revista cnt transporte atual - abril/2011

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C NT EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT ANO XVI NÚMERO 188 ABRIL 2011 TRANSPORTE ATUAL LEIA ENTREVISTA COM O PESQUISADOR PAULO ROBERTO LEITE Sest Senat atinge marca histórica de atendimentos em 2010 e fortalece sua missão de melhorar a vida do trabalhador em transporte Ação pela cidadania Sest Senat atinge marca histórica de atendimentos em 2010 e fortalece sua missão de melhorar a vida do trabalhador em transporte

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Sest Senat atinge marca histórica de atendimentos em 2010 e fortalece sua missão de melhorar a vida do trabalhador em transporte.

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Page 1: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNTEDIÇÃO INFORMATIVADA CNT

ANO XVI NÚMERO 188ABRIL 2011

T R A N S P O R T E A T U A L

LEIA ENTREVISTA COM O PESQUISADOR PAULO ROBERTO LEITE

Sest Senat atinge marca histórica de atendimentos em 2010 e fortalece sua missão de melhorar a vida do trabalhador em transporte

Ação pela cidadaniaSest Senat atinge marca histórica de atendimentos em 2010 e

fortalece sua missão de melhorar a vida do trabalhador em transporte

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 20114

CONSELHO EDITORIALBernardino Rios PimBruno BatistaEtevaldo Dias Lucimar CoutinhoTereza PantojaVirgílio Coelho

EDITORA RESPONSÁVEL

Vanessa Amaral

[[email protected]]

EDITOR-EXECUTIVO

Americo Ventura

[[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(61) 3315-7000 • [email protected] SAUS, quadra 1 - Bloco J - entradas 10 e 20 Edifício CNT • 10º andar CEP 70070-010 • Brasília (DF)

ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.br | www.sestsenat.org.br

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:[email protected]

Publicação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrada no Cartório do

1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053.

Tiragem: 40 mil exemplares

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT

REPORTAGEM DE CAPA

ANO XVI | NÚMERO 188 | ABRIL 2011

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

CAPA JÚLIO FERNANDES/CNT

Logística reversa é abordada porPaulo Roberto Leite

PÁGINA 8

ENTREVISTA

Ferrovia usa mais recursos nas operações

PÁGINA 44

TECNOLOGIA

Empresas aéreasinvestem em voosno interior do país

PÁGINA 36

AVIAÇÃO REGIONAL

SEGURANÇA

Cadeirinha e cinto precisam ser usados

PÁGINA 48

SUPERPESADO

Segmento degrandes cargascresce no país

PÁGINA 54

DIA DA MULHER • Unidades do Sest Senat detodo o país comemoram o mês da mulher com atividades voltadas ao público feminino

PÁGINA 32

O Sest Senat atingiu a marca de 7 milhões de atendimentos realizados em 2010 nas áreas de qualificação profissional, saúde, esporte, lazer e cultura; desde sua criação, em 1993,mais de 100 milhões de pessoas já foram atendidas pela entidade

Página 22

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 5

CNT cria ConselhoAmbiental doTransporte

PÁGINA 64

SUSTENTABILIDADE

Logística ofereceamplo mercado de trabalho

PÁGINA 66

FACULDADE

RODOMOÇAS • Empresa de transporte resgata aprofissão dos comissários de bordo para oferecer mais conforto aos clientes dos ônibus rodoviários

PÁGINA 60

Alexandre Garcia 6

Humor 7

Mais Transporte 14

Boletins 72

Debate 78

Opinião 81

Cartas 82

SeçõesAQUAVIÁRIO

Congresso no Rio discute osdesafios do modal

PÁGINA 70

Fique por dentro dos eventosrealizados pelo Sest Senat emtodo o país. Veja e baixe osálbuns de fotos das atividadesdesenvolvidas pelas unidades.Basta digitar sestsenat.org.bre clicar no menu Notícias –Fotos, na barra superior. Conheça e espalhe!

Aproximar empregadores eprofissionais e oferecer aoportunidade de colocaçãono mercado. Essa é a funçãodo Banco de Talentos, umserviço desenvolvido especialmente pelo SestSenat para dinamizar o setorde transporte. Acesse: sestsenat.org.br/Paginas/Banco-de-talentos.aspx

Despoluir• Conheça o programa• Acompanhe as notícias sobre

meio ambiente

Canal de Notícias• Textos, álbuns de fotos, boletins

de rádio e matérias em vídeosobre o setor de transporte no Brasil e no mundo

Escola do Transporte• Conferências, palestras e

seminários• Cursos de Aperfeiçoamento• Estudos e pesquisas• Biblioteca do Transporte

Sest Senat

• Educação, Saúde, Lazer e Cultura

• Enfrentamento da exploraçãosexual de crianças e adolescentes

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O portal disponibiliza todas as ediçõesda revista CNT Transporte Atual

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rasília (Alô) – O governo tem jurado de pésjuntos que nossos aeroportos estarãoaptos a dar conta da demanda em 2014, nomovimento da Copa. País de dimensõescontinentais, fomos vítimas de burriceestratégica de vários governos, quando as

ferrovias foram abandonadas. Oito milhões e meiode quilômetros quadrados e praticamente sem fer-rovias para passageiros e apenas um renascernecessário para carga, ainda se arrastando porvias estranguladas. Como as distâncias são demilhares de quilômetros e não temos trens, muitomenos trens de alta velocidade, a saída foi popula-rizar o transporte aéreo, que barateou pela con-corrência e o aperto nos custos das empresasaéreas. Mas os aeroportos não deram conta e sedeterioraram. Uma avaliação preconceituosa com-para aeroportos com rodoviárias, embora hajaestações de ônibus mais confortáveis e organiza-das do que os terminais aéreos.

Há pouco começaram a despencar tetos deaeroportos, como aconteceu em VárzeaGrande/Cuiabá e São Luís. Um passageiro ficouferido em Mato Grosso e uma funcionária foi atin-gida no Maranhão. São sinais de alerta. NoAeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, obrasacrescentaram um terminal de embarque, mas aentidade que cuida do patrimônio histórico earquitetônico do Rio exigiu que fosse feito em acrí-lico, supostamente para não tirar a visão do prédioantigo. Resultado: ninguém entende o que se diznos alto-falantes, com informações preciosas

sobre horários e portões de embarque. O somreverbera nas curvas do acrílico e mistura letras,palavras e sílabas – é uma máquina de criptofonar.Uma dica: nos banheiros, o som não é misturado.Outra dica: vá de chapéu se o embarque for de dia.O teto de acrílico não impede nem filtra a luz solar.

No Brasil, quando algum setor está carente,cria-se um factóide, ou seja, uma secretaria ou umministério para cuidar dele. Como se o Ministérioda Pesca fosse contribuir para aumentar os cardu-mes, ou o Ministério do Esporte fosse nos tornarcampeões na África do Sul. Pois com o crescimen-to de 115% da demanda entre 2002 e 2010, o gover-no resolveu criar o Ministério do Transporte Aéreo.É uma rima, mas será a solução? Vai aumentar acapacidade de carga? Pelo menos há a possibilida-de de privatizar os aeroportos.

O que dói é que precisa a motivação futebolís-tica para melhorar os aeroportos. Como se o tor-cedor estrangeiro fosse pagar mais taxa deembarque que o passageiro tupiniquim. Sei que ademanda aperta, mas as companhias aéreastambém terão que fazer a sua parte. Não dá paradeixar tripulações anos sem a reciclagem que éobrigatória a cada seis meses. Não dá parasobrecarregar pilotos que acabam rendendo-seao sono e ao cansaço em voos da madrugadapara serem acordados e surpreendidos quando oavião já está prestes a pousar. Quem duvida queleia “Na Cabine de Comando”, do comandanteMárcio Branco. O leitor vai descobrir que lá emcima o teto também está precário.

B

“O transporte aéreo foi popularizado, barateado pela concorrência e oaperto nos custos. Os aeroportos não deram conta e se deterioraram”

Aeroporto sem teto

ALEXANDRE GARCIA

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 7

Duke

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ENTREVISTA PAULO ROBERTO LEITE

Agregar valor econômi-co, ambiental e demelhoria da imagemda empresa são algu-

mas vantagens que podem serproporcionadas pela logísticareversa. Basicamente, esse con-ceito pode ser aplicado no retor-no de produtos ao longo dacadeia produtiva. Tanto no casode devoluções de clientes poralgum defeito ou outro motivo(logística reversa pós-venda),como em relação aos produtosque chegam ao final de sua vidaútil (logística reversa pós-consu-mo). Com a aprovação daPolítica Nacional de ResíduosSólidos, no ano passado, torna-se mais necessário que asempresas e a sociedade emgeral conheçam sobre o assuntopara que os planos de açõessejam de fato colocados em prá-tica. No mês de março, o CLRB(Conselho de Logística Reversa

do Brasil) promoveu em SãoPaulo o II Fórum Internacional eExpo de Logística Reversa, quereuniu representantes brasilei-ros e internacionais. A seguir,leia a entrevista com o presiden-te do CLRB, o professor e pesqui-sador da UniversidadeMackenzie, Paulo Roberto Leite.Engenheiro e mestre em admi-nistração de empresas, ele éautor do livro “Logística Reversa– Meio Ambiente eCompetitividade”, lançado em2003 e atualizado em 2009.

Muitas pessoas ainda nãoestão familiarizadas com otermo logística reversa.Como o senhor explicaria?

A logística reversa basica-mente se ocupa do equaciona-mento do retorno de produtosque foram ou não consumidos. Éo equacionamento desse retor-no, passando pela coleta, por

diversas regiões, selecionandoesses produtos e levando aáreas de destino adequadas,seja para reaproveitamento,reciclagem ou remanufatura. Oumesmo dando a destinação final.Essa ideia não é só ambiental,mas pode agregar valor econô-mico ao produto, valor de pres-tação de serviço, melhor ima-gem empresarial. Uma empresatem várias possibilidades deagregar valor ao produto queretorna. Não é só valor econômi-co, mas de imagem.

Ao falarmos do retorno deprodutos que não foram con-sumidos, estamos falando,por exemplo, de devoluçõesdo comércio?

Por exemplo, compra pelaInternet. Entre 5% a 10% do queé vendido pela Internet volta.Uma média de 5% a 6% do queestá no varejo não foi consumi-

do e volta também, podendo seraté mais. Produtos que estãofora de moda, que não giraramou têm pequenos defeitos, osque não foram consumidos. É oretorno ao longo da cadeia, queenvolve fabricante, varejista.Ainda dentro desses produtosque não foram consumidos eestão inseridos na logísticareversa, temos aqueles queestão na garantia e precisam deassistência técnica. Eles retor-nam, e é necessária toda umalogística reversa por trás dissopara poder satisfazer uma pres-tação de serviço com o cliente,para fidelizá-lo, mantê-lo con-tente e poder até suscitarnovas compras daquela marca.Isso é o que chamamos delogística reversa de pós-venda.

E temos também a logísti-ca reversa de pós-consumo?

A logística reversa de pós-

“A logística reversa se ocupa do equacionamento do retorno denão consumidos, passando pela coleta, por diversas regiões e sele c

Ganho econômico e POR CYNTHIA CASTRO

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e produtos que foram ou e cionando esses produtos”

consumo trata daqueles produ-tos que já foram usados, queestão no final da vida útil ouque o próprio utilizador não vêmais interesse em tê-lo funcio-nando. Um telefone celularantigo que não foi trocado. Nãonecessariamente o aparelhodeixou de funcionar, mas mer-cadologicamente o telefoneacabou para o consumidor.Deveria retornar, mas nãovolta. Na realidade, não voltamnem 2% dos celulares que vãopara o mercado. A mesma coisapara computadores que nãosão mais usados. Há estimati-vas de que retorna uma quanti-dade ínfima. Tem crescidoassustadoramente o númerodesses equipamentos queparam de ser utilizados.Certamente, eles vão ficandopor aí. Não se sabe onde, masserão descartados em algumlugar. Quando é um objeto

pequeno fica dentro de casa,quando é grande – como umageladeira, uma televisão – nin-guém sabe o que fazer com ele.

De que forma a logísticareversa se apresenta comouma oportunidade deganhos?

Ganhos econômicos, porexemplo. Retornando um apare-lho – um produto durável ounão –, você aproveita compo-nentes ou a matéria-prima ereutiliza, por meio da recicla-gem ou remanufatura. Essa reu-tilização certamente economizacustos com matérias-primasvirgens. O telefone celular é umexemplo péssimo porque templástico e muito pouco deoutros produtos. O reaproveita-mento é mínimo. Mas podemoscitar a bateria de automóvel.Ela retorna e é toda reaprovei-tada. Volta para o mercado

novamente como bateria deautomóvel. Basicamente, 100%são reaproveitáveis, e 90% dasbaterias de automóvel do Brasilsão baterias que foram reapro-veitadas. A lata de alumínio é amesma coisa e outros produtosque estão sendo recuperados. Oóleo lubrificante retorna comoóleo lubrificante. Vidro, metais.

Quais exemplos dos outrosganhos da logística reversa osenhor citaria?

No caso do ganho de presta-ção de serviços, você mandaum computador para ser con-sertado. Se em vez de um mês,levar cinco dias, com uma logís-

tica reversa bem montada, comassistência técnica bem locali-zada e sistemas velozes de res-posta, o cliente vai ficar conten-te. Ele vai pensar: “essa empre-sa me deu satisfação e vou con-tinuar comprando dela”. É umaforma de fidelizar clientes, deprestação de serviço quegarante a imagem da marca.

E ainda tem a agregaçãoambiental no caso do pós-consumo?

Algumas vezes, a gente vê asempresas tentando buscaralgum produto que não retornanaturalmente. Não fazer issopoderá riscar sua reputação,

ARQUIVO PESSOAL

ambiental

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sua marca. Eventualmente,componentes de seus produtospoderão não ser bem utilizadose as empresas se protegem.Mas tudo isso acontece aindade forma embrionária. Você nãovê proativamente um númerogrande de empresas trabalha-rem nesse sentido, pela ques-tão ambiental, porque o custoindividual de uma empresa émuito grande. Ela não vai que-rer sozinha trazer todos oscelulares, por exemplo. O retor-no disso é muito baixo e custacaro. Em alguns raros casos, háproatividade ecológica. Porcausa da ISO 14000, por exem-plo, a empresa não quer terpassivos ambientais e tentarealizar isso sozinha.

E nos casos em que não háo retorno natural, torna-semais importante haver legis-lação que obrigue?

Todos os produtos que nãoretornam de forma natural, comvantagens econômicas para aempresa, requerem um fatormodificador. Quando não vêmnaturalmente, tem de ter legis-lações. O fator legislativo vaimudar significativamente acondição de mercado. Pneu, porexemplo, era inservível atéhaver legislação no Brasil. Eraum produto que ninguém que-ria e todo mundo jogava fora.Hoje, depois da legislação que

obriga a cadeia industrial a cui-dar do retorno de pneus, e deutecnologicamente uma condi-ção para que isso se efetivasse,o pneu usado passou a ser umbem de valor. Mas quando oproduto não tem valor agrega-do econômico suficiente paragarantir o seu reaproveitamen-to e rentabilidade em todas asfases, desde a coleta até o rea-proveitamento, precisa subsi-diar para trazer o produto devolta. Uma parcela do reapro-veitamento vai ser utilizadacomo amenização dos custostotais da empresa, mas normal-mente não vão pagar esses cus-tos totais. Porque se o fizessem,eles retornariam naturalmente.

O senhor saberia dizeralgumas quantidades de pro-dutos produzidas no Brasilque podem ser reaproveita-das, por meio da logísticareversa?

Garrafa pet é um produtobem utilizado e retorna comcerta porcentagem no Brasil –30%, 40%, 50%. Os plásticos,de forma geral, retornam pouco– 15%. Mas isso não elimina oproblema causado nas enchen-tes, nos entupimentos, com asgarrafas pet que a gente vê nosrios. Hoje se produz mais de 20bilhões de garrafas pet por anono Brasil. São 15 bilhões de tetrapak por ano. E 14 ou 15 bilhões

de latas de alumínio. Mas a latavolta sozinha porque tem altovalor agregado. Quando aempresa tem uma vantagemeconômica interessante, ela vaibuscar e melhora o nível deretorno.

A Política Nacional deResíduos Sólidos, aprovadano ano passado, trata princi-palmente da logística reversapós-consumo. O que ela vaimudar?

Ela dá a todos os produtosa direção de que, se não há oretorno de forma natural, énecessário que a cadeia pro-dutiva se organize para pro-porcionar esse retorno e desti-nação correta. O que se enten-de por destinação correta éobedecer a certa hierarquia –até econômica – de reaprovei-

LEGISLAÇÃO Cadeia produtiva deve se o

“Uma empresatem várias

possibilidadesde agregarvalor ao

produto queretorna. Não é só valoreconômico,

mas deimagem”

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vamente organizados porquejá havia legislação. Entramagora, como novidade, as lâm-padas fluorescentes de mercú-rio e os eletroeletrônicos, quese constituem um grandebloco de lixo eletrônico, queestá crescendo assustadora-mente no mundo todo e noBrasil. Se lembrar que em 1994não tínhamos telefone celular,e hoje temos uma produção de80 milhões por ano no Brasil.

É uma legislação positiva? Extremamente inteligente, a

meu ver. Faz com que empresas,setores, cadeia produtiva pro-ponham um plano para fazertudo isso. Se a legislação colo-casse o plano, poderia não serexequível e entraria nas leisque não pegam. O Ministério doMeio Ambiente está solicitando

que as cadeias produtivas apre-sentem os seus planos de logís-tica reversa. E há comitês exe-cutivo e orientador, formadospor diversos ministérios, quepoderão dar consultorias eautorizar acordos setoriaissobre como esse processo vaiacontecer. Se não houver plano,por parte da cadeia produtiva, ogoverno vai propor um planosetorial de logística reversa.Esse plano vai se transformardepois em um acordo setorial.

Em março, o CLRB realizouo 2º Fórum Internacional eExpo de Logística Reversa.Qual balanço o senhor faz?

Foi muito positivo, com aparticipação de integrantesinteressantes, como o convida-do do Ministério do MeioAmbiente, que nos colocou deforma bem clara a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos,entre vários outros participan-tes. O fórum foi complementadocom a exposição. Empresas queestão no mercado, os prestado-res de serviço estavam presen-tes. Também tivemos um núme-ro de cases maior que o fórumanterior. E separamos as áreasde pós-venda e pós-consumoporque os interesses dos parti-cipantes se dividem dessaforma. Alguns eram mais liga-dos a parte comercial, do pós-venda, e outros, à sustentabili-dade, no pós-consumo.

O senhor citaria algunscases interessantes?

Os Correios, por exemplo,apresentaram a logística reversade pós-venda. Tivemos também aPhilips, o Grupo Pão de Açúcar eoutros cases interessantes, comoo de uma empresa da área deprestação de serviço, a Chame oGênio. Ela atua com empresas deeletrônicos, prestando serviçopara ajudar clientes que nãoentendem manuais, por exemplo.E assim tenta evitar a logísticareversa pós-venda desnecessária.Muitos produtos que o consumi-dor devolve achando que estãocom defeitos, na realidade, nãoestão. A CNI (ConfederaçãoNacional da Indústria) levou suavisão sobre a Política Nacional deResíduos Sólidos e vimos tambéma visão governamental.

Como foi a participação daProeurope – entidade decoordenação dos programasde gestão de resíduos sólidosde mais de 30 países daEuropa e o Canadá?

Ela deu uma visão ampladesse mercado, das dificuldadesdos planos de gestão de resíduossólidos implementados, mostrouos países que estão mais avança-dos. Conhecer esses modelos émuito importante. Percebemosque há várias alternativas e mui-tas podem ser utilizadas nosdiversos planos setoriais queserão estabelecidos no Brasil. l

e organizar sobre retorno de produtos

CAÇULA DE PNEUS/DIVULGAÇÃO

tamento desses produtos. Issodistinguindo entre resíduossólidos e rejeitos. Rejeito seriaaquilo que iria para aterrosanitário. E resíduos seriamtratados em diversas etapas ecom possíveis reaproveita-mentos, até serem transfor-mados em rejeitos que irãopara aterros sanitários.

E nessa proposta entramtodos os produtos?

