jornal brasil atual - itanhaem 01

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Jornal Regional de Itanhaém www.redebrasilatual.com.br ITANHAÉM nº 1 Janeiro de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Sabesp polui a praia com tubos de concreto da rede de esgoto da cidade MEIO AMBIENTE Instituto Ernesto Zwarg faz um ano e promove seminário Pág. 6 ECOLOGIA FELIZ ANIVERSÁRIO Itanhaém ganha outro título no Circuito Costa da Mata Atlântica Pág. 7 NATAçãO FOI UM BANHO Passagem de ônibus vai a R$ 2,50 e pega a todos de supetão Pág. 2 TRANSPORTE ALÉM DA INFLAÇÃO QUE TRISTEZA! IMPOSTO Os ricos reclamam muito e são os que mais sonegam os tributos Pág. 4-5 PAGAR MAIS E CHORAR MENOS

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ecologia meio ambiente natação foi um banho feliz aniversário além da inflação Distribuiçã o Pág. 4-5 nº 1 Janeiro de 2012 Pág. 6 Pág. 7 Pág. 2 www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Itanhaém Passagem de ônibus vai a R$ 2,50 e pega a todos de supetão Instituto Ernesto Zwarg faz um ano e promove seminário Itanhaém ganha outro título no Circuito Costa da Mata Atlântica

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Jornal Regional de Itanhaém

www.redebrasilatual.com.br Itanhaém

nº 1 Janeiro de 2012

DistribuiçãoGratuita

Sabesp polui a praia com tubos de concreto da rede de esgoto da cidade

meio ambiente

Instituto Ernesto Zwarg faz um ano e promove seminário

Pág. 6

ecologia

feliz aniversário

Itanhaém ganha outro título no Circuito Costa da Mata Atlântica

Pág. 7

natação

foi um banho

Passagem de ônibus vai a R$ 2,50 e pega a todos de supetão

Pág. 2

transPorte

além da inflação

Que tristeza!

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Os ricos reclamam muitoe são os que mais sonegam os tributos

Pág. 4-5

Pagar mais e chorar menos

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expediente rede brasil atual – itanhaém editora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008Tiragem: 4 mil exemplares distribuição Gratuita

transPorte Público

tarifa de ônibus vai a r$ 2,50População de Itanhaém é surpreendida com aumento

editorial

Caro leitor, você está recebendo o primeiro número do jornal Brasil Atual, edição de Itanhaém, cujo compromisso é o direito à informação. Ele soma-se a outras dez edições mensais que temos no Estado de São Paulo, entre as quais a da vizinha cidade de Peruíbe – e quem sabe não venha logo a edição de Itariri. De início, o jornal será mensal e abordará, principalmente, os problemas locais, privilegiando os interes-ses da comunidade e unindo, por meio da informação, as pes-soas que nela vivem. Por isso, caro leitor, convidamos você a fazer parte desse novo projeto de comunicação. Leia, discuta, opine, sugira, critique. Enfim, participe. Já a partir da próxi-ma edição, o leitor terá um espaço para dar sua opinião sobre qualquer assunto. Inclusive sobre o nosso projeto.

Então, mãos à obra. Uma bela reportagem – Pagar Mais e Chorar Menos – nas páginas centrais desta edição mostra como os brasileiros ricos choram de barriga cheia quando têm de pagar imposto. São eles os que mais sonegam e os que mais driblam os tributos. Ainda bem – antes tarde do que nunca – que seus irmãos da Europa estão sendo chamados a colaborar para pôr fim à crise que assola o continente e, em consequência, o mundo.

Já a matéria Que Tristeza! mostra o descaso do governo do Estado com o saneamento básico na cidade. Ele simples-mente quis nos impingir, nos entuchar dezenas de tubos de concreto nas areias de nossas praias. Essas geringonças, de mais de um metro de altura cada uma, foram espalhadas por sete quilômetros de praia e causaram grande impacto visual – é feio pra chuchu – e ambiental.

