mba planejamento tributÁrio · 2019. 4. 26. · carf - legalidade planejamento tributÁrio 18...
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MBA – PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
1
CONTATOS
@professoraleticiavogt
Leticia Vogt (Professora Leticia Vogt)
0XX11 982180429
2
DEFESAS
ADMINISTRATIVAS
NO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
3
PROFESSORA LETÍCIA VOGT
4
CENÁRIO
TRIBUTÁRIO
BRASILEIRO
5
BIBLIOGRAFIA
IMPOSTÔMETROhttps://impostometro.com.br/#arrecadacaoBrasil
6
TRIBUTAÇÃO RENDA
X
BENS E SERVIÇOS
7
TRIBUTAÇÃO BRASIL
8
TRIBUTAÇÃO BRASIL
NECESSIDADE/IMPORTÂNCIA
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
9
1º• ELEVADO ÔNUS FISCAL INCIDENTE NO MUNDO DOS
NEGÓCIOS;
2º • CONSCIÊNCIA DAS EMPRESAS DO ALTO GRAU DE
COMPLEXIDADE DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA;
3º
• NECESSIDADE DE IDENTIFICAR TODAS ASALTERNATIVAS LEGAIS DISPONÍVEIS ÀSTRANSAÇÕES/ OPERAÇÕES MERCANTIS, PARAADOTAR A QUE RESULTE EM CONSEQUENCIASTRIBUTARIAS MENOS ONEROSAS;
EMPRESA EFICIENTE – PONTO
VISTA TRIBUTÁRIO
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• “Pode-se mencionar que a empresa eficiente
do ponto de vista tributário é aquela que
realiza, através de atividades lícitas, além de
identificar, com antecedência, a alternativa
legal e tributária menos onerosa para atingir
um determinado objetivo patrimonial ou
negocial” Fonte: CA BRASIL Consultores
VISA PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
11
• “O Planejamento Tributário possibilita boa
economia fiscal ou mesmo a redução de
tributos, utilizando métodos e procedimentos
técnicos que permitem o estudo
personalizado minucioso dos diversos setores
e atividades empresariais.” Fonte: CA BRASIL
Consultores
VISA PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
12
O planejamento tributário visa à redução ou
eliminação da carga fiscal das empresas,
evitando que se concretizem operações
tributáveis ou reduzindo a base de tributação.
Destaca-se como mais importante a eliminação de contingências tributárias, utilizando adequados
controles internos e conhecimento profundo das operações e da legislação tributária.
OBJETIVO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
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1º) EVITAR (EXCLUIR) A INCIDÊNCIA DO
TRIBUTO
• Tomam-se providências com o fim de evitar a ocorrência do fato gerador do tributo
Ex.: Substituir a maior parte do valor do pró-labore dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS (20%) e do IR na Fonte (até 27,5%) sobre
o valor retirado como lucros em substituição do pró-labore.
OBJETIVO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
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2º) REDUZIR O MONTANTE DO TRIBUTO
• As providências são no sentido de reduzir a alíquota ou a base de cálculo do tributo.
Ex.: ao preencher sua Declaração de Renda, você pode optar por deduzir até 20% da renda tributável como desconto padrão ou
efetuar as deduções legais.
OBJETIVO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
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3º) RETARDAR (ADIAR) O PAGAMENTO DO
TRIBUTO
• O contribuinte adota medidas que têm por fim postergar (adiar) o pagamento do tributo, sem a ocorrência da
multa.
Ex: transferir o faturamento da empresa do dia 30 (ou 31) para o 1º dia do mês subsequente postergando,
assim, o recolhimento dos tributos.
CARF - LEGALIDADE
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO -
16
• "Em direito tributário não existe o menor problema em
a pessoa agir para reduzir sua carga tributária, desde
que atue por meios lícitos. Inclusive, é de se esperar que
as pessoas façam isso, sendo recriminável exatamente a
conduta oposta. A grande infração em tributação é agir
intencionalmente para esconder do credor os fatos
tributáveis (sonegação), mas isso não ocorreu no caso
concreto." (Ac. nº 1101-00.708, de 12/04/2012)
CARF - LEGALIDADE
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
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• "Quando uma pessoa física escolhe declarar pelo
modelo completo ou pelo simplificado, visando
reduzir sua carga tributária, está agindo racional e
licitamente. Sua conduta é artificial, mas é admitida.
O mesmo ocorre com dois profissionais que se
organizam como empresa para reduzir a carga
tributária que teriam como pessoas físicas
autônomas." (Ac. nº 1101-00.708, de 12/04/2012)
CARF - LEGALIDADE
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
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• "Enfim, desde que o contribuinte atue conforme a lei,
ele pode fazer seu planejamento tributário para reduzir
sua carga tributária. O fato de sua conduta ser
intencional (artificial), não traz qualquer vicio. Estranho
seria supor que as pessoas só pudessem buscar
economia tributária licita se agissem de modo casual, ou
que o efeito tributário fosse acidental." (Ac. nº 1101-
00.708, de 12/04/2012
ESTADO X CONTRIBUINTE
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FISCO -COMPETÊNCIA
INSTITUIR, LANÇAR, ARRECADAR E
FISCALIZAR TRIBUTOS
LIBERDADE FISCAL –CONTRIBUINTE OPTA
EM ATUAR SEM TRIBUTAÇÃO OU
REDUZIDA OU ADIADA
CONTRIBUINTE – LIBERDADE
FISCAL
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LIBERDADE FISCAL
LIMITAÇÕES
SOB PENA DE TRANSPOR ÁREA
LEGITIMIDADE
NÃO PODEM SER ULTRAPASSADAS
PARA ESFERA ILICITUDE
LIMITES JURÍDICOS – LIBERDADE FISCAL
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LIMITES JURÍDICOS
LIBERDADE FISCAL
VALIDADE JURÍDICA ATOS
PRATICADOS
AGENTE CAPAZ OBJETO LÍCITO
FORMA PRESCRITA
OU NÃO PROIBIDA LEI
LEGITIMIDADE
ATOS PRATICADOS
LEGÍTIMO, DE ACORDO COM LEI
SUBSTÂNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
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• Plano da existência
Elementos gerais:i) circunstâncias negociais; ii) forma;iii) objeto; iv) tempo;v) lugar;vi) agentes.
Elementos categoriais: próprios a cada tipo de negócio, e que não resultam da vontade das partes, mas da ordem jurídica.
Elementos particulares: aqueles que se encontram num negócio específico, mas que não tem o condão de tipificá-lo.
SUBSTÂNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
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Plano da validade
Requisitos de validade:
a) agente capaz;
b) objeto lícito, possível e determinado ou determinável;
c) forma prescrita ou não defesa em lei;
d) causa objetiva = Objeto (dever-ser) X Causa (ser).
Determinante para a incidência tributária.
SUBSTÂNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
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Plano da eficácia
Finalidade do negócio: a pretensão das partes
ao realizar um determinado negócio é que
surta os efeitos pretendidos.
ELISÃO
25
Afastamento lícito da incidência, total
ou parcial, da norma tributária, com a
obtenção de resultado econômico
favorável e resultado prático
equivalente ao do evento tributável.
LICITUDE
EVASÃO
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Afastamento ilícito da incidência,
total ou parcial, da norma
tributária, mediante atos de
ocultação e falsificação.
ILICITUDE
DIRETA
(CRIMINOSA)
EVASÃO X PLANEJAMETO TRIBUTÁRIO
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• OCORRIDO FATO GERADOR NASCE A OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA DO PAGAMENTO AO TRIBUTO –
CONTRIBUINTE ESTÁ OBRIGADO!
