revista cnt transporte atual - ago/2008

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C NT LEIA ENTREVISTA COM RUBENS BORN SOBRE O CLIMA ANO XIV NÚMERO 156 EDIÇÃO INFORMATIVA DO SISTEMA CNT UM ANO DE DESPOLUIR PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE APRESENTA BALANÇO POSITIVO E LANÇA A SEMENTE PARA A SEGUNDA ETAPA DE AÇÕES VOLTADAS PARA O MEIO AMBIENTE TRANSPORTE ATUAL UM ANO DE DESPOLUIR

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Programa entra no seu segundo ano com a meta de melhorar e ampliar as iniciativas já implementadas e apresentar novidades para reforçar o engajamento de toda a sociedade.

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Page 1: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

CNT

LEIA ENTREVISTA COM RUBENS BORN SOBRE O CLIMA

ANO XIV NÚMERO 156

EDIÇÃO INFORMATIVADO SISTEMA CNT

UM ANO DE DESPOLUIRPROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE APRESENTA BALANÇO POSITIVO E LANÇA A SEMENTE PARA A SEGUNDA ETAPA DE AÇÕES VOLTADAS PARA O MEIO AMBIENTE

T R A N S P O R T E A T U A L

UM ANO DE DESPOLUIR

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 1564

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CASOS DE SUCESSOEmpresas que aderiram ao programa mostram osresultados alcançados

PÁGINA44

PARCERIASEntidades se unem à CNT e contribuem para a redução de gases

PÁGINA40

PROGRAMA AMBIENTAL NOS EUAReportagem aponta quais as propostasdos candidatos John McCain e BarackObama para o meio ambiente

ENCONTRO COM O COCDespoluir é apresentado à organização norte-americana, promotora de debate sobre competitividade entre empresas

PÁGINA

32

CONSELHO EDITORIAL

Almerindo Camilo

Aristides França Neto

Bernardino Rios Pim

Etevaldo Dias

Virgílio Coelho

REDAÇÃO

AC&S Mídia [www.acsmidia.com.br]

EDITOR-EXECUTIVO

Ricardo Ballarine [[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(31) 2551-7797 • [email protected] Rua Eduardo Lopes, 591 • Santo André CEP 31230-200 • Belo Horizonte (MG)ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.br / www.sestsenat.org.brATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:[email protected] / www.idt-cnt.org.br

PUBLICIDADEScreenmedia (11) 3451-0012REPRESENTANTES

Celso Marino - cel/radio:(11)  9141-2938

Publicação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053. Editada sob responsabilidade da AC&S Assessoria em Comunicação e Serviços Ltda.Tiragem: 40 mil exemplares

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

EDIÇÃO INFORMATIVA DO SISTEMA CNT

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ANO XIV | NÚMERO 156

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

Humor 6Alexandre Garcia 7Mais Transporte 12Segurança Marítima 48Secretaria de Portos 52Aviação 56Apoio Rodoviário 62Ferrovias 68Minastranspor 70Sest/Senat 74Debate 76Idet 79Opinião 81Cartas 82

CAPA RICARDO SÁ

PRÓXIMA ETAPAPrograma entra no seu segundo ano com a metade melhorar e ampliar as iniciativas jáimplementadas e apresentar novidades parareforçar o engajamento de toda a sociedade

PÁGINA

24

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UM ANOLançado emjulho de 2007com o objetivode conscientizaras empresastransportadorasda necessidadede reduzir aemissão de poluentes, oDespoluircomemora osresultados

ENTREVISTARubens Born fala de seusdesafios à frente doInstituto Vitae Civilis esobre mudanças no clima

PÁGINA8FEDERAÇÕESRepresentantes dosEstados avaliam de formapositiva os resultados doPrograma Despoluir

PÁGINA28

E MAIS

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DUKE

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 7

ra sí lia (Alô) - Como uma es pa ço na ve que dei -xa a ór bi ta para reen trar na at mos fe ra ter res -tre, es tou com a ca be ça quen te por vol tar aoam bien te bra si lei ro de pois de cin co se ma nasde fé rias na pe nín su la ibé ri ca: uma em Por tu -

gal e qua tro na Es pa nha. Sem pre que se vol ta do ex -te rior, a ten ta ção é de se fa zer com pa ra ções e com -pa rar o Bra sil com a Ale ma nha, os Es ta dos Uni dos eo Ja pão não tem gra ça, as raí zes são ou tras. Mas eues ti ve em Por tu gal, a pá tria-mãe, e Es pa nha, dequem tam bém já fo mos co lô nia, aí sim é uma com pa -ra ção jus ta com as nos sas ma tri zes. Usei car ro alu -ga do três ve zes, ôni bus duas ve zes, trem três ve zese avião uma vez. Acho que vol tei com um bom acer -vo de com pa ra ções em trans por tes.

A pri mei ra de las é aca cha pan te: que bom se riase nos sas ro do vias ti ves sem um dé ci mo da qua li da -de da rede por tu gue sa de es tra das - as fal to per fei -to, es tra das am plas e com duas mãos de di re ção, in -clu si ve em lu ga res de pou co trân si to, via du tos gi -gan tes cos a fa ci li tar a vida. As ro do vias es pa nho lasnão são di fe ren tes - a es pes su ra do as fal to é de uns30 cen tí me tros. Numa es tra di nha de uma re ser vaflo res tal na An da lu zia, pa rei para re che car a es pes -su ra: ain da lá, numa ro do via qua se vi ci nal, dava umpal mo. No ano pas sa do, mor re ram 539 pes soas em464 aci den tes, no as fal to es pa nhol, onde cir cu lamcer ca de 50 mi lhões de veí cu los. Isso dá três dias demor tes no as fal to bra si lei ro!

Fiz uma via gem in ter na cio nal de ôni bus, do Por -to a Sa la man ca, qua se 400 qui lô me tros. Pa guei por29 eu ros – cer ca de R$ 80. De Bil bao a San Se bas tian,mais de 100 qui lô me tros, fi cou em 9 eu ros e 20 cen -ta vos – cer ca de R$ 25. O trem de alta ve lo ci da de quenos le vou de Ma dri a Bil bao – 300 km/h – teve uma

pane no com pu ta dor e che gou com 17 mi nu tos deatra so. Pe los alto-fa lan tes nos avi sa ram para pas sarno gui chê da es ta ção de de sem bar que para re ce berum ter ço do va lor da pas sa gem de vol ta, como pe di -do de des cul pas. A Es pa nha tem trens de alta ve lo ci -da de – os AVE – aten den do qua se todo o país. En treas duas ci da des prin ci pais, Ma dri e Bar ce lo na, há 16fre qüên cias por dia. Por tu gal não tem trens de altave lo ci da de, mas 60% de seus trens an dam a mais de120 km/h. Aqui, trem de alta ve lo ci da de ain da é umapro mes sa dis tan te e os pou cos que exis tem an dama me nos de 40 km/h...

De Bar ce lo na a Gra na da, um tre cho dis tan te, fo -mos de avião. En quan to es pe ra va no imen so ae ro -por to – maior que qual quer um do Bra sil, em bo raBar ce lo na seja uma ci da de de 1,7 mi lhão de ha bi tan -tes – ve ri fi ca va no pai nel de par ti das e che ga das aine xis tên cia de atra sos e há ou tras ine xis tên cias: vi -si tar Por tu gal e Es pa nha é per ce ber se me lhan ças detem pe ra men to e há bi tos, mas tam bém di fe ren ças.Em cin co se ma nas, nos jor nais que li to dos os dias ena TV que via nos ho téis, ne nhu ma no tí cia de as sal -to a mão ar ma da. Nas ci da des lim pe za, be le za, au -sên cia de ba ru lho e trans por te de mas sa ex ce len te.

Se por tu gue ses e es pa nhóis são tão pa re ci doscom bra si lei ros, por que eles con se guem e nós não?Se os po vos são se me lhan tes, onde está a di fe ren -ça? Tudo in di ca que a di fe ren ça está nas au to ri da dese nas li de ran ças po lí ti cas. É ine vi tá vel con cluir queaqui, não im por ta nome ou par ti do, a in com pe tên ciagras sa. Ah, sim: em ne nhum mo men to fui im por tu -na do pela po lí cia de fron tei ra es pa nho la, como sãotan tos bra si lei ros e bra si lei ras. Afi nal, eu não ti nhacara de quem pre ten dia fi car por lá, como ile gal,mas que deu von ta de de não vol tar, ah, isso, deu.

B

"Asfalto perfeito, estradas amplas, inclusive em lugares de pouco trânsito, viadutos gigantescos a facilitar a vida."

A vontade de não voltar

ALEXANDRE GARCIA

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ENTREVISTA RUBENS HARRY BORN

Dou tor pela USP (Uni ver -si da de de São Pau lo) naárea de po lí ti cas in ter -na cio nais de mu dan ça

de cli ma e en ge nhei ro ci vil comex pe riên cia em obras es tru tu raisde gran de por te como a hi dre lé -tri ca de Itai pu, o pau lis ta no Ru -bens Harry Born foi o re pre sen -tan te das ONGs bra si lei ras na reu -nião do FBMC (Fó rum Bra si lei rode Mu dan ças de Cli má ti cas) emno vem bro pas sa do, no Pa lá cio doPla nal to. Para Born, é “mui to ge -né ri co” o pro je to de lei que ins ti -tui uma po lí ti ca na cio nal de com -ba te às mu dan ças cli má ti cas en -via da pelo Exe cu ti vo ao Con gres -so em ju nho de 2008.

Com a de ter mi na ção de quemhá 30 anos atua em ati vi da des deuso sus ten tá vel do meio am bien -te, atual men te, Born, 53, é coor -de na dor exe cu ti vo do Vi tae Ci vi lisIns ti tu to para o De sen vol vi men to,Meio Am bien te e Paz, bem comodos Gru pos de Tra ba lho de Agen -da 21 e de Mu dan ça de Cli ma doFBOMS (Fó rum Bra si lei ro de ONGse Mo vi men tos So ciais em De sen -

vol vi men to Susten tá vel e MeioAm bien te). É mem bro do FBMC econ sul tor de di ver sas en ti da desgo ver na men tais e pri va das aten -tas à ques tão am bien tal.

Na en tre vis ta a se guir, ele falados de sa fios que o mo vi men toam bien ta lis ta en fren ta, de po lí ti -cas para um de sen vol vi men tosus ten tá vel, do peso do trans -por te na con ta do aque ci men toglo bal e pro põe so lu ções.

Fale de sua atua ção e de sa -fios à fren te da Vi tae Ci vi lis.

Os de sa fios são os mes mos dains ti tui ção: dis se mi nar mais in for -ma ções e prá ti cas al ter na ti vaspara im plan tar mos o de sen vol vi -men to sus ten tá vel. É um pro ces soam plo que en vol ve ain da edu ca -ção e saú de. O con cei to prin ci palestá no tri pé so cie da de-eco no -mia-meio am bien te. A idéia é quete nha mos um tipo de de sen vol vi -men to que seja pe re ne, que umadi men são não se faça à cus ta daou tra. Não adian ta ter de sen vol vi -men to eco nô mi co se tem de de -gra dar o meio am bien te ou ter mi -

sé ria so cial. O de sen vol vi men tosus ten tá vel bus ca ga ran tir que asge ra ções fu tu ras pos sam su prirsuas ne ces si da des. Se es go tar -mos os re cur sos na tu rais ago ra, lána fren te o pes soal vai fi car sem.Isso im pli ca re ver o uso de ma té -rias-pri mas e tec no lo gias para seter o me nor im pac to pos sí vel. Es -sas idéias fi ca ram co nhe ci das apar tir da ECO-92

E que pro pos tas ou tec no lo -gias se riam es sas?

Por exem plo, o pro je to Ci da deSo lar im plan ta do em São Pau lo.Su ge ri mos aos ve rea do res queal te rem o có di go de obras dosmu ni cí pios, que hoje exi ge umpon to de ener gia elé tri ca em 220volts para o chu vei ro. A pro pos taé que haja a op ção de se ins ta lara tec no lo gia so lar, pois se sabeque o uso da ener gia elé tri capara aque cer água do pon to devis ta téc ni co é o me nos efi cien te.A ener gia so lar abre mer ca do, ébom para o meio am bien te e parao con su mi dor, ou seja, uma eco -no mia equi li bra da com o meio

am bien te. Ou tra pro pos ta é vol -ta da para a ges tão in te gra da. Emge ral, a so cie da de olha as coi sasde ma nei ra mui to frag men ta das.O go ver no fe de ral tem um ór gãoque cui da de águas, ou tro domeio am bien te, ou tro de es tra -das. Nos so olhar ten ta ser de in -te gra ção den tro das re giões. Nocaso do pro je to Ter ra das Águas –Di ver si da de e Vida, im plan ta dono mu ni cí pio de São Lou ren ço daSer ra, que está 100% em umaárea de pro te ção am bien tal, paraga ran tir água para São Pau lo, nósolha mos os ma nan ciais e, em vezde pro mo ver o de sen vol vi men todo mu ni cí pio de for ma fra cio na -da, com a in dús tria e o lado so -cial in de pen den te men te, bus ca -mos so lu ções que ga ran tam umequi lí brio, como por exem plo fo -men tar o eco tu ris mo como opor -tu ni da de de ge ra ção de em pre goe ren da.

Como está a atua ção dasONGs que li dam com ques tõesso cioam bien tais nos paí ses emde sen vol vi men to?

POR MARCELO FIUZA

"Para a Vitae Civilis eliminar a pobreza e promover a justiça social em harmonia com omeio ambiente é uma forma de promover a paz. E o caminho para isso é o diálogo"

FALTA UM PLANO PARA O CLIMA

Page 9: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

Hou ve um au men to mui togran de da de man da so bre es sasONGs, seja da so cie da de em ge -ral, que bus ca in for ma ções, ou deem pre sas e go ver nos que que -rem fa zer par ce rias, por que ospro ble mas am bien tais têm seagra va do. Por mais que di ga mosque há maior mo bi li za ção de em -pre sas e go ver nos, a de gra da çãoam bien tal tem avan ça do de ma -nei ra mais rá pi da que as res pos -tas da so cie da de. Ou tro de sa fiocon tí nuo das ONGs é que a maiorpar te de las fun cio na com vo lun -tá rios e pou cas têm meios parater equi pa men tos e pro fis sio naisper ma nen te men te con tra ta dos.Veja bem, o fato de ser vo lun tá rionão sig ni fi ca tra ba lho ama dor,mas na maior par te ele é fei tofora do ho rá rio de ser vi ço.

Quais as prin ci pais di fi cul -da des da mi li tân cia am bien -ta lis ta hoje?

Uma de las é essa de ter umaação con tí nua, re gu lar e mais efi -cien te. Mes mo que uma ONG ti -ves se 20 vo lun tá rios, para o tra -

ba lho de les dar cer to, se ria ne -ces sá rio que pelo me nos um fos -se con tra ta do, ou seja, é pre ci sodis por de meios para se fa zer umtra ba lho con tí nuo e com bas tan tebase téc ni ca. Ou tra di fi cul da deque vejo nas ONGs é em ter umfoco de ação mui to cla ro, por quenão dá para re sol ver to dos ospro ble mas am bien tais den tro deuma úni ca or ga ni za ção. Uma dasfor mas de atuar é em rede, comoo fran chi sing das mul ti na cio nais.A mi li tân cia am bien ta lis ta hojeatua em rede.

Quais são as me tas mais ur -gen tes?

Vou ci tar três. Na área glo bal ameta é li dar com a ques tão do

aque ci men to do pla ne ta e isso im -pli ca em di mi nui ção dos GEE (ga -ses do efei to es tu fa) de for madrás ti ca. Pre ci sa mos cor tar 60%dos GEE até 2050. Tam bém é pre -ci so se adap tar aos efei tos que la -men ta vel men te são ir re ver sí veis.O pla ne ta já aque ceu 0,6 grau Cel -sius em re la ção ao pe río do pré-in -dus trial do sé cu lo 19. Como os GEEfi cam por dé ca das na at mos fe ra,se usar mos um car ro hoje, a des -car ga dele vai fi car cem anos noam bien te. Mes mo se cor tás se mosa zero a emis são dos GEE, o que étec ni ca men te im pos sí vel, o pla ne -ta con ti nua ria a aque cer. Deve au -men tar mais 0,8, 0,7 grau até 2100,quan do es ta re mos com a tem pe -ra tu ra 1,4 grau mais alta em re la -

ção ao sé cu lo 19. Como é im pos sí -vel cor tar mos to das as emis sõesde ga ses, o mun do vai aque cerain da mais do que isso. O es for çovai ser de se adap tar a um cli mamais quen te, em que em al gunslu ga res vai cho ver me nos, nou trosha ve rá en chen tes. Para se fa zerum re ser va tó rio de água, leva-sedez anos, por isso de ve mos co me -çar a fa zer es tu dos dos im pac tosdes sas me di das hoje. No mun do,80% das emis sões dos GEE têm aver com uso de com bus tí veis fós -seis, seja para pro ces sos in dus -triais, seja para trans por tes oupara mo vi men tar má qui nas comotra to res na la vou ra. Ou tro tan to ére sul ta do da mu dan ça e uso dosolo como quei ma das, a trans for -

"Para a Vitae Civilis eliminar a pobreza e promover a justiça social em harmonia com omeio ambiente é uma forma de promover a paz. E o caminho para isso é o diálogo"

FOTOS VITAE CIVILIS/DIVULGAÇÃO

FALTA UM PLANO PARA O CLIMA

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PARCERIA Para Rubens Born, nenhum setor sozinho resolve o problema do desenvolvimento sustentável

ma ção de flo res tas em pas to, deuma área de ma nan cial em áreaur ba na etc. Isso nos mos tra que otrans por te tem con tri bui ção gran -de. O Bra sil op tou há al guns anos,de for ma equi vo ca da ou não, porro do vias, o que gas ta com bus tí velfós sil. O de sa fio do Bra sil é di mi -nuir o des ma ta men to e mu dar asmo da li da des do trans por te. A se -gun da meta é so bre sa nea men to,água e es go to. Mui ta gen te nomun do so fre com fal ta de sa nea -men to, com água po luí da por fal tade rede de es go to. E a ter cei rameta eu di ria que está li ga da aoam bien te das ci da des. De ve mospla ne jar, por exem plo, a co le ta delixo, ga ran tir que os go ver nos te -nham po lí ti ca ur ba na de ha bi ta -ção, evi tar mo rar em bei ra de cór -re go etc, isto é, uma ges tão ur ba -na ade qua da.

So bre a re la ção en tre trans -por te e meio am bien te, quais osas pec tos mais im por tan tes ase rem ob ser va dos?

Va mos ver pri mei ro den tro dasci da des. Seja ca mi nhão, bar co ouavião, o uso de com bus tí veis fós -seis gera GEE. Quan to me nos, emtese, a gen te pre ci sar de trans por -te que emi ta es ses ga ses, me lhor,mas va mos su por que te nha mosum car ro elé tri co e que ama nhãto dos se rão as sim. O trân si to vaicon ti nuar caó ti co, pois o pro ble -ma das nos sas vias é que têm ex -ces so de veí cu los. Ti rar o com bus -

tí vel fós sil é le gal, mas só isso nãore sol ve pro ble ma de trans por tena ci da de. Tem de au men tar otrans por te pú bli co ou vai con ti -nuar a ir ri ta ção, a vio lên cia notrân si to. Pa ris im plan tou a bi ci cle -ta, que se pega numa es ta ção dome trô e en tre ga nou tra es ta ção,mas às ve zes só isso não re sol ve,por que numa pon ta da ci da de opla ne ja men to co lo ca a in dús tria,nou tro as ca sas e a car ne para ali -men tar a po pu la ção vem lá doAma zo nas. É pre ci so pla ne jar issode ma nei ra que as ne ces si da desde trans por te se jam mais ra cio -nais. Pen san do ago ra em lon gasdis tân cias, isso tem a ver com asmo da li da des tam bém. Cer tas ati -vi da des eco nô mi cas têm sua áreaapro pria da. O mi né rio de fer ro ti -ra do de Ca ra jás tem de ser trans -por ta do para a usi na e para issodeve usar o me lhor mo dal detrans por te. O pla ne ja men to deter ri tó rio vem an tes de se pen saras mo da li da des.

Qual sua opi nião so bre pro -ble mas tí pi cos dos gran des cen -tros, como a po lui ção e o ex ces -so de car ros?

De novo é re sul ta do do pla ne -ja men to ur ba no. De fen do bair rosex clu si va men te ha bi ta cio nais,mas even tual men te va mos ter, aexem plo de Bra sí lia, em cada su -per qua dra re si den cial uma pe que -na área co mer cial, para a pes soair com prar seu pão e car ne a pé.

Usan do esse exem plo, se eu pu -des se pla ne jar onde co lo car nasci da des as in dús trias, o co mér cio,as ati vi da des que ge ram em pre -gos e os equi pa men tos so ciais,po de ria even tual men te mi ni mi zaro trans por te. Há cer tos ser vi çosso ciais, como hos pi tal, que sãocen tra li za dos nos gran des cen -tros. Te mos de pla ne jar o de sen -vol vi men to eco nô mi co e so cial defor ma a mi ni mi zar o trans por te.Fi car pre so no con ges tio na men toé per der di nhei ro.

O que é pre ci so para o Bra silse tor nar um país en ga ja do nabus ca por so lu ções para o aque -ci men to glo bal?

Dia 5 de ju nho, a Pre si dên ciada Re pú bli ca en ca mi nhou ao Con -gres so um pro je to de lei so bre po -lí ti ca na cio nal de mu dan ça de cli -ma. Se con tar que a con ven ção daONU so bre o as sun to foi as si na dapelo Bra sil na ECO-92, es ta moscom 16 anos de atra so. Es pe ra mosque o Con gres so não leve 16 anospara apro var essa lei. Mas ela émui to ge né ri ca, tan to que o go -ver no está ela bo ran do o pró priopla no de ação, cuja pri mei ra ver -são fica pron ta em se tem bro. Emno vem bro pas sa do hou ve umareu nião pú bli ca no Pa lá cio do Pla -nal to com o pre si den te Lula, doFó rum Bra si lei ro de Mu dan ças Cli -má ti cas com em pre sá rios, ONGsetc. Fui eu a fa lar em nome dasONGs e dis se ao pre si den te isso:

es ta mos 16 anos atra sa dos, pre ci -sa mos de po lí ti ca sé ria, pen sarem po lí ti cas se to riais para o sa -nea men to, o des ma ta men to, otrans por te e em to das elas de ve -mos con si de rar a va riá vel dosGEE. O Bra sil pre ci sa de um pla nopara a mu dan ça de cli ma, que atéen tão não teve, que es te ja deacor do com a ONU, se gun do aqual as po lí ti cas se to riais e os ór -gãos li ga dos ao meio am bien te,ao trans por te e à saú de le vem emcon ta as emis sões dos GEE.

Como se ria uma po lí ti ca na -cio nal para a mu dan ça de cli ma?

Deve ter com po nen te for te decon tro le do des ma ta men to, masir além. Não bas ta só proi bir, temde mos trar o que é pos sí vel deser fei to. Na área de trans por te,por exem plo, é pre ci so apoiopara que os mu ni cí pios im plan -

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PARCERIA Para Rubens Born, nenhum setor sozinho resolve o problema do desenvolvimento sustentável

tem um trans por te pú bli co e lim -po, que vá se subs ti tuin do o usode óleo die sel e ga so li na por eta -nol e bio com bus tí vel. Às ve zesmuda-se um ar ti go no có di go deobras mu ni ci pal e já há um im -pac to gran de no meio am bien te.Ano pas sa do em São Pau lo foiapro va da a lei que obri ga que no -vas cons tru ções te nham equi pa -men to de ener gia so lar.

O Vi tae Ci vi lis de sen vol veações para a pro mo ção de umapo lí ti ca sus ten tá vel de ener giae uso do més ti co de co le to resso la res. Há ini cia ti vas se me -lhan tes para o trans por te?

Há toda uma ques tão so bre obio com bus tí vel e o eta nol em dis -cus são. Fora do Bra sil todo mun -do quer sa ber dis so e o uso decar ros flex está au men tan do.Jun ta men te com ou tras ONGs,

es ta mos preo cu pa dos com a di -men são so cial e am bien tal detodo esse ci clo. O eta nol é bomsubs ti tu ti vo do com bus tí vel fós -sil. Se com pa rar mos um car ro aga so li na e ou tro a bio die sel econ si de rar mos a ex plo ra ção,trans por te, re fi no e dis tri bui çãodo pe tró leo e fi zer mos tam bém acon ta para o cul ti vo da cana, usi -na gem e dis tri bui ção, a con ta doeta nol é qua se 80% me nor que ado com bus tí vel fós sil, mas hápro ble mas so cioam bien tais noeta nol. Pro du zi mos um do cu men -to, que está no site (www.vi tae ci -vi lis.org.br), que se cha ma “EmDi re ção da Sus ten ta bi li da de daPro du ção de Eta nol da Cana-de-Açú car no Bra sil”, com cri té riosque acha mos que de vem ser con -si de ra dos. Há ain da plan tio decana com bóia-fria ir re gu lar e ou -tras ques tões am bien tais.

O que é pre ci so para o Bra silman ter a van guar da em pes qui -sa so bre bio com bus tí veis?

Co me çar a le var em con ta osas pec tos am bien tais e so ciais.Não bas ta o go ver no fa lar que nãohá pro ble mas. É pre ci so ad mi ti-lose ten tar re sol vê-los, como o des -ma ta men to, o tra ba lho ina de qua -do e uni fi car a ação dos ór gãosque cui dam de li cen cia men to. Éne ces sá rio cal cu lar quan to cus tao trans por te, a po lui ção dos rios,fa zer um ba lan ço, um in ven tá riode toda a ati vi da de eco nô mi ca emtor no do bio com bus tí vel combase no es to que de car bo no e in -cor po rar isso ao pro ces so de li -cen cia men to.

Há ou tras op ções me lho resde fon tes re no vá veis de ener giapara o trans por te?

Além de ra cio na li zar o trans -por te, há a ques tão elé tri ca, queno Bra sil é le gal por que te mos hi -dre lé tri cas. Se fos sem ter moe lé -tri cas te ría mos de fa zer essa con -ta do gas to de car bo no. De ve mosan tes in ves tir em trans por te pú -bli co e in fra-es tru tu ra. No caso deci clo vias, por exem plo, quem tra -ba lha de ter no tem de ter ves tiá -rios para tro car de rou pa e bi ci cle -tá rios, além de re for mar os pré -dios co mer ciais e shop pings parapo der pa rar a bi ci cle ta.

A fro ta bra si lei ra nun ca foitão gran de. Que su ges tões os

am bien ta lis tas têm para aques tão?

Te mos ba ti do na te cla do au -men to do trans por te pú bli co e name lho ria nas op ções de mo daisde trans por te. Veja o caso dos Ro -doa néis. Es tão se abrin do parauma sé rie de em pre sas de car gas,fri go rí fi cos, en tre pos tos, mas con -ti nuam sen do en tron ca men tos decar gas ro do viá rias. Por que nãousar o trans por te in ter mo dal,como um Anel Ro do fer ro viá rio? Acon cep ção in ter mo dal está es -que ci da e o pla ne ja men to de ve riaes tar in te gra do ao trans por te.

Que ou tra ques tão é im por -tan te des ta car na re la ção en tremeio am bien te e trans por te?

Uma das li nhas que tra ba lho éque ne nhum se tor so zi nho vai re -sol ver o pro ble ma do de sen vol vi -men to sus ten tá vel. Pre ci sa mosde po lí ti cas para o trans por te e aha bi ta ção. Há con fli tos e o diá lo -go é a me lhor for ma de en con trarso lu ções. A Vi tae Ci vi lis se cha maIns ti tu to para o De sen vol vi men to,Meio Am bien te e Paz e para nóseli mi nar a po bre za e pro mo ver ajus ti ça so cial em har mo nia com omeio am bien te é uma for ma depro mo ver a paz e o ca mi nho paraisso é o diá lo go, mes mo por que,se eu ques tio no o que te nho aver com pro ble mas am bien tais ede cli ma e como não ser ví ti maou cúm pli ce, isso sig ni fi ca quete nho de fa zer algo. ●

Page 12: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15612

MAIS TRANSPORTE

A Comil lançou a nova versão dalinha de microônibus Piá, com modelos urbanos e rodoviários. OPiá Rodoviário traz, no seu interior,novo porta-pacotes com maiorespaço para guardar volumes enova iluminação. O diferencial domodelo é que o porta-pacotes servecomo corrimão, tornando a circulação no interior do veículomais segura e confortável. O PiáUrbano traz novas luminárias, queoferecem a possibilidade deaplicação da iluminação em LED. Apoltrona encosto alto Urbe Class,que proporciona maior confortodevido às suaves curvaturas quedesenham as costas do usuário.

