar o Mestre, os se-guidores de Jesus não questionam sua ação. Ao contrário. Eles ficam maravi-lhados ao ver Jesus falando com uma samaritana, afinal, sabiam que seu Se-nhor subvertia as tradições.

Creio que com aquela atitude Jesus quisesse dizer: “Essa mulher pode não ter valor para a sociedade, nem mes-mo para seu próprio povo - pois ge-ralmente as samaritanas andavam em grupo e ela estava sozinha -, mas, para mim, ela é importante, e quero trans-

Patrícia Bezerra

Page 19: Revista Comuna 49

19

mitir esse ensinamento: a valorização da mulher”.

Jesus sabia muito bem do papel im-portante que diversas mulheres tive-ram na história bíblica, como o caso de Joquebede, mãe de Moisés. Mulher sábia e de fé, ela confiou a vida de seu filho a Deus, e o colocou num cesto de junco, em um rio, para que não fos-se morto, conforme decreto do rei. A correnteza encaminhou o menino ao Egito, local onde libertaria o povo de Deus da escravidão.

Outro exemplo importante é Ana. Ela era a primeira esposa de Elcana, mas não podia ter filhos, e por isso, era provocada pela segunda mulher de seu marido. Cansada dessa situação, ela faz um voto ao Senhor pedindo por um milagre. Do fruto do voto dessa mulher, nasce o profeta Samuel.

O livro de Juízes retrata a história de Jael, mulher reconhecida como bendi-ta. Jael era da tribo nômade dos Que-neus, e sabia da guerra travada entre Débora, juíza de Israel e o capitão Sí-sera. Comandado por Baraque, o povo de Deus vence o exército inimigo, mas Sísera foge. Jael o abriga em sua ten-da. Ele adormece, e, então, ela mata o inimigo de Israel, motivo que levou Jael a ser elogiada em um cântico de Débora. Eu poderia citar diversos ca-sos, como o de Maria, a mãe de Jesus;

de Maria Madalena, de Ester, de Rute, entre outros.A questão é que o Senhor dos senho-res sabia o valor da mulher. E queria ensinar esse princípio. O maior líder que já existiu mudou o conceito so-bre a mulher. Jesus valorizou a figura feminina, em meio a uma sociedade patriarcal. Ele trouxe uma nova pers-pectiva para a mulher sob a ótica do Reino de Deus.

Em certa ocasião, Jesus foi questionado sobre o apedrejamento de uma mulher flagrada em adultério. Ele não acusou a desconhecida. Para ele, aquela mulher humilhada e rejeitada publicamente era tão valiosa quanto a mais pura de todas. E, por ela, Jesus confrontou os religiosos da época: “[...] Aquele que de entre vós está sem pecado seja o pri-meiro que atire pedra contra ela” (João 8:7). Mais do que salvar a mulher de um apedrejamento que a mataria, Jesus queria mudar a mente dos linchadores, elevando a figura feminina a outro pa-drão, diferente da condição subjugada que possuía à época.

A mulher era querida para o Mestre. Em meio a uma multidão que o aperta-va, o único toque diferente notado por Ele foi o de uma mulher. Essa ação foi ressaltada por extrair virtude do Mestre. Em público, novamente, mas agora com uma multidão ao seu redor, Jesus não só fala com uma mulher

impura segundo as tradições do povo, por causa do fluxo de sangue, mas a chama de filha e diz que a fé dela a salvou. Fico imaginando o que se pas-sou na cabeça dos fariseus e religiosos nesse momento.

Disso tudo, uma lição: com o mestre, não há acepção. Não existe diferencia-ção entre os discípulos e as mulheres, afinal, “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Es-tamos no mês do Dia Internacional da Mulher (8 de março). Nesses dias, mas não só neles, é bom nos lembrarmos dAquele a quem seguimos. Um Mestre que rompeu paradigmas e deu o recado: no Reino dEle, as mulheres têm valor.

O maior líder que já existiu mudou o conceito sobre a mulher. Jesus

valorizou a figura feminina, em meio a uma sociedade

patriarcal.

Patrícia Bezerra é psicóloga, vereadora de São Paulo e autora da lei que institui o “Parto Sem Dor”. Única nova mulher eleita para a Câmara Municipal na atual Legislatura. É casada com Carlos Bezerra Jr. e mãe da Giovanna e da Giulianna. Acredita em um Mestre que enxergava as mulheres, que as entendia, as ouvia, as amava – e as ama.

Page 20: Revista Comuna 49

20

CÉLULAS Joel Comiskey

CÉLULAS DE JOVENS: LEGADO, RENOVAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO

As células de jovens são uma das grandes ferramentas que as igrejas têm em seu poder para alcançar esta geração. Já no tempo de Timó-teo, Paulo precisava encorajar seu discípulo a continuar a boa obra à qual havia sido chamado. Jovens precisam de elogios, incentivos, correções e especialmente desafios.

Algumas igrejas preferem não arriscar seu conforto e liturgia, mes-mo sabendo que suas maneiras tradicionais mantém os jovens afas-tados. A força das tradições as governam. Como seres humanos, igrejas podem envelhecer e morrer. Só a renovação entre as gera-ções permitirá que retenham sua vitalidade e avancem no futuro.

As células de jovens ajudam a não criar brechas entre uma geração e a outra. São locais onde as experiências de uma geração são trans-feridas para que a outra assuma. Na formação de um novo líder, o adulto treina e mentoreia um jovem. Assim, a igreja não apenas alcança uma cultura de multiplicação mas uma cultura de legado.

Assim, trabalhar com células de jovens se torna uma forma di-nâmica de proporcionar saúde à congregação. Se uma igreja está projetada para o futuro, essa projeção deve passar pela in-tegração dinâmica da juventude.

O jovem está em movimento em uma socie-dade que cresce impessoalmente. Os adoles-centes de hoje, antes de mais nada, querem se sentir parte de um grupo antes de levar em consideração a fé ou assuntos doutrinários. Os jovens precisam de um grupo que os ajude a construir relacionamentos saudáveis, bíblicos e familiares. Eles precisam aprender a servir a Deus e viver em santidade pessoal.

Nós precisamos proporcionar a eles mate-riais que os ajudem a entender os desafios que eles estão enfrentando e como ultrapas-sar esses desafios através de fortes funda-mentos bíblicos. Desenvolver a juventude não deve ser um projeto para o “futuro”. A verdade é que se nós não os equiparmos agora, nós perderemos a igreja do futuro.

A pior coisa que podemos fazer com os nossos jovens é fazê-los viver em uma bolha irreal, prevenindo-os de entender o que realmente está acontecendo no mundo. De qualquer maneira, precisamos prepará-los para enfrentar o mundo real, ajudá-los a en-tender como se conectar com os não crentes, e então encorajá-los a serem criativos para alcançarem pessoas para Jesus. A juventude de hoje deve perceber que eles são ministros do Deus vivo e que Deus quer usá-los para alcançar os não crentes.

Existem três áreas a serem desenvolvidas na vida dos jovens:

Pessoal

Ministerial

Projeção Social

Page 21: Revista Comuna 49

21

Os jovens têm uma habilidade única em alcançar seus amigos. Eles têm entendimento e acesso a um grupo de pessoas que os adultos encontram dificuldade em alcançar. Ao reconhe-cermos, honrarmos e cultivarmos os jovens, passamos a colocar nossas prioridades em edificá-los, aumentar a saúde espiritual deles e envolvê--los numa comunidade Bíblica que os ama e os aceita.

As células de jovens podem ser uma grande estratégia de evangelização para alcançar a uma geração que está ferida procurando pela família que nunca teve. A única coisa que falta, verdadeiramente, na vida de todo jo-vem, é relacionamento sincero, uma família a qual possa pertencer. Eles se sentem sós e vulneráveis. A célula é o local onde eles encontram amizade, verdade e direcionamento do nosso Deus Criador.

