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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO À VEZ DO MESTRE MOTIVAÇÃO: A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO COMPORTAMENTO DE UM COLABORADOR POR: ROBSON DA SILVA SARDINHA ORIENTADOR: Prof.º CARLOS CEREJA RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO À VEZ DO MESTRE

MOTIVAÇÃO:

A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO

COMPORTAMENTO DE UM COLABORADOR

POR: ROBSON DA SILVA SARDINHA

ORIENTADOR:

Prof.º CARLOS CEREJA

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO À VEZ DO MESTRE

MOTIVAÇÃO:

A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO

COMPORTAMENTO DE UM COLABORADOR

O objetivo desta monografia é identificar a influência da motivação no comportamento de um colaborador dentro de uma empresa e analisar os resultados da empresa e do funcionário na ausência da motivação “produtividade em declínio”.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem

ele nada seria possível. Ao meu pai e

minha mãe que ensinaram a ver a vida

com dignidade, honestidade e a ter

paciência nas minhas conquistas. Também

quero estender os meus agradecimentos

os meus filhos a minha esposa Valéria e

ao meu professor Carlos Cereja.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa e aos

meus filhos por serem minha força motriz

de agora e para todo sempre.

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RESUMO

Neste trabalho aborda-se o tema da Motivação: A influência da motivação no

comportamento de um colaborador. Faz-se uma introdução acerca da

Motivação e da sua importância no desempenho dos trabalhadores.

Esclarece-se o conceito de Motivação e apresentam-se algumas definições

de Motivação, através das quais alguns autores contextualizaram o conceito.

Por ultimo abordam-se neste trabalho as Teorias da Motivação, apenas

numa abordagem superficial. Após a introdução, serão apresentados os

modernos conceitos de gestão de pessoas e como a área de recursos

humanos é vital atualmente para a organização na definição de estratégias,

na produtividade e bem-estar dos funcionários e até na disseminação da

missão, da visão, dos objetivos e das metas organizacionais.Com a análise

realizada em cima do tema, chega-se a conclusão da importância da

motivação e de como estão reagindo os colaboradores, dependendo de

cada situação, sempre com o apoio das ferramentas de qualidade e de

recursos humanos.

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METODOLOGIA Este trabalho buscará apóio básicos artigos científicos e livros na área

de motivação. Além disso, consulta a revistas com exemplos práticos quanto

a situações vivenciadas nas empresas e novos métodos na área de gestão

de pessoas serão importantes na condução do trabalho.

Quanto aos livros utilizados, como bibliografia básica, podem-se citar

os livros “Gestão de Pessoas” que auxiliarão no desenvolvimento e

entendimento do assunto.

Os trabalhos acadêmicos realizados durante o curso de pós-

graduação “em marketing” serão importantes na aplicação dos conceitos de

motivação organizacional com a descrição das ferramentas e a sua

aplicabilidade.

A consulta à bibliografia sugerida pelos professores também será uma

maneira de pesquisar materiais mais atualizados a fim de elaborar a

monografia. Além das fontes de consulta citadas, as anotações em sala de

aula poderão incrementar a monografia com alguma informação adicional.

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Sumário

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I Motivação, fatores do comportamento organizacional. 11

CAPITULO II Uma visão sistêmica sobre motivação nas organizações

desde política da empresa até fatores intrínsecos e extrínsecos de um

colaborador. 19

CAPITULO III Motivação e Liderança 27

CAPITULO IV O papel dos incentivos no gerenciamento de equipes. 32

CAPITULO V Qualidade de vida no trabalho 39

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45

ÍNDICE 47

FOLHA DE APROVAÇÃO 48

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INTRODUÇÃO

Vivemos na era da globalização, da tecnologia e informação, nas

empresas privadas tendo em vista isso às empresas necessitam se adequar

às mudanças, as novas necessidades que surgem no dia-a-dia, e foi isso

que motivou a elaboração desse trabalho, que está voltado à motivação: a

influencia da motivação no comportamento de um colaborador.

Esse estudo demonstra a preocupação em proporcionar uma melhor

qualificação, mais bem estar e saúde aos servidores, para poder

caracterizarem-se como uma empresa mais eficiente, reconhecido e

respeitado pela sociedade. Pois é conhecedor de que as organizações de

sucesso necessitam de pessoas talentosas em suas áreas de atuação,

capazes de resolver problemas e também de criar soluções. Pois produtos

podem ser imitados, a tecnologia comprada, portanto o que faz a diferença

no mundo das organizações são as idéias, os projetos de qualidade e

aplicabilidade, e isso, não se compram, mas são criados por pessoas

motivadas.

Esta monografia foi elaborada no âmbito da pós-graduação em

marketing, da universidade Candido Mendes projeto a vez do mestre, está

enquadrado num conjunto de artigos sobre motivação. Como tal pode-se

dizer que este é um trabalho de âmbito mais geral.

E por ter essa visão, está investindo em seu quadro funcional, não apenas

em cursos, treinamentos, mas oportunizando para que seus Servidores

façam a diferença, ou seja, que demonstrem sua capacidade através de

projetos, que antes eram elaborados por pessoas de fora, contratadas para

esse fim, mas que agora não, são os Servidores da própria empresa, que

valorizados, motivados, estão fazendo as mudanças, fazendo as coisas

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acontecerem, e isso, demonstra o crescimento de nossa organização,

conforme iremos ver.

O problema deste trabalho é o que acontece com a empresa e o

funcionário quando a motivação não existente? Esta abordagem oferece um

leque de informações bastante variado, com metas referentes a não

motivação praticamente em todos os aspectos mais significativos da vida

quotidiana e da atividade laboral. Esta característica é bastante útil para a

compreensão e predição do comportamento. É uma abordagem que permite

uma avaliação bastante diferenciada de não motivações, cada uma delas

específicas. Além disso, estas motivações apresentam uma organização

dinâmica, determinada pela natureza dos interesses visados, que facilita a

predição do comportamento a partir da estrutura motivacional da pessoa.

Justifica-se que nós passamos muito tempo no trabalho e por isso

sentir-se motivado em seu emprego é importante para seu bem estar.

Uma ação para motivar esta dividida em duas partes e evidencias os

motivos mais comuns da insatisfação das pessoas com seus empregos e

como conseqüências da sua desmotivação, que está retratada na natureza

da função e o relacionamento com as pessoas com que trabalha. Para estar

sempre motivado dentro da sua empresa é necessário uma relação de itens

importantes para se chegar ao nível mínimo de satisfação. Como

pensamento para alcançar esse patamar de motivação contamos com

alguns artifícios tais como: Qualificação para a função variáveis e desafios

sobrecarga de trabalho valor agregado a empresa oportunidade de mostrar

habilidades assim entender o quanto é importante para a empresa ter um

colaborador motivado é fundamental para o sucesso da mesma.

Os objetivos são analisar os resultados da empresa e do funcionário

na ausência da motivação o que seria a produtividade em declínio.

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Hipótese produtividade em baixa, doenças físicas e emocionais e

insatisfação e a delimitação são em cima das empresas brasileiras.

Esta monografia foi elaborada em cinco capítulos que no qual o

primeiro se delimita em motivação, fatores do comportamento

organizacional, o comportamento humano se acha especialmente orientado

para a busca de prazer, de satisfação, sem dor nem sofrimento; dirigido

basicamente para a realização de objetivos. Assim, se obrigarmos as

pessoas a realizarem determinadas atividades, estará meramente reagindo

à pressão, por obrigação, apenas para cumprimento de uma ordem. Já, caso

estejam motivadas, realizam a atividade com prazer, e, conseqüentemente,

com eficiência. Ademais, motivação é um fenômeno contínuo...;No segundo

capítulo uma visão sistêmica sobre motivação nas organizações desde

política da empresa até fatores intrínsecos e extrínsecos de um colaborador

com essa perspectiva sistêmica, todos os sistemas de forças que operam o

empregado devem ser considerados antes de se poder compreender

adequadamente a motivação e o comportamento do empregado;

aproveitando as idéias das teorias de conteúdo, de processo e do reforço.