• PLANEJAMENTO – CONTRIBUINTE BUSCA EVITAR A
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, O QUE CONFIGURA A
EVASÃO LÍCITA (ELISÃO).
PORTANTO:
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• ATOS/NEGÓCIOS
EVITARAM FATO GERADOR
ELISÃO -PLANEJAMENTO
ATOS/NEGÓCIOS
OCULTARAM FATO GERADOR
EVASÃO
NORMAS CONTRA EVASÃO
FISCAL
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• A Lei 4.729/65, art. 1º, prevê o crime de sonegação
fiscal.
• Segundo a Lei 4.357/65, art. 11, também caracteriza
crime a apropriação indébita de tributos.
• A Lei 8.137/90 define os CRIMES contra a ordem
econômica e tributária.
DEFINIÇÃO CRIME – LEI 8137/90
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• Fraudar a fiscalização tributária inserindo elementos
inexatos ou omitir rendimentos ou operações de
qualquer natureza em documentos ou livros exigidos
pelas Leis fiscais;
• Alterar faturas e quaisquer documentos relativo a
operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda
Pública.
CONSUTA SONEGAÇÃO –
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
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• As condutas de sonegação de contribuição
previdenciária estão descritas no artigo 337A do
Decreto Lei 2.848/40 (Código Penal). Dentre essas
condutas estão:
• Omitir de folha de pagamento da empresa os segurados
empregados, empresários, trabalhador avulso ou
autônomo que lhe prestem serviços;
ELUSÃO
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Afastamento, total ou parcial, da
incidência, mediante atos com
aparência de licitude, mas nos
quais não há causa negocial
(simulação ou fraude à lei).
ILICITUDE
INDIRETA
(NEGÓCIO
JURÍDICO
SIMULADO OU
FRAUDULENTO)
ELUSÃO
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"Art. 116. Salvo disposição de lei emcontrário, considera-se ocorrido o fatogerador e existentes os seus efeitos:
Parágrafo único. A autoridadeadministrativa poderá desconsideraratos ou negócios jurídicos praticadoscom a finalidade de dissimular aocorrência do fato gerador do tributoou a natureza dos elementosconstitutivos da obrigação tributária,observados os procedimentos a seremestabelecidos em lei ordinária."
ART. 116,
§ ÚNICO
CTN
ART. 116, § ÚNICO CTN
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APLICAÇÃO RESTRITIVA OU EXTENSIVA?
Inexistência de lei ordinária regulamentando o parágrafo único do artigo 116 do
CTN;
Maior parte da doutrina entende que, a rigor, a Lei Complementar nº 104/2001
introduziu norma antievasiva (norma contra a simulação relativa)
Ainda pende de regulamentação e não pode ser aplicada (precedentes do
Conselho de Contribuintes)
Tentativa de regulamentação com a Medida Provisória 66/2002 (não prosperou)
Diferenciou antielisão de outras patologias (simulação, fraude, etc.)
Instituiu abuso de forma e falta de propósito negocial
Penalidades para pagamento espontâneo
SIMULAÇÃO – ART. 167 CCB
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167. É nulo o negócio jurídico simulado, massubsistirá o que se dissimulou, se válido for nasubstância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I – aparentarem conferir ou transmitir direitos apessoas diversas daquelas às quais realmente seconferem, ou transmitem.
II – contiverem declaração, confissão, condição oucláusula não verdadeira.
III – os instrumentos particulares forem antedatados,ou pós-datados;
SIMULAÇÃO – ART. 167 CCB
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• Simulação absoluta: Inexistência do ato ou negócio jurídico– “Há simulação absoluta quando o negócio é inteiramentesimulado, quando as partes, na verdade, não desejampraticar ato algum. Não existe negócio encoberto porquerealmente nada existe.” (Silvio Venosa, in Direito Civil: ParteGeral – 4ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004. p. 481.)
• Simulação relativa: O ato ou negócio existe, porém, estáescamoteado – “Na simulação relativa, pelo contrário, aspartes pretendem realizar um negócio, mas de formadiferente daquele que se apresenta. Há divergência, notodo ou em parte, no negócio efetivamente efetuado. Aquiexiste ato ou negócio dissimulado, oculto, que forma umcomplexo negocial único.” (Silvio Venosa, in Direito Civil:Parte Geral – 4ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2004. p. 481.)
FRAUDE – ART. 166 CCB
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Fraude à lei - realização de planejamento tributário
com a finalidade de contornar norma cogente que
obriga determinada conduta.
Duas normas: norma contornada (imperativa) Xnorma de contorno.
“Art. 166 do Código Civil: “É nulo o negócio jurídicoquando:
VI – tiver por objeto fraudar lei imperativa.”
DOLO– ART. 145 CCB
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Art. 145, Código Civil: “São os
negócios jurídicos anuláveis
por dolo, quando este for a sua
causa.”
ABUSO DE DIREITO – ART. 187 CCB
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“Art. 187 do Código Civil: “Também comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé
ou pelos bons costumes”
ABUSO DE DIREITO
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Abuso de Direito: o contribuinte atua com o
intuito de fraudar a tributação e prejudicar o
Erário Público.
Direito do Fisco de obter uma maior arrecadação
é questionável – princípio da legalidade.
ABUSO DE FORMA
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Emprego de forma negocial lícita para atingir
finalidade negocial diversa (substância).
Negócio jurídico indireto: os sujeitos elegem uma
forma negocial que permite obter resultado
equivalente ao que se obteria caso realizasse o
negócio jurídico na forma usual.
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO -
EFEITOS
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“Negócio Jurídico Indireto
os particulares realizam sua causa típica, mas têm como intenção obteruma economia tributária;
validade se o contribuinte organizar suas atividades nesse sentido.
Opção Legal – Professor Marco Aurélio Greco
a validade do planejamento deveria estar sujeita aos seguintes testes:
I. existência de motivo, finalidade e congruência; e
II. existência de razoabilidade para a prática dos atos dentro doplanejamento estratégico do empreendimento econômico.
DIFERENÇA
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“DIFERENÇA ENTRE SIMULAÇÃO E NEGÓCIO JURÍDICO INDIRETO
“É essencial compreender que o negócio indireto diferencia-se da
simulação porque nesta há desconformidade entre o desejado e o
praticado, o que obriga as partes a realizar atos paralelos ocultos de
desfazimento ou neutralização dos efeitos do praticado
ostensivamente, ao passo que no negócio indireto as partes desejam
e mantêm o ato praticado e se submetem por inteiro ao seu regime
jurídico e a todas as suas consequências.” (Ricardo Mariz de Oliveira,
‘Questões Relevantes, Atualidades e Planejamento com Imposto
sobre a Renda’, 11º Simpósio IOB de Direito Tributário).
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO -
EFEITOS
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Planejamento tributário: opção negocial feita pelo contribuinte,
no campo da licitude, com fins de redução de tributo.
Princípio da autonomia da vontade, que impera no âmbito do
direito privado.
Possibilidade de desconsideração do negócio jurídico apenas
quando praticado ato ilícito para reduzir tributo ou garantir
benefício a que não tem direito (simulação tributária excludente
ou redutiva; simulação tributária includente).