A Trip Linhas Aéreas incorporou em julho uma nova aeronave à sua frota: o ATR 72-500. Omodelo já está em operação e inaugurou a rota Campinas (SP), Maringá (PR), Rondonópolis(MT), Cuiabá (MT), Sinop (MT) e Alta Floresta (MT), com freqüência de vôos diários. A Tripfechou contrato para a compra de 12 modelos ATR 72-500 com as empresas Aeroespatiale(França) e Alenia (Itália), que compõem o consórcio Airbus, fabricantes dos modelos ATR.Nos meses de agosto, outubro e dezembro deste ano, a empresa receberá três aviões do modelo. As outras aeronaves serão entregues até 2010. De acordo com a Trip, oinvestimento foi da ordem de US$ 200 milhões.

NOVA AERONAVE

TRIP/DIVULGAÇÃO

MICROÔNIBUS

A Polícia Rodoviária Federal criouum sistema de informações para oregistro on-line de carros roubados e furtados. Chamado deAlerta, o sistema, após denúnciade crime recebida por postos ouviaturas, repassa as informaçõespara todas as demais viaturas epostos do Estado onde ocorreu ocrime e também para os Estadosvizinhos. De acordo com a corporação, nos seis primeirosmeses deste ano, foram recuperados pelo Alerta 581 veículos. O cadastro do automóvelroubado pode ser feito pelocidadão por meio do site:www.dprf.gov.br

Entre os dias 14 e 16 de agostoacontece no aeroporto deCongonhas, em São Paulo, aquinta edição da Labace (LatinAmerica Business AviationConference & Exhibition). A Labace é voltada aempresários, executivos degrandes empresas, companhiasde táxi aéreo, pilotos, técnicos,indústria aeronáutica e presta-

dores de serviço do setoraeroviário. A Abag (AssociaçãoBrasileira de Aviação Geral) é aresponsável pela organizaçãodo evento. Rui Thomaz deAquino, presidente da Abag,acredita que esta edição teráum volume maior de participantes e negócios, devidoao aquecimento econômico. “ALabace é há anos a principal

feira da aviação empresarial na América Latina, porém, este ano, como reflexo dosresultados positivos da economiae do continuado processo de descentralização do desenvolvimento econômico, devemos ter um númerorecorde de negócios realizados”. Mais informações:www.labace.com.br

ALERTA

NOVA EDIÇÃO DA LABACE

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FRANCISCO MADEIRA

que, segundo a empresa, irá atender unicamente as rotasnacionais, será adquirido até ofinal do primeiro semestre de2009. A direção da companhiaacredita que a participação daempresa no mercado de cargatransportada via aeroportos deSalvador, Recife, Fortaleza e Natal possa alcançar 15% até o final do ano. A expectativa da ABSA CargoAirline é incrementar suas receitas em cerca US$ 5 milhões por mês, quando todas as rotas estiverem em operação.

CARGA AÉREA

A empresa de carga aérea ABSACargo Airline anunciou três novasrotas domésticas: Manaus -Brasília; Brasília - Campinas (VCP)e Manaus - Campinas (VCP). Todosos trechos já estão em operação.Há previsão de implantação demais um vôo na rota Manaus -Brasília em meados do segundosemestre. Até o final do ano acompanhia prevê outras trêsrotas domésticas: Confins (MG) - Campinas (VCP); Vitória -Campinas (VCP) e Campinas (VCP)- Manaus. Além dos novos trechosa ABSA projeta a aquisição demais uma aeronave. O cargueiro

Biocombustível a produzir em escala comercial. As outras duas - em Quixadá, no Ceará, e Montes Claros, emMinas Gerais - estão em fase final de testes e devem começara produzir biodiesel até o final de agosto. Com capacidade de produção de 57 milhões de litrospor ano, a usina de Candeiasrecebeu investimentos de R$ 101milhões. As unidades de Quixadáe Montes Claros também têm omesmo tamanho. Quandoestiverem a plena carga, as trêsusinas vão produzir 170 milhõesde litros de biodiesel por ano,totalizando um investimento de cerca de R$ 300 milhões.

BIODIESEL

A primeira usina de biodiesel daPetrobras entrou oficialmente em operação no final de julho, em Candeias, na RegiãoMetropolitana de Salvador. Nainauguração, que contou com aparticipação do presidente LuizInácio Lula da Silva, também foi empossada a diretoria daPetrobras Biocombustível, novaempresa criada pela companhiaestatal de energia para reforçar o compromisso com o meio ambiente e a atuação nesse segmento, no qual estão previstos investimentos de US$1,5 bilhão até 2012. A unidade de Candeias é a primeira de três usinas da Petrobras

ENTREVISTA

Mercado aquecidoPOR LETICIA SIMÕES

A Ford Caminhões celebrou o aquecimento do mercado deuma maneira bem peculiar. Além de lançar sua linha 2009 dosCaminhões Cargo e da série F, com dois novos modelos, amontadora passará a ter, em sua fábrica em São Bernardo doCampo, um segundo turno de produção. A montadora estimaainda aumentar as vendas em 20% para o segundo semestre.Para falar sobre os investimentos e novidades da FordCaminhões, a CNT Transporte Atual conversou com o gerente de marketing Pedro de Aquino.

O que motivou a Ford Caminhões a realizar os investimentos anunciados?Os investimentos mostram a nossa confiança no crescimentosustentável do mercado sul-americano e particularmente noBrasil. Isso se tornou possível com a estabilidade econômica eoutras condições positivas, como a queda nas taxas de juros,a maior oferta de crédito por parte do BNDES, o PAC, a novapolítica industrial e outras medidas de incentivo ao mercadointerno adotadas pelo governo federal, além de importantesações do governo do Estado de São Paulo.

Quais são as principais características da linha 2009?A linha Cargo 2009 incorpora mudanças voltadas principalmente para o conforto e funcionalidade do motorista.Recebeu um novo pacote acústico e bancos com suspensão a ar em todos os modelos, além da eliminação da janela traseira, aumentando a segurança do motorista. Já o F-4000foi lançado para atender um segmento específico de mercadoque necessita de caminhão para utilizar tanto na cidade,como em rigorosas condições no campo, especialmente onde a tração total é necessária.

Quanto será investido para a implantação do segundoturno na fábrica? Serão investidos R$ 36,5 milhões adicionais aos R$ 300 milhões anunciados na última Fenatran. Serão gerados mais de 400 novos empregos, com início em janeiro do ano que vem.

PEDRO DE AQUINO

“Os investimentos mostram a nossa confiança no crescimento sustentável do mercado sul-americano e particularmente no Brasil”

PEDRO DE AQUINO

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MAIS TRANSPORTE

Festa recebe 20 mil visitantes

MEU NÚMERO É 4As transformações vividas pela Chinano século 20 são retratadas por umajovem chinesa, que enfrentou aRevolução Cultural.De Ting-Xing Ye. Casa da Palavra,224 págs, R$ 35

O TEMA QUENTEO livro explica a transformação ambiental. Para tanto, funciona comoum guia conciso sobre o tema, com soluções já em uso.De Gabrielle Walker e David King.Objetiva, 288 págs, R$ 39,90

CAMINHONEIROAQUECIMENTO GLOBALReunião de três ensaios do economista,que tratam da crise ambiental, combase no relatório do IPCC e em trabalhos de ecologistas.De José Eli da Veiga. Senac SãoPaulo, 112 págs, R$ 25

Ca mi nho nei ros de todoo país pres ti gia ram a19ª Fes ta do Ca mi nho -

nei ro. O tra di cio nal even toacon te ceu en tre os dias 23 e25 de ju lho, em Gua ru lhos,São Pau lo. A Fes ta é rea li za dana área de ex po si ções ane xaao Pos to Sa ka mo to, no km210,5 da Ro do via Pre si den teDu tra, sen ti do Rio de Ja nei -ro. Se gun do a or ga ni za ção, a19ª edi ção da Fes ta do Ca mi -nho nei ro re ce beu pú bli co su -pe rior a 20 mil vi si tan tes, du -ran te os três dias. A in fra-es -tru tu ra con tou, este ano,com um am plo es ta cio na -men to para mais de mil equi nhen tos ca mi nhões, ofe -re cen do aos pre sen tes maiorse gu ran ça.

O Sest/Se nat es te ve pre -sen te ofe re cen do aos par ti ci -pan tes ser vi ços como tes tede gli ce mia, afe ri ção de pres -são, cor te de ca be lo e pa les -tras so bre Se gu ran ça noTrans por te de Pro du tos Pe ri -go sos, Di re ção Pre ven ti va,Dis túr bios do Sono, Ali men ta -ção Sau dá vel, den tre ou tros.Os ca mi nho nei ros ti ve ramaces so gra tui to à Fes ta.

A re li gio si da de mar cou opri mei ro dia do even to. Em

co me mo ra ção ao Dia deSão Cris tó vão, o san to pro -te tor dos mo to ris tas e via -jan tes, hou ve a tra di cio nal“Ben ção das Cha ves”, rea li -za da por um pá ro co da re -gião. A mis sa con tou com apar ti ci pa ção de di ver sosca mi nho nei ros que fi ze ramques tão de re ce ber a ben -ção do dia. Fo ram ar re ca da -das duas mil e qui nhen tasto ne la das de ali men tos,des ti na dos à Pa ró quia Nos -sa Se nho ra do Bom Su ces -so, de Gua ru lhos.

Ou tras atra ções mo vi men -ta ram a fes ta. Os ca mi nho nei -ros pu de ram con fe rir ex po si -ções e rea li zar um test dri vecom os úl ti mos lan ça men tosdo mer ca do, em uma pis ta ex -clu si va. A no vi da de des sa edi -ção foi o Pri mei ro Fei rão deCa mi nhões Se mi no vos. De zoi -to re ven de do res de São Pau loes ti ve ram pre sen tes com pla -nos es pe ciais, para que o mo -to ris ta pu des se ad qui rir o ca -mi nhão de se ja do, de for ma fa -ci li ta da. Os shows mu si cais fo -ram ou tro atra ti vo à par te.

FÉ Religosidade é marca da Festa do Caminhoneiro

LILÁS COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO

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LANÇAMENTO

A Fras-le, fabricante demateriais de fricção, lançouum novo produto: a lona de freio AF/690. Com alta durabilidade para aplicaçãoem veículos comerciais eônibus, o novo material é indicado para o transporte queexige baixa emissão de ruídosnas mais diversas situações de operação. A composição dalona AF/690 possui matérias-primas de última geração,selecionadas para

proporcionar alta estabilidadede atrito e baixa emissão deruído de frenagem. Outra característica do produto é aalta durabilidade das lonas e do tambor, além da altaresistência térmica emcondições críticas de operação. Segundo a Fras-le, o produto, que já é fornecidopara montadoras, passa a ser disponibilizado também para o mercado de reposição nacional.

NOVIDADE Lona de freio para veículos comerciais leves e ônibus

FRAS’LE/DIVULGAÇÃO

vida nas estradas, distribuindobrindes e folhetos com dicasúteis. O programa lançou oselo Transportadora da Vidaque irá certificar as empresas de transporte que aderirem à proposta dedesenvolver ações junto aopúblico interno e externo,com enfoque na educação ena segurança no trânsito.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

O Grupo Gafor, com atuação nos segmentos dedistribuição e revenda deprodutos químicos e papel,logística e transporte internacional, anunciou umnovo programa com foco naresponsabilidade social: oTransportadora da Vida/ VidaUrgente na Estrada. O projetoserá realizado em parceriacom o Setcergs (Sindicatodas Empresas de Transportede Carga no Estado do RioGrande do Sul) e a FundaçãoThiago de Moraes Gonzaga,com sede em Porto Alegre(RS). O objetivo é reforçar aimportância da direção segura para a preservação da

PRÊMIO CNT

As inscrições para o 15ºPrêmio CNT de Jornalismo jáforam abertas. O concurso tem como objetivos estimular,divulgar e prestigiar trabalhosjornalísticos sobre o transporte. A CNT pretende, com a iniciativa, proporcionar um melhor entendimento sobre aimportância da atividade dotransporte na vida econômica,política, social e cultural dopaís. Os candidatos terão até odia 14 de setembro parainscreverem seus trabalhos.Poderão participar matérias efotos veiculadas entre 15 desetembro de 2007 a 14 de

setembro de 2008. Serão premiados trabalhos em seis categorias:televisão, mídia impressa (jornal e revista), fotografia,Internet, rádio e meio ambiente, totalizando R$90 mil em prêmios. Para a categoria meio ambientehaverá uma premiação especial: a CNT irá conferir ao melhor trabalho prêmio no valor de R$ 10 mil. Asinscrições devem ser realizadas no site da entidade.O regulamento e demais informações estão disponíveis no endereço:http:/www.cnt.org.br/premiocnt

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MAIS TRANSPORTE

A Volvo vai lançar em setembro o seu novo ônibushíbrido. O Volvo 7700 Hybridserá apresentado pelaprimeira vez durante a feiraIAA, considerada a maiorexposição de veículos comerciais (ônibus e caminhões) do mundo, emHanover, Alemanha. Segundonota da montadora, a tecnologia híbrida Volvo gera uma redução no consumo de combustívelde até 30% e diminui consideravelmente as emissões de gases, além de

reduzir os níveis de ruído do veículo. O Volvo 7700 éum ônibus urbano com 12metros de comprimento episo baixo, com um motor a diesel de cinco litros. Todos os componentesdo veículo são da Volvo. O ônibus híbrido tem aproximadamente o mesmopeso do ônibus a diesel, mas, de acordo com montadora sueca, ofereceuma melhor distribuição de peso, o que permite transportar mais passageirosque o modelo a diesel.

O automobilismo ganhou, emjulho, sua primeira coletâneabrasileira: “A História doAutomóvel - a Evolução daMobilidade”, de autoria do jornalista e engenheiro automotivo José Luiz Vieira.Lançada pela Editora Alaúde, acoletânea oferece, em três volumes, uma prazerosaviagem à história do automóvel. A idéia de transformar em livro toda atrajetória do automobilismosurgiu da imensa coleção demateriais e fotos que o autormantinha em casa. Comtiragem inicial de 3.500

exemplares, o primeiro volume,já disponível nas livrarias,aborda a evolução do automóvel desde a pré-história ao ano de 1908. Osegundo volume, previsto paraser lançado em dezembrodeste ano, contempla a trajetória do automóvel de1908 a 1960. O terceiro volume,que chegará às prateleiras em abril de 2009, detalha os mais recentes fatos da história do automóvel, compreendendo o período de 1950 a 2000. O preço sugerido para cada volume é de R$108,00.

A Renault apresentou em julho oNovo Kangoo Express 2009. O util-itário é considerado pela monta-dora o modelo ideal para a dis-tribuição urbana de cargas e vol-umes. O veículo, juntamente comos modelos da gama RenaultMaster, integra a linha de util-itários comercializados pelaRenault do Brasil, caracterizadospor possuir um baixo custo porquilometro rodado e um baixovalor de manutenção. O KangooExpress 2009 vem equipado commotorização bicombustível 1.6 16VHi-Flex, que proporciona ao util-itário chegar a uma potência de98,3 cv com álcool e 95 cv com

gasolina. A Renault disponibilizouuma única versão de acabamentodo novo modelo, no entanto, oKangoo 2009 pode ser adquiridocom ou sem porta lateraldeslizante, com preço inicial deR$ 40.360. O modelo vem equipa-do com ar quente, regulagemelétrica dos faróis com comandointerno, terceira luz de freio epneus 165/70 R14. A versão comporta lateral deslizante tem comoopcional direção hidráulica e PackConforto com ar-condicionado.Outra novidade do KangooExpress 2009 é a barra dupla deproteção contra a invasão decarga na cabine do motorista.

ÔNIBUS

AUTOMOBILSIMOUTILITÁRIO

RENAULT Modelo Kangoo Express 2009 da montadora

RENAULT/DIVULGAÇÃO

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Opções para os cadeirantes

ACESSIBILIDADE

Mais no vi da des parafa ci li tar o aces so deca dei ran tes aos veí -

cu los che ga ao mer ca do. ACa ve nag hi, em pre sa es pe cia -li za da na adap ta ção vei cu lare pro du tos para rea bi li ta çãode pes soas com de fi ciên ciafí si ca, lan çou em ju lho trêsdi fe ren tes mo de los de ban -cos mó veis e gi ra tó rios – Mó -vel, Ro tan te e Or bi tal. O Ban -co Mó vel rea li za um giro deapro xi ma da men te 90º em di -re ção à por ta e se des lo capara fora do veí cu lo por meiode tri lhos. Já o Ro tan te tam -bém rea li za giro de apro xi -ma da men te 90º em di re ção àpor ta e se des lo ca ho ri zon -tal men te para fora do veí cu -lo, sem se mo ver para ser uti -li za do na ca dei ra de ro das.

E a ver são ma nual cha -ma da Or bi tal faz o mes mogiro dos dois mo de los, po -rém, seu des lo ca men to éver ti cal. Ou tro di fe ren cial éque o ban co é re bai xa do aosair do veí cu lo e se apro xi -ma do solo, per mi tin do quefi que no mes mo ní vel da ca -dei ra de ro das pa drão.

A Tech no brás, em pre sado gru po eu ro peu Gui do sim -plex, trans for mou o Fiat Do -blò para aten der, ex clu si va -men te, os ca dei ran tes. Acom pa nhia de sen vol veu umkit para a trans for ma ção do

Do blò: le van ta men to do teto(com aca ba men to pa no râ mi -co) e das por tas tra sei ras,ins ta la ção de pla ta for ma au -to ma ti za da, kits de fi xa çãono piso do au to mó vel e mo -der no sis te ma de cin tos dese gu ran ça. Se gun do a em -pre sa, não exis te es for ço fí -si co para o aces so do ca dei -ran te ao in te rior do car ro. Apla ta for ma é acio na da porcon tro le re mo to rea li zan doos mo vi men tos de des ci da esu bi da, o que ga ran te o con -for to do pas sa gei ro.

Ain da se gun do a Tech no -brás, o Fiat Do blò foi sub me -ti do a vá rios tes tes de im -pac to, ob ten do re sul ta dossa tis fa tó rios, o que com pro -va a to tal se gu ran ça que oveí cu lo ofe re ce nes te tipode trans por te. A ge ren te co -mer cial da em pre sa, Mi riamMa tos, diz que a so lu çãoapre sen ta da pela Tech no -brás é a mes ma uti li za da empaí ses como Itá lia, In gla ter -ra e Es ta dos Uni dos. “Agran de di fe ren ça de nos soDo blò é o teto alto, que éfei to na mes ma cha pa au to -mo ti va do car ro. Não tra ba -lha mos com teto em fi bra devi dro, pois não é uma me di -da se gu ra, o veí cu lo per dees ta bi li da de tra sei ra e podevir a ra char e de for mar como tem po”, diz a ge ren te.

MOBILIDADE Modelo de banco móvel da Cavenaghi

CAVENAGHI/DIVULGAÇÃO

NOVIDADE Fiat Doblò adaptado para cadeirantes

TECHNOBRÁS/DIVULGAÇÃO

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Há um ano, ao lan çar o Des po luir- Pro gra ma Am bien tal do Trans -por te -, o pre si den te da CNT,Clé sio An dra de, de cla rou que

te ria como meta con se guir uma gran demo bi li za ção do se tor de trans por te emtor no da ques tão am bien tal. Na opi niãodo pre si den te, o aque ci men to glo bal épro ble ma de to dos e o trans por ta dor, aouti li zar com bus tí veis fós seis, tem, comoos de mais seg men tos, ine gá vel par ce lade res pon sa bi li da de na emis são de ga sesdo efei to es tu fa. Mas, se gun do o di ri gen -te, esse mes mo se tor, por sua na tu re za, éfa tor de in te gra ção na cio nal e seus tra -

ba lha do res são for ma do res de opi nião e,na tu ral men te, di fu so res de idéias e cos -tu mes. Clé sio An dra de es ta va cer to aoapre sen tar à so cie da de o que cha mou de“prio ri ta ria men te um pro gra ma de cons -cien ti za ção e mo bi li za ção”, pois o Des -po luir já con tri bui efe ti va men te para me -lho rar a ima gem do se tor jun to à so cie -da de e para a me lho ria da qua li da de doam bien te em que vi ve mos.

O Pro gra ma Des po luir con sis te de vá -rios pro je tos im ple men ta dos pelo Sis te -ma CNT, de sen vol vi dos pe las fe de ra ções,sin di ca tos e as so cia ções afi lia das à en ti -da de. Pas sa do um ano, o Des po luir os -

RETROSPECTIVA

FETRANSPOR/DIVULGAÇÃO

ANO DE SUCESSO DESPOLUIR

PROGRAMA AMBIENTAL DO TRANSPORTE TEM A ADESÃODE 21 FEDERAÇÕES E 1.500 EMPRESAS TRANSPORTADORAS

DE CARGAS, PASSAGEIROS E AUTÔNOMOS

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UMDO

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pos suem equi pes téc ni cas es -pe cia li za das. A Con fe de ra çãoequi pou uni da des mó veis eins ta lou pos tos fi xos de afe ri -ção vei cu lar com opa cí me trose equi pa men tos ne ces sá riospara ana li sar pon tos crí ti cosre la ti vos às emis sões vei cu la -res e ao uso ra cio nal de com -bus tí veis. Os téc ni cos do Des -po luir in for mam ain da so bre ore ce bi men to e ar ma ze na men -to do die sel, dre na gem dostan ques, ro ti na-pa drão e si na -li za ção na área de abas te ci -men to; orien tam so bre uso ra -cio nal de com bus tí veis e con -

ção vi gen te, com mé dia deapro va ção de 83% dos veí cu -los ins pe cio na dos. E como va -ti ci nou o pre si den te da CNT, oDes po luir con ta com o en ga ja -men to de em pre sá rios, ca mi -nho nei ros au tô no mos, ta xis -tas, tra ba lha do res em trans -por te e da so cie da de na cons -tru ção de um de sen vol vi men tover da dei ra men te sus ten tá vel.

A coor de na ção na cio nal ins -ta la da pela CNT em Bra sí lia ge -ren cia as ações exe cu ta daspor 21 fe de ra ções de trans por -te de car gas, pas sa gei ros e au -tô no mos, que, por sua vez,

dos os Es ta dos bra si lei ros “atodo va por pe las fe de ra ções”,como des ta ca Ma ri lei Me ne zes,coor de na do ra do Pro gra ma.Esse pro je to pro mo ve, atra vésda afe ri ção vei cu lar, a re du çãoda emis são de po luen tes vi -san do à me lho ria da qua li da dedo ar e do uso ra cio nal decom bus tí veis.

Car ro-che fe do Pro gra ma, oPro je to - com 56 uni da des deafe ri ção ope ran tes que aten -dem apro xi ma da men te 10 milveí cu los por mês - ve ri fi ca asemis sões de po luen tes des sesveí cu los com base na Le gis la -

ten ta nú me ros que con fir mamsua per ti nên cia e efi cá cia: são21 fe de ra ções par ti ci pan tes,en tre trans por ta do res de car -ga, pas sa gei ros e au tô no mos,em to dos os Es ta dos da União;o Pro gra ma con ta com mais de1.500 em pre sas com pro me ti -das, além de os ten tar par ce -rias fir ma das com di ver sos ór -gãos pú bli cos e pri va dos emtodo o país.

O pri mei ro e mais “ro bus to”dos pro je tos do Des po luir é ode Re du ção da Emis são de Po -luen tes pe los Veí cu los, que jáestá sen do exe cu ta do em to -

Hotsite é ferramenta de apoio

NA REDE

Uma das fer ra men tas maiságeis que o trans por ta dor tempara se in tei rar so bre o meioam bien te é a in ter net. A CNTcriou den tro de seu pró prioen de re ço vir tual uma pá gi naes pe cial para o Des po luir(www.cnt.org.br/des po luir),que se le cio na e dis se mi na asprin ci pais in for ma ções li ga dasao tema, as ações da Con fe de -ra ção em tor no de seu pro gra -ma am bien tal, le gis la ção e di -cas am bien ta lis tas. Des de oseu lan ça men to, em fe ve rei rodes te ano, mais de 1.000 no tí -cias, ar ti gos, en tre vis tas e pu -bli ca ções já fo ram vei cu la das.Dia ria men te, uma equi pe detéc ni cos e jor na lis tas se le cio -na e pes qui sa o que de maisre le van te foi pu bli ca do pelamí dia no Bra sil e no mun do.Boa par te des se ma te rial é re -tra ba lha do pe los edi to res dohot site Des po luir, an tes de serin se ri do na pá gi na para con -sul ta dos in ter nau tas. Pa ra le -

la men te a ar ti gos e re por ta -gens pro du zi das pela re vis taCNT Trans por te Atual e porou tras mí dias bra si lei ras e in -ter na cio nais, o hot site do Des -po luir edi ta ma te rial iné di topro du zi do pela As ses so ria deIm pren sa da CNT.

Me di da de seu bom de -sem pe nho, o hot site do Des -po luir atin giu 70 mil nos cin -co pri mei ros me ses de fun -cio na men to. A pá gi na do Des -po luir na in ter net não ape nassub si dia os trans por ta do resbra si lei ros, orien tan do-ospara a to ma da de de ci sõeses tra té gi cas e ope ra cio nais,como tam bém é um ca nalaber to para a dis cus são e apes qui sa de te mas re la cio na -dos ao trans por te e ao meioam bien te no país e no mun -do. O hot site está se tor nan -do uma re fe rên cia do se tortrans por ta dor quan do o as -sun to é qua li da de de vida eres pei to ao meio am bien te.

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du ção eco nô mi ca, e ain da dis -se mi nam boas prá ti cas quecon tri buem para o au men to daefi ciên cia ope ra cio nal da em -pre sa. Para par ti ci par, bas ta otrans por ta dor so li ci tar, gra tui -ta men te, jun to a sua res pec ti -va fe de ra ção, a vi si ta dos téc -ni cos do Pro je to.

A afe ri ção é fei ta de acor docom os pa drões es ta be le ci dospelo Pro con ve (Pro gra ma deCon tro le da Po lui ção do Ar porVeí cu los Au to mo to res), cria dopelo Co na ma (Con se lho Na cio -nal de Meio Am bien te). O veí -cu lo que não es ti ver den trodos li mi tes de emis são de po -luen tes re ce be orien ta çõestéc ni cas para cor re ção dasnão-con for mi da des. Ao veí cu loapro va do na afe ri ção é con ce -di do o selo Des po luir que, alémde iden ti fi car as em pre sas quese preo cu pam com o meio am -bien te, aju da a me lho rar a ima -gem do se tor jun to à po pu la -ção e ór gãos pú bli cos.

A ini cia ti va da CNT foi bemre ce bi da por ins ti tui ções pú bli -cas li ga das ao meio am bien teem di ver sas ci da des e Es ta dos.Como exem plos, a Pre fei tu ra deVi tó ria fe chou par ce ria com aFe trans por tes (Fe de ra ção dasEm pre sas de Trans por tes doEs pí ri to San to) e pro mo ve mu -ti rões para afe rir veí cu los adie sel uma se ma na por mês; noRio de Ja nei ro, a Fee ma (Fun -

da ção Es ta dual de En ge nha riado Meio Am bien te) ho mo lo ga oselo Des po luir e as afe ri çõesda Fe trans por (Fe de ra ção dasEm pre sas de Trans por tes dePas sa gei ros do Es ta do do Riode Ja nei ro); e em Te re si na,para uma em pre sa de trans por -te con se guir a li cen ça am bien -tal, sua fro ta tem de ser mo ni -to ra da pe los téc ni cos da Ce pi -mar (Fe de ra ção das Em pre sasde Trans por tes Ro do viá rios dosEs ta dos do Cea rá, Piauí e Ma ra -nhão), vin cu la dos ao pro gra maam bien tal da CNT.