Além de poluirem o ar, obrigando-nos a conviver com o mau cheiro que exala desses poços quando o vento sopra a partir do mar, essas tranqueiras podem poluir a praia: a maré alta ou a erosão marinha simplesmente podem botá-las a pi-que. Claro, o governo do Estado contou com a ausência da voz do ambientalista e pacifista engajado Ernesto Zwarg, que nos deixou em agosto de 2009 (também ele motivo da repor-tagem da página 6), mas não contava com um punhado de gente boa de briga como o pessoal da Secretaria de Patrimô-nio da União (SPU) e a vereadora Regina, entre outros. Ago-ra, a Sabesp, a empresa do Estado às voltas com o mal feito, tem prazo para acabar com o que começou. Mas é bom ficar de olho. É isso. Boa leitura!

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

zona azul

idoso e deficiente não pagam Por duas horas e na vaga deles, segundo a lei

A gratuidade de estacio-namento na Zona Azul de Itanhaém, para aposentados e portadores de deficiência física, pelo período de duas horas, nas vagas reservadas a eles, agora é lei – a legislação municipal reserva 5% das va-gas para esses motoristas. A cobrança começou quando a Prefeitura passou a gerenciar a Zona Azul. O preço atual é de R$ 1,00 a hora.

O reajuste foi de 8,7%, su-perior à inflação acumulada no período, de menos de 7%. O novo valor vigora desde 16 de outubro. A empresa possui 27 veículos, que transportam 170 mil passageiros por mês. Dependendo do destino, a pes-soa tem de pegar dois ônibus e pagar duas tarifas. Quem mora no balneário Gaivota e vai ao Jardim Oásis, por exemplo, toma quatro conduções. Gasta R$ 10,00 de condução – a ci-dade não possui terminais de integração de ônibus.

A população reclama do tempo de espera e da falta de atuação mais rigorosa da Pre-feitura, que obrigue a empresa a fazer os investimentos que constam no contrato de con-cessão, como, por exemplo, a

instalação de pontos de ônibus com cobertura. Se no ponto não há marquises ou toldos, os passageiros ficam expostos ao sol e à chuva.

Os motoristas trabalham estressados. Além da respon-sabilidade ao volante, eles executam a tarefa de cobra-dor: têm de ficar atentos ao trânsito e aos valores pagos,

ao embarque e desembarque de idosos e pessoas em ca-deiras de rodas. A população enfrenta transtornos diários causados pela ineficiência do transporte público. Paga caro por um serviço sem qualidade. A empresa responsável pelo serviço em Itanhaém está há muito tempo na cidade e ainda tem alguns anos de contrato.

A discussão agora passa a ser quanto à cobrança de 50% do valor da hora na Zona Azul, para quem estacionar por meia hora. Quem utiliza a vaga por menos tempo não tem descon-to. A tolerância de 15 minu-tos não existe mais. Por isso, a Câmara Municipal enviou o requerimento da vereadora Regina Célia de Oliveira soli-citando o desconto ao prefeito João Carlos Forssell.

espera no ponto: cadeiras são cedidas por comerciantes

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meio ambiente

sabesp pode responder por crime ambiental

a proposta sindical os riscos, segundo o ibama

Empresa instala mais de cem tubos de esgoto, de um metro de altura, nas praias de ItanhaémAo chegar às praias de Ita-

nhaém, os veranistas se de-param com tubos de concreto de um metro de altura na fai-xa de areia. São mais de 100 tubos de concreto nas praias de Suarão, Satélite, Cibratel e Gaivota, numa extensão de 7,5 km. Eles são, na verdade, postos de visitas da rede cole-tora de esgotos, implantados sem licenciamento ambiental pela Sabesp, sob os olhos do governo local.

Segundo a Secretaria de Pa-trimônio da União (SPU), a Sa-besp teria de retirar tubos e du-tos até o dia 30 de dezembro. O não cumprimento da notifica-ção ensejaria providências ad-ministrativas e judiciais” – diz

Sérgio Martins, coordenador do escritório regional da SPU na Baixada Santista. Porém, a

Sabesp alegou ser preciso abrir licitação para contratar o servi-ço de remoção dos tubos e so-

licitou prazo de mais 60 dias – eles deverão ser retirados até março de 2012.