Acreditam que o sistema consiste em três conjuntos de variáveis que afetam

a motivação nas organizações; Características individuais, características do

trabalho e características da situação de trabalho; No capitulo terceiro

motivação e liderança aspectos que devem andar juntos com um só objetivo

gerar uma onda motivacional e a produtividade como resultado; no capitulo

quarto o papel dos incentivos no gerenciamento de equipes e no quinto

capítulo qualidade de vida no trabalho, este trabalho visa elucidar toda e

qualquer dúvida a respeito da motivação e as suas influências no

comportamento de um colaborador.

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CAPITULO I

MOTIVAÇÃO, FATORES DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL.

O comportamento organizacional se constitui a partir das interações que

surgem no ambiente da organização, que pode ser individual ou em grupo,

de acordo com a estrutura formal da organização, Chiavenato (2004, p.5)

ensina que “o Comportamento Organizacional (C0) refere-se ao estudo de

indivíduos e grupos atuando em organizações”. Nota-se que apesar da

terminologia, não é a organização quem se comporta, mas os indivíduos que

nela trabalham.Para Knap (2006, p. 95) “as organizações são compostas de

pessoas, que representam o coração da empresa, bombeando informações

e ações para sua sobrevivência. Para que a relação homem-empresa seja

agradável e eficaz, devemos buscar harmonia e equilíbrio de interesses”.

Não há como uma organização alcançar seus objetivos, suas metas,

sem que haja um relacionamento harmonioso, capaz de superar as

discordâncias e os conflitos, e que consiga fazer das divergências uma

oportunidade de estreitar as relações e aumentar a capacidade de resolução

dos problemas. Portanto, são elas, as pessoas, através de seu

comportamento, que atuando dentro de uma organização, acabam

moldando a própria forma de agir da organização. Quando estamos no

nosso ambiente de trabalho, estamos, sim, falando e agindo pela

empresa/órgão, no qual temos vínculo empregatício, são as pessoas que

dão vida à organização. Além da motivação humana, tema do presente

artigo, dois outros fatores influenciam sobremaneira o comportamento

organizacional, que são as atitudes e a liderança, das quais faremos um

breve resumo.

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Geralmente para que as pessoas se sintam motivadas ou

despertadas para algo que gera prazer, há necessidade de modificar alguma

atitude comportamental própria, em relação ao contexto ou situação em que

vive e que lhe causa insatisfação. Então, as atitudes dos indivíduos em

relação aos objetos do meio social estão relacionadas com a sua

experiência de vida, seus valores, sua cultura, de acordo com a maneira que

vai organizando as informações adquiridas na sua existência. Portanto o

indivíduo ao assumir uma atitude, encontra-se diante de um conjunto de

valores que o influenciam. Segundo Kanaane(1999), o indivíduo se agrupa

conforme as atitudes semelhantes em determinadas situações, com o

objetivo de amenizar fatores discordantes que se fazem presentes, quando

se depara com pessoas que apresentam atitudes contrárias as suas.

Kanaane (1999, p.79) define atitude como “uma reação avaliativa, aprendida

e consolidada no decorrer da experiência de vida do indivíduo”, que tem

componentes básicos presentes em sua formação:

- afetivo-emocional: voltado aos sentimentos ou reações emotivas que o

indivíduo apresenta em determinadas situações;

- cognitivo: são as crenças individuais, os conhecimentos e os valores

relacionados à situação, objeto ou pessoa;

- comportamental: são as ações favoráveis ou desfavoráveis, em relação à

situação vivenciada;

- volitivo: constitui as motivações, desejos, expectativas e necessidades, que

podem ser inatas ou adquiridas.

Podemos então dizer que as atitudes humanas são tendências às

reações e funcionam como justificativa do comportamento humano, bem

como refletem o como e o porquê do comportamento, assim como a

motivação. Conforme Kanaane (1999) as atitudes humanas podem

permanecer estáveis durante um longo período, ou até mesmo durante toda

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uma vida, pois valores e crenças estão subjacentes às atitudes e tendem a

se fixar. Todavia, essas mudanças vêm sendo afloradas nas relações

sociais, e em particular no contexto de trabalho.

Dessa forma, quando adquirimos informações novas, surgem novos

sentimentos, afetos, comportamentos, e isso torna o indivíduo um ser

imprevisível, o que poderá refletir em uma possível mudança de atitude, de

comportamento, e é por isso, que não podemos afirmar que conhecemos o

outro em sua totalidade, uma vez que o comportamento humano é resultante

de uma situação vivenciada no momento em que a experiência ocorre.

Portanto, buscar compreender as atitudes humanas, proporciona ao

indivíduo entender melhor as relações sociais das pessoas e, por extensão,

o comportamento dos colaboradores no ambiente de trabalho, uma vez que

as atitudes do colaborador é o reflexo de seu valores, expectativas e

necessidades, bem como do sentido que atribui ao trabalho.

A liderança pode ser considerada como um processo de dirigir o

comportamento das pessoas rumo ao alcance de alguns objetivos, também

poderá refletir na habilidade de influenciar as pessoas para o alcance de

metas de forma voluntária. Nesse mesmo sentido, Maximiani (2004, p.289)

expõe que “Liderança é o uso da influência não coercitiva para dirigir as

atividades dos membros de um grupo e levá-los à realização de seus

próprios objetivos”. Isso nos leva a acreditar que uma administração eficiente

depende da capacidade de seus gestores de portarem-se como verdadeiros

líderes, e, que a liderança é recíproca e ocorre entre pessoas, sendo uma

atividade focada em pessoas e não em atividades burocráticas ou que

visem, exclusivamente, a resolver problemas, pois a liderança envolve o uso

do poder e política. Podemos então afirmar que o papel do líder é

basicamente o de introduzir força, vigor e rumo definido nas organizações.

Por meio da liderança, uma pessoa influencia outras pessoas em

função dos relacionamentos existentes. Por isso, é bom salientar, que

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alguns traços são considerados necessários ao líder, devido,

principalmente, às atividades que irá desenvolver. Destarte, o líder deve ser

assimilador, inovador, saber compartilhar, estar atento e poder, com as

outras pessoas, ser responsável, acessível e abordável, conduzir redes,

experiente em muitas áreas, ter visão global, apoiar a colaboração, conhecer

as pessoas que estão dentro e fora da organização. Há, hoje, uma

preocupação das organizações em investirem em programas, ações, que

busquem o desenvolvimento das habilidades de seus gestores, para que

possam desenvolver o papel de líder e com isso alcançar mais rapidamente

seus objetivos.

As pessoas são consideradas o capital intelectual da organização.

Desta forma, com as transformações ocorridas no mundo do trabalho vêm

sendo reconhecidas como elementos humanos fundamentais na

organização. Diante de tal premissa, devemos saber que toda conduta

humana pressupõe um estímulo, que pode nos levar a fazer algo com prazer

ou não, e que o comportamento humano é produzido por alguma coisa que

nos motiva. É necessário que em nosso ambiente de trabalho procuremos

entender o comportamento das pessoas que nos cercam, até mesmo para

desenvolver a capacidade de prever, modificar, e tentar controlar o

comportamento futuro, no dia-a-dia de trabalho.