E não é ape nas atra vés dacer ti fi ca ção pelo selo Des po -luir que o pro je to de Re du çãoda Emis são de Po luen tes dosVeí cu los mos tra sua efi ciên cia.Ou tra im por tan te ação do pro -je to tem como base as in for ma -ções con se gui das pela afe ri -ção. É o Sis te ma Na cio nal de In -for ma ções do Pro gra ma Des po -luir, lan ça do em ju lho des teano para mo ni to rar e ava liar osda dos do pro je to. O sis te maser ve como base de da dos uni -ver sal, per mi tin do a ve ri fi ca -ção do de sem pe nho das em -pre sas e dos veí cu los mo ni to -ra dos, o acom pa nha men to daevo lu ção dos re sul ta dos aolon go do tem po e a emis são dere la tó rios de emis sões. Os re -sul ta dos das ins pe ções são en -via dos via in ter net - in for ma -ções como quan ti da de de veí -

Revista adere à campanha

ENGAJAMENTO

Com ti ra gem de 40 milexem pla res men sais dis tri buí -dos na cio nal men te, a re vis taCNT Trans por te Atual é pu -bli ca da pela CNT como im por -tan te ins tru men to de mí dia eprin ci pal veí cu lo de co mu ni -ca ção do se tor no Bra sil. A pu -bli ca ção tam bém se en ga jouna pro pos ta am bien ta lis ta doPro gra ma Des po luir. A ma nei -ra en con tra da foi neu tra li zaras emis sões de ga ses de efei -to es tu fa ge ra das pela pro du -ção e dis tri bui ção de um anode pu bli ca ção da re vis ta, oque se con se gue atra vés doplan tio e mo ni to ra men to deár vo res na ti vas da MataAtlân ti ca.

Para a ta re fa de men su -rar o “cus to eco ló gi co” dare vis ta e sua con se qüen tecom pen sa ção, foi con tra ta -da a em pre sa de con sul to riaCO2 So lu ções Am bien tais. Acon ta é com ple xa. Para de -ter mi nar as emis sões de ga -ses de 12 edi ções da re vis ta,faz-se uma aná li se de ci clode vida, onde são iden ti fi ca -dos to dos os pro ces sos ema te riais en vol vi dos na pro -du ção e dis tri bui ção do pro -du to, como por exem plo, adis tân cia per cor ri da pelo pa -pel - des de a sua pro du çãoaté o seu uso fi nal - e o con -su mo de com bus tí veis fós -seis na dis tri bui ção dosexem pla res. As emis sõessão ex pres sas na for ma deto ne la das de dió xi do de car -bô ni co, ou tCO2e. O CO2e éuma me di da uti li za da paracom pa rar as emis sões de

vá rios ga ses ba sea da no po -ten cial de aque ci men to glo -bal de cada um, se guin do opa drão in ter na cio nal es ti pu -la do pela ONU. O re sul ta dofi nal do in ven tá rio da con -sul to ria cons ta tou a emis sãoto tal de 469,89 tCO2e no pe -río do, sen do 97,35 tCO2e (ou28%) emi ti dos fru to da pro -du ção e 372,54 tCO2e (72%)emi ti dos em re la ção à dis tri -bui ção da re vis ta, o que secom pen sa com o plan tio de.3.134 ár vo res.

To das es sas mu das já fo -ram plan ta das numa áreade pre ser va ção per ma nen -te no mu ni cí pio de Ibiú na(SP). O re flo res ta men toestá sen do rea li za do pelaem pre sa Ecoar, den tro doPro je to Flo res ta da Fa mí lia,e será mo ni to ra do por 30anos. “Quan do es sas ár vo -res ti ve rem cres ci das, den -tro de 25, 30 anos, elas te -rão ab sor vi do todo o CO2emi ti do pela re vis ta. Ouseja, o dió xi do de car bo noque emi to em um ano leva30 para com pen sar, masefe ti va men te es tou com -pen san do essa emis são eessa é a ló gi ca do pro ces so,es tar sem pre com pen san -do”, diz Luiz Fer nan do Gui -ma rães, di re tor exe cu ti voda CO2 So lu ções Am bien -tais, lem bran do que a pró -pria pro du ção do re la tó rioda em pre sa de con sul to riade man dou o plan tio de ou -tras 300 mu das, na mes mare ser va, como for ma decom pen sa ção am bien tal.

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mos e ta xis tas) em ver da dei rosmen sa gei ros e de fen so res domeio am bien te dian te de todaa so cie da de e em es pe cial paraos usuá rios do trans por te.

Fa zem par te os cur sos Ta -xis ta Ami go do Meio Am bien te,Ca mi nho nei ro Ami go do MeioAm bien te e Tra ba lha dor emTrans por te Ami go do Meio Am -bien te. Em to dos eles, o ob je ti -vo é es ti mu lar a atua ção dopro fis sio nal como dis se mi na -dor de in for ma ções de ca rá teram bien ta lis ta para os usuá riosdo res pec ti vo ser vi ço de trans -por te. Além dos cur sos, o tra -ba lha dor par ti ci pa de pe que -nos con cur sos in ter nos que es -ti mu lam e re co nhe cem açõesde pro te ção am bien tal. O ma te -rial in for ma ti vo é pro du zi dopela Es co la do Trans por te edis tri buí do du ran te os cur sos.

ga dos à pro du ção, co mer cia li -za ção, dis tri bui ção e bar rei rasim pos tas ao uso des tas no vasfon tes no ce ná rio na cio nal ein ter na cio nal. O que pode serob ser va do é que o mun do estábus can do no vas tec no lo gias,como pode ser vis to, por exem -plo, nas fei ras do se tor au to -mo bi lís ti co, onde os des ta questêm sido as ino va ções re la cio -na das a fon tes ener gé ti cas me -nos po luen tes.

Dian te des te con tex to, oDes po luir tem se le cio na do edis se mi na do as prin ci pais in -for ma ções li ga das ao tema. As -sim, di ver sas no tí cias são vei -cu la das dia ria men te no hotsite do Des po luir e men sal men -te na Re vis ta Trans por te Atual.

Des de seu lan ça men to, emfe ve rei ro des te ano, mais de400 no tí cias, ar ti gos, en tre vis -tas e pu bli ca ções so bre ener -gia lim pa fo ram pu bli ca das nohot site do Des po luir.

A CNT tam bém criou o gru -po de pro je tos Ci da da nia parao Meio Am bien te, em as so cia -ção com o Sest/Se nat. Tra ta-sede uma sé rie de pro je tos de ca -pa ci ta ção e edu ca ção am bien -tal. O ob je ti vo é uti li zar a ca pi -la ri da de e a mo bi li da de do se -tor de trans por te para trans -for mar seus agen tes (em pre sá -rios, tra ba lha do res em trans -por te, ca mi nho nei ros au tô no -

cu los ins pe cio na dos, ín di ces deapro va ções e re pro va ções, va -lo res de emis sões dos veí cu los,con su mo mé dio, qui lo me tra -gem e ida de da fro ta afe ri da.

Es sas in for ma ções te rãoim por tan tís si mo pa pel na de fi -ni ção de no vas ações e es tra -té gias a se rem de sen vol vi daspara re du zir as emis sões e oti -mi zar o con su mo de com bus tí -vel. Tra ta-se do uso da tec no lo -gia da in for ma ção ser vin docomo uma fer ra men ta a ser vi -ço do meio am bien te. Vale des -ta car que ape nas a CNT e as fe -de ra ções en vol vi das têm aces -so ao ban co de da dos, comome di da de se gu ran ça es tra té -gi ca para as em pre sas.

Além de con fe rir se os atu-ais veí cu los a die sel uti li zamcor re ta men te o com bus tí vel, oDes po luir tam bém bus ca al ter -na ti vas para o trans por te,atra vés do pro je to In cen ti voao Uso de Ener gia Lim pa peloSe tor Trans por ta dor, que temcomo ob je ti vo re du zir a emis -são de po luen tes por meio dauti li za ção de bio com bus tí veise ener gia elé tri ca, en tre ou troscom bus tí veis am bien tal men teade qua dos.

Com este pro je to, a CNT temacom pa nha do o de sen vol vi -men to de no vos com bus tí veise de no vas tec no lo gias lim pas,como tam bém os as pec tos li -

São car ti lhas com te mas como“Po luen tes e o Aque ci men toGlo bal” e “Meio Am bien te: aRes pon sa bi li da de de cada um”.

O Sis te ma Sest/Se nat pos sui127 uni da des es pa lha das portodo o ter ri tó rio na cio nal. Oscur sos ti ve ram iní cio em mar çoe já fo ram fre qüen ta dos pormais de 2.500 alu nos, en tre ta -xis tas, ca mi nho nei ros e de maistra ba lha do res em trans por te. Ameta é ca pa ci tar até se tem bro5.200 tra ba lha do res.

O Des po luir tam bém bus caes cla re cer a so cie da de e o se torpú bli co so bre a im por tân cia dacon ser va ção do meio am bien te.Por isso foi cria da, em 2007, aca te go ria es pe cial de Meio Am -bien te, den tro do Prê mio CNT deJor na lis mo, já em sua 15ª edi -ção. O ob je ti vo é es ti mu lar area li za ção de re por ta gens re la -

COMPENSAÇÃO Fazenda Ressaca do Tu rvo, em Piedade do Turvo (SP): árvores plantadas referentes a um ano da revista

MAU

RO IS

SLER

/DIV

ULGA

ÇÃO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15622

ISTO É DESPOLUIR

• 21 federações participantes• 27 Estados atendidos• Mais de 1.500 empresas

participantes• Cerca de 10 mil aferições

de emissão de poluentespor veículos a diesel realizadas mensalmente

• 56 unidades de aferiçãooperantes

• 83% dos veículos inspecionados aprovados

• Mais de 2.500 profissionaisqualificados em cursos decapacitação ambiental

• 70 mil acessos ao hot sitedo programa

• Mais de 1.000 informaçõespublicadas no hot site doprograma

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cio na das à con ser va ção am -bien tal. In de pen den te da mí diaem que foi vei cu la da a ma té ria,o au tor do me lhor tra ba lho re -ce be R$ 10 mil em di nhei ro. Para2008, as ins cri ções es tão aber -tas até 14 de se tem bro. O re gu -la men to e a fi cha de ins cri çãopo dem ser aces sa dos no sitewww.cnt.org.br/pre miocnt.

A exem plo do prê mio na cio -nal, di ver sas pre mia ções re -gio nais são rea li za das pe lasfe de ra ções par ti ci pan tes doDes po luir para in cen ti var em -pre sas a ado tar me di das decon ser va ção do meio am bien -te. É o caso do Prê mio Me lho riaQua li da de do Ar, que a Ce pi mar(Fe de ra ção das Em pre sas deTrans por te Ro do viá rio dos Es -ta dos do Cea rá, Piauí e Ma ra -nhão) pro mo ve, do Qua liar -Prê mio Fe trans por tes de Qua li -

da de do Ar, rea li za do em Vi tó -ria (ES), e do Prê mio Re gio nalEx ce lên cia em Meio Am bien te,pro mo vi do pela Fe tra can (Fe -de ra ção das Em pre sas deTrans por te de Car ga do Nor -des te). To dos re co nhe cem em -pre sas que se preo cu pam coma emis são de po luen tes, têmcui da dos am bien tais, de sen -vol vem pro je tos afins e es tãoen ga ja das no Des po luir.

Se gun do Al tair Be zer ra,coor de na dor da Ce pi mar parao Des po luir, as ações do pro -gra ma da CNT per mi tem maiorefi ciên cia nas cam pa nhas am -bien tais da fe de ra ção nor des -ti na. “O Des po luir mu dou nos -so sis te ma de ava lia ção. O ban -co de da dos ele trô ni co e oopa cí me tro per mi tem maiorve lo ci da de e cla re za dos da dose con fia bi li da de tan to para o

téc ni co quan to para o em pre -sá rio. An ti ga men te, fa zía mostes tes com pa pel e ca ne ta namão para ge rar os re la tó riosde pois. Há a ques tão da qua li -fi ca ção, dos cur sos que an tesnão tí nha mos. Vejo o Des po luirdan do nova fase ao tra ba lhoque já fa zía mos, com no vasme tas, es tí mu los e maior cre -di bi li da de”, diz.

O coor de na dor des ta ca, ain -da, a me lho ria da ima gem dose tor como um todo dian te daso cie da de e do po der pú bli co.“Com a mu dan ça de pos tu rados trans por ta do res, o pró priose tor pú bli co vê que es ta mos àfren te dos go ver nos no cui da -do com o meio am bien te.Órgãos como as se cre ta riases ta duais e mu ni ci pais demeio am bien te es tão se apro -xi man do de nós e con se gui mos

COMPENSAÇÃO Fazenda Ressaca do Tu rvo, em Piedade do Turvo (SP): árvores plantadas referentes a um ano da revista

con vê nios com en ti da des am -bien ta lis tas. O pon to cha ve éque o Des po luir aju da mui to ame lho rar a ima gem do se torde trans por te”, diz Be zer ra.

Na ava lia ção da CNT, per ce -be-se a boa acei ta ção do pro -gra ma jun to aos ope ra do resde trans por te. O prin ci pal fatoa ser des ta ca do é o gran de in -te res se que as em pre sas têmde mons tra do em par ti ci par doPro gra ma, re ce ben do de por -tas aber tas os téc ni cos dasfe de ra ções que o exe cu tam.Em ape nas um ano, mais de1.500 em pre sas ade ri ram aoDes po luir, o que de mons tra oquan to o se tor trans por ta dorestá preo cu pa do em de sen -vol ver ações que aju dem acon ser var o meio am bien te epra ti car a res pon sa bi li da deso cioam bien tal. ●

PROJETOS DO DESPOLUIR

Projetos Início

Redução da emissão de poluentes pelos veículos

Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador

Julho de 2007

Fevereiro de 2008

Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais de transporte

Outubro de 2008

Taxista amigo do meio ambiente Março de 2008

Caminhoneiro amigo do meio ambiente Março de 2008

Trabalhador em transporte amigo do meio ambiente

Março de 2008

Hot site do Despoluir

Prêmio CNT de Jornalismo - Categoria Especialde Meio Ambiente

Fevereiro de 2008

Agosto de 2007

Prêmio CNT de Produção Acadêmica - CategoriaEspecial de Meio Ambiente

Outubro de 2008

Prêmios Regionais de Meio Ambiente Março de 2009

Neutralização de Carbono Julho de 2007

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ODes po luir - Pro gra maAm bien tal do Trans por -te che ga ao seu se gun -do ano com a de ter mi -

na ção de me lho rar e am pliar asini cia ti vas já im ple men ta das, aomes mo tem po em que apre sen tano vi da des para re for çar o en ga -ja men to de toda a so cie da de edos tra ba lha do res e em pre sá riosdo se tor de trans por tes na bus capor um de sen vol vi men to sus ten -tá vel e na luta para re du zir ascau sas do aque ci men to glo bal.

Nes sa nova fase, uma ex pres -são re cor ren te é a ges tão am -bien tal, com um pla no de açõeses pe cí fi cas cria do pela CNT, den -tro do Des po luir, para ser im ple -men ta do ain da no se gun do se -mes tre des te ano. O pro je to Apri -mo ra men to da Ges tão Am bien talnas Em pre sas, Ga ra gens e Ter mi -nais de Trans por te tem como ob -je ti vo es ti mu lar a preo cu pa çãocom o meio am bien te como par -te in te gran te da es tra té gia dasem pre sas do se tor. Ou tra fi na li -

DESPOLUIR COMEÇA NOVA ETAPA E LANÇA CURSOS DE GESTÃO AMBIENTAL, ALÉM DE DAR CONTINUIDADE AOS PROJETOS JÁ EM ANDAMENTO EM TODO O BRASIL

PRÓXIMOS PASSOS

DESAFIOS DOSEGUNDO ANO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 25RICARDO SÁ

Page 26: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

da de é in cen ti var ini cia ti vasvo lun tá rias de cer ti fi ca ção,re gu la ção e ca pa ci ta ção naárea de ges tão am bien tal.

Para cons cien ti zar o se torso bre a im por tân cia es tra té -gi ca da res pon sa bi li da de so -cioam bien tal, a CNT está ela -bo ran do ma nuais que orien -tam as em pre sas so bre a ado -ção de pro ce di men tos ade -qua dos no dia-a-dia de suasati vi da des. Os ma nuais téc ni -cos tra tam dos prin ci pais im -pac tos ge ra dos pela ati vi da de

do trans por te e seis te mas fo -ram elen ca dos para abrir asé rie: Ges tão da Po lui ção At -mos fé ri ca; Po lui ção So no ra;Óleos Lu bri fi can tes Au to mo ti -vos Usa dos; Ba te rias Vei cu la -res; Pneus; e Efluen tes Lí qui -dos.

Com os ma nuais pron tos, aCNT dis se mi na rá as in for ma -ções rea li zan do pa les traspara os em pre sá rios e pro fis -sio nais do se tor. Des ta for ma,o Des po luir con tri bui rá para ame lho ria da ges tão am bien tal

MEMÓRIA Réplicas de veículos que farão parte da exposição “100 Anos do Ônibus no Brasil” a partir de agosto

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15626

Definidas as próximas ações MOBILIZAÇÃO

De 19 de agos to e 27 deou tu bro des te ano, a CNTpro mo ve em Bra sí lia a ex -po si ção “100 Anos doÔnibus no Bra sil”, que temcomo mote a che ga da dospri mei ros veí cu los detrans por te co le ti vo mo vi -dos a com bus tão no país.

O pro je to tem como ob -je ti vo pro mo ver a edu ca -ção am bien tal e con tri buirpara a cons cien ti za ção daso cie da de so bre a im por -tân cia da con ser va ção domeio am bien te, no âm bi todo Pro gra ma Am bien tal doTrans por te - Des po luir.

Por oca sião do even toserá lan ça do o pro je to“Ônibus Ami go do MeioAm bien te”, que visa mos -trar de que for ma o trans -por te ro do viá rio de pas sa -gei ros se preo cu pa com osseus pas sa gei ros e o meioam bien te e, ain da, que aam plia ção dos trans por tespú bli cos co le ti vos - comoal ter na ti va ao trans por tein di vi dual por au to mó veise mo to ci cle tas - con tri buipara a me lho ria do meioam bien te e da mo bi li da deur ba na.

A ini cia ti va é fru to deuma par ce ria da CNT com oSis te ma Sest/Se nat, a As -

so cia ção Na cio nal das Em -pre sas de Trans por tes Ur -ba nos (NTU) e a Fe de ra çãoIn te res ta dual das Em pre -sas de Trans por te de Car -gas (Fe na tac).

No even to se rão ex pos -tos mais de 2.000 pe çasem mi nia tu ra que con tama his tó ria do trans por tedes de a in ven ção da rodaaté os tem pos atuais. Alémde co nhe cer as obras, osvi si tan tes re ce be rão in for -ma ções so bre como o se -tor de trans por te está aju -dan do a con ser var o meioam bien te.

A ex po si ção “100 Anosdo Ônibus no Bra sil” es ta ráaber ta para vi si ta ção pú -bli ca de 19 de agos to a 27de ou tu bro, na Ala Cul tu raldo Edi fí cio CNT, em Bra sí lia,de se gun da a sex ta-fei ra,das 9 às 18 ho ras.

As vi si tas de es tu dan tes,tu ris tas e tra ba lha do res,en tre ou tros, po dem serrea li za das em gru pos, comagen da men to pré vio pelote le fo ne (61) 2103-9293.

O aces so é gra tui to.De Bra sí lia, as mi nia tu -

ras se guem para o Rio deJa nei ro, onde se rão ex pos -tas na 13ª Etrans por en treos dias 12 e 14 de no vem bro.

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nas em pre sas de trans por te. Ou tra ação do Des po luir

para os pró xi mos me ses é in -cre men tar o Pro je to In cen ti voao Uso de Ener gia Lim pa peloSe tor Trans por ta dor, lan ça dono pri mei ro ano do pro gra ma.Nes sa fase, a CNT bus ca rá par -ce rias com ins ti tui ções es pe -cia li za das para rea li za ção dees tu dos so bre a pro du ção deener gia lim pa, seus ris cos, van -ta gens, for mas de uti li za ção eopor tu ni da des para o se tor detrans por te, como cam pa nhas

de in cen ti vo ao uso do bio die -sel e ou tros com bus tí veis am -bien tal men te ade qua dos.

Tam bém den tro das pro pos -tas de ex pan são do Des po luir,este ano o Prê mio CNT de Pro -du ção Aca dê mi ca vem comuma no vi da de: a ca te go ria es -pe cial de Meio Am bien te. O ob -je ti vo é es ti mu lar o de sen vol vi -men to de pes qui sas cien tí fi casso bre o tema. Cria do em 1996,o Prê mio CNT Pro du ção Aca dê -mi ca pro cu ra es ti mu lar a des -co ber ta de no vas tec no lo gias e

for mas de ges tão que sim pli fi -quem a vida do ci da dão, semau men tar os cus tos, e que, ain -da, ga ran tam a pro du ti vi da de ea com pe ti ti vi da de das em pre -sas de trans por te.

Para a rea li za ção do prê mio,a CNT con ta com es trei ta coo pe -ra ção da As so cia ção Na cio nalde Pes qui sa e En si no em Trans -por te (An pet), cre den cia do fó -rum aca dê mi co es pe cia li za dodo se tor. Os tra ba lhos são se le -cio na dos pelo Co mi tê Cien tí fi codo Con gres so da An pet e sub -

me ti dos a uma co mis são jul ga -do ra for ma da por re pre sen tan -tes da en ti da de de pes qui sa, daCo mis são Or ga ni za do ra do Con -gres so e da CNT. A se le ção fi naldos ar ti gos pre mia dos é ba sea -da em cri té rios de ori gi na li da -de, re le vân cia do tema, ob je ti vi -da de e or ga ni za ção do tra ba -lho, atua li da de bi blio grá fi ca equa li da de da dis cus são e dascon clu sões. E os tra ba lhos ven -ce do res dão ori gem à pu bli ca -ção dos vo lu mes “Trans por teem Trans for ma ção”. ●

MEMÓRIA Réplicas de veículos que farão parte da exposição “100 Anos do Ônibus no Brasil” a partir de agosto

JÚLIO FERNANDES

PLANO DE METAS

Principais metas do segundo ano do Programa Despoluir

• Lançamento do Projeto Aprimoramento da Gestão Ambiental nasEmpresas, Garagens e Terminais de Transporte

• Produção de manuais técnicos sobre gestão ambiental • Promoção de curso, palestras e seminários junto aos operadores • Criação da categoria especial de Meio Ambiente, no Prêmio CNT de

Produção Acadêmica • Ampliação do projeto Incentivo ao Uso de Energia Limpa pelo Setor

Transportador • Participação do Despoluir na Exposição "100 Anos do Ônibus no

Brasil" • Ampliação do projeto Redução da Emissão de Poluentes pelos

Veículos • Continuação dos cursos "Taxista Amigo do Meio Ambiente",

"Caminhoneiro Amigo do Meio Ambiente" e "Trabalhador emTransporte Amigo do Meio Ambiente”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 27

Page 28: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

REPRESENTANTES DO TRANSPORTE AVALIAM POSITIVAMENTE O PRIMEIRO ANO DO PROGRAMA

FEDERAÇÕES

ECOLOGICAMENTECORRETOSE

m 18 de ju lho de 2007,a CNT lan çou o Pro -gra ma Am bien tal doTrans por te - Des po -

luir, com a idéia de mo bi li zare cons cien ti zar o se tor trans -por ta dor e a so cie da de emge ral so bre as ques tões am -bien tais.

Com os si nais cada vezmais evi den tes do aque ci -men to glo bal viu-se como ne -ces sá ria a ime dia ta mo bi li za -ção de to dos - in di ví duos, co -mu ni da des, na ções, go ver -nos, en ti da des e em pre sas,

in clu si ve do se tor de trans -por te - para ten tar mi ni mi zare re ver ter as gra ves mu dan -ças cli má ti cas em cur so.

Dian te des se qua dro, oDes po luir bus ca, como seumaior ob je ti vo, pro mo ver oen ga ja men to de em pre sá rios,ca mi nho nei ros au tô no mos,ta xis tas, tra ba lha do res emtrans por te e da so cie da de nacons tru ção de um de sen vol -vi men to ver da dei ra men tesus ten tá vel.

Nes te pri mei ro ano de Des -po luir, vá rias fe de ra ções ade -

ri ram ao pro je to, tor nan do-seres pon sá veis pela exe cu çãodo pro gra ma para os se to resde trans por te de pas sa gei rose de car gas. Um to tal de 21 fe -de ra ções de nor te a sul dopaís par ti ci pou do de sen vol -vi men to do Pro gra ma.

Além dos be ne fí cios di re -tos ao meio am bien te e à po -pu la ção, o Des po luir pro por -cio na às em pre sas trans por -ta do ras a re du ção de cus tos,au men to da efi ciên cia ope ra -cio nal, me lho ria do re la cio na -men to com ór gãos fis ca li za -

do res e no vas opor tu ni da desde ne gó cios.

Os re sul ta dos, de acor docom a ava lia ção dos pre si -den tes das fe de ra ções, sãomui to sa tis fa tó rios. Flá vioBe nat ti, pre si den te da Fet -cesp (Fe de ra ção das Em pre -sas de Trans por te de Car gasdo Es ta do de São Pau lo), en -ti da de que ade riu ao Des po -luir des de o seu lan ça men to,co me mo ra. “A Fet cesp rea li -zou, nes te pri mei ro ano, 384vi si tas nas em pre sas detrans por te ro do viá rio de car -

CONSCIENTIZAÇÃO Flávio Benatti, presidente da Fetcesp, destaca que o Despoluir tem como objetivo engajar o setor transportador para a construcão de um desenvolvimento sustentável

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15628

Page 29: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

FETCESP/DIVULGAÇÃO

gas, ten do ta bu la do até omo men to mais de 6.000 ins -pe ções em ca mi nhões. Des -ses re sul ta dos, po de mosafir mar que mais de 75% dosveí cu los sub me ti dos ao tes tecom opa cí me tro fo ram apro -va dos.”

Be nat ti des ta ca que o Pro -gra ma Des po luir não se li mi taape nas à apli ca ção de tes tecom opa cí me tro, tra tan do-sede um pro gra ma mais abran -gen te, que visa en ga jar o se -tor para a cons tru ção de umde sen vol vi men to sus ten tá vel.

“Ou tras ações es tão sen doim plan ta das pau la ti na men te,como cur sos para mo to ris tase de mais tra ba lha do res dose tor, tor nan do-os cons cien -tes de suas res pon sa bi li da -des en quan to ope ra do res eco la bo ra do res das em pre -sas”, diz.

Se gun do o di ri gen te daen ti da de pau lis ta, as em pre -sas po dem ava liar a con di çãoda fro ta, pro mo ven do re pa -ros quan do ne ces sá rio, umavez que, após o tes te com oapa re lho, um re la tó rio é ge -

ra do apon tan do os ín di ces deemis sões e in for man do se es -ses va lo res aten dem ao es ta -be le ci do pelo Co na ma (Con -se lho Na cio nal de Meio Am -bien te). “Os em pre sá rios detrans por te, hoje mais cons -cien tes de seu pa pel nasques tões am bien tais, en con -tram no Des po luir apoio paraim plan tar um con tro le efi -cien te no con su mo de die sel,evi tan do o des per dí cio e con -tri buin do para a di mi nui çãopro gres si va das emis sões ge -ra das.”

Para a Fe trans par (Fe de ra -ção da Em pre sas de Trans -por te de Car gas do Es ta do doPa ra ná), a che ga da do Des po -luir ao Pa ra ná pro por cio nou afor ma ção de uma gran derede de trans por ta do res quetêm or gu lho de se rem eco lo -gi ca men te cor re tos. “Nos sosem pre sá rios hoje já fa lampra ti ca men te como am bien -ta lis tas”, diz Luiz An sel moTrom bi ni, pre si den te da en ti -da de pa ra naen se, que fazuma ava lia ção po si ti va so breos re sul ta dos des se pri mei ro

CONSCIENTIZAÇÃO Flávio Benatti, presidente da Fetcesp, destaca que o Despoluir tem como objetivo engajar o setor transportador para a construcão de um desenvolvimento sustentável

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 29

Page 30: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

ra por par te das em pre sasque vêem no Des po luir umaaju da a mo ni to rar suas fro -tas. “Sen ti mos a preo cu pa çãopor par te dos em pre sá rioscom re la ção ao meio am bien -te e no au men to do con su modos lu bri fi can tes e die sel. Sóem Cu ri ti ba, en tre no vem brode 2007 e abril de 2008, 1.523afe ri ções fo ram fei tas, e apro cu ra por afe ri ções vemau men tan do cada dia mais”,diz Mar co An tô nio Gu lin, pre -si den te da en ti da de.