Em audiência pública, em setembro, a vereadora Regina Célia de Oliveira (PT) debateu o assunto e pediu providências à Secretaria Estadual de Sanea- mento e Recursos Hídricos e à Sabesp. “A coleta e o trata-mento de esgotos são funda-mentais para a qualidade de vida da população, mas quem faz a obra não pode alterar os projetos como quer. Além do prejuízo à paisagem praiana, há risco de vazamento de es-gotos, decorrente da ação das marés ou de intervenções hu-manas. Infelizmente, a Prefei-tura não teve atuação firme e fiscalizadora. Por isso, a Sa-besp avançou tanto com essas obras” – disse ela.

O Sindicato dos Urbanitá-rios apresentou propostas para minimizar o impacto da obra. Em carta aberta, o Sintius diz que “a preocupação é justa e a Sabesp não pode se esquivar da apresentação de soluções que minimizem os riscos”.

O Sindicato é contra a reti-rada imediata dos coletores e paralisação das obras. Defen-

de o remanejamento de cole-tores, a retirada de parte dos tubos, o rebaixamento ao ní-vel do solo – onde for técnica e economicamente viável – e medidas para reduzir o im-pacto visual das tubulações. “Uma comissão paritária deve acompanhar as ações” – diz o sindicalista Fernando Rodrigues.

A chefe do Instituto Bra-sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-váveis (Ibama) na Baixada Santista, Ingrid Maria Furlan, alerta sobre o risco de vaza-mento de esgotos nas praias, em consequência de danos à rede, que podem ser causados pela ação das marés. “A lei de

zoneamento costeiro veta obras que impeçam o bom uso das praias e causem al-terações no ambiente.

Em Itanhaém, a urbani-zação ocorreu muito pró-xima à linha de maré alta. Existe risco ambiental, sim, causado por erosão mari-nha” – acrescenta.

Paisagem desoladora, que pode violar a lei: sabesp enche de tubos de esgoto a praia

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empresa não comprova licenciamento de obras nas praiasApós analisar o licenciamen-

to ambiental e a documentação do programa Onda Limpa, de Bertioga a Peruíbe, da Sabesp, o coordenador da SPU na Baixada Santista, Sérgio Martins, cons-tatou que não existe estudo nem autorização para a colocação dos tubos nas faixas de areia. Na jus-

tificativa, a Sabesp argumentou que quando a licença foi emitida, em 2002, não havia obstruções por onde a rede de esgoto pas-saria. “Se isso ocorreu, a Sabesp teria de pedir licenças adicionais e não modificar o projeto sem autorização.” Depois de receber as explicações da Sabesp, Mar-

tins oficiou à Cetesb para sa-ber se as alterações no projeto original foram licenciadas ou não. “Acredito que não. Caso contrário, ela apresentaria a documentação.” Os relatórios serão encaminhados ao Minis-tério Público Federal e à Ad-vocacia Geral da União.

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reunião: sabesp tem de retirar o que pôs na praia

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Famílias que ganham até dois salários mínimos gastam 49% da

renda com impostos

Famílias com renda acima de 30 salários mínimos usam 26% da renda para pagar tributos

Fonte: Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

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os milionários têm de pagar mais e chorar menosA carga tributária pesa mais para os brasileiros de baixa renda do que no bolso dos ricos – que são os que mais reclamam. Reduzir os impostos sobre o consumo, criar alíquotas mais justas e progressivas e taxar grandes fortunas é a reforma tributária necessária Por Vitor Nuzzi

O consultor Amir Khair, mestre em Finanças Públicas pela Fundação Getúlio Var-gas (FGV), lembra em artigo que o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) está previsto na Constituição de 1988, mas depende de lei complementar nunca aprovada. “O IGF po-deria ser cobrado de forma progressiva, arbitrando-se um nível mínimo de isen-ção” – sugere. “O imposto sobre o patrimônio é cobrado com sucesso há vários anos

Os milionários também terão de ajudar no combate à crise mundial. Uma das bíblias do mercado, a revista The Economist, já detectou esse movimento de caça aos ricos. O bilionário Warren Buffett, patrimônio estimado em US$ 50 bilhões, declarou que os ricos deveriam pagar mais impostos, afirmando que, proporcionalmente à sua renda, seu secretário recolhe mais tributos. A declaração de Buffett ecoou mundo afora. Países europeus aumenta-ram o imposto para pessoas de maior renda, com o obje-tivo de reduzir seus déficits.