O comportamento humano se acha especialmente orientado para a

busca de prazer, de satisfação, sem dor nem sofrimento; dirigido

basicamente para a realização de objetivos. Assim, se obrigarmos as

pessoas a realizarem determinadas atividades, estará meramente reagindo

à pressão, por obrigação, apenas para cumprimento de uma ordem. Já, caso

estejam motivadas, realizam a atividade com prazer, e, conseqüentemente,

com eficiência. Ademais, motivação é um fenômeno contínuo, nunca

definitivamente resolvido para cada indivíduo. Cada momento motivacional é

único para cada pessoa, pois as pessoas são diferentes no que diz respeito

à motivação.

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As necessidades se diferem de um indivíduo para outro, produzindo

padrões de comportamento diversificados: os valores, a cultura, as crenças,

as emoções, a percepção do ambiente, a capacidade de aprendizado, as

habilidades, também são diferentes. Por isso há necessidade de se

conhecer as necessidades humanas como fonte de motivação do indivíduo.

Destarte, as pessoas de uma organização podem ser vistas como criatura

sociais, dotadas de sentimentos, desejos e temores, têm necessidades de

diversos níveis que só são alcançadas na interação social, ou seja, por meio

do grupo social as que estão ligadas.

De acordo com Mattos (1999, p. 38) “o indivíduo normal e sadio

almeja, acima de tudo, assumir maior responsabilidade pelo que faz,

participar das decisões sobre o que fazer, conquistar mais autonomia e

respeito por sua condição profissional”. Sendo assim, há necessidade que a

organização seja mais democrática perante seus funcionários, para que

participem mais das decisões, pois, quando as pessoas percebem que são

ouvidas e que suas idéias são levadas em consideração, há um

fortalecimento de sua auto-estima e um aumento significativo de seu

potencial criativo. O processo motivacional inicia com o aparecimento de

uma necessidade que rompe o equilíbrio do organismo e provoca um estado

de tensão e desconforto. A partir do momento em que a pessoa encontra a

satisfação de sua necessidade, estará reencontrando o equilíbrio deixando

de ser motivadora do comportamento, pois já está satisfeita. Para melhor

abordarmos o tema, teceremos considerações sobre algumas teorias que

alicerçam os conceitos da motivação.

Entre os teóricos que mais contribuíram para que pudéssemos

compreender a intensidade da necessidade humana foi Abraham H. Maslow

(1908-1970), com a Teoria da Hierarquia das Necessidades, é uma das mais

conhecidas teorias sobre motivação no estudo da administração e do

comportamento organizacional, que considera a existência de cinco

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sistemas responsáveis por grande parte do comportamento dos

indivíduos. Maslow estabeleceu sua teoria baseada na afirmação de que os

indivíduos se comportam para suprir suas necessidades mais imediatas. O

indivíduo deseja permanentemente, e o seu comportamento é explicado em

termos de necessidades que experimenta e que servem de estímulos para a

ação. Para Maslow as necessidades humanas são organizadas em um

sistema de hierarquia, satisfeitas as necessidades primárias, o ser humano

procura a satisfação das demais necessidades, conforme segue:

Necessidades fisiológicas: são as necessidades primárias, vitais, que

estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São inatas e

instintivas, sua satisfação é cíclica e periódica, por exemplo: as de

alimentação, sono, conforto físico, horário de trabalho razoável, horários

para descanso, abrigo, satisfação sexual.

Necessidades de segurança: aparece depois que satisfeitas às

necessidades fisiológicas, e esta voltada para a estabilidade, proteção

contra o perigo, contra as ameaças ou privações, condições seguras de

trabalho, estabilidade no emprego, etc.

Necessidades sociais: satisfeitas as necessidades fisiológicas e sociais,

surgem às necessidades sociais, que incluem a necessidade de associação,

de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de

afeto e amor.

Necessidade de estima: envolve a auto-apreciação, a autoconfiança, a

necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e

consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança

perante o mundo, independência e autonomia.

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Necessidade de auto-realização: são as necessidades do grau mais

elevado.

Decorrem da educação e cultura de cada pessoa, de sua pré-

disposição em se auto-desenvolver, de desenvolver seu potencial, de

desenvolver comportamentos específicos, conforme padrões de excelência,

buscando fazer sempre o melhor possível e com grande desejo de sucesso

e de se sentir competente. Cada satisfação irá desencadear novas

necessidades mais importantes e sempre haverá o desejo de querer mais, e

isso se revela também no trabalho, na qual o servidor/colaborador exigirá

mais autonomia, oportunidades para desenvolver novos projetos. Frederick

Herzberg(1923-2000), citado por Chiavenato (2003), formulou essa teoria

para explicar o comportamento das pessoas no trabalho, para ele, a

motivação é influenciada por dois fatores: fatores higiênicos e fatores

motivacionais, que são independentes e responsáveis pela satisfação

profissional das pessoas. Os fatores higiênicos referem-se ao ambiente e

possuem a função de impedir a insatisfação com o trabalho, são as

condições que cercam o indivíduo enquanto trabalha, envolvendo as

condições do ambiente de trabalho, salário, benefícios recebidos,

supervisão, colegas e contexto geral que envolve o cargo ocupado. Os

fatores motivacionais se referem às condições proporcionadas para que a

pessoa consiga se desenvolver, através de conteúdo ou atividades

desafiantes e estimulantes do cargo desempenhado, para que ela possa

crescer profissionalmente e assumir maiores responsabilidades, sendo

dessa maneira motivada em sua função através da realização de tarefas e

deveres inerentes ao seu cargo.

Em sua teoria, Herzberg afirma que apenas os sistemas de

necessidades que correspondem aos níveis de estima e auto-realização de

Maslow é que servem de fontes diretas de motivação para se trabalhar com

eficiência. Essas necessidades foram chamadas de fatores de motivação ou

satisfação. Esses devem ser promovidos pela organização para manter sua

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equipe motivada. A capacidade de alcançar tais fatores depende do prazer

no trabalho e do envolvimento de cada um. Quanto maior o envolvimento,

maior a satisfação com as conquistas do dia-a-dia. Os fatores “motivadores”

são construídos a partir do crescimento e da auto-realização que cada

membro do grupo extrai de suas tarefas. Para ele, a delegação de

responsabilidades ajuda a enriquecer as tarefas da equipe, aumentando

dessa forma a motivação coletiva, sem negligenciar fatores como

estabilidade, segurança, benefícios, salários adequados e principalmente o

reconhecimento profissional.

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CAPITULO II

UMA VISÃO SISTÊMICA SOBRE MOTIVAÇÃO NAS

ORGANIZAÇÕES DESDE POLÍTICA DA EMPRESA ATÉ

FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS DE UM

COLABORADOR

Com tantas visões diferentes sobre motivação Lyman Porter e

Raymond Miles sugeriram que uma perspectiva sistêmica da motivação

seria útil para os administradores como os indivíduos se comportam nas

organizações (Bergamini, 1997).

Com essa perspectiva sistêmica, todos os sistemas de forças que

operam o empregado devem ser considerados antes de se poder

compreender adequadamente a motivação e o comportamento do

empregado; aproveitando as idéias das teorias de conteúdo, de processo e

do reforço. Portes e Miles acreditam que o sistema consiste em três

conjuntos de variáveis que afetam a motivação nas organizações, são elas:

As características individuais: São os interesses, as atitudes e as

necessidades que a pessoa traz à situação de trabalho. Obviamente as

pessoas diferem nessas características, de modo que suas motivações

também diferem. Por exemplo, uma pessoa pode desejar prestígio e ser

motivada por um alto salário.

As características do trabalho: São os atributos das tarefas do

empregado e incluem a quantidade de responsabilidade, a variedade de

tarefas e até que ponto o trabalho em si tem características que as pessoas

acham satisfatórias. Para muitas pessoas um trabalho que seja

intrinsecamente satisfatório irá ser mais motivante do que um que não o

seja.

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As características da situação de trabalho: A situação de trabalho, o

terceiro conjunto de variáveis que podem afetar a motivação no trabalho,

consiste em duas categorias: as ações, as políticas e a cultura da

organização como um todo, e o ambiente de trabalho (Fleury &

Fischer,1989).