Se gun do ele, como o Pro -gra ma pro por cio na, jun to aotra ba lho de afe rir, o trei na -

men to dos ope ra do res dasem pre sas, que ma nu seiam oscom bus tí veis e lu bri fi can tes,a con fia bi li da de no Des po luirsó au men ta. “De pois da ado -ção, me lho rou a qua li da de damão-de-obra que ope ra osveí cu los e os com bus tí veis eau men tou a sa tis fa ção dasem pre sas em ter o Des po luirem suas ins ta la ções.”

O Des po luir re pre sen tamu dan ças sig ni fi ca ti vas,tam bém, para o trans por tede pas sa gei ros nos Es ta dosde Ala goas, Pa raí ba, Per nam -bu co e Rio Gran de do Nor te.Se gun do Eudo La ran jei ras,

Para Trom bi ni, a gran deim por tân cia em ade rir aoDes po luir está em tra ba lhar are du ção de po luen tes jun tocom os em pre sá rios, bus can -do a mu dan ça de cons ciên cia,de idéias, le van do to dos avol tar o olhar para o meioam bien te.

Ain da na re gião Sul, a Fe -pasc (Fe de ra ção das Em pre -sas de Trans por te de Pas sa -gei ros dos Es ta dos do Pa ra náe San ta Ca ta ri na) ava lia que acada mês há uma me lho ra noaten di men to e na re du çãoquan ti da de de emis sões, au -men tan do, tam bém, a pro cu -

FETRANSPAR Presidente Luiz Anselmo Trombini FETRANSPORTES Presidente Luiz Wagner Chieppe

FETRANSPORTES/DIVULGAÇÃO

FETRANSPAR/DIVULGAÇÃO

ano. “Pos so con si de rar o pro -gra ma um ver da dei ro su ces -so, pois a res pos ta do trans -por ta dor veio de for ma ime -dia ta, na par ti ci pa ção doslan ça men tos re gio nais, napro cu ra pe las afe ri ções, napreo cu pa ção efe ti va com acons tru ção de um mun domais equi li bra do em re la çãoao meio am bien te. Já sa bía -mos que boa par te de nos saca te go ria es ta va preo cu pa daem fa zer algo mais, em re du -zir im pac tos am bien tais, po -rém não ima gi ná va mos que ares pos ta fos se as sim tão rá -pi da e po si ti va.”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15630

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pre si den te da Fe tro nor (Fe -de ra ção das Em pre sas deTrans por te de Pas sa gei rosdo Nor des te), o be ne fí cioam bien tal ge ra do pela ini cia -ti va na re gião pode ser com -pro va do nos nú me ros. “Te -mos 84% da fro ta apro va daem mais de 3.000 aná li sesfei tas só no pri mei ro se mes -tre”, afir ma. Para ele, mui toalém dos nú me ros está acon tri bui ção efe ti va para amu dan ça de cul tu ra no se tortrans por ta dor. “As su mir opa pel im por tan te que te mosna pre ser va ção do meio am -bien te e a men sa gem que

pas sa mos à so cie da de deque es ta mos cons cien tes econ tri buin do para con quis taressa meta são si nais de quecom o Des po luir mu da mospara me lhor.”

A mu dan ça na cons ciên ciade to dos os en vol vi dos no se -tor é fa tor de des ta que naava lia ção das prin ci pais mu -dan ças per ce bi das com oDes po luir, se gun do Wal de marAraú jo, pre si den te da Fe tram(Fe de ra ção das Em pre sas deTrans por te de Pas sa gei ros doEs ta do de Mi nas Ge rais).“Par ti ci pei ati va men te doPro gra ma Des po luir, des de

sua cria ção. Vá rios são os as -pec tos re le van tes, mas en -ten do que o mais im por tan teestá sen do a cons cien ti za çãode em pre sá rios, tra ba lha do -res, ho mens pú bli cos e so cie -da de, não só pe las gran despos si bi li da des fu tu ras, maspe los re sul ta dos já al can ça -dos pelo tra ba lho sé rio dosen vol vi dos.” Para Araú jo, are du ção de con su mo de com -bus tí veis é ape nas uma pe -que na par te do pro gra ma.“Po der par ti ci par di re ta men -te de ações que be ne fi ciam omeio am bien te é or gu lho detodo ci da dão de bem.” ●

FETRAM Presidente Waldemar Araújo FETRONOR Presidente Eudo Laranjeiras

FETRAM/DIVULGAÇÃO

FETRONOR/DIVULGAÇÃO

“A Fetcesprealizou 384visitas nasempresas detransporterodoviário decargas”

FLÁVIO BENATTIPRESIDENTE DA FETCESP

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 31

Page 32: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

Como uma ini cia ti va ino va do rado se tor de trans por tes naárea de meio am bien te, a CNTapre sen tou o Des po luir - Pro -

gra ma Am bien tal do Trans por te - aoCoC (Con se lho de Com pe ti ti vi da de dosEs ta dos Uni dos, na si gla em in glês), emeven to rea li za do em 21 de ju lho, na sededa Con fe de ra ção, em Bra sí lia.

Com a meta de mo bi li zar todo o sis -te ma de trans por te bra si lei ro em tor noda ques tão am bien tal, o pro gra ma foilan ça do na cio nal men te pela CNT em

2007. O Des po luir in cen ti va o uso deener gia lim pa pe las em pre sas de trans -por te, ca mi nho nei ros au tô no mos e ta -xis tas e es ti mu la a ado ção de nor masam bien tais re la ti vas às emis sões de po -luen tes por veí cu los. A par tir das açõesde sen vol vi das, a CNT es pe ra pro vo carrea ções em ou tras es fe ras da so cie da -de, in clu si ve no po der pú bli co.

Or ga ni za ção não-par ti dá ria e não-go ver na men tal, com sede em Was hing -ton, o CoC pro mo ve o de ba te so brecom pe ti ti vi da de, reu nin do em pre sas,

EXPANSÃO

SEMENTE NO EXTERIOR

DESPOLUIR É APRESENTADO AO COC, ORGANIZAÇÃONORTE-AMERICANA QUE PROMOVE O DEBATE SOBRE

COMPETITIVIDADE ENTRE EMPRESAS E LÍDERES

PLANTADA

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FOTOS JÚLIO FERNANDES

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en ti da des, aca dê mi cos e lí de -res go ver na men tais para ava -liar os de sa fios e as opor tu ni -da des eco nô mi cas. Con fe rên -cias, se mi ná rios e even tos es -pe ciais são usa dos para di vul -gar os re sul ta dos e as re co -men da ções do Con se lho a es -pe cia lis tas, con sul to res po lí ti -cos, fun cio ná rios do go ver no,meios de co mu ni ca ção so ciale pú bli co em ge ral.

Os mem bros que com põemo CoC es tão em pe nha dos em

tra tar da com pe ti ti vi da de dosEUA e acre di tam que o po derdas re des de li de ran ça do se -tor pri va do, idéias e pes qui sairão orien tar o de ba te so bre oca mi nho do país até a pros pe -ri da de, em lon go pra zo.

Para o se cre tá rio-ge ral daCIT (Câ ma ra In te ra me ri ca nade Trans por te), Pau lo Ca lef fi,o Des po luir é tão im por tan teque me re ce che gar até ou trospaí ses, es pe cial men te os de -sen vol vi dos e eco no mi ca men -

FORTALECIMENTO Programa Despoluir é apresentado ao CoC em reunião realizada no mês de julho, em Brasília, na sede da CNT

"Queremos levá-lo adiante para que esse encontro resulte em parcerias entre a CNT e os Estados Unidos" DEBORAH WINCE-SMITH, PRESIDENTE DO COC

Conselho surge em període de crisePERFIL

O Con se lho de Com pe ti ti vi -da de foi fun da do em 1986 du -ran te o pe río do em que os EUAen fren ta ram um dos maio resde sa fios eco nô mi cos des de ofim da Se gun da Guer ra Mun dial.O país ti nha pas sa do do pos tode maior cre dor do mun do parao de maior de ve dor, a sua po si -ção como lí der mun dial em tec -no lo gia e ino va ção foi de cli nan -do e as in dús trias nor te-ame ri -ca nas es ta vam per den do mer -ca do para con cor ren tes in ter -na cio nais, prin ci pal men te con -glo me ra dos ja po ne ses.

Para res pon der àque les de -sa fios cres cen tes em pre sá rios,aca dê mi cos e lí de res sin di caisse uni ram para fun dar o Con se -lho, um fó rum para a ele va çãoda com pe ti ti vi da de na cio nalao pri mei ro pla no da cons ciên -cia na cio nal, úni co gru po deCEOs de gran des em pre sas,pre si den tes de uni ver si da des elí de res tra ba lhis tas. O ob je ti voé agir para a pros pe ri da de dosnor te-ame ri ca nos e para o for -ta le ci men to da com pe ti ti vi da -de dos Es ta dos Uni dos na eco -no mia glo bal atra vés da cria -ção de um alto va lor da ati vi da -de eco nô mi ca no país.

O Con se lho en ten de que ascha ves para com pe tir são: con -du zir a ino va ção e o em preen -de do ris mo, en vol ver-se na eco -

no mia mun dial, ge rir os ris cose al can çar re si liên cia, ga ran tirener gia e criar sus ten ta bi li da -de e ven cer a cor ri da do co -nhe ci men to.

Uma das ini cia ti vas do CoCé a cam pa nha Com pe tir 2.0,que tem como ob je ti vo fa zerava lia ções di re cio na das à com -pe ti ti vi da de de pon ta e ao vis -lum bra men to de opor tu ni da -des es tra té gi cas para os Es ta -dos Uni dos, em ati vi da des dealto va lor agre ga do e in ves ti -men tos em um mun do de con -cor ren tes mais igua li tá rios.

Ou tro tra ba lho de sen vol vi -men to pela as so cia ção é a Ini -cia ti va da Se gu ran ça Ener gé ti -ca, Ino va ção e Sus ten ta bi li da de,cuja meta é di ri gir a de man dado se tor pri va do à pro cu ra deso lu ções ener gé ti cas sus ten tá -veis e de apoio à cria ção de no -vas in dús trias, mer ca dos e pos -tos de tra ba lho. Para o Con se -lho, se gu ran ça ener gé ti ca esus ten ta bi li da de têm im pac todi re to na pro du ti vi da de das em -pre sas dos Es ta dos Uni dos e nopa drão de vida de to dos os nor -te-ame ri ca nos, tor nan do-asques tões-cha ve para a com pe ti -ti vi da de nor te-ame ri ca na.

A en tra da no Con se lho é fei -ta por meio de con vi te. In for -ma ções: 202-969-3392 ou e-mail bthurs ton@ com pe te.org.

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rah Win ce-Smith, afir ma que oPro gra ma Des po luir é uma ini -cia ti va “mui to pre cio sa e cria ti -va”. “Que re mos levá-lo adian tepara que esse en con tro re sul teem par ce rias en tre a CNT e osEs ta dos Uni dos”, diz Smith.

A CNT, por meio da CIT, e oCoC as si na ram, no iní cio des teano, acor do de coo pe ra ção ba -sea do no in ter câm bio de in for -ma ções téc ni cas de di ver sasáreas re la cio na das ao trans -por te e à com pe ti ti vi da de combase na con vic ção de que es -sas duas áreas com ple men ta -res são cru ciais para o de sen -vol vi men to dos mais va ria dosse to res so cioe co nô mi cos.

A CIT e o CoC com par ti lhamdo in te res se em apoiar ini cia -ti vas que con tri bui rão para oau men to da com pe ti ti vi da deno se tor pri va do, e isso in cluiações para com ba ter a de gra -da ção am bien tal. A CIT foi cri-a da 2002 e reu niu, num pri -mei ro mo men to, re pre sen ta -ções de 16 paí ses: Bo lí via, Bra -sil, Co lôm bia, Cos ta Rica,Cuba, El Sal va dor, Equa dor,Gua te ma la, Hon du ras, Mé xi co,Ni ca rá gua, Pa na má, Pa ra guai,Peru, Uru guai e Ve ne zue la.Re cen te men te, Ar gen ti na,Aru ba e Chi le ade ri ram à ini -cia ti va - os 19 são re pre sen ta -dos por 63 mem bros de 48 en -

ti da des, em pre sas e ór gãosgo ver na men tais.

Es sas na ções se uni ramcom o ob je ti vo de coo pe raren tre si a fim de de li near umpa no ra ma ge ral da atual si -tua ção do trans por te nas trêsAmé ri cas em to dos os mo daise, em con jun to, tra çar as es -tra té gias para o de sen vol vi -men to do se tor na re gião.

Os Es ta dos Uni dos pre ten -dem, em fe ve rei ro de 2009, or -ga ni zar um pro gra ma de com -pe ti ti vi da de, es pe cial men te naárea de des po lui ção, e, alémdo Mé xi co e do Chi le, que já fa -zem par te da mesa de ne go -cia ções, que rem in cluir o Bra -sil, “por isso a im por tân cia dees trei tar mos os la ços comeles”, afir ma Ca lef fi.

Além da pre si den te do CoC,De bo rah Win ce-Smith, e dePau lo Ca lef fi, es ta vam pre sen -tes no even to o pre si den te daUni ver si da de de Geor ge town,Jack De Gioia, mem bro do Co -mi tê Exe cu ti vo do Con se lho,Jim Phil lips, e uma de le ga çãocom pos ta por 16 au to ri da desaca dê mi cas e go ver na men -tais dos Es ta dos Uni dos.

Para Ca lef fi, o en con tro foi“mui to im por tan te”, pois abriu“por tas para de sen vol ver di ver -sas par ce rias na área am bien talcom os Es ta dos Uni dos”. ●

te for tes, como os Es ta dosUni dos, afir ma. “Acre di ta mosque, apre sen tan do o pro gra -ma aos Es ta dos Uni dos, es ta -mos plan tan do uma se men tee mos tran do o que es ta mosrea li zan do aqui no Bra sil, emre la ção à pre ser va ção am -bien tal”, de cla ra Ca lef fi.

O CoC tem uma his tó ria desu ces so in fluen cian do po lí ti -cas pú bli cas no âm bi to fe de -ral, es ta dual e lo cal dos Es ta -dos Uni dos. Além dis so, é ca -

paz de reu nir o se tor pri va doem tor no de um tema ou po lí -ti ca es pe cí fi cos e trans mi ti-los atra vés de uma sé rie deses sões, reu niões e re la tó -rios, aos po lí ti cos em to dos osní veis. O Con se lho pro cu raain da par ce rias com or ga ni -za ções e in di ví duos, tan to nose tor pri va do e no go ver no,que tra gam be ne fí cios mú -tuos e re for cem as po si çõesdos en vol vi dos.

A pre si den te do CoC, De bo -

FORTALECIMENTO Programa Despoluir é apresentado ao CoC em reunião realizada no mês de julho, em Brasília, na sede da CNT

"Queremos levá-lo adiante para que esse encontro resulte em parcerias entre a CNT e os Estados Unidos"

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O44º pre si den te nor te-ame ri ca no não dá si -nais de que vá as si naro Pro to co lo de Kyo to, o

mais im por tan te do cu men to quees ta be le ce com pro mis sos e me -tas das na ções para a re du çãodas emis sões de CO2.

Con tu do, tan to o se na dor de -mo cra ta e lí der nas pes qui sas dein ten ção de vo tos, Ba rack Oba -ma, quan to seu ri val, o re pu bli ca -no John McCain, re ser va ram pla -ta for mas para o meio am bien te,

acom pa nha das de per to pe losana lis tas po lí ti cos e am bien ta lis -tas. Es tes con cor dam em umpon to: ne nhum go ver no po de ráser pior no que si to am bien talque o de Geor ge W. Bush.

O atual pre si den te, além deter de sau to ri za do a as si na tu rado Pro to co lo de Kyo to, não quissa ber da Con ven ção da Bio di ver -si da de (do cu men to de 1992) e seman te ve cla ra men te in di fe ren teaos re la tó rios so bre o cli ma.“Qual quer um que as su ma terá

de mu dar essa de sas tro sa po lí ti -ca”, afir ma Fá bio Feld mann, se -cre tá rio exe cu ti vo do Fó rumPau lis ta de Mu dan ças Cli má ti cas.

Numa lei tu ra sim plis ta, ba -sea da nos pla nos de go ver no ex -pos tos nos si tes dos can di da tos,Oba ma sai ria na fren te. Seu pla -no in clui a re du ção da emis sãode ga ses e a im ple men ta ção deum sis te ma para a di mi nui ção daemis são de car bo no em 80% até2050. Além dis so, o can di da tode mo cra ta apos ta no au men to

do uso de no vas fon tes de ener -gia e na re du ção do con su mo dega so li na em tro ca de ener giamais lim pa. Os Es ta dos Uni dosos ten tam hoje o tí tu lo de maiorcon tri buin te para a po lui ção dopla ne ta, sen do res pon sá veis por33% das emis sões de CO2 dospaí ses in dus tria li za dos.

A meta de McCain é bai xar asemis sões em 65% até 2050, eele diz acre di tar que a mu dan çacli má ti ca é uma ques tão de se -gu ran ça na cio nal. A fa vor do se -

ESCOLHA DO NOVO PRESIDENTE NORTE-AMERICANOLEVANTA EXPECTATIVA DE UMA MUDANÇA DEATITUDE COM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE

ELEIÇÕES

NÃO PODE SER PIOR DO QUE ESTÁ

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na dor está uma lei si mi lar aoPro to co lo ado ta da no Es ta do doAri zo na que es ta be le ce me tas dere du ções de emis sões e que foiim plan ta da mes mo ba ten do defren te com o atual pre si den te daRe pú bli ca, tam bém re pu bli ca no.

Na es tei ra da pro mes sa dere no va ção, Oba ma es ta ria, noen tan to, mais afi na do com a in -ter lo cu ção jun to a or ga ni za -ções am bien ta lis tas, se gun doFeld mann. “Ele tem um elei to ra -do mais jo vem que está aten to

à ques tão da mu dan ça cli má ti -ca, as sun to que será le va do emcon ta em seu man da to.” O pas -sa do po lí ti co, no en tan to, podege rar con tro vér sias. Oba mavem de Il li nois, Es ta do for te -men te adep to do uso do car -vão, o que jus ti fi ca ria a au sên -cia do tema em dis cur sos maiscon tun den tes.

Ape sar da ex pec ta ti va demu dan ça nos ru mos da po lí ti caam bien tal, es pe cia lis tas con cor -dam que o fu tu ro pre si den te

dos EUA terá uma pau ta de ur -gên cias ao as su mir o pos to, oque pode pos ter gar me di dasmais agres si vas. Guer ra do Ira -que, si tua ção do Afe ga nis tão e,não me nos gra ve, a cri se eco nô -mi ca por que pas sa o país.

O pro fes sor de Ciên cia Po lí ti -ca e Teo ria Ge ral do Es ta do daUni ver si da de Fu mec (de Belo Ho -ri zon te), Ri car do Sac co, pen saque o fato de a Chi na su pe rar osEUA em emis sões de car bo nonos pró xi mos dois anos po de rá

Os EUA sãoresponsáveispor33% das

emissões de CO2

dos países industrializados

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 37

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re du zir a de pen dên cia do pe -tró leo. McCain têm pla nos names ma li nha, além de in cen ti -var o in cre men to da bol sa decom pra e ven da de car bo no.Am bos se com pro me tem com ane ces si da de de in de pen dên ciaener gé ti ca para os EUA, mas,es pe ci fi ca men te, na ques tão doeta nol as vi sões di ver gem.

McCain apóia o fim dos sub -sí dios mul ti bi lio ná rios anuaisdis tri buí dos do go ver no para o

ti rar um pou co da pres são so breo novo go ver nan te. “Acho que aprio ri da de será su pe rar a cri seeco nô mi ca e as ques tões re fe -ren tes à po lí ti ca am bien tal fi ca -rão num se gun do pla no”, diz.

Os dois can di da tos ame ri ca -nos têm pro pos tas de es tí mu loaos com bus tí veis al ter na ti vos.Oba ma pro me te in ves tir US$150 bi lhões nos pró xi mos dezanos na es tru tu ra li ga da àener gia mais lim pa, de for ma a

A elei ção pre si den cial nor -te-ame ri ca na, a ser rea li za dano dia 4 de no vem bro, ape sarde não con tar com a par ti ci pa -ção di re ta de to dos os ci da -dãos (os vo tan tes são es co lhi -dos pela po pu la ção), vai le varem con ta as ques tões quemais lhes in te res sam: si tua çãodo Ira que, cri se eco nô mi ca,as sis tên cia mé di ca, edu ca ção,em pre gos e se gu ran ça na cio -nal. Te mas que es ti ve ram res -sal ta dos nas cam pa nhas dosdois prin ci pais can di da tos, ode mo cra ta Ba rack Oba ma –que tem 50% da pre fe rên ciado elei to ra do – e o re pu bli ca noJohn McCain, com 42% , se -gun do pes qui sa do “Was hing -ton Post” de 16 de ju lho.

A des pei to da li de ran ça deOba ma, nun ca hou ve elei çõespre si den ciais nos EUA comnú me ro tão sig ni fi ca ti vo dein de ci sos – 12% – ou de elei to -res que po de riam vo tar emum como no ou tro. Den tre osin de ci sos, ana lis tas di zemque os la ti nos ou his pa nosdes cen den tes de ve rão de fi niro re sul ta do. Se se gui da à ris -ca a car ti lha re pu bli ca na,McCain po de rá con tar commais apoio den tre essa par ce -la de elei to res, já que his to ri -ca men te os re pu bli ca nos sãomais fle xí veis com os imi -gran tes. Oba ma, no en tan to,po de rá sur preen der com oape lo do novo – tan to pelaida de como pelo par ti do. Ain -da que Geor ge W. Bush não te -nha apa re ci do ao lado do se -na dor re pu bli ca no com fre -qüên cia, a as so cia ção comuma con ti nui da de do atualgo ver no pa re ce me do nhapara a gran de maio ria.

A guer ra do Ira que é otema em que os can di da tosmais di ver gem em suas pla ta -for mas. McCain de fen de a ma -nu ten ção das tro pas e dis cur -sou em fa vor da in va são co -man da da pelo atual go ver nan -te. Oba ma foi um crí ti co des deo iní cio do con fli to e pro me tere ti rar os sol da dos do país aospou cos, em uma mé dia deduas bri ga das por mês.

Para com ba ter a atual cri -se eco nô mi ca, es pe cial men teno que si to imó veis, McCain,ape sar de re pu bli ca no, pre -ten de con si de rar maior in ter -ven ção do go ver no fe de ralpara li mi tar os efei tos da cri -se hi po te cá ria, lem bran do,con tu do, que a pro te ção fi -nan cei ra deve ser um úl ti more cur so. Mais agres si vo, Oba -ma pro põe a cria ção de umfun do de US$ 10 bi lhões paraaju dar a evi tar a exe cu çãodas hi po te cas, eli mi nar ta xase aju dar fa mí lias que pre ci -sam ven der a casa. O seu pla -no é for ne cer cré di tos para 10mi lhões de do nos de ca sas declas se mé dia do país.

Na te má ti ca das ar mas,que re me te di re ta men te à se -gu ran ça de se ja da pelo elei to -ra do, McCain se opõe vee -men te ao con tro le do usopor que se tor na ria um fra cas -so no com ba te ao cri me. Écon tra ain da aos pe río dos dees pe ra para com prar ar mas etem apoio de li be ra do da As -so cia ção Na cio nal de Ri fledos EUA. O de mo cra ta de fen -de aná li ses psi co ló gi cas maismi nu cio sas do per fil de pos sí -veis com pra do res e a obri ga -to rie da de das fá bri cas ins ta -la rem tra vas nas mes mas.

Escolha nas mãos dos indecisos

SUCESSÃO

PRODUÇÃO Plantação de milho nos Estados Unidos recebe subsídios do governo e boa parte vira combustível

Page 39: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

den tes na ques tão ener gé ti ca,ele apóia a aju da fe de ral aospro du to res de mi lho, o que al -guns eco no mis tas di zem quepode ser con si de ra da ile galpela OMC (Or ga ni za ção Mun dialdo Co mér cio).

Du ran te a cam pa nha po lí ti -ca, Oba ma não ex pôs a suaopo si ção ao eta nol de cana-de-açú car im por ta do. Mas emco men tá rios no ano pas sa do,fei tos quan do o pre si den te

Geor ge W. Bush es ta va pres tesa as si nar um acor do de coo pe -ra ção com o Bra sil, Oba maafir mou que “o ca mi nho para ain de pen dên cia ener gé ti ca dosEUA” po de ria so frer se Bushnão es ta be le ces se res tri çõespara a en tra da de eta nol deou tros paí ses.

“Subs ti tuir o pe tró leo im por -ta do pelo ál cool bra si lei ro nãoser ve para a nos sa se gu ran çana cio nal e eco nô mi ca”, afir mouOba ma. A po si ção fi cou maiscla ra de pois que re por ta gem do“New York Ti mes” deu con ta desua li ga ção com os pro du to resde eta nol dos EUA, que te riamfi nan cia do boa par te de suacam pa nha.

McCain ca pi ta li zou so bre a“fra gi li da de” do opo nen te e che -gou a di zer, em dis cur so so breener gia, que o eta nol bra si lei rore pre sen ta o fu tu ro e que os pro -du to res nor te-ame ri ca nos pre ci -sa riam se mo der ni zar para setor na rem com pe ti ti vos, sem aaju da es ta tal.

Sac co lem bra, po rém, que afa ci li da de de en tra da do eta nolbra si lei ro no mer ca do nor te-ame ri ca no pode ge rar uma dis -pa ra da nos pre ços do com bus tí -vel que não se ria in te res san tepara nos so abas te ci men to in -ter no. Por ou tro lado, a pos si bi -li da de de au men to dos sub sí -dios para os pro du to res nor te-

se tor. Como re pu bli ca no e, por -tan to, de fen sor do li vre-co mér -cio, McCain tam bém se opõe àta ri fa de US$ 0,54 (R$ 0,87) porga lão que os EUA im põem paraa im por ta ção de ál cool fei to dacana-de-açú car, es pe cia li da debra si lei ra, que é mais ba ra to egera mais ener gia do que o pro -du zi do do mi lho.

Oba ma, ao con trá rio, é a fa -vor dos sub sí dios. Em nome deaju dar os EUA a se rem in de pen -

ame ri ca nos po de ria com pro me -ter a se gu ran ça ali men tar nomun do. “Mas o fe nô me no nãopode ser ana li sa do se pa ra da -men te. O maior pro ble ma naques tão ener gé ti ca hoje é o pe -tró leo caro. Se o pe tró leo cus taem mé dia US$ 8 na boca dopoço, por que é ven di do a US$140 o bar ril? São os es pe cu la do -res que fo men tam a alta dospre ços do pe tró leo, fa zen docom que, na mi nha aná li se, opre ço es te ja tão ar ti fi cial men teele va do. Se o pe tró leo es ti ves sea US$ 80 o bar ril, não ha ve riaes pa ço para os bio com bus tí -veis, e me nos ain da se pro du zi -dos com mi lho.”

O tema da ener gia ad vin dada cana, no en tan to, pode serfa vo re ci do pelo fato de os doiscan di da tos nu tri rem sim pa tiapelo país. Os re pu bli ca nos his -to ri ca men te são mais be né fi -cos nas re la ções ex ter nas,mas Oba ma já mos trou quegos ta ria que o Bra sil as su mis -se po si ção de li de ran ça naAmé ri ca La ti na. Para o pro fes -sor da Fu mec, ca be rá tam bémao Bra sil afi nar sua po lí ti ca dere la ções in ter na cio nais demodo que a eco no mia bra si lei -ra e ou tras ques tões per ti nen -tes à re la ção com os EUA pos -sam ser tra ta das de ma nei raade qua da pelo novo man da tá -rio nor te-ame ri ca no. ●

PRODUÇÃO Plantação de milho nos Estados Unidos recebe subsídios do governo e boa parte vira combustível

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Há um ano, a CNTapre sen ta va ao Bra -sil o seu Pro gra maAm bien tal do Trans -

por te. Bem an tes do iní cio dasações do Des po luir, a con fe de -ra ção bus cou, jun to a en ti da -des que rea li zam tra ba lhosvol ta dos para o meio am bien -te, par ce rias que pu des sem le -gi ti mar e fo men tar as açõesdo pro gra ma. As sim, o Des po -luir che gou aos qua tro can tosdo país le van do em sua chan -ce la ex pe riên cias bem-su ce di -das e o aval de ins ti tui ções

VERDESENTIDADES COMO PNUMA E CETESB APOSTARAM NO

PROGRAMA DESPOLUIR ANTES DO LANÇAMENTO

que tra ba lham em prol domeio am bien te.

