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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FABRICAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PERFUMES Wagner Costa da Motta ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FABRICAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PERFUMES

Wagner Costa da Motta

ORIENTADOR:

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FABRICAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE PERFUMES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Logística Empresarial

Por: Wagner Costa da Motta

Rio de Janeiro

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por

ter me concedido a oportunidade de

fazer este Curso. Agradeço aos meus

familiares, pela força que me deram e

pela paciência que tiveram. Agradeço

aos professores e colegas a

oportunidade de aprender com eles

conteúdos que me enriqueceram

profissionalmente.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha família e

amigos por ter me encorajado e

estimulado a concluir o Curso de Pós-

Graduação em Logística Empresarial.

Hoje, estou muito feliz por ter seguido

todas as orientações e direcionamento

que me proporcionou esta grande e

significativa conquista.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a fabricação e exportação de perfumes,

ressaltando também a responsabilidade social nas empresas, os insumos para

a importação e a formação dos custos do processo. As atividades logísticas

utilizadas na produção de cosméticos são: produção de materiais,

armazenagem e estocagem de materiais, recebimento de materiais,

preparação e distribuição. A produção e exportação de perfumes estão

voltadas para países com um expressivo poder de compra como: Argentina,

Paraguai e Uruguai. Logística é o processo de planejar, executar e controlar

eficientemente, a custo correto, o transporte, movimentação e armazenagem

de produtos dentro e fora das empresas, garantindo a integridade e os prazos

de entrega dos produtos aos usuários e clientes. A logística é uma das

atividades mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos, vem

sendo reconhecida como uma ferramenta ímpar de crescimento, rentabilidade

e competitividade para as empresas, apesar da precariedade da infraestrutura

no Brasil.

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METODOLOGIA

A pesquisa é do tipo descritivo, de caráter qualitativo e bibliográfico

sobre o tema: projeto integrado de logística e operações internacionais. O

presente estudo é desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica com base

em material já elaborado, constituído principalmente de artigo científico, tese,

livros e revistas. A presente pesquisa baseada em consulta bibliográfica busca

elucidar o compromisso das empresas na fabricação do perfume junto aos

clientes. A fabricação de perfumes é um tema complexo que vem despertando

grande interesse por diversos segmentos da sociedade. Contudo, ainda são

poucos os estudos sobre o tema citado.

A economia e a precificação dos transportes dizem respeito aos fatores

e as características que direcionam os custos. Para desenvolver uma

estratégia de logística eficaz é necessário atender tais fatores e características.

A distância é o fator de maior influência nos custos de transporte, pois

contribuem diretamente para despesas variáveis, como mão de obra,

combustível e manutenção.

Outro fator é o volume de carga. Em muitas atividades logísticas,

existem economias de escala do transporte para a maioria das movimentações.

Essa relação indica o custo de transporte por unidade de peso, que diminui à

medida que o volume de carga aumenta. Isso ocorre porque os custos fixos de

coleta e de administração podem ser diluídos no incremento do volume.

Também devemos considerar a densidade do produto, a combinação de peso

e volume. Eles são importantes, pois o custo de transporte por qualquer

movimentação é cotado em valor por unidade de peso.

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SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO S 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Logística 11

1.1 - Conceito 11

1.2 - A Importância de Cativar Clientes 14

1.3 - Responsabilidade Social 15

CAPÍTULO 2

Perfume: Fabricação, Estocagem e Distribuição 17

2.1- Definição do Perfume e Aspectos Históricos 17

2.2 - Qualidade da Essência 17

2.3 - Matérias-Primas e Processos 18

2.4 - Equipamentos Empregados na Produção 21

2.5 - Fabricação de Perfumes 22

2.6 - Estocagem de Perfumes 23

2.7- Controle de Estoque 24

2.8 - Logística de Distribuição 26

CAPÍTULO 3

Importação e Exportação 28

3.1- Procedimento para a Importação 28

3.2- Procedimentos Junto ao SISCOMEX 28

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3.3 - Desembaraço Aduaneiro dos Perfumes 29

3.4- Modais de Transporte 30

3.5- Estrutura de Custos para Cada Modal 32

3.6 - Documentação Obrigatória à Autoridade Sanitária 32

3.7- Enquadramento do Porte Empresarial 33

3.8- Origem e Destino (Regiões Sudeste, Sul e Norte) 34

3.9 - Riscos e Oportunidades 35

3.10 - Público-Alvo e Locais para Exportação 36

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 43

ÍNDICE DE FIGURAS 45

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INTRODUÇÃO

Este projeto abrange um tema muito importante para a sociedade que é

a fabricação e exportação de perfumes. Uma empresa socialmente

responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das

diferentes partes envolvidas no negócio, ou seja, os stakeholders

(colaboradores, consumidores, fornecedores, acionistas) de forma a conseguir

incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender as

demandas de todos.

A logística na produção de cosméticos é uma área muito ampla, que

deve ser vista como um processo que integra o fluxo de matérias e

informações, desde a fase de projeto e planejamento de um produto,

desenvolvimento de fornecedores, recebimento de matérias-primas e

componentes, produção, armazenagem, distribuição e transporte de forma a

Maximizar Valor para os clientes.

Os perfumes possuem procedimentos de transporte e fiscalização

diferenciados. A logística sempre busca a melhoria contínua dos processos

organizacionais, pois visa fornecer o melhor por menos e no tempo certo. A

logística procura obter vantagem competitiva com atividades integradas,

desenvolvendo processos e sem deixar de lado os objetivos da empresa. O

planejamento de marketing pode ser considerado primordial, pois estabelece

parcerias de exclusividades no uso de marcas específicas para as grandes

redes de mercado.

A importação de cosméticos, produtos de higiene e perfume na forma de

matéria-prima, produto semi-elaborado, produto a granel ou produto acabado,

conforme enquadramento disponível dos produtos no sítio eletrônico da

ANVISA estará sujeita ao registro de licenciamento de importação no

SISCOMEX, submetendo-se à fiscalização pela autoridade sanitária antes de

seu desembaraço aduaneiro.

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O mercado de perfumes e cosméticos possui uma acirrada concorrência,

razão pela qual o foco de sua estratégia de crescimento é na diferenciação de

seus produtos, provendo aos seus clientes uma linha de origem natural e

ecologicamente correta, além dos aspectos antialérgicos, obtidos por meio de

pesquisas e testes junto aos principais institutos brasileiros. A logística se

tornou fundamental para atender aos critérios de competitividade: Custo,

Qualidade, Rapidez, Flexibilidade e Confiabilidade.

O Capítulo I abordará o conceito de logística, a responsabilidade social

corporativa, assim como a importância de cativar clientes em um mercado

altamente competitivo.

O Capítulo II apresentará as origens e a fabricação do perfume, como

também a estocagem e os canais de distribuição do produto.

O Capítulo III ressaltará os procedimentos para importação de

cosméticos e perfumes, os modais de transporte e seus custos, os riscos e as

oportunidades empresariais.

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CAPÍTULO I

LOGÍSTICA

1.1- Conceito

O termo logística provém da palavra francesa "Logistique". Há séculos

os militares estudam e aperfeiçoam sistemas logísticos em virtude das

necessidades de planejamento, de alojamento e deslocamento de tropas

com seus devidos suprimentos (armamentos, medicamentos, veículos,

alimentos), visando operações de sucesso nos campos de batalha em

relação às tropas inimigas.

