revista cnt transporte atual-dez/2007

68
C NT ANO XIII N Ú M E RO 148 LEIA ENTREVISTA COM MARIO CESAR MANTOVANI T R A N S P O R T E A T U A L EDIÇÃO INFORMATIVA DO SEST/SENAT FÉRIAS COM SEGURANÇA FÉRIAS COM SEGURANÇA CRISE AÉREA, CRESCIMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS E PRECARIEDADE DAS RODOVIAS EXIGIRÃO MAIS CUIDADOS DOS MOTORISTAS

Upload: confederacao-nacional-do-transporte

Post on 14-Mar-2016

254 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

A venda recorde de automóveis e a opção pelas estradas para fugir da crise aérea são alguns dos fatores que contribuirão para aumentar o movimento nas rodovias durante o verão.

TRANSCRIPT

Page 1: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNTANO XIII N Ú M E RO 148

LEIA ENTREVISTA COM MARIO CESAR MANTOVA N I

T R A N S P O R T E A T U A L

EDIÇÃO I N FO R M AT I VADO SEST/S E N AT

FÉRIAS COMSEGURANÇAFÉRIAS COMSEGURANÇA

CRISE AÉREA, CRESCIMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS E PRECARIEDADE DAS RODOVIAS

EXIGIRÃO MAIS CUIDADOS DOS MOTORISTAS

Page 2: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 3: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 4: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

PÁGINA

28

C N TCO N F E D E RAÇÃO NACIONAL DO TRA N S P O RT E

P R ES I D E N T EClésio So a res de Andra d e

P R ESIDENTE DE HONRA DA CNTTh i e rs Fa ttori Costa

V I C E- P R ES I D E N T ES DA CNTT RA N S P O RTE DE CA RGAS

N ew ton Jerônimo Gibson Duarte Ro d r i g u esT RA N S P O RTE AQ UAV I Á R I O, FERROVIÁRIO E AÉREO

M eton So a res JúniorT RA N S P O RTE DE PASSAG E I ROS

M a rco Antonio GulinT RA N S P O RTA D O R ES AU T Ô N O M OS, DE PESSOAS E DE BENS

J osé Fioravanti

P R ES I D E N T ES DE SEÇÃO E VICE- P R ES I D E N T ES DE SEÇÃOT RA N S P O RTE DE PASSAG E I ROS

Otávio Vi e i ra da Cunha Filho I l so Pe d ro Menta T RA N S P O RTE DE CA RGAS

Flávio Be n a tt iAntônio Pe re i ra de SiqueiraT RA N S P O RTA D O R ES AU T Ô N O M OS, DE PESSOAS E DE BENS

J osé da Fo n se ca Lo p es Mariano Costa T RA N S P O RTE AQ UAV I Á R I O

Glen Gordon FindlayHernani Goulart Fo rtu n aT RA N S P O RTE FERROV I Á R I O

Rodrigo Vi l a ç aNélio Ce l so Ca r n e i ro Tava resT RA N S P O RTE AÉREO

Wolner José Pe re i ra de Aguiar J osé Afo n so Ass u m p ç ã o

CONSELHO FISCAL (T I T U L A R ES)D avid Lo p es de Olive i raÉder Dal’lagoLuiz Maldonado Mart h os J osé Hélio Fe r n a n d es

CONSELHO FISCAL (S U P L E N T ES)Waldemar Ara ú j oAndré Luiz Zanin de Olive i raJ osé Ve ro n ez

D I R E TO R I AT RA N S P O RTE RO D OVIÁRIO DE CA RGAS

Luiz Anselmo Tro m b i n iEd u a rdo Fe r re i ra Re b u zz iPaulo Bro n d a n iI rani Be rto l i n i

Pe d ro José de Olive i ra Lo p esO swaldo Dias de Ca st roDaniel Luís Ca rva l h oAu g osto Emílio DalçóquioG e raldo Aguiar Brito Vi a n aAu g u sto Dalçóquio NetoEu c l i d es HaissPaulo Vi ce n te Ca l effiFra n c i sco Pe l ú c i o

T RA N S P O RTE DE PASSAG E I ROS

Luiz Wagner ChieppeA l f redo José Beze r ra Le i teJ a cob Ba ra ta FilhoJ osé Au g u sto PinheiroM a rcus Vinícius Grav i n aTa rcísio Sc h ettino RibeiroJ osé Severiano ChavesEudo Lara n j e i ras CostaAntônio Ca r l os Melgaço Knite l lAbrão Abdo Iza ccFra n c i sco Saldanha Beze r raJ e rson Antonio Pico l iJ osé Nolar Sc h e d l e rMário Mart i n s

T RA N S P O RTA D O R ES AU T Ô N O M OS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Fe r re i ra de So u saJ osé Alexandrino Fe r re i ra NetoJ osé Pe rc i d es Ro d r i g u esLuiz Maldonado Mart h osSa n d oval Geraldino dos Sa n tosD i rceu Efigenio Re i sÉder Dal’ LagoAndré Luiz CostaMariano CostaJ osé da Fo n se ca Lo p esClaudinei Natal Pe l e g r i n iG etúlio Va rgas de Moura Bra a tzN i l ton Noel da Ro c h aNeirman More i ra da Silva

T RA N S P O RTE AQ UAV I Á R I O, FERROVIÁRIO E AÉREO

Luiz Rebelo NetoPaulo Duarte AlecrimAndré Luiz Zanin de Olive i raM o a cyr Bo n e l l iJ osé Ca r l os Ribeiro GomesPaulo Se rgio de Mello Cotta M a rcelino José Lo b a to Nasc i m e n toRonaldo Mattos de Olive i ra LimaJ osé Ed u a rdo Lo p esFernando Fe r re i ra Be c ke rPe d ro Henrique Garcia de Jes u sJ o rge Afo n so Quagliani Pe re i raClaudio Ro b e rto Fe r n a n d es Deco u rtPe d ro Lo p es de Olive i ra

CONSELHO EDITO R I A L

Almerindo Camilo

A r i st i d es França Neto

Be r n a rdino Rios Pim

Etevaldo Dias

Vi rgílio Co e l h o

R E DA Ç Ã O

AC&S Mídia [www.acsmidia.com.br]

EDITORES-EXECUTIVOS

Antonio Seara [[email protected]]

Ricardo Ballarine [[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(31) 3411-7007 • [email protected] Rua Eduardo Lopes, 591 • Santo André CEP 31230-200 • Belo Horizonte (MG)ASSINATURAS 0800-7282891ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.brATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO: [email protected]

PUBLICIDADERemar (11) 3451-0012 REPRESENTANTES

Celso Marino - cel/rádio (11) 9141-2938Publicação do Sest/Senat, registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053. Editada sob responsabilidade da AC&S Assessoria em Comunicação e Serviços Ltda.Tiragem 40 m il exemplares

Os co n ce i tos emitidos nos art i g os ass i n a d os não refl etem necessa r i a m e n te a opinião da CNT Transporte Atual

PRAÇAS DE PEDÁGIOÊ x i to da licitação dasro d ovias fe d e rais alte rare g ras para o Rodoanel

PÁGINA 44

FERROVIASB N D ES estuda implanta ç ã ode novas linhas de t rens de passa g e i ros

PÁGINA 58

T U R I S M OOs nav i os que estarão no país no período de férias e as atra ç õ es que ofe re cem para atrair os bra s i l e i ros

Page 5: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

Editorial 7Cartas 8Alexandre Garcia 9Mais Transporte 13Certificado de Neutralização de Carbono 32Roubo de cargas 48Mundo da simulação 52Sest/Senat 56Idet 63Debate 64Humor 66CA PA M A RCOS ISSA /A RG OS FOTO

ANO XIII | NÚMERO 148

REPORTAGEM DE CAPAA venda re co rde de auto m ó veis e a opção pelasest radas para fugir da crise aérea são alguns dosfa to res que contribuirão para aumentar o m ov i m e n to nas ro d ovias dura n te o ve r ã o

PÁGINA

34

PÁGINA

22

D ES P O LU I RNo ano em queo aquecimentoglobal se to r n o uuma rea l i d a d ep re o cu p a n te, ab u sca por co m b u st í ve i sa l te r n a t i vosganhou asm a n c h etes ev i rou prioridadem u n d i a l

ENTREVISTAMario Cesar Mantova n i ,d i retor da SOS MataAt l â n t i ca, fala so b re aqualidade do diese l

P á g i n a 10

PRÊMIO CNT 2007Rodrigo Cava l h e i ro é ove n cedor com re p o rta g e m“ P ropina na ruta 14”

PÁGINA 16

E MAIS

Page 6: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 7: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 7

EDITORIAL CLÉSIO ANDRADE

“Entre os inúmeros feitos realizados pela CNT no decorrer de20 07, vale desta car o lançamento do Des p o l u i r, em julho passa d o”

s tra n s p o rta d o res bra s i l e i ros aguard a m2008 com es p e ranças re n ovadas de que osetor possa se dese nvo l ver de maneiramais firme ao longo do ano, a partir doc resc i m e n to dos re cu rsos públicos e priva-

d os na melhoria da inf ra - est r u tu ra de tra n s p o r-te bra s i l e i ra.

A Co nfe d e ração Nacional do Tra n s p o rte acre-d i ta na vo n tade política dos gove r n a n tes dea tender as re i v i n d i ca ç õ es dos tra n s p o rta d o res,que têm como único objet i vo dotar o Brasil deco n d i ç õ es físicas com capacidade de suste n tar aexpansão eco n ô m i ca interna e a elevação dasex p o rta ç õ es e importa ç õ es nos próximos anos.O PAC (Pro g rama de Ace l e ração do Cresc i m e n to)do governo fe d e ral é uma prova dessa vo n ta d e.

N este ano de 20 07, a CNT reforçou junto aose n tes públicos e priva d os seu papel de re p rese n-ta n te máxima do tra n s p o rte bra s i l e i ro, enca m i-nhando às auto r i d a d es gove r n a m e n tais e ór-g ã os afins planos, pro p osta s, pesq u i sas e suges-t õ es relacionadas com as dife re n tes modalida-d es de tra n s p o rte.

O Se rviço Social do Tra n s p o rte (Sest) e o Se r-viço Nacional de Apre n d i zagem do Tra n s p o rte(Se n a t), a ela vincu l a d os, também perseve ra ra mem 20 07 na sua missão de melhorar as co n d i-ç õ es de vida do trabalhador em tra n s p o rte, co mo ofe re c i m e n to de ate n d i m e n tos médico e odon-to l ó g i co e de cu rsos de qualifi cação profi ss i o n a l ,a b rangendo vários se g m e n tos do seto r.

Se este ano que finda foi de difi cu l d a d es paraalguns modais de tra n s p o rte, também foi um pe-

ríodo de co n q u i stas legislativas hist ó r i cas paraa Co nfe d e ra ç ã o, como a entrada em vigor da leique re g u l a m e n tou o tra n s p o rte ro d oviário deca rg a s.

E n t re os inúmeros fe i tos rea l i za d os pela CNTno deco r rer de 20 07, vale desta car o lançamen-to do Des p o l u i r, o Pro g rama Ambiental do Tra n s-p o rte, em julho passa d o. Hoje o Despoluir é ag rande contribuição do setor de tra n s p o rte bra-s i l e i ro à co n se rvação do meio ambiente.

O Pro g rama tem como objet i vo criar uma cu l-tu ra de res p o n sabilidade ambiental no seto rt ra n s p o rtador bra s i l e i ro e contribuir com os es-fo r ç os mundiais para reduzir a emissão de CO 2 ,um dos principais res p o n s á veis pelo aquecimen-to global.

Como forma de co l a b o rar para a efet i va ç ã ode invest i m e n tos na área de logíst i ca, a CNT lan-çou em sete m b ro de 20 07 o Plano de Lo g í st i cap a ra o Brasil - PLB, que sugere 496 pro j etos, co mi nvest i m e n tos de R$ 223 bilhões para a melhoriada inf ra - est r u tu ra de tra n s p o rte do país.

Por sua vez, a Pesq u i sa Ro d oviária CNT 20 07co n sta tou nova m e n te o estado precário da ma-lha ro d oviária nacional. De aco rdo com o estu d o,73,9% dos 87. 592 km de ro d ovias ava l i a d os emtodo o país aprese n tam algum tipo de pro b l e m ade pav i m e n to, sinalização ou de engenharia.

A p esar dos obst á cu l os enf re n ta d os, os tra n s-p o rta d o res bra s i l e i ros mantêm o otimismo para2008, ce rtos de que o Brasil é bem maior do queseus problemas e saberá superá-los em benef í-cio de seu povo.

O2008 - um anode es p e rança

Page 8: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 1488

PEDÁGIOS

M u i to esc l a re ce d o ra a matéria“ Ta r i fas rea l i sta s” so b re osp re ç os dos pedágios nas ro d ov i a sb ra s i l e i ra s. Mesmo que a d i fe rença de va l o res co b ra d osp ossa ser ex p l i cada, toda asociedade ganhará muito com umpedágio mais justo, pois é non osso bolso que pesa ta n to umaest rada malco n se rvada, quantouma com pedágio alto. Os g ove r n os não podem ser l ev i a n os ao leiloar asn ossas ro d ov i a s.

Maciel de Fre i ta sS i m õ es Filhos - BA

C O M B USTÍVEL LIMPO

Pa rabéns à rev i sta C N TTra n s p o rte Atu a l pela matéria“Os benef í c i os do co m b u st í ve ll i m p o”. É muito importa n te que ahumanidade pesq u i se, divulgue ecoloque em p r á t i ca meiosa l te r n a t i vos e não-poluentes deo btenção de energia ve i cu l a r. Ca soco n t r á r i o, a humanidade cavará oseu próprio fim. Pa rabéns ta m b é mp a ra o Pro g rama Des p o l u i rda Co nfe d e ração Nacional doTra n s p o rte. É sa l u tar sa b e rque a co nfe d e ração nãoestá pre o cupada apenas com os inte resses dos tra n s p o rta d o res.

Erimar Sa n tos Olive i raSão Mateus - ES

PESQUISA

Gostei muito da matéria “Clima de euforia na feira”sobre a Fenatran. A tecnologiaapresentada em alguns modelos é muito original einteressante. Espero que aCNT Transporte Atualpublique mais reportagensque tratem de pesquisas e inovações no quesitotecnologias de segurança da indústria automotiva.

Adriano Ferreira da SilvaSobral - CE

HIDROVIAS

A matéria “Rios com pote n c i a li n ex p l o ra d o”, ve i culada naúltima edição da rev i sta CNTTransporte Atual, traz à tonaa importância de invest i m e n tose pro j etos para que ash i d rovias bra s i l e i ras possa mser mais bem aprove i ta d a s.Além do cu sto mais baixo, em co m p a ração aos outros

“O AQ U EC I M E N TOG LO BAL, TEMAR ECO R R E N T EAT UA L M E N T E ,DEVE SEMPRESER DISCU T I D O ”

modais do tra n s p o rte, aopção para o tra n s p o rte deca rgas via siste m ah i d roviário é uma alte r n a t i vap a ra que o setor possa co l a b o rar com o meio a m b i e n te, uma vez que ae m i ssão de CO2 nesse tipode tra n s p o rte é bem menor.To m a ra que as auto r i d a d esp ossam refl etir melhorso b re o tema e to m e mp rovidências para que ot ra n s p o rte hidroviário setorne uma alte r n a t i vaco n c reta em todo oterritório nacional.

José Souza FilhoBelo Horizonte - MG

ENTREVISTA

M u i to inte ressa n te a e n t rev i sta da edição 147 da rev i sta CNT Tra n s p o rteAtu a l com o diplomataS é rgio Se r ra. O aquecimentoglobal, tema tão re co r re n tenos últimos tempos, deve serd i scutido se m p re. Se r ra est áco r reto ao afirmar que todosnós temos responsabilidadeno que se refe re às d r á st i ca smudanças ambienta i s. É muitobom saber que o Brasil te mse pre o cupado co messa realidade e d ese nvolvido políticas parae nf re n tar as mudançasc l i m á t i ca s, dentre outros

a s p e c tos re l a t i vos ao a q u e c i m e n to global.

H a m i l ton Cáss i oE s m e raldas - MG

PESQUISA

G ostaria de para b e n i zar aCo nfe d e ração Nacional doTra n s p o rte pela pesq u i saro d oviária rea l i zada anualmente.Re p o rtagem de capa da últimaedição da CNT Tra n s p o rte Atu a l,a pesq u i sa most ra, a cada ano,uma realidade que só nossa sa u to r i d a d es não enxe rgam: as i tuação de calamidade que n ossos moto r i stas enco n t ra mpelas est radas do Bra s i l .Co n tu d o, a Pesq u i sa Ro d ov i á r i aCNT é fundamental para pontu a ros tre c h os que mais necess i ta mde cu i d a d os e aqueles que est ã oem bom esta d o. A análise, alémdo leva n ta m e n to das co n d i ç õ esa tuais das malhas ro d oviárias dop a í s, se rve de inst r u m e n to parao r i e n tar os moto r i stas que ta n tosof rem com as más co n d i ç õ esdas ro d ovias bra s i l e i ra s.

C r i stina Helena Sa n tosBelo Horizo n te - MG

DOS [email protected]

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUALAs cartas devem conter nome completo,endereço e telefone dos remetentes

CA RTAS PA RA ESTA S E Ç Ã O

Rua Ed u a rdo Lo p es, 59131 230 -200 - Belo Horizo n te (MG)Fax (31) 341 1 -70 07E-mail: rev i sta c n t @ a cs m i d i a .co m . b r

Por mot i vo de es p a ç o, as mensagens serão selecionadas e poderão sof rer co rtes

Page 9: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 9

rasília (Alô) - A Fundação Getúlio Va rgas pes-q u i sou empres á r i os so b re as ex p e c ta t i va sde 2008 e a maioria respondeu que vai fa tu-rar mais, empregar mais e investir mais. Issoé sinal de que va m os crescer no próximoa n o. O que signifi ca mais ca rga para tra n s-

p o rta r, mais riqueza para esco a r. Está desa ce l e ra n-do a economia america n a? O governo só finge quevai fa zer uma reforma tributária? Não importa. Va-m os fa tu rar mais e ganhar mais. Enquanto ex i stir oe n tusiasmo pelo lucro, vai ex i stir o motor do cresc i-m e n to, do invest i m e n to, do empre g o. Não foi outroo mot i vo do chamado milagre bra s i l e i ro. O Bra s i lc resceu à média de 11,2% ao ano, dura n te três anos,e n q u a n to o mundo crescia 5,4%, porque havia entu-s i a s m o. É essa vo n tade de fa tu ra r, empregar e inves-t i r, às vezes sem outro mot i vo que não o entu s i a s-m o, que faz arra star a bola de fe r ro amarrada nosn ossos ca l ca n h a res, com o rótulo de buro c racia, ex-cesso de leis, excesso de tributos e de Esta d o.

Excesso de Estado, eu escrevi? Desculpem-mepela afirmação impensada. Ao contrário, há carên-cia de Estado. Na segurança, na educação, na saú-de, na justiça, na infra-estrutura. Essa é uma ver-dade óbvia, que não necessita de demonstração.Mas não é só isso. Há o outro lado, em que sobraEstado nas contratações de gente sem concurso -os filiados e afilhados - e nas “bondades’ que vi-ciam, como o Bolsa Família e seus afins. Não voufalar em corrupção, porque o Estado, esse ser im-pessoal, não tem culpa. A culpa é das pessoas quenão tiveram, em casa, família que lhes mostrasseo bom caminho. Para esses, eu desejo, do fundo docoração, um bom regime chinês.

Há dias, eu fazia uma palest ra no Tea t ro Guara-ra p es lota d o, em Re c i fe, quando afirmei que gosta-ria de ver a ca ra da Inf ra e ro e das empresas aérea s,se na crise dos aero p o rtos tivésse m os um bom se r-viço de ve l ozes trens de passa g e i ros. A platéia, demais de 2.000 pesso a s, inte r rompeu-me para aplau-d i r. Vou re p etir mil vezes, se necess á r i o, que a fa l tade trilhos neste Brasil de 8,5 milhões de quilômet rosq u a d ra d os é a maior prova de imbecilidade est ra t é-g i ca dos nossos gove r n os. Ca rgas e passa g e i ros, àmedida que o Brasil cresce, clamam por trilhos.

Cu l p a m os o Esta d o, cu l p a m os gove r n os, mase l es são o nosso es p e l h o. Não nos ente n d e m os noco n d o m í n i o, na asso c i a ç ã o, no sindica to, na co nfe-d e ração e re c l a m a m os que os part i d os políticos sãoi n co e re n tes, que o Exe cu t i vo atrapalha, as leis to-lhem, a justiça se arra sta, os políticos só pensam emsi, o Co n g resso nada reso l ve. Mas nós não co n se g u i-m os perceber que tudo funciona melhor quando oi n te resse de to d os se so b repõe aos egoísmos. A ini-c i a t i va privada, no enta n to, tem uma va n tagem so-b re o Esta d o. Sabe o quanto cu sta o tra b a l h o, o in-vest i m e n to, o tributo, a pro d u ç ã o, o armaze n a m e n-to, o tra n s p o rte. Os gove r n os sa b e m? Podem até sa-b e r, mas em geral não se importam. Pa ra provar isso,b a sta co m p a rar uma Vale esta tal e uma priva d a .Uma siderúrg i ca esta tal e uma privada. Uma est ra d ap ú b l i ca e uma priva t i za d a .

Somos o país das oportunidades perdidas. Porisso o futuro nunca chega. Neste momento, come-ça a se esgotar mais uma oportunidade: a de ter-mos aproveitado uma época boa, de bonança naeconomia, de equilíbrio nas contas públicas, parareduzir os impostos.

O futuro e aso p o rt u n i d a d es

B

ALEXANDRE GARCIA

“Nós não conseguimos perceber que tudo funciona melhorquando o inte resse de to d os se so b repõe aos egoísmos”

0PINIÃO

Page 10: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

ENTREVISTA MARIO CESAR MANTOVA N I

Aqualidade do dieselbrasileiro beira o caos.O índice de enxofreadicionado ao produto

está em níveis muito mais eleva -dos que o dos países desenvolvi -dos e o estabelecido em paísesvizinhos como o Chile e o México.A prática é mais um agravantepara a situação ambiental, ele -vando as emissões de CO2 em ci -dades brasileiras que já apresen -tam uma situação limite de po -luição. O tema é o foco da repre -sentação que entidades ambien -tais e da sociedade civil impetra -ram junto ao Ministério Público ea Procuradoria Geral da Repúbli -ca. O coordenador da medida ju -rídica, Mario César Mantovani,diretor de Mobilização da Funda -ção SOS Mata Atlântica, acreditaque a representação possa re -verter o modo de operação daPetrobras, responsável única edireta pela qualidade do com -bustível usado no país, além deconscientizar a população sobre

maneiras viáveis de se reduziras emissões de CO2. Nesta entre -vista à CNT Transporte Atual,Mantovani comenta ainda o Pro -grama Despoluir, lançado pelaConfederação Nacional doTransporte. Para ele, o trabalha -dor do setor de transporte tempapel fundamental na dissemi -nação das informações ligadasao meio ambiente.

Por que esta representa-ção questionando a qualidadedo diesel brasileiro?

As pessoas tendem a co n d e-nar o tra b a l h a d o r, o ca ra quefi ca nos co n g est i o n a m e n tosnas re g i õ es met ro p o l i ta n a s.Mas a res p o n sabilidade é dosd i r i g e n tes da Pet ro b ra s, unica-m e n te. Um ca m i n h o n e i ro hojen os co n g est i o n a m e n tos nas re-g i õ es met ro p o l i tanas abso rveo equiva l e n te a fumar seis ci-g a r ros. O trabalhador e as pes-soas estão se co n ta m i n a n d o.E ssa discu ssão está vindo ago-

ra porque a Pet ro b ras faz pro-paganda de que é suste n t á ve l ,mas na realidade não é. Te n tab u scar subte r f ú g i os na lei, nasagências re g u l a d o ra s, mas nãocu m p re a lei ambiental. A Pe-t ro b ras busca refúgio na ANP(Agência Nacional de Pet r ó l e o) ,mas não basta. É como se re-so l vesse fa zer um aero p o rto efa l a sse que vai dar sa t i sfação àAnac (Agência Nacional deAviação Civil), mas a ninguémda área ambiental. Está clara-m e n te ex p resso que quem res-ponde pelas leis ambientais é oConama (Co n selho Nacional deMeio Ambiente) e a Pet ro b ra snão quer dar sa t i sfação ao ór-g ã o. Nós acháva m os que asagências seriam um meio efi-c i e n te e hoje se most ram ins-t r u m e n tos vulneráve i s.

Quais são os índices de en-xofre no diesel hoje e o quemanda a lei?

As emiss õ es de enxof re

são medidas por ppm (partepor milhão). São matériasp a rt i culadas medidas no pro-d u to. O que manda a lei bra s i-l e i ra é que esse nível seja de500 ppm nas re g i õ es met ro-p o l i tanas e de 2.000 ppm noresto do país. Enquanto isso,a norma européia já está fa-lando de 10 ppm e o México jáu sa 50 ppm. Mas nosso índiceestá em 2.000 ppm. Sa b e m osque não estão cu m p r i n d onada. É como se você dissesseque o pulmão do bra s i l e i ropode suportar isso.

Você pode dar mais exem-plos do índice de enxofre forado Brasil?