As políticas gerais de pessoal da organização, seus métodos de

recompensa individualmente os empregados e a cultura da organização se

traduzem em ações organizacionais que influenciam e motivam

trabalhadores (Blankstad, 1997; Peters, 1997).

As políticas de pessoal: Como as escalas de salários e os benefícios

para os empregados (férias, pensões e coisas do tipo, geralmente têm

pouco impacto sobre o desempenho do indivíduo). Mas essas políticas

afetam o desejo dos empregados permanecerem na organização ou saírem

dela e a capacidade que ela tem de atrair novos empregados (Blankstad,

1997; Peters, 1997).

O Sistema de recompensas: Da organização guia as ações que tem

maior impacto sobre a motivação e o desempenho individual dos

trabalhadores. Aumento de salários, bonificações e promoções podem ser

grandes motivadores do desempenho individual desde que sejam

administrados com eficácia (Blankstad, 1997; Peters, 1997).

A cultura organizacional: As normas, valores e crenças

compartilhadas por seus membros podem melhorar ou piorar o desempenho

do indivíduo. Por exemplo, um antigo empregado com uma cultura altamente

formal pode experimentar alguma dificuldade de se ajustar às culturas mais

informais de uma organização, além disso, certos tipos de cultura têm

probabilidade de ser mais bem sucedida do que outras na motivação dos

empregados. Culturas que estimulem o respeito pelos empregados, que os

integrem no processo decisório e que lhes dêem autonomia no planejamento

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e na execução de tarefas, encorajam um desempenho melhor do que as

culturas altamente segmentadas. O dinheiro é o incentivo mais óbvio e mais

freqüentemente utilizado, mas não é o único meio de motivarem os

empregados. De fato, presumindo que eles percebam sua compensação

como sendo justa, os trabalhadores de hoje em dia respondem a incentivos

não monetários como férias extras, horários flexíveis, creche para os filhos,

instalações recreativas no local de trabalho e transporte patrocinado pela

empresa.

Incentivos financeiros que não são salários e as bonificações também

têm lugar num sistema de incentivo; entre eles estão os planos de pensão

com retirada antecipada participações acionárias na empresa, contribuições

dadas pela empresa para educação e empréstimos para compra de carros

ou de casas (Blankstad, 1997; Peters, 1997).

As variáveis fundamentais da situação de trabalho que é a ação, a

política e a cultura organizacional começaram a representar um papel mais

importante na prática organizacional contemporânea, especialmente depois

de terem sido submetidos a um clima de mudança influenciado por vários

fatores internos e externos. Vamos considerar um desses fatores: a

tendência para o downsinzing, ou a redução da força de trabalho de uma

empresa com o objetivo de torná-la mais competitiva (Azevedo, 1990 &

Blanckstad, 1997).

Desenvolvimentos como o downsinzing são particularmente

interessante porque trazem à luz uma questão nova e importante na teoria e

na prática motivacional, a necessidade de motivar o pessoal de

administração, além dos trabalhadores de nível mais baixo na organização

(Fleury & Fischer, 1989).

Os princípios motivacionais de Maslow e outros teóricos foram

desenvolvidos numa época em que a maioria das grandes corporações

americanas tinha um relacionamento paternalista com seus administradores

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(Bergamini, 1997). O contrato de trabalho implícito determinava que se o

administrador seguisse os incentivos motivacionais prescritos na cultura

organizacional teria um emprego vitalício e a estabilidade garantida (Rocha,

1993). De fato, a corporações, exigia lealdade, confiabilidade e um volume

de trabalho justo em troca de um pagamento justo, um futuro seguro e uma

chance de promoção. O Salário baseava-se mais na posição dentro da

hierarquia organizacional do que no desempenho (Peters, 1997). As

pessoas tendiam a ficar numa empresa durante toda a sua carreira e a

organização esperava que eles ficassem para garantir a estabilidade

hierárquica. A partir da década de 80, entretanto, isso mudou à medida que

corporações americanas de todos os tamanhos começaram a reduzir seu

pessoal em todos os níveis (Blanckstad, 1997). Essa tendência levantou

questões sérias sobre o melhor modo de motivar e manter a lealdade dos

administradores.

25

As pessoas pouco avisadas e desconhecedoras dos princípios

básicos do comportamento acreditam que a grande motivação de quem

trabalha é o salário e então concluem que o homem trabalha por que precisa

de dinheiro (Azevedo, 1990 ; Bergamini, 1997).

Essa posição deve ser abandonada, pois segundo Robert Meignez,

quando o empregado reclama salário dentro da empresa, é por que não

acredita que ele possa dar outra satisfação pessoal (Claret, 1998).

De acordo com Chris Agyris, os objetivos de quem trabalham

caminham paralelamente com os objetivos da empresa (Claret, 1998 ;

Revista Ser Humano, 1997). Ambos devem buscar a produtividade para

atingir conforto e satisfação. Se uma organização qualquer tiver os objetivos

dos trabalhadores diferentes do da empresa, das duas uma, ou a empresa

esta política e organizacionalmente desorganizada e carente de maiores

recursos ou o trabalhador esta desajustada ou infeliz (Boss, 1997).

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23

A chave da solução do problema motivacional de uma empresa esta

no diagnóstico de uma empresa e planejamento de medidas que possam ir

ao encontro das necessidades de quem trabalha, quer no nível de

aspirações psicológicas, quer no de necessidade de ordem física (Kondo,

1994).

Distinguem-se dois tipos de teorias da motivação: as teorias dos

processos e as teorias dos conteúdos (Aquino, 1981). As primeiras

descrevem os processos motivacionais, "como se estão motivado", as

segundas tentam explicar "por que se está motivado" (Azevedo, 1990). Os

conteúdos podem variar de um trabalhador ao outro, de um emprego a

outro, mas os processos podem ser aplicados a todos os conteúdos

(Bergamini, 1997). As teorias dos processos buscam precisar como as

variáveis interagem para mobilizar o comportamento dos trabalhadores

(Claret, 1998).

Elas se originam das teorias gerais dos comportamentos e

apresentam a motivação como uma força resultante de três variáveis

(Kanaane, 1995 ; Kirants, 1994):

A expectativa: é uma relação entre o esforço despendido e a performance

obtida, é a resposta à pergunta: "Eu vou alcançar uma maior criação ( ou

criarei melhor) se eu me esforçar mais?";

A instrumentalidade: é a proporção esperada sobre a performance, é a

resposta à pergunta: "Eu vou obter do meu trabalho o que espero se eu fizer

mais ou melhor?" ;

A valência: de uma expectativa é o valor atribuído pelo indivíduo a um

resultado atendido, é a resposta à pergunta: "Que prêmio obterei com minha

contribuição para o trabalho atual?".

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A motivação é um fator resultante da multiplicação destas três

variáveis, pois dado que uma delas é fraca, a motivação torna-se frágil. Por

exemplo: um trabalhador pode estar desmotivado porque suas boas

performances não são reconhecidas por um superior hierárquico medíocre

ou hostil (Bergamini, 1997).

As expectativas podem ser de dois tipos: as expectativas externas

que dependem dos outros (promoção, reconhecimento, salário, etc) e as

expectativas internas (sentimentos de progresso pessoal, orgulho de um

sucesso, interesse em uma tarefa a cumprir) (Blankstad. 1997).

As três componentes dos processos motivacionais são de natureza

perceptiva. Para uma expectativa dada, um indivíduo as avalia de uma

maneira que lhe é própria, subjetiva. Os fatores que podem influenciar na

percepção são de dois tipos: Os fatores exteriores, independentes do

indivíduo, mas característicos da organização ou instituição.

