revista comuna 34

48

Click here to load reader

Upload: dinbrasil

Post on 10-Mar-2016

232 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Confira as notícias, estudos e matérias da nova edição da Revista Comuna.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 1

Page 2: Revista Comuna 34
Page 3: Revista Comuna 34
Page 4: Revista Comuna 34

Produção: Comunidade da Graça Sede

Pastor Presidente: Carlos Alberto de Quadros Bezerra

Pastor Responsável: Wagner Fernandes

Jornalista Responsável: Fabiana Lima - MTB 58739

Coordenação e Revisão: Paulo Alexandre Sartori

Redação: Elisabete Mazi

Projeto Gráfico e Editoração: André Rinaldi

Direção de arte: Diego Boaventura

Assistente de arte: Thaís Fernandes

Contato Publicitário: Gabriela Rosaneli

Tiragem: 15.000 exemplares

Os anúncios contidos nessa edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não tendo a Igreja Comunidade da Graça nenhuma responsabilidade sobre o conteúdo e veracidade dos mesmos.

Interessados em anúnciar na próxima edição: [email protected] 11 3588 0575

34comuna

Olá!O Natal é a maior festa do mundo!O nascimento de Jesus é um marco no tempo e na história da humanidade.Um divisor – o antes e o depois de Cristo.

Fora o aspecto estético que enfeita as grandes cidades do mundo com luzes de todas as cores, a beleza do Natal está mesmo no seu significado maior: CRISTO ENTRE NÓS!De onde se conclui que o Natal é Deus nos presenteando.

Para combinar com a ação de Deus, talvez essa festa ga-nhasse um sentido melhor se, como forma da nossa gra-tidão, nos preocupássemos mais em dar do que receber, e pensássemos mais naquilo que podemos oferecer a Deus e ao próximo desfavorecido.

Será que estamos longe disso?

Boa leitura!

Wagner Fernandes

Editorial

Carlos Alberto de Quadros BezerraFundador e Presidente da Comunidade da Graça

COMUNA E VOCÊ

Gostou dos temas e assuntos da revista? Deseja fazer algum comentário? Tem

sugestões? Escreva para nós. Queremos saber sua opinião!

[email protected]

Tenho acompanhado as edições da revista Comuna há mais de um ano e quero parabenizá-los pela exce-lência alcançada como veículo de comunicação, disseminando a ética bíblica, bem como os valores do cris-tianismo. Esta revista faz diferença. Sinto-me honrado como membro da nossa igreja e gosto de distribuí-la do porteiro do meu prédio ao exe-cutivo da empresa onde trabalho. A matéria de capa da edição de núme-ro 32 tem em seu propósito resgatar valores de cidadania, mas também semeia um grande desafio para to-dos nós cristãos: influenciar pesso-as no campo da política. E, como aprendemos com Jesus Cristo, não há melhor maneira de influenciar a não ser dando o exemplo. Mais uma vez, meus parabéns a toda a equipe!

João Pádua Comunidade da Graça Sede/SP

A revista Comuna está cada vez mais edifi-cante. Na edição 32, a matéria com a pasto-ra Suely Bezerra sobre o valor da interces-são foi muito abençoadora.

Luzeny Viana – Comunidade da Graça do Jardim São João em Guarulhos/SP

Page 5: Revista Comuna 34

Índice

24

Capa

Visão - A igreja que prevalece

Especial

Saúde

Ponto de vista

Texto e contexto Aconteceu

Sonhospossíveis Liderança Comunidade

Eles andaram com Jesus FinançasFundação Comunidade da Graça

A grande festa

As alterações da gestação

Decretos de Natal

O Milagre do Natal

Um (bom) pedido de Natal O poder da pergunta Comunidade da Graça em Londrina

Ary Velloso Prosperidade na unidade do Corpo de CristoA sua doação pode mudar uma vida

Deus Agindo - Intimidade com Deus

A maior festado mundo

0806

18

36

12

20

10 14

22

40

16

32

43

Igreja FamíliaA igreja como família

38

Page 6: Revista Comuna 34

6 | comuna | dezembro 2012

uero introduzir esse texto des-tacando a experiência do rea-vivamento nos Estados Unidos em 1850. Aconteceu em Nova Iorque, no centro da cidade, quando um simples membro da igreja começou um encontro de

oração ao meio dia. Logo o santuário ficou lotado, com reuniões marcadas por quebrantamento e grande fervor.

Essas reuniões atraíram muitos de-sempregados que, por não haver as-sociações de proteção aos trabalha-dores, seguro desemprego e outras coisas assim, se voltaram para Deus

QCARLOS ALBERTO BEZERRA, PR.

A igreja que prevalece

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

em busca de ajuda. Outras igrejas mais, naquela época, tiveram que es-tabelecer cultos de oração devido aos pedidos das pessoas, porque elas não tinham a quem recorrer.

Igualmente, nos dias de hoje, princi-palmente depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, muitos estão se voltando para a oração. Nunca o povo americano buscou tanto as igrejas como agora, após as terríveis fatali-dades que se abateram sobre aquela nação. E quando essa crise alcançar o mundo todo – e isso já começou – muitos também em nosso país deseja-rão experimentar essa dependência de Deus através da oração.

Nesses dias maus que estão por vir, muitos fugirão dos falsos pregadores e das igrejas que enfatizam o evan-gelho do “fique à vontade” – aque-le que prega a simples adesão a uma religião para que todos os problemas se resolvam automaticamente e que, nos últimos tempos, tem despertado o interesse de tanta gente. Os cristãos

brasileiros, tenho certeza, vão deixar de buscar esses movimentos do “en-tretenimento gospel” (sem crítica aos que fazem isso) e da chamada TV cris-tã, que de cristã não tem nada, e vão passar a exigir de fato, um evangelho sólido. As pessoas sairão para ouvir pastores piedosos e a verdadeira Pala-vra de Deus, porque estão cansadas de bazófia e conversa fiada. O grito deste povo será: “Quem vai pregar uma pa-lavra profética que transforme a nossa vida, verdades que precisamos ouvir e que podem mudar o nosso coração?”.

Muitos afirmam que estamos vivendo um grande avivamento no Brasil. E eu questiono se isso, de fato, tem acon-tecido. O que tenho visto são igrejas cheias de pessoas famintas, sendo ali-mentadas com palha. Os templos es-tão cheios de pessoas vazias. Quando dizem que o avivamento brasileiro é um espetáculo, com prédios lotados e vários cultos num mesmo dia, eu me pergunto: – Que tipo de transforma-ção real este evangelho tem produzido na vida das pessoas, das famílias, dos

ShutterStock

Page 7: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 7

de terríveis ajustes na Igreja, o Senhor convocará Seu povo ao arrependimen-to. E o evangelho anunciado será o da justiça e santidade.

Precisamos de um avivamento que tenha compromisso com a prega-ção da verdade, do evangelho que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê – o único ins-trumento transformador do homem. Esse evangelho é que precisa ser anunciado para que haja avivamento – a mensagem que transforma mal-ditos pecadores em santos de Deus. A resposta a qualquer abandono da fé, crise ou caos, será sempre uma renovada revelação do Cristo ressus-citado, daquele que venceu o poder da morte e nos deu a Sua vitória.

Jesus identificou o Espírito Santo como Aquele que ensina todas as coisas e lembra as Suas palavras aos homens (João 14:26). Ele é o Espírito da Ver-dade, que guia as pessoas na verdade de Deus (João 16:13). O Espírito Santo não sustenta o testemunho de qualquer evangelho ou de manifestações car-nais. O verdadeiro evangelho fala de abandono do pecado e da obra rege-neradora de Cristo na cruz em nosso favor. Fomos crucificados juntamen-te com Cristo e ressuscitados junta-mente com Ele para vivermos em no-vidade de vida. Este é o evangelho da cruz, que produz mais do que apenas transformações aparentes e estéticas.

Hoje, muitos pastores e evangelistas estão corrompidos por ambições pes-soais. Acham que podem invocar o Espírito Santo a qualquer momento a fim de promover curas e milagres, mas não estão prontos para enfren-tar os dias de trevas que estão por vir sobre toda a terra. O avivamento que precisamos não acontecerá através de shows de ostentação, ou ensinos sobre

prosperidade. Virá através de um gru-po de pastores e leigos que frequen-taram a escola de Jesus, aprendendo Seus caminhos. Homens e mulheres que levam a Palavra de Deus a sério.

Quero desafiar você a desejar e expe-rimentar essa verdade. Ela é poderosa para fazer de mim e de você um mi-nistro do evangelho. Deus quer nos levantar e multiplicar esta semente através de nossa vida. Ele deseja cons-tituir uma igreja que alcance a nação e o mundo. Uma igreja capaz de fazer a nossa geração lembrar que ainda exis-te um povo que ama o perdido e que tem o compromisso de vê-lo transfor-mado em filho de Deus.

Não quero apenas uma igreja que cresça e se multiplique, mas que prin-cipalmente faça discípulos parecidos com Jesus e que produzam obras de justiça. Você está sendo convoca-do para escrever a história da igreja nesses dias. O Espírito Santo vai usar você. Ele tem o compromisso de ope-rar através da sua vida, e expandir o Seu reino. Você é o corpo de Cristo neste mundo. Deus está purificando a Sua Igreja, uma Igreja que prevalece contra esse mundo mau. Com quan-tos Ele pode contar?

Carlos Alberto de Quadros Bezerra é fundador e presidente da Comunidade da Graça. É membro da Academia Paulista Evangélica de Letras e preletor internacional. Casado com a pra. Suely Bezerra.

homens públicos e da sociedade como um todo? Estamos vivendo um aviva-mento ou apenas uma “avivação”? Há muito barulho, promessas vazias e re-gras para conquistar prosperidade que, ao invés de transformar as pessoas, só geram confusão.

Eu creio sim num grande avivamento. Nossa nação há de prová-lo! Mas não será nada parecido com isso que esta-mos vendo. Hoje, a moda é ser rico, receber mais honra e ter os melhores títulos. Há grupos em litígio para sa-ber quem vai ordenar o maior grupo dos famosos “apóstolos”. Vemos com-petição e barganha que trazem desor-dem para dentro da igreja. Isso tem feito mal a todos.

Precisamos de um avivamento que cause impacto nessa sociedade. Já che-gamos ao máximo de promiscuidade e avareza, de indiferença e erotização em todos os meios de comunicação possíveis. Quando esse avivamento chegar, ninguém vai ficar rindo ou fa-zendo ruídos animalescos. Nesses dias

MUITOS AFIRMAM QUE ESTAMOS VIVENDO UM GRANDE AVIVAMENTO NO BRASIL. E EU QUESTIONO SE ISSO, DE FATO, TEM ACONTECIDO. O QUE TENHO VISTO SÃO IGREJAS CHEIAS DE PESSOAS FAMINTAS, SENDO ALIMENTADAS COM PALHA. OS TEMPLOS ESTÃO CHEIOS DE PESSOAS VAZIAS.

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Page 8: Revista Comuna 34

8 | comuna | dezembro 2012

omunhão é um bom sinôni-mo para a palavra intimida-de. Estar em comunhão é ter uma associação íntima com alguém, é ter uma afinidade com a pessoa com a qual esta-

mos nos relacionando, é ter uma co-municação que alimenta e fortalece a amizade, formando um laço de alma. Isso deve acontecer assim no nosso casamento e nos nossos rela-cionamentos fraternais, por exem-plo. Mas hoje eu quero falar neste artigo sobre a nossa intimidade com Deus. A comunhão com Deus é a base de tudo em nossa vida.

Deus deseja que tenhamos uma in-timidade perfeita com Ele. Desde a criação, no Jardim do Éden, Ele

manifestou o grande desejo de ter comunhão com o ser humano. Veja-mos o que diz a Bíblia:

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela vira-ção do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SE-NHOR Deus, entre as árvores do jardim.” Genesis 3:8

O Senhor estava passeando pelo jar-dim, como fazia todos os dias, para encontrar Adão e Eva. Mas, dessa vez em questão, eles se afastaram de Deus. Por que eles agiram assim? Por causa do pecado. A íntima comunhão com Deus havia sido quebrada em função da desobediência daquele pri-meiro casal.

Hoje, Deus nos convida a sermos mais íntimos dEle. Ele não é um Deus dis-tante e carrancudo, que se preocupa somente em julgar, condenar ou cas-tigar, como muitos dizem. Ele é um Deus apaixonado por relacionamen-tos. Ele quer se relacionar conosco, estar presente em todos os momentos.

Como podemos intensificar nossa in-timidade com Deus? Somente através de Jesus. Ele veio restabelecer a co-munhão do homem com Deus. Nin-guém pode ir ao Pai senão por meio de Jesus. Ele é o caminho da nossa volta para Deus (João 14:6).

Sem essa intimidade com Deus, res-taurada em Jesus, nossa fé não é ver-dadeira aos Seus olhos. Em Marcos 4

Foto: D

ivulgação

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CG

Intimidade com DeusSUELY BEZERRA, PRA.