Com os avanços tecnológicos conquistados nas últimas décadas e com

a abertura econômica do mercado mundial (Globalização), a logística se

tornou importante para redução de custos e para conquista da tão almejada

competitividade. A teoria a respeito da logística sempre passou por várias

transformações, tiveram seus conceitos ampliados e se mostrou como

elemento fundamental para o sucesso das organizações.

Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com objetivo de atender aos requisitos do consumo. (NOVAES, 2001, p.36)

De acordo com essa citação, entende-se que com as enormes pressões

competitivas existentes, aliadas aos altos custos operacionais e

administrativos, planejar as atividades envolvidas em todo processo

logístico torna-se crucial, objetivando sempre o melhor atendimento ao

consumidor. Portanto, é necessário conhecer todas as etapas do processo,

almejando a satisfação plena de toda cadeia. Vale salientar que é preciso

encontrar soluções eficientes no que diz respeito aos custos com eficácia

na busca pelos objetivos estabelecidos.

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O resultado que se espera é que em todas as etapas a logística comprove sua eficácia, realizando as tarefas, mas sempre com segurança, pontualidade e qualidade. O consumidor não quer simplesmente receber o produto, ele quer na hora marcada e sem avarias ou defeitos. (FERNANDES, 2012, p.15)

A missão da logística é tornar disponíveis os produtos e serviços

corretos e requeridos, no tempo certo, no local certo, nas condições

adequadas, ao mesmo tempo que produz a maior contribuição possível para a

empresa. Se um determinado material não estiver disponível no momento em

que é necessário para produção ou consumo, isso pode acarretar a perda de

um cliente ou até mesmo a paralisação de uma fábrica. Diante dessa situação,

o concorrente pode encontrar a chance de aumentar a sua fatia de mercado,

daí a importância da logística ser exercida com eficiência e eficácia.

De modo simplista, um primeiro passo na formulação de estratégias competitivas é conhecer e mapear o mercado mediante uma análise setorial e estrutural, para então definir o posicionamento e a participação desejados em tal mercado. Esse primeiro passo envolve a identificação das organizações atuantes e de seus pontos fortes e fracos, assim como a identificação destes na própria empresa e, ainda a identificação das forças que dirigem ou determinam a concorrência naquele mercado. (BULLER, 2012, p.12/13)

Vale ressaltar que é importante utilizar a Análise Swot para avaliar as

forças e fraquezas (ambiente interno da empresa), assim como as

oportunidades e ameaças (ambiente externo da empresa) para estruturar o

planejamento estratégico organizacional. O conhecimento e o entendimento da

dinâmica mercadológica permitem a tomada de decisões sobre o patamar que

uma empresa deseja alcançar em um mercado específico.

Para Michael Porter, as forças competitivas influenciam a rentabilidade

empresarial. O modelo das cinco forças de Porter visa analisar a concorrência

entre as empresas. A análise das cinco forças competitivas é imprescindível

para que as organizações alcancem uma estratégia empresarial eficaz. O

modelo das cinco forças de Michael Porter geralmente é representado pela

figura abaixo:

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FIGURA I - Modelo das 5 forças competitivas (adaptada de SANTOS, 2008, p.

252)

O grau de concorrência em um mercado e a sua intensidade são decorrentes da estrutura do setor e do comportamento dos participantes, mas dependem fortemente do conjunto de forças competitivas que determinam o potencial de rentabilidade do mercado. (BULLER, 2012, p.13)

A avaliação das cinco forças competitivas é indispensável para as

empresas, independente do tamanho da empresa ou ramo de operação. Esta

avaliação permite que uma organização consiga determinar de que forma deve

entrar em um mercado e como deve se posicionar diante da concorrência,

fornecedores e clientes. Por meio da Análise Swot, uma empresa define seu

modelo de negócios permeando todos os seus níveis organizacionais. A

logística pode apresentar uma gama de possibilidades de criação de

diferenciais competitivos, tanto no âmbito da otimização de custos como pode

proporcionar notáveis melhorias no atendimento aos clientes.

A função da logística compreende um grande conjunto de atividades

que são executadas por diversos agentes ao longo da cadeia completa de

convenção da matéria–prima em produtos finais para os clientes. Essas

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atividades são executadas em locais diferentes, em tempos diversos, o que

aumenta muito a complexidade de sua gestão.

Podemos identificar as seguintes atividades primárias da logística

empresarial, com os respectivos valores adicionados para os clientes:

• Gerência de estoques: agrega o valor tempo ao produto, ou seja,

coloca o produto disponível no momento da necessidade.

• Gerência de transporte: agrega o valor lugar ao produto, ou seja, o

produto é colocado no local onde é necessário.

• Gerência de informações: agrega o valor acompanhamento do

processo ao produto; trata-se de coleta, processamento e

transmissão das informações relativas aos pedidos de clientes,

internos e externos, e de todas as informações sobre produção e

despacho para clientes.

1.2- A Importância de Cativar Clientes

OLIVEIRA, Luciana de. Atendimento Diferenciado ao Cliente, Santa Catarina, 04/02/2016. O cliente é o principal elemento formador de uma empresa, é este o termômetro de análise, para saber se a mesma está tendo ou não sucesso com as suas vendas e serviços. A principal ferramenta que conquista todo e qualquer cliente é o atendimento, sendo que a qualidade deste é indiscutível para o resultado final, ou seja, a compra de um determinado produto ou serviço realizado. Neste sentido entende-se que o cliente fiel é aquele que está satisfeito com o atendimento e que torna-se parceiro comercial da empresa, devido ao grau de satisfação com as atividades executadas.

O desafio da logística é reduzir o intervalo entre a produção e a

demanda, de forma que os consumidores tenham bens e serviços quando e

onde necessitarem, e na condição física que almejarem. Cabe ao profissional

de logística superar tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega

de serviços de maneira eficaz e eficiente, buscando o menor custo possível.

Visando o seu objetivo de conquistar e manter os seus clientes de acordo com

a melhoria de seus serviços, estabeleceu o modelo de organização formal

como estrutura organizacional. Essa organização consiste em um conjunto de

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funções que estão inter-relacionadas, por meio de processos que estão

compostos pelas atividades. Esta estrutura compõe-se de encargos funcionais

e hierárquicos orientais para o objetivo da empresa.

A importância da revenda para o futuro de seus negócios faz com que

procure facilitar de todas as formas à vida de suas consultoras. É preciso fazer

com que cada uma delas acorde todos os dias dispostas a vender seus

produtos e não os da concorrência.

Algumas medidas são essenciais na produção de perfumes:

• Qualificar profissionais para alta performance no mercado de

produtos cosméticos;

• Aprimorar estudo sobre processos regulatórios aplicados à

tecnologia e produção de cosméticos;

• Expandir conceitos e aplicações de produção e desenvolvimento de cosméticos.

1.3 - Responsabilidade Social

FERREIRA, Marcelo José Ferraz. Responsabilidade Social Empresarial, São Paulo, 05/02/2016. No contexto socioeconômico atual, a tendência é que as empresas deixem de ser meros centros de concentração e de distribuição de riquezas, para assumir uma posição cada vez mais social, dando atenção cada vez maior à comunidade local e global da qual fazem parte. As corporações estão aprimorando suas práticas e políticas internas, passam a cuidar do meio ambiente e ter mais atenção aos seus clientes, melhorando o relacionamento com os consumidores dos seus produtos e serviços.