Teoria dos conteúdos é uma teoria mais antiga que a teoria dos

processos. Ela busca inventariar as diversas expectativas que podem

mobilizar os trabalhadores (Aguiar, 1992). Na linguagem corrente o termo

motivação agrupa um conjunto de conteúdos. De maneira geral, os

indivíduos são motivados pelas necessidades que buscam satisfazer

(Aquino, 1981). A teoria hierárquica das necessidades fundamentais de

Maslow, já apresentadas neste texto, vai de encontro às relações entre

personalidade e motivação (Azevedo, 1990). Esta teoria prega que, assim

que uma necessidade de nível mais baixo é alcançada, o indivíduo passa a

procurar satisfazer uma necessidade de nível mais alto (Bergamini, 1997).

Não significa dizer que uma necessidade de nível mais baixo desaparece

quando uma de nível superior emerge (Carleial, 1997). Assim que uma

necessidade é satisfeita (de maneira constante), ela desaparece aos olhos

do trabalhador, em benefício de uma necessidade de nível mais alto (Davis

& Newstron, 1992).

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O envolvimento com o trabalho e o envolvimento pessoal é um fato

concernente a tudo que se refere ao empregado e o desejo de sucesso da

organização (Fischlowitz, 1970). Ela conduz a uma necessidade de cumprir

o trabalho e de atualizar suas capacidades, entretanto os efeitos do

envolvimento são muitas vezes limitados pela própria organização. As

tarefas fixadas não favorecem a criatividade dos indivíduos (Azevedo, 1990).

Quando o mesmo ritmo de trabalho é imposto a todos trabalhadores, não se

leva em consideração as variações individuais.

Quando o trabalhador é autônomo e trabalha num ritmo livre, seu

envolvimento com o trabalho e seu desempenho é muito maior. Uma noção

próxima do envolvimento é o engajamento com a empresa

(comprometimento).

O trabalhador tem uma capacidade grande de aceitação,

interiorizando as metas e valores da empresa e considera que seu papel

está contribuindo para estas metas, independente de seus objetivos

pessoais (Iman, 1996).

Pode haver conflito entre as metas do trabalhador e as da empresa,

consequentemente a conduta do trabalhador será fazer um sacrifício

momentâneo de suas próprias expectativas.

Neste caso o efeito do engajamento é tentar manter a motivação do

trabalhador ainda que suas metas pessoais não estejam sendo atendidas

pela empresa (Iman, 1996).

Uma forma de motivação que também envolve o envolvimento do

trabalhador com o trabalho, é aumentar a independência do trabalhador na

resolução das atividades concretas do trabalho (Iman, 1996; Kannane,

1995).

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Como efeito a desempenho do trabalhador aumenta quando as

tarefas são mais variadas, autônomas, com feedback, etc. (Kondo, 1994).

Alguns autores decompõem as necessidades de sucesso em três

componentes (Laurence & Horsch, 1969)

· Necessidade de fazer bem (necessidade de trabalhar);

· Necessidade de dominar novas tarefas;

· Competitividade, desejo de suplantar os outros.

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CAPITULO III

MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA

Liderança é o processo de influenciar as atividades de um indivíduo

ou de um grupo para a consecução de um objetivo numa dada situação. É

um processo do líder, do liderado e de variáveis situacionais (Bartlett &

Ghoshal, 1997).

Coerência no líder - Se um líder trata todos seus subordinados da

mesma forma, ele não é coerente. Um líder deve conhecer seu pessoal e a

maturidade de cada um, para saber como tratar cada um de seus

colaboradores.

Respeito ao individuo – Essa é a dimensão primordial da liderança.

Tratar todos com respeito, percebendo as diferenças individuais. Até mesmo

as medidas mais desagradáveis podem e devem ser feitas com respeito.

As pesquisas apóiam que todos os estilos básicos de um líder podem

ser eficazes ou ineficazes, dependendo da situação (Revista Decidir, 1995).

Em estudos independentes realizados por mais de dezesseis anos

concluíram que tanto os líderes diretivos (orientados para a tarefa/ estrutura)

como os não diretivos (orientados para as relações/ pessoas) são bem

sucedidos em certas condições (Revista Decidir, 1995). Ou seja, situações

diferentes de liderança exigem estilos diferentes de lideres.

Quando uma empresa possui uma liderança ruim, pode resultar em

efeitos negativos em seus colaboradores, sendo assim, qualquer melhora

por menor que seja deverá ter um efeito positivo (Lopes, 1980). Se um

departamento não for bem gerenciado, não há liderança que possa impedir o

caos, com todos os problemas inerentes à má gerência. Quando o gerente

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não consegue motivar seus subordinados, ele será considerado apenas

um gerente que está fazendo o seu trabalho razoável, mas nunca um líder

(Bartlett & Goshal, 1997).

Liderança não é sinônimo de gerência, embora cada gerente deva ser

um líder. Infelizmente, muitos sabem pouco do que a liderança exige. Um

líder, entretanto, não precisa necessariamente gerenciar coisa alguma

(Marcheti, 1997). Motivação é sinônimo de liderança. O sucesso de um líder

pode depender quase que exclusivamente de sua capacidade de motivar

outras pessoas (Marchetti, 1997).

35

Aumento de salário, bônus e metas são apenas, na melhor das

hipóteses, motivadores em curto prazo (Pontes, 1996). Os incentivos à

produtividade não substituem uma gerência eficaz. Não é um modo decisivo

de aumentar a produção, e, às vezes, é oferecido apenas como um presente

para os operários e supervisores. Prêmios individuais especiais não motivam

outros a imitarem os ganhadores. As metas podem ser desmotivadores

poderosos, a menos que tenham sido estabelecidas com justiça. Devem

existir regras padronizadas para estabelecer os prêmios por metas atingidas,

de modo que todos saibam a que têm direito. Estas regras podem ser

baseadas em salário, tempo de casa ou tipo de serviço envolvido (Pontes,

1996).

Boas condições de trabalho não são motivadores (Peters, 1997). Mas

se as condições não forem boas, poderá existir uma síndrome de "eles e

nós", o que seria um forte desmotivador. É impossível motivar um

trabalhador descontente, a não ser pelo medo, o que se aplica apenas sob

certas condições. A causa precisa ser determinada. Mesmo gerentes e

executivos qualificados, às vezes, só rendem 85% de seus potenciais (A

Empresa, 1996). Consequentemente, eles também precisam de motivação

contínua, se for esperado que eles atinjam 90% ou mais.

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Os desafios provenientes de tarefas diárias são excelentes

motivadores. O próprio prazer no trabalho é um motivador (Coda, 1905). O

status é um motivador que se aplicam à todos os caminhos da vida, embora

não seja necessariamente afetado pelo cargo. Um operário que goze do

respeito da gerência pelas suas habilidades estará consciente de seu status

e procurará preservá-lo sempre. Deverá haver, também, uma recompensa

financeira adequada para se ter motivação (Coda, 1905).

O medo, sob certas condições, pode ser um motivador muito forte, e

um líder precisa levar em consideração os temores de seus subordinados,

procurando erradicá-los ou ao menos diminuí-los (Azevedo, 1990).

Com o velho jogo de ferramentas motivacionais já gasto, os líderes

precisam de novos métodos para estimular um desempenho maior e

promover o comprometimento. As políticas de recursos humanos devem se

concentrar nos assuntos valorizados pelas pessoas, que as ajudam a

construir seus próprios futuros e a colher recompensas por suas

contribuições (Davis & Newstron, 1992).

36

A Liderança situacional baseia-se na inter-relação entre a quantidade

de orientação e direção (comportamento de tarefa) que o líder oferece, e

quantidade de apoio sócio emocional (comportamento de relacionamento)

dado pelo líder e o nível de prontidão (maturidade) dos subordinados no

desempenho de uma tarefa, função ou objetivo especifico (Revista Decidir,

1995).