A ideia da diretriz da políti-ca são todos. Mas, na realida-de, como uma política nova, elaelege meia dúzia – alguns quejá estão relativamente organi-zados e outros não – para querealmente se organizem. Osprodutos são pneus, óleoslubrificantes, as pilhas e bate-rias, embalagens vazias deagrotóxicos. Esses estão relati-

“Pneu, porexemplo, era

inservível até haver legislação no Brasil”

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MAIS TRANSPORTE

A Anac é a mais nova integranteda FSF (Flight Safety Foundation),organização internacional desegurança na aviação que contacom mais de 1.200 membros, emcerca de 150 países. A integraçãopermitirá à Anac participar dos debates internacionais promovidos pela FSF sobre a

melhoria contínua da segurançaaérea, bem como das discussõesacerca da prevenção de acidentes,com outras autoridades de aviação, empresas, fabricantes de aeronaves e organizaçõesgovernamentais responsáveispela investigação dos acidentes aéreos.

Anac integra organização

A Tracbraz lançou a pá-carregadeira LG959. O equipamento é indicado para diversos segmentos, como cerâmica e mineração, nacategoria para cinco toneladasde carga nominal. Ela tem

baixo consumo de combustível, transmissão semiautomática,com quatro marchas à frente e três a ré. O sistema de freio garante fácil operação e simples manutenção.

Equipamento versátil

A presidente Dilma Rousseff assinou, no dia 18 de março, medida provisória que cria a SAC(Secretaria de Aviação Civil). Comstatus de ministério, o órgão vaicoordenar a reestruturação dosaeroportos brasileiros e garantir ainfraestrutura necessária ao paísna Copa-2014. Uma das metas do

SAC é de que seja adotado omodelo de concessão para administração privada dos terminais,processo que ocorrerá de forma gradativa para não ferir suscetibilidades. Com a criação danova pasta, a Anac (Agência Nacionalde Aviação Civil) e a Infraero passarão a ser subordinadas à SAC.

Secretaria para aviação

CPTM/DIVULGAÇÃO

FROTA AMPLIADA Novos trens recebidos pela CPTM

TRACBRAS/DIVULGAÇÃO

FACILIDADE Produto indicado para vários segmentos

Novos trens A CPTM (Companhia Paulista deTrens Metropolitanos) recebeu do governo paulista cinco novos trens, no dia 24 de março.Na mesma data, também foi apresentada a conclusão dasobras de modernização daEstação Carapicuíba, na Linha 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi),que atende mais de 420 mil usuários por dia. Os novos trens da CPTM são equipados com ar-condicionado,

câmeras de vigilância, sistema de informação audiovisual (monitores de vídeo e displays) e itens de acessibilidade. AEstação Carapicuíba ganhou elevadores, escadas rolantes,bilheterias com vidros blindados,ampliação do mezanino, novospisos, bicicletário para 144 vagas,displays digitais, entre outrosequipamentos. Mais de 30 mil usuários utilizam o local diariamente.

Page 15: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 15

FH 440 é mais vendido

DIVULGAÇÃO

MEIO AMBIENTE

Instituído pela Cetesb(Companhia de Tecnologiade Saneamento Ambiental

do Estado de São Paulo), oProclima (Programa Estadualde Mudanças Climáticas) tra-balha no levantamento dedados para elaboração deinventários sobre a poluiçãono Estado de São Paulo.

Um deles, o InventárioEstadual de Gases de EfeitoEstufa, levou mais de trêsanos para ser consolidado. “Odocumento se baseia em umametodologia específica, con-cedida pelo IPCC (PainelIntergovernamental deMudanças Climáticas) para aelaboração de inventáriosnacionais, com adaptaçõespara adequá-lo às condições eà realidade de São Paulo”,afirma Josilene Ferrer, coor-denadora do Proclima.

De acordo com ela, a políti-ca estadual de mudanças cli-máticas determina que adivulgação dos dados sejafeita, obrigatoriamente, a par-

tir de 2005. “Esse é o ano dereferência para o trabalho,mas realizamos levantamen-tos anuais de 1990 a 2008,totalizando 19 inventários.”

O Proclima divulgou osresultados referentes a 2005.Naquele ano, o setor de trans-portes foi responsável por49% das emissões de gasesdo efeito estufa, seguido pelosetor industrial, com 26% deemissões. “A série longa detempo fornece um mapa decomportamento das emissõesem São Paulo. Os dados mos-tram que as emissões foramsubindo ao longo dos anos”,diz Josilene.

Segundo a coordenadora,a compilação completa dosdados referentes aos levan-tamentos anuais de 1990 a2008 serão divulgados nodia 20 de abril. “As políticaspara que os índices de emis-são dos gases de efeitoestufa caiam serão elabora-das a partir dessa divulga-ção”, confirma.

SP realiza levantamento

A AmstedMaxion anunciou emmarço o início da produção deum protótipo do vagão “DoubleStack”, nova referência no transporte de contêineres. De acordo com a empresa, a viabilidade do projeto se amparana tendência de crescimento dotransporte de contêineres noBrasil e na necessidade do mercado ferroviário em produtoscom essa característica. Os"Double Stacks" permitem que oscontêineres sejam carregados um

sobre o outro, gerando o dobroda capacidade transportada pelaferrovia, oferecendo vantagemoperacional considerável em relação aos outros modais. O projeto foi desenvolvido para transportar contêineres para ambas as bitolas ferroviárias brasileiras. De acordo com a empresa, doisprotótipos de 1,60 m estarãodisponíveis para início dos testes ainda no primeiro semestre de 2011.

O caminhão Volvo FH 440 6x2Tractor foi o caminhão pesadomais vendido no Brasil pelosegundo ano consecutivo,segundo ranking da Anfavea(Associação Nacional dosFabricantes de VeículosAutomotores). Em 2010, a Volvocomercializou 6.526 unidades

do modelo, número bem superior às 3.935 unidades vendidas no mercado doméstico no ano anterior. O primeiro lugar no rankingrendeu ao FH 440 6x2 oPrêmio Lótus 2011, na categoriaveículos pesados, como“Caminhão pesado do ano”.

Financiamento estagnado Levantamento divulgado pelaAnef (Associação Nacional dasEmpresas Financeiras dasMontadoras) aponta que o saldo total das carteiras de financiamento para aquisição deveículos executados por pessoasfísicas em fevereiro ficou estagnado nos mesmos R$ 188,6

bilhões referentes a dezembro de 2010. A pesquisa mostra que,apesar da elevação do saldo doCDC (Crédito Direto aoConsumidor), de R$ 140,3 bilhões,em dezembro, para R$ 146,8bilhões no último mês, o leasingapresentou queda de R$ 48,3bilhões para R$ 41,8 bilhões.

Protótipo de vagão

PRODUÇÃO Vagão atenderá crescimento da demanda

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MAIS TRANSPORTE

Como os Mercados Quebram: ALógica das Catástrofes EconômicasTeorias procuram mostrar os modeloseconômicos e a criação de riqueza.Autores tentam decifrar quando isso setransforma em caos e o mundo quebra.De: John Cassidy, Ed. Intrínseca, 392págs., 39,90

WikiLeaks: A Guerra de Julian Assange contra os Segredos de EstadoLivro examina a cultura da Internet que tornou possível a revelação de informações sigilosas.De: David Leigh e Luke Harding, Ed. Verus, 328 págs., R$ 34,90

RousseffAutores fazem um paralelo entre a vida da presidente brasileira Dilma Rousseff e a de seu meio-irmão búlgaro Luben-Kamen Russev.De: Jamil Chade e Momchil Indjov, Ed. Virgiliae, 214 págs., R$ 39,90

Ônibus possui capacidade para 250 passageiros. Produzido pela Volvo do Brasil com carroceria daNeobus, tem 28 metros de extensão e vai operar com biocombustível a base de soja. Veículo ampliará em45% a oferta de lugares no sistema da linha Direta Expressa da cidade e deve estar em operação em maio.

Ligeirão Azul invade as ruas de Curitiba

CESAR BRUSTOLIN/SMCS

Nova divisão da Iveco A Iveco anunciou que

passará a ter uma nova divisão de veículos. Chamada de Iveco Veículosde Defesa, a unidade vai cuidar da produção do blindado VBTP-MR – Guarani,desenvolvido em conjuntocom o Exército Brasileiro, que

já encomendou 2.044 unidades. O início da produção está previsto para o segundo semestre de 2012. A fábrica será construída dentro do complexo industrial da montadora, em Sete Lagoas (MG). De acordo

com a empresa, além do blindado, a nova unidade de negócios vai trabalhar na adaptaçãoespecial de caminhões Iveco para o uso militar,como já faz na Europa. Os investimentos são daordem de R$ 75 milhões.

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 17

FETRANSUL

Era para ser uma mistu-ra de discussão dosproblemas do setor e

espaço para mea culpa. E foi.Reunidos durante dois diasem Bento Gonçalves (RS)para o 5º Fórum Empresarialde Transporte e Logística doRio Grande do Sul, liderançase empresários participaramde julgamento simulado, como caminhão, o empresário e ogoverno no banco dos réus.

Organizado pela Fetransul(Federação das Empresas deLogística e Transporte deCargas do Rio Grande do Sul),o encontro anual chegou àquinta edição com um forma-to diferente das tradicionaispalestras e debates conduzi-dos por um mediador. Apauta foi definida em conjun-to por lideranças da federa-ção e dos sindicatos filiados,com a intenção de aprofun-dar o debate sobre os proble-mas e provocar reflexão.

Com 17 atores – entre juí-zes, promotores, advogadosde defesa, réus e jurados –em um tribunal montado nopalco do evento, transporta-dores e convidados discuti-ram as deficiências da infra-

estrutura rodoviária no Brasil,a carga tributária, entreoutros assuntos. Mas tambémfizeram autocrítica. “Nós fize-mos uma reunião em formatode júri justamente para ter-mos a oportunidade deouvir a outra parte” afirmouo presidente da Fetransul,Paulo Caleffi. O dirigentedestacou a aplicação de umdos pilares do Direito, o prin-cípio do contraditório, na for-mulação do debate.

A Confederação Nacionaldo Transporte foi representa-da no fórum pela coordena-ção do Programa Ambientaldo Transporte, o Despoluir. Oprograma foi lançado em2007. Uma das ações impor-tantes é a mobilização da CNTjuntamente com o governo ecom o setor produtivo paraformatar um programa derenovação de frota que sejaviável no Brasil. O país temuma frota antiga de cami-nhões, 85% dos quais nasmãos de caminhoneiros autô-nomos, que têm dificuldadesde acesso ao crédito para atroca do veículo.

Participaram também doencontro Eder Dal’Lago, presi-

dente da Fecam (Federaçãodos Caminhoneiros Autônomosdos Estados do Rio Grande doSul e de Santa Catarina), o advo-gado Luiz Ernesto Raimundi,representante da Fetrancesc(Federação das Empresas deTransporte de Cargas doEstado de Santa Catarina), oex-ministro dos Transportes eex-presidente do Geipot

(Empresa Brasileira dePlanejamento em Transportes),consultor Cloraldino Severo,profissionais dos meio jurídicoe acadêmico como o presidenteda subseção da OAB (Ordem dosAdvogados do Brasil) em BentoGonçalves, Felipe Possamai, e oadvogado e vice-reitor da UCS(Universidade de Caxias do Sul),Miguel Ângelo Santin.

Fórum inova no formato das discussões

DEBATE Evento aconteceu em Bento Gonçalves (RS)

KÁTIA MAIA

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201118

MAIS TRANSPORTE

Três milhões de híbridosAs vendas acumuladas de veículoshíbridos da Toyota superaram 3milhões de unidades em todo omundo, até o final de fevereiro. Emagosto de 1997, a Toyota MotorCorporation desenvolveu no Japãoa tecnologia "Coaster Hybrid EV" e,em dezembro do mesmo ano, lançou o Prius, primeiro veículohíbrido do mundo produzido emlarga escala. As vendas do modelocomeçaram em 2000, na América do

Norte e na Europa. Em 2003, veio a segunda geração do Prius,com a expansão do sistema híbrido da Toyota para outrosmodelos da marca, como minivanse sedãs. O Prius de terceira geração chegou ao mercado em maio de 2009. A Toyota vende atualmente 16 modelos em 80 países. A meta, até o final de 2012, é lançar dez novos modelos.

Prêmio FetramAs empresas mineiras que desejam participar da segunda edição do Prêmio Fetram de Qualidade do Ar têm até 29 de abril para se inscrever no concurso promovido pela Federaçãodas Empresas de Transportede Passageiros do Estado de Minas Gerais. Podem

participar do prêmio as companhias de transporte de passageiros filiadas à Fetram e/ou aos sindicatos que compõem a federação e que participam do Projeto I:Redução das Emissões de Poluentes pelos Veículos do Despoluir.

Licitação para ferroviasO governo federal publicou,no dia 1º de abril, o edital de licitação para contratar as empresas que vão elaborar estudos de viabilidade dos novos ramais da Ferroeste e da Ferrovia Norte-Sul. Um dos ramais ligará o município de Panorama (MS),no trecho Maracaju, a

Paranaguá (PR) com 1,11 milkm de trilhos. O segundo, de 1,62 mil km, ligará, naFerrovia Norte-Sul, a cidadede Panorama (SP) ao Portodo Rio Grande (RS). De acor-do com a Valec, que realizará a contratação, a abertura das propostas está previstapara o dia 25 de maio, em Brasília (DF).

TOYOTA/DIVULGAÇÃO

MARCA Toyota alcança feito com modelos híbridos

RAMOS/DIVULGAÇÃO

DEMANDA Transportadora investe no Distrito Federal

A demanda crescente deBrasília e região levou a RamosTransportes a investir em outroterminal no Distrito Federal.Com 3.036 metros quadrados, o número de caminhões atendidos simultaneamentecresceu para 22 veículos, umaumento de 70% se comparadoao terminal anterior. De acordocom a empresa, o novo

endereço é um facilitador paraos veículos que chegam dasmais diversas regiões do país,por se encontrar às margensda BR-475, fora do centro dacidade. A unidade tem 60% dasua movimentação direcionadapara o segmento de e-commerce(transações via Internet). Oinvestimento foi da ordem de R$ 6 milhões.

Ampliação da capacidade

Page 19: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 19

CAMINHÕES

AFord lançou no dia 22 demarço a nova linha decaminhões Cargo 2012,

em Caucaia (CE), que começa aser vendida a partir de maiodeste ano. Ao todo, são 11modelos, sendo cinco com aopção de cabine-leito.

“Lançamos a nova linhaCargo como parte dos investi-mentos de R$ 670 milhões queestamos realizando até 2013 naoperação caminhões. E maisuma vez estamos fazendo his-tória e mostrando a capacida-de técnica dos engenheiros edesigners da América do Sulem criar caminhões de padrãoglobal", afirma o presidente daFord Brasil e Mercosul, Marcosde Oliveira.

Com caminhões na faixa de13 a 31 toneladas de peso brutototal e com capacidade máxi-ma de tração de até 63 tonela-das, o novo Ford Cargo é umprojeto global que foi desen-volvido nos estúdios de designe centro de engenharia deCamaçari (BA) e de SãoBernardo do Campo e Tatuí(SP), com suporte das unidadesdos Estados Unidos e Europa.

A cama, para os modeloscom leito, tem 1,90 m por 60cm, é uma das maiores dacategoria e traz embaixo umamplo compartimento paramalas. O motor Cummins a die-sel é o mesmo da versão ante-rior, com injeção eletrônica eduto único. As opções são de

quatro ou seis cilindros, depen-dendo do modelo.

“Esse é o maior lançamen-to da nossa história, mais de50 protótipos rodaram toda aAmérica Latina e as pesqui-sas e clínicas com frotistas eautônomos nos dão a certezade que oferecemos um dosmelhores produtos da cate-goria”, afirma OswaldoJardim, diretor de operaçõesde caminhões da Ford para aAmérica do Sul.

O conforto dos novos cami-nhões da linha Cargo é umadas apostas da montadorapara conquistar mais espaçono mercado nacional. A sus-

pensão da cabine, compostapor quatro conjuntos de amor-tecedores, isola as oscilaçõesda pista e traz um padrãosuperior de bem-estar para osocupantes.

De acordo com o chefe deDesign da Ford América do Sul,João Marcos Ramos, "a criati-vidade de nossos designerspartiu de um conceito de dese-nhar uma cabine totalmentenova, entendendo as necessi-dades dos frotistas e motoris-tas autônomos. Sabemos queeles desejam um caminhãoprático, funcional e com ovalor agregado do design”,afirma.

O novo Cargo também vemequipado com vidros elétricosde série e a opção de travas eespelhos elétricos. Traz aindaluzes de leitura individuais,acendedor de cigarro, tomadasde 12 V e 24 V, ponto de ar com-primido para limpeza da cabine,preparação para instalação desom e diversos porta-objetos.

“Nossas pesquisas mostra-ram que os clientes ficaramsatisfeitos com a nova linha,pois oferecemos tudo que elesprecisam: design, qualidade,desempenho, funcionalidade,versatilidade e serviços”, enfa-tiza Oswaldo Jardim.

(Katiane Ribeiro)

Ford apresenta linha Cargo 2012 com cabine-leito

LANÇAMENTO Nova linha de caminhões Cargo começa a ser vendida em maio

FORD/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201120

FERROVIAS

Oadensamento de veículosnas ruas das grandescidades brasileiras reduz

de forma drástica as velocidadesde deslocamento e a qualidadede vida da população. Por isso,pensar em soluções para otransporte de massa é umanecessidade urgente para evitarque os já tão frequentes proble-mas de trânsito no país se agra-vem ainda mais.

Foi com esse intuito que oMinistério dos Transportes, pormeio da Secretaria de PolíticaNacional de Transporte e doDepartamento de RelaçõesInstitucionais, realizou, no finalde março, em Brasília, a segundarodada de palestras técnicas vol-tadas para o transporte de pas-sageiros sobre trilhos.

Durante o encontro, foramapresentadas as principais tec-nologias usadas nos sistemasferroviários de transporte depassageiros de velocidadesmoderadas desenvolvidos emdiversos países.

Estiveram presentes no eventorepresentantes das empresasAlstom (França), Siemens(Alemanha), Bombardier (Canadá),CAF (Espanha), Talgo (Espanha),Hitachi (Japão) e Hyundai Rotem

(Coreia do Sul). Foram apresenta-das tecnologias de VLTs (VeículosLeves sobre Trilhos), trens elétri-cos e movidos a diesel, trens pen-dulares, além de outros utilizadosno transporte ferroviário de pas-sageiros intermunicipais, comvelocidades de até 200 km/h.

O evento faz parte das açõesdo projeto Trens Regionais,desenvolvido pelo ministério evinculadas ao Plano deRevitalização de Ferrovias, emque se inclui o Programa deResgate do TransporteFerroviário de Passageiros no

país. Na primeira palestra, reali-zada em fevereiro, foram discuti-dos os sistemas de VLTs jáimplantados no Brasil.

O ciclo de palestras tem comoobjetivo divulgar tecnologiasempregadas em material rodan-te, destinado ao transporte depassageiros, de empresas ferro-viárias, de modo a ampliar a basede conhecimentos sobre o tema.

Para Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da ANPTrilhos(Associação Nacional dosTransportadores de Passageirossobre Trilhos), esse tipo de dis-

cussão é importante para incen-tivar a implantação de novosprojetos no Brasil.

De acordo com Vicente Abate,presidente da Abifer (AssociaçãoBrasileira da IndústriaFerroviária), todos os sistemasde transporte de passageirossobre trilhos existentes atual-mente são aplicáveis nas cida-des brasileiras desde que existavontade política, sejam feitos osestudos de avaliação econômi-ca-financeira e os projetos derevitalização das vias.

(Livia Cerezoli)

Tecnologias são apresentadas em encontro

MODELOS Evento em Brasília apresentou tecnologias usadas no sistema ferroviário

MAIS TRANSPORTE

CAF/DIVULGAÇÃO

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O desafio de melhorar a mobilidade urbana de veículos e cargas no paísserá o tema central do 2º Seminário SistemasInteligentes de Transporte – Tecnologia para Mobilidade Urbana, nos dias 24 e 25 de maio,

no Centro de Convenções RB1 (RJ). O evento tem apoio do Programa deEngenharia de Transportes da Coppe e da Universidadedo Estado do Rio de Janeiro, além de diversas entidades do setor.