O número de milionários brasileiros – quem tem mais de US$ 1 milhão na conta – cresceu 6% em 2010 e atingiu 155 mil pessoas, conforme o Merrill Lynch Global Wealth Management e a consultoria Capgemini. Assim, o Brasil se-guiu em 11º lugar na lista mundial, liderada pelos Estados Unidos, com seus 3,1 milhões de milionários, 8% a mais que em 2009. A crise não impediu que o número de endi-nheirados no mundo aumentasse. Ele chegou a 11 milhões no ano passado, 8% a mais que em 2009 – crescimento me-nor que no ano anterior, 17%.

caça aos endinheirados

brasil tem 155 mil ricos

imposto sobre fortunas À beira de um ataque de nervosNos países europeus e

nos EUA os ricos são cha-mados a colaborar por causa da situação fiscal dos gover-nos. Na Espanha, o imposto sobre patrimônios acima de € 1 milhão atingirá 150 mil pessoas e arrecadará mais de € 1 bilhão por ano. Na Fran-ça, o governo anunciou um imposto de 3% sobre a renda de quem recebe mais de € 500 mil por ano. Iniciativa seme-lhante terá Barack Obama para reduzir o déficit fiscal norte-americano, com uma

proposta de imposto voltado a quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano – teria o nome de Buffett rule (regra Buffett),

Para o presidente da Central Única dos Tra-balhadores, CUT, Artur Henrique, chegou a hora de uma discussão séria so-bre justiça tributária. “Há uma parcela de multimi-lionários que poderiam pagar mais sobre a sua renda” – disse ele à Rádio Brasil Atual. Segundo ele, a discussão sobre a Emen-da Constitucional 29 (os gastos de Estados e muni-cípios com saúde) e a ne-cessidade de ampliar ver-bas para a saúde pública é a chance de rediscutir a re-forma tributária, incluindo o conceito de progressi-vidade – quem tem mais renda paga mais; quem tem menos paga menos.

reforma já

na França, Espanha, Grécia, Suíça e Noruega. Não deu certo em alguns países – Áus-tria, Dinamarca, Alemanha, Finlândia e Luxemburgo –, mas pode dar certo no Brasil. Só saberemos testando.” Na Câmara, um projeto do depu-tado Dr. Aluízio (PV-RJ) cria a Contribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF), com cobrança sobre patrimô-nio acima de R$ 5,52 milhões e destinação exclusivamente para a saúde.

em referência ao milionário. “Não é luta de classes. É ma-temática.” – diz Obama.

Para Artur Henrique, iniciati-vas como a de Warren Buffett sig-nificam que “eles sabem ser mais vantajoso ter uma parcela um pouco menor numa sociedade de economia mais dinâmica e com melhores condições de vida”.

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10% mais pobres usam 33% da renda

para pagar impostos

10% mais ricos usam

23% da renda

Quem pode pagar, dribla com facilidade os impostosPara o presidente do Instituto

de Pesquisa Econômica Aplica-da (Ipea), Marcio Pochmann, a arrecadação tributária se con-centra nos pobres. “Os ricos de-monstram capacidade de driblar os tributos” – diz ele. Em relação ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), a estimativa do Ipea é de que R$ 1 a cada R$ 3 deixa de ser arrecadado por meio de abatimentos na declaração anual dos segmentos que podem gastar com educação, saúde e previdência privadas.

Segundo Pochmann, poderia haver mais alíquotas do Imposto de Renda, desde que atingissem outras faixas de renda. Hoje, existem quatro: 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. E começam a tributar o assalariado a partir de R$ 1.566,61 – valor abaixo da remuneração média do mercado formal de trabalho.

A recomendação do Con-selho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) – órgão da Presidência da República, formado por re-

País ainda está muito longe da justiça fiscalEstudo da Associação

Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostra que as pessoas com R$ 1 bi-lhão em aplicações, ou 63 mil cidadãos de alta renda, fecharam 2010 com R$ 371 bilhões investidos em bancos.

