revista cnt transporte atual - outubro/2011

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C NT TRANSPORTE ATUAL Caminhões fabricados na China terão venda intensificada no Brasil a partir de 2012; montadoras planejam a instalação de fábricas no país ANO XVII NÚMERO 194 OUTUBRO 2011 O s chineses estão chegando EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT ENTREVISTA COM EMERSON DE ALMEIDA , PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL

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Os chineses estÞao chegando: caminhÞoes fabricados na China terÞao venda intensificada no Brasil a partir de 2012; montadoras planejam a instalaçÞao de fÛabrias no paÛis

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CNTT R A N S P O R T E A T U A L

Caminhões fabricados na China terão venda intensificada no Brasil a partir de 2012; montadoras planejam a instalação de fábricas no país

ANO XVII NÚMERO 194OUTUBRO 2011

Os chinesesestão chegando

EDIÇÃO INFORMATIVADA CNT

ENTREVISTA COM EMERSON DE ALMEIDA, PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 20114

REPORTAGEM DE CAPA

ANO XVII | NÚMERO 194 | OUTUBRO 2011

CNTT R A N S P O R T E A T U A L

CAPA INTERVENÇÃO DE SAULO TIRONI

Presidente da FDCfala sobre união deempresa e escola

PÁGINA 8

ENTREVISTA

Ônibus testadosmostram bonsresultados

PÁGINA 32

HÍBRIDOS

Aeronave gasta20% menoscombustível

PÁGINA 36

MENOS POLUENTE

TAXI POINT

Feira recebeumais de 3.000visitantes em SP

PÁGINA 40

CAMPO GRANDE

Estação aceleraentrada emônibus urbano

PÁGINA 44

PATRIMÔNIO NAVAL • Mostra Barcos doBrasil pode ser visitada no Iphan, em Brasília,até 18 de novembro; são 89 réplicas

PÁGINA28

Em 2012, pelo menos três novas representantes edistribuidoras de montadoras da China começam a vendercaminhões importados no Brasil; todas têm programação deinstalar fábricas de veículo pesado nos próximos anos

Página 20

CONSELHO EDITORIALBernardino Rios PimBruno BatistaEtevaldo Dias Lucimar CoutinhoTereza PantojaVirgílio Coelho

EDITORA RESPONSÁVEL

Vanessa Amaral

[[email protected]]

EDITOR-EXECUTIVO

Americo Ventura

[[email protected]]

FALE COM A REDAÇÃO(61) 3315-7000 • [email protected] SAUS, quadra 1 - Bloco J - entradas 10 e 20 Edifício CNT • 10º andar CEP 70070-010 • Brasília (DF)

ESTA REVISTA PODE SER ACESSADA VIA INTERNET:www.cnt.org.br | www.sestsenat.org.br

ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO:[email protected]

Publicação da CNT (Confederação Nacional do Transporte), registrada no Cartório do

1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob o número 053.

Tiragem: 40 mil exemplares

Os conceitos emitidos nos artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da CNT Transporte Atual

EDIÇÃO INFORMATIVA DA CNT

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 5

T R A N S P O R T E A T U A L

Equipamentosreduzem riscosde roubos

PÁGINA 50

SEGURANÇA

Alexandre Garcia 6

Humor 7

Mais Transporte 14

Anpet 67

Boletins 72

Debate 78

Opinião 81

Cartas 82

SeçõesFERROVIÁRIO

Feira Negóciosnos Trilhos chegaà 14ª edição

PÁGINA 64

Rio de Janeiroatrai interesseem várias áreas

PÁGINA 56

INVESTIMENTOS

Estão abertas as inscriçõespara o Programa de Formaçãode Motoristas para o Mercadode Trabalho do Sest Senat. Osinteressados podem preenchero formulário disponível noendereço eletrônico www.sestsenat.org.br, na unidadeSest Senat mais próxima oupelo telefone 0800 728 2891. Os cursos são destinados à qualificação de condutorespara o transporte de cargas ede passageiros. Participe!

Projeto Despoluir• Conheça o programa• Acompanhe as notícias sobremeio ambiente

Canal de Notícias• Textos, álbuns de fotos, boletinsde rádio e matérias em vídeosobre o setor de transporte no Brasil e no mundo.

Escola do Transporte• Conferências, palestras eseminários

• Cursos de Aperfeiçoamento• Estudos e pesquisas• Biblioteca do Transporte

Sest Senat

• Educação, Saúde, Lazer e Cultura

• Enfrentamento à exploraçãosexual de crianças eadolescentes

MOTORISTAS

CARAVANA

O portal disponibiliza todas as ediçõesda revista CNT Transporte Atual

E MAIS

www.cnt.org.br

A Caravana Todos Contra aPedofilia promete mobilizar trabalhadores do transporte ecomunidades do estado deMinas Gerais. Liderada pelossenadores Clésio Andrade eMagno Malta, tem o apoio doSest Senat e da CNT. Assista aos vídeos, áudios e reportagens na Agência CNT.

CICLO DE CONFERÊNCIASO filósofo Mario Sergio Cortella é o convidado do III Ciclo deConferências promovido pela CNT,Escola do Transporte e Sest Senat.Cortella vai falar sobre as mudanças no mundo dos negócios, competência nas organizações, gestão do conhecimento e importância de iniciativas diante das adversidades.A apresentação é gratuita e estámarcada para o dia 10 de novembro,às 19h, na sede da CNT, em Brasília.

EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO • Unidades emtodo o país realizam ações educativas e orientammotoristas e pedestres sobre segurança no trânsito

PÁGINA68

SEST SENAT

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rasília (Alô) - Ivonildo morreu na cabi-na do caminhão, despencando barran-co abaixo, na Régis Bittencourt.Testemunhas contaram que o veículosimplesmente saiu da estrada. Nãoderrapou, não freou, não foi cortado

por ninguém. Saiu, simplesmente. E a vida deIvonildo saiu com ele. Junto, uma viúva e trêsfilhos. Mais as prestações da nova TV e dopequeno lote em que ele pretendia construir.Achava que poderia, enfim, ter uma casa, por-que aceitava trabalho sem parar. Sem des-cansar. Ia levando. O rebite ajudava. Umacachacinha em cima também. Andava cansa-do, mas pensava na família ter mais conforto,enquanto esperava a sua volta. Nunca maisvoltou. Ninguém achou defeito do caminhão.Foi Ivonildo quem apagou.

Boa parte dos acidentes na estrada é assim. Omotorista apaga. De cansaço, de álcool, desedentarismo que mata. Não sobra tempo paracaminhar, exercitar-se, ter comida saudável.Sentado na boleia, comendo o prato feito dabeira da estrada, reforçando a cervejinha comcachaça, exagerando na linguiça e no pão sem omenor controle do colesterol, da pressão, dosglicídios e lipídios, lá vai mais um Ivonildo des-cendo o barranco com a carga atrás de si.

Algumas transportadoras são rigorosas comos exames periódicos de seus motoristas, prin-cipalmente as que transportam passageiros,mas não há como controlar os avulsos. Osedentarismo avoluma a barriga, e a circunfe-rência da cintura é o sinal de alerta. Se a cintu-ra chegou aos 100 centímetros, começa o peri-go. Vêm juntos a diabetes e a pressão alta, tur-binadas pelas tensões da estrada, o cansaço, amá alimentação, o álcool, os estimulantes con-tra o sono. Ivonildo, antes de morrer, já tinhavisto cavalos na pista – que nunca existiram. Játinha levado sustos com as lanternas traseirasdo ônibus em frente a girar, trocando de lado.Viu luzes, fantasmas, e foi se acostumando comisso. Até que nada mais viu.

É difícil evitar isso. As empresas podem tentarfazer a cabeça dos motoristas. E precisam. Estáem jogo a vida do condutor, o veículo, a carga ea segurança de todos os que compartilham daestrada. A família também precisa saber que ochefe corre perigo de vida se não balancear anecessidade com a ambição. Perder a vida é umcusto muito alto para ganhar uns trocados amais por mês. Perder a carga fica muito caroperto do custo de uma boa campanha para fazera cabeça do motorista. Vale a pena tentar.Apostar na saúde do motorista dá lucro.

B

“As empresas podem tentar fazer a cabeça dos motoristas. Está em jogo avida do condutor, a carga e a segurança dos que compartilham da estrada”

A saúde do motorista

ALEXANDRE GARCIA

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 7

Duke

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ENTREVISTA EMERSON DE ALMEIDA

Não existe uma receitafechada para o mundodos negócios, maspara o professor

Emerson de Almeida, fundadore presidente da FDC (FundaçãoDom Cabral), o segredo dosucesso das grandes empresaspode estar no diálogo entreacademia e prática profissional.

A FDC foi classificada, nesteano, como a quinta melhor escolade negócios do mundo, segundoo Ranking da Educação Executiva2011 do jornal “Financial Times”.Criada em 1976, dentro do Centrode Extensão da UniversidadeCatólica de Minas Gerais, a DomCabral se diferencia de outrasescolas tradicionais de negóciospor atuar junto, e não para asempresas. Segundo Almeida, ométodo de ensino desenvolvidopermite que a própria empresa

descubra não só os problemasexistentes, mas a raiz deles. É ofamoso método “ensinar a pescare não dar o peixe”, afirma ele.

E o reconhecimento interna-cional ainda foi além. Os chama-dos programas fechados, cursoscustomizados que oferecemconteúdos alinhados à estraté-gia e às necessidades específi-cas de cada uma das empresas,foram classificados em terceirolugar pelo mesmo ranking. Parase ter uma ideia da qualidade daDom Cabral, a norte-americanaHarvard Business School foiclassificada em quarto lugar namesma categoria.

Para o professor, a consolida-ção do status internacional dainstituição está diretamente rela-cionada às parcerias desenvolvi-das com importantes escolas denegócios mundo afora.

Atualmente, são mais de 400 par-ceiros em diversos países quefavorecem o compartilhamentode experiências, a construção denovos modelos de gestão e a apli-cação de soluções práticas e efe-tivas. A instituição mantém trêscampi: dois em Minas Gerais - emNova Lima e em Belo Horizonte -e um na cidade de São Paulo.

Formado em Economia pelaUFMG (Universidade Federal deMinas Gerais) e mestre na mesmaárea pela University of Paris epelo Institut d’Étude duDéveloppment Économique etSocial, Almeida dirigiu as nego-ciações para a implantação dasalianças com universidades ecentros de estudos em diversospaíses como França, EstadosUnidos e Canadá. Atualmenteestá dirigindo as negociaçõespara a implantação de uma rede

de contatos entre escolas denegócios da América Latina e osBrics (Brasil, Rússia, Índia eChina).

Em entrevista à CNTTransporte Atual, ele fala sobreo sucesso da Fundação DomCabral, a necessidade de investircada vez mais em conhecimentoe as oportunidades de crescimen-to que surgem no Brasil.Acompanhe a seguir os principaistrechos.

Em 2011, a Fundação DomCabral foi classificada como aquinta melhor escola de negó-cios do mundo, pelo “FinancialTimes”. Nenhum outro centroeducacional do país chegouperto dessa marca. O que faz aFDC ser diferente?

Nosso modelo de relaciona-mento com nossos parceiros e

“Mais que uma função, a carreira executiva pressupõe virtudes como dedicação, abertura para o aprendizado contínuo e inovação, persistência e ele vado espírito de servir”

Excelência em ensinoPOR LIVIA CEREZOLI

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EMERSON DE ALMEIDA

“Mais que uma função, a carreira executiva pressupõe virtudes como dedicação, abertura para o aprendizado contínuo e inovação, persistência e ele vado espírito de servir”

clientes. Nós trabalhamos comas empresas, e não para asempresas. Acreditamos que oconhecimento também pode serencontrado dentro das organi-zações. Nós procuramos identi-ficar e sistematizar esse conhe-cimento e, a partir daí, facilita-mos o compartilhamento, unin-do a teoria que nossos profes-sores detêm com a práticaempresarial que cada partici-pante traz consigo.

Uma das linhas de trabalhoda FDC é a educação executiva.No que ela consiste?

É o aprimoramento profissio-nal e organizacional de empresá-rios, executivos e organizações. Aeducação executiva busca tam-bém o aprimoramento do indiví-duo como pessoa, dentro de con-ceitos éticos. É garantir o futuro e

a evolução da empresa e do pro-fissional, mas também é garantiruma sociedade mais justa, maisdigna e com condições menosdiscrepantes. Acredito que a edu-cação executiva possibilita – oudeveria possibilitar - uma pers-pectiva futura maior e melhorpara a sociedade.

Qual a importância da uniãoentre escola e empresa?

Todo trabalho feito pelaFundação Dom Cabral se baseiano princípio dessa cooperaçãoe na troca mútua de experiên-cias. Esse relacionamento é oque o mercado tem precisadocada vez mais. É universal apredominância do distancia-mento prejudicial entre a aca-demia e o mercado. A FDC nas-ceu a partir da identificaçãodessa dificuldade. O desenvolvi-

mento das empresas e das pes-soas só é possível por meio deuma aproximação entre a aca-demia e o meio corporativo.

Qual é o perfil dos alunosque chegam para estudar naFundação? Que tipo de defi-ciências eles têm?

O perfil de nossos partici-pantes é muito diversificado.Nossa variedade de programasé bem extensa e atende diver-sas demandas do mercado emdiferentes momentos da vidaexecutiva, tanto das organiza-ções quanto dos profissionais.Se olharmos para nossa espe-cialização, teremos participan-

tes mais jovens, que saíram hápouco da faculdade e que estãobuscando conhecimento paraconseguirem uma melhor colo-cação no mercado. Se analisar-mos a PCSS (Parceria para oCrescimento Sustentado eSustentável) teremos médiasempresas que tiveram um cres-cimento acima do previsto eque agora buscam a longevida-de e a relevância para a socie-dade. Se avaliarmos o PGA(Programa de Gestão Avançada)veremos dirigentes que buscamdar a suas organizações umpadrão global de gestão. Temosvários perfis com necessidadesmuito diferentes.

FOTOS PAULO MÁRCIO E GUILHERME BERGAMINI/FDC DIVULGAÇÃO

Excelência em ensino

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Existe uma “receita” paraser seguida durante a formaçãoprofissional? Quais as etapas aserem vencidas durante umaformação continuada?

Não. Se existisse receita, aFundação Dom Cabral seria algocompletamente diferente. É ofato de não existir um “caminhocerto” que nos possibilita ter avisibilidade que temos hoje. Nosdiferenciamos da consultoriaexatamente nesse ponto. A con-sultoria chega com um pacotepronto e diz: “faça isso e tudovoltará a funcionar”. Nós nãofazemos isso. Estamos mais inte-ressados em descobrir, juntocom a empresa, qual a raiz doproblema e vamos formular umasolução não somente para aque-le problema, mas para vários quepossam ocorrer no futuro e queteriam como base a mesma defi-ciência. Nós sempre procuramosensinar a pescar e não dar opeixe. O que podemos aconse-lhar é que o profissional se man-tenha sempre atualizado, rein-vente-se e tente prever os movi-mentos do mercado.

Que exigências são cobra-das dos atuais executivos?Qual o tipo de formação e operfil que eles devem ter?

Mais que uma função, a carrei-ra executiva pressupõe virtudescomo dedicação, abertura para oaprendizado contínuo e inovação,

persistência e elevado espírito deservir. Acrescentaria que a habili-dade para a interação pessoal étão importante, se não maisimportante, do que a qualificaçãotécnica.

Como o senhor avalia aslideranças no mundo dos negó-cios brasileiro, atualmente?

Existem dois aspectos quedevem ser levados em considera-ção. Do ponto de vista da gestão,os brasileiros avançam muitobem, principalmente depois daabertura da economia no inícioda década de 1990. Os empresá-rios foram atrás da moderniza-ção da gestão em todos os seg-mentos e isso fez com que asempresas brasileiras conquistas-sem um lugar de destaque den-tro do panorama mundial. Sobrea ótica estratégica, no entanto, oavanço é abaixo do necessário.Os empresários parecem esque-cer que a empresa só vai bem, sea sociedade for bem. A empresaexiste para criar resultados eco-nômicos e, ao mesmo tempo,gerar resultados para a socieda-de. Essa é a visão moderna. Noentanto, boa parte dos empresá-rios permanece com a visãopequena do curto prazo.

Muitas empresas brasileirasestão em fase de globalização eestão levando os seus executi-vos para fora do país. Onde

acontece a capacitação dessesprofissionais? Nossas escolastêm condições de prepararpessoas para exercer essescargos?

A maior dificuldade não é a“condição de preparo” das esco-las, mas diferenças culturaisentre os mercados. Poucas esco-las estão prontas para prepararas pessoas para exercer cargosque nas grandes multinacionaisse intitulam como “responsáveispela mobilidade internacional”.Cargos que já existem em gran-des multinacionais europeias eamericanas e que, na maior partedas vezes, são exercidos pelo pró-prio CEO (chefe-executivo, dasigla em inglês) ou pelo diretor derecursos humanos. A gestão

ATUAÇÃO Fundação Dom Cabral mantém unidades em Minas Gerais e São Paulo

“A empresaexiste

para criarresultadoseconômicose, ao mesmotempo, gerarresultadospara a

sociedade”

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está dentro da visão estratégi-ca mencionada há pouco. Se aempresa investe em seu pes-soal, isso trará benefícios parao profissional, para a empresae, consequentemente, para asociedade. Todos saem ganhan-do. Na FDC, preferimos usar apalavra “colaborador”. É issoque cada pessoa faz: colaboracom sua parte para que o todoseja beneficiado.

Qual o objetivo da FundaçãoDom Cabral em manter umNúcleo de Estudos sobreInfraestrutura e Logística? Quala contribuição que o núcleoespera oferecer para o país?

Estudos sobre infraestrutu-ra e logística se tornaram fun-

damentais para a competitivi-dade das empresas e para aadaptação da sua gestão cor-porativa diante do quadro deproblemas e gargalos que ainfraestrutura brasileira apre-senta. Estudar as característi-cas logísticas e o ambiente dainfraestrutura brasileira éfator essencial para se ter umagestão de processos e estraté-gias empresariais adaptadas àrealidade brasileira. O Núcleode Estudos em Infraestrutura eLogística pode trazer impor-tantes contribuições no con-texto das pesquisas, indicado-res de desempenho, diagnósti-cos de operações e estratégiasde distribuição e de movimen-tação de cargas e passageirosno Brasil. A constituição de umlocal de pesquisas sobre oassunto contribui para aumen-tar o nível das informaçõesque poderão se transformarem conteúdos para as solu-ções educacionais que os nos-sos parceiros e clientes neces-sitam para a tomada de deci-sões em relação às suas ope-rações nacionais. Além disso,muitas informações geradasno núcleo poderão contribuirpara que o poder públicotenha elementos para a defini-ção dos projetos que servirãode base para o aumento dacompetitividade das empresasque aqui operam.

Com a sua experiência naárea de gestão, como o senhoravalia as condições estruturaisdo Brasil na organização degrandes eventos esportivoscomo a Copa do Mundo de 2014e das Olimpíadas de 2016?

O Brasil vive uma experiêncianova que é a organização deeventos mundiais, e isso trazuma série de desafios que nosexigirão construir linhas deaprendizagem, muitas vezes semreferências anteriores. Pela faltade investimento consistente aolongo das décadas, somada auma ausência de planejamentoestratégico em longo prazo, opaís encontra-se em condiçõesestruturais um tanto precárias,principalmente em mobilidadeurbana, sistemas aeroportuáriose de transmissão de dados, alémde uma necessidade significativade mão de obra especializada.Por isso, teremos que construirtudo no prazo adequado, comooutros países fizeram, o que vaiexigir de toda a sociedade umpermanente sinal de alerta emrelação ao cumprimento dosorçamentos, à entrega dos proje-tos nos prazos combinados etc. OBrasil pode transformar os even-tos de 2014 e 2016 em uma gran-de oportunidade para transmitiruma imagem de país moderno,que se preocupa com a sustenta-bilidade e o respeito a compro-missos assumidos. l

ATUAÇÃO Fundação Dom Cabral mantém unidades em Minas Gerais e São Paulo

internacional de recursos huma-nos é uma consequência naturalde um processo de internacionali-zação, e a FDC está desenvolven-do um projeto intitulado GestorGlobal, que surgiu a partir daindagação sobre como as nossasempresas têm lidado com o desa-fio da gestão de pessoas nessanova realidade.

As empresas brasileirasdeveriam investir mais em for-mação dos seus profissionaisou essa é uma responsabilidadeexclusiva dos funcionários?

As empresas devem investirmais. As pessoas são o bemmais precioso de uma empresa.Sem elas, a empresa simples-mente não existe. Investir neles

“As pessoassão o bem

mais preciosode umaempresa.Sem elas, aempresa

simplesmentenão existe”

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201114

MAIS TRANSPORTE

A Guberman reformulou seu software de gestão de frotas paraatender de forma mais especializadapequenas, médias e grandesempresas. A nova versão do FrotaSaaS traz opções de mais de 20módulos e centenas de funcionalidades. Nesse formato, ouso do software ficará mais econômico e escalonável, já que ocliente poderá incluir e retirar

módulos conforme o uso, o orçamentoe a disponibilidade da operação. Onovo SaaS tem ainda uma série denovos módulos, como a integraçãoa outros softwares de gestãoempresarial, soluções de automação de abasteciment o e de pedágios e automação depneus. A tecnologia permite que osprocessos de inspeção de pneussejam todos feitos de forma digital.

Gestão de frotas personalizada

A edição deste ano da Expo Viver, Ver e Rever, realizada pelo Primeiro Clubedo Ônibus Antigo Brasileiro,acontece nos dias 26 e 27 denovembro, no Memorial daAmérica Latina, na capitalpaulista. O tradicional evento reúne os aficionadospor ônibus e caminhões

antigos que, por meio daexposição dos veículos, podem acompanhar a evolução desse mercado. Os ônibus e caminhões quecompõem a exposição são depropriedade de montadoras e empresas de transporte,além de colecionadores. Oevento é aberto ao público.

A Rio Infraestrutura (Feira de Produtos e Serviços para Obras deInfraestrutura) será realizada entre os dias 16 e 18 de novembro, noRiocentro, na capital fluminense. A primeira edição, realizada ano passsado, registrou mais de 6.000 compradores, com

mais de R$ 55 milhões em negócios gerados. Os profissionais do setor podem efetuarseu credenciamento, gratuitamente, no site do evento:www.rioinfra.com.br. A entrada só será permitdamediante apresentação de credenciamento e de convite.