A Eu ropa vai para 10 ppma g o ra. A partir de 2008, osE sta d os Unidos usarão 15ppm, o México e o Chile ta m-bém estão indo para 15 ppm.O Brasil é o pior exemplo dequalidade do diesel, porq u enão cu m p re a legislação.

B RAS I L E I ROS CO N TA M INA DP O R ANA CRISTINA D’ ANGELO

"Qualquer motor pode ser adapta d o, não tem um cu sto eleva d o. O diesel bom vai, i na perfo r m a n ce do moto r. Mas se tiver que importar moto r, é melhor do que t r

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14810

Page 11: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

A Petrobras é a única res-ponsável?

É. Não há como fugir, é mo-nopólio.

E os motores dos veículosbrasileiros podem receber odiesel de qualidade, com me-nor índice de enxofre?

Qualquer motor pode se ra d a pta d o, não tem um cu sto ele-va d o. O diesel bom vai, inclusive,m e l h o rar a perfo r m a n ce do mo-to r. Mas se tiver que importa rm oto r, é melhor do que tro ca rp u l m ã o.

Quais entidades assinam aresolução?

O pessoal da Fa culdade deSaúde Pública (da Unive rs i d a d ede São Pa u l o), a OA B, o Gre e n p ea-ce, muita gente que está co m e-çando a perceber o que está se n-do fe i to. E o trabalhador que est álá no caminhão acaba pagandouma co n ta que não é dele. Ele év i sto como vilão, mas você co n-

dena o ca ra que é o fim de uma li-nha, não o mal enca r n a d o. Pa rase ter uma idéia da poluição not r â n s i to em São Pa u l o, hoje na re-gião ce n t ral as pessoas abso r-vem to d os os pro d u tos químicose q u i va l e n tes a três cigarros.

Qual o instrumento jurídi-co usado?

É uma re p rese n tação junto aoConama com base no Índice deSu ste n tabilidade Empresa r i a l ,que condicionou a Pet ro b ras acumprir essa dete r m i n a ç ã o. Que-re m os most rar também para oi nvestidor da Pet ro b ras que eleestá sendo sócio disso e esta m osfa zendo pressão junto ao Minis-tério Público. Fize m os ainda umareunião com a Pro cu radoria Gera lda Re p ú b l i ca .

E a gasolina e álcool usa-dos pelos carros, qual o índi-ce de poluição hoje?

Hoje muito menos que antes,a tecnologia tem mostrado queé possível reduzir as emissões.O diesel preocupa muito mais.

A SOS Mata Atlântica estáenvolvida em outros progra-mas para reduzir emissões depoluentes?

Nós participamos do NossaSão Paulo e do programa dedespoluição do rio Tietê. Um ja-caré apareceu nesse rio e issodesencadeou uma mobilizaçãoi n c r í vel, não sei quantas milp essoas part i c i p a ram, foi omaior abaixo-assinado da histó-ria e com isso foram obtidosUS$ 2,6 bilhões em 30 anos para

despoluir o Tietê. Nessas gran-des campanhas há uma catarseco l et i va em que as pesso a sacordam para alguns temas. Agente está esperando que comessa representação questionan-do a qualidade do diesel tam-bém haja esse despertar coleti-vo porque não é possível vocêaceitar essa morte invisível. Nósfi ze m os há alguns anos umacampanha chamada Des p e rtaSão Paulo em que distribuíamoslençóis para pendurar do ladode fora de casa, uma idéia que agente trouxe da Itália. Você dei-xa o lençol um tempo do lado defora de casa e depois você olhaa sujeira da poluição impregna-da no tecido. Olha esse lençol oque tem! Por que as pessoasnão percebem a fuligem, não

INA D OS

i, i n c l u s i ve, melhora re t ro car pulmão"

FOTOS TÂNIA RÊGO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 11

Page 12: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

passam a mão nos móveis, nacortina para ver. Essa campanhateve um impacto muito grande,há uns cinco anos.

E em questões ligadas aotransporte?

Nós hoje somos do comitê demeio ambiente do Nossa SãoPa u l o, des p e rta m os para aquestão do rodízio porque tododia você tem 500 carros novosrodando, isso é impossível. SãoPaulo vive no limite de qualida-de de água, de desperdício, agente joga 30% de água tratadafora. Tem o desperdício de áreaverde, o problema do esgoto,

i sso é medieval em algumasáreas. Você tem 17 milhões depessoas, 35 municípios, tudo éno limite. O estresse é no limite,o congestionamento é no limite.O que atrai gente a essa cidade?Pelo dinheiro você arrisca suavida? É esse tipo de coisa quevamos ter de pensar. A gentequer chamar a atenção paraisso. Isso é do ponto de vista fí-s i co, do seu re l a c i o n a m e n tocom a cidade. Quando você olhaos indicadores de mudanças cli-máticas, aumentos em não seiquantos graus, o mundo em pe-rigo, só em São Paulo hoje vocêtem entre bairros diferenças de

8ºC na temperatura. Tem umtrabalho que a gente fez, publi-cado em 1988, que se chamava“Ilhas de Calor”, mostrando es-sas diferenças absurdas de tem-peratura dentro da própria cida-de. Na linha de “Não Verás PaísNenhum” (livro de Ignácio deLoyola Brandão).

A preocupação inicial daSOS se ampliou então?

Claro. Mas continuamos lu-tando para preservar os 7% res-tantes da Mata Atlântica. Imagi-na, você reduz uma floresta a7% da área original. Chegamoshá uns anos atrás a destruir oequivalente a um campo de fu-tebol a cada quatro minutos. Afloresta produz água para a ci-dade, garante a questão climáti-ca para a cidade, é um termos-tato, como se fosse uma gela-deira. Nós tentamos relacionara floresta com o dia-a-dia daspessoas para mudar o sentidodas coisas, alterar as situaçõeslimites e não criar mais um indi-cador de degradação. Então es-tamos tentando fazer as pes-soas entenderem a Mata Atlân-tica, a importância da existên-cia da floresta para garantir avida da cidade.

Para 2008 o que está pro-gramado?

A gente quer chamar a aten-ção do eleitor para cobrar dos

candidatos coisas como essasque esta m os co nve rsa n d o, jáque é ano eleitoral. E as áreasverdes? Vai dar isenção de im-p ostos para quem mantive rárea verde? Se a população nãoreagir, vai sempre ficar aquelecara que leva vantagem colo-cando família para morar emvale, área de rio, condenando aspessoas a permanecerem nessas i tu a ç ã o. Vão permanecer osque pensam que preservar meioambiente impede o progresso.Vamos fazer a plataforma am-biental para prefeitos e verea-dores, plantando árvores. Hojemais de 10 mil pessoas plantamárvores diariamente através donosso site (www.sosmatatlanti-ca.org.br).

O que você acha do Pro-grama Despoluir?

Hoje a situação ambiental étão grave que cada um deve fa-zer sua parte. Eu sou ambien-talista, tem gente fazendo tra-b a l h os na unive rs i d a d e, te mquem vai para rua protestar.Então aí está a importância dosetor de transporte conscienti-zar, por exemplo, os emprega-dos. Os caminhoneiros cruzamo país de fora a fora e vão le-vando essa informação, genteque vai somando iniciativa s.Acho importante então a CNTinformar e levar adiante essacampanha. ●

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14812

“ N osso índice está em 2.000 ppm. Sa b e m os que o país não está cumprindo alei. É como se você dissesse que o pulmão do bra s i l e i ro pode suportar isso”

C R Í T I CA M a n tovani desa p rova a atuação das agências re g u l a d o ra s

Page 13: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 13

MAIS TRANSPORTE

A 4ª edição da Mara tona deEficiência Energ é t i ca foi rea l i zada em nove m b ro, em SãoPa u l o. A campeã da ca te g o r i ag a solina foi a equipe daU n i ca m p, com um prot ó t i p ocom a ca renagem fe i ta a basede fi b ras e resina de bananeira .Na ca tegoria elétrico, ve n ceu aequipe da Unive rsidade Fe d e ra lde Sa n ta Maria (RS), com ump rotótipo com a est r u tu ra to d afe i ta em bambu. Na ca te g o r i ap ro j etos de ve í cu l os, a Ulbra ,também gaúcha, foi a pre m i a d a .Mais info r m a ç õ es: w w w. m a ra to n a d a efi c i e n c i a .co m .b r

A Abiquim (A ssociação Bra s i l e i rada Indústria Química) rea l i zo u ,em nove m b ro, em São Pa u l o, o 4ºWo r kshop Pa rce i ros da Atu a ç ã oRes p o n s á vel. A pro g ra m a ç ã oincluiu palest ras so b re biodiese l ,g estão suste n t á vel e invest i g a ç ã ode acidentes de trânsito, além de aprese n tação so b re preve n ç ã odo uso de drogas e álcool no t ra n s p o rte. Os part i c i p a n tes a n a l i sa ram a aplicação do p ro g rama Atuação Res p o n s á ve ln os fo r n e ce d o res da indúst r i aq u í m i ca nas áreas de importa ç ã oe ex p o rta ç ã o, tra n s p o rte, d i st r i b u i ç ã o, armaze n a g e m ,l o g í st i ca e se rv i ç os demeio ambiente.

P RO D U TOS QUÍMICOS

Oe m p resário Flávio Be-n a tti foi eleito pres i-d e n te da NTC& Lo g í st i-

ca para o mandato 20 0 8 -20 1 0. A posse simbólica e so-lene de Be n a tti foi uma dasa t ra ç õ es do 10º Prêmio NTCFo r n e ce d o res do Tra n s p o rte20 07, rea l i zada no dia 23 den ove m b ro, no Tom Brasil, emSão Pa u l o.

P res i d e n te da Fetces p( Fe d e ração das Empresas deTra n s p o rte de Ca rgas do Es-tado de São Pa u l o) e da se-ção de tra n s p o rte de ca rg a sda Co nfe d e ração Nacional

do Tra n s p o rte, Be n a tti ass u-me a ca d e i ra de seu ante-cessor na NTC, Geraldo Vi a n-na, no dia 2 de janeiro próxi-m o. Ele anunciou em se up r i m e i ro discu rso público,após a eleição, que o princi-pal objet i vo de sua gest ã oserá “o de trabalhar parauma maior inte g ração na-cional, principalmente naá rea co m e rcial das empre-sas de tra n s p o rtes”.

Uma de suas pro p ostas é“ l evar o suporte técnicoque a entidade dispõe acada empresário do seto r

p a ra se rvir de inst r u m e n top a ra o ganho de pro d u t i v i-d a d e, de qualidade e de re-s u l tado na sua atividadee m p resarial”.

A festa de entrega dasMedalhas de Mérito doTra n s p o rte - N TC e dos ve n ce-d o res do 10º Prêmio NTCFo r n e ce d o res do Tra n s p o rte20 07 co n tou com a prese n ç ade 800 co nv i d a d os, de to d a sas re g i õ es do país. A re l a ç ã odas empresas ve n ce d o ra sda 10ª edição do Prêmio NTCpode ser co nferida no site :w w w. n tce l o g i st i ca .o rg . b r.

FLÁVIO BENATTI ASSUME A NTC&LOGÍSTICA

NTC&LOGÍSTICA/DIVULGAÇÃO

MARATONA

Page 14: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14814

MAIS TRANSPORTE

Refill para pneus de ca rg a

AMichelin anunciou, nodia 27 de nove m b ro, emsua fábrica em Bet i m ,

Minas Gera i s, o lançamento deum pro d u to inova d o r: o Refi l l ,que visa aumentar a vida útil dopneu de ca rga, desa fiando umaopção já inco r p o rada na cu l tu rab ra s i l e i ra - a re capagem. Tra ta -se de um se rviço exc l u s i vo paraa ca rcaça Michelin com te c n o l o-gias de durabilidade dese nvo l-vidas pela empresa. Se g u n d op esq u i sas fe i tas pela Michelincom o Refill, o re n d i m e n to qui-l o m é t r i co do pneu será superiora 40%, se co m p a rado à atu a lofe rta do merca d o, além de fa-zer o pneu usado fi car novo.

O diretor co m e rcial de pneusde ca rga da Michelin Américado Sul, Nour Bo u h a ssoun, ga-ra n te que o destaque do Refill éo fa tor eco n ô m i co. “O res u l ta d oé uma economia inédita no cu s-to por quilômet ro rodado para oc l i e n te e maior va n tagem co m-p et i t i va no mercado de tra n s-p o rtes”, diz. Pa ra aplicação doRefill, a ca rcaça Michelin é sub-m etida a uma espécie de testeque valida sua condição parare ceber uma banda de ro d a-gem, com co m p osto de borra-cha dife re n c i a d o.

A banda recebe dois tiposde borracha, o que proporcio-na menor aquecimento da car-caça, garantindo mais vida aopneu. De acordo com o diretorcomercial, com o novo serviço,a carcaça do pneu de cargaterá “três vidas totais com amesma qualidade”.

A empresa introduziu umS i stema de Informação quep oss i b i l i ta o aco m p a n h a-m e n to do pneu dura n te sua

vida útil. O sistema, ao ra s-t rear o pro d u to, permitirá oa co m p a n h a m e n to individualdas ca rcaças em todas asetapas do pro cesso, re g i st roe co n t role da garantia, alémdo aco m p a n h a m e n to à dis-tância de cada licenciado Mi-chelin. A previsão é que oRefill tenha um cu sto até10% mais ca ro que a re ca p a-gem co nve n c i o n a l .

(Por Letícia Simões)

N OV I DA D E Michelin diz que Refill eleva economia dos pneus

Bi o g ra fia de Ayaan Hirsi Ali, mulher muçulmana que desa fiou os líderes re l i g i ososda Somália, seu país natal, e as bruta l i d a d esque sof reu até se tornar uma das pesso a smais infl u e n tes do mundo, segundo a “Ti m e”. De Ayaan Hirsi Ali. Ed. Companhia das Let ra s, 504 págs, R$ 49

H i stória do co m b u st í vel desde os te m p os da ca n a - d e -a ç ú car até o atu a lm o m e n to de sucesso mundial. O livro t raz tabelas com esta t í st i cas variadas e co n s i d e ra ç õ es técnica s.De J. Natale Netto. Ed. N ovo Sécu l o, 343 págs, R$ 55

INOVAÇÃOA n á l i se dos principais livros e e n sa i os de Gilberto Frey re, de forma a re co n struir a formação do i n te l e c tual e de sua influência na h i sto r i o g ra fia bra s i l e i ra .De Guillermo Giucci e EnriquetaL a r reta. Ed. Re co rd, 658 págs, R$ 80

MICHELIN/DIVULGAÇÃO

Page 15: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 15

DUKE

F RA N C I SCO MADEIRA

O ca rtu n i sta foi se l e c i o n a d oem to d os os sa l õ es dehumor que participou noB rasil e no ex te r i o r, re cebendo dive rsos p r ê m i os. Publicou os livros"Uma 'Doze' de Humor"(co l et â n ea de charg es de 12 ca rtu n i stas mineiros), "As Ave n tu ras de Xa n d e"( h i stória em quadrinhosfe i ta em parceria com o ca rtu n i sta Lo r), "Pa ra Zo a rAt l et i ca n o" e “Pa ra Zo a rC r u ze i re n se”, livros depiadas fute b o l í st i cas emp a rceria com o jornalista e humorista Mário Brito.

CHARGE PREMIADAA charge ve i culada naedição 147 da rev i sta C N TTra n s p o rte Atu a l , de a u toria do ca rtu n i sta ei l u st rador mineiro Ed u a rd od os Reis Eva n g e l i sta, o Duke,re cebeu o primeiro lugar no 3º Salão de Humor dePa raguaçu Pa u l i sta (SP), na ca tegoria ca rtum. O eve n to, rea l i zado no dia 15de nove m b ro, re cebeu, estea n o, 1.412 tra b a l h os de 40p a í ses. Duke, natu ral de Belo Horizo n te, é fo r m a d opela Escola de Belas Artesda UFMG, com es p e c i a l i za ç ã oem Cinema de Animação.

P E D RO D E AQ U I N O

ENTREVISTA

D esempenho ro b u stoP O R LETÍCIA SIMÕES

Em 2007, a Ford Caminhões comemora 50 anos da produção de seu primeiro caminhão brasileiro. Junto àscomemorações, a montadora anunciou, durante a Fenatran2007, investimentos em toda a América do Sul. O gerente deMarketing da Ford Caminhões, Pedro de Aquino, falou à CNT Transporte Atual sobre as novidades da empresa.

As vendas de caminhões da montadora cresceram, noprimeiro semestre deste ano, 38,9%. Quais açõesforam significativas para tal crescimento?O maior fator, claro, foi o crescimento do próprio mercado,de 28% no mesmo período. Mas a Ford cresceu mais,ganhando participação de mercado. As principais ações quepermitiram esse desempenho foram o lançamento de doisnovos modelos: o Cargo 712 e o Cargo 4532e. Outro fator foi a expansão da Rede de Distribuidores exclusivos de caminhões. Agora, já são 88 distribuidores exclusivos,especializados em caminhões, espalhados por todo o Brasil.

Por que a montadora optou pela ampliação da linhaCargo?O Cargo 712 chegou para reforçar a sua posição de liderança no segmento de veículos comerciais leves nomercado brasileiro. As dimensões compactas do veículoasseguram boa capacidade de manobra em espaços curtos.Ao mesmo tempo, seu balanço dianteiro mais curto permiteacomodar uma plataforma maior de carga. A principal novidade do Cargo 4532e MaxTon é o transporte de 1.550 kg a mais de carga, que eleva a sua capacidade de tração para 45.150 kg.

Como o investimento de R$ 300 milhões será aplicadona América do Sul?Será aplicado nos próximos cinco anos, principalmente nodesenvolvimento de novos produtos, no crescimento eprofissionalização da rede de distribuidores de caminhõese na melhoria da fábrica, incluindo o aumento da capacidade de produção. O investimento principal será no desenvolvimento de novos produtos, devendo atingir a maioria dos segmentos do transporte no Brasil e na América do Sul.

P E D RO DE AQUINO

“Ag o ra, já são 88 dist r i b u i d o res exc l u s i vos, es p e c i a l i za d osem ca m i n h õ es, es p a l h a d os por todo o Bra s i l ”

Page 16: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

SUCESSO COMP

Com um recorde nonúmero de inscri-ções neste ano, oPrêmio CNT de Jor-

nalismo foi entregue no dia28 de novembro, em uma fes-ta prestigiada no Marina Hall,em Brasília. A apresentação

ficou a cargo do jornalistaChico Pinheiro, da TV Globo, eo público presente, formadopor autoridades, representan-tes do setor de transportes ejornalistas, assistiu, no encer-ramento, ao show da cantoraElba Ramalho.

O vencedor do Grande Prê-mio foi Rodrigo Cavalheiro, do

jornal “Zero Hora” (RS), com amatéria “Propina na Ruta 14”,que revelou a extorsão de mo-toristas brasileiros por poli-ciais rodoviários argentinosem uma estrada na fronteiraentre os dois países. O gaúchode 29 anos recebeu R$ 30 milpelo trabalho. A reportagemfoi feita em parceria com o

jornal argentino “Clarín”. Cavalheiro conta que, mes-

mo com todos os equipamen-tos do veículo em perfeitascondições, o motorista eraobrigado a pagar uma propinapara ser liberado na Ruta 14,que liga Uruguaiana (RS) eBuenos Aires. “Essa históriasempre foi comentada, mas o

MÍDIA

PREMIADOS Jornalistas agraciados com o Prêmio CNT de Jornalismo, que este ano registrou 339 trabalhos inscritos, um recorde

POR RAFAEL PAIXÃO

RECORDE DE INSCRIÇÕES EM SUA 14ª EDIÇÃO ATESTA O PRESTÍGIO NA IMPREN

Page 17: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 17

ROVADO diferencial da matéria foimostrar que, ao pagar o pri-meiro suborno, o motoristarecebia um comprovante queservia como um salvo-condu-to para aquele dia na estrada.Ou seja, ele só pagava umapropina por dia”, diz.

A matéria teve repercus-são imediata. “Recebi 400 e-

mails, em um mês, de brasilei-ros que passaram por essa ex-periência. Além disso, o go-verno argentino instalou câ-meras nos postos de fiscaliza-ção e demitiu seis policiaisenvolvidos.”

Na categoria Internet, oganhador foi Antônio Biondi,do site Agência Carta Maior,

com a série de reportagens“SP (quase) parada”. A maté-ria revelou que, se nada forfeito para resolver os proble-mas do trânsito na cidade,São Paulo vai parar até 2012.“O setor de transportes hoje éum dos maiores gargalos dopaís. É muito difícil andar emSão Paulo”, afirma o paulista-no de 29 anos, que ganhou R$10 mil – o mesmo valor foidado aos vencedores nas ou-tras categorias.

Biondi elogia a iniciativada CNT em premiar reporta-gens que abordam o transpor-te. “O prêmio é um incentivoàs reportagens bem-feitas eaos jornalistas que trabalhampara a sociedade, que podecobrar soluções depois de vermatérias como essa.”

Reportagem sobre as con-dições de trabalho dos moto-ristas de ônibus interesta-duais deu aos jornalistas Pau-lo Renato Soares e FranciscoRegueira, da TV Globo-RJ, oPrêmio CNT na categoria Tele-visão. Quatro reportagens re-velaram a sobrecarga de tra-balho, o consumo de drogas eo excesso de velocidade porparte dos condutores. Ima-

gens mostraram motoristasdormindo enquanto dirigiam,colocando a vida dos passa-geiros em risco. Os jornalistasdivulgaram que um estudo naUnifesp (Universidade Federalde São Paulo) demonstrouque 43% dos condutores deônibus sentem sono nas via-gens e 16% admitem cochilarvárias vezes no trajeto. “De-pois da matéria, as empresasmudaram alguns procedimen-tos e a Câmara tirou da gave-ta o projeto que regulamentaa carga horária dos motoris-tas de ônibus interestaduais”,diz o paulistano Soares, de 37anos. “Estamos orgulhosos doprêmio, que a cada ano estácom uma qualidade melhor ecom mais inserção. Além dis-so, o prêmio faz com que o as-sunto da matéria volte a serdiscutido”, afirma Soares,parceiro do mineiro Regueira,de 26 anos.

Na categoria Rádio, a agra-ciada foi Carolina Ercolin, daRádio Bandeirantes de SãoPaulo, com a reportagem “Ca-minho alternativo”, sobre osmeios de condução aos quaiso paulistano apela para fugirdo trânsito. Por três semanas,

na história da premiação, o que comprova a sua importância na imprensa

FOTOS JÚLIO FERNANDES/CNT/DIVULGAÇÃO

SA DO PRÊMIO CNT DE JORNALISMO

Page 18: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

FOTO G RAFIA M á rcia Fo l etto (Oa premiação de Rodrigo Vi l a ç a ,Seção de Tra n s p o rte Fe r rov i á r i

TELEVISÃO Paulo Re n a to e FrRe g u e i ra (TV Globo-RJ) re ce b e mde Flávio Be n a tti, pres i d e n te dde Tra n s p o rte de Ca rgas da CN

ela andou de bicicleta, ca r ro-ça, helicópte ro, balsa e a pép a ra most rar que nem só deca r ro, ônibus e metrô é poss í-vel se des l o car pela cidade.

“ To d os esses meios era mmais rápidos e dive rt i d os.Pe rcebi que tem muita gentel o u ca nesse mundo”, diz ap a u l i stana de 26 anos. Ela de-m o n st rou que, para andar 15km de ca r ro, o morador deSão Paulo pode gastar atéuma hora e meia. “A matériam ost rou que qualquer umpode escolher ca m i n h os al-te r n a t i vos.” Pa ra ela, é uma“ h o n ra que uma co m i ssão fo r-mada com gra n d es profi ss i o-nais da área” tenha esco l h i d osua re p o rtagem como a me-lhor do ano.

A foto em que pessoas ti-ve ram de se abaixar para nãoser atingidas por tiros numt rem do Rio de Janeiro deu aM á rcia Fo l etto, do jornal “OG l o b o” (RJ), o segundo Prê-mio CNT da sua ca r re i ra. Emsete m b ro deste ano, os minis-t ros Márcio Fo rtes (C i d a d es) ePe d ro Brito (Po rtos) fo ram aoRio de Janeiro para a inaugu-ração das obras de rev i ta l i za-ção do acesso fe r roviário aop o rto da cidade. No tra j eto, ot rem em que estavam auto r i-d a d es e jornalistas foi alve j a-do por tiros de tra fi ca n tes dafavela do Jaca rez i n h o. “To d ost i ve ram que se abaixa r, inclu-

s i ve eu, mas quando eu viaquelas pessoas no chão mel eva n tei por inst i n to e tirei afoto”, diz a gaúcha de 39a n os. Em 20 03, ela co n q u i sto uo prêmio por uma foto em queum urubu estava próximo deum av i ã o.

Uma ra d i o g ra fia do ca osn os aero p o rtos bra s i l e i rosdeu a Leila Su w wan de Fe l i p e,do jornal “Folha de S. Pa u l o” ,o prêmio na ca tegoria MídiaI m p ressa. A re p ó rter Ve raM a g a l h ã es re cebeu o prêmioem nome de Leila, que estavaem um co m p ro m i sso profi s-sional. Ve ra leu uma ca rta emque a ve n ce d o ra lamentavanão estar prese n te, e que di-zia que o jornal aposto unuma re p o rtagem que levo um eses para ser fe i ta .