Na liderança situacional, maturidade é a capacidade e a disposição

das pessoas de assumir a responsabilidade de dirigir seu comportamento.

Essas variáveis de maturidade devem ser consideradas somente em relação

a uma tarefa específica a ser realizada (Revista Decidir, 1995).

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Quer dizer, um indivíduo ou um grupo não é maduro ou imaturo

num sentido total. O líder trata um grupo pela sua maturidade como grupo,

mas devem estar atento as diferenças individuais, assim seu comportamento

perante um membro isolado não é necessariamente o mesmo que quando

está perante o grupo inteiro (Iman, 1996).

Os estilos de liderança são quatro: Determinar, Persuadir,

Compartilhar e Delegar. Cada um deles é uma combinação de

comportamento de tarefa e de relacionamento (Aquino, 1981).

Comportamento de tarefa – é a medida com que o líder dirige as pessoas,

dizendo-lhes o que fazer, quando faze-lo, onde e como faze-lo. Significa

estabelecer-lhes objetivos e definir seus papeis (Davis & Newstron, 1992).

Comportamento de relacionamento – é a medida com que um líder se

empenha em comunicar-se bilateralmente com as pessoas, dando-lhes

apoio, encorajamento e incentivo. Significa ouvir ativamente as pessoas e

apoiar-lhes os esforços (Davis & Newstron, 1992).

A maturidade é uma questão de graduação e divide-se em

capacidade e vontade para realizar determinada tarefa. O estilo de liderança

apropriado a cada nível de maturidade inclui a dosagem certa de

comportamento de tarefa e comportamento de relacionamento (Davis &

Newstron, 1992).

O líder deve ajudar os liderados a amadurecerem até o ponto que

sejam capazes e estejam dispostos a desempenhar a tarefa. Esse

desenvolvimento do liderado deve ser realizado ajustando-se o

comportamento de liderança.

Ao examinar os componentes da maturidade cumpre fazer alguns

comentários. Conforme as pesquisas de Bergamini (1997) as pessoas

dominadas pelo motivo de realização tem certas características em comum,

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entre as quais a capacidade de estabelecer objetivos elevados, mas

atingíveis, a preocupação com a realização pessoal e não tanto com as

recompensas de sucesso e o desejo do feedback referente mais a tarefa que

a atitude. Dessas características, a que mais interessa em termos de

maturidade relativa a tarefa é a capacidade de estabelecer objetivos

elevados mas atingíveis.

O conceito de maturidade inclui duas dimensões: Maturidade de

trabalho (capacidade) e maturidade psicológica (disposição). Maturidade de

trabalho – Capacidade de executar a tarefa. Refere-se ao conhecimento, a

capacidade técnica e a experiência necessária para executar certa(s)

tarefa(s) sem a direção de outra pessoa.

Maturidade psicológica – Refere-se à disposição ou motivação para

fazer alguma coisa. Diz respeito à confiança em si mesmo e ao

desempenho. A pessoa com alta maturidade psicológica em determinada

área julga que a responsabilidade é importante e tem confiança em si

mesma. Não precisa de grande encorajamento para cumprir a tarefa.

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CAPITULO IV

O PAPEL DOS INCENTIVOS NO GERENCIAMENTO DE

EQUIPES

Se você quer que alguém se atire num rio, precisa oferecer algum

incentivo para que essa pessoa o faça (Fischlowitz, 1970). E os gerentes,

sempre procurando formas de motivar equipes, costumam pensar

imediatamente em recompensas financeiras. A lógica do incentivo é

indiscutível: as pessoas precisam de uma razão para fazer as coisas – e não

se ouse pensar em altruísmo, porque assim como as empresas existem em

função do lucro, os profissionais trabalham pela remuneração. Gerentes

sabem que precisam dar incentivos para motivar pessoas e vivem

procurando jeitinhos para dar alguma coisa que resulte em que a equipe

apresente os comportamentos desejados. Funciona assim em todas as

empresas (Fischlowitz, 1970).

Embora soe lógico, isso não é totalmente verdade, porque existem

alternativas para os incentivos. Que não somente são desnecessários, como

muitas vezes ineficazes, porque a lógica que reside por trás deles está

errada. E enquanto os gerentes não entenderem porque essa lógica está

errada, continuarão a cair na armadilha do incentivo (Fischlowitz, 1970).

Pular num rio não é uma boa analogia para o que esperamos de uma

equipe. Este é o insight crucial que revela porque os incentivos falham.

Esperamos da equipe que faça a coisa certa. E isto requer bom senso e

comprometimento pessoal para desempenhar o trabalho corretamente

(Fischlowitz, 1970).

Existem centenas de estudos que mostram que os incentivos não são

a maneiras certas de encorajar o bom senso nem o comprometimento

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pessoal (Fischlowitz, 1970). Até porque, além de não incentivar boas

atitudes, os incentivos podem encorajar coisas erradas (Goniliart & Kelly,

1997). Pague alguém para que leia um livro e ele perderá o interesse pela

história. Pague alguém para parar de fumar e ele mentirá que parou de

fumar e passará a fazê-lo escondido de você (Guerreiro Ramos, 1981).

Mas o fato de entendermos que os incentivos são contraproducentes

não nos ajuda. Precisamos de uma alternativa, e para chegar lá é

necessário entender a motivação humana (Goniliart & Kelly, 1997).

Por que razão as pessoas se associam ao Rotary Club ou outra

organização voluntária qualquer? Qual é o incentivo delas? Talvez porque

possa ajudar na carreira, ou talvez porque gostem, ou talvez porque se

sintam bem ajudando outras pessoas (Goniliart & Kelly, 1997). O que há

para ser notado aqui é quão vago o conceito de incentivo se torna. Não

devemos acreditar em altruísmo puro e simples, mas também não há lógica

em acreditarmos em uma ligação clara entre mudanças de comportamento e

recompensas financeiras (Guerreiro Ramos, 1981). Para a maioria dos

comportamentos, os motivos são em geral difíceis de serem apontados

(Fischlowitz, 1970). Nas atividades profissionais, a motivação humana é

baseada no hábito, no senso de fazer a coisa certa, no senso de que pode

ser bom no futuro, ou porque é divertido. É disso que um gerente precisa se

dar conta quando pesquisa uma alternativa para incentivos (Iman, 1996).

43

Uma empresa na Malásia desenvolveu uma base de conhecimento.

Para que funcione, é preciso que os gerentes de projeto a atualizem

regularmente. No começo havia a preocupação de que ninguém o faria, já

que não havia incentivo. No entanto, qualquer gerente experiente pode

imaginar o que aconteceria se introduzisse o hábito de aplicar recompensas

em dinheiro: se fossem pequenas, as pessoas as ignorariam; se fossem

polpudas, as pessoas colocariam qualquer tipo de lixo no banco de dados só

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para receber a recompensa. E, finalmente, esse tipo de recompensa

criaria uma cultura de exigir pagamento meramente por executar a

obrigação.

Querem que eu treine um novo membro da equipe – qual a

recompensa? Querem que eu ajude com o grêmio recreativo – o que eu

ganho com isso? Uma alternativa é o castigo. Ajude com a base de dados

ou vai receber uma avaliação ruim. E que tipo de resultado essa atitude

permite alcançar? Punição não é uma boa ferramenta para motivar pessoas

– embora seja uma maneira ótima de convencer as pessoas a pularem no

rio (Iman, 1996).

A solução não é simples, mas também não é complicada. Envolve

convencer as pessoas do valor da base de dados, de elogiar quando

contribuem, de dar aos funcionários uma palavra do presidente a respeito da

importância do trabalho, e de obter feedback das pessoas que contribuem. O

objetivo é tornar a contribuição um hábito, estimular a que as pessoas

sintam que é o certo a fazer, e de convencê-las a achar que é divertido fazê-

lo.