C

ponto de vista

Page 9: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 9

lharam para enriquecer os egípcios. Tiveram seus filhos mortos por ordem de Faraó. Mesmo assim, libertos do Egito pela mão forte de Deus, rapi-damente se esqueceram de tudo o que passaram.

“Deixa-nos escolher um líder e re-tornar ao Egito.” Números 14:4

Por que este contraste tão grande? Moisés teve um encontro transfor-mador e definitivo com Deus. Ele O conheceu realmente. Já o povo, quan-do recebeu o mesmo convite, se dis-tanciou de Deus, assim como a Bíblia descreve em Êxodo 20:8-21. Reco-mendo que leiam esta passagem. Moi-sés queria ter intimidade com Deus. O povo queria só a promessa e a provi-são do Senhor.

“A intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança.” Salmo 25:14.

Compartilhamos nossos segredos com quem temos intimidade. Temer ao Se-nhor é obedecê-lo, mesmo sem com-preender seus desígnios ou não ver nenhum benefício aparente. Obede-cermos mesmo quando não entende-mos. Abraão era assim. E Deus com-partilhou coisas com ele que ninguém

mais sabia. Em Tiago 2:23 lemos que Abraão foi amigo de Deus. Ele o temia.

Nunca se esqueça de que a falta de te-mor leva ao pecado, à desobediência, à dureza de coração e ao afastamento de Deus. O pecado nos afasta de ter-mos uma intimidade com o Senhor. Faça desse temor o seu tesouro. Jesus está agora batendo na porta do seu co-ração, querendo entrar e ter comunhão com você. Você está disposto a abrir esta porta?

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” Apoca-lipse 3:20

é relatada mais uma história de Jesus com Seus discípulos. No versículo 40, Jesus questiona: “Como é que não tendes fé?” Os discípulos andavam com Ele há tanto tempo, mas ainda não sabiam quem Ele era realmente. Como poderiam crer em alguém que não conheciam intimamente?

Por não ter intimidade com Deus, nossa motivação pode estar erra-da. Podemos ver isso no exemplo mostrado nas Escrituras na histó-ria de Moisés e o povo de Israel. Moisés foi criado pelo homem mais rico e importante do seu tempo, o Faraó do Egito. Tinha à sua disposição as melhores comidas, roupas e a melhor edu-cação. Mas quando Moisés teve um encontro real com Deus, ao

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde

Suely Bezerra, é líder Nacional do Ministério Mulheres Intercessoras. É casada com o Pr. Carlos Alberto Bezerra e autora de vários livros relacionados com a oração e a prática devocional

igreja família

ver a sarça ardente e o Senhor falando com ele, não titubeou e deixou tudo para trás. Sua meta agora era cumprir a missão que o Senhor Deus lhe havia dado. Não sentiu saudades do seu pas-sado em nenhum momento.

Diferente de Moisés, o povo de Isra-el que sofrera tanto na mão dos egíp-cios como escravo, mesmo depois da libertação, tinha frequentes saudades do Egito e da vida velha. Eles haviam sido abusados e humilhados. Traba-

Shut

terS

tock

Page 10: Revista Comuna 34

10 | comuna | dezembro 2012

Decretos de NatalCARLOS BEZERRA JR., PR.

á textos que a gente lê com von-tade de tê-los escrito. Esse, que transcrevo aqui, é um quase-po-ema antigo que gosto demais. Aliás, não sei bem porque, mas esses dias que antecedem o Na-

tal me trazem um gosto especial pelo que é antigo: músicas, fotos, textos, passagens bíblicas já conhecidas...

Acho que é para convocar a saudade e trazer para dentro da gente a cena que aconteceu longe, há muitos anos, como diz Rubem Alves.

Ao longo de todo esse ano, escrevi vários textos para a Revista Comuna. Dessa vez, no entanto, prefiro o silên-cio da reflexão: Natal nada tem a ver com banquetes ostensivos. Tem a ver com a meditação da ceia em família, com aquilo que é dito só por gestos, por

olhares. Por tudo isso, preferi, ao invés de escrever, compartilhar com você esse texto de um intelectual que admi-ro, o Frei Betto. Ofereço-o como um presente que o dinheiro não compra. É preciso entrar no clima.

É preciso preparar o coração. Celebre como pede a ocasião: a Salvação do mundo nasceu indefesa numa manje-doura.

H

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Shut

terS

tock

Page 11: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 11

Carlos Bezerra jr.,é pastor, médico, deputado estadual e líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Casado com Patrícia Bezerra há 18 anos e pai da Giovanna e da Giulianna. Ama o Natal e faz de tudo pra não entrar na correria que acomete um tanto de gente nessa época. Aliás, aproveita para dar esse conselho: não corra, não se apresse, não assuma compromissos demais. Que você não perca em ‘amigos secretos’ e confraternizações o tempo necessário para agradecer a Jesus pelo amor que O moveu a vir ao mundo, e para expressar esse mesmo amor aos seus próximos.

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Fica decretado que, neste Natal, em vez de dar presentes, nos fa-remos presentes junto aos famintos, carentes e excluídos... abri-remos corações e portas à chegada salvífica do Menino Jesus. Fica decretado que as crianças, em vez de brinquedos e bolas, pedirão bênçãos e graças, abrindo seus corações para destinar aos pobres todo o supérfluo que entulha armários e gavetas. A sobra de um é a necessidade de outro, e quem reparte bens partilha Deus.

Fica decretado que, pelo menos um dia, desligaremos toda a pa-rafernália eletrônica, inclusive o telefone e, recolhidos à solidão, faremos uma viagem ao interior de nosso espírito, lá onde habita Aquele que, distinto de nós, funda a nossa verdadeira identida-de. Entregues à meditação, fecharemos os olhos para ver melhor.

Fica decretado que, despidas de pudores, as famílias farão ao me-nos um momento de oração, lerão um texto bíblico, agradecendo ao Pai de Amor o dom da vida, as alegrias do ano que finda, e até dores que exacerbam a emoção sem que se possa entender com a razão. Finita, a vida é um rio que sabe ter o mar como destino, mas jamais quantas curvas, cachoeiras e pedras haverá de en-contrar em seu percurso.

Fica decretado que arrancaremos a espada das mãos de Herodes e nenhuma criança será mais condenada ao trabalho precoce, vio-lentada, surrada ou humilhada. Todas terão direito à ternura e à alegria, à saúde e à escola, ao pão e à paz, ao sonho e à beleza.

Fica decretado que, nos locais de trabalho, as festas de fim de ano terão o dobro de seu custo convertido em cestas básicas a famílias carentes. E será considerado grave pecado abrir uma bebida de valor superior ao salário mensal do empregado que a serve. Fica decretado que toda dieta se reverterá em benefício do prato vazio de quem tem fome, e que ninguém dará ao outro um presente embrulhado em bajulação ou escusas intenções. O tempo gasto em fazer laços seja muito inferior ao dedicado a dar abraços.

Fica decretado que as mesas de Natal estarão cobertas de afeto e, dispostos a renascer com o Menino, trataremos de sepultar iras e invejas, amarguras e ambições desmedidas, para que o nosso co-ração seja acolhedor como a manjedoura de Belém. Fica decretado que não buscaremos o nosso próprio interesse, mas o da maioria, sobretudo dos que, à semelhança de José e Maria, foram excluídos da cidade e, como uma família sem-terra, obrigados a ocupar um pasto, onde brilhou a esperança.

Frei Betto, escritor, autor de 53 livros publicados no Brasil e no exterior.

Shut

terS

tock

Shut

terS

tock

Page 12: Revista Comuna 34

12 | comuna | dezembro 2012

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Ary VellosoPAULO ALEXANDRE SARTORI

ry Velloso da Silva, filho de um militar, nasceu em Congonhas do Campo, Minas Gerais, no dia 16 de março de 1935, mas foi criado em Belo Horizonte. Mais tarde, ele mudou-se para São Paulo a fim de es-tudar, formando-se em Letras na PUC. Convertido aos 18 anos, fez mestrado em Teologia nos Estados Unidos

e ao voltar ao Brasil, em 1968, já era pastor.

No ano seguinte, em Bauru, conheceu Carolina, uma pianista norte-americana que tinha vindo a São Paulo para se apresen-tar. Ela retornou ao seu país, mas os dois ficaram noivos por telefone. Em 1970, Ary viajou para a Califórnia para casar-se na igreja dela. Após oficializarem a união, o casal veio viver no Brasil. Ary se identificava com as pessoas ao seu redor e isso abria portas para que ele exercesse seu dom de evangelis-mo com paixão.

No final dos anos 70, o pastor Ary Velloso e sua esposa co-meçaram uma igreja na sala de sua casa no bairro de Santo Amaro em São Paulo. O casal já tinha em vista a formação de uma igreja que se preocupasse em alcançar a classe média e média alta, sem jamais negligenciar o pobre e o necessitado. Logo, o número de frequentadores pulou dos 5 iniciais para 15. Quando chegaram a 500 membros, as reuniões passaram a acontecer no salão de um hotel.

Os anos de preciosas experiências foram delineando o líder que gostava de futebol e sonhava com uma igreja versátil, cujo salão de cultos pudesse virar uma quadra de esporte para que os jovens aproveitassem o espaço e ficassem em um ambiente sadio. Seu sonho foi realizado, quando inaugurou a Igreja Ba-tista do Morumbi, na zona sul da cidade.

Valorizando o discipulado no “um a um” e os relacionamen-tos através dos grupos pequenos na igreja, Ary também foi um mentor de outros pastores. Os muitos dos discípulos que deixou estão hoje na liderança da igreja evangélica brasileira. Durante anos ele foi missionário da Sepal. Plantou igrejas em

“O IMPORTANTE NÃO É COMO COMEÇAMOS, MAS COMO VAMOS TERMINAR.”

ARY VELLOSO

UM VISIONÁRIO, MESTRE E MENTOR

Campinas, Vinhedo, São Bernardo do Campo, Floria-nópolis e Granja Viana. Em 2004, saiu do Morumbi para iniciar mais uma igreja em Londrina, no Paraná.

As características marcantes de sua vida, segundo sua esposa, podiam ser agrupadas em 4 Cs: “caráter, cren-ça, compromisso e causa”. Ele vivia o que pregava e era apaixonado por Jesus e pela Bíblia. Ary Velloso se submeteu a um transplante de coração no ano de 1998 e viveu até 25 de abril de 2012, quando faleceu, aos 77 anos de idade.

Leia “Fala, batuta” organizado por Josué Campa-nhã, Editora Hagnos

Paulo Alexandre Sartori é membro na Comunidade da Graça Sede, arquiteto, atua no Ministério com Jovens local, e é responsável pela revisão e elaboração de textos para livros, apostilas e boletins.

AD

ivulgação

Page 13: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 13

sonhospossíveis

Page 14: Revista Comuna 34

14 | comuna | dezembro 2012

odos os anos, nas rodoviárias e aeroportos de São Paulo, che-gam milhares de pessoas bus-cando uma vida melhor, uma oportunidade, uma carreira promissora, uma nova chan-

ce. Com essas expectativas e desafios, Adalberto Luiz Sucupira D’Oliveira chegou a São Paulo há 13 anos. “Sai do Rio de Janeiro porque minha área profissional estava muito complicada. Não foi uma decisão fácil! Lembro que estava orando bastante. Minha es-posa queria vir para São Paulo, porque ela é paulista, mas as minhas raízes estavam no Rio. A sensação que eu ti-nha era que Deus havia se calado. Um belo dia, um amigo me disse que Deus procura homens decididos. Foi o que eu fiz, e decidi mudar para São Paulo”, contou Adalberto.

O que o Adalberto e sua esposa não esperavam, era passar por dificuldades financeiras em São Paulo. A adaptação numa nova cidade impõe prejuízos que geralmente fogem ao controle. Al-guns acabam se perdendo em meio às novas exigências e têm seus sonhos e famílias destruídos.

Esse não foi o destino da família do Adalberto. Em meio às dificuldades, a ajuda veio através da Fundação Comu-nidade da Graça. “Quando chegamos a São Paulo, pedimos ao Senhor que nos preparasse uma igreja e Ele nos colocou na Comunidade da Graça Sede. Através da igreja, conhecemos a Fundação CG, de onde recebemos cestas básicas numa época muito crítica. Não tínhamos abso-lutamente nada na despensa para passar o mês”, comentou Adalberto.

A sua doação pode mudar uma vidaREDAÇÃO FCG

A SUA AJUDA PODE INFLUENCIAR UMA VIDA. A FCG SABE O QUANTO ISSO TRANSFORMA. T

1 2

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Divulgação

Page 15: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 15

nha mulher e meus filhos não tinham nem aquilo para fazer uma refeição. Esse período foi muito difícil para mim como homem. Mas foi nesse tempo que Deus trabalhou na minha vida e caráter, dando prova do Seu amor por mim.