Rio Infraestrutura

Será realizado entre os dias 24 e27 de novembro o SalãoInternacional de VeículosAntigos, no Pavilhão OesteAnhembi, em São Paulo (SP). Oevento visa promover o resgatehistórico automobilístico pormeio da exposição de automóveis clássicos antigos, da moda, da música e de palestrastécnicas. O tema escolhido paraeste ano é “A evolução do auto-

móvel”. A organização informa que os proprietários que desejam expor seu veículodevem preencher o formuláriono site do salão. Haverá uma pré-seleção para a inscrição definitiva. A estimativa é de que o evento reúna 300 veículosantigos e mais de 30 mil visitantesdurante os quatro dias. Durante o salão acontece também um leilão de veículos antigos.

Veículos antigos PRIMEIRO CLUBE DO ÔNIBUS ANTIGO BRASILEIRO/DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

HISTÓRIA Exposição reúne ônibus antigo em São Paulo

SALÃO Evento deve reunir mais de 300 modelos

Expo Viver, Ver e Rever 2011

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 15

O gasoduto Lula-Mexilhão iniciousua operação na Bacia deCampos em setembro. Trata-se doduto rígido submarino de maiorprofundidade e comprimento doBrasil, com 216 quilômetros deextensão, 18 polegadas de diâmetro e pressão de operaçãode 250 bar (unidade de pressão).Ele liga o campo de Lula à plataforma de Mexilhão, localizadaem águas rasas na Bacia deSantos. O duto parte de uma pro-fundidade de água de 2.145metros, onde está interligado aonavio-plataforma Cidade de

Angra dos Reis, no campo deLula, até chegar a 172 metros,onde é conectado à plataformade Mexilhão, de propriedade daPetrobras. Com capacidade para escoar até 10 milhões demetros cúbicos por dia, o gasoduto transportará o gás produzido pelo Polo Pré-Saldaquela bacia. O projeto vai contribuir ainda para o escoamento do gás natural das plataformas destinadas ao desenvolvimento da primeira fase do Pré-sal da Bacia de Santos.

Lula-Mexilhão inicia operação

PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

LOCALIZACÃO Duto tem 216 km de extensão

AÉREO

OSistema Sagitario(Sistema Avançadode Gerenciamento

de Informações de TráfegoAéreo e Relatório deInteresse Operacional)desenvolvido no Brasil vaipermitir o aprimoramentodo controle de tráfegoaéreo, além de contribuirpara a elevação dos níveisde segurança operacional.De acordo com a FAB (ForçaAérea Brasileira), o programaserá implantado em todos osquatro Cindacta (CentroIntegrado de Defesa Aérea eControle de Tráfego Aéreo) edeverá substituir o atual sis-tema X-4000.

O Sagitario já está emfuncionamento nos Cindacta2 e 3, sediados em Curitiba(PR) e Recife (PE), respectiva-mente. Aproximadamente, R$9 milhões foram investidosno desenvolvimento do soft-ware. Outros R$ 15 milhões

devem ser aplicados naimplantação do sistema nasoutras unidades de controlede tráfego, assim como notreinamento dos operadores.Segundo a FAB, até o finaldeste ano, o Sagitario deveser implantado em Brasília,no Cindacta 1.

O software permite, porexemplo, a sobreposição deimagens meteorológicassobre a imagem do setorsob controle, para acompa-nhar a evolução de mautempo em determinadaregião do país. Os planos devoo também podem ser edi-tados graficamente sobre omapa, possibilitando inser-ção, remoção e reposicio-namento de pontos doplano e cancelamento deoperações, o que permitiráao controlador acompanharmelhor a evolução do queestava previamente plane-jado para o voo.

Novo sistema de controle

A Renault do Brasil iniciou emoutubro a fabricação do esportivo utilitário Duster. Odesenho externo do veículoremete à robustez. A versão brasileira, além de novos tecidos,também conta com novas espumasdos bancos, com as partes lateraismais realçadas, se comparada àversão comercializada na Europa.De acordo com a Renault, oDuster tem o maior espaço inter-

no da categoria. O porta-malasconta com capacidade para até475 litros e o banco traseiro pode ser rebatido. O veículochega ao mercado com cinco versões e duas opções de motor:1.6 16V Hi-Flex, presente nas versões de entrada, Expresion eDynamique; e 2.0 16V Hi-Flex, queequipa as versões Dynamique,Dynamique Automático e Dynamique 4x4.

Duster brasileiro no mercado

LANÇAMENTO Renault fabrica novo modelo no país

RENAULT/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201116

MAIS TRANSPORTE

Pequena História das Grandes IdeiasVárias questões contextualizadascom o auxílio de referências comoAristóteles, Freud e Steve Jobs. De: Martin Burckhardt, Ed. TintaNegra, 176 págs., R$ 34,90

JustaAracy de Carvalho chefiava o setorde passaportes no consulado doBrasil na Alemanha e salvou a vidade judeus vítimas do nazismo.De: Monica Raisa Schpun, Ed.Civilização Brasileira, 518 págs.,R$ 49,90

O Ladrão no Fim do MundoComo o inglês Henry Wickham contrabandeou 70 mil sementes deseringueiras da floresta amazônicapara a Inglaterra no século 19.De: Joe Jackson, Ed. Objetiva,448 págs., R$ 49,90

A bicicleta elétrica E-Bike Concept da Ford tem sistema de tração formado por um motor na roda dian-teira e bateria de íons de lítio no quadro. Possui autonomia de até 85 km com carga completa e inteli-gência eletrônica para prevenir sobrecarga, queda de voltagem, sobreaquecimento e curto-circuito.

Bicicleta elétrica urbana

FORD/DIVULGAÇÃO

Financiamento mantém média de crescimento Balanço divulgado pela Anef (Associação Nacionaldas Empresas Financeirasdas Montadoras) aponta que o mês de julho mantevea média de crescimento do saldo total de créditoautomotivo do primeirosemestre de 2011, alcançando

a marca de R$ 196,2 bilhões.Segundo o levantamento, ocrescimento foi de 14,6% emcomparação a julho de 2010.A entidade ressalta que noano passado o aumento foide 18,1%, no comparativocom o ano anterior, 2009. Ocrescimento, divulga a Anef,

segue ocorrendo a taxasdecrescentes. A entidade projeta a manutenção dessatendência até o fim do ano. A estimativa é de que a carteira de financiamentoalcance um aumento de 10% em 2011 contra o resultado de 2010.

Page 17: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 17

Parceria entre a Embraer Defesae Segurança e a AEL Sistemas,subsidiária da israelense ElbitSystems Ltda., criou a empresaHarpia Sistemas S.A., com sedeem Brasília. O foco da companhiaserá a exploração do mercado deveículos aéreos não tripulados,conhecidos como Vant. As ações compreendem marketing, desenvolvimento, integração de

sistemas, comercialização e fabricação, suporte pós-venda deVant, bem como simuladores eatividades de modernização de sistemas aviônicos. De acordo coma Embraer, a empresa oferecerásoluções mais abrangentes emsistemas complexos, aumentando,assim, a oferta de produtosgenuinamente brasileiros no mercado de defesa e segurança.

Embraer cria nova empresa

A 4ª edição do TranspoQuipAmérica Latina (Encontro das Indústrias de Infraestruturapara Transporte) será realizada de 22 a 24 de novembro, no ExpoCenter Norte, em São Paulo (SP).Os quatro principais temas daexposição e do programa paralelode conferências são: construção;

proteção e segurança; gerenciamento e operações; econforto do usuário. O evento reúne vendedores e compradores de equipamentos e serviços para rodovias, ferrovias, estações, portos, vias fluviais e aeroportos.

A DHL Supply Chain foi eleita a melhor prestadora de serviços logísticos doBrasil, com o primeiro lugarno Prêmio Ilos de Logística2011. O reconhecimento foiconcedido à DHL pelo sextoano consecutivo. O PrêmioIlos é entregue anualmentepelo Instituto Ilos deLogística e Supply Chain. Na

edição de 2011, participaram500 profissionais de grandes indústrias brasileiras. Além de receber a premiação, a DHL foi eleita a principalempresa de logística dossetores de alimentos e bebidas; eletroeletrônico;higiene, limpeza, cosméticos e farmacêuticos.

Melhor empresa de logística

DIVULGAÇÃO

EDIÇÃO 2011 Encontro acontecerá em novembro

TranspoQuip 2011

AQUAVIÁRIO

Os principais entravespara o desenvolvi-mento, a moderniza-

ção e o aumento da eficiên-cia do setor portuário brasi-leiro serão discutidos duran-te a terceira edição do even-to Portos e Terminais, queacontece entre os dias 28 e30 de novembro, no Rio deJaneiro (RJ).

Representantes de noveportos e hidrovias regionais,especialistas no setor erepresentantes do poderpúblico estarão reunidospara tratar de temas comogestão portuária dos portosnacionais, informações ebenefícios do ProgramaBrasileiro de Dragagem,burocracia portuária edesenvolvimento regional.Os participantes tambémterão a oportunidade de seatualizar sobre o código desegurança portuária atual ediscutir questões ligadas àcabotagem.

Entre os órgãos que já

confirmaram presença estãoa Antaq (Agência Nacional deTransportes Aquaviários), aSEP (Secretaria de Portos), aFenavega (FederaçãoNacional das Empresas deNavegação Marítima, Fluvial,Lacustre e de TráfegoPortuário), além de universi-dades e empresas privadas.

O evento é organizadopelo IQPC (InternationalQuality e ProductivityCenter), uma multinacionalde informação empresarial,com sede nos EstadosUnidos e escritórios em dezpaíses. O grupo tem comomissão levar conteúdo atra-tivo e atualizado para exe-cutivos, promovendo,assim, o desenvolvimentode diversos setores da eco-nomia.

As inscrições podem serfeitas pelo telefone: (11)3463-5600 ou pelo [email protected] informações no sitewww.portoseterminais.com.

Eficiência dos portos

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201118

MAIS TRANSPORTE

As transportadoras Braspress eJamef Encomendas Urgentes iniciaram testes-piloto em caminhões abastecidos com gás natural. O veículo utilizadopela Braspress tem imagem diferenciada, destacando que é uma unidade movida a gás natural. O layout do caminhão,chamado de Braspress ECO2,informa que o veículo deixará de

jogar poluentes no meio ambiente,melhorando a qualidade de vidada população. Já a Jamef firmouparceria com a Comgás(Companhia de Gás de São Paulo).O gerente de GNV (Gás NaturalVeicular) da Comgás, RichardJardin, diz que a expectativa éreduzir de 20% a 30% o custooperacional do veículo, que é100% movido a gás natural.

A ALL (América LatinaLogística) fechou contrato com a Agrovia para atender àlogística de escoamento deaçúcar da região de Barretos(SP) para o Porto de Santos.Segundo a concessionária, oacordo deve gerar uma movi-mentação adicional de 2,5milhões de toneladas por anode açúcar pela malha da ALL. A

Agrovia investiu R$ 110 milhões,incluindo a construção de umnovo terminal na região deBarretos e a capacitação dotrecho ferroviário de 174 km.Leonardo Recondo, superintendente de commoditiesda ALL, prevê que a conclusãodas obras e o início da nova operação aconteçam, no máximo, em 18 meses.

Reativação de ramal

BRASPRESS/DIVULGAÇÃO

TESTE Caminhão circula movido a GNV

Testes com gás natural

A Volvo do Brasil vendeu o primeiro caminhão com a nova tecnologia SCR (Redução CatalíticaSeletiva, na tradução para o português). Esse processo transforma materiais particuladose NOx (óxido nitroso) em vapor deágua e nitrogênio. O procedimentode pós-tratamento de emissõesestá adequado aos requisitosambientais da legislação Euro5/Proconve P7, que regulamentaas emissões de CO2 dos veículos

que trafegam em território brasileiro. A venda do modelo FH460cv 6x2 foi feita pela AutoSueco, concessionária da marcaem São Paulo. O comprador foi oempresário José Antonio Netto,que possui um caminhão semirreboque cegonheiro, com o qual atende a empresaTransauto. O veículo transportaautomóveis zero quilômetro portodo o Brasil. O novo caminhãoserá entregue em janeiro de 2012.

Vendido primeiro Volvo P7

VOLVO/DIVULGAÇÃO

NOVIDADE Caminhão Volvo atende à legislação ambiental

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 19

LANÇAMENTO

Pela primeira vez naAmérica do Sul, oscaminhões da marca

Volkswagen terão motoriza-ção MAN - já em montagem noBrasil. A novidade foi anuncia-da pela MAN Latin America,fabricante dos caminhões eônibus Volkswagen, em eventovoltado para a imprensa espe-cializada, realizado no Rio dejaneiro, no mês de setembro.

Os dois primeiros modelos“made in Brazil” produzidos nafábrica da MAN Latin America,em Resende (RJ), pretendemconsolidar a presença da mon-tadora no segmento de extra-pesados. Os dois produtosseriam lançados para o públicodurante a 18º Fenatran – SalãoInternacional do Transporte –no Anhembi, em São Paulo, de24 a 28 de outubro, e a previsãoda montadora é de que as pri-meiras unidades sejam entre-gues a partir de março de 2012.

Com os dois modelos, ogrupo MAN Latin America, queatualmente comercializa ape-nas os caminhões e ônibus daVolkswagen, aumenta sua pre-sença no mercado. Os doisnovos produtos entram no seg-mento acima de 57 toneladas ecom motorização superior a 400cv – categoria que ainda nãotinha representantes no grupo.

“Além dos veículos produzi-dos no Brasil, trabalharemoscom os veículos MAN fabricadosna Europa”, anunciou Antônio

Roberto Cortes, presidente daMAN Latin America.

A montadora anunciou a suaprimeira venda especial decaminhões MAN no Brasil. Acompra foi feita pela empresaMegaciaba, “que já utiliza oscaminhões Man na Europa e estávindo para o Brasil para atuar notransporte de equipamentos degeração de energia eólica”,explicou José Ricardo Alouche,diretor de vendas, marketing epós-vendas.

Ao todo, 25 novos modelosde caminhões Volkswagen equatro novos modelos MAN –sendo dois importados daAlemanha – compõem a linha2012 da montadora e reforçamainda mais a sua participaçãode mais de 30% do mercadobrasileiro.

“Com os lançamentos, aMAN Latin America se colocacom potencial para consolidarainda mais a liderança damarca”, destaca Cortes. A mon-tadora é a maior exportadorade caminhões do Brasil.

A linha 2012 de produtos daVolkswagen Caminhões e Ônibusfoi totalmente renovada paraatender às normas do Proconve7 (Programa de Controle daPoluição do Ar por VeículosAutomotores), que entram emvigor em janeiro de 2012. Osnovos caminhões passam a utili-zar a tecnologia Euro 5.

A novidade está no desenvol-vimento de sistemas de trata-mento dos gases de escape quepermitem reduzir significativa-mente as emissões de poluen-tes para os veículos com moto-

res de ciclo diesel. Existem doistipos de tecnologia disponíveis:o SCR - Selective CatalystReduction (Redução CatalíticaSeletiva) e o EGR - Exhaust GasRecirculation (Recirculação deGases de Exaustão).

“Todos os novos modelos uti-lizam o Euro 5, e aproveitamosainda a oportunidade para imple-mentar um pacote expressivo”,acrescenta Cortes. O conceitoAdvantech, criado pela montado-ra, traz para as linhas Delivery,Worker e Constellation inovaçõescomo mudanças no design inter-no e externo das cabines, novoselementos eletrônicos quegarantem aumento da vida daembreagem, redução do consu-mo de combustível e segurançana condução do veículo.

(Kátia Maia)

MAN quer se consolidar no segmento extrapesado

MODELOS Man lança novos caminhões fabricados no Brasil

MAN/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201120

Caminhões chineses sãoa novidade do mercado

Pátio da gigante chinesa Dongfeng. Em 2012, mais caminhões importados da China serão vendidos no país; montadoras planejam instalar fábricas

Pátio da gigante chinesa Dongfeng. Em 2012, mais caminhões importados da China serão vendidos no país; montadoras planejam instalar fábricas

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Omercado de caminhões noBrasil, tão aquecido nos últi-mos anos e com previsão decontinuar com as vendas em

alta, está atraindo as montadoras chi-nesas. Em 2012, pelo menos três novasrepresentantes e distribuidoras demontadoras da China começam a ven-der caminhões importados no Brasil ehá programação de instalação defábricas por aqui.

Uma delas é a Dongfeng, maiorfabricante de caminhões da China -considerada uma das três giganteschinesas. Com faturamento anualsuperior a US$ 42 bilhões e sede nacidade industrial de Wuhan (provínciade Hubei), vendeu mais de 600 mil uni-dades de caminhões no ano passado eestá presente em mais de 35 países. AAurium Trading & Investimentos,representante oficial e distribuidoraexclusiva dos produtos Dongfeng noBrasil, já tem um escritório em funcio-namento em Belo Horizonte (MG),onde fica a sede da empresa.

Neste mês de outubro, três modelos(pesado, semipesado e médio) embar-cam para o Brasil para ser testados tec-nicamente. Eles vão trafegar por dife-rentes regiões e experimentar todas ascondições de rodovias.

No final do ano, outros cinco mode-los começam a passar pelo processo dehomologação para receber as licenças

DONGFENG/AURIUM TRADING/DIVULGAÇÃO

REPORTAGEM DE CAPA

neses são mercado

POR CYNTHIA CASTRO

mais caminhões importados planejam instalar fábricas mais caminhões importados planejam instalar fábricas

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A maioria das vendas da mon-tadora é realizada dentro domercado chinês. Mas, nos últi-mos cinco anos, a empresacomeçou a intensificar a expan-são para outros países, e o Brasilé um mercado prioritário. NaÁfrica, no Oriente Médio, no lesteeuropeu e em alguns países daAmérica do Sul, as vendas estãoconsolidadas, conforme Vianna.

Já está certo que a Dongfengvai instalar uma fábrica emMinas Gerais, até o final de 2015.

de órgãos como o Denatran(Departamento Nacional deTrânsito) e o Ibama (InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis).

A previsão é que em meadosde 2012, os caminhões Dongfeng,produzidos na China, estejam nomercado brasileiro. Os veículostêm tecnologia Euro 5 (em vigorna Europa), que corresponde àsdeterminações da fase P7 doProconve (Programa de Controleda Poluição do Ar por VeículosAutomotores), que começa a vigo-rar no Brasil em 2012.

A P7 traz a obrigatoriedade deque os caminhões vendidos noBrasil a partir do próximo anotenham tecnologias mais avança-das nos motores, permitindoassim menores índices de emissãode poluentes. Para isso, será utili-zado por esses veículos pesadosum óleo diesel com menor teor deenxofre, o S-50.

“É prioridade do Estado chinêsincentivar suas empresas a apro-fundarem suas relações comer-ciais com o Brasil. E é prioridadeda Dongfeng ter o Brasil comomercado chamariz”, diz o presi-dente da Aurium Trading &Investimentos, representante daDongfeng, João Sampaio Vianna.

Mas a cidade ainda está sendoescolhida. De acordo com Vianna,no futuro, o Brasil poderá vir aser o polo exportador para aAmérica Latina.

Assim que as vendas doscaminhões importados forem ini-ciadas, no ano que vem, a empre-sa deverá ter pelo menos 25 uni-dades de concessionárias.Segundo Vianna, os maiores gru-pos de frotistas do país serão osconcessionários.

Ele faz questão de ressaltar

DONGFENG Em 2012, caminhões começam a ser importados no Brasil; empresa terá fábrica até 2015

“É prioridadeda Dongfengter o Brasilcomo mercadochamariz”

JOÃO SAMPAIO VIANNA,DA AURIUM TRADING & INVESTIMENTOS

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que a Dongfeng tem um compro-misso com o mercado brasileiro,com os frotistas e com os autôno-mos, que é demonstrado de duasformas. “A primeira é compostapor um tripé: 1) serviço - boa redede concessionárias, oferta de pós-venda e manutenção diferencia-das, 2) garantia superior aos con-correntes nacionais e 3) preçocompetitivo. E a segunda é o com-promisso de erguer a fábrica até ofinal de 2015. Entendemos que omercado quer mais opções e vie-

DONGFENG/AURIUM TRADING/DIVULGAÇÃO

Empresas garantem preço competitivoAUMENTO DE IPI

As montadoras chinesasprometem se firmar no mer-cado brasileiro de maneiracompetitiva, oferecendo pre-ços acessíveis e serviçosdiferenciados. O aumento doIPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados) para veícu-lo importado obrigou asempresas a reavaliar algunspontos de seus projetos, maselas garantem que irãoinvestir.

“A mudança no IPI nosfez repensar a forma donosso negócio como umtodo. Mas o mercado con-tinua sendo prioritário.Estamos vindo para agre-gar valor”, diz o presiden-te da Aurium Trading &Investimentos, represen-tante oficial e distribuido-ra exclusiva dos produtosDongfeng no Brasil, JoãoSampaio Vianna.

O assessor comercial ede marketing da Shacman

no Brasil, João MiguelCapussi, afirma que asmudanças impactam nacomposição de preço.Entretanto, ele garante osinvestimentos. “Temos quenos adaptar. Mas umaempresa do porte daShacman, presente em 50países e que decideingressar no mercado bra-sileiro, não pode ter umimposto como empecilho.Vamos tentar posicionarnossos preços de formaque possamos transferir omínimo possível para ocliente final.”

As chinesas afirmam queterão preços competitivos.Segundo o representanteda Dongfeng, os caminhõesserão mais baratos do queos já comercializados noBrasil, mas os preços nãoserão tão agressivos. Umadas propostas, conformeVianna, é focar o trabalho

no pós-venda. “Nossa estra-tégia comercial se baseiaem competitividade, assis-tência técnica, manutençãoe garantia.”

A elevação do IPI foianunciada em meados desetembro. A alta foi de 30pontos percentuais nas alí-quotas de carros e cami-nhões com menos de 65%de conteúdo nacional.Antes, o IPI sobre os impor-tados variava de 7% a 25%.Com a medida, passou para37% a 55%.