N este ano, a CNT criou oPrêmio Especial de Meio Am-b i e n te e a ve n ce d o ra foi aequipe da TV Globo de Bra s í l i apela matéria “Ag ro e n e rgia”. Ad i reto ra de Jornalismo dae m i sso ra, Silvia Faria, re ce b e uo prêmio, desta cando que oB rasil pode assumir a lidera n-ça do mercado de bioco m b u s-t í veis no mundo. Ela ressa l to uque a re p o rtagem envo l ve up rofi ssionais de Brasília, SãoPa u l o, Rio de Janeiro, Fra n ç ae Esta d os Unidos.

E sta foi a 14ª edição doPrêmio CNT de Jornalismo,que tem como meta prest i g i a r

os tra b a l h os jornalíst i cos qued esta cam o papel fundamen-tal do tra n s p o rte no dese nvo l-v i m e n to eco n ô m i co, so c i a l ,p o l í t i co e cu l tu ral do país eressa l tam dife re n tes aspectosl i g a d os ao tema, além dea p o n tar os problemas e as so-l u ç õ es para o seto r.

N este ano, 339 tra b a l h osfo ram insc r i tos, co n t ra 275em 2006, o que revela o pres-tígio cada vez maior do prê-m i o. “Em 20 07, o prêmio cres-ceu muito, não só em quanti-d a d e, com um aumento de50% na insc r i ç ã o, como naqualidade das re p o rta g e n s.Além disso, criamos o PrêmioEspecial de Meio Ambiente,que é uma pre o cupação daC N T. Nosso objet i vo maior ép remiar os melhores tra b a-l h os jornalíst i cos que mos-t rem a realidade da área det ra n s p o rtes, seja ela boa our u i m”, declarou o pres i d e n teda CNT, Clésio Andra d e.

N esta edição, os jura d os fo-ram a jornalista Cláudia Bo m-te m p o, da TV Globo, Ca r l os Za-r u r, jornalista, professor e ex-p res i d e n te da Ra d i o b r á s, Da-niel Christ i n o, ambienta l i sta ,fi l ó sofo e jornalista, Paulo Cé-sar Marq u es, professor titu l a rde mest rado e douto rado doP ro g rama de Tra n s p o rtes daU n i ve rsidade de Brasília, e Vi-valdo So u za, professor e jor-n a l i sta da “Folha de S. Pa u l o” .

“Em 20 07, o prêmio cresceu muito, não só em q u a n t i d a d e, co m o nC L É S I O A N D RA D E, PRESIDENTE DA CNT

PRÊMIO CN TVEJA QUEM SÃO OS V

Page 19: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 19

o (O Globo) re ce b eaça, pres i d e n te daiário da CNT

RÁDIO Ca rolina Ercolin (Rádio Ba n d e i ra n tes)re cebe o prêmio de Glen Gordon Findlay, p res i d e n te da Seção de Tra n s p o rteAq u aviário da CNT

ESPECIAL MEIO AMBIENTE Silvia Faria, diretoraregional da Rede Globo Brasília, recebe o prêmiode Otávio Vieira da Cunha, presidente da Seçãode Transporte de Passageiros da CNT

e Fra n c i scobem o prêmioe da Se ç ã o CNT

MÍDIA IMPRESSA Vera Magalhães recebe oprêmio por Leila Suwwan de Felipe (Folhade S.Paulo) das mãos de Newton Gibson,vice-presidente da CNT para Transporte de Cargas

INTERNET Antônio Biondi (Agência Ca rtaM a i o r) re cebe a premiação de José Fiorava n t i ,v i ce - p res i d e n te da CNT para Tra n s p o rta d o resAu t ô n o m os, de Pessoas e de Be n s

G RANDE PRÊMIO Rodrigo Cava l h e i ro (Ze roH o ra) re cebe a premiação de Th i e rs Fa tto r iCosta, pres i d e n te de honra da CNT

o na qualidade das re p o rta g e n s”

N T DE JORNALISMO 20 07S VENCEDORES:

Page 20: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

ORDEM DO MÉRITO

ACo nfe d e ração Nacio-nal do Tra n s p o rtea g raciou dive rsas per-

so n a l i d a d es no dia 28 de no-ve m b ro o, no Memorial JK, emB rasília, com a Ordem do Mé-r i to do Tra n s p o rte Bra s i l e i ro.A co n d e co ração homenageiaa n u a l m e n te pessoas que co n-t r i b u í ram com suas açõesp a ra o dese nvo l v i m e n to dosetor de tra n s p o rte no Bra s i l .A Ordem do Mérito do Tra n s-p o rte Bra s i l e i ro, inst i tuída em1 9 92, é uma homenagem daCo nfe d e ração Nacional doTra n s p o rte a pessoas física sou jurídicas que se desta ca mpela prestação de se rv i ç os aoseto r, em quaisquer de suasm o d a l i d a d es.

O Pa t rono da Ordem do Mé-r i to do Tra n s p o rte Bra s i l e i ro éo ex- p res i d e n te da Re p ú b l i ca ,J u scelino Ku b i tschek de Oli-ve i ra, que teve seu gove r n om a rcado pela co n strução deest ra d a s, implantação da in-d ú stria auto m o b i l í st i ca nop a í s, a co n strução de Bra s í l i ae por dive rsas ações que re-s u l ta ram no dese nvo l v i m e n todo setor de tra n s p o rtes. Po ri sso, a Ordem do Mérito doTra n s p o rte Bra s i l e i ro é ta m-bém chamada de “MedalhaJ K” e entregue no MemorialJK. Pa rt i c i p a ram da ce r i m ô n i ap e rso n a l i d a d es do meio políti-co e empresarial e lidera n ç a sdo setor tra n s p o rta d o r. ●

CNT ENTREGA MEDALHA J

Valdemar Be r n a rdino da Silva re ce b e ade Thiers Fattori Costa

Pe d ro Ro b e rto Olive i ra Almeida é co n d e co rado por Th i e rs Fa ttori Costa

Rob e rto Sffair (filho de Hélio Sffa i r) cCosta

A n tonio de Olive i ra Fe r re i ra co m TCosta, presidente da honra da CNT

Fernando Fe r re i ra Be c ker com o pres i d e n te da CNT, Clésio Andra d e

Karina Araújo (filha de Jésu Ignácio de Araújo) ao lado deThiers Fattori Costa

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14820

Page 21: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

MEDAL-V EJA QUEM SÃO OS AG RAC I A D OSG R Ã - C RUZ• D e p u tado Mauro Lo p es

G RANDE OFICIAL• Vi c torino Aldo Sa cco l• Paulo Sérgio Ribeiro da Silva• Fernando Fe r re i ra Be c ke r

O F I C I A L• A n tonio de Olive i ra Fe r re i ra• J osé Luiz Ribeiro Gonçalves• M o a cyr Bo n e l l i• Pe d ro Ro b e rto Olive i ra Almeida• Valdemar Be r n a rdino da Silva• Jaime Gomes da Silve i ra

OFICIAL (POST MORT E M )• Jésu Ignácio de Ara ú j o• Hélio Sffa i r• Armando de Medeiros Hinds

A JK

e a medalha JK

Tânia Mara Gouveia Leite (viúva de Armando de MedeirosHinds) recebe medalha das mãos de Thiers Fattori Costa

r) com Thiers Fa tto r i

m Th i e rs Fa tto r i

Jaime Gomes da Silveira é homenageado com a medalhaJK pelas mãos de Thiers Fattori Costa

J osé Luiz Ribeiro Gonçalves é co n d e co rado porTh i e rs Fa ttori Costa

D e p u tado Mauro Lo p es co nve rsa com o deputa d oCamilo Co l a

Vi c torino Aldo Sa ccol com o pres i d e n te da CNT,Clésio Andra d e

Moacyr Bonelli é agraciado pelas mãos de ThiersFattori Costa

Page 22: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14822

Page 23: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

F I CAR NA HISTÓRIA

Os combustíveis alternativos en-traram definitivamente na pau-ta dos assuntos mais importan-tes de 2007, ano em que os aler-

tas sobre o aquecimento global e as con-seqüências das mudanças climáticas fo-ram oficializados pelo relatório alarmantedo IPCC (Painel Inte rg ove r n a m e n tal deMudanças Climáticas) da ONU (Organiza-ção das Nações Unidas). Apesar de quasetudo indicar que a humanidade está per-dendo a corrida contra o tempo para sal-var o planeta, quem olha para a frenteconsegue enxergar uma luz no fim do tú-nel. No Brasil e no mundo, a pesquisa e ouso de fontes de energia menos poluido-ras do que os combustíveis fósseis ganha-ram espaço, inclusive no setor de trans-portes, que é um dos principais consumi-

dores de derivados do petróleo, cujo bar-ril bate recordes sucessivos de cotação.

Na lista de novas fo n tes alte r n a t i vas dee n e rgia para o setor de tra n s p o rte, surg e mo p ç õ es como o etanol (o tradicional álco o l ) ,o biodiesel, a eletricidade e as células de hi-d ro g ê n i o. Co nforme o diretor de co m i ss õ est é c n i cas da SAE Brasil (Sociedade de Enge-n h e i ros da Mobilidade), Lu so Ve n tu ra, umadas principais nov i d a d es em te r m os de fo n-tes alte r n a t i vas de energia para o tra n s p o r-te no Brasil fo ram as ações para co n so l i d a ra inf ra - est r u tu ra de produção de biodiesel.

O biodiesel é um co m b u st í vel biode-g ra d á vel obtido a partir do pro cessa-m e n to de óleos ve g etais ou gord u ra ani-mal com um álcool (etanol ou metanol) eg e ra menos poluentes do que o diese lde pet r ó l e o. A partir de 2008, o biodiese l

UM ANO PA RA U SO DE CO M B U STÍVEIS ALT E R N AT I VOS ENTRA DE VEZ NA AG E N DA FACE AOS ALERTAS DE AQ U EC I M E N TO GLO BA L

P O R RA FAEL SÂNZIO

DESPOLUIR

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 23

Page 24: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

d everá ser adicionado obriga-to r i a m e n te à proporção de 2%no diesel mineral, uma mistu raconhecida como B2 . Em 20 1 3, alei esta b e l e ce a adição de 5% ,chamada B5.

A ação que impulsionou a in-f ra - est r u tu ra do biodiesel noBrasil aconteceu em novembro,quando o governo federal ga-rantiu, em dois leilões organiza-dos pela ANP (Agência Nacionaldo Petróleo), a compra de 380milhões de litros do combustí-vel, o suficiente para a produ-ção do B2 no primeiro semestrede 2008. A maior parte, cerca de304 milhões de litros, será for-necida por empresas detento-ras do Selo Combustível Social,do Ministério do Dese nvo l v i-mento Agrário, concedido a usi-nas de biodiesel que adquiremmatéria-prima da agricu l tu rafamiliar. Com isso, o fantasmado encarecimento dos alimen-tos por conta do uso de produ-tos como a soja, na produção debiodiesel, começa a ser exorci-zado, pois ela não é o principalproduto da agricultura familiar.

A p esar de moto r i stas de ve í cu-l os com motor a diesel não des-co nfi a rem, a mistu ra de B2 já en-t rou em muitos ta n q u es de co m-b u st í vel em 20 07. Co nforme ov i ce - p res i d e n te do Sindicom (S i n-d i ca to Nacional das Empresas Dis-t r i b u i d o ras de Co m b u st í veis e Lu-

b r i fi ca n tes), Alísio Vaz, 60% dod i esel vendido pelas empresa sv i n culadas à entidade, que re p re-se n tam 80% do merca d o, já tem aadição de 2% de biodiesel, apesa rde o uso do B2, em 20 07, ser ape-nas fa cu l ta t i vo. Pa ra se adequa-rem ao uso do biodiesel, as dist r i-b u i d o ras invest i ram R$ 100 mi-l h õ es na adaptação de bases ded i stribuição em todo o país.

Ventura acrescenta que em2007 as montadoras nacionaisaumentaram a competência nouso do biodiesel, testando mo-tores com misturas de 5% (B5)e 20% (B20). Na Merce d es-Benz, por exemplo, o uso debiodiesel puro (B100) chegou aser demonstrado ao presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.

A Vale também adotou o bio-diesel antecipadamente. A em-presa anunciou o uso da mistu-ra B20 nas locomotivas da Es-trada de Ferro Carajás e da Es-trada de Ferro Vitória a Minas. Amedida, somada ao uso de B2em caminhões fora-de-estrada,locomotivas e geração elétricada companhia, resultará na nãoemissão de 224 mil toneladasde gás carbônico equivalentesna atmosfera.

O Brasil não está sozinho nacorrida pelo biodiesel. Em maio de2008, entrará em vigor no Re i n oUnido o RT FO (Re n ewable Tra n s-p o rt Fuel Obligation, obrigação de MISTURA Legislação estabelece que até 2013 a adição de biodie s

FO RAM INVEST I D OS R$ 100 MI NA ADA PTAÇÃO DE BA S

Page 25: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

u so de co m b u st í vel re n ov á ve lp a ra tra n s p o rte), dete r m i n a n d om i stu ra de 2,5% ao diesel. A Fra n-ça, por sua vez, elevará a mistu rap a ra 6,28% a partir de janeiro. NaItália, a mistu ra deverá ser da or-dem de 2%. A Alemanha, que jáu sa o B5, discu te quando adota r áo B7. A Espanha usará mistu ra de3,4% em 20 0 9, e de 5, 8% em 20 1 0.

Entre as fontes alternativasao petróleo, o etanol, já usadonos tanques de combustível doscarros brasileiros há mais deduas décadas, chegou aos veí-culos comerciais. A Scania apre-sentou ao público um ônibusmovido a álcool que roda emfase de testes em São Paulo.

E n q u a n to o Brasil incre m e n taas poss i b i l i d a d es de uso do álco o lco m b u st í vel no setor de tra n s p o r-tes, outros países começam a to r-nar essa fo n te viável em se u sm e rca d os domést i cos. Não pora ca so, o pres i d e n te dos Esta d osU n i d os, George W. Bush veio aoB rasil no início do ano para discu-tir aco rd os de co o p e ração no se-tor de bioco m b u st í ve i s, o que in-clui o álcool e o biodiesel. Pa ra og overno america n o, a meta é re-duzir o consumo de gasolina em20% até 20 1 7, o que exigirá fo r n e-c i m e n to ex terno de bioco m b u st í-veis e novas te c n o l o g i a s.

Co nforme Plínio Nastari, pres i-d e n te da co n s u l toria Data g ro, o ál-e sel ao diesel mineral deve ser de 5%

A S ES DE DISTRIBUIÇÃO DE BIODIES E L

PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 25

PA N O RAMA DOS COMBUST Í V E I SV E R D ES EM 20 07Biodiesel• Leilões de compra de biodiesel garantiram a oferta do

produto para o primeiro semestre de 2008 no Brasil• Locomotivas de duas ferrovias da Vale passaram a usar

diesel com 20% de biodiesel• 60% do diesel vendido pelas principais distribuidoras de

combustíveis do Brasil já tinham adição de 2% de biodiesel• A agricultura familiar ganhou espaço na produção de

matérias-primas para o combustível

Etanol• Os EUA despertaram para a importância do combustível

e buscaram se associar ao Brasil• A produção de etanol dos EUA superou a do Brasil pelo

segundo ano consecutivo• O consumo de álcool no Brasil bateu o recorde de

1,452 bilhões de litros em outubro• 85% da frota de auto m ó veis e co m e rciais leves lice n c i a d a s

até outu b ro era de ca r ros bico m b u st í veis – a álcool e gaso l i n a

Hidrogênio• Foi apresentado o primeiro ônibus a hidrogênio do Brasil• A Honda anunciou o início das vendas de seu primeiro

carro a hidrogênio

Eletricidade• O carro elétrico brasileiro continuou em testes• Híbridos – com motor elétrico e a combustão – ganharam

espaço na Europa e no Japão• Impulsionada pelas vendas de híbridos nos Estados Unidos, a

Toyota chegou a liderar o mercado global durante o primeirosemestre do ano

cool já é um co m b u st í vel co n so l i-dado no Brasil. “A participação doá l cool nos moto res de Ciclo Otto(também chamado de quatro te m-p os), em co m b u st í vel equiva l e n te,já é de 38% no Brasil. No mundo, éde 4, 6% e cresce ra p i d a m e n te.”

O impulso para o álcool co m-b u st í vel no Brasil veio do lança-m e n to dos ca r ros fl ex, que podemrodar com qualquer mistu ra de ál-cool ou gasolina ou com apenasum desses co m b u st í ve i s. Isso deuao consumidor o poder de decidircomo abaste cer o ca r ro, de aco r-

do com os pre ç os nas bombas.Co nforme a Anfavea (A sso c i a ç ã oNacional dos Fa b r i ca n tes de Ve í cu-l os Au to m oto res), os ca r ros bi-co m b u st í veis atingiram 85,2% daf rota de 1,8 milhão de auto m ó ve i se co m e rciais leves licenciada atéo u tu b ro deste ano.

De aco rdo com Nastari, Brasil eE sta d os Unidos são os dois maio-res pro d u to res de etanol, masd esde 2006 os norte -a m e r i ca n oss u p e ra ram a capacidade de pro-cessa m e n to das usinas bra s i l e i-ra s. Em 20 07, a produção de eta-

Page 26: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

nol dos Esta d os Unidos deve che-gar a 26,2 bilhões de litros, en-q u a n to o Brasil deve co l o car 20, 5b i l h õ es de litros no merca d o.

Os norte -a m e r i ca n os ta m b é mseguem o exemplo bra s i l e i ro deadicionar álcool à gasolina. Mas,n os Esta d os Unidos, cada Esta d otem leis es p e c í fi cas so b re a pro-porção da mistu ra, diz Nasta r i .“ I sso cria um mercado basta n ted i ve rs i fi ca d o, mas, no co n j u n to, éum mercado em cresc i m e n to.”

As políticas em relação ao ál-cool co m b u st í vel nos dois paísespodem se aprox i m a r, mas há dife-renças eco n ô m i cas e ambienta i sem jogo, devido à matéria-primau t i l i zada para produzir o co m b u s-t í vel. Nos Esta d os Unidos, o álco o lé produzido a partir do milho, en-q u a n to que no Brasil a matéria-prima é a ca n a - d e -a ç ú ca r.

O álcool obtido do milho norte -a m e r i cano goza de prote c i o n i s m oa l fandegário e de subs í d i os à agri-cu l tu ra, co i sa que não aco n te ce

com o pro d u to bra s i l e i ro. Alémd i sso, o álcool de milho tem me-nor eficiência energ é t i ca em re l a-ção ao álcool produzido a part i rda ca n a - d e -a ç ú ca r. A efi c i ê n c i ae n e rg é t i ca é a relação entre ae n e rgia gasta para a produção doá l cool e a energia que será gera d apelo co m b u st í vel. O milho ex i g emais energia para produzir álco o l ,g e rando um exce d e n te de 20 % ,e n q u a n to no ca so da cana esseexce d e n te pode chegar a 70 0 % .

Mas o Brasil não aposta suas fi-chas apenas em bioco m b u st í ve i s.N este ano, foi aprese n tado aom e rcado nacional o primeiro ôni-bus movido a célula de hidro g ê n i odo país, em pro j eto idea l i za d opelo Ministério de Minas e Energ i ae pela EMTU (Empresa Met ro p o l i-tana de Tra n s p o rtes Urbanos deSão Pa u l o), que deverá começar arodar em 2008 na região do ABCp a u l i sta. O modelo será o primeirode uma série de cinco e terá pro-pulsão híbrida: o mov i m e n to do

ca r ro vai ca r regar baterias elétri-cas que poderão ser utiliza d a squando o tanque de hidro g ê n i oest i ver va z i o.

Segundo Ventura, veículos ahidrogênio fazem parte do quehá de mais avançado em termosde fontes de energia, com avantagem de não emitirem ga-ses de efeito estufa, mas ape-nas vapor de água. O especialis-ta esclarece que esses veículostêm um tanque abastecido comhidrogênio gasoso, que é envia-do para uma membrana onde háum catalisador de platina, quegera eletricidade para o motorelétrico. Ou seja: não há a quei-ma de combustível, como acon-tece nos motores do Ciclo Otto.

Em novembro, a Honda lan-çou, nos Estados Unidos, o Hon-da FCX Clarity, um modelo a hi-drogênio que será vendido emsérie limitada na Califórnia. Navisão da montadora, o hidrogê-nio é o combustível do futuro.

No Brasil, a Fiat, em associa-ção com a geradora de energiaItaipu, a suíça especializada emenergia renovável KWO e outrasempresas, desenvolveu um pro-tótipo do modelo Palio movidoexclusivamente a bateria que,para ser reabastecido, dependeapenas de uma tomada.

O ve í cu l o, que tem pot ê n-cia máxima de 37,8 cava l os,d ese nvo l ve até 110 km/h, te ma u tonomia de 120 km e pre c i-sa de 8 horas para re ca r re g a ra bateria. Segundo a Fiat, oo b j et i vo é dese nvo l ver umca r ro abso l u ta m e n te eco l ó g i-co, com ze ro de emissão dep o l u e n tes e pra t i ca m e n tesem ruídos.

A eletricidade também é umdos propulsores dos chamadoscarros híbridos, que fazem su-cesso nos mercados dos paísesricos. Esses carros alternam ouso do motor a gasolina ou die-sel com o uso do motor elétrico,de acordo com a avaliação deum computador de bordo. Umadas barreiras para sua rápidaadoção pelos consumidores é opreço, quase o dobro de umcarro com motorização comum.

Em parte graças ao sucessod os ca r ros híbridos nos Esta-d os Unidos, a japonesa Toyota– p i o n e i ra nessa tecnologia -vem disputando com a Genera lM oto rs a liderança mundial dom e rcado auto m ot i vo.

BRIUS Modelo híbrido da Toyota é uma estratégia da montadora para assumir a liderança no mercado

TOYOTA/DIVULGAÇÃO

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14826

Page 27: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

P ro g rama chega a todo o país até o final de 20 07DESPOLUIR

OD es p o l u i r, Pro g ra m aA m b i e n tal do Tra n s-p o rte da CNT, chega

ao final de 20 07 com um sa l-do mais que pos i t i vo. Até ofinal de deze m b ro, o Des p o-luir chegará aos 26 Esta d osb ra s i l e i ros e ao Dist r i to Fe-d e ral. Atu a l m e n te, 20 Esta-d os têm o Pro g rama imple-m e n ta d o. Outras ações ta m-bém co n te m p l a ram essesc i n co meses do Des p o l u i r.

O Pro g rama, lançado na-c i o n a l m e n te no dia 18 de ju-lho deste ano, distribuiu 54ve í cu l os equipados co mo p a c í m et ro (e q u i p a m e n top a ra medição de poluiçãove i cu l a r), em 21 fe d e ra ç õ es.O equipamento foi dese nvo l-v i d o, junta m e n te com umsoftwa re que o aco m p a n h a ,de aco rdo com as normasb ra s i l e i ra s. A CNT dese nvo l-veu os dois pro d u tos exc l u-s i va m e n te para atender aoP ro g rama Des p o l u i r.

O opacímetro NA9000E foilançado pela CNT, em suasede, em Brasília, no dia 11 deoutubro. O equipamento temtamanho reduzido, o que faci-lita seu transporte e seu ma-nuseio. O diferencial do soft-ware que acompanha o opací-metro é a capacidade de ge-renciamento, acesso e enviobidirecionais de dados a umservidor que concentrará na-cionalmente os dados de to-das as aferições.

O lançamento faz partedo Pro j eto I do Pro g ra m aD espoluir que tem co m oo b j et i vo a redução de po-l u e n tes atmosf é r i cos emiti-

d os pelos ve í cu l os, co n t r i-buindo com a so c i e d a d ep a ra a melhoria da qualida-de do ar e o uso racional deco m b u st í ve i s.

As unidades móveis equi-padas com opacímet ro sãooperadas pelas federações detransportadores e vão aten-der as empresas de transpor-te e os caminhoneiros autô-nomos, aferindo a emissão depoluentes, conforme prevê oConama (Co n selho Nacionaldo Meio Ambiente). Além dis-so, as federações vão incenti-var e orientar empresários emotoristas a fazer os ajustesmecânicos nos veículos parareduzir a emissão de materialp a rt i culado (fumaça preta)lançado por veículos a diesele o consumo de combustíveis.

Com os novos equipa-m e n tos, as unidades mó-

veis do Despoluir vão rea l i-zar as afe r i ç õ es de opaci-dade ve i cu l a r, gerenciar ea tu a l i zar os dados dos ve í-cu l os afe r i d os e emitir re l a-t ó r i os, poss i b i l i tando umtotal co n t role das info r m a-ç õ es co l eta d a s.

Em nove m b ro, o Pro g ra-ma aferiu 30 ve í cu l os a die-sel do Senado Fe d e ral. Asa fe r i ç õ es serão rea l i za d a s,p e r i o d i ca m e n te, pelo Des-p o l u i r, em toda frota a die-sel do Se n a d o, que se en-co n t ra fo ra dos padrões dequalidade ex i g i d os e neces-s i tam de regulagem nosm oto res.

O Despoluir atendeu 888e m p resas e rea l i zou maisde 21 mil afe r i ç õ es, desd eseu lançamento. O Pro g ra-ma co n ta hoje com parce-rias com inst i tu i ç õ es priva-

das e públicas de âmbito fe-d e ral, estadual e municipal.