Mesmo acontecendo isso comigo e com a minha família, lembro-me que nunca reclamava. Pelo contrá-rio, sempre agradecia. A única coisa que eu pedia era para o Senhor abrir minha mente. Queria entender aque-le momento que estava enfrentando. Nesse mesmo dia que orei ao Senhor, cheguei em casa e encontrei minha mulher sorrindo. Ela estava com uma cesta básica nas mãos. Os irmãos da Célula a tinham enviado através do Projeto Primícias da FCG. Aquilo era tudo o que eu precisava para passar o mês. Fiquei muito feliz. Meu orgulho foi tratado e aprendi a receber com alegria a dádiva dos irmãos.

A FCG me abençoou muito. Vi cum-prir-se em mim o texto de Mateus 25.36 “Quando estive nu, me vestis-tes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me.” Sem nenhum mérito pessoal, Deus, por sua graça, também me deu uma esposa fantásti-ca. Uma mulher comprometida com a família, que não ficou reclamando du-rante a crise, mas me ajudou a pensar e encontrar muitas soluções para a crise.

Depois de muita fé, fibra e fidelida-de a Deus, Ele abriu as portas para abençoar a vida da minha família. Atualmente temos um Buffet infantil na Vila Carrão, inaugurado em de-zembro de 2011. Eu trabalho na área administrativa do espaço e minha es-posa é chefe de cozinha. Ela cuida de todos os detalhes dos eventos e assim um completa o outro. Eu sou teste-munha do benefício dessa prática de

ajudar e ser ajudado. Isso é graça de Deus, é favor imerecido.

Quando chegamos a São Paulo, o tra-balho não era bem o que eu pensava e passamos oito meses de deserto... Deserto mesmo! Minha esposa, meus filhos e eu viemos para a CG Sede e rapidamente começamos a participar de uma Célula. Um dia, saindo de casa para procurar emprego, fui olhar a despensa e vi que não tinha abso-lutamente NADA. Eu tinha sempre o dinheiro da passagem e R$1,00 para o meu almoço, reduzido a um suco. Nesse dia, fui distribuir currículos na Avenida Paulista e parei em uma pa-daria para tomar um suco de laranja. Quando o garçom me atendeu, come-cei a chorar, porque lembrei que mi-

Para ser um colaborador nos projetos da FCG, envie um email para [email protected]

Para saber mais sobre a atua-ção da entidade na Educação e Capacitação Profissional e também na Assistência e Promoção Social é só acessar o site: www.fcg.org.br

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

CONHEÇA MAIS ESSA HISTÓRIA, POR ELE MESMO:

Adalberto com sua esposa Viviane e seus filhos João Victor e Jonatas.

Parte da cesta básica cedida pela Fundação Comunidade da Graça através do projeto Primícias.

Adalberto Luiz Sucupira D’Oliveira, 42 anos, técnico em radiodiagnóstico e sua esposa Viviane, formada em gastronomia.

Divulgação

Divulgação

Page 16: Revista Comuna 34

16 | comuna | dezembro 2012

stamos fechando esta série de mensagens, onde a cada mês compartilhei com você, amigo leitor, princípios da Palavra de Deus para a sua vida financeira. Tudo o que foi dito aqui não se-

gue nenhuma fórmula mágica para o enriquecimento ou para o pagamento milagroso das dívidas. O que ensina-mos foi o conselho de Deus para você ser próspero. E, vale a pena repetir mais uma vez, prosperidade não é o mesmo que riqueza. Prosperidade é o resultado da paz com Deus que se dá através da obra perfeita de Cristo na cruz quando nos justificou.

Nem todos os avanços financeiros que uma pessoa pode ter significam prosperidade. Uma coisa é enrique-cer financeiramente. Outra coisa é ser próspero. Prosperidade é ter bons re-sultados em tudo o que você faz, em todos os aspectos de sua vida. Existem pessoas que estão enriquecendo a cada dia e, mesmo assim, estão chegando cada vez mais próximas da miséria. E há indivíduos que são pobres, mas estão enriquecendo aos poucos com o que tem recebido de Deus.

Prosperidade na unidade do Corpo de CristoAGUINALDO FERNANDES, PR.

A prosperidade que vem do Senhor é a abundância não só no aspecto financei-ro. Ela é vivida também, e principal-mente, no espírito e na alma. Por outro lado, é impossível tornar-se participante do reino de Deus, provar de Suas bên-çãos espirituais, emocionais e físicas, e seguir na mais completa miséria finan-ceira e material.

Nas mensagens anteriores, mostramos várias promessas de Deus para os Seus filhos. Promessas de paz e prosperidade em todos os sentidos. Promessas, em sua maioria, que estão escritas no Antigo Testamento. Por isso, quero deixar claro o porquê dessas promessas antigas ainda terem impacto na vida dos cristãos hoje.

O apóstolo Paulo ficou conhecido na história, entre outras coisas, como sen-do o apóstolo dos gentios. Quem eram os gentios? Todos os que não nasceram diretamente do povo de Israel. Em Efé-sios 3:6, Paulo explica que agora

“os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e copar-ticipantes da promessa em Cristo Jesus por meio do Evangelho”.

Hoje, todas as pessoas que creem em Jesus, quer sejam judeus ou gentios, são igualmente herdeiras e membros do mesmo corpo. Logo, todas as promes-sas da Bíblia se destinam a cada um de nós que fomos regenerados em Cristo. Não somos vários tijolos abandonados. Mas fomos colocados juntos, formando o edifício de Cristo, que é o Seu corpo.

Você pode estar se perguntando agora: “Sim, pastor, mas o que isso tem a ver com a prosperidade?”. Nós só podemos receber o que o Senhor prometeu em Sua Palavra. E mais, só se estivermos ligados ao corpo de Cristo. Em Efésios 2 Paulo diz que

“Cristo é o cabeça da Igreja, e Deus o cabeça de Cristo”.

É a cabeça que decide, planeja e con-duz o corpo que simplesmente expressa a vontade dela.

Para que Deus possa manifestar Seu poder, Suas bênçãos e Sua prosperi-dade através de nós, temos que estar ligados ao cabeça da Igreja, que é Cris-to. No capítulo 3 de Efésios, Paulo ora

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

E

Page 17: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 17

Aguinaldo Fernandes é pastor na Comunidade da Graça em Ermelino Matarazzo, membro do Conselho de Supervisores, é representante comercial e casado com a pra. Lisabete.

para que nós, Igreja, possamos receber esta revelação. E, por conta dessa re-velação, experimentamos o poder do Espírito Santo. A Igreja é o recipiente onde Deus vai manifestar o Seu poder. Somente através da Igreja, Deus mani-festa a Sua grandeza.

Nós precisamos compreender o pro-pósito pelo qual nos tornamos Igreja. Precisamos entender esta cumplicidade e unidade que há entre os membros do Corpo de Cristo. E quando isso acon-tece, experimentamos o poder do Todo Poderoso que começa a agir em nós.

Isso explica a existência de muitas pes-soas que se dizem crentes, mas vivem

te ligado ao Cabeça, ou seja, Cristo. Quando isso acontece, Seus manda-mentos e princípios não representam peso algum aos fiéis. Se você está liga-do a Ele, pode receber a vida que vem dEle, juntamente com todos os outros membros do Corpo. E o resultado será maravilhoso. Poderemos testificar a este mundo a verdadeira prosperidade que vem de Deus. Tudo o que você fizer, será bem sucedido, pois aqueles que colocam o reino de Deus em pri-meiro lugar,

“todas as demais coisas serão acrescentadas”. Mateus 6:33

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

em uma terrível miséria, seja no aspec-to financeiro, familiar, profissional, ou qualquer outro. Elas estão desconec-tadas do corpo. A irrigação do sangue, enviado pela Cabeça, não chega até ela. Vivendo sozinha, desunida do restante do corpo, uma pessoa começa a necro-sar e morrer. Ela já abandonou seu lu-gar como membro do Corpo de Cristo, desistiu de viver em dependência, de ter um mentor a quem prestar contas. Faz o que quer e decide tudo do seu jei-to. Não precisa mais de conselhos.

Mas não é assim que funciona na família de Deus! Isso está claro no Salmo 133:1

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”.

Assim como Deus era a nuvem que guiava Seu povo no deserto, hoje Ele é quem orienta o Corpo, Sua Igreja, por meio de Jesus e de cada membro que crê. Quando ligados, recebemos todas as bênçãos do cabeça que é Cristo.

Um membro não pode crescer sozinho. O corpo cresce à medida que todos os seus membros crescem juntos. Quando Jesus voltar, Ele virá buscar Seu corpo completo, não somente alguns mem-bros. Mas para isso temos que viver em unidade.

Então, a raiz para a verdadeira prospe-ridade é fazer parte e estar intimamen-

Div

ulga

ção

Page 18: Revista Comuna 34

18 | comuna | dezembro 2012

“E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:10-11

A desgraça do pecado é imensa, mas a alegria pela salvação em Jesus é incomparavelmente maior. Sentimos certo alívio ao superar um fracasso. Mas quando nos achegamos a Jesus, nos livramos de toda a culpa e das nu-vens escuras da desesperança que pai-ram sobre nossa vida. Quando recebe-mos a Jesus, os raios do amor divino nos alcançam, trazendo alegrias maio-res que qualquer sofrimento ou frus-tração. Jesus é a luz no fim do túnel, a libertação da escravidão do pecado e a única garantia de futuro. Encontrar Je-sus é como alguém que andou errante e finalmente achou o caminho de volta para casa. E isso é motivo de intensa alegria, da maior alegria!

“E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele sal-vará o seu povo dos seus pecados.” Mateus 1:21

A maior catástrofe da humanidade foi sua queda provocada pelo pecado. Uma queda tão terrível que não havia outra possibilidade de salvação a não ser por meio de Jesus Cristo. Deus, o Criador, tornou-se homem em Jesus e morreu por nós. Ele deu Seu sangue e Sua vida para termos o perdão. A grandeza des-sa salvação manifesta a enormidade de nossa culpa e a grandiosidade do amor de Deus. Quem não consegue, ou não quer crer nessa verdade, é semelhante a alguém que se acidentou por sua própria culpa, mas não aceita ajuda de ninguém e permanece preso às ferragens do carro.

A grande festaNÁDIA VENTURA, PRA.

a medida em que se aproximam as festas de final de ano, come-ça a crescer dentro das pesso-as um sentimento estranho, o qual muitos por aí chamam de “espírito do natal”. Na realida-

de, trata-se de um misto de emoções que, de uma hora para outra, invade a alma do ser humano. É como se cada um parasse para um balanço de vida. Olha-se para dentro de si e avaliam--se perdas e lucros existenciais. De re-pente, uma sensação de nostalgia toma conta e entristece.

Nessa hora, vem à mente os sonhos da juventude, o que já se realizou e o que ainda está por vir. Alguns se sen-tem amuados porque a qualidade e a quantidade de presentes diminuem a cada ano que passa. Será que essa fes-ta perdeu todo o seu sentido? Por que devemos celebrar o Natal?

“E, vendo eles a estrela, regozija-ram-se muito com grande alegria. E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, pros-trando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dá-divas: ouro, incenso e mirra.” Ma-teus 2:10-11

N

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

NATAL: É A MAIOR ALEGRIA QUE UM SER HUMANO PODE ENCONTRAR

NATAL: É A MAIOR AÇÃO DE BUSCA E SALVAÇÃO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Divulgação

Page 19: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 19

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor.” Lucas 2:14-15

“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objeti-vo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz.” Efésios 2:14-16

Como o mundo clama por paz! Os grandes e poderosos estão empenha-dos por ela. Mas, enquanto cada um, pessoalmente, não tiver paz dentro de si, o mundo continuará agitado. Trevas e sombras de morte caracterizam os nossos dias. Todas as guerras, revoltas, conflitos familiares e interpessoais são

expressões da inquietação que há no coração humano. Levantar a bandeira da paz e fazer marchas ou passeatas será inútil. O grande pintor Michelan-gelo já dizia: “Não é a pintura nem a escultura que saciam a alma sedenta”. Todo o empenho em edificar e cons-truir a paz não trará ao mundo essa tão esperada dádiva. Somente Jesus poderá dirigir nossos passos pelo caminho da paz. Agostinho, um dos pais da Igreja, formulou de maneira muito adequada essa busca: “Nosso coração fica inquie-to até encontrar a paz em Ti, Senhor!”.

“Pois os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios e para a glória de Isra-el, teu povo.” Lucas 2:30-32

Quando conhecemos a Jesus, nossos olhos são abertos. Sua Palavra nos proporciona tesouros espirituais ini-magináveis que Ele conquistou para nós em sua ressurreição: vida eterna junto de Deus, o Pai; felicidade pere-ne; harmonia duradoura longe do pe-cado; o fim do medo, da angústia, do estresse, das dúvidas e inquietações. Quem deixa Jesus guiar sua vida vê as coisas desta terra de um ângulo di-ferente, iluminado por Deus. Jesus é o Salvador de todos que O aceitam. Através dEle, a escuridão da alma se transforma em luz e esperança.