Na última semana desetembro, o ministro doDesenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, FernandoPimentel, disse à imprensanacional que “as empresassérias que querem vir desen-volver produtos no Brasilterão suas propostas exami-nadas”, em uma possívelreferência à flexibilização doIPI para alguns importados.

DONGFENG Em 2012, caminhões começam a ser importados no Brasil; empresa terá fábrica até 2015

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mos para ficar”, afirma. Algunsdiferenciais, citados por Vianna,são o motor Cummins, fabricadona China, mas similar ao fabricadono Brasil, e a caixa de câmbio ZF.

Outra chinesa que iniciarásuas atividades com a importa-ção de caminhões e depois ainstalação de uma fábrica noterritório nacional é aShacman, fabricante de cami-nhão pesado, acima de 16 tone-ladas. A importadora e distri-buidora da marca, a Metro-

Momento de expectativaTRANSPORTADORAS

A chegada das monta-doras chinesas é vista combons olhos por represen-tantes do transporte, queesperam um impacto nopreço dos caminhões. Ocontroller da Braspress,Tayguara Helou, consideraque, de forma geral, onúmero de fornecedores érestrito no Brasil.

“Temos poucos fornece-dores de pneus, de com-bustível, de autopeças ede caminhões. Isso elevaos preços e não se perce-be tanta preocupação coma qualidade. Um caminhãono Brasil custa de 60% a65% mais caro do que nosEstados Unidos e naEuropa, onde os veículostêm tecnologia bem maisavançada”, afirma.

Helou destaca que “avinda das montadoras chi-nesas é muito mais do quepositiva, pois se abre umleque de opções para otransportador”. E, na opi-nião dele, não é preciso terresistência sobre a qualida-de dos caminhões chineses.“As montadoras asiáticastrabalham em nível de exce-lência e qualidade elevado.”

O presidente da MiraTransportes, Roberto Mira,também considera que a

vinda das chinesas deveráser positiva, especialmentepara forçar uma nova polí-tica de preços. “É precisobaixar o preço dos cami-nhões brasileiros, que sãoos mais caros do mundo. Avinda de outras empresasaumenta as opções.”

Mira ressalta a preocu-pação com o fornecimen-to de peças, manutençãoe com a continuidade des-sas empresas no Brasil.“No passado, já houveproblemas. Algumas vie-ram e depois saíram dopaís, deixando os trans-portadores em uma situa-ção complicada.”

O presidente da Empresade Transportes Martins (deBelo Horizonte/MG), UlissesMartins, concorda que avinda das marcas chinesastraz boas expectativas,tanto em relação aos preçoscomo sobre a disponibilida-de de veículos.

“A demanda por cami-nhões no Brasil está muitogrande, e há um temor deque a indústria não consigaatender. Esses caminhõeschineses serão mais umaopção. E há uma ótimaexpectativa em relação àimplantação das fábricas noBrasil”, diz Martins.

SHACMAN Expectativa é vender mil caminhões no próximo ano; centro de distribuição será em Tatuí (SP)

“A vinda daschinesas abreopções para otransportador”

TAYGUARA HELOU, DA BRASPRESS

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 25

Shacman, instalada em Tatuí,no Estado de São Paulo, tam-bém está otimista com o mer-cado brasileiro.

Os caminhões estão homo-logados e serão apresentadosno final de outubro, durante aFenatran - Salão Internacionaldo Transporte, que aconteceem São Paulo.

Em dezembro, começam adesembarcar no Brasil os lotescomerciais. Serão cem veículospor mês, conforme informações

do assessor comercial e de marke-ting da Shacman no Brasil, JoãoMiguel Capussi.

A projeção da Metro-Shacmané que sejam vendidos mil cami-nhões em 2012. O centro de distri-buição será em Tatuí, e devem ini-ciar a operação em janeiro seteconcessionárias (Sorocaba,Santarém, Santos, São Paulo,Recife, Fortaleza e Natal).

Depois, a ideia é expandir essarede de concessionárias para 28cidades do Brasil. Nesse início deoperação, serão comercializadoscinco modelos de caminhão: trêscavalos mecânicos (TT 420 6x4, TT385 6x4, TT 385 4x2) e dois mode-los de caminhão rígido (LT 3856x4, DT 385 6x4).

Os caminhões Shacman sãoproduzidos na cidade de Xi´an,na província Shaanxi. O assessorcomercial afirma que os compo-nentes têm tecnologia europeiae norte-americana. No ano pas-sado, foram fabricados 140 milcaminhões pesados em Xi´an. Amaioria é vendida dentro daChina, e o restante, exportadopara mais de 50 países.

No ano que vem, os caminhõesShacman começam a ser importa-dos no Brasil, e a segunda fase daestratégia de exploração do mer-cado brasileiro também prevê aconstrução de uma fábrica.Durante a Fenatran, no final de

outubro, representantes da dire-ção da montadora estarão noBrasil e, conforme Capussi, “serãonegociadas as bases para a insta-lação da fábrica”.

A finalização da discussãosobre o assunto deve ocorrer noBrasil. Por enquanto, não há infor-mações oficiais sobre o local,sobre a data de inauguração equal o valor a ser investido. “AShacman tem projetos para seruma empresa global. E, para isso,tem que estar nos principais mer-cados de caminhão. O Brasil é umdos principais, só fica atrás daChina, da Europa e dos EstadosUnidos”, diz o representante daMetro-Shacman.

Centro de distribuiçãoEm abril do ano passado, a

Elecsonic (Sinotruk Brasil),importadora dos caminhões chi-neses Sinotruk, iniciou a primei-ra comercialização do modeloHowo no Brasil. Desde então, jáforam vendidos mais de 850caminhões, e a projeção éfechar este ano com 1,1 mil uni-dades comercializadas.

A Elecsonic foi constituída em2009 por 11 sócios brasileiros eestá localizada no município deCampina Grande do Sul, na regiãometropolitana de Curitiba, noParaná. Desde quando iniciou asoperações no Brasil, a empresa

METRO-SHACMAN/DIVULGAÇÃO

SHACMAN Expectativa é vender mil caminhões no próximo ano; centro de distribuição será em Tatuí (SP)

“O Brasil é umdos principaismercados decaminhão”

JOÃO MIGUEL CAPUSSI, DA METRO-SHACMAN

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inaugurou 28 concessionárias. Háuma previsão de chegar a 42 até ofinal deste ano.

“Assumimos o compromissocom a Sinotruk China de inaugurar25 concessionárias até dezembroe chegar a 42 pontos em 2012.Vamos cumprir a meta com umano de antecedência”, disse,recentemente, o diretor-geral daSinotruk Brasil, Joel Anderson.

Com forte operação naAmérica do Sul, em países comoVenezuela, Colômbia, Peru, Chile,Uruguai e Argentina, a empresa

produziu 219 mil caminhões em2010. E, a partir de 2015, devedesenvolver os planos de implan-tação de uma fábrica no Brasil.

No último mês de julho, aSinotruk Brasil inaugurou o centrode distribuição de peças, noParaná. Com área construída de2,4 mil m2, o centro de distribuiçãoabriga 2,7 mil itens da linha Howo.

A previsão da empresa é che-gar a 4,2 mil itens até janeiro de2012, com a chegada da linha decaminhões A7. Esses veículosestarão preparados para atender

às normas do Proconve. O modeloA7 será apresentado ao públicodurante a Fenatran, no final domês de outubro, em São Paulo.

Também durante a Fenatran,será lançada oficialmente aFoton Aumark do Brasil, respon-sável pela importação e distri-buição dos caminhões da marcaFoton. Na ocasião, serão apre-sentados os três primeiros cami-nhões a ser comercializados nopaís: Aumark 1031 (semileve), 1051(leve) e 1089 (leve).

Os veículos saem de fábrica

“Vamos cumprira meta (sobre concessionárias)com um ano deantecedência”

JOEL ANDERSON, DA SINOTRUK BRASIL

SINOTRUK/DIVULGAÇÃO

SINOTRUK Importadora já comercializou 850 caminhões no Brasil FOTON Modelos de caminhão a ser importados em 2012 estarão na Fenatran

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com freios ABS e ar-condiciona-do de série. A empresa tem trêsunidades de vendas e serviçosprogramadas: a sede, em VárzeaPaulista, e as concessionáriasAnchieta e Guarulhos, todas emSão Paulo.

A comercialização está pro-gramada para ter início nos pri-meiros meses de 2012. E, no pri-meiro ano, devem estar funcio-nando de seis a dez pontos devendas. A empresa está realizan-do estudos para instalar umafábrica no Brasil em 2015.

“A demanda no Brasil é supe-rior à capacidade produtiva. Háespaço para novos entrantes, deforma que se equilibrem mais ospreços e a qualidade. A Chinatem hoje uma capacidade enor-me produtiva em diversos seto-res e com caminhões não é dife-rente. Já há alguns anos, estãoinvestindo em tecnologia e seuspátios produtivos são de últimageração”, afirma o presidente daFoton Aumark do Brasil, LuizCarlos Mendonça de Barros.

Ele destaca que há uma ten-

dência no crescimento de cami-nhões urbanos em função doaumento das restrições de circu-lação em algumas cidades e tam-bém há muita necessidade decaminhões pesados para o trans-porte nas rodovias. “Entendemosque as principais rotas serãocobertas pelos caminhões pesa-dos e extrapesados, ficando amovimentação dos grandes cen-tros de distribuição, que já exis-tem e que serão criados nos pró-ximos anos, a cargo dos cami-nhões semileves.” l

“A demandano Brasil ésuperior àcapacidadeprodutiva”

LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS,DA FOTON

FOTON AUMARK DO BRASIL/DIVULGAÇÃO

FOTON Modelos de caminhão a ser importados em 2012 estarão na Fenatran

Anfavea prevê novos recordesVENDAS 2011

Em 2011, a Anfavea(Associação Nacional dosFabricantes de VeículosAutomotores) está prevendonovos recordes nas vendasde veículos pesados noBrasil. De janeiro a agosto,foram vendidos mais de 110mil caminhões.

A assessoria de comunica-ção da Anfavea informou que,atualmente, há oito fabricantesno país e outros investimentosjá anunciados. Conforme aassessoria, essa é uma dasprovas de que há um interessegrande pelos caminhões hojefabricados no Brasil.

Sobre a chegada dasmontadoras chinesas, aAnfavea afirma que “desdeque as regras sejam cum-pridas, a concorrência é

leal”. A entidade consideraque o interesse das chine-sas está relacionado aoamplo mercado brasileiro,que deve aumentar as ven-das de caminhões nos pró-ximos anos, devido aosinvestimentos em infraes-trutura, aos eventos espor-tivos, à necessidade derenovação de frota.

Em relação à crítica sobreos preços praticados no Brasil,a Anfavea não comentou. Masreforçou a informação sobreas oito fabricantes e destacouque “o caminhão brasileiroestá em todo lugar”. Em2010, as exportações forampara países da América doSul, América Central, África,Ásia e América do Norte(somente México).

Page 28: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

Visitar a mostra Barcosdo Brasil, na nova salade exposição do Iphan(Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional),em Brasília (DF), é navegar em umpouco na história naval do país.São 89 réplicas de embarcaçõesutilizadas ao longo dos anos emrios, em lagoas e na costa maríti-ma do Brasil. As peças podem servisitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, até o dia 18 denovembro. A entrada é gratuita.

Pela primeira vez,, em umamesma exposição, estão reuni-dos todos os modelos quefazem parte da Coleção AlvesCâmara Século 21, inspirada nacoleção original, composta por

42 modelos de barcos tradicio-nais brasileiros encomendadosem 1908, pelo então ministro daMarinha, o almirante AlvesCâmara, aos Estados brasileiros.

Naquela época, a preocupa-ção do almirante era registraros principais barcos tradicio-nais do Brasil que, já no iníciodo século 20, corriam o risco dedesaparecer. As peças originaisfazem parte do acervo doEspaço Cultural da Marinha,com sede no Rio de Janeiro.

Ao longo dos anos, as répli-cas foram sendo construídassem muitos critérios de tama-nho e material, mas em 2005,com o incentivo do navegadorAmyr Klink e o apoio do Iphan,

Navegarna históriaExposição de 89 réplicas de embarcações

utilizadas em rios, lagoas e na costa marítimabrasileira pode ser vista até 18 de novembro

POR LIVIA CEREZOLI

PATRIMÔNIO NAVAL

RIO DE JANEIRO Alvarenga - barco extinto

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201128

Page 29: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

FOTOS JÚLIO FERNANDES/CNT

PATRIMÔNIO Embarcações fazem parte da coleção Alves da Câmara Século 21

RIO DE JANEIRO Alvarenga - barco extinto SANTA CATARINA Canoa bordada – barco em uso

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 29

Page 30: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

foi iniciado o trabalho de produ-ção das peças em escala. Hoje,três modelistas - Carlos HeitorChaves, Conny Baumgart e LuizLauro Pereira Júnior - são res-ponsáveis pelas embarcaçõesconstruídas em escala 1:25.

De acordo com Maria ReginaWeissheimer, arquiteta doIphan e uma das coordenado-ras da exposição, para a produ-ção de cada uma das peças érealizada uma extensa pesqui-sa histórica e iconográfica pré-via, possibilitando aos mode-listas a análise das proporçõesdas embarcações e a identifi-cação dos detalhes maisimportantes a partir dos quaissão produzidos os esboços.

Além disso, a pesquisa per-mite identificar os barcos queainda estão sendo usados nopaís, os que já foram extintos eos que correm o risco de desa-parecer ao longo dos anos,como é o caso da canoa borda-da de Santa Catarina, quemesmo em pequena escala,ainda é utilizada para a pescada tainha, entre os meses deabril e junho.

Também merecem destaqueas bianas típicas do Maranhão,as barcaças de três paus deAlagoas e Pernambuco, obarco recôncavo e as baleei-ras da Bahia, o alvarenga doRio de Janeiro e as jangadasde tábuas do Ceará. Até o

momento, mais de 200 embar-cações já foram identificadasno país.

Entre os principais materiaisutilizados para a construçãodas embarcações estão amadeira, a corda, a palha e ostecidos que reproduzem comperfeição as velas de algumasjangadas, canoas, barcaças esaveiros. As peças chamam aatenção pela riqueza de deta-lhes. Além da reprodução fieldos modelos, as réplicas ganha-ram movimento. São pequenosbonecos que simulam a atuaçãode pescadores e outros perso-nagens que utilizavam e aindautilizam os barcos para trans-portar os mais diversos produ-

ALAGOAS E PERNAMBUCO Barcaça de três paus – barco extinto

Patrimônionaval

brasileiro jáidentificoumais de

200tipos de

embarcações

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201130

Page 31: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

tos: peixe, gado, alimentos epassageiros.

Todo o trabalho integra o pro-jeto Barcos do Brasil, lançadopelo Iphan em 2008, com o obje-tivo de preservar e valorizar opatrimônio naval brasileiro e otrabalho desenvolvido peloshomens e mulheres do mar. l

BAHIA Barco recôncavo – embarcação extinta CEARÁ Jangada de tábuas – barco em uso

SERVIÇOExposição Barcos do BrasilVisitação: até 18 de novembro, desegunda a sexta-feira, das 9h às 19hLocal: Sala Mário de Andrade, Sede doIphan, Brasília (SEPS Quadra 713/913,Bloco D, Edifício Lucio Costa)

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 31

MARANHÃO Biana – barco em uso

Page 32: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201132

AFundação Clintonencerrou em setem-bro a primeira fasede testes de ônibus

híbridos, realizados desdejunho, no Rio de Janeiro e emSão Paulo. Até o final de outu-bro, os resultados finaisdevem ser divulgados. Mas,em setembro, os númerospreliminares já apontavamque os ônibus que utilizamtecnologias mais limpasgeram benefícios ao meioambiente.

“Os testes foram bastantepositivos, e os resultados ini-ciais se mostraram muito pro-missores, tanto na redução doconsumo de combustívelcomo na redução da emissãode poluentes”, disse o diretorda Iniciativa Clinton peloClima, em São Paulo,Adalberto Felício Maluf Filho.

A fundação, do ex-presi-dente norte-americano BillClinton, está realizando umprograma de testes de ônibushíbridos com diferentes tec-

nologias. Na segunda fase doprograma, serão testados veí-culos de passageiros nascidades de Curitiba, Bogotá,Colômbia, e mais uma vez,São Paulo. Esses novos testesestão previstos para fevereiroou março de 2012.

Por enquanto, quatro ôni-bus híbridos foram testadoscom tecnologias que envol-vem motores a diesel conven-cional e bateria e tambémdiesel de cana-de-açúcar ebateria. O diretor da Iniciativa

Clinton pelo Clima explica queos testes acontecem semprecom outro ônibus convencio-nal, chamado de sombra. Osdois trafegam sem passagei-ros, porém é colocado umpeso correspondente à capa-cidade máxima dentro dosveículos.

Os testes acontecem emtodos os horários do dia e emtrajetos diferentes, comosubidas, descidas e paradasem pontos de ônibus. Assim, épossível fazer a comparação

Resultadospositivos

Fundação Clinton testa tecnologias maislimpas de ônibus no Brasil e constataredução de consumo e de emissões

POR CYNTHIA CASTRO

HÍBRIDOS

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 33

com maior precisão. Nasegunda fase do programa,serão testados híbridos arti-culados de 18 metros de com-primento. Com o aumento doscorredores exclusivos de ôni-bus, previstos no Brasil, háuma tendência de que os veí-culos articulados sejam cadavez mais utilizados, conformelembra Maluf Filho.

Também passarão por tes-tes um ônibus elétrico plugin(carregado na tomada), umônibus a etanol, um trólebus

convencional (eletricidadeadquirida por rede aérea), umautotrolley (elétrico comrecarga rápida, sem redeaérea) e quatro híbridos con-vencionais (bateria e diesel).Um desses híbridos normaisutilizou 100% diesel de cana-de-açúcar.

Depois de todos os testes,será feita uma avaliação téc-nica e econômica sobre a via-bilidade de implantação dosônibus híbridos em operaçõescomerciais e sobre os investi-

mentos em tecnologias. Aprevisão de conclusão do pro-jeto é para junho de 2012.

No total, serão investidosno programa US$ 7,2 milhões,sendo US$ 1,5 milhão prove-niente do BID (BancoInteramericano deDesenvolvimento). SegundoMaluf Filho, o restante dosrecursos virá da FundaçãoClinton, de fornecedores(como montadoras parceiras)e também das prefeiturasenvolvidas.

ADRIANO ISHIBASHI/FUTURA PRESS

“Temoscapacidadeindustrial,científica eintelectualpara produzirhíbridos”LUIS CARLOS PIMENTA,

PRESIDENTE DA VOLVO BUS LATIN AMERICA

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201134

A Fundação Clinton traba-lha em vários países domundo. De acordo com MalufFilho, a entidade surgiu com oobjetivo de combater a faltade acesso aos remédios paraa Aids na África. Com o passardo tempo, foi crescendo eexpandindo sua atuação paraas questões do clima, dodesenvolvimento sustentável,da pobreza global e, ainda,pela diminuição da obesidade.

Uma das importantes fren-tes de trabalho da entidade éo apoio ao desenvolvimentode programas de testes para

veículos híbridos e elétricos,e também a utilização doscombustíveis limpos, como oetanol. Em entrevista conce-dida à CNT Transporte Atual,na edição nº 182, de outubrode 2010, Maluf Filho afirmouque uma das propostas é“demonstrar aos formulado-res de políticas públicas que aviabilidade econômica dessasnovas tecnologias já é reali-dade e que os países (e gover-nos) que liderarem esse pro-cesso podem colher bons fru-tos com a indústria inovadoranos seus territórios”. l

Volvo fabricará ônibus mais limpoNO BRASIL

A montadora Volvo vaicomeçar a fabricar ônibushíbrido, movido a eletrici-dade e a diesel, a partir dopróximo ano, em sua fábri-ca, em Curitiba. A empresaé uma das parceiras daFundação Clinton nos tes-tes que vêm sendo realiza-dos no Brasil. E, conforme aassessoria de imprensa damontadora, esses testescontribuíram para a deci-são da fabricação no Brasil,pois mostraram a viabilida-de técnica e provocaramuma reação positiva nasociedade.

Segundo a assessoria daVolvo, as operadoras detransporte coletivo urbanode Curitiba irão comprar 60ônibus híbridos assim quecomeçar a produção. Afábrica de caminhão, ônibuse motores da capital doParaná será ampliada. Adecisão sobre os híbridosfoi anunciada em junho pelopresidente mundial da VolvoBus, Hakan Karlsson.

Além da unidade fabril deCuritiba, as operações daVolvo na Índia e no Méxicodisputavam a planta dehíbridos. A operação brasi-leira será a primeira a fabri-car híbridos fora da Suécia.“Temos capacidade indus-trial, científica e intelectualpara produzir híbridos e um

grande mercado potencial”,declarou Luis CarlosPimenta, presidente daVolvo Bus Latin America, naépoca do anúncio.

Boa parte do desenvolvi-mento do novo produto seráfeita localmente, uma vezque será necessário desen-volver a tecnologia híbridacom os parceiros que produ-zem as carrocerias, confor-me informa a montadora.

Segundo Luis CarlosPimenta, pesou muito nadecisão pela produção noBrasil a grande aceitaçãoque o ônibus híbrido teveno país em testes com anova tecnologia. Tambémcolaborou para a escolhada fábrica local o grandepotencial de vendas dechassis desse tipo para osBRTs (Bus Rapid Transit).

“Temos certeza de queesse sistema continuaráem expansão, justamentepor conta de suas vanta-gens: maior capacidade detransporte, menos emis-sões de poluentes e maisconforto para os passagei-ros”, disse o presidente daVolvo Bus Latin America,ao reforçar ainda queaposta que a Copa doMundo e as Olimpíadasdemandarão a aquisição deveículos mais limpos eambientalmente corretos.

VOLVO/DIVULGAÇÃO

ACEITAÇÃO Montadora já tem encomenda de híbridos

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AÉREO

U ma aeronave maisleve, mais econômi-ca e menos poluen-te projetada para

voar longas distâncias. Essaé a principal definição doBoeing 787 Dreamliner quefoi entregue à ANA (AllNippon Airways), dia 26 desetembro, em cerimônia rea-lizada na fábrica onde oavião foi montado, emEverett, nos Estados Unidos.