Segundo uma pesquisa recente, 75% das pessoas que entregarão suas vidas a Cristo o farão antes dos 18 anos de idade. Sendo assim, treinar os jovens para tornarem-se líderes faz sentido. A igreja tem que equipá-los para in-fluenciarem uns aos outros para Jesus. Liderar uma célula também formará

As células de jovens e a evangelização

a autoimagem deles como servos de Jesus. Pelo resto de suas vidas será a norma discipular outros porque isto fez parte dos seus anos de formação.

A Igreja, como corpo de Cristo, deve acreditar na nova geração. Recente-mente, um pastor de uma igreja em cé-lulas na África afirmou: “Eles podem ser jovens, mas o Espírito Santo neles não é uma criança”. Treinar e implan-tar jovens em células e como líderes fortalecerá a habilidade da igreja de alcançar e discipular o mundo.

Com as células de jovens a igreja

não apenas alcança uma cultura

de multiplicação mas uma cultura

de legado

Joel Comiskey é pastor na Califórnia, e autor de diversos livros sobre Igrejas em Células, área onde atua também como consultor através de sua organização, a Joel Comiskey Group.

Page 22: Revista Comuna 49

22

LOUVOR & ADORAÇÃO Adhemar de Campos, pr.

UMA VIDADEUSpara

Esse tema é maravilhoso e divino, merece de nós uma atenção especial por ser bíblico e porque vai de encontro ao propósito eterno de Deus destinado ao homem. Está presente na Bíblia do início ao fim. Na história da hu-manidade descrita em Gênesis, Deus começa criando o homem para Ele e para um propósito.

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.” Genesis 2:7

Qual seria esse propósito específico? Com certeza uma vida com Deus resulta numa vida para Deus. Nossa co-munhão com Ele desemboca num propósito de vida para Deus e para seus projetos. Não podemos abrir mão desse princípio. É preciso ter clareza a esse respeito para que, como sal e luz, possamos fazer a diferença nesse mundo.

Na condição de líder, preciso ter esse entendimento de modo claro. Essa marca é fundamental na vida de um lí-der. Ou seja, conhecer a mente e o coração de Deus é conhecer o propósito de Deus.

Esse modelo se repete ao longo da Bíblia na vida de ho-mens chamados para estar com Ele, chamados para serem seu representante. Como já vimos, foi assim com Adão (Gênesis 1:26 fala do propósito: “... domine sobre...”).

Foi assim com Noé. “E viveu Lameque cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho, a quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou.” Gênesis 5:28-29

Foi assim com Abraão. “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu se-rás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e

amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão bendi-tas todas as famílias da terra.” Gênesis 12:2-3

Foi assim com Isaque. “Peregrina nesta terra, e serei con-tigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência da-rei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; e multiplicarei a tua descendên-cia como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra.” Gênesis 26:3-4

Foi assim com José. “E José lhes disse: Não temais; por-ventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida.” Gênesis 50:19-20

Page 23: Revista Comuna 49

23

fácil para José passar por tudo o que passou, sofrer todo tipo de humilha-ção, ser honrado no Egito e ao final de tudo receber os irmãos que o traíram e perdoá-los.

É um privilégio grandioso ser usado por Deus, mas Ele sabe que precisa nos provar antes de nos incumbir de uma responsa-bilidade e missão divina. Se Ele usou esse méto-do com tantos, é certo que não será diferente conos-co. O Senhor não vai entregar em nossas mãos uma responsabilidade divina sem antes nos submeter a um tratamento que Ele sabe ser necessá-rio. É bem por isso que o apostolo Pe-dro nos faz a seguinte recomendação.

“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das afli-ções de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozi-jeis e alegreis.” 1 Pedro 4:12-13

O pastoreamento e discipulado com amor são duas ferramentas fundamen-tais nesse processo, pois visa cuidar bem daqueles que o Senhor tem convocado.

“Para que não haja divisão no cor-po, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” 1

Coríntios 12:25

Se atentarmos para esses princí-pios e nos subme-termos a eles, com certeza seremos aperfeiçoados e habilitados para o serviço cristão de modo satisfatório e agradável ao Senhor. Essa prá-

tica e experiência só é possível para aqueles que nasceram de novo, expe-rimentaram morte e ressurreição com Cristo, meditam na Palavra dia e noite e buscam viver no Espirito.

Adhemar de Campos é músico, compositor e pastor na Igreja Comunidade da Graça Zona Norte/SP. É casado com Aurora, e tem três filhos.

O mesmo sucedeu com Moisés, Da-niel e tantos outros personagens cujas histórias estão registradas nas páginas da Bíblia. Deus sempre adotou esse método na vida dos seus servos para concretização do seu plano redentivo.

Jesus agiu dessa forma também ao convocar os discípulos. “Escolheu doze, designando-os como apósto-los, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem au-toridade para expulsar demônios.” Marcos 3:14-15

É interessante observar essa sequên-cia: estivessem, enviasse e tivessem autoridade. A primeira questão que, como líder, devo saber e experimentar, é que meu principal chamado é estar com Ele, conhecê-lo de fato, aprofun-dar diariamente esse conhecimento e desenvolver intimidade.

“Antes crescei na graça e conheci-mento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a gló-ria, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” 2 Pedro 3:18

Em segundo lugar, após estar com Ele, aí então ser enviado para cumprir a missão designada. Em terceiro lugar vem o resultado prático desses dois princípios, a liberação de autoridade espiritual indispensável para a vida cristã e o exercício ministerial.

Sabemos que Deus, na sua soberania, levantou homens dentre o seu povo os quais usou poderosamente para seus propósitos. Um deles foi Abraão, atra-vés de quem todas as nações da terra seriam abençoadas. Que promessa e que missão grandiosa!

Mas o detalhe interessante a ser lem-brado é que tanto Abraão como José, e outros homens da Bíblia, foram provados e testados ao limite máxi-mo de sua capacidade. Não foi nada

Deus, na sua soberania, levantou

homens dentre o seu povo os quais usou

poderosamente para seus propósitos.

Page 24: Revista Comuna 49

24

CAPA

Page 25: Revista Comuna 49

25

Quando se trata de liderança, Jesus é o maior líder da história do mundo. Que empresa, nação, organização, ou causa poderia fazer o que a igreja de Cristo fez, ir aonde a Sua igreja foi, e suportar o que Sua igreja suportou?

Seu legado tem sobrevivido ao longo dos tempos porque, como o his-toriador ateu Will Durant escreveu no seu livro “Cesar e Cristo”: “Ele não estava interessado em atacar as instituições econômicas ou políticas existentes. (…) A revolução que ele buscava era mais pro-funda, estava no coração do homem”. A marca deixada nos corações de 12 homens foi o começo dessa revolução.

Page 26: Revista Comuna 49

26

“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.

Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos: Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.” Lucas 6:12-16 (NVI)

Jesus chamou doze homens para uma transição muito importante na missão e na liderança. Até esse ponto no evangelho de Lucas, o ministério de Jesus tinha tido a sua tônica no “venha e veja”. Multidões vinham para vê-lo pre-gar, ensinar, realizar milagres, expulsar demônios, curar, e ajudar quem estava sofrendo. Mas depois de escolher os seus discípulos, o ministério começou a transitar para o “vá e morra”.

O que podemos aprender com a equipe de líderes mais bem-sucedida da história do mundo?

Muitos ministérios começam com o “Venha e Veja”:

Venha e veja o que Jesus está fazendo.

Venha e veja o que nós estamos fazendo.

Venha o veja o que as Escrituras têm a dizer.