“Graças a Deus por seu dom in-descritível!” 2 Coríntios 9:15

“... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 6:23

O Natal é a festa dos presentes. Gosta-mos de dar e recebê-los. Mas todo pre-sente precisa ser aceito. Ficamos de-cepcionados quando alguém rejeita o que entregamos com carinho. Não há bem material ou qualquer outra coisa que possa ser minimamente compara-do ao que Jesus nos dá. Ele veio do céu para nos presentear com a vida eterna. Você aceita esse presente? Ou prefere as coisas terrenas e efêmeras? Se você aceitar Jesus como seu Salvador, Ele transformará toda a sua vida! Não há presente maior. O Natal pode começar a fazer sentido para você. Jesus quer se tornar a maior festa da sua vida.

“Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de be-ber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. (...) mas aquele que be-ber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” João 4:10 e 14

Nádia Ventura é pastora da Comunidade da Graça Sede, casada com o pastor Valmir Ventura.

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

NATAL: É A MAIOR PAZ QUE PODEMOS USUFRUIR

NATAL: É A MAIOR ESPERANÇA QUE ALGUÉM PODE TER

NATAL: JESUS O MAIOR PRESENTE QUE ALGUÉM PODE RECEBER

A DESGRAÇA DO PECADO É IMENSA, MAS A ALEGRIA PELA SALVAÇÃO EM

JESUS É INCOMPARAVELMENTE MAIOR.

Page 20: Revista Comuna 34

20 | comuna | dezembro 2012

ia desses consegui um tempo para ir ao cinema. Vi ‘Intocá-veis’, uma sensível narrativa sobre uma amizade improvável entre pessoas que tinham quase nada em comum. O longa conta

a história de um homem rico, daqueles aristocratas, sabe? De gosto refinado etc. Ele fica paraplégico, vítima de um acidente, e contrata um jovem recém--saído da prisão, morador do subúrbio de Paris, para ser seu cuidador. Das di-ferenças enormes entre um e outro sur-gem boas risadas, grandes aprendizados e muita compreensão. Com o perdão do trocadilho, o filme é para lá de tocante.

Quando sentei para escrever esse texto sobre o Natal, me peguei, quase sem querer, lembrando desse filme. Pensei no tipo de amor que pode levar duas pessoas a ignorar o que as diferencia em nome do que as une. E me lembrei do gesto de enorme amor que envolve a chegada do Salvador a este mundo. Se é preciso amar demais para abrir mão de algumas coisas pelo outro, que dirá para abandonar tudo o que se tem? No entanto, para deixar a condi-ção de Deus (Fp 2.5) e transformar-se em homem, para salvar todo aquele que estava perdido (Lc 19.10), é pre-ciso um amor infinitamente maior.

Não sei quanto a você, mas comigo é quase a mesma sensação todo ano, sempre que vejo as primeiras luzinhas de Natal pelas ruas: ‘Mas já, como passou rápido?’, quase duvido. Mas é assim mesmo, não é? A vida da gente parece que vai acelerando ao longo do ano, e o volume de compromissos que temos nos últimos meses por pouco não impede que a gente perceba que dezembro já chegou... Felizmente, as transformações produzidas pelo nasci-mento de Jesus estão muito além des-ses enfeites e não são restritas a alguns dias, antes, podem nos acompanhar o ano todo – que bom!

Um (bom) pedido de NatalPATRÍCIA BEZERRA

D

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Foto extraída do filme “Os intocáveis”

Divulgação

Page 21: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 21

Patrícia Bezerra, psicóloga, vereadora eleita de São Paulo. É casada há 18 anos com Carlos Bezerra Jr. e mãe das adolescentes Giovanna e Giulianna. Sua oração neste Natal é para que, a cada dia do próximo ano, possa expressar o amor praticado pelo Menino Jesus, trabalhando para dar voz a quem não a tem na cidade de São Paulo.

Foi Jesus quem tornou possível o amor que partilha com quem nada pode ofe-recer em troca, o amor que enxerga aqueles que a maioria decidiu igno-rar, que dá honra ao humilhado, que dá esperança ao desesperado, que leva consolo aos lares aflitos, que inclui o marginalizado, que alcança o “intocá-vel”, que diz ‘não’ ao egoísmo e revo-luciona a ordem natural: fazendo dos últimos os primeiros (Mt 20.16).

O filme de que lembrei não toca can-ções de Natal, não tem Papai Noel ou coisas assim. Mas fala de compreen-são, aceitação, tolerância e inclusão. Fala, sobretudo, de amor. E, ao fazer isso, lembra o Natal. Aponta para o fato de que o sentido dessa grande fes-ta, para a qual são convidados ricos e pobres – embora, nela, esses últimos tenham os seus merecidos privilégios – precisa ser sempre relembrado. É esse amor que celebramos no Natal.

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Não é a mesa farta, não são os pre-sentes embaixo da árvore, não são as pequenas lâmpadas de que falei ou o dinheiro extra – quando há – na conta bancária, e gasto, na maioria das vezes, às pressas com a gente mesmo ou no máximo com nossa família, em coisas que nada têm a ver com a simplicidade do estábulo e da manjedoura.

Natal é tempo de celebrar o amor. Não o ‘amor livre’, como sugeria a ideolo-gia hippie dos anos 1960. Mas o amor que muda o nosso íntimo, que faz da igreja uma família que abre suas por-tas e seus braços àqueles acostuma-dos a não ter lugar na mesa da ceia. O amor que precisa ser conjugado para que a gente viva a máxima do Evan-gelho – ‘ama ao teu Deus de todo o teu coração e ao teu próximo como a ti mesmo’ (Lc 10.27).

Amar não é dar coisas. Amar é se doar. Mais que nos dar algo, Jesus se doou por mim e por você. Que neste Natal, ao invés de presentes, o seu pedido ao Pai seja por viver esse amor. E que Ele faça com que você o pratique e expresse tão intensamente a ponto de não deixá-lo para trás pouco depois do dia 25 e nem esquecê-lo em laços,

Fiz um vídeo para agradecer a você pelas orações, pelas palavras de incentivo e por me dar a chance de repre-sentá-lo(a) na Câmara Municipal. Assista em patriciabezerra.com.br/obrigado

pacotes e taças vazias. Mas que siga expressando-o em abraços, sorrisos e gestos ao longo de todo o próximo ano. Feliz Natal!

JESUS SE DOOU POR MIM E POR VOCÊ. QUE NESTE NATAL, AO INVÉS DE

PRESENTES, O SEU PEDIDO AO PAI SEJA POR VIVER ESSE AMOR.

Page 22: Revista Comuna 34

22 | comuna | dezembro 2012

Ferramentas de liderançaO poder da perguntaMARCO FABOSSI

capacidade de fazer as melho-res perguntas é um dos prin-cipais fatores que distinguem os líderes bem-sucedidos dos demais, porque sem perguntas não há respostas e, sem isso,

nada novo se cria. São as perguntas que abrem as portas para o diálogo e para novas descobertas. Elas são um convite à criatividade e à inovação, constroem possibilidades e são delas que se originam as principais mu-danças e inovações. Grande parte das conquistas e descobertas que nos trou-xeram à era do conhecimento só foi possível porque existiram e existem líderes que não se conformam com respostas como “Porque sim”, “Não é possível mudar isso”, “Assim está bom” ou “Todo mundo sempre fez desse jeito”.

Jesus usava perguntas simples, porém poderosas, para conduzir as pessoas a um nível diferente de raciocínio e re-flexão: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16:26). “Qual destes três você acha que foi o próximo do

homem que caiu nas mãos dos assal-tantes?” (Lc 10:36). “Mas vós, quem dizeis que eu sou”? (Mc 8:29).

Mesmo conhecendo a força das per-guntas, poucos líderes dedicam tem-po e energia em formulá-las. Um dos motivos é que nossa cultura está mais interessada na “resposta certa” do que em tentar descobrir a “pergunta cer-ta”. Também damos mais importância à memorização de boas respostas do que à procura de novas possibilidades, limitando nossa criatividade. É impor-tante ressaltar que boas perguntas não significam perguntas complexas. A complexidade deve estar na reflexão, e não na pergunta, como já vimos no exemplo de Jesus.

Alguns dizem que é preciso matar um leão por dia, outros dizem que mais difícil que matar um leão por dia, é cuidar dos macaquinhos que ficam pulando em nossos ombros. Mas o fato é que o líder não pode dedicar a maior parte de seu tempo produtivo apenas para solucionar problemas. É preciso fomentar o pensamento cria-

tivo dentro da equipe e da organiza-ção, incentivando as pessoas, tanto a expressarem suas próprias inquieta-ções, como a estarem abertas e dis-postas a receber questionamentos que possam encorajar o pensamento cria-tivo e melhorar a produtividade.

Um líder comprometido com o desen-volvimento de seus liderados sabe que perguntar é muito mais importante que responder, pois se fizermos a pergunta certa, as pessoas precisarão aprender a resposta e colocarão sua energia e foco na essência do problema e não em questões superficiais. Afinal, de que vale uma excelente resposta se a pergunta é inadequada?

Portanto, uma vez que compreende-mos a importância das perguntas, é preciso elaborá-las bem de maneira a conquistar os melhores resultados. Uma pergunta poderosa ou certa é aquela dirigida às pessoas certas e, de preferência, feita no momento certo. E a melhor maneira de apren-der isso é fazendo perguntas, ou seja, praticando.

A

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Page 23: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 23

Marco Fabossi é membro na Comunidade da Graça Sede, conferencista, coach, escritor e consultor com foco em Liderança e Coaching. Veja mais em www.marcofabossi.com.br

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

• Geram curiosidade nos ouvintes;• Estimulam conversas reflexivas;• Despertam e provocam o pensamento;• Incentivam a criatividade;• Criam novas possibilidades;• Geram energia na equipe;• Questionam o óbvio;• Levam pessoas a pensar “fora da caixa”;• Evocam novas perguntas.

ComoO quê

Por quêQuem, Quando, Onde

Perguntas Sim/Não

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE PERGUNTAS PODEROSAS E REFLEXIVAS

MAIS PODEROSA

MENOS PODEROSA

A elaboração de uma boa pergunta passa pela escolha de palavras que a tornem mais poderosa, conforme a figura a seguir:

Quanto mais perto do topo da pirâmi-de estão as palavras que usamos para elaborar nossas perguntas, maiores serão as possibilidades de que sejam robustas e poderosas, observe: Você está satisfeito com a nossa relação profissional? Quando foi que estive-mos mais satisfeitos com nossa re-lação profissional? Por que será que nossa relação profissional tem tido tantos altos e baixos? O que mais lhe deixa satisfeito em nossa relação pro-fissional? Como podemos agir para que nossa relação profissional seja mais satisfatória?

Veja que, conforme avançamos, par-tindo de uma simples pergunta “sim/não” e seguindo em direção ao topo da pirâmide, somos capazes de ela-borar perguntas que tendem a estimu-lar um pensamento mais reflexivo e estabelecer um nível mais profundo

de conversa. Contudo, esta é apenas uma regra básica. Obviamente, tam-bém o conteúdo e objetivo da pergun-ta devem ser capazes de abrir espaço para criatividade e ideias que mudem paradigmas e questionem o óbvio. Existem muitas outras peculiaridades relacionadas à elaboração e aplicação de perguntas poderosas, porém, como já mencionei, a melhor maneira de aprender é praticando.

Antes das reuniões, separe alguns mi-nutos para construir boas perguntas. Outra boa possibilidade de exercício é elaborar perguntas sobre projetos e tarefas que estão sob a responsabili-dade de seus liderados e então chamá--los para uma conversa baseada nessas perguntas. Certamente, muitas delas ficarão sem resposta durante a primei-ra conversa, mas ficarão vários ques-tionamentos sobre os quais precisarão

pensar e buscar respostas, e então, a partir da segunda discussão você per-ceberá que várias novas ideias, possi-bilidades e sugestões surgirão.

Você se surpreenderá com o poder da pergunta, porque ao permitir que outras pessoas participem das discus-sões, estará naturalmente aumentando a probabilidade de resolução de pro-blemas, incentivando o pensamento criativo, gerando sentimento de orgu-lho e realização nas pessoas e trans-mitindo a mensagem de que elas são importantes para você, para a equipe e para a organização. Não existe evolu-ção sem mudança, não existe mudan-ça sem novas respostas, e não existem novas respostas sem perguntas pode-rosas. Portanto, desenvolva o hábito de perguntar!

JESUS USAVA PERGUNTAS SIMPLES, PORÉM PODEROSAS, PARA CONDUZIR AS PESSOAS A UM NÍVEL DIFERENTE DE RACIOCÍNIO E REFLEXÃO: “POIS

QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO, SE PERDER A SUA

ALMA?” (MT 16:26).

Shut

terS

tock

Page 24: Revista Comuna 34

24 | comuna | dezembro 2012

uem não gosta de ganhar presentes e sentar-se numa mesa farta com toda a família? Geral-mente, as melhores, ou as piores lembranças da infância, dependendo do caso, estão relacio-nadas com as festividades natalinas.