A responsabilidade social está voltada para o cumprimento dos

deveres e obrigações dos indivíduos e organizações para com a sociedade em

geral, levando em consideração a saúde, educação, moradia, meio ambiente,

economia, transporte, atividades locais e governo. A responsabilidade social

corporativa abarca um vasto conjunto de ações que beneficiam a sociedade e a

empresa e otimizam ou criam programas sociais, melhorando a qualidade de

vida dos colaboradores e da própria população.

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As empresas são consideradas grandes pólos de interação social, seja com fornecedores, seja com a comunidade ou os próprios funcionários. Têm, portanto, uma grande responsabilidade em disseminar valores que influenciam mudanças sociais concretas, transmitindo por meio de sua imagem uma perspectiva estratégica de coerência, ética e transparência, capazes de aliar a racionalidade empresarial à subjetividade das demandas sociais. (ARAÚJO; BELIZÁRIO; BRUNO; CRUZ; DAMKE; DUARTE; FRANCISCHINI; LEVY; PEIXOTO; PEREIRA; SANTOS; SOUZA; TORRES, 2005, p.53)

A prática da responsabilidade social a longo prazo pode propiciar os

seguintes resultados: traz o reconhecimento dos consumidores que passam a

prestigiar a organização, aumenta a visibilidade e aceitação da marca, produz

uma boa reputação empresarial, além de motivar os colaboradores,

impactando no clima organizacional e na retenção de talentos. A

responsabilidade social corporativa representa o compromisso com a ideia de

organização com o conjunto de pessoas que interagem com a sociedade.

Assume o princípio de que as organizações têm suas origens e seus fins

essenciais nas pessoas, as quais se organizam e se dispõem em diversos

grupos de interesses, com peculiaridades e distintos tipos de relação.

Em torno do conceito de responsabilidade social corporativa, existem

vários termos relacionados, dentre os quais destacamos os seguintes:

• Ação social: ajuda voluntária, expressada em recursos econômicos

ou de outro tipo, outorgada pelas empresas a projetos externos de

caráter filantrópico e desenvolvimento socioeconômico (assistência

social, saúde, educação). A ação social é um dos diversos

comportamentos socialmente responsáveis que a empresa pode

acometer.

• Auditoria social: avaliação sistemática do impacto social de uma

empresa em relação a certas normas e expectativas.

• Código de conduta: expressão formal de valores.

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CAPÍTULO II

PERFUME: FABRICAÇÃO, ESTOCAGEM E

DISTRIBUIÇÃO

2.1- Definição do Perfume e Aspectos Históricos

Livros e compêndios de química definem o perfume como sendo um

sistema em equilíbrio e de percepção agradável. Trata-se de uma definição não

muito precisa, já que o adjetivo agradável é muito relativo. Na verdade, o

perfume é uma composição de fragrância, álcool etílico e água destilada. As

concentrações de cada componente podem variar dependendo do tipo da

aplicação. A palavra perfume vem de “per fumum”, ou através do fumo, de

onde eram obtidas as primeiras fragrâncias aromáticas.

As origens do perfume remontam a milhões de anos. Quando o homem

descobriu o fogo, percebeu que, ao queimar determinados arbustos e resinas,

estes exalavam um intenso aroma. A partir daquele dia, o conhecimento sobre

perfumes vem se enriquecendo constantemente ao longo dos séculos, dando

lugar a um exuberante produto. As primeiras referências históricas importantes

provêm do oriente, especialmente do antigo Egito, como demonstram as

descobertas de inúmeras escavações arqueológicas nas quais foram vasos de

alabastros para perfumes que datam três mil anos antes de cristo. Os egípcios

empregavam grandes quantidades de perfumes no culto aos deuses e na

conservação de cadáveres.

2.2- Qualidade da Essência

O controle de qualidade de uma essência é efetuado através dos

parâmetros principais:

Padrão olfativo: é o teste sensorial mais importante, mostra se a

essência está dentro do seu padrão olfativo e se a composição está correta. É

determinante para aprovar ou recusar uma essência;

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Aspecto físico: determina o seu aspecto físico, forma e cor.

Lembramos que sempre deve ser considerada uma faixa de cor, pois as

matérias primas de origem natural que compõem uma essência podem

apresentar diferenças dependendo da safra e da procedência. Portanto podem

existir variações de coloração e de tom. As matérias primas podem reagir entre

si fazendo com que algumas essências sofram alteração no tom e na coloração

com o decorrer do tempo.

Para determinar a qualidade também são executadas as seguintes

análises:

Densidade: existe uma faixa na qual a densidade medida de uma deve

se encontrar;

Índice de refração: existe uma faixa na qual a densidade medida de

uma essência deve se encontrar. Lembramos que o teste mais importante e

determinante para a qualidade de uma essência é a do método sensorial do

padrão olfativo.

O perfumista deve ser capaz de distinguir cerca de 5000 odores

diferentes (entre matérias-primas naturais, sintéticas, óleos essenciais e suas

combinações), e assim selecionar o que for mais conveniente no momento.

Os perfumistas têm a plena consciência que deverão usar sua criatividade,

pois os odores tocam até nossas células nervosas, ainda também nossa

mucosa que possui cerca de 10 milhões de células olfativas. A profissão de

perfumista situa-se num mercado bem específico, e no Brasil, ainda muito

restrito.

2.3 - Matérias-primas e Processos

Um perfume pode ser classificado como qualquer mistura de

substância colorante agradáveis, incorporadas num veículo apropriado.

Antigamente, todos os produtos usados em perfumaria eram de origem natural.

Mesmo quando se principiou a sintetizar os materiais para emprego neste

setor, fizeram-se esforços em duplicar os melhores perfumes naturais. Há uma

tendência marcada de colocar no mercado perfumes que não tem contrapartida

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exata no reino floral, mas que tiveram ampla aceitação no público. Os melhores

perfumes modernos são inteiramente sintéticos nem completamente naturais.

O melhor produto da arte é a mistura judiciosa dos dois tipos, para se

ter o realce do perfume natural, para reduzir o preço e para introduzir

fragrâncias na deliciosa gama olorosa que existe atualmente. Um produto feito

somente com materiais sintéticos tende a ser grosseiro e artificial em virtude da

ausência de impurezas em pequenos traços, que dão o toque final e

arredondam o buquê dos odores naturais; espera-se porém, que se atinja este

estágio de desenvolvimento. Os químicos também conseguiram criar essências

de flores que não produzem essências naturais, ou de outras flores cuja

essência é muito cara. São exemplos o lírio do vale, o lilás e a violeta. Os

constituintes dos perfumes são de três tipos: o veículo ou solvente, o fixador e

os elementos odoríferos.

Para a fabricação de perfumes, como a água-de-colônia, deve-se

utilizar água destilada para evitar impurezas que poderiam turvar o perfume.