PARTICIPAÇÃOPa ra ampliar a part i c i p a ç ã o

das empresas e autônomosnas ações do Des p o l u i r, a CNTcriou o hot site do Pro g rama eo 0800 Ambiental. At ravés doh ot site, os inte ressa d os pode-rão co n h e cer as ações am-b i e n tais pro m ovidas pelo Des-poluir e ter acesso aos ca n a i sde info r m a ç õ es ambienta i s. O0800 Ambiental foi criado,d e n t ro do Pro j eto V, Ca m i n h o-n e i ro amigo do meio ambien-te. Assim, o ince n t i vo à atu a-ção do ca m i n h o n e i ro como vi-g i l a n te do meio ambiente po-derá ser viabiliza d o. Por meiodo número 0800-7282891 se r áp oss í vel denunciar danos ec r i m es ambientais oco r r i d osnas est radas bra s i l e i ra s. ●

P O R LETÍCIA SIMÕES

CNT/DIVULGAÇÃO

DIFERENCIAL O Despoluir se co n solida como uma ação efet i va em favor do meio ambiente

Page 28: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

Acosta de mais de8 .000 km de ex te n-são e paisagens pa-ra d i s í a ca s, aliada à

cotação do dólar em baixa e àdisponibilidade cada vez maiorde nav i os, tem fe i to os cruze i-ros marítimos ca í rem no gostodo bra s i l e i ro. A te m p o ra d a20 07/2008 começou no fi n a lde outu b ro e vai se este n d e raté abril, com picos na altate m p o rada, entre as festas defim de ano e o Ca r n aval.

N este ve r ã o, serão 14 na-v i os, dois a mais que na te m-p o rada ante r i o r, 252 viagens e4 30 mil passa g e i ros. O núme-ro de partidas é 30% maiorque em 2006, mesmo perce n-tual de cresc i m e n to no núme-ro de tu r i sta s. A te m p o ra d ap a ssada já tinha aprese n ta d oc resc i m e n to de 56% em re l a-ção ao verão ante r i o r.

Os números são animado-res e abrem um enorme desa-fio ao país: equipar os portosp a ra re ceber cada vez maisn av i os e tu r i stas e co n so l i d a ro Brasil como destino paraesse tipo de viagem, co m oa co n te ce com o Ca r i b e, a Po l i-nésia e o sul da Ásia. Se g u n d o

a Clia (C r u i se Line Inte r n a t i o-nal Asso c i a t i o n), ce rca de 11m i l h õ es de pessoas no mundofa zem cruze i ros marítimosa tu a l m e n te. O pres i d e n te daA b remar (A ssociação Bra s i l e i-ra de Re p rese n ta n tes de Em-p resas Marítimas), Ed u a rd oN a sc i m e n to, diz que as pers-p e c t i vas para que o Brasil se j ao destino escolhido por umn ú m e ro cada vez maior de tu-r i stas são boas.

De aco rdo com ele, os por-

Sa l vador e do Rio de Janeirotambém são utiliza d os co m op o n to de partida e chegadap a ra as viagens. Outros portose píeres entram nos rote i roscomo pontos de parada dosn av i os, que permanecem an-co ra d os por um ou dois dias.Os tu r i stas que querem de-se m b a rcar são leva d os até ap raia por te n d e rs (barcos quefa zem o tra j eto entre o nav i oe a costa). Entre esses te r m i-nais estão Re c i fe (PE), Mace i ó

tos estão rea l i zando obras param e l h o rar a inf ra - est r u tu ra eofe re cer mais co nfo rto aosp a ssa g e i ros e melhores co n d i-ç õ es aos nav i os. “Eles têm me-l h o rado basta n te, apesar deh aver muito a ser fe i to”, diz.E n t re os invest i m e n tos, eled esta ca o do porto de Sa n tos,que ampliou seu terminal dep a ssa g e i ros antes do prev i sto.

Sa n tos é o principal te r m i-nal de embarque e dese m b a r-que no Brasil. Os portos de

V E D E T ES DA T

P O R ANA PAULA PEDROSA

V I AGENS MARÍTIMAS PELO LITO RAL BRAS I L E I RO CAEM NO GOSTO DO T

FÉRIAS

Page 29: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

(A L), Ilhéus (BA), Ilhabela (S P ) ,Po rto Belo (SC), Búzios, Angrad os Reis e Cabo Frio (RJ).

Segundo a Concais, que ope-ra o complexo turístico do portode Santos, as obras de amplia-ção e modernização do terminalde passageiros estavam previs-tas para a te m p o ra d a2008/2009 e orçadas em R$ 7milhões, mas a forte demandafez a empresa antecipar o in-vestimento para este ano e au-mentar os recursos para R$ 9,3

A T E M P O RA DAmilhões. Com as obras, a capa-cidade diária do terminal pas-sou de 23 mil passageiros para34 mil pessoas. Em 23 de no-vembro, começou a operar onovo Salão Principal do termi-nal, destinado a acomodar osp a ssa g e i ros antes do embar-que. Antes, os turistas espera-vam em salões menores. O novoespaço tem ainda se rv i ç oscomo lojas, informações turísti-cas e acesso à internet.

O programa de investimen-

tos de 2007 também incluiu acompra de mais equipamentosde se g u rança dest i n a d os aossalões de embarque e de baga-gem, como scanners para verifi-car o conteúdo das malas. Até2010, a Concais deve investirmais R$ 3,5 milhões no terminal,somando R$ 39,5 milhões apli-ca d os no porto desde 1998 ,quando assumiu a administra-ção do complexo turístico. Nes-se período, a área do complexode passageiros passou de 11.800

O T U R I STA E OPERA D O RAS FEST E JAM AU M E N TO DA DEMANDA

“Os portostêm melhora d o

b a sta n te,a p esar de

h aver muitoa ser fe i to”

E D UA R D O N ASC I M E N TO,PRESIDENTE DA ABREMAR

PA RA VIAJA R

Onde co m p ra r

Os pacotes estão à venda nas

agências de viagem de todo o Bra s i l .

Pa ra saber a mais próxima co n s u l te

o site das opera d o ra s

CVC: w w w.cvc .co m . b r

Costa Cruze i ros :

w w w.costa c r u ze i ros.com.br

M SC Cruze i ros :

w w w. m scc r u ze i ros.co m . b r

Sun & Sea: www. s u n sea .com.br

E xe m p l o

Rote i ro: Sa n tos - Ilha Grande - Rio

de Janeiro

A partir de US$ 360 por pessoa (se m

ta xa s) em cabine dupla inte r n a ,

p a ra viagem em deze m b ro no

n avio MSC Opera

Page 30: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14830

Agências já vendem para 20 0 9PACOTES

A te m p o rada de cruze i-ros já está em cu rso, equem pensa em embarca rn este verão ainda pode en-co n t rar uma vaga. As op-ç õ es, no enta n to, já est ã ol i m i ta d a s. O diretor da Amé-r i ca do Sul da Costa Cruze i-ros, Renê Hermann, diz que,q u a n to maior a ante ce d ê n-cia da co m p ra, maiores sãoos desco n tos. A empresatem planos como o Pa g u eJá, que ofe re ce desco n tosex p ress i vos a quem fe c h anegócio antes. O sucesso éta n to que em deze m b ro jácomeçam as vendas para ate m p o rada 20 0 8/20 0 9.

Na CVC, co m p rar adianta d otambém signifi ca mais va n ta-g e n s, como te rce i ro passa g e i-ro grátis na mesma cabine dosdois pagantes. A promoção sóestá disponível em algumasca b i n es, normalmente as quesão vendidas primeiro. Nestaé p o ca do ano, em muitos ca-sos, é pre c i so entrar na lista dees p e ra para co n seguir umavaga a bord o.

O valor dos pacotes e asd es p esas dura n te a viagemsão ca l cu l a d os em dólar. Noca so dos pacotes, é fe i ta a co n-ve rsão no momento da co m p rae o parce l a m e n to é lançado emrea i s. Como a moeda america-na está ce rca de 17% mais ba-ra ta que na mesma época de2006, os pacotes também fi ca-ram com pre ç os mais acess í-veis aos bra s i l e i ros.

As refe i ç õ es e a maior

p a rte do entrete n i m e n to es-tão incluídos no preço do pa-cote. Em alguns nav i os, ex i s-te o sistema “tudo incluído” ,que co b re também todo tipode bebida. Pa ra jogar no ca s-sino ou fa zer co m p ras nosshoppings do nav i o, é pre c i-so levar dólares ou um ca r-tão de crédito inte r n a c i o n a l .As gorjetas e as ta xas por-tuárias são pagas quando otu r i sta co m p ra o pacote.

A professo ra Eliane Mar-q u es dos Re i s, de São Pa u l o, fezum cruze i ro pela primeira vezna sua lua-de-mel, em 20 03. Naé p o ca, ela já tinha uma filha de2 anos e a família passou cincodias em alto - m a r, num rote i roque começou em Sa n tos, pas-sou por Búzios e Ilhabela. “Non av i o, tínhamos atividades du-ra n te todo dia e à noite ta m-bém, tudo muito bom. Goste im u i to da est r u tu ra do nav i o,e ra muito luxo”, diz. A viagemsaiu por US$ 330 por pesso amais as ta xa s.

O cruzeiro não foi a primei-ra opção de viagem. Primeiro,ela procurou um pacote con-vencional, com passagens aé-reas e hospedagem em ho-téis, mas não encontrou umcom saída na data desejada.Hoje, não conseguiria pensarem maneira melhor para cele-brar a união, tanto que pensaem fazer um novo cruzeirocom as duas filhas que estãocom 7 e 3 anos. “Gostaria mui-to de levá-las, está nos meusplanos”, afirma.

metros quadrados para 36.500metros quadrados. Os espaçosde apoio logístico para o fluxode ônibus, veículos de trasladoe automóveis particulares fo-ram pavimentados.

Em Sa l va d o r, os invest i m e n-tos pesa d os ainda não co m e ç a-ram, mas, segundo a Co d e b a(Companhia de Docas do Esta d oda Ba h i a), que administ ra o por-to, desde o início do ano ex i steuma co m i ssão formada por re-p rese n ta n tes dos gove r n os fe-d e ral, estadual e municipal estu-dando a modelagem a ser apli-cada na co n strução de um te r-minal marítimo para ate n d i m e n-to aos gra n d es tra n sa t l â n t i cos.

CONHEÇA OS NAV I OS

Island Esca p eBa n d e i ra : Ba h a m a sTo n e l a g e m : 4 0.1 32Co m p r i m e n to : 1 85 mL a rg u ra : 27 mVe l o c i d a d e : 18 nósCa p a c i d a d e : 1 .720 hóspedesTripulação: 540 profi ss i o n a i sCa b i n es: 771 N ú m e ro de decks : 11 D a ta de chegada ao Bra s i l :d eze m b ro/20 07 E st r u tu ra : 3 resta u ra n tes, ca ss i n o,tea t ro, boate, lojas, spa, pisc i n a

Costa MagicaBa n d e i ra : i ta l i a n aTo n e l a g e m : 105 milCo m p r i m e n to: 272,2 mL a rg u ra: 35,5 mVelocidade: 22 nósCa p a c i d a d e : 3.470 hóspedesTr i p u l a ç ã o : 1 .027 profi ss i o n a i sCa b i n es : 1 .358 (522 com va ra n d a) D a ta de chegada ao Bra s i l :d eze m b ro/20 07E st r u tu ra : 4 piscinas (1com tetoretrátil e 1 infantil), 6 jacu zz i s, tea t rocom 1.350 lugares, 4 resta u ra n tes

G rand Voya g e rBa n d e i ra : N a ssa uTonelagem: 25 milCo m p r i m e n to: 180 mL a rg u ra : 26 mVe l o c i d a d e : 28 nósCa p a c i d a d e : 890 hóspedesTr i p u l a ç ã o : 360 profi ssionais Ca b i n es : 41 8D a ta de chegada ao Bra s i l :o u tu b ro/20 07E st r u tu ra : 1 piscina, 2 jacu zz i s,sauna, tea t ro para 410 pesso a s,salão de jogos, bibliote ca, ca ss i n o,sala de ginást i ca, 2 resta u ra n tes

M SC OperaBa n d e i ra : Pa n a m áTo n e l a g e m : 60 milCo m p r i m e n to : 251 , 25 mL a rg u ra : 28,8 mVe l o c i d a d e : 21 nósCa p a c i d a d e : 2 .1 70 hóspedesTripulação: 740 profi ss i o n a i sCa b i n es : 85 6D a ta de chegada ao Bra s i l :N ove m b ro/20 07E st r u tu ra : m i n i g o l f, aca d e m i a ,sauna, salão de beleza, 2 pisc i n a s, 2j a cu zzi, inte r n et café, 4 resta u ra n tes,7 bares, tea t ro com 7.1 31 lugares,d i scote ca, ca ss i n o, miniss h o p p i n g

CRONOGRAMA O

Page 31: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 31

Por enquanto, o te r m i n a lo p e ra com uma est r u tu ra pro-visória para a te m p o rada dec r u ze i ros. Em 2006, fo ram apli-ca d os R$ 28,8 milhões no por-to de Sa l vador em obras deampliação e modernização dei nf ra - est r u tu ra, sistema dea cesso te r rest re e marítimo,d ragagem de manutenção ea p rof u n d a m e n to, que permitea t ra cação de nav i os de maiorp o rte, e subesta ç õ es elétrica s.

M esmo com os invest i m e n-tos, a Codeba diz que as co n-d i ç õ es de Sa l vador ainda nãosão as idea i s. Segundo info r-m a ç õ es enviadas pelo órg ã o,o porto “é destinado a ca rg a s

e ainda não está dev i d a m e n tep re p a rado para re ceber osg ra n d es tra n sa t l â n t i cos. Háuma est r u tu ra provisória sim-p l es para atender à te m p o ra-da de cruze i ros”.

O diretor para a América do Su lda Costa Cruze i ros, uma das ope-ra d o ras res p o n s á veis pelos nav i osque estarão no lito ral bra s i l e i ron este ve r ã o, Renê Hermann, dizque a inf ra - est r u tu ra portuária éum dos fa to res dete r m i n a n tesp a ra a escolha das rotas dos cru-ze i ros marítimos. De aco rdo co me l e, os portos estão empenhadosem rea l i zar os invest i m e n tos ne-cess á r i os para atrair mais tu r i sta s.“A tendência é de invest i m e n tos

na ca p a c i tação dos portos e me-lhoria da est r u tu ra nas escalas tu-r í st i ca s, que se multiplicam co m oo p ç õ es de dest i n os”, diz.

Os 14 nav i os que nave g a r ã opela costa bra s i l e i ra neste ve r ã osão administ ra d os por quatroe m p resa s, Costa Cruze i ros, CVC,M SC Cruze i ros e Sun & Sea. O pre-s i d e n te da Abre m a r, Ed u a rd oN a sc i m e n to, diz que o hábito deviajar de nav i os pela costa bra s i-l e i ra ex i ste desde a década de 60,quando foi inaugurado o Depar-ta m e n to de Cruze i ros Marítimos,já ex t i n to. Nos anos 80, esse tipode viagem foi proibido e os cru-ze i ros de passa g e i ros só fo ra mrea t i va d os na década se g u i n te.

H o j e, diz Nasc i m e n to, a viagemde navio co n q u i stou os tu r i sta spor ser cômoda e ter bom cu sto -b e n ef í c i o. “Não é pre c i so arrumare desarrumar malas, fa zer tra s l a-d os entre hotéis e aero p o rtos,nem se submeter a inúmeroscheck ins e check outs como emo u t ros tipos de viagem. Além dis-so, há um charme especial nosc r u ze i ros, vendido es p e c i a l m e n ten os fi l m es ro m â n t i cos”, afi r m a .Ele desta ca ainda que os nav i osofe re cem inúmeras opções de en-t rete n i m e n to como boates, ca ss i-n os, shows, academias de ginást i-ca, fa rtas refe i ç õ es e rote i ros te-m á t i cos para so l te i ros, de músicae l et r ô n i ca e outros. ●

A O p e ra d o ra do porto de Sa n tos antecipou invest i m e n tos para atender a demanda LAZER Conforto é uma atrações no interior dos navios

CONCAIS/DIVULGAÇÃO

CVC/DIVULGAÇÃO

Page 32: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14832

Ares p o n sa b i l i d a d ede cada indivíduona busca por ummundo ambienta l-

m e n te equilibrado ganha, acada dia, mais import â n c i a .E n t i d a d es e inst i tu i ç õ es dosmais va r i a d os se g m e n tostêm trabalhado para que osi m p a c tos ao meio ambientesejam minimiza d os, atrav é sde uma gama de ações e pro-j etos. A rev i sta CNT Tra n s p o r-te Atual também faz a suap a rte para a prese rvação dab i o d i ve rsidade e re cebeu, emn ove m b ro, o “Ce rt i fi cado deN e u t ra l i zação de Ca r b o n o” e

ES FO R Ç OR EC O M P E N SA D O

R E V I STA CNT TRA N S P O RTE AT UA L R ECEBE “CERT I F I CADO DEN E U T RA L I ZAÇÃO DE CA R BONO” E O SELO “CO2 CA R BONO NEUTRO ”

P O R LETÍCIA SIMÕES

RESPONSABILIDADE

carbono de uma atividade,p ro d u to, se rviço ou de toda ae m p resa são co m p e n sa d a spor pro j etos que abso rve mcarbono ou ev i tem emiss õ esde carbono à atmosfe ra ” .Pa ra o direto r, o co - fi n a n c i a-m e n to de créditos de ca r b o n onas pro p o r ç õ es das emiss õ esp roduzidas “é uma maneiraco nve n i e n te e eco n ô m i ca deuma inst i tuição co n t r i b u i rcom a mitigação das mudan-ças climáticas e com o dese n-vo l v i m e n to suste n t á ve l ” .

A CO2 é es p e c i a l i zada nas u ste n tabilidade ambienta l ,na neutra l i zação de carbono ena produção e venda de crédi-tos de ca r b o n o. At ravés dos

o selo “CO2 Carbono Neutro” ,co n ce d i d os pela CO2 So l u-ç õ es Ambienta i s.

A CO2 So l u ç õ es efetuou aco m p e n sação das emiss õ esde carbono da CNT Tra n s p o rteAtual re l a t i vas a um ano dep ro d u ç ã o, impressão e dist r i-buição da rev i sta. Fo ram co m-p e n sadas 469, 89 t CO 2 e, pormeio do plantio de 3.134 árvo-res nativas da Mata At l â n t i ca ,no pro j eto Floresta da Fa m í l i a ,da ONG Ecoar Florestal, no Es-tado de São Pa u l o. O re g i st ro eo aco m p a n h a m e n to das ativi-d a d es das empresas que re ce-bem a ce rt i fi cação são adqui-r i d os mediante quest i o n á r i osd ese nvo l v i d os es p e c i fi ca m e n-

te para a entidade envolvida. De aco rdo com Gabriel Ri-

b enboim, diretor da CO2 So l u-ç õ es Ambienta i s, os refl o res-ta m e n tos exe cu ta d os pela em-p resa estão em áreas co n s i d e-radas prioritárias para a co n-se rva ç ã o, conhecidas co m oh ots p ots. “Essas área s p os-suem altos índices de biodi-ve rs i d a d e, com pelo menos1.500 es p é c i es endêmicas dep l a n ta s, e estão amea ç a d a sem um grau muito eleva d o,tendo perdido mais de 3/4 desua ve g etação original, co m oé o ca so da Mata At l â n t i ca ” .

Segundo Ribenboim, o se l o“ CO2 Carbono Neutro” é obt i-do “quando as emiss õ es de

CONTRIBUIÇÃO L

Page 33: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 33

se l os “CO2 Carbono Neutro” e“ CO2 Carbono Co n sc i e n te” –que são padrões de exce l ê n-cia na redução e co m p e n sa-ção de emiss õ es de carbono –a CO2 So l u ç õ es Ambienta i sauxilia dive rsas inst i tu i ç õ es aevidenciar a co n sciência am-b i e n ta l .

Ribenboim desta ca que asa t i v i d a d es da CO2 So l u ç õ essão abra n g e n tes. “Nossosp ro j etos também provêm dev á r i os benef í c i os adicionaisàs co m u n i d a d es aonde eles ses i tuam, incluindo benef í c i os àsa ú d e, geração de empre g o,a u m e n to da biodive rs i d a d el o cal e prese rvação dos re-cu rsos hídricos.”

A exemplo da rev i sta, aCo nfe d e ração Nacional doTra n s p o rte atua em benef í c i odo meio ambiente através doP ro g rama Despoluir (Pro g ra-ma Ambiental do Tra n s p o rte) .Uma das principais metas doD espoluir é justa m e n te dimi-nuir a emissão de CO2. O Pro-g rama co n ta com a part i c i p a-ção de 31 fe d e ra ç õ es re g i o n a i sv i n culadas ao Sistema CNT.

São 70 mil empresas det ra n s p o rte e 700 mil ca m i n h o-n e i ros e ta x i stas autônomos,o que signifi ca ce rca de 2,5m i l h õ es de tra b a l h a d o resa tuando ao lado das empre-sas para que o meio ambienteseja mais equilibrado e sus-te n t á vel para to d os. ●

ECOAR/DIVULGAÇÃO

Pa d ro n i zação segue re g ras da ONUEMISSÕES

A quantifi cação de emis-s õ es de GEEs (g a ses de efe i toestu fa) envo l ve uma análise deciclo de vida, em que to d os osp ro cessos e materiais envo l v i-d os na produção e dist r i b u i ç ã odo pro d u to ou pro cesso dase m p resas ce rt i fi cadas sãoi d e n t i fi ca d os e quantifi ca d os.As emiss õ es de GEEs são ex-p ressas em toneladas de CO 2e q u i va l e n te (t CO 2 e), medidap a d ro n i zada pela ONU para

q u a n t i fi car as emiss õ es glo-b a i s, usando como parâmet roo CO2. O cálculo do tCO2e é re-s u l tado da multiplicação dase m i ss õ es de um dete r m i n a d oGEE pelo seu potencial dea q u e c i m e n to global.

Após a análise dos dadosa d q u i r i d os, para o cálculo dase m i ss õ es lançadas na pro d u-ção da CNT Tra n s p o rte Atual, aCO2 So l u ç õ es produziu um Re-latório de Emiss õ es deta l h a n-

do as fo n tes de emiss õ es deGEEs relacionadas à atividadeda rev i sta. At ravés do refl o res-ta m e n to, diz Gabriel Riben-boim, será poss í vel melhorar aqualidade ambiental da áreaque se aprese n ta degra d a d a ,“além da contribuição para oco m b a te às mudanças climáti-ca s, através da fi xação do ca r-bono nas árvo res na quantida-de equiva l e n te às emiss õ esp roduzidas pela rev i sta ” .

O Lo cal onde serão plantadas árvo res pela co m p e n sação de créditos de carbono da CNT Tra n s p o rte Atu a l

Page 34: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

REPORTAGEM DE CAPA

O VERÃO NAEXPECTATIVA É DE MOVIMENTO INTENSO NAS

O QUE EXIGE MAIS CUIDADO DOS MOTORIS

O VERÃO NAEXPECTATIVA É DE MOVIMENTO INTENSO NAS

O QUE EXIGE MAIS CUIDADO DOS MOTORIST

Page 35: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

ALEXANDRE VIEIRA/FUTURA PRESS

AS RODOVIASESTRADAS BRASILEIRAS DURANTE AS FÉRIAS, TAS E ATUAÇÃO FIRME DO PODER PÚBLICO

AS RODOVIASESTRADAS BRASILEIRAS DURANTE AS FÉRIAS, TAS E ATUAÇÃO FIRME DO PODER PÚBLICO

Page 36: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

c h os no Nord este, no Norte eno Ce n t ro - O este.

M esmo longe da inf ra - est r u tu-ra ideal, a realidade é que as via-gens de ônibus ganharam fôlegocom a crise aérea. No Te r m i n a lRo d oviário Ti etê, o maior em mo-v i m e n to de passa g e i ros da Améri-ca Latina, com 1,6 milhão de em-b a rq u es e dese m b a rq u es porm ê s, as empresas re l a ta ram ex-pansão de 30% neste ano nas ro-tas tra d i c i o n a l m e n te ocu p a d a spelo setor aére o, que ligam SãoPaulo a outras ca p i tais como Be l oH o r i zo n te, Curitiba, Sa l vador e Riode Janeiro. A informação é do ge-re n te de Opera ç õ es da So c i ca m

doras têm capacidade técnica eeconômica, serviços de logísti-ca e de apoio para garantir efi-ciência, ra p i d ez e se g u ra n ç aaos passageiros. Mas o fato éque o segmento sofre com a fal-ta de estradas viáveis para cres-cer na proporção que merece”,afirma Marques. O presidente daA b av co n co rda. “A ex p a n s ã oainda é incipiente porque as es-tradas não ajudam muito.”

Segundo a Pesq u i sa Ro d o-viária CNT 20 07, 73,9% dos87. 592 quilômet ros analisa d osa p rese n tam algum tipo de de-ficiência, o que exige cu i d a-d os, es p e c i a l m e n te em tre-

ve í cu l os, por cruze i ros marítimosou vôos diretos para o ex te r i o r” ,a firma Ca r l os Alberto Amorim,p res i d e n te da entidade.