No dia seguinte, a aerona-ve pousou no aeroporto deTóquio, no Japão, por voltadas 9h (às 21h, no horário deBrasília). O Dreamliner sórealizará voos comerciaisapós os procedimentos decertificação, o que deveacontecer, segundo a asses-soria da empresa, até o finaldeste mês. Os voos de testeda aeronave somaram maisde mil horas. A primeira rotainternacional do 787 estáprevista para acontecerentre Tóquio e Hong Kong,seguida por Tóquio e Pequim,

DA REDAÇÃO

Page 37: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

DecolouBoeing entrega aeronave que consome 20% menos combustível e permite voos longos sem escalas

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201138

BOEING 787DREAMLINER

Pedidos de companhias aéreas

• 821

Capacidade para passageiros

• De 200 a 300, dependendo

das configurações

Capacidade por modelo

• 223 assentos no 787-8

• 259 assentos no 787-9

• 296 assentos no 787-3

Consumo de combustível

• 20% mais eficiência de

combustível que aviões

do mesmo tamanho

Emissões

• 20% menos que aviões

de tamanho similar

Relação custo milha/assento

que aviões do mesmo tamanho

• 10% melhor

Fonte: Boeing

Conheça os detalhes

Aeronavepossui

capacidadepara até

300passageiros

RECEPÇÃO Centenas de pessoas participaram da entrega do novo B-787

no final do ano, e por Tóquioe Frankfurt, no início de 2012.

Segundo a Boeing, oDreamliner foi construídocom plástico reforçado comfibra de carbono em substi-tuição às ligas metálicas tra-dicionalmente usadas nosaviões - o que deixa a aero-nave mais leve do que outrasde mesmo tamanho – e con-some 20% menos combustí-

vel que o B-767, que temtamanho similar, além de termaior autonomia.

O presidente da Boeing,Jim McNerney, ressaltou,durante a cerimônia deentrega, que o 787Dreamliner é uma inovaçãona aviação comercial desdeque o Boeing 707 foi apresen-tado aos passageiros domundo há mais de 50 anos.

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O avião tem capacidadepara levar de 200 a 300 pas-sageiros, dependendo daconfiguração de assentos, efoi projetado para ter fácilmanutenção, aceitando tantomotores da General Electriccomo da Rolls-Royce. O 787permite que as companhiasofereçam rotas sem paradas,além de apresentar umasérie de novas tecnologiasque oferecem mais confortoe segurança aos passageiros.

Inicialmente, a entrega daaeronave estava previstapara acontecer em 2008,antes dos Jogos Olímpicos dePequim, mas problemas deprodução causaram o atraso.A companhia japonesa já fezum pedido de 55 aparelhos.“O Dreamliner vai nos permi-tir oferecer padrões incom-paráveis de serviço e confor-to para nossos passageiros eirá desempenhar um papel-chave nos planos de expan-são internacional da ANA”,afirmou o presidente dacompanhia japonesa,Shinichiro Ito, durante aentrega da aeronave. l

Governo apresenta estudos para concessõesAEROPORTOS BRASILEIROS

A SAC (Secretaria deAviação Civil) apresentouao TCU (Tribunal de Contasda União), no dia 13 deoutubro, os estudos técni-cos e econômicos para aconcessão dos aeroportosde Guarulhos (SP),Viracopos, em Campinas(SP), e Brasília (DF) atémaio de 2012. O tribunaldeve analisar o primeiroestágio das concessões,que envolve a viabilidadetécnica, econômico-finan-ceira e ambiental.

Os documentos apresen-tados pela secretaria pre-veem que cada concessio-nária destine um percen-tual de sua receita bruta,durante o contrato aoFundo Nacional de AviaçãoCivil. Os recursos arrecada-dos serão investidos emobras de melhorias emoutros aeroportos.

Em Guarulhos, o valormínimo definido para aconcessão foi de R$ 2,29bilhões, e a empresa con-cessionária deverá destinar10% de sua receita bruta aoFundo durante os 20 anos

em que administrará oaeroporto. Em Brasília, olance mínimo chegou a R$75 milhões e a previsão éque a concessionária desti-ne 2% da sua receitadurante os 25 anos de con-trato. Já em Viracopos, ocontrato de concessão ela-borado pelo governo prevêa destinação de 5% dareceita no período de 30anos. O valor do lance míni-mo para a concessão che-gou a R$ 521 milhões.

Além disso, as empresasdeverão investir, durante oprazo de concessão, R$ 4,71bilhões em Guarulhos, R$6,27 bilhões em Viracopos eR$ 2,21 bilhões em Brasília.Um mesmo investidor nãopoderá ter participação emmais de um aeroporto.

A Secretaria de AviaçãoCivil ainda não definiu a dataexata do leilão, mas a previ-são inicial era o dia 22 dedezembro. As concessõesserão feitas por meio deSPEs (Sociedades dePropósito Específico), cons-tituídas por investidores pri-vados, com participação de

até 49% da Infraero (EmpresaBrasileira de InfraestruturaAeroportuária), estatal queadministra 67 aeroportos emtodo o país. A SPE, que seráuma empresa privada, ficaráresponsável por novos investi-mentos e pela gestão dessesaeroportos.

O anúncio das conces-sões dos aeroportos foifeito em maio deste ano,durante reunião no Paláciodo Planalto entre a presi-dente Dilma Rousseff, pre-feitos e governadores dascidades-sede da Copa doMundo de 2014. Na ocasião,o ministro-chefe da SAC,Wagner Bittencourt, afir-mou que as privatizaçõesvisam atender à demandacrescente dos aeroportospara os próximos anos,inclusive para o eventoesportivo.

Além dos três processosde concessão, o governoestuda abrir o processopara outros dois terminais:Confins (MG) e Galeão (RJ).Porém, ainda não existedefinição sobre prazo delançamento de editais.

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TAXI POINT

Oportunidades denegócios, tendên-cias e especializa-ção no serviço pres-

tado foram a tônica da TaxiPoint (Feira Brasileira dosFornecedores para o Setor deTáxi) deste ano. A quarta edi-ção do evento, consideradouma referência para o setor,aconteceu no Centro deExposições Imigrantes, emSão Paulo (SP), nos dias 16 e 17de setembro, reunindo maisde 3.000 visitantes durante osdois dias da feira.

Expectativasuperada

Feira recebeu mais de 3.000 visitantes e mostrou dois produtos exclusivos

POR LETICIA SIMÕES

Organizado pela Cipa FeiraMilano, a Taxi Point deste anosuperou as expectativas denegócios. Segundo a empresa,foram movimentados mais deR$ 11 milhões. “O evento con-tou com uma forte participa-ção dos profissionais do seg-mento e conseguiu proporcio-nar um ambiente relevante eúnico, em sua categoria, paratroca de informações e deaprimoramento”, afirmouJosé Roberto Sevieri, diretorde operações da Cipa.

A Autocab Brasil foi uma

das empresas participantes.Os visitantes puderam confe-rir no estande, com exclusivi-dade, dois novos produtosvoltados para cooperativas. OTextback oferece um retornopersonalizado ao cliente, for-necendo o status da corrida.A partir da chamada, o clienterecebe mensagens via SMSsobre o agendamento, o nomedo motorista, o modelo e aidentificação do veículo, alémda localização do táxi. “Trata-se de um diferencial para otaxista se destacar em um

mercado cada vez mais com-petitivo”, enfatiza MarceloSicsu, diretor-presidente daAutocab.

A empresa apresentouainda uma bina automatizada,também dirigida para coope-rativas. O sistema oferece aooperador o cadastro do clien-te, as opções das rotas já per-corridas por ele, além dememorizar os últimos trajetossolicitados por cada freguêscadastrado.

A participação na TaxiPoint culminou em três

ABRAN GÊNCIA Feira contou com apresentações que abordaram temas legislativos, comportamentais e de marketing

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importantes contratos para aAutocab. “A participação foiótima e a expectativa é deque os produtos ganhemainda mais mercado, comnovos clientes. A feira émuito atrativa para o setor”,conclui Sicsu.

Além dos estandes comuma variada gama de servi-ços e equipamentos volta-dos para a categoria, a TaxiPoint contou com apresen-tações que abordaramtemas legislativos, compor-tamentais e de marketing.

Para José Fioravanti, presi-dente da Fetacesp (Federaçãodos Taxistas Autônomos doEstado de São Paulo), a TaxiPoint é a oportunidade que osetor tem para acompanharas novidades oferecidas pelomercado. “Esse evento elevaa categoria e vem crescendo.Isso é possível constatar pelovolume de visitantes queaumenta a cada edição.”

Fioravanti destaca quesindicatos e entidades deoutros Estados tambémestiveram presentes. “O

evento, além de atualizar osprofissionais, promove umagrande confraternização.Representantes de MinasGerais, Ceará, Paraná e RioGrande do Sul, entre outros,prestigiaram a feira.”

O dirigente acredita que aTaxi Point tende a crescer. “Osrepresentantes que não pude-ram comparecer a essa edi-ção já adiantaram que esta-rão presentes em 2012.”

Natalício Bezerra Silva,presidente do Sinditáxi-SP(Sindicato dos Taxistas

Autônomos de São Paulo),afirma que a receptividadedos motoristas em relação aoevento é positiva. “Todos gos-tam muito de conferir osestandes e conhecer as novi-dades.”

Ele diz que a presença derepresentantes de outrosEstados legitima a importân-cia que o evento tem para acategoria.

A organização da Taxi Pointdisponibilizou ao público arealização gratuita de algunsexames de saúde. Os visitan-tes também puderam sedivertir com os test drivesoferecidos pelas montadoraspresentes. As companhiasapresentaram facilidadespara a aquisição de novos veí-culos, como a isenção detaxas de IPI (Impostos sobreProdutos Industrializados) ede ICMS (Imposto sobre aCirculação de Mercadorias eServiços).

Sevieri, do Grupo Cipa, des-taca que a feira cumpriu seuobjetivo de valorizar o profis-sional, além de propiciarinformação e novidades emum único local. A próxima TaxiPoint está programada paraos dias 18 e 19 de agosto de2012, também no Centro deExposições Imigrantes, nacapital paulista. l

OSIRIS BERNARDINO / DIVULGAÇÃO

ABRAN GÊNCIA Feira contou com apresentações que abordaram temas legislativos, comportamentais e de marketing

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Campo Grande investe em ações para a mobilida de urbana; estaçãoPegFácil reduz tempo de embarque de 7 para menos de 1 minuto

Soluções eficientes

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 45

Uma solução simples para o trans-porte coletivo urbano de cidadesde médio porte tem surtido efeitopositivo em Campo Grande. Nos

últimos meses, a capital do Mato Grosso doSul implantou três estações pré-pagas deônibus, conhecidas como PegFácil, e pelomenos outras três já estão programadas. Oembarque de passageiros, que na hora depico chegava a demorar sete minutos, redu-ziu para menos de um minuto.

Essa é uma das várias estratégias quevêm sendo implementadas no municípiopara melhorar a mobilidade urbana e paraoferecer maior qualidade de vida à popula-ção. As ações incluem também a implanta-ção de corredores exclusivos, a ampliaçãoda bilhetagem eletrônica e dos elevadorespara portadores de necessidades especiais,entre outras iniciativas.

As três estações PegFácil funcionam noentorno da praça Ary Coelho, na área cen-tral. Nos períodos de maior movimento notransporte coletivo, entre as 6h e as 19h30,os pontos de ônibus convencionais setransformam nessas estações. Foi construí-da uma estrutura em cada um desses pon-tos (na calçada da praça), com a instalaçãode catracas eletrônicas, cabine com aten-dente para o recebimento em dinheiro epara a venda de crédito para quem querrecarregar o cartão.

O embarque acontece no interior da

AGETRAN/DIVULGAÇÃO

PASSAGEIROS

de urbana; estação menos de 1 minuto

ientes

POR CYNTHIA CASTRO

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estação, pelas portas trasei-ras dos ônibus, depois que ocliente já efetuou o pagamen-to. Dessa forma, há um ganhona agilidade no processo deembarque. “É um ponto deônibus, com uma estruturamaior. No horário do rush, opagamento é feito antes doembarque. Depois, o localvolta a ser um ponto conven-cional. É uma alternativa eco-nômica e prática”, diz o presi-dente da Fetramar(Federação das Empresas deTransporte Rodoviário de

Sistema só aceita cartão eletrônicoSEGURANÇA

No último ano, CampoGrande vinha registrando detrês a quatro assaltos a ôni-bus diariamente, a maioria amão armada. Para tentarmelhorar a segurança, a pas-sagem paga em dinheiro estásendo substituída pelo car-tão eletrônico.

Desde 26 de agosto, pelomenos 47 ônibus articuladossó recebem o pagamento pormeio do cartão. Em outubro, aslinhas alimentadoras come-çam a não aceitar dinheiro. E,em 2012, a proposta é estendera medida para 100% da frota.

A ideia de se retirar odinheiro do ônibus partiu deum pedido do sindicato dostrabalhadores do transportecoletivo de Campo Grande,que procurou o MinistérioPúblico Estadual para solicitarque a medida fosse imple-mentada. Os trabalhadoresqueriam reduzir o índice deassaltos, e o pedido foi acata-do pelo Ministério Público.

Dois termos de ajustamen-to de conduta - envolvendotrabalhadores, empresários epoder público - foram assina-dos para dar legitimidade jurí-dica à implantação da bilheta-gem. Em agosto deste ano, foipublicado um decreto munici-pal obrigando a implantação.

“A onda de assaltos estavacrescendo muito e havia anecessidade de adotar medi-das para preservar a vida dosmotoristas e dos passagei-ros”, afirma o procurador deJustiça Aroldo José de Lima,coordenador de defesa doconsumidor.

A exigência, que porenquanto está restrita aos

ônibus articulados, já reper-cutiu positivamente em todoo sistema, mesmo em linhasque ainda aceitam o paga-mento em dinheiro. Até 26de agosto, 40% das passa-gens eram pagas em dinhei-ro. Menos de um mês depois,o índice havia caído para25%, segundo o presidenteda Fetramar (Federação dasEmpresas de TransporteRodoviário de Passageirosdos Estados de Mato Grosso,Mato Grosso do Sul eRondônia), João RezendeFilho, também diretor daAssetur (Associação dasEmpresas de TransporteColetivo Urbano) de CampoGrande.

Para o procurador deJustiça, essa é a prova de quea população está de acordocom a alteração. “Os passa-geiros estão aderindo porquequerem tranquilidade notransporte coletivo. A segu-rança proporcionada pelo car-

tão eletrônico é boa paraquem conduz e para quemusa o ônibus.”

Cerca de 50% dos ônibusde Campo Grande possuemcâmera. Entretanto, o disposi-tivo não estava sendo sufi-ciente para coibir os assaltos.Segundo o diretor de trans-portes da Agetran (AgênciaMunicipal de Transporte eTrânsito), Lúcio Murilo Barros,mais de 90% dos assaltos sãopraticados por menores deidade, e um dos adolescenteschegou a ser apreendido oitovezes em 15 dias pela mesmaocorrência.

Os motoristas do trans-porte urbano de CampoGrande Evanilson Alves Silva eNilson Gonçalves de Araújoafirmam que já é possível sen-tir a segurança. “Estamos tra-balhando com mais tranquili-dade. Melhorou o atendimen-to, porque as viagens se tor-naram mais rápidas, e reduzi-ram os assaltos”, avalia Silva.

TRABALHO CONJUNTO O presidente da Fetramar, JoãoRezende (esq.), e o procurador Aroldo José de Lima

CYNTHIA CASTRO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 47

Rezende, é que esses empre-gados só trabalham no horá-rio de funcionamento da esta-ção, das 6h às 19h30. “É umasolução interessante e sim-ples, com grande repercussãono transporte urbano de pas-sageiros, em termos de ganhode qualidade e de velocida-de”, diz.

O diretor-geral da Agetran(Agência Municipal deTransporte e Trânsito), RudelTrindade Júnior, consideraque é uma solução apropriadapara uma cidade do porte de

Passageiros dos Estados deMato Grosso, Mato Grosso doSul e Rondônia), JoãoRezende Filho, também dire-tor da Assetur (Associaçãodas Empresas de TransporteColetivo Urbano) de CampoGrande.

É preciso três funcionáriospara o funcionamento decada estação do PegFácil: aatendente, que efetua as ven-das, e dois auxiliares, que agi-lizam o processo de embar-que. Outra grande vantagemda iniciativa, conforme João

Campo Grande, que tem quase800 mil habitantes. Trindadelembra que não adianta pen-sar em soluções como asestações tubo de Curitiba(PR), que são bem mais caras,ou mesmo adotar outrasalternativas difíceis de seremviabilizadas.

“As soluções precisamestar adequadas à realidadede cada cidade. Esse padrãode embarque e desembarquepara cidades de médio porte,adotado no PegFácil, podeser aplicado também emoutros municípios com popu-lações entre 500 mil e 1milhão de habitantes”,comenta Trindade.

O custo médio de umaestação PegFácil, incluindoestrutura física e todos osequipamentos, inclusivecâmeras de filmagem, é emtorno de R$ 45 mil. As trêsque estão funcionando atual-mente foram implantadas esão operadas pela Assetur.Mas, conforme RudelTrindade, pelo menos as pró-ximas três serão instaladascom recursos da prefeitura, ea operação continuará sendo

AGETRAN/DIVULGAÇÃO

“As soluçõesprecisam estar

adequadas àrealidade decada cidade”

RUDEL TRINDADE JÚNIOR,DIRETOR-GERAL DA AGETRAN

PEGFÁCIL Campo Grande tem três estações; pagamento antes do embarque dá agilidade ao sistema de transporte

Raio X do transporte• 545 ônibus

• 5 empresas

• 230 mil passageiros/dia

• 93% da frota com elevadores

• 50% com câmeras

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riamente. Cinco empresasatuam na cidade, e a idademédia da frota é de três anose meio. Em 1991, o municípiocomeçou a implantar o SIT(Sistema Integrado deTransporte). Atualmente, sãooito terminais de integração.Em 2000, começou a funcio-nar a bilhetagem eletrônica.Hoje, 93% da frota possui ele-vadores para cadeirantes ououtros passageiros com difi-culdade de locomoção, e ameta é chegar a 100% no anoque vem.

feita pela associação dasempresas de transporte.

A proposta das estaçõespré-pagas foi baseada emuma experiência do Chile, quetambém implantou o embar-que rápido nas horas de pico.A praça Ary Coelho estásendo revitalizada, e as trêsestações no entorno dela pas-sarão por uma remodelagem,com melhoria no piso, na ilu-minação e na cobertura.

O transporte público deCampo Grande tem 545 ôni-bus e 230 mil passageiros dia-

O prefeito do município,Nelson Trad Filho, afirmouque algumas iniciativas têmsido priorizadas para melho-rar a mobilidade urbana eevitar a migração da popula-ção do transporte públicopara o individual. “Temosnotado, em função do aumen-to do poder aquisitivo degrande parte dos brasileiros,que está crescendo o númerode veículos de duas ou quatrorodas. Isso gera um conges-tionamento natural nas gran-des cidades. Estamos, então,

Expectativa para o PAC da mobilidadeINVESTIMENTOS

Uma grande expectativaentre os setores público eprivado de Campo Grande éem relação aos recursos doPAC (Programa de Aceleraçãodo Crescimento) MobilidadeGrandes Cidades. O municípioinscreveu no Ministério dasCidades o Programa deInvestimento para a Melhoriada Mobilidade Urbana, que listaprojetos prioritários. A previsãoé receber R$ 280 milhões para arealização das obras.

Se os recursos do PAC chega-rem, o número de estaçõesPegFácil será ampliado para 41.

Também estão incluídas nasobras a construção de mais qua-tro terminais de integração, areforma e a ampliação dos termi-nais existentes, a implantação detrês corredores exclusivos (64km), a aquisição de equipamen-tos, entre outras intervenções.

“São várias medidas aserem implantadas com o obje-tivo de priorizar o transportecoletivo”, diz o diretor-geral daAgetran (Agência Municipal deTransporte e Trânsito), RudelTrindade Júnior.

O PAC Mobilidade GrandesCidades vai destinar R$ 18

bilhões para obras de mobili-dade, sendo R$ 6 bilhões deorçamento geral da União e R$12 bilhões de financiamento.Para municípios entre 700 mil e1 milhão de habitantes, comoCampo Grande, o limite máxi-mo de participação da Uniãono conjunto de propostas é deR$ 280 milhões.

No final do mês de setem-bro, o Ministério das Cidadesinformou que estava analisan-do as propostas recebidas detodo o Brasil. Os projetos estãosendo avaliados e poderão serfeitas readequações.

ACESSO Mais de 90% da frota de ônibus de Campo Grande possui elevadores

“Estamospriorizando aqualidade dotransporte”

NELSON TRAD FILHO, PREFEITO

CORREDOR EXCLUSIVO Projeto na avenida Afonso Pena; cidade quer receber R$ 280 milhões do PAC

AGETRAN/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 49

priorizando a qualidade dotransporte público.”

Segundo o prefeito, algu-mas medidas com esse objeti-vo são a modernização dafrota feita em parceria com osempresários; a melhora dacredibilidade, com o cumpri-mento dos horários e maioragilidade no transporte. O pre-feito citou ainda a implanta-ção de corredores de ônibus.

Em meados de setembro,foi inaugurado o corredor daavenida Duque de Caxias, com7,5 km em cada sentido.

“Serão inaugurados mais doiscorredores (Lagoa eImbirussu).” Outras medidasimportantes citadas pelo pre-feito são o PegFácil e o usoexclusivo de cartões para opagamento de passagens(leia o texto na página 46).

Muitos usuários do transportecoletivo de Campo Grande têmaprovado as iniciativas. A estudan-te Geyzibel Santana, 17, comentouque as estações PegFácil trazembenefícios também para a segu-rança. “Diminuíram os assaltos,pois agora a gente não precisa

mexer em dinheiro na hora dotumulto, antes de entrar no ôni-bus. É só pagar com o cartão e,quando entra no ônibus, já estátudo resolvido.”