Na ausência da água destilada, pode-se ainda adicionar 21g de bórax em cada

litro de água de chuva colhida diretamente da atmosfera sem contato com o

telhado. Dissolve-se o bórax, deixa-se depurar, filtra-se e coloca-se num

recipiente de vidro bem limpo. O álcool é um dos produtos mais utilizados na

fabricação dos perfumes líquidos. Devemos utilizar álcool da melhor qualidade

para obtenção de perfumes finos. Recomenda-se a utilização de álcool de

cereais. Na ausência deste, utiliza-se álcool etílico de primeira qualidade.

Para a coloração dos perfumes líquidos, usam-se, de preferência,

soluções alcoólicas de corantes naturais, bálsamo, resinas, etc. Ou

substâncias vegetais, tais como açafrão, clorofila, etc. Pode-se ainda, usar

anilinas sintéticas, solúveis no álcool, sendo que a solução deve ser preparada

com antecedência e filtrada. Os fixadores são substâncias de volatilidade mais

baixa que os óleos odoríferos, as quais retardam e uniformizam a velocidade

de evaporação dos diversos constituintes olorosos. Os fixadores usados são

secreções animais, produtos resinosos, óleos essenciais e substâncias

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sintéticas. Qualquer dos fixadores pode ou não contribuir para o cheiro do

produto final; quando contribuem, devem misturar-se à fragrância principal

complementando-a.

São numerosas as matérias-primas utilizadas nos perfumes, dentre as

flores podemos citar Jasmim, Rosa (da Bulgária ou de Maio), Flor de

Laranjeira, dentre outras. Também são utilizados musgos de carvalho (da

Iugoslávia), ervas aromáticas (tomilho, menta), cítricos (tangerina da Itália,

limão da Califórnia), dentre outras matérias-primas. A maioria dos perfumes

podem ser agrupados em famílias, como por exemplo, as notas florais são em

geral perfumes com notas dominantes de flores e são considerados perfumes

românticos e delicados. As notas orientais são os perfumes fortes, com base

de âmbar e baunilha. As notas de couro são notas secas que tentam reproduzir

o aroma do couro. Vale enfatizar que outras notas também fazem parte do

grupo de famílias dos perfumes.

Existem vários métodos de obtenção dos óleos essenciais voláteis dos

vegetais: prensagem, destilação, extração com solventes voláteis, maceração.

A maior parte dos óleos é obtida por destilação, usualmente a vapor, mas

alguns óleos são afetados adversamente pela ação do calor. Os óleos de

laranja destilados são de qualidade inferior; por isso, são obtidos por

prensagem. A extração por solvente é o processo tecnicamente mais avançado

e fornece odores verdadeiramente representativos, sendo, porém, mais cara

que a destilação.

As matérias-primas de origem natural vegetal sofrem influência não só

de tecnologia, mas da própria natureza, ou seja, um determinado óleo

essencial terá diferenças olfativas sensíveis dependendo de diversos fatores,

tais como: local de cultivo, problemas de acidentes geográficos, idade do

terreno, condições climáticas, colheitas, além dos processos de extração. Para

obtenção de perfumes sintéticos e semi-sintéticos existem diversos métodos

como processos de Condensação, Esterificação, Hidrogenação, Nitração,

Oxidação, dentre outros processos.

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A loção perfumada é um tipo de perfume mais simples e mais diluído

do que o extrato composto, portanto, de preço mais econômico e destinado a

todas as classes para ser usado como perfume mais discreto, tanto em

qualquer parte do corpo, como no banho ou nas roupas. O ato de perfumar

sabões e sabonetes é um dos principais ramos da perfumaria. No que tange

aos sabões e sabonetes, o perfume sofre certas modificações olfativas,

prolongando a sensação refrescante e agradável do banho. As composições

podem mudar o odor e a cor dos sabonetes.

As concentrações do perfume estão dispostas do seguinte modo:

• Extrait ou Parfum - É o produto mais nobre da linha e também

o mais envolvente e o mais rico dos produtos alcoólicos. Possui

uma concentração de essência (óleos essenciais) em torno de

15% a 20% e álcool 96%. Duração na pele de 12 a 20 horas.

• Eau de Parfum, Parfum de Toilette - Permite um perfumar

mais sutil e marcante ao mesmo tempo. A base perfumada é

ligeiramente modificada e sua concentração se situa entre 10%

e 15% de óleos essenciais. Duração na pele de 6 a 8 horas.

• Eau de Toilette - A base perfumada é modificada para ressaltar

as notas frescas e sua concentração pode variar de 5% a 10%.

Duração na pele de 4 a 6 horas.

• Eau de Cologne - A base perfumada é simplificada, o que dá

uma sensação de maior frescor. Neste caso, a concentração é

de 3% a 5%. Duração na pele: efêmero. Ideal após o banho.

2.4 - Equipamentos Empregados na Produção

A indústria de perfumaria, excepcionalmente, utiliza-se de poucos

equipamentos na produção:

Misturadores em Espiral em conjunto com tanques, é utilizado para

proporcionar uma perfeita homogeneização na mistura das matérias-primas

com tempo determinado de uma hora, pode ser estendido caso não se atinja o

ponto certo. Esse tempo pode variar de acordo com a temperatura e o tipo de

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essência. Existem essências mais densas que as outras, o que requer um

cuidado especial durante este processo.

Câmara Fria e Quente: geralmente as matérias-primas pastosas ou

sólidas ficam armazenadas em câmaras quentes para facilitar a sua mistura no

momento da produção, matérias-primas de fácil oxidação ou alta volatividade,

assim como os produtos acabados ficam conservados em câmaras frias. O

perfume pronto passa por um tempo de maturação de aproximadamente uma

semana depois de pronto antes de ser embalado para proporcionar uma maior

interação entre as matérias-primas.

Máquinas para Enchimento e Embalagem: realizam a etapa final na

produção, fazendo o enchimentos dos frascos e sua lacração. Os frascos são

alimentados na esteira manualmente por serem delicados e a embalagem final

(caixa de papelão) é colocada automaticamente pela própria máquina. Alguns

outros equipamentos auxiliam durante o processo produtivo, tais como

balanças de alta precisão, empilhadeiras e tanques para armazenamentos.

2.5 - Fabricação de Perfumes

A fabricação de perfumes, colônias, eau de toilettes e splashes é

realizada conforme processos já existentes há muitas décadas. A fase inicial

desta fabricação, tradicionalmente chamada de "maceração", é muito

importante. Este processo consiste em deixar em contato o "solvente" no caso

o álcool etílico ou isopropílico com a composição aromática, chamada

simplesmente de "essência" durante um tempo que pode variar de 20 a 30 dias

ou mais. A composição aromática que em sua formulação poderá conter até

dezenas de ingredientes aromáticos é que determinará o tipo de colônia. A

mistura destes ingredientes, como sua concentração, deverá ser tão

harmoniosa quanto a nota de uma composição musical. Esta "maceração",

geralmente é realizada num recipiente de aço inoxidável tipo "sanitário", isto é,

onde a limpeza e sanitização dos mesmos são realizadas de uma forma bem

efetiva e não contém em sua composição impurezas (metais pesados, etc.),

para que não seja afetada a qualidade do produto final. Estes recipientes são

providos de agitadores (Tipo hélice) o suficiente para formar a agitação tipo

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voltex, destinados a proceder a 1a fase da maceração que consta inicialmente

da dissolução da composição aromática em álcool, sob agitação durante um

tempo determinado.