AUTO INFRAÇÃO/LANÇAMENTO
45
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NAO ACEITO
FISCO
LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO
COBRANÇA DO TRIBUTO
AUTO INFRAÇÃO - OPÇÕES
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1) PAGAMENTO REDUÇÃO
MULTA
EXTINÇÃO
CREDITO TRIBUTÁRIO
ART. 156, I CTN
2) ARCELAMENTO
DÉBITO
SUSPENSÃO EXISGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ART. 151, VI CTN
AUTO DE
INFRAÇÃO
AUTO INFRAÇÃO - OPÇÕES
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3) IMPUGNAÇÃO
ADMINISTRATIVA
SUSPENSÃO EXISGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ART. 151, III, CTN
PRETENSÃO
RESISTIDA
INSTAURA
PAF
AUTO DE
INFRAÇÃO
PAF – CONFLITO JURÍDICO FISCAL
PRETENSÃO RESISTIDA
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO
FiscoContribuinte
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO OPOSIÇÃO
CONFLITO
INSTAURA PAF
Pretensão Resistida
Obrigação Tributária
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 145. O lançamento regularmentenotificado ao sujeito passivo só podeser alterado em virtude de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
CONCEITO
•decisão da Administração sobre
um litígio que verse sobre a
exigência de crédito tributário,
dentre outras matérias
tributárias, configura-se o
processo administrativo fiscal.
50
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
NÃO IMPUGNAÇÃO
CONTRIBUINTE
PAF NÃO
SE INSTAURA
LANÇAMENTO FISCAL
OU
AUTO INFRAÇÃO
51
PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
xPROCESSO ADMINISTRATIVO
TRIBUTÁRIO
52
DOUTRINA PROCEDIMENTO OU PROCESSO???
• PROCESSO ADM. FISCAL EQUIPARA-SE AO PODER JUDICANTE,
CONTUDO, POR SER A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO QUE JULGA,
ENTENDEM QUE SE TRATA DE PROCEDIMENTO ADM. TRIBUTÁRIO,
AINDA QUE A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO ENTENDA QUE É PROCESSO.
• EM CONTRAPARTIDA, ESTABELECIDO O CONFLITO, EQUIPARE-SE AO
PROCESSO, POIS HAVERÁ JULGAMENTO QUANTO À EXIGÊNCIA DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
• OUTROS DOUTRINADORES ENTENDEM QUE PROCEDIMENTO ADM.
FISCAL SÃO OS ATOS PROMOVIDOS PELO FISCO ANTES DE EFETUAR O
LANÇAMENTO FISCAL.53
54
NORMAS E PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS APLICADOS PAF
Art. 5º - Todos são iguais
perante a lei, sem
distinção de qualquer
natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos
seguintes: (...)
XXXIV - são a todos assegurados,
independente do pagamento de taxa:
a) o direito de petição aos
Poderes Públicos em defesa de
direitos ou contra ilegalidades ou
abuso de poder.
LV - aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
• Art. 5º da CF, inc. XXXIV, “a” e LV declara o
direito de questionar o Poder Público e concebe
o processo administrativo equiparado ao
processo judicial, ao protegê-lo com as
mesmas garantias constitucionais – DIREITO
DE PETIÇÃO, CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA!!!!!!!!
55
JURISPRUDÊNCIA - TRF 3ª Região
“REOMS - REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA – 272354, Processo:
2002.61.00.004347-1 , UF: SP Órgão Julgador: SEXTA TURMA, Data da Publicação:
DJU DATA:17/11/2006 PÁGINA: 540
• Ementa - TRIBUTÁRIO - IPI - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO - AMPLA DEFESA –
ATO DECLARATÓRIO NO. 31/99
• 1. O procedimento administrativo sem oportunidade de defesa ou com cerceamento
de defesa é nulo, confirmando a aplicabilidade do princípio constitucional do devido
processo administrativo, ou mais, especificamente, da garantia de defesa.
• 2. A Constituição Federal de 1988 expressamente assegura a qualquer pessoa, natural ou
jurídica, o direito de defender-se, com a maior amplitude possível, de qualquer pretensão
de outrem, que negue, limite ou afete direito ou interesse.
• 3. Nos termos do inciso LV do artigo 5º da Constituição Federal, no âmbito
administrativo o princípio do devido processo também se realiza através da garantia
do contraditório e da ampla defesa aos litigantes e acusados em geral.
56
RECEITA FEDERAL BRASIL
57
RECEITA
FEDERAL
SEC. RECEITA
PREVIDENCIÁRIA
INSS
RECEITA
FEDERAL
BRASIL
LEI
11.457/2007
RECEITA FEDERAL BRASIL
58
•LEI 11.457/2007
•DECRETO Nº 6.104, DE 30 DE
ABRIL DE 2007.
•DECRETO 70.235/72
PAF – ART. 9º DECRETO 70.235/72
ÔNUS PROVA
• Art. 9ª A exigência do crédito tributário e a aplicação de
penalidade isolada serão formalizados em autos de
infração ou notificações de lançamento, distintos para cada
tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos
com todos os termos, depoimentos, laudos e demais
elementos de prova indispensáveis à comprovação do
ilícito. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
59
FABIANA DEL PADRE TOMÉ – DEVER
DE PROVA PELA ADMINISTRAÇÃO
• DEVER DE PROVA POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO - CARÁTER
VINCULADO DA TRIBUTAÇÃO;
• “DEVER” E NÃO MERO “ÔNUS” DA PROVA;
• PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS –
NÃO INVERTE O “ÔNUS DA PROVA”;
• IMPRESCINDIBILIDADE DA PROVA – MOTIVAÇÃO DO ATO
ADMINISTRATIVO DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO;
PROVA – PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
• QUAL O OBJETO DA PROVA?
• CONCEITOS DEMASIADAMENTE VAGOS:
DOLO
FRAUDE
SIMULAÇÃO
DISSIMULAÇÃO
FRAUDE À LEI
ABUSO DO DIREITO
ABUSO DA FORMA
PROVA – PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
• Existem razões de caráter econômico, comercial,
societário ou financeiro que justifiquem a operação?
• Essas razões estão consubstanciadas em fidedignos
laudos, pareceres, estudos ou relatórios?
• Há relevância financeira na adoção dos procedimentos,
em confronto com o resultado da economia de tributos?
• É razoável o lapso temporal entre as operações?
• Propósito negocial: como interpretar tal exigência?
FASE LITIGIOSA
DECRETO 70.237/72 – ARTIGO 14
“Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase
litigiosa do procedimento”.
LEI 9784/99 - Regula o processo
administrativo no âmbito da Administração
Pública Federal.63
FASE LITIGIOSA – ART. 14 E 15
DECRETO 70.235/72
64
IMPUGNAÇÃO
ADMINISTRATIVAPRAZO 30 DIAS
POR ESCRITO
+
DOCUMENTOSArt. 15 decreto 70.235/72
INTIMAÇÃO
AUTO DE
INFRAÇÃO
PRAZO
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA
65
INTEMPESTIVIDADE
INÓCUA – SEM VALIDADE
DÉBITO REMETIDO PARA DÍVIDA ATIVA
PRAZO –
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA
66
PRAZO
CONTAGEM
ART. 5º DECRETO 70.235/72
ART. 66 DA LEI 9784/99
EXCLUIR CONTAGEM DIA
COMEÇO
INCLUIR DIA VENCIMENTO
PRAZO –
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA
67
VENCIMENTO PRAZO
DIA SEM EXPEDIENTE
OU ANTES HORÁRIOS
PRORROGA-SE 1º DIA ÚTIL
SEGUINTE
CONTAGEM EM DIAS
CONTAGEM CONTÍNUA
IMPUGNAÇÃO – REQUISITOS –
ART. 16 DECRETO 70.235/72
68
1) AUTORIDADE JULGADORA A QUEM E
DIRIGIDA– EXEMPLO - DELEGADO DA
RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE
JULGAMENTO – DRF SÃO PAULO
2)QUALIFICAÇÃO DO IMPUGANTE
IMPUGNAÇÃO – REQUISITOS –
ART. 16 DECRETO 70.235/72
69
3) FATOS
4) DIREITO EM QUE
FUNDAMENTA IMPUGNAÇÃO
NÃO PODE ALEGAR!!!!
70
SÚMULA 02 CARF
O CARF não é competente para
se pronunciar sobre a
inconstitucionalidade de lei
tributária.
NÃO PODE ALEGAR!!!!
71
(Súmula CARF nº 28, vinculante.)
O CARF não é competente para se
pronunciar sobre controvérsias
referentes a Processo
Administrativo de Representação
Fiscal para Fins Penais.
IMPUGNAÇÃO – REQUISITOS –
ART. 16 DECRETO 70.235/72
72
5) PONTOS DE DISCORDÂNCIA
6) RAZÕES E PROVAS QUE
POSSUIR/
IMPUGNAÇÃO – REQUISITOS –
ART. 16 DECRETO 70.235/72
73
7) REQUERIMENTO DE
DILIGÊNCIAS – JUSTIFICATIVA;
6) PERÍCIA, QUESITOS E DADOS
ASSISTENTE TÉCNICO –
MOTIVAÇÃO;
74
DOCUMENTOS
75
ART. 16, § 4º DECRETO 70.235/72 – DOCUMENTOS
MOMENTO DA IMPUGNAÇÃO – SOB PENA DE PRECLUSÃO
Art. 3º, III Lei 9784/99 - DIREITO DO ADMINISTRADO
APRENSENTAR PROVAS E DOCUMENTOS, ATÉ O
JULGAMENTO.
CARF – VIOLAÇAO A AMPLA DEFESA E IMPEDE QUE
ALCANCE A VERDADE MATERIAL
MATÉRIA CONTESTADA
76
ART. 17 DECRETO 70.235/72 –
MATERIA IMPUGNADA
APENAS A QUE FOI
EXPLICITAMENTE
QUESTIONADA NA PETIÇÃO
JURIPRUDÊNCIA CARF
Processo 14098.720008/2013-91 – RECURSO VOLUNTÁRIO – ACÓRDÃO 2301-005.079
Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias
Ano-calendário: 2009, 2010, 2011
PEDIDO DE PERÍCIA E DILIGÊNCIA.
A autoridade preparadora determinará, de ofício ou a requerimento dosujeito passivo, a realização de diligências, inclusive perícias quandoentendê-las necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ouimpraticáveis. (Art. 18 do Decreto nº 70.235/72.)
NULIDADES NO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
Não se apresentando as causas elencadas no artigo 59 do Decreto nº70.235, de 1972, não há falar em nulidade.
INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA. CARF. INCOMPETÊNCIA.
O CARF não é competente para se pronunciar sobre ainconstitucionalidade de lei tributária. (Súmula Carf nº 2.)
JURIPRUDÊNCIA CARF
O CARF não é competente para se pronunciar sobre controvérsiasreferentes a Processo Administrativo de Representação Fiscal para FinsPenais. (Súmula CARF nº 28, vinculante.)
CARF. COMPETÊNCIA RECURSAL.
1. Às instâncias julgadoras compete o julgamento de matériascontroversas, no limite em que impugnadas. (Art. 14 do Decreto nº70.235, de 1972.)
(...)
PROPOSITURA DE AÇÃO JUDICIAL. RENÚNCIA À INSTÂNCIAADMINISTRATIVA.
Importa renúncia às instâncias administrativas a propositura pelosujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual,antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto doprocesso administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, peloórgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constantedo processo judicial. (Súmula Carf nº 01.)
SÚMULA CARF 01
Importa renúncia às instâncias administrativas a
propositura pelo sujeito passivo de ação judicial
por qualquer modalidade processual, antes ou
depois do lançamento de ofício, com o mesmo
objeto do processo administrativo, sendo cabível
apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento
administrativo, de matéria distinta da constante
do processo judicial.
1ª INSTÂNCIA
80
1ª INSTÂNCIA
JULGADOR
ART. 18 DECRETO
70.235/72
AUTORIZAR
PERÍCIA
OU
DILIGÊNCIA
INDEFERIR PERÍCIA
OU DILIGÊNCIA
DESIGNAÇÃO
SERVIDOR - PERÍCIA
IMPUGNANTE –
LAUDO PERICIAL
PERÍCIA - DILIGÊNCIA
81
PERÍCIA
E
DILIGÊNCIA
CONSTATO ERRO,
DIFERENÇA,
OMISSÕES,
INEXATIDÕES
LAVRADO
NOVO AUTO DE
INFRAÇÃO
NOVO PRAZO
IMPUGNAÇÃO
JULGAMENTO
82
Delegacias da
Receita
Federal do
Brasil
DIVISÃO
JULGAMENTO
CONFORME
ASSUNTO
DECISÃO
RECURSO
83
DECISÃO
MANTENDO
DÉBITO
RECURSO
VOLUNTÁRIO
ART. 33 DECRETO
70.235/72
PRAZO 30
DIAS
CARF
CONSELHO
ADMINISTRATIVO
RECURSOS FISCAIS
RECURSO VOLUNTÁRIOS
84
SEGUIMENTO DO RECURSO
NÃO EXIGÊNCIA
30%
Adin 1.976 -7, decidida em
28/3/2007
RECURSO OFÍCIO
85
DECISÃO:
1) EXONERAR CONTRIBUI
PAGAMENTO TRIBUTO E ENCARGOS
DE MULTA - SUPERIORES R$ 1.000.000,00
2) DEIXAR DE APLICAR PENA DE
PERDA DE MERCADORIAS (PERDA
DECORRENTE DE INFRAÇÃO QUANTO
AO RECOLHIMENTO DO
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS – IPI).
CARF
RECURSO OFÍCIO
86
SE NÃO FOR INTERPOSTO RECURSO DE
OFÍCIO
CABE ao servidor que perceber o fato
representar a autoridade julgadora, por
intermédio do seu chefe imediato, a fim
de que seja observada esta formalidade
(Art. 34, §2º, Decreto 70 .23 5/7 2) .
CARF
PEDIDO DE RECONSIDEAÇÃO
87
DA DECISÃO 1ª INSTÂNCIA – NÃO
CABE PEDIDO DE
RECONSIDERAÇAO
ART. 36 DO DECRETO 70.235/72
CARF
88
ÓRGÃO COLEGIADO – INTEGRANTE MINISTÉRIO DA
SECRETARIA DA FAZENDA
JULGA:
RECURSO VOLUNTÁRIO
RECURSO DE OFÍCIO
RECURSO DE NATUREZA ESPECIAL
(ART. 37 DECRETO 70.235/72
89
90
REGIMENTO INTERNO CARF
91
PORTARIA MF Nº 153/2018
Altera o Regimento Interno do Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais
(CARF), aprovado pela Portaria MF nº
343, de 9 de junho de 2015.
VER QUADRO COMPARATIVO
RECURSO ESPECIAL
92
DECISÃO – AO RECURSO
VOLUNTÁRIO/
OFÍCIO
INTERPRETAÇÃO A NORMA TRIBUTÁRIA – DIVERGENTE
OUTRA CÂMARA OU TURMA DO CONSELHO
ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS (CARF).
CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS
(CSRF)
RECURSO ESPECIAL
93
RECURSO ESPECIAL
PRAZO 15 DIAS
RECURSO ESPECIAL
94
DEMOSTRAR/APRESENTAR NO RECURSO:
1)A DIVERGÊNCIA ARGUIDA INDICANDO ATÉ DUAS
DECISÕES DIVERGENTES POR MATÉRIA;
2) CÓPIA DO INTEIRO TEOR DOS ACÓRDÃOS
INDICADOS COMO PARADIGMAS OU CÓPIA DA
PUBLICAÇÃO EM QUE TENHA SIDO DIVULGADO
OU, AINDA, CÓPIA DE PUBLICAÇÃO DE ATÉ 2
EMENTAS.
NÃO CABE RESP
95
DA DECISÃO QUE APLICOU
SÚMULA DE JURISPRUDÊNCIA DOS CONSELHOS DE
CONTRIBUINTES, DA CÂMARA SUPERIOR DE
RECURSOS FISCAIS OU DO CARF,
NA APRECIAÇÃO DE MATÉRIA PRELIMINAR,
DECIDA PELA ANULAÇÃO DA DECISÃO DE
PRIMEIRA INSTÂNCIA.
DECISÃO RESP
96
1) NÃO CABE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DO
ACÓRDÃO RESP;
2) INTIMAÇÃO DO CONTRIBUINTE;
3) CUMPRIMENTO DECISÃO EM 30 DIAS –
COBRANÇA AMIGÁVEL;
4) NÃO PAGAMENTO – INSCRIÇÃO EM DÍVIDA
ATIVA;
EFEITOS
97
SUSPENDE A EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO (ART
TEM EFEITO SUSPENSIVO (SUSPENDE A
EFICÁCIA DA DECISÃO RECORRIDA);
SUSPENDE A FLUÊNCIA DO PRAZO
PRESCRICIONAL PARA PROPOSITURA, PELA
FAZENDA PÚBLICA, DA AÇÃO DE EXECUÇÃO
FISCAL.
MODELO IMPUGNAÇÃO
ILMº SENHOR DELEGADO DA RECEITA FEDERAL DEJULGAMENTO EM (...)
(Nome empresarial), com sede à rua (...), (Bairro),(Município), (UF), CEP nº 00000-00, CNPJ nº 00.000000/00-0000, não se conformando com o Auto de Infração lavradocontra si pela (citar a Unidade da SRF autuante), relativo ao(citar o tributo ou contribuição), do qual foi notificado em00/00/0000, vem, no prazo legal, por intermédio de seurepresentante estabelecido em conformidade com a lei,amparada no que dispõe o art. 15 do Decreto nº 70.235, de6 de março de 1972, IMPUGNAR o lançamento, pelosmotivos de fato e de direito que se seguem
•
98
MODELO IMPUGNAÇÃO
DOS FATOS
[Descrição dos motivos de fato (narrar o que aconteceu), de forma sucinta eclara, ressaltando aqueles importantes para a solução do conflito.]
DO DIREITO
DA PRELIMINAR
[Na preliminar pode-se alegar tudo aquilo que precisa ser decidido antes daapreciação do mérito, ou seja, qualquer informação, que sem discutirnecessariamente as razões da Impugnação, possa anular ou modificar olançamento.
(Exemplos: Questões formais que não tenham sido atendidas pelosAuditores-Fiscais quando da lavratura do Auto de Infração ou durante oprocedimento de fiscalização; decadência; erro na identificação do sujeitopassivo) .
[Em face da ausência de competência do Julgador Administrativo para semanifestar a respeito de argüições de inconstitucionalidade e ilegalidade deatos legais e administrativos, a impugnante não deve tratar desses temasvisando, precipuamente, agilizar o julgamento.]
99
MODELO IMPUGNAÇÃO
DO MÉRITO
[Descrição do direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e asrazões e provas que possuir (anexar à Impugnação cópia da documentaçãocomprobatória das alegações, mencionando este fato na parte final dacontestação).
Por último, resumir pontualmente os principais tópicos da Impugnação, depreferência num único parágrafo, conforme sugestão a seguir:]
Senhor julgador, são estes, em síntese, os pontos de discordânciaapontados nesta Impugnação:
a)
b)
c)
• DOCUMENTOS ANEXADOS (se for o caso)
• Estão anexados a esta Impugnação os seguintes documentos: (citar todos os documentos juntados à contestação, inclusive disquete contendo o arquivo eletrônico desta contestação) 100
MODELO RECURSO VOLUNTÁRIOS
DO PEDIDO
À vista do exposto, demonstrada a insubsistência eimprocedência (total ou parcial), do lançamento, requerque seja acolhida a presente Impugnação.
(Município), (UF), 00 de (mês) de 200X.
_____________________________________
(Nome do Representante ou procurador)
101
Plano da existência
Elementos gerais:i) circunstâncias negociais; ii) forma;iii) objeto; iv) tempo;v) lugar;vi) agentes.
Elementos categoriais: próprios a cada tipo de negócio, e que não resultam da vontade das partes, mas da ordem jurídica.
Elementos particulares: aqueles que se encontram num negócio específico, mas que não tem o condão de tipificá-lo.
MÉRITO IMPUGNAÇÃO –
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Plano da validade
- Requisitos de validade:
a) agente capaz
b) objeto lícito, possível e determinado ou determinável
c) forma prescrita ou não defesa em lei
d) causa objetiva = Objeto (dever-ser) X Causa (ser).
Determinante para a incidência tributária.
MÉRITO IMPUGNAÇÃO –
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Plano da eficácia
Finalidade do negócio: a pretensão das partes ao realizar
um determinado negócio é que surta os efeitos
pretendidos.
MÉRITO IMPUGNAÇÃO –
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Considerações necessárias:
a) Verificação da análise substancial do negócio jurídico em julgados do
CARF – Conselho Administrativo de Recursos Federais.
b) Constatação que também nesta análise existirá um campo de
subjetivismo para a caracterização ou descaracterização da
conformidade do negócio jurídico, todavia, isto não é próprio da
interpretação e aplicação do Direito.
MÉRITO IMPUGNAÇÃO –
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Adoção do princípio da tipicidade e daestrita legalidade – teoria de AlbertoXavier e Antonio Roberto SampaioDória;
O cumprimento dos requisitos legais eformais previstos para o negóciojurídico era suficiente para caracterizara licitude da operação, ainda que postaa efeito de forma indireta
Negócio jurídico era sinônimo deplanejamento tributário.
Busca pelo propósito negocial: sob aótica tributária, a validade do negóciojurídico vincula-se à licitude do negóciogeral, e não à cada etapaindividualmente considerada;
A economia de tributo justifica emplanejamento, contanto que respeitadaa finalidade dos institutos do direitoprivado;
A subsunção do fato à norma: averificação do cumprimento dosrequisitos formais e materiais para acaracterização do negócio declarado; e
Negócio jurídico indireto continuasendo sinônimo de planejamentotributário, desde que as partes sesubmetam aos efeitos de cada um dosnegócios praticados = substânciaeconômica do negócio.