Ministérios devem incluir a ênfase “Venha e Veja”. Mas assim que essas pessoas se tornam cristãs e começam a crescer em sua fé, elas devem fazer a transição do “Venha e Veja” para o “Vá e Morra”.

Você não pode somente ver as outras pessoas andarem com Jesus. Você precisa ir e andar com Ele.

Você não pode só permitir que as pessoas te sirvam. Você precisa servi-las também.

Você não pode permitir que somente outras pessoas ofer-tem. Você deve dar generosamente.

“Venha e veja”

“Vá e morra”Em algum ponto, a temporada “Ve-nha e Veja” chega a um fim e a “Vá e Morra” se inicia, e é nesse momento que encontramos uma junção estraté-gica. Em particular, Lucas 6:12-16 é a transformação dos discípulos de “Ve-nha e Veja” para “Vá e Morra”.

Líderes cristãos desejam seguir o exemplo de Jesus através do poder do Espírito Santo na vida Dele. Este esforço exige líderes devotados e pie-dosos. Existem lições valiosas que nós podemos aprender de Jesus e do seu exemplo através do ato de reunir e li-derar um grupo de homens.

Quando se trata de liderança,

Jesus é o maior líder da história

do mundo.

Page 27: Revista Comuna 49

27

Você sabia que...

dos adultos deseja ter uma vida mais relevante

quer fazer a diferença no mundo

tem medo de fazer uma escolha profissional errada

Tem objetivos claros para os próximos 5 anos

São cientes do que Deus deseja que façam com suas vidas

A mais recente pesquisa realizada pelo respeitado Instituto Barna revela que 75% dos adultos dos Estados Unidos estão procurando viver uma vida mais relevante.

Particularmente, entre os cristãos sur-ge uma pergunta: “o que Deus quer que eu faça com a minha vida?”. De acordo com a investigação, só 20% dos cristãos praticantes dizem ter cla-reza do chamado de Deus para suas vidas, mas até agora não têm tomado nenhuma atitude a respeito disso.

Assim, existem aqueles que desejam influenciar, mas não sabem como. E existem aqueles que conhecem o que devem fazer, mas não o fazem. A crise na liderança é clara.

75%

56% 46%

25% 20%

Page 28: Revista Comuna 49

28

O pastor Mark Driscoll, considerado um dos mais influentes da América, é líder da Mars Hill Church, apontada pela revista Outreach (Alcance) como a segunda igreja mais inovadora, destacou recentemente algumas das mais importantes lições que os líderes cristãos podem aprender com os discípulos de Jesus. A Revista Comuna, recolhe aqui essas lições:

Antes de Jesus escolher os seus doze discípulos, antes dele escolher a sua equipe de liderança, antes dele formal-mente começar o seu ministério, ele fez algo muito importante: Ele orou.

Antes de fazer qualquer coisa, Jesus começava orando. Não apenas uma oração pequena, mas uma oração lon-ga. Não uma oração conveniente, mas uma inconveniente.

Lucas diz: “Jesus saiu para o monte a fim de orar” (Lucas 6:12). Separar um tempo para estar sozinho e em silêncio é extremamente importante para um lí-der. Os líderes direcionados por Deus muitas vezes recebem suas respostas de Deus nesses momentos. Em oração, Deus não somente responde os pedi-dos, mas também os prepara para Sua missão. Oração não é apenas mover a Deus, mas sim Deus movendo a nós.

Nós vemos isso em Jesus. As Escritu-ras dizem que em vários momentos Je-sus se retirava para estar sozinho com o Pai (Lucas 5:16). Semelhantemente, nós vemos que Deus ‘puxou’ o após-tolo Paulo de lado durante um tempo (Gálatas 1:13-24). Também podemos ver isso com Moisés e com vários pro-fetas e outros servos do Senhor. Eles gastaram tempo investindo em silên-cio e separação, falando com Deus e ouvindo a Deus.

Jesus não pediu a Deus por bênçãos pessoais, conforto ou facilidades. Ele tomou uma decisão de liderança es-tratégica: Quem eu devo escolher para

estar em meu grupo principal de lide-rança? O resultado foi doze discípulos que substituíram as doze tribos da An-tiga Aliança e se tornaram o Grupo de Liderança da Nova Aliança. Essa foi uma decisão importantíssima, e antes de Jesus tomá-la, ele escolheu que sua prioridade seria investir todo o seu tempo em oração.

Um erro muito comum é orar depois no lugar de orar antes de uma determi-nada situação. A verdade é que, como Daniel 9.12 ensina, a oração deve ser pelas suas muitas misericórdias e não pela nossa justiça, pelo nosso desejo. Elaborar primeiro um plano, para só depois pedir a bênção de Deus não é o caminho.

Na verdade, a oração deveria ser para que Deus nos dê o Seu plano: “Senhor, o Senhor quer que nós façamos isso ou não? Você quer que nós façamos isso agora ou mais tarde? Quais líderes o Senhor quer que nós chamemos? Quais são as funções que o Senhor quer que eles desempenhem? Quais os materiais que precisamos adquirir? Que erros te-mos cometido por falta de sabedoria? Quais as coisas que precisamos dizer ‘não’ e quais são as que devemos dizer ‘sim’?”. É preciso perguntar a Deus so-bre o plano Dele, não somente para Ele abençoar o seu plano pessoal.

A verdade é que, alguns cristãos, pen-sam que a oração é uma forma de fa-

zermos com que Deus faça alguma coisa. Na realidade, as orações são o caminho para que o nosso coração esteja alinhado com o Dele, para que não usemos a Deus, mas para que sir-vamos a Sua vontade.

Não tente encaixar Deus na sua agen-da, tente conseguir um espaço na agenda Dele. Saiba que você precisa das suas orações mais do que Deus precisa delas. Na oração, o verdadeiro coração é revelado, as motivações são testadas e a vontade própria é mudada. A oração move (muda) o homem.

Como está a sua vida de oração? Você ora pelos problemas? Você ora pelos recursos? Você ora pelos outros líde-res? Você clama por sabedoria? Você clama por humildade? Você ora pelas oportunidades? Você clama pela glória de Deus?

Você ora antes de fazer um plano? Você ora durante o plano? Antes de você falar com várias pessoas e bus-car por conselhos, você tira um tempo para estar sozinho e em silêncio para apenas conversar com o Senhor?

Orar em primeiro lugar não significa que tudo que vamos ouvir é “E assim diz o Senhor” com a mesma autoridade que temos nas Escrituras. Mas significa que a primeira pessoa de quem você irá se aproximar para conversar e ouvir será o Senhor. Só então você poderá dizer aos outros líderes aquilo que o Senhor disse

LIÇÃO 01SEMPRE ORE PRIMEIRO - MAS ORE COM CONVICÇÃO

Pedindo a Deus para abençoar o seu plano

Ouvindo os planos de Deus

Page 29: Revista Comuna 49

29

Jesus não buscou aqueles que eram formados nas grandes escolas judai-cas da época, Jesus primeiramente considerou conhecer os líderes no dia a dia. Ele viu aqueles que já tinham servido com ele em sua comunidade, como eles respeitavam a autoridade do governo, analisou se eles sabiam como trabalhar em grupo e como se relacionavam com outras pessoas. E ele sempre prestou muita atenção em um quesito: Eles abusavam da autori-dade quando estavam em uma posição de destaque, ou eram humildes? Isso para Jesus era essencial em um líder.

Jesus não chamou os treinados, ele treinou aqueles que já tinham o senso do chamado.

Portanto, Jesus estava atento às pes-soas que estavam ao seu redor, assim como Ele está atento hoje. O propósito para TODOS é o mesmo: “Ir por todo o mundo, pregar o evangelho a toda cria-tura” (Marcos 16:15). A questão é pres-tar atenção às oportunidades que muitas vezes aparecem, e procurar ousadia em Deus para encarar os novos desafios.