Após alguns dias, procede-se a 2ª fase de maceração, que consiste em

adicionar a água destilada ou desmineralizada constante da fórmula,

lentamente e sob agitação constante até a completa homogeneização. Agita-se

periodicamente durante algum tempo (dependendo do fabricante) e determina-

se a graduação alcoólica, para possíveis correções quando for o caso. Nesta

fase procede-se também em geral, a coloração do produto, adicionando-se

corantes permitidos para estas preparações. Após a 2ª fase de maceração,

ocorre o resfriamento destas preparações. Vale ressaltar que é sempre

realizado o controle de qualidade do produto com a análise de uma amostra e

esse controle de qualidade varia de acordo com cada país.

2.6 - Estocagem de Perfumes Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra, a obtenção de uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-las prontamente, no momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos estoques. (ARRUDA; CONCEIÇÃO; LIMA, 2013, p.52)

O estoque serve para resguardar as características físico-químicas do

produto. A redução de custos deve ser observada, mantendo-se um estoque

mínimo para atender aos clientes. A conservação e proteção das essências

contra as alterações físicas, químicas e olfativas estão intimamente ligadas

com diversos fatores, descritos a seguir:

• Temperatura - A melhor faixa de temperatura para

acondicionamento está entre 12ºC e 15ºC; temperaturas mais

baixas podem ocasionar problemas de cristalização, turbidez ou

precipitação;

• Tempo - Como a maioria das matérias-primas orgânicas, o

tempo é limitado; porém, se o produto for bem acondicionado,

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sendo preservado de todos os fatores, podem ser estocados por

anos;

• Oxidação - A maioria dos componentes de uma essência são

bastantes sensíveis à ação do oxigênio atmosférico ou o cedido

pelas próprias matérias-primas. Esses fenômenos de oxidação

são catalisados pelo calor ou pela contaminação de íons

metálicos. Algumas indústrias mantêm suas matérias-primas

mais sensíveis a este fenômeno, conservadas no nitrogênio,

porém é um processo caro.

• Contaminação - São considerados agentes contaminantes a

poeira, a ferrugem, rebarbas metálicas das bocas dos tambores,

cortiças, além de outras matérias-primas indesejáveis na

essência. Pra sanar este problema, convém acondicionar as

essências prontas em vidro âmbar, alumínio, folha de flandres

(quando a estocagem for pequena por poucos meses), baldes

ou tambores revestidos com resina epóxi ou polietileno, é muito

utilizado. Atualmente as bombonas de polietileno ou

polipropileno. É importante observar que mesmo nessas

embalagens, não é aconselhável a exposição à luz, além de

estar devidamente lacrado.

Existe uma gama de produtos que podem ser perfumados como por

exemplo, canetas, lenços de papel, bonecas, tintas, produtos convencionais de

higiene e limpeza, dentre outros produtos.

2.7- Controle de Estoque

Para Bernardi (1996), as formas de produção são divididas em três

grupos:

• Produção por encomenda, (produz- se apenas os itens que são

acordados através de contratos para finalidades específicas);

• Produção seriada ou contínua, (produz-se de forma contínua, havendo

necessidade de gerenciar o estoque e as vendas);

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• Produção híbrida (utilizada na produção seriada para determinados

produtos ou partes e linhas específicas, mas também realiza- se o

processo de produção por encomenda).

De acordo com a tese de mestrado de Jurandir Sakai: As políticas de estoques devem ser estabelecidas em consonância com as estratégias competitivas da organização. Estas políticas levam em conta as demandas de produção, os ciclos de atividade de ressuprimento, os custos de colocação dos pedidos e de manutenção de estoques.

As decisões de estoque baseiam-se nas questões que facilitam as

decisões dos gerentes no dia-a-dia. Este procedimento envolve as atividades

desde a chegada do produto, incluindo operações de armazenamento, emissão

de pedidos, envio de mercadorias e controle da movimentação. É necessário

um sistema de gestão capaz de assegurar a acurácia física e das informações,

vitais nas decisões relativas ao planejamento, controle e ressuprimento dos

estoques.

Entre os tipos de estoque, observam-se quatro, sendo eles:

• Estoque isolador, ou também chamado de estoque de segurança. O

propósito deste estoque é compensar as incertezas inerentes ao

fornecimento e demanda. Este nível mínimo de estoque existe para

cobrir a possibilidade da demanda vir a ser maior do que a espera

durante o tempo gasto na entrega dos bens;

• Estoque de ciclo, este tipo de estoque ocorre porque um ou mais

estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem

simultaneamente;

• Estoque de antecipação, é utilizado para compensar diferenças de

ritmo de fornecimento e demanda. Comumente usado quando as

flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis.

• Estoque no canal (de distribuição), este tipo de estoque existe porque

o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de

fornecimento e o ponto de demanda.

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Conforme Slack (1996), o estoque é criado para compensar a

sazonalidade de ritmo de fornecimento e demanda. Slack (1996) afirma que no

gerenciamento do sistema de estoques, os gerentes estão envolvidos em três

decisões cruciais:

• Quanto pedir (cada vez que um pedido de abastecimento é colocado, de

que tamanho ele deve ser)?

• Quando pedir (em que momento ou nível de estoque, o pedido de

reabastecimento deve ser colocado)?

• Como controlar o sistema (que procedimentos e rotinas devem ser

implantados para ajudar a tomar estas decisões)?

2.8 - Logística de Distribuição

Para Kotler (2000), a logística de mercado corresponde ao

planejamento, à implementação e o controle dos fluxos físicos de produtos

entre os pontos de origem e de destino, com o objetivo de atender às

exigências dos clientes. Kotler (2000) diz que para a transação de mercadorias,

devem-se considerar critérios como velocidade, frequência, confiabilidade,

capacidade, disponibilidade, rastreabilidade e custo.

No tocante aos custos, Ballou (2001) classifica os custos em fixos e

variáveis e salienta que a redução do custo do projeto do sistema logístico é

considerada como um objetivo empresarial da logística. Slack (1996) denomina

os custos logísticos em custos operacionais (custos que variam diretamente

com a variação do nível da atividade) e custos de capital (ocorrem apenas uma

vez e não mudam com as variações normais nos níveis de atividades.

Os produtos do setor geralmente são distribuídos por meio de três

canais básicos: distribuição tradicional (incluindo o atacado e as lojas de

varejo), venda direta (evolução do conceito de vendas domiciliares) e franquia

(lojas especializadas e personalizadas).