Em 1968, Frederick Herzberg escreveu que pagar é um ato higiênico,

não um ato motivador. Em 1993, Alfie Khon escreveu Punido pelas

recompensas, mostrando evidências de que os incentivos trazem mais

prejuízos que ganhos. Certamente que essas idéias são muito antigas.

Então por que será que a gente tem que viver reaprendendo essas lições?

Porque as idéias sobre incentivos são simples, apelativas e parcialmente

verdadeiras. Idéias sobre alternativas são vagas, difíceis de implementar e

menos satisfatórias. Mas a alternativa é o único método que funciona

(Revista Ser Humano, 1997).

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Esta é apenas uma amostra de que devemos pensar

estrategicamente, mudar cuidadosamente, cuidar da concorrência e eliminar

os incentivos. Estes são os segredos do gerenciamento de equipes.

44

Constantemente as empresas têm contratado consultores com uma

única finalidade: motivar equipes. Tema que muitos deles evitam devido à

complexidade do mesmo. Porém, vários outros profissionais aceitam o

convite das empresas, acreditando serem capazes de motivar outras

pessoas (Ribeiro, 1994).

Motivar não é tarefa fácil e diria, até mesmo, impossível caso a equipe

não coopere (Ribeiro, 1994). Acreditou-se, por muito tempo, que a

motivação era algo que vinha de fora para dentro. Isto quer dizer que, com

um simples estímulo (aumento de salário, cesta básica, prêmios, etc.) a

equipe já estaria motivada. Muitas empresas oferecem treinamentos com a

intenção de motivar a equipe, o assunto a ser tratado no treinamento, muitas

vezes, pouco importa. No final, o resultado é muito baixo e o preço... este é

muito alto (Ribeiro, 1994).

Estímulos são importantes, pois eles Relembram ás pessoas de sua

importância, seus valores e sua existência, porém, não motivam (Ribeiro,

1994).

A motivação é interna, vem de dentro para fora; portanto, uma equipe

deve buscar constantemente a capacidade de automotivar-se. O principal

responsável pela motivação não são os consultores e nem os gerentes, mas

sim, o próprio indivíduo (Ribeiro, 1994).

As empresas enfrentam muito o problema de falta de motivação

principalmente por não saberem selecionar bem sua equipe (Ribeiro, 1994).

A seleção é feita basicamente por técnicos que avaliam a parte profissional,

de habilidade. Ainda nos dias de hoje, próximos do ano 2000, nos

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deparamos com empresas que não vêm importância na seleção feita

através de jogos e testes, por profissionais capazes de avaliar aspectos

tênues da personalidade, que poderiam ser considerados irrelevantes para

um bom técnico, mas que são fatores fundamentais que garantem o sucesso

do indivíduo na empresa e nas equipes de trabalho (Ribeiro, 1994).

Um dos fatores fundamentais a ser avaliado em um processo seletivo

e a ser desenvolvidos nas empresas é a auto-estima (Ribeiro, 1994). O

conceito de auto-estima foi muito bem resgatado pela inteligência emocional.

Gostar de si mesmo e valorizar-se são fatores que garantem a

automotivação. Uma pessoa automotivada procura fazer o melhor para

agradar a si própria; acredita em seu potencial e, mesmo nas situações mais

difíceis, sabe que existem soluções possíveis (Ribeiro, 1994).

Pessoas com uma boa auto-estima acreditam que, mesmo que a

tarefa a ser desempenhada não seja agradável, elas poderão encontrar

algum fator positivo; acreditam que haverá alguma coisa a ser aprendida

naquela situação. Por isso, desempenham-na com vontade, dando o melhor

de si (Ribeiro, 1994).

Pessoas com baixa-estima reclamam de tudo e não conseguem

encontrar, na própria personalidade, fatores que dêem forças para

desempenhar um bom trabalho. Não encontram motivos para se

empenharem na tarefa. Para estas pessoas, estímulos externos alegram e

fazem com que elas se empenhem mais, mas por pouco tempo. Pessoas de

baixa-estima procuram a competição, tentam mostrar que são melhores que

os outros e se comparam constantemente com os colegas (Ribeiro, 1994). A

boa auto-estima já atua mais por cooperação, ou seja, existe uma

comparação consigo mesmo e as pessoas se empenham para

desempenhar-se melhor, procurando superar a si próprio.

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A auto-estima é fundamental para a própria vida, mas poucas são

as empresas que oferecem cursos ou treinamentos sobre o tema. O RH

muitas vezes é extinto assim que a empresa passa por alguma dificuldade

financeira, mostrando, com isto, que as pessoas são colocadas em segundo

plano.

Portanto, um dos fatores que deveria ser trabalhado dentro das

empresas é a capacidade de obter e manter a auto-estima, melhorando a

qualidade de vida e, consequentemente, a produtividade.

Como não há previsão legal para a jornada de trabalho da categoria,

ela pode ser livremente negociada entre as partes. No que se refere a

jornada de trabalho o único direito assegurado pela constituição ao

Trabalhador Doméstico é repouso semanal remunerado, de 24 horas

ininterruptas, preferencialmente ao domingos.

46

Com relação aos feriados, sejam eles nacionais civis e religiosos, a lei

é clara ao excluir esses direitos dessa categoria de trabalhadores (artigo 5º

da Lei Nº 605/49)

No processo de reestruturação produtiva, a análise de pelo menos

duas perspectivas é interessante para o nosso objetivo: (a) as

transformações solicitadas no âmbito do novo perfil produtivo dos

trabalhadores, decorrentes, sobretudo, do processo de informatização; e (b)

a emergência de modelos de gestão no novo ambiente organizacional. Elas

se apóiam nos pressupostos de: nova produtividade, novo trabalhador, nova

gestão e constituem um desafio aos modelos tradicionais de abordar as

condições de trabalho.

No que concerne ao perfil dos trabalhadores, as mudanças sinalizam

para a valorização da polivalência; do comprometimento organizacional; da

qualificação técnica; da participação criadora; da mobilização da

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subjetividade; da capacidade de diagnosticar e, portanto de decidir. Para

os sujeitos o desenvolvimento desse perfil implica em novas aquisições,

novas competências e, sobretudo na capacidade de transitar do tradicional

savoir-faire para um novo modo de "saber ser, saber fazer e saber pensar".

Essas mudanças se apóiam na criação de programas participativos,

inspirados na filosofia da qualidade total; no estabelecimento de novos

programas e benefícios (incentivos materiais e simbólicos); no apelo de

adesão à cultura da organização como forma de "integrar" o trabalhador; na

redução dos níveis hierárquicos; no incentivo à produtividade; e na

efetivação de programas de treinamento.

Na perspectiva dos modelos de gestão organizacional, importa

compatibilizar outras modalidades de gestão do trabalho, que articulem a

flexibilidade da produção proporcionada pelas inovações tecnológicas, com

o desenvolvimento de novas competências solicitadas aos trabalhadores.

Assim, as mudanças não são centradas somente nos conceitos de eficiência

e de eficácia, mas, sobretudo integrando a complexidade das novas

situações de trabalho às características psicofisiológicas dos usuários.

As condições de trabalho resultante desse novo desenho, não são

explicitadas e os modelos de gestão são delineados sob a lógica do

determinismo tecnológico, voltado para a reformatação dos comportamentos

produtivos dos operadores (Cesar, 1998).

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CAPITULO V

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Não há produtos e serviços com qualidade se as pessoas que

trabalham na organização não têm qualidade de vida, assim como não

adianta a aplicação de ferramentas e métodos e programas de qualidade se

não há atenção para com a gestão de pessoas.

