revista cnt transporte atual - fev/2004

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A reforma ministerial trouxe novas expectativas às mudanças estruturais do governo.

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Page 1: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

CNTREVIS

TA

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE | ANO IX | NÚMERO 104 | FEVEREIRO 2004

O MERCOSULQUE DÁ CERTO

A Zicosul movimenta US$ 15 bilhões e desenvolvepolíticas de transporte para incrementar o Centro-Oeste

O MERCOSULQUE DÁ CERTO

Page 2: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004
Page 3: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004
Page 4: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

PRESIDENTEClésio Andrade

PRESIDENTE DE HONRAThiers Fattori Costa

VICE-PRESIDENTES SEÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Newton Jerônimo Gibson Duarte Rodrigues SEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Meton Soares Júnior SEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Benedicto Dario FerrazSEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José Fioravanti

PRESIDENTES E VICE-PRESIDENTES DE SEÇÃOSEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Otávio Vieira da Cunha Filho e Ilso Pedro MentaSEÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGAS

Flávio Benatti e Antônio Pereira de SiqueiraSEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

José da Fonseca Lopes e Mariano CostaSEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO

Elmar José Braun eRenato Cézar Ferreira Bittencourt SEÇÃO DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Bernardo José Figueiredo Gonçalves de Oliveira e Nélio Celso Carneiro TavaresSEÇÃO DO TRANSPORTE AÉREO

Constantino Oliveira Júnior eWolner José Pereira de Aguiar

CONSELHO FISCALWaldemar Araújo, David Lopes de Oliveira, ErnestoAntonio Calassi, Éder Dal’Lago, René Adão AlvesPinto, Getúlio Vargas de Moura Braatz, Robert Cyrill Higgin e José Hélio Fernandes

DIRETORIA

SEÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

Denisar de Almeida Arneiro, Eduardo FerreiraRebuzzi, Francisco Pelucio, Irani Bertolini,Jésu Ignácio de Araújo, Jorge Marques Trilha,Oswaldo Dias de Castro, Romeu Natal Pazan,Romeu Nerci Luft, Tânia Drumond,Augusto Dalçoquio Neto, Valmor Weiss,Paulo Vicente Caleffi e José Hélio Fernandes

SEÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Aylmer Chieppe, Alfredo José Bezerra Leite,Narciso Gonçalves dos Santos, José AugustoPinheiro, Marcus Vinícius Gravina, Oscar Conte,Tarcísio Schettino Ribeiro, Marco Antônio Gulin,Eudo Laranjeiras Costa, Antônio Carlos MelgaçoKnitell, Abrão Abdo Izacc, João de Campos Palma,Francisco Saldanha Bezerra e Jerson Antonio Picoli

SEÇÃO DOS TRANSPORTADORES AUTÔNOMOS, DE PESSOAS E DE BENS

Edgar Ferreira de Sousa, José Alexandrino FerreiraNeto, José Percides Rodrigues, Luiz MaldonadoMarthos, Sandoval Geraldino dos Santos,José Veronez, Waldemar Stimamilio, André LuizCosta, Armando Brocco, Heraldo Gomes Andrade,Claudinei Natal Pelegrini, Getúlio Vargas de MouraBraatz, Celso Fernandes Netoe Neirman Moreira da Silva

SEÇÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO, FERROVIÁRIO E AÉREO

Cláudio Roberto Fernandes Decourt, Antônio CarlosRodrigues Branco, Luiz Rebelo Neto,Moacyr Bonelli, Alcy Hagge Cavalcante,Carlos Affonso Cerveira, Marcelino José LobatoNascimento, Maurício Möckel Paschoal,Milton Ferreira Tito, Silvio Vasco Campos Jorge,Cláudio Martins Marote, Jorge Leônidas Pinho,Ronaldo Mattos de Oliveira Lima e Bruno Bastos

CONSELHO EDITORIAL Almerindo Camilo, Bernardino Rios Pim, EtevaldoDias, Lucimar Coutinho, Maria Tereza Pantoja eSidney Batalha

REDAÇÃOEDITOR RESPONSÁVEL

Almerindo Camilo • [email protected]

Ricardo Ballarine • [email protected] Seara (Arte) • [email protected]ÓRTERES

Eulene Hemétrio e Rodrigo Rievers COLABORADORES DESTA EDIÇÃO

Homero Gottardelo, Marília Mendonça eWagner SeixasFOTOGRAFIA

Paulo Fonseca e Futura PressINFOGRAFIA

Agência Graffo • (31) 3378-7145www.graffo.inf.brDIAGRAMAÇÃO E PAGINAÇÃO

Antonio Dias e Wanderson F. Dias

PRODUÇÃO

Rafael Melgaço Alvim • [email protected] Carvalho • [email protected]ÇO

Rua Monteiro Lobato, 123 • sala 101 CEP 31.310-530 • Belo Horizonte MGTELEFONES

(31) 3498-2931 e (31) 3498-3694 (Fax) E-MAILS

[email protected]@uol.com.brNA INTERNET

www.cnt.org.brASSINATURA

0800 78 2891ATUALIZE SEU ENDEREÇO

[email protected]

REMAR • Fonefax (11) 3836-1254 Celso Marino • (11) 3955-2075Publicação mensal da CNT, registrada no Cartório do 1º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal sob onúmero 053, editada sob responsabilidade da AC&S Comunicação.

IMPRESSÃO Esdeva - Juiz de Fora - MGTIRAGEM 40 mil exemplares

CNT Confederação Nacional do Transporte

Revista CNT

34

22

SEGURANÇALeia como se portar emestradas e ruas ao conduzir ou se depararcom um veículo emvelocidade baixa

TECNOLOGIAConheça dispositivosque as máquinas daFórmula 1 levam paraos carros de passeio epara caminhões

2004 OTIMISTADirigentes dos váriosmodais avaliam asexpectativas de cresci-mento para o setor eas políticas do governo

50

CNT SAS, Setor de Autarquias Sul • Quadra 6, Bloco J • Brasília (DF) • CEP: 70070-916

Page 5: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

CNTREVIS

TA

BALANÇAS 30

TRANSPORTE ESPECIAL 40

PORTOS DO NORDESTE 44

ALEXANDRE GARCIA 49

MAIS TRANSPORTE 56

IDET 58

REDE TRANSPORTE 60

HUMOR 66

DIA DA MULHERLeia relatos da experiênciade mulheres que venceramo preconceito no trabalhoe como elas conquistaramseu espaço com talento

8

16 ZICOSULUma zona de integração entreBrasil, Chile, Argentina,Paraguai e Bolívia mostra comoos países podem promover ocomércio sem burocracias

ANO IX | NÚMERO 104 | FEVEREIRO 2004

CAPA RICARDO SÁ

Page 6: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

AR MAIS LIM PORe por to-me à ma té ria “Pro je to

Eco no mi zar” (edi ção 102), que re tra -ta o Ma ra nhão, com um com por ta -men to lou vá vel no que diz res pei to ame lho ria da qua li da de do ar, e o maisim por tan te, eco no mi zan do com bus tí -vel, me di da ado ta da por em pre sas detrans por tes co le ti vo na ca pi tal ma ra -nhen se. Pa ra béns à re vis ta!

Gil son Araú jo Cos taSin di ca to das Em pre sas deTrans por tes de Car gas do Es ta -do de Ro rai ma

ALE XAN DRE GAR CIAQue ro pa ra be ni zá-los pela

qua li da de grá fi ca e o con teú doedi to rial da Re vis ta CNT. Apro -vei to a opor tu ni da de para so li ci -tar o en vio de um ar ti go do Ale -xan dre Gar cia, cujo tema foi ain fla ção de cus to (“Tri bu to vi cio -so”, ed. 93)

Ru bem Lo pesVia e-mail

Res pos ta da Re da çãoO ar ti go foi en via do para o en -

de re ço for ne ci do

450 ANOSÉ de se es pe rar que São Pau -

lo pare um pou co an tes de abrirtú neis e via du tos. Já há mo nu -men tos de mais em ho me na gemà feiú ra, como o “que ri do” Mi -nho cão. A re por ta gem so bre os450 anos da ci da de (“A hora dean dar”, ed. 103) é mui to fe liz aore co nhe cer a ne ces si da de deprio ri zar o me trô e o trans por te

co le ti vo. A ci da de que só andade car ro não pode mais de pen -der de vias ex pres sas.

Mar ce lo Araú joSão Pau lo

SE GU RAN ÇASou mo to ris ta de ca mi nhão há

10 anos e fico mui to sa tis fei to ao leruma ma té ria com orien ta ções paraa gen te que pega a es tra da tododia. Falo do tex to “Olho na se gu -ran ça” (ed. 102), com um qua drode di cas para quem está di ri gin dona es tra da. Tem coi sas que sãomui to ób vias que até a gen te queestá acos tu ma do es que ce. Eu re -cor tei o qua dro, ti rei có pias e deipara vá rios ami gos que tam bém di -ri gem nas es tra das.

Se bas tião Gon çal vesRe ci fe (PE)

TRI BU TOSCon cor do em gê ne ro, nú me ro e

grau com o edi to rial do se nhor Clé -sio An dra de so bre a ques tão tri bu -tá ria (“Por mais avan ço”, ed.103).Sou eco no mis ta es pe cia li za do emtri bu tos e o que vejo no Bra sil é umcaos fis cal sem ta ma nho, com ta -xas so bre ta xas, im pos tos em de sa -cor do com po lí ti cas eco nô mi cas ede de sen vol vi men to, sem que algode con cre to e em con jun to com osan seios da so cie da de seja fei to. Opaís pre ci sa de uma po lí ti ca fis calque es ti mu le o cres ci men to e acor re ção tri bu tá ria.

Ale xan dre Gus mão Mar tinsSão Ber nar do do Cam po (SP)

SA FRA A PE RI GOAgo ra que o ano co me ça e as

pers pec ti vas de re cor de de sa fra e,por tan to, o au men to de sal do de ba -lan ça, su pe rá vits e afins fica mais vi sí -vel, o go ver no “amea ça” con ser tar ases tra das por medo de a co lhei ta nãoche gar nos por tos. En gra ça do, ali -men tar a po pu la ção que aju da a plan -tar não me re ce aten ção. Ago ra, ven -der para grin go é mo ti vo de preo cu -pa ção. O país só irá cres cer quan dore sol ver dei xar a hi po cri sia de lado eco me çar a en xer gar os pró prios pro -ble mas. En quan to pen sar com a ca -be ça para o ex te rior, va mos fi car nes -sa pou ca ver go nha.

Ro gé rio de Al mei da CruzSão Pau lo (SP)

AGRA DE CI MEN TOSA Re vis ta CNT agra de ce as

men sa gens en via das com cum pri -men tos por nos so tra ba lho:

Ema nuel Dias (Rei tor da UPE), JoséDe mós te nes de Abreu (pro cu ra dor-ge -ral de To can tins), Ana Do min gas Tim -pe ria (PUC-Cam pi nas), Cé zar Ho lan da(pre si den te do Sin di car ga), Elcy deSou za (con se lhei ro do Tri bu nal de Con -tas do Es pí ri to San to), J. Sér gio de Me -dei ros (as ses sor do Sin di ca to das Em -pre sas de Moto-Táxi de Ituiu ta ba)

CAR TAS PARA ESTA SE ÇÃO

Rua Mon tei ro Lo ba to, 123, Sala 101, Ouro Pre toBelo Ho ri zon te, Mi nas Ge raisCep: 31310-530Fax: (31) 3498-3694E-mail: re vis tacn t@re vis tacnt.com.br

As car tas de vem con ter nome com ple to, en de re çoe te le fo ne. Por mo ti vo de es pa ço, as men sa gensse rão se le cio na das e po de rão so frer cor tes

A REPORTAGEMSOBRE OS 450ANOS DE SÃOPAULO É MUITOFELIZ AORECONHECER ANECESSIDADEDE PRIORIZAR OMETRÔ E OTRANSPORTECOLETIVO

DO LEITORre vis tacn t@re vis tacnt.com.br

6 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

Page 7: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 7

Foi necessário um ano para que opresidente Luiz Inácio Lula da Silvaconstatasse que estava bem politica-mente, mas faltava gerenciamentoao seu governo. A reforma ministeri-

al deu-lhe a oportunidade que precisava paracriar uma espécie de gerente administrativo efazer a burocracia do Estado andar. Função queatribuiu ao ministro José Dirceu, da Casa Civil,que passa a ter poderes para coordenar, opera-cionalizar e, principalmente, medir e cobrar odesempenho dos demais ministros.

A decisão do presidente Lula em promovermudanças no seu estilo de governar revela suatentativa de corrigir o grave erro cometido namontagem da sua equipe: ministérios em exces-so e sobreposição de funções que resultaramem muitos programas, discursos e pouca açãoefetiva. Enfim, no primeiro ano, o presidenteenveredou-se em uma máquina administrativaainda mais dispendiosa, cujas iniciativas pre-ciosas perderam-se no emaranhado burocráticoda Esplanada dos Ministérios.

É claro que não foi só por falta de gerencia-mento que o desempenho do governo no cam-po social ficou aquém das expectativas em2003. Os juros altos, a dívida pública e o custeiocorroeram o orçamento. Sobrou pouco parainvestir em políticas sociais. Mas a escassez derecursos exige mais eficiência da administraçãopública. Basta ver o exemplo da iniciativa priva-da. Empresários compensam a falta de recursos,a excessiva tributação e os juros altos adotandopolíticas criativas de racionalização de custos.

Governar exige mais do que fazer política

interna e externa. Exige muita competênciaadministrativa. É claro que fortalecer a basepartidária no Congresso é importante, masesse apoio não se sustentará se o governofracassar na administração. A popularidadedo presidente Lula vai se esvaziar se seu go-verno não promover as necessárias transfor-mações sociais exigidas pelo país.

É inegável que o governo Lula está sendobem sucedido no campo da macroeconomia. OBrasil reverteu as expectativas pessimistas dacomunidade internacional, temerosa da gestãode um presidente de esquerda e oriundo domovimento operário. Mas não basta o Brasil irbem se o povo continua indo mal.

No campo social, não houve avançosneste primeiro ano de governo. O progra-ma Fome Zero, anunciado pelo presi-dente, segue ainda muito lento. O desem-prego agravou-se no último ano, a rendado trabalhador continuou caindo, odesempenho da educação, da saúde e daprevidência foi medíocre.

A reforma ministerial trouxe, portanto,novas expectativas às mudanças estruturaisdo governo federal, nas esperadas imple-mentações das políticas públicas, especial-mente nas áreas social com a geração deemprego, na reforma da educação, nas políti-cas de atração de investimento internacional,na reforma agrária, sem deixar de mencionara reforma tributária, a grande preocupaçãodos empresários brasileiros, que consideramo excesso de tributação o principal entravepara o desenvolvimento do país.

A REFORMAMINISTERIALTROUXE NOVASEXPECTATIVAS ÀSMUDANÇASESTRUTURAISDO GOVERNO

Governo Lula, nova faseEDITORIAL

CLÉSIO ANDRADEPRESIDENTE DA CNT

Page 8: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

8 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

SEMPAPODE SEXO FRÁGIL

CRÔNICAS

DIA DA MULHER

A REVISTA CNT CONTA A HISTÓRIA DE UM GRUPO DEMULHERES QUE SUPEROU PRECONCEITOS PARA VENCER E

SE REALIZAR NO TRABALHO COM ESFORÇO E TALENTO

POR MARÍLIA MENDONÇA

DUKE

Page 9: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 9

E las di ri gem car ros, ôni -bus, ca mi nhões, pi lo -tam mo tos, he li cóp te -ros, aviões. Hoje, a

mu lher bra si lei ra tran si ta por vá -rios se to res do trans por te na cio -nal. São his tó rias de luta, pre -con cei to, as sé dio, múl ti plasjor na das de tra ba lho. Mastam bém de per sis tên cia, su -pe ra ção, au to va lo ri za ção, vai -da de. Em ho me na gem ao DiaIn ter na cio nal da Mu lher, co -me mo ra do em 8 de mar ço, aRe vis ta CNT re vi ve a tra je tó riade um gru po de mu lhe resque, aci ma de tudo, abre es -pa ço para suas su ces so ras.

Sem per der a ter nu raHoje, ela é co nhe ci da no

Bra sil in tei ro como a mi li tan tedo MST (Mo vi men to dos Sem-Ter ra) que pou sou para a“Play boy”. É apre sen ta do ra deTV e a úni ca com pe ti do ra fe -mi ni na da Fór mu la Truck – ca -te go ria do au to mo bi lis mo queequi va le a uma es pé cie de F-1dos ca mi nhões –, con di çãoque con se guiu a cus ta de umpro ces so ju di cial jus ta men tepor ser mu lher. É, nem tudo fo -ram ro sas no ca mi nho da pa -ra naen se de Bela Vis ta do Pa -raí so Dé bo ra Ro dri gues.

Da ga ro ta que pre ci sou sairde casa para fa zer o que sem -pre so nha ra – di ri gir – até vi raruma ce le bri da de fo ram anosde pro va ções. Che gou a pas -sar fome ao lado dos dois fi -lhos. Hoje, diz que não mu da -ria em nada seu pas sa do. “Tal - SUPERAÇÃO Débora, ao lado do marido, saiu do MST e hoje corre na F-Truck

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ÃO

Page 10: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

10 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

vez, se eu ti ves se um gê niome lhor, ti ves se sido mais fá cil.Po de ria tam bém ter es co lhi douma pro fis são mais fe mi ni na.Mas nun ca de se jei isso.”

Dé bo ra sem pre sou be oque que ria. Fi lha úni ca de paica mi nho nei ro, foi cria da na es -tra da e em pos tos de ga so li nae ofi ci nas. Apren deu cedo oofí cio e que ria di vi dir com opai, dono de dois ca mi nhões,o tra ba lho. “Isso não é coi sade mu lher”, di zia “seu” Lá za roRo dri gues.

Proi bi da de exer cer a pro fis -são, ca sou-se cedo, aos 17anos. A união, que ge rou doisfi lhos, ter mi na ria três anos de -pois. Tra ba lhou en tão comodo més ti ca, se cre tá ria, fren tis -ta, fa xi nei ra. Aos 24 anos, re -sol veu fa zer um tes te para di ri -gir ôni bus em uma trans por ta -do ra em Teo do ro Sam paio, in -te rior pau lis ta. E foi avi sa dapelo de le ga do da ci da de deque te ria a sua ta re fa di fi cul ta -da ao má xi mo por ser mu lher.Não se in ti mi dou, pas sou. Di ri -gia dia ria men te um ôni buscom 45 ho mens e agüen ta vaas pia di nhas, que du ra rampou co tem po. Cau te lo sa ao vo -lan te, seu veí cu lo era lim po echei ro so, como a dona que fa -zia ques tão de an dar sem prede ba tom, brin cos e ca be losim pe cá veis. Pas sou a fa zer su -ces so, seu ôni bus vi via lo ta do.

Al guns anos de pois, co me -çou a trans por tar bóias-frias, oque foi o seu car tão de en tra dapara o MST, para o qual pas sa -

ria qua tro anos di ri gin do ôni -bus, ca mi nhões, tra to res. Des -co ber ta por um re pór ter fo to -grá fi co do jor nal “O Es ta do deS. Pau lo”, teve sua vida vi ra daao aves so ao ter sua ima gemes tam pa da na capa do diá rio.

Hoje, aos 35 anos e ca sa dacom o tam bém pi lo to da F-Truck Re na to Mar tins, só sen teter sido tão au sen te na cria çãodos fi lhos, atual men te com 15e 17 anos. “Mas não ha via ou -tro jei to. Só po dia con tar co mi -go para criá-los, o pai não ti nhacon di ções de aju dar. Eu saíade casa às 4h da ma nhã e sóre tor na va por vol ta da meia-noi te. Foi um pe río do di fí cil.”

Ela afir ma que o fato de sermu lher foi cru cial. “Sem pretive que me su pe rar, pro varque era ca paz. Fa zer cur sosex tras, como de car gas pe ri -go sas ou di re ção de fen si va.Ti nha que me so bres sair deal gu ma for ma.” Ape sar dosde sa fios, nun ca des pre zouseu lado fe mi ni no. “Sem prefiz ques tão de me va lo ri zarcomo mu lher. In de pen den teda pro fis são, não po de mosnos mas cu li ni zar.” E lem bra acé le bre fra se do guer ri lhei roar gen ti no Che Gue va ra parailus trar sua ca mi nha da: “Épre ci so en du re cer, mas semper der a ter nu ra ja mais”.

Ar ri mo de fa mí liaFoi atra vés de um na mo ra -

do que a pau lis ta Edna NerySan ta na en trou em con ta topela pri mei ra vez com o vo lan -

te de um ca mi nhão. O na mo roaca bou, mas sua pai xão pe lases tra das se gue até hoje. Hácin co anos tra ba lha com trans -por te de ma dei ra. Faz em mé -dia três via gens ao mês – deMar ti nó po lis, in te rior de SãoPau lo, à ci da de de Zera, a 500km de Cuia bá, no Mato Gros so– que du ram en tre sete e oitodias. Na bo léia de seu Mer ce -des Benz 1620, ano 98, via jaso zi nha, e não tem medo daro ti na. Se algo acon te ce, sem -pre con ta com a aju da doscom pa nhei ros de pro fis são,dos quais não sen te ne nhum

“ÀS VEZES,OUÇOALGUMAPIADA, MAS,NO GERAL,TODOSRESPEITAM”

Page 11: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 11

tipo de pre con cei to. “Às ve zes,ouço al gu ma pia di nha, mas,no ge ral, to dos res pei tam.” Ascan ta das não são ra ras, masela pre fe re fin gir que não en -ten de, e se gue seu ca mi nho.