O vendedor José GeraldoSiqueira, 53, que é cadeirantee trabalha em um terminal deônibus de Campo Grande, con-sidera que o sistema temmelhorado bastante. “Todosos elevadores que já funcio-nam hoje trazem muita facili-dade.” O diretor da Asseturafirmou que em 2012, toda afrota terá elevadores. l

MAZÃO RAMIRES/DIVULGAÇÃO

Parceria para formaçãoSEST SENAT

A Prefeitura de CampoGrande será parceira do SestSenat (Serviço Social doTransporte e ServiçoNacional de Aprendizagemdo Transporte) na realizaçãodo Programa de Formação deMotoristas para o Mercado deTrabalho, que pretende for-mar 66,9 mil motoristas pro-fissionais de ônibus e cami-nhões em todo o Brasil.

Em setembro, o prefeitoda capital do Mato Grosso doSul, Nelson Trad Filho, cedeuo espaço do autódromo dacidade para a realização dasaulas práticas. Ao receberem seu gabinete o presiden-te do Conselho RegionalCentro-Oeste 2 do Sest Senat(Mato Grosso, Mato Grossodo Sul e Rondônia), JoãoRezende Filho, e a diretorada unidade de CampoGrande, Andréia Castanheira,o prefeito se mostrou abertoa novas parcerias.

“Desenvolver a qualifica-ção profissional é algoessencial. Diversos empre-sários, de diferentes áreas,que vêm em busca de novosinvestimentos, nos pergun-tam se temos condições deajudar a treinar mão deobra”, comentou o prefeito,ao ressaltar que as obras deinfraestrutura no país, emdiferentes setores, necessi-tam de mais profissionais dotransporte.

No programa de forma-ção, o Sest Senat é responsá-vel pelas aulas teóricas epela elaboração do materialdidático. A parte prática érealizada em parceria comempresas de transporte, quecedem ônibus e caminhões.Em Campo Grande, no iníciode setembro, pelo menos umônibus já havia sido cedidopela Assetur (Associação dasEmpresas de TransporteColetivo Urbano).

ACESSO Mais de 90% da frota de ônibus de Campo Grande possui elevadores

“Todos oselevadorestrazem muitafacilidade”

JOSÉ GERALDO SIQUEIRA, VENDEDOR

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201150

Aviolência nas estra-das impulsionou astransportadoras ainvestir no quesito

segurança para evitar prejuí-zos com o roubo e o furto decargas. Muitas delas pos-suem centros de gerencia-mento de risco dentro daspróprias companhias. Outrasinvestem até 12% do fatura-mento total em suas centraisde controle para sustentartoda a estrutura de monito-ramento e manter as tecnolo-

gias empregadas atualizadas. Levantamento feito pela

NTC&Logística aponta que,em 2010, foram registradasmais de 12 mil ocorrências defurto e de roubo de cargasem todo o Brasil, o que oca-sionou um prejuízo de R$ 880milhões ao setor. Os núme-ros, se comparados aos de2009, tiveram ligeira queda.Naquele ano, segundo a pes-quisa, foram 13.500 ocorrên-cias, que significaram umprejuízo de R$ 900 milhões.

As ocorrências tiveram redu-ção de 4,81% no período.

Para os gestores, a diminui-ção dos registros está direta-mente ligada aos investimentosque as transportadoras decarga vêm fazendo ao longo dosanos no gerenciamento derisco. A Braspress mantém, há 17anos, estrutura própria para agestão da carga. Atualmente,cem colaboradores fazem parteda equipe de gerenciamento derisco. Luis Marcondes, gerentenacional de risco da empresa,

afirma que a opção em não ter-ceirizar o serviço tem a ver coma cultura da companhia. “Todosos anos a estrutura passa poraperfeiçoamentos. Anualmente,4,5% do faturamento é reverti-do para o departamento.”

As tecnologias aplicadasao monitoramento e ao ras-treamento de frotas sãodesenvolvidas por diversasempresas e marcas, tantonacionais quanto importa-das. As transportadorasencontram um vasto merca-

Tecnologia emprol da segurançaTransportadoras investem até 12% do faturamentoem gerenciamento de risco para reduzir prejuízos

POR LETICIA SIMÕES

ROUBO DE CARGAS

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 51

do à disposição para estrutu-rar seus departamentos degestão de risco. “Além dosrastreadores, diversos apara-tos necessários para umaproteção dupla ou tripla detoda a frota são empregadospela Braspress”, afirmaMarcondes.

A empresa possui umafrota de mais de mil veículos.Todos eles, diz o gerente, sãorastreados. “O setor degerenciamento e de monito-ramento faz o estudo do

melhor conjunto de equipa-mentos para determinadoveículo e mercadoria trans-portada, levando em conside-ração a rota programada e oslocais de carga e descarga.”

Segundo Marcondes, hámuito tempo não existemabordagens às cargas trans-portadas pela Braspress nasrodovias. Já nos perímetrosurbanos, a realidade é dife-rente. “Os meliantes sabemdas tecnologias empregadas,do treinamento e do pronto

atendimento nas estradas.Porém, as cargas continuamsendo abordadas nas cida-des, mas esse número temcaído vertiginosamente,devido à especialização con-tínua da empresa nos recur-sos de segurança.”

Ele ressalta que, para cadaregião urbana, a Braspresstraça um estudo com amelhor solução possível paranão comprometer a operaçãoe cumprir os prazos. A metado departamento de geren-

ciamento de risco, diz ogerente, é zerar as ocorrên-cias de furto e de roubo decargas também nas áreasurbanas.

A TNT passou a investir nogerenciamento de risco a par-tir de 2007. “Essa aplicação éparte de um processo. Asações para diminuição de per-das vão muito além de ras-treadores e escoltas. A empre-sa também atua forte em pro-cedimentos para o transporteda carga, no controle de infor-

ATLAS/DIVULGAÇÃO

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pios, em um total de 7.000localidades.” A empresaatende também viagens paraArgentina, Chile, Uruguai,Paraguai, Bolívia e Peru.

Na TNT, o gerenciamento derisco divide a carga por tipo elimite de valores transporta-dos. “O plano de gerência paracargas de alto valor agregadotrouxe uma diminuição consi-derável nas abordagens crimi-nosas. Gerenciar o risco signi-fica também assumir partedele”, afirma o diretor.

mação e na cultura preventi-va. Todos esses itens formama cadeia de proteção”, afirmaMaciel Lastoria, diretor de ris-cos da TNT.

A empresa possui umafrota de 2.500 veículos. Deacordo com Lastoria, todosfazem parte do plano degerenciamento de risco, masalguns não necessitam serrastreados. “Tudo dependedo perfil da carga e da rota. ATNT opera rotas em todo opaís, ligando 5.000 municí-

Total de ocorrências reduzidoLEVANTAMENTO

A NTC&Logística divulgouem agosto estatísticassobre o roubo de cargas nopaís. A ausência de dadosoficiais motivou a entidadea produzir o levantamento,feito há 13 anos.

Os roubos de carga noBrasil, em 2010, apresentarampequena diminuição nonúmero de ocorrências e nosprejuízos, com relação ao anoanterior. Foram registradas12.850 ocorrências em rodo-vias, volume 5% menor doque em 2009, com 13.500. Osprejuízos também tiveramligeira queda. Em 2010, foramR$ 880 milhões, ante os R$900 milhões de 2009.

Paulo de Souza, asses-sor de segurança daNTC&Logística, afirma que75% dos roubos de cargade todo o país estão con-centrados nos Estados deSão Paulo e Rio de Janeiro.“O fato de esses Estadosterem apresentado umaqueda sutil nas abordagenscriminosas acaba porinfluenciar os demaisregistros em todo o país.”

Para Souza, a queda dasocorrências se deve às açõesde autoridades e entidadesno combate ao crime. “ASecretaria de SegurançaPública do Estado de SãoPaulo reativou o Procarga. Jáno Rio de Janeiro, oSindicarga (Sindicato dasEmpresas de TransporteRodoviário de Cargas e

Logística do Rio de Janeiro)tem um trabalho forte com opoliciamento ostensivo. Osdois Estados tiveram açõesmais efetivas, o que justificaessa redução.”

O Procarga foi criado em1997 e funcionou ativamentepor quatro anos. O programafoi reativado em junho de2009. De acordo com a SSP-SP, em 2010, São Paulo regis-trou redução de 6,2% nasocorrências de roubo decargas, com 482 casos amenos que em 2009.

Apesar das quedas regis-tradas em São Paulo e Rio deJaneiro, a região Sudesteainda concentra o maior índi-ce de roubo de cargas emtodo o Brasil, com 79,94% deocorrências. As regiões Nortee Centro-Oeste apresentaramíndices menores, com 2,03% e2,19%, respectivamente. NoNordeste, o número de roubosfoi de 7,21%, enquanto naregião Sul, o número de ocor-rências foi de 8,63%.

Eletroeletrônicos, com-ponentes de informática,cigarros, alimentos e produ-tos farmacêuticos são oalvo preferido dos bandidos,conforme mostra o estudoda NTC&Logística. A maiorincidência de roubo de car-gas, aponta a pesquisa,ocorre nas rodovias próxi-mas aos grandes centrosurbanos, já que nesseslocais há maior movimenta-ção de veículos e produtos.

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DIOGO MOREIRA/FUTURA PRESS

PREVENÇÃO A adoção de rastreadores depende do plano de gerenciamento de cada empresa de transporte

novas aplicações e metodo-logias surgem quase que dia-riamente. “A TNT conta hojecom tecnologia de rastrea-mento portátil, que pode serusada dentro da própriacarga. Outras inovaçõesficam por conta da tecnolo-gia de monitoramento deimagens a distância, além damelhoria do software de ras-treamento e de computado-res de bordo.”

Celso Luchiari, presidenteda Transportadora Americana,afirma que os investimentosem gerenciamento de riscofeitos pelas empresas dotransporte de cargas surgiramcomo estratégia logística. “Há20 anos, as companhias inicia-ram as aplicações nos equipa-mentos de monitoramento. Osaparelhos eram caros e nãotinham como foco a seguran-ça. O panorama mudou e, como aumento dos roubos e dosfurtos de cargas, essa tecnolo-gia vem auxiliando o setorpara minimizar as abordagenscriminosas.”

A Americana atua em todoo Brasil. Luchiari destaca que80% do risco de roubos e defurtos ocorrem a um raio de150 km dos grandes centrosurbanos. “Nesses locais seconcentram os distribuidoresde consumo. Para essas rotassão necessárias outras apli-

de carga e de risco, por isso,o treinamento é imprescindí-vel”, afirma Lastoria.

A transportadora se utilizade tecnologias via satélite, viacelular e por radiofrequência,além de rastreadores portá-teis. Parte desses componen-tes foi adquirida com a aquisi-ção de duas empresas, aExpresso Mercúrio e aExpresso Araçatuba.

O diretor afirma que astransportadoras devem semanter atualizadas, pois

A estrutura é terceiriza-da, ficando a cargo da pró-pria transportadora a super-visão e o controle dos pro-cessos. São 60 profissionaisda TNT dedicados à seguran-ça e ao risco e dezenas deterceiros envolvidos na ope-ração de segurança, rastrea-mento e demais procedi-mentos. “Todos passam porreciclagens, de acordo comas revisões nos planos. Aempresa atende clientes comcaracterísticas específicas

“Diversosaparatosnecessáriospara a

proteção dafrota são

empregados”LUIS MARCONDES, BRASPRESS

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cações e tecnologias, comoblindagens. Existem trechose cargas que demandam atétrês rastreadores em ummesmo veículo.”

A empresa tem um modelomisto de gerenciamento derisco, com parte da estruturaterceirizada. “Todo o equipa-mento pertence à Americana.A gestão da central e as ins-talações são terceirizadas. Osveículos são monitoradospela companhia de gerênciade risco que, com a segurado-ra, traça as normas para cada

FOCO Os sistemas de segurança adotados pelas empreas têm evitado o crescimento do roubo de cargas nos perímetros urbanos

Projeto propõe ações com uso de radiofrequência PADRÃO ÚNICO

Para tentar mitigar as açõescriminosas de cargas em todoo Brasil, o governo federal, pormeio do Ministério da Ciência eTecnologia, da Receita Federale das secretarias de Fazendados Estados, formatou as basesdo projeto denominado BrasilID (Sistema de Identificação,Rastreamento e Autenticaçãode Mercadorias).

A proposta é criar umpadrão único para identificar,rastrear e autenticar as merca-dorias em produção e circula-ção em todo o território nacio-nal, por meio da tecnologia deradiofrequência.

O Brasil ID propõe a utiliza-ção de Nota Fiscal Eletrônicapara todas as mercadorias.Além disso, o projeto prevê aestruturação de serviços derastreamento e a verificaçãode autenticidade dos produtos,que poderão ser desenvolvidospelos setores público e priva-do, de acordo com a demandae as necessidades do mercado.

Segundo informações dis-poníveis no site do projeto, oobjetivo do Brasil ID é promo-ver a segurança e a otimizaçãode comércio e circulação deprodutos, obedecendo aopadrão e ao modelo de opera-ção proposto. Uma infraestru-tura tecnológica de hardware esoftware que garanta a identi-ficação e o monitoramento dasmercadorias será implantadaem todas as unidades da fede-ração. Essa logística ficará acargo das secretarias deFazenda dos Estados e daReceita Federal.

Ainda de acordo com o site,para a execução do projeto, ogoverno federal vai regula-

mentar em todo o país a tecno-logia de radiofrequência. Asbases do Brasil ID preveem odesenvolvimento de softwaresespecializados para a integra-ção, gestão e geração de dadose controles inteligentes quevão propiciar mais agilidade eeficiência à fiscalização nospostos fiscais, comandosvolantes e auditorias nasempresas, a partir das intera-ções entre os sistemas dosEstados e do projeto.

Procurado pela reporta-gem, o Ministério da Ciência eTecnologia não informou ocronograma nem qual é aprevisão para que o Brasil IDentre em vigor. O projeto foiapresentado pelo governoem agosto de 2009.

Para Celso Luchiari, presi-dente da TransportadoraAmericana, o acompanhamen-to de toda a mercadoria, comopropõe o projeto, diminuirá asações criminosas. “Identificaro receptador dessas cargasroubadas vai inibir muito essetipo de crime. Será uma medi-da extraordinária para o setor.”

Outra alternativa quepoderá contribuir para ocombate ao roubo e ao furtode cargas ainda aguarda porregulamentação. Conhecidacomo Lei Negromonte, a leicomplementar nº 121, de 9 defevereiro de 2006, de autoriado então deputado federalMário Negromonte, atualministro das Cidades, cria oSistema Nacional dePrevenção, Fiscalização eRepressão ao Furto e Roubode Veículos e Cargas.

Sancionada com váriosvetos, a lei articula a ação

das polícias e dos órgãosfazendários federais e esta-duais, por meio da criação deum banco de dados unifica-do. O texto propõe ainda queo fabricante identifique, nanota fiscal, o lote e a unidadedo produto transportado,entre outras ações.

O Denatran (DepartamentoNacional de Trânsito), órgãovinculado ao Ministério dasCidades, por meio de suaassessoria de imprensa, nãosoube confirmar se há algumaprevisão para que a LeiNegromonte entre em vigor.

Segundo a assessoria,duas resoluções, hoje insti-tuídas no Código de TrânsitoBrasileiro, tiveram como basepropostas citadas no texto dalei complementar nº 121. Umadelas é o Siniav (SistemaNacional de IdentificaçãoAutomática de Veículos). OSiniav obriga que o licencia-mento de todo veículo automo-tor, elétrico, reboque e semir-reboque somente seja validadoa partir de placas eletrônicasinstaladas nos veículos, nasantenas leitoras, nas centraisde processamento e nos siste-mas informatizados. A identifi-cação via Siniav é feita por tec-nologia de radiofrequência.

O gerente nacional derisco da Braspress, LuísMarcondes, defende maiorceleridade para que as alter-nativas propostas para ocombate ao roubo e ao furtode cargas entrem em vigor.“O setor convive com umgrande desfalque de fiscaliza-ção na malha rodoviária, oque gera facilidade para aatuação de quadrilhas.”

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 55

segundo ela, não alcançamresultados expressivos. “Porisso, as empresas investemem segurança. Os centros degerenciamento de risco con-seguem diminuir as ações cri-minosas, mas sozinhos nãovão eliminar o problema.”

A Atlas iniciou seus inves-timentos na gerência derisco há 18 anos. A estruturaestá instalada na sede, queemprega dois sistemas degerenciamento, ambosimportados. “Doze por centodo faturamento é destinado aesse setor. O investimentominimizou em 15% as ocor-rências de roubo e de furtode cargas, desde a implanta-ção”, afirma Célia.

De acordo com a diretora,somente este ano, a Atlasinvestiu R$ 1 milhão em atua-lizações dos sistemas demonitoramento e gerencia-mento de risco e no incre-mento da frota de 400 veícu-los. “Essas aplicações variamconforme a necessidade. Asversões dos programas utili-zados passam por atualiza-ções constantes, e novos sen-sores chegam ao mercadoinvariavelmente. A gerênciade risco deve ser efetiva eacompanhar a evolução dosequipamentos disponíveis.” l

panhá-lo”, diz Luchiari.Segundo o mandatário, apro-ximadamente 10% do fatura-mento da Americana é desti-nado ao treinamento da equi-pe de gestão de riscos e àaquisição de novos equipa-mentos e tecnologias.

Célia Megale Biagiotti,diretora financeira da AtlasBrasil Transportes &Logística, diz que o setorsempre se mobilizou nabusca de medidas preventi-vas contra o roubo e o furtode cargas. As ações isoladas,

mercadoria transportada.” Cinquenta profissionais

entre próprios e terceiriza-dos atuam na gerência derisco da empresa. Desde ainstalação da estrutura, aAmericana contou com maisde 1.500 equipamentos derastreamento, com configu-rações diversas. “Os apare-lhos ficam obsoletos e é pre-ciso buscar novos fornecedo-res, que tenham alternativasdinâmicas de atendimento,com alta tecnologia. O mer-cado evolui e é preciso acom-

FOCO Os sistemas de segurança adotados pelas empreas têm evitado o crescimento do roubo de cargas nos perímetros urbanos

RENATO COBUCCI/HOJE EM DIA/FUTURA PRESS

“Existem trechos e cargas quedemandam até três

rastreadoresno mesmoveículo”

CELSO LUCHIARI, TRANSPORTADORA AMERICANA

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RIO DE JANEIRO

Braços abertos para investimentosEstado atrai interesse de investidores estrangeiros e nacionais; de 2011 a 2013 estão previstos R$ 181 bilhõesEstado atrai interesse de investidores estrangeiros e nacionais; de 2011 a 2013 estão previstos R$ 181 bilhões

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PEDRO KIRILOS/RIOTUR/DIVULGAÇÃO

Braços abertos para investimentosEstado atrai interesse de investidores estrangeiros e nacionais; de 2011 a 2013 estão previstos R$ 181 bilhõesEstado atrai interesse de investidores estrangeiros e nacionais; de 2011 a 2013 estão previstos R$ 181 bilhões

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201158

OEstado do Rio deJaneiro está passan-do por um momentode grandes investi-

mentos, uma oportunidadepara o maior desenvolvimentoeconômico e turístico, geraçãode empregos, ciência e tecnolo-gia. A realização dos eventosesportivos (Copa de 2014 eOlimpíada de 2016) obriga amelhoria da mobilidade urbana,dos aeroportos, da rede hote-leira, entre outros inúmerosfatores, inclusive aqueles liga-dos diretamente ao esporte.

Mas grande parte do mon-tante previsto vem de áreasligadas à exploração do petró-leo, indústria naval e polopetroquímico. O Estado tambématrai o interesse para a ativida-de siderúrgica, expansão daindústria automobilística, entrevários outros segmentos.

Até o ano de 2020, há esti-mativas de investimentos noEstado em torno de US$ 160bilhões, conforme informa odiretor comercial da RioNegócios, Antônio Carlos Dias.“É um momento extraordinário.E esse momento não é somen-te agora. Se refere a uma déca-da daqui pra frente, tanto noEstado como na capital.” A RioNegócios é uma agência públi-co privada, que tem como obje-

tivo receber as empresasinvestidoras que desejam seinstalar na capital e fomentar odesenvolvimento.

Em setembro, a Firjan(Federação das Indústrias doEstado do Rio de Janeiro) divul-gou o estudo Decisão Rio 2011-2013, que aponta que o Estadofluminense deverá receber R$181 bilhões de investimentospúblicos e privados neste perío-

do. Do total de recursos, emtorno de 75% (R$ 137,4 bilhões)correspondem à área industrial– soma da indústria da transfor-mação (R$ 29,5 bilhões) e daPetrobras (R$ 107,9 bilhões).

Alguns destaques, confor-me a Firjan, são o Comperj(Complexo Petroquímico doRio de Janeiro) e a siderurgia.Somam-se a esses, a constru-ção de dois estaleiros, um da

Marinha do Brasil e outro daOSX, voltado para a constru-ção de plataformas e embar-cações de apoio.

De acordo com o estudo daFirjan, a proximidade logísticado Rio de Janeiro com outrosgrandes Estados brasileirospermite fácil acesso a um ele-vado percentual do PIB(Produto Interno Bruto) dopaís. Em relação ao petróleo, a

PORTO MARAVILHA Com revitalização, região portuária terá atrativos culturais e comerciais; demoli ção de viaduto da Perimetral preocupa

POR CYNTHIA CASTRO

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federação cita que a produçãopossui dimensão nacional, queserá ampliada com a explora-ção das reservas do pré-sal.

“Tais fatores estruturais têm,conjuntamente, gerado tamanhaforça atrativa, que levaramdiversas empresas multinacio-nais e nacionais à decisão deinstalar seus centros de pesqui-sa e de desenvolvimento de tec-nologia no Estado, em especial

ALEXANDRE MACIEIRA/RIOTUR/DIVULGAÇÃO

PORTO MARAVILHA Com revitalização, região portuária terá atrativos culturais e comerciais; demoli ção de viaduto da Perimetral preocupa

Segurança ainda é grande desafioNECESSIDADE

Empresas nacionais e estran-geiras estão com os olhares volta-dos para o Rio de Janeiro. Mas acidade e o Estado precisam sepreparar para corresponder àsexpectativas e continuar atraindoo interesse dos investidores.Oferecer infraestrutura suficientee conseguir melhorar de fato asegurança pública, evitando osroubos e assassinatos constantes,estão entre os desafios principais.