Estar pronto dentro e fora de tempo é um conselho de Paulo a um líder, Ti-

LIÇÃO 2APROVEITE AS OPORTUNIDADES

a você, inclinou o seu coração a fazer e o convenceu de como fazer.

Você deve sim procurar por sabedoria, conselhos e um planejamento adequa-do, mas primeiro você tem que orar.

Ore realmente acreditando que Deus está vivo, que Ele realmente ouve, que Ele realmente responde, que Ele realmente dirige e se importa mais com o que você está fazendo do que você mesmo.

Deus se importa com a sua Igreja. Deus cuida dos seus ministérios. Deus cuida e se importa com o seu povo. Deus se importa com as pes-soas que ainda não fazem parte do seu povo. Você provavelmente está inquieto com algo em seu ministé-rio e isso te impulsiona a continuar nele. Deus está mais preocupado do que você, Ele se preocupa mais e está comprometido em um nível mais profundo.

Quando oramos, permitimos que Deus coloque em nós o Seu coração. Per-mitimos que Ele nos revele os Seus planos. Permitimos que Ele nos dê a Sua força, coragem, sabedoria e, ainda assim, detalhes sobre o que Ele espera de nós no que diz respeito a nossa por-ção na missão Dele.

Antes de começar a tomar decisões importantes como um líder, lembre--se: Ore antes, e ore com convicção.

móteo, pois nunca se sabe quais serão as oportunidades que poderão apare-cer. O ministério é sempre aplicado no dia a dia. Se ele não for aplicado na vida cotidiana, na família e nos rela-cionamentos, será apenas uma ferra-menta de orgulho.

Tenha claro que, como líder, você sempre pode criar oportunidades para que as pessoas sejam bem-sucedidas,

mas você não pode fazer com que elas tenham sucesso. Isso é uma escolha e um resultado da vida de cada um deles. Mas crie oportunidades, assim como Jesus fez, esteja atento aos seus filhos e aos seus liderados, incentive--os a buscarem os dons em Deus e dê oportunidades para que eles coloquem isso em prática. Mas em tudo isso, nunca esqueça a primeira lição: ORE SEMPRE ANTES.

Page 30: Revista Comuna 49

30

A equipe dos apóstolos de Jesus é um grande exemplo de diversidade e de particularidades.

Entre os doze discípulos há variações de idade, estado civil, situação fami-liar e ocupação. Provavelmente, sete entre os doze eram pescadores, ou seja, eles dirigiam um pequeno negó-cio, tinham até empregados, eram ho-mens de negócios.

O mais próximo que temos de Pedro em nossos dias, são aqueles homens que dirigem o seu próprio negócio. E além de empresários, encontram-se também aqueles que tinham experiên-cia em finanças ou tinham um conhe-cimento político – os zelotes (Lucas 6:15, Atos 1:13).

Jesus estava totalmente inserido no contexto da sua sociedade e estava

ciente das necessidades dela. Como discípulos de Cristo, os líderes cris-tãos devem estar atentos ao que acon-tece no mundo todo, pois é através de uma necessidade da sociedade que muitas vezes Cristo pode ser prega-do e se mostrar como o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus não escolhe pessoas religiosas, ele escolhe pessoas comuns e ensináveis.

Perceba que Jesus não chamou ne-nhum líder religioso para fazer parte da sua equipe, ele chamou aqueles que eram ensináveis, que sabiam trabalhar em equipe e que estavam dispostos a trabalhar. Jesus sabia que o Reino que ele estava anunciando só poderia ser implantado por pessoas assim.

O maior líder de todos os tempos sem-pre respeitou as individualidades de cada um dos discípulos. E Jesus tratou

as pequenas falhas que eles tinham – como fez com Pedro muitas vezes. Mas Cristo não estava preocupado com sua aparência externa ou com sua eloquência e sabedoria, estava preocu-pado com o caráter e com o coração deles. Por isso Ele investiu tempo com eles em relacionamento e não somente em estudo. O estudo é importantíssimo na realidade da Igreja, mas ele nunca pode substituir o relacionamento com Deus através do Espírito Santo.

Seja sempre a pessoa que Deus criou, com todas as suas individualidades e particularidades, mas nunca se esque-ça também de ser sempre uma pessoa humilde e ensinável para que Jesus possa ser refletido através de sua vida. Sempre existirá um lugar no Reino de Deus para aqueles que se importarem mais com Jesus e com as pessoas do que com sua própria vida.

LIÇÃO 3AS EQUIPES COM PARTICULARIDADES DIFERENTES SÃO AS MELHORES EQUIPES

Page 31: Revista Comuna 49

31

A “perseverança” tem se convertido em um termo incomum. Pessoas não perseveram em seus casamentos, em suas amizades, e até em suas igrejas e células. Pessoas saem das igrejas por razões superficiais como falta de lu-gar para estacionar seu carro, cultos muitos lotados ou pela desatenção de um líder (a falta de um “oi” no culto de domingo).

Muitas vezes, as pessoas não perse-veram no ministério. Emocionalmen-te fracas, líderes mais jovens experi-mentam certas dificuldades durante sua jornada e simplesmente começam a dizer coisas como: “Eu não tenho mais certeza se Deus me chamou para

fazer isso. É muito difícil e trabalho-so, então não sei se é a vontade de Deus”. Mas é importante saber que a vontade de Deus será muitas vezes algo bem difícil de se conquistar. Sa-tanás torna difícil obedecer e fácil de-sobedecer, torna fácil ser infrutífero e difícil ser frutífero.

Lembre-se de que o dia mais impor-tante no ministério que Deus lhe con-fiou não é o dia em que ele começa, mas sim o dia em que ele termina. Pois no tempo em que esse dia chegar, a pergunta que será feita é: “Ele fez com que o nome de Jesus fosse conhecido, ou ele fez com que o nome dele fosse lembrado? Ele glorificou a Deus ou

cuidou dos seus interesses? Ele orou pela igreja e pelo Reino, ou ele orou apenas pelos seus próprios projetos?”.

Todos os discípulos perseveraram até o fim (a não ser Judas), muitos deles se tornaram mártires pelo evangelho. E ao longo da história também muitos homens e mulheres pagaram um alto preço pelo evangelho, assim como suas famílias. Todos eles são lembra-dos até hoje e o nome de Jesus é co-nhecido através de suas vidas.

Persevere, permaneça, suporte as tri-bulações pela graça de Deus, e você terá uma recompensa nesta vida, e na vida eterna.

LIÇÃO 4PERSEVERE ATÉ O FIM

Retirado do e-book “10 leadership lessons from 12 disciples”, de Mark Driscoll, pastor da Mars Hill Church em Seattle, EUA.

Jesus não chamou nenhum líder religioso

para fazer parte da sua equipe, ele chamou

aqueles que eram ensináveis, que sabiam trabalhar

em equipe e que estavam dispostos a trabalhar

Page 32: Revista Comuna 49

32

COMUNIDADE

TATUÍ / SPCOMUNIDADE DA GRAÇA EM

A cidade de Tatuí está localizada a 131 km da capital paulista, na região sudoeste do Estado de São Paulo. O município é conhecido como a Capital da Música, título que recebeu por ter o maior conservatório da América Lati-na, onde anualmente se formam cerca de 500 alunos vindos de várias partes do Brasil e do Mundo.

Em 1996, um trabalho evangelístico da Comunidade da Graça iniciou-se nessa cidade maravilhosa através do nosso querido e saudoso pastor Antô-nio Brandoles, sogro do pastor Carlos Alberto. Ele começou uma Célula (na época chamava-se Grupo Familiar) na garagem da casa de uma família. O trabalho cresceu e frutificou abundan-temente, abençoando a vida de várias pessoas que foram sendo acrescenta-das ao grupo.