O presidente do Institu-to Justiça Fiscal, Dão Real Pereira dos Santos, lembra que o sistema tributário au-menta o fosso entre ricos e pobres. “Ele trata de forma anti-isonômica as rendas em função de sua origem. Isen-ta, por exemplo, o Imposto de Renda na distribuição de lucros aos sócios e acionis-tas das empresas, ou sujeita a alíquotas mais brandas os rendimentos de aplicações financeiras” – afirma.

A arrecadação tributária no Brasil, que em 2010 re-presentou 33,56% do PIB, é concentrada no consumo. Assim, um cidadão com renda mensal de um salário mínimo, embora não tenha Imposto de Renda desconta-

presentantes da sociedade – é ampliar o número de alíquo-tas, “para evitar distorções para faixas de renda mais bai-xas”. Ele também sugere que se torne progressivo o IPTU, imposto cobrado pelas pre-feituras. “As favelas pagam, proporcionalmente, mais do que as mansões” – afirma. Ele defende medidas como IPVA maior para veículos como lan-chas, iates, jatinhos. “Quem critica é quem menos paga” – diz Pochmann.

do no holerite, sofre no preço do pãozinho e do leite a mes-ma tributação que o bilionário Eike Batista.

Relatório de 2010 do CDES já afirmava que, em relação aos tributos, “o Brasil caminha no sentido contrário

ao da justiça fiscal”. A injus-tiça se materializa ao desres-peitar o princípio da equidade. “Com o elevado peso dos tri-butos sobre bens e serviços na arrecadação, pessoas que ga-nhavam até dois salários míni-mos em 2004 gastavam 48,8%

de sua renda no pagamento de impostos e as famílias com renda superior a 30 sa-lários mínimos, 26,3%.”

Para facilitar a tramita-ção no Congresso, o governo tende a apresentar a reforma tributária “fatiada”, dividida em quatro etapas. Um dos itens é a desoneração da fo-lha de pagamentos, que pre-ocupa os trabalhadores pelos possíveis efeitos negativos à Previdência. “Considera-mos que para alguns setores isso vai ser muito importan-te. Para outros setores, pode não ser essa a forma melhor de desoneração” – afirmou a presidenta Dilma Rousseff, em discurso no final de se-tembro.

Outros itens a serem dis-cutidos incluem mudanças no ICMS. Um primeiro pas-so foi dado com a aprovação do projeto de ampliação do Supersimples. Mas, em qual-quer mudança, toda reforma precisa incluir um conceito simples, mas nem sempre lembrado, de justiça social. imposto onera indistintamente todas as classes no brasil

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ecologia

instituto ernesto zwarg faz um ano e comemora dataEntidade realiza seminário Sustentabilidade das Cidades, com apoio da Associação Comercial

O presidente do Instituto, Itamar Zwarg, garante que a entidade prossegue firme na luta pela preservação do meio ambiente. “Pretendemos mostrar que é possível agir em defesa do meio ambiente e manter o desenvolvimento sustentável” – diz ele.

Fundado em 2010, o IEZ

cidadania

centro judiciário de solução de conflitos e cidadania

um ambientalista pacífico e um pacifista engajado

População terá o novo serviço, que será prestado no Centro de Atendimento ao CidadãoO órgão funcionará na

Avenida Harry Forssell, 1505, Jardim Sabaúna. Seu objetivo será o de viabilizar a solução de conflitos por meio de pro-cedimentos informais e sim-plificados, reduzindo o núme-ro de processos que tramitam no Poder Judiciário. O Centro Judiciário terá um juiz coor-denador e um adjunto. A eles caberá a supervisão do serviço de conciliadores e mediado-res. Os magistrados serão de-signados entre os que realiza-ram treinamento no Conselho Nacional de Justiça, pelo pre- o centro de cidadania fica no jardim sabaúna

Ernesto Zwarg Júnior era um piracicabano de muitos ofícios: ecologista, jornalis-ta, professor, escritor, poeta, compositor, teatrólogo amador e vereador por três mandatos (1969-1972, 1978-1981 e 1982-1986). Pioneiro nas questões ambientais no Brasil, liderou