Aos 28 anos, Edna é ar ri -mo de fa mí lia. Com um sa lá -rio men sal em tor no de R$3.000, sus ten ta a casa quedi vi de com a mãe, viú va, ecom ou tras duas ir mãs. O di -nhei ro tem que dar tam bémpara a ma nu ten ção do veí cu -lo. Mas ela não re cla ma. So -nha em ca sar e ter fi lhos. Es -tan do na es tra da, ela re co -

nhe ce que é mais di fí cil. Masnão pen sa em abrir mão dapro fis são. E con clui: “Achoque vou ter que ar ran jar umma ri do ca mi nho nei ro”.

Le van do, tra zen do...Esse tipo de vi vên cia am bi -

cio na da pela ca mi nho nei raEdna – ma ri do e mu lher se re -ve zan do ao vo lan te – foi pre -sen cia da pela atriz Pa trí cia Pil -lar. Du ran te o la bo ra tó rio paracom por sua per so na gem nose ria do “Car ga Pe sa da” (exi bi -do pela Rede Glo bo) – Rosa,uma viú va que tem que as su -mir o ca mi nhão do ma ri dopara pa gar as con tas e sus ten -tar os fi lhos –, Pa trí cia pas soupor trei na men tos na pis ta detes tes de uma mon ta do ra deau to mó veis na via Du tra e pa -rou em pos tos para co nhe cer econ ver sar com pes soas quepas sam a maior par te de suasvi das cru zan do as es tra das dopaís. “Co nhe ci uma fa mí liaque via ja va jun to, se re ve za vaao vo lan te. É uma vida mui todura, me ses lon ge de casa...Mas ao mes mo tem po é umapro fis são mui to bo ni ta. Dá umasen sa ção de li ber da de. Atra -ves sam o país le van do e tra -zen do coi sas, e têm ami gosem cada can to por onde pas -sam”, diz a atriz. A so li da rie da -de foi ou tro as pec to que en -can tou Pa trí cia. “Sen ti que sãocom pa nhei ros uns com os ou -tros e sen tem mui to or gu lho doque fa zem.”

Em “Car ga Pe sa da”, a per -

so na gem de Pa trí cia co nhe ceo ca mi nho nei ro Pe dro (vi vi dopor An tô nio Fa gun des) e osdois têm um caso. “Na pe que -na ex pe riên cia que tive, nãosen ti ne nhum tipo de pre con -cei to com as mu lhe res na es -tra da. Os ca mi nho nei ros con -ta vam que sem pre cru za vamcom elas e res sal ta vam o res -pei to que ti nham.”

Lon ge da co zi nhaEla foi pio nei ra. Numa épo -

ca em que, mais do que nun -ca, lu gar de mu lher era à bei -ra do fo gão, a mo to ris ta Áureade Frei tas Dias da Sil va ou -sou. O ano era 1972 e a en tãodona-de-casa que sem pregos tou do ofí cio de di ri gir –apren deu aos 12 anos comum ca mi nhão – ar ru mou umem pre go pou co co mum: con -du zir ôni bus. Foi a pri mei ramu lher com a pro fis são demo to ris ta em Mi nas Ge rais.

E as his tó rias de pre con cei -to so bram. Ho mens que des -ciam do car ro após per ce be -rem quem es ta va ao vo lan te,co le gas que a man da vam vol -tar para o tan que... Fo ramanos de di fi cul da de. Ca sa da,mãe de qua tro fi lhos, le van ta vaà 1h30 para dei xar casa e co -mi da ajei ta das. Pe ga va ser vi çoàs 4h e pas sa va de 12 a 15 ho -ras por dia na rua.

Hoje, aos 64 anos e afas ta -da há oito me ses após um en -far to so fri do ao vo lan te, Áureaco me mo ra al gu mas me lho riasnas con di ções de tra ba lho –

IDENTIDADEPatrícia Pillarconheceu o mundo da estradapara a minissérie

REDE GLOBO/DIVULGAÇÃO

Page 12: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

12 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

BONITASNA FOTO E NA CARTEIRADE MOTORISTA

M u lher no vo lan te, se gu ran çacons tan te. O tro ca di lho como pre con cei tuo so di ta do po -

pu lar cai como uma luva em um gru -po de 13 mo to ris tas ca rio cas. Es co lhi -das por nun ca te rem co me ti do umain fra ção no trân si to, elas ti ve ram umdia de gló ria ao po sar para um ca len -dá rio lan ça do no fi nal de ja nei ro peloDe tran-RJ em par ce ria com a Lo terj.Ao vo lan te de ca mi nhões, tá xis, ôni -bus, vans, mi croô ni bus, mo tos e car -ros de pas seio, dão um show de com -pe tên cia nas ruas do Rio de Ja nei ro. Atual men te de sem pre ga da, a mo -

to ris ta Jo sea ne da Cruz Le mos Hentzy,29 anos, es pe ra uma ar ran ca da nasua vida pro fis sio nal de pois de po sarpara o ca len dá rio. Ela con du ziu umape rua de pas sa gei ros du ran te um anoe seis me ses e con quis tou a con fian çada clien te la na épo ca, quan do tra ba -lha va uma mé dia de 13 ho ras por dia.“No co me ço, o pes soal não en tra va nocar ro, fi ca va com re ceio. De pois, ga -nhei a con fian ça de les.” Ago ra, com aopor tu ni da de de apa re cer na mí dia,es pe ra ser cha ma da de vol ta ao tra ba -lho. E so nha em até, quem sabe, sercon vi da da para fa zer pro pa gan da naTV. “Es tou to pan do tudo.”A chan ce de vi rar uma ce le bri da de

tam bém ba teu na por ta da mo to ris tade ôni bus Ro se le ne Mar ques. Boa

mo to ris ta – “di ri gir não é ne nhum bi -cho de sete ca be ças” – com jei to e al -tu ra de mo de lo (1,76m), a bela mo re -na fi cou exul tan te ao ser fo to gra fa danão ape nas para o ca len dá rio, maspor vá rios jor nais e re vis tas que es ti ve -ram no lo cal para co brir o even to. Eacha gra ça quan do con ta que temsido as se dia da nas ruas do Rio. “Ospas sa gei ros vi bram. Le vam os jor naise me pe dem um au tó gra fo.” Ela nãodes car ta con vi tes para a TV, des deque seja algo bem com por ta do. Evan -gé li ca, ri quan do é per gun ta da so bre apos si bi li da de de re ce ber um con vi tepara po sar para uma re vis ta mas cu li -na. “De jei to ne nhum.”O ca len dá rio Mo de lo do Trân si to

está à ven da no Rio, cus ta R$ 10 e aren da será re ver ti da para As so cia çãoBra si lei ra Be ne fi cen te de Rea bi li ta ção(ABBR) e para a Ação Vida Obra So -cial, do go ver no es ta dual.

Page 13: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 13

FOLHINHAIniciatica doDetran-RJfotografou asmulheres bem-educadasno trânsito

car ros mais ma cios, me nos ho -ras de la bu ta. E se preo cu pacom ou tros. “A vio lên cia estácada dia maior. O es tres se notrân si to tam bém. Não é raromo to ris tas com pro ble mas car -día cos ou de me mó ria.”

Ela fes te ja as con quis tas fe -mi ni nas. “Hoje, há cada vezmais mu lhe res não só comomo to ris tas, mas tam bém tra -ba lhan do como pe drei ro, napo lí cia, na po lí ti ca.” E man dauma men sa gem: “Deus pro te -jas to das as mo to ris tas, as tro -ca do ras. Não de sis tam dosseus so nhos, vão à luta. O de -sen vol vi men to do Bra sil tam -bém pas sa por nós.”

Água mole em pe dra dura...Há sete me ses no co man -

do de um dos ôni bus que faztra je to en tre o cen tro e o Le -blon, no Rio de Ja nei ro, Ro -se le ne Mar ques, 30 anos,tam bém tem suas his tó riasde pre con cei to e tra ba lhoduro para con tar. Uma dases co lhi das para in te grar oca len dá rio Mo de lo no Trân si -to, ini cia ti va do De tran ca rio -ca, ela re lem bra sua ár duatra je tó ria para con se guir seruma mo to ris ta: a em pre sa naqual tra ba lha não acei ta vamu lhe res.

Ro se le ne en trou para umaem pre sa de ôni bus em se tem -bro de 1999 como co bra do ra.E tra tou logo de ti rar a car tei rade ha bi li ta ção tipo D, que lheper mi ti ria con du zir veí cu lospe sa dos. Em de zem bro de

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2002, foi fa zer um cur so de fis -cal e per ce beu que ti nha umaopor tu ni da de de so li ci tar apar ti ci pa ção em um trei na -men to para mo to ris tas. Umareu nião de éti ca foi con vo ca dapara ava liar o caso. Mas a res -pos ta ao pe di do não che ga vanun ca. “Fo ram me ses de en -ro la ção. Me sen ti su bes ti ma dae de sa fia da. Ia lá to dos os diasapós o ex pe dien te. Di zia aeles: Vou can sar vo cês, masnão vou me can sar.”

Ape nas em mar ço ob te ve osi nal ver de. Fa ria o cur so,“mas sem ne nhu ma re ga lia,que fi que fri sa do”. No tes te

PRECONCEITO NA ESTRADA

“V ocê con se gui ria ti rar um pneu des se?” A per -gun ta foi dis pa ra da de cara à re pór ter. Con vi -da do a fa lar so bre a pre sen ça da mu lher nas

es tra das do país, o ca mi nho nei ro José Al ba no Frei re foita xa ti vo: “Esse tipo de coi sa só in co mo da. Mu lher nãotem con di ções fí si cas para en fren tar o ba ti dão. E a gen teaca ba ten do que aju dar na hora do aper to.”

Ape sar de opi niões des se tipo não se rem ra ras, apa -ren te men te tam bém não são maio ria. Pelo me nos na opi -nião do pre si den te do Sin di ca to Na cio nal dos Ca mi nho -nei ros, José Na tan. Ele acha na tu ral a pre sen ça de mu -lhe res no se tor. “Se ela está na es tra da é por que é for te,guer rei ra, dá con ta. Di fí cil mes mo é en ca rar uma casa, fi -lhos, ma ri do, me no pau sa...” E cu tu ca os com pa nhei rosde es tra da. “Tem mui to mo to ris ta bar ri gu do aí que tam -bém não con se gue tro car o pneu. So mos sem pre so li dá -rios com os com pa nhei ros, é uma ca rac te rís ti ca da nos -sa ca te go ria. Se pre ci sar pa rar e aju dar, a gen te pára.”

Para Frei re, que atra ves sa o país na bo léia do ca mi -nhão há 23 anos, o dia-a-dia é mui to ár duo. São se ma -nas fora de casa, pas san do por es tra das pe ri go sas, re -giões vio len tas. E dias na fila de es pe ra para des pa char acar ga. “Isso não é vida para elas, é mui ta so li dão, mui totem po lon ge de casa. Nós, ho mens, so mos mais 'ja gua -ras', mais sem-ver go nha. Mu lher é mais amo ro sa...” Nes -se sen ti do, Na tan con cor da com o com pa nhei ro. “O pro -ble ma de mu lher na es tra da é que ela apai xo na mui to fá -cil. Aí, fica des con tro la da.”

Os na mo ros, se gun do ele, co me çam atra vés do rá dio.“É mui to co mum. Com um rá dio co mu ni ca dor no ca mi -nhão, vai con ver san do e rola o na mo ro.” O as sé dio nor -mal men te é um pro ble ma na vi são de Na tan, que dei xaes ca par sua veia ma chis ta. “Elas gos tam de pro vo car, an -dam de cal ça jus ta nas pa ra das, sal to alto. E o pes soalcres ce o olho.” Ele re co nhe ce que o am bien te não é dosme lho res. “Às ve zes, é ruim até mes mo para os ho mens.Além dis so, não há mui to apoio. Se ti ves se tudo cer ti nho,ba nhei ro lim po... Mas a rea li da de não é as sim.”

com ou tros 32 mo to ris tas, eraa úni ca ama do ra. Pas sou sempro ble mas. Hoje, já con quis -tou os pas sa gei ros com suaefi ciên cia e sim pa tia. É sem preelo gia da por sua se gu ran ça aovo lan te, seu bom hu mor, suapa ciên cia com os ido sos.

Ape sar de pas sar uma mé -dia de nove ho ras den tro doôni bus, Ro se le ne, ca sa da emãe de um ga ro to de 12 anos,não dei xa a vai da de de lado.“Faço ques tão de es tar sem -pre de ba tom, ca be lo es co va -do, e ando com um len çoume de ci do no car ro para lim -par o ros to.” Bo ni ta, sem pre

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re ce be ga lan teios, bi lhe ti nhos,ba las e bom bons. Mas dei xacla ro para os pos sí veis pre ten -den tes que está mui to fe lizcom seu ca sa men to.

A des pei to de sua rea li za -ção pro fis sio nal, Ro se le ne nãodei xa de lado seu “se gun doem pre go”: cui dar da casa. Aro ti na é dura. To dos os dias,após che gar do tra ba lho porvol ta das 14h, ar ru ma casa,faz co mi da, lava, pas sa e cui dado fi lho. Mas não re cla ma.Ape sar de tan to es for ço, man -da um avi so às aco mo da dasde plan tão. “Vão à luta paraatin gir seus ob je ti vos. Nada de

fi car em casa pa ra da, en gor -dan do e só pon do fi lho nomun do. Te nham ob je ti vos, cor -ram atrás dos seus so nhos.”

Mis são no arE foi para cor rer atrás de

seus so nhos que a gaú chaGil da Car do na pre ci sou abrirmão de um con ví vio fa mi liarmais es trei to. Aos 36 anos, elaé a úni ca pi lo to mu lher da Di -vi são de Ope ra ções Aé reas daPo lí cia Ro do viá ria Fe de ral.Ca sa da por duas ve zes, os re -la cio na men tos não re sis ti ramà dura ro ti na das via gens e, àsve zes, mis sões ines pe ra das.“Se sur ge uma mis são deuma hora para ou tra, não temjei to, é pre ci so ir. Mui tas ve -zes, li gam na sex ta-fei ra à noi -te para voar no sá ba do pelama nhã.” Mãe de um ga ro tode 6 anos, ela se es for ça paracon ci liar o tra ba lho bu ro crá ti -co na PRF – tra ba lha no se torde ca pa ci ta ção –, as ho ras devôo e a cria ção do fi lho, queacei ta bem a pro fis são in co -mum que a mãe es co lheu.“So bra pou co tem po, massem pre que pos so vou bus cá-lo na es co la, fico com ele.”

Ela ga ran te que não tem ne -nhum pri vi lé gio por ser mu lher.“Não sou pou pa da de ma nei rane nhu ma. Se é che ga da a mi -nha vez no ro dí zio de pi lo tos, éa mi nha vez. Coin ci den te men -te, sou uma das que mais vooupara a fron tei ra do país.”

O res pei to dos co le gas éalgo res sal ta do por ela, mes mo

com as brin ca dei ras que pi po -cam vez ou ou tra. “Sem preouço algo como 'tive que to marcui da do com mu lher na rua,ago ra te nho que me cui dar noar tam bém'”, con ta, rin do. Eape sar de ter um tra ba lho deris co, no qual par ti ci pa de mis -sões pe ri go sas, dor me em alo -ja men tos, pas sa dias fora decasa, Gil da não se quei xa.“Amo o que eu faço.”

Fi lo so fia do la ça ro tePara a so ció lo ga Ana ma ria

Vaz de As sis Me di na, 55 anos,a fi lo so fia fe mi ni na hoje é a does for ço. Usan do uma lin gua -gem me ta fó ri ca, ela afir ma quea mu lher in sis te em “ter na ca -be ça um la ça ro te”, pois ain daestá em bus ca da apro va çãoso cial. “Te mos que ser mães,boas es po sas, tra ba lha do ras,bo ni tas. Para nós, é di fí cil nãoser mos a mu lher ma ra vi lha”.

Se por um lado a múl ti plajor na da de tra ba lho traz umamu dan ça no per fil da saú deno ge ral – as mu lhe res acada dia so frem mais dedoen ças an tes ti pi ca men temas cu li nas, como o es tres -se, a de pres são e os pro ble -mas car día cos –, em con se -qüên cia traz um au men to naau to va lo ri za ção, no re co nhe -ci men to das pró prias pos si -bi li da des. Para Ana ma ria, háago ra uma ne ces si da de doequi lí brio. “É pre ci so ha veruma re dis tri bui ção e res pon -sa bi li da des, prin ci pal men teno tra ba lho do més ti co.” l

CORAGEMÁurea Freitasenfrentou até aburocracia paraconseguir oemprego

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16 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

O Mi nis té rio dos Trans por tes anun ciouno co me ço do ano o pro je to de cria -ção de uma fer ro via li gan do o Cen -tro-Oes te bra si lei ro ao por to de An -

to fo gas ta, no Chi le. Vis lum bra abrir uma por tapara paí ses da cos ta do Pa cí fi co e a opor tu ni -da de de usar como pon ta o me ga por to chi le node Me jil lo nes. Para os me nos de sa vi sa dos,uma pro pos ta es tra nha e pre ma tu ra que pri vi -le gia uma re gião ain da em ex pan são, em de tri -men to de ou tras prio ri da des tam bém na áreade trans por te. No en tan to, o pro je to é o maisau tên ti co aval para uma coo pe ra ção in ter na -

cio nal de ne gó cios e cul tu ra que hoje, es ti ma-se, mo vi men ta anual men te US$ 15 bi lhões.Não é uma mera saí da para o Pa cí fi co, mas acon so li da ção de mais um mapa eco nô mi coemer gen te na Amé ri ca do Sul.

Cin co paí ses – Bra sil, Pa ra guai, Ar gen ti na,Chi le e Bo lí via – des co bri ram, na in for ma li -da de co mer cial de seus pe que nos agri cul to -res e mi cro-em pre sá rios ins ta la dos nas áreasfron tei ri ças, um bi lio ná rio fi lão de ne gó cios.Du ran te três dé ca das, as ati vi da des co mer -ciais na fron tei ra não eram re gi das por qual -quer tra ta do ofi cial e os ne go cian tes agiam

UMA ÁREAMUITO SÉRIAE ATRATIVA

NEGÓCIOS

INTEGRAÇÃO

ZICOSUL SE TORNA ZONA DE INTERESSECOMERCIAL ESTRATÉGICA E FORÇAINVESTIMENTOS EM TRANSPORTE

POR WAGNER SEIXAS, DE ASSUNÇÃO

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DUKE

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de for ma “não-con ven cio nal”, tro can do ouper mu tan do mer ca do rias. Um es cam bo na -tu ral, des cre ve fun cio ná rios do con su la dobra si lei ro em As sun ção. Mas ca tea vam en tresi, de for ma qua se me die val.

O flu xo de im por ta ção e ex por ta ção cres -ceu e des per tou a aten ção dos go ver nos, en -tão im pres sio na dos com a or ga ni za ção es -pon tâ nea dos ne go cian tes e a ex plo são depro gres so na re gião. As na ções de ci di ram cri-ar, há seis anos, a Zona de In te gra ção Cen tro-Oes te da Amé ri ca do Sul (Zi co sul), uma pon -ta qua se au tô no ma do Mer co sul. Para mui -tos, é o Mer co sul que deu (e dá) cer to. As ati -vi da des eco nô mi cas fo ram for ma li za das atra -vés da in ge rên cia di re ta dos Es ta dos – es pe -cial men te das ad mi nis tra ções de pro vín cias ede par ta men tos in te res sa dos em dis ci pli nar ees ti mu lar os ne gó cios que, até en tão, nãoobe de cia qual quer con ven ção. De sen vol ve -ram-se po lí ti cas es pe cí fi cas para o es coa -men to da pro du ção e, es pe cial men te, di re -cio nar pro du tos para os mer ca dos asiá ti cos.Do es cam bo ini cial para uma or ga ni za ção efi -cien te com vis tas ao bi lio ná rio mer ca do dacos ta do Pa cí fi co. Ex pli ca-se, as sim, o am bi -cio so pro je to da fer ro via trans na cio nal, li gan -do o Bra sil ao por to de An to fo gas ta.

Em pou co tem po, a Zi co sul fez abo lir a in -for ma li da de e tor nou-se o prin ci pal cen tro dedis cus são so bre sis te mas viá rios, por tuá rio,ener gé ti co e cul tu ral, com a fi na li da de de ele -var as ex por ta ções. As ati vi da des pro du ti vas eco mer ciais cres ce ram tan to que a Zi co sul éhoje a por ta es can ca ra da para o Pa cí fi co emira seus ob je ti vos para os qua se inex plo ra dosmer ca dos asiá ti cos e da Ocea nia. Ex por ta do -res como Ja pão, Chi na, Tai lân dia, Cin ga pu ra,Fi li pi nas, Co réia, Ma lá sia, Nova Ze lân dia eAus trá lia já tra vam es trei tas re la ções com oscom po nen tes da Zi co sul. Ali men tos e mi ne raissão os pro du tos bá si cos da pau ta de ex por ta -ção. E o pri mo po bre e des co nhe ci do dáexem plos ao Mer co sul de como é pos sí vel in -

te grar cul tu ras e paí ses em prol de uma di nâ -mi ca de co mér cio.

Do Bra sil par ti ci pam ape nas Mato Gros so eMato Gros so do Sul. Po rém, o su ces so ins ti gaou tros Es ta dos, como São Pau lo, Pa ra ná, San -ta Ca ta ri na, Rio Gran de do Sul e Mi nas Ge rais.Em pre sá rios já son da ram a di re ção da Zi co sulso bre a pos si bi li da de de tam bém co lo ca remseus pro du tos na pau ta de ex por ta ção viaocea no Pa cí fi co. To dos es tão de olho nes se po -ten cial co mér cio com pro va da men te atra ti vo.Ao con trá rio do Mer co sul, as bar rei ras – se jamquais fo rem – são der ru ba das. Não há en tra -ves bu ro crá ti cos ou di plo má ti cos. Es tra das sãoaber tas para es coa men to da pro du ção, sis te -mas por tuá rios pas sam por adap ta ção para ospro du tos que se rão ex por ta dos e ma ci ços in -

DEFINIDO PROGRAMA DE AÇÃO

O Mato Gros so do Sul foi pal code um de ba te im por tan tepara o su ces so da Zi co sul.