Mauricio Marques, presiden-te da Fresp (Federação das Em-presas de Transportes de Passa-geiros por Fretamento do Esta-do de São Paulo), diz que o tu-rismo rodoviário poderia cres-cer 15% a 20% a mais em ven-das, se não fossem as péssimascondições das rodovias. Princi-palmente no interior dos Esta-dos, é usual a prática de turis-mo rodoviário, daí a importân-cia de se ter uma infra-estrutu-ra apropriada. “As transporta-

Omedo de passar boap a rte das sonhadas fé-rias nos sa g u õ es dosa e ro p o rtos e as ve n d a s

re co rd es de ve í cu l os em 20 07 de-vem gerar uma corrida às est ra-das neste fim de ano e início de2008. Diante da eterna pre ca r i e-dade das ro d ovias do país, o fe-nômeno acende o sinal de alertap a ra moto r i stas e auto r i d a d es,que pre c i sam fa zer o dever deca sa para que o lazer não set ra n sforme em mais uma mara-tona de sof r i m e n to para os bra s i-l e i ros. Pa ra se ter uma idéia, dej a n e i ro a outu b ro deste ano, asm o n ta d o ras ve n d e ram 2 milhõesde ca r ros, superando o re co rd eh i st ó r i co de 1,94 milhão obt i d oem 1997, co n s i d e rado o melhorano para o setor auto m o b i l í st i co.

Na outra ponta, houve umaqueda de 25% na pro cu ra por pa-cotes tu r í st i cos aére os no país. Orefl exo na busca por viagens te r-rest res foi auto m á t i co. As pes-soas co m e ç a ram a usar seus pró-p r i os ve í cu l os para fa zer tu r i s m onum raio de 400 km ao redor desuas cidades. De aco rdo com aA b av (A ssociação Bra s i l e i ra dasAgências de Vi a g e m), isso fezcom que houvesse aumento de20% na pro cu ra por hotéis no en-torno das met r ó p o l es. “As pes-soas deixa ram de fa zer viagem deavião em pacotes tu r í st i cos e op-ta ram, principalmente, pelos se u s

ALERTA Fiscalização será intensificada nessas férias juntamente com o aumento de radares n

P O R ALINE RES K A L L A

Page 37: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 37

(e m p resa de tecnologia e se rv i ç osvo l tada para os sistemas de inte-g ração de tra n s p o rtes), Anto n i n oA l i b ra n d o, que administ ra o te r m i-nal. Nas férias de ve r ã o, Alibra n d oestima um mov i m e n to 8% maiorque no mesmo período do anop a ssa d o. Ele diz que um esq u e m aespecial está sendo montado parag a rantir a tranqüilidade dos pas-sa g e i ros. Haverá aumento de20% no quadro de funcionáriose as empresas, que também re-forçarão seus quadros, se r ã oo r i e n tadas a obedecer rigoro-sa m e n te os horários e agiliza ro ate n d i m e n to para ev i tar fi-l a s. “Te m os uma média de

s nas est radas para ev i tar abusos dos moto r i stas e diminuir acidentes

“O se g m e n tosof re com a

fa l ta deest ra d a s

v i á veis parac rescer na

p roporção quem e re ce"

M AU R I C I O M A RQ U ES,P R ES I D E N T E DA FR ES P

CELSO AVILA/FUTURA PRESS

FAÇA A SUA PA RT E

Cu i d a d os para uma viagem tra n q ü i l a

O percu rso• Conheça prev i a m e n te o itinerário de sua viagem• Cheque as co n d i ç õ es das ro d ovias fe d e rais do

p e rcu rso no site da CNT (w w w.c n t.o rg . b r) e do Dnit(w w w.d n i t.g ov. b r). No ca so das esta d u a i s, pro cu re a PRE

O ve í cu l o• A n tes de viajar, faça uma revisão co m p l eta• Ve r i fique as co n d i ç õ es dos pneus, dos equipamentos

o b r i g a t ó r i os (ex t i n to r, maca co, este p e, chave de ro d a ,triângulo etc), do sistema de iluminação e de sinaliza ç ã o

O co m p o rta m e n to• Leve os docu m e n tos obrigatórios do ve í culo e a CNH• O co n d u tor que tra n s p o rtar menores que não fo re m

p a re n tes até 3º grau pre c i sa de auto r i zação dos pais ou do Juizado de Menores

• Pa re 15 minutos a cada 2 horas de viagem• Res p e i te e obedeça a sinalização e os limites de

ve l o c i d a d e. O excesso de velocidade é a ca u sa damaioria dos acidentes

• U l t ra p a sse so m e n te um ve í culo por vez, em loca i sp e r m i t i d os e com abso l u ta ce rteza do sucessoda manobra

• Fa c i l i te a ultra p a ssagem de outro ve í cu l o• M a n tenha a distância de se g u rança para com o

ve í culo da fre n te• Ce rt i fi q u e - se que to d os os ocu p a n tes do ve í cu l o

estejam com o cinto de se g u ra n ç a• Se beber, não dirija. Álcool e direção não co m b i n a m

✔ Em ca sos de emergência ou denúncia, d i sque 191 e acione a PRF

Fo n te: PRF

Page 38: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14838

1 .300 partidas de ônibus pordia e esse número deve se rampliado em 250”.

Na ro d oviária de Belo Horizo n-te, o mov i m e n to deve cresce r50% a partir do dia 10 de deze m-b ro, a mesma expansão re g i st ra-da nas férias do final do ano pas-sa d o, segundo o gere n te do te r-minal, Rica rdo Co u t i n h o. Embar-cam e dese m b a rcam ce rca de 34mil pessoas por dia no local. Co u-tinho diz que, pelo menos em BH,não houve aumento signifi ca t i vo

FLUXO Mesmo com corrida para as rodovias, aeroportos devem m

Venda de pacotes cresce 15%VOÔS INTERNACIONAIS

Sem enf re n tar a mes-ma fila dos vôos domést i-cos e ainda impulsionadospelo dólar cada vez maisb a i xo, os vôos inte r n a c i o-nais são a grande ve d etedo turismo bra s i l e i ro nes-te fim de ano. A Abav (A s-sociação Bra s i l e i ra dasAgências de Vi a g e m) est i-ma em 15% o cresc i m e n tonas vendas de pacotesn esse se g m e n to, enquan-to no país o que se vê é aret ração de 20% nas de-mandas por viagens aé-reas nacionais. Pa ra a Eu-ropa, rota que também setornou atra t i va pela des-va l o r i zação de 30% doe u ro fre n te ao real, nestea n o, ainda é poss í vel ga-rantir a passagem.

E para garantir que op a sseio dos bra s i l e i rosnão se torne uma via-crú-c i s, os órg ã os que admi-n i st ram o sistema aére o,sob o comando do Minis-tério da Defesa, gara n te mque uma grande opera ç ã ode fim de ano vai gara n t i ra tranqüilidade dos pas-sa g e i ros.

Em nota enviada à im-p re n sa, o minist ro Nelso nJobim afirma que as me-didas necessárias já es-

tão sendo discutidas ea d otadas pela Inf ra e ro,pela Anac (Agência Nacio-nal de Aviação Civil), peloComando da Ae ro n á u t i cae por outros órg ã os deg ove r n o. Uma delas, se-gundo Jobim, é a co n t ra-tação temporária dea p rox i m a d a m e n te 500f u n c i o n á r i os te rce i r i za-d os para auxiliar nas ope-ra ç õ es da Inf ra e ro, princi-p a l m e n te nos equipamen-tos de ra i os X.

Pa ra reduzir as fi l a sd u ra n te esse período,além da co n t ra tação det ra b a l h a d o res te rce i r i za-d os para a Inf ra e ro, est áp rev i sto o aumento dese rv i d o res da Polícia Fe-d e ral. Segundo Jobim, om i n i st ro da Justiça, Ta rsoG e n ro, pro m eteu co n t ra-tar funcionários adminis-t ra t i vos que possam ass u-mir atividades-meio hojeo cupadas por policiais fe-d e ra i s. Isso liberaria maisa g e n tes nos guichês dep a ssa p o rte e agilizaria ofl u xo. O ministério acre d i-ta que esse se rviço ta m-bém deverá se to r n a rmais ágil com os novosp a ssa p o rtes, que já est ã osendo fo r n e c i d os pela PF.

PRF VAIINSTALAR

RADARES NASESTRADAS

MAIS CHEIAS

500

Page 39: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 39

no fl u xo de passa g e i ros em fun-ção da crise nos aero p o rtos. As li-nhas que fa zem o trecho BH-S ã oPaulo chegaram a re g i st ra r, noauge do ca os aére o, demanda20% maior, mas esse fe n ô m e n o,segundo o gere n te, já se reve rte u .

Pa ra administ rar o aumentono fl u xo e ev i tar tra n sto r n os aosp a ssa g e i ros, a administ ração daro d oviária já iniciou a te m p o ra d ade re u n i õ es com os re p rese n ta n-tes das empresa s, cuidando dosh o r á r i os de implantação de linhas

ex t ras e da logíst i ca especial def é r i a s. “Va m os ev i tar que os ôni-bus ex t ras operem antes das 22 h ,p a ra não co n g estionar ainda maisos horários de pico. A est ratégia ép l a n e j a m e n to”, diz Co u t i n h o. Elea firma que o reforço de pesso a l ,da se g u rança ao ate n d i m e n to aousuário e co nv ê n i os com órg ã osde trânsito são as alte r n a t i va sp a ra minimizar os co n g est i o n a-m e n tos no entorno do terminal efechar as portas para a violência.

Nas est ra d a s, porém, a so rteestá lançada. Pa ra se ter umaidéia, dura n te a Operação Ve r ã oda Polícia Ro d oviária Fe d e ral en-ce r rada em março deste ano, fo-ram 1.400 mortos em 27 mil aci-d e n tes, número 7% maior que noano ante r i o r, cresc i m e n to trágicoque se re p ete a cada ano. O pre-j u í zo ca l culado pelo Ipea (Inst i tu-to de Pesq u i sas Eco n ô m i cas Apli-ca d a s), apenas nos 80 dias dao p e ra ç ã o, foi de R$ 1,5 bilhão. Ovalor é o mesmo que a Au to BA ni nvestiu nos 31 6 ,75 km do Siste m aA n h a n g ü e ra - Ba n d e i ra n tes desd e1 9 97, quando assumiu o tre c h o, eque permitiu uma redução de23% nos índices de acidentes ede 48% no número de mortes emd ez anos. O sistema liga a ca p i ta lp a u l i sta à região de Ca m p i n a s. Éco m p osto pelas ro d ovias Anhan-g ü e ra (SP 330), Ba n d e i ra n tes (S P3 48), Dom Gabriel Paulino Bu e n oCo u to (SP 300) e a inte r l i g a ç ã oAd a l b e rto Pa n zan (SP 102/330 ) .Tem um fl u xo médio de 300 mil

JUNIOR LAGO/FUTURA PRESS

m m a n ter bom mov i m e n to dura n te as férias

A E RO P O RTO EM TRA N S E

Saiba como minimizar os tra n sto r n os

P rev i n a - se do pre j u í zoa. Exija info r m a ç õ es detalhadas so b re o vôo no check in. A

companhia aérea deve informar o tempo mínimo de atra so,se houve r

b. Ca so perceba dive rgência entre as info r m a ç õ es re ce b i d a so ra l m e n te e aquelas nos painéis, tire fotos, anote os dadosfo r n e c i d os e o nome do funcionário que os re p a sso u

c . Se não desejar mais viajar, dirija-se à empresa e fo r m a l i ze opedido de des i stência e re e m b o l so da passagem e des p esa sefetu a d a s

d. Se o vôo foi ca n ce l a d o, pro cu re a companhia para saber ohorário do próximo vôo disponíve l

e. Se for obrigado a fi car muitas horas no aero p o rto, guarde odas as notas fi scais (do almoço ao hotel). Pro cu re a co m p a n h i aa é rea para obter o re e m b o l so. Se não for ate n d i d o, o ca m i n h oé a Just i ç a

f. Bi l h etes emitidos e ca n ce l a d os devem ser utiliza d os ematé 12 meses.

Au m e n te suas chances de embarq u ea . Ligue para a companhia aérea para co nfirmar a rese rva. Isso

ev i ta que você seja enca rado como um potencial no-show(apelido dos passa g e i ros que não apare cem para embarca re não ca n celam as rese rva s)

b. Q u a n to mais cedo for fe i to o check in, menor é a chance de nãov i a j a r. Chegue ao aero p o rto com mais de 1 hora de ante ce d ê n c i a ,em ca so de vôo nacional. Se for internacional, chegue maisde 2 horas antes

c. G esta n tes, crianças, idosos e porta d o res de necess i d a d esespeciais têm prioridade no check in e no embarque

d. Se necess i tar de embarque urg e n te, esteja com um co m p rova n tedo co m p ro m i sso a ser cumprido e exija o endosso imediatodo bilhete

P rote j a - se do ex t ravio da bagagema. Ca so sua bagagem seja danifi cada ou ex t raviada, não deixe o

a e ro p o rto antes de fa zer uma reclamação formal, por esc r i tob. A companhia aérea tem que fo r n e cer formulário no qual o

c l i e n te informará os itens perd i d osc. Exija re e m b o l so do que pre c i sar co m p ra r, até a devolução da

bagagem, guardando todas as notas fi scais e re c i b os.

Fo n te: Inst i tu to de Defesa do Co n s u m i d o r

Page 40: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

S i te orienta moto r i sta sPESQUISA RODOVIÁRIA

Quem sai de Belo Hori-zonte em direção ao Espíri-to Santo ou ao Rio de Janei-ro, tradicionais dest i n osdos mineiros, vai encontrarro d ovias com pav i m e n toem co n d i ç õ es re g u l a res.Para o Rio, a principal rota éa BR-040. Segundo a Pes-quisa Rodoviária CNT 2007,pavimento, geometria e si-nalização estão regulares.Para o Espírito Santo, a rotaé a BR-381, cujo pavimentoestá em boas co n d i ç õ es,e n q u a n to sinalização egeometria são classificadascomo regulares.

Já os paulistas, que malpodem esperar para deixara capital rumo às cidadesdo litoral do Estado, nãotêm que se preocupar coma situação das vias (Rodo-via dos Bandeirantes, Cas-telo Branco e Raposo Tava-res, principalmente), ape-nas com o tradicional au-mento no tráfego e as es-peradas retenções.

Afinal, os dez melho-res tre c h os ava l i a d ospela CNT estão em SãoPa u l o. “Os moto r i sta sp re c i sam apenas fa zer asua parte e dirigir co mprudência”, alerta o ins-p etor da PRF, Paulo Ba h i a .

De São Paulo para o suldo país, a situação das ro-dovias também é favorávelaos viajantes. Se o destinofor Foz do Iguaçu, porexemplo, o trajeto inclui asBRs 116, 277 e 376, todasavaliadas pos i t i va m e n tepela pesquisa.

Quem deixa o Rio de Ja-neiro rumo à Bahia, trafe-

gará pelas vias federais 116,393 e 458, que se encon-tram em condições regula-res, o mesmo oco r re n d ocom quem segue de Salva-dor rumo a Natal (BRs 101,230, 235 e 349). Na BR-116,que faz a ligação entre acapital fluminense, Teresó-polis e Além-Paraíba, o mo-torista tem que se preocu-par apenas com as curvassinuosas e algumas obrasna pista. Para a Região dosLagos, as vias também es-tão em bom estado.

No Nord este, Fo rta l ezatambém é um dos destinospreferidos dos brasileiros.Turistas do Sul, Sudeste ecapitais do Nordeste (exce-to Teresina e São Luis), che-gam à cidade pela BR-101.Segundo a pesquisa da CNT,na Bahia, a est rada est ácom pavimento em condi-ções regulares, mas enfren-ta problemas de sinaliza-ção, considerada ruim, e nageometria. Mas em Alagoas,as condições pioram de for-ma generalizada. E, por fim,o motorista pegará nova-m e n te a BR-116, ava l i a d acomo regular no trecho atéFortaleza.

O moto r i sta que quise rse informar so b re as co n-d i ç õ es das est radas antesde viajar pode acessar os i te da Co nfe d e ração Na-cional do Tra n s p o rte -w w w.c n t.o rg , b r, que co l o-cou à disposição ummapa detalhado da malharo d oviária e a situ a ç ã od os tre c h os, já com os re-s u l ta d os da Pesq u i sa Ro-d oviária 20 07.

ve í cu l os por dia, número que, se-gundo o diretor da co n cess i o n á-ria, Geraldo Ribeiro, está 7,7% aci-ma da média do ano passa d o. Ain-da sem a est i m a t i va de cresc i-m e n to no tráfego em função dasf é r i a s, Ribeiro afirma que a Au to-BAn, assim como a PRF, rea l i za r ásua operação especial de ve r ã o,que deve começar por vo l ta dodia 15 de deze m b ro.

Para evitar que os númerostrágicos do verão passado serepitam, a PRF promete apertaro cerco aos motoristas infrato-res, instalando mais 500 rada-res nas estradas mais movimen-

tadas. O inspetor Pedro Bahia,da PRF de Brasília, admite queos investimentos em infra-es-t r u tu ra não aco m p a n h a ra m ,nem de longe, o crescimento dafrota. “O próprio efetivo da PRFé o mesmo de dez anos atrás”,diz o policial.

D os R$ 15,2 bilhões auto r i-za d os para se rem gastos esteano com as obras do PAC (Pro-g rama de Ace l e ração do Cres-c i m e n to), apenas R$ 4,4 bi-l h õ es fo ram efet i va m e n tea p l i ca d os de janeiro a outu-b ro, incluindo o pagamentode ações iniciadas no ano

ÔNIBUS Administração do Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, e

Page 41: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 41

q u a se três meses da Opera ç ã oVerão 2008. Segundo Pe d ro Ba-hia, o fl u xo deve aumentar ce rcade 40% a partir de mea d os ded eze m b ro e a situação é pre o cu-p a n te. “Já tínhamos um quadroco m p l i ca d o, que piorou basta n tecom a crise aérea”, afirma. A PRFre co r rerá também ao patrulha-m e n to aéreo para identifi car ost re c h os mais tu m u l tu a d os e agi-l i zar o ate n d i m e n to a vítimas.“ Também es p e ra m os re ceber no-vas viatu ras nesse período.”

Pa ra a Abrati (A ssociação Bra-s i l e i ra de Tra n s p o rte Te r rest re dePa ssa g e i ros), no enta n to, nem oa u m e n to da demanda, co n s i d e ra-do pontual pela asso c i a ç ã o, fa r ácom que o setor deixe de fe c h a rmais um ano no ve r m e l h o. O pres i-d e n te da entidade, Sérgio Au g u stoAlmeida, diz que as péssimas co n-d i ç õ es das est radas co n t r i b u e mp a ra um aumento de até 30% nocu sto de operação das empresa sde ônibus, tra zendo não só pre j u í-zos como um desco nfo rto para osu s u á r i os do sistema, que têm suasviagens aumentadas em até 50%no número de hora s. Nessas fé-r i a s, segundo Almeida, o setor es-p e ra o tradicional aumento de50% no mov i m e n to. “O ano de20 07 não foi dos melhores para osetor de tra n s p o rte ro d oviário dep a ssa g e i ros.” ●

p a ssa d o. É uma exe cução in-ferior a 30%.

O Plano de Lo g í st i ca para oB rasil, lançado pela CNT, aponta496 pro j etos co n s i d e ra d os est ra-t é g i cos que exigiriam invest i m e n-to ainda maiores, de R$ 223,8 bi-l h õ es. Os re cu rsos seriam aplica-d os em to d os os modais do tra n s-p o rte para eliminar os garg a l os dai nf ra - est r u tu ra e garantir cresc i-m e n to nos próximos 30 anos.

E n q u a n to medidas est r u tu ra i snão saem do papel, a alte r n a t i vaé remanejar as escalas dos 9. 5 0 0a g e n tes da co r p o ra ç ã o, que tra-balharão em tempo inte g ral nos

o, estima aumento de 30% para este ano

MARCELLO LOBO V I AJE TRA N Q Ü I LO DE ÔNIBUS

Co nfi ra dicas para sua proteção e seus dire i tos

P revina pre j u í zos• Chegue ao terminal com pelo menos 30 minutos de ante ce d ê n c i a• Em hipótese alguma deixe que um est ranho tome co n ta de

suas malas• Veja se há limite de peso/volume para bagagem• I d e n t i fique a mala por dentro e por fo ra com endereço de

origem e de dest i n o• Se est i ver tra n s p o rtando prese n tes, levar na bagagem de

mão as notas fi sca i s• Ca r regar os docu m e n tos pessoais e objetos de va l o r, como jóias,

também na bagagem de mão• Exija que um funcionário da empresa tra n s p o rta d o ra identifi q u e

toda a bagagem com um tíquete próprio, do qual uma parte fi cacom o passa g e i ro

• Atenção aos perte n ces de mão, principalmente nas paradas eesca l a s, momentos em que podem oco r rer ro u b os e furtos

• Ao chegar ao local de dest i n o, ve r i fique se todas as malas est ã oem perfe i to esta d o. Em ca so de perda ou ex t rav i o, entre emco n ta to imediata m e n te com a empresa e fo r m a l i ze a re c l a m a ç ã o

I nfo r m e - se• As empresas de ônibus devem manter painéis ou ca rta zes

d i scriminando o dest i n o, horários de saída e pre ç o, em lugarv i s í vel e de fácil acesso

• Fique ate n to quanto ao se g u ro fa cu l ta t i vo, cujo valor ousuário não é obrigado a pagar

• Se for embarcar passa g e i ro menor de idade, pro cu re o postodo Juizado de Menores da ro d ov i á r i a

Seus dire i tos• No ca so de interrupção ou atra sos superiores há duas hora s,

o passa g e i ro tem dire i to a alimentação e pousada por co n tada empresa

• Em ca so de des i stência da viagem, as empresas são obrigadasa devo l ver o valor da passagem (d esco n ta d os 5%), desde queco m u n i cada com ante cedência de até 3 hora s

• O Esta tu to do Idoso gara n te dois asse n tos gra tu i tos em viagensde ônibus inte restaduais para pessoas com 60 anos ou mais, quep re c i sam co m p rovar renda de até dois sa l á r i os mínimos

• Se a cota legal já est i ver co m p l eta, a empresa é obrigada avender as passagens por 50% do valor original

✔ Denúncias ou re c l a m a ç õ es: vá ao posto da ANTT da ro d oviária ou ligue 0800-61 030 0

Fo n tes: Pro co n -SP e So c i ca m

Page 42: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 43: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 44: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14844

Ores u l tado do bem-s u cedido leilão desete tre c h os de ro-d ovias pro m ov i d o

pelo governo Lula em outu-b ro respingou no Estado deSão Pa u l o. O deságio de 65%n os pre ç os dos pedágios ofe-recido pela empresa ve n ce-d o ra de cinco desses tre c h os,a espanhola OHL, fez com queo governo paulista mudasseno meio do caminho as re-g ras para a co n cessão do tre-cho oeste do Rodoanel MárioCova s, co m p l exo de ro d ov i a sem torno da ca p i tal paulista ,

que deve ser leiloado no iní-cio de 20 0 8 .

As re g ras antigas prev i a mque ve n ceria o leilão a empresaque ofe rta sse a maior outo rg aem dinheiro (mínimo de R$ 1,6b i l h ã o). O pedágio estava est i-pulado em R$ 4,40 e o períodode co n cess ã o, em 25 anos. Dea co rdo com a nova modelagem,vai ve n cer quem estipular omenor preço de pedágio (n omáximo R$ 3). A outo rga foi fi-xada em R$ 2 bilhões e o te m p ode co n cess ã o, em 30 anos.

A dife rença básica com re l a-ção ao modelo fe d e ral que bali-

zou o leilão dos sete tre c h os,que tota l i zam 2.600 km, é a ou-to rga de R$ 2 bilhões. O gove r-no fe d e ral não co b rou nadapelo dire i to de ex p l o ração dasro d ov i a s. O dinheiro da outo rg aexigida pelo governo paulistad eve ser usado na co n st r u ç ã odo trecho sul do Rodoanel, queestá orçado em R$ 3,6 bilhões.

Pa ra tra fegar pelo Ro d o a-nel, os moto r i stas devem pa-gar R$ 0,0 9/km, valor maisca ro que o prev i sto para aFernão Dias (que liga SãoPaulo a Belo Horizo n te) - se-gundo a pro p osta da OHL, a

PEDÁGIO

MUDANÇA

P O R E DSON CRUZ

DE RU M OS U C ESSO DE LEILÃO DE RO D OV I AS FEDERAIS ALT E RAPREÇO PREVISTO PA RA LICITA Ç Õ ES EM SÃO PAU LO

TA R I FA ALTA Tr â n s i to de a

Page 45: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 45

ta r i fa deve fi car em R$ 0,0 1por quilômet ro rodado ass i mque entrar em opera ç ã o. Masa ta xa a ser paga no Ro d o a n e lé bem menor do que a co b ra-da por co n cessionárias deo u t ras ro d ovias paulista s.H o j e, o moto r i sta que tra fe g apela Anchieta - I m i g ra n tes,co m p l exo que liga a ca p i ta lao lito ral sul e ao porto deSa n tos, tem que dese m b o l sa rR$ 0, 26 por quilômet ro ro d a-d o. Na Ba n d e i ra n tes, acessoà região de Ca m p i n a s, o pre-ço é de R$ 0,12.

A pesq u i sa “Das Co n cess õ esRo d oviárias às Pa rcerias Públi-co - P r i vadas: Pre o cupação co mo Valor do Pe d á g i o”, do Ipea( I n st i tu to de Pesq u i sa Eco n ô m i-ca Aplica d a), most ra que o pe-dágio nas ro d ovias Anhangüerae Ba n d e i ra n tes teve um aumen-to real de 20 4% no período en-t re 1994 e 2006 em relação aoIPC (Índice de Pre ç os ao Co n s u-m i d o r) da Fipe (Fundação Inst i-tu to de Pesq u i sas Eco n ô m i ca s) .Ou seja, mais que triplicou nes-ses anos.