é uma instituição cultural não governamental. Seus principais objetivos são promover a edu-cação ambiental, a preservação da natureza e a valorização das culturas caiçara, indígena e qui-lombola. O IEZ defende tam-bém o crescimento racional e sustentável e a valorização do ser humano, integrado ao meio

movimentos populares contra a construção de usinas nuclea-res, na época do regime militar. Ao mesmo tempo, salvou rios e praias de Itanhaém do esgoto – em 1974, ele moveu, e ganhou, uma Ação Popular contra a construção de prédios à beira- -mar que não possuíssem coleta

de esgotos. Outra ação rumo-rosa foi contra o Conselho de Defesa do Patrimônio Histó-rico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), cujo presidente, o arquiteto Ruy Ohtake, permitia a des-truição da paisagem exótica da Jureia.

ambiente. A base do trabalho são as ideias e ideais do am-bientalista Ernesto Zwarg, que faleceu aos 84 anos, em agosto de 2009. O IEZ busca parcerias com instituições públicas e pri-vadas para viabilizar projetos como a Biblioteca Ambiental Poetisa Pedrinha e o Memorial Ernesto Zwarg.

sidente de cada Tribunal O setor pré-processual re-

cepcionará casos que versem sobre direitos disponíveis em matéria cível, de família, pre-videnciária e da competência dos Juizados Especiais, que serão encaminhados, por ser-vidor treinado, para a conci-liação, a mediação ou outro método de solução consensual de conflitos disponível.

O setor de solução de con-flitos receberá processos já distribuídos e despachados pelos magistrados, que indica-rão também o método a ser se-

guido na solução de conflitos. Obtido ou não o acordo, os processos retornam ao órgão de origem para sua extinção ou para o prosseguimento dos trâmites normais.

O setor de cidadania prestará serviços de informação, orienta-ção jurídica, emissão de docu-mentos, serviços psicológicos e de assistência social, entre ou-tros. No futuro, o Centro Judici-ário irá firmar parcerias com as Justiças Federal e do Trabalho, para buscar a conciliação em casos envolvendo a Previdência Social e causas trabalhistas.

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habitação

maratona aQuáticakickboxing

o conjunto umuarama vai mal

itanhaém é bicampeã

rumo a 2016

Os problemas de quem vive nos apês da CDHU

A conquista foi no Circuito Costa da Mata AtlânticaDois atletas, duas medalhas

Os conjuntos habitacionais populares malfeitos causam transtornos às famílias, como é o caso do Conjunto Habitacio-nal Umuarama, em Itanhaém, erguido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado, o CDHU.

Os prédios, com 32 apar-tamentos cada um, apresen-tam infiltração de água e mau funcionamento das tomadas e interruptores da rede elétrica. Além disso, cada condomínio possui dois reservatórios de água que abastecem as caixas d’água do prédio, mas como apenas um relógio marca o con-sumo de todos os apartamentos, quem possui família grande sai ganhando – a CDHU prometeu

resolver o problema, mas até agora nada.

A única via de acesso ao conjunto, a Avenida Gentil Pe-rez, está intransitável: além do asfalto destruído, inexistem calçadas, o que obriga os mora-dores a andarem pela avenida.

saúde

a reinvenção do caPsO que precisa mudar para melhorar

A Associação Diferen-te Cidadão faz uma série de reivindicações à Prefeitura para que ela atenda melhor no Centro de Atenção Psi-cossocial (CAPS), órgão da Secretaria de Saúde que aco-lhe pessoas com transtornos mentais graves e persistentes.

Treinamento e capacita-ção de funcionários, huma-nização do serviço, contra-

tação de profissionais nas áreas de assistência social, psicologia e psiquiatria, medidas de segurança e controle na entrada e saída da unidade e o fornecimen-to de passes do transporte coletivo municipal para que os pacientes não faltem às consultas e demais ativida-des estão entre as medidas indicadas pela entidade.