Seminário discute transporte

A Guberman desenvolveu umaversão do Frota SaaS, softwarepara gestão de frotas baseado nomodelo de computação em nuvem(cloud computing), para a gestãode frotas no setor público. A ferramenta, até então, atendiaapenas a iniciativa privada. A tecnologia tem os mesmosbenefícios dos tradicionais aplicativos de gestão de frotas,como gerenciamento de combustível, manutenção,

licenciamento, sinistros, multas,pneus, estoque e faturamento, aum custo mais acessível, commédia de R$ 10 por veículo. Uma série de customizações e funcionalidades próprias para frotas públicas foram implementadas,como o gerenciamento das solicitações de veículos que ficamà disposição dos servidores públicos e a gestão de contratosde manutenção e de locação deveículos, entre outros.

Gestão de frotas públicas

COMEMORAÇÃO

Representando empre-sas que trabalham nosetor de transporte

em uma área que abrangecerca de 70 municípios noEstado de Santa Catarina, oSetcom (Sindicato dasEmpresas de Transporte deCargas do Oeste e MeioOeste Catarinense) comple-tou, no último dia 1º de abril,30 anos de atuação.

A comemoração aconte-ceu na cidade de Concórdia,onde fica a sede da entidade,e contou com a presença deautoridades locais, associa-dos e parceiros do setor.Durante o evento, tambémforam empossados os mem-bros da nova diretoria para omandato 2011-2014. O sindica-to é hoje presidido por PauloCésar Simioni, que foi reelei-to para o cargo.

A compra conjunta e par-cerias comerciais com valo-res reduzidos na aquisiçãode equipamentos e insumosdo transporte, assessoriajurídica gratuita, registro no

cadastro da ANTT (AgênciaNacional de TransportesTerrestres), planos de saúdee elaboração de planilhas defrete estão entre os serviçosoferecidos pela entidade.

Além da sede emConcórdia, o sindicato man-tém três delegacias sindi-cais nas cidades de Iporã-d’Oeste, Maravilha e DionísioCerqueira para atender deforma mais eficiente seusassociados.

Tanto na matriz, comonas três delegacias sindi-cais existe um posto deatendimento do Sest Senatque oferece atendimentoaos trabalhadores do setorde transporte nas áreasmédica, odontológica e dequalificação profissional. OSetcom também participado Despoluir – ProgramaAmbiental da CNT. Uma uni-dade móvel percorre aregião de abrangência daentidade realizando a medi-ção dos gases poluentesemitidos pelos veículos.

Setcom completa 30 anos

Produzida pelo Projeto NAVI - Natureza Viva, a hidronave Navi realizou sua primeira expedição oficial em Fernando deNoronha (PE), no dia 2 deabril. Possui tecnologia russa e é movida a biodiesel.

O barco realizará expediçõespelo arquipélago, oferecendo às pessoas uma visão do mundo submarino bem aproximada e sem distorções, devido à enorme lente do equipamento.

Hidronave em Noronha

HIDRONAVE Primeira expedição oficial foi em 2 de abril

HIDRONAVE PROJETO NAVI/DIVULGAÇÃO

Page 22: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

REPORTAGEM DE CAPA

Transform

Page 23: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

ação social

SEST SENAT SÃO VICENTE/DIVULGAÇÃO

Sest Senat atinge a marca de 100 milhões de atendimentos

nas áreas de saúde, capacitação profissional, esporte, lazer e cultura

Sest Senat atinge a marca de 100 milhões de atendimentos

nas áreas de saúde, capacitação profissional, esporte, lazer e cultura

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201124

396.567 alunos nos cursos pre-senciais e registradas 54.727matrículas no programa deEducação a Distância durantetodo o ano de 2010.

Os mais de 200 cursos ofere-cidos pelo Sest Senat atendemàs necessidades do mercado,que exige cada vez mais profis-sionais qualificados para atua-rem nas diversas funçõesenvolvidas na atividade trans-portadora tanto de cargascomo de passageiros.

Cumprindo a sua mis-são de desenvolver edisseminar a culturado transporte, promo-

vendo a melhoria da qualidadede vida e do desempenho pro-fissional do trabalhador, o SestSenat alcançou em 2010 amarca de 7 milhões de atendi-mentos anuais em todas assuas áreas de atuação.

Nas 137 unidades localizadasnas cinco regiões do país, 6milhões de pessoas foram aten-didas nos programas voltadospara a promoção social queenvolvem as áreas de saúde,esporte, lazer e cultura. Os cur-sos de qualificação e capacita-ção tiveram a participação demais de 1 milhão de profissio-nais do setor de transporte.

“Os números de 2010 consoli-dam a atuação do Sest Senatcomo uma instituição conscientede sua responsabilidade pela efi-ciência e eficácia dos serviçosde transporte a serem prestadosà sociedade”, afirma o presiden-te da CNT e do Sest Senat, sena-dor Clésio Andrade (PR-MG).

Desde a sua criação, em1993, foram realizados, aproxi-madamente, 100 milhões deatendimentos.

Na área da educação profis-sional, foram capacitados

“O Sest Senat acredita que aeducação profissional preparaos indivíduos para enfrentar asconsequências das mudançastecnológicas e organizacionais,assim como o processo de flexi-bilização verificado no mundo dotrabalho”, afirma Clésio Andrade.

Para o desenvolvimento doscursos presenciais, a entidademantém parcerias com gover-nos federal, estaduais e munici-pais e empresas privadas.Exemplo disso é o trabalho

desenvolvido com a Mercedes-Benz, que possibilitou, em 2010,a formação de 2.318 motoristasde caminhão nos cursos deCondução Segura e Econômicae Excelência Profissional paraMotoristas de Cargas. O projetoé desenvolvido desde 2008 nasunidades dos Estados de SãoPaulo, Minas Gerais, Rio Grandedo Sul, Santa Catarina e Paraná.

Outra parceria importantefoi estabelecida com a Abiquim(Associação Brasileira da

CLÍNICA MÉDICA Sest Senat oferece atendimento aos trabalhadores do tr

POR LIVIA CEREZOLI

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 25

o transporte em todas as unidades do país

Indústria Química) para o trei-namento do Sassmaq (Sistemade Avaliação de Segurança,Saúde, Meio Ambiente eQualidade). O programa apre-senta métodos específicos parao transporte rodoviário de pro-dutos químicos a granel. O SestSenat também desenvolve coma Abiquim o projeto Olho Vivonas Estradas, que visa reduzir onúmero de acidentes envolven-do veículos que transportamprodutos químicos.

Merece destaque também oprojeto Soldado-Cidadão doMinistério da Defesa, que visaqualificar e inserir jovens sol-dados no mercado de trabalho,após o término do prazo legalde prestação do serviço militar.Em 2010, foram oferecidos oscursos de auxiliar administrati-vo, informática, operador deempilhadeira, funilaria e pintu-ra nas unidades de Cariacica(ES), Teresina, Santarém (PA),Cuiabá, Fortaleza, Aracajú, João

Pessoa, Ponta Grossa (PR),entre outras.

Pensando na formação dejovens profissionais, o SestSenat também participa do pro-grama Jovem Aprendiz, umaação do Programa Nacional deEstímulo ao Primeiro Emprego,do Ministério do Trabalho eEmprego.

O curso, que no ano passadocontou com 6.232 jovens matri-culados, foi desenvolvido prio-rizando a conscientização da

Em 2010, oSest Senat

atendeu

7 mide pessoas

SEST SENAT CURITIBA/DIVULGAÇÃO

Sest Senat oferece programa de conscientização

CICLO DE PALESTRAS

Para levar mais conheci-mento aos profissionais dotransporte e à sociedade emgeral sobre a importância dequestões sociais, como a cida-dania e a qualificação profis-sional e, ainda, dos cuidadoscom a saúde, o Sest Senat tam-bém desenvolve, anualmente,o Ciclo de Palestras.

Em 2010, mais de 280 milpessoas participaram do pro-grama que trabalhou oitotemas diferentes – quatro rela-cionados às questões profis-sionais e quatro relacionados àsaúde e à qualidade de vida.

Criado há cinco anos, oCiclo oferece palestras presen-ciais, ministradas por especia-listas nos temas, com a utiliza-ção de recursos audiovisuais –cartilhas, vídeos e slides. Otempo de duração de cadaencontro é de aproximada-mente duas horas e conta,também, com a apresentaçãodo vídeo educativo/ilustrativo

de aproximadamente 20 minu-tos, contendo entrevistas edepoimentos de especialistasem cada tema.

Na área da saúde e quali-dade de vida, os temas tra-balhados no ano passadoforam: Cuidados com aSaúde Mental, Saúde daMulher, Saúde do Homem eViva a Melhor Idade. Na áreaprofissional, os assuntosforam: Cálculo de Frete,Cidadania no Transporte dePassageiros, ManutençãoBásica de Veículos Pesados ePrimeiros Socorros ePrevenção e Combate aIncêndios.

Destinado aos trabalha-dores do setor de transporte,por sua necessidade decapacitação profissional,seus dependentes e a comu-nidade em geral que queirainteirar-se com novas infor-mações sobre questõessociais e de educação, tem

como finalidade dar conti-nuidade à capacitação daspessoas em atividades cor-relatas ao setor de transpor-tes, preparando-as para ummercado competitivo, conse-quentemente conferindo-lhes maior empregabilidade.

Com o Ciclo de Palestras,o Sest Senat espera levarinformações sobre preven-ção de doenças e outrostemas relacionados a ques-tões sociais, promovendodessa forma uma melhora naqualidade de vida, além dacontribuição no resgate dacidadania, não só no setor detransporte, mas em toda asociedade.

Em 2011, o programa vaiabordar assuntos como ado-lescência, ergonomia, saúdebucal, gestão do estresse, rela-cionamento interpessoal, meioambiente, legislação paratransporte de cargas e finan-ciamento de caminhões.

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201126

cidadania e da profissionaliza-ção, enfocando o desenvolvi-mento e a capacitação na áreaadministrativa.

As parcerias também visamatender às necessidades dedeterminadas regiões do país.Cursos específicos são ofereci-dos para suprir a carência demão de obra qualificada emalgumas áreas. A unidade doSest Senat de Belo Horizonte,por exemplo, oferece, desde2005, o curso técnico em manu-tenção de aeronaves.

O curso integra o projeto do

FISIOTERAPIA Especialidade começou a ser ofere c

Foram abertos

43consultórios

odontológicosem 2010

ATUAÇÃO DO SEST SENATVeja números de atendimentos e matrículas

• Evolução nos últimos anos

• Atendimento em 2010Área AtendimentosMedicina 275.743Odontologia 806.283Palestras de educação para saúde 830.844Esporte, lazer e cultura 4.130.247

Programa de promoção social

Programas de capacitação profissional

02005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

3.963.311

3.830.149

4.298.840

4.940.220

5.302.844

6.043.117

28.378.481

• Evolução no últimos anos

02005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

737.699

662.924

771.439

832.009

878.761

1.085.468

4.968.301

• Participantes em 2010Área AtendimentosCursos presenciais 396.567Educação de jovens e adultos 5.171Educação a distância 54.727Campanhas de trânsito, palestras e seminários 533.174Palestras de educação profissional 95.829

* Para saber mais sobre os serviços oferecidos, acesse www.sestsenat.org.brou ligue 0800 728 2891.

Fonte: Sest Senat

Page 27: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 27

Polo Aeronáutico do governode Minas e, atualmente, tem240 alunos matriculados.Desde o início do curso, 550alunos já foram formados.Para este primeiro semestrede 2011, todas as vagas dispo-níveis já estão preenchidaspor estudantes que integram oPEP (Programa de EnsinoProfissionalizante) do Estado.

No Espírito Santo, o Procat(Programa de Capacitação dosTrabalhadores do Transporte)tem como objetivo melhorar deforma contínua o serviço pres-

tado pelas empresas de trans-porte de passageiros do Estadoe permitir que os profissionaisse mantenham no mercado detrabalho. Desenvolvido em par-ceria com a Fetransportes(Federação das Empresas deTransportes do Estado doEspírito Santo), o projeto capa-citou no ano passado 4.500 pro-fissionais. As aulas foram minis-tradas nas unidades do SestSenat de Cariacica, Cachoeirodo Itapemirim, Colatina, SãoMateus e Viana e no Sindicatodos Motoristas em Vitória.

A educação a distância émais uma opção oferecida peloSest Senat. A entidade ofereceo programa de cursos on-linepara o aperfeiçoamento profis-sional e cursos técnicos paraformação de nível médio.

Cinco novos conteúdos on-line passaram a ser oferecidosem 2010: Gestão de Pessoas,Gestão de Marketing,Português, Formação deTutores em Educação aDistância – todos com tutoria –e Noções de Meio Ambiente –autoinstrucional. Para este ano,

re cida nas unidades no ano passado

Mais de 250 mil participaram das campanhas

MOBILIZAÇÕES

Assuntos importantescomo a preservação ambien-tal, a saúde do caminhoneiro eo enfrentamento à exploraçãosexual de crianças e adoles-centes também fizeram partedos trabalhos desenvolvidospelo Sest Senat em 2010.

Durante todo o ano, mais de250 mil pessoas participaramde três grandes campanhascom o objetivo principal decontribuir para o desenvolvi-mento de ações de sensibiliza-ção e orientação de toda asociedade, principalmenteempresas e trabalhadores dosetor de transporte.

A mobilização nacional SestSenat pelo Meio Ambiente con-tou com a participação deaproximadamente 76 mil pes-soas em todas as atividadesdesenvolvidas. Foram pales-tras, distribuição de materialeducativo, implantação de sis-tema de coleta seletiva nas uni-dades, produção de um curta-

metragem e orientações sobreo consumo correto de energiaelétrica, além do plano Esca(Programa de Enfrentamento àExploração Sexual de Criançase Adolescentes), desenvolvidopela entidade desde 2004,ganhou novos parceiros no anopassado. Depois de trabalhardiretamente com os caminho-neiros, o Sest Senat contoucom o apoio dos frentistas depostos de combustíveis locali-zados nas estradas brasileiras.

Eles foram treinadospara orientar os motoristassobre o problema da explo-ração sexual. A cada abor-dagem, os frentistas entre-garam um material infor-mativo produzido pela ins-tituição. Ao todo, 204 milcaminhoneiros receberama cartilha que trazia orien-tações sobre o tema – con-ceitos, formas de denun-ciar –, além de dicas sobreo dia a dia dos caminhonei-

ros, passatempos, curiosi-dades sobre o universo dasestradas e ainda um breverelato sobre a história docaminhão.

Como já é tradição no SestSenat, a saúde do caminhonei-ro também recebeu atençãoespecial em 2010. OsComandos de Saúde nasRodovias, realizados em par-ceria com a Polícia RodoviáriaFederal, prestaram atendimen-to a mais de 6.000 motoristasde caminhão. Durante a ação,foram realizados exames deíndice de massa corpórea, cir-cunferência abdominal e cer-vical, pressão arterial, percen-tual de gordura, frequênciacardíaca, saturação de oxigê-nio, acuidade auditiva e visual,distúrbios do sono, glicemia,triglicerídeos e colesterol. Oscaminhoneiros que apresen-taram problemas foram enca-minhados para acompanha-mento médico.

Programaambiental

atingiu

76 mil participantes

SEST SENAT RIO DE JANEIRO/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201128

o Sest Senat prepara o lança-mento de quatro novos cursos:Espanhol, Inglês, Gestão deProjetos e DST/Aids: daPrevenção ao Tratamento.

Os cursos técnicos são vol-tados para as áreas de logísticae de transporte rodoviário depassageiros, possuem cargashorárias de 180 horas e sãoministrados 75% a distância e25% de forma presencial. Em2010, nove turmas foram inicia-

TREINAMENTO Sest Senat desenvolve parcerias p

O curso demanutençãode aeronave

já formou

550alunos

Unidades são premiadas DESEMPENHO

Anualmente, o Sest Senatpremia as unidades queapresentaram os melhoresresultados na área social ede qualificação profissional.Em 2010, as seis unidadesque alcançaram os primeiroslugares em cada uma dascategorias registraram índi-ces de gestão e produçãoque variam de 88% a 94%.

Na área da promoçãosocial, entre as unidades A –aquelas que possuem terre-no com área total acima de30 mil metros quadrados edesenvolvem ações desaúde, lazer e desenvolvi-mento profissional – o desta-que ficou para Cuiabá (MT),seguida pelas unidades doRio de Janeiro (RJ) e de BeloHorizonte (MG).

Entre as unidades B –aquelas que possuem ter-reno com área total entre20 mil metros quadrados e30 mil metros quadrados edesenvolvem ações desaúde, lazer e desenvolvi-mento profissional – omelhor desempenho opera-cional foi conquistado pela

unidade de Feira deSantana (BA). Em segundolugar ficou a unidade deAracaju, e em terceiro,Barra Mansa (RJ).

Também foram premiadasas três melhores unidades D(aquelas instaladas em pos-tos de gasolina nas princi-pais rodovias brasileiras comárea total construída entre235 e 275 m2). O primeirolugar ficou com Concórdia(SC), seguida de Eunápolis(BA), e Blumenau (SC).

Os melhores resultadosna área da qualificação pro-fissional foram alcançadospelas unidades A do Rio deJaneiro, Cariacica (ES) e BeloHorizonte. As unidades B pre-miadas foram São Gonçalo(RJ), Macapá e Petrolina (PE).

Fechando a premiaçãodos melhores resultados em2010, estão as unidades doSest Senat D de Maringá (PR),Picos (PI) e São Mateus (ES).

Os representantes dasunidades premiadas rece-beram troféu e certificadopelo desempenho alcança-do em 2010.

Page 29: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 29

destacaram foram clínica geral,com 32% de participação,seguida da oftalmologia, com25%. As especialidades de fisio-terapia e psicologia, que inicia-ram suas atividades em 2010,também apresentaram núme-ros significativos, com 20.708 e6.047 consultas realizadas, res-pectivamente

Os atendimentos odontoló-gicos apresentaram cresci-mento de 11%, com a abertura

esporte, lazer e cultura aumen-tou mais de 50%.

Foram 275.743 atendimen-tos na área médica, 806.283na área odontológica, 830.844pessoas assistidas na educa-ção para a saúde e 4.130.247pessoas nas grandes ações deesporte, lazer e cultura noano passado.

Entre os atendimentos médi-cos realizados em 2010, asespecialidades que mais se

das, com um total de 351 alunosmatriculados.

Na área da promoção social,o Sest Senat teve em 2010 umcrescimento acima do registra-do no ano anterior. Foram aten-didas 700 mil (14%) pessoas amais do que em 2009. Nesteano, o número de atendimen-tos foi 7% maior do que em2008. Se comparado ao ano de2005, a participação nas ativi-dades nas áreas de saúde,

as para oferecer cursos específicos, como o da unidade de Belo Horizonte

ROGÉRIO FRANCO

Ações deesporte, cultura e

lazer atenderam

4,1 mide pessoas

DESEMPENHO EM 2010Conheça as unidades com os melhores resultados

Área de promoção social• Unidades APosição Cidade1º lugar Cuiabá (MT)2º lugar Rio de Janeiro (RJ)3º lugar Belo Horizonte (MG)

• Unidades BPosição Cidade1º lugar Feira de Santana (BA)2º lugar Aracaju (SE)3º lugar Barra Mansa (RJ)

• Unidades DPosição Cidade1º lugar Concórdia (SC)2º lugar Eunápolis (BA)3º lugar Blumenau (SC)

Área de qualificação profissional• Unidades APosição Cidade1º lugar Rio de Janeiro (RJ)2º lugar Cariacica (ES)3º lugar Belo Horizonte (MG)

• Unidades BPosição Cidade1º lugar São Gonçalo (RJ)2º lugar Macapá (AP)3º lugar Petrolina (PE)

• Unidades DPosição Cidade1º lugar Maringá (PR)2º lugar Picos (PI)3º lugar São Mateus (ES)

Fonte: Sest Senat

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201130

de 43 novos consultórios emoito unidades. Do total deatendimentos, 79% foram ofe-recidos a trabalhadores emtransporte. Além dos procedi-mentos de limpeza, curativose procedimentos de emergên-cia, as unidades oferecematendimentos nas áreas dedentística, endodontia, perio-dontia, odontopediatria, orto-dontia e prótese.

Na área de educação para a

Cursos capacitaram

1 mide

profissionais

ESPORTE Unidades mantêm infraestrutura p

Atendimentos de saúde ampliados

PRIORIDADE

As ações voltadas para asaúde do trabalhador emtransporte são prioritáriaspara o Sest Senat e, por isso,os atendimentos médicosoferecidos pelas unidadesforam ampliados em 2010.

Os trabalhadores emtransporte, que já podiamser atendidos por clínicosgerais, oftalmologistas ecardiologistas, desde o anopassado também podemusufruir dos atendimentosnas especialidades de psi-cologia e fisioterapia. Osatendimentos nas duasáreas foram incluídos naoferta de serviços do SestSenat depois de avaliadasas necessidades dos cami-nhoneiros.