Uma en ti da de que con tri buicom o Des po luir é o Pnu ma Bra -sil (Pro gra ma das Na ções Uni daspara o Meio Am bien te). O es cri tó -rio bra si lei ro está or ga ni za do naca pi tal fe de ral. A coor de na do rado Pnu ma Bra sil, Cris ti na Mon te -ne gro, con ta que o Des po luir foiapre sen ta do ao es cri tó rio an tesde seu lan ça men to. “O Pnu macon si de rou o pro gra ma im por -tan te por vá rios mo ti vos, den treeles, a pro du ção e o con su mosus ten tá vel.” De acor do com

Cris ti na , as ações pro pos taspelo Des po luir es tão em con so -nân cia com o Pnu ma. “De pois deco nhe cer o Des po luir, cons ta ta -mos que ele se har mo ni za comnos sos te mas. Cha mou-nos aaten ção a abran gên cia do Des -po luir. Ao tra ba lhar com essaquan ti da de de as so cia dos eaten der um nú me ro con si de rá -vel de pes soas, o pro gra ma atin -ge um pú bli co mui to gran de.”

Se gun do a coor de na do ra, oPnu ma Bra sil está for ma tan doum pla no de tra ba lho para atuarjun to ao pro gra ma da CNT. “O

pro gra ma de ca pa ci ta ção irácon tem plar o Pro gra ma Des po -luir: o trans por te de re sí duospe ri go sos. Rea li za re mos con -ven ções in ter nas so bre o tema.O pla no de tra ba lho está sen does tru tu ra do pela equi pe do Pnu -ma em Pa ris. O es cri tó rio bra si -lei ro vai trei nar os ins tru to resdo Des po luir.”

Ou tra par ce ria que tam bémvem ge ran do bons fru tos é rea -li za da com a Ce tesb (Com pa -nhia de Tec no lo gia de Sa nea -men to Am bien tal), ór gão li ga -do à Se cre ta ria de Es ta do de

APOIO Labora tório veicular da Cetesb, companhia que aderiu ao Programa Despoluir

PARCEIROS COOPERAÇÃO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15640

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Meio Am bien te de São Pau lo.Olím pio de Melo Álvares Jú nior,en ge nhei ro da Ce tesb, há pou -co mais de um ano, pro cu rou aFet cesp (Fe de ra ção das Em pre -sas do Trans por te de Car gas doEs ta do de São Pau lo) com o in -tui to de rea li zar um pro gra made me di ção de emis sões vei cu -la res. Foi en tão que a Ce tesbto mou co nhe ci men to do Pro -gra ma Des po luir. “Foi uma gra -ta para nós a sur pre sa de que aCNT, por meio do Des po luir, jáes ti ves se fa zen do es sas me di -ções a todo va por no am bien te

das ga ra gens, an te ci pan do-seaté à ação da Ce tesb, que cos -tu ma li de rar ini cia ti vas comoessa. Apren de mos mui ta coi sanova com a ex pe riên cia prá ti cados téc ni cos do Des po luir e,des sa for ma, avan ça mos rá pi -do em nos sos ob je ti vos.” Deacor do com Jú nior, as ações doDes po luir em São Pau lo têmcon tri buí do para que a Ce tesbfo men te seu pro gra ma de fis -ca li za ção. “Pre ten de mos im -plan tar em São Pau lo, via re gu -la men ta ção es ta dual, um pro -gra ma de fis ca li za ção de emis -

são de fu ma ça fun da men ta dono uso do opa cí me tro.”

Jú nior acre di ta que o gran -de di fe ren cial do Des po luir é amu dan ça de pos tu ra que o pro -gra ma in cu tiu na ca deia dotrans por te bra si lei ro. “Além depro du zir re sul ta dos pon tuaisdi re tos na re du ção das emis -sões de fu ma ça, o Des po luiratua de for ma abran gen te, ino -cu lan do no se tor a cul tu ra dotrans por te sus ten tá vel. As sim,o Des po luir tor na pe re nes osre sul ta dos já al can ça dos, e vaimais além, am plian do os be ne -fí cios ao meio am bien te”. Parao en ge nhei ro, ações se me lhan -tes ao Des po luir de vem se tor -nar uma cons tan te em qual -quer se tor. “A CNT che gou lá.Pre ci sa mos de ações com umavi são si mi lar ao Des po luir e,cla ro, edu ca ção. Se o Bra silacor dar, tal vez, den tro de al gu -mas dé ca das, es ta re mos numpla no mais ele va do de ci vi li za -ção. A se men te está lan ça da.”

A Fiesp (Fe de ra ção das In -dús trias do Es ta do de São Pau -lo), atra vés de seu es cri tó rio emBra sí lia, coo pe rou com o Pro -gra ma Des po luir. A en ti da de au -xi liou a ela bo ra ção dos pri mei -ros ma nuais que orien tam o tra -ba lha dor do trans por te e seusges to res, quan to à reu ti li za çãodos ma te riais usa dos pelo se tor,como óleo e ba te ria. O es pe cia -

lis ta do de par ta men to am bien -tal da Fiesp, Mar co An tô nio Ca -mi nha, con ta que a en ti da depas sou por uma rees tru tu ra çãoin ter na, o que per mi tiu a apli ca -ção de sua ex per ti se no Des po -luir. “No iní cio da ges tão de Pau -lo Skaf (atual pre si den te daFiesp), fo ram cria das ou trasáreas de atua ção, com co mi têsde ca deias pro du ti vas. A par ce -ria com a CNT é im por tan te por -que a in dús tria pro duz o pro du -to fi nal. A ba te ria que o ca mi -nhão uti li za é pro du zi da pela in -dús tria do se tor de mi ne ra ção.En tão está tudo in ter li ga do.Essa co ne xão en tre os se to res émui to im por tan te para dis po ni -bi li zar mos um ser vi ço de qua li -da de à po pu la ção.”

A ex pe riên cia da Fiesp emre la ção à reu ti li za ção do óleousa do por veí cu los au to mo to -res é an te rior ao Pro gra maDes po luir. Por isso, seu co nhe -ci men to foi pro vi den cial para acon fec ção dos ma nuais. “OSin di ca to de Re-re fi no de Óleo,fi lia do à Fiesp, tra ba lha a reu -ti li za ção do óleo de veí cu los.Seu acon di cio na men to e ar ma -ze na men to, até que seja pro -ces sa do e reu ti li za do, são ofoco do tra ba lho, as sim como aba te ria e ou tros com po nen tesque fa zem par te da boa pres -ta ção de ser vi ço do ca mi -nhão”, diz Ca mi nha. ●

CETESB/DIVULGAÇÃO

APOIO Labora tório veicular da Cetesb, companhia que aderiu ao Programa Despoluir

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Afra se es tam pa da emuma peça pu bli ci tá -ria ilus tra bem a fi lo -so fia do pro gra ma

Des po luir: “Quem não cui da domeio am bien te é por que nãore gu la bem”. O pro gra ma sur -giu em meio às preo cu pa çõesam bien tais des te iní cio do sé -cu lo 21: aque ci men to glo bal eto das as suas con se qüên cias.Um ano de pois, em 2008, opro gra ma mos tra-se bem su -ce di do e se es pa lhan do portodo o Bra sil.

As uni da des do Des po luir

são equi pa das com opa cí me -tros (equi pa men tos que ana li -sam a fu ma ça emi ti da por mo -to res a die sel) e já fo ram en -via das às fe de ra ções de trans -por ta do res dos 27 Es ta dos dopaís e o Dis tri to Fe de ral. Asuni da des mó veis ve ri fi cam aemis são de po luen tes dos veí -cu los, vi san do re du zir a po lui -ção e o con su mo de com bus tí -veis, com base nas de ter mi na -ções do Co na ma (Con se lho Na -cio nal do Meio Am bien te).

Sem a gran de ade são dasem pre sas, o pro gra ma não te -

ria o su ces so que al can çou.Por todo o País, as em pre sascon tam como im plan ta ramme di das sim ples, mas de mui taefi cá cia com ex ce len tes re sul -ta dos em seus pro ce di men tosope ra cio nais, ge ran do eco no -mia e de sem pe nho.

VIA ÇÃO JOA NA D’ARC - LI -NHA RES (ES)

Na em pre sa ca pi xa ba comsede em Li nha res (130 km deVi tó ria), o res pon sá vel pe losse to res de Qua li da de e Se gu -ran ça do Tra ba lho, Mar le no

Ven dra mi ne, diz que o Des po -luir foi agre ga do a um pro gra -ma vin cu la do às di re tri zes deQua li da de To tal da em pre sa.“Es ta be le ce mos uma pre mia -ção bi mes tral aos par ti ci pan -tes in cen ti van do-os na eco no -mia de com bus tí vel. Os re sul -ta dos fo ram ime dia tos e re ce -be mos pre mia ção em to das asedi ções do Prê mio Fe trans por -tes de Qua li da de do Ar - Qua -liar, rea li za do pela Fe trans por -tes, fe de ra ção exe cu to ra doPro gra ma Des po luir no Es pí ri -to San to.”

A SUL DO PAÍSEMPRESAS IMPLANTAM AÇÕES QUE GERAM ECONOMIA,MELHORAM O DESEMPENHO E REDUZEM A POLUIÇÃO

ADESÃO DE NORTE

CASES

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15644

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Se gun do ele, a em pre sa temin di ca do res mos tran do, tam -bém, a acei ta ção ex ter na dasações em fa vor do meio am -bien te. “Te mos bons re sul ta -dos jun to à opi nião pú bli ca,tra zen do sa tis fa ção e, comore sul ta dos, maio res ín di ces depas sa gei ros”, afir ma Ven dra -mi ne.

Para ob ter es ses ní veis, aem pre sa fi cou mais ri go ro saem di ver sos pa râ me tros.“Acom pa nha mos de per to ama nu ten ção e a re vi são dosveí cu los. Tam bém es ta mos

mais aten tos ao con su mo decom bus tí veis, tra ba lhan docon ti nua men te nas ca li bra -gens e re gu la gens nas vál vu lase bom bas.”

ima gem, já que tra ba lha comum seg men to res pon sá vel porsig ni fi ca ti va par ce la de ge ra -ção de em pre go e ren da naca pi tal ama zo nen se: o tu ris -mo. “O aten di men to fi coumais efi cien te”, afir ma Soa -res.

VI CA SA - CA NOAS, CA CHOEI RI NHA, GRA VA TAÍE MO RUN GA VA E POR TO ALE GRE (RS)

Se a eco no mia de com bus tí -vel da fro ta de 400 veí cu los daVi ca sa foi um dos pri mei ros re -

RAIO X

Área de atuação: Transporteurbano de passageirosFrota: 78 veículosFuncionários: 325Tempo de atividade: 39 anos

BRE CHA - TRANS POR TES ETU RIS MO - MA NAUS (AM)

Em ple na Ama zô nia, a Bre -cha - Trans por tes e Tu ris mo jáapren deu a con vi ver com rí gi -das leis am bien tais, comoates ta o ge ren te de Ma nu ten -ção da em pre sa, José Soa resda Sil va.

Se gun do ele, o téc ni co daDes po luir faz um le van ta men -to com ple to em ter mos deemis são de ga ses em toda afro ta da em pre sa. O ge ren teda Bre cha diz que a em pre sasaiu ga nhan do em ter mos de

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RESULTADOS A Viação Urbana, com sede em Fortaleza (CE), conseguiu reduzir o consumo de combustíveis e óleos lubrificantes

VIAÇÃO URBANA/DIVULGAÇÃO

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com qui lo me tra gem me nor ede bi cos in je to res nas re vi -sões pro gra ma das. Me lho ra -mos nos so de sem pe nho ope -ra cio nal”, diz San tos.

Além dos pro ce di men tosope ra cio nais e me lho ria nases ta tís ti cas de efi ciên cia e de -sem pe nho, a Via ção Ur ba nasen te-se sa tis fei ta com o re tor -no para sua ima gem: “Já re ce -be mos vá rios prê mios como ode Me lho ria da Qua li da de do Ar,Des po luir e o Selo Em pre sa100%”, diz o ge ren te. ●

mais vi sí vel da Via ção Ur ba naapós ter ade ri do ao Des po luir.“Hou ve uma mu dan ça de pos -tu ra com re la ção às re vi sõespro gra ma das dos veí cu los,pas sa mos a ve ri fi car itens quenão es ta vam de acor do com aafe ri ção de fu ma ça me di dapelo opa cí me tro. To dos os veí -cu los são afe ri dos pela Ce pi -mar (Fe de ra ção das Em pre sasde Trans por te Ro do viá rio dosEs ta dos do Cea rá, Piauí e Ma -ra nhão”, diz o ge ren te de Ma -nu ten ção, Val dir San tos.

Com os pri mei ros re sul ta -dos tra zen do, além da me lho -ria para o meio am bien te, are du ção no con su mo de com -bus tí vel e óleos lu bri fi can tes,a em pre sa ado tou no vos pro -ce di men tos. “São rea li za dasações pro gra ma das de ve ri fi -ca ção de va za men tos de óleolu bri fi can te, ar com pri mi do eóleo die sel, tro ca de fil tros

sul ta dos prá ti cos da ação doDes po luir, a sa tis fa ção da em -pre sa foi cons ta tar, tam bém,que al guns veí cu los ope ra vamem ní veis de emis são in fe rio -res ao re co men da do pe las nor -mas. “A Vi ca sa se sen tiu or gu -lho sa de ser uma das pio nei rasdo Des po luir na re gião Sul”, de -cla ra o ge ren te de Pla ne ja men -to da em pre sa, Flá vio Cal das so.

O Des po luir ini ciou suas ati -vi da des em fe ve rei ro des te ano.“A par tir da cons ta ta ção des sesní veis, o de par ta men to de ma -nu ten ção da Vi ca sa de sen ca -deou ações cor re ti vas para a re -gu la gem des tes veí cu los, quenum pra zo pe que no vol tou aope rar com ple na cer te za de es -tar com sua fro ta nas con di çõesideais quan to à emis são dos ga -ses po luen tes”, diz Cal das so.

As me di ções fo ram fei taspor téc ni cos do Des po luir daFe tergs (Fe de ra ção das Em -

pre sas de Trans por tes Ro do -viá rios do Es ta do do Rio Gran -de do Sul), e os mo to ris tas fo -ram os pri mei ros a per ce ber aeco no mia de com bus tí vel e ame lho ria na qua li da de de de -sem pe nho dos veí cu los.

VIA ÇÃO UR BA NA - FOR TA LE ZA (CE)

Con se guir com que to dosos veí cu los fos sem apro va dosem tes tes de emis são de ga -ses, con tra 50% em afe ri çõesan te rio res, foi o re sul ta do

QUALIDADE A Vicasa é uma das pioneiras na implantação do Despoluir na região Sul

VICASA/DIVULGAÇÃO

RAIO X

Área de atuação:Fretamento e turismoFrota: 115 veículosFuncionários: 150Tempo de atividade: 16 anos

RAIO X

Área de atuação: Transporteintermunicipal de passageirosFrota: 400 veículosFuncionários: 1.700Tempo de atividade: 65 anos

RAIO X

Área de atuação: Transporteurbano de passageirosFrota: 212 veículosFuncionários: 915Tempo de atividade: 12 anos

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Na ma dru ga da de 19de mar ço des te ano,o car guei ro In de -pen den te, de ban -

dei ra bra si lei ra e car re ga docom chi ne los e bor ra chas, foialvo de ata que de pi ra tas noPor to de San tos, o maior dopaís. A em bar ca ção já ha viasido in va di da 15 dias an tesquan do um gru po de pi ra tasar rom bou 11 con têi ne res quecon ti nham gar ra fas PET epro du tos quí mi cos, mas nes -sa pri mei ra in ves ti da eles nãole va ram nada. Es ses fo ramdois dos qua tro ata ques re -gis tra dos este ano em San tos.Nos úl ti mos três anos, asocor rên cias têm di mi nuí do.Em 2006, 13 em bar ca ções fo -ram in va di das e, no ano pas -sa do, os pi ra tas ata ca ramnove na vios.

Uma rea li da de que mu doubas tan te des de a dé ca da de80, quan do o Por to de San tosera con si de ra do um dos maisin se gu ros do mun do. Na que laépo ca, a ou sa dia era tan taque os pi ra tas fa ziam umgran de ata que a cada 15 dias.Os pi ra tas se so fis ti ca ramtan to que usa vam lan chas ve -

lo zes, ob ti nham in for ma çõespri vi le gia das so bre uma de -ter mi na da car ga de gran deva lor e até sa biam como elaseram em ba la das. Os pro du tosrou ba dos eram re pas sa dospara gran des re des de dis tri -bui ção por todo o país. Paratrans por tar car gas, os ar ma -do res pas sa ram a co brar so -bre ta xas nos fre tes.

A si tua ção co me çou a me -lho rar nos anos 90, quan do aPo lí cia Fe de ral pas sou a fa zer

ti nei ros e todo o efe ti vo po li -cial fez cur sos de re ci cla gem.

A di mi nui ção dos ata quesfoi vi sí vel, mas não im pe diuuma ou tra gran de in ves ti dados pi ra tas em ou tu bro de2006. Um car re ga men to com12,5 bi lhões de gua ra nis (moe -da do Pa ra guai, equi va len tecer ca de R$ 5 mi lhões) foi ex -tra via do do na vio Alian çaMauá. Os pi ra tas abri ram 45cai xas (ha via 200 no na vio) efu gi ram em uma po ten te lan -

ações mais os ten si vas, apa re -lha da com lan chas, e, com oau men to do efe ti vo de po li -ciais, con se guiu de sar ti cu larmui tas qua dri lhas de pi ra tas.Nes se pe río do, foi cria do oNe pom (Nú cleo Es pe cial dePo lí cia Ma rí ti ma). Os po li ciaispas sa ram a rea li zar plan tõesem tur nos de 24 ho ras, fa zerope ra ções pro gra ma das emilhas e vis to riar em bar ca çõesno li to ral san tis ta. Os pa tru -lha men tos pas sa ram a ser ro -

CERCO AOS PIRATAS

POR EDSON CRUZ

TECNOLOGIA, MAIOR EFETIVO POLICIAL E PATRULHAME NTO OSTENSIVO REDUZEM ASSALTOS AOS PORTOS

SEGURANÇA MARÍTIMA

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cha. Cada cai xa pos suía 50mil no tas de 50 mil gua ra nis(em tor no de R$ 20). Umacom pa nhia fran ce sa, que ven -ceu a con cor rên cia do Ban coCen tral do Pa ra guai, im pri miuas no tas que se riam des car re -ga das em Mon te vi déu e se gui -riam, via flu vial, na em bar ca -ção car guei ra Doña Mar ga ri taaté a ca pi tal As sun ção. Al gu -mas pri sões fo ram rea li za das,mas o mis té rio en vol ven do osu mi ço do di nhei ro pa ra guaio

CERCO AOS PIRATAScon ti nua e ain da está sen doin ves ti ga do.

Nas úl ti mas ações re gis -tra das em 2008 no Por to deSan tos, os pi ra tas agi ram dames ma for ma. “Eles ata camsem pre de ma dru ga da, emgru pos de seis a oito pes -soas. Op tam, pre fe ren cial -men te, por em bar ca ções fun -dea das na Bar ra (an co ra dasem lo cal ex ter no ao Por to àes pe ra da atra ca gem). No úl -ti mo na vio, fi ze ram o ofi cial

de re fém”, diz o vice-pre si -den te do Sin da mar (Sin di ca todas Agên cias de Na ve ga çãoMa rí ti ma do Es ta do de SãoPau lo), José Ro que. De acor -do com ele, os ata ques sãofei tos de for ma alea tó ria, ouseja, sem co nhe cer o vo lu medas car gas trans por ta das, ospi ra tas, mas ca ra dos e for te -men te ar ma dos, ar rom bamos con têi ne res in dis tin ta -men te e só le vam as mer ca -do rias que lhes in te res sam.

O ser vi ço de in te li gên ciada Po lí cia Fe de ral iden ti fi couque, hoje em dia, há dois ti posde pi ra tas no Bra sil: os quesão li ga dos às má fias es pe -cia li za das em rou bos de todotipo de car ga e que até se -qües tram ví ti mas para exi girres ga tes e os que são for ma -dos por pes ca do res po bresque op tam por rou bar na vioscomo for ma de sub sis tên cia,já que não con se guem sus -ten tar suas fa mí lias ape nascom o di nhei ro da pes ca.

Os ata ques de vem fi carain da mais ra ros em San tos.No iní cio de ju lho, os ad mi nis -tra do res da zona por tuá riacon se gui ram con cluir asobras de ade qua ções ne ces -sá rias para con quis tar o ISPS

TECNOLOGIA, MAIOR EFETIVO POLICIAL E PATRULHAME NTO OSTENSIVO REDUZEM ASSALTOS AOS PORTOS

CODE

SP/D

IVUL

GAÇÃ

O

“Eles atacamsempre

de madrugada,em grupos de seis a oitopessoas”

JOSÉ ROQUE

VICE-PRESIDENTE DO SINDAMAR

Page 50: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15650

US$ 11,6 bi lhões, e as ex por ta -ções al can ça ram US$ 14,7 bi -lhões, com au men to de13,95%.

Ape sar de pou co di vul ga -do, ata ques de pi ra tas tam -bém têm acon te ci do em gran -de nú me ro nos rios da Ama zô -nia, prin ci pal men te nas pro xi -mi da des de Ma naus. Nos qua -tro ata ques re gis tra dos en treja nei ro e fe ve rei ro des te ano,os pi ra tas usa ram em bar ca -ções ve lo zes, com um bomsis te ma de co mu ni ca ção, eren de ram bar cos de tu ris tas.De acor do com o Sin dar pa

Fiho, o ISPS Code é um pro -ces so con tí nuo que nun ca vaiter mi nar de ser aper fei çoa docom o uso de no vas tec no lo -gias. “Ago ra, es ta mos tra ba -lhan do ape nas a par te ope ra -cio nal, como o trei na men toda Guar da Por tuá ria, e in ten -si fi can do o ca das tra men todos usuá rios do sis te ma”, dizo di ri gen te. Com as ações deim plan ta ção do ISPS Code, omo vi men to de car gas do por -to já re gis trou um au men to de25,23% en tre ja nei ro e mar çodes te ano. As im por ta çõescres ce ram 8,1%, che gan do a

mais com re la ção a pes soasque pre ci sam ter con ta to di -re to com as em bar ca ções.Nes se caso, o tra ba lha dorterá que pas sar por uma lei tu -ra bio mé tri ca de mãos (atra -vés de im pres sões di gi tais, osis te ma vai ve ri fi car a iden ti -da de dele). Está pre vis ta adis tri bui ção de 45 mil cra -chás. Além dis so, 228 câ me rasfa rão o mo ni to ra men to detodo o mo vi men to do por to,que terá ain da 28 por tões deaces so, re cém-cons truí dos.

De acor do com o pre si den -te da Co desp, Jose Di Bel la

Code. A cer ti fi ca ção sur giu naes tei ra dos trá gi cos aten ta -dos de se tem bro de 2001 nosEs ta dos Uni dos. O ISPS é umcó di go in ter na cio nal que visaà se gu ran ça e à pro te ção dena vios em zo nas por tuá rias,ela bo ra do pela IMO (Or ga ni za -ção Ma rí ti ma In ter na cio nal),ór gão que in te gra a ONU (Or -ga ni za ção das Na ções Uni -das).

Quan do ins ti tuiu o ISPS em2003, a IMO aler tou a to dos osad mi nis tra do res de por tosque os com ple xos que nãoaten des sem às nor mas de se -gu ran ça se riam con si de ra dosin se gu ros para o aten di men todo co mér cio ex te rior e fi gu ra -riam numa “lis ta ne gra” in ter -na cio nal. Por en quan to, o Por -to de San tos pos sui ape nasum Ter mo de Ap ti dão, que re -pre sen ta que um de ter mi na dopor to está de sen vol ven doações para im ple men tar pla -nos de se gu ran ça.

Para as re for mas, a Co desp(Com pa nhia das Do cas do Es -ta do de São Pau lo), que ad mi -nis tra o Por to de San tos, jádes ti nou R$ 34 mi lhões. Ago -ra, para se ter aces so ao ter -mi nal, os tra ba lha do res te rãoque pos suir um cra chá comda dos pes soais e fo tos. Asexi gên cias au men tam ain da

SEGURO Porto do Rio de Janeiro está há oito anos sem registro de acões de piratas, segundo o ge rente de tráfego marítimo Jesuíno Alves

CIA DE DOCAS DO RIO DE JANEIRO/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 51

(Sin di ca do das Em pre sas deNa ve ga ção Plu vial) as açõestêm sido rea li za das com ex -tre ma vio lên cia e mui tas ve -zes os pi ra tas hu mi lham e tor -tu ram os tri pu lan tes e até es -tu pram mu lhe res.

Pelo me nos a gran de vio -lên cia mos tra da e es tam pa danas man che tes dos prin ci paisjor nais do país nos úl ti mosme ses não foi trans por ta dapara o Por to do Rio de Ja nei -ro. “Nem me lem bro de quan -do acon te ceu a úl ti ma in ves ti -da de pi ra tas a na vios em nos -sas águas. Nos úl ti mos oito

anos, não há re gis tro”, diz oge ren te de trá fe go ma rí ti moda Baía da Gua na ba ra, Je suí noAl ves. Ele afir ma que hou veuma épo ca crí ti ca per to dosanos 80, em que os ata queseram em gran de nú me ro, masque, com o sur gi men to do Ne -pom (atual men te, De pom – De -le ga cia Es pe cial de Po lí cia Ma -rí ti ma), em 1999, os sa ques eas sal tos de sa pa re ce ram. Pi ra -ta ria mes mo no Por to do Riode Ja nei ro hoje e que nãopára de cres cer é ape nas depro du tos fal si fi ca dos.

Di fe ren te men te do Rio de Ja -

nei ro, no mun do in tei ro a pi ra ta -ria ma rí ti ma tem sido um gran depro ble ma para o co mér cio ex te -rior. Um es tu do do IMB (In ter na -tio nal Ma ri ti me Bu reau), en ti da -de que ge ren cia o sis te ma de na -ve ga ção de to dos os por tos domun do in tei ro, mos tra que fo ramre gis tra dos 263 ata ques de pi ra -tas em 2007, um cres ci men to de10% em re la ção a 2006. Os pon -tos mais pe ri go sos se lo ca li zamna In do né sia, Ni gé ria e So má lia.Na Amé ri ca do Sul, O IMB ca rac -te ri zou como vul ne rá veis San tose um por to lo ca li za do no Peru.

Atual men te, es ti ma-se que

80% do co mér cio mun dialacon te çam por mar. Os na viossão cons truí dos com uma ca -pa ci da de cada vez maior, com apos si bi li da de de trans por tarcar gas as mais di ver sas pos sí -veis. Se gun do le van ta men to doIMB, o pre juí zo já é na or demde US$ 25 bi lhões anuais. Pre -juí zo maior é re ve la do pormeio dos nú me ros que en vol -vem ví ti mas. Se gun do ain da oIMB, na úl ti ma dé ca da, pelo me -nos 3.200 pes soas fi ca ram re -féns, ou tras 500 fi ca ram fe ri -das e 150 mor re ram nas mãosde qua dri lhas de pi ra tas. ●

SEGURO Porto do Rio de Janeiro está há oito anos sem registro de acões de piratas, segundo o ge rente de tráfego marítimo Jesuíno Alves ATAQUES Levantamento do IMB aponta prejuízo de US$ 25 bilhões anuais com a pirataria

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CIA DE DOCAS DO RIO DE JANEIRO/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15652

CAMINHOSOLUÇÕES A

Os pro ble mas são mui tos: si na li -za ção náu ti ca ine xis ten te oude fa sa da tec no lo gi ca men te,ser vi ço de pra ti ca gem sem

con cor rên cia efe ti va, ca bo ta gem comex ces so de bu ro cra cia, co bran ça deamar ra ção e de sa mar ra ção de na viosnos por tos de for ma bu ro crá ti ca, comose fos se um ser vi ço di fe ren cia do da que -le que se pre ten de ao se atra car um na -vio no por to, fal ta de dra ga gem de ma -nu ten ção e de apro fun da men to em al -guns por tos, fal ta de de fi ni ção de au to ri -da de com pe ten te para o anún cio de pro -fun di da de ofi cial dos por tos e mui tos ou -tros en tra ves. Tudo isso tem ti ra do acom pe ti ti vi da de dos ser vi ços por tuá riose da na ve ga ção bra si lei ros e o sono dosem pre sá rios que atuam na ati vi da de.