Au to res da pesq u i sa doI p ea, Rica rdo Pe re i ra So a res eCa r l os Álva res da Silva Ca m-p os Neto dizem que é inegáve lque a política de co n cess õ estem melhorado as co n d i ç õ esdas ro d ovias pedagiadas, maschama a atenção o grande nú-m e ro de praças de pedágios

que surg i ram nos últimosa n os, principalmente nas re-g i õ es Su d este e Sul.

O estudo co m p rovou queex i stem pelo menos 321 pontosde co b ranças no Brasil (39 dog overno fe d e ral e 282 das co n-cessionárias priva d a s). As co n-cessionárias privadas co n t ro-lam 90% das est radas com pis-ta dupla e respondem por ce rcade 40% do tráfego de ve í cu l osdas ro d ovias bra s i l e i ra s, embo-ra signifique apenas 6% da ma-lha ro d oviária nacional. Pa rae l es, o pior é que a maior parted os pro d u tos que abaste cem asprincipais cidades bra s i l e i ras éo n e rada ao ter que tra fegar porro d ovias pedagiadas. Ou se j a ,i n d i reta m e n te, outros cidadãosb ra s i l e i ros também estão pa-gando as ca ras ta r i fa s.

Não foi à toa que, após oleilão de outu b ro, o TCU (Tr i-bunal de Co n tas da União) or-denou que a ANTT (Ag ê n c i aNacional de Tra n s p o rtes Te r-rest res) reava l i a sse os co n-t ra tos de co n cessão de ro d o-vias fe d e rais priva t i zadas em1990 e que gara n tem uma re n-tabilidade entre 17% e 24% aoano para os co n cess i o n á r i os.Pe rce n tuais de lucro inace i t á-veis pelo tribunal num ce n á-rio de economia est á vel.

A ANTT não viu mot i vos pararever os co n t ra tos. Técnicos daagência disse ram que os co n-e a u to m ó veis em uma das praças de pedágio instaladas no Estado de São Pa u l o

ADRIANO LIMA/FUTURA PRESS

Page 46: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14846

R E V I S Ã O Re g ras de co n cess ã o d

revisão nas re g ras dos co n t ra-tos das ro d ovias co n cess i o n a-d a s. “Eles fo ram fe i tos há maisde dez anos numa outra rea l i-d a d e. So m os co n t ra a quebrade co n t ra to, mas é pre c i so ade-quar as re g ras ao novo ce n á r i ob ra s i l e i ro, desde que seja decomum aco rdo com as empre-sas co n cess i o n a d a s.” Ele ta m-bém defende a ampliação dab a se de pagantes como a me-lhor maneira de deso n e rar osp re ç os dos pedágios.

Em to d os os co n t ra tos emvigor no Brasil há cláusulas queexigem obras periódicas dasco n cess i o n á r i a s, mas a co n tag e ra l m e n te é paga pelo usuáriodas vias no rea j u ste anual dosp e d á g i os. Pa ra técnicos da

t ra tos são co n s i d e ra d os atosj u r í d i cos perfe i tos e inco n test á-ve i s. Fo ram rea l i za d os numtempo em que o risco Bra s i l(que determina o grau de insta-bilidade eco n ô m i ca do país) eraa l t í ssimo e as ta xas de jurosc h e g avam a 26% ao ano.

E s p e c i a l i sta em dire i to doE stado e estu d i oso em priva t i-za ç õ es, o professor da PUC-S P,Luiz Ta rcísio Te i xe i ra Fe r re i ra ,diz que é impensável uma re-p a c tuação com relação aosco n t ra tos vigentes. Mesmo por-que qualquer mudança nas re-g ras impostas pelo governo iriainibir invest i m e n tos inte r n a c i o-n a i s. “Num mundo globaliza d o,a so b e rania dos Esta d os nacio-nais choca - se com o poder das

g ra n d es empresas multinacio-n a i s. A possibilidade de que ase m p resas possam agir livre-m e n te em to d os os merca d os écondição para que haja invest i-m e n to. Quando há quebras deco n t ra tos, simples m e n te as em-p resas deixam de investir nop a í s”, diz o es p e c i a l i sta.

De aco rdo com Fe r re i ra, háo u t ras formas de reduzir o pre-ço do pedágio sem alte ra ç õ esde co n t ra tos vigentes. “O me-lhor é deso n e rar os co n cess i o-n á r i os de obrigações ex i ste n tesn os co n t ra tos”, diz o professo r.Com isso, obras pro g ra m a d a spoderiam ser ca n ce l a d a s.

O pres i d e n te da ABCR (A sso-ciação Bra s i l e i ra de Co n cess i o-nárias de Ro d ov i a s), Moacy r

D u a rte, co n co rda. Ele diz que omelhor era rever o cro n o g ra m ade invest i m e n tos com a suaco m p a t i b i l i zação com a evo l u-ção efet i va do fl u xo de ve í cu l os.“ O u t ras alte r n a t i vas seriam au-m e n tar o número da base dep a g a n tes, com um maior núme-ro de praças de pedágios e ins-talação de praças auxiliares, eque o governo bra s i l e i ro pro p i-c i a sse melhor acesso às linhasde fi n a n c i a m e n to do BNDES ei se n ta sse as co n cess i o n á r i a sdo pagamento de tributo so b reos invest i m e n tos rea l i za d os.”

Re c é m - e l e i to pres i d e n te daN TC (A ssociação Nacional doTra n s p o rte de Ca rga e Lo g í st i-ca), o empresário Flávio Be n a tt idiz que a entidade defende uma

CO M PARE OS PREÇOS DE PEDÁGIO EM SP

Anchieta-Imigrantes R$ 0,26 1998 Ecovias Com outorga

Bandeirantes R$ 0,12 1998 AutoBAn Com outorga

Anhanguera R$ 0,12 1998 AutoBAn Com outorga

Nova Dutra R$ 0,07 1990 Nova Dutra Menor ta r i fa de pedágio

Fernão Dias (*) R$ 0,01 2007 OHL Sem outo rga e com teto

para o pedágio

(*) Preço estimado

Rodovia Ta r i fa porkm ro d a d o

Ano da co n cess ã o

Ad m i n i st ra d o ra Modelo deco n cess ã o

Page 47: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 47

to rga com o menor preço dop e d á g i o.

A empresa ve n ce d o ra nomodelo no Pa raná, que vigorad esde 1996, é a que se co m p ro-m eteu a co n struir o maior nú-m e ro de tre c h os de ro d ov i a s. APPP vai ser usada nos 15 ou 16l e i l õ es ro d ov i á r i os que o gove r-no de Minas Gerais pretende fa-zer nos próximos meses. Nessamodelagem, a empresa ve n ce-d o ra re cebe um subsídio do go-verno que, por sua vez, é quemestipula o preço dos pedágios.

Autores da pesquisa do Ipea,Ricardo Pereira Soares e CarlosÁlvares da Silva Campos Netodizem que há três variáveis im-portantes na es colha de umaempresa vencedora de uma lici-tação rodoviária. É preciso seconsiderar o preço da tarifa depedágio, o fluxo de veículos (de-manda) e o prazo de concessão.

De aco rdo com eles, melhorseria se os pro cessos licita t ó-r i os fossem defi n i d os a favo rdas empresas que aprese n ta s-sem a melhor combinação en-t re o menor preço de pedágio eo menor tempo de co n cess ã o. Aredução do pra zo est i m u l a r i ao u t ras firmas a participar de li-c i ta ç õ es e induziria as co n ces-sionárias a invest i rem em pro-dutividade para se mante re mno negócio. ●

o do trecho oeste do Rodoanel paulista sof re ram alte ra ç õ es após licitação de tre c h os de ro d ovias fe d e ra i s

A N T T, outra forma poderia ser aredução de ce rtos luxos ofe re-c i d os por algumas co n cess i o-n á r i a s. Na ro d ovia Imigra n tes,em dias de mov i m e n to, até 70g u i n c h os são co l o ca d os à dis-p osição dos usuários.

Uma outra maneira de re d u-zir as ta r i fa s, de aco rdo com oses p e c i a l i stas da ANTT, seria amudança na forma da co b ra n-ça de pedágio. Em vez de osu s u á r i os pagarem ta r i fa sc h e i a s, como aco n te ce nosprincipais pontos bra s i l e i ros,as empresas poderiam adota ro modelo europeu. Nesse tipode modelagem de co b rança, ousuário só paga por tre c h osefet i va m e n te perco r r i d os.

Mas os próprios técnicos da

ANTT re co n h e cem que esse mo-delo atu a l m e n te seria inade-quado para a realidade bra s i l e i-ra já que os meca n i s m os deco n t role são frágeis. De aco rd ocom eles, em alguns tre c h os daN ova Dutra (São Paulo ao Rio deJ a n e i ro), 90% dos usuáriosnem pagam pedágio porque hám u i tas rotas de fuga. Os usuá-r i os co n seguem se livrar do pa-g a m e n to passando por vias al-te r n a t i vas loca l i zadas em cida-d es à margem da ro d ov i a .

M O D E LOS Atu a l m e n te, ex i stem no

B rasil cinco modelagens deco n cess õ es de ro d ovias: co mo u to rga, sem outo rga e co mteto para o pedágio, o misto,

o modelo para n a e n se e asP P Ps (Pa rcerias Público - P r i-va d a s) originais.

No modelo com outo rga, ae m p resa que ofe re cer o maiorvalor para o Estado ve n ce aco n corrência. Esse modelo é odas ro d ovias paulistas Anchie-ta / I m i g ra n tes e Ba n d e i ra n-tes/A n h a n g ü e ra .

No segundo modelo, é ve n-ce d o ra da licitação a empresaque ace i tar re ceber o menorpedágio sem ter que pagarnada para o Esta d o. Foi o usa-do pelo governo no leilão dosc i n co tre c h os em outu b ro. Nos i stema misto, que vai se ra d otado em São Paulo no lei-lão do Rodoanel, ve n ce a em-p resa que ofe re ce a maior ou-

ARMANDO AUGUSTO/DERSA/DIVULGAÇÃO

Page 48: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14848

Pela malha ro d ov i á r i abrasileira boa parte dariqueza do país é trans-p o rtada. Nas mudan-

ças de marchas e aceleradas doscaminhoneiros, o Brasil se de-senvolve, porém, os profissionaise empresas do setor, vitais paraa saúde da economia, est ã oameaçados. Um retrato da situa-ção alarmante ocorre no Estadomais rico da União. Em São Pau-lo, o roubo de cargas em rodo-vias começa a crescer e já causapreocupação. Por causa da vio-lência, algumas empresas recu-sam tra n s p o rtar dete r m i n a d a s

cargas e diminuem seus lucrossó para evitar assaltos.

As esta t í st i cas mais pre c i sas ere ce n tes so b re assa l tos em ro d o-vias paulistas fo ram divulgadaspela Fetcesp (Fe d e ração das Em-p resas de Tra n s p o rte de Ca rgas doE stado de São Pa u l o) em parce r i acom a Setcesp (S i n d i ca to das Em-p resas de Tra n s p o rtes de Ca rga doE stado de São Pa u l o). De aco rd ocom o estudo das entidades, em2006 re g i st ro u - se, em média, 51 3, 2o corrências de roubo de ca rg a spor mês. Neste ano, o leva n ta m e n-to revelou que oco r re ram 4. 656 as-sa l tos até sete m b ro, o que perfaz a

média de 517 por mês, gera n d ouma elevação de 0,78%.

Da média de ro u b os mensa i s,1 6 , 58%, co nforme o estu d o, oco r-re ram em ro d ov i a s. A campeã nes-se ques i to é a Anhanguera, queresponde por 15,1 6% do total. Ad-m i n i st rada pela co n cess i o n á r i aAu to BAn desde 1998, a est ra d aco n ta com um policial ro d ov i á r i oem todas suas ca b i n es de pedá-g i o. A assessoria de impre n sa dae m p resa afirmou que, mesmo nãotendo poder de polícia, a co n ces-sionária auxilia as auto r i d a d esd i s p o n i b i l i zando as imagens desuas câmeras de se g u ra n ç a .

O assessor de se g u rança daSetces p, co ronel Paulo Ro b e rto deSo u za, avalia que a esta t í st i ca del i g e i ro aumento no roubo de ca r-gas demonst ra a necessidade dea tenção com os ca m i n h õ es em ro-d ov i a s. Em sua análise, entreta n to,não é poss í vel enco n t rar uma ra-zão es p e c i fi ca para os assa l tos emro d ovia, como fa l ta de policiamen-to, por exe m p l o. “Medidas de se g u-rança já fo ram to m a d a s, e hoje oroubo de ca rgas oco r re em gra n d ep a rte dentro das cidades”, declara .

M est re em dire i to pela USP( U n i ve rsidade de São Pa u l o), o ad-vogado Rodrigo Maluf diz que as

ROUBO DE CARGAS

P O R P E D RO BLANK

PERIGO NASEST RA DAS

AU M E N TO NAS OCO R R Ê N C I AS EM TREC H OS PAU L I STAS ALERTAPA RA O CRESC I M E N TO DE ASSA LTOS A CA M I N H O N E I ROS

Page 49: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 49

co n cessionárias não podem to-mar nenhuma ação direta paraco n ter o problema de violênciaco n t ra os ca m i n h o n e i ros. Dessaforma, a polícia é o único órg ã ocom poder de prender e abord a rp oss í veis suspeitos. “A se g u ra n ç ap ú b l i ca não pode ser te rce i r i za d apor um pre ce i to co n st i tucional. Osp a t r u l h e i ros das co n cess i o n á r i a sestão na ro d ovia para ajudar e so-co r rer ca so seja necess á r i o. O ro u-bo de ca rga é um problema de se-g u rança pública .”

As seqüelas de uma situ a ç ã ode pânico ato r m e n tam os ca m i-n h o n e i ros, maiores vítimas dessa

escalada da violência nas est ra-d a s. V. M., paulista, foi ro u b a d opela primeira vez em 20 03, naA n h a n g u e ra. Na oca s i ã o, aca b o ud e m i tido no dia se g u i n te. Co mmedo de novas reta l i a ç õ es, pedep a ra o seu nome não ser publica-d o. “Fui abordado por quatrop essoas vestidas de policiais fe-d e rais e ameaçado de morte. Le-va ram tu d o. Ninguém imagina oque é um assa l to. Amarra ra m - m e,j o g a ram no mato e apenas fui so-corrido na manhã se g u i n te porum ônibus de tu r i s m o. O patrãonão me auxiliou e me mandoue m b o ra um dia depois.”

"Acho quei nvest i r1 3% do

fa tu ra m e n toem se g u ra n ç a

p re j u d i caq u a l q u e re m p resa"

N a tu ral de Guarulhos, José He-leno é autônomo, acumula deza n os de profi ssão e alguns assa l-tos. O momento mais deses p e ra-dor aco n te ceu este ano. Quandodirigia rumo a Capão Bo n i to (S P ) ,pela SP-258, Heleno foi abord a d opor três pessoas armadas e per-deu R$ 6.000 em dinheiro. Os ban-d i d os des i st i ram de levar o ca m i-nhão em virtude do ra st rea d o r. “Atecnologia ev i ta o ro u b o, pois é fá-cil achar o ca m i n h ã o. Mas o meup re j u í zo de R$ 6.000 ninguém as-sumiu. Pa ra o ca m i n h o n e i ro, ém u i to te r ro r i s m o.”

O Comando de Po l i c i a m e n toD O N I Z E T E PAT R I A N E,

DIRETOR DA DVA EXPRESS

M A RC E L LO LO BO

O CO R R Ê N C I AS Trecho da Ba n d e i ra n tes, ro d ovia que está entre as que mais sof rem assa l to em São Pa u l o

Page 50: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14850

????? ???????

tese de que os ca m i n h õ es não sãoa l vos fáceis nas est ra d a s.”

A pre o cupação com a se g u ra n-ça acaba elevando o preço dot ra n s p o rte. O diretor da DVA Ex-p ress, Donizete Pa t r i a n e, info r m aque investe 13% de seu fa tu ra-m e n to bruto em equipamentos ese rv i ç os de se g u rança. “Acho quei nvestir 13% do fa tu ra m e n to emse g u rança pre j u d i ca qualquer em-p resa. Só que não há alte r n a t i va ” ,diz Pa t r i a n e, apontando que osm a i o res gastos se co n ce n t ram emra st rea m e n to e monito ra m e n tod os ca m i n h õ es. “Graças aos nos-sos invest i m e n tos, o número de

que as co n cessionárias fo r n e ç a mv i a tu ras e equipamentos para aspolícias ro d ov i á r i a s.

Pa ra o co ronel So u za, a parce-ria entre o poder público e a ini-c i a t i va privada tem pro d u z i d obons res u l ta d os, embora as esta-t í st i cas dete c tem um ligeiro au-m e n to no número de assa l tos deca rga. So b re os ro u b os re g i st ra-d os em 20 07 e aponta d os pelap esq u i sa Fetces p/Setces p, So u zap o n d e ra que houve uma mudançano perfil dos crimes. Segundo ele,81% das ocorrências são de assa l-tos cujo valor não ultra p a ssa R$30 mil. “Esses números reforçam a

que as co n cessionárias deve mequipar e auxiliar as polícias, equi-p a n d o -as e disponibilizando inf ra -est r u tu ra de tra b a l h o.

Além da Au to Ban, mais 12 co n-cessionárias administ ram ro d o-vias em São Pa u l o. De aco rdo co ma ABCR (A ssociação Bra s i l e i ra dasCo n cessionárias de Ro d ov i a s), to-das enfa t i zam a necessidade deum trabalho co n j u n to com a polí-cia para minimizar os ro u b os emro d ovia. A entidade re p rese n ta t i-va das co n cessionárias ta m b é md esta ca que nos novos lotes de li-c i tação do governo fe d e ral e deSão Paulo os co n t ra tos ex i g e m

Ro d oviário de São Paulo diz quenão há nenhuma evidência queco m p rove o fa to de as est ra d a sco n cessionadas se rem palco demais assa l tos. Em nota enviada àre p o rtagem, a assessoria do ór-gão re l evou que a exe rcício dasa t i v i d a d es do policiamento noca so es p e c í fi co das co n cess i o n á-r i a s, há ainda os co nv ê n i os de aju-da mútua com as empresas admi-n i st ra d o ras das est ra d a s, as quais,além das res p o n sa b i l i d a d es indivi-duais e co n j u n ta s, prevêem o es-ta b e l e c i m e n to de diret r i zes para ai n te g ra ç ã o, com o poder público.Os novos co n t ra tos esta b e l e ce m

Sest/Senat apóia moto r i sta sORIENTAÇÃO

Em to d os os assa l toso co r r i d os nas est radas deSão Pa u l o, variam as ca rg a sro u b a d a s, a ação dos bandi-d os e até a forma da res p os-ta policial. So m e n te um ite mp e r m a n e ce co n sta n te em to-d os os ro u b os: o ca m i n h o n e i-ro. Pe n sando nisso e na se g u-rança dos homens que fa ze ma economia bra s i l e i ra gira rpelo asfa l to do Brasil, oSest/Senat mantém em vá-r i os locais do Estado postosde ate n d i m e n to onde os mo-to r i stas podem desca n sa r.

Na cidade de Guarulhos, noKM 210,5 da Nova Dutra, há omaior deles, gerenciado porJ osé Va l d e rcir Ca p i l l e. São 500vagas de estacionamentosp a ra ca m i n h õ es com câmera sligadas 24 hora s, resta u ra n te,vestiário para banho e unida-de do pro g rama Siga Bem. Ca-pille lembra que na unidade o

ca m i n h o n e i ro dispõe de to d osos se rv i ç os para uma boa via-gem e pode desca n sar se mco r rer riscos. “Hoje não te mcomo dormir na est rada. Éq u a se que pedir para ser as-sa l ta d o. Aqui no posto o moto-r i sta co n ta com toda a inf ra -est r u tu ra e se g u rança parap a ssar a noite tra n q ü i l a m e n tesem riscos”, diz o gere n te daunidade de Guarulhos.

O posto co n ta ainda co ma te n d i m e n to dentário e mé-d i co. Os se rv i ç os médicossão gra tu i tos e para utilizá-l os basta provar ser co n t r i-b u i n te do sistema Sest/Se n a t– o ca m i n h o n e i ro só pre c i saa p rese n tar o ca n h oto decontribuição pago.

Pa ra saber onde ex i ste mp ostos do Sest/Senat em SãoPaulo e em todo o Brasil, aces-se o www. sestse n a t.o rg.br ouligue para 0800-7282891.

S EG U RA N Ç A Unidade do Sest/Senat em Guarulhos (SP) possui 500 vagas de e

Page 51: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 51

O u t ra arma usada pelas tra n s-p o rta d o ras na prevenção co n t raa ssa l tos é a educação dos moto-r i sta s. Por meio de palest ra s, osp rofi ssionais são orienta d os aa d otar normas de se g u rança emest rada, como não parar em lo-cais escu ros, definir a melhorh o ra para as viagens e como lidarcom situ a ç õ es de te n s ã o. “Pro-m ove m os periodica m e n te pales-t ras para educar nossos co l a b o-ra d o res”, diz Pa t r i a n e. O pro ce d i-m e n to também é utilizado naMulti Modo. “Ac re d i to que a pre-venção é a única co i sa que pode-m os fa ze r”, afirma Naliato. ●

MARCELLO LOBO

a ssa l tos em ro d ovia diminuiu, en-t reta n to, a hora da ca rga e desca r-ga segue sendo um pro b l e m a .”

Os se g u i d os ro u b os te r m i n a mcom algumas modalidades de ne-g ó c i os. O pro p r i etário da Profi ss i o-nal Lo g í st i ca, Nicola Frederich, op-tou em não tra n s p o rtar medica-m e n tos. Pa ra ele, alguns tipos deca rga são basta n te visa d os pelosb a n d i d os e “fugir deles” acaba se n-do garantia de economia. Por isso,o empresário prefe re manter suae m p resa como familiar e se g u i r“ p e q u e n o”. “Pa ra ampliar a frotada tra n s p o rta d o ra é fundamenta lt rabalhar com ca rgas muito co b i-

çadas pelos assa l ta n tes, como osre m é d i os. É ta n ta pre o cupação quep refi ro permanecer pequeno.”

Tamanha possibilidade de ro u-bo deixa as se g u ra d o ras em pâni-co. O gere n te - g e ral da Multi Modo,G u stavo Naliato, revela que o se-g u ro de uma ca rga pode re p rese n-tar até 20% do frete. O cliente, se-gundo ele, fi ca ass u stado com ovalor e opta em co r rer o risco. At ra n s p o rta d o ra, por sua vez, aca-ba obrigada a se g u rar a res p o n sa-bilidade pela ca rga. “Pa ra a maio-ria dos clientes, fi ca inv i á vel re-p a ssar o cu sto do se g u ro. E o ris-co é cada vez mais alto”, diz.

N Ú M E ROS DO CRIME

De janeiro a sete m b ro de 20 07

RO D OV I A O CO R R Ê N C I AS VA R I A Ç Ã OS P -330 (A n h a n g u e ra) 1 1 7 1 5,1 6%B R -116 (Dutra) 1 1 4 1 4,77%B R -116 (Régis Bi tte n co u rt) 87 1 1 , 27%S P -280 (Ca stelo Bra n co) 57 7,38%B R -381 (Fernão Dias) 5 6 7, 25%S P -3 48 (Ba n d e i ra n tes) 4 6 5,96%S P - 0 65 (Pe d ro 1º) 25 3, 24%S P - 070 (Ay rton Se n n a) 22 2 , 85%S P - 075 (Sa n tos Dumont) 22 2 , 85%S P -160 (Imigra n tes) 1 8 2 ,33%O u t ras ro d ov i a s 1 89 24,48%

Fo n tes: Fetces p/Setces p

TELEFONES

Polícia RodoviáriaEstadual: (11) 3327 2727

ConcessionáriasAutoBAn: 0800 055 5550Auto Vias: 0800 707 9000Centrovias: 0800 17 8998Ecovias: 0800 19 7878Intervias: 0800 707 1414NovaDutra: 0800 017 3536Renovias: 0800 055 9696Colinas: 0800 703 5080SPVias: 0800 703 5030Tebe: 0800 55 1167Triângulo do Sol: 0800 7011609Via Norte: 0800 701 3070Via Oeste: 0800 701 5555

Unidades do Sest/Senat(SP)

Agudos – Posto Garbrás:(14) 2362 2425Cubatão - Posto Markon:(13) 3367 1705Guarulhos – PostoSakamoto 2: (11) 6431 1347Limeira – Posto Castelo:(19) 3451 1004Marilia – Posto Gigantão:(14) 3425 3923Matão – Posto Cambuí(16): 3304 8260Nova Alexandria – PostoAlexandria: (18) 3349 7250Regente Feijó – PostoEspigão: (18) 3244 1125Paulínia – TerminalCargas PerigosasPaulicentro: (19) 3874 4931Registro – PostoPetropen: (13) 3856 1607Santa Cruz do Rio Pardo –Posto Cruzadão:(14) 3372 4829São Paulo – Fernão Dias:(11) 6983 2232

e esta c i o n a m e n to com câmeras 24 hora s

Page 52: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14852

Pilotar um avião, cruzaras principais rotas aé-reas e ainda aprender alidar com situações de

risco é algo cada dia mais acessí-vel. E o melhor, bastante real. Sejapor meio de um game ou por umsimulador, os apaixonados poraviação e profissionais do ramousam o meio virtual para diver-são e também para treinamentode pilotos. Além disso, a tela docomputador começa a virar uminstrumento dinâmico para des-pertar talentos e estimular jovens

a escolher o manche como carrei-ra. Em virtude de os simuladoresestarem muito próximos dos mo-delos originais, quem manuseiaum software precisa ter conheci-mentos mínimos do segmentopara poder voar virtualmente.