Segundo o fisioterapeutada unidade de Pelotas (RS),Andrigo Gomes da Costa, porpassarem muito tempo senta-dos, motoristas de uma formageral reclamam de dores nacoluna, e a fisioterapia é fun-damental para evitar lesõesgraves. “Nosso foco principalé a prevenção de doenças.Trabalhamos com muitosexercícios e os resultados

têm sido bastante positivos”,afirma ele.

Os tratamentos psicológi-cos auxiliam os motoristas aenfrentar as longas jornadasde trabalho, a exposição a ris-cos, as privações do sono e adistância da família. Os aten-dimentos são realizados emsessões individuais de 50minutos, uma vez por semana.

“Em um primeiro atendi-mento é feito uma entrevistapreliminar, quando é realiza-do um acolhimento e umlevantamento das demandas.A partir disso, é definido onúmero de encontros e asdemais questões relaciona-das ao processo”, explica opsicólogo da unidade deTeófilo Otoni (MG), CarlosRenato Faria.

Segundo ele, os trabalha-dores do transporte apresen-tam demandas variadascomo depressão, transtornosde ansiedade ou fobias.

Além dos trabalhadoresem transporte e seusdependentes, os atendi-mentos de saúde do SestSenat estão voltados para acomunidade em geral.

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 31

saúde, o número de pessoasatendidas no ano passadotambém foi superior ao de2009. Mais de 1,9 milhão deatendimentos foram realiza-dos durante as ações indivi-duais – orientações durante asconsultas médicas – e coleti-vas – campanhas, palestras eseminários sobre diversostemas – priorizando a preven-ção de doenças.

Para o Sest Senat, as ativi-

dades físicas e culturais tam-bém são importantes compo-nentes para o desenvolvimen-to de valores humanos, comoos sociais, morais e éticos.Por isso, as unidades mantêmem suas estruturas locaisapropriados para a prática deesportes e o desenvolvimentode ações de lazer e cultura,como campos de futebol, qua-dras poliesportivas, parquesaquáticos, ginásio de espor-

tes, parques infantis, salão dejogos e churrasqueiras.

No ano passado, mais de 4milhões de pessoas, incluindoos trabalhadores em trans-portes, seus dependentes e acomunidade em geral, usu-fruíram dessas dependências.

As escolas de esporte doSest Senat, que oferecem ati-vidades formativas e recreati-vas, atenderam 210.633 crian-ças e adolescentes. O objetivo

dessa ação é oferecer, alémda prática físico-desportiva, oconvívio com o esporte,desenvolvendo o espírito deequipe, a formação e o desen-volvimento como ser humano.

Entre as diversas atividadesoferecidas, as mais procuradas sãofutebol de campo, futebol de salão,natação, hidroginástica, ginásticaaeróbica e localizada, capoeira,artes marciais, basquetebol, volei-bol e handebol. l

a para a prática de diversas modalidades EDUCAÇÃO Jovens são preparados para entrar no mercado de trabalho

ROGÉRIO FRANCO

SEST SENAT BRASÍLIA/DIVULGAÇÃIO

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MÊS DA MULHER

Acelebração do Mês da Mulhermovimentou as unidades doSest Senat em março. Emtodas as regiões do país

foram realizadas diversas atividadescom o objetivo de estimular o debate,conscientizar, qualificar e oferecerqualidade de vida a quem se faz cadavez mais presente e atuante no setorde transporte. Segundo dados deempresas transportadoras, a presen-ça da mulher nesse mercado, com ida-des entre 38 a 53 anos, cresceu 11%nos últimos anos.

Esta é a quinta edição do projetoque conta com a participação dopúblico feminino do setor de transpor-te e da comunidade em geral. Desde2007, aproximadamente 200 milmulheres já participaram do evento.

Durante todo o mês foram reali-zadas palestras sobre planejamentofamiliar e direitos trabalhistas das

mulheres, atividades de lazer e cul-tura, como oficinas de arte, culiná-ria, maquiagem, artesanato e apre-sentações musicais e atividadesesportivas (aulas de dança, aeróbicae hidroginástica).

Em Guarapuava (PR), por exemplo,uma surpresa nas abordagens poli-ciais realizadas na BR-277. Mais de 300motoristas que passaram pelo localforam homenageadas com flores.Oficina de artesanato, palestras e lim-peza de pele fizeram parte da progra-mação de Londrina (PR). EmGovernador Valadares (MG), as mulhe-res receberam orientações sobre a LeiMaria da Penha e ainda participaramde atividades esportivas. A unidade doSest Senat de Santa Rosa (RS) ofere-ceu às mulheres da comunidade emgeral um curso de mecânica básica deautomóvel. Veja atividades realizadasem algumas unidades. l

Sest Senatfaz a festa

POR LIVIA CEREZOLI

Unidades realizaram atividades voltadas para o público feminino em todo o país

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201132

Page 33: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

FOTOS SEST SENAT/DIVULGAÇÃO

GOVERNADOR VALADARES (MG)

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 33

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201134

SANTA ROSA (RS)

POUSO ALEGRE (MG)

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 35

LONDRINA (PR)GOIÂNIA (GO)

CAMPOGRANDE (MS)

FOZ DO IGUAÇU (PR) GUARAPUAVA (PR)

SEST SENAT/GOIÂNIA/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201136

Oconstante aumentode voos regionais nopaís fez com que ascompanhias aéreas

ampliassem seu foco e inves-tissem nas operações emcidades do interior. Com oaumento da demanda, apare-cem obras de melhorias paraque os terminais tenham con-dições de absorver o cresci-mento.

Apostole Lázaro Chryssafidis,presidente da Abetar (AssociaçãoBrasileira das Empresas deTransporte Aéreo Regional), afir-ma que a aviação regional estaem franco desenvolvimento.“Esse aumento é reflexo dotrabalho que as empresasvêm implementando ao longodos anos. Houve investimen-tos em renovação e expansãode frota, qualificação daequipe, mecanismos de ges-tão que proporcionamaumento de competitividadee preparação para atuar em

um mercado extremamentecompetitivo.”

O dirigente confirma queas companhias têm investidono setor. “Com o esgotamentodos grandes aeroportos e ocrescimento da renda dapopulação do interior, todo osetor está de olho nos aero-portos das cidades considera-das médias”, diz.

O Aeroporto GovernadorJosé Richa, em Londrina (PR),é prova de que o mercado daaviação regular no interior doBrasil registra crescimento.Em 2010 foram operados6.098 voos regulares, frenteaos 4.947 do ano anterior, oque representa um aumentode 23,26%. Marcus ViníciusRezende Pio, superintendentedo terminal, afirma que osnúmeros demonstram, sobre-tudo, o bom momento da eco-nomia brasileira.

Em relação ao número depassageiros, o terminal para-naense registrou crescimentode 27,80% no período entre

Decoland

POR LETÍCIA SIMÕES

AVIAÇÃO

FOCO A

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 37

do para o interior

Impulsionadas pelo crescimento econômico,cidades de médio porte

são novo alvo das companhias aéreas

LUCAS LACAZ RUIZ/FUTURA PRESS

O Aumento do poder aquisitivo da população está fazendo com que empresas aéreas direcionam voos para as cidades consideradas de porte médio

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201138

2010 e 2009. “No primeirobimestre deste ano foi verifi-cado um crescimento de26,44%, em relação aomesmo período de 2010”, des-taca Pio.

De acordo com ele, o aero-porto passou por melhorias,visando o melhor atendimen-to, devido ao aumento de pas-sageiros e usuários. “Os anti-gos monitores dos sistemasoperacionais de informaçãode voos foram substituídos

Projetos devem contemplar acessosINFRAESTRUTURA

Assim como as dependên-cias dos aeroportos, oentorno dos terminais tam-bém precisa de cuidadospara que o acesso seja facili-tado e garanta operação eatendimento adequados.

Obras na área do aero-porto Governador JoséRicha, em Londrina (PR),foram realizadas recente-mente. “O entorno foitransferido para a União.Foram executadas algu-mas melhorias, comoampliação e adequação dapista de táxi, duplicaçãoda avenida SantosDumont, que dá acesso aoterminal, além do reca-peamento de todas as viasde transbordo”, afirmaMarcus Vinícius Pio,superintendente do local.

Respício do EspíritoSanto Júnior, presidente doCepta (Instituto Brasileirode Estudos Estratégicos ede Políticas Públicas emTransporte Aéreo), consid-era a proteção dos sítiosaeroportuários vitais para asegurança das operaçõesaéreas. “Não há como pen-sar em operações regularesseguras e eficientes,mesmo para aeronaves depequeno porte, se todo o

entorno do aeroporto nãoapresentar um leque deequipamentos adequados,como boa infraestrutura noacesso.”

Para ele, as melhorias noentorno dos terminaisdevem sempre levar emconta os moradores daregião. “A população quereside próxima aos termi-nais não deve ser excluídados projetos. Estratégiasbem elaboradas nãodemandam muito investi-mento, em se tratando deaeroportos de pequenoporte”, afirma.

Os projetos de melhoriado Daesp (DepartamentoAeroviário do Estado de SãoPaulo), que administra 30aeroportos do interiorpaulista, são restritos àsáreas patrimoniais dos aero-portos, como pistas, edifi-cações e infraestrutura. Odepartamento afirma queintervenções no entorno sãode responsabilidade dosmunicípios.

A Infraero, por sua vez,destaca que obras de aces-so e no entorno dos termi-nais administrados pelaempresa, geralmente, ficama cargo do Estado onde oaeroporto está instalado.

CRESCIMENTO O Aeroporto Governador J

“Todo o setor está de olho nos aAPOSTOLE LÁZARO CHRYSSAFIDIS, PRESIDENTE DA ABETAR

“A populaçãoque reside

próxima aosterminais não

deve serexcluída dos

projetos”RESPÍCIO DO ESPÍRITO S. JÚNIOR, DO CEPTA

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 39

alocação dos caixas eletrôni-cos e alargamento da calçada.

Respício do Espírito SantoJúnior, presidente do Cepta(Instituto Brasileiro deEstudos Estratégicos e dePolíticas Públicas emTransporte Aéreo), afirma queapesar das melhorias emalguns terminais, muitosainda não têm condições dereceber adequadamente voosde aeronaves acima de 40assentos.

por equipamentos de LCD. Aesteira de bagagens foimodernizada e foi instaladoum novo sistema de monito-ramento de segurança porcâmeras.”

Ainda este mês, deverãoser iniciadas adequações daárea frontal, que preveemadaptações para acessibilida-de, instalação de nova cober-tura de toda a área de embar-que e desembarque de passa-geiros, nova instalação para

Uma das empresas que teminvestido nesse mercado é aAzul Linhas Aéreas. A empre-sa, por meio de sua assesso-ria, afirma que todas as loca-lidades do interior onde atuaoferecem boas condições deinfraestrutura, uma vez que,para a liberação da operação,os terminais passam pela ava-liação da Anac (AgênciaNacional de Aviação Civil).

No interior paulista, 30aeroportos são administradospelo Daesp (DepartamentoAeroviário do Estado de SãoPaulo). Os terminais de maiormovimento, de acordo com aentidade, são os de RibeirãoPreto, São José do Rio Preto,Presidente Prudente e Bauru.“Houve crescimento conside-rável de novos voos paraalguns terminais, especial-mente em relação aos aero-portos que possuem vooscomerciais como Araçatuba eMarília”, afirma o departamen-to, por meio de sua assessoria.

Levantamento do Daespabaliza que, em fevereiro, ototal de voos regulares nosaeroportos administradospelo departamento foi de147.744. No mesmo período doano passado, o número regis-trado foi 87.951.

Segundo a entidade, o

r José Richa, em Londrina (PR), teve um aumento de 23,26% na movimentação em 2010 em relação ao ano anterior

s aeroportos das cidades consideradas médias”

Londrinateve alta de

23,26%no total de

voos em2010

GILBERTO ABELHA/GAZETA DO POVO/FUTURA PRESS

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201140

Chryssafidis, da Abetar,destaca que as empresas derotas regionais estão acostu-madas a operar para essesegmento e têm equipe eaeronaves preparadas para otrabalho. “A demanda portransporte aéreo apresentauma tendência de crescimen-to exponencial, e várias cida-des já são atendidas pelascompanhias”, diz.

A Azul confirma ter planode expansão para chegar a 50

crescimento da movimenta-ção nos terminais do interiorde São Paulo está relacionadoao aumento da oferta de voospara locais que, até poucotempo, não eram tradicional-mente atendidos pelas com-panhias aéreas. O Daesp des-taca também os preços aces-síveis das tarifas, praticadospelas empresas.

Para Júnior, do Cepta, oagronegócio e a presença deempresas de médio porte nointerior do país contribuírampara o cenário positivo daaviação regional. “Houve umadescentralização da produçãoem relação às grandes cida-des, ou seja, a economia, decerto modo, foi interiorizada.”

O “atrativo” para que ascompanhias aéreas apostemnesse nicho de mercado,aponta ele, é a ausência deaviação regular em certascidades. “Alguns terminais dointerior só operavam táxisaéreos, frotas corporativas eaviação privada.” Ele ressaltaque as empresas aéreasregionais devem estudar osmercados detalhadamente eadequarem a demanda com otipo de aeronave a ser utiliza-da na rota.

cidades até o final deste ano.Grande parte delas, no inte-rior do país. A companhia voa,atualmente, para 33 destinos.Desses, dez são cidades dointerior.

Segundo a assessoria daAzul, a companhia aguardaliberação dos órgãos compe-tentes para operar emAraçatuba e PresidentePrudente, no interior paulista.A empresa afirma que a ope-ração regional é vantajosa,

INVESTIMENTO Webjet afirma q

A Azul opera em

10cidades do

interiordo país

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 41

operada, sendo três deles nointerior”, diz Julio Perotti,vice-presidente de operaçõesda empresa.

Ele afirma que a compa-nhia trabalha com tarifasacessíveis, buscando criardemanda em locais onde nãohá voos regulares. “A empresatambém busca operar nascidades onde o atendimentoprestado é insuficiente ounão atenda as necessidadesdos novos passageiros.”

pois o crescimento da deman-da pelo transporte aéreocresceu e as cidades do inte-rior têm poucas ou quasenenhuma opção de voo.

A Webjet Linhas Aéreasopera, desde dezembro pas-sado, em quatro cidades dointerior: Foz do Iguaçu (PR),Navegantes (SC), RibeirãoPreto (SP) e Porto Seguro(BA). “Até o final do ano, serãoincluídos pelo menos outrosquatro destinos na malha

Perotti acredita que a avia-ção regional tende a expandirainda mais. “No interior detodos os Estados brasileirostem-se cidades muito próspe-ras, ricas, com economia fortee com uma grande demandarepresada. Esses municípiosestão ávidos pela oportunida-de em ter seus acessos facili-tados por um transporteaéreo de qualidade e de pre-ços baixos.”

O dirigente diz que os cus-tos da operação no interiorsão menores, se comparadoscom os gastos de Guarulhos(SP) e Santos Dumont (RJ),por exemplo.

A maior demanda da Webjetno interior está na cidade pau-lista de Ribeirão Preto. Por lá,a empresa opera oito voos diá-rios e diretos ligando a cidadea outros oito municípios. Paraos voos regionais, a compa-nhia adquiriu três novas aero-naves do modelo Boeing 737-300, configuradas para 148passageiros. “Por consequên-cia dessas operações, aempresa aumentou o quadrode pilotos e comissários e depessoal para trabalho em solo,em cada uma das cidades”,afirma Perotti. l

a que adquiriu três novas aeronaves do modelo Boeing 737-300 para atender a demanda por sua operação regional

DIVULGAÇÃO

“No interior tem-se

cidades ricase com fortedemanda

represada”

JULIO PEROTTI, VICE-PRSIDENTE DA WEBJET

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201144

FERROVIAS

Otransporte ferroviário,um dos modais maisantigos do Brasil, contacom recursos tecnológi-

cos de última geração para o con-trole das operações. Cada con-cessionária possui uma estruturadedicada a afiançar a segurançade todo o processo. Painéis deposicionamento, informações emtempo real entre a central e omaquinista e fiscais que atuamna malha são alguns dos recursosque garantem o êxito da ativida-de e o baixo índice de acidentesnas ferrovias brasileiras.

Tecnologiacontra

acidentesConcessionárias usam modernos recursos

tecnológicos para o controle das operaçõesPOR LETICIA SIMÕES

Os sistemas de segurançaempregados pelas concessioná-rias são semelhantes. Segundo aANTT (Agência Nacional deTransportes Terrestres), os chama-dos CCOs (Centros de ControleOperacional) das companhias têmcomo principais funções o licen-ciamento de trechos para circula-ção, o gerenciamento da circula-ção dos trens e o monitoramentoe acionamento de emergências.De acordo com a agência, as ferro-vias no Brasil utilizam atualmentetrês sistemas: de posicionamentopor meio de GPS, a comunicação

entre o CCO e os maquinistas, rea-lizada via satélite, o controle detráfego centralizado e o controleautomático de trens.

Para efetivar toda a opera-ção, cada companhia é obrigadaa seguir o ROF (Regulamento deOperação Ferroviária), instru-mento que reúne todas as regrase normas utilizadas na atividade.Dependendo da especificidadedas operações ferroviárias, itensdistintos são acrescidos porcada concessionária ao ROF. AANTT ressalta que rotineiramen-te o regulamento é fiscalizado

pela autarquia. O documento decada companhia deve contertodos os cuidados e regras desegurança executados.

A FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), concessionária con-trolada pela Vale, mantém seuCCO em Belo Horizonte (MG). Boaparte dos controladores é oriun-da da extinta RFFSA (RedeFerroviária Federal S.A.). A estru-tura é composta por vários ter-minais e cada um deles fica res-ponsável por uma área da ope-ração. Por meio dos painéis,com tecnologia via satélite, é

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 45

possível visualizar o posiciona-mento dos trens, a condição daferrovia e as respectivas refe-rências, em tempo real.

Além das informações on-line,a FCA tem uma equipe para ela-borar prognósticos com até seishoras de antecedência para cadacomposição. O gerente de segu-rança operacional WellingtonAmaral afirma que a companhia,desde a desestatização em mea-dos de 1996, utiliza equipamentoscom tecnologia de ponta para ocontrole dos trens. Para ele, ape-sar dos avanços empregados na

operação que permitem que aempresa se cerque dos prováveisacidentes, o preparo dos colabo-radores é primordial para a segu-rança. “São, aproximadamente,6.000 colaboradores entre dire-tos e terceirizados para garantirtoda a execução. Somente namalha, são 3.700 funcionários.”

Os maquinistas da FCA têmcursos de capacitação habitual-mente. Dentro do trem, eles ope-ram um computador de bordo emque enviam para o CCO as infor-mações do percurso. As mensa-gens, denominadas macro, são

informações padrão, para que ocondutor otimize seu tempo enão se descuide da operação.Segundo a FCA, o CCO já teve decontrolar, simultaneamente, 300trens. A malha concedida à com-panhia é de 7.080 km.

Os recursos empregados pelaFCA para a segurança são diver-sos. Existem alertas e alarmespara 99,9% das possíveis falhasmecânicas do trem. Sinais paraperda de contato entre a centrale a locomotiva, para identificardanificações nos vagões e para-das imediatas acionadas peloCCO para qualquer eventualidadeocorrida são alguns deles.

A companhia trabalha aindacom informativos de “quase aci-dente”. “Tudo que se passadurante a operação é registra-do. Com o que é descrito norelatório, tem-se condições deprevenir e mudar o que fornecessário para evitar imprevis-tos”, afirma Amaral. Outrorecurso empregado pela FCA é amedição de clima. De acordocom o gerente de segurança, oinformativo das condições dotempo é fornecido quatro vezesao dia, em uma resolução dedez (para cada 10 km).

Na FTC (Ferrovia TerezaCristina), que opera a malha cata-rinense, o setor de segurançaestá dividido em três áreas: segu-rança do trabalho, que cuida dasegurança dos colaboradores,

FCA/DIVULGAÇÃO

“Toda aestrutura

foi montadana busca pela

prevenção de sinistros”

ARTHUR RANGEL LAUREANO, ENGENHEIRO DA FTC

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zados para o gerenciamento dasoperações ferroviárias, novas fer-ramentas e equipamentos paralocomotivas e vagões. “Toda aestrutura foi montada na buscapela prevenção de sinistros oumesmo para agir com maior rapi-dez e segurança no atendimentoa ocorrências”, diz.