Para ten tar me lho rar as con di çõesde ex plo ra ção do gran de po ten cial eco -nô mi co da na ve ga ção e da área por tuá -

ria bra si lei ras, os em pre sá rios do se toraqua viá rio, re pre sen ta dos pela Fe na ve -ga (Fe de ra ção Na cio nal das Em pre sasde Na ve ga ção Ma rí ti ma, Flu vial, La cus -tre e de Trá fe go Por tuá rio) e pela Fe na -mar (Fe de ra ção Na cio nal das Agên ciasde Na ve ga ção Ma rí ti ma), li ga das à CNT,es ti ve ram reu ni dos na sede da con fe de -ra ção, em Bra sí lia, com o mi nis tro daSe cre ta ria Es pe cial de Por tos, Pe dro Bri -to. Na pau ta, a in sa tis fa ção com a pe re -ni da de dos pro ble mas e o des com pro -mis so das au to ri da des com so lu çõesefe ti vas e du ra dou ras.

Para que os de ba tes en vol ves sem to -dos os as pec tos do trans por te na ques -tão por tuá ria, par ti ci pa ram tam bém dareu nião o vice-pre si den te da CNT na áreade car ga, New ton Gib son, o pre si den te dase ção car gas da CNT, Flá vio Be nat ti, opre si den te da se ção de trans por te fer ro -viá rio da CNT, Ro dri go Vi la ça, e o pre si -

SECRETARIA ESPECIAL DE PORTOS QUER PARCERIA COM CNT PARA DESENVOLVER O SETOR

POR JORGE MENEZES

NAVEGAÇÃO

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den te da ANTF (As so cia ção Na -cio nal dos Trans por ta do res Fer -ro viá rios), Jú lio Fon ta na Neto.

Lem bran do da par ti ci pa çãodo se tor nos bons re sul ta dosdas ex por ta ções e im por ta çõese em con se qüên cia no de sem -pe nho po si ti vo atual da eco no -mia bra si lei ra, o vice-pre si den teda CNT para Trans por te Aqua -viá rio, Me ton Soa res Jú nior, dis -se ao mi nis tro que “o se tor por -tuá rio na cio nal é com pos to porgen te com pe ten te que luta parao pro gres so na cio nal, sa ben doque o aper fei çoa men to da in fra-es tru tu ra do se tor re pre sen tame lho res con di ções de cres ci -men to eco nô mi co para o país”.

Res pon den do pon tual men teaos pro ble mas apre sen ta dos,in di can do di ver sos pro je tos, emim plan ta ção ou em fase de li ci -ta ção, como par te das so lu ções,o mi nis tro Pe dro Bri to re co nhe -ceu a le gi ti mi da de das rei vin di -ca ções dos em pre sá rios e con -vi dou a CNT para atua ção con -jun ta na pro po si ção de no vasso lu ções para o de sen vol vi men -to do sis te ma por tuá rio e da na -ve ga ção bra si lei ra. Para o mi -nis tro, o tra ta men to in ter mo dale a vi são glo bal que a CNT man -tém so bre todo o sis te ma trans -por ta dor pre ci sam ser apro vei -ta dos tam bém para o de sen vol -vi men to dos por tos.

No en con tro, o pre si den te daSe ção de Trans por te Aqua viá rioda CNT e pre si den te da Fe na -mar, Glen Gor don Fin dlay, apre -

FOTOS JÚLIO FERNANDES

DEBATE Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, em evento com representantes do setor aquaviário

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sen tou ao mi nis tro as prin ci paisdi fi cul da des do se tor, des ta can -do a ne ces si da de de so lu çõesin te gra das para os pro ble mas.Gor don Fin dlay dis se que pou coadian ta “a du pli ca ção de ro do -vias de aces so aos por tos se apro fun di da de não per mi te aatra ca ção de gran des na vios”.Se gun do o di ri gen te com ple tou,não ser vem “por tos com boaspro fun di da des se os aces sos,ro do viá rios ou fer ro viá rios nãoes ti ve rem com pa tí veis com amo vi men ta ção”.

Para Fin dlay, são mui tos osde sa fios co lo ca dos para se re -sol ver os en tra ves ao trá fe gopor tuá rio, des de me lho rar ouim plan tar sis te ma mo der no desi na li za ção até pro mo ver a con -cor rên cia efe ti va na pra ti ca -gem. O pre si den te da Fe na marde fen deu ain da fa ci li da des bu -ro crá ti cas para a na ve ga ção deca bo ta gem. “Não é pos sí vel queessa na ve ga ção re ce ba o mes -mo im pac to bu ro crá ti co que ana ve ga ção de lon ga dis tân cia.”

O re pre sen tan te do trans por -te aqua viá rio da CNT de fen deutam bém mu dan ças na le gis la -ção para o pra zo de atua ção deem pre sas de dra ga gens. Paraele, o mer ca do se tor na ria mui -to mais atraen te se o pra zo dosser vi ços con ce di dos pas sas sede cin co para 15 anos. Gor don

Fin dlay es pe ra que se jam re to -ma dos com ur gên cia e re gu la ri -da de os ser vi ços de dra ga gemde apro fun da men to e de ma nu -ten ção nos por tos bra si lei ros epe diu ain da a prá ti ca sis te má ti -ca da di vul ga ção, por par te dasau to ri da des por tuá rias, da pro -fun di da de ofi cial dos por tos.

A fal ta de in ves ti men tos pri-o ri tá rios, com rea lo ca ção de re -cur sos em ou tras fi na li da des, eor ça men to in con sis ten te são asori gens dos prin ci pais pro ble -mas da ati vi da de por tuá ria naopi nião do vice-pre si den te daCâ ma ra Bra si lei ra de Con têi ne -

res, Trans por te Fer ro viá rio eMul ti mo dal, Alui sio So brei ra.Para ele, to dos os por tos bra si -lei ros têm pro ble mas e “as so lu -ções de vem ser bus ca das comur gên cia, uma vez que o co mér -cio ex te rior é o prin ci pal res -pon sá vel pelo bom de sem pe nhoeco nô mi co do país e as ex por ta -ções de pen dem de uma boa in -fra-es tru tu ra por tuá ria.”

So brei ra tam bém de fen de aur gên cia na re to ma da dos ser -vi ços de dra ga gem. “A fal ta ouir re gu la ri da de na con tra ta ção eexe cu ção dos ser vi ços de dra -ga gem em pra ti ca men te to dos

DESAFIOS Reunião em Brasília discutiu os problemas que têm tirado competitividade dos serviços portuários e da navegação brasileiros e prejudicado as empresas do setor

HÁ UMADEMANDA DE

BALSAS NOSPRÓXIMOS CINCO ANOS

1.000

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 55

os por tos do sis te ma por tuá riona cio nal pro vo cou a re du çãodas pro fun di da des e, ob via men -te, dos ca la dos de ser vi ço, con -di ção que pas sou a one rar oscus tos de na ve ga ção, via re du -ção de es ca la no vo lu me trans -por ta do por na vio.”

Se gun do So brei ra, to dos ospor tos con tam com re cur sosori gi na dos nas ta ri fas de aces soaqua viá rio co bra das, su fi cien -tes para fi nan ciar os cus tos dasobras de dra ga gem, “o que emtese de ve ria ser o bas tan te paraco brir os cus tos de cor ren tes daexe cu ção dos ser vi ços sem de -

pen der de re cur sos da União,mas es ses re cur sos ter mi nampor aten der ou tras des pe sas,como cus tos ad mi nis tra ti vos epro vi são para aten der de man -das ju di ciais”.

O pro ble ma da dra ga gem noBra sil tem per fil sis tê mi co, naopi nião de So brei ra, e não cir -cuns tan cial. “Não se tra ta dafal ta de exe cu ção dos ser vi çosde dra ga gem em um de ter mi na -do por to e sim em pra ti ca men teto dos os por tos na cio nais, sal vora ras ex ce ções.”

Luiz Re be lo Neto, di re tor daCNT e pre si den te da Fe na ve ga

rei vin di cou maior aten ção dogo ver no fe de ral para a na ve ga -ção in te rior, lem bran do da po -ten cia li da de do mo dal para otrans por te de car ga, es pe cial -men te na re gião ama zô ni ca. Deacor do com ele, a pre vi são dovo lu me de car ga a ser trans por -ta do, nos pró xi mos cin co anos,pelo se tor, é de 12 mi lhões de to -ne la das/ano de grãos, 12 mi -lhões de to ne la das/ano de mi -né rio de fer ro, pelo rio To can -tins, 4 mi lhões de to ne la da/anode car ga ge ral, 1 mi lhão de to ne -la da/ano de gado e 5 mi lhões deme tros cú bi cos/ano de pe tró leo.

Na ava lia ção do pre si den teda Fe na ve ga, há uma de man daes ti ma da de mil bal sas com ca -pa ci da de de 1.500 to ne la das e150 re bo ca do res nos pró xi moscin co anos. Re be lo Neto des ta -cou as prin ci pais di fi cul da despara na ve ga ção na que la re gião:in su fi ciên cia de em bar ca çõeses pe cia li za das; in su fi ciên cia dees ta lei ros na vais na re gião; fal -ta de in ves ti men to em ter mi naisflu viais e ma rí ti mos es pe cia li za -dos para a na ve ga ção in te rior;fal ta de in ves ti men to nas hi dro -vias; bai xa uti li za ção ou in for -ma ções não con fiá veis so bre asreais con di ções de na ve ga bi li -da de dos rios e suas sa zo na li da -des; de fi ciên cias na for ma çãode mão de obra es pe cia li za das;

fal ta de fer ra men tas de con tro -le e ges tão es pe cia li za das nose tor e li cen ças am bien taispara os ter mi nais.

Du ran te o en con tro, os em -pre sá rios da na ve ga ção pe di -ram ao mi nis tro que não fos -sem mais no mea dos re pre sen -tan tes para os Con se lhos deAu to ri da des Por tuá ria (CAPs)sem vin cu la ção com a rea li da -de de cada por to. Cria dos pelalei dos por tos, os CAPs têm, le -gal men te, fun ções mui to maisre le van tes do que as que lhessão atri buí das na prá ti ca. Omi nis tro pro me teu que, a par -tir de ago ra, iria in di car pes -soas de sua con fian ça e in te -gra das às ques tões por tuá riasde cada re gião.

So bre a re to ma da dos ser vi çosde dra ga gem, o mi nis tro da Se cre -ta ria Es pe cial de Por tos dis se quecon si de ra a ques tão re sol vi da,acres cen tan do que a gran de maio -ria dos pro je tos foi in cluí da noPAC (Pro gra ma de Ace le ra ção doCres ci men to) e já es ta ria em fasede li ci ta ção.

Em res pos ta ao con vi te do mi -nis tro Pe dro Bri to, Me ton Soa resJú nior, em nome dos re pre sen -tan tes do se tor aqua viá rio, as se -gu rou que a CNT vai de sen vol veres tu dos, pro por as me lho res so -lu ções e apre sen tá-las ao go ver -no em novo e bre ve en con tro. ●

DESAFIOS Reunião em Brasília discutiu os problemas que têm tirado competitividade dos serviços portuários e da navegação brasileiros e prejudicado as empresas do setor

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TERMINAIS DESPREZADOS

AVIAÇÃO

TERMINAIS DESPREZADOS

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GOVERNO RETÉM BILHÕES DE REAIS QUEDEVERIAM SER DESTINADOS A MELHORAR,REAPARELHAR, REFORMAR E EXPANDIROS PEQUENOS AEROPORTOS DO PAÍS

TERMINAIS DESPREZADOS VA

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TERMINAIS DESPREZADOS

GOVERNO RETÉM BILHÕES DE REAIS QUEDEVERIAM SER DESTINADOS A MELHORAR,REAPARELHAR, REFORMAR E EXPANDIROS PEQUENOS AEROPORTOS DO PAÍS

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15658

As fi las nos ae ro por -tos vol ta ram ao nor -mal, não hou ve maisaci den tes de pro -

por ções trá gi cas e o caos aé -reo pa re ce ter su mi do do no -ti ciá rio, mas o sis te ma detrans por te aé reo bra si lei roain da está lon ge do ideal. Nosco fres pú bli cos, um mon tan tede R$ 2,1 bi lhões não foi apli -ca do como de ve ria: em me -lho ra men tos, rea pa re lha men -to, re for ma e ex pan são de ins -ta la ções ae ro por tuá rias e darede de te le co mu ni ca ções eau xí lio à na ve ga ção aé rea. Amaior par te da ver ba re ti davem do Fun do Ae ro náu ti co, R$1,5 bi lhão, e os ou tros R$ 600mi lhões são do Pro faa (Pro -gra ma Fe de ral de Au xí lio a Ae -ro por tos).

A si tua ção não é re cen te.No go ver no Fer nan do Hen ri -que Car do so (1994-2001) ocon tin gen cia men to al can çou51,2% das ver bas do Pro faa epio rou no go ver no Luiz Iná cioLula da Sil va, que nos úl ti moscin co anos re te ve 78,5% dosre cur sos. Des de mar ço, o ge -ren cia men to des ses re cur sossaiu do Mi nis té rio da De fe sa epas sou a ser res pon sa bi li da deda Anac (Agên cia Na cio nal deAvia ção Ci vil), que in for maque este ano os in ves ti men -

tos do Pro faa vão che gar a R$109 mi lhões. A jus ti fi ca ti va éque a maio ria dos pro je tosapre sen ta dos pe los Es ta dosfoi re jei ta da por não ter cum -pri do uma sé rie de exi gên cias– do cu men ta ção, es tu dos deim pac to am bien tal, li ci ta çõesim pe cá veis etc. Há tam bém asres tri ções do pe río do elei to -ral, mas a Anac ga ran te queapós as elei ções as li be ra çõesse rão nor ma li za das.

Todo esse vo lu me sai do

bol so das em pre sas aé reas edos pas sa gei ros. Uma taxa co -nhe ci da como Atae ro (Adi cio -nal de Ta ri fa Ae ro por tuá ria)re tém 38,5% para o Fun do Ae -ro náu ti co, 20% para o Pro faae 41,5% para a In frae ro (Em -pre sa Bra si lei ra de In fra-Es -tru tu ra Ae ro por tuá ria). As ta -xas in ci dem so bre pou so e deper ma nên cia, em bar que do -més ti co, ar ma ze na gem e ca -pa ta zia (ser vi ço de mo vi men -ta ção de mer ca do rias do

avião para ar ma zéns e vice-ver sa). Elas es tão em vi gordes de 1989.

O di nhei ro re ti do é co nhe ci -do como “ver ba ca rim ba da”,ou seja, não pode ter ou trodes ti no que não seja o fimpara o qual foi cria do: re for mae am plia ção de ae ro por tos depe que no e mé dio por tes quenão es te jam sob a ad mi nis tra -ção da In frae ro. Re ti da, a ver -ba aten de a uma ma no bracon tá bil, é li be ra da a con ta-

VERBA Reforma do aeroporto de João Pessoa foi orçada em R$ 18 milhões pela Infraero

CARLOS PANTALEÃO/DIVULGAÇÃO

POR HERALDO LEITE

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 59

Infraero investe R$ 3,8 bi PRIMO RICO

go tas e ser ve para fa zer cai xae cum prir me tas fis cais e dosu pe rá vit pri má rio. O re gu la -men to do Fun do, apro va do em1957, dei xa cla ro que seus re -cur sos “só po dem ser apli ca -dos em be ne fí cio do Mi nis té rioda Ae ro náu ti ca e de sua re pre -sen ta ção” e a cha ve do co frefica com o mi nis tro da Fa zen -da, Gui do Man te ga.

En quan to isso, a Anac in -for ma que já no ti fi cou 175 ae -ró dro mos (área des ti na da a

pou so e de co la gens, po rémsem ter mi nal de pas sa gei ros)de pe que no e mé dio por tespara que cor ri jam seus pro ce -di men tos de se gu ran ça, noen tan to, ale gan do ques tõesde se gu ran ça, a Anac não di -vul gou a lo ca li za ção de ae ro -por tos com pro ble mas de “se -gu ran ça con tra atos ilí ci tos”,jus ta men te para pre ser vá-los.São lo cais onde o con tro le deem bar que e de sem bar que depas sa gei ros não pos sui (ou

Res pon sá vel pela ad mi -nis tra ção de 67 ae ro por tos,em todo o Bra sil, por ondepou sam e de co lam 97% dotrans por te aé reo bra si lei ro,a In frae ro cal cu la que vai in -ves tir R$ 3,8 bi lhões até 2011nas áreas de lo gís ti ca e in -fra-es tru tu ra. Des se to tal, R$2,8 bi lhões saem dos co frespú bli cos via PAC (Pla no deAce le ra ção do Cres ci men to)e o R$ 1 bi lhão res tan te saicon ta bi li za do da In frae ro.

O maior in ves ti men to jáfoi rea li za do em me lho riasno ae ro por to de Con go -nhas, em São Pau lo. Obrasde cons tru ção do groo ving(ra nhu ras na pis ta), re ca -pea men to da pis ta prin ci -pal e me lho rias no aces sode pas sa gei ros com ter mi -nal de táxi e um tú nel li -gan do à ave ni da de aces sojá con su mi ram mais de R$55 mi lhões.

Como as me lho rias emCon go nhas não re sol ve ramo prin ci pal pro ble ma, queera a so bre car ga de vôos epas sa gei ros, o ae ro por to deCum bi ca, em Gua ru lhos, naGran de São Pau lo, deve re -ce ber mais R$ 1 bi lhão até2010. Es tão pre vis tas a cons -tru ção de um ter cei ro ter mi -nal, além de mais dois pá -tios. Vi ra co pos, em Cam pi -nas, a pou co mais de 100 kmda ca pi tal, deve ga nhar a se -gun da pis ta até se tem bro doano que vem, com pre vi sãode in ves ti men tos de R$ 160mi lhões. As pri mei ras açõesde de sa pro pria ção co me -çam a ser ajui za das nes temês de ju lho. Em até 30 diasvão ser cha ma dos os pri mei -

ros mo ra do res para fe charos acor dos de de sa pro pria -ção com 200 fa mí lias, in for -mou a In frae ro.

A em pre sa pre vê que oae ro por to de Cam pi nas deveser o mais im por tan te do paíse até 2030 o maior do he mis -fé rio sul, com um mo vi men toem tor no dos 60 mi lhões depas sa gei ros por ano.

Os dois ae ro por tos doRio de Ja nei ro tam bém es -tão no pla no de in ves ti -men tos da In frae ro. Jun -tos, re ce be ram in ves ti men -tos su pe rio res a R$ 700 mi -lhões. No San tos Du mont are for ma e a am plia ção doter mi nal de pas sa gei ros,pis tas e pá tios cus tou R$392,8 mi lhões. No Ae ro por -to In ter na cio nal An tô nioCar los Jo bim, a nova pis taprin ci pal, em ope ra çãodes de ju nho, re ce beu in -ves ti men tos de R$ 11 mi -lhões. Ain da no pa pel, a re -for ma to tal do Ter mi nal 2de pas sa gei ros e a am plia -ção do Ter mi nal 1 pre vêemin ves ti men tos da or dem deR$ 400 mi lhões.

A In frae ro ain da di vul gouque fez in ves ti men tos nosae ro por tos de Bra sí lia, Por toAle gre, Por to Ve lho, Co rum -bá, João Pes soa e Ube ra ba.Na Pa raí ba, a re for ma doter mi nal de pas sa gei ros doAe ro por to In ter na cio nal Pre -si den te Cas tro Pin to foi or -ça da em R$ 18 mi lhões. EmMato Gros so, o Ae ro por to In -ter na cio nal de Co rum bá teráre for mas no pá tio das ae ro -na ves e no sis te ma de ilu mi -na ção a um cus to es ti ma dode R$ 18,5 mi lhões.

ALTERNATIVA Viracopos é aposta para desafogar Congonhas

MARCELLO LOBO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15660

Por meio de da dos da Anac,a maior in ci dên cia de pro ble -mas em ae ró dro mos comvôos re gu la res ocor re na re -gião Nor te (31 lo ca li da des).Em se gui da, es tão as re giõesSu des te (12), Sul (11), Cen tro-Oes te (dez) e Nor des te (dois).A es ti ma ti va da Anac é que ade man da des ses ae ro por tosseja da or dem de 5 mi lhões depas sa gei ros por ano.

Já es tão pre vis tas a li be ra -ção de R$ 53,9 mi lhões parare for mas e am plia ções e R$37,9 mi lhões para a cons tru -ção de no vos ae ró dro mos. OCon gres so iden ti fi cou doisae ro por tos prio ri tá rios parare ce ber in ves ti men tos: Ji-Pa -ra ná (RO) e Por to Se gu ro (BA).Tam bém es tão cal cu la dos in -ves ti men tos em ae ro por tosde Ri bei rão Pre to (SP); Mos so -ró (RN); Vi tó ria da Con quis ta(BA); Pe ne do (AL); Ca mo cim(CE); Ca nin dé de São Fran cis -co (SE); Cu ru ru pu (MA); Ser raTa lha da (PE); Ca raua ri (AM);Ro rai nó po lis (RR); São Fé lixdo Xin gu (PA); São Joa quim(SC); Si nop (MT) e Va ca ria(RS). Ou tros in ves ti men tos sedes ti nam a es ti mu lar o tu ris -mo – além de Por to Se gu ro, háos ca sos de An gra dos Reis ede Cabo Frio, no Rio, e de Cal -das No vas, em Goiás.

Quem vive na pele o pro ble -

ques tões mais com ple xas e va -riam mui to de acor do com a lo -ca li da de e en vol vem pro ce di -men tos e téc ni cas como ma nu -ten ção da pis ta, dis tân cia mí ni -ma en tre a pis ta de pou so e dero la men to, exis tên cia de equi -pa men tos de com ba te a in cên -dio, proi bi ção de obs tá cu los,tais como edi fí cios nas pro xi -mi da des do ae ró dro mo e de li -xões no en tor no (que atraempás sa ros que po dem se cho carcom as ae ro na ves).

mas re la cio na dos à se gu ran çacon tra atos ilí ci tos, to dos osad mi nis tra do res fo ram no ti fi -ca dos e o pra zo ex pi rou em 15de ju nho para que re gu la ri zemseus pro ce di men tos. Se gun doa Anac, es ses ae ró dro mos es -ta rão su jei tos à proi bi ção devôos re gu la res ou mes mo à in -ter di ção to tal até que as fa -lhas se jam sa na das.

Com re la ção aos pro ble masde or dem ope ra cio nal, a agên -cia de avia ção ale ga que são

tem de fi ciên cias) nos pro ce di -men tos como equi pa men tosde raios X, con tro le de aces soa áreas res tri tas nos ae ro por -tos e o trans por te de ob je tospe ri go sos na ba ga gem, en treou tros. Para a agên cia, a di -vul ga ção tor na ria os lo caisain da mais sus ce tí veis.

De acor do com a le gis la çãobra si le ra e as re co men da çõesin ter na cio nais da OACI (Or ga -ni za ção de Avia ção Ci vil In ter -na cio nal), no caso de pro ble -

MODERNIZAÇÃO Aeroporto de Uberlândia inaugurou obras de ampliação em 2005

ESTÃO RETIDOS R$ 2,1 BILHÕES NOS COFRES PÚBLICOS

AEROPORTO DE UBERLÂNDIA/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 61

ver no, mas nun ca saiu do pa -pel. De acor do com o pro fes sor,os gar ga los do sis te ma aé reofo ram re sol vi dos pe las pró -prias em pre sas aé reas semque fos se ne ces sá ria a in ter -ven ção da Anac. “As pró priascom pa nhias re de se nha ram ro -tas e co me ça ram a de sa fo garSão Pau lo, prin ci pal men te oAe ro por to de Con go nhas. Nãofoi pre ci so ne nhu ma re so lu çãoou de ter mi na ção da Anac.”

A preo cu pa ção com a re -ten ção das ver bas par te deden tro do pró prio go ver no.Em 2003, uma re so lu ção doCo nac (Con se lho Na cio nal deAvia ção Ci vil), ór gão de as ses -so ra men to do pre si den te daRe pú bli ca para a for mu la çãoda po lí ti ca na cio nal de avia -ção ci vil, cria do em 2000,aler ta va: “A di mi nui ção dosre cur sos apli ca dos nes sa ati -vi da de pro duz re fle xos napró pria se gu ran ça dos vôos,po den do acar re tar a de gra da -ção do sis te ma, sen do que,além dos efei tos da no sos so -bre o cus to do trans por te aé -reo, pode obri gar o Co man doda Ae ro náu ti ca, por me di dade se gu ran ça, a ado tar umcon tro le de trá fe go aé reo nosní veis con ven cio nais exis ten -tes no pas sa do”. Pelo vis to, odo cu men to não sen si bi li zouas au to ri da des. ●

do Es ta do, mas a ver ba doPro faa não foi to tal men te dis -po ni bi li za da. Em Va la da res,por exem plo, as obras fo ramor ça das em R$ 20 mi lhões – R$13,4 mi lhões via Pro faa, comos R$ 7,6 mi lhões res tan tesban ca dos pelo go ver no de Mi -nas, mas de Bra sí lia vie ramexa tos R$ 3.768.525,33.

“Vou uti li zar o di nhei ro,mas não aten de às nos sas ne -ces si da des e as obras vão fi carpa ra das. Para se ter uma idéia,

o ae ro por to tem ca pa ci da dede re ce ber ae ro na ves com ca -pa ci da de para até 58 pes soas,po rém só po dem via jar 26 porcau sa das con di ções fí si cas dolo cal”, diz Jú lio Cé sar.

Para o pro fes sor do ITA (Ins -ti tu to Tec no ló gi co da Ae ro náu -ti ca) e en ge nhei ro de in fra-es -tru tu ra ae ro náu ti ca, Cláu dioJor ge Pin to Al ves, o que fal ta éum Pla no Ae ro viá rio Na cio nalque, se gun do ele, sem pre foipro me ti do, go ver no após go -

ma de ver bas sen do li be ra dasa con ta-go tas é o ge ren te doProae ro (Pro gra ma Ae ro por -tuá rio de Mi nas Ge rais), Jú lioCé sar Di niz Oli vei ra. Três ae ro -por tos em ter ri tó rio mi nei roes tão en tre os que aguar damas ver bas se rem li be ra das emBra sí lia: Go ver na dor Va la da -res, Ubá e Sete La goas. Se gun -do Oli vei ra, to dos os trâ mi tesle gais fo ram cum pri dos, com aapre sen ta ção den tro dos pra -zos e a con tra par ti da de 30%

MELHORIAS Aeroporto de Angra dos Reis deve receber recursos para estimular o turismo

ESTÃO RETIDOS R$ 2,1 BILHÕES NOS COFRES PÚBLICOSAEROPORTO DE ANGRA DOS REIS/DIVULGAÇÃO

Page 62: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15662

DISTINTAS

Ose ria do “Car ga Pe sa -da”, apre sen ta dopela Rede Glo bo pelapri mei ra vez em

1979, sem pre re tra tou a duravida de ca mi nho nei ros e ospro ble mas en fren ta dos pelaca te go ria. In se gu ran ça e mácon ser va ção das es tra das,pres são para en tre ga das car -gas e, prin ci pal men te, pre ca -rie da de dos apoios ro do viá -rios bra si lei ros (lo cais em queca mi nho nei ros e mo to ris tasde ôni bus se uti li zam para fa -zer pa ra das de des can so e re -cu pe rar as ener gias per di das)

fo ram re ve la dos du ran te osvá rios epi só dios da sé rie.Quem pen sa que a rea li da debra si lei ra é ruim nem ima gi nao que os mo to ris tas bra si lei -ros vi ven ciam em al gu mas es -tra das do ex te rior.

Vice-pre si den te da ABTI(As so cia ção Bra si lei ra deTrans por ta do res In ter na cio -nais) e em pre sá rio do se tor,José Car los Bec ker diz que osca mi nho nei ros que tra fe gampor Uru guai, Ar gen ti na, Pa ra -guai e Chi le con vi vem dia ria -men te com uma sé rie de pro -ble mas se me lhan tes e até

bem pio res dos que os apre -sen ta dos no pro gra ma. “Avida de ca mi nho nei ro no Mer -co sul não é nada fá cil e ospro ble mas se mul ti pli cam”,diz o em pre sá rio.