A troca de experiências entreos aficionados pelos ares contacom a ajuda da internet paracriar fóruns e montar verdadei-ras companhias aéreas na rede.Uma das maiores comunidades éa Vatsim (www.jo.eng.br), funda-da há oito anos. Trata-se de um

site mundial que reúne cerca de140 mil usuários e possui filiaisem 15 países - cerca de 8% dosparticipantes são ligados à avia-ção real. Por lá, existe plano devôo, controladores, aeroportose, como destaca o responsávelpela página no Brasil, José Olyn-tho, 59 anos, não é competição.Para participar do Vatsim, é ne-cessário apenas ter instalado nocomputador a versão 2004 doFlight Simulator - programa de-senvolvido pela Microsoft e omais popular simulador. Outra

exigência é ser capaz de decolare pousar um Cessna 172. Cumpri-do os requisitos, basta efetuar ocadastro e agir.

Voando conectado à Vatsim,os pilotos enxergam aeronavesque estão próximas e as mesmascaracterísticas verificadas narealidade, como pintura e veloci-dade. Da mesma forma, vêem pai-sagem, controlam temperaturas,administram as condições meteo-rológicas, como rajadas de vento,nevoeiro e tempestade. “Há con-troladores, radares e tudo o que

SIMULADORES E GAMES DE VÔO VIRAM IMPORTANTES FERRAMENTAS PARA DESPERTAR

TALENTOS E PARA A FORMAÇÃO DE PILOTOS

POR PEDRO BLANK

AVIAÇÃO VIRTUAL

BRINCADEIRAMUITO ALÉM DE UMA

Page 53: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

existe na aviação. Quando o pilo-to efetua seu cadastro, ele aceitaum Código de Conduta que o obri-ga a respeitar seus colegas e voarcom segurança”, diz Olyntho, en-genheiro civil de profissão e quematerializa no computador osseus sonhos de piloto.

O avião virtual acaba sendoum aperitivo para a entrada do“jogador” em uma aeronave deverdade. Roberto Giannotti teve oprimeiro contato com games deaviação aos 15 anos. Ficou fasci-nado. Atualmente, dez anos de-

pois, mantém o hábito de voarvirtualmente na Pstair(www.pstair.com.br), página quereproduz exatamente o ambientede uma companhia aérea, comvenda de passagem e até direto-ria. Mas o hobby virou obrigação.Ele é piloto privado e está con-cluindo o curso de piloto comer-cial. Na Pstair, porém, já está maisdo que familiarizado com os co-mandos dos Boeing 757 e 767, quepretende controlar em breve.

Giannotti revela que se tornoupiloto graças aos games. Pelo

joystick, comandou aviões deguerra, helicópteros e planado-res. A cada novo game, ia estu-dando manuais, melhorando atécnica de pilotagem até desco-brir que gostaria de fazer da brin-cadeira o seu ganha-pão. “Tivecontato com games aos 15 anos esou piloto totalmente influencia-do pelos simuladores”, afirmaGiannotti, lembrando que nãopretende abandonar a Pstair,classificada como uma VA (VirtualAirline) e que só aceita membrosque conheçam a simulação. Antes

“O Código deConduta obriga

o piloto arespeitar seus

colegas evoar com

segurança”JOSÉ OLYNTHO, ENGENHEIRO CIVIL

SIMULAÇÃO Aviões de transporte de passageiros pousados no aeroporto de Okecil, em Varsóvia, na Polônia, conectados à rede Vatsim

WWW.JO.ENG.BR

Page 54: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14854

“estréia” do maior modelo co-m e rcial, com capacidade para850 passa g e i ros, a tripulação jáa cu m u l ava horas a bordo da ae-ro n ave. “A n tes de um avião sa i rde fábrica, ele tem um pro g ra m ade simulação que visa o tre i n a-m e n to dos pilotos”, declara HélioE st rela, administ rador de empre-sas e pro p r i etário da BR Simula-t i o n s, fa b r i ca n te de simuladoresque fo r n e ce equipamento paravárias co m p a n h i a s.

No caso do treinamento dep i l otos, saem o joystick e oFlight Simulator de ação. Entraem cena uma reprodução idên-

de “e n t rar no clube”, o ca n d i d a totem de fa zer uma prova e podeser re p rova d o. “Às vezes, damosbomba e a pessoa refaz o teste” ,diz Giannotti. Hoje, a Pstair co n tacom cem pilotos ca d a st ra d os.

O simulador ganha um to mmais sério quando o ass u n to éa p re n d i za d o. Na formação do pi-l oto, as horas de vôo virtu a i sexe rcem um peso gra n d e. Antesde um novo modelo ser lançado,por exe m p l o, o co m a n d a n te e oco - p i l oto já acumulam horas deexperiência em simulação. Re ce n-te m e n te, a Airbus lançou o se umoderno A-38 0. Meses antes da

P I LOTO ON-LINE Ae ro n aves D

Anac fiscaliza simuladoresRIGOR

Ate n ta à qualidade da fo r-mação dos pilotos bra s i l e i ros, aAnac (Agência Nacional de Av i a-ção Civil) fi sca l i za com rigor acondição dos simuladores usa-d os como fe r ra m e n ta de ensinop a ra os futu ros co m a n d a n tes.Segundo a assessoria de im-p re n sa da entidade, os simula-d o res profi ssionais são parteobrigatória na grade cu r r i cu l a r.

Ainda segundo a assesso-ria da Anac, as co m p a n h i a sa é reas co m e rciais que nãop ossuem simuladores para umd eterminado modelo de av i ã o,são obrigadas a enviar os pilo-tos para ce n t ros como os Esta-d os Unidos e a França. “O si-mulador é fundamental para op i l oto antes de ele assumir umav i ã o”, diz a assessoria daAnac à re p o rta g e m .

Pa ra que o simulador se j aco n s i d e rado adequado parafins aca d ê m i cos, a Anac in-forma que pre c i sa vistoriar oe q u i p a m e n to. Ca so cu m p raas ex i g ê n c i a s, a agência ho-mologa o “avião virtual”. Doco n t r á r i o, a máquina podeser enca rada apenas co m ore c reação para os amantesda aviação virtu a l .

E x-a g e n te de se g u rança devôo do Sindica to Nacional dosAeronautas, o comandantea p ose n tado Célio Eugênio ava-lia que o simulador “profi ss i o-nal” exe rce um papel decisivono apre n d i zado do piloto, afi-nal, é a chance de o aluno se n-tir o que é guiar um avião a 900km por hora e ter uma pane oup e rder uma tu r b i n a .

“Em sã co n sciência, nin-guém vai co l o car um Airbus ouum Boeing no céu e simularuma pane. O risco é enorme e ocu sto idem. Ag o ra, com umassessões no simulador vocêpode treinar vários pro b l e m a scom o mesmo grau de rea l i s m ove r i fi cado em uma ca b i n e”, dizCélio Eugênio, ex -piloto daTra n s b rasil e da Va r i g .

M a s, antes de entrar no si-m u l a d o r, ele alerta que é im-p resc i n d í vel o aluno re ce b e rum tre i n a m e n to te ó r i co paraco n h e cer todo o sistema doe q u i p a m e n to que terá emm ã os. “Não adianta pular eta-p a s. Como o realismo é gra n-d e, o domínio de to d os os sis-temas de um avião pre c i sa se rtotal, pois o simulador irá co-b rar isso”, afi r m a .

Page 55: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 55

tica à de uma aeronave e a pos-sibilidade de treinamento parasituações de emergência comopane, incêndio e avarias na fu-selagem. O preço também sobeco n s i d e rave l m e n te. De aco rd ocom Est rela, o invest i m e n topara se ter um simulador utili-zado em aeroclube e compa-nhias aéreas varia de R$ 80 mila R$ 300 mil, tendo o selo de ho-mologação e qualidade da Anac(Agência Nacional de Av i a ç ã oCivil). Para efeito de compara-ção, o Flight Simulator, versãooriginal para computador, custaem torno de R$ 150.

A Edapa, escola de av i a ç ã oque fi ca em Campinas (SP), man-tém co nvênio com a TAM parap re p a rar os futu ros pilotos dae m p resa. O inst r u tor AntônioCa r l os Cruz desta ca os benef í c i osdo simulador para fins pedagógi-cos. Segundo ele, os alunos ama-d u re cem antes do primeiro co n-ta to com o av i ã o. “No simulador,o aluno entra em co n ta to com od i a -a-dia de sua futu ra rea l i d a d e.Ele vê como é uma des p ress u r i-za ç ã o, pre c i sa co nve rsar o te m p oi n te i ro em inglês e é obrigado aco n s u l tar to d os os manuais.Quando est i ver em um avião nap r á t i ca, ele terá ex p e r i m e n ta d ocomo tudo funciona. Nada maisserá surpresa”, diz Cruz, 31 anos,que iniciou a ca r re i ra como pilo-to de acrobacia em 1997 e desd e2006 é inst r u to r.

O tempo de pre p a ração deum piloto co m e rcial em um si-mulador varia de 40 a 80 hora s,dependendo do desempenho doa l u n o, e o cu sto individual dot re i n a m e n to fi ca em torno de R$4.0 0 0. Se o mesmo cu rso aco n te-cesse na sede da Airbus, em To u-l o u se (Fra n ç a), co nforme re l a taCruz, o preço subiria para US$ 17mil (ce rca de R$ 30 mil). “Há ae conomia no cu rso, afinal, vo a rem simulador é muito mais bara-to que em um avião de ve rd a d e.Sem falar que a tecnologia evo-luiu muito e hoje re p ro d u z i m osto d os os equipamentos de umav i ã o”, afirma. Em um simulador

a ssim, o inglês é a língua padrão.“ Ve r i fi ca m os que os pilotos têmp roblemas com o inglês, a línguada av i a ç ã o. No simulador, elessão obrigados a usar o inglês” ,re l a ta Cruz.

E m b o ra o uso de simuladoresp rofi ssionais seja mais utiliza d op a ra tre i n a m e n to e aperfe i ç o a-m e n to, é poss í vel um “ave n tu re i-ro” ex p e r i m e n t á - l os. A Ed a p aa b re ao público seu simulador doBoeing 737 NG, um dos mais mo-d e r n os do Brasil. Nele, é poss í ve lsa b o rear a se n sação - e a te n s ã o- de alcançar 900 km/h e atingir10 mil pés de altu ra (ce rca de 3k m). Antes, porém, o inte ressa d otem de co m p rovar que possui no-ç õ es elementa res de av i a ç ã o.“ Você pre c i sa tirar o avião dochão e pousar com ele. Do nada,rea l m e n te fi ca co m p l i ca d o”, de-c l a ra Cruz.

Mais co n solidada na área daav i a ç ã o, a simulação começa aevoluir em outros tipos de tra n s-p o rte, como navegação maríti-ma, nave g a d o res, opera d o resp o rtu á r i os e até na Fórmula 1.N este ano, o inglês Lewis Hamil-ton est reou na McLaren e antesde cada Grande Prêmio desco-bria os se g re d os dos circu i tos.“Os benef í c i os para as atividadeso p e racionais que a simulaçãop oss i b i l i ta são enormes, porta n-to, acho que o sta tus que a av i a-ção atingiu em te r m os virtu a i sserá levado para outros meios det ra n s p o rte”, diz Est rela. ●

s D e H avilland DHC-2 em simulação virtual co n e c tadas na rede Va ts i m

“ Ti ve co n ta tocom games a os 15 anos e sou pilototota l m e n tei nfl u e n c i a d o

p e l os s i m u l a d o res”

RO B E RTO G I A N N OT T I, PILOTO

WWW.JO.ENG.BR

Page 56: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14856

Ga rantir a melhoriada qualidade de vidad os tra b a l h a d o resem tra n s p o rte,

t ra n s p o rta d o res autônomos,seus dependentes e à co m u n i-dade em geral é um dos obje-t i vos dos invest i m e n tos fe i tospelo Sest/Senat na área desa ú d e. Em 20 07, a inst i tu i ç ã ofechou seu balanço com mot i-vos para co m e m o ra r. É que oano foi marcado pela melhorad os se rv i ç os presta d os à po-

C U I DA D OSCOM A SA Ú D EU N I DA D ES AMPLIAM AT E N D I M E N TOS E MELHORAM AV I DA DOS TRA BA L H A D O R ES E DE SEUS FA M I L I A R ES

P O R IONE MARIA

SEST/SENAT

m í n i m o, abaixo das ta xas dem e rca d o. As unidades da inst i-tu i ç ã o, espalhadas por todo oB rasil, possuem clínica gera l ,pediatria, oftalmologia, gine-cologia, ca rdiologia e medicinado tra b a l h o.

Re ce n te m e n te, o ajudantede moto r i sta José Paulo dePina tomou co n h e c i m e n to daa ss i stência na área de sa ú d eda unidade de Ara ç a tuba (S P ) ,por meio da empresa em quet rabalha. “Já há uns seis mesesque eu co m e cei a usa r. Já fuiao dentista e ao clínico gera l .

p u l a ç ã o. De janeiro a sete m-b ro deste ano, as horas dea te n d i m e n to médico tive ra mum acréscimo de 13% se co m-p a radas ao mesmo período doano passa d o. O número deco n s u l tas também subiu em1 8%. Já as horas de ate n d i-m e n to odonto l ó g i co aumen-ta ram em 6% e o ate n d i m e n-to, em 10%. No ques i to educa-ção para sa ú d e, o acrésc i m ofoi de 5% .

O moto r i sta Laércio Ca l d a tou t i l i za os se rv i ç os do Sest/Se-nat desde que entrou em uma

e m p resa paulista de tra n s p o r-te há quatro anos. “Há muita sco i sas lá que são gra tu i ta s. Ou-t ras a gente paga uma ta xa mí-nima. Em nove m b ro eu passe ino ofta l m o l o g i sta e não pagueinada, se eu tivesse ido a umo u t ro médico tinha pagado emtorno de R$ 150. Pa ra nós éuma exce l e n te oportu n i d a d e” ,ex p l i ca Ca l d a to. Pessoas do se-tor tra n s p o rtador e suas fa m í-lias podem utilizar gra tu i ta-m e n te os ate n d i m e n tos bási-cos de saúde do Sest/Se n a t. Jáa comunidade paga um pre ç o

Page 57: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 57

do setor e aos dependentes,a te n d i m e n tos nas doenças ha-b i tu a i s. Na odontologia, osp rofi ssionais vão além da açãocu ra t i va, atuando fo rte m e n teem medidas preve n t i va s. Ot rabalhador autônomo do se-tor de tra n s p o rte da re g i ã om et ro p o l i tana de Belo Horizo n-te Célio de Ba rce l os faz co n s u l-ta com dentistas do Sest/Se n a thá dois anos. “Eu fui, acheim u i to bom e estou lá até hoje.É bom e bara to. Meus fi l h os eminha mulher são meus depen-d e n tes”, diz Ba rce l os. ●

de de algo mais es p e c í fi co.“Quando é necessário co l o ca ruma peça ou fa zer um tra ta-m e n to de canal é pre c i so pagaruma ta xa, mas que é bem me-nor que o dentista normal.Co m p e n sa demais”, diz.

Os ate n d i m e n tos médicosda inst i tuição possuem um ca-r á ter ambulatorial, apenas deco n s u l tas clínica s, pequenoscu ra t i vos e pro ce d i m e n tos. Am a n u tenção das es p e c i a l i d a-d es visa suprir as ca r ê n c i a sl o cais da rede pública de sa ú-de e ofe re ce r, ao tra b a l h a d o r

uma outra parcela de outrosse g m e n tos.

A dona-de-ca sa Delba Crist i-na Malagoli vai aos dentistas doSest/Senat em Co n tagem (MG)há aprox i m a d a m e n te dez anos.“ U t i l i zo a odontologia de lá des-de que eu me ca sei. Meu maridoé ta x i sta e eu sou dependented e l e. Meus dois fi l h os ta m b é mu t i l i zam o se rv i ç o. Eu acho ex-ce l e n te, não tenho nada a re-c l a m a r”, co n ta a dona-de-ca sa .Ela ex p l i ca que não paga nadap e l os tra ta m e n tos básicos, ape-nas quando surge a necess i d a-

O ate n d i m e n to é muito bom.A n tes eu ia ao posto de sa ú d e.O ate n d i m e n to do Sest/Senat éo u t ro”, diz Pina. Este ano,278,5 mil usuários re ce b e ra ma te n d i m e n to médico das uni-d a d es do Sest/Se n a t. Dos ate n-d i d os, a maioria foi co m p ostade tra b a l h a d o res em tra n s p o r-te e outra parte de pessoas dacomunidade e de outros se g-m e n tos. As unidades doSest/Senat ate n d e ram 550 milp essoas na ass i stência odon-to l ó g i ca, sendo a maior partet ra b a l h a d o res em tra n s p o rte e

V I S Ã O Pa c i e n te re cebe tra ta m e n to ofta l m o l ó g i co em unidade do Sest/Se n a t PREVENÇÃO Uma boa orientação ajuda a combater doenças

PROCURA A clínica médica é a que mais presta atendimento

FOTOS SEST/SENAT/DIVULGAÇÃO

Page 58: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14858

FERROVIA

A VEZ DOS PASSAGEIROSG OVERNO FEDERAL LANÇA PROJ E TOS PA RA

A IMPLANTAÇÃO DE 14 TRENS REGIONAIS P O R QUEILA ARIADNE

Despedidas, abraços ea ce n os. Esta ç õ escheias de gente à es-pera do trem. A cena

já não é vista com freqüênciadesde o início da década de 60.Em 1996, a privatização das fer-rovias priorizou as cargas e pôsfim ao transporte ferroviário depassageiros. Hoje, em meio aocaos aéreo e às deficiências dasestradas, o Ministério dos Trans-portes já pensa em ampliar ot ra n s p o rte fe r roviário e te mprojetos para 14 trens regionais.O BNDES (Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e So-cial) liberou R$ 1,5 bilhão. Mas a

solução não é tão simples, poishá dúvidas sobre o retorno doinvestimento.

Enquanto historiadores e al-guns consultores em logísticadefendem a construção ou rea-tivação de linhas ferroviárias depassageiros, outros especialis-tas e empresários do mercadorodoviário alegam que não ha-verá demanda suficiente parajustificar o investimento. Polê-micas à parte, o Ministério dosTransportes está apostando nacolaboração da iniciativa priva-da para implantar trens de inte-gração regional e interestadual.

Segundo Afonso Carneiro, di-

retor do Departamento de Rela-ções Institucionais da Secreta-ria de Po l í t i ca Nacional deTra n s p o rte do Ministério dosTransportes, a primeira etapa jáfoi feita: o BNDES encomendouum estudo ao Coppe (InstitutoAlberto Coimbra de Pós-Gradua-ção e Pesquisa em Engenharia),da UFRJ (Universidade Federaldo Rio de Janeiro), para selecio-nar linhas ferroviárias de inte-resse econômico e social. O pró-ximo passo é realizar um estudode viabilidade para a implanta-ção dessas linhas.

Carneiro anuncia que, até ofim de dezembro de 2007, essa

segunda etapa será iniciadapara pelo menos quatro dos 14projetos de trens regionais. “Va-mos priorizar os Estados quetêm apenas um projeto, que sãoBahia, Paraná, Sergipe e Per-nambuco”, afirma.

O levantamento vai definir ademanda de passageiros paracada trecho e quantas viagensterão que ser feitas. A partir daí,explica Carneiro, serão determi-nados a quantidade de materialrodante, as melhorias necessá-rias nas estações atendidas e ovalor do bilhete para o investi-mento ser vantajoso. “Para serinteressante, terá que ser um

TRILHOS CARIOCAS M

Page 59: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

preço semelhante ao das passa-gens de ônibus”, diz ele.

Depois de tudo definido, serápossível projetar o orçamento eestabelecer quem assumirá oco m p ro m i sso. De aco rdo co mCarneiro, existem três modelosde investimento. “Ou será feitototalmente pela iniciativa priva-da, ou por meio de uma PPP( Pa rceria Público - P r i va d a) oupor um consórcio público communicípio, Estado e União, comoos convênios que já existem noBrasil para a construção de hos-pitais, por exemplo.”

Os primeiros estudos serãopara os seguintes trechos: Lon-

drina-Maringá, no Paraná, Reci-fe - Caruaru, em Pe r n a m b u co,Conceição da Feira-Salvador/La-goinhas, na Bahia, e São Cristó-v ã o -A ra ca j u - L a ra n j e i ra s, emSergipe. Em 2008, afirma Car-n e i ro, começarão os estu d ospara os demais trens regionaispara os quais o BNDES já apro-vou os recursos (veja quadro).

A proposta é que esses trensfuncionem com velocidade de80 a 100 km/h, movidos a dieselou biodiesel. “Vamos priorizar aindústria nacional para a com-pra dos equipamentos necessá-rios para as melhorias nas li-nhas ferroviárias”, diz Carneiro,

lembrando que a meta é provarque há demanda para trens depassageiros e, assim, desafogaro tráfego rodoviário.

De acordo com Paulo Henri-que do Nascimento, coordena-dor da Oscip (Organização daSociedade Civil de Interesse Pú-b l i co) Associação Amigos doTrem, as concessionárias deixa-ram de investir em transportede passa g e i ros e prioriza ra msomente o de cargas, que temuma lucratividade maior, ale-gando que não há volume sufi-ciente de passageiros.

No entanto, para Nascimen-to, esses projetos do Ministériod os Tra n s p o rtes e do BNDEScomprovam a existência da de-manda. “Os projetos foram fei-tos a partir de consultas nasprefeituras e com a população,que demonst rou inte resse. Épreciso pensar no bem-estar so-cial da população, que só tem aganhar com as ligações inter-m u n i c i p a i s, principalmentediante dessa crise da aviação edo transporte rodoviário. Cabeao governo oferecer vantagensaos empreendedores, pois qual-quer concessão tem subsídio dogoverno e, se há subsídio, ficamais fácil ter retorno”, afirmaNascimento.

Na opinião de Rodrigo Vilaça,diretor-executivo da ANTF (As-sociação Nacional dos Tra n s-

“ Va m osp r i o r i zar ai n d ú st r i a

nacional paraa co m p ra dose q u i p a m e n tosp a ra as linhasfe r rov i á r i a s” A FO N SO CA R N E I RO, D I R E TO R D O M I N I ST É R I O

D OS T RA N S P O RT ES

SUPERVIA/DIVULGAÇÃO

S M ov i m e n tação de passa g e i ros na estação Ce n t ral do Brasil, administ rada pela co n cessionária Su p e rv i a

Page 60: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

portadores Ferroviários), usar ac r i se aérea e a pre ca r i e d a d edas estradas para trazer à tonaa discussão do transporte ferro-viário de passageiros é inade-quado. “Quem defende essa jus-tificativa se esquece que o sis-tema existente hoje não permi-te velocidade, que a malha fer-roviária brasileira tem 12,4 milpassagens de nível e que, por-ta n to, investir no tra n s p o rteferroviário regional ou interes-tadual, salvo algumas situações,não é economicamente viável,tanto que até hoje não apare-ceu ninguém interessado em in-vestir”, afirma Vilaça.

Segundo o dirigente da ANTF,

o transporte de passageiros éviável apenas se for pensadopara as novas linhas ferroviá-rias que serão construídas noBrasil, como a Transnordestina,a Ferronorte e a Norte Sul. “Nãodá para pensar em colocar pas-sageiros na malha atual, quetem velocidade baixa e vai tra-zer interferências para a popu-lação”, diz.

Na avaliação de Fábio Ba r-b osa, co n s u l tor de turismo fe r-rov i á r i o, a demanda de passa-g e i ros ex i ste e só caiu devido àfa l ta de invest i m e n tos do go-verno que, depois da priva t i za-ção da malha fe r roviária, em1 9 96, não incluiu o tra n s p o rte

D E M A N DA A Est rada de Fe r ro Vi toria-Minas está em o

P rodutividade cresce 74%TRANSPORTE DE CARGA

Uma em cada quatro ca r-gas tra n s p o rtadas pelo Bra s i lvai de trem. Segundo dados daA N T F, as fe r rovias são res p o n-s á veis por 25% do tra n s p o rtede ca rgas nacional enquantoa participação das ro d ovias éde 61%. A iniciativa priva d avem lutando para aumentar ap ro d u t i v i d a d e, que cresce u74% nos últimos dez anos. Se-gundo Rodrigo Vilaça, direto r-exe cu t i vo da ANTF, o incre-m e n to foi movido por invest i-m e n tos da ordem de R$ 15,3 bi-l h õ es, uma média de mais deR$ 1 bilhão por ano.

E sses invest i m e n tos cruza-ram a cu rva do cresc i m e n toapós a priva t i za ç ã o. Em 1997, ovalor aplicado foi de R$ 252 ,9m i l h õ es. Pa ra este ano, a pre-visão é de R$ 3, 51 bilhões, 58%a mais do que o volume aplica-do no ano passado e 527%maior do que o monta n te in-vestido no primeiro ano apósa desesta t i zação da malha fe r-roviária nacional.