A empresa dispõe de ummoderno Sistema deGerenciamento Ferroviário queapresenta todo o trajeto dascomposições que transitam namalha. O recurso permite maiorcontrole em toda a operação,com auxílio de um sistema de

rastreamento via satélite quepossibilita a operação remotada composição, parando-a emcaso de emergência.

Das dez locomotivas da frota,cinco delas estão equipadas comcomputadores de bordo. “Com oinstrumento é possível registraros eventos, a medição do consu-mo de combustível e o monitora-mento de outras variáveis, comoa aplicação de freios e o aciona-mento de sirenes”, diz Laureano.

De acordo com o engenheiro, oacompanhamento de toda a ope-ração é realizado por meio de umprograma chamado Siof (Sistema

segurança operacional, que aten-ta para toda a operação, e segu-rança patrimonial, responsávelpelo patrimônio e pelas faixas dedomínio e de segurança da linhaférrea. “Ao todo, são 32 colabora-dores no setor de segurança”,afirma Arthur Rangel Laureano,engenheiro da divisão de trans-portes e responsável pela inspe-ção da linha, dos trens e das com-posições da FTC.

Segundo ele, os investimentosem segurança incluem recupera-ção e manutenção de locomoti-vas, vagões, via permanente esinalização, sistemas informati-

Acidente ferroviário ganha as telas“INCONTROLÁVEL”

Em maio de 2001, um tremde carga da companhia norte-americana CSX Transportationavançou pela malha oeste deOhio, sem maquinista a bordo. Alocomotiva desgovernada pos-suía 47 carros. Alguns delestransportavam fenol fundido,substância altamente tóxicaquando inalada, ingerida ou emcontato com a pele, usada emtintas e pigmentos. O trem daCSX foi interrompido comsucesso por um trabalhador daestrada de ferro. Ele saltou paraa locomotiva em movimento epuxou seu freio para que os 47vagões fossem retardados poroutra composição, em umamanobra de acoplamento. Afantástica história inspirou othriller “Incontrolável”, lançadono Brasil pela Fox Filmes, emjaneiro deste ano.

Um erro humano foi acausa do descarrilamento dotrem da CSX. Um maquinistada companhia saiu da cabine,com a locomotiva em movi-mento, para fazer um desvio

na via, mas aplicou o freioindependente de maneiraequivocada e não havia conec-tado os freios a ar. O freioindependente permite que afrenagem da locomotiva sejaefetuada de maneira autôno-ma a dos freios dos vagões.Sua finalidade é manter o tremparado enquanto o sistemageral está sendo recarregado.

A locomotiva de Ohio, aocontrário do que deveria acon-tecer, ganhou velocidade eavançou rumo à cidade deKenton. Não há informaçõessobre a velocidade atingidapelo trem da CSX. No filme dodiretor Tony Scott, a locomotivaatingiu 120 km/h e seguia, atodo vapor, na direção da cida-de de Stanton, Pennsylvania.

A película tem ritmo aluci-nante e, concomitante ao avan-ço do trem, mostra as ações dodepartamento de segurança dacompanhia ferroviária para ten-tar conter a locomotiva. Comofeito no caso real de Ohio, a ini-ciativa dos trabalhadores da

malha (os maquinistas vividospor Denzel Washington e ChrisPine, respectivamente), é que,por fim, contém a composição.

O acidente com o tremnorte-americano, na opiniãodos responsáveis pelo controleferroviário das concessionáriasque operam no Brasil, tem pos-sibilidades mínimas de aconte-cer. Para Wellington Amaral,gerente de segurança operacio-nal da FCA, os sistemas empre-gados pelas companhias dosEstados Unidos são altamentedesenvolvidos, tanto quanto osbrasileiros. “Chega a ser inacre-ditável que algo assim tenhaocorrido, já que toda a composi-ção conta com sistemas de fre-nagem para o caso de qualquereventualidade”, afirma.

Segundo Arthur RangelLaureano, da FTC, hoje nãoteria como acontecer aciden-tes do tipo no Brasil.“Todas ascompanhias têm um sistemade proteção muito desenvolvi-do para evitar anormalidadescom essa gravidade.”

FILME Cena de “Incontrolável”, q

“Sistema ouequipamento

que aumente aproteção tem preferência noplanejamento

anual”CÉSAR LEANDRO PRATO, GERENTE DA ALL

Page 47: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 47

de Ocorrências Ferroviárias).“Trata-se de um programa prático,destinado à identificação dasocorrências ferroviárias e suascausas. Ele agiliza a tomada deprovidências e de novas medidasde segurança e de prevenção.” Aconcessionária também investena reciclagem dos funcionários.

Os trens da ALL (AméricaLatina Logística) são monitora-dos em tempo integral por GPS.“Caso o maquinista desrespeiteos limites de velocidade ou dalicença, entra em operação a‘cerca eletrônica’, que atua dire-tamente no freio, para o trem, e

avisa o centro de controle paraque as devidas providênciassejam tomadas”, afirma CésarLeandro Prato, gerente de tecno-logia da concessionária.

Segundo ele, a ALL mantémum Comitê de Segurança multi-disciplinar que realiza reuniõessemanais. Um membro da áreade tecnologia está sempre pre-sente. “O setor de tecnologiapossui critérios para a destina-ção de seus investimentos. Asegurança é o que t em a maiorimportância. Com isso, todoequipamento ou sistema queaumente o nível de proteção

tem preferência na montagemdo planejamento anual de gas-tos.” A exemplo da ALL, a FCAtambém possui um fórum com amesma finalidade, denominadoComissão de Prevenção eInvestigação de Acidentes.

Na ALL, 120 pessoas discutemsemanalmente assuntos relacio-nados à segurança, tais comoindicadores, riscos, resultados deauditorias e planos para bloquearacidentes. São 230 pessoas naárea de tecnologia, sendo 130 emcampo e cem no corporativo.

Além do computador debordo, a companhia possui em

sua estrutura de segurança equi-pamentos de alerta para o maqui-nista, como o EOT (End of Train),acionado caso ocorra algumafalha na integridade do trem,detectores de descarrilamento,de rolamento aquecido, que avi-sam ao maquinista se a tempera-tura dos rolamentos está supe-rior ao padrão, e de queda de bar-reira, instalados em trechos comrisco de deslizamento de terra.“Ainda este ano, serão instaladosdetectores de enchentes nos tre-chos com risco de alagamento edetectores de defeito de rola-mento por som”, afirma Prato.

Os alertas e detectores de pro-váveis falhas são idênticos nosdiversos sistemas empregadospor cada concessionária. Entreeles, há um que detecta proble-mas com o maquinista. Ele édenominado “homem morto”.Caso o condutor não responda àschamadas do CCO ou não secomunique com o centro emdeterminado intervalo de tempo,o sistema do trem solta um alar-me e o freio é acionado.

As companhias, inclusive, uti-lizam-se dos processos umas dasoutras quando necessário. “Seoperamos na malha de umaoutra empresa, é preciso queseja utilizado os procedimentosdaquela instituição”, diz Amaral,da FCA. “Com todo o aparato vol-tado para a segurança, a FCAreduziu, desde 2000 até hoje,60% dos acidentes”, afirma. l

FOX FILM CORPORATION/DIVULGAÇÃO

”, que retrata descarrilamento ocorrido em 2001, em trem da companhia norte-americana CSX Transportation

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201148

Aobrigatoriedade douso de cadeirinhaspara o transporte decrianças de 1 a 7

anos, iniciada em setembropassado, é válida somentepara carros de passeio parti-culares. Veículos escolares etáxis não foram inseridos nalei que determina a utilizaçãodo acessório. Contudo, oContran (Conselho Nacional de

Trânsito) estuda a possibilida-de de estendê-la também parao transporte escolar.Entidades e profissionais dacategoria veem a iniciativacom reservas. Os táxis, por suavez, estão dispensados do usoobrigatório da peça. Em rela-ção ao cinto de segurança nobanco traseiro, o panoramamostra que o cidadão aindanão se conscientizou total-

mente de sua importância.Segundo o Denatran

(Departamento Nacional deTrânsito), os táxis foramexcluídos da obrigatoriedadeda cadeirinha por se tratar deuma categoria específica. Deacordo com a assessoria decomunicação, a entidadesegue um entendimento inter-nacional de não incluir essetipo de veículo na norma.

Carlos Alberto de Abreu étaxista em Belo Horizonte há29 anos. Ele concorda com aexceção em relação ao acessó-rio. “Trata-se de um perfil detransporte diferenciado, emque a rotatividade de passa-geiros é intensa durante todoo dia. Imagine ter de instalar acadeirinha e ter de retirá-lasempre que não houver crian-ças durante a corrida.”

TRÂNSITO

Saiba o que diz a lei sobre a utilização de cadeirinhas e do cinto nos automóveis

Itens desegurança

POR LETICIA SIMÕES

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Os modelos de cadeirinhavariam de acordo com a idadeda criança. Conforme a resolu-ção nº 277 do Contran, crian-ças de até 1 ano devem sertransportadas no equipamen-to denominado conversível oubebê conforto, entre 1 e 4anos, em cadeirinhas e de 4 a7,5 anos, em assentos de ele-vação. Para Abreu, as diferen-ciações por faixa etária tam-

bém justificam a exclusão dacategoria. “Cada taxista teriade adquirir três tipos e carre-gá-las diariamente. É realmen-te impossível aplicar essa leipara os táxis.”

José Fioravanti, presidenteda Fetacesp (Federação dosTaxistas Autônomos do Estadode São Paulo) e vice-presiden-te da seção de transportado-res autônomos, de pessoas e

de bens da CNT, acredita que adeterminação dos organismosinternacionais que regulamen-tam as normas de trânsito foisensata ao excluir a categoriada obrigatoriedade do uso decadeirinhas. “A prática da ati-vidade é dinâmica. Não há pos-sibilidade de encostar o veícu-lo para embarcar o passageiro,descer e instalar a peça ade-quada à idade da criança que

será transportada, em meio aotrânsito. Isso sem falar que,geralmente, as corridas sãorápidas.”

Em relação ao cinto desegurança no banco traseiro,Fioravanti defende maior fis-calização e campanhas deconscientização. “Faz parte dacultura do brasileiro conside-rar que o cinto de segurança éum incômodo. Só vai mudar

MARCO A. GONÇALVES/FUTURA PRESS

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201150

quando a fiscalização for maisintensificada e as campanhasatingirem a população demaneira significativa.”

O Ministério das Cidades,por meio de sua assessoria deimprensa, afirma que a autar-quia tem buscado conscienti-zar a população por meio decampanhas educativas detrânsito. O objetivo é promo-ver uma mudança de compor-tamento, fazendo com que ocinto de segurança e os dispo-sitivos de retenção sejam real-mente utilizados pelos ocu-

pantes dos veículos. Para apasta, será possível reduzir asmortes e lesões graves nosacidentes de trânsito somentea partir da plena ciência doquão importante e preventivosão esses acessórios.

Para Maria do BonfimPereira de Santana, presidentedo Sinpetaxi (Sindicato dosPermissionários de Táxis eMotoristas Auxiliares doDistrito Federal), a medida emrelação a não obrigatoriedadedas cadeirinhas para a catego-ria é legítima. “A rotatividade

CONTRÁRIOS Instituições ligadas ao transporte escolar deba te

Modelos a serem seguidosBons exemplos de cam-

panhas preventivas foramapresentados durante o 3°Seminário de Educação eSegurança no Trânsito doDenatran (DepartamentoNacional de Trânsito).Realizado em novembropassado, o encontro tam-bém debateu os perigoscausados pela não utiliza-ção dos acessórios de reten-ção no banco traseiro, bemcomo as consequências pelomau uso dos itens.

O evento contou com aparticipação de dirigenteseuropeus, que mostraramexperiências de seus res-pectivos países. Uma delas,apresentada pelo diretorde Estudos e Pesquisas da“Prévention Routière”(Associação da PrevençãoViária da França), ChristopheRamond, indicou que asações preventivas devemusar a linguagem adequa-da para convencer opúblico para o qual sãodirecionadas.

Ramond falou sobre umacampanha de educação notrânsito realizada entre2007 e 2010 na França, queensinava pais e filhos asmaneiras corretas de utili-

zação dos equipamentos deretenção. Ele enfatizou aimportância dos itens notransporte infantil.

Fiona Seymor, diretora demarketing do Ministério dosTransportes da Inglaterra,trouxe um histórico sobre ocinto de segurança naquelepaís. De acordo com ela, ascampanhas de conscientiza-ção de segurança no trânsi-to surgiram na Inglaterra em1971. As ações preventivas,mostrou a diretora, contri-buíram para que a utilizaçãodo cinto de segurança nobanco traseiro aumentasseem 40%, entre os anos de1982 a 1990.

A partir de 1991, a legisla-ção inglesa tornou o uso docinto de segurança traseiroobrigatório. Desde então, oíndice de utilização atingiu90%. As campanhas contri-buem para que 70% dapopulação inglesa utilizepermanentemente o acessó-rio. Fiona destacou aindaque as ações preventivasdevem oferecer à populaçãotoda a gama de informa-ções. Dessa maneira, é pos-sível avaliar os riscos que otrânsito oferece, bem comoos meios para evitá-los.

NO EXTERIOR

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 51

de passageiros é muito gran-de. O táxi se diferencia deoutros tipos de transporte.”

No que diz respeito ao usodo cinto de segurança nobanco traseiro, ela afirma queos taxistas do Distrito Federal,de modo geral, solicitam aospassageiros que o utilizem.“Sempre há aqueles que nãousam, muitos têm resistência.”

Proprietários de veículosescolares e entidades ligadasao setor estão receosos com aprobabilidade de a exigênciadas cadeirinhas ser estendida

ao serviço. Luiz Guarçoni temuma frota de escolares e presi-de o Sinterj (Sindicato dasEmpresas de TransporteEscolar e afins do Estado doRio de Janeiro). Ele afirma quealgumas instituições se reuni-ram com o Contran para deba-ter o assunto.

Segundo Guarçoni, osrepresentantes ratificaram adificuldade de movimentaçãodas cadeirinhas para o trans-porte escolar. “São muitas asvariáveis para a utilização.Escolares transportam crian-

ças de faixas etárias diferen-tes, que embarcam em doisturnos. Além disso, são mode-los distintos para cada idade.”

Ele ressalta as complica-ções de instalação da peça emvans, veículo mais comum notransporte escolar. “Emassentos com cintos de segu-rança de três pontos a cadei-rinha fica agarrada. No trans-porte escolar eles são hori-zontais. É difícil conseguiresse tipo de adaptação.”

Muitos condutores do trans-porte escolar preferem trafe-

a teram uso de cadeirinhas com o Contran NORMA Táxis estão desobrigados do uso de cadeirinhas para crianças

LETÍCIA SIMÕES

JÚLIO FERNANDES

“A cadeirinhanão altera a

segurança dascrianças, jáque não háexcesso develocidade”

MÁRIO LUIZ TAVARES, TRANSPORTADOR ESCOLAR

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Esse ponto de vista é recor-rente entre a categoria. O pro-prietário de veículo escolarWilson Rubens Ferreira trans-porta, atualmente, dez crian-ças com idade entre 5 e 7anos. “A criança vai usar umtipo em um ano e, no seguinte,terei de trocar, em virtude daidade. A alternativa que vejo épedir que os pais cedam acadeirinha que possuem. Docontrário, terei de negarnovos contratos.”

Uma cadeirinha custa, emmédia, R$ 300, dependendo dotipo direcionado a cada faixa

Cinto traseiro é obrigatórioLEGISLAÇÃO

O uso do cinto de seguran-ça no banco traseiro é ignora-do por muitos brasileiros. Mas,assim como o dispositivo deretenção dianteiro, o cinto detrás é de uso obrigatório. OCTB (Código de TrânsitoBrasileiro), em vigor desde1998, determina a obrigatorie-dade do uso do cinto de segu-rança para condutor e passa-geiros em todas as vias do ter-ritório nacional.

O procedimento de fiscali-zação é feito por entidades detrânsito em âmbito estadual,municipal e rodoviário.Conforme previsto no artigonº 65 do CTB, deixar de usar ocinto de segurança é conside-rada infração grave, comperda de cinco pontos na car-teira e multa de R$ 127,69.Como medida administrativa,o órgão fiscalizador podedeterminar a retenção do veí-culo até a colocação do cintopelo infrator.

André Horta, analista desegurança viária do CesviBrasil, afirma que o cinto desegurança possui a mesmaimportância, tanto para con-dutor e passageiro da frentequanto para os passageirosdo banco de trás. “Os riscossão grandes para quem nãousa o acessório. Um passa-geiro sem o cinto no bancode trás, em uma batida oufreada brusca, será lançadocontra o banco da frente. Seupeso fará romper o cinto

dianteiro, pelo excesso decarga. Com o rompimento docinto, a lesão da pessoa dafrente é agravada.”

Maria do Bonfim Pereira deSantana, presidente doSinpetaxi (Sindicato dosPermissionários de Táxis eMotoristas Auxiliares doDistrito Federal), diz que inten-sificar campanhas de cons-cientização é o caminho paraevitar que passageiros viagemsem o cinto de segurança.“Sozinhos, os taxistas não vãoconseguir”, afirma.

O Ministério das Cidades,por meio de sua assessoria,destaca que, em 2010, duascampanhas foram realizadascom foco na importância docinto traseiro. “Debater aimportância do uso do cintode segurança e da cadeirinhapossibilita que os órgãos eentidades do Sistema Nacionalde Trânsito promovam com apopulação em geral a cons-cientização sobre a necessida-de de uso dos referidos equi-pamentos”, declara o ministé-rio, em nota.

A fiscalização, segundo oministério, é fundamental noprocesso de mudança de com-portamento. “É preciso traba-lhar pela utilização do cinto desegurança e dos dispositivosde retenção adequados àscondições da criança. É umcompromisso a ser assumidopor todos os profissionais daárea”, afirma a pasta.

gar com crianças acima de 7anos, por entenderem que apartir dessa idade elas absor-vem melhor as orientações desegurança. Elenir NatividadeOliveira é proprietária de veí-culo escolar há 14 anos. Casoo uso das cadeirinhas setorne obrigatório, a conduto-ra deixará de transportarcrianças dentro da faixa etá-ria da resolução. “O acessórioocupa mais de uma vaga e ins-talar a cadeirinha para poucosnão justifica o investimento.” Avan de Elenir tem capacidadepara 16 lugares.

LEI O Código de Trânsito Brasileiro, em vigor desde 1998, d

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 53

etária. Há modelos de bebêconforto que chegam a R$700. O proprietário de escolarMário Luiz Soares Tavaresacredita que a peça não fun-ciona nessa categoria detransporte com a mesma efi-ciência de segurança dos car-ros particulares. “Além detomar muito espaço, ela nãoaltera a segurança das crian-ças transportadas, já que nãohá excesso de velocidade.” Alei determina que os veículosescolares trafeguem comvelocidade máxima de 60 kmpor hora.

Tavares segue a opinião doscolegas e diz que se a leientrar em vigor não transpor-tará crianças na faixa etáriadas cadeirinhas. O Contranafirma que não há prazo paraa conclusão dos estudos refe-rentes à obrigatoriedade dapeça no transporte escolar.

O Cesvi Brasil (Centro deExperimentação e SegurançaViária) está desenvolvendouma pesquisa sobre os efeitosdo uso de cadeirinhas paraessa categoria de transporte.De acordo com André Horta,analista de segurança viária da

entidade, o estudo deverá serdivulgado em meados de abril.

Ele ratifica que o tipo decinto disponível nas vans esco-lares dificulta a instalação doacessório. “Dependendo dotipo de veículo, o dispositivo éincompatível. Nos carros depasseio, a adaptação é maissimples, já que os cintos para oencaixe da cadeirinha devemter três pontos.” Para Horta, aprincipal função das cadeiri-nhas é evitar que haja o capo-tamento da criança para forado veículo, em caso de batidaou frenagem brusca. l

“Os riscossão grandespara quemnão usa ocinto de

segurança”

ANDRÉ HORTA, ANALISTA DO CESVI BRASIL

SAIBA MAISVeja o que diz a lei sobre o transporte de crianças

Como as crianças devem ser transportadas• Até 1 ano: conversível ou bebê conforto• Entre 1 e 4 anos: cadeirinhas• De 4 a 7,5 anos: assentos de elevação

Sanções para quem transportar crianças fora das normas de segurança• Infração: gravíssima (sete pontos na CNH)• Multa: R$ 191,54• Medida administrativa: retenção do veículo até que a irregularidade

seja sanada.8, determina a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança no banco traseiro

STOCKPHOTO

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CARGAS SUPERPESADAS

OBrasil vive ummomento de grandeexpectativa deinvestimentos, devi-

do às obras previstas para arealização da Copa-14 e dasOlimpíadas-16 e, principal-mente, às intervenções deinfraestrutura contempladaspela continuação do PAC

Décadavirtuosa

Obras de infraestrutura capitaneadas pelo PAC 2 e eventos esportivos garantem

cenário positivo para o segmento

POR LETICIA SIMÕES

(Programa de Aceleração doCrescimento). O segmento decargas superpesadas é umdos setores que vislumbracrescimento para os próximosanos, devido aos projetos.