“O Rio está em um momentoexcelente para atrair muitacoisa boa, mas não pode falharem alguns fatores básicos. Nãopodem acontecer, por exemplo,acidentes como esse do bondi-nho de Santa Tereza (que des-carrilou em agosto, matandoseis pessoas e ferindo mais de50). Além de atender os mora-dores, o bondinho é muito turís-tico. Um acidente como essegera desconfiança de todos, emvários sentidos”, diz o presiden-te do Conselho Empresarial deLogística e Transportes daAssociação Comercial do Rio deJaneiro, Eduardo Rebuzzi, tam-bém presidente da Fetranscarga(Federação do Transporte deCargas do Estado do Rio deJaneiro).

Rebuzzi destaca a necessida-de de se melhorar também asegurança. Ele considera que asUPPs (Unidades de PolíciaPacificadoras) têm trazido resul-tados positivos, entretanto res-salta que não adianta somente arepressão armada. É precisoinvestir em projetos sociais quelevem educação, lazer e outrasoportunidades aos aglomerados.“Para ter um resultado efetivo, amudança tem que ser pela base,pela educação, pela oferta demaior civilidade aos moradores.”

De acordo com Rebuzzi,depois da ocupação do Morro doAlemão, no final do ano passado,a população começou a sentirmaior sensação de segurança.Entretanto, ele citou que nos últi-mos meses, alguns registros têmtrazido preocupação. No início desetembro, por exemplo, um arqui-teto de 33 anos foi assassinadoem Ipanema. A Polícia Militaradmitiu o aumento de crimespraticados por pessoas em moto-cicleta, em bairros comoIpanema e Leblon.

AÇÃO Município tem expandido unidades pacificadoras em morros, mas criminalidade é alta

RISCO Acidente com bonde matou seis pessoas em agosto

GUTO MAIA/FUTURA PRESS

CYNTHIA CASTRO

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POTENCIAL Exploração de petróleo e siderurgia são responsáveis por grandes investimentos no RJ

no parque tecnológico existentejunto à Universidade Federal doRio de Janeiro”, descreve o estu-do da federação das indústrias.

O diretor comercial da RioNegócios destaca também aexpansão da cadeia automobi-lística, com atração de novasmontadoras; a revitalização daárea portuária, com o projetoPorto Maravilha, as melhorias notransporte, entre outras medi-

Mais empresas aéreas no GaleãoMOVIMENTO

O momento de grandes inves-timentos no Estado fluminensetem tido reflexo no aumento devoos do Aeroporto Internacionaldo Rio de Janeiro. Em 2011, inicia-ram as operações no Galeão asempresas Azul e Alitalia. Até ofinal do ano, haverá voos daLufthansa e da KLM. Em janeirode 2012, a Emirates inaugura arota Dubai-Rio-Buenos Aires.

Atualmente, operam noGaleão seis companhias nacio-nais e 17 internacionais. Muitasestão ampliando os voos diá-rios. Segundo a Infraero(Empresa Brasileira deInfraestrutura Aeroportuária),“o Galeão vem atraindo o inte-resse de companhias estran-geiras que decidiram voltar aoperar no aeroporto”.

O diretor-geral da Emiratesno Brasil, Ralf Aasmann, disseque o Rio de Janeiro é um merca-do muito importante no contextobrasileiro e representa boa parteda receita da companhia noBrasil. “A cidade oferece inúme-ras possibilidades de negócios

como o pré-sal, além dos gran-des eventos esportivos dos pró-ximos anos.”

Em 3 de janeiro de 2012, onovo voo sairá pela manhã deDubai e chegará ao Rio deJaneiro. Partirá do Rio, no finalda tarde, com destino a BuenosAires. Da Argentina, a aeronaveretorna ao Rio e segue paraDubai. O voo será operado porum Boeing 777-300ER, oferecen-do oito assentos na primeiraclasse, em suítes privativas, 42assentos reclináveis na classeexecutiva e uma cabine de classeeconômica, com 304 assentos.

Na avaliação do gerente deaeroporto da Air France e KLM,António Jorge Assunção, a aber-tura de novos voos no Galeão e oretorno de algumas companhiasestão ligados ao momento degrandes investimentos na cidadee Estado. “Os eventos estão che-gando e sentimos a demanda demercado. Não é somente turis-mo. Nosso foco principal são osnegócios, os investimentos dopré-sal e outros.” Atualmente, a

Air France tem dois voos diáriosdo Rio para Paris, e a KLM iniciaem novembro com três voossemanais para Amsterdã, naHolanda.

Uma grande preocupação éem relação à necessidade demelhor infraestrutura e confor-to aos usuários. “O aeroportodo Galeão oferece algumassituações que são uma vergo-nha. Outro dia, o elevador doestacionamento estava estra-gado, não havia luz nas esca-das. Tem que melhorar muitacoisa”, disse o presidente doConselho Empresarial deLogística e Transportes daAssociação Comercial do Rio deJaneiro, Eduardo Rebuzzi.

A Infraero informou queestá em andamento uma sériede intervenções, como a con-clusão do terminal de passa-geiros 2 e a revitalização emodernização do terminal 1,onde alguns serviços foramconcluídos. A empresa garan-te que as obras estarão con-cluídas até a Copa de 2014.

EMIRATES/DIVULGAÇÃO

EXPANSÃO Em janeiro de 2012, Emirates começa a operar voo Dubai/Rio/Buenos Aires

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PAULO FURTADO/FUTURA PRESS

POTENCIAL Exploração de petróleo e siderurgia são responsáveis por grandes investimentos no RJ

das. “A cidade se posicionacomo sede da tomada de deci-sões. Tudo isso gera um cenáriomuito promissor.”

Dias lembra que a prepara-ção e realização dos eventosesportivos mundiais tambémtêm sido motivos para outrasmelhorias no Rio de Janeiro.Conforme a pesquisa da Firjan,os investimentos relacionados àCopa e Olimpíadas somam pelo

menos R$ 11,5 bilhões, incluindoinfraestrutura de transporte,rede hoteleira e outras açõesainda não detalhadas.

A Rio-Negócios projeta queo potencial de crescimento darede hoteleira em números dequartos no Rio de Janeiro seráde 26,9% até dezembro de2013. Mas o diretor-comerciallembra que esse aumento nãose dará somente em conse-

quência dos eventos esporti-vos. “O que está acontecendo éque a dinâmica da petroquími-ca, óleo e gás, montadoras etcestá gerando empregos e tra-zendo necessidades a longoprazo. A rede hoteleira estápercebendo isso”, afirma.

Ao se pensar em várias áreasque estão crescendo, especial-mente em relação à indústria dopetróleo, construção e operação

de embarcações, torna-se tam-bém necessário obter mão deobra especializada. Dias cita quenas próximas décadas haveráabertura de vagas de trabalhoem diferentes setores, quenecessitarão de mão de obradisponível e de qualidade.

A Empresa Olímpica Municipallista uma série de obras relacio-nadas aos eventos esportivos. AVila dos Atletas dos Jogos Rio

EVENTOS ESPORTIVOS

Região olímpica Barra

BRT Transcarioca• Ligará a Barra ao Galeão

BRT Transoeste• Ligará Campo Grande e Santa Cruz à Barra, beneficiando o Recreio, Guaratiba, Barrade Guaratiba, Sepetiba e outras localidades

BRT Transolímpica• Ligará a Barra à av. Brasil, na altura de Deodoro

Parque Olímpico Rio 2016• Está em um dos quatro núcleos olímpicos dos jogos de 2016 e concentra maiornúmero de equipamentos esportivos

Parque dos Atletas• Será um parque público de lazer construído em uma área de 220 mil m2

Vila dos Atletas• Terá 48 edifícios de 12 andares, totalizando 2.448 apartamentos

Região olímpica Maracanã

BRT Transbrasil• Inclui cinco terminais (Deodoro, Margaridas, Missões, Fiocruz e Centro)

Entorno do Engenhão• Urbanização e requalificação dos espaços públicos no entorno do estádio, buscandomelhorias viárias, construção de passarelas e novos acessos para pedestres

Maracanã• O estádio será todo reformado e estão previstas melhorias nos acessos e revitalização do entorno, com a construção de área de lazer com ciclovias e praças

Porto Maravilha• A revitalização da zona portuária incluirá projetos de infraestrutura urbana, açõeshabitacionais, criação do novo polo cultural e de entretenimento

VLT Centro• Integrador da região portuária, passará pelos principais equipamentos culturais eturísticos da região

Fonte: Empresa Olímpica Municipal (www.transparenciaolimpica.com.br)

Confira algumas obras na cidade do Rio de Janeiro que têm ligaçãocom a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201162

2016, que será construída naBarra da Tijuca, terá 48 edifíciosde 12 andares, totalizando 2.448apartamentos de três e quatroquartos. A vila oferecerá acomo-dação aos atletas e delegaçõesdos países participantes dosJogos Olímpicos e Paraolímpicosde 2016.

TransporteMelhorar o sistema de

transporte urbano, reduzindoos engarrafamentos na cida-de, é um dos importantesdesafios para a realização dos

eventos esportivos. Conformeinformações da EmpresaOlímpica Municipal, até 2016,serão implantadas pelo menosquatro linhas de BRT (BusRapid Transit).

A integração dos BRTs comtrens, barcas e metrô deverágarantir um aumento do usode transportes de alta capaci-dade de 16% para 50%, confor-me informações da EmpresaOlímpica Municipal.

O BRT da Transcarioca liga-rá a Barra da Tijuca ao aero-porto do Galeão, passando por

EVENTOS ESPORTIVOS Projeto do Parque Olímpico que será construído na Barra da Tijuca

GRANDES INVESTIMENTOS

Setor industrial

• Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro)

• Construção da siderúrgica da Ternium, dentro do Complexo Industrial do porto do Açu

• Ampliação da planta da Gerdau

• Construção de dois estaleiros. Um da Marinha e outro da OSX (voltado para

construção de plataformas e embarcações de apoio)

Infraestrutura

• Investimentos em energia (inclusive projeto da terceira usina nuclear e usina

termoelétrica a carvão)

• Transporte, logística e desenvolvimento urbano (BRTs, Porto Maravilha, entre outros)

• Saneamento básico

Jogos olímpicos

• Infraestrutura de transporte

• Rede hoteleira e outros investimentos

OUTROS PROJETOS POTENCIAIS (ALÉM DOS R$ 181 BI)

• Trem-bala Rio de Janeiro-São Paulo

• Siderúrgica chinesa Wisco, que deverá se instalar no Complexo Industrial do Porto do Açu

• Mais investimentos no Complexo Industrial do Porto do Açu (usina termoelétrica

movida a gás natural e cimenteiras)

• Construção da nova base de exploração de petróleo da Petrobras, com foco no pré-sal

• Construção de hoteis, por diversas redes internacionais de turismo

• Construção de torres e empreendimentos comerciais no centro do Rio de Janeiro e

na Barra da Tijuca

Fonte: Firjan

Veja algumas áreas do Estado do Rio de Janeiro que deverão receberR$ 181 bilhões, das iniciativas pública e privada, entre 2011 e 2013

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 63

bairros da zona norte. Aexpectativa inicial desse pro-jeto é atender cerca de 400mil passageiros/dia. Tambémestá prevista a implantação dosistema de VLT (Veículo LeveSobre Trilhos), ligando o aero-porto Santos Dumont à regiãoportuária.

O subsecretário estadual deTransportes, Delmo Pinho,citou a importância das obrasnas linhas do metrô. A cons-trução da linha 4, entreIpanema e a Barra, tem previ-são de transportar 230 mil

passageiros por dia. “O legadodesse compromisso olímpico éque vai melhorar muito amobilidade”, diz Pinho.

Na avaliação do presidentedo Conselho Empresarial deLogística e Transportes daAssociação Comercial do Rio deJaneiro, Eduardo Rebuzzi, aimplantação de BRTs e a exten-são do metrô contribuirão paraa maior qualidade do transpor-te. Entretanto, Rebuzzi se mos-trou preocupado com a mobili-dade na área central do Rio deJaneiro, quando começar a

demolição do elevado daPerimetral, na área portuária.

Essa obra está inserida noprojeto Porto Maravilha e fazparte da proposta de reurbaniza-ção da região. “Temos ali umaavenida de grande importânciapara a circulação viária. O fluxo,tanto na parte superior como nainferior, é enorme. Durante asobras, a situação vai ficar compli-cada, e a preocupação é sedepois as novas vias conseguirãoatender à demanda”, diz Rebuzzi.

O projeto do Porto Maravilhapretende requalificar a área por-tuária da cidade do Rio deJaneiro, onde hoje há muitosgalpões abandonados. O proces-so de revitalização segue a ten-dência de áreas de outros paí-ses, como Puerto Madero, emBuenos Aires, na Argentina. Aproposta é promover a reestru-turação da região.

O projeto abrange uma áreade 5 milhões de metros qua-drados, que tem como limitesas avenidas Presidente Vargas,Rodrigues Alves, Rio Branco, eFrancisco Bicalho. Haverá ins-talação de estabelecimentosculturais, gastronômicos, maismoradias e escritórios. “OPorto Maravilha vai permitirque a cidade possa se expan-dir. Vai dar fôlego ao Rio decontinuar crescendo, com umaboa quantidade de área dispo-

nível utilizável”, afirma o dire-tor da Rio Negócios.

E para que a cidade e oEstado consigam atender asdemandas que chegam com osnovos investimentos, Dias reco-nhece que é necessário venceralguns desafios. Ele cita a neces-sidade de mão de obra em dife-rentes áreas de atuação, a exe-cução dos projetos de transpor-te e urbanização na velocidadenecessária e a atenção ao inves-tidor que se interessa pelo Riode Janeiro.

“No caso do trânsito, porexemplo, pretendemos antesdas Olimpíadas mudar a matrizde transporte da cidade, passan-do de 16% para 50% da popula-ção servida pelo transporte demassa. Se conseguirmos essameta, vai dar um alívio muitogrande”, avalia.

Para o cidadão comum, fica aboa expectativa de crescimento,mas, ao mesmo tempo, algunstemores, como a garantia dasegurança e a realização dasobras necessárias antes do iní-cio dos eventos esportivos. “Otrânsito do Rio é extremamentecomplicado em vários horáriosdo dia. Estamos a menos de trêsanos da Copa do Mundo. Serámesmo que vão conseguirimplantar tudo que é necessárioaté lá?”, diz o estudante de his-tória Lucas Barbosa. l

EVENTOS ESPORTIVOS Projeto do Parque Olímpico que será construído na Barra da Tijuca

EMPRESA OLÍMPICA MUNICIPAL/DIVULGAÇÃO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201164

São Paulo recebe, entreos dias 8 e 10 denovembro, um dos prin-cipais eventos do setor

ferroviário. A feira Negócios nosTrilhos chega à 14ª edição comestimativas de superar o núme-ro de expositores do ano passa-do. Serão 14 mil metros quadra-dos de área, a maior de todas asedições. Um segundo pavilhãodo Expo Center Norte vai ser uti-lizado para abrigar os estandes,e a organização afirma que umterceiro pavilhão pode ainda serrequisitado, conforme a procurados expositores.

Gerson Toller, diretor-executi-vo da Revista Ferroviária, empre-sa responsável pela realizaçãoda feira, afirma que a evoluçãodo evento está pautada no incre-mento que a indústria ferroviárianacional ganhou nos últimosanos. “O mercado e a economiabrasileira vêm se desenvolvendopositivamente. Um terço dosexpositores é oriundo de outrospaíses, como China, Espanha eEstados Unidos. A resposta a essecrescimento é a expansão daNegócios nos Trilhos.”

Somente em agosto, diz Toller,quatro novas fábricas de mate-

rial ferroviário tiveram suasobras iniciadas no Brasil. Em SeteLagoas (MG), serão produzi-das locomotivas; em Itupeva(SP), freios ferroviários; emAraraquara (SP), trens elétri-cos; e no Rio de Janeiro serãofabricados monotrilhos. “Hácinco anos, o setor contava com335 fornecedores de material fer-roviário. De lá para cá, 30 fabri-cantes se instalaram no país,com indústrias inteiramentenovas, ou empresas de autope-ças que converteram parte daatividade para o modal.”

Ele acredita que a indústria

ferroviária nacional terá umgrande ano no país. “Este ano,o setor deve comercializar,aproximadamente, R$ 3,8bilhões. Boa parte desses negó-cios é fechada durante a feira,embora seja difícil projetar umvalor exato. Encomendas deequipamentos para infraestru-tura ferroviária são contratosem longo prazo. Praticamentetodos os fornecedores dessetipo de material estarão presen-tes como expositores”.

O formato da Negócios nosTrilhos segue o mesmo padrãodesde a sua primeira edição.

FERROVIÁRIO

Tradicional feira do setor chega à 14ª ediçãocom um terço dos participantes de outros países

Mais espaço parabons negócios

POR LETICIA SIMÕES

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 65

Paralelamente à feira, aconte-cem seminários, nos quais osetor debate o planejamentopara o ano seguinte, apresenta-ções técnicas e três premiações.

O Prêmio AmstedMaxion deTecnologia Ferroviária, que estáem seu oitavo ano, é dirigido aostécnicos das indústrias e demaisfuncionários das operadoras. Ostrabalhos apresentam inovaçõespara a construção de vagões. NoPrêmio Alstom de TecnologiaMetroferroviária, que chega asua sétima edição, são inscritostrabalhos de fabricantes de trenselétricos. Já no 2º Prêmio EDLP

(Estação da Luz Participações) deProdutividade do ClienteFerroviário, concorrem pesquisassobre inovações ferroviárias,apresentadas pelos usuários detrens metropolitanos, que ver-sam sobre a produtividade doserviço oferecido nos terminais.

Toller destaca que o objetivodas premiações é homenageartoda a cadeia produtiva da indús-tria ferroviária. Os prêmios serãoentregues no dia 8 de novembro.

A ANTF (AssociaçãoNacional dos TransportadoresFerroviários) estará presenteno painel "Necessidades de

Equipamentos Ferroviários dasFerrovias Brasileiras", programa-do para o dia 9. Rodrigo Vilaça,diretor-executivo da entidade,afirma que o debate é importan-te para o setor, já que por meiodele as concessionárias têmacesso às novidades de mercadoe a tudo o que envolve os equipa-mentos estrangeiros. “Discute-seimportação, exportação, ondebuscar oportunidades e exem-plos mundo afora, além das ofer-tas que a indústria brasileira tempara apresentar aos operadores.”

Segundo Vilaça, um dos prin-cipais focos do evento é permitir

a interação de todo o setor comas novidades e as projeções domercado. “O envolvimento deempresas brasileiras e interna-cionais pode representar pros-pecções de negócios em um hori-zonte de cinco anos.”

A MRS Logística participará dodebate sobre os planos de negó-cio para as ferrovias de carga em2012. Eduardo Parente, presiden-te da concessionária, afirma quea empresa vai manter o ritmo deinvestimentos no ano que vem.“Dessa maneira, a MRS garante aexpansão dos volumes transpor-tados. Durante a feira, expomospara toda a cadeia os detalhes doplanejamento.”

Para Parente, o cenário semanterá positivo. “Os investi-mentos realizados pelas conces-sionárias capacitou o setor acrescer por meio da melhoria daeficiência do sistema, aumentan-do a competitividade. Com novosincrementos, haverá um impactoimportante no aumento da pene-tração do modal ferroviário namatriz de transportes nacional.”

O dirigente afirma que apresença na Negócios nosTrilhos é a oportunidade queos operadores ferroviários têmde identificar novas oportuni-dades de mercado.

A MetrôRio, empresa queadministra as operações dometrô carioca, participa este ano

EXPANSÃO Feira Negócios nos Trilhos chega à 14ª edição e ocupará 14 mil metros quadrados de área

FOTOS ARGOSFOTO

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201166

A feira Negócios nos Trilhos éaberta apenas para os profissio-nais do mercado ferroviário. Ocredenciamento dos visitantespode ser feito no endereço ele-trônico do evento. l

FORMATO Paralelamente à feira, acontecem seminários, apresentações técnicas e três premiações

go, telecomunicações, energia,rede aérea e via permanente. Aprevisão é que as obras sejamconcluídas até 2013.

Ribeiro diz que eventos volta-dos para o setor, com o alcanceda Negócios nos Trilhos, geramoportunidades para novos for-necedores e investidores. “Odebate quanto à necessidade demanutenção e de ampliação dosinvestimentos no transportepúblico de passageiros sobre tri-lhos de alta capacidade éimprescindível para viabilizar asmetrópoles brasileiras, portodos os benefícios econômicos,sociais e ambientais que essessistemas proporcionam.”

Bueno, trecho com mais de 6 kmde vias e operação de trensmetropolitanos, que está suspen-sa para as obras de moderniza-ção. “O objetivo é atualizar a viapermanente e a rede aérea,implantando os mesmos sistemasque as outras linhas estão rece-bendo, além de reconstruir asestações Amador Bueno e SantaRita. No total, o investimento é deR$ 66,8 milhões”, afirma SilvestreEduardo Rocha Ribeiro, diretor dePlanejamento da CPTM.

Atualmente, as seis linhas dacompanhia passam por obrasde infraestrutura, com implan-tação de novos sistemas desinalização e controle de tráfe-

do painel “Planos de Negóciosdas Operadoras Metropolitanas”.De acordo com o diretor de rela-ções institucionais JourbertFlores, o metrô do Rio de Janeirovai continuar investindo naexpansão da frota. “Foram adqui-ridos 114 carros, que vão compor19 trens. O primeiro deles devechegar no início do próximo anoe, no decorrer de 2012, os demaisdeverão ser entregues.”

Ele adianta que os novoscarros têm ar-condicionado,são mais potentes que osatuais e vão contribuir econo-micamente para a operação,uma vez que reduzirão o con-sumo de energia em 20%.

Flores acredita que os trensmetropolitanos voltaram à pautada infraestrutura de transportes.“Esse tipo de deslocamento setornou uma alternativa viávelpara as cidades. O setor se tor-nou pujante novamente e a trocade experiências durante aNegócios nos Trilhos é muitoimportante. As empresas com-partilham seus projetos e váriosdeles podem ser repetidos emoutras companhias.”