No meu caso, nunca mais me esqueci do dia que meu pai trouxe uma árvore enorme para de-corarmos na sala. Bolas coloridas, papais noéis, pinos, estrelas, pisca-pisca e uma infinidade de acessórios indicavam que o mês mais marcante do ano estava chegando. Mais do que isso,

indicavam também que o Papai Noel estava chegando, vindo num trenó com presentes aos meninos e meninas de bom comportamento e obediência. As noites de 24 para 25 de dezembro pareciam eternizar-se. Os pais apelavam para que fôssemos dormir antes da meia noite, pois só assim o “ve-lhinho” deixaria os presentes no pé da árvore. Acordar aceso e se deparar com os pacotes coloridos era uma sensação inebriante.

Boas lembranças à parte... isso tudo não foi criando em nós uma discrepância em relação ao ver-dadeiro Natal? Não faria mais sentido abrirmos mão de receber alguma coisa nessa época do ano? Não faria mais sentido assumirmos o compromisso de dar? O Natal não foi Deus nos dando o Presente Maior?

Nas três matérias seguintes, há uma tentativa de provocar o nosso pensamento e trocar o verbo receber por dar. Pode não fazer sentido para muitos, mas para outros... seria o Natal de verdade.

Q

Page 25: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 25

capa

Page 26: Revista Comuna 34

u quero, eu preci-so, eu tenho que ter”. Ouvimos isso constantemente de pessoas que querem apenas receber, mas

não se importam em dar, oferecer e compartilhar. Elas estão sem-pre requerendo ajuda para suas necessidades, sem a mínima dis-posição de ajudar os outros.

Por que será que gostamos tan-to de receber? A palavra receber significa: passar a estar em poder de (um objeto qualquer); aceitar em pagamento; admitir; acolher. Já a palavra dar significa: transfe-rir a posse se algo, gratuitamente, para outrem; oferecer; fazer doa-ção de; atribuir. Difícil fazer isso, certo? Difícil transferir a posse de algo seu para alguém gratuita-mente. Mas Deus fez muito mais por nós: Ele doou, transferiu, passou a posse do Seu próprio Filho por nós. Precisamos apren-der a abrir mão, ajudar as pesso-as, doar o que temos de melhor e

não apenas dar aquilo que já não tem mais utilidade para nós.

Há um conceito errado de que só quem tem muito pode doar. O avarento não é apenas a pes-soa que tem muito e não dá. Você pode ser avarento tendo pouco também. Todos nós somos ca-pazes de doar algo a alguém. Se você não doa tendo pouco, não irá doar quando tiver muito. É assim que funciona na prática!

O brasileiro é considerado um dos povos que menos doa recur-sos filantrópicos no mundo. Em pesquisa realizada no ano passa-do, não chega a 30% o número de brasileiros que costumam doar dinheiro todos os anos para a ca-ridade, e apenas 17% costumam doar roupas e cestas de alimentos.

Existem diversos motivos que encorajam as pessoas a doarem: obrigação moral de ajudar; sa-tisfação pessoal em ajudar os outros; livrar-se da culpa de não

ajudar; manter ou melhorar sta-tus social, prestígio, respeito, admiração; resposta à pressão do meio social; dar evidência do seu sucesso e de sua capacidade de doar; para acabar com o medo de ir para o inferno; para ganhar reconhecimento; benefícios fis-cais etc. Mas existe um motivo principal que o Senhor nos dei-xou que é amar ao próximo como a si mesmo. O desafio é fazer ao outro aquilo que gostaria que fi-zessem a mim, ou seja, o melhor.

Ajudar não é apenas dar dinheiro, alimentos e roupas; você pode aju-dar doando o seu tempo, atenção e cuidado a alguém. É mais uma questão de “ser” do que de “fazer”. Em outras palavras, revela uma concepção nem individualista e nem coletivista, mas de comunhão. A essência da pessoa é ser, é com-partilhar. Porém, nem todo tipo de doação leva à “cultura do dar”.

Existe um dar que é contami-nado pela vontade de poder. É

Ter ou ser? Eis a questão!

Há pessoas que se preocupam apenas com o que têm e não com o que podem fazer pelo próximo.

“E

REDAÇÃO

Page 27: Revista Comuna 34

carregado pelo desejo de domi-nação, quando não, de verda-deira opressão sobre indivíduos e povos. É um dar apenas apa-rente, que busca satisfação e gratificação através do próprio gesto. Trata-se de uma atitude vaidosa, repleta de vanglória, expressão do egoísmo e do culto à própria personalidade. Em tais condições, quem recebe se sente humilhado e ofendido.

Precisamos parar de querer ape-nas ter e nos preocupar em ser. Se todos vivessem o ensino da Bí-blia sobre esse assunto, os gran-des problemas do mundo não existiriam. Jesus mesmo disse:

“Dai e vos será dado...” (Lucas 6.38).

Se todos doassem, todos teriam mais e não haveria necessidades.

Onde estamos errando, já que essa cultura do receber não muda? Atualmente vivemos numa sociedade de consumo, absolutamente controlada pela cultura de massa e pela econo-mia de mercado. O capitalismo determina nosso modo de vida, submetendo-nos à ditadura da moda, ao assédio massivo de campanhas de marketing, da cul-tura do descartável. Por esses e outros motivos, trabalhamos para

comprar, consumir, ter, conquis-tar; cultivando uma imagem não verdadeira do nosso eu.Não trabalhamos apenas para atender nossas necessidades bá-sicas, trabalhamos para comprar. E se temos que ter o iPhone 5 ou o Ipad mini, que são os mais mo-dernos, logicamente não temos dinheiro para ajudar a quem mal tem o que comer. E se temos que trabalhar muito para conquis-tar esses produtos que nos dão esse status, logicamente não nos sobrará tempo para investir em ações voluntárias. Viramos es-cravos do ter. Mal nos resta tem-po para viver e desfrutar do que realmente é prazeroso e duradou-ro, como as relações humanas e fraternas.

Quando a pessoa começa a enten-der que status não vale nada, que isso é passageiro, que o importan-te é quem você é e não o que você possui, ela começa e ter tempo para olhar para o lado e ver a ne-cessidade do seu próximo. A me-lhoria das condições de vida das pessoas em situação de pobreza é responsabilidade de todos.

Não tem como você não se sentir realizado ao doar um pouco do

seu tempo para visitar um asi-lo ou um orfanato. Essas ações trazem grande realização pes-soal. No fim, o que vale é quem você é e o que faz para ajudar as pessoas. Não tem preço ver uma família feliz porque ganhou uma cesta básica. Não tem preço ver o sorriso de uma criança carente ao ganhar um brinquedo. Não tem preço ouvir histórias de idosos, felizes simplesmente por que al-guém foi visitá-los.

O que é valor para você? Quem não vive para servir, não serve para viver. Jesus ensinou e prati-cou este princípio o tempo todo.

“Tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mateus 20.28

AJUDAR NÃO É APENAS DAR DINHEIRO, ALIMENTOS

E ROUPAS; VOCÊ PODE AJUDAR DOANDO O SEU TEMPO,

ATENÇÃO E CUIDADO A ALGUÉM. É MAIS UMA QUESTÃO DE

“SER” DO QUE DE “FAZER”. EM OUTRAS PALAVRAS,

REVELA UMA CONCEPÇÃO NEM INDIVIDUALISTA E NEM COLETIVISTA, MAS DE COMUNHÃO.

Page 28: Revista Comuna 34

28 | comuna | dezembro 2012

palavra ética vem do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pes-soa). Ética, portanto, é um conjunto de valores morais e princípios que

regem a conduta humana na so-ciedade. Ela serve para que haja equilíbrio e bom funcionamento social, a fim de que ninguém saia prejudicado.

A ética cristã, por sua vez, é construída com base nos va-lores encontrados na Bíblia, principalmente a partir da vida de Jesus nos evangelhos, entre os quais, Lucas se destaca pela grande preocupação social, sem-pre atento aos pobres, humildes e marginalizados. Ele anuncia um estilo de vida onde a justiça produz partilha e solidariedade, possibilitando a todos o acesso a uma vida digna.

Logo no início do livro de Lucas, João Batista anuncia a salvação através do arrependimento e do juízo de Deus aos impenitentes.

Diante disso, as multidões per-guntaram o que deveriam fazer. E João respondeu:

“Quem tem duas túnicas re-parta-as com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo”. Alguns publi-canos também vieram para serem batizados. Eles pergun-taram: “Mestre, o que deve-mos fazer?” Ele respondeu: “Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado”. En-tão alguns soldados lhe per-guntaram: “E nós, o que de-vemos fazer?” Ele respondeu: “Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salá-rio”. Lucas 3.11-14

João pregava uma conversão que exigia uma verdadeira ruptura com a sociedade desigual. Ele ensinava a justiça e ainda inci-tava o povo a ultrapassá-la. Suas palavras eram tão claras que até uma criança podia entendê-las: quem tem duas roupas, dê uma

para quem não tem; quem tem alimentos, reparta com quem não tem. Enfim, cada um deveria par-tilhar os bens de primeira neces-sidade com os pobres.

Além disso, as relações sociais deveriam ser marcadas por uma estrita honestidade, sem explo-rar, prejudicar ou tirar proveito de ninguém em benefício próprio. Cada um deveria viver de manei-ra simples e condizente com seus recursos. A exortação de João, de forte cunho social, condenava, pois, todo egoísmo cego, toda ambição desmedida, toda corrup-ção passiva ou ativa, todo consu-mismo inconsequente.

Não são essas as características da sociedade atual? E, talvez, não será que esses comporta-mentos ainda exercem influência sobre nós? A justiça de Deus é simples. Ela se traduz em fazer ao outro aquilo que você gosta-ria que fosse feito a você (Lu-cas 6.31). Quem gosta de não ter o que vestir ou o que comer?

A

A JUSTIÇA DE DEUS É SIMPLES. ELA SE TRADUZ EM FAZER AO OUTRO AQUILO QUE VOCÊ GOSTARIA QUE FOSSE FEITO A VOCÊ

PAULO ALEXANDRE SARTORI

Page 29: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 29

Quem gosta de ser enganado ou roubado? A mesma misericórdia que reclamamos em benefício próprio deve ser ofertada ao nos-so semelhante (Lucas 6.36). Essa é a justiça de Deus.

Mas não foi só João Batista que falou a respeito da ética que o novo convertido deve praticar. Jesus também. Seu ensino foi profundo. Ainda no começo do Seu ministério, ao entrar em uma sinagoga e ler uma passagem do profeta Isaías, Ele disse que aque-la palavra se cumpria nele:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me un-giu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vis-ta aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor.” Lucas 4:18-19

Mais adiante, Jesus chama os pobres de bem aventurados, pois eles têm lugar no reino de Deus. Mas como os pobres podem ser felizes? Nesse reino onde agora eles vivem, por causa da justiça que ali é praticada, os que têm fome são satisfeitos, e os que choram encontram motivo de riso (Lucas 6.20-21). Mas sobre os ricos desse mundo, que são indiferentes com os menos favo-recidos, pesa uma terrível expec-tativa (Lucas 6.24-25).

Quando os discípulos de João Batista vieram perguntar a Jesus se Ele era o Messias que havia de vir, Ele respondeu curando e libertando muitos doentes e opri-midos. Depois mandou anunciar a João que

“as boas novas estavam sendo pregadas aos pobres” (Lucas 7.22).

Na parábola do Bom Samaritano, Jesus enfatizou que para herdar a vida eterna era necessário amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. E esse amor fraterno se expressa em atos de misericórdia e serviço para com os desvalidos, desamparados e desprotegidos (Lucas 10-25-37).

Jesus reprovou a avareza, a ga-nância e a mesquinhez de homens que apenas desejam acumular para si mesmos dinheiro e rique-zas, sem se importar com os ca-rentes e desafortunados. A esses, o Mestre os chamou de loucos, tolos e insensatos (Lucas 12.13-21). Na sequência, Jesus diz que não precisamos viver ansiosos e preocupados, correndo apenas para suprir nossas próprias ne-cessidades, mas devemos bus-car o reino de Deus em primeiro lugar. E isso significa praticar a justiça desse reino aqui na Terra, para um dia usufruir de toda sua plenitude no Céu. Por isso Ele mandou que déssemos esmolas e fôssemos desprendidos dos bens materiais (Lucas 12.33).

E por fim, Cristo lembrou-nos que não há valor algum em fazer o bem somente a quem nos faz bem – essa prática é comum entre os pecadores (Lucas 6.32-35). O verdadeiro cristão aprende a fa-zer o bem a quem não tem como retribuir, a doar sem esperar re-torno, a amar incondicionalmen-te sem ambicionar recompensa (Lucas 14.12-14).

Essa é, portanto, a ética cristã que devemos expressar em nossas atitudes. O pastor Paulo Capel-letti da Missão SAL, que trabalha com a população em situação de exclusão nos centros urbanos, diz que “Onde existe o Evangelho não pode existir pessoas abas-tadas e pessoas famintas. Jesus propõe uma partilha: de bens, de tempo, de amor, de vida”.

Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios. São grandes opor-tunidades para expressar amor. Envolva-se com os ministérios da sua igreja, visite os novos conver-tidos, doe roupas e alimentos, ofe-reça-se como voluntário nos pro-jetos sociais do seu bairro e exerça misericórdia. Cuide para que sua vida seja exemplo de honestidade, integridade e justiça. Pois

“Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Se-nhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericór-dia, e andes humildemente com o teu Deus.” Miquéias 6.8

JESUS REPROVOU A AVAREZA, A GANÂNCIA E A MESQUINHEZ DE HOMENS QUE APENAS

DESEJAM ACUMULAR PARA SI MESMOS

Page 30: Revista Comuna 34

30 | comuna | dezembro 2012

onre ao Senhor com tudo que você possui: Dê a Ele o primeiro e o melhor. Seu celeiro se enche-

rá até não dar mais.” Provér-bios 3:9 e 10

A palavra primícia significa os primeiros frutos da terra; os pri-meiros animais que nascem de um rebanho; as primeiras pro-duções do espírito; os primeiros sentimentos; as primeiras causas; os primeiros efeitos, começos, prelúdios.

O conceito de primícias nasceu no coração de Deus como lei perfeita – a Lei das Primícias. O Criador sempre quis ser, por di-reito, o Primeiro na vida de todo o ser humano. A primeira oferta de primícia a Deus, na Bíblia, foi oferecida por Abel:

“Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou--se o SENHOR de Abel e de sua oferta.” Gênesis 4:4

Jacó falou de seu filho Ruben como sendo as primícias do seu vigor (Gênesis 49:3). Moisés fa-lou das primícias dos frutos da terra que deveriam ser trazidas à casa de Deus (Êxodo 23:19); das primícias da colheita do trigo (Êxodo 34:22); dos pães (Leví-tico 23:17); das uvas (Números 13:20); da farinha (Números 15:20); do azeite, do vinho e do trigo (Números 18:12); do cere-al novo (Números 28:26); de to-dos os frutos recolhidos da terra (Deuteronômio 26:2) etc.

Alguém poderia objetar que pri-mícia é um conceito do Velho Testamento. De fato é; mas o prin-cípio nela embutido é o da honra a Deus. Quando estudamos sobre honra na Bíblia, descobrimos que ela vai de Gênesis até o Apocalip-se. Deus é digno de honra e não há como contestar isso.

O livro de Provérbios, tido como o livro da sabedoria, trás ainda mais luz ao tema:

“Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias

de toda a tua renda; e se en-cherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” Pro-vérbios 3:9 e 10.

Eugene Peterson, na versão da Bí-blia A Mensagem, que abre esse artigo, traduz o termo primícias usando a expressão dê a Ele o pri-meiro e o melhor. Sem nos esque-cermos, é claro, da promessa de abundância na vida daquele que crer e praticar o mandamento.

Jesus ampliou o conceito de pri-mícias quando disse:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua jus-tiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Ma-teus 6:33 e

“Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos man-damentos mais importantes da Lei, que são: o de serem

“HWAGNER FERNANDES, PR

Page 31: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 31

justos com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras.” Mateus 23:23 (NTLH).

“Deus não instituiu as ofertas porque precise de-las, mas para provar nosso coração numa das áreas onde demonstramos grande apego. Com a lei das primícias não é diferente. Deus não precisa dos pri-meiros frutos, nós é que precisamos dEle em pri-meiro lugar em nossas vidas, e este é um excelente exercício para manter nosso coração consciente disto”, nos ensina Luciano Subirá.

A igreja Comunidade da Graça vem reforçan-do a ideia dos domingos como sendo o dia de Primícias, por tratar-se do primeiro dia da se-mana. A palavra domingo é originária do latim dies Dominicus, que significa Dia do Senhor. O primeiro e o melhor dia da semana para nos dedicarmos a Deus. Estamos aproveitando o primeiro domingo de cada mês para consagrar as primícias dos nossos alimentos em favor dos mais necessitados. Temos estimulado cada famí-lia a separar a primeira e a melhor parte de sua despensa para compormos cestas básicas. Cada membro da igreja pode trazer alguns ou todos os itens definidos para essa cesta. Os que possuem mais recursos podem trazer o maior número de cestas que puder. Os primeiros resultados já têm sido maravilhosos.

Não é dando que se recebe? A Bíblia diz isso em Lucas 6:38 “Deem aos outros, e Deus dará a vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.” (NTLH).

O melhor de tudo é descobrir que – em Sua infi-nita sabedoria e lei perfeita – Deus está nos ensi-nando a dar, a ofertar para Ele e para o próximo. Não seria essa a forma mais objetiva de esten-dermos o Natal para o ano todo?

5 kg de arroz3 kg de feijão2 pcts de macarrão3 kg de açúcar1 kg de café1 pct de farinha de trigo1 pct de farinha de mandioca1 pct de leite em pó1 pct de fubá1 pct de biscoito doce ou salgado1 kg de sal1 pct de achocolatado3 lts de óleo1 pct de molho de tomate1 lt de sardinha

Itens de nossa cesta basica:

O Amor agindo

VOCÊ PODE FAZER SUA DOAÇÃO DE ALIMENTOS EM QUALQUER UMA DE NOSSAS IGREJAS.

Page 32: Revista Comuna 34

32 | comuna | dezembro 2012

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

niciada há 29 anos, a Comuni-dade da Graça em Londrina é fruto dos corações pioneiros e missionários dos pastores Car-los Alberto e Suely Bezerra que, juntamente com todos os seus fi-

lhos, deixaram a cidade de São Paulo e se mudaram para a jovem e pujante Londrina, no norte do Paraná, a fim de plantar a Comunidade da Graça nesta cidade. Com graça e amor, caracterís-ticas sempre tão marcantes na vida e no ministério desses nossos pastores, eles iniciaram no ano de 1983 a pri-meira Célula, em sua própria casa. Isso logo evoluiu para os Encontros de Paz no Teatro Filadélfia. O grupo rapidamente cresceu e então se tornou a terceira igreja de tantas outras que surgiriam depois para formarem hoje as quase uma centena de Comunida-des da Graça no Brasil e no exterior.

Passados quase dois anos trabalhando na cidade, os pastores Carlos Alberto e Suely, mais uma vez movidos pelo espírito empreendedor e missionário, entenderam que era hora de retornar a São Paulo a fim de expandir ainda mais o ministério que haviam iniciado poucos anos antes ali, e que no perío-do de sua residência em Londrina fora desenvolvido com o sempre precioso

Comunidade da Graça em LondrinaUM BREVE HISTÓRICO

auxílio de uma equipe que, na sua maioria, o acompanha até hoje.

Depois do retorno a São Paulo, eles confiaram a liderança da Comunidade em Londrina aos pastores Noé e Sue-ly Antunes, que permaneceram 5 anos à frente do trabalho. Por sua vez, eles foram sucedidos pelos pastores Ludo-vico e Solange Mota, que lideraram por 6 anos. E depois pelos pastores Valmir e Nádia Ventura, que cuidaram do rebanho por 3 anos.

Diante da necessidade do retorno dos pastores Valmir e Nádia a São Paulo, foram chamados os pastores Renato e Cristiane Fogaça, que na ocasião eram os líderes da Comunidade da Graça de Rolândia/PR, que já era um fruto do ministério em Londrina. Eles recebe-ram o desafio não só de pastorear essa Comunidade, mas também de implan-tar a visão celular, que já estava fer-

vendo no coração do pastor Carlos Al-berto. Os pastores Renato e Cristiane Fogaça aceitaram de pronto, assumin-do no dia 10 de janeiro de 1999 a li-derança da CG Londrina, trabalhando na realização dos cultos e desenvolvi-mento dos ministérios, e preparando líderes capazes de implantar a visão, o que com a graça do Senhor tem de-monstrado seus resultados.

Liderança de células da Comunidade da Graça de Londrina

I

Divulgação

Divulgação

Page 33: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 33

Com muito trabalho e dedicação, a Comunidade cresceu neste último período de um modo muito espe-cial, não só em número de mem-bros, que hoje passam de 1.500, como também, e o mais importan-te, na implantação da visão. Hoje, a Comunidade da Graça em Lon-drina possui 126 Células, prosse-guindo firme no desafio não só de ganhar vidas, mas de integrar cada uma delas na família de Deus. Vi-vendo em um ambiente de amor, cuidado e de relacionamentos sau-dáveis e significativos, as pessoas e suas famílias vão se firmando cada dia mais na Comunidade e no Corpo de Cristo.

“Mas todos os que O recebe-ram, ou seja, creram em Seu nome, Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.” João 11:12

Cada membro da Comunidade aprende desde cedo que o amor de Cristo se manifesta pelo ser-

viço. Portanto, de um modo ou de outro, todos são engajados no propósito do serviço mútuo. Utilizando-se da rede criada atra-vés das Células, a Comunidade tem atuado em diversas áreas, a fim de atender integralmente cada família que chega à nossa Família. Os próprios líderes e os membros das Células se tor-naram responsáveis por muitas outras atividades que envolvem não só o treinamento e formação de novos líderes, mas também no desenvolvimento dos Minis-térios de suporte que atuam de modo organizado e estruturado buscando a excelência em cada área. Crianças, Adolescentes, Jo-vens, Homens e Mulheres sendo instruídos, cuidados e treinados a fim de fortalecer cada dia mais a Comunidade da Graça, amplian-do sua ação e influência na cida-de. Além desses ministérios, a Comunidade conta ainda com um trabalho de Ação Social que tem, ao longo dos anos, buscado su-prir as carências e necessidades materiais não só dos membros, mas também de outras pessoas e famílias que procuram seu auxí-

lio. Outra forma de Ação Social é o apoio material e espiritual às duas clínicas de recuperação para dependentes químicos, o que ori-ginou o trabalho chamado “De-pendentes de Cristo”, que visa atender pessoas em tratamento e seus familiares. No bairro de-nominado São Jorge, temos uma série de ações que vão, desde aulas de instrumentos musicais (realizadas em uma escola do bairro), assistência social, encon-tros das Células, até a preparação de líderes. E muito em breve, com a graça do Senhor, será plantada uma nova Comunidade da Graça em Londrina.

“Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.” João 15:9

Café, chá evangelístico, churras-co ‘fogo de chão’ (que reúne mais de mil pessoas em cada um); En-contrão de Jovens e Adolescen-tes, Dia do Amigo, o Comuna Bike (que promove passeios ci-clísticos evangelísticos), Dia da Amiga (que reúne centenas de

UMA IGREJA FAMÍLIA

VIVENDO O AMOR DE CRISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

Pastor Renato e sua esposa Cristiane Fogaça, e suas filhas Mariana, Virginia, Giovanna e Maria Victoria

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Culto de celebração aos domingos na Comunidade da Graça em Londrina/Paraná

Divulgação

Page 34: Revista Comuna 34

34 | comuna | dezembro 2012

mulheres uma vez por mês, com obje-tivo evangelístico) e outras tantas ati-vidades, abrem as portas e o coração da Comunidade para receber novos amigos que logo se tornam membros da Família. Muitas dessas atividades são organizadas pelo Ministério da Cozinha que se transformou em um verdadeiro Buffet, servindo com exce-lência a cada evento. Essas atividades ainda são acompanhadas por um Mi-nistério de Integração que conta com pessoas capacitadas, com a finalidade de monitorar cada visitante que passa pelos cultos, eventos e reuniões, en-caminhando-o e cooperando para que seja integrado em uma Célula.

“Ide pregai o Evangelho a toda criatura.” Marcos 16:15

Sejam no discipulado um a um, no ambiente de grupos menores, semi-nários, treinamentos, encontros ou no CTL, as pessoas que vão chegan-do logo são inseridas no Trilho de Treinamento, denominado “IDE”, e na visão da Comunidade de fazer de cada membro um discípulo de Jesus, ensinando os valores e princípios do reino de Deus e levando-o a praticar os mandamentos de Cristo. Além do já

TestemunhoMeu nome é Everton Aurélio Fernandes, tenho 34 anos, sou casado há 10 anos com uma mulher maravilhosa chamada Kassia. Desse relacionamen-to nasceram dois lindos filhos

que são um presente de Deus na nossa vida, a Laura e o Emannuel. Mas nem sempre foi tudo essa maravilha.

Aos 16 anos de idade entrei por curio-sidade e má companhia no mundo terrível das drogas. Comecei com ma-conha e me viciei rapidamente. Numa questão de meses já não conseguia re-alizar nada se não estivesse sob o efei-to devastador da droga. Aos 22 anos, além do uso diário da maconha, tive experiências com crack, cocaína, lança perfume e outros tipos de drogas. Mas Deus colocou a Kassia em meu cami-nho. Começamos a namorar e tudo pa-recia estar bem. Eu trabalhava e tinha planos de nos casarmos, mas também trazia comigo esse vício incontrolável que me consumia dia após dia.