No úl ti mo 4 de fe ve rei ro, acon te ceuem Cam po Gran de o 1º En con tro In -ter na cio nal Cor re dor Fer ro viá rio Bio -ceâ ni co de In te gra ção e De sen vol vi -men to San tos-An to fa gas ta, com par -ti ci pa ções de Bra sil, Bo lí via, Ar gen ti -na e Chi le.Os de ba te do res co lo ca ram na

mesa ce ná rios para a ado ção deme di das que co lo quem em prá ti cao cor re dor que irá abrir ca mi nhopara o Pa cí fi co de for ma eco nô mi cae lo gis ti ca men te cor re ta. A ma lhaque irá unir os dois por tos tem ex -ten são de 4.300 km, mas a van ta -

gem pas sa dos 7.500 km, per cur soque será eco no mi za do após a im -plan ta ção do mo dal.O en con tro pro du ziu a Car ta de

Cam po Gran de, do cu men to quecom pro me te em apre sen tar, em 150dias, um pro je to de mo der ni za çãodo par que fer ro viá rio da re gião. Se -rão cria dos três gru pos de tra ba lhopara via bi li zar re cur sos, im plan tar ere gu la ri zar na le gis la ção in ter na cio -nal o cor re dor.O mi nis tro dos Trans por tes, An -

der son Adau to, pre sen te no en con -tro, irá de sig nar um ge ren te para par -ti ci par do pro ces so. "A idéia é mui toboa. O pre si den te Lula quer essa in -te gra ção. Com es for ço dos paí ses

A ZI CO SUL ABO LIUA IN FOR MA LI DA DEE TOR NOU-SECEN TRO DE DIS CUS SÃO SO BRESIS TE MAS VIÁ RIOS,POR TUÁ RIO,ENER GÉ TI COE CUL TU RAL

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 19

ves ti men tos mi ram o se tor pro du ti vo. “Criou-sesis te ma pro fis sio nal para pro mo ver o de sen vol -vi men to da re gião, atra vés de uma in fra-es tru -tu ra de trans por te para es coa men to da pro du -ção”, diz o re pre sen tan te chi le no na Zi co sul,Cé sar Cas til lo Li la yú.

A in te gra ção é ta ma nha que o me lhorexem plo são as rá dios lo cais do de par ta men tode Bo que rón, no Pa ra guai. Elas trans mi tempro gra mas em dez idio mas ou dia le tos, res pei -tan do a di ver si da de de ha bi tan tes da re gião doCha co. “A pa la vra in te gra ção nos é bas tan tefa mi liar, pois na nos sa re gião vi vem mais de 70co mu ni da des, en tre elas, ale mã, bra si lei ra ede di fe ren tes lín guas es pa nho las”, diz o go ver -na dor do de par ta men to, Or lan do Pen ner. An -tes mes mo da cria ção da Zi co sul, es sas co mu -ni da des já pra ti ca vam um co mér cio.

O maior ob je ti vo do gru po é via bi li zar umcor re dor bio ceâ ni co, li gan do o Atlân ti co ao Pa -cí fi co. Es tra das e hi dro vias já es tão em ope ra -ção e de ze nas de pro je tos em fase de exe cu -ção. Dada a re cen te cria ção da en ti da de, nãoexis tem nú me ros con so li da dos des se co mér -cio. Es ti ma-se, no en tan to, que a mo vi men ta -ção anual seja su pe rior a US$ 15 bi lhões. Se -gun do o côn sul-ge ral do Bra sil em As sun ção,Hei tor Po voas Ar ru da, um en tu sias ta da Zi co -sul, “a re gião tem um po ten cial para cres cerdez ve zes mais”.

Zo nas de comércioNo iní cio, era ape nas uma co-re la ção co -

mer cial in for mal, qua se me die val, atra vés dene gó cios di re tos e tro cas de mer ca do rias. Hámais de 20 anos, bra si lei ros, pa ra guaios, ar -gen ti nos, chi le nos e bo li via nos ser vi ramcomo em briões do que é hoje o Mer co sul. In -tro du zi ram, es pon ta nea men te e pre mi dospela so bre vi vên cia, o co mér cio na cha ma dare gião do Cha co, um pon to geo grá fi co nocone cen tro-oes te da Amé ri ca do Sul queune os cin co paí ses. In for mal men te, fo ramcria das zo nas para realizar ne gó cios sem a

en vol vi dos, po de mos tor nar esse cor -re dor rea li da de", afir mou Adau to nofi nal do even to. Para Zeca do PT, ade ci são de re criar a ma lha fer ro viá riada re gião é his tó ri ca. "Es ta mos nosatre ven do a atro pe lar a his tó ria. Nos -sos olhos sem pre es ti ve ram vol ta dospara o Atlân ti co. Por esse pris ma,

Mato Gros so do Sul es ta va no fim doBra sil. Mas quan do se am plia omapa se per ce be que nós es ta mosno co ra ção da Amé ri ca do Sul", dis seo go ver na dor sul-mato-gros sen se. O pró xi mo en con tro deve acon te -

cer até maio, em San ta Cruz (Bo lí via)ou Sal ta (Ar gen ti na).

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in ter me dia ção ofi cial dos seus go ver nos. Oex ce den te de lei te ar gen ti no era tro ca do porsoja bra si lei ra, e fer ti li zan tes da Bo lí via per -mu ta dos por al go dão pa ra guaio. A ca deia co -mer cial e a con se qüen te mo vi men ta ção dedi nhei ro des per ta ram a aten ção dos go ver -nos. Nas cia, há seis anos, a Zi co sul.

Os par cei ros já se mo vi men ta vam para in -cre men tar ain da mais as ati vi da des pro du ti vase mer can tis. Na Ar gen ti na, por exem plo, a es -tra da de fer ro Bel gra no Nor te está em pro ces -so de mo der ni za ção e vá rios tre chos fo ramrea ti va dos. Ela irá co brir o nor te ar gen ti no,com ra mais na Bo lí via e no Chi le. A idéia é for -mar um cor re dor bio ceâ ni co que pos sa de -sem ba ra çar a pro du ção de toda a re gião. Se -gun do Juan Car los Ro me ro, re pre sen tan te daAr gen ti na na Zi co sul, é pre ci so rom per o “en -clau su ra men to” dos paí ses que com põem aor ga ni za ção, atra vés de po lí ti cas que criem ro -tas (de cus to bai xo) para os por tos, seja por es -tra das, fer ro vias ou hi dro vias.

Há pla nos am bi cio sos dos com po nen tes daZi co sul. O prin ci pal de les é a ge ra ção de umde sen vol vi men to sus ten tá vel e eqüi ta ti vo querom pa o ca rá ter mar gi nal das eco no mias. A in -ten ção é es ti mu lar, ain da mais, o in ter câm bioco mer cial en tre os paí ses vi zi nhos, como com -ple men to ao es for ço cen tra do no co mér cio ex -te rior. “Para tal, pre ci sa mos de sen vol ver es -que mas de trans por tes mul ti mo dais, es pe cial -men te o fer ro viá rio”, re co men da o en ge nhei roar gen ti no Fran co Fo glia ta.

Um bom exem plo da im por tân cia da Zi co -sul é des cri to pelo se cre tá rio de Ges tão Pro du -ti va da ci da de de La Rio ja, na Ar gen ti na, Car -los Ala niz An dra da. O se tor agrí co la ex pan diua par tir da Zi co sul, al can çan do cres ci men tosu pe rior a 30%, es pe cial men te na pro du çãode uvas, azei to nas e al go dão. A ci da de foi alvode in ves ti men tos de US$ 300 mi lhões, quan tiaque ge rou 4.000 no vos em pre gos. Em 1988, aci da de ex por ta va ape nas US$ 12 mi lhões. Em1997, sal tou para US$ 164 mi lhões.

Um ou tro exem plo da efi ciên cia da Zi co sulsão os ín di ces atuais do sis te ma de in te gra çãoda ci da de ar gen ti na de Sal ta com o por to deAn to fo gas ta. Em 1987, o mo vi men to na ro do -via se re su mia a 185 veí cu los por dia. Em1998, esse nú me ro pu lou para 25 mil.

Por ta do Pa cí fi coMato Gros so e Mato Gros so do Sul tam -

bém ex pe ri men tam cres ci men tos es pe ta -cu la res, após o in ter câm bio for ma li za dopela Zi co sul. A soja é o prin ci pal pro du toda pau ta ex por ta do ra e a so nha da in te gra -ção fer ro viá ria com o por to chi le no da An -to fo gas ta pode sig ni fi car um sal to eco nô -mi co ex traor di ná rio. “Os cus tos de es coa -men to des pen ca ram e o lu cro do pro du torserá maior, re fle tin do em toda a po pu la -ção. Além dis so, abri re mos uma gi gan tes -ca por ta para o mer ca do da cos ta do Pa cí -fi co. Já te mos si nais de in te res se no Es ta -do, atra vés de ma ci ços in ves ti men tos defora. Afi nal, a eco no mia da re gião ten de aex plo dir com a fer ro via”, diz o go ver na dordo Mato Gros so do Sul, José Or cí lio Mi ran -da dos San tos, o Zeca do PT.

Tan to in te res se mo ti vou o Pa ra guai aplei tear, em 2002, du ran te o 5º En con troda Zi co sul, a in ter co ne xão com os Es ta dosbra si lei ros de Mato Gros so do Sul, Pa ra ná,San ta Ca ta ri na e Rio Gran de do Sul, além

O PROJETO É OAVAL PARA UMACOOPERAÇÃOINTERNACIONALQUE MOVIMENTAUS$ 15 BILHÕESPOR ANO

DESBRAVAR O governardor Zeca do PT quer fazer

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 21

das pro vín cias ar gen ti nas de For mo sa,Cha co, San ta Fé, En tre Rios, Cor rien tes eMis sio nes. Para o go ver no pa ra guaio, essain te gra ção per mi ti rá ao Bra sil en viar seuspro du tos para a Ar gen ti na – um dos prin -ci pais par cei ros – cru zan do o cor re dor pa -ra guaio para al can çar, ain da, os mer ca dosan di nos e asiá ti cos.

A rota pro pos ta pelo go ver no pa ra guaiopar te de Mato Gros so do Sul, in gres sa emter ri tó rio pa ra guaio por Pe dro Juan Ca bal le roe Bel la Vis ta Nor te, al can ça a Rota 3 em YbyYaú e che ga a Co ro nel Ovie do, Vil lar ri ca eCaa za pá. Nes sa re gião, há pro ble mas na ro -do via por fal ta de pa vi men to. É um en tro ca -men to que pre ci sa de 160 km de as fal to. Ajus ti fi ca ti va do país vi zi nho é con vin cen te:com essa ro do via em per fei tas con di ções, oPa cí fi co abri rá as por tas de um es pe ta cu larpro ces so de in te gra ção in ter con ti nen tal comos paí ses asiá ti cos e até a cos ta oes te nor te-ame ri ca na, atra vés da con so li da ção de umefi cien te sis te ma de trans por te e por tos.

O ex-go ver na dor da pro vín cia de Sal ta, JuanCar los Ro me ro, tal vez te nha o re su mo da im -por tân cia da Zi co sul. Ele en ten de que as alian -ças es tra té gi cas, tan to co mer ciais quan to cul -tu rais, re pre sen tam mui to mais do que um ne -gó cio. Se gun do ele, “a Zi co sul im pli ca a sus -ten ta ção de uma base para no vos ca mi nhos,orien ta da para com par ti lhar um fu tu ro de cres -ci men to e de so li da rie da de en tre os po vos vi zi -nhos” . Em 2002, quan do ocor reu o 5º En con -tro dos paí ses com po nen tes do blo co, as pers -pec ti vas se di vi diam en tre o pes si mis mo pro -vo ca do pela cri se da Ar gen ti na e o po ten cialcres ci men to de Chi le, Bra sil e Bo lí via. Hoje,se gun do es pe cia lis tas, a re gião ten de a se fir -mar como pólo pro du ti vo e ex por ta dor. A in te -gra ção já se faz, es pe cial men te atra vés das li -nhas e mo de los de trans por tes. Res ta ago ra,pre vêem ana lis tas, a Zi co sul dar uma exem -plar li ção ao gi gan te Mer co sul e pro var que aunião real men te faz a for ça. l

história com a modernização da malha hidroviária (abaixo) e ferroviária

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CRESCIMENTO

PERSPECTIVAS

TRANSPORTE NACIONAL

AVALIAÇÃO DOS VÁRIOS MODAIS É QUE 2004 TERÁ UMCENÁRIO PROPÍCIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA

POR RODRIGO RIEVERS

O ANO DOO ANO DOAVALIAÇÃO DOS VÁRIOS MODAIS É QUE 2004 TERÁ UM

CENÁRIO PROPÍCIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA

POR RODRIGO RIEVERS

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24 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

O ce ná rio é de oti mis mo. Após umano em que mui to se fa lou so breco nhe ci men to da má qui na e dahe ran ça tu ca na, de aper to da eco -

no mia para aten der ao FMI e de in ves ti men -tos es cas sos na eco no mia bra si lei ra, o go ver -no Lula en tra em 2004 com dis cur so de cres -ci men to real, sem es pe tá cu los ou cho ros. Osu pe rá vit pri má rio foi cum pri do com so bras, oque mos tra que há es pa ço e di nhei ro paraapli car na pro du ção na cio nal, com in ves ti -men tos em to dos os se to res da eco no mia.

O ano de 2004 traz boas pers pec ti vas para ose tor de trans por te bra si lei ro. Na es fe ra po lí ti ca,a de ci são do go ver no fe de ral de in cen ti var asobras de in fra-es tru tu ra por meio do pro gra maPar ce ria Pú bli co Pri va da (PPP) re pre sen ta nãosó a re to ma da de pro je tos es sen ciais para me -lho rar o es coa men to da pro du ção e a pro du ti vi -da de das em pre sas, como tam bém sig ni fi ca age ra ção de pre cio sos em pre gos em ano elei to ral.Na área eco nô mi ca, mes mo com a de ci são doCon se lho de Po lí ti ca Mo ne tá ria (Co pom) deman ter a taxa Se lic em 16,5%, pelo me nos atéfe ve rei ro, o ce ná rio ain da é de cres ci men to de3,6% do PIB (Pro du to In ter no Bru to). No cam -po ju rí di co, a vi tó ria ju rí di ca ob ti da pe los trans -por ta do res, no fim de de zem bro, por meio deação da CNT, no Su pre mo Tri bu nal Fe de ral(STF), con fir mou que os re cur sos da Con tri bui -ção de In ter ven ção so bre o Do mí nio Eco nô mi co(Cide) so men te po de rão ser apli ca dos em in fra-es tru tu ra de trans por te, pro je tos am bien tais re la -cio na dos à in dús tria do pe tró leo e sub sí dio decom bus tí veis e gás.

Além da con jun ção fa vo rá vel de fa to res po lí ti -cos, eco nô mi cos e ju rí di cos, o se tor de trans por -tes na cio nal, em seus di fe ren tes mo dais (ro do -viá rio, fer ro viá rio, aqua viá rio e aé reo), es pe ra co -lher em 2004 o re sul ta do das in ten sas ne go cia -ções man ti das com o go ver no fe de ral des de oiní cio do man da to do pre si den te Luiz Iná cio Lulada Sil va. A aber tu ra do diá lo go pelo go ver no fe -de ral foi, in clu si ve, bem re ce bi da pe los di fe ren -

tes seg men tos do trans por te. Mes mo as sim, amaio ria dos trans por ta do res as si na la que há umlon go ca mi nho pela fren te. Afi nal, to dos são unâ -ni mes em afir mar que, des de a Cons ti tui ção de1988, em maior ou me nor grau, os vá rios seg -men tos do se tor de trans por te so frem com a au -sên cia de po lí ti cas de Es ta do.

Para Jú lio Fon ta na Neto, con se lhei ro da As -so cia ção Na cio nal dos Trans por ta do res Fer ro viá -rios (ANTF) e pre si den te da MRS Lo gís ti ca, con -ces sio ná ria da ma lha fe de ral, o go ver no teve omé ri to de re co nhe cer a im por tân cia do trans por -te fer ro viá rio para a eco no mia na cio nal. Para ele,a atua ção do go ver no no ano pas sa do res trin giu-se ape nas a de fi nir al guns mar cos re gu la tó riosre fe ren tes às re la ções en tre con ces sio ná rias. “É

“É PRECISORECONHECER QUEO GOVERNO JÁENXERGA ASFERROVIAS COMOPEÇA ESSENCIALDO TRANSPORTE”

ESPERANÇA NA REGULAÇÃO

C on vi ven do com uma cri se sempre ce den tes, o se tor aé reo es -pe ra que 2004 seja sem maio -

res tur bu lên cias, mes mo com a cer te -za de que o céu não será de bri ga dei -ro. A me lho ria pode vir com a fi na li za -ção do mar co re gu la tó rio em es tu do noMi nis té rio da De fe sa. Se gun do a as -ses so ria do Sin di ca to Na cio nal dasEm pre sas Ae ro viá rias (Snea), gran depar ce la da cri se pela qual atra ves sa ose tor deve-se a ques tões con jun tu rais,cuja re so lu ção pode es tar nes se novomar co de 17 itens pre vis tos. En tre ospon tos em es tu do es tão de fi ni ções dero tas in ter na cio nais, im por ta ção deequi pa men tos e ofer ta de vôos.Um pon to que preo cu pa o Snea

é o ex ces so de car ga tri bu tá ria quein ci de so bre a ati vi da de – o pre çodo que ro se ne de avia ção é um dositens da dis cus são. A ex pec ta ti va

do sin di ca to é que isso seja re vis tono pro je to que deve criar no vas di -re tri zes para o se tor. O mi nis tro daDe fe sa, José Vie gas, já ad mi tiu quede fi nir es tra té gias re pre sen ta darsus ten ta ção para o se tor, que, noano pas sa do, es ta bi li zou a ten dên -cia de ocio si da de re gis tra da nosanos an te rio res.Da dos do Snea mos tram que, em

2003, a mo vi men ta ção de pas sa gei -ros em li nhas do més ti cas teve re tra -ção de 6% em re la ção a 2002,quan do fo ram trans por ta dos 26,7mi lhões de pas sa gei ros. O Snea dizque a ocio si da de só não foi maiorpor que a ofer ta de as sen tos foi re -du zi da em 11,1% em 2003. Nosvôos in ter na cio nais, a re tra ção foide 0,8% se com pa ra do a 2002,quan do 21,7 mi lhões de pas sa gei -ros fo ram trans por ta dos.

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cer to que mui ta coi sa pre ci sa ser fei ta, o pró prioPla no de Re vi ta li za ção das Fer ro vias ca mi nhou apas sos len tos no ano pas sa do. Mas é pre ci so re -co nhe cer que o go ver no Lula pas sou a en xer garas fer ro vias como peça im por tan te do trans por teno país. E é bom que isso con ti nue em 2004,para evi tar mos um 'apa gão fer ro viá rio'”, afir maFon ta na Neto.

Se gun do o di ri gen te da ANTF, uma me di daem es tu do na área eco nô mi ca do go ver no podedar fô le go às con ces sio ná rias e au men tar a pro -du ti vi da de por que per mi te eli mi nar afu ni la men -tos da ma lha da RFFSA (Rede Fer ro viá ria Fe de -ral S.A.). Para co lo car em prá ti ca o mo de lo dePPP no se tor, o go ver no es tu da abrir mão, nospró xi mos qua tro anos, de uma re cei ta da or dem

PRIORIDADE O ano será voltado para investimentos em ferrovias, para alívio do setor, que teme um “apagão”

NA ESPERASetor aeroviário aguardaregulação para investir

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Da nos sa par te só es pe ra mos o si nal ver de dogo ver no para in ves tir”, diz Fon ta na Neto .

Mes mo sem uma so lu ção de fi ni ti va para pro -ble mas que per sis tem há anos, o se tor fer ro viá -rio es ti ma que nos pró xi mos qua tro anos ha ve ráum cres ci men to de 40% na car ga trans por ta da,sal tan do das 370 mi lhões de to ne la das úteis(TU) pre vis tas para este ano para 470 mi lhõesde TU em 2008. Em par te, esse oti mis mo é as -se gu ra do pela pers pec ti va de novo bom de sem -pe nho da sa fra agrí co la na cio nal nes te ano. Últi-mo le van ta men to do IBGE es ti ma que a sa frana cio nal deve su pe rar 130 mi lhões de to ne la -das, alta de 6,88% em re la ção a 2003.

Os trans por ta do res ro do viá rios tam bém es pe -ram que 2004 seja me lhor do foi o ano pas sa do.Para o pre si den te da As so cia ção Bra si lei ra dosTrans por ta do res de Car ga (ABTC), New ton Gib -son, por pior que es te jam as con di ções das es -tra das fe de rais, o cres ci men to eco nô mi co quese es bo ça nes te co me ço de ano deve se tra du -zir em maior ofer ta de car ga. “Ano pas sa do, ases tra das es ta vam ruins e não ti nha car ga. Esteano, elas con ti nuam ruins, mas pelo me nos vaiha ver mais car ga para trans por tar por que a eco -

SEM PRIVILÉGIONavegação pede amesma tributação dosbarcos estrangeiros

ADAUTO APOSTA EM OBRAS

Após um iní cio con tur ba do, mar -ca do por de nún cias de fa vo re ci -men to aos só cios da em pre sa

CPA – Con sul to ria, Pla ne ja men to e As -ses so ria, que te ria par ti ci pa do de um es -que ma mi lio ná rio de des vio de ver basna Pre fei tu ra de Itu ra ma (MG), e poruma cam pa nha que dava como cer ta asua subs ti tui ção, o mi nis tro dos Trans -por tes, An der son Adau to, pa re ce ter fi -nal men te en con tra do um pe río do decal ma ria. Pelo me nos até abril.