Há cer ca de três me ses, umdos ca mi nho nei ros de suaem pre sa pas sou por um gran -de pro ble ma na Ar gen ti na.De pois de sen tir a res pi ra çãoofe gan te e do res no cor po,pro cu rou um pos to de aten di -men to mé di co em uma ci da dedo país vi zi nho. O mé di co queo aten deu o dis pen sou empou cos mi nu tos e re cei tou

REALIDADESPOR EDSON CRUZ

RODOVIÁRIO

ESTRUTURA PARA O CAMINHONEIRO NA EUROPA ENOS EUA É SONHO PARA QUEM RODA NO MERCOSUL

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Res tau ran tes pou co hi -giê ni cos, ca mas ve lhas edes con for tá veis e es ta cio na -men tos in se gu ros. Por mui -tos anos, essa rea li da de foitrans mi ti da para mi lhões debra si lei ros por meio do se -ria do “Car ga Pe sa da”, masnos úl ti mos anos mui ta coi samu dou atra vés das Uni da desOpe ra cio nais do Sest/Se nat.

Atual men te, as uni da desse en con tram ins ta la das emmais de 50 pos tos de abas te -ci men to por todo o país. Ne -les, os pro fis sio nais do vo lan -te (ca mi nho nei ros, mo to ris -tas de ôni bus e pro fis sio naisau tô no mos de trans por te esuas fa mí lias) dis põem deuma va rie da de de ser vi çosofe re ci dos gra tui ta men te.

Em to das as Uni da desOpe ra cio nais são ofer ta dasas sis tên cias mé di ca e odon -to ló gi ca em con sul tó rios do -ta dos com equi pa men tosmo der nos e pro fis sio naises pe cia li za dos. Além de con -sul tas e exa mes mé di cos depra xe, es ses pro fis sio naisre ce bem in for ma ções e as -sis tem a ví deos e par ti ci pam

de pa les tras so bre dro gas,doen ças se xual men te trans -mis sí veis e dia be tes. O se torodon to ló gi co per mi te queos mo to ris tas fa çam ex tra -ções e ob tu ra ções de emer -gên cia. O mais im por tan te éque o aten di men to pode tercon ti nui da de em ou tros pos -tos. Os pro fis sio nais e suasfa mí lias são ca das tra dos eos da dos são in te gra dos aoban co de da dos ge ral dasuni da des e po dem ser aces -sa dos em todo o país.

Re fe rên cia en tre as Uni -da des Ope ra cio nais, o deJoão Mon le va de, lo ca li za dono Pos to Mar fim nas BRs-262e 381, em João Mon le va de(MG), aten de em mé dia 30mo to ris tas dia ria men te.Dois mé di cos e dois den tis -tas tra ba lham em tur nos dere ve za men to, in clu si ve aossá ba dos e do min gos. O di fe -ren cial fica por con ta das es -pe cia li da des. A Uni da de Ope -ra cio nal de João Mon le va depos sui car dio lo gis ta e é es -pe cia li za do em diag nós ti code cân cer bu cal. Du ran te osaten di men tos, 12 ca sos de

cân cer bu cal já fo ram diag -nos ti ca dos. A uni da de ain daofe re ce ha bi tual men te cur -sos de ma nu seio de car gaspe ri go sas.

Cam pa nhas de pre ven -ção a doen ças se xual men tetrans mis sí veis e de com ba -te à ex plo ra ção se xual in -fan til são rea li za das emblit ze no tre cho da uni da dede Mon le va de pelo me nosduas ve zes por mês, comdis tri bui ção de fo lhe tos in -for ma ti vos e pre ser va ti vos.Si tua do na cha ma da ro do -via da mor te, lo cal ondeocor re o maior nú me ro deaci den tes re gis tra dos noBra sil, o pos to tem rea li za -do tam bém cam pa nhas dees cla re ci men to e pre ven -ção de aci den tes.

Fun da da há nove anos, auni da de de João Mon le va de,em par ce ria com os pro prie -tá rios do Pos to Mar fim, ain -da ofe re ce aos ca mi nho nei -ros du chas, la van de ria ecafé gra tui tos. “A nos sa Uni -da de Ope ra cio nal é re fe rên -cia para to dos os ca mi nho -nei ros que pas sam pela 381.

Al guns ca mi nho nei ros doSul do país apro vei tam asfé rias es co la res para tra zerfi lhos para se tra ta rem co -nos co”, diz a ge ren te Joa ne -te Oli vei ra Ro dri gues Er bet.Para se gu ran ça dos ca mi -nho nei ros, o pos to ain dapos sui um am plo es ta cio na -men to com vi gi lân cia 24h.

A ad mi nis tra do ra da Uni da -de Ope ra cio nal pre ten de ain dain cor po rar em bre ve uma uni -da de da An ci po de (As so cia çãode De fi cien tes Fí si cos de JoãoMon le va de) para aten der ex-mo to ris tas pro fis sio nais que seapo sen ta ram por in va li dez.“Que re mos dar dig ni da de paraes sas pes soas. Rein se ri-las nomer ca do de tra ba lho de poisque elas fre qüen ta rem cur sospro fis sio na li zan tes.”

Um bom aten di men toque mo to ris tas es tran gei -ros sem pre elo giam. A Uni -da de Ope ra cio nal aten deain da ca mi nho nei ros ar gen -ti nos, chi le nos, uru guaios epa ra guaios. “Eles sem predi zem que in fe liz men te nãotêm o mes mo aten di men toem seu pró prio país.”

Unidade em MG se destaca no atendimentoSEST/SENAT

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uma me di ca ção leve, di zen doque se tra ta va de um sim plespro ble ma de saú de.

A via gem de re gres so aoBra sil foi uma das pio res davida da que le ca mi nho nei ro.“Ele no tou que sua vi são es -cu re cia cons tan te men te e en -con trou gran de di fi cul da depara che gar ao Rio Gran de doSul”, diz José Bec ker. De poisde uma ba te ria de exa mes so -li ci ta dos por um mé di co bra -si lei ro, o ca mi nho nei ro cons -ta tou que es ta va com gra vespro ble mas car día cos e quesua vida es te ve por um fio.

adua nei ras (que são ins ta la -das em pre cá rios gal pões).Com isso, os ca va los têm quefi car de fora e, na maior par -te das ve zes, em lo cais in se -gu ros. Os mo to ris tas pre fe -rem dor mir den tro da bo léiaem vez de pro cu rar uma pou -sa da e pas sar uma noi te umpou co mais con for tá vel.

Ou tro gran de pro ble maiden ti fi ca do por Fer nan des éa gran de cor rup ção que en -vol ve par te da po lí cia Ar gen -ti na. “Al guns po li ciais im pli -cam com tudo, são ex tre ma -men te exi gen tes, in ven tam

TRANQÜILIDADE Pátio da unidade do Sest/Senat em Guarulhos, que presta apoio aos caminhoneiros em viagem por São Paulo

SEST/SENAT/DIVULGAÇÃO

JOSÉ CARLOS BECKER,VICE-PRESIDENTE DA ABTI

"A vida de caminhoneiro no Mercosul nãoé nada fácil e osproblemas semultiplicam"

Re si den te em Uru guaia na,no Rio Gran de do Sul, o ca mi -nho nei ro Pau lo Cé sar DiasFer nan des, 36 anos, há 15 fazpelo me nos três via gensmen sais para a Ar gen ti na ere cla ma da pou ca in fra-es -tru tu ra da maio ria das es ta -ções adua nei ras. “Não há pri -va ci da de nos ba nhei ros eeles fi cam in tran si tá veis.Cos tu mam exis tir ape nasdois ba nhei ros para aten dera de ze nas de ca mi nho nei -ros”, diz. Ele afir ma ain daque, atual men te, ape nas acar re ta pode fi car den tro das

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ho ras, má qui nas de la var rou -pa e In ter net. Além dis so o ca -mi nho nei ro se ves te me lhor,nin guém di ri ge sem ca mi saou ca mi se ta re ga ta e de chi -ne lo e há uma va lo ri za ção dapro fis são. Sem con tar quenun ca foi as sal ta do.

De acor do com Nas ci men -to, há pro gra mas re gio na li za -dos de TV es pe cia li za dos paraca mi nho nei ros que po dem as -sis tir à ofer ta de fre tes, va lo -res pa gos, ti pos de car ga eaté des ti nos rea li za dos por

ciou o ca mi nho nei ro mi nei roJef fer son Lima Nas ci men to,35 anos, que tra ba lhou dezanos na Eu ro pa e está há setenos Es ta dos Uni dos. Em en tre -vis ta re cen te à “Re vis ta Ca mi -nho nei ro”, dis se que não pre -ten de exer cer a pro fis sãoquan do re tor nar de fi ni ti va -men te ao Bra sil. Para ele, nãoexis te uma in fra-es tru tu raade qua da para a ca te go ria noBra sil. Ele lem bra que, nosEUA, os pon tos-de-pa ra da ofe -re cem co mi da self-ser vi ce 24

mul tas. Ou tros ain da acei tamsu bor no como cai xas de cho -co la tes, ci gar ros e re vis taspor no grá fi cas”, diz o ca mi -nho nei ro, que cos tu ma re ser -var pelo me nos 200 pe sos(cer ca de R$ 105) em cadavia gem para pa gar aos po li -ciais. Nas úl ti mas via gens,com pa nhei ros dele ti ve rampro ble mas com pneus. “Mes -mo pneus em bom es ta do decon ser va ção são mal vis tospe los po li ciais ar gen ti nos,que aca bam em mul tar osmo to ris tas bra si lei ros.”

Se não bas tas sem to dos ospro ble mas, os as sal tos a car -gas são fre qüen tes na Ar gen -ti na. Nas ro do vias pró xi mas aca pi tal Bue nos Ai res, os as sal -tan tes pre fe rem car gas de po -lie ti le no, pro du tos in fla má -veis e rou bam pelo me nosdois ca mi nhões por se ma na.As prin ci pais ví ti mas são mo -to ris tas bra si lei ros. Nas es tra -das do Pa ra guai, fal sas blit zesão co muns. Dis far ça dos depo li ciais, ban di dos cos tu mampa rar ca mi nhões e rou bartoda a mer ca do ria. Ge ral men -te à noi te, os ban di dos, comuni for mes que são ré pli casper fei tas dos ofi ciais, mon -tam fal sas bar rei ras.

Uma ou tra rea li da de vi ven -

NORDESTE Unidade do Sest/Senat em Sobral, interior do Estado do Ceará

"A nossaunidade é

referência paratodos os

caminhoneirosque passampela 381"

JOANETE OLIVEIRA RODRIGUES ERBET,GERENTE DA UNIDADE DE JOÃO MONLEVADE (MG)

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di ver sas em pre sas. Quan to àsmul tas por ex ces so de tra ba -lho, nos EUA, a po lí cia é maisto le ran te, mas cos tu ma pe diraté os úl ti mos 15 dis cos de ta -có gra fo para ana li sar o com -por ta men to dos mo to ris tasao vo lan te. Bem di fe ren te dapo lí cia eu ro péia, que es ti pu lamul tas pe sa das quan do o mo -to ris ta tra ba lha mui tas ho rasao vo lan te.

Quan to aos res tau ran tesem es tra das eu ro péias, umare cen te pes qui sa rea li za dapor clu bes de au to mo bi lis taseu ro peus iden ti fi cou que osmo to ris tas es tão co men domal e pa gan do caro nos res -tau ran tes à bei ra das ro do -vias. Nove paí ses fo ram vis to -ria dos pe los pes qui sa do reseu ro peus du ran te o fe ria do daPás coa des te ano, quan do otrân si to é in ten so. Nes se pe -río do, os res tau ran tes fo ramvi si ta dos duas ve zes em 24ho ras pe los pes qui sa do res,que usa ram dez cri té rios idên -ti cos de aná li se para evi tar re -sul ta dos alea tó rios, den tre es -ses a va rie da de de car dá pio, aqua li da de, o pre ço, a hi gie ne ea se gu ran ça de aces so e saí dados res tau ran tes.

A pes qui sa apon tou que osres tau ran tes com mais hi gie -

ne são os ale mães e os aus -tría cos, mas a co mi da fran ce -sa é a que pos sui me lhor qua -li da de. Ne nhum dos 95 res tau -ran tes lo ca li za dos à bei ra dasprin ci pais es tra das eu ro péiasob te ve o con cei to “mui tobom”, nem mes mo os sem preelo gia dos res tau ran tes suí çoscon se gui ram um bom con cei -to. Os pes qui sa do res con cluí -ram que os res tau ran tes suí -ços dei xa ram de se preo cu parcom a qua li da de dos pra tosmais ba ra tos e es tão pro por -

cio nan do uma co mi da de se -qui li bra da e com ex ces so defri tu ra.

Mes mo as sim, os res tau -ran tes suí ços re ce be ram elo -gios da re pór ter Ve rô ni caFrai den raich, da re vis ta “Via -gem e Tu ris mo”. Em mar çodes te ano, ela ro dou 4.500 kmem uma via gem de ôni bus evi si tou 12 ci da des de nove paí -ses eu ro peus. “À bei ra da es -tra da, os res tau ran tes suí çossão me lho res, os ita lia nos ba -gun ça dos e os es lo ve nos é

que ofe re cem mais opões deco mi da”, ava liou. Nes se pe río -do, ela cons ta tou que as pis -tas das ro do vias eu ro péiases tão em bom es ta do de con -ser va ção, pos suem mão du plaem sua maio ria e o trân si toflui com ex tre ma ra pi dez. Tan -to as sim que, du ran te a via -gem, que du rou 20 dias, nãopas sou por ne nhum con ges -tio na men to, ou seja, pelo me -nos quan to às qua li da des daspis tas, a rea li da de eu ro péia émes mo de Pri mei ro Mun do. ●

EUROPA Estradas estão sempre em perfeitas condições para o caminhoneiro

ISTOCKPHOTO

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Omo dal fer ro viá rio decar gas bra si lei ro con vi -ve há anos com gar ga losque afe tam o de sen vol -

vi men to do se tor. In va sões da fai -xa de do mí nio e a pre sen ça de li -nhas em áreas ur ba nas são gran -des obs tá cu los. Para mi ni mi zar ospro ble mas do se tor, a ANTT (Agên -cia Na cio nal de Trans por tes Ter -res tres), por meio da Su car (Su pe -rin ten dên cia de Ser vi ços de Trans -por te de Car gas), anun cia in ves ti -men tos da or dem de R$ 7 bi lhõesaté 2009. Den tre os prin ci pais pro -je tos pre vis tos para o mo dal es tãoa am plia ção e a mo der ni za ção dafro ta de ma te rial ro dan te.

O su pe rin ten den te da Su car,Mar cus Ex pe di to Fe li pe de Al mei -da, está à fren te da se ção des de

fe ve rei ro. Se gun do Al mei da,com pe te à Su car, den tre ou trasde man das, a fis ca li za ção téc ni -ca, ope ra cio nal e de ati vos vol ta -dos para a pres ta ção dos ser vi -ços de trans por te fer ro viá rio decar gas, a re gu la ção dos ser vi çoscon ce di dos atra vés da edi ção dere so lu ções nor ma ti vas, a ad mi -nis tra ção e a ges tão dos con tra -tos de con ces são e ar ren da men -to. O su pe rin ten den te afir maque a ANTT tem tra ba lha do parame lho rar as con di ções do se torfer ro viá rio. “Para me lho rar o de -sem pe nho e a con fia bi li da de domo dal, a ANTT vem in ten si fi can -do seu pro gra ma de fis ca li za ção,com foco no aten di men to ade -qua do ao clien te, bem como, edi -tan do re so lu ções nor ma ti vas

que vi sam ga ran tir a efi ciên ciaope ra cio nal e a se gu ran ça dotrá fe go.”

Al mei da diz que há um pro je toes pe cí fi co com vis tas ao com ba tede um dos gar ga los mais preo cu -pan tes do se tor fer ro viá rio de car -gas. “Está em fase fi nal de ela bo -ra ção a re so lu ção que re gu la men -ta rá a ges tão da fai xa de do mí nio.In clu si ve, esse tema foi ob je to deau diên cia pú bli ca.” A ques tão dapre sen ça de li nhas em áreas ur ba -nas me re ceu um pro gra ma ex clu -si vo, como ex pli ca o su pe rin ten -den te. “O Pro se fer (Pro gra ma deSe gu ran ça Fer ro viá ria), ins ti tuí dopela di re to ria fer ro viá ria do Dnit(De par ta men to Na cio nal de In fra-Es tru tu ra de Trans por te), temcomo ob je ti vo cen tral me lho rar a

FERROVIAS

OBJETIVOS

POR LETÍCIA SIMÕES

TRAÇADOSGOVERNO PREVÊ INVESTIR R$ 7 BILHÕES ATÉ 2009

NA AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DO SETOR

ATRIBUIÇÕES Marcus Expedito Felipe de Almeida, superintendente da Sucar desde fevereiro

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(MS)”, diz Al mei da. Esse pro je to,afir ma o su pe rin ten den te, pre ten -de in te grar a ma lha fer ro viá riabra si lei ra em bi to la lar ga paraaten der o prin ci pal “front” agrí co -la do país, con cen tra do na re giãocen tral (no oes te baia no e nos Es -ta dos do To can tins, Mato Gros so eGoiás).

As con ces sio ná rias, a exem plodo go ver no fe de ral, es tão par ti ci -pan do do pro ces so de ex pan são.“A ex ten são da Fer ro nor te, con -ces são das Fer ro vias Nor te Bra sil,no tre cho en tre Alto Ara guaia eRon do nó po lis, tem como prin ci palob je ti vo aten der à de man da dees coa men to de pro du tos agrí co -las do Mato Gros so, con for me pre -vis to no con tra to de con ces são.”Al mei da des ta ca ain da o pro je toda Fer ro via Nova Trans nor des ti na,de con ces são da Trans nor des ti naLo gís ti ca, an ti ga CFN. “A NovaTrans nor des ti na, que li ga rá o in te -rior do Piauí aos por tos de Sua pe,em Per nam bu co, e Pe cem, no Cea -rá, terá como prin ci pal fun ção oes coa men to de grãos do Piauí edo pólo ges sei ro de Ara ri pi na (PE),bem como um maior de sen vol vi -men to na que la re gião.”

Ou tros in ves ti men tos pro je ta -dos para o mo dal de car gas con -tem plam a ade qua ção e ca pa ci ta -ção de via per ma nen te e a im plan -ta ção de no vos sis te mas de si na li -za ção e te le co mu ni ca ções. Al mei daacre di ta que as ações irão “oti mi -zar as ope ra ções de trans por tefer ro viá rio de car gas e au men taros ní veis de se gu ran ça”. ●

re la ção de con vi vên cia en tre afer ro via e as co mu ni da des ad ja -cen tes vi san do, so bre tu do, ele varos ní veis de se gu ran ça e a qua li -da de de vida da po pu la ção.”

Se gun do Al mei da, o Pro se ferpre vê a cons tru ção de obras viá -rias de trans po si ção ou de va rian -tes de con tor no fer ro viá rio paraos mu ni cí pios, bem como a eli mi -na ção dos con fli tos de trá fe go fer -ro viá rio e ur ba no, de pen den do dasi tua ção de cada lo cal. Para ele,tais in ter ven ções “re pre sen tamim por tan te ini cia ti va na re du çãodos cus tos ope ra cio nais e, con se -qüen te men te, dos fre tes, as simcomo o au men to da ca pa ci da deda via, que pos si bi li ta rá a am plia -ção do aten di men to fer ro viá rio eda de man da pe las con ces sio ná -rias do ser vi ço pú bli co de trans -por te de car gas”.

No pa co te de R$ 7 bi lhões quese rão in ves ti dos no mo dal, cons tatam bém a ex pan são das li nhasfer ro viá rias. O go ver no fe de ralpu bli cou me di da pro vi só ria, ou -tor gan do à Va lec (em pre sa pú bli -ca, vin cu la da ao Mi nis té rio dosTrans por tes) o di rei to de im plan -tar pro je to de in te gra ção da ma -lha fer ro viá ria em bi to la lar ga. “AMP 427/2008 de ter mi na di ver sasfer ro vias a se rem im plan ta das, vi -san do a am plia ção da ma lha fer -ro viá ria bra si lei ra, tais como a ex -ten são da Nor te-Sul até Pa no ra -ma (SP), im plan ta ção da Fer ro viaBa hia Oes te, li ga ção Urua çu (GO)até Vi lhe na (RO) e li ga ção fer ro -viá ria Pa no ra ma-Por to Mur ti nhoATRIBUIÇÕES Marcus Expedito Felipe de Almeida, superintendente da Sucar desde fevereiro

DANIEL BADRA/DIVULGAÇÃO

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MINASTRANSPOR

As dis cus sões em tor no dotrans por te bra si lei ro, as con -se qüên cias da fal ta de lo gís ti -ca para o se tor e o emi nen te

caos ur ba no em vir tu de da au sên cia depla ne ja men to têm ocu pa do lu gar dedes ta que nos di ver sos en con tros rea li -za dos pela ca deia trans por ta do ra. EmBelo Ho ri zon te, du ran te o 13º Mi nas -trans por (En con tro Mi nei ro dos Trans -por ta do res Ro do viá rios de Car ga), hou -ve um dia de di ca do ex clu si va men te aode ba te so bre mo bi li da de e a de sor demem que se en con tra o trans por te nosprin ci pais cen tros ur ba nos do país.

O even to, rea li za do en tre os dias 6e 8 de agos to, é uma pro mo ção con -jun ta da Fet cemg (Fe de ra ção das Em -pre sas de Trans por tes de Car ga do Es -ta do de Mi nas Ge rais), CNT (Con fe de -ra ção Na cio nal do Trans por te) e sin di -ca tos fi lia dos. O de ba te do pri mei rodia teve como tema: “Mo bi li da de Ur -ba na - Trans por te e Abas te ci men to:como evi tar o caos ur ba no”. O coor -de na dor da mesa foi o ar qui te to e ex-go ver na dor do Pa ra ná Jai me Ler ner.Par ti ci pa ram do de ba te Pau lo Sér gioRi bei ro da Sil va, pre si den te da Fet -cemg; Fa brí cio Sam paio, sub se cre tá -

AÇÕES ENTRE EMPREENDEDORES E O PODERPÚBLICO SÃO ESSENCIAIS PARA GERIR UM SISTEMA

DE TRANSPORTE EFICIENTE PARA A SOCIEDADE

POR LETICIA SIMÕES

SOLUÇÕESCONJUNTAS

FOTOS LILIAN MIRANDA

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lhar os pro ble mas para fa zeracon te cer”, dis se o ar qui te to.

Em sua apre sen ta ção, Ler nerco men tou so bre a fal ta de pro pos -tas para evi tar o gran de im bró gliodo trans por te nos gran des cen tros.“A ci da de nun ca foi o pro ble ma, elaé a so lu ção. Qual quer ci da de podeme lho rar sua qua li da de de vida,seja qual for seu ta ma nho. To dospen sam que tais pro ble mas vãosub mer gir. Se en ten der mos me lhora ci da de onde vi ve mos, apren de -mos a res pei tá-la.” Para ele, é pre ci -so que cada cen tro ur ba no tra ba lheo trans por te de acor do com suarea li da de. “Mui tos pen sam que parare sol ver par te do pro ble ma, bas tacons truir pis tas ex clu si vas. É ne ces -sá rio lo gís ti ca e uma boa fre qüên -cia de em bar que e de sem bar que.”Ele de mons trou como o trans por teco le ti vo de Cu ri ti ba con se guiu oti -mi zar o tem po de via gem, fa ci li tan -do a mo bi li da de dos usuá rios.

Ler ner des ta cou ain da quepro je tos que con tem plem otrans por te via me trô, em ci da -des pla ne ja das para o trá fe goem su per fí cie, de vem ser maisbem ava lia dos. “A su per fí ciepre ci sa ser bem ope ra da. Fa zere ofe re cer o ser vi ço com a efi -ciên cia do me trô, po rém, na su -per fí cie.” O ar qui te to é oti mis taem re la ção ao fu tu ro do trans -por te. Ele acre di ta que o te mi -do caos pode ser evi ta do. “Acho

rio de Trans por tes de Mi nas Ge -rais; Osias Bap tis ta Neto, con -sul tor em trans por te, ex-di re tordo DER-MG (De par ta men to deEs tra das de Ro da gem) e ex-pre -si den te da BHTrans; João Luizda Sil va Dias, pre si den te do Ins -ti tu to de Mo bi li da de Sus ten tá -vel “Rua Viva” e ex-pre si den teda CBTU (Com pa nhia Bra si lei rade Trens Ur ba nos); Flá vio Be -nat ti, pre si den te da NTC&Lo gís -ti ca; Eduar do Fer rei ra Re buz zi,pre si den te da Fe trans car ga (Fe -de ra ção do Trans por te de Car gado Es ta do do Rio de Ja nei ro) eMau ri Pa nitz, pro fes sor da PUC-RS e con sul tor do De na tran-RS(De par ta men to Es ta dual deTrân si to do Rio Gran de do Sul).

Jai me Ler ner abriu os tra -ba lhos apre sen tan do os pro je -tos ino va do res de in fra-es tru -tu ra im plan ta dos em Cu ri ti ba(PR) à épo ca em que foi pre fei -to do mu ni cí pio. De acor docom ele, o que tra va as ini cia ti -vas de in ves ti men to na es tru -tu ra do trans por te no Bra sil é alen ti dão na to ma da de de ci -sões. Ele ci tou al gu mas obrasde Cu ri ti ba que, a prin cí pio, le -va riam anos para se rem exe cu -ta das, mas em sua ges tão fo -ram con cluí das em pou cos me -ses. Isso, na pers pec ti va deLer ner, se guin do toda a bu ro -cra cia exi gi da. “Bas ta tra ba - MOBILIDADE URBANA Arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner (centro) esteve em Belo Horizonte para discutir o trânsito nas grandes cidades

“Qualquer cidade pode melhorar sua qualidade de vida, seja qual for seu tamanho”JAIME LERNER, ARQUITETO

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que o ca mi nho é que cada se tortra ba lhe com com pe tên cia paraque os pro ble mas das ci da desse jam di mi nuí dos. É pre ci soagir ago ra. Den tro de al gunsanos as me tró po les não te rãore cur sos su fi cien tes para re sol -ver o caos. Mu dar ten dên ciaspode ser o iní cio,”

Ou tros de ba te do res fo ram con -so nan tes com Ler ner. O con sul torOsias Neto, por exem plo, con fia queo caos não será ca paz de cau sarum co lap so ge ral. “As ci da des nãovão pa rar. Sem pre tra ba lha mos eva mos con ti nuar rea li zan do pro je -tos para que isso não acon te ça.”No en tan to, ele fez um aler ta e co -brou das em pre sas do se tor umapos tu ra mais atuan te. “Te mos pro -ble mas mui to sé rios. O em pre sa ria -do não está ten do a preo cu pa çãode vi da com os pro ble mas.” Ele pro -põe que as em pre sas to mem a ini -cia ti va. “Para evi tar o caos te mosde mu dar o com por ta men to e co -brar do go ver no. Te mos, po rém,que ava liar nos sa par te. O em -preen de dor tam bém pre ci sa re versua pos tu ra”.

O pro fes sor Mau ri Pa nitz dis -se ser ne ces sá rio in du zir noscen tros o de sen vol vi men to ur -ba no. Se gun do Pa nitz, aapreen são com o se tor estácom o foco dis tor ci do. “Hoje apreo cu pa ção é com a mo bi li da -de, quan do na ver da de de ve ria

ser di re cio na da à aces si bi li da -de.” Para ele, o pon to crí ti co é osis te ma viá rio exis ten te. “Te -mos um sis te ma viá rio ob so le toe ana crô ni co. Con ges tio na men -tos, po lui ção am bien tal e aci -den tes são uma cons tan te. Sãone ces sá rios pla ne ja men tos ur -ba no e de trans por te.”

O pre si den te do “Rua Viva”,João Luiz Dias, e o pre si den te daNTC&Lo gís ti ca, Flá vio Be nat ti, con -cor dam que o po der pú bli co équem deve pro du zir as res pos taspara a ques tão do co lap so da mo -bi li da de. Dias afir ma que o mo de loatual está des ca rac te ri za do. ParaBe nat ti, o atual mo men to é re fle xode como o se tor foi tra ta do no pas -sa do. “Há uma fal ta de com pro mis -so po lí ti co com o trans por te. O po -der pú bli co de ve ria criar so lu çõesreais para os pro ble mas. A eco no -mia bra si lei ra vai so frer as con se -qüên cias das ações res tri ti vas im -pos tas ao se tor.”