A CPTM (Companhia Paulistade Trens Metropolitanos) tambémparticipa do painel. A empresaespera concluir até o final do pró-ximo ano a extensão da Linha 8 –Diamante, entre Itapevi e Amador

SERVIÇONegócios nos Trilhos 2011De 8 a 10 de novembro, das 14h às 20hLocal: Expo Center Norte – Pavilhão VermelhoRua José Bernardo Pinto, 333 VilaGuilherme – São Paulo (SP)Mais informações: http://revistaferroviaria.com.br/nt2011

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 67

ANPET

Os dez vencedores da 16ªedição do Prêmio CNT deProdução Acadêmicaserão conhecidos no iní-

cio de novembro, durante o 25ºCongresso de Pesquisa e Ensinoem Transporte, que será realizadoem Belo Horizonte (MG). Nestemês de outubro, os trabalhos ins-critos estão sendo avaliados.

Também será divulgado nocongresso em Minas Gerais o livro“Transporte e Transformação”,com os projetos vencedores naedição de 2010. O prêmio foi cria-do em 1996, por meio de uma par-ceria da CNT e da Anpet(Associação Nacional de Pesquisae Ensino em Transportes).

A proposta é incentivar a pes-

Estímulo à pesquisae à produtividadeVencedores do Prêmio CNT de Produção Acadêmica

serão conhecidos em novembro

DA REDAÇÃO quisa e estimular a descoberta detecnologias e formas de gestãoque contribuam para a melhoriada produtividade e da competitivi-dade do setor. Os trabalhos cientí-ficos premiados abordam temascomo transporte de cargas e pas-sageiros, logística, soluções tec-nológicas e gestão.

Nas produções há, por exem-plo, soluções para a redução decustos operacionais nas empre-sas, aumento de qualidade edesempenho dos serviços, pro-postas ou estudos de regulamen-tação do setor e iniciativas deresponsabilidade socioambien-tal. Os trabalhos são analisadospelo Comitê Científico da Anpet epor uma comissão julgadora,constituída por especialistas emtransporte da CNT. l

PREMIADOS EM 2010

• Variação sistemática da preferência em modelos de escolha de modo no acesso terrestre e aeroportos, considerando a confiabilidade do tempo de viagem

• Aplicação da análise envoltória de dados na avaliação da eficiência de rodovias federais concessionadas

• Entendendo a rede de atores de um projeto de transporte urbano: caso do VLT deBrasília

• Análise comparativa da eficiência energética entre os ciclos de vida do gás naturalveicular comprimido e da energia termelétrica a gás para uso final em automóveisleves

• Proposta de sistema BRT com segmento de faixa exclusiva única bidirecional• O uso da microssimulação na avaliação do desempenho da segurança viária• Programação de veículos com múltiplas garagens: soluções de apoio ao processo de licitação de linhas urbanas

• Uma aplicação da busca tabu para o problema do carregamento no transporte de carga parcelada

• Sistema de transporte rodoviário de cargas: uma proposta para sua estrutura e elementos

• Adaptação do HCM 2000 para análise da capacidade e do nível de serviço em rodovias de pista simples no Brasil

Veja os títulos dos trabalhos que estarão no livro“Transporte e Transformação”

Page 68: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201168

Com o tema “Todos juntospor um trânsito sem aci-dentes”, as unidades doSest Senat em funciona-

mento no país promoveramdiversas atividades durante aSemana Nacional de Educaçãono Trânsito, realizada entre osdias 18 e 25 de setembro.

Foram realizadas palestras,blitze educativas, apresentaçõesteatrais, gincanas, exposições eoutras ações que abordaram aimportância do envolvimentotanto de pedestres quanto demotoristas no cumprimento dasregras de trânsito e na reduçãodo número de mortes em decor-rência dos acidentes.

Neste ano, o tema central daSemana Nacional de Educaçãono Trânsito, definido peloContran (Conselho Nacional deTrânsito), trabalhou as ações daDécada de Ação pela Segurançano Trânsito – 2011 a 2020. O pro-grama, lançado oficialmenteem 11 de maio deste ano, pelaONU (Organização das NaçõesUnidas), estabelece o prazo dedez anos para que os 178 paísesque assinaram o acordo reduzamem até 50% as mortes causadaspor acidentes de trânsito.

Segundo dados da OMS(Organização Mundial da Saúde),esses acidentes são a nona causade mortes no mundo. O Brasil

ocupa o quinto lugar entre osrecordistas, atrás da Índia, China,Estados Unidos e Rússia. Os dadosmais recentes do Sistema deInformação de Mortalidade, doMinistério da Saúde, mostram que,em 2008, foram registradas 38.273mortes no trânsito brasileiro.

O Sest Senat participa daSemana Nacional de Educação noTrânsito com o objetivo de cons-cientizar e de educar as pessoaspara a manutenção de um trânsitomais seguro. Mais de 920 mil pes-soas já participaram das ações.

Em Poços de Caldas, MinasGerais, as atividades foram reali-zadas em parceria com o DER(Departamento de Estradas de

Rodagem), a Polícia RodoviáriaEstadual e o Demutran(Departamento Municipal deTrânsito). Mais de 1.200 motoristasforam abordados nas três blitzeeducativas realizadas na entradae na região central da cidade. Elesreceberam material educativo eorientações sobre os cuidadosque devem ter ao dirigir nas cida-des e nas rodovias do país.Durante a semana, também foramexibidos vídeos sobre o tema paraalunos do 1º ao 5º ano do ColégioMunicipal Vicentina Massa.

Segundo o coordenador doSenat de Poços de Caldas, RenanDe Biagi Naves Resende, o resulta-do das ações de 2011 superou asexpectativas. “A cada ano, perce-bemos que mais pessoas estão seenvolvendo na causa. Os motoris-tas estão cada vez mais conscien-tes da responsabilidade que elestêm no trânsito”, afirma ele.

Para a coordenadora-geral dequalificação do fator humano notrânsito do Denatran, CristinaHoffman, as ações educativas,principalmente as blitze, sãoimportantes para chamar a popu-lação para repensar as atitudesque são praticadas no trânsito.“As regras existentes precisam sercumpridas porque o único objeti-vo delas é a manutenção da vida.”

Acompanhe a seguir as ativi-dades desenvolvidas em outrasunidades do Sest Senat.

Trânsito semacidentes

POR LIVIA CEREZOLI

SEST SENAT

Unidades realizam ações educativas em todo o país e orientam motoristas epedestres sobre segurança no trânsito

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 69

SEST SENAT POÇOS DE CALDAS/DIVULGAÇÃO

CONSCIENTIZAÇÃO Em Poços de Caldas (MG), motoristas foram orientados sobre comportamento no trânsito

Page 70: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

cidade e realizado um passeiociclístico. “É interessante perce-ber, a cada abordagem, que a con-duta dos pedestres e motoristasno trânsito vem mudando. Eles járeconhecem as suas responsabili-dades. As campanhas educativascontribuem para isso”, diz AnaPaula Miranda Fernandes, instru-tora do Sest Senat.

Na cidade do litoral paulista, asatividades da SemanaNacional do Trânsito foram

voltadas para a educação de criançase adolescentes. Em parceria com aprefeitura de São Vicente, a ViaçãoPiracicabana e a Polícia RodoviáriaEstadual, o Sest Senat ofereceupalestras, apresentações teatrais eoutras atividades lúdicas para mais

Na capital do Acre, a SemanaNacional de Trânsito foi realizadaem parceria com o Detran

(Departamento de Trânsito) e a Ciatran(Companhia de Polícia Militar de Trânsito)de Rio Branco. Durante cinco dias, o SestSenat participou de blitze educativas rea-

lizadas nas ruas mais movimentadas e queregistram o maior número de acidentes dacidade. Mais de 5.000 motoristas e pedes-tres foram abordados e alertados sobre aimportância de respeitar as faixas depedestres e, assim, reduzir os índices deatropelamentos.

Mais de 1.600 pessoas, entre estu-dantes, motoristas e pedestres,participaram das atividades

desenvolvidas pelo Sest Senat na capitalparaibana, entre os dias 19 e 23 de setem-bro. Foram realizadas palestras em esco-las, associações e empresas de transportesobre a importância da educação para um

SEST SENAT ANÁPOLIS/DIVULGAÇÃO

SEST SENAT RIO BRANCO/DIVULGAÇÃO

Com apresentações teatrais exi-bidas durante toda a semananas principais ruas da cidade,

o Sest Senat e a CMTT (CompanhiaMunicipal de Trânsito e Transportes)de Anápolis conscientizaram pedes-tres e motoristas sobre a importân-cia de respeitar as faixas de pedes-tres. Também foram distribuídos pan-fletos educativos nas escolas da

JOÃO PESSOA (PB)

SÃO VICENTE (SP)ANÁPOLIS (GO)

RIO BRANCO (AC)

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 71

de 900 alunos das redes municipal eestadual de ensino. A semana foiencerrada com a realização doTransporte e Cidadania que contoucom atividades de esporte, lazer, cul-tura, recreação, educação para asaúde e prestação de serviços aocidadão. Mais de 12 mil pessoas parti-ciparam do evento no dia 25 desetembro.

trânsito seguro e sem acidentes, além degincana, exposição e blitze educativas nosprincipais pontos da cidade. As ações con-taram com a parceria da AssociaçãoNordestina de Resgate e Administração deEmergência, Cooperativa de TransporteEscolar, ONG Etev (Educar para o Trânsito,Educar para a Vida) e Colégio Líder.

No Espírito Santo, as principaisações estiveram voltadas para aconscientização de pedestres e

motociclistas. Em parceria com oDetran (Departamento de Trânsito) doEspírito Santo, o Sest Senat deCariacica realizou mais de 30 mil abor-dagens e distribuiu material educativonos dez terminais de ônibus urbanos da

Grande Vitória. Em Viana, no dia 22, ablitz educativa realizada na rodoviaJosé Sette contou com a participaçãode aproximadamente 450 motociclis-tas. A ação foi desenvolvida em parce-ria com o BPTran (Batalhão de Políciade Trânsito) do Espírito Santo. Tambémforam realizadas palestras educativasem escolas públicas.

ASemana do Trânsito foimarcada por palestras edu-cativas oferecidas pelo Sest

Senat em parceria com o 23ºBatalhão de Infantaria deBlumenau e com a empresa detransportes Canarinho, com sedeem Jaguará do Sul (SC).Aproximadamente 200 pessoas,entre jovens soldados e motoris-tas profissionais, receberam orien-tações sobre a importância decada um ser responsável pelotrânsito. “É difícil mudar a culturaque as pessoas têm sobre o trânsi-to, mas acreditamos que é possí-vel. Nossa ideia ao oferecer aspalestras educativas é justamenteessa”, afirma Maurício Dalpiazi,gerente da unidade. l

SEST SENAT SÃO VICENTE/DIVULGAÇÃO

SEST SENAT CARIACICA/DIVULGAÇÃO

SEST SEN

AT JOÃ

O PE

SSOA

/DIVUL

GAÇÃ

O

SEST SENAT BLUMENAU/DIVULGAÇÃO

CARIACICA E VIANA (ES)

BLUMENAU (SC)

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CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201172

BOLETIM ESTATÍSTICO

RODOVIÁRIO

MALHA RODOVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM

TIPO PAVIMENTADA NÃO PAVIMENTADA TOTAL

Federal 63.117 13.337 76.454Estadual Coincidente 17.417 5.488 22.905 Estadual 106.548 113.451 219.999Municipal 26.827 1.234.918 1.261.745Total 213.909 1.367.194 1.581.103

MALHA RODOVIÁRIA CONCESSIONADA - EXTENSÃO EM KMAdminstrada por concessionárias privadas 15.114Administrada por operadoras estaduais 1.195

FROTA DE VEÍCULOSCaminhão 2.230.647Cavalo mecânico 443.044Reboque 836.464Semi-reboque 650.886Ônibus interestaduais 13.976Ônibus intermunicipais 40.000Ônibus fretamento 25.120Ônibus urbanos 105.000

Nº de Terminais Rodoviários 173

INFRAESTRUTURA - UNIDADES

Terminais de uso privativo misto 122

Portos 37

FROTA MERCANTE - UNIDADES

Embarcações de cabotagem e longo curso 139

HIDROVIA - EXTENSÃO EM KM E FROTA

Rede fluvial nacional 44.000Vias navegáveis 29.000Navegação comercial 13.000Embarcações próprias 1.148

AQUAVIÁRIO

FERROVIÁRIO

MALHA FERROVIÁRIA - EXTENSÃO EM KM

Total Nacional 29.637Total Concedida 28.465Concessionárias 11Malhas concedidas 12

MALHA POR CONCESSIONÁRIA - EXTENSÃO EM KMALL do Brasil S.A. 11.738FCA - Ferrovia Centro-Atlântica S.A. 8.066MRS Logística S.A. 1.674Outras 6.987Total 28.465

MATERIAL RODANTE - UNIDADESVagões 92.814Locomotivas 2.919Carros (passageiros urbanos) 1.670

PASSAGENS DE NÍVEL - UNIDADES Total 12.289Críticas 2.659

VELOCIDADE MÉDIA OPERACIONALBrasil 25 km/h EUA 80 km/h

AEROVIÁRIO

AEROPORTOS - UNIDADES Internacionais 32Domésticos 35Pequenos e aeródromos 2.498

AERONAVES - UNIDADESA jato 873 Turbo Hélice 1.783Pistão 9.513Total 12.505

MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS

MODAL MILHÕES (TKU) PARTICIPAÇÃO (%)

Rodoviário 485.625 61,1

Ferroviário 164.809 20,7

Aquaviário 108.000 13,6

Dutoviário 33.300 4,2

Aéreo 3.169 0,4

Total 794.903 100

SETEMBRO - 2011

Page 73: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 73

BOLETIM ECONÔMICO

Investimentos em Transporte da UniãoDados Atualizados Setembro/2011

* Veja a versão completa deste boletim em www.cnt.org.br

Autorizado

valores pagos em infraestrutura (CIDE)

não utilizado (CIDE)

Total PagoValor Pago do ExercícioObs.: O Total Pago inclui valores pagos do exercício atual e restos a pagar pagos do ano anterior.

Arrecadação Acumulada CIDE

CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, Lei 10.336 de 19/12/2001. Atualmente écobrada sobre a comercialização e importação de gasolina (R$ 0,19/liltro) e diesel (R$ 0,07/litro). Os recursos da CIDE são destinados ao subsídio e transporte de combustíveis, projetos ambientaisna indústria de combustíveis e investimentos em infraestrutura de transporte.Obs: Alteração da alíquota CIDE conforme decretos vingentes.

NECESSIDADES DE INVESTIMENTOS DO SETOR DE TRANSPORTES BRASILEIRO: R$ 405,0 BILHÕES(PLANO CNT DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA 2011)

Investimento Pago Acumulado

121086R

$ bilhões

420

20181614

2,53

17,72

60

403020

R$ bilhões

100

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

8070

50

8

INVESTIMENTOS FEDERAIS EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES*

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Aéreo

0,11(1,3%)

0,01(0,1%)

Arrecadação X Investimentos Pagos: Recursos da CIDE

Observações:

1 - Taxa de Crescimento do PIB 2011 e acumulada em 12 meses.

2 - Taxa Selic conforme Copom 31/08/2011

3 - Inflação acumulada no ano e em 12 meses até setembro/2011

4 - Balança Comercial acumulada no ano e em 12 meses até setembro/2011.

5 - Posição dezembro/2010 e setembro/2011 em US$ Bilhões

6 - Câmbio de fim de período setembro/2011, média entre compra e venda.

Fontes: Receita Federal, COFF - Câmara dos Deputados (Setembro/2011), IBGE e

Focus - Relatório de Mercado 23/09/11), Banco Central do Brasil.

Investimentos em Transporte da União por Modal (Total PagoAcumulado - até Setembro/2011)

(R$ 8,93 bilhões)

1,09( 12,3%)

CONJUNTURA MACROECONÔMICA - SETEMBRO/2011

2010 acumuladoem 2011

últimos12 meses

Expectativapara 2011

PIB (% cresc a.a.)1 7,50 4,17 - 3,51

Selic (% a.a.)2 10,75 12,00 11,00

IPCA (%)3 5,91 3,56 7,23 6,52

Balança Comercial4 16,88 19,98 28,54 25,00Reservas Internacionais5

288,58 350,09 -

Câmbio (R$/US$)6 1,75 1,60 1,68

0,44( 5,0%)

6,388,91

Restos a Pagar Pagos

Outros

7,26(81,3%)

CIDE - 2011 (R$ Milhões)Arrecadação no mês Setembro/2011 848,0

Arrecadação no ano (2011) 6.114,0

Investimentos em transportes pagos (2011) 1.044,0

CIDE não utilizada em transportes (2011) 5.070,0

Total Acumulado CIDE (desde 2002) 70.463,0

83%

17%

Obs.: são considerados todos os recursos não investidos em infraestrutura de transporte.

33,3

70,4

Page 74: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL NOVEMBRO 201174

1,92,0

BOLETIM DO DESPOLUIR

DESPOLUIR

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou em 2007 o Programa Ambiental do Transporte - DESPOLUIR, com o objetivo de promover o engajamento de empresários,caminhoneiros autônomos, taxistas, trabalhadores em transporte e da sociedade na construção de um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

PROJETOS

• Redução da emissão de poluentes pelos veículos

• Incentivo ao uso de energia limpa pelo setor transportador

• Aprimoramento da gestão ambiental nas empresas, garagens e terminais

de transporte

• Cidadania para o meio ambiente

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

Para participar do Projeto Redução da Emissão de Poluentes pelos Veículos, entre em contato coma Federação que atende o seu Estado

NÚMEROS DE AFERIÇÕES ESTRUTURA

RESULTADOS DO PROJETO DE REDUÇÃO DAS EMISSÕES DE POLUENTES PELOS VEÍCULOS

392.507ATÉ JULHO AGOSTO

20112007 A 2010 TOTAL

Aprovação no período

108.527 18.588 519.622

87,05% 88,18 % 89,18% 87,36%

Federações participantes 21

Unidades de atendimento 71

Empresas atendidas 7.400

Caminhoneiros autônomos atendidos 8.860

Em 2012, está prevista para entrar em vigor afase P7 do Programa de Controle de Poluiçãodo Ar por Veículos Automotores (Proconve)para veículos pesados. A ConfederaçãoNacional do Transporte (CNT) considera queeste fato terá impactos significativos nosetor, uma vez que novos elementos farãoparte do dia a dia do transportador rodoviá-rio. Nesse contexto, a CNT elaborou a presen-te publicação, com o objetivo de disseminarinformações importantes sobre o que estápor vir. O trabalho apresenta ao setor asnovas tecnologias e as implicações da faseP7 em relação aos veículos, combustíveis eaos ganhos para o meio ambiente.

PUBLICAÇÕES DO DESPOLUIRConheça abaixo uma das diversas publicaçõesambientais que estão disponíveis para download no site do DESPOLUIR:

Autônomo

Carga

FENACAM

FETRANSPORTES

FETRABASE

FETCESP

FETRANCESC

FETRANSPAR

FETRANSUL

FETRACAN

FETCEMG

FENATAC

FETRANSCARGA

FETRAMAZ

FETRANSPORTES

FETRABASE

FETRANSPOR

FETRONOR

FETRAM

FEPASC

CEPIMAR

FETRAMAR

FETRANORTE

FETRASUL

FETERGS

PR e MG

ES

BA e SE

SP

SC

PR

RS

AL, CE, PB, PE, PI, RN e MA

MG

DF, TO, MS, MT e GO

RJ

AC, AM, RR, RO, AP e PA

ES

BA e SE

RJ

RN, PB, PE e AL

MG

SC e PR

CE, MA e PI

MS, MT e RO

AM, AC, PA, RR e AP

DF, GO, SP e TO

RS

41.3347-1422

27.2125-7643

71.3341-6238

11.2632-1010

48.3248-1104

41.3333-2900

51.3374-8080

81.3441-3614

31.3490-0330

61.3361-5295

21.3869-8073

92.2125-1009

27.2125-7643

71.3341-6238

21.3221-6300

84.3234-2493

31.3274-2727

41.3244-6844

85.3261-7066

65.3027-2978

92.3584-6504

62.3598-2677

51.3228-0622

Passageiro

FEDERAÇÃO UFS ATENDIDAS TELEFONESETOR

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

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Page 75: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL NOVEMBRO 2011 75

EMISSÕES DE CO2 POR MODAL DE TRANSPORTE

EMISSÕES DE CO2 NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO POR TIPO DE VEÍCULO

SETOR CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Mudança no uso da terra 1.202,13 76,30Industrial* 140,05 8,90Transporte 136,15 8,60Outros setores 47,78 3,12Geração de energia 48,45 3,10Total 1.574,56 100,00

MODAL CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Rodoviário 123,17 90,46Aéreo 7,68 5,65Outros meios 5,29 3,88Total 136,15 100,00

VEÍCULO CO2 t/ANO PARTICIPAÇÃO (%)Caminhões 36,65 44,00Veículos leves 32,49 39,00Comerciais leves – Diesel 8,33 10,00Ônibus 5,83 7,00Total 83,30 100,00

EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL(EM BILHÕES DE TONELADAS - INCLUÍDO MUDANÇA NO USO DA TERRA)

EMISSÕES DE CO2 POR SETOR

*Inclui processos industriais e uso de energia

MODAL MILHÕES DE m3 PARTICIPAÇÃO (%)

Rodoviário 32,71 96,60

Ferroviário 0,69 2,00

Hidroviário 0,48 1,40

Total 33,88 100,00

TIPO 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Diesel 39,01 41,56 44,76 44,29 49,23 28,86

Gasolina 24,01 24,32 25,17 25,40 29,84 19,62

Etanol 6,19 9,37 13,29 16,47 15,07 6,22

CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS NO BRASIL

CONSUMO DE ÓLEO DIESEL POR MODAL DE TRANSPORTE

CONSUMO TOTAL POR TIPO DE COMBUSTÍVEL (em milhões m3)*

(ATÉ JULHO)

* Inclui consumo de todos os setores (transporte, indústria, energia, agricultura, etc)

BOLETIM AMBIEN TAL

EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO OTTO* - 2009 EMISSÕES DE POLUENTES - VEÍCULOS CICLO DIESEL - 2009

* Em partes por milhão de S - ppm de S

* Inclui veículos movidos a gasolina, etanol e GNV

NÃO-CONFORMIDADES POR NATUREZA NO ÓLEO DIESEL - AGOSTO 2011

Corante 0,0%

80%70%60%50%40%30%20%

Aspecto 35,8%

Pt. Fulgor 24,5%

Enxofre 1,9%

Teor de Biodiesel 36,8%Outros 0,9%

QUALIDADE DO ÓLEO DIESEL TEOR MÁXIMO DE ENXOFRE (S) NO ÓLEO DIESEL*

Japão 10 ppm de SEUA 15 ppm de SEuropa de 10 a 50 ppm de S

Brasil

1.800 ppm de S

500 ppm de S

50 ppm de S

Diesel interior (substituição de 19% do Diesel 1.800 ppm de S por Diesel 500 ppm de S)

Diesel metropolitano (grandes centros urbanos)

Frotas cativas de ônibus urbanos das regiões metropolitanas da BaixadaSantista, Campinas, São José dos Campos e Rio de Janeiro. Frotas cativasde ônibus urbanos das cidades de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte eSalvador. Regiões metropolitanas de São Paulo, Belém, Fortaleza e Recife.