A ex pec ta ti va é que o mi nis tro dêpros se gui men to aos pro je tos ini cia dosem 2003. Um dos pro gra mas que terácon ti nui da de é o de re cu pe ra ção da ma -lha ro do viá ria. A pre vi são é res tau rar 16mil qui lô me tros de ro do vias com in ves ti -men to de R$ 1,7 bi lhão. Da dos do Mi -nis té rio dos Trans por tes mos tram queem 2003 fo ram co lo ca dos R$ 800 mi -lhões na re cu pe ra ção das ro do vias fe de -rais, qua se o do bro da mé dia dos úl ti -mos qua tro anos – de R$ 434 mi lhões.Ain da se gun do o MT, fo ram 38 mil qui -

lô me tros de es tra das fe de rais re cu pe ra -dos pe las ope ra ções “tapa-bu ra cos” eou tros 3.500 km res tau ra dos.

Adau to acre di ta que se rão ini cia dasas obras de du pli ca ção da BR-101 e acons tru ção das ave ni das pe ri me trais dopor to de San tos. O mi nis tro afir mou àRe vis ta CNT que está tra ba lhan do parator nar o es coa men to da sa fra agrí co labra si lei ra des te ano mais fá cil. “O mi nis -té rio fez um ma pea men to dos cor re do -res agrí co las e va mos ga ran tir que a sa -fra seja trans por ta da com um mí ni mode bu ra cos pos sí vel. Até o mês de abril,os cor re do res agrí co las re ce be rão R$200 mi lhões em in ves ti men tos”, afir maAdau to.

O mi nis tro tam bém apos ta na Par -ce ria Pú bli co-Pri va da. “A par tir da PPP,o fi nan cia men to da in fra-es tru tu ra dopaís ga nha um novo im pul so.” Adau toin for ma que as ave ni das pe ri me trais emSan tos e a du pli ca ção da BR-101 de -vem con tar com a par ti ci pa ção da ini -cia ti va pri va da.

de R$ 880 mi lhões re fe ren tes ao alu guel da ma -lha. Em con tra par ti da, as fer ro vias te riam de in -ves tir, no mes mo pe río do, algo em tor no de R$2,8 bi lhões. A Fer ro via Cen tro Atlân ti ca, a MRSe a Amé ri ca La ti na Lo gís ti ca já apre sen ta ramcon tra pro pos tas, que es tão sen do ava lia das pe -los Mi nis té rios do Pla ne ja men to e dos Trans por -tes. “É um ca mi nho fá cil para avan çar mos name lho ria da ma lha e na eli mi na ção dos gar ga losque pre ju di cam a pro du ti vi da de das fer ro vias.

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no mia dá si nais de cres ci men to”, ava lia Gib son.“Ar ris co in clu si ve a di zer que não vai fal tar car gaeste ano, prin ci pal men te por cau sa do de sem -pe nho da agroin dús tria bra si lei ra.”

Ape sar da ex pec ta ti va de alta no trans por tede car ga, as con di ções das ro do vias preo cu pamGib son. É que para re cu pe rar as ro do vias es ti -ma-se que se riam ne ces sá rios in ves ti men tosanuais de R$ 7,5 bi lhões, mas o or ça men to doMi nis té rio dos Trans por tes para 2004 é de ape -nas R$ 2,3 bi lhões, in cluí das as des pe sas comcus teio da pró pria má qui na mi nis te rial. “É pre ci -so que se faça in ves ti men to ma ci ço na re cu pe -ra ção de toda a in fra-es tru tu ra de trans por te ro -do viá rio ou va mos fi car eter na men te re cu pe ran -do ro do vias, que a cada chu va der re tem, for -man do um cír cu lo vi cio so”, afir ma Gib son.

Por meio da as ses so ria de im pren sa, o Mi nis -té rio dos Trans por tes ad mi te que o or ça men toestá aquém das ne ces si da des do país, mas in -for ma que con ti nua rá em pre gan do “a cria ti vi da -de e a trans pa rên cia como al ter na ti vas para oti -mi zar a apli ca ção dos re cur sos, uti li zan do ins tru -men tos para re du zir o cus to das obras”, como ocon vê nio que fez com a Pe tro bras, que pas sou a

for ne cer ma te rial be tu mi no so às em pre sas con -tra ta das para exe cu tar as obras.

Para o pre si den te da ABTC, as con di ções dein ves ti men to em in fra-es tru tu ra do trans por te es -tão co lo ca das, bas ta ria o em pre go da Cide nas fi -na li da des de fi ni das pela Cons ti tui ção. “Paraisso, a vi tó ria no STF foi fun da men tal”, ava lia.Gib son re ceia, no en tan to, que mes mo com ogo ver no fe de ral con di cio nan do o re pas se dos25% da con tri bui ção aos Es ta dos e mu ni cí pios àapre sen ta ção de um pla no pré vio de re cu pe ra -ção das ro do vias, es ses re cur sos se jam uti li za -dos para “fa zer cai xa”.

Cus tos ope ra cio naisSe de um lado ques tões de in ves ti men tos e

uso im pró prio de ver ba des ti na da para a in fra-

MODERCARGA Novo financiamento para caminhões sofre críticas

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PAUTA DE INTERESSESTransporte urbano se moveupara melhorar atendimento

O SETOR FER-ROVIÁRIO ESTIMAQUE NOS PRÓXIMOS4 ANOS HAVERÁ UMCRESCIMENTO DE40% NA CARGATRANSPORTADA

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es tru tu ra di fi cul tam o de sen vol vi men to do trans -por te, de ou tro, quan do as es tru tu ras já es tãopron tas, emer ge o pro ble ma fis cal.

Para o se tor na val bra si lei ro, prin ci pal men tena ve ga ção ma rí ti ma de lon go cur so e de ca bo ta -gem, o gran de pro ble ma ain da é a di fi cul da dede as em pre sas re du zi rem os cus tos ope ra cio -nais. E gran de par te des ses cus tos tem ori gemnos en car gos so ciais da tri pu la ção. “Não dá paracon cor rer com os na vios mer can tes de ban dei rade con ve niên cia, que são re gis tra dos em paí sesque dão to tal isen ção fis cal e tri bu tá ria”, ava lia ovice-pre si den te exe cu ti vo do Sin di ca to Na cio naldas Em pre sas de Na ve ga ção Ma rí ti ma (Syndar -ma), Cláu dio Dé court.

Se gun do Dé court, a edi ção de uma me di dapro vi só ria ne go cia da en tre o se cre tá rio de Fo -men to do Mi nis té rio dos Trans por tes, Alex Oli va,e os re pre sen tan tes de todo o se tor na val podeser a saí da para a Ma ri nha Mer can te bra si lei ra.A pro pos ta do Syndar ma é que par te dos re cur -sos do Fun do da Ma ri nha Mer can te (FMM) sejauti li za da para com pen sar os en car gos so ciais.“Es pe ro que a MP con tem ple essa rei vin di ca -ção. Até por que 2003 não foi um ano bom poisnão con se gui mos su pe rar os gar ga los que im pe -di ram o cres ci men to. É com preen sí vel que opro ces so seja um pou co len to, mas ago ra já estáde va gar de mais”, afir ma Dé court.

A as ses so ria de im pren sa do Mi nis té rio dosTrans por tes in for ma que a MP já foi en ca mi nha -da à Casa Ci vil. E, se gun do o di re tor do FMM,Sér gio Bac ci, a pers pec ti va é que a MP seja as -si na da ain da em fe ve rei ro. Bac ci diz tam bémque o FMM se pre pa ra para fi nan ciar em bar ca -ções pes quei ras e para in cen ti var a na ve ga çãode ca bo ta gem. De acor do com o di re tor doFMM, a ca bo ta gem tem se re ve la do como fun -da men tal ao de sen vol vi men to do país, “ao re ti rarca mi nhões das es tra das, re du zir o 'cus to Bra sil'e pro por cio nar maior se gu ran ça aos usuá riosdas ro do vias”. Para 2004, o FMM dis põe de R$800 mi lhões, além de ter um sal do acu mu la dono va lor de R$ 1,8 bi lhão. l

MENOS TRIBUTO,MAIS QUALIDADE

Após um ano de in ten sa mo bi li -za ção, que cul mi nou na for ma -ção do Mo vi men to Na cio nal

pelo Di rei to ao Trans por te Pú bli co deQua li da de para To dos (MDT), que reú -ne em pre sas, sin di ca tos e se cre tá riosde trans por te ur ba no de todo o país, eda for ma ção da Fren te Par la men tar doTrans por te, com 144 de pu ta dos e 22se na do res, o se tor de trans por te ur ba -no na cio nal es pe ra co lher os fru tos dasrei vin di ca ções fei tas nas ne go cia çõescom se to res do go ver no. A pri mei ra vi -tó ria ocor reu ain da no ano pas sa do,quan do o go ver no fe de ral mon tou umgru po de tra ba lho for ma do por in te -gran tes dos Mi nis té rios das Ci da des,Pla ne ja men to, Fa zen da e Mi nas eEner gia, além da Casa Ci vil e de in te -

gran tes do MDT, que es tão em pro -ces so de dis cus são so bre a via bi li da dede de so ne ra ção da ta ri fa.

O seg men to do trans por te de pas sa -gei ros é o que ob te ve as mais im por tan -tes vi tó rias. En tre as prin ci pais me di dasjá apro va das pelo gru po de tra ba lho,está a re du ção do pre ço do die sel em50% para as em pre sas de trans por teur ba no. Cada em pre sa terá uma cotamen sal com des con to, que será con -tro la da pelo go ver no – a quan ti da de decom bus tí vel para cada em pre sa ain daestá em dis cus são. “Essa me di da vaiper mi tir uma re du ção de 3% no pre çodas ta ri fas”, afir ma o pre si den te da As -so cia ção Na cio nal das Em pre sas deTrans por tes Ur ba nos (NTU), Otá vioViei ra da Cu nha Fi lho.

Ou tra vi tó ria ob ti da pelo se tor foiter con se gui do man ter o per cen tualda Con tri bui ção para o Fi nan cia men -to da Se gu ri da de So cial (Co fins) em3%, en quan to para ou tros seg men tosdo se tor de trans por tes o im pos to su -biu de 3% para 6%. Ain da no cam potri bu tá rio, o trans por te co le ti vo depas sa gei ros con se guiu que a alí quo tado PIS, que ha via su bi do para1,65%, re tor nas se para o pa ta mar de0,65%. “Essa foi ou tra vi tó ria im por -tan te para nós”, diz Cu nha Fi lho.Ou tra ques tão cara ao se tor e que

está sen do en ca mi nha da jun to aogru po de tra ba lho re fe re-se às gra tui -da des. A ex pec ta ti va para 2004 éque al gu mas gra tui da des se jam eli -mi na das, e, para aque las que real -men te têm cu nho so cial, se jam cria -dos fun do de fi nan cia men to.

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D os 51 pos tos de pe sa -gem ad mi nis tra dospelo De par ta men to Na -cio nal de In fra-Es tru tu -

ra de Trans por tes (DNIT), 74,5%es tão pa ra li sa dos ou to tal men teino pe ran tes. Esse é o sal do dequa se dez anos de des ca so com opa tri mô nio pú bli co na cio nal ecom a se gu ran ça da po pu la çãobra si lei ra. Se gun do in for ma çõesdo pró prio ór gão, ape nas 13,7%(sete pos tos) es tão fun cio nan do

em sua ca pa ci da de ple na e11,8% (seis pos tos) ain da es tãoem fase de ope ra cio na li za ção, ouseja, de pen dem de re for mas eins ta la ções de equi pa men tos.

A bri ga pela ar re ca da ção e ode se qui lí brio que a pe sa gem podepro vo car na ini cia ti va pri va da sãoos prin ci pais en tra ves da ques tão.A fal ta de con vê nio en tre os di ver -sos ór gãos res pon sá veis e a ne -ces si da de de novo mo de lo de pe -sa gem são as res pos tas do go ver -no fe de ral para jus ti fi car o des ma -ze lo com as es tra das bra si lei ras.

Cabe ao DNIT exe cu tar a fis ca -li za ção de trân si to, au tuar, apli caras punições e ar re ca dar. Um con -vê nio com a Po lí cia Ro do viá ria Fe -de ral (PRF) te ria o ob je ti vo de via -bi li zar a ação do de par ta men topara evi tar a fuga de veí cu los eman ter a in te gri da de fí si ca das fai -xas de do mí nio das ro do vias.

Ape sar de ter sido anun cia do,em maio do ano pas sa do, o acor -do en tre a PRF, o DNIT e o Mi nis -té rio da Jus ti ça para com ba ter oex ces so de peso, o con vê nio ain danão foi as si na do. “Es ta mos aguar -

20 POSTOSESTÃO COMO PRÉDIODEPREDADO,SEM ÁGUAE ENERGIA

O PESO DOABANDOPOLÍTICA DE BALANÇAS NAS ESTRADAS DEIXA 75% DOS POSTOS INO

POR EULENE HEMÉTRIO

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CONTROLE NECESSÁRIO PARACONSERVAÇÃO DAS RODOVIAS

O s trans por ta do res au tô -no mos bus cam, ilu so ria -men te, au men tar a sua

re cei ta e neu tra li zar os fre tes bai -xos atra vés da prá ti ca do ex ces sode peso. Se gun do o pre si den teda As so cia ção Na cio nal doTrans por te de Car ga (NTC), Ge -ral do Aguiar de Bri to Vian na, noen tan to, há um con sen so de queé pre ci so con tro lar o peso parapôr um fim à con cor rên cia pre da -tó ria, já que se es pe ra um con se -qüen te au men to de via gens apósa rea ti va ção dos pos tos.

Se gun do Vian na, o ex ces sode car ga, de jor na da e de ve lo ci -da de au men ta a ca pa ci da de ins -ta la da e le vam a uma re du ção dopre ço do fre te. Essa equa ção é afór mu la de um cír cu lo vi cio so.“Nin guém con se gue de ter essepro ces so e quem rema con tra amaré aca ba sen do ex pul so dosis te ma”, afir ma Vian na. “Ha viauma im pres são de que éra mosde fen so res do ex ces so de peso.Mas exis te uma una ni mi da de deque é pre ci so con tro lar isso (o ex -ces so) de vi do, prin ci pal men te,ao des gas te do pa vi men to, à se -gu ran ça do mo to ris ta e à co mer -cia li za ção (aba lo nos fre tes).”

Vian na des ta ca ain da que,além da pres são so bre os fre tes,atra vés do au men to da ca pa ci da -

de es tá ti ca da fro ta, o trans por tero do viá rio é pu ni do com a rá pi dade gra da ção das ro do vias e o au -men to dos cus tos com ma nu ten -ção dos veí cu los. “O efe ti vo con -tro le de peso po de ria exer cer o de -ci si vo pa pel de uni for mi zar as con -di ções de com pe ti ção en tre ostrans por ta do res e re du zir a ofer tade fre tes”, diz o di ri gen te.A ava lia ção da NTC é que

um dos fa to res que pre ju di ca afis ca li za ção re sul ta da co ni vên -cia de agen tes pú bli cos com in -te res ses pri va dos de em bar ca -do res. “Se hou ver mu dan ça nosis te ma, ocor re rá um de se qui lí -brio no ba lan ço das em pre sas.Há uma mo ti va ção eco nô mi capor trás des sa prá ti ca pre da tó riae seu im pac to ne ga ti vo so bre amul ti mo da li da de”, ava lia o pre -si den te da en ti da de.

“O Bra sil tem um dos fre tes ro -do viá rios mais ba ra tos do mun do.Em mé dia, os gran des em bar ca -do res pa gam US$ 18 por mil to -ne da das por qui lô me tro trans por -ta do, en quan to o em bar ca dornor te-ame ri ca no, por exem plo,de sem bol sa US$ 56 pelo mes moser vi ço. São fre tes que não per mi -tem a re mu ne ra ção do in ves ti -men to, o pa ga men to dos im pos -tos e a for ma ção do ne ces sá riofun do de de pre cia ção.”

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dan do pa re cer ju rí di co da Ad vo -ca cia Ge ral da União. Es ta mos fi -na li zan do acor dos para im plan tarcâ me ras e ou tros re cur sos a fimde coi bir as fu gas”, diz o DNIT,pela sua as ses so ria de im pren sa

“Não te mos a obri ga ção le galde fa zer esse con tro le com prio ri -da de. A res pon sa bi li da de é tan toda po lí cia quan to da Agên cia Na -cio nal de Trans por tes Ter res tres(ANTT) e do DNIT. Mes mo as sim,fa ze mos o mo ni to ra men to atra vésde no tas fis cais”, diz o coor de na -dor ge ral de ope ra ções da PRF,

RETRATO FIELDevastação tomaconta dos postos

“VAMOS TERUM PLANODE PESAGEMEM 2004,QUANDO OSPROBLEMASSERÃOTRATADOS”

NDONO PERANTES NA MALHA DO PAÍS

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32 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

En quan to não se co lo cam asfun ções em pra tos lim pos, as es -tra das con ti nuam sem fis ca li za çãoefi caz con tra o ex ces so de peso.Car re tas com o má xi mo de 74 to -ne la das per mi ti das pela lei (veí cu -lo e car ga) car re gam até 22 to ne -la das a mais que a sua ca pa ci da -de, pro vo can do o des gas te do pa -vi men to e o com pro me ti men to dosis te ma de dre na gem das pis tas.Es que mas como esse são vez porou tra des co ber tos pela PRF, comoocor reu em San ta Ca ta ri na em ou -tu bro, onde um mo to ris ta re ve louque em pre sas es pe cia li za das embur lar a lei ven dem no tas com opeso má xi mo per mi ti do e ou tra es -pe ci fi can do o ex ces so.

O ge ren te de ope ra ções ro do -viá rias do DNIT, Afon so Gui ma -rães Neto, ad mi te que mui tos pos -tos es tão de sa ti va dos há vá riosanos. Se gun do ele, os pro ble masque in via bi li zam o fun cio na men todos pos tos são, prin ci pal men te, afal ta de con vê nio com a PRF –para for çar o ca mi nho nei ro a en -trar no pos to –, a li mi ta ção de re -cur sos e a ina de qua ção da lei.Além dis so, Neto re for ça o pro ble -ma de ba lan ças ob so le tas, pos tose pis tas da ni fi ca das.

Se gun do o as ses sor da Coor de -na ção Ge ral de Ope ra ções Ro do -viá rias do DNIT, Lin coln Ri bei ro,18 pos tos (35,3%) es tão com a si -tua ção fí si ca de te rio ra da, não pos -suem em pre sa con tra ta da ou acon tra tar para ope ra ção e os equi -pa men tos ge rais não exis tem. Ou -tros 20 pos tos de pe sa gem(39,2%) es tão com o pré dio apre -sen tan do mais de 70% da sua

José Al tair Be ni tes. Segundo Be -ni tes, o acor do para fa zer a fis ca li -za ção no âm bi to da ANTT já estábas tan te adian ta do, mas o DNITain da não for ma li zou.

Para re tar dar ain da mais o pro -ces so, as ins ti tui ções res pon sá -veis pelo con tro le aguar dam umpa re cer de um gru po téc ni co li de -ra do pelo De par ta men to Na cio nalde Trân si to (De na tran), que estáre ven do os cri té rios de li mi tes de

peso, di men sões e com bi na çõesde veí cu los. A equi pe de tra ba lhoestá fa zen do o le van ta men to dasva riá veis re la ti vas à ques tão paraque seja ela bo ra do um novo mo -de lo de pe sa gem.

Com isso, os con tra tos de ma -nu ten ção es tão pa ra dos. Se gun doo DNIT, qual quer acor do vai de -pen der do mo de lo a ser ado ta do enão há es ti ma ti va de tem po oucus to das obras.

“BALANÇASFORAMADQUIRIDASPARA OGOVERNOALEGAR QUEERAM INADE-QUADAS”

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 33

SOBRECARGA DIMINUI VIDA ÚTIL

Adi mi nui ção da vida útil dos pa vi men -tos, o au men to no nú me ro de aci den -tes e a pio ra das con di ções de tráfe -go são as prin ci pais con se qüên cias

do so bre pe so nas es tra das, de acor do com umes tu do téc ni co da As so cia ção Na cio nal doTrans por te de Car ga (NTC).

Se gun do o do cu men to, o ex ces so de car gade 10% au men ta em 46,41% o des gas te do pa -vi men to e re du z em mais de 30% a sua vidaútil. Es ta tís ti cas do DNIT in di cam que o ex ces sode peso pode re du zir em até 80% a vida útil deuma ro do via. O tra ba lho da NTC fri sa, no en tan -to, que veí cu los mais pe sa dos po dem ser per fei -ta men te com pa tí veis com as pon tes e via du tos,des de que te nham com pri men tos mí ni mos

ade qua dos e que a car ga seja dis tri buí da porum nú me ro su fi cien te de ei xos.

No Bra sil, o li mi te de peso por eixo iso la do éde 10 to ne la das. Es tu dos do De par ta men to deEs tra das de Ro da gem (DER) do Pa ra ná mos -tram que, se a ex pec ta ti va de vida de um pa vi -men to é de dez anos para trá fe go de veí cu loscom 10 to ne la das por eixo, essa mé dia cai para6,2 anos com 12 to ne la das por eixo.

Um ca mi nhão aci ma do li mi te tam bém podecom pro me ter a se gu ran ça do trá fe go, à me di daque exi ge maior tem po e dis tân cia de fre na geme tra fe ga com ve lo ci da de re du zi da em acli ves.“A fal ta de fis ca li za ção é ruim em to dos os as -pec tos. É pre ci so ini bir com mul tas pe sa das”,diz o pre si den te da NTC, Ge ral do Vian na.

cons ti tui ção de pre da da e os sis te -mas de ener gia, água e es go toapre sen tam 90% de per das.