Por não conhecer Jesus e nem os parâ-metros de um namoro santo, engravi-dei a Kassia. Então nos casamos e tive-mos nossa primeira filha. Algum tempo depois nasceu nosso segundo filho. A

citado CTL – Centro de Treinamento em Liderança, que já formou algumas centenas de membros, muitos deles atuando nas Células, a Comunidade da Graça em Londrina também reali-za, a cada dois meses, o encontro Vida Vitoriosa, pelo qual já passaram prati-camente todos os membros da Igreja. Através de uma equipe de mais de 30 pessoas, esses encontros têm sido o ambiente para a realização de muitos milagres como curas, restauração de vidas e de relacionamentos conjugais, renovação espiritual e batismos com o Espírito Santo.

“Portanto Ide fazei discípulos de todas as Nações.” Mateus 28:19

A Comunidade em Londrina vai cres-cendo e multiplicando-se, avançando e plantando também outras congrega-ções, como Curitiba, que foi inicia-da há alguns anos sob a supervisão do pastor Renato Fogaça. O mesmo ocorreu com Maringá, que foi inicia-da através de uma Célula e hoje é uma Comunidade consolidada naquela ci-dade. E a mais recente Comunidade que vai nascendo no bairro São Jorge (em Londrina). Com uma estrutura de liderança firme, os pastores titula-

M

res Renato e Cristiane Fogaça contam com o precioso trabalho dos pastores auxiliares Lúcius e Vanessa, Eduar-do e Monalise, Celso e Marly, Alex e Gracielle, na formação de discípulos que hoje representam a grande força motriz no exercício da visão. Pastores de área, supervisores, dirigentes, auxi-liares e membros comprometidos das Células, também não medem esforços para cumprir o chamado que um dia receberam do Senhor e dos nossos pastores, de continuar a obra de Cris-

FORMANDO DISCÍPULOSCRESCENDO E MULTIPLICANDO

Pr. Airton Lucius e Vanessa Malachias, Pr. Eduardo e Monalise Rafael, Pr. Alex e Graciele Rispoli, estão em pé, Pr. Celso e Marli Elvira e Pr. Renato e Cristiane Fogaça sentados.

Divulgação

Page 35: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 35

Kassia acabou descobrindo que eu era usuário de drogas, mas acreditava que eu fumava somente maconha. Porém, além das drogas, aumentei o consumo de bebida alcoólica também. Tudo isso, em poucos anos, levou meu casamento à falência. Devido aos efeitos das dro-gas e do álcool, consegui matar o amor que havia entre nós, pois me tornei agressivo, descontrolado e um homem de atitudes carnais e diabólicas. Caí numa vida egoísta e promíscua, e pro-vei todo tipo de miséria na minha vida.

Mas Deus, em sua infinita misericór-dia, tinha outros planos. No auge de uma crise familiar, comecei a ter uma alergia acompanhada de coceira e ver-melhidão por todo o corpo. Fiz um exa-me e foi constatado que eu estava com um elemento alterado em meu sangue e que minha medula tinha parado de funcionar. Em outras palavras, eu ti-nha grandes possibilidades de estar com leucemia (um tipo de câncer no sangue). Naquele momento parece que o mundo desabou e, mesmo sem co-nhecer Jesus, pedi a Ele uma segunda chance. Só conseguia pensar em meus filhos, na minha esposa e em todo mal que eu tinha causado a eles. Eu queria me reconciliar e pedir perdão.

Então, o médico solicitou alguns exa-mes específicos para confirmar ou não a doença. A caminho do laboratório, tive minha primeira experiência com Jesus selando a seguinte promessa: Se realmente Ele era tão Poderoso e me desse uma segunda chance com o re-sultado negativo dos exames, dessa vez eu faria as coisas direito e abandona-ria o uso de drogas. Algumas horas de-pois recebi o exame e tive uma grande surpresa. O resultado era negativo. Eu não tinha nada!

O Senhor tinha acabado de responder a minha oração. Procurei uma lata de lixo e joguei fora tudo o que eu tinha de drogas e pensei: “Quero levar uma vida diferente agora”. Mas o diabo, sa-bendo que estava me perdendo, atacou meu casamento e acabei me separando. Como eu tinha decidido não usar mais drogas, comecei a consumir muita bebi-da alcoólica para fugir dessa realidade. As pessoas sem Deus me aconselhavam de uma forma errada, dizendo que eu era jovem, que podia me casar nova-mente e que a separação era uma coisa “normal”. Mas o Senhor levantou um casal de cristãos para nos ajudar. Até hoje eles são muito importantes para nós. Enquanto ele me discipulava, sua

esposa discipulava a Kassia. Eles nos convidaram para participar de uma Cé-lula, onde fomos tão bem recebidos que ficamos impactados.

Logo depois das primeiras reuniões, tive uma experiência verdadeira com Jesus. Algo que jamais vou esquecer. Ele me mostrou o que eu estava fazen-do de errado e que, se eu quisesse ter minha família de volta, tinha que en-tregar meu coração verdadeiramente a Ele. Ao mesmo tempo, o Senhor vi-nha tratando o coração da minha es-posa através das “amigas de oração” e, ao ouvir um testemunho semelhante à nossa situação, ela foi abençoada e liberou perdão sobre minha vida. Hoje, faz dois anos que estamos felizes nos caminhos do Senhor. Fomos restaura-dos e libertos. Temos orgulho de par-ticipar da Comunidade da Graça em Londrina. Servimos no ministério de cooperadores, frequentamos toda se-mana os cultos e nos fortalecemos na Célula. Tudo isso para a honra e glória desse grande Deus que nos alcançou e teve misericórdia das nossas vidas.

Um forte abraço,

Everton e Kassia Fernandes

to sobre esta terra, que, mesmo depois de quase trinta anos da estada dos pastores Carlos Alberto e Suely em Londrina, mantém de uma forma muito forte a marca do amor, da honra e do compromisso com Deus e Sua causa. Por tudo isso, nós só podemos agradecer a Deus e a todo o ministério da Co-munidade da Graça, além de continuar na certeza que “isso é só o começo”!

Finalizando, os pastores Renato e Cristiane Fogaça destacam a honra e o privilégio de serem discipulados e amados pelos pastores Carlos Alberto e Suely, e de fazerem parte da Asso-ciação Comunidade da Graça, onde, além de companheiros de ministério, os pastores são verdadeiros amigos. Isso faz da Comunidade da Graça o melhor lugar do mundo para ser-vir ao Senhor!

Everton e sua esposa Kassia Fernandes, e seus filhos.

Divulgação

Page 36: Revista Comuna 34

36 | comuna | dezembro 2012

gravidez sempre traz consi-go muitas mudanças, algumas normais e outras nem tanto. As normais são determinadas pela adaptação do corpo feminino para dar suporte ao feto. É por

isso que, durante a gestação, o corpo da mulher entra num sistema de sobre-carga e há um aumento aproximado de dois litros no volume de sangue corpo-ral. Afinal, haja nutrientes e oxigênio para sustentar o pequeno faminto! O lado positivo é que esse suporte faz o bebê crescer e se desenvolver nesse curto espaço de nove meses.

Porém, o corpo materno paga o pre-ço quando boa parte desse volume

sai dos capilares para os tecidos e membros inferiores e geram aqueles famosos pés de batata que nós, mé-dicos, chamamos de edema. O útero não gravídico é semelhante a uma de-licada pêra que, durante a gestação, vai se conformando a uma grande melancia chutadora de costelas. Sim-ples, não? Nem tanto! O estômago é deslocado para cima e favorece reflu-xo e muita azia – e você que pensava que era o cabelo do nenê responsável pela queimação do estômago! A me-lhor forma de contornar isso é comer fracionado, em menor quantidade. Quanto mais natural, melhor. Evite farináceos – pães, bolachas e massas – que fermentam muito.

E a pobre bexiga urinária com três quilos em cima dela? Não cabe nada de xixi e toda hora é um tal de ir ao banheiro para tão pouco. Mas é muito importante não reter urina, porque já dizia minha avó que “em água parada cresce bichinho”. É óbvio que isso vai tirar um pouco o sono da gestante, mas logo nasce e passa, e ela terá bastante tempo para dormir ao lado do seu pe-queno... Ops! Doce ilusão.

Ainda tem mais. Os intestinos também são deslocados para as laterais do abdô-mem que, somado ao efeito da proges-terona (hormônio da gravidez), o deixa muito lento, provocando obstipação na gestante, daí a importância de uma

AJORGE E LARISSA MANTOAN, MÉDICOS

As alterações da gestação

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

Divulgação

Page 37: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 37

Jorge Luiz Mantoan é pastor na Comunidade da Graça em São Bernardo do Campo e médico ginecologista. Larissa Mantoan, sua filha, é médica residente de ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de SP

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

alimentação rica em fibras (verdura, legumes e frutas) e tomar água. Nós dissemos água, e não refrigerante! Re-frigerante tem muito sódio e aumenta o inchaço e as estrias.

E por fim, o peso aumentará muito. Dois litros de sangue, a placenta, o feto, o líquido amniótico que está dentro do útero e o edema geram, no mínimo, nove quilos a mais. O que passar disso é da grávida. Exatamente isso!

Cuidado com aquelas pessoas que gen-tilmente lhe oferecem bombons dizendo: que grávida linda! Pois é, elas serão as mesmas a lhe dizer após o parto: Que criança linda!!! (e eu?! Pensará você...). Enfim, bons hábitos alimentares são fun-damentais para atravessar essa fase da maneira mais saudável e se adequar bem às mudanças inevitáveis. E mais: os abu-

sos predispõem a algumas circunstâncias graves que discutiremos futuramente.

Pronto, paramos por aqui esperando que tanta informação não as assuste, mas sim as capacite a levar uma gra-videz tranquila e consciente desse pe-ríodo tão lindo e fascinante. Amamos vocês, barrigudinhas.

BONS HÁBITOS ALIMENTARES SÃO FUNDAMENTAIS PARA ATRAVESSAR

ESSA FASE DA MANEIRA MAIS SAUDÁVEL E SE ADEQUAR BEM ÀS

MUDANÇAS INEVITÁVEIS.

Page 38: Revista Comuna 34

38 | comuna | dezembro 2012

A igreja como família

ortanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas con-cidadãos dos santos e membros da família de Deus. Edificados

sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se santuário no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” Efésios 2:19-22

A família sempre ocupou o lugar cen-tral no coração de Deus. É na família que firmamos nossa identidade e de-senvolvemos a capacidade de nos rela-cionar uns com os outros. É o ambiente em que vínculos de amor se fortalecem através do respeito e do serviço mú-tuo. A Escritura Sagrada nos dá muitos exemplos do quanto Deus valoriza a família. É o caso de Noé, que teve sua vida e a de sua família poupada do di-lúvio que destruiu a terra (Gênesis 7:1). Deus nomeou Abraão como o patriarca

de todas as famílias da terra (Gênesis 12:3). O próprio Senhor Jesus cresceu em uma família formada por pais e ir-mãos (João 2:12).

Assim como acontece na família, a igreja é o ajuntamento daqueles que creem, adoram e servem ao Senhor. Deus enxerga a igreja como uma famí-lia. No livro de Gênesis 1:26-28, Deus dá início ao seu propósito eterno: o de estabelecer uma morada, formada por uma família muito grande, com muitos filhos semelhantes a Jesus (Romanos 8:29). Por que é tão importante para Deus que a igreja viva como família?

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se santuário no Senhor.” Efésios 2:20-21

A igreja que vive esse contexto de fa-mília reconhece Jesus como o centro, a

pedra principal e o líder; e assim se de-senvolve de forma saudável, adorando a Deus. Na antiga aliança, a família não poderia cumprir com o projeto de Deus, visto que fora corrompida pelo pecado, perdendo a comunhão com o Criador e sendo condenada à morte.

Porém, “Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou o seu filho Jesus Cristo, para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Por meio de Jesus, o pecado foi ani-quilado e recebemos um novo cora-ção, repleto de amor. Deus restaura a capacidade do homem para viver em família. Uma família que agora vive no poder do Espírito Santo e que ex-pressa o amor e a justiça de Deus aqui na terra.

“Sejam férteis e multipliquem-se. Encham e subjuguem a terra.” Gê-nesis 1:28

JOSÉ DINIZ MENDONÇA, PR.

“P

sonhospossíveisvisão eles andaram com Jesus finançasDeus agindo especialfundação CGponto de vista

A FAMÍLIA É A EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS

A FAMÍLIA FOI GERADA PARA O CRESCIMENTO

Divulgação

Page 39: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 39

Satanás. Ele veio para matar, roubar e destruir (João 10:10). No livro de Timóteo 3:1-5, Deus descreve todos os perigos que podem ameaçar a vida em família:

“Sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, ava-rentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais...”.

Quem está conectado à família de Deus, desenvolve bem o seu chamado de estabelecer o reino de Deus na terra.

Quer uma sociedade saudável? Forme famílias saudáveis! É na família que tudo começa: o respeito entre cônju-ges e entre pais e filhos. São inúmeros os benefícios que a igreja como famí-lia pode proporcionar entre os irmãos na fé. É na igreja família que o marido recebe o ensino de como amar sua es-posa, e de como os filhos devem obe-decer a seus pais.