O grupo Irga atua no setorde cargas superpesadas hámais de 70 anos. LupércioNeto, presidente da empresa,

acredita que os eventosesportivos não vão interferirde maneira significativanesse nicho de transporte.“Não há volume expressivo decarga superpesada a sertransportada para os eventos.As obras que trazem serviçopara o setor são de hidrelétri-cas, de siderurgia e de mine-

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MEGATRANZ/DIVULGAÇÃ

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“A projeção é que esseritmo de

crescimentose mantenha

por mais dez anos”

ANTÔNIO CARLOS DA SILVEIRA, NEXTRANS

ração.” A Irga transporta tur-binas, geradores, transforma-dores e motores para todo oBrasil, sobretudo, para aregião Sudeste, onde estãoconcentradas grandes fábri-cas e refinarias de petróleo.

Neto acredita que o grandeimpulso para as empresas dotransporte de cargas superpe-sadas acontecerá por causa daconstrução de usinas eólicasnas regiões Nordeste e Sul.“Esses investimentos serãoresponsáveis por um cenáriopositivo nos próximos cincoanos. Além deles, a construçãoda Usina Hidrelétrica de BeloMonte, no Pará, entre outras,vão assegurar estabilidadepara o setor.”

Gilson Garófalo, vice-presi-dente da OEB (Ordem dosEconomistas do Brasil), corro-bora com o ponto de vista domandatário do Grupo Irga.“Não acredito no crescimentoimediato para o setor porqueas obras não são exclusiva-mente para a demanda decargas superpesadas. Alémdisso, os entraves são muitose os atrasos nas obras daCopa já são uma realidade.”

João Batista PinheiroDominici, vice-presidente-executivo do Sindipesa(Sindicato Nacional das

Empresas de Transporte eMovimentação de CargasPesadas e Excepcionais),acredita que os impactos dosinvestimentos previstos paraa Copa e para a Olimpíadaserão pequenos para o setor.“A construção e a reforma deestádios demanda mais equi-pamentos como guindastes,por exemplo. Já as obras deinfraestrutura, como aeropor-tos e transporte público, ameu ver, vão demorar muitopara serem executadas.”

Segundo Dominici, doSindipesa, a expectativa decrescimento do setor para ospróximos anos está amparadano transporte de rotores(máquinas rotativas, comoturbinas e compressores),transformadores e equipa-mentos para as instalações derefinarias que estão em cons-trução no interior paulista eno Rio de Janeiro.

A Megatranz movimentacargas superpesadas destina-das à implantação de refina-

IMPULSO Obras de reforma, ampliação e construção d

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“Com asintervençõesprevistas, osetor poderáatingir quaseo total de suacapacidade”

ANTÔNIO LUIZ LEITE, ASLOG

rias, polos petroquímicos,setor elétrico, mineração epapel e celulose, entre outros.Henrique Zuppardo, presiden-te da empresa, considera queo grande investimento eminfraestrutura registrado emtodo o país é que tem manti-do o mercado aquecido. “Aexpectativa da Megatranz éatingir 40% de crescimentoeste ano”, diz.

Zuppardo acredita que oseventos esportivos, bemcomo a segunda etapa do PAC,

podem contribuir com o cres-cimento do setor. De acordocom ele, o segmento de car-gas superpesadas já é afeta-do pelos investimentos pre-vistos. “Cargas destinadasaos setores de petróleo e gáse ao setor petroquímico deve-rão ter aumento considerávelnos próximos anos.”

O dirigente ressalta que aempresa vem investindo emnovos equipamentos paraatender ao aumento dademanda. “Carretas modula-

VÌTOR SILVA/CPDOC JB/FUTURA PRESS

res hidráulicas e equipamen-tos para içamento e verticali-zação de peças com peso uni-tário para 2.000 toneladasserão adquiridos para lidarcom o crescimento estimado.”

Há dez anos no mercado, aNextrans transporta cargasindustriais para todo o Brasil ese prepara para, a partir de2012, levá-las também para ospaíses do Cone Sul (Argentina,Uruguai, Paraguai e Chile). Odiretor Antônio Carlos daSilveira destaca que o atualcenário é muito positivo parao setor. “Vários novos projetose investimentos em infraestru-tura estão sendo realizadospor todo o Brasil. A demandatem aumentado a cada ano e aprojeção é que esse ritmo decrescimento se mantenha pormais dez anos.” A empresaestima um crescimento de30% em vendas em 2011.

“A Nextrans estima umcrescimento muito significati-vo em função também da ele-vação da participação de mer-cado que a empresa tem regis-trado.” Para o diretor, as car-gas ligadas a hidrelétricas,energia, construção civil epetróleo terão maior demandanos próximos períodos. “Aempresa tem mantido uma

o de estádios, como o Maracanã, para a Copa do Mundo de 2014 estimulam o crescimento do setor de superpesados

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postura de investimento cons-tante em novos equipamentos,tecnologia e pessoas”, afirma.

Newton Gibson, presidenteda ABTC (AssociaçãoBrasileira de Logística eTransporte de Carga) e vice-presidente da CNT, afirma queas empresas do transportesuperpesado estimaram umcrescimento de 40% em 2010,frente aos 30% do setor logís-tico em geral. “Esse cresci-mento está ligado ao investi-mento das empresas em equi-pamentos modernos. As des-cobertas de áreas do pré-sal,

DIVERSIDADE A Megatranz espera crescer 40% este ano; a

“A reforma ea construçãode estádios

são umagrande

oportunidadepara esse

tipo de carga”

RICARDO TEIXEIRA, FGV MANAGEMENT

Indústria também comemora EFEITOS

O aquecimento no trans-porte de cargas superpesadasreflete de forma positiva naindústria automobilística. Em2010, o setor registrou alta de43,5% nas vendas, grandeparte devido às demandas decaminhões, segundo númerosda Anfavea (AssociaçãoNacional dos Fabricantes deVeículos Automotores).

No total, foram vendidas157,6 mil unidades de cami-nhões entre semileves (compeso bruto total entre 3,5 e 6toneladas), leves (peso brutototal entre 6 e 10 toneladas),médios (peso bruto totalentre 10 e 15 toneladas),semipesados (peso brutototal igual ou maior a 15 tone-ladas, capacidade de traçãoigual ou menor a 45 tonela-das e peso bruto combinadomenor que 40 toneladas) epesados (peso bruto totaligual ou maior a 15 toneladas,capacidade de tração maiorque 45 toneladas e pesobruto combinado igual oumaior a 40 toneladas).

O número de unidadesvendidas no ano passado éo segundo maior recordeda história. O primeiro foiregistrado em 2008, quan-do foram vendidos 122,3mil caminhões.

Entre os pesados, o cres-cimento em 2010 foi de63,7%. O índice dos semipe-sados atingiu 43,7%. E asexpectativas para 2011 conti-nuam positivas. No primeirobimestre do ano, a venda decaminhões já registrou altade 41,6% em relação aomesmo período do ano pas-sado. O segmento de pesa-dos cresceu 33,4% e o desemipesados, 60%.

Porém, de acordo com aAnfavea, mesmo com atendência de crescimentopara os próximos anos, osíndices de alta devem sermenores do que os regis-trados em 2010. A associa-ção estima um crescimen-to anual de até 5% nasvendas totais de veículosno país.

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bem como as construções deestaleiros e refinarias portodo o país, são o foco dessasinstituições”, diz.

Gibson destaca que omomento é tão positivo queempresas estrangeiras estão seinstalando no Brasil visando acompetitividade e o lucro comos novos setores estruturais.“Para 2011, ainda não há dadosconcretos, mas, como o aqueci-mento da economia brasileira eos investimentos em infraestru-tura vêm sendo impulsionadosdesde o fim da crise, há doisanos, acredita-se que o trans-

porte de cargas superpesadasterá grandes demandas. Asempresas já estão aportandomilhões em tecnologia.”

Doutor em administraçãode empresas e mestre em sis-temas de gestão, RicardoTeixeira, professor de estraté-gia dos cursos de pós-gradua-ção da FGV Management, diz,por sua vez, que tanto asobras do PAC quanto às desti-nadas à Copa e às Olimpíadasvão demandar investimentoselevados para o segmento decargas superpesadas. “Aconstrução e a reforma de

estádios como o da FonteNova, em Salvador, e oMaracanã, no Rio de Janeiro,são uma grande oportunidadepara elevar a movimentaçãodesse tipo de carga. Alémdisso, haverá adequaçõesestruturais no Brasil inteiro.”

Na opinião de Teixeira, ostrês projetos (PAC 2, Copa eOlimpíadas) serão responsá-veis por um crescimento con-siderável para o segmento nospróximos três anos. “O trans-porte de cargas superpesadasdeve esperar por um aqueci-mento do mercado, principal-mente, entre 2012 e 2013,quando as obras deverão seraceleradas. Para as empresasque estão instaladas e planeja-ram o aumento de demanda,será um período excelente.”

Antônio Luiz Leite, membroda Aslog (Associação Brasileirade Logística), alega que os atra-sos obrigarão as empresas atrabalharem com um cronogra-ma mais curto, mas que o ciclodas obras está prestes a ganharforça. “Hoje, as empresas decargas superpesadas encon-tram-se em um patamar normalde trabalho. Com as interven-ções previstas, o setor poderáatingir quase a totalidade desua capacidade.” l

MEGATRANZ/DIVULGAÇÃO

o; a empresa atua com cargas superpesadas destinadas à implantação de refinarias, polos petroquímicos, entre outros

“As obrasque trazemserviço parao setor são

de siderurgia e de

mineração”

LUPÉRCIO NETO, PRESIDENTE DO GRUPO IRGA

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“Boa noite, meu nome é Laíssa Lacerdae vou acompanhá-los até Brasília.Estou aqui para ajudar no que fornecessário e tornar a viagem de

vocês mais agradável.” É assim que os passageiros sãorecebidos no ônibus que se prepara para percorrer os1.150 km que ligam o Rio de Janeiro a Brasília. A viagemde 17 horas é anunciada pela comissária de bordo.

A profissão, que estava esquecida desde adécada de 70, volta agora com uma nova roupa-gem, mas com a mesma função: oferecer maisqualidade e conforto aos passageiros que optampela viagem de ônibus.

A iniciativa é da empresa Util (União TransporteInterestadual de Luxo), que faz parte do GrupoGuanabara e atua em cidades dos Estados do Rio deJaneiro, São Paulo e Minas Gerais. Com uma frota demais de 190 ônibus, a companhia transporta 125 milpassageiros por mês. O serviço está sendo oferecidodesde janeiro deste ano.

Segundo Jason de Mello, gerente comercial daempresa, o conceito da nova oferta é relembrar asfamosas rodomoças, serviço praticamente extinto nopaís, dando um toque turístico na prestação do servi-ço e aproveitando as paisagens que só a viagem rodo-viária oferece aos passageiros.

Além de ajudar na acomodação das malas, servirágua e café como cortesia, as comissárias apresentamo motorista e os equipamentos do ônibus, como jane-las de emergência e os cintos de segurança, forneceminstruções sobre o tempo de viagem, as paradas eainda os serviços que podem ser adquiridos durantetodo o trajeto. “Oferecemos aluguel de kits com cober-tor e travesseiro, alimentação e DVD portátil comalguns filmes para os passageiros que queiram se dis-trair”, explica Mello.

PASSAGEIROS

Empresa resgata a profissão doscomissários de bordo e oferecemais conforto aos passageiros

POR LIVIA CEREZOLI

JAQUELINE PEIXOTO, COMISSÁRIA DE BORDO

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Qualidadea bordo

JÚLIO FERNANDES/CNT

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O serviço é oferecido nasviagens que saem do Rio deJaneiro com destino a Brasíliaàs terças, quartas e quintas-fei-ras, às 20h30, e no sentido con-trário às quintas e sextas-feirase também aos sábados, compartidas no mesmo horário.Segundo o gerente da Util, otrabalho será avaliado por seismeses e, assim que saírem osresultados, novos profissionaispoderão atuar em outras linhasoferecidas pela empresa.

Na equipe da companhia,estão oito profissionais – trêshomens e cinco mulheres. Todosforam treinados durante duassemanas com uma equipe deguias de turismo. Durante o cursopreparatório, os comissáriosrecebem informações sobre o

Oferta de serviços é extensaNOVIDADES

Outras empresas do setorde transporte rodoviário depassageiros também têminvestido em “mimos” aosseus clientes. São serviçosde Internet sem fio a bordo,compra de passagens viaweb e salas VIPs em termi-nais rodoviários de váriascidades do país.

A Auto Viação 1001 oferecesalas de espera especiais aospassageiros que aguardam omomento do embarque nascidades do Rio de Janeiro,Niterói e Campo dos Goytacazes(RJ), em São Paulo (SP), Curitiba(PR) e Florianópolis (SC). Olocal possui ambiente clima-tizado com ar-condicionado,máquina de café, água, tele-visores, entre outros mimosaos passageiros.

Além disso, desde o anopassado, foram implantadasas chamadas salas Net nascidades do Rio de Janeiro ede São Paulo. Os espaços sãoequipados com máquinas deauto-atendimento para queos passageiros retirem assuas passagens compradaspela Internet, sem que preci-sem enfrentar filas nas bilhe-terias. Os espaços são dividi-dos com as empresas doGrupo JCA, como a Cometa,

Catarinense, Macaense eExpresso do Sul.

“Nosso objetivo é sempreoferecer mais conforto aosnossos clientes. Trabalhamospara superar as expectativasdeles”, afirma Daniel Oliveira,gerente-comercial da empresa.

Na Viação Planalto, além doserviço de Internet oferecidona sala VIP que a empresamantém na rodoviária de PortoAlegre, os passageiros podemse conectar à rede sem fiodentro dos ônibus.

Na frota da empresa, 86veículos têm Internet a bordo.O serviço é oferecido naslinhas interestaduais SantaMaria (RS)-Palmas (TO) e SantaMaria (RS)-Barreiras (BA) e naslinhas intermunicipais quesaem de Porto Alegre com des-tino a outras cidades do RioGrande do Sul, como Alegrete,Itaqui, Quarai, Rio Grande,Rosário do Sul, Santiago, SãoBorja, São Francisco de Assis,Santa Maria e Uruguaiana.

A novidade faz parte doserviço executivo, que tam-bém oferece em cada um dosônibus dez lugares com pol-trona ampla reclinável, des-cansa pés, travesseiro, manta,água mineral, ponto de ener-gia para celular e notebook.

CONFORTO Empresa oferece serviços especiais e

“Nossoobjetivo é

sempre oferecermais conforto

aos nossosclientes.

Trabalhamospara superar

as expectativasdeles”

DANIEL OLIVEIRA, GERENTE-COMERCIAL DA 1001

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 63

trajeto que será percorrido e for-mas de atendimento aos passa-geiros. Eles também realizampelo menos uma viagem de trei-namento para depois iniciarem otrabalho de forma definitiva.“Procuramos por profissionaisque tenham envolvimento com aárea do turismo porque eles têmo papel de tornar a viagem dosnossos passageiros mais agradá-vel”, afirma Mello.

E a iniciativa é aprovada porquem utiliza o serviço. Depois deconhecer o Rio de Janeiro, a pas-sageira Maria Dantas de MenezesCosta aguardava em Brasília paraseguir viagem até o Maranhão.Ela ficou satisfeita com o atendi-mento oferecido. “É uma viagemmuito longa e a rodomoça ajudaa gente a se distrair. Ela foi muito

gentil e me ajudou com as malas,que são muitas.”

A comissária Laíssa se dizrecompensada ao perceber asatisfação dos passageiros.“Eles são muito importantespara nós e nosso papel é deixarisso bem claro. É muito interes-sante perceber como eles sesentem felizes quando são bemtratados”, afirma ela.

Mas o trabalho das comissá-rias vai ainda mais além. Elasprestam diversas informaçõesturísticas e culturais das cidadespor onde o ônibus passa. Durantea viagem Rio-Brasília, os passa-geiros descobrem, por exemplo,que Paracatu, cidade no noroestede Minas, tem como vegetaçãotípica o cerrado e que Juiz deFora, também em Minas, possui

um dos maiores festivais demúsica clássica do mundo. Ficamsabendo ainda que a rodovia BR-040, que liga o Rio até Brasília, foia primeira asfaltada no país.

Jaqueline Peixoto é mais umadas rodomoças da empresa. Nachegada do ônibus a Brasília,depois de se despedir dos passa-geiros, ela organizava coberto-res e travesseiros que foramusados durante a viagem. Acomissária afirma que a novaprofissão permite experiênciasinteressantes. “Cada viagem édiferente. Sempre existem pas-sageiros que estão passando poraquela estrada pela primeira veze gostam de receber as informa-ções. Outros até completam anossa explicação. É uma troca deconhecimentos.” l

AUTO VIAÇÃO 1001/DIVULGAÇÃO

VIAÇÃO PLANALTO/DIVULGAÇÃO

s em sala de espera para embarque

“Os passageirossão importantes

para nós.É muito

interessanteperceber comoeles se sentemfelizes quando

são bem tratados”

LAÍSSA LACERDA, COMISSÁRIA DE BORDO DA UTIL

CONEXÃO Serviço de Internet a bordo propicia mais comodidade aos passageiros

Page 64: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

Osucesso que o Despoluir– Programa Ambientaldo Transporte – alcan-çou com o setor trans-

portador brasileiro propiciou acriação de um grupo que pretendeexpandir os trabalhos realizadospela CNT na área ambiental.

O Conselho Ambiental doTransporte, criado em dezembro apartir de um ato do presidente daCNT e do Sest Senat, senadorClésio Andrade (PR-MG), realizousua primeira reunião no dia 16 demarço na sede da Confederação,em Brasília. O grupo é formadopor representantes de entidadesde todos os modais (rodoviário,aquaviário, ferroviário e aéreo) epromete acompanhar de pertotodas as questões que envolvem omeio ambiente e as atividades de

transporte no país e, com isso,atuar ainda mais na construção depolíticas de gestão ambiental.

“Acho que o conselho surge emum momento muito oportuno por-que vamos ouvir, estar abertospara as demandas. Não é um con-selho político, é um conselho con-sultivo e, com ele, vamos ter con-dições para abrir mais espaçopara desenvolver melhor esse tra-balho com a CNT”, ressaltou o pre-sidente do conselho e vice-presi-dente da CNT, Newton Gibson.

O encontro serviu para estabe-lecer a forma de funcionamentodo conselho, o calendário de reu-niões e para compartilhar as ativi-dades ligadas às ações ambientaispromovidas por todas as entida-des. Na próxima reunião do grupo,marcada para a segunda quinzenade junho, haverá a discussãosobre os resultados de uma pes-

quisa que será feita com todos osconselheiros com o objetivo deidentificar as demandas de todosos setores em relação às questõesambientais, bem como a elabora-ção do plano de trabalho.

O surgimento do conselhoestá diretamente relacionado àsnecessidades da CNT em expandirsuas ações visando a preservaçãodo meio ambiente. A preocupaçãocom o tema conquista cada vezmais espaço no setor, após a cria-ção do Despoluir em 2007. “O pro-grama se fortaleceu ao longo dosúltimos anos e hoje nós percebe-mos que existe a necessidade deum novo salto, o que vai dependerdo que será debatido nesse conse-lho”, explicou o diretor-executivoda CNT, Bruno Batista.

Outro fator que demonstra aimportância dada ao assuntopela entidade é a participação

da Confederação no grupo deconselheiros do Conama(Conselho Nacional do MeioAmbiente), responsável por for-mular políticas e normas regu-ladoras voltadas para a gestãoe controle ambiental.

O conselho é formado por 13pessoas. Os encontros ocorrerãotrimestralmente para compartilharexperiências e debater assuntosque necessitem de avaliação. A pro-posta é atuar como um órgão auxi-liar de assessoramento, acompa-nhar a formulação das políticas enormas ambientais com reflexossobre as atividades do setor, espe-cialmente em órgãos colegiados dopoder público e em instituições téc-nicas e agências reguladoras, alémde fomentar a gestão ambiental e ointercâmbio de experiênciasambientais positivas no âmbito dasempresas e transportadores. l

CNT cria o Conselho Ambiental doTransporte para ampliar promoção

de ações sustentáveis

Objetivosampliados

POR AERTON GUIMARÃES

MEIO AMBIENTE

JÚLIO FERNANDES/CNT

DIRETORIA Newton Gibson, presidente do conselho

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201164

Page 65: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011
Page 66: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

Oaquecimento daeconomia nacionalnos últimos anos fezcrescer o consumo

de produtos e serviços nopaís de forma significativa.Para se adequar a essa novarealidade, empresas de diver-sos setores tiveram querepensar suas formas deatuação.

Mais produtos circulandosignifica aumento de produ-ção, de estoque e dos sistemasde distribuição. E é nessecenário que um profissionalganha destaque: o responsávelpela logística. A função, queantes era exercida por pessoassem formação específica,agora exige conhecimentostécnicos aprofundados.

Dentro de uma empresa, éo profissional de logísticaquem administra a compra eentrada de materiais, o plane-jamento de produção, o arma-zenamento, o transporte e adistribuição dos produtos,monitorando as operações egerenciando informações. Eletambém se relaciona com asáreas de gestão financeira e

de pessoas das empresas.Para atender essa nova

demanda, a Faculdade deTecnologia do Transporte, insti-tuição ligada à CNT, oferecerá ocurso de graduação Tecnólogoem Logística, com duração de

dois anos. As inscrições para oprocesso seletivo devem serabertas ainda neste primeirosemestre. A previsão de iníciodas aulas é para agosto.

Com a oferta do curso, afaculdade espera formar pro-

fissionais capazes de atuarcomo gestores de transportee logística, suprimento e dis-tribuição de mercadorias comvisão estratégica integradaaos negócios da empresa,focados em resultados.

EDUCAÇÃO

Faculdade de Tecnologia do Transporte oferecerá curso v

Diversida

POR LIVIA CEREZOLI

Page 67: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

Atualmente, a logística se faznecessária em vários segmentoseconômicos – do setor agrícolaao varejo, passando pela indús-tria e organizações ligadas aosetor atacadista, até os serviçosde entrega porta a porta.

Ter a área de logística bemestruturada é fundamentalpara a redução dos custos e oaumento da competitividade.Já não basta apenas ter umbom produto e um bom preço.É preciso ter disponibilidade e

oferecer rapidez e eficiênciana entrega.

“Grande parte do sucessodas empresas de varejo estána logística. A gente vive dacompra e venda, por isso pre-cisa saber gerenciar estoque

e entregas”, afirma DiogoSilveira, diretor-comercial ede logística da RosárioDistrital, uma rede de droga-rias que atende em todo oDistrito Federal e em algumascidades de Goiás.

o voltado ao profissional em logística para atender demanda do mercado

de de atuaçãoDR

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Page 68: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201168

distribuição está dividido emrecebimento, armazenamen-to, reposição, separação, con-ferência e expedição de pro-dutos, além das equipes quetrabalham na área de limpezae administração.

Mas o trabalho de logísticada empresa é ainda mais com-plexo. “Temos o serviço dedelivery (serviço de entrega adomicílio) que está sendo

Ele coordena uma equipede 105 funcionários que tra-balha no centro de distribui-ção da rede de drogarias poronde passam, mensalmente,1,9 milhão de unidades (entreentradas e saídas) dos produ-tos comercializados pelaempresa.

O responsável pela logísti-ca da rede de drogarias contaque o trabalho no centro de

Com um centro de distri-buição e 88 lojas, a empresadesenvolveu sistemas pró-prios de gestão de estoqueque permitem o abastecimen-to de todas as filiais diaria-mente. “O gerenciamento danossa logística é fundamentalpara atender bem nossosclientes. Não podemos permi-tir que faltem produtos naslojas”, explica Silveira.

GRUPO ARGOS Armazenagem e

O PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA

Conheça algumas possibilidades de trabalho

Campos de atuação profissional

• Órgãos gestores e regulamentadores de transporte

• Empresas de transporte, armazenamento e distribuição

de cargas

• Empresas de operações portuárias e aeroportuárias

• Terminais aduaneiros, alfandegários e de integração intermodal

ou multimodal e terminais industriais e multimodais

• Armazéns e centros de distribuição

• Empresas que trabalham com sistemas de informações

geográficas aplicadas ao gerenciamento de frotas e mercadorias

• Operadores logísticos

• Indústrias em geral

• Agronegócio

• Hipermercados

• Redes de comércio varejista

• Atividades de logística reversa

Fonte: Faculdade de Tecnologia do Transporte

“Grande partedo sucesso

das empresasde varejo estána logística”

DIOGO SILVEIRA, DIRETOR DA ROSÁRIO DISTRITAL

Page 69: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 69

reestruturado. Antes eram 11polos de entrega e, a partirdeste mês, vamos começar acentralizar em apenas umlocal para oferecer mais agili-dade aos nossos clientes”,explica o diretor. De acordocom ele, em breve, novasvagas deverão ser abertas naempresa e o profissional pre-parado tem sua colocaçãogarantida.

“A área de logística é muitoampla. Na ponta está o trans-porte e a entrega ao consumi-dor final, mas existem outrosprocessos dentro dessacadeia, como a gestão depedidos e até mesmo o forne-cimento de serviços”, afirmaManoel Sousa Lima Júnior,presidente do Grupo Argos,empresa que atua há 27 anosno setor.

Para ele, trabalhar com logís-tica é trabalhar com sistemaslógicos, é dar suporte para queas empresas das demais ativi-dades econômicas tenhamsucesso em seus negócios. OGrupo Argos presta serviços deimportação, exportação, trans-porte rodoviário e aéreo, alémda armazenagem de produtosquímicos e eletroeletrônicos.

Lima Júnior acredita que a for-mação específica na área é neces-sária para atender uma demandado mercado de trabalho. Segundoele, as empresas buscam cada vezmais especialistas para integrarseus quadros de funcionários e oideal é que nos próximos anosexistam especializações dentroda área de logística.

O profissional de logísticapode atuar em órgãos gestores eregulamentadores do setor detransporte, em empresas detransporte, manuseio e distribui-ção de cargas, terminais aduanei-ros, alfandegários e de integraçãointermodal ou multimodal. O mer-cado também possibilita o traba-lho em empresas que utilizemconhecimentos de logística, comograndes atacadistas e redes dehipermercados, em armazéns ecentros de distribuição e aindaem empresas que trabalham comsistemas de informações geográ-ficas aplicadas ao gerenciamentode frotas e mercadorias. l

m e distribuição de produtos integram as atividades logísticas da empresa, com sede na cidade de São Paulo

GRUPO ARGUS/DIVULGAÇÃO

“A área delogística é

ampla. Alémdo transporte,

há outrosprocessos ”

MANOEL SOUSA JÚNIOR, PRESIDENTE DA ARGOS

Page 70: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201170

No Brasil, a rede hidrográfica éformada por aproximadamente 44mil quilômetros de rios, mas ape-nas 13 mil são utilizados economi-camente. O percentual de participa-ção do setor aquaviário na matrizde transporte brasileira é de 13%.Esse índice inclui hidrovias e cabo-tagem – navegação na costa maríti-ma brasileira.

Um dos palestrantes doMaritime Summit foi o diretor-presidente da ABTP (AssociaçãoBrasileira dos TerminaisPortuários), Wilen Manteli, quefalou sobre política e regulação dosportos. Manteli destaca também aimportância de se investir namelhoria dos acessos aquaviários eterrestres. “Além das hidrovias e dacabotagem, precisam ser prioriza-das as ações de melhoria do trans-porte terrestre e ferroviário.”

Assim como Meton Soares, odiretor-presidente da ABTP fazquestão de ressaltar que umdos principais desafios do Brasilnessa área é mesmo o maiorinvestimento nas hidrovias. Eledestacou que há uma concen-tração da produção agrícolabrasileira no centro do país eque é fundamental que hajahidrovias de qualidade paraescoar todos os produtos commaior eficiência e menor custo.

“Países como Alemanha,Estados Unidos e Holanda inves-tem fortemente no uso de

congresso tem sua segunda ediçãoprogramada para 2012. O sócio-diretor da empresa, Edson Fávero,destaca que o setor aquaviário temse desenvolvido mais nos últimosanos, e é importante discutir asquestões de interesse.

“Temos observado um aumentodos terminais portuários, e ainda énecessário acabar com gargalosexistentes no Brasil para que hajaum incentivo para as exportações eimportações”, considera Fávero.

Para se ter uma ideia do cresci-mento do setor, em janeiro desteano, o Porto de Santos movimentou

Os principais desafios dotransporte aquaviárioforam discutidos duranteum congresso na cidade

do Rio de Janeiro no final do mêsde março, que reuniu representan-tes do setor, o Maritime Summit2011. O novo cenário político e asconsequências para o desenvolvi-mento do setor portuário, licencia-mento ambiental, segurança nasoperações, competitividade e tec-nologia offshore foram algunstemas abordados.

Promovido este ano pela Viex(Visão e Inteligência Executiva), o

6,317 milhões de toneladas decarga, superando em 3,7% o mon-tante do mesmo período de 2010.Conforme informações da Codesp(Companhia Docas do Estado deSão Paulo), há uma tendência decrescimento em 2011.

Na avaliação do vice-presidenteda CNT, Meton Soares, um dos prin-cipais desafios do transporte aqua-viário no Brasil é haver um maiorinvestimento no potencial hidroviá-rio. “O país precisa investir muitonas hidrovias. A cabotagem e osportos também precisam de incen-tivos maiores”, diz Soares.

Congresso no Rio de Janeiro discute os principais desafios do setor e destaca

importância das hidroviasPOR CYNTHIA CASTRO

Aquaviárioem debate

MARITIME SUMMIT

Page 71: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 71

alguns portos o projeto Porto semPapel, e a expectativa de Manteli éque as ações continuem e sejamintensificadas.

Com uma costa de 8,5 milquilômetros navegáveis, oBrasil possui um setor portuá-rio que movimenta anualmentecerca de 700 milhões de tone-ladas das mais diversas mer-cadorias e responde por maisde 90% das exportações.Conforme informações da SEP,o sistema portuário brasileiro écomposto por 37 portos públi-cos, entre marítimos e fluviais.

hidrovias. Isso aumenta a com-petitividade”, diz Manteli, aolembrar ainda que as hidroviasconsomem menos combustívele agridem menos o ambiente,além de oferecerem mais segu-rança do que as rodovias.

O diretor-presidente da ABTPtambém destaca a importância deo governo federal continuar inves-tindo em ações com o objetivo dereduzir a burocracia nos portos, oque acaba aumentando os custosdas importações e exportações. Nogoverno Lula, a SEP (Secretaria dePortos) começou a implantar em

obtenção de financiamentono Brasil também foram dis-cutidos durante o encontro noRio de Janeiro. O Brasil passapor um momento de retoma-da do desenvolvimento daindústria naval, e o desenvol-vimento de tecnologia e mãode obra especializada sãoalguns desafios a seremenfrentados.

O palestrante OsvaldoAgripino de Castro, advogado eprofessor do doutorado emdireito da Univali (Universidadedo Vale do Itajaí-SC), consideraque é necessário capacitarpessoal, em todos os níveis,para atuar na engenharianaval. Na opinião de Castro, oBNDES (Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico eSocial) deveria ser menos rigo-roso na liberação dos financia-mentos para a construção deembarcações.

O professor da Univaliparticipou de um painelsobre análise das políticaspúblicas na infraestruturamarítima e portuária e deoutro painel sobre os proces-sos que melhoram a eficáciados transportes marítimo eportuário. Ele vai lançar nesteano o livro “Direito Marítimo,Regulação e Desenvolvimento”,pela editora Fórum. l

Desse total, 18 são delega-dos, concedidos ou têm a opera-ção autorizada à administraçãopor parte dos governos esta-duais e municipais. Há ainda 42terminais de uso privativo etrês complexos portuários queoperam sob concessão à inicia-tiva privada. Os portos fluviais elacustres são de competênciado Ministério dos Transportes.

FrotaOs cenários nacional e

internacional de construçãonaval e os critérios para a

RESTRITO Apenas 13 mil km da rede hidrográfica brasileira são usados economicamente

APPA/DIVULGAÇÃO

Page 72: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201172

IDET

Aatividade de transporteapresentou crescimentomoderado nos dois pri-meiros meses de 2011.

Porém, quando comparado aodesempenho do setor no mesmoperíodo de 2010, percebe-se recu-peração expressiva para osmodais rodoviário, ferroviário eaquaviário (carga e passageiros).

O transporte rodoviário decarga industrial por terceirosapresentou redução de 2,71% emfevereiro, quando comparado como mês anterior. Já o transporte deoutras cargas revelou um acrésci-mo de 3,2% em relação ao mês dejaneiro do presente ano, impulsio-nado pelo crescimento da safraagrícola. Dada esta configuração,o transporte rodoviário de cargasmanteve-se estável, com umavariação de 0,49% no período.

No setor rodoviário de cargas,quando comparado ao mesmoperíodo dos anos anteriores, per-cebe-se um considerável aumentode volume transportado. O modal

já cresceu no acumulado do ano7,23%. Projeções de aumento naprodução industrial, extrativista eagronegócio sugerem aumento nademanda por transporte e conse-qüente expansão do Setor aolongo de 2011.

O transporte coletivo urbanode passageiros apresentou com-portamento diverso dos outrosanos (2007-2010) nos dois pri-meiros meses de 2011. Contrárioà regra, o transporte coletivoapresentou pequeno aumento(2%) no número de passageirostransportados já em fevereiro,recuperando-se da queda dedemanda percebida, tradicio-nalmente, entre dezembro ejaneiro (férias escolares). Cabedestacar que o mês de feverei-ro apresentou mais dias úteisque o normal já que o carnavaleste ano caiu em março.

Em sentido contrário seencontra o transporte rodoviáriointerestadual de passageiros.Passado o período de férias, as

Transporte de cargasem ritmo moderado

viagens interestaduais se tornammenos freqüentes e mais curtas.Em comparação ao primeiro mêsdo ano, o volume de passageirostransportados diminuiu cerca de18%. Já em comparação aomesmo período do ano anterior,evidencia-se aumento de 6,7% nademanda atendida.

Em janeiro, o modal aquaviárioapresentou 1% de aumento emsuas movimentações mensais.Este resultado positivo foi garanti-do pela movimentação dos esta-dos do Sul e Sudeste, já que Nortee Nordeste fecharam o mês emqueda. O Porto de Santos nova-mente merece destaque, commovimentação recorde para omês de janeiro.

O segmento ferroviário de car-gas, caracterizado pelo transportede grandes tonelagens, apresen-tou em janeiro de 2011 variaçãonegativa de 7% quando compara-do ao mês imediatamente ante-rior. Entretanto, quando relaciona-do a janeiro de 2010 houve incre-

mento de cerca de 9% de movi-mentação. Houve recorde mensalno segmento, tendo sido transpor-tado 39,23 milhões de TU e produ-zidos 21,95 bilhões de TKU.

O modal aéreo de passageirosapresentou em fevereiro queda namovimentação mensal em relaçãoa janeiro. A movimentação domés-tica, responsável por 89% damovimentação total, teve quedade cerca de 14% no mês. Já otransporte de passageiros inter-nacional apresentou queda de22,9% no mês, embora a variaçãoem relação a fevereiro de 2010tenha sido de 12,64%.

O Idet CNT/Fipe-USP é um indi-cador mensal do nível de ativida-de econômica do setor de trans-portes do Brasil. l

8

Para a versão completa daanálise, acesse www.cnt.org.br.Para o download dos dados,www.fipe.org.br

Taxa de crescimento do transporte de cargas é estável em 2011

Page 73: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 73

Fonte: Idet CNT/Fipe-USP

ESTATÍSTICAS DO TRANSPORTE BRASILEIRO

Transporte Rodoviário de Cargas - Total

Milh

ões

de T

onel

adas

110

90

95

100

105

85

80jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Transporte de Passageiros - Coletivo Urbano

Milh

ões

de P

assa

geiro

s

1.100

1.050

1.000

950

900

850

800

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Transporte Rodoviário de CargasIndustriais por Terceiros

Milh

ões

de to

nela

das

65

55

60

50

35

40

45

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Transporte Rodoviário Interestadual dePassageiros

Milh

ões

de P

assa

geiro

s

8.500

7.500

8.00

5.00

5.500

6.00

6.500

7.00

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Transporte Ferroviário de Cargas

Milh

ões

de T

onel

adas

35.00

40.00

45.00

50.00

30.00

25.00

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Transporte Aquaviário de Cargas

Milh

ões

de T

onel

adas

80.00

65.00

70.00

75.00

30.00

35.00

40.00

45.00

50.00

55.00

60.00

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2008 2010 20112009 2008 2010 201120092008 2010 20112009

2008 2010 20112009

2008 2010 201120092008 2010 20112009

2008 2010 20112009

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Page 74: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201174

BOLETIM ESTATÍSTICO

RODOVIÁRIO

MALHA RODOVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM

TIPO PAVIMENTADA NÃO PAVIMENTADA TOTAL

Federal 62.351 13.844 76.195 Estadual Coincidente 17.012 6.013 23.025 Estadual 106.548 113.451 219.999 Municipal 26.827 1.234.918 1.261.745Total 212.738 1.368.226 1.580.964

MALHA RODOVIÁRIA CONCESSIONADA - EXTENSÃO EM KMAdminstrada por concessionárias privadas 14.621Administrada por operadoras estaduais 1.195

FROTA DE VEÍCULOSCaminhão 2.060.002Cavalo mecânico 379.721Reboque 732.616Semi-reboque 570.798Ônibus interestaduais 13.976Ônibus intermunicipais 40.000Ônibus fretamento 25.120Ônibus urbanos 105.000

Nº de Terminais Rodoviários 173

INFRAESTRUTURA - UNIDADES

Terminais de uso privativo misto 122

Portos 37

FROTA MERCANTE - UNIDADES

Embarcações de cabotagem e longo curso 139

HIDROVIA - EXTENSÃO EM KM E FROTA

Rede fluvial nacional 44.000Vias navegáveis 29.000Navegação comercial 13.000Embarcações próprias 1.148

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

MALHA FERROVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM

Total Nacional 29.637Total Concedida 28.465Concessionárias 11Malhas concedidas 12

MALHA POR CONCESSIONÁRIA - EXTENSÃO EM KMALL do Brasil S.A. 11.738FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 8.066MRS Logística S.A. 1.674Outras 6.987Total 28.465

MATERIAL RODANTE - UNIDADESVagões 92.814Locomotivas 2.919Carros (passageiros urbanos) 1.670

PASSAGENS DE NÍVEL - UNIDADES Total 12.289Críticas 2.659

VELOCIDADE MÉDIA OPERACIONALBrasil 25 km/h EUA 80 km/h

AEROVIÁRIO

AEROPORTOS - UNIDADES Internacionais 33Domésticos 33Pequenos e aeródromos 2.498

AERONAVES - UNIDADESA jato 873 Turbo Hélice 1.783Pistão 9.513Total 12.505

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS

MODAL MILHÕES (TKU) PARTICIPAÇÃO (%)

Rodoviário 485.625 61,1

Ferroviário 164.809 20,7

Aquaviário 108.000 13,6

Dutoviário 33.300 4,2

Aéreo 3.169 0,4

Total 794.903 100

JANEIRO - 2011

Page 75: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 75

BOLETIM ECONÔMICO

Investimentos em Transporte da UniãoDados Atualizados Fevereiro/2011

* Veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br

Autorizado Restos a Pagar Valores Pagos Valor Pago do ExercícioObs.: O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos do ano anterior

Arrecadação Acumulada

CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, Lei 10.336 de 19/12/2001.Atualmente é cobrada sobre a comercialização de gasolina (R$ 0,23/liltro) e diesel (R$ 0,07/litro) e a destinação dos recursos engloba o subsídio e transporte de combustíveis,projetos ambientais na indústria de combustíveis e investimentos em transportes

NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS DO SETOR DE TRANSPORTE BRASILEIRO: R$ 405,0 BILHÕES(PLANO CNT DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA 2011)