Este se gun do gru po tam bémne ces si ta de re for mas sig ni fi ca ti -vas na pis ta, na si na li za ção e nosmeio-fios, além do sis te ma de pe -sa gem es tar, em gran de par te,sem con di ção de uso por fal ta depe ças – não mais fa bri ca das pelaem pre sa cons tru to ra. De acor docom Ri bei ro, boa par te des sas ba -lan ças teve seus com po nen tes re -ti ra dos ao lon go do tem po paraser vir de so bres sa len tes para ou -tros pos tos de pe sa gem.

Com pro mis soPara o fi nal do ano pas sa do,

es ta va pre vis ta a rea ti va ção dosou tros 25,5% pos tos que es ta vamem boas con di ções, com cer ca de30% da sua cons ti tui ção de pre da -da. Até o fe cha men to des ta edi -ção, en tre tan to, ape nas sete fo -ram re for ma dos e es ta vam ope -ran do re gu lar men te, con for me in -for ma ções do pró prio DNIT. Ou -tros seis ain da es tão em fase dere for ma, com suas con clu sõespre vis tas para fe ve rei ro. “Es ta mosexe cu tan do um pla no de pe sa -gem para as ro do vias fe de rais aser im ple men ta do em 2004,quan do to dos os pro ble mas es ta -rão sen do en fo ca dos e tra ta dos,pois esse é um com pro mis so dogo ver no fe de ral”, afir ma Neto.

O mo de lo em con sen so noDNIT é que se jam ins ta la dos emtor no de 38 pos tos fi xos , 97 ba -lan ças mó veis com cer ca de 287ba ses fi xas, com um cus to apro xi -ma do no pri mei ro ano em tor no

de R$ 120 mi lhões, na for ma decon tra ta ção de ser vi ços.

A Ge rên cia de Ope ra ções Ro -do viá rias do DNIT afir ma, no en -tan to, que os re cur sos or ça men tá -rios são li mi ta dos. O or ça men topre vis to para 2004 é de R$ 31 mi -lhões, va lor in su fi cien te para im -plan ta ção in te gral do Pla no Na cio -nal de Pe sa gem. O cus to para ins -ta la ção de uma ba lan ça mó vel (in -cluin do toda a in fra-es tru tu ra ne -ces sá ria) é de apro xi ma da men teR$ 500 mil e de uma ba lan ça fixaé de R$ 1 mi lhão.

O pre si den te da As so cia çãoBra si lei ra dos Trans por tes de Car -ga (ABTC), New ton Gib son, acre -di ta que hou ve um des cui do mui -to gran de do go ver no para que opro ble ma che gas se a esse pon to.“Pri mei ro, as ba lan ças fo ram ad -qui ri das para de pois o go ver no

ale gar que elas eram ina de qua -das. Há boa tos que exis tem ba lan -ças até en cai xo ta das ain da.” Ge -ral do Vian na, pre si den te da As so -cia ção Na cio nal do Trans por te deCar ga (NTC), cor ro bo ra. “Ba lan -ças tem, pois o Bra sil im por tou daAle ma nha. O que não tem é di -nhei ro para os cus tos fun cio nais.Nin guém pesa nem toma con ta.”

A as ses so ria de im pren sa doDNIT in for ma que há ape nas umaba lan ça en cai xo ta da por que opro ces so de li ci ta ção ain da estácor ren do. Essa má qui na deve serins ta la da em SP. Se gun do o ór gão,não há mais ne nhum equi pa men -to en cai xo ta do ou ir re gu lar. “Essain for ma ção (ba lan ças en cai xo ta -das e em de su so) não con fe recom essa ges tão, nem com a ges -tão pas sa da”, se gun do a as ses so -ria do DNIT. l

ORÇAMENTONÃO IRÁPERMITIRIMPLANTARPLANO DEPESAGEM

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DEVAGAR

34 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

A pe sar de o ex ces so de ve lo ci da de seruma das prin ci pais cau sas de aci -den tes de trân si to, tra fe gar mui tolen ta men te tam bém pode oca sio nar

sé rios de sas tres, tan to no trân si to ur ba noquan to em ro do vias. Al gu mas re du ções deve lo ci da de são fei tas por ne ces si da de comoin ter ven ções na pis ta, fu ma ça, ne bli na e en -gar ra fa men tos. Ou tras, sim ples men te pelafal ta de aten ção do mo to ris ta, fato esse quepode co lo car em ris co a vida de mui ta gen te.

Ca sos co muns no dia-a-dia, como o con du torque ob ser va um ra dar de 80 km/h e re duz a ve -lo ci da de re pen ti na men te para 30 km/h, pa re cemmes mo ser uma ques tão de com por ta men to. En -tre eles, tam bém está a “apos ta de cor ri da” deveí cu los ve lhos, da ni fi ca dos e com bai xa po tên -

cia nas ro do vias. O em pa re lha men to de ca mi -nhões len tos e pe sa dos que ten tam ul tra pas sa -gem, tam bém é uma si tua ção que, se gun do es -pe cia lis tas de trân si to, cos tu ma amar rar o trân si -to por qua tro ou cin co mi nu tos. O veí cu lo quevem atrás, de pen den do do tre cho, nem sem precon se gue pa rar ou se des viar des sas si tua ções atem po de evi tar um aci den te.

Se gun do o di re tor do De par ta men to Na cio -nal de Trân si to (De na tran), Ail ton Bra si lien sePi res, re du zir a ve lo ci da de dras ti ca men te“por es tar de sa ten to, por medo ou por seachar cer ti nho de mais é mes mo um ris co”.“Um exem plo é per ma ne cer na fai xa da es -quer da a 30 km/h, em uma ro do via onde ave lo ci da de per mi ti da é de 80 km/h. É uma si -tua ção que for ça ain da uma ou tra in fra ção: a

QUANDO OPERIGO VAIDIRIGIR COM LENTIDÃO TAMBÉM CAUSA ACIDENTE

POR SANDRA CARVALHO

CONDUTA

TRÂNSITO

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 35

ul tra pas sa gem pela fai xa da di rei ta ou atémes mo pelo acos ta men to”, afir ma Pi res.

O di re tor do De na tran lem bra que tra fe garem uma via abai xo da me ta de da ve lo ci da deper mi ti da, tan to no trân si to ur ba no como emro do vias, é uma in fra ção, con for me diz o Có -di go Na cio nal de Trân si to. Essa re gra vale parato dos, mas exis tem as par ti cu la ri da des comosi tua ções em que o trân si to está in ter rom pi doou en gar ra fa do e o trá fe go de má qui nas agrí -co las e equi pa men tos de guin cho. Nes ses ca -sos, é ne ces sá rio apre sen tar si na li za ção.

Os ór gãos de trân si to não têm um nú me roexa to dos aci den tes cau sa dos pela fal ta de ve lo -ci da de. Se gun do a Po lí cia Ro do viá ria Fe de ral(PRF), eles são re gis tra dos nas ocor rên cias como“ve lo ci da de in com pa tí vel” ou “fal ta de aten çãodo con du tor”, mo ti vos es ses que en glo bam tam -bém cau sas como “ex ces so de ve lo ci da de” e“não ob ser var a si na li za ção”. “É mui to di fí cil depro var em um aci den te que o con du tor es ta va di -ri gin do em bai xa ve lo ci da de. Por isso, essa cau -sa não é tão cla ra nas ocor rên cias e es ta tís ti cas”,in for ma o coor de na dor de con tro le ope ra cio nalda PRF, Moi sés Cor rêa Is la bão.

Uma cau sa co mum de aci den tes, se gun -do o coor de na dor da PRF, são os mo to ris tas“do nos da es tra da”. Aque les que tra fe gambem no meio da ro do via, ocu pan do par te dasduas pis tas, não-per mi tin do a ul tra pas sa gemem ne nhum dos la dos. “É fal ta de aten ção ede no ção de trân si to”, res sal ta.

Orien ta çõesDe ja nei ro a agos to do ano pas sa do, se gun do

da dos da PRF, a de sa ten ção dos mo to ris tas foicau sa de 18.553 aci den tes que dei xa ram 7.061fe ri das e 582 ví ti mas fa tais. A ve lo ci da de in com -pa tí vel, ain da de acor do com a PRF, foi o mo ti vode 6.728 aci den tes com 3.397 ví ti mas, num to talde 282 mor tos. “A nos sa orien ta ção é para que omo to ris ta acom pa nhe a ve lo ci da de mé dia dotrân si to. Se não, a dica é tra fe gar sem pre pela di -rei ta a uma ve lo ci da de su pe rior à me ta de da ve -

CENA COMUMRedução brusca em mais de 50% da velocidade

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lo ci da de má xi ma per mi ti da na via”, in for mou. Nahora de ul tra pas sar, Is la bão orien ta a rea li zar ama no bra a uma ve lo ci da de 40% su pe rior à doveí cu lo a ser ven ci do.

O coor de na dor acres cen ta que o con du torque iden ti fi car um veí cu lo tra fe gan do de for -ma ir re gu lar em ro do vias pode pa rar em pos -tos da PRF ou das po lí cias es ta duais maispró xi mo e in for mar os agen tes de trân si to so -bre o caso para que o veí cu lo em ques tãoseja abor da do e orien ta do.

Para Is la bão, to dos os exem plos ci ta dos aci -ma e as de mais cau sas de aci den tes de trân si topor fa lha hu ma na po dem ser jus ti fi ca dos poruma ques tão de com por ta men to e pela má for -ma ção dos con du to res. “O bra si lei ro tem ma niade não fa zer o que é proi bi do ape nas quan dosabe que está sen do ob ser va do. Ele não obe de -ce às re gras sim ples men te por há bi to”, diz. Parao coor de na dor da PRF, a so lu ção para a re du çãodos nú me ros de aci den tes está na in clu são deuma dis ci pli na de edu ca ção so bre o trân si to noscur rí cu los es co la res, como já ocor re em al gu mases co las em Re ci fe.

“É uma ques tão de cul tu ra. As crian çasde vem cres cer en ten den do de trân si to e coma cons ciên cia do que re pre sen ta ou não pe ri -go para que sai bam agir com res pon sa bi li da -de quan do se tor na rem con du to res de veí cu -los au to mo to res”, diz Is la bão. Para ele, tan toa ques tão de di ri gir len ta men te como o ex ces -so de ve lo ci da de, a im pru dên cia de mo to ris -tas e ou tros fa to res cau sa do res de aci den tessão re sul ta dos da fal ta de edu ca ção e trei na -men to ade qua dos do mo to ris ta.

Sín dro me de ÍcaroO coor de na dor de se gu ran ça de pro ces sos da

Pe tro bras, José Luiz Ro dri gues Ne ves, tam bémau tor do li vro “Sín dro me de Ícaro: A Edu ca çãoIn fan til e a Se gu ran ça no Trân si to Bra si lei ro” (Pe -tro bras e Fu nen seg), de fen de a tese de que a viatem “vida pró pria”, fa tor que deve es tar sem prepre sen te na per cep ção do con du tor. “O bom

E n quan to as re gras de for ma -ção dos con du to res de veí -cu los au to mo to res no Bra sil

não mu dam, as em pre sas bus camso lu ções a cur to pra zo, in ves tin dopor con ta pró pria na for ma ção deseus pro fis sio nais. O prin ci pal ob je -ti vo é re du zir o nú me ro de aci den -tes. Esse é o caso da em pre sa detrans por te de pas sa gei rosViaçãoÁguia Bran ca, que atua emseis Es ta dos bra si lei ros. De acor doo di re tor da re gio nal Ba hia da em -pre sa, Klin ger So brei ra Al mei da, aini cia ti va em apri mo rar a for ma çãodos mo to ris tas teve iní cio em 1997.“Pri mei ro, fi ze mos vá rios pla -

nos de ação, mo ni to ran do as es tra -das bra si lei ras e ga ran tin do boascon di ções me câ ni cas dos veí cu -los”, diz Al mei da. De acor do comele, ou tro pas so dado si mul ta nea -men te foi a im plan ta ção de um sis -te ma de pre ven ção do al coo lis mo.Os mo to ris tas pas sa ram a fa zerain da nas ga ra gens da em pre sa otes te do ba fô me tro e a par ti ci parde pa les tras so bre o as sun to. Tam -bém fo ram im plan ta das pa tru lhasque mo ni to ra vam esse tes te nases tra das para que o mo to ris ta nãobe bes se du ran te a via gem. “A nor -ma da em pre sa é não in ge rir be bi -da al coó li ca 12 ho ras en tes do tra -ba lho”, afir ma o di re tor. Ou tro pas so, se gun do Al mei da,

foi a im plan ta ção do pro gra ma“Me di ci na do Sono”, que in clui

tes te de vi gí lia e fa di ga an tes dasvia gens e sa las de es ti mu la ção quecon tam com te ra pias lu mi no sasem de ter mi na dos tre chos. “Essepro gra ma foi im ple men ta do com oba lan cea men to das car gas ho rá -rias, para que o mo to ris ta não ul -tra pas se seus li mi tes de sono.”A via ção tam bém de sen vol ve

um pro gra ma cha ma do “Jor na dade va lo ri za ção da vida hu ma na”,es pé cie de cur so por meio do qualpsi có lo gos e es pe cia lis tas bus camcons cien ti zar os mo to ris tas so bre ares pon sa bi li da de de se trans por tarpes soas. “Bus ca mos fri sar queeles trans por tam vi das que têmpro je tos, so nhos e rea li za ções”, dizAl mei da. Além dis so, os cer ca de1.200 mo to ris tas da em pre sa con -tam com a ação do car ro-es co la,que traz cur sos e in for ma ções so -bre a di re ção de fen si va.Es sas ações da em pre sa, que

trans por ta hoje uma mé dia de 12mi lhões de pas sa gei ros/ano emuma fro ta de mais de 600 ôni bus,fo ram res pon sá veis por uma con -si de rá vel re du ção do nú me ro deaci den tes. “Hoje, as cau sas deaci den tes são as más con di çõesdas es tra das e não fa lhas dosmo to ris tas”, afir ma Al mei da.Todo esse sis te ma de se gu ran çaem trans por te da Via ção ÁguiaBran ca ren de ram à em pre sa noano pas sa do o Prê mio Vol vo deSe gu ran ça no Trân si to.

CIDADANIA SAI DA GARAGEM

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38 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

con du tor per ce be o am bien te que o cir cun da,iden ti fi can do a ve lo ci da de mé dia dos ou tros veí -cu los, os bu ra cos na pis ta, obs tá cu los e ou trosfa to res como chu va, sol, ne bli na ou fu ma ça quein ter fe rem di re ta men te na ve lo ci da de”, diz o es -pe cia lis ta em trân si to.

Em seu li vro, Ne ves pro põe a idéia de que épos sí vel re ver ter a si tua ção do trân si to no Bra -sil com ini cia ti vas que têm como base a edu ca -ção. “Bus co mos trar que os mo to ris tas pre ci -sam di ri gir de for ma cor re ta e sau dá vel. O pe -des tre, por sua vez, tam bém tem o seu pa pel.Mas tudo é uma ques tão de cul tu ra e de edu -ca ção”, diz. Se gun do ele, a edu ca ção para otrân si to deve ser pas sa da o mais cedo pos sí velpara que os fu tu ros pe des tres e mo to ris tas nãote nham o mes mo des ti no do mi to ló gi co per so -na gem Ícaro, um jo vem que bus ca va li ber da -de, mas en con trou a mor te por voar mui to alto,

ig no ran do os en si na men tos do pai.A opi nião do di re tor do De na tran, Ail ton Bra si -

lien se Pi res, ca mi nha no mes mo sen ti do. “A fal -ta de aten ção no trân si to é uma ques tão de for -ma ção. O pro ces so de aqui si ção da car tei ra deha bi li ta ção no Bra sil pre ci sa ser re for mu la do. Éne ces sá rio in ves tir mais na in for ma ção do con -du tor”, diz Pi res. Se gun do ele, o De na tran estáela bo ran do o pro gra ma “Edu ca ção Ci da dão”,cujo ob je ti vo é trans mi tir co nhe ci men tos so bre otrân si to des de cam pa nhas pu bli ci tá rias em rá dioe te le vi são até a in ser ção do as sun to nas es co las.

De acor do com in for ma ções ob ti das nosite do De na tran, o ór gão já de sen vol ve des de2001 o pro je to “Rumo à Es co la”. Se gun do otéc ni co do pro gra ma, Vic tor Pa va ri no, o pla nocon sis te da in ser ção do as sun to trân si to nasdi ver sas dis ci pli nas es co la res do en si no fun -da men tal, seja em es co las pú bli cas ou pri va -

“O MOTORISTADEVE SEMPREACOMPANHAR AVELOCIDADEMÉDIA DO TRÂNSITO”

ALTO RISCOUltrapassagens perigosasde veículos lentos merecem atenção

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DESATENÇÃO Causa de 18 mil acidentes; cena pior na chuva e à noite

LIMITES Observar sinalização é essencial

PROFISSIONAL DA SEGURANÇA

P en san do na for ma ção depro fis sio nais com edu ca -ção e trei na men to ade qua -

dos, a BR Dis tri bui do ra e a Uni -ver si da de Fe de ral do Rio de Ja -nei ro (UFRJ) de sen vol vem vá rioscur sos no sen ti do de re du zir o nú -me ro de aci den tes en tre os en vol -vi dos no sis te ma de trans por te depe tró leo. Um de les, ofe re ci do des -de abril do ano pas sa do, é o cur -so “Ges tão de Se gu ran ça noTrans por te Ter res tre”, que visafor mar em em pre sas trans por ta -do ras de car gas e de pas sa gei rospro fis sio nais ges to res de se gu ran -ça em trans por te.O cur so é mi nis tra do por meio

de um guia di dá ti co, um CD e viaIn ter net. “São vá rias eta pas e osalu nos são ava lia dos en tre elas portu to res da UFRJ”, in for ma o coor -de na dor de se gu ran ça de pro ces -sos da Pe tro bras, José Luiz Ro dri -gues Ne ves. Para o coor de na dor,

essa é a me lhor for ma de ca pa ci tarmais pes soas em me nos tem po. Acar ga ho rá ria do cur so é de 60 ho -ras (cer ca de três me ses). “Não háa pre sen ça do pro fes sor e o pro fis -sio nal faz o seu ho rá rio.”Se gun do Ne ves, no con teú do

do cur so, di vi di do em oito ca pí tu -los, se guem in for ma ções que vãodes de a iden ti fi ca ção das prin ci -pais cau sas de aci den tes em de -ter mi na da em pre sa, das áreas deris co até os prin ci pais pro ce di -men tos com o veí cu lo como me -câ ni ca e etc. “Tam bém há umaiden ti fi ca ção dos ví cios e com por -ta men tos dos mo to ris tas, além deabor da gem de se gu ran ça de trân -si to e di re ção de fen si va”, diz. Ocoor de na dor da Pe tro bras acres -cen ta que o cur so, que já for mouno Bra sil mais de 250 ges to res,che gou no ex te rior e con di cio nou48 pro fis sio nais na Ar gen ti na, Ve -ne zue la e Bo lí via.

das. “Não se tra ta da cria ção de uma dis ci pli -na so bre trân si to, mas de sua abor da gem sobos di ver sos as pec tos. A men sa gem é sem prepas sa da por meio da geo gra fia, da ma te má ti -ca e de ou tras ma té rias”, diz Pa va ri no.

O Sest e o Senat, órgãos da CNT, ofereceminúmeros cursos voltados para a educação e me-lhoria do motorista, com disciplinas que abordamdesde direção defensiva a manobras de cargasperigosas, além de treinamento especial parataxistas e transportadores escolares. Além disso,Sest/Senat participa das programações oficiais daSemana Nacional de Trânsito e tem um calen-dário especial, em todo o país, durante a “Sem-ana do Motorista”, em julho.

Para maiores informações sobre os cursos ecampanhas desenvolvidos pelo Sest/Senat, bas-ta contatar a unidade do sistema na sua comu-nidade ou na cidade mais próxima. l

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ATENDIMENTO ESPECIAL

TRANSPORTE URBANO

CONFORTO EAPOIO PARA

NITERÓI IMPLANTA SERVIÇO DE VANSQUE ATENDE DEFICIENTES FÍSICOS

QUEM PRECISAPOR SANDRA CARVALHO

J o nas Ubi ra tan MeloGon çal ves dei xa suacasa na pe ri fe ria duasve zes por se ma na para

ir até o cen tro da ci da de paratra ta men tos mé di cos. Cenaco mum em qual quer lu gar nomun do. No Bra sil, o lei tor tal -vez ima gi ne um qua dro de fi -las e ôni bus lo ta dos. Em Ni te -rói, a his tó ria é ou tra. Por ta dorde vas cu li te e usuá rio de ca -dei ra de ro das, Gon çal ves, 54anos, é umas das 500 pes soasque são aten di das pelo ser vi çode vans im plan ta do pela pre -fei tu ra da ci da de em agos to doano pas sa do. É des sa for maque o con ta dor ni te roien se vaià sua fi sio te ra pia.

“Te nho que agen dar as saí -

DIREITOSNiterói começa aimplantar serviço

40 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

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“TENHO OCONFORTODE NÃO TERQUE IR ATÉOS PONTOSDE ÔNIBUS”

das com an te ce dên cia, maste nho o con for to de não pre ci -sar me lo co mo ver para ospon tos de ôni bus”, diz Gon -çal ves. A dona-de-casa Ma riaApa re ci da de Sou za, 60 anos,tam bém uti li za o trans por tepara ir à fi sio te ra pia. Ela teveas per nas am pu ta das e fazfre quen te men te trei na men tospara a uti li za ção de pró te ses.“Sou mui to bem-aten di da”,diz a ni te roien se, uma das24,5 mi lhões por ta do ras dede fi ciên cia no Bra sil, se gun doo Cen so 2000 do IBGE.

Cha ma do de Trans por te Efi -cien te, o ser vi ço em Ni te róiope ra 11 veí cu los doa dos porem pre sas de trans por te depas sa gei ros da ci da de, com

ele va do res hi dráu li cos adap ta -dos. Atual men te, são aten di dasas pes soas que pre ci sam dotrans por te para tra ta men tos desaú de. O aten di men to é fei topor uma cen tral te le fô ni ca, queagen da a so li ci ta ção, en tre 7h e19h, de se gun da-fei ra a sá ba -do. De acor do com a se cre tá riamu ni ci pal de As sis tên cia So -cial, He loí sa Mes qui ta, o pro -gra ma já soma o to tal de 12 milpro ce di men tos por mês.

Ou tro pon to im por tan te queo ser vi ço pro por cio na atin genão so men te os de fi cien tes,mas tam bém os fa mi lia res.Thaí sa Hu gue nin, 12 anos, éusuá ria do ser vi ço jun to comsua mãe, a pe da go ga Mô ni caPe rei ra Pas sos Hu gue nin. “Eu

te ria de pe gar dois ôni bus paralevá-la à fi sio te ra pia e mais doispara vol tar. Com o ser vi ço, eco -no mi zo pas sa gem, te nho maisco mo di da de e ela é me lhoraten di da”, diz Mô ni ca. A pe da -go ga res sal ta que os pro fis sio -nais que tra ba lham no trans -por te têm um di fe ren cial so breos de mais mo to ris tas. “Eles sãobem pre pa ra dos e têm mui toca ri nho com as crian ças.”

Essa é tam bém a opi nião deWan der léa San tos Ri bei ro queacom pa nha dia ria men te a irmãmais nova, Fran cie le Da mia naBe zer ra, 12 anos, à fi sio te ra pia.“Acho que o ser vi ço é ex ce len te ede ve ria ser am plia do, pois aten deme lhor que os ôni bus, bus can doo usuá rio em casa”, diz.

ADAPTAÇÃOElevador facilitao transporte

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Com 11 vans, ainda há filade aten di men to. “Já aten de -mos em mé dia 60% da de -man da da ci da de. Es ta mos im -ple men tan do o ser vi ço e bus -ca mos a aqui si ção de no voscar ros”, diz a secretária He loí -sa. Ela fri sa que o au men to donú me ro de veí cu los adap ta dosper mi ti ria tam bém a aber tu rade ca das tros para pes soas por -ta do ras de de fi ciên cia fí si ca selo co mo ve rem até a es co la, aotra ba lho e até para o la zer,como já fun cio na em Bau ru, noin te rior de São Pau lo. “É umser vi ço com ple men tar e quenão ex clui a ne ces si da de deadap ta ção dos ôni bus.”

Para o se cre tá rio exe cu ti vodo Sin di ca to das Em pre sas deTrans por tes Ro do viá rios do Es -ta do do Rio de Ja nei ro (Se -trerj), Má rio Mes qui ta, o ser vi çoes pe cia li za do é a me lhor al ter -na ti va, pois mes mo a adap ta -

ção de to dos os ôni bus do paísnão re sol ve ria o pro ble ma deaces si bi li da de do de fi cien te fí -si co. “São pou cas as ci da desbra si lei ras onde as vias pú bli -cas são pa vi men ta das e sempro ble mas de aces so para opor ta dor. É ne ces sá ria uma po -lí ti ca de aces so in te gran do to -dos os se to res”, diz Mes qui ta.

Na ava lia ção do dirigentedo sin di ca to, as vans ga ran temmaior se gu ran ça, co mo di da dee con for to e Ni te rói tem to dasas con di ções para aten der nãoso men te às so li ci ta ções desaú de, mas a de man dascomo la zer e tra ba lho. “Paraoti mi zar o ser vi ço, em pre sas,po lí ti cos e en ti da des co mu ni -tá rias su ge ri ram a im plan ta çãode um ser vi ço de con ta to se -me lhan te ao ra dio tá xi, o queme lho ra ria a qua li da de doaten di men to”, diz o se cre tá riodo Se trerj. Esse pro gra ma ain -

da não foi im ple men ta do, masestá em es tu do pela pre fei tu ra.

Par ce riaEm Bau ru, o sis te ma de

trans por te para de fi cien tes co -me çou há seis me ses, comvans adap ta das. O pro gra matra ba lha com dois veí cu los quebus cam os por ta do res de de fi -ciên cia em casa e os le vam aodes ti no. Se gun do o Con se lhoMu ni ci pal dos Di rei tos da Pes -soa Por ta do ra de De fi ciên cia(Co mu de), es ti ma-se um nú -me ro em tor no de 250 pes soasusuá rias do ser vi ço na ci da de,que rea li zam uma mé dia de 60via gens por dia.

O ser vi ço foi im plan ta do gra -ças a uma par ce ria pú bli co-pri -va da. Duas vans fo ram doa daspor em pre sas de ôni bus da ci -da de e o aten di men to fi cou porcon ta da Em pre sa Mu ni ci palde De sen vol vi men to Ur ba no eRu ral (En durb). O usuá rio devese ca das trar na pre fei tu ra eagen dar o trans por te com 48ho ras de an te ce dên cia.

“Quan do há pou ca pro cu ra,ocor re de o usuá rio li gar e con -se guir o aten di men to na hora.Mas quan do a de man da émui to ele va da, al gu mas saí dasacabam tendo que ser re mar -ca das para o dia se guin te”, diza se cre tá ria de Bem-Es tar So -cial de Bau ru, Dar le ne Mar tinsTên do lo. Quan do os agen da -men tos são su pe rio res à ca pa -ci da de ope ra cio nal do ser vi ço,o aten di men to é prio ri za do.“Pri mei ro, são fei tos os aten di -

PARTICIPAÇÃOBusca de espaçopara se integrarno cotidiano

“ACHO QUEO SERVIÇO ÉEXCELENTEE DEVERIAPASSAR POR AMPLIAÇÃO”

FOTOS PAULO FONSECA

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men tos de saú de para pes soasque pre ci sam ir a clí ni cas e ahos pi tais. De pois, os aten di -men tos de tra ba lho e es co la.Em se gui da, os de cul tu ra e la -zer”, diz Dar le ne. A se cre tá riamu ni ci pal afir ma que, para oser vi ço ser mais abran gen te erá pi do, são ne ces sá rias maisduas vans. As ne go cia çõescom em pre sas de Bau ru já co -me ça ram.

O apo sen ta do Ex pe di to Ave -li no de Sou za, 62 anos, ví ti mada po lio mio si te (doen ça crô ni -ca que cau sa in fla ma ção e de -ge ne ra ção dos mús cu los), éusuá rio das vans em Bau ru.“Uti li zo o ser vi ço para ir ao mé -di co, ao tea tro e ou tras ati vi da -des e es tou mui to sa tis fei to,sugerindo a ampliação doserviço de forma a estendê-lo atodos os bairros. “Mas seria

muito im por tan te também aadap ta ção da ci da de em ge ralcom ram pas de aces so e tudomais”, reivindica ele.

Para o coor de na dor-ge raldo Co mu de, Fran cis co Ta kaoKa ji no, que como líder daentidade acompanhou deperto de todo o pro ces so deim plan ta ção das vans, e éusuá rio fre quen te do ser vi ço,a van adap ta da traz maior co -mo di da de. “Te nho mais se gu -ran ça. Sou te tra plé gi co e te -nho bas tan te di fi cul da de deme apoiar den tro dos ôni bus,pois te nho pou ca for ça nosbra ços”, afir ma Ka ji no. lRESERVA Poucas cidades oferecem espaço público para o deficiente

PROPOSTAS PARA A ADAPTAÇÃO

A s leis 1.048/2000 e 1.098/2000, quetra tam da adap ta ção da fro ta de ôni -bus para pes soas por ta do ras de de fi -

ciên cia, ain da não fo ram re gu la men ta das. Ode cre to de está aber to para con sul ta pú bli -ca des de de zem bro do ano pas sa do e fi ca ráem dis cus são até mar ço.

De acor do com o di re tor-su pe rin ten den teda As so cia ção Na cio nal do Trans por te Ur ba no(NTU), Mar cos Bi ca lho, a en ti da de está se pro -nun cian do nes sa con sul ta com su ges tões paravia bi li zar o aces so dos de fi cien tes ao trans por tee criar con di ções para que as em pre sas pos -sam se pre pa rar. Uma de las, se gun do ele, é aisen ção de im pos tos para veí cu los adap ta dos.

“Ou tra su ges tão é a aber tu ra de li nhas de fi -nan cia men to para que as em pre sas te nhamcon di ções de ad qui rir es ses veí cu los”, diz o di -

re tor da NTU. Bi ca lho fri sa que, no caso daspes soas que uti li zam ca dei ras de ro das e an da -do res, a su ges tão é a cria ção de ser vi ços es pe -ciais como as vans adap ta das, como já ocor reem Bau ru e Ni te rói. “Esse ser vi ço es pe cial te -ria, an tes de tudo, de le var em con si de ra ção aspe cu lia ri da des do lo cal, pois um mo de lo pa -drão não é apli cá vel a to das as ci da des. Cadauma tem as suas es pe ci fi ci da des.”

Bi ca lho acres cen ta que a adap ta ção de umape que na par te da fro ta se ria um ser vi ço quedei xa ria mui to a de se jar. “O usuá rio te ria de es -pe rar mui to tem po no pon to pelo trans por te”,afir ma. Além dis so, o di re tor da NTU diz que denada adian ta ria a adap ta ção dos ôni bus semuma adap ta ção to tal das ci da des. “É ne ces sá rioque to dos os com po nen tes de aces so se jamadap ta dos como ruas, cal ça das e ram pas.”

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S e 2003 não cum priu as ex pec ta -ti vas da po pu la ção na área so cial,o mes mo não pode ser dito quan -do o as sun to é ex por ta ção. O

mer ca do in ter no que se cui de, pois o Bra -sil ex por tou, no ano pas sa do, cer ca deUS$ 73,1 bi lhões, mais de 90% des se to -tal atra vés dos por tos. No se tor, o es pe tá -cu lo do cres ci men to já che gou.

No Nor des te, a ani ma ção é com pro va dape los nú me ros. En quan to a mé dia de cres -ci men to bra si lei ra foi de 17,4%, as ex por -ta ções nor des ti nas no lon go cur so ti ve ramum avan ço de 23% em re la ção a 2002 eche ga ram a US$ 6,4 bi lhões.

A mo vi men ta ção de car gas nos por tosdo Nor des te tem cha ma do a aten ção domer ca do na cio nal. A Ocea nus Agên cia Ma -rí ti ma – em pre sa do gru po Lach mann –,por exem plo, está com uma agres si va es -tra té gia de ex pan são na re gião. Se gun do odi re tor da em pre sa, José Au gus to Viei ra, aagên cia tra ba lha va ape nas com par cei rosnes sa área. No en tan to, de vi do a umaenor me pers pec ti va de cres ci men to dosne gó cios, fo ram im plan ta dos es cri tó rios re -gio nais em Sal va dor e São Luís. “O mer ca -do nor des ti no ain da não é tão ma du roquan to as re giões Sul e Su des te. Por isso,te mos uma gran de opor tu ni da de de ex pan -são nes ses lo cais”, ava lia Viei ra.

Ao todo, a re gião ex por tou 63,715 mi -lhões de to ne la das de pro du tos, 2,2% amais que no ano pas sa do. Ape sar de nãopa re cer uma gran de alta nos ne gó cios,essa ci fra cor res pon de a 20% do vo lu meex por ta do em todo o país.

Com o aque ci men to do mer ca do, ospor tos do Nor des te es tão bus can do re pre -sen ta ti vi da de no mer ca do na cio nal. Cadaqual, com suas es pe ci fi ci da des e di fe ren -ças, bus ca ofe re cer os me lho res ser vi ços econ quis tar es pa ço en tre o em pre sa ria dore gio nal.

SHOWNAS PORTOS DA REGIÃO TÊM ALTA NAS VENDAS

DOS NOR D

ARATU Porto baiano funciona 24 horas por dia e é um dos responsáveis pelo cresci

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En tre os me ses de ju nho e no vem bro de2003, o por to de Sal va dor (BA) des ta cou-sena pre fe rên cia do em bar ca dor, com a mo vi -men ta ção de US$ 1,02 bi lhão, se gui do pe lospor tos de Ita qui (MA), com US$ 935 mi lhões,Ara tu (BA), com US$ 427 mi lhões, e Pe cém(CE), com US$ 303 mi lhões.

Para o pre si den te da Com pa nhia das Do -cas do Es ta do da Ba hia (Co de ba), Jor ge Me -dauar, a exis tên cia des se cli ma de con cor rên -cia tem como re sul ta do po si ti vo a pres ta çãodos me lho res ser vi ços e a co bran ça de me no -res ta ri fas. De acor do com ele, Sal va dor temhoje, do Rio de Ja nei ro para cima, a maiormo vi men ta ção de con têi ne res do Bra sil, comex por ta ção ex pres si va de veí cu los e fru tas. “Onos so con jun to por tuá rio (Sal va dor, Ara tu eIlhéus) cres ceu qua se 15% em re la ção a2002, num mo men to em que a eco no miacres ceu ape nas 0,36%. Es pe ra mos um es tou -ro na mo vi men ta ção de car gas para 2005,pois 2004 será um ano de in ves ti men tos”,afir ma Me dauar.

Se gun do o di ri gen te, es tão pre vis tos in -ves ti men tos em tor no de R$ 150 mi lhõesnes te ano para a cons tru ção de dois no vosber ços e para a pre pa ra ção de cer ca de100 me tros qua dra dos de re tro-área nopor to de Sal va dor. A es tra té gia da com pa -nhia para este ano é con so li dar os clien tesjá con quis ta dos e agre gar no vos pro du tos.

Dois gran des con tra tos já es tão em an da -men to, e Me dauar pou co fala so bre as con -ver sas para não atra pa lhar as ne go cia ções.Um de les, ele adian ta, é com a em pre sa Ve -ra cel, que pre ten de mo vi men tar 800 mil to -ne la das de ce lu lo se atra vés do com ple xo por -tuá rio da Ba hia. “Des de que pre ser va da a éti -ca, pre ten de mos cres cer, man ten do a li de -ran ça”, diz o pre si den te da Co de ba.

Saí da de fru tasO di re tor do por to de Pe cém, Ju ran dir

Pi can ço, tam bém con si de ra a con cor rên -

S ÁGUAS EXTERNAS ACIMA DA MÉDIA

DESTINOS

mento de 15% na movimentação de carga do complexo portuário do Estado

POR EULENE HEMÉTRIO

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PORTO DE ITAQUI/DIVULGAÇÃO

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 47

INVESTIMENTOSPecém (alto), Itaqui eSalvador se movempara melhorar aestrutura dos terminais

cia sau dá vel. De acor do com ele, o ter mi -nal foi cons truí do es pe ci fi ca men te para darapoio às ati vi da des em pre sa riais do Cea rá,mas, na prá ti ca, tem mo vi men ta do car gasde di ver sos Es ta dos, uma vez que estáope ran do cer ca de 25% aquém de sua ca -pa ci da de.

PreferênciaEm 2003, Pe cém teve a maior mo vi -

men ta ção de fru tas do país, sen do quemais da me ta de dos pro du tos fo ram oriun -dos de ou tros Es ta dos, como Rio Gran dedo Nor te, Per nam bu co, Ba hia, Piauí e Pa -raí ba. Para Pi can ço, o prin ci pal mo ti vo dapre fe rên cia foi o re du zi do tem po de trân si -to para o ex te rior (seis dias para os Es ta dosUni dos e sete para o pri mei ro por to eu ro -peu). Ou tros atra ti vos do por to, se gun do odi re tor de Pe cém, são as boas con di çõespara na vios de gran de ca la do e o ar ran joins ti tu cio nal de uso pri va ti vo mis to, o queper mi te maior fle xi bi li da de ad mi nis tra ti va.

Es ta tís ti cas do Mi nis té rio do De sen vol vi -men to, In dús tria e Co mér cio mos tram queo prin ci pal des ti no dos pro du tos mo vi men -

ta dos no por to de Pe cém no se gun do se -mes tre de 2003 foi os EUA, com US$183,7 mi lhões ex por ta dos (61%). O nú me -ro de con têi ne res mo vi men ta dos tam bémfoi am plia do em mais de 120% em re la çãoa 2002 e che gou a 67.155 TEUs (uni da deequi va len te a um con têi ner de 20 pés).

De vi do à alta na mo vi men ta ção de car -gas, o por to deve in ves tir, em 2004, naam plia ção de to ma das fri go rí fi cas – de264 para 600 to ma das – para aten der ade man da do mer ca do. “Em 2003, con tor -na mos o pro ble ma, mas não foi a so lu çãoideal. Te mos de nos pre pa rar me lhor paraeste ano”, ava lia Pi can ço. De acor do comele, mais in ves ti men tos vão de pen der dopro je to si de rúr gi co do com ple xo in dus trialde Pe cém.

Sem dis pu taO por to do Ita qui, ad mi nis tra do pela Em -

pre sa Ma ra nhen se de Ad mi nis tra ção Por -tuá ria (Emap), tam bém está se des ta can dono ce ná rio nor des ti no. So men te en tre ju -nho de no vem bro de 2003, foi res pon sá velpelo trans por te de mais de 25 mi lhões deto ne la das – o maior vo lu me de car gas dare gião, ape sar de não ser o mais va lio so.

O pre si den te da Emap, Fer nan do An to -nio Bri to Fia lho, des ta ca que não há ne -ces si da de de uma dis pu ta en tre os por tosbra si lei ros, por que o país é um po ten cialex por ta dor e vai pre ci sar cum prir os de sa -fios para am pliar sua pau ta de ex por ta ção.“Os por tos têm que se qua li fi car e tra ba -lhar de for ma or ga ni za da, bus can do par -cei ros for tes para se rem mais efi cien tes,viá veis e ge rar vo lu mes de ne gó cios quecon tem plem a vo ca ção de cada um”, dizBri to Fia lho.

Se gun do o pre si den te da Emap, o por todo Ita qui, lo ca li za do na ca pi tal ma ra nhen -se, ob te ve um cres ci men to de qua se 11%na mo vi men ta ção de car gas em 2003, com

“TEMOS UMAGRANDECHANCE DEEXPANSÃO NOMERCADO”

MANU DIAS/AGÊNCIA A TARDE/FUTURA PRESS

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o ba lan ço fi nal de 15,5 mi lhões de to ne la -das. “Como par te do pro ces so de mo der ni -za ção ini cia do com a es ta dua li za ção dages tão do por to, há qua se três anos, de -mos em 2003 pas sos de ci si vos para dotá-lo de in fra-es tru tu ra ne ces sá ria para re ce -ber pro je tos im por tan tes, a exem plo dopólo si de rúr gi co e a re fi na ria de pe tró leo.Por meio de con vê nio com o Mi nis té rio dosTrans por tes, ga ran ti mos para este ano oiní cio de obras fun da men tais para a am -plia ção e mo der ni za ção do Ita qui”, afir maBri to Fia lho.

No meio do cres ci men to, o ter mi nalde Ita qui não es que ceu da qua li da de.Tra ba lha para ob ter o cer ti fi ca do ISO9001:2000, que ga ran te a clien tes epros pec tos do por to de que os pro ces sose lo gís ti cas são pla ne ja dos, or ga ni za dos,exe cu ta dos, coor de na dos e con tro la dosem toda a per ma nên cia no por to. “Es ta -mos tam bém ca mi nhan do em bus ca da

ex ce lên cia dos nos sos ser vi ços com aim plan ta ção do Pro gra ma de Ges tão daQua li da de, que vai ga ran tir ao por to aISO 9001:2000 e ou tros pro ces sos parator nar a sua es tru tu ra mais efi cien te evol ta da para a sa tis fa ção dos nos sosclien tes e par cei ros”, re for ça Fia lho.

Mul ti mo dalO por to do Ita qui é um ter mi nal re gio -

nal, abri ga do, com uma pro fun di da deúni ca no país, per mi tin do a atra ca ção dena vios de gran de ca la do, pos sui dor de lo -gís ti ca per fei ta atre la da a um sis te ma detrans por te mul ti mo dal (fer ro viá ria, ro do -viá ria e hi dro viá ria) e pro xi mi da de aosgran des mer ca dos mun diais. Ou tro im -por tan te di fe ren cial é ser o en tre pos to dede ri va dos de pe tró leo do Nor te/Nor des tebra si lei ro, com es tru tu ra para re ce ber na -vios de até 200 mil DWT (dead weighttons, to ne la das por peso-mor to). l

“ESPERAMOS UMESTOURO NASEXPORTAÇÕES EM2005, POIS 2004SERÁ UM ANO DEINVESTIMENTOS”

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 49

Dinheiro para o transporte:uma tese a ser demonstrada

ALEXANDRE GARCIA

OPINIÃO

Bra sí lia (Alô) - O go ver no fe de ral estáapos tan do no pro je to da Par ce riaPú bli co-Pri va da, que sai do for no dacon vo ca ção ex traor di ná ria do Con -gres so, para ter di nhei ro para a in fra-

es tru tu ra, em ge ral, e para o trans por te, em par ti -cu lar. De pois da en tra da de US$ 16,6 bi lhões emin ves ti men to ex ter no no úl ti mo ano de FHC, o go -ver no Lula teve que se con ten tar com pou co maisde US$ 10 bi lhões no ano pas sa do. Fru to da des -con fian ça ge ra da an tes de Lula as su mir.

Ven ci da a des con fian ça - que foi até subs ti tuí dapor oti mis mo exa ge ra do -, o pró prio pre si den te se pre -pa ra para en trar no cor po-a-cor po da mo ti va ção de in -ves ti do res, ex ter nos e in ter nos. Ele mes mo já con ver -sou com os pre si den tes do BID e do Bird, e com osche fões das maio res cen trais sin di cais ame ri ca nas(que ad mi nis tram pol pu dís si mos fun dos de pen são), eago ra vai fa zer o mes mo en tre os pos sí veis in ves ti do -res pri va dos na cio nais, uma par ti da de ci si va em queJosé Dir ceu e An tô nio Pa loc ci já jo ga ram a pre li mi nar.