Uma pesquisa realizada por Alexan-der Ross, do instituto de ciências psicológicas, investigou por 36 anos o grau de felicidade das mulheres americanas. Ele concluiu que as que frequentam regularmente a igreja são mais imunes aos sintomas depressi-vos e são mais felizes. Álcool, fumo

e outros vícios são desestimulados, o que traz incalculáveis benefícios para o convívio social.

Através das células que se reúnem nas casas, em qualquer dia da sema-na, no melhor horário, em qualquer rua e de todos os bairros, a sociedade já começa a usufruir positivamente do impacto que a igreja proporciona na vida das pessoas.

Que cada um de nós, como igreja--família, tome posse, dia após dia, da grande comissão que o Pai designou a nós: a de sermos essa igreja que vive o amor de Cristo, alcança o próximo e forma discípulos para a Glória de Deus. Que Deus te abençoe!

Ao pensarmos em família, não imagi-namos um núcleo pequeno, escasso, mas em algo que se expande e tende ao crescimento. Uma família jamais para de crescer. Para que a igreja se multi-plique de forma saudável é necessário que suas sementes sejam saudáveis. Sementes do amor ágape, da obediên-cia à Palavra, do evangelismo e da edi-ficação mútua precisam se desenvolver bem, a fim de que essa família cresça com muitos filhos semelhantes a Jesus. Uma igreja saudável que se multiplique em número, em qualidade e atenda o que Deus deseja para o seu povo.

“Os que criam mantinham-se uni-dos e tinham tudo em comum.” Atos 2:44

Os primeiros cristãos se reuniam com alegria para repartir o pão, estimula-rem-se às boas obras e adorar a Cris-to. Esse modelo de igreja-família, que vive em unidade e amor é perfeita-mente possível em Jesus. Quanto mais conhecemos uns aos outros, mais nos amamos. A unidade na família facilita o perdão e a renúncia. Por outro lado, uma família formada por interesses egoístas e tomada pelo isolamento de seus membros, tende ao fracasso.

O único interessado em ver a igreja, que é a família de Deus, destruída é

José Diniz Mendonça é pastor da Comunidade da Graça em Guarulhos, membro do Conselho de Supervisores, Casado com a pra. Zuleide, pai de 4 filhos, Fernando, Samuel, Fabiana e Simone, e avô de 7 netos.

sonhospossíveis liderança capa aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

A FAMÍLIA SE FORTALECE PELA UNIDADE

A FAMÍLIA GARANTE UMA SOCIEDADE SAUDÁVEL

Page 40: Revista Comuna 34

40 | comuna | dezembro 2012

O Milagre do NatalCARLOS ALBERTO ANTUNES, PR.

eus se tornou homem para nos salvar, fazendo surgir na ter-ra uma pessoa absolutamente singular e especial – Jesus, que possuía em Seu corpo duas na-turezas: a humana e a divina.

Esse foi o grande milagre do Natal. As-sim nos declara a Bíblia:

“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1.1 e 14

Dessa forma, Jesus era verdadeiramen-te homem e verdadeiramente Deus. Embora, no tempo em que viveu aqui na terra, Ele tenha manifestado mais nitidamente a Sua natureza humana para os objetivos de Sua missão, Sua natureza divina permanecia nEle, ma-jestosa e santa, como às vezes deixava

transparecer, assim como foi no Monte da Transfiguração:

“Aproximadamente oito dias de-pois de dizer essas coisas, Jesus to-mou consigo a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar. En-quanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago.” Lucas 9:28-29

Jesus era plenamente humano, mas sem pecado, pois fora gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, como o anjo havia anunciado. Um anjo também fa-lou aos pastores nas campinas de Belém que naquela noite maravilhosa estava nascendo o Messias tão esperado (Cris-to), e proclamaram ainda que Cristo era o Senhor (Jeová, o próprio Deus)!

“O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder

do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.” Lucas 1:35

Para ser o nosso Salvador, Jesus ti-nha que ser plenamente humano para entender, conhecer e participar (lá na cruz) das limitações, sofrimentos, do-res, humilhações, misérias e até da morte, que vieram sobre a humanidade por causa do pecado.

“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertas-se aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte.” Hebreus 2:14-15

Mas, em todo o tempo, Sua natureza divina estava presente em Seu corpo,

D

sonhospossíveis liderançaeles andaram com Jesus finanças capaespecial comunidadefundação CGponto de vista

Divulgação

Page 41: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 41

Carlos Alberto Antunes é pastor na Comunidade da Graça Sede, Diretor do Centro de Treinamento de Líderes, É casado com a pastora Vanda, e é pai de 5 filhos.

e no Seu interior, presenciando e sen-do tocada por aquelas experiências tão humanas de Jesus. Por isto, mostrando sua eternidade como Deus, Ele disse aos judeus:

“Respondeu Jesus: Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” João 8:58

A existência de uma pessoa, Jesus, com Um Natal muito feliz para você e toda a sua família!

A existência de uma pessoa, Jesus, com duas naturezas é um mistério que a nossa mente limitada e imperfeita só pode aceitar pela fé no que a Bíblia relata. Por isso, somente quase 500 anos depois de Cristo, foi que a Igreja chegou a uma declaração perfeitamen-te bíblica, teologicamente irretocável, sobre a pessoa de Cristo, aceita plena-mente por todos os ramos do cristia-nismo, católicos, protestantes e orto-doxos. Isto aconteceu no concílio de Calcedônia, perto da atual Istambul (Turquia) no ano de 451 d.C., pondo fim a várias controvérsias anteriores sobre a pessoa de Cristo:

“Fiéis aos Santos Pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensina-mos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divinda-de, e perfeito quanto à humanida-de; verdadeiramente Deus e ver-dadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, con-substancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pe-cado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação (...).”

Assim, neste Natal, ao meditarmos nestes fatos tão sublimes que mostram quão grande é o amor de Deus por nós, celebremos e anunciemos com muita alegria a pessoa maravilhosa e ben-dita de Jesus, que uniu em Si mesmo estas duas naturezas para realizar por nós uma salvação tão poderosa (Lucas 1.67-75).

Discorrendo sobre este fato tão glorio-so, um eminente teólogo evangélico contemporâneo, Wayne Grunden, faz estas afirmações:

“(...) Trata-se, de longe, do milagre mais maravilhoso de toda a Bíblia – muito mais maravilhoso que a ressur-reição e até que a criação do universo. O fato de o Filho de Deus, infinito, onipresente e eterno tonar-se homem e unir-se para sempre a uma natureza hu-mana, de modo que o Deus infinito se tornasse uma só pessoa com o homem finito, permanecerá pela eternidade como o mais profundo milagre e o mais profundo mistério de todo o universo.” (Teologia Sistemática, pg. 465).

Um Natal muito feliz para você e toda a sua família!

aconteceutexto e contextocomunidade saúde igreja família

Page 42: Revista Comuna 34

ntre os dias 23 e 28 de outu-bro, aconteceu a Conferência da Visão do MDA na Igreja da Paz, em Santarém/PA. O tema da conferência foi “Amor: o segredo da revolução”.

O pr. Abe Huber, da Igreja da Paz, convidou o pastor Carlos Alberto Bezerra para ser um dos palestran-tes principais dessa conferência.

Nosso pastor levou os conferencistas a uma reflexão com a seguinte per-gunta: “Quem é Jesus para nós?”. A chamada teve por objetivo colocar Jesus no centro de nossa vida.

“Jesus não é o que Ele faz ou fez por mim. Esse pensamento é orgulhoso. A resposta, à luz das Escrituras é: ‘Cristo é minha vida’!”, comparti-lhou o pastor Carlos Alberto.

Ele também falou do amor como base para a vida da igreja. Reforçou a importância dos chamados manda-mentos recíprocos. Quem ama o seu irmão de maneira prática, permanece na luz como diz 1 João 2:9-11.

A conferência também teve a parti-cipação dos pastores Aluízio Silva, Sandro Oliveira, Rebecca Huber, Sabá Liberal, entre outros.

A Comunidade da Graça na Conferência em Santarém

ED

ivul

gaçã

o

Div

ulga

ção

Divulgação

Page 43: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 43

Comunidade Sede come-morou o Dia do Pastor no último domingo de novem-bro. O pastor Carlos Alber-to convidou o Reverendo Antônio Carlos Costa, da

Igreja Presbiteriana da Barra da Ti-juca para pregar no culto especial.

Antônio Carlos falou sobre a im-portância do chamado e da voca-ção ministerial.

Os pastores Antunes e Vanda ho-menagearam os pastores Carlos

Alberto e Suely, em nome de toda a família Comunidade da Graça, lembrando a importância que eles têm não só na história da igreja lo-cal, mas do impacto da vida deles na igreja brasileira, com reflexos em vários países do mundo.

O pastor Carlos Alberto fez ques-tão de homenagear cada um dos pastores que o auxiliam no projeto de consolidação da igreja família.

aconteceu

Dia do Pastor na Sede

A

Div

ulga

ção

Page 44: Revista Comuna 34

44 | comuna | dezembro 2012

aconteceu

Acampamento de filhos de pastores

Nos dias 02 a 04 de novembro, no Vale da Graça em Porto Feliz, foi realizado o segundo acampamento de filhos de pas-tores – Next Generation. Cerca de 100 participantes puderam

ouvir os pastores Carlos Alberto e Sue-ly Bezerra sobre o início da Comuni-dade, o começo do ministério deles e suas expectativas para com a herança que Deus tem dado.

“Meu grande desafio é cuidar bem de vo-cês”, comentou o pastor Carlos Alberto. Ele ministrou sobre identidade e destino.

“Se você sabe quem é, sabe para onde vai”. Várias outras frases ficaram marca-das: “Vocês são continuadores na obra de implantação do reino de Deus nessa ter-ra”. “Eu conto com vocês”. “Quero ver vocês sonhando comigo”.

Todos saíram com a sensação de que têm nas mãos a grande responsabilida-de de cuidar bem do legado que Deus deu ao pastor. Esse encontro foi históri-co na vida da Comunidade da Graça. O pastor Osmar também esteve no acam-pamento, fortalecendo essa geração. “A chave está nas mãos de vocês!” dis-se ele. Leia alguns depoimentos:

“O encontro me marcou. Ter o pastor mais perto de nós foi determinante.” Samuel – CG Registro

“Ou abraçamos totalmente ou deixa-mos tudo.” Juliana – CG Sede

“Não sou inútil e sem preparo. Estou aqui em treinamento. Eu me senti ama-do e valorizado com o convite do pas-tor.” Davi – CG Sorocaba

Muitas ideias foram levantadas no Acampamento e outros encontros já foram marcados. O próximo passo será ter um meio de comunicação mais efe-tivo entre todos os filhos de pastores visando a troca de ideias e ajuda uns aos outros.

Compartilhar, apreciar, trans-formar, melhorar, demonstrar feli-cidade, sonhos, amigos

@emazi

Recebendo mais um pouco com @osmarmisael.

@thiagosb88

[next genera-tion] #surpre-sas #feriado #acampamento #expectativa

@fernandestha

FOTOS E COMENTÁRIOS DE QUEM ESTEVE LÁ

Criativo C

omuna

Cri

ativ

o C

omun

aC

riat

ivo

Com

una

Page 45: Revista Comuna 34

dezembro 2012 | comuna | 45

anunciantes

Cri

ativ

o C

omun

aC

riat

ivo

Com

una

Page 46: Revista Comuna 34

46 | comuna | dezembro 2012

NEGREIROS EQUIP. DE PROTEÇÃO

Botas, Luvas, Capacetes toda linha de epis e

sinalização. 11-2869-7926

[email protected]

www.negreirosepis.com.br

ANUNCIE AQUI

Interessados em anunciar na próxima edição:

[email protected] 3588 0575

anunciantes

classificados

FERNANDES & CAVALCANTE

CORRETORA DE SEGUROS

Individual, Familiar, Empresa

Cotações Tel: 2641 6515www.fcseg.com

SEGUROSMARLI RAHIJ

Auto, residência, Empresa, Consorcio e

Planos de Saúde.LGN. Sra.do Bom Parto,

74 Tatuapé[email protected]

2097-306899556-4956

SHALLONESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE

Escrituração: Contábil, processamento de dados

R. Jacirendi, 391Tatuapé/SP

2296 4658 / 2294 4527Contato: Clóvis

CONSARQ

Consultoria Jurídica E Arquitetura

2059 2663 9.9970 2448Arq. Rosana J. IgnácioAv. Luis Pires de Minas 240, Jd. Imperador, Sl 4rignacioconsarq@hotmail.

com

PNEUS REMOLDA PARTIR DE R$ 75,00

até 5 x no cartão

Milton99478 4937

Nextel: 7832 9068105*102051

LOJA COMUNA

Compre pela internet os produtos da Comunidade

da Graça - ótimosdescontos e opções de

presente! Acesse: www.lojacomuna.com.br

Page 47: Revista Comuna 34
Page 48: Revista Comuna 34