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Com a gestão eficiente dos canais de distribuição, muitas vezes chamados canais de marketing, a percepção do valor agregado pela empresa pode ser maior ou menor, e contribuir significativamente para a retenção de clientes e o posicionamento da marca da empresa no mercado ante a concorrência. (ARBACHE; MONTENEGRO; SALLES; SANTOS, 2011, p.17) A nova competição não é entre o que as empresas produzem em suas fábricas, mas entre o que elas agregam o produto de sua fábrica na forma de embalagem, serviços, propaganda, sugestões ao cliente, financiamento, entrega, armazenagem e outras coisas que as pessoas valorizam. (KOTLER, 2000, p. 417)

Canais de distribuição

Distribuição Tradicional

Venda direta Franquia

Higiene pessoal 90,9 7,9 1,2 Cosméticos 61,9 35,6 2,5 Perfumaria 17,7 61,5 20,8

Total em 2000 75,4 20,7 3,9 planilha criada por Wagner Costa - 07/02/2016

Nas palavras de Kotler (2000), canais de distribuição são canais de

marketing e constituem "conjuntos de organizações interdependentes,

envolvidas no processo de disponibilização de um produto ou serviço para uso

ou consumo". Diversas são as opções: atacadistas, varejistas, representantes

exclusivos ou não, franquias. Os canais de distribuição funcionam como elos

entre a organização e seus clientes, pois na grande maioria das vezes, o

cliente nunca teve acesso à fábrica do produto, mas está em contato constante

com as empresas ou pessoas que realizam a revenda. O profissional de

marketing deve procurar não só atender ao cliente, mas exceder às suas

expectativas, maximizar valor, pois diante deste contexto, estaria trabalhando

com o conceito do produto ampliado, oferecendo benefícios adicionais, tais

como, garantia, conveniência, crédito, orientação de uso, de forma a fornecer

uma solução completa.

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CAPÍTULO III

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

3.1- Procedimento para a Importação

A importação de cosméticos, produtos de higiene e perfume na forma

de matéria-prima, produto semi-elaborado, produto a granel ou produto

acabado, conforme enquadramento dos produtos disponível no sítio eletrônico

da ANVISA estará sujeita ao registro de licenciamento de importação no

SISCOMEX, submetendo-se à fiscalização pela autoridade sanitária antes de

seu desembaraço aduaneiro.

3.2 - Procedimentos Junto ao SISCOMEX

Com base na Resolução RDC 81/2008: PROCEDIMENTO - Bens e

produtos sujeitos ao controle especial de que trata a portaria SVS/MS n° 344,

de 1998 e suas atualizações, em suas listas ‘A1, A2, A3, B1, B2 E D1’.

A importação de bens e produtos: sujeito ao controle especial de que

se trata a portaria SVS/MS n° 344, de 1998 e suas atualizações, na forma de

matéria-prima, produto semi-elaborado ou produto acabado, conforme

enquadramento dos bens e produtos disponível no sítio eletrônico da ANVISA

estará sujeita ao registro de licenciamento de importação no SISCOMEX,

submetendo-se à fiscalização pela autoridade sanitária antes de seu

desembaraço aduaneiro. A autorização prévia favorável de embarque dar-se à

mediante manifestação da área técnica competente da ANVISA, em sua sede,

em Brasília, DF. Caberá a empresa interessada encaminhar à ANVISA

requerimento para autorização de embarque no exterior, mediante

preenchimento de petição de autorização de embarque no exterior. Os bens e

produtos sujeitos ao controle especial de que trata a portaria SVS/MS n° 344,

de 1998 e suas atualizações, somente poderão entrar em território nacional

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pelos seguintes portos e aeroportos: Porto do Rio de janeiro, Rio de janeiro,

RJ;

• Aeroporto internacional do Rio de janeiro- aeroporto maestro

Antônio Carlos Jobim, Rio de janeiro, RJ;

• Porto de Santos, Santos, SP;

• Aeroporto internacional de São Paulo- aeroporto governador

André Franco Montoro, Guarulhos, SP.

3.3 - Desembaraço Aduaneiro dos Perfumes

O que ocorre com os perfumes é que são considerados materiais

harzardous e possuem procedimentos de transporte e fiscalização

diferenciados. Em muitos países você não pode se quer embarcar no avião

com perfumes dentro na mala de mão. Em alguns países, os perfumes não

podem ser transportados de avião. Só transporte terrestre ou marítimo. Essas

regras especiais, que já eram rígidas, se tornaram mais rígidas ainda depois

dos ataques terroristas de 2001. Além disso, muitas lojas on-line, para

baratearem o produto e venderem mais, usam de mecanismo de transporte de

baixo custo e que de alguma forma driblam a burocracia toda. Assim é normal

um perfume comprado nos Estados Unidos, por exemplo, ser embarcado

dentro de um que embarcará e desembarcará produtos em vários outros locais

do mundo antes de chegar com ele no porto de desembarque no Brasil.

A taxa da ANVISA é aplicável para quase todo processo protocolado

na mesma. As principais estão relacionadas com a Autorização de

funcionamento da empresa, com o registro do produto e certificação de boas

práticas. No total existem centenas de taxas diferentes, sem falar que elas

variam em função do porte da empresa. No caso de autorização de

funcionamento, a ANVISA dividiu a mesma em uma combinação de áreas x

atividades:

• Produtos para saúde (correlatos)

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• Medicamentos e insumos farmacêuticos

• Cosméticos, produtos de higiene e perfumes.

• Atividades (principais)

• Fabricação

• Distribuição

• Importação

• Exportação transporte

• Áreas (principais)

Sendo assim, existe uma taxa para cada combinação acima. Exemplo:

Autorização para fabricação de produtos para saúde, autorização para

distribuição de produtos para saúde, autorização para importação de produtos

para saúde. Autorização para transporte de saneantes, autorização para

transporte de medicamentos, etc. No caso de boas práticas, a ANVISA dividiu a

mesma em uma combinação de áreas x atividades x países:

a) Áreas: Produtos para saúde (correlatos), medicamentos e insumos

farmacêuticos, cosméticos, alimentos, produtos de higiene e perfumes.

b) Atividades: Fabricação, armazenamento e distribuição.

c) Países: Brasil e Mercosul e outros países.

3.4 - Modais de Transporte

Os modais de transporte são os tipos/meios de transporte existentes.

Podem ser classificados em: ferroviário (feito por ferrovias), rodoviário (feito por

rodovias), hidroviário (feito pela água), dutoviário (feito pelos dutos) e aeroviário

(feito de forma aérea). Os modais de transporte permitem o deslocamento de

materiais (matérias-primas, produtos em processo, produtos acabados) entre

os diversos elos da cadeia de suprimento.

O modal de transporte também influi sob a perspectiva da localização

dos pontos de armazenagem e também no que concerne aos níveis de

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estoques a serem mantidos na cadeia de suprimento. A organização pode

utilizar-se dos diferentes modais de transporte para a criação de vantagem

competitiva, pois o serviço logístico e o preço podem influenciar na seleção do

fornecedor ou comprador. Em comparação a outros países, o Brasil carece de

infraestrutura de logística para obter um maior crescimento econômico.

Se os modais de transporte pararem de funcionar, o mundo para. E isso não é apenas uma força de expressão, é a mais absoluta verdade. Basta imaginar nossa necessidade de locomoção, a necessidade de transporte dos bens e serviços produzidos ao redor do mundo, para que se consiga perceber a importância dos sistemas de transportes para nossa sobrevivência. (FILHO, 2012, p. 249)

As atribuições desta área compreendem suprimentos, planejamento e

movimentação de materiais. É a área responsável pelo abastecimento dos

produtos da empresa, através do processo de compra de produtos,

responsabilizando-se também pelo planejamento de estoque e logística da

empresa. O objetivo é obter fluxo contínuo de suprimentos, aplicar investimento

mínimo, obter os menores preços para uma certa qualidade e obter as

melhores condições de pagamentos de forma a facilitar o fluxo de caixa da

empresa. Realiza seleção de fornecedores, processa compras através de

negociação de parcerias e identificação da necessidade de comprar, e ainda

acompanha a entrega do produto.

Possui ligação com setores internos, na avaliação das necessidades

dos clientes, entendimento com finanças, estoques, recebimento e expedição e

na engenharia e controle da produção. A logística integra todos os setores da

empresa e tem a função de equacionar soluções para os diversos

departamentos da empresa. É imprescindível destacar que todas essas fases

do processo são controladas com a finalidade de atender da melhor maneira

possível os clientes. Os modais utilizados para distribuição da produção são os

seguintes: na Região Sul serão utilizados os modais rodoviário e ferroviário, na

Região Sudeste será utilizado somente o transporte rodoviário e na Região

Norte serão utilizados os modais rodoviário e ferroviário.

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3.5 - Estrutura de Custos para Cada Modal

A estrutura de custos para cada modal apresenta-se deste modo:

• Ferroviário: alto custo fixo em equipamentos, terminais, via

férreas etc. Custos variáveis baixos.

• Rodoviário: Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e

construídas com fundos públicos). Custo variável médio

(combustível e manutenção).

• Aquaviário: Custos fixos médios (navios e equipamentos),

custo variável baixo (capacidade para transportar grande

quantidade de tonelagem).

• Dutoviário: Custo fixo mais elevado (direitos de acesso,

construção, requisitos para controles das estações e

capacidade de bombeamento). Custo variável mais baixo

(nenhum custo de mão de obra de grande importância).

• Aéreo: Custo fixo alto (aeronave e manuseio de sistema de

carga). Alto custo variável (combustível, mão de obra e

manutenção).

3.6 - Documentação Obrigatória à Autoridade Sanitária

• Petição para fiscalização e liberação sanitária;

• Guia de recolhimento da União – GRU, da secretaria do tesouro

nacional, conforme disposto na legislação sanitária pertinente.

• Autorização de acesso para inspeção física, na forma da

legislação fazendária, quando couber;

• Fatura comercial

• Conhecimento de carga embarcada;

• Informação sobre o produto e pessoa jurídica importadora, como

regularização do produto e da empresa e número de

licenciamento de importação ou licenciamento simplificado de

importação.

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• Declaração quanto aos lotes ou partidas ,identificada

alfanumericamente, no que couber;

• Declaração do detentor do registro autorizando a importação por

terceiro;

• Instrumento de representação da pessoa jurídica detentora da

regularização do produto junto a ANVISA a favor do responsável

legal ou representante legal;

• Documento de averbação referente à comprovação da atração do

produto no ambiente armazenador e sua respectiva localização,

expedido pelo representante legal da pessoa jurídica

administradora do recinto alfandegário onde o produto encontra-

se armazenado.

Quando não especificado a obrigatoriedade da apresentação exclusiva

em sua forma original, os documentos de que se trata esta seção deverão ser

apresentados na sua forma original e cópia, para sua autenticação, ou

previamente autenticados. O documento de que trata a alínea “g” deverá ser

atestado pelo responsável técnico. Estará isento da apresentação do

documento da alínea “i”, o mandatário devidamente cadastrado junto à

respectiva CVPAF de desembaraço.

3.7- Enquadramento do Porte Empresarial

O valor da taxa é conforme o porte da empresa, ou seja, uma empresa

de porte maior paga uma taxa maior, assim como uma empresa de pequeno

porte paga uma taxa menor.

Em relação ao Enquadramento:

Grupo I - Grande superior a R$ 50.000.000,00

Grupo II - Grande igual ou inferior a R$ 50.000.000,00 e superior a R$

20.000.000,00.

Grupo III - Média igual ou inferior a R$ 20.000.000,00 e superior a R$

6.000.000,00

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Grupo IV- Média igual ou inferior a R$ 6.000.000,00 e superior a R$

2.400.000,00

Pequeno porte: igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 e superior a R$

240.000,00

Micro empresa: igual ou inferior a R$ 240.000,00.

3.8 - Origem e Destino (Regiões Sudeste, Sul e Norte)

A empresa está localizada no Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro.

O fato de a empresa estar localizada na cidade de Rio de Janeiro traz várias

vantagens sobre as outras concorrentes, dado o fato desta cidade possuir

atualmente uma localização privilegiada em relação a um dos maiores

fornecedores de insumos industriais (Rio de Janeiro) e também por apresentar

uma configuração logística atrativa, visto uma grande quantidade de rodovias e

autopistas que ligam o Rio de Janeiro aos principais centros brasileiros. O

aeroporto internacional ainda fornece uma opção interessante nos casos de

importação, complementando a cadeia logística da região.

Esta região foi escolhida para sediar a empresa por diversos motivos,

dentre os quais podemos citar:

• Proximidade com o nosso principal mercado alvo;

• Ampla rede de estradas favorecendo a logística de entrega e

recebimento de mercadorias;

• Proximidade de aeroporto internacional, facilitando a importação

de mercadorias para as regiões sul e sudeste;

• Universidades próximas, possibilitando utilização de mão de

obra especializada, potencializando também parcerias para

desenvolvimento de novos produtos;

• Disponibilidade de mão de obra;

• Área para produção dos itens;

• Área para recebimento de material e almoxarifado;

• Área para expedição.

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3.9 - Riscos e Oportunidades

Riscos de uma empresa na área de perfumes:

• O maior risco para a empresa é não conseguir fazer acordos

com os influenciadores de mercado. É fundamental a

importância de estudar acordos já relacionados com outras

parcerias já realizadas;

• Depois de parcerias já realizadas, é de fundamental importância

conseguir alianças com revendas e nos pontos de vendas

principalmente supermercados que são nosso canal de venda

preferencial;

• Tem o risco de mercado que é o risco de que mudanças no

preço e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das

posições de um título ou de uma carteira;

• O risco operacional por sua vez, se refere às perdas potenciais

resultante de sistemas inadequados, falha da gerência, controles

defeituosos, fraude e erro humano. Relacionado ao risco

operacional, existem vários casos de falhas operacionais

relacionadas a uso derivativos, caracterizadas por transações

alavancadas, ao contrário das transações à vista. Um

negociante pode fazer comprometimentos muito grandes em

nome da instituição financeira, gerando exposições futuras

enormes, utilizando pequeno volume de dinheiro;

• O risco de fator humano é assim definido como “uma forma

especial de risco operacional”. Relaciona-se às perdas que

podem resultar em erros humanos como apertar o botão errado

em um computador, inadvertidamente destruir um arquivo ou

inserir um valor errado para um parâmetro de entrada de um

modelo.

Oportunidades Empresariais na área de perfumes:

• Produtos diferenciados como: perfumes e colônias antialérgicas;

• Divulgação da marca no ponto de venda através de campanhas

promocionais.

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BASÍLIO, Andressa. Oportunidades para Inovar no Segmento de Logística, São Paulo, 08/02/2016. Além da falta de investimento governamental, a economia é refém de uma matriz de transporte desbalanceada, na qual o modal rodoviário é predominante, inclusive para transportes de longas distâncias e mesmo com pouco mais de 10% das rodovias pavimentadas, o que torna o modelo custoso. Outro grande problema está relacionado à defasagem tecnológica, responsável, entre outras coisas, por diminuir o índice de rastreamento de cargas, inviabilizar a integração de sistemas e dificultar a previsão de demanda.