Na verdade, a qualidade de vida no trabalho é uma filosofia que visa

trazer bem-estar ao funcionário e maior produtividade à organização, pois se

o funcionário não estiver motivado no local de trabalho, não poderá render o

que o seu conhecimento lhe permite. Assim, a QVT (como é chamada a

Qualidade de Vida no Trabalho) apóia-se em quatro pontos:

- Resolução de problemas envolvendo os membros da organização em

todos os níveis (participações, sugestões, inovações, etc.);

- Reestruturação da natureza básica do trabalho (enriquecimento de tarefas),

Redesenho de (cargos, rotação de funções, grupos autônomos ou

semiautônomos, etc.);

- Inovações no sistema de recompensas (remunerações financeiras e não

financeiras);

- Melhorias no ambiente de trabalho (clima, cultura, meio-ambiente físico,

aspectos ergonômicos, assistenciais).

A QVT engloba vários aspectos na organização o que faz com que

seja um elemento impulsionador que traz bastante motivação e satisfação no

ambiente de trabalho aliado à saúde e bem-estar do trabalhador.

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O desempenho no cargo e o clima organizacional representam

fatores importantes na determinação da QVT. Se a qualidade do trabalho for

pobre, conduzirá à alienação do empregado e à insatisfação, à má vontade,

ao declínio da produtividade, a comportamentos contraproducentes (como

absenteísmo, rotatividade, roubo, sabotagem, militância sindical etc). Se a

qualidade do trabalho for boa, conduzirá a um clima de confiança e respeito

mútuo, no qual o indivíduo tenderá a aumentar suas contribuições e elevar

suas oportunidades de êxito psicológico e a administração tenderá a reduzir

mecanismos rígidos de controle social.

A definição dos critérios dentro de uma organização é difícil, pois varia

conforme a cultura de cada indivíduo e de cada organização. A QVT não é

determinada apenas pelas características individuais (necessidades, valores,

expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas

de recompensas, políticas internas), mas sobretudo pela atuação sistêmica

dessas características individuais e organizacionais.

Apesar disso, é através dos critérios de Walton que se identifica o

perfil e a cultura da organização, assim como as necessidades dos

funcionários, antes de iniciar a implementação do programa de QVT.

A implementação de programas de QVT pode ser realizada através

das seguintes etapas:

1 - Sensibilização – representantes dos sindicatos e consultores trocam suas

respectivas visões sobre o conjunto das condições de trabalho e seus efeitos

sobre o funcionamento da organização e buscam juntos os meios de

modifica-las.

2 - Preparação – seleção dos mecanismos institucionais necessários à

realização do programa, formando-se a equipe do projeto, estruturando os

modelos e os instrumentos a serem utilizados.

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3 - Diagnóstico – coleta de informações a respeito da natureza e

funcionamento do sistema técnico e levantamento do sistema social em

termos de satisfação dos trabalhadores envolvidos com relação às suas

condições de trabalho.

5 - Concepção e implantação do projeto – com base nas informações

colhidas nas etapas anteriores, a equipe do projeto estabelece as

prioridades e um cronograma de implantação das mudanças relativas a:

- Tecnologia: métodos de trabalho, fluxos, equipamentos, etc;

- Novas formas de organização do trabalho: equipes semi-autônomas auto-

gerenciadas;

- Métodos de gestão: supervisão, tomada de decisões, controle de

execução, etc.;

- Práticas e políticas de pessoal: formação, treinamento, avaliação,

reclassificação, remanejamento e remuneração;

- Ambiente físico: segurança, higiene, fatores de estresse, etc. Com a

implementação das etapas, há a necessidade de se realizar de tempos em

tempos uma pesquisa para avaliar a QVT e o nível do clima organizacional.

A QVT serve de apoio junto com as ferramentas da qualidade na condução

dos processos com o objetivo de humanizar a rotina nas organizações.

CONCLUSÃO

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Motivação no trabalho é formada por uma tríade, composta de

benefícios, incentivos, treinamento tem que ser harmonizado por estes três

elementos.

Portanto, o processo de motivação deverá ser sempre acompanhado

e avaliado, para que mesmo seja contínuo, modificado, aperfeiçoado e

possa gerar resultados positivos, no trabalho sem acomodação é

principalmente sem criar vícios, ou permitir interferências que possa

prejudicá-lo.

As necessidades básicas devem ser atendidas, contudo satisfazer só

as necessidades básicas não é suficiente. Para que um indivíduo realize um

bom trabalho é preciso fatores motivacionais é a liberdade, a

responsabilidade, criatividade e inovação no trabalho.

Não existe uma classificação para as motivações, mas várias ser

classificar - se em motivação fisiológicas, mecanismo, sociais.

Motivação pode ser definida como o processo responsável pela

intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o

alcance de uma determinada meta. Como o foco neste momento é a

motivação no trabalho, podemos considerar que motivação está relacionada

à quantidade e qualidade do esforço dos funcionários que levam ao alcance

dos objetivos organizacionais. Em outras palavras é a energia matriz que

leva os colaboradores a atingir os resultados desejados.

Essas necessidades básicas devem ser atendidas, contudo satisfazer

só necessidades básicas não é suficiente. Para que um indivíduo realize um

bom trabalho é preciso fatores motivadores que o estimulem.

O desafio para os Administradores não é gerir capital, e sim pessoas,

o presente trabalho voltou-se para este desafio, a busca de gerir o que há de

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mais importante dentro das organizações, a sua inteligência, o seu

conhecimento, isto, é tornam-se a prosperidade para ambas as partes,

empregador e empregados.

A desvinculação entre metas do trabalhador e estratégias de

motivação laboral pode ser um fator relevante no insucesso relativo de

alguns programas de motivação. O conhecimento do perfil motivacional do

trabalhador possibilita o desenvolvimento de programas diferenciados de

motivação dentro da organização, visando à atender metas de diversos

grupos de trabalhadores.

Como já foi salientado, isso não quer dizer que para cada funcionário

seria necessário desenvolver um programa específico, mas que os

programas motivacionais passariam a considerar as especificidades de

diferentes equipes e/ou setores organizacionais. Desta forma, ao invés de

um único programa para toda uma organização, estratégias mais específicas

e diretivas seriam desenvolvidas, visando a atingir os interesses dos grupos

alvo. Ainda que a organização como um todo não esteja interessado em

desenvolver diferentes estratégias motivacionais para seus vários setores,

esta perspectiva permite que cada gestor implante seu próprio programa

para seus trabalhadores. Isto é, o gestor que desejar, pode desenvolver um

programa de motivação que atinja diretamente as metas e valores dos

trabalhadores pelos quais é responsável, sem depender de programas que

estejam sendo desenvolvidos por outros departamentos e unidades da

organização.

Para o perfil motivacional dos indivíduos integrantes de sua equipe ou

setor e, a partir das metas representativas deste grupo, as estratégias

motivacionais podem ser traçadas.

A possibilidade de relacionar motivação no trabalho com o perfil

motivacional dos trabalhadores preenche diversas lacunas deixadas pelos

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programas que se baseiam nas abordagens exógenas ou endógenas de

motivação.

Na proposta aqui apresentada, as motivações pessoais não ficam

exclusivamente no nível teórico; elas passam a fornecer os elementos

básicos para a definição dos programas de motivação laboral. Assim os

fatores exógenos da motivação podem ser utilizados de forma a alcançar

motivações pessoais dos empregados.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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ÍNDICE

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FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPITULO I 11

CAPITULO II 19

CAPITULO III 27

CAPITULO IV 32

CAPITULO V 39

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45

ÍNDICE 47

FOLHA DE APROVAÇÃO 48

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES Título da Monografia: MOTIVAÇÃO: A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO NO COMPORTAMENTO DE UM COLABORADOR Autora: ROBSON DA SILVA SARDINHA Data da entrega: Avaliado por: Conceito: