contabilidade e planejamento tributÁrio

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CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Cássio Marques da Silva 2016 CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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CONTABILIDADE E

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Prof. Cássio Marques da Silva

2016

CONTABILIDADE E

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

• Pode ser definido como o processo de escolha de uma

sequência de ações lícitas, previamente analisadas e

implantadas em relação ao fato gerador do tributo

que busca a anulação do débito fiscal, redução do seu

valor ou a postergação do seu recolhimento.

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO• Mas eis que surge a questão:

“Será lícito deixar de pagar ou reduzir o pagamento de tributos? Sob quais

circunstâncias?”SIM, desde que a ação tomada seja legal.

• O sistema jurídico brasileiro admite que o contribuinte,pessoa física ou jurídica, planeje seus atos e negóciosde forma a não pagar tributo, pagar menos oupostergar o recolhimento. Ninguém é obrigado apraticar os atos ou negócios que acarretem incidênciade tributos ou de tributos mais onerosos.

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

• Pode-se considerar que o planejamento tributário não

é apenas uma opção, mas além de tudo um dever

previsto inclusive no código civil, 2002:

– Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no

exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo

homem ativo e probo costuma empregar na administração

de seus próprios negócios.

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO• Existem dois grandes adversários em relação à

implantação de um estudo que resulte ao final em umplano eficaz que proporcione efetivamente redução dacarga tributária de determinada empresa:– 1) a inércia por parte daqueles a quem compete a

responsabilidade de fazê-lo;– 2) o Estado que procura eliminar toda e qualquer

possibilidade legal de redução da carga tributária.

• Exemplo:– aproveitamento de prejuízos de incorporadas x incorporação

às avessas;– não-cumulatividade do PIS/COFINS (crédito praticamente

zero para prestadores de serviços);

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

• Pode ser aplicado no âmbito do(a):– Empresa: por meio de ajustes e interações gerenciais e

operacionais. Ex: regime de tributação do IRPJ, forma dereconhecimento da receita (caixa ou competência);

– Esfera administrativa: busca de possibilidades legais paraa efetiva redução dos tributos. Ex: classificação fiscal corretados produtos para cálculo do IPI (perfume x água decolônia), deduções de material previstas para o ISSQN;

– Poder Judiciário: adoção de medidas que não estãoautorizadas em lei mas que baseiam-se em interpretaçõesdo Código Tributário. Ex: mandato de segurança, recursosadministrativos, recursos judiciais;

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

• A denominação técnica que se atribui à qualquer tipo de

planejamento tributário que resulte em economia fiscal é

Elisão fiscal.

• Na mão contrária da elisão fiscal encontra-se a Evasão

fiscal na qual os meios utilizados são ilícitos e

normalmente utilizados depois da ocorrência do fato

gerador (fraude, sonegação, simulações ou mesmo

desconhecimento total ou parcial).

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

• Importante frisar que a evasão fiscal acarreta

responsabilidade criminal para todos que dela participam

direta ou indiretamente, podendo levar a multas de

225%, indisponibilidade dos bens além de marcar

profundamente a reputação e prestígio da empresa,

sócios, contadores, administradores, etc.

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ANÁLISE DE SITUAÇÕES PRÁTICAS

DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

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Situação 1 – Substituição Tributária• A substituição tributária é sempre uma antecipação do imposto,

ou seja, nesta operações o tributo em algum momento já foirecolhido. Assim, principalmente nas empresas optantes peloSimples Nacional, devemos nos lembrar de considerar asubstituição tributária de qualquer imposto quando apuramos oimposto.

• Exemplo: Empresa comercial optante pelo Simples Nacionalcom faturamento acumulado de R$ 365.000,00. No mêsfaturou R$ 42.500,00 com ST de ICMS.

• Correto: R$ 42.500,00 x (6,84%-2,33%) = R$ 1.916,75• Errado: R$ 42.500,00 x 6,84% = R$ 2.907,00• Diferença: R$ 990,25

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Situação 2 – ISSQN• Como o ISSQN é um imposto cuja alíquota é determinada pelos

municípios, um estudo possível é a transferência da empresapara um município que ofereça alíquota menores.

• Exemplo: Empresa prestadora de serviços, optante pelo LucroReal, que no seu município de localização está sujeita àalíquota de ISSQN de 5% estuda a viabilidade de se transferirpara um município vizinho cuja alíquota de ISSQN é de 2%.

• Análise: a princípio diríamos que a empresa estáeconomizando 3% sobre a sua receita bruta. Entretanto,precisamos lembrar que o IRPJ (15%) e a CSLL (9%) incidemsobre o lucro e se a empresa está maximizando este lucro emcontrapartida estará oferecendo essa majoração à tributação.Assim, considerando apenas o IRPJ (sem adicional) e a CSLL,podemos ver que o aumento real será de apenas 2,28%.

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Situação 3 – IRPJ Lucro Presumido• Existe a previsão legal para presunção do IRPJ no percentual

de 16% para as empresas exclusivamente prestadoras deserviços com faturamento anual até R$ 120.000,00 e demaisdisposições legais. Em alguns casos, pode ser mais econômicopara o empresário possuir 2 empresas para dividir ofaturamento e permanecer dentro da faixa reduzida.

• Exemplo:• Apenas uma empresa:

– Faturamento: R$ 240.000,00 x 4,8% = R$ 11.520,00

• Com duas empresas:– Faturamento 1: R$ 120.000,00 x 2,4% = R$ 2.880,00– Faturamento 2: R$ 120.000,00 x 2,4% = R$ 2.880,00

• Economia tributária no IRPJ: R$ 5.760,00

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Situação 4 – Descontos• Sabemos que a legislação não aceita a dedução do desconto

financeiro (desconto condicional) da base de cálculo dostributos. Recomenda-se a sua substituição pelo descontocomercial (desconto incondicional) na próxima compra docliente.

• Exemplo: A empresa ABC, lucro presumido, prestadora deserviços, concedeu 10% de desconto em uma duplicata de R$15.000,00 caso o cliente a pague pontualmente até ovencimento.

• Análise: sobre o valor do desconto que é de R$ 1.500,00 aempresa deverá recolher todos os impostos que somam, nogeral, 14,33%. Assim R$ 1.500,00 x 14,33% = R$ 214,95.

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Situação 5 – Tipo de atividade• A empresa X atua no ramo de guincho e possui caminhões

abertos que podem transportar o veículo avariado até o local doconserto. Ela calcula o imposto de renda pelo lucro presumido, naatividade de serviços, na faixa de 32%.

• Análise:– MUDANÇA DO RAMO DE ATIVIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE

GUINCHO PARA ATIVIDADE DE TRANSPORTE DE CARGAS – DE 32%PARA 8% NO LUCRO PRESUMIDO.

• Outros Exemplos no Simples Nacional:– Consultoria Contábil (VI) x Escrituração Contábil (III)– Marketing Direto (III) x Representação Comercial (VI)

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Situação 6 – Pro labore x Distribuição Lucros• O lucro distribuído pelas empresas aos sócios não integra a

remuneração para efeito de contribuição previdenciária e do IRRFdesde que seja com base na escrituração contábil e que hajaprevisão no contrato social(não pode estar devendo imposto)

• Exemplo: O sócio A de uma empresa lucro presumido X desejareceber mensalmente R$ 4.000,00.

• Análise:– Pró labore:– INSS: R$ 440,00 (Obs: empresa paga + 20% INSS patronal R$ 800,00)– IRRF: R$ 164,87– Total: R$ 604,87– Distribuição de Lucros:– INSS: R$ 0,00– IRRF: R$ 0,00– Total: R$ 0,00

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Situação 7 – Proporcionalidade Simples Nacional• A determinação da alíquota no primeiro ano de atividade da

empresa optante pelo Simples Nacional é proporcional ao númerode meses. Logo se houver a possibilidade de se constituir aempresa alguns meses antes do início efetivo do faturamentopode-se conseguir reduzir consideravelmente a alíquota praticada.

• Exemplo: Sócio deseja constituir empresa cuja primeira nota deR$ 70.000,00 (Anexo III) será emitida em MAI/X1.

• Análise:• Empresa aberta em MAI/X1:

– Receita Proporc.: R$ 70.000 x 12 = R$ 840.000 (11,40%)• Empresa aberta em FEV/X1:

– Receita Proporc.: R$ 0,00 / 3 x 12 = R$ 0,00 (6,00%)

• Economia tributária: R$ 3.780,00

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Outras situações

• Adiar faturamento no final do mês para o início do próximo;

• Dar preferência à exportação em relação ao mercado interno;

• Provisionar férias e 13º salário (princípio competência)

• Objeto Social ajustado para evitar a geração de receitas não

operacionais (Exemplo: alugueis)

• Carga tributária x Simplicidade nos controles e redução de

obrigações acessórias