O Brasil tem grandes desafios no que diz respeito às limitações

logísticas. A falta de investimentos em infraestrutura e tecnologia impacta

diretamente no crescimento da logística no Brasil. A revista Pequenas

Empresas e Grandes Negócios aponta que pesquisas e desenvolvimento de

sistemas informatizados ajudam a reduzir os custos de transporte de cargas e

estoques. Ainda reforça que a rápida troca de informações facilita a tomada de

decisão e gestão de risco, especialmente em relação ao e-commerce, cujo

modelo de negócio pressupõe entregas mais rápidas. O Brasil também deve

estar atento às exigências de consumidores e fornecedores que buscam se

conectar com empresas voltadas para a sustentabilidade.

3.10 - Público-Alvo e Locais para Exportação

As vendas serão direcionadas para as classes consumidoras B e C,

onde se concentra a fatia da população com maior renda per capita. Pela

tabela abaixo obtida pelo IBGE- instituto brasileiro de geografia e estatística

nota-se que apenas 25% da população do estado São Paulo pertence a estas

classes com um total de pessoas em torno de 5 milhões.

A exportação de perfumes será direcionada para países vizinhos como:

Argentina, Uruguai e Paraguai. O Uruguai, Argentina e Paraguai utilizam o

sistema de fixação de preço mínimo de exportação que, apesar do nome, é

aplicado à importação de alguns itens. Assim, o ministério da economia e

finanças estabelece um preço médio referencial para importância de

determinadas mercadorias concorrentes com as da indústria Uruguaiana e

incluídas no regime de adequação à TEC (tarifa externa comum).

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O preço mínimo de exportação é calculado com base no valor médio

dos preços de exportação dos principais países produtores dessas

mercadorias. O importador deverá, portanto, pagar a alíquota estipulada TEC,

porém calculada sobre o valor declarado e o preço mínimo de exportação.

Conforme estimativas de 2014, a Argentina possui o segundo mais alto

IDH e PIB per capita em paridade do poder de compra da América latina. O

país é um dos membros do G20 (maiores economias), e é o 19° maior quanto a

paridade do poder de compra. O país está classificado como de renda média

alta ou como um mercado emergente secundário pelo banco mundial.

O Uruguai é um dos países economicamente mais desenvolvidos da

América latina, com um PIB per capita elevado e o 52° maior IDH do mundo.

O Paraguai está experimentando a maior expansão econômica da

região e a mais alta da América latina, com uma perspectiva histórica de

crescimento do PIB quanto a paridade do poder de compra.

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CONCLUSÃO

As organizações passaram a enfrentar inúmeros desafios como a

globalização, novas tecnologias e forte concorrência. Em decorrência dessas

intensas mudanças, constatou-se a necessidade de novas práticas no âmbito

logístico, enfatizando estratégias que criem laços de fidelidade de longo prazo

com os clientes.

A logística é uma ferramenta essencial no mundo dos negócios

atualmente. No mercado globalizado, onde a tecnologia da informação está

disseminada em todo o planeta e onde a comunicação on-line permite a ligação

simultânea em toda a cadeia do comércio internacional, não se concebe mais

para as empresas a ausência da logística em suas operações. As organizações

que não buscam um sistema de logística integrado e eficiente estão perdendo

em competitividade nos mercados, especialmente quando se trata de vendas

para o exterior.

As empresas precisam analisar criteriosamente quanto tempo leva para

transportar o produto do centro de distribuição até o ponto de venda e se o

resultado final é lucrativo. Operações ineficientes estão por toda a parte.

Identificar esses trajetos é vital para eliminar os defeitos. Custos de distribuição

devem ser reduzidos o mínimo possível. O estoque, que anteriormente era

padronizado, passou a ter flexibilidade e rotatividade, adequando-se às

características e necessidades de cada empresa. Os processos burocráticos

no Brasil devem ser radicalmente reformulados para que o país possa obter

mais agilidade competitiva.

Logística é o processo que integra, coordena e controla a

movimentação de materiais, manufatura e produção, fluxo de produtos, local de

estocagem, sistemas de informações, bem como o transporte e armazenagem.

É, portanto, a cadeia de serviços necessária para interligar um ponto de

produção a um centro de consumo. Uma ferramenta primordial ao sucesso dos

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negócios, pois é um sistema que facilita o acesso aos clientes e otimiza várias

atividades, minimizando custos.

Colocar o produto certo, na hora certa, no lugar certo, para o cliente

certo. Esta é a definição da logística. No Brasil, a incorporação da logística no

vocabulário corrente das empresas ainda é um fenômeno recente em

comparação aos países do primeiro mundo, onde há muito tempo o projeto de

logística faz parte da rotina de negócios. As médias e grandes empresas

brasileiras conhecem os benefícios de um bom projeto logístico, apesar das

dificuldades de infraestrutura.

O descaso em relação à estratégia logística é notório, uma vez que a

precária infraestrutura brasileira cobra um alto preço das empresas de todos os

setores, da indústria ao agronegócio. O maior problema gerado pela falta de

infraestrutura é que esta precariedade aumenta o valor dos produtos, fazendo

com os mesmos se tornem menos competitivos no comércio internacional e até

mesmo o custo de transporte logístico do Brasil fica mais barato para outros

países, do que dentro do próprio território nacional.

Não há crescimento econômico sustentável sem a existência de uma

infraestrutura que atenda aos diversos objetivos de uma nação: viabilizar o

produto potencial, integrar a população à economia nacional por meio de

modais de transportes e sistemas de comunicações eficientes que interliguem,

de fato, as regiões do Brasil e reduza o desperdício de recursos. O governo

brasileiro está ciente da necessidade de estabelecer novas bases na área de

logística e ampliar os investimentos que há décadas foram insignificantes em

relação aos outros países. Deste modo, poderá atender ao crescimento da

demanda por exportações do país, adotando uma infraestrutura adequada com

maior eficácia no atendimento dos pedidos e menores prazos de entrega do

produto ou serviço.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO S 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

Logística 11

1.1 - Conceito 11

1.2 - A Importância de Cativar Clientes 14

1.3 - Responsabilidade Social 15

CAPÍTULO 2

Perfume: Fabricação, Estocagem e Distribuição 17

2.1- Definição do Perfume e Aspectos Históricos 17

2.2 - Qualidade da Essência 17

2.3 - Matérias-Primas e Processos 18

2.4 - Equipamentos Empregados na Produção 21

2.5 - Fabricação de Perfumes 22

2.6 - Estocagem de Perfumes 23

2.7- Controle de Estoque 24

2.8 - Logística de Distribuição 26

CAPÍTULO 3

Importação e Exportação 28

3.1- Procedimento para a Importação 28

3.2- Procedimentos Junto ao SISCOMEX 28

3.3 - Desembaraço Aduaneiro dos Perfumes 29

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3.4- Modais de Transporte 30

3.5- Estrutura de Custos para Cada Modal 32

3.6 - Documentação Obrigatória à Autoridade Sanitária 32

3.7- Enquadramento do Porte Empresarial 33

3.8- Origem e Destino (Regiões Sudeste, Sul e Norte) 34

3.9 - Riscos e Oportunidades 35

3.10 - Público-Alvo e Locais para Exportação 36

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 43

ÍNDICE DE FIGURAS 45

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ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 11