Não podemos deixar de mencionar pastores tão queridos que contribu-íram no cuidado com este trabalho: o pastor José Hilton, então pastor da Comunidade da Graça em Sorocaba, e o pastor Ludovico Motta, da Comuni-dade da Graça em Itaquera.

Foi neste contexto que os pastores Lázaro Henrique e Sandra Lya foram desafiados pelo pastor Carlos Alberto a darem continuidade a esse traba-lho de edificação da Comunidade da Graça em Tatuí. Eles foram recebidos com muito amor e carinho por esta cidade, também chamada carinhosa-mente de Cidade Ternura. O tempo passou e a Comunidade da Graça em

Tatuí foi se desenvolvendo e crescen-do a cada dia.

Quando os pastores Lázaro e Sandra chegaram na cidade em janeiro de 2002, eles imediatamente iniciaram um período de estruturação e capacita-ção de líderes e trabalho nos pequenos grupos. Uma das marcas da igreja em Tatuí é o cuidado com as famílias e a reestruturação de casamentos e laços familiares. Nesse processo, o grupo de Mulheres Intercessoras, liderado pela pastora Sandra, tem feito cons-tantes eventos evangelísticos, levando mulheres à oração e intercessão pelos

Culto de Celebração 2014

Fachada da Comunidade da Graça em Tatuí

Page 33: Revista Comuna 49

33

seu lares. Testemunhos de vitória têm sido frequentes neste trabalho com as mulheres. Outra marca na igreja é o ministério de música local. Os perí-odos de adoração e louvor nos cultos de celebração têm edificado toda a congregação.

Instalada em um bairro do centro ex-pandido da cidade, em um terreno próprio com 3.750 metros, plano e bem localizado. Através do trabalho em Células e do discipulado, o pastor Lázaro e toda sua equipe de líderes têm desenvolvido o projeto de Deus para salvação dos homens, claramente exposto através da visão que Deus tem dado ao nosso pastor Carlos Alberto: “Uma igreja Família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e for-mando discípulos”.

Temos um grande desafio pela fren-te. Há 6 anos Deus colocou um sonho e uma visão no coração do pastor Lázaro de ganharmos 10.000 membros, alcançarmos 10 cidades da nossa região e implantarmos pelo menos 1 Célula em cada bairro da nossa cidade. Hoje, somos 19 Célu-las de Famílias, Jovens e Mulheres. Já estamos com Células plantadas em quatro cidades da nossa região, sendo duas Células na cidade de Boituva, uma Célula na cidade de Cerquilho e uma Célula na cidade de Tietê; além de um projeto Casa de Paz na cidade de Cesário Lange. O desafio e o trabalho estão avançan-do. Para o ano de 2014 estamos com o desafio de enviarmos líderes para a cidade de Araçoiaba da Serra, Porto Feliz e Piracicaba.

Hoje, a Comunidade em Tatuí tem se utilizado de ferramentas importantes para consolidar as pessoas no reino de Deus, através da 7º edição do en-contro Vida Vitoriosa, que tem alcan-çado um marco de transformação e evangelização na nossa cidade. Nos últimos três anos, o serviço em amor de toda a igreja levou 400 pessoas a

passar pelo encontro e 130 pessoas pelo Batismo nas águas.

A Comunidade em Tatuí tem sido atuante no evangelismo por rela-cionamentos, além do fato de en-volver-se socialmente com nossa cidade. Já estamos no 5º Almoço Evangelístico, um evento em que toda a igreja se mobiliza para ofe-recer um almoço gratuito. Nes-sa ocasião, fechamos uma rua do bairro, ou fazemos em lugares pú-blicos de fácil acesso para todos os moradores dos bairros onde nossas Células estão inseridas, com o ob-jetivo de levar a Palavra de Deus e a expressão prática do amor do nosso Pai a pessoas que estão ca-rentes e necessitadas.

Queremos ser a igreja mais feliz e frutífera de Tatuí, levando pessoas a se reconciliarem com Deus e desen-volverem um relacionamento pro-fundo e saudável com Ele, e a partir daí, como resultado disso, amarem e servirem umas às outras, e ainda al-cançarem outras pessoas mais.

“Desta forma, se algum homem esti-ver em Cristo, ele é uma nova criatu-ra: as coisas velhas já se passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu O Ministério Da Reconcilia-ção.” 2 Coríntios 5.17-18

Louvamos a Deus, pois foi Ele que fez tudo isso!

Pr. Lázaro e Pra. Sandra (da direita para esquerda, o filho Daniel, os netos Davi e Manuela, a nora Bruna, e ao fundo o filho Pr. Israel e sua esposa Adriana, grávida do terceiro neto, a Marcela.)

Equipe de Líderes de Células

Page 34: Revista Comuna 49

34

É com muita alegria que compartilha-mos o que Deus fez em nossa família. Ao longo de 12 anos como membros da Comunidade da Graça em Tatuí, e por intermédio do ministério de nos-sos amados pastores Lázaro e Sandra, e seus filhos, Deus nos fez compreen-der seu propósito eterno para nossa vida – sermos filhos e filhas de uma família com muitos outros irmãos que buscam diariamente ser semelhantes ao seu irmão mais velho Jesus.

Casamos em 15 de dezembro de 2001. Embora apaixonados, o mundo não nos privou de frustações. Logo nos pri-meiros 6 meses, Satanás disseminou incertezas em nossas mentes e come-çamos a cogitar uma separação. Nos amávamos, mas não conseguíamos viver juntos. Não sabíamos ser esposa e marido. Estávamos perdidos em nos-sos sentimentos. Não exercitávamos mais a nossa fé, e já havíamos parado de ir à nossa antiga igreja. Foi quan-do, a convite de uma amiga em 2002, minha esposa conheceu uma Célula li-gada às Mulheres Intercessoras de Ta-tuí. Logo na primeira participação, a pastora Sandra foi um instrumento de Deus para tratar o coração de minha esposa. Foi o início da restauração da

nossa casa. A mudança de vida da mi-nha esposa despertou a minha mudan-ça. Nos 6 meses seguintes, firmamos nossa aliança com Deus, com o nosso casamento e com a igreja. Passamos a participar ativamente do ministério. Minha esposa no ministério infantil, eu no ministério de louvor e, juntos, no ministério de adolescentes.

Em 2009 aprouve ao Senhor exercitar a nossa fé. Como todo casal, tínha-mos o anseio por um filho. Porém, duas foram as tentativas e duas foram as perdas. A última, em 2010, foi a que mais nos abalou. Minha esposa estava no 5° mês de gravidez e foi diagnosticada com uma doença mui-to rara. O feto e ela corriam risco de vida. Ela precisou ficar internada sob observação médica. Foram 7 dias de muita angústia e choro. E novamente perdemos o bebê.

Depois disso, minha esposa preci-sou realizar um tratamento ao longo de 1 ano. A cada 15 dias tínhamos que voltar ao hospital e as lembran-ças desse pesadelo sempre retor-navam. Assim como Ana (mãe do profeta Samuel), a tristeza de não conseguir ser mãe amargurava o co-

ração da minha esposa. Foi quando novamente o ministério Comunida-de da Graça ajudou a nos reerguer-mos em nossa fé e esperança. Em 2011, minha esposa esteve presente no evento nacional das Mulheres Intercessoras em Guarulhos. Em um momento de oração específica sobre filhos, minha esposa fez um voto com Deus e disse que “se naquele ano Deus nos presenteasse com um filho, no ano seguinte nós levaría-mos o neném para ser apresentado no evento e compartilharíamos o nosso milagre”. Deus é fiel! Naque-le mesmo ano minha esposa engra-vidou. A gestação foi extremamente tranquila e em 22 de maio de 2012, nosso filhinho Caio nasceu.