0,9%

1,9%

36,8%35,8%

24,5%

0,0%

10%0%

Automóveis Motocicletas GNVComerciais Leves (Otto) CaminhõesPesados

Caminhões médios Comerciais Leves(Diesel)

ÔnibusRodoviários

CaminhõesLeves

Ônibus Urbanos

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

NOxNMHcCOCH4MP

CO2

NOxCONMHcMP

CO2

MP

AL AM

% NC

AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Brasil

1,6 0,91,5

4,32,6

0,41,9

0,00,8 0,9

3,62,6

1,9

AC4,0 7,2 0,0 1,0 1,2 0,0 1,6 1,5 0,6 1,6 0,9 5,9 1,7 4,3 2,6 0,4 0,9 2,2 1,9 0,0 4,3 0,8 0,9 3,6 2,6 0,0 1,90,02,2 8,4 0,0 0,8 1,5 0,0 1,6 0,3 0,6 1,1 1,5 6,0 1,1 3,2 3,6 0,4 0,9 2,2 1,6 0,0 5,2 0,8 1,2 2,2 2,9 0,0 2,00,0

Trimestre Anterior

Trimestre Atual

0,0 0,61,71,00,0

4,0

0,00

3

89

7654

21

1,60,0

Percentual relativo ao número de não-conformidades encontradas no total de amostras coletadas. Cada amostra analisada pode conter uma ou mais não-conformidades.

1,2 2,2

4,35,9

0,9

ÍNDICE TRIMESTRAL DE NÃO-CONFORMIDADES NO ÓLEO DIESEL POR ESTADO - AGOSTO 20117,2

Page 76: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

Para saber mais: www.cntdespoluir.org.br

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EFEITOS DOS PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS DO TRANSPORTE

POLUENTES PRINCIPAIS FONTES CARACTERÍSTICASEFEITOS

SAÚDE HUMANA MEIO AMBIENTE

Monóxido decarbono(CO)

Resultado do processo decombustão de fonte móveis1

e de fontes fixas industriais2.Gás incolor, inodoro e tóxico.

Diminui a capacidade do sangue em transportar oxigênio. Aspirado em grandesquantidades pode causar a morte.

Dióxido deCarbono(CO2)

Resultado do processo decombustão de fonte móveis1

e de fontes fixas industriais2.Gás tóxico, sem cor e sem odor.

Provoca confusão mental, prejuízo dos reflexos, inconsciência, parada das funções cerebrais.

Metano(CH4)

Resultado do processo decombustão de fontes móveis1

e fixas2, atividades agrícolas e pecuárias, aterros sanitários e processos industriais3.

Gás tóxico, sem cor, sem odor.Quando adicionado a águatorna-se altamente explosivo.

Causa asfixia, parada cardíaca,inconsciência e até mesmo danosno sistema nervoso central, se inalado.

Compostosorgânicosvoláteis(COVs)

Resultado do processo decombustão de fonte móveis1

e processos industriais3.

Composto por uma grandevariedade de moléculas a basede carbono, como aldeídos,cetonas e outroshidrocarbonetos leves.

Causa irritação da membrana mucosa, conjuntivite, danos na pele e nos canaisrespiratórios. Em contato com a pele podedeixar a pele sensível e enrugada e quandoingeridos ou inalados em quantidades elevadas causam lesões no esôfago,traqueia, trato gastro-intestinal, vômitos,perda de consciência e desmaios.

Óxidos denitrogênio(NOx)

Formado pela reação do óxido denitrogênio e do oxigênio reativopresentes na atmosfera e queima de biomassa e combustíveis fósseis.

O NO é um gás incolor, solúvel.O NO2 é um gás de cor acastanhada ou castanho avermelhada, de cheiro forte eirritante, muito tóxico. O N2O éum gás incolor, conhecidopopularmente como gás do riso.

O NO2 é irritante para os pulmões ediminui a resistência às infecçõesrespiratórias. A exposição continuada oufrequente a níveis elevados pode provocartendência para problemas respiratórios.

Causam o aquecimento global,por serem gases de efeito estufa.Causadores da chuva ácida4.

Ozônio(O3)

Formado pela quebra dasmoléculas dos hidrocarbonetos liberados por alguns poluentes,como combustão de gasolina ediesel. Sua formação éfavorecida pela incidência deluz solar e ausência de vento.

Gás azulado à temperaturaambiente, instável, altamentereativo e oxidante.

Provoca problemas respiratórios,irritação aos olhos, nariz e garganta.

Causa destruição e afeta odesenvolvimento de plantas eanimais, devido a sua naturezacorrosiva.

Dióxido de enxofre(SO2)

Resultado do processo decombustão de fontes móveis1

e processos industriais3.

Gás denso, incolor, nãoinflamávele altamente tóxico.

Provoca irritação e aumento naprodução de muco, desconforto narespiração e agravamento deproblemas respiratórios ecardiovasculares.

Causa o aquecimento global, porser um gás de efeito estufa.Causador da chuva ácida4, quedeteriora diversos materiais, acidifica corpos d'água e provocadestruição de florestas.

Materialparticulado

(MP)

Resultado da queimaincompleta de combustíveise de seus aditivos, deprocessos industriais e dodesgaste de pneus e freios.

1. Fontes móveis: motores a gasolina, diesel, álcool ou GNV.2. Fontes fixas: Centrais elétricas e termoeléctricas, instalações de produção, incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos.3. Processos industriais: procedimentos envolvendo passos químicos ou mecânicos que fazem parte da fabricação de um ou vários itens, usualmente em grande escala.4. Chuva ácida: a chuva ácida, também conhecida como deposição ácida, é provocada por emissões de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx) de usinas de energia, carros e fábricas. Os ácidos nítrico e sulfúricoresultantes podem cair como deposições secas ou úmidas. A deposição úmida é a precipitação: chuva ácida, neve, granizo ou neblina. A deposição seca cai como particulados ácidos ou gases.

Conjunto de poluentes constituídode poeira, fumaça e todo tipo dematerial sólido e líquido que semantém suspenso. Possuemdiversos tamanhos emsuspensão na atmosfera. Otamanho das partículas estádiretamente associado ao seupotencial para causar problemasà saúde, quanto menores,maiores os efeitos provocados.

Incômodo e irritação no nariz egarganta são causados pelaspartículas mais grossas. Poeirasmais finas causam danos aoaparelho respiratório e carregamoutros poluentes para os alvéolospulmonares, provocando efeitoscrônicos como doençasrespiratórias, cardíacas e câncer.

Altera o pH, os níveis depigmentação e a fotossíntese dasplantas, devido a poeira deposita-da nas folhas.

Causam o aquecimento global,por serem gases de efeito estufa.

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Page 78: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

Ao contrário da crisede 2008, os proble-mas atuais na zonado euro estão menos

relacionados a um risco sistê-mico de falência de institui-ções financeiras, mas aoaumento do endividamentopúblico e do risco de insolvên-cia em algumas economias(Grécia, Irlanda, Portugal eEspanha) e à percepção demenor crescimento tambémnas economias maduras.

Apesar das operações deresgate anunciadas, os inves-tidores continuam reticentescom a situação desses países.O cenário básico para a eco-nomia internacional é debaixo crescimento das econo-mias avançadas, ainda quecom uma contraposição daseconomias emergentes.

No Brasil, na última reuniãodo Comitê de PolíticaMonetária, a taxa básica dejuros foi reduzida em 0,50ponto percentual. O plano devoo da autoridade monetáriatem se baseado na avaliaçãode que o impacto da criseexterna no Brasil é desinflacio-nário e em um cenário de cum-primento das metas fiscais,

RAFAEL BACCIOTTI

levando a inflação para o cen-tro da meta já em 2012.

Em primeiro lugar, faltamevidências de que as implica-ções do cenário internacionalpara a economia brasileirasejam desinflacionárias, pelomenos sem que haja uma evo-lução mais dramática lá fora.Pelo lado da composição câm-bio e commodities, a desvalori-zação do real não tem sidoacompanhada por quedaexpressiva nos preços das com-modities. Pelos canais de ativi-dade, crédito e confiança,observa-se uma desaceleraçãoem curso, mas nada que sugirauma desaceleração advinda dacrise, e mais decorrentes dasmedidas restritivas adotadaspelo governo, como a elevaçãoda taxa Selic até julho, a redu-ção das despesas fiscais e aelevação de compulsório paramoderar a expansão do crédito.

O atual governo sinaliza quea resposta brasileira ao cená-rio internacional será dada poruma combinação de afrouxa-mento monetário com políticafiscal mais restritiva. O gover-no desenha uma política eco-nômica com uma série de obje-tivos: (a) manutenção da infla-

ção, (b) redução da taxa dejuros, (c) defesa da indústria,(d) desvalorização cambial e(e) aumento dos investimentos,para citar apenas alguns. Aequipe econômica, entretanto,parece ignorar os trade-offsentre esses objetivos.

A autoridade monetária, poroutro lado, não trabalha maiscomo contraponto ao experi-mentalismo na política econô-mica, o que revela um pesomaior a uma meta mínima parao crescimento econômico. Oscustos de não cumprimento dabanda e de uma inflação ascen-dente são elevados e, ao focarem uma inflação abaixo do tetoda meta, o governo minimiza osefeitos políticos das alteraçõesno regime de metas e evita aperda de popularidade. Essenovo foco da política econômi-ca traz uma situação complica-da, dado que os riscos de nãocumprimento da meta ao longodo tempo se tornam mais ele-vados. Em termos de cresci-mento, os benefícios são limita-dos pelas restrições de oferta(infraestrutura e mercado detrabalho), e não de demanda, oque traz impactos sobre pre-ços, e não sobre produção.

DEBATE Quais os principais desafios para o Brasil crescer em um cenário de (quase) recessão?

RAFAEL BACCIOTTI Economista da TendênciasConsultoria Integrada

Nova política econômicaé estratégia arriscada

“O plano de voo da autoridade monetária tem se baseado na avaliaçãode que o impacto da crise externa no Brasil é desinflacionário”

Page 79: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

Quais os principais desafios para o Brasil crescer em um cenário de (quase) recessão?

OBrasil insiste em manteruma política macroeco-nômica que tem comoprincipais instrumentos

de ação a política cambial, num“realismo artificial”, pois a taxade câmbio não é determinadaapenas pelo saldo da balançacomercial e pelo volume de reser-va de divisas; uma política fiscalde crescente e injusta carga tri-butária, até para compensar oaumento da sonegação e dasrenúncias; uma política financeiraapoiada em taxas de juros recor-des, que se refletem no aumentodo endividamento financeiro quejá supera a dívida creditícia origi-nal, limitando o dinamismo domercado interno eleito como osegundo mais importante“motor” do crescimento.

A confirmar isso basta anali-sar o crescente aumento no índi-ce de inadimplência, que, de algu-ma forma, é produzida e alimen-tadora das altas taxas de juros.

Essa política macroeconômicavinha funcionando com razoávelsucesso, mesmo sem resolver osproblemas estruturais, porém,num quadro econômico interna-cional bem comportado, quedesabou a partir de 2008 com acrise financeira.

pensando o déficit em transaçõescorrentes, que este ano já cres-ceu 2,5%, e garantiu as reservassuperiores a US$ 300 bilhões;

6. Essa reserva de divisas temtambém seu lado perverso: láfora rende algo como 1% ao ano,enquanto a rolagem da nossadívida pública interna (hoje em R$1,7 trilhão) tem um custo anualpróximo dos 12%;

7. Em que pese o recenteaumento dos preços, a taxa deinflação ainda se mostra sob con-trole, mas já começa a pesar nobolso dos trabalhadores demenor renda, sobretudo nos bensde consumo final.

Diante desse quadro preo-cupante, o país precisa fazer odever de casa, que inclui asreformas fiscal e tributária, daprevidência, trabalhista e polí-tica, afora o aumento nosinvestimentos públicos, sobre-tudo para resolver os estran-gulamentos na infraestruturaeconômica e social; ampliar osgastos em educação, pesquisae tecnologia; mudar as políti-cas financeira e creditícia,cujos beneficiários são os ban-cos e instituições financeiras, eenfrentar a monstruosa dívidapública interna.

EDSON ROFFÉ BORGES Vice-presidente da Federação Nacionaldos Economistas e consultor econômico

Situação preocupa e exigefazer o dever de casa

“País precisa fazer as reformas fiscal, tributária, previdenciária,trabalhista e política e aumentar os investimentos públicos”

Ademais, a rigor, o Brasil nãoadotou nenhuma política econô-mica explicitamente destinada a,no mínimo, mitigar os efeitos quea crise gerou na economia, queem 2011 começam a ser vistos,sobretudo com a queda dosinvestimentos produtivos priva-dos e com a diminuição na gera-ção de empregos, em especial naindústria de transformação.

Quem pensava que a crise de2008 era uma simples “maroli-nha” e que o Brasil era uma “ilha”protegida, pode ver agora que arealidade é outra, bastando des-tacar o seguinte:

1. O crescimento do PIB esteano e possivelmente em 2012 seráem torno de 4%, aquém do quese vinha tendo até recentemente;

2. A demanda agregada cresceem ritmo cada vez menor;

3. As importações de manu-faturados de consumo durávelcada vez mais substituem ossimilares nacionais e quebramempresas nacionais, sobretudoas pequenas e médias;

4. Graças às altas taxas dejuros e ao lucro retornável, aentrada de capital continuacrescendo em busca de prote-ção e rápido retorno;

5. Esses ingressos vêm com-

EDSON ROFFÉ BORGES

Page 80: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011
Page 81: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 2011 81

CLÉSIO ANDRADEOPINIÃO

pesar dos incontestáveis avanços sociais e econô-micos que o Brasil experimenta nesses últimosanos, ainda vivemos em um país com uma expres-siva camada da população formada por pessoasmuito pobres. Os governos atual e o anterior tive-ram o mérito de incluir na pauta dos temas relevan-

tes nacionais o combate à mais extrema pobreza.A inclusão social com ampliação da capacidade

de consumo tem sido a estratégia do governo paraesse segmento da população. Porém, não bastamapenas ações assistencialistas, são necessáriaspolíticas criativas que promovam o crescimento e aautossuficiência dos indivíduos.

Em setembro passado, apresentamos no Senadoum projeto de lei para garantir a Carteira Nacionalde Habilitação gratuita para pessoas cuja rendafamiliar mensal seja inferior a R$ 1.635, subsidiadacom recursos da Cide (Contribuição de Intervençãono Domínio Econômico). A medida beneficia aque-les que vão obter a primeira carteira e/ou os quequerem mudar de categoria.

Sabemos que uma das razões para a falta demotoristas profissionais é o preço alto para tirar odocumento. Considerando as aulas práticas e teó-ricas de mecânica, cidadania, condução dos veícu-los, entre outras, que devem fazer parte da boa for-mação de um profissional, o investimento é deaproximadamente R$ 1.500.

Hoje, o setor de transporte precisa de 40 mil moto-ristas profissionais para contratação imediata, porémnão há mão de obra disponível no mercado. Carênciaque já é uma ameaça à expansão das empresas. O

preenchimento dessas vagas representa o fortaleci-mento da economia, implica na criação de maisempregos em outros setores das empresas, mas prin-cipalmente na inserção instantânea de 40 mil famíliasno mercado de consumo e a porta de saída, para mui-tos, dos programas sociais do governo.

Habilitar para a condução profissional de veículos40 mil pessoas custaria um máximo de R$ 60 milhões,valor que julgamos irrelevante, diante dos resultadossociais e econômicos que comprovadamente atingire-mos com a inclusão desses cidadãos, e irrisório dianteda capacidade de arrecadação da Cide, que deve atin-gir a casa dos R$ 8,63 bilhões este ano.

Se somarmos a iniciativa do projeto de lei aoPrograma de Formação de Motoristas desenvolvidopelo Sest Senat para formar novos profissionais emcursos gratuitos por todo o Brasil, temos aí ações depeso que merecem a consideração de toda a socieda-de, pela capacidade efetiva de transformar realidadesadversas. As inscrições estão abertas em todas as uni-dades do Sest Senat, onde os cursos serão realizados.O público-alvo da formação são motoristas recém-habilitados sem experiência no setor de transporte.

O projeto de lei nº 593/2011 tramita no SenadoFederal e pode receber emendas. Chamamos aatenção de toda a sociedade, especialmente demeus pares parlamentares, para a importância daaprovação desse projeto de lei, sobretudo pelaoportunidade de alcançarmos um número significa-tivo de pessoas que ainda margeiam a possibilida-de de uma vida mais digna, que afinal almejamospara cada um dos brasileiros.

ACarteira Nacional

de Inclusão

“Sabemos que uma das razões para a falta de motoristasprofissionais é o preço alto para tirar o documento”

Page 82: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011

CNT TRANSPORTE ATUAL OUTUBRO 201182

DOS LEITORES

Escreva para CNT TRANSPORTE ATUALAs cartas devem conter nome completo, endereço e telefone dos remetentes

CELULAR NO TRÂNSITO

Parabéns à revista CNTTransporte Atual pelo alertafeito na reportagem “InimigoÍntimo”, da edição nº 193,sobre o risco do uso do celularao volante. É impressionantecomo as pessoas não cumprem as regras de trânsito e não têm medo de se envolverem em acidentes. Como vamos reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até2020, como se propôs o governo, se os nossos motoristas ainda praticam atitudes dessetipo? Precisamos de mais educação e conscientização nas ruas das nossas cidades.

Lúcio Vaz AlcântaraMarília/SP

NOVA PISTA RIO/PETRÓPOLIS

Acompanhei todas as etapasdas construções das novasvariantes entre essas duascidades (Rio de Janeiro ePetrópolis). Sempre achei quefaltava a solução do trechorelatado, na edição de agostode 2011, pela exposição simplese objetiva da jornalista CynthiaCastro, dando informaçãosobre a intenção de construir um novo trecho que substituirá a rodovia

usada por D. Pedro para ir de carruagem do Rio paraPetrópolis. Apenas um comentário: o Rio de Janeironão ficará mais perto dePetrópolis; ficará mais pertode todas as cidades atéBrasília, nossa capital.Parabéns e obrigado pela boa notícia.

Paulo Roberto MendesGonçalvesBelo Horizonte/MG

ÔNIBUS DE LUXO

Sempre preferi viajar de ônibus e, agora, depois deler na revista CNT TransporteAtual sobre as inovações queas empresas estão oferecendo,fico ainda mais empolgadapara fazer novas viagens.Quando busco uma empresa de ônibus sempre verifico a qualidade do serviço oferecido. Para mim, conforto e segurança são essenciais sempre.

Cláudia TorresMaringá/PR

CARTAS PARA ESTA SEÇÃO

SAUS, quadra 1, bloco JEdifício CNT, entradas 10 e 20, 10º andar70070-010 - Brasília (DF)E-mail: [email protected]

Por motivo de espaço, as mensagens serão selecionadas e poderão sofrer cortes

CNTCONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE

PRESIDENTE Clésio Andrade

PRESIDENTE DE HONRA DA CNTThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTES DA CNTTRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte RodriguesTRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares JúniorTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Jacob Barata FilhoTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES DE SEÇÃO E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOTRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Marco Antonio Gulin Otávio Vieira da Cunha Filho TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio BenattiPedro José de Oliveira LopesTRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca LopesEdgar Ferreira de Sousa

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Glen Gordon Findlay

Paulo Cabral Rebelo

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Rodrigo Vilaça

Júlio Fontana Neto

TRANSPORTE AÉREO

Urubatan Helou

José Afonso Assumpção

CONSELHO FISCAL (TITULARES)

David Lopes de Oliveira

Éder Dal’lago

Luiz Maldonado Marthos

José Hélio Fernandes

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

Waldemar Araújo

André Luiz Zanin de Oliveira

José Veronez

Eduardo Ferreira Rebuzzi

DIRETORIA

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

Luiz Wagner Chieppe

Alfredo José Bezerra Leite

Lelis Marcos Teixeira

José Augusto Pinheiro

Victorino Aldo Saccol

José Severiano ChavesEudo Laranjeiras CostaAntônio Carlos Melgaço KnitellEurico GalhardiFrancisco Saldanha BezerraJerson Antonio PicoliJoão Rezende FilhoMário Martins

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Luiz Anselmo Trombini

Urubatan Helou

Irani Bertolini

Pedro José de Oliveira Lopes

Paulo Sérgio Ribeiro da Silva

Eduardo Ferreira Rebuzzi

Oswaldo Dias de Castro

Daniel Luís Carvalho

Augusto Emílio Dalçóquio

Geraldo Aguiar Brito Viana

Augusto Dalçóquio Neto

Euclides Haiss

Paulo Vicente Caleffi

Francisco Pelúcio

TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de SousaJosé Alexandrino Ferreira NetoJosé Percides RodriguesLuiz Maldonado MarthosSandoval Geraldino dos SantosÉder Dal’ LagoAndré Luiz CostaDiumar Deléo Cunha BuenoClaudinei Natal PelegriniGetúlio Vargas de Moura BratzNilton Noel da RochaNeirman Moreira da Silva

TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Hernani Goulart Fortuna

Paulo Duarte Alecrim

André Luiz Zanin de Oliveira

Moacyr Bonelli

George Alberto Takahashi

José Carlos Ribeiro Gomes

Roberto Sffair

Luiz Ivan Janaú Barbosa

José Roque

Fernando Ferreira Becker

Raimundo Holanda Cavacante Filho

Jorge Afonso Quagliani Pereira

Alcy Hagge Cavalcante

Eclésio da Silva

Page 83: Revista CNT Transporte Atual - Outubro/2011
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