Investimento Pago Acumulado

15

10

R$

bilh

ões

5

0

20

3,333,33

18,00

0,00

60

40

30

20R$

bilh

ões

10

0

2002 2003

20042005

20062007

20082009

2010 2011

70

50

27,8

8

65,8

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE*

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Aéreo Outros

2,32(69%)

0,70(21%)

0,03(1%)

Arrecadação X Investimentos Pagos: Recursos da CIDE

Observações:

1 - Taxa de Crescimento do PIB para o 4º Semestre 2010 e acumulada em 12 meses

2 - Taxa Selic conforme Copom 02/03/2011

3 - Inflação acumulada no ano e em 12 meses até Fevereiro/2011

4 - Balança Comercial acumulada no ano e em 12 meses até Fevereiro/2011

5 - Posição Dezembro/2010 e Fevereiro/2011 em US$ Bilhões

6 - Câmbio de fim de período Fevereiro/2011, média entre compra e venda

Fontes: Receita Federal, COFF - Câmara dos Deputados (Fevereiro/2011), IBGE e

Focus - Relatório de Mercado (25/02/11), Banco Central do Brasil

Investimentos em Transporte da União por Modal 2011(R$ bilhões)

CIDE (R$ Milhões)Arrecadação no mês Fevereiro/2011 674,0

Arrecadação no ano (2011) 1.401,0

Investimentos em transportes pagos (2011) 0,0

CIDE não utilizada em transportes (2011) 1.401,0

Total Acumulado CIDE (desde 2002) 65.750,0

0,14(4%)

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - FEVEREIRO/2011

2010 acumuladoem 2011

últimos12 meses

Expectativapara 2011

PIB (% cresc a.a.) 7,50(1) - - 4,30

Selic (% a.a.) 10,75 11,75(2) 12,50

IPCA (%) 5,91 1,63(3) 5,99(3) 5,64

Balança Comercial 16,88 1,62(4) 21,68(4) 13,00Reservas Internacionais

288,58(5) 307,52(5) - -

Câmbio (R$/US$) 1,75 1,66(6) 1,68

0,16(5%)

Page 76: Revista CNT Transporte Atual - Abril/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201176

BOLETIM AMBIENTAL DO DESPOLUIR

EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE

EMISSÕES DE CO2 NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO POR TIPO DE VEÍCULO

* Em partes por milhão de S - ppm de S

Estrutura do Despoluir

ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - FEVEREIRO 2011

AL AM

% N

C

AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Brasil

10,4

1,30,03,9 3,2

0,02,8

0,0 1,5 1,03,3 2,6

3,5

AC1,9 21,1 0,0 1,3 1,6 0,0 3,3 0,0 1,9 10,4 1,3 7,4 1,6 3,9 3,2 0,0 3,3 3,4 2,8 0,0 3,8 1,5 1,0 3,3 2,6 0,0 3,50,03,5 14,6 0,0 1,2 1,0 0,0 2,4 1,2 3,0 11,5 1,8 7,6 1,8 3,5 2,3 0,0 2,8 4,5 1,4 0,0 6,8 1,2 0,8 2,0 2,6 0,0 3,40,0

Trimestre Anterior

Trimestre Atual

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - FEVEREIRO 2011

0,0

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

8

1,9

21,1

1,61,30,01,90,00

10

25

5

15

20

3,30,0

Corante 1,5%

2,2%

3,3%

Aspecto 45,4%

Pt. Fulgor 16,0%

Enxofre 3,3%

Teor de Biodiesel 31,6%Outros 2,2%

31,6%

45,4%

16,0%

1,5%

1,6

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DASEMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS

NÚMEROS DE AFERIÇÕES

388.129

Federações participantes 21Unidades de atendimento 70Empresas atendidas 6.370Caminhoneiros autônomos atendidos 7.903

QUALIDADE DO ÓLEO DIESELTEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL*

Japão 10 ppm de SEUA 15 ppm de SEuropa 50 ppm de S

Brasil

1.800 ppm de S

500 ppm de S

SETOR CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Mudança no uso da terra 1.202,13 76,30Transporte 136,15 8,60Industrial 114,62 7,30Outros setores 47,78 3,12Energia 48,45 3,10Processos industriais 25,43 1,60Total 1.574,56 100

MODAL CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Rodoviário 123,17 90,46Aéreo 7,68 5,65Outros meios 5,29 3,88Total 136,15 100

VEÍCULO CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Caminhões 36,65 44Veículos leves 32,49 39Comerciais leves - Diesel 8,33 10Ônibus 5,83 7Total 83,30 100

50 ppm de S

MODAL MILHÕES DE m3 PARTICIPAÇÃO (%)Rodoviário 32,71 96,6Ferroviário 0,69 2Hidroviário 0,48 1,4Total 33,88 100

TIPO 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Diesel 39,01 41,56 44,76 44,29 49,23 3,54Gasolina 24,01 24,32 25,17 25,40 29,84 2,50Etanol 6,19 9,37 13,29 16,47 15,07 1,10

3,43,8

JANEIRO FEVEREIRO20112007 A 2010 TOTAL

Aprovação no período

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE

CONSUMO POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões m3)

EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL(EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)

EMISSÕES DE CO2 POR SETOR

7,4

Diesel interior (substituição de 19% do Diesel 1.800 ppm de S por Diesel 500 ppm de S)

Diesel metropolitano (grandes centros urbanos)

Frotas cativas de ônibus urbanos das regiõesmetropolitanas da Baixada Santista, Campinas,São José dos Campos e Rio de Janeiro. Frotascativas de ônibus urbanos das cidades deCuritiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.Regiões metropolitanas de São Paulo, Belém,Fortaleza e Recife.

3,3

10.040 13.936 412.105

87,10% 89,65% 87,36% 87,18%

(JANEIRO)

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Tem sido forte aentrada de investi-mento estrangeirodireto – nos primei-

ros dois meses do ano foramUS$ 10,7 bilhões, enquanto nomesmo período de 2010 aentrada havia sido de menosde US$ 3,5 bilhões. É bemverdade que parte dissopode resultar de uma migra-ção de investimentos emrenda fixa, pois esses passa-ram a ser tributados via IOFno final de 2010. Então, espe-cula-se que parte dos recur-sos que vinham para com-prar títulos de renda fixa, porexemplo, estão entrandoindiretamente, passandoagora pelo caixa das empre-sas, carimbado como investi-mento estrangeiro.

Mas essa é só uma espe-culação e a mensuraçãodisso não é trivial, de formaque a questão levantada poresses maciços investimentos– a respeito de se é mesmoesse um bom momento parainvestir no Brasil – não ficainvalidada.

No momento em que uminvestidor estrangeiro deci-de o destino dos seus recur-

THAÍS MARZOLA ZARA

sos, pesam contra o país asvelhas e conhecidas ques-tões estruturais. A falta deinfraestrutura, a mão deobra pouco qualificada eextremamente taxada – osrecolhimentos sobre a folhade salário dobram o custo dequalquer contratação – e aelevada carga tributária sãoapenas algumas das ques-tões que elevam o custo dese investir no Brasil.

Por outro lado, estamosfalando de um país que, semsombra de dúvida, evoluiumuito desde a implantaçãodo Plano Real. A importânciadas instituições tem sidocrescentemente reconhecidae a política macroeconômicaassumiu tons de maior previ-sibilidade, com a estabilida-de da inflação, o controle fis-cal e um regime de câmbioflutuante.

Também a favor do Brasilestá a grande disponibilida-de de recursos naturais,especialmente as opções defontes de energia. Há umvasto potencial hídrico degeração de eletricidade e opaís é um dos mais avança-dos do mundo no uso de bio-

combustíveis, com o etanolde cana-de-açúcar utilizadoem larga escala – sem men-cionar a joia da coroa, que éo recém-descoberto petróleodo pré-sal.

Somando as carênciasestruturais e as novas opor-tunidades (Copa do Mundo,Olimpíadas e pré-sal), ademanda por investimentosdeve crescer nos próximosanos. Algumas áreas serãoclaros polos de atração deinvestimentos, como infraes-trutura (aeroportuária, rodo-viária, energética, de teleco-municações, entre outras),petroquímica, logística eturismo. E não há porque essademanda não ser atendida,haja vista as vantagens com-parativas do país já citadas.

Em suma, se a ideia é queesses eventos esportivossejam um marco definitivopara o Brasil assumir suacondição de país do presen-te, uma grande captação depoupança externa seránecessária. A via natural deentrada é o investimentoestrangeiro direto, que deve-rá ter fortes superávits nospróximos anos.

DEBATE Por que o Brasil tem atraído tanto investimento estrangeiro?

THAÍS MARZOLA ZARA Economista-chefe da RosenbergConsultores Associados, mestreem Teoria Econômica pela USP(Universidade de São Paulo)

Demanda por investimentoscresce nos próximos anos

“Algumas áreas serão polos de atração de investimentos, comoinfraestrutura de transporte, petroquímica, logística e turismo”

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? É um bom momento para se investir no país?

Os fluxos globais de IDE(Investimento DiretoEstrangeiro) de 2010, deUS$ 1,122 trilhão, segui-

ram praticamente estagnadosfrente a 2009. Esse resultado malultrapassa a metade, 54%, dofluxo global de IDE obtido no anode 2007, pico da série. Sem dúvi-da, isso demonstra o efeito dacrise econômica e financeirainternacional não somente sobreas intenções, mas também sobrea capacidade de investir dasempresas transnacionais.

Mas esse desempenho dos flu-xos globais de IDE não vem sendouniforme entre as diferentesregiões e economias. As diferen-tes velocidades de recuperaçãodos fluxos de IDE por região impli-cam em mudanças nas participa-ções das economias como recep-toras de IDE. Países em desenvol-vimento e em transição recebe-ram, juntos, 53,1% dos fluxos glo-bais de IDE. Significa que pela pri-meira vez os países desenvolvidosreceberam menos da metade,46,9%, dos fluxos globais de IDE.Trata-se de um reflexo das dife-renças de dinamismo econômico,o principal fator de atração doinvestimento direto estrangeiroentre esses grupos de economias.

terceiro maior mercado consumi-dor. Temos também destaque emexportações: somos os maioresexportadores de soja, carne, fran-go, couros, café, cana-de-açúcar,sucos e mineral de ferro.

Esse destaque do mercadoconsumidor brasileiro deverá seacentuar ainda mais. De acordocom o IBGE, entre 2011 e 2014, aclasse C deverá ganhar mais 18milhões de brasileiros, egressosdas classes D e E, população equi-valente à do Chile. Há também aperspectiva de investimentos deUS$ 34,1 bilhões até o ano de 2016para fazer frente aos eventos deCopa do Mundo e Olimpíadas. Comisso, o mercado consumidor brasi-leiro deverá sair da atual sétimapara a quinta posição até 2030.

Com esse dinamismo, osingressos de IDE no Brasil já atin-gem 4,3% dos fluxos globais, fren-te à participação de apenas 1,3%em 2006. Esses ingressos logra-ram financiar 102% do déficit emtransações correntes registradono ano passado. Além disso, cons-tituem 12,5% do volume deFormação Bruta de Capital Fixo.Em resumo, trata-se de uma con-tribuição nada irrelevante à sus-tentabilidade do crescimento eco-nômico de longo prazo do país.

LUIS AFONSO LIMA Presidente da Sobeet (SociedadeBrasileira de Estudos de EmpresasTransnacionais e da GlobalizaçãoEconômica). Economista-chefe doGrupo Telefônica no Brasil

Aumento e distribuição derenda atraem investimento

“Com o dinamismo do mercado consumidor brasileiro, os ingressos deIDE no Brasil já atingem 4,3% dos fluxos globais contra 1,3% de 2006”

A economia brasileira nãorepresenta exceção nesse contex-to de desconcentração dos fluxosde IDE em prol dos emergentes. Osinfluxos de IDE atingiram US$ 55,7bilhões até fevereiro de 2011 noperíodo acumulado de 12 meses.Se mantido esse volume, osingressos de IDE no Brasil deverãobater novo recorde em 2011.

Além da desconcentração dosfluxos de IDE por destino em prolde economias em desenvolvimen-to, quais outros fatores que con-tribuem para esse aumento deingressos no Brasil? A combina-ção de aumento e distribuição derenda vem contribuindo para odestaque de mercado consumidorbrasileiro. Desde 2003, a massareal de salários aumentou em49,8%. Isso, combinado com pro-gramas sociais, permitiu que 29milhões de brasileiros passassemdas classes D e E para a classe C.Esta passou de 36% para 50% dapopulação brasileira total desde2003. Com isso, o mercado consu-midor brasileiro logrou passar daoitava para a sétima posiçãoentre os anos de 2007 e de 2010.Nos setores de veículos e de tele-fonia móvel o nosso mercado con-sumidor já se encontra na quartaposição. No caso de TI, temos o

LUIS AFONSO LIMA

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 2011 81

CLÉSIO ANDRADEOPINIÃO

Confederação Nacional do Transporte tem suaatuação bem definida em três áreas distintas. Naárea social, por meio do Sest Senat, atua comações voltadas para a qualidade de vida e a capa-citação profissional do trabalhador em transporte.Na institucional, a meta é manter os temas de

interesse da atividade transportadora na agendanacional dos grandes debates. Na empresarial, foicriada a Escola do Transporte para levar novosconhecimentos e modernas técnicas de gerencia-mento para as empresas do setor e, assim, fortalecera capacidade empreendedora no transporte.

Os resultados na área institucional e empresarialmostram a importância e o vigor econômico da ativi-dade transportadora, um setor que responde por 15%do PIB brasileiro, gera mais de 3 milhões de empre-gos diretos, em 70 mil empresas e ainda 1,9 milhão decaminhoneiros autônomos e taxistas.

Porém, a atuação social, com o Serviço Socialdo Transporte e o Serviço Nacional deAprendizagem do Transporte, assume importânciacapital pela revolução que vem provocando navida de milhões de pessoas, permitindo a inclusãoe ascensão social e econômica.

No ano passado, o Sest Senat alcançou a históricamarca de 100 milhões de atendimento desde sua cria-ção em 1993. São mais de 100 milhões de ações,incluindo tratamento odontológico e médico emdiversas especialidades, cursos de qualificação ecapacitação profissional, com utilização de moder-nos recursos pedagógicos, inclusive simuladores, ati-vidades de esporte, lazer e culturais. Além das açõesdiretas para a saúde, com atendimento médico e

odontológico em suas atuais 137 unidades instaladasem todo o Brasil, o Sest Senat atua também na pre-venção de doenças, por meio de palestras, progra-mas específicos e campanhas educativas de saúdebucal, prevenção ao câncer de mama, DST/Aids, dia-betes, alcoolismo, entre outros males.

Mesmo com o peso estatístico dos números dosserviços prestados, a dimensão humana das transfor-mações pessoais que vem operando é a maior provado sucesso do Sest Senat. Em seus cursos, além doaprimoramento profissional dos trabalhadores emtransporte, destina parte das vagas para pessoas daprópria comunidade, em situação de risco social.Muitas delas têm nos cursos da entidade a porta deentrada no mercado de trabalho e de perspectiva deaumento e de recebimento formal de renda. Milhõesde pessoas que já receberam os benefícios do SestSenat estão construindo um novo futuro para si, paraseus familiares e para o nosso país.

O Sest Senat representa uma substancial colabo-ração do setor transportador brasileiro para o forta-lecimento da economia e para a melhoria da qualida-de de vida dos trabalhadores em transporte e dapopulação menos assistida pelos programas públi-cos, sendo um dos importantes agentes de inclusãosocial em nosso país.

Diante das ações que os últimos governos vêmrealizando para oferecer novas perspectivas de vidapara a população menos assistida, o Sest Senat somaseus esforços, colocando à disposição todo o seuconhecimento e instalações por um transporte efi-ciente e comprometido socialmente com um Brasilmais próspero e justo.

AAbrangência social

“A dimensão humana das transformações pessoais quevem operando é a maior prova do sucesso do Sest Senat”

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CNT TRANSPORTE ATUAL ABRIL 201182

AGRADECIMENTO

É com grande satisfação que agradecemos o envio da edição nº 186 da revista CNT Transporte Atual àUniversidade Federal do Acre. Ao longo da sua existência comoinstituição de ensino superior, auniversidade sempre esteve preocupada com a disseminaçãodo conhecimento e responsabilidadesocial. Não há dúvida que omaterial recebido será de grande importância.Apresentamos nossos cumprimentos, extensivos à equipe de produção, pela excelência do trabalho.

Profª. Drª. Olinda BatistaAssmar – reitoraRio Branco - AC

MULHERES

Parabéns à revista CNTTransporte Atual pelo reconhecimento ao trabalho das mulheres. Cada vez maisocupamos nosso lugar no mercado de trabalho, mas infelizmente ainda convivemoscom diferenças salariais.Acredito que reportagens comoessa mostram como é grandenosso potencial e nossa capacidadeprodutiva. Que mais mulheresconquistem seu espaço.

Sandra Regina MoreiraPouso Alegre - MG

AMEAÇA DAS AVES

Viajo bastante de avião a trabalho e já muitos pássarospróximos aos aeroportos.Realmente, o problema precisa ser solucionado para evitar grandes acidentes. A reportagem da revista CNT Transporte Atual deixaisso bem claro. Que nossas autoridades estejam atentas.

Daniel GonçalvesCuritiba - PR

ENTREVISTA

A entrevista com o professorJacques Marcovitch na edição nº 187 da revista CNT TransporteAtual é uma verdadeira aula desabedoria para os brasileiros quealmejam ter o próprio negócio para poder gerar riqueza, empregos e, destaforma, contribuir para o desenvolvimento do país. Oconhecimento do passado é quefaz o presente e gera o futuro.

Jonas PereiraSão Paulo - SP

DOS LEITORES

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUALAs cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

CARTAS PARA ESTA SEÇÃO

SAUS, quadra 1, bloco J

Edifício CNT, entradas 10 e 20, 10º andar

70070-010 - Brasília (DF)

E-mail: [email protected]

Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes

[email protected]

CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTE Clésio Andrade

PRESIDENTE DE HONRA DA CNTThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte RodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares JúniorTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Jacob Barata FilhoTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Marco Antonio Gulin Otávio Vieira da Cunha Filho TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio BenattiPedro José de Oliveira LopesTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca LopesEdgar Ferreira de Sousa

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Glen Gordon Findlay

Paulo Cabral Rebelo

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Rodrigo Vilaça

Júlio Fontana Neto

TRANSPORTE AÉREO

Urubatan Helou

José Afonso Assumpção

CONSELHO FISCAL (TITULARES)

David Lopes de Oliveira

Éder Dal’lago

Luiz Maldonado Marthos

José Hélio Fernandes

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

Waldemar Araújo

André Luiz Zanin de Oliveira

José Veronez

Eduardo Ferreira Rebuzzi

DIRETORIA

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Luiz Wagner Chieppe

Alfredo José Bezerra Leite

Lelis Marcos Teixeira

José Augusto Pinheiro

Victorino Aldo Saccol

José Severiano ChavesEudo Laranjeiras CostaAntônio Carlos Melgaço KnitellEurico GalhardiFrancisco Saldanha BezerraJerson Antonio PicoliJoão Rezende FilhoMário Martins

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Luiz Anselmo Trombini

Urubatan Helou

Irani Bertolini

Pedro José de Oliveira Lopes

Paulo Sérgio Ribeiro da Silva

Eduardo Ferreira Rebuzzi

Oswaldo Dias de Castro

Daniel Luís Carvalho

Augusto Emílio Dalçóquio

Geraldo Aguiar Brito Viana

Augusto Dalçóquio Neto

Euclides Haiss

Paulo Vicente Caleffi

Francisco Pelúcio

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de SousaJosé Alexandrino Ferreira NetoJosé Percides RodriguesLuiz Maldonado MarthosSandoval Geraldino dos SantosDirceu Efigenio ReisÉder Dal’ LagoAndré Luiz CostaDiumar Deléo Cunha BuenoClaudinei Natal PelegriniGetúlio Vargas de Moura BratzNilton Noel da RochaNeirman Moreira da Silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Hernani Goulart Fortuna

Paulo Duarte Alecrim

André Luiz Zanin de Oliveira

Moacyr Bonelli

George Alberto Takahashi

José Carlos Ribeiro Gomes

Roberto Sffair

Luiz Ivan Janaú Barbosa

José Roque

Fernando Ferreira Becker

Raimundo Holanda Cavacante Filho

Jorge Afonso Quagliani Pereira

Alcy Hagge Cavalcante

Eclésio da Silva

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