Temos experimentado muitas outras bênçãos em nossa família mediante a rica graça e misericórdia de Deus, temos aprendido a guardar a nossa fé e, a cada dia, fortalecer nossa alian-ça com o Senhor e com nossa amada igreja Comunidade da Graça. Ama-mos nossos pastores e sempre lhes seremos gratos por tratar das nossas vidas como pais que educam, amam e disciplinam seus filhos, e por nunca terem desistido de nós.

TESTEMUNHO

Page 35: Revista Comuna 49

35

São Paulo, março de 2014. É chega-do o primeiro trimestre do ano. Incrí-vel. Como o tempo passa depressa. Responsabilidades cada vez maiores. Prazos cada vez mais curtos. Rela-ções cada vez mais virtuais. A vida está acelerada. O tempo para concluir todas as tarefas parece ter encurtado. Bom seria que o dia tivesse mais que 24 horas.

Infelizmente, essa velocidade traz consequências danosas para o corpo, que não acompanha esse ritmo frené-tico: stress, depressão, hiperatividade, falta de concentração - as chamadas doenças modernas. Sabendo da inci-dência cada vez maior desses males, o setor de psicologia da Policlínica Cáritas, da Fundação Comunidade da Graça, tem-se preparado para atender um número cada vez maior de pessoas das comunidades próximas. São, em média, 110 pacientes avaliados por mês, com atendimento prioritário de mulheres e crianças.

O procedimento é ágil: as pessoas pas-sam por uma triagem com assistentes sociais, que preenchem cadastro com análise de perfil. Depois, já são enca-minhadas para as psicólogas, que rea-lizam diagnósticos, e a partir daí, tem início o acompanhamento do paciente.

É utilizado o método da terapia sistê-mica. Nessa modalidade de análise são avaliados o contexto familiar, profissio-nal e interpessoal. Assim, é possível ter maior precisão para compreender a ori-gem do problema. “Nos casos de crian-ças agressivas na escola, ou hiperativas, o problema, na maioria das vezes, está na família”, explica Eunice Reinaldo, supervisora da equipe de psicologia e psicopedagogia da Policlínica.

“Um atendimento que leva em conta as especificidades de cada tipo de pa-ciente que chega à clínica é essencial, mas não é o mais importante”, conta Eunice. A supervisora acredita que o grande segredo para uma análise bem

sucedida dos pacientes vai além da capacitação profissional: está na fé. “A palavra de Deus nos ensina como amar ao próximo, e isso aprimora nossa inter-relação com o paciente. Ao observarmos as atitudes de Jesus com seu semelhantes, todo seu cuida-do e carinho, temos um referencial de como agir”, conta Eunice.

Muitas pessoas atendidas na Cáritas passaram por problemas sentimentais, morte de familiares, ou não consegui-ram lidar com situações de dificuldade em seu dia a dia. Algumas, inclusive, relacionam os problemas a possíveis pecados e culpas.

E a estratégia tem surtido efeito. Não são poucos os depoimentos de pessoas que saíram da depressão, da carência afetiva e diminuíram os efeitos de dis-túrbios emocionais, após consultas na policlínica. Resultado de profissionais capacitados que utilizam a fé como fundamento para transformar vidas.

FUNDAÇÃO COMUNIDADE DA GRAÇA

PSICOLOGIA ALIADA À FÉ PARA RESTAURAR VIDASPOLICLÍNICA CÁRITAS:

Page 36: Revista Comuna 49

36

NOVA GERAÇÃO

GERAÇÃO

DEUS

Levantando uma

que conhece o verdadeiro

Recentemente, o internacionalmen-te respeitado Instituto Barna reali-zou uma pesquisa com mais de 2700 participantes, e revelou que quase a metade deles (43%) aceitou a Jesus Cristo como seu salvador antes de al-cançar os 13 anos. Ao mesmo tempo, mostrou que dois de cada três (64%) se batizaram antes dos 18 anos. O re-sultado marca com muita clareza a im-portância da igreja investir no trabalho do Ministério com Crianças.

A Comunidade da Graça foi modelo no Brasil no trabalho com os pequeni-nos e no desenvolvimento de material específico para eles. Há alguns meses, e sempre pensando em preparar uma nova geração que ame a Deus e seja comprometida com uma vida de santi-dade e serviço, a Comunidade iniciou um projeto para aperfeiçoar e expan-dir esse trabalho.

Com este objetivo, a Associação Co-munidade da Graça convocou um grupo formado por representantes de nove Comunidades – Sede, Ermelino, São Mateus, Londrina, Atibaia, São Bernardo, Guarulhos, Zona Norte e Vila Mariana – para discutir como de-

senvolver um projeto que envolva não só as igrejas, mas também as células e os pais. Assim, chegou-se ao consenso da necessidade de um novo material impresso que ensine aos pais a traba-lharem com os filhos, e que tenha a igreja como cooperadora.

Pelos anos de grande experiência nessa área, foi escolhido cuidadosamente o material do Ministério Igreja em Cé-lulas, liderado pelo pastor Robert Lay, amigo de longa data do pastor Carlos Alberto Bezerra, que trabalha com um tema bíblico específico unificado para todas as faixas etárias (Maternal, 3 a 5, 6 a 8 e 9 a 11 anos de idade), o que fa-cilita o convívio e a prática familiar. Ao mesmo tempo, desenvolve um progra-ma para aplicar o princípio bíblico de maneira atraente, informal e interativa, respeitando as características, interes-ses e necessidades de cada idade.

Foi então que no sábado 1 de fevereiro, pastores, líderes e auxiliares do Minis-tério com Crianças participaram de um

treinamento realizado na CG Sede, em Vila Carrão, São Paulo. Mais de 600 pessoas estiveram presentes para rece-ber orientações sobre o novo material que será trabalhado com as crianças a partir de 2014 e que, progressivamente, será aplicado a nível nacional.

Cada um dos participantes do even-to recebeu um guia preparado pela equipe da Associação Comunidade da Graça, que ajuda a tirar qualquer dúvida sobre como aplicar o mate-rial na sala de aula e que respeita as características específicas de cada faixa etária.

Com palavras muito carinhosas e desa-fiadoras, o pastor Carlos Alberto Bezer-ra, presidente da Comunidade da Graça, abençoou os líderes presentes e desta-cou: “Cuidar desta geração vindoura é parte do grande projeto de Deus. Estas crianças vão herdar a boa semente que será plantada e deverá ser multiplicada. E os pais são uma peça chave neste trabalho”. Ao mesmo tempo que res-saltou: “Este material é simples, objeti-

Treinamento e capacitação para os professores

Page 37: Revista Comuna 49

37

vo, e profundo. Nós queremos cooperar com o sonho do coração de Deus para poder produzir frutos abundantes que vão edificar, consolidar, fortalecer e abençoar à próxima geração”.

No evento foi apresentada a nova iden-tidade visual do Ministério com Crian-ças, o Comuna Kids. Houve também um tempo muito especial para honrar aos pastores Lair e Vera Lucia Matos, que foram os pioneiros no trabalho des-te ministério na Comunidade da Graça e que criaram o primeiro material para o ensino dos pequeninos, chamado “Ensina a Criança no Caminho que deve Andar”, usado por muitos anos nas CGs e também por outras igrejas.

Gabriela Rosaneli, líder do Ministé-rio Infantil em Atibaia, mostrou uma visão geral das múltiplas possibilida-des de trabalho deste novo material, e destacou que “não há idade para rece-ber o novo nascimento e a salvação. Deus quer colocar Suas leis na mente da criança, e escrevê-las em seu co-ração. Ele pode e quer fazer isso. E

Deus deixa claro que os pequenos são o seu povo, como está registrado em Hebreus 8.10-11.”