Quando a iniciativa priva d a

a ssumiu a maioria das opera-ç õ es em 1997 - de res p o n sa b i-lidade da esta tal RFFSA (Re d eFe r roviária Fe d e ral S.A.) atéentão - as fe r rovias co n tava mcom 43.796 va g õ es para aso p e ra ç õ es, sendo que 42% es-tavam suca tea d os. Das 1.144 lo-co m ot i vas em atividade naé p o ca, 30% aprese n tava mp é ssimo estado de co n se rva-ç ã o. Em dez anos, as co n ces-sionárias pra t i ca m e n te dobra-ram a frota de material ro d a n-te em opera ç ã o, que hoje co n-ta com 81 . 6 42 va g õ es e 2.227l o co m ot i va s.

A p esar do cresc i m e n to, asco n cessionárias se pre o cu-pam com a continuidade que,de aco rdo com Vilaça, depen-de também de re cu rsos do go-ve r n o. “Se a co n t ra p a rtida daUnião continuar reduzida, ap rodução do setor poderá pa-rar de crescer entre 2010 e2012, co m p ro m etendo a efi-ciência da inf ra - est r u tu ra lo-g í st i ca e o dese nvo l v i m e n toe co n ô m i co do país”, diz.

EVO LUÇÃO DO TRA N S P O RTE DE CA RGAAno M i l h õ es de to n e l a d a s* I nvest i m e n to (m i l h õ es de R$)**1 9 97 252 ,9 5 6 01 9 98 258 , 5 49 91 9 9 9 255 58320 0 0 28 6 , 8 67320 0 1 289,9 82420 02 31 4,7 72420 03 33 4,7 1 .1 2420 0 4 367 1 .96 620 0 5 391 ,9 3.1 5820 0 6 4 0 4 2 . 22220 07 * * * 4 4 0 3. 51 2

* Cresc i m e n to de 1997 a 20 07: 74% ** Cresc i m e n to de 1997 a 20 07: 527%*** Prev i s ã o

Fo n te: ANTF

Page 61: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

de passa g e i ros na re g u l a m e n-tação das co n cess õ es, que fo-ram apenas para as ca rg a s. Se-gundo ele, se houvesse invest i-m e n to na malha, haveria pas-sa g e i ros para viajar e, co n se-q ü e n te m e n te, apare ceriam in-te ressa d os em invest i r.

De acordo com Barbosa, a li-nha Vitória-Minas, mantida pelaCompanhia Vale do Rio Doce, é aprova de que é viável manterum trem de passageiros, não sópelo lucro, mas pelos benefíciossociais. O trem da EFVM (Estra-da de Ferro Vitória-Minas) estáem operação desde 1903. Porano, transporta 1,2 milhão depassageiros.

De Belo Horizonte a Vitória, otrem passa por 30 estações ouparadas, num percurso de 664km, que leva em média 13 horas,quatro a mais do que a viagemde ônibus. Os preços das passa-gens de Belo Horizonte-Vitóriasão R$ 39 (classe econômica) eR$ 60 (executiva), e Vitória-BeloHorizonte, R$ 37 (econômica) eR$ 56 (executiva). “O trem depassageiros é um negócio quese mantém e tem foco social,voltado ao atendimento das co-munidades por onde passa”, dizLuiz Cassa, gerente do trem depassageiros da EFVM.

O diretor da Abottc (A sso-ciação Bra s i l e i ra dos Opera d o-

m o p e ração desde 1903 e tra n s p o rta por ano 1,2 milhão de passa g e i ros

PEDRO VILELA Garantia de passeio agradávelTRENS TURÍSTICOS

O chacoalhar da Maria Fu-maça, os sons ca ra c te r í st i cosdo trem e as atra ç õ es cu l tu-rais no meio do caminho fa-zem de uma viagem de tre mum ve rd a d e i ro mergulho nah i stória. Seja entre cidadesh i st ó r i cas como São João delRei e Ti ra d e n tes (Minas Ge-ra i s), seja na agitação do fo r r óem Re c i fe, ou entre cidades-pólo como Campinas e Jagua-riúna (São Pa u l o), os trens tu-r í st i cos gara n tem um agra d á-vel passe i o. Segundo a Abottc(A ssociação Bra s i l e i ra de Ope-ra d o res de Trens Tu r í st i cosCu l tu ra i s), ce rca de 20 tre n sd esse tipo estão em opera ç ã ono país.

De aco rdo com Geraldo Go-d oy, diretor da Abottc e re l a-ç õ es públicas da ABPF (A sso-ciação Bra s i l e i ra Prese rva ç ã oFe r rov i á r i a), manter essest rens em funcionamento é umd esa fi o. “Há 30 anos a ABPFvem fa zendo isso, sem nenhu-ma ajuda do gove r n o”, afi r m ae l e, lembrando que, além dost re n s, ainda são mantidos oitom u seus fe r rov i á r i os.

Segundo Godoy, se depen-d esse apenas da arre ca d a ç ã odas passa g e n s, “seria muitodifícil cu stear as opera ç õ es” .Pa ra ajudar, a ABPF co n ta co mapoio de empresas priva d a s.“ O u t ro fa tor fundamental parag a rantir a manutenção é a co-l a b o ração dos funcionários,p ra t i ca m e n te 90% deles sãovo l u n t á r i os. Nenhum direto rda ABPF re cebe sa l á r i o, porexe m p l o.”

O Trem do Co rcova d o, noRio de Janeiro, é um dos maisi m p o rta n tes do Brasil. Foi o pri-m e i ro a ter uma est rada de fe r-

ro elétrica. To d os os anos, elel eva mais de 600 mil pesso a sao Cristo Re d e n to r, o passe i otu r í st i co mais antigo do país.

Quem viaja no Trem dasÁ g u a s, por exe m p l o, além deco n h e cer uma antiga fe r rov i ap ro j etada e co n struída pelosi n g l eses há 115 anos, aindapode trilhar pelo legendáriocaminho de fe r ro perco r r i d opor D. Pe d ro 2º. São 10 km dep u ra história, entre São Lo u-renço e Soledade de Minas (s u lde Minas Gera i s), com dire i to aouvir os ruídos provo ca d ospela expulsão do vapor de umaMaria Fumaça original, co n s-truída em 1925 pelos ingleses.

OS PRINCIPAISTRENS TURÍST I C OSDO BRAS I L

• Co rcovado (RJ )• Ca m p i n a s-Jaguariúna (S P )• São João del Re i -Ti ra d e n tes

( E st rada de Fe r ro Oeste de Minas)• Trem do Forró (Re c i fe, PE) • E st rada de Fe r ro Ca m p os do

J o rdão (S P )• Maria Fumaça Sesc Mineiro• G r u ssaí (São João da Ba r ra, RJ )• Se r ra Ve rde Express (Curitiba, PR)• Trem da Se r ra do Mar (Rio

N e g r i n h o, SC )• Trem da Se r ra da Mantiqueira

( Pa ssa Quatro, MG)• Trem das Águas

(São Lo u re n ç o, MG)• Trem das Termas (Pirituba, SC )• Trem do Co n testado (Pira tu b a

e Po rto União, SC )• Trem do Vinho

( Be n to Gonçalves, RS)• Trem dos Imigra n tes (S P )• Trem Est rada Real

( Pa raíba do Sul, RJ )

* Pa ra info r m a ç õ es so b re horários,p re ç os das passagens e tra j etos,a cesse os sites da Abottc(w w w. a b ottc .co m . b r) e ABPF(w w w. a b pf.o rg . b r)

Page 62: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

não goza de nenhum benef í c i ofi scal ou tributário para suao p e ração e mesmo assim ofe-re ce uma das melhores re l a-ç õ es cu sto/b e n efício do mun-do na área”, diz Almeida.

Se co m p a ra d os os invest i-m e n tos necess á r i os por lugarofe rtado no tra n s p o rte fe r ro-viário aos invest i m e n tos porlugar ofe rtado no tra n s p o rtero d ov i á r i o, “o ro d oviário se m-p re demonst ra um melhor cu s-to/b e n ef í c i o, razão basta n tep a ra a opção ro d oviária emb e n efício da sociedade co n s u-m i d o ra bra s i l e i ra”, diz o pres i-d e n te da Abra t i .

Na avaliação de Célio Jos éLosnak, professor de hist ó r i ado Brasil da Fa culdade de Ar-q u i tetu ra Artes e Co m u n i ca-ção da Unesp (Unive rs i d a d e

res de Trens Tu r í st i cos Cu l tu-ra i s), Geraldo Godoy, que ta m-bém é re l a ç õ es públicas daABPF (A ssociação Bra s i l e i ra deP rese rvação Fe r rov i á r i a), afi r-ma que a demanda está direta-m e n te relacionada a um se rv i-ço de qualidade. Ele lembraq u e, até a década de 60, ost rens de passa g e i ros funciona-vam muito bem e tra n s p o rta-vam até 12 vezes mais a ca p a c i-dade de um ônibus. “Depois asviagens co m e ç a ram a atra sar eos passa g e i ros des i st i ram deviajar de tre m”, diz.

Só as linhas operadas pelaFe p a sa (Fe r rovia Pa u l i sta) emSão Paulo tinham 150 trens pordia, transportando cerca de 84mil pesso a s. “Cada vagão depassageiro de um trem tem ca-pacidade média para levar 80

pessoas, o dobro de um ônibus.Um trem com sete carros é ca-paz de tirar 14 ônibus das ruas,o que é importante para aliviaro tráfego rodoviário”, diz Godoy.

O problema, afirma ele, não éque a malha do Brasil seja pe-quena, mas é que o governo nãoinveste nas melhorias. “Se o go-verno não investe, as concessio-nárias também não querem in-vestir”, diz Godoy, enfatizando anecessidade de garantir subsí-dios para atrair investidores.

Pa ra o pres i d e n te da Abra t i(A ssociação Bra s i l e i ra das Em-p resas de Tra n s p o rte Te r rest rede Pa ssa g e i ros), Sérgio Au g u s-to de Almeida, seriam neces-s á r i os subs í d i os não só na ins-talação das re d es, como nasua opera ç ã o. “Só para lem-b ra r, o tra n s p o rte ro d ov i á r i o

E stadual de São Pa u l o), a pre-ferência do governo pelas ro-d ovias é um ca so antigo. A ex-p l i cação é o cu sto do invest i-m e n to, que é infe r i o r.

Losnak ex p l i ca que o fi mdo tra n s p o rte fe r roviário dep a ssa g e i ros começou no go-verno de Getúlio Va rgas e cu l-minou no período de Jusce l i-no Ku b i tschek. “A partir dosa n os 30, investir em ro d ov i ajá era mais inte ressa n te. Nosa n os 50, com a chegada dasmultinacionais e o lobby paraexpansão do mercado auto-m ot i vo, isso foi co nfi r m a d o. Ese na virada do século 20 afe r rovia era sinônimo de de-se nvo l v i m e n to, nos anos 50as est radas passa ram a se rsímbolo de moderniza ç ã o” ,diz o histo r i a d o r. ●

LOTA D O M ov i m e n tação é inte n sa to d os os dias na Estação da Luz, na ca p i tal paulista

P ROJ E TOS DE TRENSDE PASSAG E I ROS

Co nfi ra a lista das linhasa p rovadas pelo BNDES

P r i m e i ra eta p a• Pa ra n á

Lo n d r i n a - M a r i n g á• Pe r n a m b u co

Re c i fe - Ca r u a r u• Ba h i a

Co n ceição da Fe i ra -Sa l va d o r-L a g o i n h a s

• Se rg i p eSão Crist ó v ã o -A ra ca j u - L a ra n j e i ra s

Segunda eta p a• São Pa u l o

Ca m p i n a s-A ra ra q u a raSão Pa u l o - I ta p et i n i n g a

• Minas Gera i sBelo Horizo n te - O u roP reto - Co n se l h e i ro Lafa i eteBo ca i ú va -J a n a ú b a

• Rio de JaneiroN i te r ó i - I ta b o ra íRio Ca m p os- M a ca é

• Rio Grande do Su lBe n to Gonçalves- Caxias do Sul Pe l ota s-Rio Gra n d eI tajaí-Rio do Sul (SC )

• N o rd esteCodó (MA) -Te resina (PI)

Fo n te: Abottc

CPTM/DIVULGAÇÃO

Page 63: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

Ot ra n s p o rte ro d oviário de ca rg a spor te rce i ros aprese n tou em ou-tu b ro aumento de 4,1 4% na mo-v i m e n tação mensal. Co n t r i b u i u

p a ra esse aumento o cresc i m e n to co n s-ta n te da mov i m e n tação de pro d u tos in-d u st r i a i s. A tonelagem tra n s p o rtada deo u t ros pro d u tos aprese n tou aumento de1 ,07% na mov i m e n tação de outu b ro. Osd esta q u es são as segundas sa f ras de mi-lho e trigo, principais lavo u ras cu l t i va d a sno inve r n o. A tonelagem industrial apre-se n tou o maior cresc i m e n to (6,89 % ) .

No ano, o tra n s p o rte fe r roviário de ca r-gas acumula 31 3,50 milhões de to n e l a d a s-ú teis (TU) e 169,11 bilhões de TKU. Quantoao volume mensal de ca rgas tra n s p o rta d opelo modo fe r roviário em sete m b ro de20 07, a TU e a TKU alca n ç a ram 36,68 mi-l h õ es de toneladas e 19, 83 bilhões res p e c-t i va m e n te, aprese n tando quedas em re l a-ção a agosto de 4,33% e 4, 6 4%. Os dadosda malha norte da fe r rovia ALL ainda nãofo ram disponibiliza d os pela empresa. Co mi sso, as esta t í st i cas do último mês info r-mado por essa empresa, julho de 20 07,continuam sendo inseridas para que asva r i a ç õ es tenham co n s i st ê n c i a .

O modo aquaviário apresentou quedade 3,23% na movimentação mensal de

cargas em setembro de 2007. Apesar doresultado geral, os portos de Santos(SP), Vila do Conde (PA), Porto Alegre(RS) e os portos baianos tiveram bonsdesempenhos no mês.

Em outu b ro de 20 07, o tra n s p o rtero d oviário de passa g e i ros aprese n to ua u m e n to no total de usuários tra n s-p o rta d os da ordem de 4,11% no inte r-municipal e 2,81% no inte restadual. Ose g m e n to intermunicipal acumula au-m e n to no ano de 0, 65% .

O modo aeroviário de passa g e i rosc resceu 12,64% na mov i m e n tação mensa l ,e n q u a n to o acumulado no ano é de alta de1 0, 58%, o que indica que o setor reto m o useu cresc i m e n to em outu b ro.

O Idet CNT/Fipe-USP é um indica d o rm e n sal do nível de atividade eco n ô m i cado setor de tra n s p o rte no Brasil. As info r-m a ç õ es do índice revelam, em númerosa bso l u tos, tonelagem, to n e l a g e m - q u i l ô-m et ro, passa g e i ros, passa g e i ros- q u i l ô m e-t ro e quilomet ragem rodada para os vá-r i os modais de ca rga e passa g e i ros.

ESTATÍSTICAS

M O DAL RO D OVIÁRIO DE CA RGASjulho a outu b ro - 20 07 (m i l h a res de to n e l a d a s)

MÊS INDUSTRIAL OUTRAS CARGAS TOTAL

J u l h o 4 6 .963,60 / - 52 .9 0 9,03 / - 9 9. 872 , 63 / -Ag osto 49. 598 ,17 / 5, 61 % 52 .1 5 0,64 / -1 ,4 3% 1 0 1 .748 , 81 / 1,88%Sete m b ro 5 0.383,40 / 1,58% 45.1 0 4,42 / -1 3, 51 % 95.487, 82 / -6,1 5%O u tu b ro 53. 857,03 / 6,89 % 45. 587,44 / 1,07% 9 9.4 4 4,47 / 4,1 4%

Fonte: Idet/CNT-Fipe

Pa ra esc l a re c i m e n tos e/ou parad ownload das tabelas do Idet, acessew w w.c n t.o rg . b r ou w w w.fi p e.co m . b r

M O DAL FERROVIÁRIO DE CA RGAS(m i l h a res de to n e l a d a s)

MÊS VOLUME TRANSPORTADO

Jun/07* 35.428,02 -1,69%Jul/07* 36.887,30 4,12%Ago/07* 38.348,12 3,96%Set/07* 36.687,48 -4,33%

Fonte: Idet/CNT-Fipe

M O DAL AQ UAVIÁRIO DE CA RGAS

MÊS VOLUME TRANSPORTADO

M a i /07 37. 632 , 2 1 - 0,77%Jun/07 40.674,20 8,08%Jul/07 44.666,14 9,81%Ago/07 45.515,76 1,90%Set/07 37.154,18 -3,23%Fonte: Idet/CNT-Fipe

*não foi considerada a malha norte da ALL, antiga Brasil Ferrovias

M O DAL RO D OVIÁRIO DE PASSAG E I ROS

TIPO USUÁRIOS TRANSPORTADOS - OUTUBRO/07I n te r m u n i c i p a l 50.909.203 4,11%I n te resta d u a l 5.593.076 2,81%Fonte: Idet/CNT-Fipe

MODAL AEROVIÁRIO DE PASSAGEIROS

MÊS USUÁRIOS TRANSPORTADOS

Jul/07 3.549.763 -Ago/07 3.1 8 6 .1 89 -10,24%Set/07 3.405.551 6,88%Out/07 3.836.160 12,64%

Fonte: Idet/CNT-Fipe

C R ESC I M E N TOE X P R ESS I VO

T RA N S P O RTE RO D OVIÁRIO DE CA RGASR EG I ST RA ALTA DE 4,1 4% EM OUTUBRO

Page 64: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

OCo n t ran (Co n se l h oNacional de Trânsito)publicou em 13/11/06 aresolução nº 212, que

dispõe sobre o Siniav (SistemaNacional de Identificação Auto-mática de Veículos) com utiliza-ção de radiofreqüência, cu j a sca ra c te r í st i cas estão es p e c i fi-cadas no Anexo II dessa reso-l u ç ã o. O sistema tem como ob-j et i vo dotar os órg ã os exe cu-t i vos de trânsito de fe r ra m e n-ta que propicie o planejamen-to, a fi sca l i zação e a gest ã oda frota de ve í cu l os, e ta m-bém coibir furtos e ro u b os deve í cu l os de ca rg a s.

Tal iniciativa é um fa tor impor-ta n te no co n t role ve i cu l a r, poisesta b e l e ce que em to d os os ve í-cu l os seja instalado um chip - pla-ca elet r ô n i ca, que co n tará co mum número serial, chassi, placa ecódigo Re n avam. Os dados da pla-ca elet r ô n i ca serão ca pta d os pora n tenas de ra d i of reqüência quan-do da passagem do ve í culo porelas e tra n s m i t i d os para ce n t ra i sde co n t role e gestão do siste m aque farão a ve r i fi cação da re g u l a-ridade do ve í culo quanto à docu-

D I O G E N ES CO RTIJO COSTA

m e n tação e se o mesmo foi furta-do ou ro u b a d o.

Do ponto de vista da gestãodo trânsito em grandes centros,como é o caso de São Paulo,tem-se um ótimo mecanismo defiscalização do rodízio, retiradade circulação de veículos emmau estado de conservação eoutras irregularidades existen-tes, mas no meu entender agrande dificuldade será na ins-talação de número suficiente deantenas para cobrir todo o terri-tório nacional; est i m a - se quesomente na cidade de São Pauloserão necessárias mais de3.000 antenas em locais segu-ros e est ra t é g i cos para essefim. Outro ponto discu t í vel sãoas es p e c i fi ca ç õ es técnicas del e i tu ra e esc r i ta das info r m a-ç õ es da “placa elet r ô n i ca” co n-forme esta b e l e ce o anexo II,pois apesar da evolução te c n o-l ó g i ca, inúmeras falhas pode-rão oco r rer no início da im-p l a n tação do siste m a .

Pa ra l e l a m e n te, através da re-solução nº 245 de 27/7/07, o Co n-t ran esta b e l e ce o pra zo de 24m eses para a instalação de ou-

t ro equipamento antifurto, co ms i stema de bloqueio e ra st rea-m e n to, como o AVL (Au to m a t i cVehicle Lo ca t i o n) em ve í cu l osnacionais e est ra n g e i ros, ca b e n-d o, no enta n to, a habilita ç ã o(com cu stos) ao pro p r i etário dove í cu l o. Deve - se ressa l tar que,a p esar de cumprir o mesmo pa-pel no co m b a te a furtos e ro u-b os, esse dispos i t i vo pode se rco n s i d e rado mais efi caz nacoerção do crime org a n i za d o,com empresas privadas já exe r-cendo essa atividade junto at ra n s p o rta d o ras e se g u ra d o ra s.

O cu sto para implanta ç ã od esse sistema para o poder pú-b l i co provave l m e n te é menor,pois não necess i taria de um nú-m e ro elevado de ante n a s, emco m p e n sação a antena GPS dera st rea m e n to de sa t é l i tes de po-s i ç ã o, que deve ser instalada emcada ve í cu l o, tem um cu sto maise l eva d o. Ate n te - se para o fa tode que os cu stos de ambos oss i stemas serão necessa r i a m e n-te abso rv i d os pelo cidadão, oque não deixa de ser mais umônus dentre outros ta n tos im-p ostos e ta xa s.

DEBATE O CHIP PA RA AU TOMÓVEIS É INVAS I VO?

D I O G E N ES CO RTIJO COSTAE n g e n h e i ro, professor doutor doD e p a rta m e n to de Tra n s p o rtes daFa culdade de Engenharia Civil,A rq u i tetu ra e Urbanismo da Unicamp

Mais um ônus entre ta n tosimpostos e taxas existentes

"A GRANDE DIFICU L DADE SERÁ NA INSTALAÇÃO DE NÚMEROSUFICIENTE DE ANTENAS PA RA COBRIR O TERRITÓRIO NAC I O N A L"

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14864

Page 65: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

Ba s i ca m e n te o Siste-ma Nacional deI d e n t i fi cação de Veí -cu l os - co n h e c i d o

por Siniav - é co m p osto porp l a cas elet r ô n i cas insta l a d a sn os ve í cu l os, antenas de lei-tu ra de sinais emitidos porra d i of reqüência e ce n t ra i sde pro cessa m e n to dos dadose m i t i d os.

Um ve í culo com a placae l et r ô n i ca, ao passar poruma antena, re co n h e c i d acomo perte n ce n te ao Siniav,esta b e l e ce uma co m u n i ca-ção entre ambas quando sere g i st ra a passagem daqueleve í cu l o.

Os re g i st ros dos ve í cu l ossão esta t í st i cos e deve r ã oser armaze n a d os por cu rtosp e r í o d os de te m p o.

Os ve í cu l os que aprese n-ta rem algum tipo de irre g u-l a r i d a d e, seja do ponto dev i sta de inf ra ç õ es de trânsi-to, regularidade fi scal (lice n-c i a m e n to, IPVA, multa s) oum esmo ve í cu l os furta d os ouro u b a d os, poderão ser fi sca-l i za d os e abord a d os nas blit-

M AU RO MAZZA M AT I

A instalação da placa ele-t r ô n i ca nos auto m ó veis de-verá ser fe i ta em locais es-p e c í fi cos a se rem dete r m i-n a d os pelos Det rans em nú-m e ro e co n d i ç õ es para darum bom ate n d i m e n to aosu s u á r i os.

O sistema deverá estar emco n d i ç õ es operacionais até am etade do próximo ano. Ad efinição da tecnologia a se ra d otada ainda ca re ce de es-tu d os co m p l e m e n ta res, emespecial, aqueles vo l ta d os àse g u rança e sigilo das info r-m a ç õ es.

As implica ç õ es te c n o l ó g i-cas têm relação direta com ocu sto dos equipamentos eesta m os buscando uma so l u-ção que tenha o melhor cu s-to - b e n ef í c i o.

O Sistema Nacional deI d e n t i fi cação de Ve í cu l os éum pro j eto que propicia umsa l to te c n o l ó g i co nas área sde micro e l et r ô n i ca e tra n s-m i ssão de dados por ra d i o-f reqüência, não tendo pro j e-tos similares com sua magni-tude no mundo.

M AU RO MAZZA M AT IE n g e n h e i ro civil, co o rdenador Geral deP l a n e j a m e n to Normativo e Est ra t é g i co do Denatra n

P ro j eto que propicia um sa l tote c n o l ó g i co e não tem similar

“A TEC N O LOGIA A SER ADOTA DA AINDA CA R ECE DE EST U D OS, EMESPECIAL, OS VOLTADOS À SEGURANÇA E SIGILO DOS DADOS”

ze policiais com maior pre c i-s ã o. Em qualquer situ a ç ã o,os dados são sigilosos e osestu d os da tecnologia est ã ose dese nvo l vendo de forma ap ropiciar o grau de se g u ra n-ça necessário e dese j a d o.

Os dados de passa g e mse rvem para gerar info r m a-ç õ es de co n tagem ve i cu l a r,velocidade média nas vias,p esq u i sas de origem e dest i-no necessárias ao planeja-m e n to, gere n c i a m e n to det r á fego e, principalmente,p a ra implantar medidas quevenham a aumentar a mobili-dade das pessoas nos ce n-t ros urbanos, podendo atét ra n sfo r m a r- se na principalfe r ra m e n ta para induzir oa u m e n to do tra n s p o rte co l e-t i vo em det r i m e n to do tra n s-p o rte individual.

Os re g i st ros também po-derão se rvir para aplica ç õ esco m e rc i a i s, tais como gere n-c i a m e n to de frotas e algumg rau de ra st rea b i l i d a d e,como meio de pagamentos,d esde que auto r i za d os pelosp ro p r i et á r i os.

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 148 65

Page 66: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007

CNT TRANSPORTE ATUAL EDIÇÃO 14866

H U M O RD U K E

Page 67: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007
Page 68: Revista CNT Transporte Atual-DEZ/2007