Para atrair in ves ti men tos, é pre ci so me re cer con -fian ça e, para me re cer con fian ça, o go ver no pre ci sacon ti nuar fa zen do a sua par te, no ajus te fis cal e na po -lí ti ca mo ne tá ria. Ne ces si da de de re du zir a re la ção dí vi -da pú bli ca/PIB, de man ter a in fla ção abai xo de 6%nes te ano, de con ser var os ju ros reais em ten dên cia deque da e o su pe rá vit pri má rio aci ma de 4% e dar maisrea lis mo ao câm bio, sem ex ces si va va lo ri za ção do real.E há ques tões que mos tram a di fi cul da de do ajus te fis -cal: os ju ros de vi dos na dí vi da pú bli ca cres ce ram qua -se 90% no ano pas sa do, o dé fi cit do INSS su biu 53%e a re for ma não tra rá be ne fí cios a cur to pra zo e os gas -tos com pes soal con ti nuam cres cen do, en quan to os in -ves ti men tos pú bli cos per ma ne cem es tag na dos. Parasus ten tar o cres ci men to dian te de tan to de sa fio, serápre ci so con se guir sal do po si ti vo em con ta cor ren te su -pe rior a US$ 15 bi lhões por ano, sus ten tar su pe rá vits

na ba lan ça co mer cial su pe rio res a US$ 20 bi lhões eman ter as ex por ta ções cres cen do 10% ao ano.

As ex por ta ções, no ano pas sa do, pas sa ram deUS$ 70 bi lhões. O que fa zer para ex por tar US$ 100 bi -lhões? Ter trans por te. O que fa zer para o PIB cres cermais de 3% nes te ano? Trans por tar mais ri que za.Como, num país com es tra das aca nha das e es bu ra -ca das, pra ti ca men te sem fer ro vias e com um mí ni mode hi dro vias e por tos fun cio nan do mal? Ar ran jan do di -nhei ro para in ves tir em mais fer ro vias, me lho rar por tose hi dro vias e con ver ter os atuais ca mi nhos em ro do -vias. Sem isso, o se tor pri má rio, res pon sá vel por boapar te do de sem pe nho das ex por ta ções, não terá comoes coar. O en tu sias mo de pro du to res e o es for ço deven de do res po de rão ser tra ga dos pe las es tra das pre -cá rias. Oti mis ta, o mi nis tro dos Trans por tes está pro -me ten do que essa será a pri mei ra sa fra sem bu ra cose que se rão in ves ti dos R$ 200 mi lhões para re men daro as fal to. No or ça men to do DNIT, re gis tram-se R$ 950mi lhões para res tau ra ção e ma nu ten ção de es tra das -no ano pas sa do fo ram R$ 650 mi lhões. E não se no -tou. O es tra go dei xa do pe las chu vas de ve rão nos tí mi -dos pa vi men tos bra si lei ros aca ba por ge rar des con -fian ça nas pro mes sas oti mis tas.

En quan to se fala em ro do via, cres ce o sen ti men tode que não do tar um país des te ta ma nho de fer ro viatem sido o maior ates ta do de bur ri ce es tra té gi ca dosgo ver nos. O gran de cen trão geo grá fi co bra si lei ro, quetem sido a nova fron tei ra de grãos, está pe din do ur -gen te mais fer ro vias. Uns 4.000 km e uns US$ 4 bi -lhões. Na pon ta li to râ nea das fer ro vias, por tos efi cien -tes. En fim, o go ver no re co nhe ce que não faz so zi nho.Ou te ria que co brar mais im pos tos. Além de con quis -tar con fian ça do in ves ti dor para a se rie da de e cons tân -cia dos pro je tos, terá que de mons trar que este paístem fu tu ro. E isso já está de mons tra do nas ex por ta -ções do ano pas sa do. Ago ra, será pre ci so de mons trarque a ri que za pode ser trans por ta da.

“O QUE FAZERPARA EXPORTARUS$ 100 BILHÕES?TER TRANSPORTE.O QUE FAZERPARA O PIBCRESCER MAIS DE3% NESTE ANO?TRANSPORTARMAIS RIQUEZA”

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50 CNT REVISTA FEVEREIRO 200450 CNT REVISTA JANEIRO 2004D

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DAS PISTASPARA ASESTRADAS

FÓRMULA 1 É PRINCIPAL LABORATÓRIO PARAEQUIPAMENTOS DE CARROS E CAMINHÕES

DESENVOLVIMENTO

TECNOLOGIA

N o pró xi mo dia 7 de mar ço,cen te nas de pro je tos de en -ge nha ria au to mo bi lís ti ca, in -ves ti men tos as tro nô mi cos,

tec no lo gia de pon ta e em tes te es ta rãodis pu tan do um lu gar de des ta que numcir cui to de pou co mais de 5.000 me trosa bor do de 26 car ros. Tal vez no dia 7 demar ço de 2014 o mo tor do car ro ver me -lho nú me ro 1 des te ano seja o mes moque o seu. Até lá, mais cen te nas de mi -lhões de dó la res se rão gas tos até che garna sua mão. A tem po ra da da Fór mu la 1,que co me ça no pró xi mo mês, é hoje o

prin ci pal cam po de tes tes da in dús triaau to mo bi lís ti ca.

As pis tas de cor ri da são um dos maisim por tan tes la bo ra tó rios para os fa bri can -tes de au to mó veis de pas seio e ca mi -nhões. Anual men te, as gran des mar casmun diais in ves tem ci fras bi lio ná rias node sen vol vi men to de no vos pro du tos e tec -no lo gias, e são nas pro vas de ve lo ci da deque gran de par te de las é ava lia da. “Tra ta-se de um ban co de pro vas ili mi ta do paraas mon ta do ras”, afir ma o ge ren te de ven -das de ca mi nhões da Mer ce des-Benz,en ge nhei ro Eucly des Ghe din Coe lho.

POR HOMERO GOTTADELLO

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Além de ser o “ho mem” da Mer ce -des-Benz na Fór mu la Truck, Coe lho temuma ex pe riên cia de 20 anos na área deen ge nha ria da em pre sa. “Nas com pe ti -ções, os veí cu los são sub me ti dos a con -di ções tão ex tre mas de uso que po de -mos de fi ni-las como um li mi te de apli -ca ção”, diz o en ge nhei ro. “Ape nas parase ter uma idéia da im por tân cia das cor -ri das, é com in for ma ções que ob te mosnas pis tas que mu da mos ma te riais e al -te ra mos com po nen tes, mo di fi ca mossus pen são e chas si, além de me lho rar -mos o con cei to da cé lu la de so bre vi vên -cia de um ca mi nhão.”

Os ca mi nhões da mar ca ale mã quedis pu tam a F-Truck usam mo to res ele -trô ni cos que, ori gi nal men te, de sen vol -vem po tên cia de 380 cv. “Es ses mes mospro pul so res, de pois de pre pa ra dos, pas -sam a for ne cer 1.100 cv”, diz Coe lho.“Ima gi ne o que essa ele va ção de po tên -cia sig ni fi ca em ter mos de exi gên cia. To -das as pe ças in ter nas des se mo tor sãosub me ti das a car gas enor mes e até mes -mo os freios são so bre car re ga dos, afi nal,o ca mi nhão fica mais rá pi do e, parapará-lo, o pi lo to tem que acio nar o sis te -ma com mais in ten si da de e em me no resin ter va los de tem po.”

Exis te ou tra mo ti va ção para um fa bri -can te in ves tir nas cor ri das. “Além do fa -tor téc ni co, o as pec to co mer cial temgran de peso no in te res se das gran desmon ta do ras pelo au to mo bi lis mo”, ex pli -ca o as ses sor téc ni co da Fiat, en ge nhei -ro Car los Hen ri que Fer rei ra. “Mar cascom su ces so nas com pe ti ções têm seuspro du tos as so cia dos a uma ima gem devi tó ria e essa é uma es tra té gia de mar ke -ting que traz gran de re tor no, em ter mosde ven das.”

De acor do com Fer rei ra, exis tem ou -tros cam pos para o de sen vol vi men to de

FERNANDO PILATOS/FUTURA PRESS

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 53

tão de fro tas: a te le me tria. “A te le me triaé o trans por te sem fio de da dos for ne ci -dos pe las cen trais ele trô ni cas dos mo to -res, para uma base ope ra cio nal, comoos bo xes de um au tó dro mo”, diz o ge -ren te de ven das Eucly des Coe lho. “To -das as fa ci li da des des sa tec no lo gia quede sen vol ve mos nas pis tas es ta rão dis po -ní veis para os fro tis tas.”

Atra vés da te le me tria, os usuá rios têmin for ma ções pre ci sas de lo ca li za ção econ di ções de ope ra ção de cada ca mi -nhão. “Nes se pa co te, es tão con ti das in -for ma ções como con su mo de com bus tí -vel, dis tân cia per cor ri da, per cur so res -tan te e es ti ma ti va de tem po de che ga da,tem pe ra tu ra do mo tor e até mes mo car -ga da ba te ria”, ex pli ca Coe lho. “Além deper mi tir o acom pa nha men to do tra ba lhode cada veí cu lo, a te le me tria re duz otem po de ma nu ten ção dos veí cu los, gra -ças à ra pi dez da diag no se ele trô ni ca. E,como se sabe, ca mi nhão pa ra do é di -nhei ro per di do.”

A tec no lo gia de pon ta pre sen te nomun do au to mo bi lís ti co não se re su me acon jun tos me câ ni cos e ele trô ni ca em -bar ca da. Ela tam bém mi gra para o dia-a-dia na for ma de ma te riais de alta re sis -tên cia. “Al guns mo de los, como o Fer ra riF360 Mo de na, che gam a uti li zar ma te -riais como o tungs tê nio na cons tru çãode sua car ro ce ria, o que au men ta a re -sis tên cia e di mi nui o peso do car ro”,afir ma o en ge nhei ro Car los Hen ri queFer rei ra, da Fiat, con glo me ra do pro prie -tá rio da mar ca do ca va li nho ama re lo edos car ros ver me lhos.

En tre tan to, o cus to des sas tec no lo giasé al tís si mo, o que aca ba di fi cul tan do asua ado ção em veí cu los co mer ciais. “Al -guns ma te riais só po dem ser uti li za dosem mo de los de pro du ção li mi ta da ou su -per car ros, já que sua ado ção em au to -

no vas tec no lo gias. “As gran des ino va -ções são cria das e tes ta das em con jun tocom os for ne ce do res e as pis tas sãoape nas um en tre os di ver sos la bo ra tó riosque usa mos”, afir ma o en ge nhei ro. “Po -de mos di zer que, hoje, há uma dis tân ciacada vez me nor en tre o que se usa nascor ri das e aqui lo que é in cor po ra do aosmo de los de pro du ção.”

Al guns dos exem plos de tec no lo giade sen vol vi da para as cor ri das que mi -grou para os mo de los de pas seio são oscâm bio se qüen ciais, como o Se les peedda Alfa Ro meo, o sis te ma in te li gen te deaber tu ra de vál vu las Vtec, da Hon da, e ocon tro le ele trô ni co de es ta bi li da de(ESP), cria do para a McLa ren e que estádis po ní vel para qua se to dos os mo der -nos au to mó veis es por ti vos e de altoluxo. “É ób vio que os car ros de pas seionão usam os mes mos con jun tos da F-1,mas o con cei to des ses sis te mas é idên -ti co”, diz Fer rei ra.

Te le me triaNo seg men to de ca mi nhões, uma no -

vi da de cria da para as com pe ti ções pro -me te, em bre ve, tor nar-se uma das fer -ra men tas mais im por tan tes para a ges -

“TRATA-SE DE UMBANCO DE PROVASILIMITADO PARAAS MONTADORAS”

LABORATÓRIOBox da F-1 antecipa astecnologias que chegarãoao cidadão comum

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54 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

mó veis co muns sig ni fi ca ria uma ele va -ção mui to gran de no pre ço fi nal des seveí cu lo”, diz Fer rei ra. E esse pa re ce sero fa tor que aca ba de ter mi nan do a ve lo -ci da de com que es ses avan ços do mun -do au to mo bi lís ti co vão es tar dis po ní veispara o con su mi dor co mum.

Um exem plo dis so é a ci fra in ves ti dapela Good year no de sen vol vi men to da li -nha de pneus Ea gle que, atual men te,está dis po ní vel para to dos os au to mó veisde pas seio do mer ca do: US$ 125 mi -lhões. “A F-1 foi o la bo ra tó rio mais im -por tan te para o de sen vol vi men to dospneus ra diais e, hoje, é o cam po de pro -vas mais efi cien te para os tes tes de no -vos com pos tos de bor ra cha”, de cla ra o

TOP DE LINHACarros modernos queatendem a comandos devoz para abrir portas eacionar a ignação

“HOJE, HÁ UMADISTÂNCIA MENORENTRE O QUE SEUSA NAS CORRI-DAS E O QUECHEGA AOS MODE-LOS DE PRO-DUÇÃO”

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 55

PRATICIDADEMOVE PROJETOS

di re tor de cor ri das da mar ca, Leo Mehl.“Não há dú vi das de que os be ne fí ciosdas com pe ti ções são inú me ros e vão doapren di za do téc ni co à pu bli ci da de.”

Ape nas para se ter idéia do va lor queé apli ca do por al gu mas mar cas nas pis -tas, na úl ti ma dé ca da, a Ford com prou aequi pe Ste wart, que cor re com a mar caJa guar, por US$ 150 mi lhões. O pro gra -ma de de sen vol vi men to de mo to res daBMW para a equi pe Wil liams, de no mi na -do BMW-Po wer F1, teve in ves ti men to ini -cial de US$ 350 mi lhões. A To yo ta gas toumais de US$ 250 mi lhões só no seu pri -mei ro ano na F-1 e a Mer ce des-Benz de -tém, atual men te, 49% da McLa ren.

Essa “im por ta ção” tec no ló gi ca pas sapelo Bra sil tam bém. A Pe tro bras, que for -ne ce a ga so li na para a Wil liams, já trou xepara o mer ca do o re sul ta do do for ne ci -men to de 200 mil li tros anuais de com -bus tí vel para a equi pe in gle sa. A ga so li naPo dium é ba sea da no tra ba lho de sen vol -vi do na F-1 e pro me te de sem pe nho su pe -rior aos com bus tí veis nor mais, mais eco -no mia e me nos po lui ção. l

co tra sei ro se di vir tam com jo gos ou fil -mes no for ma to DVD.

Os bo tões se rão subs ti tuí dos porsis te mas co man da dos por voz. Al gunsau to mó veis de luxo já ofe re cem essaop ção para con tro le do con jun to deáu dio, mas, em bre ve, tudo será ope -ra do por voz, des de os fa róis até aaber tu ra do por ta-ma las.

In fe liz men te, a re cí pro ca não é ver -da dei ra e a con tri bui ção tec no ló gi cados au to mó veis de rua para as pis tasde cor ri da pra ti ca men te não ocor re.“En quan to per for man ce e du ra bi li da -de são os as pec tos que mais ava lia -mos, nas pis tas, pro cu ra mos agre gareco no mia e ver sa ti li da de nos pro du tosque co mer cia li za mos para os trans -por ta do res”, diz o ge ren te de ven dasde ca mi nhões da Mer ce des-Benz,Eucly des Ghe din Coe lho. “No pri mei rocaso, o ob je ti vo é a má xi mo em de -sem pe nho e, no se gun do, a pra ti ci da -de. De nada adian ta a pra ti ci da de dosveí cu los co mer ciais nas pis tas.”

O air-bag é um dis po si ti vo de se gu -ran ça de au to mó veis co muns e queain da não foi apli ca do aos mo de los decom pe ti ção. “Os sen so res que ati vamas bol sas de pro te ção são acio na dospela de sa ce le ra ção do veí cu lo”, diz oas ses sor téc ni co da Fiat, Car los Hen ri -que Fer rei ra. “O pro ble ma é que, de -vi do à gran de ca pa ci da de de fre na -gem dos car ros de cor ri da, es ses sen -so res 'con fun dem' as for tes de sa ce le -ra ções com uma pos sí vel co li são.”Nes se caso, o uso de air-bags em umF-1 se ria um fa tor de ris co.

D es de o iní cio da dé ca da de 90,o alu mí nio vem sen do em pre -ga do na cons tru ção da car ro -

ce ria de mo de los Audi, Ca dil lac e Ja -guar. Os câm bios au to má ti cos se -qüen ciais, con tro la dos por bor bo le tasna co lu na de di re ção ou bo tões no vo -lan te, tam bém es tão dis po ní vel paraau to mó veis Pors che, Alfa Ro meo eFer ra ri. Des de 1997, a Fe de ra ção In -ter na cio nal de Au to mo bi lis mo (FIA)de ter mi nou que o car ro de F-1 fos seequi pa do com uma es pé cie de “cai xapre ta”, onde fi cam ar ma ze na das to -das as in for ma ções do veí cu lo. Essedis po si ti vo per mi te que se jam en con -tra das as reais cau sas de um aci den tee já fo ram in cor po ra das por mo de losBuick e pelo Che vro let Cor vet te.

A tec no lo gia dos au to mó veis do fu -tu ro tam bém virá das ne ces si da desprá ti cas da vida mo der na. Uma de las,que já está dis po ní vel como op cio nalpara au to mó veis topo de li nha da GM,nos EUA, é o pára-bri sa in te li gen te.Tra ta-se de um pro je tor que mos tra in -for ma ções no vi dro fron tal do veí cu lo eevi ta que o mo to ris ta des vie sua aten -ção da pis ta. Esse sis te ma ain da dis -põe de uma fun ção no tur na, que iden -ti fi ca a pre sen ça de pes soas ou ani -mais além do al can ce dos fa róis, atra -vés de sen so res de ca lor.

Os vi deo ga mes já são uma rea li da -de no mer ca do in ter na cio nal. Eles sãoum aces só rio de fá bri ca que agre gamdois mo ni to res de cris tal lí qui do napar te de trás dos en cos tos de ca be çae per mi tem que os ocu pan tes do ban -

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56 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

A partir de março, o programa deRegistro Nacional de Infrações deTrânsito (Renainf) desenvolvido peloDenatran, será ampliado para oDistrito Federal e para mais quatroEstados: Ceará, São Paulo, MinasGerais e Rio de Janeiro. O Renainfconsiste na troca de informaçõessobre multas entre os Detrans detodo o país. Atualmente, carros complacas do Paraná, da Bahia, deGoiás e de Pernambuco já estãointegrados na mesma base dedados. Segundo o cronogramadefinido pelo Denatran, a cada mês,de abril até setembro deste ano,dois novos Estados serão incluídosna base única. O mês de setembroé o prazo limite para que as multascheguem aos proprietários deveículos, mesmo quando circulamfora do Estado no qual aconteceuo emplacamento.

INTEGRAÇÃO

DESCONTO NO COMBUSTÍVEL

O Programa de Logística de Trans-portes da Bahia está sendo apre-sentado a investidores. Segundo aSecretaria de Infra-Estrutura doEstado, são 137 propostas queenvolvem desde rodovias e fer-rovias até centros de distribuiçãode produtos, passando por portos,aeroportos e hidrovias. O programa,cujo objetivo é reorganizar ascadeias logísticas da Bahia, deveser executado num prazo de 20 a25 anos e está pronto para serimplementado. O orçamento doprograma é de R$ 10 bilhões.

INVESTIR NA BAHIABENEFÍCIOTaxistas terãocotas fixas dereembolso

A Comissão de Economia, Indústriae Comércio está analisando projetode lei, de autoria do deputadofederal Marcos de Jesus (PL-PE),que garante desconto de 20% noscombustíveis para taxistas ecaminhoneiros. Pela propostaos motoristas deverão sercadastrados junto aos sindicatose às distribuidoras, que emitirãoa Célula de Identificação de Con-sumidor Beneficiário (CICB). Odocumento conterá todos os dadosdo motorista e do veículo e seráválida em todo o território nacional.

A CICB somente terá valor seacompanhada do comprovantede quitação das taxas incidentessobre o veículo e dos tributos aque se sujeitam os serviços.De acordo com o projeto, ospostos terão de apresentarmensalmente o demonstrativodos descontos às distribuidoraspara que sejam ressarcidos.As distribuidoras ficariamautorizadas a incluir nos preçosdos combustíveis comercializadoso acréscimo necessárioao ressarcimento.

MAIS TRANSPORTE

BASTIDORES & NEGÓCIOS

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 57

CONVÊNIO NO SULO Sest/Senat de Porto Alegre está participando deconvênio na campanha “Paz é a gente que faz”,desenvolvido pela Assembléia Legislativa do RioGrande do Sul e pelo setor transportador da capitalgaúcha. A parceria irá desenvolver seminários paraa formação de educadores para a paz junto aostrabalhadores de ônibus, lotação, táxi e transporteescolar. Após constatar que a violência no trânsitoé a terceira causa de morte no Brasil (atrás dasdoenças do coração e do câncer), o transportadorgaúcho investiu na campanha para ressaltar aimportância da educação de toda a sociedade. Umdos pontos que está no programa do convênio é oalerta quanto à imprudência, ao uso de álcool e odescumprimento das leis de trânsito, fatores queajudam na trágica estatística brasileira. Para maisinformações sobre o convênio e as atividades dacampanha, ligue para a unidade do Sest/Senat emPorto Alegre: (51) 3374-8080.

DIVERSÃO E ARTE O Sest/Senat de Presidente Prudente está comuma série de atividades esportivas e artísticas cominscrições abertas para a comunidade. Entre asopções oferecidas, estão natação, ginástica local-izada, hidroginástica, capoeira, teatro, artesanato einstrumentos musicais. As vagas são limitadas.Para mais informações, procure a unidade: rodoviaArthur Boigues Filho, 585, Jardim Carandá. O tele-fone é (18) 227-1074.