No período da tarde, foi o tempo dos workshops com aulas ministradas por professores das CGs de São Mateus, Guarulhos e Atibaia. Os líderes foram divididos segundo a faixa etária com que trabalham: Maternal (0 a 2 anos), 3 a 5, 6 a 8 e 9 a 11 anos de idade. Em cada uma das salas, os participantes recebe-ram instruções e conselhos específicos.

“Estamos formando uma geração de vencedores. Pessoas que expressam a imagem de Jesus e manifestam a vida de Deus em toda a sua maneira de viver. Isso acontece através de um processo, porque vencedores não aparecem por acaso. Nada mais natural que começar esse pro-cesso logo na infância. Somos desafiados a moldar a mente das crianças de acordo com a Palavra de Deus. Os líderes que Deus levantará na próxima geração já es-tão em nosso meio”, destacou Gabriela.

Desde sua fundação, a Comunidade da Graça tem levado o trabalho com as crianças a sério. O pastor Carlos Alberto advertiu: “Se nós perdermos esta próxi-ma geração de crianças, quando elas che-garem na idade adulta, nós dificilmente as traremos de volta. Temos que cons-cientizar as famílias a participarem deste grande projeto da semeadura de Deus no coração de todas as crianças das nossas comunidades e desta geração”.

Este projeto trabalha três pilares para a formação da nova geração:

Procurando:

Lar;

Igreja;

Célula.

Incentivar o Culto Familiar semanal baseado no versí-culo/princípio aprendido no domingo (apenas 30 minutos, 1 vez por semana!);

Melhorar o relacionamento pais-filhos;

Reforçar o princípio bíblico aprendido na igreja;

Ensinar de maneira prática, divertida e com afeto a Palavra de Deus.

Quer ter acesso ao material do treinamento do Ministério com Crianças? Use o leitor de QRcode do seu smartphone e acesse o Rede Comuna. Registre-se e faça download do material.

CONTEÚDO EXTRA

Page 38: Revista Comuna 49

38

ORGULHO

ELOGIOS

Como lutar contra o

especialmente diante dos

É muito comum os líderes ouvirem elogios. Na maioria dos casos são ape-nas expressões de amor que refletem o esforço do trabalho feito para a glória de Deus. Mas é difícil para uma pessoa que só ouve elogios distinguir o que precisa ser corrigido na sua vida diária. E existe um sério risco para um líder em ser elogiado permanentemente. Se ele não estiver firmado na Rocha, pode esquecer do fato de que tudo é dEle, por Ele e para Ele (Romanos 11.36).

O pastor John Piper, um dos mais in-fluentes pregadores batistas e autores do século XXI, que serviu como pas-tor sênior na Igreja Batista Bethlehem em Minnesota por 33 anos, escreveu uma lista com as 10 coisas que ele cos-tuma fazer para lutar contra o orgulho que os elogios possam criar nele ou em qualquer um dos líderes cristãos que trabalham ao redor do mundo para a implantação do Reino de Deus na Terra. A Revista Comuna reproduz essa lista a seguir:

Traga à memória que você não é auto-existente, somen-te o Deus Trino é. Somente

Deus é absoluto, mas você é contin-gente. Lembre-se, você é completa-mente dependente de Deus desde sua origem e para sua existência no pre-sente e no futuro. Traga isso à mente e reflita nessa verdade.

Lembre-se, por natureza você é um pecador depra-vado e, vivendo no pecado,

tem tratado Deus com desprezo, prefe-rindo outras coisas à Sua glória. Cada uma das suas ações é falha porque a perfeição é dEle. Então perceba que Deus não lhe deve nada.

Reflita sobre sua condição. Ela é tão desesperadora que só poderia ser remediada

pela morte horrível do Filho de Deus,

para suportar o seu castigo e lhe forne-cer justiça. E regozije-se no perdão e justiça que são seus em Cristo.

Medite nas Escrituras que dizem: “Revesti-vos de hu-mildade, porque Deus resiste

aos soberbos, mas dá graça aos hu-mildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte.” (1 Pedro 5:5-6; veja também Tiago 4:6-10). E “aquele que entre vós todos for o menor, esse

1

2

3

4

ESPECIAL

Page 39: Revista Comuna 49

39

mesmo é grande.” (Lucas 9:48; Mar-cos 9:35 e Mateus 20:26).

Ore para que os olhos do seu coração vejam essas verda-des bíblicas pelo que elas

realmente são.

Peço a Deus que lhe faça não somente ver essas verdades, mas também senti-las com

um senso de mansidão, humildade e quebrantamento que corresponde ao verdadeiro peso que elas têm.

Renuncie a desejos por lou-vor, fama e estima quando os veja se levantando no seu co-

ração. Diga: “Não! No nome de Jesus saia da minha cabeça!” E volte a sua mente em oração para a beleza, verda-de e dignidade de Cristo.

Tente receber todo criticis-mo - de amigo ou inimigo - com a suposição de que exis-

te pelo menos alguma verdade da qual você possa se beneficiar. “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para fa-lar, tardio para se irar.” (Tiago 1:19)

Lute para cultivar a alegria em Cristo e a Sua sabedo-ria, poder, justiça e amor que

trazem mais satisfação do que os pra-zeres do louvor humano, sendo o seu objetivo que, pelo Espírito, lhe seja concedido o milagre do auto-esque-cimento na admiração de Cristo e no amor às pessoas.

Finalmente, procure fre-quentemente nos escritores mais antigos que conhece-

ram Deus profundamente, o que a maioria de nós, pessoas modernas, parece incapaz de fazer. Dirija-se, por exemplo, a Jonathan Edwards, de quem as descrições de humildade despertam os mais profundos anseios

5

6

7

8

9

10

em mim e em muitos outros, como por exemplo, quando ele escreveu sobre Cristo em 28 de novembro de 1751:

“Ele é de fato dotado de infinita majes-tade, para nos inspirar com reverência e adoração; porém essa majestade não precisa nos amedrontar, pois a vemos combinada com humildade, mansidão e doce condescendência. Podemos sentir a mais profunda reverência e au-to-humilhação e ainda ter nossos cora-ções atraídos doce e poderosamente a uma intimidade mais livre, confiden-

cial e agradável. O medo, tão natu-ralmente inspirado por sua grandeza, é dissipado pela contemplação da sua suavidade e humildade, enquanto a fa-miliaridade, que poderia surgir apenas dessa visão de beleza do seu caráter, nunca é impedida pela consciência da sua infinita majestade e glória. A visão de todas as suas perfeições unidas nos enche com uma doce admiração, hu-milde confiança, com amor reveren-cial e agradável adoração”. (Works, Vol. 1 (Edinburgh: Banner of Truth), p. cxxxix)

Page 40: Revista Comuna 49

40

TEXTO E CONTEXTO Carlos Alberto Antunes, pr.

Retomando o assunto que começamos a tratar na da edição anterior, durante todos esses anos em que estamos im-plantando a visão celular em nossas Comunidades, muitas vezes nos depa-ramos com a falta de especificação do papel do supervisor nas suas múltiplas funções, que acabam sendo reduzidas a uma só: pastorear os líderes de células.

Normalmente, estes supervisores fo-ram desafiados para esta função por-que foram lideres bem sucedidos, que multiplicaram suas células e forma-ram novos líderes.

Assim, durante anos eles estiveram envolvidos com todas as funções de

um líder de células: evangelizando e integrando, acompanhando pesso-as nos Encontros de Vida Vitoriosa, ministrando o Formando Discípulos, pastoreando vidas, ensinando, visi-tando, aconselhando, estabelecendo auxiliares, encaminhando-os e acom-panhando-os no CTL, planejando eventos etc., e geralmente no final do ano, fazendo celebrações de multipli-cação de suas células, coroando de êxito todo o seu trabalho.