SUBSUNÇÃO À LEI LICITUDE DO ATO
ANTIGA VISÃONOVA VISÃO
POSIÇÃO CARF
adoção do princípio da tipicidade e da estrita legalidade – teoria de Alberto Xavier e de Antonio Roberto Sampaio Dória;
o cumprimento, pelo contribuinte, dos requisitos legais previstos pela norma para determinado negócio jurídico era suficiente para caracterizar uma operação como lícita, ainda que posta a efeito de forma indireta;
negócio jurídico indireto era sinônimo de planejamento tributário;
Conselho de Contribuintes, antiga denominação do atual CARF, até 2003
Caso 1“INCORPORAÇÃO ATÍPICA – NEGÓCIO JURÍDICO INDIRETO – SIMULAÇÃORELATIVA. A incorporação de empresa superavitária por outra deficitária,embora atípica, não é vedada por lei, representando um negócio jurídicoindireto, na medida em que, subjacente a uma realidade jurídica, há umarealidade econômica não vedada (...).” (Ac nº. 103-21.047, 16/10/2002)
Jurisprudência até 2003
POSIÇÃO CARF
Caso 2
“IRPF – GANHO DE CAPITAL – SIMULAÇÃO. Para que se possa caracterizar a simulação,em atos jurídicos, é indispensável que os atos praticados não pudessem serrealizados, fosse por vedação legal ou por qualquer outra razão. Se não existiaimpedimento para a realização de aumento de capital, a efetivação de incorporação ede cisões, tal como realizadas e cada um dos atos praticados não é de naturezadiversa daquele que de fato aparenta, não há como qualificar-se a operação comosimulada. Os objetivos visados com a prática dos atos não interferem na qualificaçãodos atos praticados, portanto, se os atos praticados eram lícitos, as eventuaisconseqüências contrárias ao fisco devem ser qualificadas como elisão fiscal e nãoevasão ilícita.” (Ac. nº 106-09.343, 18/09/1997)
Caso 3
“IRPJ – CSLL – SIMULAÇÃO – OPERAÇÃO DE SWAP. Para que se possa caracterizar asimulação relativa é indispensável que o ato praticado, que se pretende dissimularsob o manto do ato ostensivamente praticado, não pudesse ser realizado por vedaçãolegal ou qualquer outra razão. Se as partes queriam e realizaram negócio sob aestrutura de swap para atingir indiretamente economia de tributos não restoucaracterizada a declaração enganosa de vontade, essencial na simulação.” (Ac. nº 101-93.616; 20/09/2001)
POSIÇÃO CARF
o Conselho de Contribuintes vem buscando a essência dos negócios jurídicos;
busca pelo propósito negocial: sob o ponto de vista tributário, a validade donegócio jurídico está associada à licitude do negócio no geral, e não à licitudede cada etapa individualmente considerada;
a economia de tributo justifica um planejamento, contanto que respeitada afinalidade dos institutos do direito privado;
subsunção do fato à norma: verificação do cumprimento dos requisitosformais e materiais para a caracterização do negócio declarado;
o negócio jurídico indireto continua sendo sinônimo de planejamentotributário, desde que as partes se submetam aos efeitos de cada um dosnegócios praticados.
Conselho de Contribuintes, antiga denominação do atual CARF, a partir 2004
POSIÇÃO CARF
DESCONSIDERAÇÃO DE ATO JURÍDICO. Devidamente demonstrado nos autos que os atosnegociais praticados deram-se em direção contrária à norma legal, com intuito doloso deexcluir ou modificar as características essenciais do fato gerador da obrigação tributária (art.149 do CTN), cabível a desconstituição do suposto negócio jurídico realizado e a exigência dotributo incidente sobre a real operação
SIMULAÇÃO/DISSIMULAÇÃO. Configura-se como simulação o comportamento do contribuinteem que se detecta uma inadequação ou inequivalência entre a forma jurídica sob a qual onegócio se apresenta e a substancia ou natureza do fato gerador efetivamente realizado, ouseja, dá-se pela discrepância entre a vontade querida pelo agente e o ato por ele praticadopara exteriorização dessa vontade, ao passo que a dissimulação contém em seu bojo umdisfarce, no qual se encontra escondida uma operação em que o fato revelado não guardacorrespondência com a efetiva realidade, ou melhor, dissimular é encobrir o que é.
Obs. No mesmo sentido, são os acórdãos n.º 104-21.610, de 25/05/2006 e n.º 104-21.675, de 22/06/2006
Julgamentos relevantes envolvendo o planejamento tributário
“Operação Ágio” e “Casa e Separa”
Caso 1 – Acórdão n.º 101-94.771 (11/11/2004)
JULGADOS CARF
Aspectos relevantes do julgamento
Fator tempo: operação realizada em questão de horas;
Simulação;
Falta de propósito negocial;
Distorção da finalidade dos institutos de direito privado para elidir o fato
gerador, e
Manutenção da multa qualificada de 150%.
JULGADOS CARF
"OPERAÇÃO ÁGIO - SIMULAÇÃO RELATIVA - As operaçõesestruturadas, realizadas em prazo ínfimo, de aporte de capital comágio, capitalização e alienação, constituem-se em simulação relativa,cujo ato verdadeiro dissimulado foi a alienação das ações. Seu únicopropósito foi evitar a incidência de ganho de capital."
Obs. No mesmo sentido, são os acórdãos n.º 104-21.610, de 25/05/2006 e n.º 104-21.675, de 22/06/2006
Acórdão n.º 101-96.087 (29/03/2007)
Julgamentos relevantes envolvendo o planejamento tributário
JULGADOS CARF
Obs. No mesmo sentido, são os acórdãos n.º 104-21.610, de 25/05/2006 e n.º 104-21.675, de 22/06/2006
Fator tempo: operação realizada em questão de horas;
Simulação;
Falta de propósito negocial;
Distorção da finalidade dos institutos de direito privado para elidir o fato gerador; e
Prova de casamento parcial, daí o provimento parcial do recurso
Aspectos relevantes do julgamento
JULGADOS CARF
"OPERAÇÃO ÁGIO - SUBSCRIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO COM ÁGIO E SUBSEQÜENTE CISÃO VERDADEIRAALlENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO
Se os atos formalmente praticados, analisados pelo seu todo, demonstram não terem as partes outroobjetivo que não se livrar de uma tributação específica, e seus substratos estão alheios às finalidadesdos institutos utilizados ou não ‘ correspondem a uma verdadeira vivência dos riscos envolvidos nonegócio escolhido, tais atos não são oponíveis ao fisco, devendo merecer o tratamento tributário que overdadeiro ato dissimulado produz. Subscrição de participação com ágio, seguida de imediata cisão eentrega dos valores monetários referentes ao ágio, traduz verdadeira alienação de participaçãosocietária. PENALIDADE QUALIFICADA - INOCORRÊNCIA DE VERDADEIRO INTUITO DE FRAUDE ERRO DEPROIBIÇÃO - ARTIGO 112 DO CTN - SIMULAÇÃO RELATIVA - FRAUDE À LEI Independentemente dapatologia presente no negócio jurídico analisado em um planejamento tributário, se simulação relativaou fraude à lei, a existência de conflitantes e respeitáveis correntes doutrinárias. bem como deprecedentes jurisprudências contrários à nova interpretação dos fatos pelo seu verdadeiro conteúdo enão pelo aspecto meramente formal implica em escusável desconhecimento da ilicitude do conjuntode atos praticados ocorrendo na espécie o erro de proibição. Pelo mesmo motivo, bem como por ter ocontribuinte registrado todos os atos formais em sua escrituração, cumprindo todas as obrigaçõesacessórias cabíveis, inclusive a entrega de declarações quando 'da cisão, e assim permitindo ao fiscoplena possibilidade de fiscalização e qualificação dos fatos, aplicáveis as determinações do artigo 112do CTN. Fraude à lei não se confunde com fraude criminal. "
Acórdão n.º 101-95.537 (24/05/2006)
Julgamentos relevantes envolvendo o planejamento tributário
JULGADOS CARF
Obs. No mesmo sentido, são os acórdãos n.º 104-21.610, de 25/05/2006 e n.º 104-21.675, de 22/06/2006
Aspectos relevantes do julgamento
Conceito de erro de proibição : exclusão do dolo
JULGADOS CARF
"AMORTIZAÇÃO DE ÁGIO. INCORPORAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA CONTROLADORA POR SUACONTROLADA. ANO CALENDÁRIO 2002. É permitida a amortização de ágio nas situações em que umapessoa jurídica absorve patrimônio de outra, em conseqüência de incorporação, na qual detenhaparticipação societária adquirida com ágio, apurado segundo o disposto no artigo 385 do RIR/99,inclusive no caso de incorporação da controladora por sua controlada. Tratando-se de fundamentoeconômico lastreado em previsão de resultados nos exercícios futuros, a amortização se dá nos balançoscorrespondentes à apuração do lucro real, levantados posteriormente à incorporação, à razão de 1/60(um sessenta avos), no máximo, para cada mês do período de apuração. , INCORPORAÇÃO DE EMPRESA.AMORTIZAÇÃO DE ÁGIO. NECESSIDADE DE PROPÓSITO NEGOCIAL. UTILIZAÇÃO DE "EMPRESA VEÍCULO".Não produz o efeito tributário almejado pelo sujeito passivo a incorporação de pessoa jurídica, em cujopatrimônio constava registro de ágio com fundamento em expectativa de rentabilidade futura, semqualquer finalidade negocial ou societária, especialmente quando a incorporada teve o seu capitalintegralizado com o investimento originário de aquisição de participação societária da incorporadora(ágio) e, ato contínuo, o evento da incorporação ocorreu no dia seguinte. Nestes casos, restacaracterizada a utilização da incorporada como mera "empresa veículo" para transferência do ágio àincorporadora"
Operação Ágio com empresa veículo
Acórdão n.º 103-94.771 (05/12/2007)
Julgamentos relevantes envolvendo o planejamento tributário
JULGADOS CARF
Obs. No mesmo sentido, são os acórdãos n.º 104-21.610, de 25/05/2006 e n.º 104-21.675, de 22/06/2006
Aspectos relevantes do julgamento
Ausência de propósito negocial;
Utilização da “empresa veículo”; e
Fator tempo.
"INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS - GLOSA DE PREJUÍZOS - IMPROCEDÊNCIA. A denominada
"incorporação.às avessas", não proibida pelo ordenamento, realizada entre empresas operativas e
que sempre estiveram sob controle comum, não pode ser tipificada como operação simulada ou
abusiva, mormente quando, a par da inegável intenção de não perda de prejuízos fiscais
acumulados, teve por escopo a busca de melhor eficíência das operações entre ambas praticadas."
Incorporação às Avessas
Acórdão n.º 107-07.596 (30/03/2004)
Mantido pela CSRF – Ac. N.º 01-05.413 (30/03/2006)
Legalidade da operação;
Dotada de propósito negocial: reorganização estrutural; e
Submissão aos efeitos do negócio.
Aspectos relevantes do julgamento
JULGADOS CARF
"SIMULAÇÃO - INEXISTÊNCIA - Não é simulação a instalação deduas empresas na mesma área geográfica com odesmembramento das atividades antes exercidas por umadelas objetivando racionalizar as operações e diminuir a cargatributária."
Lucro Real x Lucro Presumido
Acórdão n.º 103-23.357 (23/01/2008)
Aspectos relevantes do julgamento utilização de formas lícitas;
Ausência de ilicitude na escolha de umcaminho menos oneroso;Ausência de simulação; eIlegitimidade da reunião de receitas dasduas empresas para serem tributadas emconjunto
JULGADOS CARF
CARF - FAVORÁVEL
120
CASO MARCOPOLO
em julgamento muito esperado pelos contribuintes, notadamentepor representar um início de alteração do entendimento do CARFquanto aos planejamentos tributários, houve a análise deplanejamento tributário que, segundo a Fiscalização, teria sidoconcebido pela Marcopolo para simular exportações parasubsidiárias no exterior com o propósito de excluir, da contabilidadebrasileira, parte do lucro com essas vendas. O CARF cancelou asautuações, à unanimidade, por entender que houve planejamentotributário lícito, ou seja, sem infração à lei e sem qualquer tipo desimulação.Acórdãos 1402-00.752, 1402-00.753 e 1402-00.754
CARF - FAVORÁVEL
121
CASO TELE NORTE LESTE
Tele Norte Leste: analisando operação por meio da qual a Tele Norte Leste incorporou sua controladora, a 140 Participações, amortizando o ágio, o CARF afastou a
acusação de simulação e cancelou a autuação fiscal.Acórdão 1301-000.711
CARF - FAVORÁVEL
122
CASO SANTANDER
analisando a legalidade do ágio de R$ 7 bilhões pago, em 2006, pelo Santander na aquisição do banco Banespa e
utilizado para deduzir IRPJ e CSLL, o CARF afastou a acusação de fraude e cancelou a autuação, à unanimidade.
Acórdão 1402-00.802
CARF - FAVORÁVEL
123
CASO DASA
analisando deduções efetuadas pela Dasa no cálculo do IRPJ e da CSLL, relativas à amortização de ágios pagos na
aquisição de duas empresas, entre elas laboratório Lavoisier, o CARF decidiu, por unanimidade, pela existência
de fundamento econômico do ágio e pela legalidade da dedutibilidade de sua amortização, cancelando a
autuação.Acórdão 1402-00.342
ESTUDO DE CASOS
124
CASO 01 - Operação Ágio ou Casa Separa (Negativo)
DESCONSIDERAÇÃO DE ATO JURÍDICO – Devidamente demonstrado nosautos que os atos negociais praticados deram-se em direção contrária anorma legal, com o intuito doloso de excluir ou modificar as característicasessenciais do fato gerador da obrigação tributária (art. 149 do CTN), cabívela desconsideração do suposto negócio jurídico realizado e a exigência dotributo incidente sobre a real operação.
• SIMULAÇÃO/DISSIMULAÇÃO – Configura-se como simulação, ocomportamento do contribuinte em que se detecta uma inadequação ouinequivalência entre a forma jurídica sob a qual o negócio se apresenta e asubstância ou natureza do fato gerador efetivamente realizado, ou seja, dásepela discrepância entre a vontade querida pelo agente e o ato por elepraticado para exteriorização dessa vontade, ao passo que a dissimulaçãocontém em seu bojo um disfarce, no qual se encontra escondida umaoperação em que o fato revelado não guarda correspondência com a efetivarealidade, ou melhor, dissimular é encobrir o que é.Acórdão nº 101-94.771 (11/11/2004).