EM FORMAA unidade do Sest/Senat de Florianópolis está comum curso de preparação física em três turnos -matutino, vespertino e noturno -, além de umaextensão para sábados e domingos pela manhã. Ocurso é voltado para as pessoas que prestamexames em concursos que necessitam de capaci-tação física, como para as Polícias Rodoviária eMilitar. Mais informações pelo telefone(48) 281-6200.

URGÊNCIA Sindicato pede providência no viaduto das Almas

BR-101 SEM SOLUÇÃO

E fica para o segundo semestre aduplicação da BR-101, no sul dopaís. Essa foi a declaração doministro dos Transportes, AndersonAdauto. A rodovia federal é a prin-cipal rota de ligação do extremo sulcom o centro do país e com o Mer-cosul. A falta de duplicação no tre-cho de aproximadamente 350 kmentre os municípios de Osório (RS)e Palhoça (SC) faz a estrada serconhecida, nesse percurso, como“rodovia da morte”.

NOVO SISTEMA

Já está em operação o novosistema de cartão de pedágioda Companhia de ConcessãoRodoviária Juiz de Fora-Rio(Concer), que tem o objetivode agilizar o processo opera-cional e de tráfego. Com anova tecnologia, o usuário ape-nas aproxima o cartão da leito-ra e aguarda a liberação. Operíodo de operação dos doissistemas (antigo e novo) vaiaté 23 de março.

CARTA AO MP

O Sindicato da União Brasileirados Caminhoneiros (SUBC)encaminhou ao Ministério PúblicoFederal uma notificação sobre asmás condições do viaduto VilaRica (também chamado deviaduto das Almas), no trecho daBR-040 que liga Belo Horizonteao Rio de Janeiro. Segundo opresidente do sindicato, JoséNatan Emídio Neto, a categoria

pede a construção urgente de umdesvio do viaduto, obra que colocariaum fim aos acidentes comcaminhoneiros, que freqüentementetransitam no local. Diz a cartaenviada ao MP que “a questão émuito séria, pois o viaduto possuium pontilhão localizado no pé deuma serra longa e íngreme, alémde possuir pista com ondulações eestreita em curva”.

CNT EM PAUTA

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58 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

O modal ferroviáriocomeça a mostrarrecuperação nasua movimen-

tação. Setor fundamentalpara a economia do Brasil, amalha ferroviária registrouum aumento expressivo novolume de carga transporta-da no ano passado. Entrejaneiro e novembro, forammovimentadas aproximada-mente 356,3 milhões detoneladas – 18% superior aoregistrado em igual períodode 2002 e 8% maior que overificado em todo o anoretrasado, resultado influen-ciado pelas exportações.Cabe destacar o esforço dasconcessionárias em investirem material rodante e recu-perar linhas que potencial-izam a eficiência gerencial eoperacional do parque fer-roviário e permitem ganhosde produtividade significa-tivos.

As empresas de transporte

rodoviário de cargas foramresponsáveis por movimentarem 2003 de aproximada-mente 448,5 milhões detoneladas (1,1% menor que2002) – em dezembro, foramtransportadas mais de 38,8milhões de toneladas. O valoraponta para uma redução da

participação do modal namatriz do transporte, emfunção do fortalecimento dasferrovias.

O modal rodoviário de pas-sageiros (segmento inter-estadual) registrou 77,3 mil-hões de viagens em 2003,2,3% superior a 2002. Os

FERROVIAS CRESCEMNO SETOR DE CARGAS

IDET

ESTATÍSTICA

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL FERROVIÁRIO DE CARGA

VALORES EM TONELADAS

VARIAÇÃO %

ANO PRIMEIRO SEMESTRE ANO* ANUAL

2000 143.517.921 302.618.789 -

2001 158.478.719 317.866.693 5,04%

2002 155.006.647 329.742.191 3,74%

2003 199.372.954 356.282.842 8,05%

ACUMULADO NO

* 2003 ACUMULADO ENTRE JANEIRO E NOVEMBRO

MODAL APRESENTOU ALTA DE 8% EM 2003 NA COMPARAÇÃOCOM 2002, RESULTADO DA RECUPERAÇÃO DA MALHA

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 59

QUEDAAPONTAREDUÇÃODA PARTICI-PAÇÃO DOMODALRODOVIÁRIONA MATRIZDO TRANS-PORTE

principais destinos dos pas-sageiros foram os Estados daregião Sudeste. Em dezem-bro, foram registradas 7,1milhões de viagens, 10,1% amenos que no mesmo perío-do de 2002.

No segmento intermunici-pal, observou-se umaredução no número de via-gens em 2003 de 1,4%sobre 2002. Em dezembro,foram registrados 53,4 mil-hões de deslocamentos con-tra 54,8 milhões em 2002. Amovimentação de pas-sageiros acumulada no anosuperou 572,8 milhões, altade 1,2% sobre igual períodode 2002.

ColetivosNo transporte coletivo

urbano (ônibus) foram reg-istrados 915,7 milhões dedeslocamentos em dezembro(44,7 milhões por dia útil), emmais de 521,5 milhões dequilômetros rodados pelasconcessionárias. O Índice dePassageiro Quilômetro (IPK)médio para o período foi de1,732. O IPK oscilou entre1,303, na região metropoli-tana do Rio de Janeiro, e2,494, no Rio Grande do Sul.O IPK estabelece uma relaçãoentre demanda por transportecoletivo, passageiros trans-portados e oferta.

Para maiores esclareci-mentos e/ou download dastabelas completas do Idet,acesse www.cnt.org.br ouwww.fipe.com.br. l

ACUMULADO

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL FERROVIÁRIO DE CARGA

VALORES EM TRANSPORTADAS

VARIAÇÃO %

PERÍODO 2002 2003

1º SEMESTRE 37.222.986 40.155.080

ANO 75.513.084 77.266.969

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL RODOVIÁRIO DE PASSGEIROSINTERESTADUAL

NÚNEROS DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

PERÍODO 2002 2003

1º SEMESTRE 281.926.883 285.403.329

ANO 581.149.372 -

FONTE: CNT / FIPE-USP

MODAL RODOVIÁRIO DE PASSGEIROSINTERMUNICIPAL

NÚNEROS DE PASSAGEIROS TRANSPORTADOS

ANO PRIMEIRO SEMESTRE ANO ANUAL

2000 215.715.091 445.816.005 -

2001 215.419.794 441.408.929 -0,99%

2002 217.731.658 453.540.208 2,75%

2003 219.257.553 448.480.595 -1,12%

Page 60: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Multimodalidade (6 aulas)

Experiências Gerenciais deSucesso: Como a RealExpresso Obteve a Certifi-cação ISO 902 (12 min)

11h30 • Tirando de Letra12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Turismo (aulas 5 a 9)

13h • SEST/SENAT Programação • Tema: Fome (23 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 55 e 562º Grau • Língua Portuguesa 31 e 32

DIA 4/3 • QUINTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Inspetor (2 a 6)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Novas Tecnologias no Trans-

porte Rodoviário (7 aulas)

11h30 • Tirando de Letra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Turis-mo (aulas 10 a 14)

1/3 - SEGUNDA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h - 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de táxi (11 a 13)

SIG/SAD (aulas 1 a 2)

10h - 15h30 • IDAQ Programas • Código de Barras, EDI e

Internet no Transporte

Rodoviário de Carga

(4 aulas)

Melhorando a Produtivi-

dade (aulas 1 a 3)

11h30 • Tirando de Letra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Chefia de Expedição (aulas 1 a 5)

13h • SEST/SENAT Programação • Social (22 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 53 e 542º Grau • Língua Portuguesa 29 e 30

2/3 • TERÇA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

SIG/SAD (aulas 3 a 4)

Facilitador (aulas 1 a 3)

10h • 15h30 • IDAQ Programas • Melhorando a Produtividade

do Veículo (aulas 4 a 10)

11h30 • Tirando de Letra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Chefia de Expedição(aula 6)Motorista de Ônibus Tur-ismo (aulas 1 a 4)

13h • SEST/SENAT Programação • Social: Fome (23 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 55 e 562º Grau • Língua Portuguesa 29 e 30

DIA 3/3 • QUARTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Facilitador (aulas 4 a 7)Inspetor (aula 1)

PROGRAMAÇÃO • MARÇO 2004

Page 61: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

13h • SEST/SENATProgramação • Social (19 min)Tema • Higiene e Saúde no Trabalho

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 57 e 582º Grau • Língua Portuguesa 31 e 32

5/3 • SEXTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Inspetor (aula 7)

Motorista de Ônibus Turis-

mo (aulas 1 a 4)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Just in Time (5 aulas)

Roteirizadores Automáticos e

Eletrônica Embarcada

(2 aulas)

11h30 • Tirando de Letra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Turis-

mo (aulas 15 a 16)

Gestão de Qualidade e Pro-

dutividade (aulas 1 a 3)

13h • SEST/SENAT Programação • Social (22 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 57 e 582º Grau • Língua Portuguesa 33 e 34

DIA 8/3 • SEGUNDA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Tur-ismo (aulas 5 a 9)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Melhoria na Produtividade

de Veículos no TransporteRodoviário (7 aulas)

11h30 • Tirando de Letra12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Gestão da Qualidade eProdutividade (aulas 4 a 8)

13h • SEST/SENAT Programação • Social (25 min)

Série • Comunidade em CenaTema • Itaipú (15 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 59 e 602º Grau • Língua Portuguesa 33 e 34

DIA 9/3 • TERÇA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Tur-ismo (aulas 10 a 14)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Sistema GPS: Qual, Comoe Porquê? (7 aulas)

11h30 • Tirando de Letra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Qualidade e Produtividade(aulas 9 a 13)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)Tema • Tireóide (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 59 e 602º Grau • Língua Portuguesa 35 e 36

DIA 10/3 • QUARTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Ônibus Tur-ismo (15 a 16)Trafegando nos Países doMercosul (aulas 1 a 3)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Definição e Negociação Tar-ifária no Transporte Rodoviário(3 aulas)Recursos Humanos: Ferra-menta para Aumento deProdutividade(4 aulas)

11h30 • Tirando de LetraGrandes Autores; Ecologia

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Gestão da Qualidade e Pro-dutividade (aulas 14 a 18)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: UnidiversidadeTema: Fé e Religião (23 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 61 e 622º Grau • Língua Portuguesa 35 e 36

11/3 • QUINTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

9h • 13h30 SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Trafegando nos Países doMercosul (aulas 4 a 8)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Mecanização da Carga eDescarga (7 aulas)

11h30 • Tirando de LetraA influência dos CD-ROMs nosmeios de comunicaçãoJoão Melo Batista; Leitura nainfância; Livros e CD’s Roms; Maxiano Soalheiros

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Gestão da Qualidade e Pro-dutividade (aulas 19 a 23)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (20 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: É com VocêCidadãoTema: Cães Domésticos(5 min)

Page 62: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

Série • AcervoTema • Gato por Lebre (9 min)

Série • Ligado em SaúdeTema • Rubéola (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 61 e 642º Grau • Língua Portuguesa 37 e 38

12/3 • SEXTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Lab. Produtos Florestais/ ReservaGuaíba/ A questão ambiental

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Ajudante de Motorista deCaminhão / Ajudante deColeta Entrega (aulas 1 a 5)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Financiamento, Renovação eGerenciamento da Frota noTransporte Rodoviário (5aulas)Código de Barras, EDI e Inter-net no Transporte Rodoviáriode Carga (4 aulas)Aula 1 e 2

11h30 • Tirando de LetraFrancisco Bosco; Livros deReportagem; a atleta Ana Flávia;Amor impossível, possível Amor

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Gestão da Qualidade e Pro-dutividade (aulas 24 a 26)Desenvolvimento Geren-cial (aulas 1 a 2)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: AcervoTema: Trabalho e Saúde(17 min)Série: Ligado em SaúdeTema: Parto (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 63 e 642º Grau • Língua Portuguesa 37 e 38

Língua Portuguesa 38

15/3 • SEGUNDA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Serra da Capivara - Piauí / Pas-toral da Criança

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Gestão de Qualidade eProdutividade (aulas 1 a 5)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Manutenção e Garagem noTransporte Rodoviário (5aulas)Código de Barras, EDI e Inter-net no Transporte Rodoviáriode Carga (4 aulas)Aula 3 e 4

11h30 • Tirando de LetraMariana Colassanti; Livros emColeções;Vinícius de Moraes; Livros deGuerra

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-

cial (aulas 3 a 7)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (21 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série: Viva Legal

Tema: Vacinação (13 min)

Série: Comunidade em Cena

Tema: Faxina Geral (8 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 65 e 662º Grau • Língua Portuguesa 39 e 40

16/3 • TERÇA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Vilas Olímpicas - Curumim

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Gestão de Qualidade e Pro-dutividade (aulas 6 a 10)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Análise Econômico-Finan-ceira do Desempenho daEmpresa (6 aulas)Aula 1 a 3Gestão de Custos e Preçosde Fretes (8 aulas)Aula 1 a 4

11h30 - Tirando de LetraCarlito Azevedo; Diários adoles-centes; José de Alencar; TimRescala

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-cial (aulas 8 a 12)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (21 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série: Se LigaTema • Uma Veizinha Só (15 min)

Série • Ligado em SaúdeTema • Obesidade Infantil (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 65 e 662º Grau • Língua Portuguesa 39 e 40

17/3 • QUARTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Vila Bairro / Aleitamento Materno/Trabalho Infantil

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Gestão de Qualidade e Pro-dutividade (aulas 11 a 15)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Análise Econômico-Finan-ceira do Desempenho daEmpresa (6 aulas)Aula 4 a 6Gestão de Custos e Preçosde Fretes (8 aulas)Aula 5 a 8

11h30 • Tirando de LetraHistória da vida privada; CarlaCamurati;Conservação dos Livros; AntônioCallado

Page 63: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-cial (aulas 13 a 17)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: UnidiversidadeTema: Riso (23 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 67 e 682º Grau • Língua Portuguesa 41 e 42

18/3 • QUINTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Mães Canguru/ Médico da Família/Biblioteca Volante

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/

aula)Gestão de Qualidade e Pro-dutividade (aulas 16 a 20)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Informática (6 aulas)Aula 1 a 3Introdução de Novas Tec-nologias no TransporteUrbano(8 aulas)Aula 1 a 4

11h30 • Tirando de LetraPatrícia Melo; Manuel Antonio deAlmeida;Livros de torcedores;Maiakovisky

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-cial (aulas 18 a 22)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (22 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: É com Você CidadãoTema: Boas Maneiras (8 min)

Série • AcervoTema • Anjos da Fome (8 min)

Série: Ligado em SaúdeTema • Doença Celíaca (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 67 e 682º Grau • Língua Portuguesa 41 e 42

19/3 • SEXTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

RS -Bibliotecas Flutuantes / Angrados Reis

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Gestão de Qualidade e Pro-dutividade (aulas 21 a 25)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Informática (6 aulas)Aula 4 a 6Introdução de Novas Tec-nologias no TransporteUrbano (8 aulas)Aula 5 a 8

11h30 • Tirando de LetraRita Espeschit; Biblioteca infan-to-juvenil; Mário Quintana; RaulCortez

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-cial (aulas 23 a 27)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (22 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série • AcervoTema • Pratos Prediletos (16 min)

Série • Ligado em SaúdeTema • Artrose (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 69 e 702º Grau • Língua Portuguesa 43 e 44

22/3 • SEGUNDA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Mirante do Paranapanema/Agentes de Desenvolvimento

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Gestão de Qualidade eProdutividade (aula 26)Roteirista (aulas 1 a 4)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Sistemas de TransporteUrbano (3 aulas)Empresa de CargaRodoviária: Fazendo Negó-cios no Mercosul (4 aulas)

11h30 • Tirando de LetraEric Nepomuceno; Livros dedança; Escrita feminina;Cruz e Souza

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Desenvolvimento Geren-cial (aulas 28 a 29)Transporte de Cargas eEncomendas Rápidas(aulas 1 a 3)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”Série: Viva LegalTema: Saúde no Trabalho(12 min)Série: Comunidade em CenaTema: Amamentação (11 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Ciências 69 e 702º Grau • Língua Portuguesa 43 e 44

23/3 • TERÇA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Projeto Terra Vitória ( Cegos / Floripa)

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Roteirista (aulas 5 a 6)Transporte Cargas eEncomendas Rápidas(aulas 1 a 3)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Sistemas de TransporteRodoviário (3 aulas)Armazéns: Localização,Dimensionamento e Estoques(3 aulas)O Uso de Contêineres noTransporte Rodoviário deCarga (12 min)

Page 64: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

11h30 • Tirando de LetraAlice Ruiz; Vídeo na Escola; Silvia

Klein; Fernando Sabino

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão Urbano

Empresa (aulas 1 a 5)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (24 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série • Se LigaTema • Um Abraço (18 min)

Série • Ligado em SaúdeTema • Cálculo Renal (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • ExC1 e ExC22º Grau • Língua Portuguesa 45 e 46

24/3 • QUARTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Escola Oficina/ Serra Negra do

Norte

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão

Urbano - Empresa (aulas

1 a 5)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Melhoria na Produtividade de

Veículos no Transporte

Urbano (6 aulas)

Experiências Gerenciais de

Sucesso: Como a Real Expres-

so Obteve a Certificação ISO

902 (12 min)

11h30 • Tirando de LetraHistórias dos personagens; Moda

se aprende em livros?

Érico Veríssimo; Chico Pelúcio

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão

Urbano Empresa

(aulas 6 a 10)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série: Unidiversidade

Tema: Fetiche (23 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 1 e 22º Grau • Língua Portuguesa 45 e 46

25/3 • QUINTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Tecsel- Niterói / SOS Costa

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão

Urbano - Empresa (aulas 6

a 10)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Privatização, Regulamen-

tação e Licitação no Trans-

porte Urbano (3 aulas)

Recursos Humanos: Ferra-

menta para Aumento de

Produtividade (4 aulas)

11h30 • Tirando de LetraImportância da pesquisa na cri-

ação de obras literárias, cine-

matográficas e musicais.

Aluísio Azevedo; Paulinho Pedra

Azul; Maitê Proença

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão

Urbano Empresa (aulas 11

a 13)

Roteirista (aulas 1 a 2)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (20 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série: É com Você

Cidadão

Tema: Código Nacional de

Trânsito (5 min)

Série • AcervoTema • Soja na Mesa (9 min)Série • Ligado em SaúdeTema • Incontinência Urinária (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 1 e 22º Grau • Língua Portuguesa 47 e 48

26/3 • SEXTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Projeto Terra Vitória (Cegos/Floripa)

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Motorista de Caminhão

Urbano - Empresa (aulas 9

a 13)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Gestão da Manutenção (5

aulas)

Gestão de Recursos

Humanos e Seguros (3

aulas)

Aula 1 e 2

11h30 • Tirando de LetraAdaptações de livros para cine-

ma, teatro e TV

Manuel Bandeira; O beijo no

asfalto; Christiane Torloni

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Roteirista (2 a 6)

Page 65: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Série • AcervoTema • Família dá Samba (17 min)

Série • Ligado em SaúdeTema • Não Fume! (6 min)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 3 e 42º Grau • Língua Portuguesa 47 e 48

29/3 • SEGUNDA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Tamar/ Pirambu/Sergipe- São Mart-

inho

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/

aula)

Condução Econômica

(aulas 1 a 5)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Gestão de Recursos

Humanos e Seguros (3

aulas)

Aula 3

Controle da Demanda X Oferta

no Transporte Rodoviário (6

aulas)

11h30 • Tirando de LetraContadores de histórias; Rock

brasileiro; Clube da Literatura

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Ajudante de Motorista

de Caminhão / Ajudante

de Coleta e Entrega

(aulas 1 a 5)

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfal-

to”

Se Liga (Aids Trabal-

hadores - 17’)

Ligado em Saúde

(Exercícios Físicos - 6’)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 5 e 62º Grau • Língua Portuguesa 49 e 50

31/3 • QUARTA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Lixão de Aguazinha - Olinda

(Hidro Fênix -SP)

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/ aula)

Conferente de Cargas

(aulas 1 a 5)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Marketing e Planejamento

Estratégico para Empresas

de Transporte Urbano de

Passageiros (14 aulas)Aula 8

a 14

11h30 • Tirando de LetraAna Miranda; Educação e Livros;

Hilda Furacão; Biografias

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/ aula)

Cobrador de ônibus

Urbano (aulas 5 a 9

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Unidiversidade (Paz - 23’)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 5 e 62º Grau• Língua Portuguesa 51 e 52

13h • SEST/SENATProgramação • Social (23 min)

“Canal Saúde no Asfalto”

Viva Legal (Saúde no Tra-

balho - 12’)

Comunidade em Cena

(Plantas Medicinais - 11’)

17h • Telecurso 20001º Grau • Geografia 3 e 42º Grau • Língua Portuguesa 49 e 50

30/3 • TERÇA-FEIRA8h30 • Trilhas Brasileiras

Meninos Carvoeiros/Campina

do Monte alegre

9h • 13h30SEST/SENAT • PEAD 1 (12 min. p/

aula)

Condução Econômi-

ca

(aulas 6 a 10)

10h • 15h30 • IDAQProgramas • Gerenciais

Marketing e Planeja-

mento Estratégico para

Empresas de Trans-

porte Urbano de Pas-

sageiros (14 aulas)

Aula 1 a 7

11h30 • Tirando de LetraA história de Lygia Fagun-

des Telles;

Paulo Autran;

Inspiração x Transpiração

12h • 14h30SEST/SENAT • PEAD 2 (12 min. p/

aula)

Cobrador de Ônibus

Urbano (aulas 1 a 5)

Page 66: Revista CNT Transporte Atual - FEV/2004

66 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004

HUMORDUKE

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FEVEREIRO 2004 CNT REVISTA 67

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68 CNT REVISTA FEVEREIRO 2004