Mas, quando este líder, pelo próprio sucesso do seu ministério e da multi-plicação das suas células, é desafiado a assumir a responsabilidade de supervi-sionar outros líderes, ele acaba se frus-

trando; isto porque, durante muito tem-po pensávamos que era tudo e somente isto que o supervisor deveria fazer: pastorear os líderes das células, deixan-do de lado todas as atividades passadas que ele fazia com tanta paixão.

Mas agora, depois desses últimos anos em que estivemos em contato direto com os supervisores de células do Dis-trito Azul, da Comunidade Sede, tam-bém ensinando no CTL sobre a nossa Visão, Modelo e Trilho, além de eu mesmo ser supervisor das células que multiplicamos (a célula de casais que iniciamos em 2009, agora já são 7 no-vas células), pudemos perceber que as funções de um supervisor vão muito

CONSTRUINDO A CASA DE DEUS

A contribuição do supervisor de células Parte II

Page 41: Revista Comuna 49

41

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento em Liderança, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

além, e não estão restritas unicamente ao cuidado de líderes de células.

O supervisor tem um campo muito mais amplo de atuação, que gostaría-mos de compartilhar neste artigo, com base nos modelos da Palavra de Deus, para que ele possa dar uma contribui-ção indispensável e muito valiosa na construção da casa de Deus, que é o tema deste ano em todas as nossas Co-munidades. Assim sendo, entendemos que ao supervisor compete, além de pastorear os líderes e supervisionar as células, funções que já são feitas, mais estas atividades (na edição anterior vi-mos os itens de 1 a 5):

Pastorear os líderes de células: Apesar de não ser esta a única função de um supervisor, ela continua sendo a mais fundamental, porque se os líderes es-tiverem bem, sendo acompanhados, pastoreados e discipulados, as células que eles dirigem serão diretamente beneficiadas, pois crescerão e se mul-

tiplicarão; neste sentido, valem muito conferir o livro “Seja um supervisor eficaz”, de Joel Comiskey.

Supervisionar as células para que nos encontros seja preservado o foco em nossa teologia, nos valores de nossa Visão, e nas práticas que tornam os encontros inspiradores e proféticos (I Coríntios 14: 23 a 25) esta função também já é do conhecimento e prati-ca dos supervisores.

Planejar encontros evangelísticos, com seus líderes, em datas e ocasiões espe-ciais que poderão ser feitas em cada célula, ou englobando todas em lugar adequado para isto, com a sua presença e supervisão. Nesta função, quando as células realizarem os Encontros de Paz, o supervisor com os seus líderes deve-rá coordenar tudo na sua área, através dos relatórios dos agentes de paz, que também deverão ser processados e en-caminhados ao CTL.

Multiplicar a sua área, pois assim como ao líder cabe multiplicar a sua célula, se espera que o supervisor multiplique a sua supervisão, fixando alvos e metas anuais, junto com seus líderes; evidentemente que esta multi-plicação será consequência de desen-volver bem as funções anteriores.

Certamente que todas estas funções deverão ser feitas com muita oração e paixão, e através de uma maior utili-zação dos meios que o supervisor já possui para desenvolver o seu traba-lho, sem que haja qualquer sobrecar-ga sobre eles: através do seu próprio

GD, dos encontros informais com seus líderes e auxiliares, da internet e dos celulares, dispensando-se assim mais reuniões ou encontros formais no pré-dio da Comunidade.

Assim sendo, cada supervisor real-mente fará a sua parte no grande de-safio deste ano de construirmos a casa de Deus, e realizar o grande desejo do Senhor e do pastor Carlos Alberto, de ver cada membro da Comunidade da Graça ser muito bem pastoreado, atra-vés dos pastores, supervisores e líde-res de célula.

Para estes objetivos, a figura do su-pervisor é altamente estratégica, pois é ele quem faz a mediação e a ligação entre os pastores e os líderes de célula, dentro daquela estrutura já dada pelo Senhor à sua igreja, através de Jetro, o sogro de Moisés:

“E tu dentre todo o povo procura ho-mens capazes, tementes a Deus, ho-mens de verdade, que odeiem a avare-za; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil (pastores titulares e/ou de dis-tritos), maiorais de cem (pastores de áreas), maiorais de cinquenta (super-visores), e maiorais de dez (líderes de células).” Êxodo 18:21

6

7

8

9

Quer ler a primeira parte de esta matéria? Use o leitor de QRcode do seu smartphone e acesse à versão digital

CONTEÚDO EXTRA

Page 42: Revista Comuna 49

42

ACONTECEU

MUITOS MOTIVOS LOUVAR A DEUSNo domingo 9 de fevereiro, na Comunidade da Graça Sede, em Vila Carrão, foi realizado um Culto de Ação de Graças em comemoração ao aniversário da pastora Suely Bezerra. Mas este não foi o único motivo para celebrar. Também, nossos pastores completaram 48 anos de casa-mento e ministério.

A celebração foi muito especial, desde o começo. O louvor foi ministra-do pela Rachel Novaes, da CG Ubatuba, que viajou especialmente para prestigiar a pastora Suely.

O pastor e deputado estadual Carlos Bezerra Jr., filho dos pastores Car-los Alberto e Suely, ministrou uma palavra sobre a importância da mu-lher e seu legado espiritual, destacando o olhar de Deus sobre aquelas que, segundo as Escrituras, foram chamadas a serem parceiras do Pai.

Use o leitor de QRcode do seu smartphone para assistir de graça, na íntegra, a mensagem do pastor Carlos Bezerra Jr.

CONTEÚDO EXTRA

para

Page 43: Revista Comuna 49

43

Depois, chegou o momento das home-nagens. A pastora Alessandra Bezerra Caldas conduziu a cerimônia. O Minis-tério das Mulheres Intercessoras, das Crianças, e das Jovens Intercessoras (o Projeto 20-30) entregaram presen-tes especiais para nossa amada pastora Suely. A vereadora Patrícia Bezerra, es-posa de Carlos Bezerra Jr., entregou o presente em nome de toda Comunidade da Graça Sede.

Na comemoração pelos 48 anos de mi-nistério e casamento dos pastores Car-los Alberto e Suely, o pastor Ronaldo Bezerra abençoou a união dos pastores orando por eles e desejando muitos mais anos de vida juntos.

Page 44: Revista Comuna 49

44

ACONTECEU

O pastor Carlos Alberto Antunes, fiel amigo e companheiro ministerial de Carlos Alberto e Sue-ly, disse palavras muito carinhosas para os home-nageados e decidiu ceder a honra de orar pelo ministério pastoral para a nova geração, que foi representada pelo pastor Valter da CG Suzano.

E, ao final, não podia faltar o bolo, que foi tra-zido por algumas das netas dos nossos amados pastores. Várias das Comunidades do Brasil estiveram representadas pelos seus líderes, pre-sentes na comemoração.

Page 45: Revista Comuna 49

45

ANUNCIANTES

Page 46: Revista Comuna 49

46

ANUNCIE AQUI

Interessados em anunciar na próxima edição:

[email protected]

11 3588 0575

ANUNCIE AQUI

Interessados em anunciar na próxima edição:

[email protected]

11 3588 0575

CORRETORA DE SEGUROS - MARLI

[email protected]

2097-306899556-4956

www.rahijnunesseguros.com.br

SHALLONESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE

Escrituração: Contábil, processamento de dados

R. Jacirendi, 391Tatuapé/SP

2296 4658 / 2294 4527Contato: Clóvis

ANUNCIANTES

Page 47: Revista Comuna 49
Page 48: Revista Comuna 49