Outra questão não resolvida é a isenção de custos de administra-ção condominial por um perío-do de dois anos, conforme com-promisso do governo estadual, gestão José Serra, quando a Se-cretaria de Habitação era co-mandada por Lair Krähenbüh. unidade do caPs: onde se acolhem doentes mentais

conjunto umuarama: problemas de infiltração de água

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Os atletas itanhaenses Thiago Alves e Rafael Kai-ser conquistaram medalhas de ouro no 7º Torneio Sul--americano de Kickboxing WAKO, realizado no Cen-tro Esportivo da Universi-dade Americana, em Assun-ção, no Paraguai.

Rafael Kaiser, da cate-goria Full Contact, 75 kg, mostrou superioridade na competição. Durante a fi-nal contra a Argentina, o brasileiro dominou do iní-cio ao fim, conquistando a medalha de ouro em cima de seu adversário. Lutando

Itanhaém conquistou o título de bicampeã do Circuito Costa da Mata Atlântica de Maratonas Aquáticas, em Santos. O resul-tado veio após vencer a sétima e última etapa do campeonato. A equipe ficou com o troféu por equipe e outros cinco nas cate-gorias Petiz I, Petiz II, Infantil I, Infantil II e Juvenil I.

Competindo com nadadores de toda a região, os atletas ita-nhaenses mostraram sua força nadando em percursos curtos, de 800 metros, e longos, de 1.600 metros. A forte correnteza difi-cultou a prova, porém, nada que atrapalhasse o resultado final.

Superação e raça foram al-gumas das receitas para o de-

sempenho do grupo na traves-sia. O conjunto foi fundamental para atingir tal feito, e a boa

sul-americano: ouro

pela categoria Low Kick, 67 kg, Thiago Alves ven-ceu duas vezes, a semifi-nal e a final. A técnica e os treinos intensos prevalece-ram no final.

Com duas medalhas de ouro, o técnico Eduardo Vieira da Silva acredita na qualidade da equipe. “A nossa participação foi óti-ma. Tanto o Thiago, que foi campeão pela primeira vez, quanto o Rafael, que se consagrou bicampeão, conseguiram mostrar a sua técnica dentro de uma competição de alto nível”.

A natação de Itanhaém se destacou na final estadual do Campeonato Escolar Rumo a 2016. O nadador Rodrigo Carrelas conquistou a medalha de bronze nos 50 metros do nado borboleta, pela categoria infantil II (14 anos).

performance resultou no título por equipe, alcançado no mes-mo evento no ano passado.

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foto síntese – centro histórico

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Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

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horizontal – 1. Centro de Controle Operacional; Cada uma das partes distintas da corola2. Instrumento de cordas, de forma triangular, tocado com os dedos; Partir 3. Nome de árvore que fornece madeira resistente e dura; (Pl.) Unidade de medida de capacidade, correspondente ao volume de um decímetro cúbico 4. (Abr.) Cruzeiro; Dois, em algarismo romano 5. Herbívoro da África, de pele grossa, patas e cauda curta, cabeça grande e focinho largo 6. Que não está contido7. Pedido de socorro; Interjeição usada para chamar a atenção de alguém; Composição poética do gênero lírico 8. (Abr.) Boletim de serviço; Aguardente que se obtém pela fermentação e des-tilação do melaço de cana-de-açúcar 9. Nome da letra p; Sovaco; 10. Nome de um planeta; Ilha de coral 11. Cidade de São Paulo; Membro das aves guarnecido de penas, que serve para voar

vertical – 1. Galanteador importuno de uma senhora casada ou viúva; 2. Relativos ou seme-lhantes à cabra ou ao bode; (Abr.) Rádio Patrulha 3. Reze; Partidos Comunistas; Alimento feito de farinha, especialmente de trigo, amassada e cozida no forno 4. Ação de voar; Nome comum a vários cervídeos que habitam as partes boreais da Europa, Ásia e América 5. Sigla em inglês de Phase Alternating Line; Cobertura de borracha com que calçam as rodas dos automóveis e outras viaturas 6. Muito boa, excelente 7. Falatório, murmuração; Soberanos, na língua persa8. Diz-se do galo que, na rinha, ferido ou cansado, não podendo manter-se de pé, sustenta-se apoiando a cabeça no solo; Pedra, em tupi-guarani 9. Medida que se usa para as proporções nos corpos arquitetônicos 10. Limpo o nariz; Fila, separada por um espaço

Palavras cruzadas

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