En tre opi niões oti mis tas e re -ceo sas hou ve uma una ni mi da de: épos sí vel criar so lu ções para evi taro co lap so do trans por te nos gran -des cen tros, des de que o caos ur -ba no não mais es te ja alia do aocaos po lí ti co. Para os de ba te do res,a equa ção é sim ples - ações con -jun tas en tre em preen de do res epo der pú bli co para ge rir um sis te -ma de trans por te efi cien te paratoda a so cie da de. ●MOBILIDADE URBANA Arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner (centro) esteve em Belo Horizonte para discutir o trânsito nas grandes cidades

“Qualquer cidade pode melhorar sua qualidade de vida, seja qual for seu tamanho”

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15674

VALORIZAÇÃO DO TRABALHADORPARCERIA DA UNIVERSIDADE DE LÍDERES DO TRANSPORTE COMO SEST/SENAT QUALIFICA PROFISSIONAIS E INTEGRA EMPRESAS

POR LETÍCIA SIMÕES

SEST/SENAT

de uma ter cei ra para 2008, ti ve -mos nova sur pre sa e for ma mosuma tur ma de 25 alu nos.”

Não exis te pro ces so se le ti -vo. O re qui si to para se ma tri -cu lar na ULT é ser fun cio ná riode al gu ma em pre sa de trans -por te ur ba no de pas sa gei ros.O con teú do pro gra má ti co in -clui, além das dis ci pli nas con -ven cio nais, se mi ná rios e au -las prá ti cas. A car ga ho rá ria éde 172 ho ras, dois dias por se -ma na, com cus to men sal deR$ 165. As te má ti cas são va -ria das e se le cio na das deacor do com o tra ba lho exer ci -do pe los pro fis sio nais. “Emum dos se mi ná rios mais re -cen tes, abor da mos o pa pel dolí der ope ra cio nal no Pro gra -

“Aunião faz a for -ça”. O dito po -pu lar pode re -su mir a ini cia -

ti va do gru po Criarht, que em2005 ela bo rou um pro je to au da -cio so, di re cio na do para o de sen -vol vi men to dos tra ba lha do rescom car gos de che fia, fun cio ná -rios das em pre sas de trans por -tes de For ta le za. Sur gia en tão aULT (Uni ver si da de de Lí de res noTrans por te). O es tu do or ga ni za -do pelo gru po, for ma do por pro -fis sio nais da área de re cur soshu ma nos das em pre sas detrans por te da ca pi tal cea ren se,con cluiu que o mo dal ne ces si ta -va de um tra ba lho vol ta do para

Van da con si de ra o cur so de -ter mi nan te para a ro ti na dotra ba lha dor. “Com o cur so, ofun cio ná rio pas sa a fa zer me -lho res es co lhas na apli ca çãode so lu ções, fren te às di ver sassi tua ções as quais está ex pos -to dia ria men te.” Um dos res -pon sá veis pela ULT é o con sul -tor Cláu dio Araú jo. Ele é quemmi nis tra a maio ria das dis ci pli -nas. “O cur so man tém uma lin -gua gem de con ti nui da de en treos mó du los”, diz.

A pri mei ra tur ma da ULT for -mou 26 alu nos. Araú jo co me mo rao êxi to des se pas so ini cial. “O su -ces so da tur ma de 2006 pos si bi li -tou a for ma ção da se gun da, com34 alu nos. Quan do achá va mosque não ha ve ria mais de man da

a qua li fi ca ção dos pro fis sio naise para a in te gra ção das em pre -sas do se tor.

Este ano a ULT for ma rá a ter -cei ra tur ma. Des de o iní cio, a uni -ver si da de con ta com o apoio dauni da de de For ta le za do Sest/Se -nat e do Sin diô ni bus (Sin di ca todas Em pre sas de Trans por te dePas sa gei ros do Es ta do do Cea rá).Van da Ra be lo, di re to ra doSest/Se nat lo cal, acre di ta que aULT re for ça a pre mis sa do sis te -ma, que é a va lo ri za ção do tra ba -lha dor do trans por te. “A uni ver -si da de é uma óti ma opor tu ni da -de que o se tor tem de fo car nasne ces si da des es pe cí fi cas de umgru po. Os par ti ci pan tes têm umco nhe ci men to mais apri mo ra do,alian do teo ria e prá ti ca.”

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 75

tên cias de nos sos co la bo ra do -res. Esse é o ca mi nho para ofe -re cer aos usuá rios o pa drão detrans por te que eles es pe ram eme re cem, con tri buin do para aex ce lên cia na pres ta ção de ser -vi ços.” Para a di re to ra doSest/Se nat For ta le za, Van da Ra -be lo, a uni ver si da de é um di fe -ren cial do trans por te bra si lei ro.“A ULT é re fe rên cia. Pro por cio naao se tor uma lin gua gem uni fi ca -da, uma vi são mais am pla dosis te ma de trans por te.”

Cláu dio Araú jo pla ne ja le vara ULT para ou tras ci da des. Paraisso, ele con ta com o apoio doSest/Se nat. “A ULT já foi apre -sen ta da às uni da des do Sest/Se -nat de Te re si na e de São Luiz eestá dis po ní vel para to das as re -giões que te nham in te res se emde sen vol ver o pro je to.” ●

de para os pro fis sio nais que fre -qüen tam a ULT.

Neiabs ton Al ves de Araú jo étéc ni co em se gu ran ça do tra -ba lho. Ele foi in cen ti va do pelaem pre sa a se ma tri cu lar naULT. “Ou tro as pec to que memo ti vou foi o con teú do pro gra -má ti co vol ta do para o trans -por te de pas sa gei ros.” Araú jocon si de ra o pro je to fun da men -tal para o se tor. “É mui to im -por tan te exis tir uni ver si da descom foco para o tra ba lha dordo trans por te. Con se gui mosre sul ta dos ex ce len tes e es ta -mos com 90% de re du ção noscus tos com aci den tes. Este éum exem plo prá ti co que podeser im plan ta do em todo o Bra -sil”, diz Araú jo.

For ma do na se gun da edi çãodo cur so, o ge ren te de ma nu -ten ção An tô nio Mar cos da Sil -va foi quem teve a ini cia ti va dese ma tri cu lar na ULT. Ele con si -de ra a orien ta ção re ce bi da oas pec to mais po si ti vo. “Ascon di ções ge ra das atra vés deco nhe ci men tos para mon taruma equi pe con fiá vel, comfoco nos re sul ta dos, as simcomo os de mais mó du los, aju -da ram-me mui to”, afir ma.

As au las da ULT são mi nis tra -das no au di tó rio do Sin diô ni bus.O pre si den te da en ti da de, An tô -nio Aze ve do, acre di ta que aqua li fi ca ção pro fis sio nal pro -por cio na um ser vi ço de qua li da -de. “A ULT re pre sen ta a cer te zano de sen vol vi men to e com pe -

ma Des po luir, da CNT e con ta -mos com as pre sen ças do se -cre tá rio de Meio Am bien te deTe re si na e do di re tor doSest/Se nat da que la uni da de”,diz Araú jo.

A so ció lo ga e ge ren te de re -cur sos hu ma nos Ju lia na An dra -de Pes soa fez par te da pri mei ratur ma da ULT. Para ela, além dava lo ri za ção pro fis sio nal, o prin -ci pal be ne fí cio da uni ver si da deé fa zer com que os tra ba lha do -res re fli tam so bre suas ati vi da -des cons tan te men te. “O cur socon tri bui para o au to co nhe ci -men to do tra ba lha dor e para de -sen vol ver o po ten cial de li de ran -ça dos ges to res do trans por te.”Ju lia na diz que a em pre sa ondeatua cus teia 50% da men sa li da -

ENSINO Estudantes durante aula da ULT, universidade voltada para funcionários das empresas de transporte

ULTLocal: SindiônibusAv. Borges de Melo, 60, AerolandiaFortaleza – CE - CEP: 60 415-510Carga Horária: 172 horasDuração: 1 anoCusto: R$ 165/mêsInformações: (85) 4012-1000 e/ou(85) 9181-8152E-mail: [email protected]

SEST/SENATEndereço: Rua D. Leopoldina,

nº 1.050, Centro, Fortaleza (CE)

ULT/DIVULGAÇÃO

Page 76: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

As em pre sas do seg -men to de trans por -tes co le ti vos depas sa gei ros vêm

bus can do há mais de uma dé -ca da meios atra vés da uti li za -ção de no vas tec no lo gias,trei na men to das tri pu la ções(mo to ris tas), uti li za ção debio com bus tí veis (com bus tí -veis al ter na ti vos), fór mu las eequa ções para re du zir o im -pac to de um de seus prin ci -pais itens da pla ni lha de cus -to (se gun do na or dem de cus -to), o die sel. Esse cus to, alémde fi nan cei ro, pas sou à ca te -go ria de “Cus to Am bien tal” ea quei ma des se com bus tí velpor mo to res au to mo ti vos vemsen do res pon sá vel pela emis -são pe sa da de po luen tes naat mos fe ra.

As pes qui sas re cen tes rea -li za das pelo Ipea com pro va -ram que, pro por cio nal men te,o veí cu lo de trans por te co le -ti vo (ôni bus) po lui me nos queos veí cu los de pas seio e mo -tos, mas não nos exi mem (em -pre sas de trans por tes co le ti -vos) da res pon sa bi li da de de

FLÁVIO CALDASSO

apre sen tar con tí nuas so lu -ções para pro du ção de ener -gia lim pa.

O Pro gra ma Des po luir éuma ini cia ti va lou vá vel daCNT, que mos tra o com pro me -ti men to e o en ga ja men to porpar te dos em pre sá rios do se -tor de trans por tes pri va dosem pra ti car res pon sa bi li da deso cioam bien tal e, ao mes motem po, ma xi mi zar os re sul ta -dos por meio da eco no mia decom bus tí vel. O pro gra ma visa,atra vés da afe ri ção vei cu larcom a uti li za ção do me di dorde opa ci da de (opa cí me tro),ve ri fi car se aque la ca te go riavei cu lar se en con tra den trodos pa drões es ta be le ci dospelo Pro con ve (Pro gra ma deCon tro le da Po lui ção do Arpor Veí cu los Au to mo to res),cria do pelo Co na ma (Con se lhoNa cio nal de Meio Am bien te).

As sim que re ce beu suauni da de mó vel equi pa da parao Pro gra ma Des po luir, a Fe -tergs (Fe de ra ção das Em pre -sas de Trans por tes Ro do viá -rios do Rio Gran de do Sul)con vi dou a Vi ca sa (Via ção Ca -

noen se S/A), em pre sa detrans por te de pas sa gei ros in -ter mu ni ci pal da Re gião Me tro -po li ta na de Por to Ale gre, res -pon sá vel pelo trans por te de3.150.000 pas sa gei ros/mêscom a uti li za ção de uma fro tade 400 ôni bus e mais de4.000 via gens/dia, a ser a pri -mei ra em pre sa a par ti ci pardas afe ri ções pelo pro gra ma.

Os re sul ta dos fo ram ime -dia tos e ex tre ma men te po si ti -vos, pois foi pos sí vel iden ti fi -car, após as con fe rên cias, apar ce la da fro ta que se en -con tra va den tro dos ín di cesacei tá veis e, atra vés de açõescor re ti vas de nos sa equi pe dema nu ten ção, cor ri gir aque lesveí cu los que apre sen ta ram ní -veis aci ma dos re co men da -dos. Fica cla ro que as em pre -sas que ado ta rem o Pro gra maDes po luir des fru ta rão de maisuma fer ra men ta de ges tão nabus ca da re du ção de cus tos,da res pon sa bi li da de so cioam -bien tal e pela pers pec ti va deum fu tu ro me lhor com a con -ser va ção dos re cur sos na tu -rais e do meio am bien te.

DEBATE QUAL A IMPORTÂNCIA DE ADOTAR O PROGRAMA DES POLUIR?

FLÁVIO CALDASSOEngenheiro, gerente dePlanejamento Operacional daVicasa (Viação Canoense S/A).Foto Divulgação

Mostra comprometimento eengajamento dos empresários

“AS EMPRESAS QUE ADOTAREM O PROGRAMA DESFRUTARÃO DEFERRAMENTA DE GESTÃO NA BUSCA DA REDUÇÃO DE CUSTOS”

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15676

Page 77: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008

QUAL A IMPORTÂNCIA DE ADOTAR O PROGRAMA DES POLUIR?

OEx pres so Jun diaí éuma em pre sa so -cial men te res pon -sá vel e atuan te na

pre ser va ção do meio am -bien te. Pro va dis so é a suapar ti ci pa ção no Pro gra maDes po luir - idea li za do pelaCNT (Con fe de ra ção Na cio naldo Trans por te).

Para o Ex pres so Jun diaí éprio ri tá rio par ti ci par deações que mi ni mi zem a emis -são de po luen tes na at mos -fe ra e que aju dem a me lho -rar a qua li da de de vida daspes soas.

Nes se sen ti do, agi mos emmui tas ver ten tes e mes moan tes da im plan ta ção doDes po luir, a em pre sa sem prees te ve com pro me ti da com omeio am bien te.

Com pro mis so que for ma li -za mos com a im plan ta çãodos sis te mas de ges tão daqua li da de e do meio am bien -te na em pre sa.

O Ex pres so Jun diaí estácer ti fi ca do com a ISO9001/2000, já im ple men tou aISO14001:2004 na ma triz e

CARLOS ALBERTO PANZAN

da por meio de pla ni lhas dis -tri buí das em mais de 20 uni -da des de ne gó cios da em -pre sa.

Com es sas ações per ce be -mos uma re du ção de 3% nocon su mo de com bus tí vel, umpro lon ga men to da vida útildo mo tor, uma re du ção decus tos na eco no mia de com -bus tí vel e nas ma nu ten ções,além de uma mi ni mi za ção depro ble mas com os veí cu losau men tan do a efi ciên ciaope ra cio nal.

En tre tan to, in de pen den tedos re sul ta dos ob ti dos atéesse mo men to pela em pre sa,es ta mos sem pre nos atua li -zan do acer ca das no vas tec -no lo gias que po dem, por ven -tu ra, me lho rar ain da mais aqua li da de dos nos sos pro -ces sos.

Para al can çar mos esseob je ti vo, con ta mos com apar ti ci pa ção pri mor dial doDes po luir e dos nos sos co la -bo ra do res, que são pre pa ra -dos e en ga ja dos nes se tema,as sim como nós no Ex pres soJun diaí.

CARLOS ALBERTO PANZANDiretor comercial do Expresso Jundiaí Foto João Batista/NanquimComunicação/Divulgação

Medida reduz os custos emelhora eficiência operacional

“É PRIORITÁRIO PARTICIPAR DE AÇÕES QUE MINIMIZEM EMISSÃODE POLUENTES E AJUDEM A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA”

até 2010 te re mos to das asuni da des cer ti fi ca das. Nos -sos co la bo ra do res pas samcons tan te men te por trei na -men tos e ga ran tem a in te gri -da de de toda a em pre sa noque diz res pei to à pre ser va -ção do meio am bien te.

Por tan to, a cons cien ti za -ção am bien tal em prol da re -du ção da emis são do CO2, umdos prin ci pais cau sa do res doaque ci men to glo bal, en vol veto dos os co la bo ra do res.

No Ex pres so Jun diaí, aoado tar mos o Pro gra ma Des -po luir, for ma li za mos uma sé -rie de ações que acar re ta rambe ne fí cios para a em pre sa,en tre elas a ma nu ten çãocons tan te de to dos os veí cu -los de acor do com a le gis la -ção do Co na ma (Con se lhoNa cio nal de Meio Am bien te).

Tam bém ado ta mos a rea -li za ção da ma nu ten ção pre -di ti va e, em fun ção do re sul -ta do apre sen ta do, a iden ti fi -ca ção da ne ces si da de de re -pa ros no sis te ma de in je çãodos veí cu los; o maior con tro -le da fro ta pró pria e agre ga -

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 77

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 156 79

Os da dos acu mu la dos até ju nhomos tram que os trans por tes depas sa gei ros e de car ga con ti -nuam a su pe rar os va lo res do

ano an te rior em to dos os mo dais. Ape sardis so, ob ser van do as va ria ções men sais,cons ta ta-se que da ou aco mo da ção do ní -vel de ati vi da de do se tor.

O trans por te de pas sa gei ros nos seispri mei ros me ses de 2008, em re la ção a2007, foi maior em 0,7% no trans por te co -le ti vo ur ba no, 2,9% no in ter mu ni ci pal,5,8% no in te res ta dual e 10,5% no ae ro -viá rio. Con tu do, em re la ção ao mês an te -rior, ju nho apre sen ta que da no vo lu me depas sa gei ros trans por ta dos. Cha ma aten -ção a que da, nes te pe río do, de 7% notrans por te aé reo de pas sa gei ros. A maiorre du ção ve ri fi ca da foi na mo vi men ta çãoaé rea do més ti ca (7,55%), en quan to que oflu xo in ter na cio nal caiu me nos (3,23%).

O trans por te me tro-fer ro viá rio de pas -sa gei ros é 9,1% su pe rior no acu mu la dodo ano, em re la ção a 2007. En tre tan to, emre la ção ao mês an te rior, ob ser va-se que -da de 0,5% no nú me ro de pas sa gei ros, oque in di ca es ta bi li za ção no cres ci men toque se ve ri fi ca va até en tão.

O trans por te ro do viá rio de car gas no pri -mei ro se mes tre de 2008 foi 6,7% su pe riorao mes mo pe río do de 2007. Em ju nho, po -rém, o trans por te ro do viá rio de car gas foi0,8% in fe rior ao mês an te rior.

É im por tan te ob ser var a evo lu ção dospre ços dos com bus tí veis ao lon go do ano, jáque eles re pre sen tam par ce la im por tan tenos cus tos do se tor. Con for me a Agên cia Na -cio nal do Pe tró leo (ANP) o pre ço mé dio dodie sel ao con su mi dor apre sen tou ele va çãode 11,4% en tre ja nei ro e ju lho. A re du ção daalí quo ta da CIDE so bre o die sel em maio, deR$ 0,07 por li tro para R$ 0,03 por li tro, nãofoi su fi cien te para im pe dir tal au men to. Nomes mo pe río do, o que ro se ne de avia çãoteve alta de 31,1%.

O trans por te fer ro viá rio de car gas apre -sen ta cres ci men to de 8% no acu mu la do doano até maio de 2008. Em re la ção ao mêsan te rior, o trans por te fer ro viá rio de car gades ta ca-se pela con ti nui da de do cres ci men -to, re gis tran do alta de 13%. ●

ESTATÍSTICAS

MODAL RODOVIÁRIO DE CARGASAcumulado no ano (milhares de toneladas)

PERÍODO INDUSTRIAL VAR. OUTRAS CARGAS VAR. TOTAL VAR.

Até junho/2007 277,3 - 265,1 - 542,5 -

Até junho/2008 298,6 7,7% 280,3 5,7% 579,0 6,7%

Fonte: Idet/CNT - Fipe.org

Para es cla re ci men tos e/ou para down loaddas ta be las do Idet, aces se www.cnt.org.brou www.fipe.org

MODAL RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Acumulado até Junho/2008

TIPO PASSAGEIROS TRANSPORTADOS VAR. 07/08

Coletivo urbano 5.561.884.791 0,7%Intermunicipal 305.000.220 2,9%Interestadual 34.392.175 5,8%Fonte: Idet/CNT - Fipe.org

Obs: Variação calculada em relação ao mesmo período de 2007

MODAL AEROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

PERÍODO PASSAGEIROS TRANSPORTADOS VAR.Até junho/2007 21.245.474 -Até junho/2008 23.484.402 10,5%

Fonte: Idet/CNT - Fipe.org

MODAL FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

PERÍODO PASSAGEIROS TRANSPORTADOS VAR.Até maio/2007 719.282.420 -Até maio/2008 784.535.868 9,1%

Fonte: Idet/CNT - Fipe.org

MODAL FERROVIÁRIO DE CARGASAcumulado no ano (milhares de toneladas)

PERÍODO VOLUME TRANSPORTADO VAR.Até maio/2007 166,2 -Até maio/2008 179,5 8,0%

Fonte: Idet/CNT - Fipe.org

TRANSPORTEÉ DESTAQUE

ATIVIDADE TRANSPORTADORA CRESCE NOPRIMEIRO SEMESTRE EM TODOS OS MODAIS

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CLÉSIO ANDRADE

“O Despoluir está hoje firmemente consolidado como um programa prioritariamente de conscientização e mobilização”

OPINIÃO

uan do, há um ano, lan çou o Des po luir, a CNTen trou efe ti va men te na luta con tra o aque ci -men to glo bal, a po lui ção do ar, a de gra da çãodo meio am bien te e por um mun do eco lo gi -ca men te sus ten tá vel. Com o pro gra ma co lo -cou-se dian te do se tor trans por ta dor o de sa -

fio de dis se mi nar e in ten si fi car no meio as boasprá ti cas de pre ser va ção am bien tal.

O Des po luir in cen ti vou os trans por ta do res noen ga ja men to por so lu ções dos pro ble mas do meioam bien te, re for çan do o pa pel de em pre sá rios, au -tô no mos e dos tra ba lha do res do se tor de trans -por te em com pa ti bi li zar o de sen vol vi men to so -cioe co nô mi co com a pre ser va ção am bien tal.

Pas sa do um ano, o maior êxi to do pro gra maestá na con quis ta, por par te dos trans por ta do -res, de uma nova cons ciên cia em fa vor do meioam bien te. Os que atuam no trans por te e que játi nham ações eco lo gi ca men te cor re tas in ten si fi -ca ram seus tra ba lhos e aque les que es ta vamain da ape nas ini cian do sua par ti ci pa ção ade ri -ram en tu sias ti ca men te à idéia em fa vor de ummun do sem po lui ção. Os ato res da ati vi da detrans por ta do ra es tão mu dan do sua re la ção como meio am bien te por que sa bem que essa pos tu -ra per mi ti rá le gar à ge ra ção de nos sos fi lhos umpla ne ta me lhor para se vi ver.

Ao lan çar mos o pro gra ma Des po luir, em ju lhodo ano pas sa do, re co nhe cía mos nos sa par ce la deres pon sa bi li da de - ain da que bem me nor do que aque se cos tu ma atri buir ao se tor - na emis são dega ses po luen tes na at mos fe ra. E pron ta men tepas sa mos a nos po si cio nar como agen tes da so lu -ção des ses pro ble mas.

Em bo ra ou sa da, po de mos co me mo rar, pois ameta foi al can ça da no que tem de mais im por tan -te: des per tar uma cul tu ra am bien tal men te res pon -sá vel em to dos nós que tra ba lha mos no se tor detrans por te. O Des po luir está hoje fir me men te con -so li da do como um pro gra ma prio ri ta ria men te decons cien ti za ção e mo bi li za ção. Es ta mos “des po -luin do men tes”, re ve lan do às pes soas a cul tu ra doeco lo gi ca men te cor re to e da res pon sa bi li da depara com o meio am bien te.

Após esse pri mei ro ano de ati vi da de, o sen ti -men to que te mos é que os trans por ta do res bra si lei -ros es tão na imi nên cia de se tor nar um exem plo deatua ção efe ti va em de fe sa do meio am bien te. Exem -plo esse, quem sabe, para o mun do.

Re pre sen tan tes de ou tros paí ses têm de mons -tra do in te res se no mo de lo de atua ção dos trans -por ta do res bra si lei ros no com ba te ao efei to es tu -fa e à po lui ção am bien tal. A CNT aca ba de re ce beruma de le ga ção dos Es ta dos Uni dos in te res sa daem co nhe cer o pro gra ma e seus re sul ta dos nes sepri mei ro ano. Eles pre ten dem le var, para aque lepaís, o de ba te so bre a atua ção do se tor trans por -ta dor na me lho ria do meio am bien te.

O re sul ta do mais vis to so des se pri mei ro ano detra ba lho do Des po luir, po rém, é a cons ciên cia ci da -dã em fa vor do meio am bien te. Um “ví rus do bem”que se es pa lhou ra pi da men te no uni ver so dotrans por te, mu dan do a pos tu ra do em pre sá rio edo tra ba lha dor em trans por te fren te à ques tãoam bien tal e aju dan do a re du zir, de for ma efe ti va,a emis são de po luen tes na at mos fe ra. E isso não épou co. Te mos ain da mui to a fa zer, mas já te mostam bém mui to a co me mo rar.

QConquistas a comemorar

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CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 15682

FEIRAS

Assim como na anterior (154), que destacou as principais feiras de transportes e logísticas do Brasil, causou-nosestranheza a não-inclusãoda Transpo-Sul.Desconhecemos, portanto,os motivos para que nenhuma menção ao maior evento de Transportee Logística da Região Sul do Brasil tenha sido registrada no calendário de eventos da CNT nem naedição 154 e tampouco na155. Não podemos acreditarem falta de conhecimentoda 10ª Transpo-Sul, visto quea CNT (ConfederaçãoNacional do Transporte) foi uma das entidadesapoiadoras e o Sest/Senat,com grande brilhantismo e profissionalismo, novamente marcou presença na grande feira,que ocupou uma área de 14mil m2 dos pavilhões doCentro de Eventos Fiergs. Aassessoria de imprensa doSetcergs, responsável peladivulgação da décimaedição, encaminhou uma série de releases divulgando a programaçãodo congresso, os expositoresda feira e os principais

acontecimentos antes,durante e depois do evento.Inclusive alguns mereceramdestaques no site da CNT.Relevando o conceito e acredibilidade da revista CNT Transporte Atual perante o público do transporte multimodal decargas, passageiros,autônomos e da logística,externamos nossa indignação pelo totalesquecimento de um evento da tradição e porte da Transpo-Sul, quebusca firmar o caráter institucional do transporteno RS e no Brasil. Na certezade que a nossa feira e congresso, que hoje envolvea fundamental participaçãoda Fetransul, Fecam,Fecavergs e Fetergs, nãopassem mais despercebidospela revista CNT TransporteAtual, registramos esse fato extremamente relevante.

Sérgio NetoPresidente Setcergs Sindicato das Empresas deTransportes de Carga eLogística no RS

DOS LEITORES

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUALAs cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

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CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTEClésio Soares de Andrade

PRESIDENTE DE HONRA DA CNTThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte RodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares JúniorTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Marco Antonio GulinTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Otávio Vieira da Cunha Filho Ilso Pedro Menta TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio BenattiAntônio Pereira de SiqueiraTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca Lopes

Mariano Costa

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Glen Gordon Findlay

Hernani Goulart Fortuna

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Rodrigo Vilaça

TRANSPORTE AÉREO

Wolner José Pereira de Aguiar

José Afonso Assumpção

CONSELHO FISCAL (TITULARES)

David Lopes de Oliveira

Éder Dal’lago

Luiz Maldonado Marthos

José Hélio Fernandes

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

Waldemar Araújo

André Luiz Zanin de Oliveira

José Veronez

DIRETORIA

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Luiz Wagner Chieppe

Alfredo José Bezerra Leite

Jacob Barata Filho

José Augusto Pinheiro

Marcus Vinícius Gravina

Tarcísio Schettino Ribeiro

José Severiano ChavesEudo Laranjeiras CostaAntônio Carlos Melgaço KnitellAbrão Abdo IzaccFrancisco Saldanha BezerraJerson Antonio PicoliJosé Nolar SchedlerMário Martins

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Luiz Anselmo Trombini

Eduardo Ferreira Rebuzzi

Paulo Brondani

Irani Bertolini

Pedro José de Oliveira Lopes

Oswaldo Dias de Castro

Daniel Luís Carvalho

Augusto Emílio Dalçóquio

Geraldo Aguiar Brito Viana

Augusto Dalçóquio Neto

Euclides Haiss

Paulo Vicente Caleffi

Francisco Pelúcio

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de SousaJosé Alexandrino Ferreira NetoJosé Percides RodriguesLuiz Maldonado MarthosSandoval Geraldino dos SantosDirceu Efigenio ReisÉder Dal’ LagoAndré Luiz CostaMariano CostaJosé da Fonseca LopesClaudinei Natal PelegriniGetúlio Vargas de Moura BraatzNilton Noel da RochaNeirman Moreira da Silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Luiz Rebelo Neto

Paulo Duarte Alecrim

André Luiz Zanin de Oliveira

Moacyr Bonelli

José Carlos Ribeiro Gomes

Paulo Sergio de Mello Cotta

Marcelino José Lobato Nascimento

Ronaldo Mattos de Oliveira Lima

José Eduardo Lopes

Fernando Ferreira Becker

Pedro Henrique Garcia de Jesus

Jorge Afonso Quagliani Pereira

Eclésio da Silva

Page 83: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008
Page 84: Revista CNT Transporte Atual - Ago/2008