ESTUDO DE CASOS
125
CASO 01 - Operação Ágio ou Casa Separa (Negativo)
Fatores relevantes do julgamento:
• => Fator tempo: operação realizada em questão de horas; • => Simulação.;
• => Falta de propósito negocial;• => Havia contrato firmado entre as partes onde demonstrava a real
intenção das partes em efetuar a compra e venda da participação societária;
• => Distorção da finalidade dos institutos de direito privado para elidir o fato gerador; e portanto
• => Manutenção da multa qualificada de 150%
ESTUDO DE CASOS
126
CASO 02 - Operação Ágio ou Casa Separa (Positivo)
• DESCONSIDERAÇÃO DO ATO JURÍDICO. Não basta a simples suspeita defraude, conluio ou simulação para que o negócio jurídico realizado sejadesconsiderado pela autoridade administrativa, mister se faz provar que o atonegocial praticado deu-se em direção contrária à norma legal, com o intuitodoloso de excluir ou modificar as características essenciais do fato gerador(...).• SIMULAÇÃO. Configura-se como simulação o comportamento docontribuinte em que se detecta uma inadequação ou inequivalência entre aforma jurídica sob a qual o negócio se apresenta e a substância ou natureza dofato gerador efetivamente realizado, ou seja, dá-se pela discrepância entre avontade querida pelo agente e o ato por ele praticado para exteriorizaçãodessa vontade.• NEGÓCIO JURÍDICO INDIRETO. Configura-se negócio jurídico indireto quandoum contribuinte se utiliza de um determinado negócio, típico ou atípico, paraobtenção de uma finalidade diversa daquela que constitui a sua própria causa(...).Acórdão nº nº 101-94.340 (09/09/2003)
ESTUDO DE CASOS
127
CASO 02 - Operação Ágio ou Casa Separa (Positivo)
Fatores relevantes do julgamento:
• => Houve a intenção da empresa 1 ano antes de emitir ações e ter um novo acionista estratégico;
• => Fator tempo: operação não foi realizada em questão de horas;• => Havia acordo de acionistas firmado entre as partes, onde havia
intenção dos acionistas em permanecer na sociedade; • => A rescisão do acordo de acionistas foi efetuada posteriormente
ao ingresso do novo acionistas; e, portanto • => Não foi comprovada a simulação na operação.
ESTUDO DE CASOS
128
CASO 03 - Lucro Real x Lucro Presumido (Negativo)
• IRPJ – CSL – CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA COM ARTIFICIALISMO –DESCONSIDERAÇÃO DOS SERVIÇOS PRETENSAMENTE PRESTADOS –
MULTA QUALIFICADA – NECESSIDADE DA RECONSTITUIÇÃO DE EFEITOS VERDADEIROS – Comprovada a impossibilidade fática da prestação de
serviços por empresa pertencente aos mesmos sócios, dada a inexistente estrutura operacional, resta caracterizado o artificialismo
das operações, cujo objetivo foi reduzir a carga tributária da recorrente mediante a tributação de relevante parcela de seu resultado pelo lucro presumido na pretensa prestadora de serviços. Assim sendo, devem ser
desconsideradas as despesas correspondentes. Todavia, se ao engendrar as operações artificiais, a empresa que pretensamente
prestou os serviços sofreu tributação, ainda que de tributos diversos, há de se recompor a verdade material, compensando-se todos os
tributos já recolhidos. Acórdão nº 101-95.208
ESTUDO DE CASOS
129
CASO 03 - Lucro Real x Lucro Presumido (Negativo)
Fatores relevantes do julgamento:
• => Mesma sede, mesmos sócios, mesmo objeto social;• => Falta de substrato econômico: estrutura reduzida da contratada(um único funcionário);• => Preço do serviço contratado: em média 80% do resultado dasoperações;• => Falta de propósito negocial: única finalidade era a diminuição dacarga tributária;• => Artificialismo da operação: não basta ser formalmente verdadeiro,levando tais operações ao conhecimento do Fisco; e, portanto• => Multa qualificada de 150%
ESTUDO DE CASOS
130
CASO 04 - Lucro Real x Lucro Presumido (Positivo)
• SIMULAÇÃO — INEXISTÊNCIA — Não é simulação a instalação de duas empresas na mesma área geográfica com o desmembramento
das atividades antes exercidas por uma delas, objetivando racionalizar as operações e diminuir a carga tributária.
• OMISSÃO DE RECEITAS - SALDO CREDOR DE CAIXA DEPÓSITOS BANCÁRIOS DE ORIGEM NÃO COMPROVADA A reunião das receitas supostamente omitidas por duas empresas para serem tributadas conjuntamente como se auferidas por uma só importa em erro na
quantificação da base de cálculo e na identificação do sujeito passivo, conduzindo à nulidade do lançamento.
Acórdão nº 103-23.357
ESTUDO DE CASOS
131
CASO 04 - Lucro Real x Lucro Presumido (Positivo)
• Fatores relevantes do julgamento:
• => Segregação de atividades lucro real x simples;
• =>As empresas funcionavam no mesmo endereço;
• => Sócios diferentes;
• => Utilização de forma lícitas;
• => Ausência de ilicitude na escolha de um caminho menos oneroso;
• => Fisco não conseguiu comprovar a simulação; e, portanto
• => Ilegitimidade da reunião de receita das duas empresas para serem
tributadas em conjunto.
ESTUDO DE CASOS
132
CASO 05 - Incorporação às avessas (Negativo)
• IRPJ – “INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS” – MATÉRIA DE PROVA –
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS. A definição legal do fato gerador é
interpretada abstraindose da validade jurídica dos atos efetivamente
praticados. Se a documentação acostada aos autos comprova de forma
inequívoca que a declaração de vontade expressa nos atos de incorporação
era enganosa para produzir efeito diverso do ostensivamente indicado, a
autoridade fiscal não está jungida aos efeitos jurídicos que os atos
produziriam, mas à verdadeira repercussão econômica dos fatos
subjacentes.
Acórdão CRSF/01.02.107
ESTUDO DE CASOS
133
CASO 05 - Incorporação às avessas (Negativo)
• Fatores relevantes do julgamento:
• => O incorporadora de direito foi a incorporadora de fato;
• => Manutenção do objeto, razão social, sócios, local de atividade
da incorporadora e extinção daquelas da incorporadora; e
• => Realização de várias operações da espécie com artificialismo
ESTUDO DE CASOS
134
CASO 06 - Incorporação às avessas (Positivo)
• INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS – GLOSA DE PREJUÍZOS –
IMPROCEDÊNCIA. A denominada “incorporação às avessas”, não
proibida pelo ordenamento, realizada entre empresas operativas e
que sempre estiveram sob controle comum, não pode ser tipificada
como operação simulada ou abusiva, mormente quando, a par da
inegável intenção de não perda de prejuízos fiscais acumulados, teve
por escopo a busca de melhor eficiência das operações entre ambas
praticadas. Acórdão nº 107-07.596
ESTUDO DE CASOS
135
CASO 06 - Incorporação às avessas (Positivo)
• Fatores relevantes do julgamento:
• => Legalidade da operação;
• => Dotada de propósito negocial: reorganização estrutural; e
• => Submissão aos efeitos do negócio.
TJSP - INDENIZAÇÃO
136
CASO TIGRE S/A E CONEXÕES
Processo nº: 0188622-16.2007.8.26.0100Requerente: Tigre S/A - Tubos e ConexõesRequerido: Deloitte Touche Tohmatsu
“...Julgo parcialmente procedente a ação, para condenar a ré aopagamento de indenização de dano moral no montante de R$10.000.000,00, com atualização pela Tabela Prática do TJSP desde adata desta sentença, bem como ao pagamento da indenização dosgastos da autora com o pagamento do auto de infração, no total deR$ 37.646.434,61, com atualização monetária desde março de 2007.
PORTANT0
137
O QUE SERIA CONSIDERADO COMO ILÍCITO TRIBUTÁRIO (SIMULAÇÃO, ABUSO DO EXERCÍCIO DO DIREITO, FRAUDE ETC.) PARA EFEITO DE
REQUALIFICAR O FATO PARA APURAÇÃO DE TRIBUTO?
• É imprescindível que se comprove ter ocorrido atitude
ilícita, praticada dolosamente.
• Necessário demonstrar que o negócio jurídico
formalmente alegado diverge daquele que as partes
realmente praticaram.